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Mensagem por NR Sérpico Qua Nov 25, 2015 11:42 pm


BALLTIER
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


BONES
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Itens:
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HO
PV: 100%
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Itens:
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SEAN
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Itens:
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SOLLRAC
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PE: 100%
Itens:
Detalhes:


Recuperação de energia
Funciona assim: após um tempo de descanso, o personagem recupera certa quantia de energia + o seu valor em Vigor. Então, segundo a tabela logo aí abaixo, se eu descanso por 1 hora e tenho Vigor 4, recupero 54% de energia. Essa é uma recuperação passiva, mas exige descanso, que é exatamente ficar parado, recuperando o fôlego, tirando uma soneca. Se o personagem está cavalgando, por exemplo, então ele não está descansando e não se recupera.
1 minuto: 5%
5 minutos: 10%
20 minutos: 25%
1 hora: 50%
5 horas: 100%

Recuperação de vida
Recuperação espontânea sem necessidade de descanso. Referente à dano físico, no corpo.
1 minuto: Inconsciência
5 minutos: 25%
20 minutos: 50%
1 hora: 100%
5 horas: Ressurreição


Última edição por NR Sérpico em Seg maio 08, 2017 1:18 pm, editado 50 vez(es) (Motivo da edição : ue atua de forma clandestina no submundo)
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Mensagem por NR Sérpico Qua Nov 25, 2015 11:58 pm

1. Antessala da Morte

Não havia nada de especial na Antessala da Morte.

Bom, talvez você possa considerar o tapete fofão, original de algum urso muito grande, algo especial. E até mesmo as cadeiras de madeira envernizada, acostamento e assento de couro macio, do tipo que bufa quando a pessoa senta, pode ser algo definido como “bem acabado”, “bem feito”, “obra prima” etecetera. As portas, tanto a da direita como a da esquerda, madeira escura com detalhes brancos, maçaneta dourada, bem, também pode acabar chamando sua atenção. E é verdade que o imenso candelabro que pendia do teto só podia ser coisa de outro mundo. Nem anões teriam mão boa o bastante pra fazer um troço lindo daqueles.

Mas não se engane. Não havia nada de especial na Antessala da Morte.

Exceto os cinco mortos. Talvez eles fossem interessantes.*  

Estavam no mundo dos vivos ainda agora, minutos atrás. Ou assim pareceu, pois de repente se viram sentados nas cadeiras confortáveis, apenas sentados... como que esperando, como se estivessem ali há um bom tempo, apenas dormindo acordados, sonhando com o mundo dos vivos. Se sentiam estranhos.

E estavam amarrados uns nos outros. Com correntes de bronze, chiques e enormes e pesadas. Grilhões bem fechados nos pulsos e nos tornozelos. Usavam roupas laranjas, largas demais. E só.

Ouviram passos que vinham de trás da porta da direita. Uma maçaneta girou, uma folha se abriu e dois homens apareceram. Um deles carregava 5 grandes livros de capa dura e dois pergaminhos. O outro, as mãos seguras atrás do corpo, disse:

Olá, senhores.

Tinha um bigodinho, cabelo liso, usava roupas bem passadas, bem coladas ao corpo, totalmente sob medida. Seus sapatos brilhavam, refletindo as luzes mágicas do candelabro do teto. Sua voz era um tanto grave, musical, como se estivesse interpretando um personagem de ópera ao invés de estar simplesmente conversando.

Quanto aos cinco, se tentassem se levantar, descobririam não ser possível. O máximo que conseguiam eram se remexer no assento e ganhar como resposta uma bufada do couro macio.  

Meu nome é Gerovíngio e este ao meu lado é Aurélio, nosso arquivista disponível. ─ Ele fez um pigarro, limpando o gogó melodioso de barítono. ─ Esta é a Antessala da Morte e vocês, sinto muito, estão mortos. Normalmente os mortos são encaminhados para outros departamentos, só alguns vêm parar aqui, e os que aqui chegam são aqueles que merecem uma segunda chance, de modo que nós oferecemos o espaço ao morto, para que efetue a própria defesa em prol da vida. Infelizmente, não podemos convocar testemunhas.  

Gerovingio girou e pegou um dos pergaminhos com Aurélio, um sujeito baixo, cabelo liso tigela, roupas apertadas, sob medida, sapatos tão lustrosos quanto os de Gerovingio. Este abriu o pergaminho e o leu em silêncio.

E ficou lendo.

Depois de um tempo enrolou o pergaminho e pigarreou. Parecia um pouco surpreso.

Devo adiantar que será uma sessão ordinária de grande porte. Isso não acontece desde... faz tempo que não acontece. Um júri popular foi convocado. Então estejam prontos para ganhar o carisma deles. E o promotor é um homem sagaz. Vocês só devem responder o que ele perguntar, nem mais nem menos...

Devolveu o pergaminho para Aurélio. Depois traçou as mãos novamente atrás das costas.

Este é o momento de fazerem perguntas antes de entrarem. ─ E fez um sinal com a cabeça para a porta da esquerda. ─ Prometo esclarecer qualquer dúvida dentro da minha autoridade de conhecimento.  

E Gerovingio certamente mentiu quando disse “sinto muito, estão mortos”. Não sobre o “estão mortos”, isso era a pura verdade. Mas mentiu quanto ao sentir muito.*

Spoiler:


Última edição por NR Sérpico em Seg Fev 22, 2016 6:47 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Knock Qui Nov 26, 2015 2:23 pm

Passos. Passos.

Sabe quando se está dormindo e acordando repentinamente com a visão dando voltas buscando perceber onde está? Como se a memória não acordasse junto e você tentasse puxar de outro lugar além da mente o fato de como você chegou onde está... Como se tivesse apagado em um lugar e acendido em outro... Foi o que eu senti.

Acordei. Talvez estivesse dormindo de olhos abertos, mas sentia a respiração baaixa, ritmos cardíacos aquém daqueles das aventuras, uma expressão suáve de descanse e luta para recuperar as forças.

Era como nos dias que eu estava cansado e ouvia as aulas teóricas das finanças e comércio de meu pai. Eu sentava e sentia as mesmas coisas e de repente eu lembrava que não deveria, nem poderia dormir à frente dele, de que eu estava ali por um motivo importante, então eu inconscientemente respirava fundo e forte e me mexia na cadeira e despertava. Fora exatamente isso o que aconteceu.

Respire fundo e forte, arregalando os olhos, virando a cabeça para lembrar como havia chegado ali... Onde era ali? O que eu estava fazendo ali? Como havia chegado lá?

Minha mente não me respondia. Então progressivamente fui notando as características do lugar, começando pelos grilhões que me prendiam nos pés e nas mãos, me deixando junto de outros quatro indivíduos, os quais eu não conseguia ver muito bem.

Notei de imediato a cadeira e o som que fizera quando despertei. Eu não conseguia me mexer... Tinha de aceitar ficar parado. Foi quando meus olhos correram a sala.

Silêncio, aparentemente quebrado por mim e restabelecido novamente. Um candelabro enorme digno de palácios erguido no alto da sala, sala que era impecável, com detalhes que nunca havia visto. Nunca havia visto. Além disso, minha armadura havia sido removida e minhas espadas haviam sido retiradas do meu domínio. Pensei só em uma coisa... "Estou preso... Mas uma roupa laranja? De qual reino será?"

Passos.

O silêncio fora quebrado pelo barulho de passos. Abriu-se a porta da direita. Um homem aparentemente mais baixo que eu entrara na sala seguido por um homem mais baixo que ele, o qual carregava cinco livros e dois pergaminhos... Parecia pesado. O mais alto não portava nada. Só mãos para trás, talvez fosse maior em hierarquia.

Entrou e foi logo falando:
Olá, senhores. Meu nome é Gerovíngio e este ao meu lado é Aurélio, nosso arquivista disponível. Esta é a Antessala da Morte e vocês, sinto muito, estão mortos. Normalmente os mortos são encaminhados para outros departamentos, só alguns vêm parar aqui, e os que aqui chegam são aqueles que merecem uma segunda chance, de modo que nós oferecemos o espaço ao morto, para que efetue a própria defesa em prol da vida. Infelizmente, não podemos convocar testemunhas.

Voz grave e melódica. Lembrava a minha. Combinava perfeitamente com o traje que carregava. Tão lustroso quanto os sapatos, seus modos não pecavam e inclusive mostrava uma aparente sensibilidade pela nossa morte.

"Espere. Mortos?" pensei.
Senti minha boca abrir com a mandíbula caída descrente daquele fato. Eu não falava nada. Taquicardia. Taquipnéia. Nada mais. Podia imaginar o riso na mente daquele tio perante minha notória reação.

E ele continuou falando. Estávamos prestes à entrar em um tipo de julgamento... Um tal de juri popular. E eu só pensava "que merda, que merda". Me conformei. Eu estava morto e pronto. Abaixei a cabeça... Pensei em meu pai, em meu mestre. " Que merda", eu pensava.

Então ele falou em um momento para perguntarmos o que quiséssemos e ele responderia se fosse capaz. Sorri em minha mente. Ele não deveria ter feito aquilo. Milhares de perguntas começavam a surgir na minha mente... Desde as coisas mais triviais como quem havia feito aquele lustre, como trabalhar na sala de arquivos, como pegaram o tapete? Qual seria o pagamento deles. Eu poderia passar a eternidade perguntando coisas... Isso se fosse eterno... Mas pela rapidez que falava, teríamos um certo limite.

-Você é humano? Pq as correntes? Pq laranja nas roupas? Para onde eu irei se for mal no julgamento? Quais as regras para ser bom segundo a óptica daqui? Aqui a gente come como quando vivos? Vocês estão mortos também?

Pensei em perguntar poucas coisas, mas ao abrir a bica, uma avalanche despencou, me Conti um pouco envergonhado com uma possível repreensão, tive receio, pois não podia me mexer, mas já era tarde e as perguntas haviam saído em bom som.

Eu olhava confiante, tentando esconder o receio.

Eu estava lá às margens de um mar desconhecido, talvez tudo o que havia aprendido e feito enquanto vivo, não valesse de nada ali, talvez nada além de me julgar. Mas resolvi me focar e aprender o que podia ser aprendido. Me fiquei a perceber os padrões comportamentais, perceber algum detalhe a mais.

Não sabia o que procurava, mas por isso via tudo com descrição e atenção. Queria aprender se fosse possível e me safar se pudesse... Embora não desse pra fugir da morte.

Era só o começo. Não iria me desesperar. Ainda havia esperança.





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Mensagem por Hummingbird Qui Nov 26, 2015 7:45 pm

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De repente quando me dei por mim, acho que estava num sonho. Não sei explicar direito, eu estava lá, andando pra lá e pra cá enquanto conversava com Ifrit e, de repente, BUM!

Acho que dormi.

...

Senti uma forte dor na nuca, balancei o pescoço como se tentasse massagear aquela região. Meus olhos, ainda um pouco pesados por causa do sono, piscaram lentamente até me permitirem observar o local em que eu estava. A primeira coisa que vi foi aquele tapete. Parecia bem aconchegante, peludo, mas eu era tão pequeno que sequer meus pés tocavam o chão enquanto eu estava sentado na cadeira. Balancei os pés instintivamente, tentando tocá-lo. E nada. Então reparei num barulho. Correntes? Atento, rapidamente ergui a cabeça e olhei pros dois lados. Vi pessoas. Quero dizer, acho que eram pessoas né? Estavam numa situação parecida, e foi aí que me dei conta; estávamos todos sentados em cadeiras, muito aconchegantes também, talvez até mais do que o tapete. Estávamos presos, a julgar pelos grilhões em nossos pulsos, correntes e tudo mais. Ao menos a cadeira era confortável. Mas sabe o que era mais esquisito nisso tudo? Eu não tive nenhum sinal de Ifrit desde que cheguei. Somente o silêncio. Ah! E por falar nele, se não me falha a memória, estávamos conversando pouco antes de eu adormecer e vir parar aqui. Lembro de estarmos discutindo algo, ele resmungava bastante, como sempre, mas eu não me lembro direito o que.

— Ei! Eu conheço você! - Disse, ao reparar que, entre nós, havia um muito maior do que os demais. Sim, sim, não faz muito tempo desde que o vi pela primeira vez. — Como vai, grande Ho? Puxa, você continua enorme, hahaha! - Tentei parecer simpático, apesar da timidez. Sorri, meio desajeitado, em seguida me ajeitei na cadeira. Pensei em me apresentar para os demais, mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ouvi passos. Não demorou até que entrassem duas criaturas na sala. Pararam ali perto, começaram a falar, e dentre as coisas que ouvi, uma delas me chamou atenção. Tanto é que gargalhei, não consegui segurar;

— Mortos? Hahahahaha! Isso explica tudo! - Concluí. Quando aquelas palavras entraram em meus ouvidos, foi como o gatilho para completar minhas lembranças. Agora sei porque eu estou aqui. Foi o Ifrit. Ao mesmo tempo eu senti tristeza, um aperto. Engraçado é que a dor não parecia incômoda; era como se ela estivesse e ao mesmo tempo não estivesse lá. Esquisito. Mas eu senti. Estava um pouco decepcionado, sim, pois eu não esperava que o Ifrit fosse tão longe apenas para ter controle do meu corpo. Abaixei a cabeça, meio cabisbaixo. Esqueci dos demais, fiquei em silêncio. Não tinha dúvidas. Apenas fiquei balançando os pés, pra frente e pra traz, aguardando o que viria depois...

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Mensagem por Pacificador Sáb Nov 28, 2015 6:43 pm

Eu estava caminhado por um bosque, estava olhando ao redor a diversidade da flora. Era  algo que me deixava despreocupado. Dando apenas mais um passo meu corpo começou a pesar, e ao poucos meus passos foram se tornando um fardo insuportável, minha visão ficou turva e consequentemente oscilava e escurecia e tornava a enxerga por breves segundos, logo em seguida me lembro de ir em direção ao chão então... Não me lembro.

A grande questão que estava a minha frente era; como falar sobre morte quando eu não  sei o que é a vida. Estava naquela sala, confuso, normal. Na maioria das vezes o continente me deixava confuso, mas eu sempre aprendia e me aprimorava, mas estar naquele local era algo... Estranho, até mesmo para o mundo. Em meus devaneios me lembrei de algo simples, havia falecido. Algum problema interno no meu corpo? Uma data de validade talvez, eu simplesmente havia perdido algo único, a vida.


Comecei a ouvir passos, e só nesse momento pude constatar que não estava sozinho, sorri para os demais, pelo simples motivo de conhecer a solidão, mesmo na morte não queria estar sozinho.Ouvi as palavras do homem que se chamava Gero-Vingio. Observei por breves segundos não aceitando aquilo, estar morto era diferente de estar vivo? Bem, eu entendia um pouco do que estava para acontecer, a sociedade também tinha tribunais... Eu acho. Era um tribunal? Espera!

-Ehh! Eu não posso morrer! Os guardiões disseram para eu me adaptar! Ei, eu posso voltar? Por favor!- Por alguma razão comecei a não aceita aquilo, não era por mim, ela pelos guardiões, se eu estava morto não podia continuar a razão na qual eu fui criado, adaptar e aprender. Mas se bem que  mesmo na morte você aprende algo. - Por favor, Gero-Vingio.-

Tentei me acalmar, nunca sabia quais eram aquelas emoções, talvez na morte as emoções si desenvolveram de uma maneira errada, ou talvez eu sempre tive emoções mas nunca tinha um motivo para entende-las.

Me movi na cadeira logo um *puf* pode ser ouvido, não conseguia ficar parado, parei por breves segundos as correntes haviam tomado minha atenção e logo em seguida, o couro  qualidade estranha, isso era bom? - Uma segunda chance?- Perguntei sem nada em mente, algo que garantia uma segunda chance na vida sempre pedia algo em troca, pelo menos esse era o sermão dos guardiões, se bem que um homúnculo é uma segunda chance, não mentalmente mas para os restos que estavam antes de mim.

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Mensagem por Kaede Dom Nov 29, 2015 5:04 am

Ao abrir os olhos a primeira coisa que vejo é a cor laranja, ergui a cabeça e me encontro em uma sala com outras pessoas ao meu redor, sendo nenhuma conhecida e ao me movimentar escuto um barulho de correntes, foi aí que percebi que eu estava preso junto a eles e sentado em uma cadeira.
Não estava entendendo nada dessa situação, há segundos atrás eu estava...

_Argh..._ Dei um rápido grito de dor, pois minha cabeça doía ao tentar me lembrar, mas mesmo com a dor forcei minha mente e parecia que minhas memórias vinham aos poucos, não muito objetivas... na verdade bem embaralhadas...

Minhas memórias me fizeram acreditar que minutos antes eu estava na Península de Ruff, na sombra de uma árvore, olhando o mar e com o corpo exausto do treino matinal, mas depois tudo ficou confuso, vi memórias do meu primeiro beijo com Melanie, dos treinos do vovô e os estudos com Jorlos foi então que escutei...

_Esta é a Antessala da Morte e vocês, sinto muito, estão mortos._

Perdi toda a concentração e me deparo com dois seres em minha frente, falando que eu e os outros ali presentes estávamos mortos. Tentei me levantar e não consegui, observei o meu corpo e percebi que o laranja que eu tinha visto ao abrir o olhos era o traje que usava agora, porém meu corpo estava normal... sem sentir dor, sem machucados, cicatrizes... Eu ou outro qualquer na sala não poderia estar morto, bem...talvez o esqueleto esteja.
Olhei para esquerda e observei o Ghoul e minha cabeça voltou a doer me fazendo lembrar que Jorlos uma vez me falou, que existem magos necromantes que se tornam uma espécie de morto vivo. Isso me fez pensar que o ghoul poderia estar há pouco tempo na sala e que não se encontrava naquele estado por estar esperando por tempo de mais e acabou se deteriorando com o passar do tempo.

Resolvi me conformar com a “minha morte” e procurar buscar o melhor dessa tal “segunda chance” já que isso tudo estava me parecendo uma brincadeira, ou talvez fosse algum teste surpresa da academia de magia de Cobernick para que eu possa ser aceito...
Quando o homem parou de falar e traçou as suas mãos nas costas dando a oportunidade de sanar algumas dúvidas logo de maneira educada e clara lhe perguntei.

_Me desculpe senhor, mas poderia me dizer como foi que eu morri e cheguei até aqui? Minha cabeça dói toda vez que tento me lembrar de algo!_

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Mensagem por Bones Dom Nov 29, 2015 11:10 am

Sua passagem pelos bosques de Hilydrus não foi exatamente como planejou. Era apenas uma questão de se aproximar de um tempo, buscando tentar se redimir com os deuses e talvez poder morrer de forma apropriada, mas as pessoas comuns se mostravam intolerantes e hostis, não importando onde fosse.

Quando se deu conta, já estava fugindo deles, correndo e tentando se esconder, mas nada que pudesse fazer a respeito dos cachorros, sempre os malditos cachorros, uma aversão pessoal quanto a eles, algo bem pessoal, principalmente por ficarem lhe roendo inteiro...

Foi levado até a praça da vila, jogaram todo tipo de coisa, berrando insanamente sem repararem que os verdadeiros monstros ali eram eles próprios. Não disse nada, sabia que não adiantaria, não havia equilibrado mentalmente o suficiente que o ouvisse naquele momento, tudo que restava era esperar o que ja sabia.

Tentaram afogamento, queimado, desmembrado, golpeado... Faziam fila como se fosse a diversão da cidade. "Mata o morto! Quem é o próximo?", podia jurar que ouviu alguém gritar aquilo. Durou dois longos dias tudo aquilo, sempre recomeçando quando percebiam que ele voltava "a vida", até que um clérigo chegou na vila. "Finalmente alguém mais sensato!" foi seu pensamento, logo antes de ver as ferramentas que ele trazia, mudando seu pensamento para "ótimo, eu achando que era solução e me trouxeram um especialista..."

Após horas de mais tentativas, a vila inteira a mando do clérigo começou a orar, uma oração diferente das convencionais, uma que ainda não havia presenciado, lhe causando uma sensação estranha, como se estivesse sendo puxado dali. Se já não tivesse passado por aquilo antes, poderia acabar num pânico, mas ele sabia exatamente o que acontecia: estava morrendo.

Após um clarão, se viu sentando naquelas cadeiras, acordando com o som da porta. Para sua surpresa, dessa vez haviam outros ali, dois deles pareciam que até se conheciam, sendo ele provavelmente o ultimo a ter despertado. Era Gerovingio e Aurélio quem adentravam, como da ultima vez, pelo visto um protocolo tão rígido quanto sua aparência exalava, começando com seu discurso habitual.

As reações eram as mais diversas de seus "colegas", uns desacreditados e outros tentando barganhar. Esperou os outros se acalmarem e fazerem as perguntas, passando ele próprio meio despercebido até aquele momento, aguardando a oportunidade e chance de poder falar com seu jeito tradicional e informal de ser, cruzando a perna direita na altura do calcanhar sobre o joelho direito, juntando as mãos e cruzando os dedos.

- A quanto tempo Gerovingio. Aurélio. Já faz uns bons anos não?  O promotor ainda continua gargalhando pelo que fez comigo, né?

Não era a primeira vez que Bones havia passado por aquilo, já esteve ali antes, quando "morreu" e acabou preso naquela forma de esqueleto. "Banido da Morte" foi o que colocaram em seu caso, uma punição que ele entendia muito bem o sentido dela, o prendendo no mundo dos vivos como castigo por tentar ser algo além do que um simples mortal...

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Mensagem por NR Sérpico Ter Dez 01, 2015 2:37 pm

2. Você viveu sua vida: o que está feito, está feito

Ho falou primeiro. Muitas perguntas. Gerovingio remexeu o bigode, talvez arrependido em ter garantido responder tudo que pudesse. Eram muitas perguntas mesmo.

Senhor...

E olhou para Aurélio, que sussurrou em auxilio:

É Ho.  

Senhor Ho ─ disse Gerovingio, limpando a garganta. ─ Bem, as correntes e as roupas são procedimento padrão deste departamento. Alguns de fato merecem as correntes, por um longo histórico de mal comportamento, em vida. Comportamento hostil. De modo que merecem as correntes. Outros não merecem. Mas a Antessala da Morte é um ambiente de ordem e unanime. Toda norma deve ser igual para todos. ─ Pausou, chupando o ar. Fingiu que tinha esquecido a primeira pergunta de Ho. Foi para as próximas: ─ Se você for condenado pelo júri, bem, será transferido para um dos sete lugares pra onde vão as almas, conforme a lotação. As regras para ser bom? Isso depende do júri. Em geral, são considerados bons aqueles que viveram em devoção para algum deus benigno, aqueles que desenvolveram empatia pelos próximos ou até mesmo aqueles que sempre honraram as autoridades do seu tempo, isto é, o seu governo, o seu rei. Mas isso varia muito, são pontos soltos na costura. Por isso o júri terá um tempo para avaliar cuidadosamente a vida de vocês, que está toda impressa nesses livros.

Realmente, eram livros bem pesados. Mas Aurélio permanecia com a compostura inabalável.

Sobre comida ─ continuou Gerovingio ─, sim, vocês comem, mas não é uma necessidade como quando se estão vivos. Seus corpos não precisam de comida, é a mente que não consegue esquecer a mastigação e acaba dando a impressão de fome. Esse é um pequeno traço que vocês trazem consigo e demora um pouco para superar. Parece estúpido, mas é verdade. Depois de um tempo o morto acaba acostumando a mente. E aqui... aqui nem todos estão mortos. Aqui é um plano intermediário, o submundo, e há vivos que possuem acesso a este lugar, de modo que nem todos são mortos. E há outros seres que os termos vivo ou morto simplesmente não se aplicam.

Ele fez um silêncio sugestivo. Talvez ele e Aurélio e todos na Antessala fossem daquele tipo. Apenas seres que existem ali, no não lugar, no submundo, trabalhando num departamento que trata da vida e da morte sem se preocuparem eles próprios com esses termos. Eles apenas eram.

Gerovingio ignorou o rompante de Sean, e tentou não se irritar com o balançar de pernas dele, fazendo as correntes rangerem.

E então olhou direto para Balltier, que era um exemplar curioso para estar ali. Um homúnculo morria? Moveu a cabeça de lado, os ouvidos em pé para ouvir Aurélio dizer, sussurrando:

Esse aí é o senhor Balltier El Raziel... É um homúnculo.

Sim, senhor Raziel ─ Gerovingio se moveu dos calcanhares para as pontas do pés e depois de volta para os calcanhares. ─ Parece que você pode morrer. De alguma forma. Mas você pode voltar. Como expliquei para o senhor Ho, sendo absolvido no julgamento, você pode escolher voltar para Lodoss.

Então Sollrac entrou no jogo, querendo saber como morreu. Desta vez Gerovingio não precisou requisitar Aurélio para saber quem era o morto. E sabia até mesmo a causa da morte. Disse:

Senhor Senun, o senhor foi consumido em chamas por uma besta alada e furiosa, que não tinha exatamente nada contra o senhor e os próximos ao senhor na hora da desgraça, mas, de tão irracional, ela simplesmente atacou a todos fazendo chover fogo. Sinto muito. E, depois de morto, você apareceu no lago Bodom, foi secado e vestido e encaminhado para cá, assim como todos vocês. Não controlamos quem aparece aqui, quem tem ou não direito a uma segunda chance. Apenas prestamos assistência àqueles que chegam... E se quiser uma dica pessoal, não tente lembrar. Mantenha sua cabeça sem dores. Vai precisar estar funcional daqui a pouco, no julgamento.

Bones, ao contrário, lembrava bem da morte. Algo nada heroico ─ mas que morte era heroica, afinal? Demonstrou conhecer Gerovingio e Aurélio e a Antessala da Morte.

Gerovingio remexeu a boca, o bigode subindo e descendo. Desconfortável.

Desculpe senhor, mas temo não me lembrar de vo

É o senhor Varsok ─ cortou Aurélio. ─ Ele era

Ah, sim. Lembrei. ─ Gerovingio fez de novo a dança dos calcanhares para a ponta dos pés. ─ O promotor não tem tanto tempo de sobra pra ficar lembrando casos antigos, senhor Varsok.

Ele caminhou até a porta da esquerda, e a abriu um pouco, espiando lá dentro, depois abriu de uma vez as duas folhas da porta e se voltou para os mortos.

Pois bem senhores, me acompanhem. Já irei acomodá-los na sala. Deve começar em breve.

E fez sinal para eles, para que entrassem com ele. Agora sentiam que podiam se levantar. Mas se sentiam meio lentos, dóceis, como que incapazes de qualquer ação enérgica demais. Era apenas uma sensação, nada mais... Mas de qualquer forma, estavam limitados pelos grilhões e correntes. Não podiam dar um passo mias largo do que um metro, e a mesma medida ditava o quão longe podiam ficar uuns dos outros.

Passaram por dois guardas postados ao lado da porta, do lado de dentro.

Era um salão comum, piso porcelanato cinza, reflexivo, de modo que conseguiam ver o próprio reflexo no chão. A luz do local vinha dos inúmeros archotes chamejantes das laterais da sala, nas paredes e nas pilastras. Essas pilastras serviam para sustentar as galerias laterais, em que, olhando lá pra cima, era possível ver pessoas se acomodando em cadeiras envernizadas. Espectadores. Ou júris.

Outra parte da luz do local chegava da lua e das estrelas ─ lua e estrelas? Hm ─ que eram visíveis do teto do salão. Por um momento qualquer um podia pensar que o local tinha o teto aberto, mas não: era, logo se percebia, uma nave, uma redoma, como numa igreja, feita de vidro ou outro material transparente, de modo que o céu lá fora ficava bem visível. Um estrela cadente, verde, passou rasgando.

Boa hora pra fazer um pedido.

O juiz já estava lá, vestindo o preto no formato de capa, atrás da bancada central sobre o alto estrado. Estava sentado, segurando uma lente à frente do olho esquerdo ─ pois no direito havia um tampão ─ para poder ler o pequeno livro aberto em suas mãos calejadas. O nome do livro era “Homúnculos sonham com ovelhas de carne e osso?”

Não parecia tão velho, tinha os cabelos apenas grisalhos. Sem barba. Ele continuou lendo enquanto Gerovingio guiava os cinco mortos para outra bancada, no centro do salão, de frente com o juiz. Não foram libertados das correntes, então teriam de sentar na mesma sequência de antes, em cadeiras parecidas com as de antes, macias. Sobre a bancada em que poderiam apoiar seus cotovelos haviam copos com água, caso quisessem molhar a garganta.

Gerovingio se sentou por perto, ao lado de Ho. Estaria ali para esclarecer as dúvidas dos mortos. Não os defenderia ─ isso eles mesmos teriam de fazer.

Aurélio levou os livros para uma parte inferior da bancada, longe do juiz. Provavelmente era o local onde o promotor deveria ficar. E depois o arquivista mirim ficou de canto.  

Houve movimentação num dos lados da galeria, lá em cima. O juiz parou de ler e olhou para o alto, como que contando. Tinha entrado mais gente.

A porta pela qual os mortos entraram foi fechada pelos guardas.

Gerovingio arrumou o cabelo, já arrumado, com as mãos.

Outra estrela riscou o céu através do vidro.

Alguém na galeria começou a tossir e saiu. O juiz olhou pra lá de novo. Gerovingio também.

Esperaram.

Esperaram o que?

Um homem surgiu por uma porta dos fundos, foi até o juiz e sussurrou algo em seu ouvido.

Algumas conversas paralelas começaram nas galerias. E o juiz falou:

Ordem! ─ Sua voz era baixa, rouca, mas de alguma forma houve silêncio no ambiente. ─ Acabo de receber a notícia de que o promotor não poderá vir por motivos pessoais.

Houve conversas paralelas de novo.

Ordem, ordem. Vamos começar essa audiência sem ele. Minhas instruções são, agora, para que o júri elabore perguntas aos réus, para traçar um perfil inicial e ajudar em seus posteriores julgamentos. Aurélio, leve os livros para eles.

Aurélio pegou os livros de volta e subiu por uma escada lateral, deixando os livros em algum lugar lá em cima, na galeria da direita. Havia dez pessoas naquela galeria.

Dos dez, oito eram mulheres. Alguém entrou pela porta, lá em cima, na galeria, o rosto vermelho de quem acabou de enfrentar um ataque de tosse, era um senhor de barba branca (então o corpo era formado por 11 pessoas). Aqueles ali certamente eram o júri. Alguns deles conversaram baixinho, não dava pra ouvir, mal dava pra ver suas bocas se movendo. Olharam para os mortos, analíticos. Duas mulheres foram consultar os livros. Um dos homens pareceu estar escrevendo enquanto duas mulheres gesticulavam ao seu lado, ditando as questões. Sinalizaram para Aurélio que foi até eles, pegou o papel, desceu da galeria e o levou até o juiz.  

O juiz, para os mortos:

Eu sou o juiz Russelo, e peço para que se apresentem formalmente diante de todos aqui, um de cada vez por favor.

Todos faziam extremo silêncio pra poder ouvir a voz baixa dele. Gerovingio recomendou que, na hora da apresentação, ficassem de pé. Depois das apresentação Russelo emendaria algumas das perguntas escritas no papel:

─ Agora, o júri deseja saber: por que você merece viver? E o que você faria para ter sua vida de volta?

Gerovingio sussurrou que eles podiam sentar, com exceção daquele que fosse a vez de responder. E recomendou para que respondessem olhando para o júri.

Dentre o júri, as duas mulheres ainda liam os livros. E um homem, mais afastado e com chapéu, parecia cochilar, ou apenas absorto, pouco interessado. Mas o restante estava de olho neles. O senhor com tosse massageava o peito. O outro homem, que escrevera as perguntas, parecia fazer algumas anotações, ou futuras perguntas. Outras duas mulheres, os cabelos loiros pálidos à luz da lua, também pareciam escrever algo na medida que olhavam para eles. Olhavam para Ho e escreviam algo, olhavam para Bones e escreviam algo, olhavam para Sean e tomavam outra nota, e assim por diante. Estavam analisando. E estavam esperando as respostas.


Última edição por NR Sérpico em Seg Dez 07, 2015 11:01 pm, editado 1 vez(es)
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[Comum] Considere-se morto Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Kaede Qui Dez 03, 2015 8:13 am

Estranhei a explicação do homem, mas decidi aceitar.

_Criatura alada atacando? Putz..._ Pensou o rapaz.

Após dar a explicação a todos os presentes ele caminhou até uma porta e nos dando instruções do que ocorreria. Ao me levantar me senti exausto e em fila eu e os outros fomos para dentro de outra sala, acho que era a corte. Passei por dois guardas que estavam postados à porta, um de cada lado.
Comecei a observar o local e pude ver o quanto era grande e de certa forma majestosa a corte, com muitas pessoas procurando se acomodarem para o que estava por vir.

_De onde serão todos? Não vejo nenhum conhecido... _ Pensava mais uma vez o rapaz.

Depois de algum tempo, quando todos os presentes na corte pareciam organizados, um homem aparece por outra porta e segue até o juiz e lhe diz algo em seu ouvido, causando um “zum-zum-zum” na corte.

_Ordem!_ Foi o que saiu da boca do juiz seguido da explicação sobre um promotor que não estaria presente, porém mesmo assim o julgamento teria inicio. Engraçado que a ausência do promotor e o pedido de ordem do juiz só fez o povo cochichar mais um com os outros...

Com mais pedidos de ordem e os presentes se calando, o juiz deu instruções ao júri e em seguida se apresentou.

_Eu sou o juiz Russelo, e peço para que se apresentem formalmente diante de todos aqui, um de cada vez por favor._

Após a apresentação do juiz Russelo, Gerovingio, o homem que estava comigo e os outros desde a outra sala nos deu instruções para a apresentação e mesmo assim esperei os outros se apresentarem para poder observar melhor o que poderia ocorrer e algumas apresentações depois, decidi que era a minha vez.
Fiquei de pé e fiz contato visual com o júri e o juiz, me curvei um pouco iniciando a minha apresentação e depois ficando de forma ereta e firme com a voz limpa me apresentei...

_Olá a todos. Meu nome é Solrac Senun, em vida eu era um morador da Península de Ruff, Morava com minha mãe e avô, com quem estudei esgrima e também sou um estudante de magia que estava se preparando para ser aceito na academia de magia de Cobernick._

Em seguida vieram as perguntas e como o Gerovingio tinha instruído, voltei meu olhar para o júri e lhes dei as respostas.

_ Senhores, ainda sou muito jovem e não conclui meus objetivos em vida.
Estou a iniciar uma jornada em busca de conhecimento para descobrir o que eu realmente possuo, pois carrego comigo desde que nasci uma estranha anomalia que me altera não só físico como também emocionalmente e creio que o meu braço seja o inicio da mesma._

Nisso levantei a manga do traje deixando o braço dracônico amostra para todos e continuei com a resposta.

_ Essa anomalia estranhamente parece me dar algum tipo de poder mágico e como meu antigo professor de magia me falou: somente Cobernick poderia me instruir da melhor maneira de poder usa-la sem poder prejudicar as pessoas que amo e a mim mesmo. _

Nisso abaixei a manga cobrindo o estranho braço e lhes dei a resposta para a continuação da pergunta.

_ Quanto ao que eu faria para ter a minha vida de volta? Bem..., eu não sei o que eu faria, mas eu nunca seria capaz de tirar uma vida inocente para isso senhores!_
Com as respostas dadas, aguardei o próximo e me sentei, fiquei observando como o júri tomava nota das coisas e nisso me perguntava como estaria as pessoas que amo, mamãe, vovô, mestre Jorlos e Melanie. O que estariam fazendo nesse momento e como estariam lhe dando com a minha morte se isso tudo que eu vivi desde que acordei trajando laranja for verdade?
Percebi que aos poucos eu estava divido com a opinião se realmente isso fosse a vida pós-morte ou algum tipo de teste da academia de Cobernick...

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Mensagem por Knock Sex Dez 04, 2015 5:11 pm

Gerovíngio tirou alguns dos meus questionamentos, privilégio que, pela cara que fizera ao ouvir minhas perguntas, não se repetiria; talvez eu houvesse perdido a chance de perguntar algo mais profundo, como um rapaz talvez tenha feito, perguntando sobre as circunstâncias de sua morte, mas não sei ao certo se havia uma pergunta tão profunda que eu pudesse ter feito, além daquelas poucas. Dava para tirar um material informativo suficiente a uma primeira chance de esclarecimento. Então entendi e agradeci pelas respostas com um singelo acenar positivo com a cabeça.

Depois da resposta dada a todos os que perguntaram, notei o jovem Sean, o qual havia conhecido há pouco tempo e tentei cumprimenta-lo de longe:
--Olá, Sean! Continua pequeno!Haha—Sorrir aqui é complicado para você não? Não se preocupe. Só esteja alerto.—Não sei por quê, mas talvez eu tenha falado aquilo para mim mesmo. Mais outros sujeitos estavam o nosso lado, mas talvez não houvesse tempo para apresentações ali, nem talvez força vontade.

Gerovingio indicou que era o momento de entrarmos na outra sala. A hora do julgamento começaria. Finalmente sentia que podia me mexer, mas aquela corrente de bronze... finalmente sentia o tapete felpudo, mas... mas nada me cheirava bem... era encantador, mas não especial. Não sei por quê, mas quando me levantei lembrei que nada era o que parecia ser... Lembrei de mim mesmo. Minha mente sempre me guiava a esses tipos de pensamentos. De repente fiquei receoso, mas não deixaria isso ficar óbvio... Tentaria até esconder as microexpressões “num” rosto relaxado e despreocupado.

Entramos na sala; dois guardas nas portas fazendo a guarda, logo tentei ver os detalhes das armas, armaduras, símbolos, tentei ver os olhos deles, expressões, em qual das mãos ou dos lados do corpo tinham a espada mais próxima, assim com as alturas. Entrando na sala, vi rapidamente possíveis rotas de fuga, expressões daqueles que estavam ali. Eu queria fugir? Lutar? Não... era só o instinto que era em mim...

Ao entrar as estrelas e a lua adornavam o teto, mas não eram pinturas, eram de verdade. Talvez nessa hora eu tenha tremido. Acho que havia pensado que submundo era em baixo, mas estávamos tão perto das estrelas que elas passavam raspando em uma cúpula transparente que fazia a divisão entre o céu e o lugar onde estávamos... Acho que estávamos no céu. Sorri com o canto da boca pensando no quanto eu tinha de aprender... Pensando no quanto eu era pequeno.

Gerovingio nos guiou para onde haveríamos de sentar. Vi o juiz o qual estava lendo um livro, algumas pessoas que já estavam presentes, os quais mais tarde eu descobriria que se tratava do júri, e outros que estavam chegando, os quais haviam ido para fazer algo... que eu não sabia o que era... Talvez passar o tempo... se divertir, dormir... Sorri em minha mente com a ideia ou com nada hm.

Houve movimentação no local. Um senhor tossindo me fez olha-lo, mas como ele saiu rápido, procurei detalhes que me permitissem perceber algo do júri; O juiz disse que começaríamos sem o promotor, tentei perguntar a Gerovingio se isso poderia nos prejudicar, depois permaneci em silêncio.

À ordem do excelentíssimo, Aurélio levou os nossos livros ao júri, o qual prontamente se pôs a examina-los, algumas das oito senhoras que estavam lá. Um senhor dos três homens que compunham o júri aparentemente dormia, tentei ver algo a mais do que ele mostrava... Para mim, ele era o que estava mais esperto. Ou não. “Minha mente e suas probabilidades”, refleti. O juiz se apresentou “Russelo”, Gerovingio se arrumou, o que me deu vontade de me arrumar, mas não conseguia, o chão me refletia... “Não sou feio”, sorri com o meu pensamento.

Duas perguntas, uma apresentação. Foi assim que começou.

“Por quê você merece viver? E o que você faria para ter sua vida de volta?”

Esperei algum tempo para responder, para pensar... “merecer viver”... “merecer”... Esperei alguém falar, um jovem começou: Solrac, nome diferente, falou bem e sucintamente, na minha opinião... Mas de quê minha opinião serviria se não desse certo? Esperei outros falarem, mas como não falaram, me levantei para falar:

— Excelentíssimos, Júri e Juiz, Me chamo Ho o orc.— dei uma pausa, pois não sabia se deveria ficar em pé, tentei ouvir algum conselho rápido de Gerovingio e fiz rápida e calmamente como ele me aconselhara e continuei a fim de responder as perguntas:

— Bem, ao iniciar minha caminhada, meu pai quis me ensinar conforme os planos dele a fim de que me tornasse um comerciante tão bom quanto ele, sendo assim, ainda cedo aprendi a ler, escrever; aprendi sobre pesos e medidas e como administrar tudo, porém eu não me sentia completo... Então percebi meu fascínio pelas artes da guerra, sendo elas, estratégias, artes físicas e os combates. Havendo percebido, meu pai me entregou aos cuidados de um mercenário amigo dele, assim, mesmo com a dor de ter de deixar meu pai, segui. Estava me sentindo bem, caminhando, crescendo, indo rumo àquilo que eu achava ser meu propósito.
Eu seguia em minha caminhada, porém aquilo não me fazia mais sentir-me completo... Então não muito tempo depois, percebi que meu desejo por crescer e evoluir era o que me motivava, sendo assim, meu objetivo mudou e passou a ser crescer e evoluir em mim mesmo e em tudo o quanto fizesse. Assim segui.
No decorrer dessa caminhada, conheci uma doce senhora, a qual para uns não passa de uma senhora chata, mas que para mim é tal qual uma musa— dei uma pausa breve e reflexivamente falei continuando— minha musa inspiradora: A Sabedoria. Ela passou a me guiar e humildemente passei a segui-la em meus dias.
Não passado muito tempo, pude conhecer mais de um dos amigos da Sabedoria, o qual foi rude e ríspido comigo; bateu em minha face várias vezes, me fazendo pensar em desistir em muitas, porém A Sabedoria não deixava, me consolava e me fazia crescer e evoluir... Perante ele também me curvo: O nobre senhor Conhecimento, o qual de maneira diferente da minha Musa, sempre foi generoso e caridoso para comigo, pequeno orc que sou perante eles —Tentava gesticular no decorrer do discurso— Bem, como o propósito que instituí para mim vai além de honrar meu mestre, através da vingança, nem provar que o meu pai estava certo com a decisão de me apoiar, sendo então crescer e evoluir, seguindo a sabedoria, cultivando o conhecimento —Mais uma pausa reflexiva, um leve abrir do olhos— Bem, ficando provado que não acaba quando se morre... Se fosse possível ir a um dos sete lugares daqui, me sendo provável continuar crescendo e evoluindo... Então por quê voltar à vida?! Vida de dores, lutas e lágrimas — Um olhar vago, levemente aberto e um sorriso de canto de boca, dessa maneira refletia e continuava com gesticulações limitadas— Se me fosse possível aprender coisas maravilhosas a ponto de fazer com que essa visão maravilhosa — olhando para o teto e o show de luzes em cima dele— fosse considerada normal a tal ponto de ler um livro debaixo dela e não aprecia-la... Então por quê voltar à vida?! —Perguntei em um tom reflexivo e responderia de maneira equivalente— Bem, porque, excelentíssimos... Por que tenho na misericórdia de vós uma oportunidade de voltar e crescer, evoluir, aprender, viver outras coisas maravilhosas de lá que não vi e que nem sei que existem, mas que eu sei que estão lá; um orc tem a possibilidade de voltar e fazer melhor... talvez até pela vida; dar um motivo para ela sorrir. — dei uma pequena pausa— Estar aqui e depois daqui é veredicto, mas voltar é uma oportunidade e eu gostaria de aproveita-la. E quanto ao que eu faria para voltar para voltar à vida... Eu faria o que já fiz antes —me referindo ao ato da fecundação— Lutaria contra milhares... Contra milhões eu iria para ver a Luz me chamar.

Após terminar, me sentei, ouvi o “puff”. Estava mais tranquilo. Havia me demorado muito, estava até um pouco constrangido, mas por algum motivo eu me sentia mais calmo. Agora era só ouvir o que os outros diriam, ver a reação dos juízes.

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Mensagem por Hummingbird Sex Dez 04, 2015 8:47 pm

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Ho tinha razão. Sorrir naquela situação de repente ficou tão difícil. Eu estava triste. Não! Mais que isso... como é que chamam mesmo? Era uma palavra com D...

— Droga, se ao menos o Ifrit estivesse aqui.. - Resmunguei em meio aos pensamentos.

E então, conversa vai e conversa vem, reparei que aos poucos todos se levantaram. Alerta, ergui a cabeça e olhei para os dois lados como se tentasse entender o que viria agora. Pensei em perguntar para o Ho, mas ele parecia tão compenetrado em seus próprios pensamentos, não sei dizer, estava com uma expressão séria. Olhei para o outro lado, à minha direita estava uma espécie de esqueleto, mas ele era vivo. Enquanto nos levantávamos ainda, tentei me aproximar do tal esqueleto, fixando meu olhar na região do seu peito.

— Ei, você respira? - Indaguei, no auge da curiosidade.

Admito, eu perco a atenção muito facilmente. Era capaz do tal esqueleto sequer responder minha pergunta, que eu logo esqueceria e ficaria obcecado em qualquer outra coisa. E bastou olhar para cima, enquanto entrávamos na tal sala, que já perdi o foco outra vez. Passou uma estrelinha, meio esverdeada. Aquilo me deixou eufórico, e na mesma hora eu puxei um pouco as correntes com meu braço direito, como se quisesse chamar atenção do tal homem-osso apontando para cima;

— Olha! Olha! Uma estrelinha! Não é linda? - As palavras saíam com entusiasmo, aquela estrela me fez lembrar dos meus pais. E por falar em lembrar...

Deprimido!

Era essa a tal da palavra que me fugiu naquela hora. Eu estava mesmo um pouco deprimido, mas, assim que vi a tal estrela passar... não pensei duas vezes; depois de chamar atenção do amigo osso para ver a estrela, fechei os olhos enquanto murmurava; — Se eu morri mesmo, eu quero virar uma estrela tão bonita como aquela... - Em tom quase inaudível, talvez o suficiente para que só o esqueleto ouvisse.


E então, não demorou para que eu fosse obrigado a caminhar junto dos demais - já que estávamos acorrentados - para um outro lado da sala. Tinham cadeiras também, não tão luxuosas quanto as de antes, mas também eram confortáveis, do tipo que "bufa" quando senta. Achei um pouco incomodo, até porque sou muito baixinho, então toda vez que me mexo pra me ajeitar na cadeira, eu afundo e; "Puff", vem o tal do barulho. Fico vermelho de vergonha.

O tal do Gerovingio sentou ali perto, disse que nos daria conselhos sobre como nos portarmos na tal audiência. Eu não entendia muito bem do que estava acontecendo ali, mas eu preferi ficar quieto e deixar os demais falarem primeiro. Enquanto isso, observava em êxtase a maravilha que era aquele céu da noite, com lua e tudo. As galerias com pessoas sentadas, tudo era muito bonito ali, me senti incrível de estar na presença de tudo isso. Aquilo aos poucos foi me deixando mais a vontade, acho que agora eu já estava com mais coragem pra sorrir. Espero que o grande Ho também tenha se sentido melhor... ele me parecia nervoso. E por falar nele, logo depois do tal Solrac, foi o grandão quem falou. Se apresentou, deu seus argumentos, enquanto Gerovingio estava sempre ali, auxiliando como podia. E no fim, mais conversas e murmurinhos lá do alto, da galeria. Decidi então, assim que Ho se sentou, que seria minha vez. Fiz um certo esforço pra puxar as correntes mais uma vez, agora com um pouco mais de calma, para não trazer o amigo-osso junto.

— Errr... Olá! Eu me chamo Sean Lionheart. - Falei, um pouco tímido.

Era mais difícil do que parece falar ali, no meio de tanta gente que ficava me olhando, me encarando como se quisessem me apedrejar ou coisa do tipo. Afinal, o que eu fiz de mal? Eu só morri, nada demais!

E então, chegou a hora. Dizer o porquê mereço viver e o que eu faria para tal. Engoli a seco, meio nervoso. Olhei ao redor, vendo aqueles que se tornaram meus "colegas depois de morto". Ouvi Gerovingio sussurrar algumas coisas, pedindo para que respirasse fundo e então respondesse pausadamente e com objetividade. Pensei um pouco, aquela era uma pergunta difícil pra mim, ainda mais pelo motivo de eu estar aqui. Mas eu de forma alguma culparia o Ifrit pelo que ele fez. Então... como responder sem incriminar meu amigo?

— Na verdade, eu ainda não conheci minha mãe e tenho poucas lembranças do meu pai, já que fui sequestrado ainda muito jovem. Desde então eu tenho vivido por mim, e eu acho que no mínimo preciso ter a chance de achar minha mãe e perguntar isso pra ela. Eu não sei o motivo pelo qual eu nunca a conheci... - E nesse ponto, minha voz esmoreceu um pouco. — Mas eu acredito que tenho esse direito. - Por fim, um longo suspiro. — Eu ainda não sei direito como fazer isso, nem do que sou capaz de fazer para encontrá-la mas, se eu pudesse virar uma estrela bem brilhante como aquela, eu acho que a mamãe ia me ver onde quer que esteja não é? E talvez quem sabe, eu possa fazer ela sorrir, já que eu nunca sequer a vi antes... - Concluí, apontando para o alto, onde havia o tal céu, as estrelas, a lua.

Eu imagino que se o Ifrit me houvesse dizendo isso, me chamaria de idiota. Mas eu acho que ele só não consegue entender que, tudo que eu queria, era estar com meus pais e vê-los sorrir, todos juntos.

Em seguida, voltaria para o meu lugar, me sentando e me reconfortando no acolchoado da cadeira.

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Mensagem por Bones Sáb Dez 05, 2015 7:32 pm

Houveram varias explicações a todos, conforme Gerovingio havia prometido e cumprido, ao que parece sandando a maior parte dessas duvidas iniciais que o grupo lhe apresentou no momento. Entretanto, sem perceber, parecia que havia uma outra dúvida no ar, mas não tanto a respeito da situação, mas sim do garoto ao seu lado, indagando-o sobre sua "condição".


— Ei, você respira?


- Eu mereço... Se ganhasse uma moeda de ouro cada vez que escuto isso, teria meu próprio país a essa hora...

Imaginou ele vendo a reação do garoto frente a uma existência como a dele, embora soubesse que realmente era algo a se chamar a atenção, então mudaria um pouco de postura e daria uma chance ao garoto, sanando sua duvida, além é claro de tirar um sarro da situação.

- Garanto para você que respiro, arroto e se me esforçar consigo peidar e deixar essa sala com fedor de uma cova... heheh

Respondeu ele de forma descontraia, tentando quebrar um pouco o clima de seriedade com que alguns estavam encarando a situação e sem dúvidas realçava bastante se comparado com Gerovingio. Ao avançarem, não deixou de notar a estrela cadente, logo lhe remetendo a memórias a muito esquecidas, de noites que passava com sua amada esposa vendo os céus noturnos, dizendo ela docilmente para fazer um pedido quando via uma estrela cadente, repetindo o gesto, silenciosamente.

- Queria ter tido sucesso no ritual e te salvado, meu amor...

Um tolo e ingenuo pedido, desejando por algo já passado e agora imutável por conta daquele próprio tribunal que encararia novamente. Seja como fosse, estavam entrando agora e procurou prestar atenção nos tipos que iriam compor o jurado, dando uma breve avaliação sobre eles e procurando entender se suas aparências realmente condiziam com suas atitudes, afinal, tudo poderia não passar de uma simples encenação.


─ Eu sou o juiz Russelo, e peço para que se apresentem formalmente diante de todos aqui, um de cada vez por favor.

─ Agora, o júri deseja saber: por que você merece viver? E o que você faria para ter sua vida de volta?


Os outros pareciam mais apressados em mostrar seus motivos e razões, então deixaria que eles falassem primeiro, afinal estava no final da fila, ou seria da corrente, por assim dizer... Um após o outro, foram dando suas explicações e motivos e isso permitia que observasse as pequenas mudanças dos jurados, buscando ver se haveriam reações como espanto ou comoção, quem sabe nojo talvez, mas tudo poderia dar um embasamento sobre como poderia agir no seu momento.

- Senhores do juri, Meritíssimo, meus caros "colegas", acho que vão estranhar minhas palavras, mas não creio que eu mereça outra segunda chance, vocês foram bastante claros quando me puniram da ultima vez, me banindo da morte e afastando de minha amada. E tudo isso por que? Só por ser um marido desesperado e fazer o impossível para salvar a esposa em sua agonia de morte, tentando se tornar algo além de um simples mortal e virar um Lich? Fiz e faria novamente, não me arrependo. Se querem novamente me jogar nesse banimento, me joguem, eu aguardarei, voltarei aqui quantas vezes forem necessárias, pois um dia nem esse tribunal nem nenhuma força de toda a Existência poderá me separar dela...

Havia começado seu discurso calma e serenamente, cumprimentando com um aceno de cabeça os juris, o juiz e seus colegas, mas conforme foi falando, foi se inflamando, deixando que suas emoções transparecessem e revelasse quem realmente ele era, falando com paixão em suas palavras, mostrando que não era um egocentrico egoista como tantos outros que tentavam tal procedimento e sim sujeito disposto a tal sacrifício para outra pessoa.

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Mensagem por Pacificador Dom Dez 06, 2015 8:24 pm

Fiquei calado diante da explicação de Gero-vingio, não tinha mais o que ser feito.  De algum modo não queria ter morrido, sabia que os guardiões iriam me repudiar por ter vivido tão pouco aprendido tão pouco, apenas nesse momento conseguir compreender o quanto a vida era cruel, de certa forma isso era uma verdade.

Acompanhei o restante do grupo olhando para baixo, havia aceitado a morte se isso era bom eu realmente não sei explicar. Não reparei em nada ao meu redor, apenas no piso que refletia minha imagem, estava mais melancólico que o habitual e na corrente presa em minha perna e pulso esquerdo apenas reforçava a imagem de alguém que havia aceitado a morte.  

Olhei o copo D'agua e o tomei, observei por alguns segundos, não precisava literalmente tomar o copo, apenas um toque dos meus dedo iriam fazer eu absorver o liquido no entanto, como já estava morto tomei o copo sem ao menos pensar muito nisso. Ergui o rosto olhando ao redor, só nesse momento percebi como era o lugar, diversas pessoas estavam ali logo em cima do nosso grupo, observam-nos alguns sorrindo outros cochichando era algo terrível de presenciar, pelo simples motivo de compreender que talvez um dos comentários era para você. De certo modo me lembrei de algo ruim; parecia que eu estava em experimento novamente.

Olhei para a lua, cheia? Nova? Mesmo tendo conhecimento sobre as os ciclo que me foi passada pelos guardiões não conseguia definir, era estranho, no entanto era reconfortante nem tudo estava perdido, de alguma forma sentia que tinha uma chance de voltar.

Gero-vingio, estava sentado ao meu lado, e o moço com pele vermelha estava a minha esquerda, o ogro era grande, tão grande que fazia meu braço ficar um pouco levantado quando movia as mão sem perceber minha presença, por alguma razão eu tinha de avisar que eu ainda estava ali, se não eu poderia acabar sendo puxado sem ele perceber... Reparei em pouca coisa, e não me importei com a movimentação na bancada dos júri, voltei a olhar para o chão e ouvir o juiz Russelo.

Ergui meu rosto para olhar para o juiz, não me levantei, já estava acorrentado me levantar era de alguma maneira trivial. - Eu sou Ball... - Parei por breves segundos, tentando me acomodar a aquela atmosfera estranha.- Balltier El Raizel.- Disse assentindo para forçar que estava colocando esforço para dizer aquelas palavras.- Sempre me disseram que a vida é algo único, mas agora. Não tenho tanta certeza. Ter minha vida de volta é algo de muita importância, preciso voltar a me aprimorar, continuar morto, seria rejeitar o legado de meus criadores.- Simplesmente não iria responder mais nada. Não por duvida mas pelo simples motivos de não saber se estar morto era realmente algo verdadeiramente contra o criadores, pois só agora havia entendido, mesmo morto podia ganha conhecimento.

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Mensagem por NR Sérpico Ter Dez 08, 2015 12:01 am

3. Queda livre

Solrac cogitou a possibilidade de ser um teste. Mas não. O velho Cob não tinha nada com isso tudo. Eu sei.

Se apresentou, respondeu, observou o júri. O máximo de expressão que conseguiu captar neles foi quando mostrou o braço. Mesmo assim, foi pouco: uma sobrancelha levantada numa das senhoras, e um aceno noutra, como se soubesse exatamente o que era aquilo. De resto, o júri permaneceu morto. Quando Solrac terminou, uma das loiras fez anotações. Algo curto. E encarou o jovem de volta com o que pareceu um meio sorriso.

Ah, e teve o sujeito do chapéu. De repente ele pareceu atento e não mais dorminhoco.

O Juiz agradeceu Solrac e pediu para que o próximo se levantasse.

No caso, Ho. Tinha até observado os soldados, o que Solrac também fizera, e viu apenas espadas nas cinturas. A armadura era uma básica cota de malha, realmente nada incrível. Eram apenas dois... E de algum modo todos naquele tribunal se sentiam extremamente a vontades e seguros com apenas dois guardas. Deveriam ser bons, embora simples.

Quanto as rotas de fuga, tinha apenas uma porta atrás da bancada do juiz, de onde o homem do recado surgira. Na lateral, uma escada levava para a galeria da direita onde estava o júri, e lá em cima tinha uma porta de saída. A outra galeria também tinha uma porta de saída, mas não tinha uma escada lateral, de modo que as pessoas só poderiam descer com um salto bem dado, e vice-versa. Não viu janelas, embora o lugar parecesse ventilado.

Gerovingio sussurrou, quanto ao promotor, que a ausência dele era boa coisa. O júri por si só é isento, suas perguntas não teriam explicitas intenções de condenar. Ao menos na teoria.

Então o meio orc se apresentou e deu suas respostas. O júri escutou. Uma das senhoras, com um dos livros, se remexeu um pouco, tentando recuperar algum detalhe perdido no meio da resposta do orc. Nem pareciam respirar.

Por um momento, alguma coisa passou voando lá fora e tapou as luzes noturnas. Tinha asas grandes. E ninguém pareceu ligar pra aquilo.  

Quando Ho terminou, o homem do chapéu bateu palmas. Só algumas, pois logo foi fuzilado por olhares disciplinados que odeiam manifestações desnecessárias em momentos sérios como aquele, hm. Alguns tomaram notas.

Ho se sentou.  

Sean se levantou, também se sentindo fuzilado. Depois de Solrac e Ho, o júri parecia mais... bom, parecia exatamente o mesmo, mas, Sean teve a impressão de ver algumas mulheres abrirem um pouco a boca, como se estivesse difícil respirar pelo nariz, talvez condoídas ─ deprimidas! ─ com a história que ouviam, ainda que meio por cima. Vai ver algumas delas eram mães. Com intenção ou não, Sean deve ter atirado com a arma certa. Sentou.

Bones se ergueu logo em seguida. Antes, com suas respostas sarcásticas ─ ou não ─ ele conseguiu, ao menos, uma risada de Aurélio, que logo engoliu o riso e caminhou pra dentro da sala.

E não, aquilo tudo não parecia uma encenação. Não parecia.

Quando ele terminou de falar, não pegou nenhuma reação significativa de volta. Então o senhor de barba branca começou a tossir novamente, não conseguiu se controlar e deixou a sala. Já o cara do chapéu balançou a cabeça num positivo, como se só ele e Bones estivesse no local, numa conversa particular, e o homem soubesse o que fazer a seguir. Alguns tomaram notas.

Russelo agradeceu, pediu pelo próximo e último.

Balltier tinha provado da água. Morna. Mas que lhe serviu bem, deixando a garganta limpa. Quanto a lua, era nova, uma cara prateada enorme olhando direto para eles, com as rugas e imperfeições bem visíveis, convidando qualquer um a ficar eternamente olhando e olhando.

Não pareceram incomodados com o fato dele não se levantar. Mas pareceram esperar algo mais quando ele terminou. Tipo, demoraram pra sacar que as respostas tinham acabado. Então o senhor com ataques de tosse entrou novamente com cara de “o que foi que eu perdi?”. O sujeito do chapéu se recostou e coçou o rosto, movimento que permitiu a luz da lua passar pelo chapéu e brilhar numa pele albina e escamosa.

Obrigado ─ disse Russelo e olhou para o júri. ─ Por ora, o que o júri deseja?

Conversaram entre eles. Os espectadores, na outra galeria, também conversavam. Conversaram bastante. Então uma das mulheres pareceu prestes a falar mas o do chapéu foi mais rápido:

Precisamos de um tempo para elaborar mais questões e analisarmos as respostas, meritíssimo. ─ Uma voz normal, exceto pela aparente alegria e disposição.

Quanto tempo? ─ perguntou Russalo.

Um dia.

Houve conversas. Alguns dos júris se levantaram, aparentemente dispostos a protestar. O homem do chapéu foi decisivo:

Não é qualquer coisa! Estamos lidando com vidas! Temos de analisar com calma. Precisamos de um dia!

Russelo, no fundo, parecia concordar. Quem sabe dentro de um dia o promotor pudesse chegar e dar àquela audiência o peso que merecia. Ele decretou, com a voz um tom acima do comum:

Que seja um dia, então. Esta sessão será prorrogada até amanhã. O júri deve se retirar para os seus aposentos a fim de analisar o caso. Levem os livros e sintam-se livres para usar nossa biblioteca na busca de material complementar. Os réus também serão guiados aos seus aposentos. Até amanhã.

E se levantou, pegou seu livro e saiu pela porta de trás, a capa girando atrás de si.

Os espectadores começaram a sair também. O júri se demorou um pouco. Estavam conversando, a maioria olhando feio para o homem de chapéu. O senhor voltou a tossir e saiu de uma vez. Aos poucos eles foram saindo.

Gerovingio para os cinco:

Venham comigo, por favor.

Voltaram para a Antessala da Morte, entraram na outra porta, caminharam pelo corredor com várias portas à direita, todas iguais, enormes, duplas. Haviam soldados parados ao lado de cada porta. Archotes iluminavam o local forrado pelo mesmo tapete da Antessala. Na terceira, ele sacou um molho de chaves e destrancou, abriu as duas folhas e fez sinal para que passassem. Depois que o grupo passou ele entrou e trancou a porta de volta. Estavam noutro corredor, com portas à direita, todas iguais, enormes, duplas. No final do corredor tinha um pequeno lance de escada. Lá perto, mais um guarda. Desceram as escadas, que deveria ter a forma de L.

Saíram em outro corredor, portas à esquerda e outro lance de escada ao final. Desceram... Um terrível labirinto. No próximo corredor, havia guardas, cerca de três deles. Gerovingio parou na segunda porta e a destrancou, abriu as folhas e entrou sem esperar os cinco.

Era um grande aposento quadrado com seis camas nas laterais, de modo que o centro do local ficava livre. Havia dois banheiros num canto, chão atapetado, paredes e teto azulejados. Gerovingio foi acender um lampião à gás. Parecia ser à gás, como no mundo dos vivos. Deixou o lampião numa mesa de centro, e a coisinha provou conseguir iluminar razoavelmente bem o local. Havia uma janela, sem parapeito, uma réplica das portas, só que menores, aberta para o mundo.

Quem fosse ver teria certeza de que o aposento ficava nos subterrâneos de uma fortaleza lapidada numa montanha: pois, olhando para baixo, era possível ver apenas um longo precipício. E as paredes do lado de fora, ao redor da janela, eram rochas brutas, escarpadas. Não era possível ver o fim daquela queda, que sumia em neblinas soturnas, de modo que tudo além era isso, neblina e neblina. Era como se eles estivessem num lugar muito, muito alto e então aquela neblina toda talvez fosse, na verdade, um punhado de nuvens. Ou como se estivessem num ponto tão profundo que não havia mais nada para se ver pela janela. Olhando pra cima, lá estava o mesmo céu de antes, extremamente aberto, livre de nuvens, os luminares todos postos e iluminando a noite. A coisa com enormes asas ainda figurava no fim do horizonte.

Tem comida no armário ─ disse Gerovingio, apontando para um canto do quarto ─, caso sintam a necessidade de mastigar. E venham cá.

Com uma única chave, ele abriu, um por um, os grilhões que prendiam o grupo.

Até o momento, todos se sentiam incapazes de ações energéticas. Agora, estranhamente, sentiam até mesmo seus corações palpitando, o que era muito esquisito. Bom, nem todos sentiam isso... Balltier, por exemplo, apenas se sentia mais... vivo?

Era como estar contido. E então, não mais.

Gerovingio recolheu as correntes e se encaminhou para a porta. Por último, disse:

Recomendo que durmam um pouco, tentem relaxar. Amanhã será um dia longo.

E saiu.

Fechou a porta. Todos puderam ouvir o tlunk que fez o trinco da porta.

Dormir? Sério? Podiam até tentar. Mas, francamente, já não estavam dormindo antes do tribunal começar?

Da janela, eles escutavam uma brisa suave. Se olhassem com mais atenção, perceberiam que poucos aposentos tinham janelas. Vai ver nem todos eram quartos como aquele. Mas aquele certamente era um premiado: fora aquela janela, ele podiam ver apenas outras cinco; três delas alguns metros abaixo, provavelmente do andar de baixo; e as outras duas mais elevadas, pertencentes ao andar de cima.

Por que a janela? Será que tinham tanta confiança assim que não seria possível escaparem?

Mas por que estariam eles, os cinco, pensando em escapar? Só precisavam esperar pelo dia seguinte, pelo julgamento. Seriam bem sucedidos, oras.

Se checassem o armário, encontrariam ameixas dentro de potes, seis copos, duas jarras de água, três jarras de vinho, seis pães em um cesto e uma roda gorda de queijo. Perto do queijo, uma faca.

As camas eram altas, fofas e confortáveis. Talvez fossem inteiramente feitas com montes de lã, cobertas com um lençol fixo e por fim postas numa armação de madeira envernizada. Vai ver que, se deitassem, realmente pegariam no sono.

Do lado de fora, no corredor, não escutavam nada. Mas sabiam que os guardas ainda estavam lá.

E era isso.

Por enquanto.

Spoiler:


Última edição por NR Sérpico em Seg Fev 22, 2016 6:52 pm, editado 1 vez(es)
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[Comum] Considere-se morto Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Knock Ter Dez 08, 2015 2:20 pm

Acabei de falar e tive algumas palmas do homem que antes dormia, mas as tive como ironia. Os outros falaram mais sucintamente que eu. Confesso que fiquei olhando as estrelas, a lua... Quem sabia se seria minha última vez olhando algo bonito? Eu tentava aproveitar até que algo passou bloqueando a luz, como se asas. Será que era um dragão? Nossa, fiquei olhando aquilo, lembrei que queria tentar me tornar cavaleiro alado de Hilydrus. Cara, me fartei olhando aquilo. Quis sentir me coração bater de adrenalina. Me vi voando. Me vi preso. Acordei. Continuava dormindo.

Dora pedido mais um dia a fim de que o júri elaborasse mais perguntas e analisasse nossa resposta.

Lembrei que nunca havia tido uma mulher. Como seria? Sorri. Olhei para Sean e percebi que ali, talvez ele fosse o que estivesse pior, pois nem sabia o que era isso e nem muitos prazeres que a carne pede.

Sei lá. Estava pior que as aulas de meu pai. Pior que as viagens nas Estradas. Mas não pior que muitas outras coisas também, então me aquietei e até fiquei grato. Ao recesso, à pausa, Gerovigio nos levará a algum lugar... Nosso quarto para esperar o resultado.

Lá tinha comida. Eu lembrava do caminho. Não vi diferença entre os guardas. Mas eu queria lutar contra uns. Lembrava de Russell pegando o livro de terror ou drama ou comédia e dando de costas. Lá estava claro e escuro. Gerovigio tirara as correntes, mas a corrente que prendia o meu ódio continuava lá, como se também estivesse morto.

--Sean, não se preocupe... Talvez você tenha mais chances... De fato é jovem e tocou o coração dos que te ouviam. -- disse calmamente a ele.

Eu fui comer o queijo, comer outras coisas de lá... Necessidade de mexer a boca? Não não... Só curiosidade sobre o sabor. Olhei pra fora e vi o pássaro dragão ou seja lá o que fosse, estava frio, assobiei, tentando chama-lo ou chama-lo, queria ver de perto
--Hahaha-- sorri, pois não era nada sábio.

Sentei e meditei em mim mesmo... Queria chamar o meu ódio... Queria chamar a mim mesmo... Talvez eu dormisse com isso... De repente me vi dentro de um monstro... Um gosto extraterrestre na minha bica... Cheiro... Visões... Lembrança ou sonho?! Levantei, deitei em uma das camas e fiquei lá de braços esticados apreciando a liberdade das correntes; bati forte na parede, acho que reflexo ou curiosidade. Talvez eu dormisse

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Mensagem por Pacificador Qua Dez 09, 2015 7:06 am

Parecia que tudo iria durar mais de um dia, se bem que quando se estar morto contar dias é algo estranho. Como foi pedido, segui o Gero-vingio. De alguma forma era reconfortante saber que tinha alguém como ele dando suporte, ou não. Eu não saberia dizer se ele era uma pessoa confiável, se bem que eu não me importava muito com isso.

Segui o moço por aparentemente um corredor tortuosos e confusos, tentei olhar ao redor ou até mesmo tocar em uma das portas para sentir sua textura, mas para o ritmo impondo pelo demais pareciam que eu não iria ter uma chance de bisbilhotar as outras portas.

Apos ser libertado da corrente assenti para gero-vingio, me sentia mais livre, talvez fosse pela falta das correntes, era uma sensação talvez até mesmo nostálgica. Assim que ele saiu me virei e olhei para os outros, no entanto algo me chamou atenção e  era Thanathus; a estrutura dos ossos dele era branca, pareciam mármore e isso era incomum, como ele se movia sem músculo? Ele comia gente como um zumbi? Me aproximei de maneira letárgica, mas sem nada mais para prender meus movimentos era satisfatório, sem perceber tentava levantar a roupa laranja tentando segurar uma de suas costelas... - Não tem nada dentro...- Falei sem nem ao menos perceber que era uma pessoa, eu tinha noção que era um ser vivo, mas era diferente quando se compara com a coisa real. - Você já morreu antes? É sempre assim confuso?- Escutei suas palavras e me apresentei em seguida.- Sou Balltier, pode me chamar de Ball, se quiser.-  Não iria mais importuna o senhor Bones... Por enquanto.  

Segui para outro que eu tinha interesse, era Sollrac, o garoto com garras no braço esquerdo. Me aproximei com velocidade, não tão rápido para um assalto mas também não tão devagar que se poderia ser considerado casual, claro ainda estava letárgico, mas eu queria aprender, olhei seu braço com muito interesse. - Posso tocar?- Olhei em seus olhos. Ergui minha mão esquerda, demonstrando que era também diferente. - Eu sou Balltier e você?- Com as apresentações concluídas. Me voltei para a próxima pessoa.

O próximo de quem me aproximei era Sean, de certa forma não vi nada de estranho a não ser seus olhos, eram amarelos... Dourados? Eu não tinha uma palavra para descrever com exatidão, me aproximei e indaguei sorrindo - Você tem olhos estranhos.- Me apresentei novamente e segui para o próximo integrante do grupo.

Era um moço grande com pele vermelha, eu particularmente não estava com medo mas chateado por ele não ter prestado atenção em mim enquanto andava, eu tinha que toma cuidado para não ser arrastado. Quando me aproximei ele estava dormindo(meditando)... - Olá?- Disse, e ao que parecia ele não iria responder, troquei o peso de um pé para o outro, então voltei para o armário de comida.

Peguei pão e queijo e mais um copo D'Água, como Homúnculo não precisava me alimentar da maneira tradicional, mas de alguma forma estando morto eu não me importava da maneira de como fazia as coisas. Assim que acabei de comer, tecnicamente empurrando a comida por goela abaixo, fui para uma das camas. Me enrolei na coberta como um casulo e dormi sentado, se bem que fiquei ali olhando as pessoas, por algum tempo até adormecer sentado, estar morto era legal, de uma maneira estranha, mas legal.

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Mensagem por Kaede Sex Dez 11, 2015 12:10 pm

Depois que eu e os outros nos apresentamos e respondemos ao júri, o mesmo pediu um dia para poderem tomar a decisão. Aos poucos todos foram saindo até que Gerovingio pediu para que o grupo o acompanhasse para os aposentos.

Durante o trajeto para os aposentos, fiz uma pergunta para Gerovingio que nos guiava pelo caminho que mais parecia ser um labirinto de portas e escadas.

_Senhor Gerovingio, sobre a biblioteca que o senhor juiz Russelo falou. Eu e os outros podemos ter acesso a ela?_ Já imaginava que teria uma resposta negativa, mas mesmo assim continuei a caminhar próximo ao senhor Gerovingio para ouvir a sua resposta.

Assim caminhamos até que Gerovingio se destacou e entrou em uma sala enorme que imaginei ser o aposento, ele foi acendendo um lampião, depois falou que tinha comida no armário caso tivéssemos necessidade de mastigar e logo em seguida nos libertou dos grilhões.

_Ufa... de certa forma parece que nasci de novo!_ Falei admirado, pois quando os grilhões que me prendiam foram abertos, me senti restaurado. Foi a melhor coisa que tinha sentido até agora depois da minha repentina morte.

Feito isso ele deu mais uma recomendação e saiu de cena, logo quando eu iria fazer mais outra pergunta, pergunta sobre meus familiares. Como será que eles estão?
Nisso abaixei a minha cabeça e fui caminhando aposento adentro e comecei a observar as coisas, a sala era enorme com camas e banheiros. Fiquei a observar a janela que me amostrava muita neblina e uma estranha criatura que voava no horizonte...

_Posso tocar?_

Levei um leve susto por não perceber um dos que também está para se julgado se aproximar de mim com tal pergunta, fora Melanie ele foi primeira pessoa desconhecida a me pedir para ver o meu estranho braço.

_Contando que você não me sugue como fez com a água do copo._ Respondi sorrindo, pois fiquei feliz com a ação do garoto e em seguida para não dar uma má impressão quando percebi que ele olhava em meus olhos, logo falei.

_É brincadeira, há, há..._ E ao perceber que ele também levantou o braço dele me mostrando que também tinha um braço e que poderia ser parecido com o meu e logo fui apertando a sua mão o cumprimentando após a sua apresentação.

_Me chamo Sollrac Senun, mas pode me chamar de Soll._ E em seguida ele foi se distanciando e indo rumo ao próximo para se apresentar. Sujeitinho legal ele...

Decidi que devia comer algo, bem eu não como algo desde que eu estava vivo... piadinha ruim heim cara..., mas na verdade queria comer só por curiosidade e saber como o organismo iria responder.
Me dirigi até ao armário onde Ho estava para pegar comida, fiquei ao seu lado e como o pequeno Balltier decidi me apresentar.

_Olá! Você é Ho o orc, não é? Gostei da forma poética que respondeu ao júri. Como deve ter me ouvido responder ao júri, sou Sollrac!_ Estendi o meu braço para um possível aperto de mãos e quem sabe uma nova amizade.

Depois de ter comido um simples sanduíche de queijo acompanhado de um copo de vinho e acompanhado de Ho, voltei a minha atenção novamente para a janela e ali fiquei observando até o momento em que me dirigia para a cama a espera do dia seguinte.

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Mensagem por Hummingbird Dom Dez 13, 2015 2:30 pm

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Depois do meu breve discurso, os demais do nosso grupo também se apresentaram. Falaram e falaram, aquilo estava ficando um pouco entediante. Quero dizer, eu não estava lá muito interessado na história deles, eu estava pensativo. Me peguei concentrado nas coisas que falei. Realmente, eu nunca me senti tão sozinho como agora... sentia falta de minha mãe, mesmo nunca tendo a conhecido, senti falta de meu pai, e acima de tudo, senti falta de Ifrit.

Balançando novamente os pés com certa ansiedade, o tempo passou rápido. Quando me dei conta, o julgamento acho que tinha acabado, todos saíram e o tal Gerovíngio nos convidou para outro aposento. Deixamos aquele salão maravilhoso, fomos guiados por corredores e escadarias estreitas, tudo muito confuso, um caminho que sequer consegui memorizar por onde começamos. Com meus olhos furtivos e curiosos, tentava observar ao máximo das decorações e tudo que tinha por ali, já que era a única coisa que eu tinha pra fazer e pra me distrair daqueles pensamentos chatos.

Bufei. Estava cansado. Esgotado. Mas não era fisicamente, de fadiga nem nada... era um outro cansaço, não sei explicar.

Chegando no quarto, este iluminado por lampiões e com um espaço suficiente para todos do grupo, mais recomendações e enfim fomos liberados de nossas correntes. Assim que os grilhões foram retirados, senti um alívio. Aquilo me tirou um pouco da sensação de cansaço, mas eu ainda estava um pouco triste. Gerovíngio falou mais coisas, os outros também falaram, e enfim. Ficamos sozinhos, finalmente.

E então, Ho mais uma vez me dirigiu a palavra. Falou pouco, mas falou o que eu precisava ouvir. Não necessariamente porque eu estava preocupado com o resultado lá no julgamento, mas eu estava com medo, me sentindo sozinho. De alguma forma me senti melhor com o que ele disse. Aos poucos aquele cansaço foi se aliviando.

— Obrigado, grande Ho. Não sabe como é bom ter alguém conhecido numa hora dessas. Ainda mais você, grande e corajoso desse jeito. - Comentei, voltando a sorrir um pouco desajeitado.

Em seguida, fui surpreendido por um outro garoto. É verdade! Eu quase me esqueci dele. Ele era pequeno quase como eu. Veio até mim, me encarou nos olhos e, de repente, me falou que tenho olhos estranhos. Aquilo foi inusitado, muito inusitado. Mas eu gostei? Fez bem o meu estilo. Dei um tapa em seu ombro, como um cumprimento, e disse;

— Gostei de você, amiguinho! Pode me chamar de Sean! - Sorri. Reparei também que ele tinha cumprimentado o amigo Bones agora há pouco, o que me lembrou também o comentário do homem osso, e me rendeu algumas risadas. Inclinei-me o suficiente para ser capaz de cochichar no ouvido de Ball, dizendo; — Aliás, escolha uma cama bem longe da do Bones viu? De noite pode ser perigoso... - Fazia referência ao que ouvi outrora. Talvez o garoto não entenderia mas, independente disso, eu continuei rindo mais um pouco.

Por fim, ele foi lá para um outro lado, cumprimentar os demais. Eu decidi deixar Ho no seu momento de reflexão e fui em direção a Bones. Dentre os que estavam conosco, ele parecia ser o que mais tem experiência nisso tudo, o que me deixou curioso. Chegando nele, fui bem objetivo, e invasivo também.

— Ei, amigo osso, quer dizer que você já morreu antes? - Caminhei em sua direção lentamente, com os braços relaxados e as mãos nos bolsos da minha capa. O olhar, por sua vez, sempre atento e fitando o companheiro direto nos olhos. — Me conta, me conta, como é que foi? - Adicionei, com certo entusiasmo.

E por fim esperei. Estava sem fome ainda. Sem sede também. Acho que já era costume já que em vida, eu quase não me alimentava. Só não conseguia explicar mesmo essa sensação esquisita de falta de alguma coisa...

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Mensagem por Bones Dom Dez 13, 2015 5:46 pm

Provavelmente o único que se quer prestou atenção em seu discurso foi o homem de chapéu, entretanto sua reação foi quase como se o conhecesse, mas este fato Bones não poderia confirmar ou negar, dessa parte não se lembrava em nada. Talvez estava em seu julgamento anterior? Quem sabe...

Após todas as apresentações, foram levados pelos corredores. Da ultima vez não havia acontecido aquilo, então agora tudo era novo e inédito para ele, aguçando sua curiosidade e procurando ficar atento a onde estavam indo e o que pretendiam fazer com o grupo, uma vez que estavam indo em direção aonde geralmente ficavam catacumbas e com aquelas roupas, imaginava o tipo de tratamento que teriam.

Se tivesse língua, naquele momento acabaria mordendo-a para pagar pelo seus ditos em pensamento, pois aquela aposento era muito mais confortável do que provavelmente a maior parte das hospedarias do mundo dos vivos. Isso porque era uma prisão!

Enquanto estava observando bem o lugar, sentiu que alguém estivesse mexendo em suas costelas, o que infelizmente deve ter se provado muito desconfortável para o sujeito, uma vez que seus ossos costumavam ser frios como gelo, reagindo como se estivessem lhe espiando enquanto toma banho, puxando sua roupa para o lugar.

- Parou por ai, vamos com calma com a intimidade! Como se sentiria se um sujeito estranho começasse a querer lhe levantar a blusa e ficar passando a mão nas suas costelas???

- Bom, respondendo sua pergunta...


Antes de responder, viu o garoto que estava outrora acorrentado logo ao seu lado lhe perguntar algo semelhante, então decidiu falar uma vez só, poupando o esforço de múltiplas explicações.

-Voltando... Não sei se estava ou não vivo, apenas existo nessa forma. Até antes de vir parar aqui com vocês, eu fui condenado por esse tribunal a "não morrer" nessa forma, banido. Lembrei vagamente de poucos detalhes ao acordar na cadeira, mas sim, já morri uma vez e já havia passado por aquilo, eu acho, mas esses aposentos aqui são novos pra mim...

Procurou ser direto, matando as curiosidades e imaginando que poderiam haver outras perguntas depois, então tratou logo de escolher uma cama e se recostar nela, se preparando mas pelo menos disposto a conversar. Não que precisasse dormir, já até havia esquecido como era isso, mas pelo menos parecia mais confortável do que o tapete no chão.

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Mensagem por NR Sérpico Ter Dez 15, 2015 8:23 pm

4. Pele

Oh, senhor Senun, temo dizer que não ─ dissera Gerovingio a respeito do acesso à biblioteca. ─ Ao menos não por enquanto. Quem sabe depois do julgamento.  

Depois disso entraram no aposento, se enturmaram, alguns deitaram, outros comeram. A comida cumpria com as expectativas, o paladar deles estava no lugar. Aquilo confortou eles um pouco ─ não o estômago, mas a mente. Era como, por um instante, estar vivo outra vez.

Na verdade, estar morto não era muito diferente de estar vivo. Eles descobririam isso cedo ou tarde. Claro, havia algumas complicações desagradáveis. “Pendências”, digamos assim ─ que eles também iriam descobrir. Mas no geral, não era tão diferente. Aquele mundo, aquele submundo, tinha regras parecidas com o mundo dos vivos.

Antes, Sean não percebeu nada muito incrível nos corredores, além dos tapetes e lustres. Talvez só uma coisa: os quadros. O grupo andou por três corredores. Em cada, havia um quadro, um único quadro, pintado numa única cor. No primeiro corredor, saindo da Antessala, o quadro era vermelho. No corredor de baixo, azul. E nesse corredor onde estavam agora, o quadro era verde escuro. Estranho.

E o bicho voador no fim do mundo certamente não escutou o assobio de Ho.  

Então, em algum momento daquela noite, alguém disse:

Vocês estão condenados.

No centro, ao lado da mesinha com o lampião, o homem do chapéu apareceu. Quem estava dormindo (e tendo sonhos agradáveis, memórias de quando era um ser vivo), acordou.

É sério ─ ele disse, removendo o chapéu. ─ Nesse momento quase todos os jurados estão decidindo pela condenação de vocês.

Vendo de perto, seu rosto era meio redondo, como se tivesse levado uma surra ontem. Era careca. Seus olhos, amarelos. E sua pele era super pálida e escamosa e oleosa. Só dava pra ver a pele do rosto e pescoço, pois o corpo dele estava escondido por debaixo de um sobretudo, botas, e luvas nas mãos. Esquisitão. Mas mesmo assim ele era boa gente, vai por mim.

Mesmo você, jovem sem mãe, ou você aí, do braço esquisito... Mesmo vocês vão rodar. Nesse momento, minha pele está lá na sala, tentando enrolar eles com algum discurso sobre perguntas mais elaboradas e mais tempo para avaliar o caso. Mas eles não estão com paciência. Já foram convidados para serem júris? É um saco. A menos que... ─ Ele fez uma pausa sinistrona. ─ A menos que tenha algo em jogo, daí a coisa fica mais interessante.

Bom... ao menos Sean quase podia ter certeza que tinha ganho a simpatia do júri. Aquele cara poderia estar mentido para dar base no que viria a seguir, hm.

Ele pegou o lampião e o colocou no chão. Sentou na mesinha. Com o dedo médio, equilibrou o chapéu.

É meio complicado acreditar num estranho que aparece do nada no seu aposento, eu sei. Ainda mais quando o sujeito não tem uma aparência carismática. É. Eu não me iludo, não. ─ Ele deu de ombros. ─ Já fizeram isso comigo antes e eu não gostei. Não acreditei no discurso do cara, que apareceu do nada, me alertando e tal. E acabei pagando o pato, depenado e assado.

Ele tinha uma presença ruim. E não é só pelo fato do quarto ter ficado mais frio desde que ele surgiu, não era só isso. Era mais como estar na presença de algo ruim por essência, algo que você evita a proximidade naturalmente, como uma aranha ou um escorpião. Ou uma cobra.

E como diabos ele apareceu? Um teleporter?

Vou direto ao ponto, perdão ─ ele disse, querendo ser mais rápido do que qualquer questão dos cinco. Ou qualquer ação. Afinal, estavam sem as correntes agora. ─ Eu tentei ajudar, ferrando com a viagem do promotor. Mas não tinha como eu saber quem seria convocado para ser júri... Descobri que eles são fracos, nem um pouco empenhados, por isso não querem analisar a vida de cada. Analisar a fundo. Então vão condená-los. Mas eu posso impedir que isso aconteça, com uma contraproposta... ─ ele deixou o chapéu cair. ─ Que seria dar uma utilidade para vocês, aqui, no submundo, para que provem merecer a vida. Russelo adora esses testes, não foi à toa que modifiquei as agendas dos juízes para que justamente ele pegasse esse caso, hm.

Aquele sujeito era no mínimo sagaz. Não parecia ter armas nem nada. Talvez apenas sua lábia bastasse. Ou não. Vamos ver.

Alias, me chamo Vax. ─ Pegou o chapéu do chão e o colocou na cabeça lisa. ─ O que me dizem? ─ Seus olhos amarelos faiscaram, com expectativa. ─ Tenho que voltar logo, minha pele vai começar a se desfazer se eu demorar muito... Então preciso saber se topam. Tenho plena certeza que consigo mudar o cenário de vocês com minha contraproposta. Mas, se não quiserem esse acordo, isto é, se preferirem tentar a sorte no julgamento, então lhes desejo uma boa condenação e até logo. Mas se toparem... ah, será uma aventura épica! E no final vocês levam suas vidas de volta! E, ah ─ ele pareceu se lembrar de algo importante. ─, sempre há a chance de encontrar alguém por aí ─ Vax apontou para o mundo, através da janela. ─ Alguém que vocês conheceram no mundo dos vivos... todos temos entes queridos mortos, não é mesmo? ─ Ele olhou para Ho: ─ O que a Sabedoria lhe diz agora? Hm?

Então alguém meteu uma chave na porta.

Vax disse:

Eles são bons. ─ Olhando para a porta. Então se levantou. ─ Volto daqui uma hora. Tenham uma resposta até lá.

Então Vax desapareceu, simplesmente.

A porta se abriu no momento seguinte e dois guardas deram um passo pra dentro do quarto, observando mais o ambiente do que os cinco mortos. Estavam como que farejando algo. Um deles perguntou:

Tudo certo aqui?

Impossível que tivessem escutado Vax falando, já que este falara num tom baixo que não seria capaz de passar pelas portas grossas... Os guardas não esperavam uma resposta ─ pareciam esperar alguma... reação. Quando nada aconteceu, fizeram menção de sair.

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Mensagem por Bones Ter Dez 15, 2015 11:36 pm


─ Vocês estão condenados.


Com tais palavras de imediato Bones se colocou de pé. Não pelo teor do que foi dito, mas pela voz diferente ali no meio e pela informação dada deveria ser de alguém com conhecimento, ou pelo menos fingindo ter algum conhecimento, sobre o que acontecia fora daquela cela. Se pôs a procurar e então vislumbrou o mesmo homem que havia lhe acenado durante seu discurso no tribunal.


─ É sério... Nesse momento quase todos os jurados estão decidindo pela condenação de vocês.

─ Mesmo você, jovem sem mãe, ou você aí, do braço esquisito... Mesmo vocês vão rodar. Nesse momento, minha pele está lá na sala, tentando enrolar eles com algum discurso sobre perguntas mais elaboradas e mais tempo para avaliar o caso. Mas eles não estão com paciência. Já foram convidados para serem júris? É um saco. A menos que...  A menos que tenha algo em jogo, daí a coisa fica mais interessante.


- E então, de bom grando e puro altruismo ele ira nos oferecer uma otima oportinudade imperdivel, a oportunidade maior de nossas vidas, literalmente... heheh

Pensou ele observando os modos do homem, mas não se incomodando, parecia agir como queria, de forma natural, sem rodeios ou cerimonias, uma postura que até lembrava a dele próprio na maior parte do tempo, mas pelo menos estava simpatizado pela sua figura.


─ É meio complicado acreditar num estranho que aparece do nada no seu aposento, eu sei. Ainda mais quando o sujeito não tem uma aparência carismática. É. Eu não me iludo, não.  Já fizeram isso comigo antes e eu não gostei. Não acreditei no discurso do cara, que apareceu do nada, me alertando e tal. E acabei pagando o pato, depenado e assado.

─ Vou direto ao ponto, perdão. Eu tentei ajudar, ferrando com a viagem do promotor. Mas não tinha como eu saber quem seria convocado para ser júri... Descobri que eles são fracos, nem um pouco empenhados, por isso não querem analisar a vida de cada. Analisar a fundo. Então vão condená-los. Mas eu posso impedir que isso aconteça, com uma contraproposta... Que seria dar uma utilidade para vocês, aqui, no submundo, para que provem merecer a vida. Russelo adora esses testes, não foi à toa que modifiquei as agendas dos juízes para que justamente ele pegasse esse caso, hm.


Até iria se abaixar para pegar o chapéu para o homem, mas ele foi mais rápido. Tão rápido quanto suas palavras, eram poucos que Bones havia visto com um sujeito com um raciocino rápido quanto aquele, com palavras na ponta da lingua, exatamente o que todos estavam prontos para ouvir: esperança. A presença por mais que pudesse ser desconfortável, não lhe era de toda repulsiva, ele próprio causava isso as pessoas ao seu redor, havia se acostumado com aquilo, então nada mais do que natural, talvez.

Provavelmente todos, exceto Bones se banquetearam ao ouvir suas palavras. Esperança era algo que ja não fazia parte de sua existência, viver ou morrer não tinham diferenças, era tudo igual para ele, provavelmente por isso o impuseram tal penitencia eterna.


─ Alias, me chamo Vax. O que me dizem?  Tenho que voltar logo, minha pele vai começar a se desfazer se eu demorar muito... Então preciso saber se topam. Tenho plena certeza que consigo mudar o cenário de vocês com minha contraproposta. Mas, se não quiserem esse acordo, isto é, se preferirem tentar a sorte no julgamento, então lhes desejo uma boa condenação e até logo. Mas se toparem... ah, será uma aventura épica! E no final vocês levam suas vidas de volta! E, ah , sempre há a chance de encontrar alguém por aí . Alguém que vocês conheceram no mundo dos vivos... todos temos entes queridos mortos, não é mesmo?  O que a Sabedoria lhe diz agora? Hm?


- Aonde assino? hehe

Respondeu Bones de forma direta e sem rodeios, mas o homem desapareceu no mesmo instante, dando lugar a porta se abrindo e dois guardas, checando se estava tudo bem por ali. Não sabia a reação dos outros, mas procurou improvisar, ainda mais que havia respondido naquele momento, coisa que os guardas poderiam ter ouvido-o.

-Esta sim, senhor. O senhor saberia dizer se teríamos chance de um testamento ou ultimo pedido? Gostaria de pelo menos fazer um ultimo gesto e deixar para um conhecido velho em Takaras um presente, acho que ele gostaria de meu antigo grimório...

E então esperaria os guardas sairem, para então se voltar ao grupo, tomando um pouco mais de cuidado com tom de voz e surpresas.

- Vamos aos fatos. Ele faz parte do juri ou do tribunal, seja como for, estava lá. Tudo o que ele disse pode ser um grande mentira, o juri pode estar sendo a nosso favor e ele quer "brincar" com cinco almas por sabe-se lá quanta eternidade. Pode ter dito alguma verdade e, nesse caso, poderia ser algo favorável para nos, parcial ou totalmente, mas garanto que seria ainda mais favorável para ele em algum ponto.

Fez então uma pequena pausa, como se puxasse ar e deixasse sair lenta e continuamente uma leve neblina de sua boca, num longo suspiro.

- Não sei quanto a vocês, mas não tenho nada melhor para fazer lá no mundo dos vivos. Sendo mentira, irei ocupar um longo tempo fazendo algo, então meu tédio diminuirá e podem ter certeza que irei explorar oportunidades de subir de cargos... Sendo verdade, será uma chance a ser aproveitada. Então no final das contas, não faz sentido para mim recusar a oferta. Pensem no que vale a pena para vocês e o que estão dispostos a sacrificarem... Sou curioso de mais para não arriscar hehehe

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Mensagem por Hummingbird Sáb Dez 26, 2015 6:09 pm

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Aos poucos Bones foi sanando minha curiosidade. Notei que o outro garoto, acho que se chamava Balltier, também era eufórico e parecia querer saber sobre tudo. Gostei dele. Sorri enquanto o via futucar as costelas do amigo osso, ao mesmo tempo que Bones nos contava sua breve história. No fim, nada esclarecedor. Suspirei, um pouco insatisfeito. Levantei, pensei em caminhar até a janela, próximo onde Ho estava um pouco antes...até que de repente, outra surpresa.

Um sujeito engraçado, vestido todo pomposo, apareceu no meio da sala quase como num piscar de olhos. Fiquei perplexo. Um largo sorriso se abriu em meu rosto, eu queria correr até ele e ver se era mesmo real, mas antes mesmo que eu tomasse qualquer reação, ele já saiu falando um monte de coisas. Falava tudo muito rápido, tinha um jeito esquisito, apresentou-se como Vax. Não sei porque, senti uma coisa estranha enquanto ele falava, impossível dizer com exatidão, mas era muito parecido com desconfiança. Franzi o cenho direito, regulando sua proposta enquanto fingia estar pensando, levando a mão direita ao queixo.

Ninguém se pronunciou.

O homem parecia apressado, não nos deu muito tempo para responder. Apenas avisou que precisava sair e então desapareceu, do mesmo jeito que chegou. Concomitante, guardas entraram no quarto, tudo muito rápido. Vieram checar como estavam as coisas, e enquanto isso eu mal terminei de piscar e tudo já estava nos conformes de novo. Droga, estou muito distraído!

— Isso aqui é bem agitado pra um lugar de gente morta, não acham? - Falei a esmo, só pra constar mesmo.

Bones então tomou a frente. Ele parecia mesmo ser um cara legal, inteligente, sábio das palavras. Eu não entendia muito bem do seu raciocínio, mas até que parecia divertido entrar nessa. Vax falou que eu talvez tenha convencido alguns membros do juri, e talvez eu até me sentisse confortável por isso a ponto de não me arriscar... mas quando ele falou sobre encontrar os mortos lá fora, definitivamente, acertou na mosca. Ele soube bem como me estimular...

— Eu também quero entrar nessa! - Sem perceber, acabei falando um pouco alto, entusiasmado demais. É que naquele instante eu só conseguia lembrar daquela bruxa que conheci tempos atrás. Ela morreu levando consigo um olhar repleto de mistérios e um punhado de palavras que me atormentam até hoje. Talvez ela saiba algo sobre mim, sobre minha mãe. Talvez, por menor que seja a chance de encontrá-la, eu descubra alguma coisa, e isso já basta pra me convencer. Fechei os punhos, estava ficando animado com a ideia. Ergui a cabeça e caminhei para perto de Bones, afinal, ele era o único que até então demonstrou interesse na proposta de Vax.

— Estou com você, tio Bones. - Em seguida, voltei minha atenção para os demais, fitando-os nos olhos. — Vamos, vamos! Pode ser uma ótima última aventura, já que estamos todos mortos, não é mesmo? - Completei sorrindo.  

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Mensagem por Pacificador Ter Dez 29, 2015 5:25 pm

Eu simplesmente adormeci, pensei que iria passar a noite toda acordado olhando para as pessoas ali observando, sentindo uma sensação de ódio, que se tornava um sentimento tolo e infantil, de fato eu não tinha um motivo para sentir isso, mas sentia. Eu realmente não sei se era ódio, até agora não compreendia as emoções que se manifestavam em mim, no entanto, adormeci. Não sei quanto tempo dormi, ou até mesmo quanto tempo aquele moço estava ali. Apenas acordei ouvindo a frase. "Vocês estão condenados" Eu entendi. Escutei a tudo calado e um pouco incomodado, sabia que minha mão não era normal, não precisa dizer a todos, pude até mesmo sentir alguns olhares a mim, pelas simples palavras do homem. Vax... De alguma forma me pareceu muito semelhante a Pax, deixei passar eu não tinha certeza sobre nada.
 
 Me encolhi e fiquei de cócoras abraçado aos meus joelhos observei o homem com interesse, me perguntava do por que daquelas palavras. " Rodar" Eu sabia que tinha alguns dialetos estranhos, mas nunca tinha visto isso em vida, apertei meus braços contra os joelhos, estar morto não podia ser tão ruim, se eu fosse condenado isso era tudo que me restava, não podia ser ruim. Reafirmava isso para mim mesmo, não podia ser ruim...

Continuei naquela posição calado. " Não quero ficar sozinho..." Agora olhava apenas para frente indiferente para as decisões que os demais poderiam tomar. -Até mesmo na morte a justiça é uma piada? Então por que não nos matam de uma vez? Ser julgado sem nem mesmo olhar? EU não quero isso, não gosto disso.- Falei sem me importar com o quão misterioso aquilo era, mas uma coisa era certa, fica ali e esperar por um final já determinado não estava em meus planos

Meu corpo ainda estava letárgico, não conseguia dá  uma razão para aquilo tudo. E mais uma vez aquelas emoções me rodeavam, tristeza, culpa. Tinha estado vivo e não vivi como queria, hesitei, nunca fui atrás das oportunidades, ao encontrar com um empecilho simplesmente me desviava. - EU não quero ficar sozinho, Vou ficar com a maioria. - Determinei pela primeira vez que eu podia entender como destino.- Estava na hora de agir.
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Mensagem por Knock Dom Jan 03, 2016 9:00 pm

Uns dos que estavam no quarto vieram falar comigo, assim me apresentei também. Eles pareciam legais... pena que estávamos mortos. Ouvi alguns; ouvi calado. Parece que: o esqueleto, não deveria morrer... Achei uma explicação coerente. Aquele homúnculo... Achei egocêntrica a argumentação... "Se o bicho foi criado por seres mortais, por quê ele seria imortal?" esse era o questionamento que eu fazia a respeito dele. Mas talvez ele fosse jovem, pois a maioria dos jovens são toscos, inclusive eu... Por quê não?!

O tempo passava, eles conversavam entre si, refleti à toa, pois nenhuma resposta sentia, acho que nem me sentia... como se eu ainda estivesse dopado ou seria tédio?! Eu queria saber a resposta. Quando eu estava na cama refletindo sobre o gosto da comida, uma voz ecoou nos meus pensamentos. Era o cara de chapéu e pele esquesitos que eu havia visto no tribunal, um do corpo de júris.

Falou, falou, talvez tenha falado sobre si, ou talvez de outros. O cara não cheirava bem. Ele tinha uma essência malévola. Parecia um demônio ou algum necromante, não que fosse, mas como se estivesse tão envolto à escuridão, que simplesmente a exalava. "Simplesmente".

Uma simples pergunta "O que a sabedoria lhe diz?"

Cheio de si, podia sentir o orgulho que ele transbordava em sua manipulação. Manipulação; orgulho; desejo de vingança... Uma versão melhorada da minha pior parte. Tão bom que parecia um estrategista sádico. Eu sorri.

Ver meu mestre... Nunca havia pensado nisso... Agora pensando nisso, conseguia resumir meu anseio por vingança e treinamentos intensos no exército... a uma simples palavra: orgulho. Acho que não amava tanto a meu mestre. Mestre. Mestre. "Precisei morrer para perceber isso" pensei. Pensar nisso era prova de que eu não havia cessado, como falado no tribunal... E as palavras ditas por aquela víbora me provavam que embora agora eles "fosses o que eram"... eles não eram tão idóneis, quanto eu pensava que eram, o que me fez ter um certo disgosto... Talvez aquilo tudo não tivesse mesmo nada de grandioso.

Tolice... Aquele "homem" parecia ter planejado algo e contava conosco para isso. Depois que ele sumiu, os outros retrucavam que estavam dentro... Eu tinha uma hora para pensar... Seria o bastante? Sim... Eu costumava pensar rápido no calor das batalhas... Uma hora era como uma vida.

Se fosse desse jeito, servindo para alguma coisa que o "cobra" havia idealizado, então eu não me contentaria em só viver novamente... Será que ele aceitaria um tipo de negociação?! Eu não tinha dados suficientes para montar um boa equação... tudo o que ele havia exposto, ajudava somente a ele... o que todos sentiam como se fosse proposital.

A resposta é o silêncio. Pois seria sábio colocar a vida em um jogo, muito menos sob essas circunstâncias, com informações tão superficiais, porém se o que foi dito for verdadeiro e essa a única opção, então eu deveria opinar em agarrar a oportunide, com um esclarecimento das questões e, se houver sucesso, então acrescido à vida, deveria haver um bônus o qual também deveria ser conversado com o contratante. Sorri.

Então, tendo pensado isso, era isso o que falaria, porém eu não poderia ser direto. Teria de ser implícito e certeiro em poucas perguntas, porém eu não estava com saco para jogar, então faria três perguntas:
--Esse jogo atrairá atenção somente do juri e do juiz? Todos têm possibilidade de voltar a vida? Caso voltemos a vida, é possível leval algo material daqui para lá?

Provavelmente, eu obteria mais informaçõe na hora na qual o Juiz discutisse os termos do jogo. Creio que o que eu não queria era ser usado sem que me fosse pago um salário digno. Se eu fosse participar de um plano de vingança daquele bicho feio, então queria mais que a minha vida de volta, pensando que ele havia tramado aquilo.

Agora era esperar para poder falar, talvez os outros percebessem minha ideia e se unissem ao meu pensamento.

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Mensagem por Kaede Dom Jan 10, 2016 3:10 am

_Vocês estão condenados._

Acordei ao ouvir tais palavras e me deparei com um dos integrantes presentes do corpo do júri, o homem do chapéu. Ele apareceu do nada em meio ao aposento onde estávamos e falando, falando que de nada valeria o ocorrido no tribunal, pois os integrantes do júri não estavam dando a mínima.

A sua presença não era boa, mas o que as suas palavras traziam aos meus ouvidos ganharam a minha atenção.
Ele tinha uma contraproposta para o grupo, que era nos dar um tipo de utilidade naquele lugar. Confesso que não entendi muito a que ele se referia, mas continuei calado e lhe dando ouvidos...

Jogos, intrigas ... bem isso tudo me parecia um jogo de
peixes grandes, talvez maiores do que o que eu enfrentei uns dias atrás na praia... Mas o que me deixava curioso era o motivo de Vax estar fazendo isso. Pena de nossas almas? Algo de poder maior envolvido? Bem eu não estava muito afim de pensar...

Após ele desaparecer no meio da sala a minha decisão já estava tomada e assim que ele voltasse, eu lhe daria a resposta. Dois guardas entraram na sala e um deles perguntou se tudo estava certo, pensei em dar uma resposta feia, mas fiquei quieto no meu canto sem procurar pensar muito no que poderia estar a esperar nesse outro lado da vida.

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Mensagem por NR Sérpico Ter Jan 19, 2016 12:39 am

5. Cante uma canção que todos conhecem

Os guardas se mandaram e ignoraram Bones. Ou então nem o escutaram, tão concentrados que estavam em outra tarefa oculta, como farejar o ar em busca de alguma coisa, qualquer coisa.

Então o grupo confabulou um pouco. Bom, parece que tinha chegado num tipo de acordo. Talvez precisassem de um pouco mais de luz, para que enxergassem melhor o caminho proposto por Vax. Então o negócio era esperar que se passasse uma hora, até que o sujeito escamoso ressurgisse, conforme prometido.

E ficaram lá, descansados, esperando e esperando mais ainda... Ou Vax estava atrasado ou a passagem do tempo no submundo seguia regras diferentes. Lá fora a noite era a mesma, uma pintura estagnada. Não se escutava som, o que era bom para aqueles que queriam pensar. Mas então esse tempo acabou quando Vax enfim apareceu.

E então? ─ perguntou direto. Suava. Tirou o chapéu e abanou o rosto. E nem fazia calor. E sua aura do mal parecia bem menor (ou então os cinco já estavam acostumados a ela).

Ho tinha algumas perguntas engatilhadas. Atirou tudo em Vax, que parou de se abanar e respondeu, de repente não mais breve, mas todo prolixo, como se fosse um negociante:

Sim Ho, é completamente possível levar coisas daqui pra lá. Suvenires. Mas nem tudo... E quando você pergunta se todos podem voltar a vida, fala de vocês todos, vocês cinco, ou de mais alguém? Hm. Bom, o que irei tentar de forma legal é conseguir suas vidas, só. Claro que, meu caro, você pode ceder a sua conquista para outra pessoa. Será que tem alguém que você gostaria de reviver se pudesse? Podemos achá-lo se ele, ou ela, estiver nesse departamento ─ Talvez esse “departamento” que Vax e outros falavam pudesse ser entendido como “plano” ou “dimensão”, hm. ─ Mas inicialmente são só vocês cinco que voltam. ─ Então ele se inclinou um pouco, como se fosse cochichar algo importante, como se já não estivesse cochichando desde que começou a falar: ─ Mas sempre há a chance de encontrar alguém poderoso por aí, alguém que possa te ajudar a reaver algum ente perdido. Mas geralmente essas pessoas cobram caro. E não estou falando de dinheiro... ─ Então ele pôs a coluna no lugar. ─ Mas esqueça isso que eu falei agora, sim. Foco na missão. E quanto ao “jogo”, bom, será algo do interesse de todos daqui desse prédio. Por isso acho que eles podem topar. Não terão nada a perder, só a ganhar. E todos queremos ganhar, não é? Eu quero ganhar! Mas pra ganhar precisamos jogar. E vocês são boas peças no tabuleiro!

Essas últimas frases foram ditas com certa animação. Vax percebeu isso tardiamente. Limpou a garganta, passou a mão na testa úmida.

Olha ─ começou ─ desculpem, não foi o que eu quis dizer. Esse negócio de peças no tabuleiro... não foi o que eu quis dizer. Vocês são muito mais do que peças! Não vamos estragar a amizade, hein.

E sorriu. Um pouco. E vendo que a maioria ali parecia concordar com acordo, ele sorriu mais. Então acenou e sumiu sem dizer tchau.

Agora, só amanhã.

E nem queira saber o quão tedioso foi a sessão seguinte. O importante é que Vax conseguiu. Digo, ele conseguiu um meio para decidir a sentença dos cinco. Conseguiu, de alguma forma, conduzir a decisão do júri e aguçar a atenção do juiz. O promotor chegou, mas até ele ficou quieto e atento ao que Vax dizia.

Resumindo, foi assim:

Antes de Vax iniciar sua oratória, o júri leu os livros que deveriam ter tudo sobre a vida de cada um ali. Ou nem tudo, visto que faziam muitas algumas perguntas aos réus. Perguntas como “quantas pessoas eles já tinham matado e por que?”, “quantas pessoas eles já tinham salvado e por que?”, coisas do tipo, sempre com cunho moral, dificílimo de se tirar qualquer conclusão numa única hora.

Por isso a sessão durou várias e entediantes horas.

Aliás, quando vieram buscar os cinco no quarto, ainda era noite lá fora. E só depois de várias rodadas de perguntas que eles viram o céu através do vidro do teto do salão mudar de preto pra cinza ─ um dia nublado, com nuvens carregadas, mas sem som de trovões.    

Outra curiosidade: subir de volta para o sala do tribunal foi uma experiência esquisita, pois eles não pareceram seguir o mesmo caminho que tinham feito ao ir até o dormitório. Era como se o lugar tivesse mudado de lugar durante a noite. Só o lugar mesmo, pois os soldados, Gerovingio e Aurélio continuavam a disposição.

O promotor chegou. Um sujeito alto, do tipo que não tem problemas em pegar os livros nas estantes mais gigantes. Ele começou um arremedo de perguntas, mas foi bem aí que Vax atuou, se levantando e mudando o curso das coisas.

Quanto tempo será que este departamento ainda tem, senhoras e senhores? ─ ele perguntou em bom tom. ─ Não respondam! Não é preciso. Pois ninguém sabe! Pode ser hoje, ou amanhã, ou semana que vem que virá um Mensageiro com a notícia, e seremos tirados daqui, e este lugar não existirá mais, por ordem superior.

Senhor Vax, não entendo onde quer chegar ─ disse o juiz. ─ Atente-se ao caso dos cinc

Onde eu quero chegar? Direi, meu caro Russelo. Eu, como todo bom matemático e arqueólogo, procuro há ciclos pelo Trianguli! E agora tenho orgulho em dizer que finalmente o achei!

Vax meteu a mão dentro do casaco e tirou de lá vários papéis dobrados.

Houve um momento de silêncio.  

O que você disse? ─ perguntou Russelo em sua voz baixa.

É isso mesmo meus conterrâneos! Com base em velhos cálculos que encontrei no Memorial, e na observação de vários espaços físicos deste departamento nos últimos dois ciclos, eu achei a provável localização do Trianguli. Anda menino, toma aqui, leva pro senhor juiz, vai ─ essa última frase foi para Aurélio, que pegou os papeis da mão de Vax, desceu correndo e os entregou ao juiz.

O promotor se achegou ao juiz para ler também. Os convidados cochichavam e o júri todo murmurava pra cima de Vax, querendo saber mais.

Vax:

Todas as três localizações!

Quando terminou isso? ─ perguntou o promotor, sem tirar os olhos dos papeis na mão do juiz.

Ontem! É recente, meus senhores. E é exato! É a nossa melhor chance de conseguir algo de peso para barganhar com os superiores! E deve ser feito já! Ou a localização irá mudar de novo, sabem disso. O Trianguli não é achado há eras justamente por ser muito bom em brincar de tempo-espaço. Mas ele estará nessas três localizações nas próximas 552 horas!

As pessoas conversavam em alta voz agora. E aparentemente esqueceram dos cinco mortos ali sentados. Até Gerovingio parecia perdido em pensamentos ante aquela apresentação de Vax. Que demônios era aquele tal de Trianguli?

O juiz levantou uma mão e houve silêncio. Ele bebeu um pouco de água antes de falar.

Vax, o quão certo você está desses cálculos? ─ ele perguntou, ainda analisando os papéis.

99% certo! ─ bradou Vax.

E o 1% restante?

É apenas pra dar um charme, senhor. Na verdade eu estou 100% certo! Esse é o trabalho da minha vida!

Mas não podemos pegar o Trianguli, sabe disso.

Sei. Mas eles podem.

Daí lembraram que haviam cinco sujeitos bem ali, que não eram dali, que temporariamente não pertenciam a lugar nenhum e que portanto podiam se envolver com esse Trianguli, seja lá o que fosse.  

Houve mais perguntas dirigidas ao Vax. Ora pareciam referir-se ao Trianguli como se fosse uma pessoa, ora, como se fosse um objeto. E falavam sempre de três localizações, como se a coisa estivesse, ao mesmo tempo, em três lugares diferentes.

Podemos dar uma utilidade a eles! ─ disse Vax apontando para os cinco. ─ Seria um julgamento no antigo formato, o épico, de quando o condenado prova o se valor através dos atos! Nesse caso, se eles conseguirem, recuperam suas vidas e nós ficamos com o Trianguli! Vocês conhecem essa canção! Não haverá outra época, outro ciclo, em que tal jornada possa ser feita. Tem de ser agora! Rá, estou até arrepiado! Tem que ser agora! Este é o momento, senhores. Temos ainda 552 horas para manter o submundo no lugar!

E foi assim que aquela sessão ordinária terminou. Claro que ainda houve uma certa ponderação. Russelo se retirou para conversar com outros juízes e o promotor fez o mesmo. Mas invariavelmente eles voltaram diante dos cinco e perguntaram se concordavam com aquela epopeia. Se a resposta fosse positiva, seriam soltos imediatamente, e seriam guiados, até certo ponto, para as três localizações do Trianguli.

Os réus estão de acordo com este modelo de julgamento? ─ perguntou Russelo aos cinco. ─ “Se executarem determinada tarefa ou prestação de serviço, poderão, assim ganhar a vida de volta”. É este o modelo oferecido na ocasião e que, não escondo, vendo o que está em jogo, muito agradaria a todos daqui. Irão percorrer o submundo, passando por três lugares distintos, com perigos tais. Se falharem, não serão condenados perpetuamente, ou seja, terão outro julgamento futuro na tentativa de reaver a vida. Mas se tiverem sucesso, voltam a vida no mesmo dia em qeu nos trouxerem o Trianguli... Aceitam os termos?  

Se tinham algo para acrescentar, contra argumentar, inquirir ou bajular, esse era o momento. Seria concedido, caso quisessem, um instante para conversarem entre si ─ pois a decisão precisava ser unânime, os cinco tinham de topar.

Mas que fizessem isso logo ─ 552 horas e contando!  

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Mensagem por Hummingbird Qui Jan 21, 2016 3:59 pm

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Hmm, então nós somos os peões?

É, eu acho que sim. Eu não gostei muito da maneira que ele falou com a gente, nos chamando de peças de um tabuleiro ou coisa do tipo. Ficou tão estranho, me fez sentir-me tão...descartável. Eu não queria isso. Senti algo parecido com o que Ball, o outro garoto, falou sobre até a morte ser uma piada. Era frustrante.

Desta vez eu estava sozinho. A todo momento pensava em recorrer à sabedoria de Ifrit mas ele não estava ali. Lembrar disso me entristecia um pouco, mais ainda porque eu não conseguia entender o motivo pra ele ter me enganado e tomado meu corpo. Agora estou aqui, morto? Parecia uma piada também mas eu não podia fazer nada, mesmo não sendo engraçado. Fiquei refletindo em meus pensamentos enquanto os demais faziam perguntas, conversavam, debatiam. Recolhi-me um pouco, ficando meio que atrás/do lado de Bones, o amigo osso.

Depois disso vieram horas e mais horas de tédio e espera. Tudo que podíamos fazer dentro daquele quarto era aguardar por nosso julgamento e seguir as instruções de Vax, o tal dono do tabuleiro se é que assim posso chamar. Toda vez que pensava nele eu acabava ficando emburrado. Trazia toda aquela sensação de inutilidade a tona, era horrível, eu acabei cismando com ele. No mais, as horas foram passando e eu já estava quase morrendo de tédio se é que isso é possível. Eu precisava fazer alguma coisa, minhas pernas estavam inquietas balançando na beirada da cama onde eu estava sentado. Decidi ir conversar com Ho, ele era o único que eu ainda conhecia por ali, não querendo desmerecer os outros é claro, mas eu não sei, eu gostava do grande Orc. Ele sempre foi gentil comigo.

— Ei Ho, sua história é mesmo incrível. - Tentei puxar assunto, referindo-me ao que ele falou lá no julgamento anterior. Ele falou tantas coisas que nem consigo lembrar todas, mas realmente ele tinha uma história forte. Aproximando-me dele então, sentaria ao seu lado ainda balançando minhas pernas que, por serem pequenas demais, não alcançavam o chão de onde eu estava sentado.— Você deve saber como é se sentir sozinho né? Porque agora eu estou me sentindo exatamente assim.. - Terminei fitando o chão, meio cabisbaixo. Realmente isso estava me incomodando. Passei tanto tempo acostumado com Ifrit que agora na ausência dele, eu me sentia triste e sozinho. Desanimado também. Parei de balançar as pernas então. As mãos, inquietas, foram de encontro uma à outra, buscando conforto.

— Espero que a gente consiga sair dessa. - Foram minhas últimas palavras. Desta vez, nenhuma delas carregava aquele meu entusiasmo característico.

Eu estava mesmo um pouco triste.


O que viria depois da conversa com Ho era o amanhã. Esperar até o nosso próximo julgamento. Lá inclusive, Vax tomaria a frente da situação e moveria as peças, ou seja, nós e o júri e o juiz e todos os outros envolvidos. Até o promotor entrou nessa, eu fiquei estagnado quando o vi. Ele não estava doente ou coisa assim? Bem, não importa. Parece que o julgamento prosseguiu, conversa vai e conversa vem, eles falavam sobre um tal Trianguli, devia ser mais uma peça do jogo. Besteira, eu pensei. Na verdade eu ainda estava intrigado com o caminho que fizemos pra chegar até a sala do julgamento, quero dizer, antes eu tinha visto quadros e pouca decoração, agora vi ainda menos - ao que parece - e tudo parecia diferente, o caminho por si só já era diferente. O que estava acontecendo então? Será que era mais alguma coisa que o Vax fez? Essas perguntas rondaram minha cabeça e me deixaram emburrado mais uma vez. Droga, era tanta coisa pra pensar justo agora que eu estava sozinho!

Foi então que vieram com aquele questionamento. Indagavam se estávamos dispostos a ir atrás do tal Trianguli pra eles. Eu sabia que ia sobrar pra gente, eu estava com essa intuição não sei porque. Acontece que esse era o único atalho pra voltarmos à vida o quanto antes, certo? E quem sabe nesse caminho eu ainda não encontre com ela. Referia-me a tal Bruxa. Quem sabe? Se eu estava sozinho então estava na hora de tomar minha própria decisão!

— Eu, eu, eu aceito! - Falei levantando a mão com certo entusiasmo. Demorei pra entender que na verdade a decisão deveria ser tomada entre todos do nosso grupo. Pelo que vi, todos tinham que aceitar, era isso? Então abaixei a mão meio envergonhado. Voltei minha atenção para os demais e comentei baixinho seguido de um pedido de desculpa; — O que vocês acham que é esse tal Trianguli? Acho que não deve ser difícil de encontrar. - Fiz um comentário positivo em função de incentivá-los a seguir a mesma decisão que tomei. No mais, eu já teria aceito a proposta, ficaria aberto para discussões com o grupo somente.

Seja como peão ou não, por que não?

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Mensagem por Knock Dom Jan 24, 2016 9:43 pm

O silêncio se instaurara mais uma vez; um reflexo de uma mente que se esforçava a fim de se concentrar e um coração que eu não mais sentia. Todos falaram um pouco que preferiam aceitar a tramóia do ser escamoso do submundo... mas eu continuei tentando pensar... quase sempre chegando a algum de teoria conspiratória. Fiquei olhando a todos... observando o que eles falavam; "indo com a cara" de uns, me importando um pouco mais com o jovem Sean... Acho que esse era o nome do pequeno... acabei percebendo que sou péssimo em decorar o nome das pessoas. Talvez tenha percebido somente agora o fato de eu não ter me aproximado de tantas pessoas de forma tão íntima nos anos de minha vida.

As horas se passaram. Pelo menos foi o que apareceu. A uma hora pareciam eras (husauhsahsuhs; que exagero, pensei.)

Dax apareceu, transpirando, vermelho, como se tivesse se esforçado muito. Sorri em minha mente... Talvez fosse um plano grande, esse que ele tinha em mente e... orquestrar tudo de forma rápida, com vários fatores... eu sabia o quanto era complicado, entretanto, eu ainda havia de ter cuidado, pois eu poderia ter meu pensamento contra mim e ser engolido por mim mesmo. Ele fora logo perguntando se estava tudo certo e fiz minhas perguntas, as quais foram prontamente respondidas, como se ele já soubesse que eu perguntaria

"Esse era um bom estrategista", pensei, porém sem me preocupar. Ele estava cansado, mas algo a mais, talvez eu percebia: empolgação. porém, ainda ficava com o pé atrás. Esse contrato parecia ser muito arriscado.

Dax saiu. Eu abri um sorriso ao lembrar dele nos chamando de peças no tabuleiro. Quase não consegui conter a minha felicidade. Sean veio falar comigo, pois e sentia sozinho e eu percebia que o coração estava pesaroso, então eu falei com ele o que eu pensava:
--Sean, acho que te entendo... Mas sorria e aproveite, pois em breve estaremos fora daqui. Não é por quê alguém pensa estar no controle, que de fato está... olha, acho que você está se submetendo a esse tipo de situação, pois já está acostumado com isso; desde cedo você convive com alguém te dando ordens, assumindo a posição central em momentos difíceis... Talvez eu possa compreender o que você passou, mas é hora de mudar. Eu vivia com uma ira incontrolável dentro de mim e te confesso que muitas vezes não conseguia contê-la... Mas um dia você precisa assumir o controle simplesmente pelo fato de a "outra coisa" ser mais fraca que você... Eu saí de perto de meu pai ainda cedo e vivi como mercenário até pouco tempo atrás... Eu aprendi que se não pensasse e se eu não me impusesse em várias situações, eu morreria ou a missão falharia, o que também pode significar a morte em algumas vezes. -- dei uma breve pausa, levando minha mão à cabeça dele, levando a conversa em um tom mais leve-- Olha, se aquilo vivia dentro de você, é por quê ele era fraco, simplesmente pelo fato de ele precisar de um instrumento para se manifestar, entretanto você não é um vaso oco! Se souber se impor, se você crescer mais, se você ficar mais forte e mais sábio, eu tenho certeza de que você será maior do que as suas próprias vontades malignas e também do que esse ser que se diz ser algo. Acho que foi algo parecido com o que eu fiz comigo. Você tem uma nova chance. A sabedoria não habita na maldade, porém a loucura e a tolice se fartam no coração daquele que cultiva a iniquidade e a maldade. Quando sair daqui, voltar a viver, vá àquela floresta que aquele elfo estranho citou, lembra?! Aquela lar dos elfos... Dê um ponto de partida lá... recomece. Comece a buscar a sabedoria, seguir um caminho bom, busque o conhecimento. Fortaleça o seu corpo, a sua mente e alma e talvez, se aquilo ainda estiver no seu corpo, você possa mostrar a ele que quem manda é o ser vivente restaurado.-- Dei uma pausa, olhei a reação dele e resolvi contar o que eu achava daquilo;

--Lembra da missão que participamos juntos?! Naquela ocasião, também erámos como peças em um tabuleiro; cada um cumprindo um objetivo, a fim de que no fim realizássemos com êxito a missão... Mas não significa que não possamos tirar proveito da situação também... Para mim é quase que claro que esse cara tenha razões diversas para fazer o que está fazendo; se ele busca vingança, prestígio, poder, ou seja lá o que for, isso não me importa por enquanto, mas veja, é como um contrato indireto: nós estamos aqui mortos ou chamados ou chamados através da morte e podemos sair daqui se fizermos algo com êxito e ainda podemos levar algo mais. Frustrar os planos daquele cara não me interessa, por isso não vou pensar em um meio de fazer as expectativas dele ruírem, mas temos a opção de fazer ou não. Já que você escolheu ir então tente tirar algum proveito a mais, talvez levar alguma coisa daqui do submundo que você ache legal, que te auxilie e te seja útil em vida. Se falharmos, talvez fiquemos com a pele escamosa também, mas, como você pode perceber... não acaba.

Encerrei meu discurso... confesso que meio constrangido, mas já falara mesmo.

O tempo passou. Ainda era noite, quando nos chamaram perante o júri e o juiz. Eu que pensara ter sido uma noite entediante, não sabia que uma audiência poderia ser muito pior. Perguntas, indagações. Eu pensava no caminho de volta que havia sido diferente e no céu não tão imponente quanto antes. Até que Dax interrompeu tudo e começou a colocar o plano dele em ação. Fiquei maravilhado com o reboliço que criara apenas utilizando uma palavra "Trianguli" e dali em diante era como se eu tivesse sonhado com aquilo pela noite, pois podia prever, exatamente como quase nunca acontecia quando eu estava vivo... o que chegava a ser cômico de tão triste que era.

Teríamos 552h, mas quando me foi dada a possibilidade de perguntar, eu perguntei:
--Excelentíssimos júri e juiz, eu gostaria de perguntar algumas coisas: O tempo aqui passa conforme o tempo enquanto estávamos vivos? Nossos corpos são capazes de suportar quanto tempo? e se não se importarem... Quais e quantas coisas podemos levar daqui para a vida, por assim dizer, conosco se obtivermos êxito na missão? Obrigado.

Acho que eu estava satisfeito com meu questionamento, me sentaria e ouviria o decorrer dos fatos.

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Mensagem por Pacificador Seg Jan 25, 2016 12:44 pm

Observei os guardas por breves segundos, eram estranhos. Esperamos por muito tempo. Vax chegou suando, não fazia calor, se bem que até aquele momento eu não sentia nada disso. Eu também podia sentir sua aurea corrompida ou algo assim, não estava tão forte, como antes talvez fosse algo do tempo que estávamos ali, sem querer me gabar eu até o momento me considero um menino que se adaptar muito facilmente, tinha de ser assim, era um homúnculo.

Ouvi sua palavras, rodeios e piadas, neste momento algo me veio a mente. " Humor de cadafalso, Rhudeus também era assim, cada falha ele se tornava mais parecido com Vax" Respirei fundo, tais lembranças iriam me fazer desatar as lagrimas, era um misto de raiva e alegria, eu acho que eu amava aquele guardião, no entanto, não estava certo sobre tal sentimento. "Inicialmente são vocês cinco" Comecei a grava palavras aleatorias, gostaria de aprender sobre este lugar. Mas aquilo estava me incomodando, inicialmente, talvez os que estavam mortos a mais tempo levavam mais tempo para retornar... Assim que ele desapareceu caminhei até a janela. Comentei em voz audivel. -Os fantasma querem vingança, os demonios querem nossa alma, os trapentos sentem fome e frio. AS coisas que compreendemos podemos tentar controlar. - Sorri com a ideia. Me virei e me forcei a dormi.

Segui com os demais pelos corredores, não notei a mudança de imediato apenas quando já estava bem proximo da sala do tribunal, quando notei que algo estava diferente, o caminho supunho, segui em frente.

Fiquei no banco quietinho como um bom menino, ouvi tudo com pouca atenção até o momento não me interesava, como disse pax eramos peça de um jogo, e realmente agora eu ja não gostava tanto da ideia. - Trianguli...- susurrei cada silaba calmamente De alguma forma estranha havia gostado do nome, me lembrava algo infatil como uma brincadeira, gosto de crianças.

E de alguma forma parece que todos os olhares voltaram para nosso grupo, esperança, raiva, medo. Não sei o que sentia, talvez fosse empatia ou apenas meus sentimentos descontrolados, eu ainda era incapaz de entender.

Ao termino me levantei e olhei para o juiz, parecia apropriado pois meus companheiros já estavam satisfeitos ou não com suas respostas. - Senhor, Russelus, tenho alguns  pedidos e perguntas. Pode me ouvir?- Esperei por breves segundos olhando para meus companheiros, parecia que todos estavam de acordo.- Seremos guiados até certo ponto, mas não acha um pouco negligente? Estamos mortos e não sabemos nada sobre este lugar.- Deixou as palavras no ar e voltou a falar e trocando de assunto. - Qual o nome da criatura no fim do mundo, para que serve?- Em seguida era uma pergunta parecida com o do Grande homem, mas distinta ao meus olhos. - Quantos ciclos podemos ficar neste lugar, ou até mesmo o que é um ciclo? É igual a quantos anos de onde viemos. - Respirei fundo e voltei novamente para a primeira questão, aquela pergunta era do gigante, parecia errado tentar reforçar tal coisa. - Senhor AURÉLIO. - Comentei seu nome claramente, minha voz era baixa por natureza, era incapaz de fazer minha voz muito alta. - Um sujeito com tal capacidade, quero ele para nos guiar e nos informar sobre o que não entendemos.- Meneei a cabeça fazendo uma rápida conta, devido minha personalidade retraída, era complicado fazer tais pedidos, no entanto, tudo me parecia um grande complô de ilusão, ser enganado, não gostava disso. - Eu não gosto de como o senhor Pax, oh VAx, nos abordou ontem a noite. Claro, nossas vidas é algo precioso, e como disse meu guardião. Precisamos aprender a viver. - Voltou a olhar para o juiz com aparente desanimo, ninguém havia dito que era um segredo a abordagem na noite passada, em seguida estava claro que manter tal dialogo era exaustivo para mim. - Quero viver, mas não quero falhar em algo tão importante. - me reunir com os demais ali apenas para comentar. - Perceberam? estamos mortos, mas podemos comer, sem contar que eu não passei mal mesmo ingerindo alimento. - Comentou aquilo como se fizesse sentido. - Se alimentar e continuar vazio, imagine isso e conte os ciclos que cada existência deste lugar, talvez tenha. Deve ser pior do que ser criado e se tonar obsoleto, imagino. me virei para o garoto com olhos estranhos. - Eu também acho que não seja dificil, no entanto, para que serve um trinaguli? - Comentei errando propositalmente.

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Mensagem por Kaede Ter Jan 26, 2016 12:07 pm

Depois de um bom tempo Vax, o cara da proposta retornou querendo as respostas, porém foi ele quem acabou dando muitas para Ho...

_Sim Ho, é completamente possível levar coisas daqui pra lá... E vocês são boas peças no tabuleiro! _

Depois das palavras boas peças no tabuleiro, Vax tentou se acertar ficando meio sem graça com um sorriso amarelo de canto da boca.
Não liguei muito com as palavras, mas não responderia por todos ali presentes, no momento eu estava mais interessado em saber como estava meus familiares: mamãe, vovô, Jorlos, Garou e Melanie... principalmente Melanie. Será que ela sabia da minha situação? E também Garou, era a primeira vez em anos que eu e ele estávamos separados.

Enquanto estava perdidos em meus pensamentos, Vax sumiu e só me restava esperar o dia seguinte, se é que tem dia seguinte em um lugar onde a noite parece ser eterna...

Parecia que tinha se passado um dia e fomos guiados mais uma vez para o tribunal, o engraçado mesmo ocorreu no caminho, que dessa vez estava diferente, parecia que os corredores em que passávamos, tinha vida própria e tinha mudado de forma e distorcido o caminho... ao menos foi isso o que me pareceu.

Passamos por uma maratona de perguntas pelo corpo do júri até que o promotor chegou. Ele começou a fazer perguntas, mas foi bem aí que Vax atuou, se levantando e mudando o curso das coisas. E no meio da discussão entre os dois se fez silencio entre os outros presentes, tudo por causa de um papel que Vax tinha tirado de seu bolso que chamou a atenção de muitos. Murmuros, cochichos... depois de um pequeno espaço Vax parecia ter conseguido toda a atenção que queria e falou apontando para mim e os outros “mortos”.

_Podemos dar uma utilidade a eles!_

Parecia que seria um julgamento diferente... o juiz perguntou se aceitaríamos a proposta,pegar algo que eles tanto precisam para assim podermos voltar, parecia ser algo bom... ou não.

Olhei para os outros ali comigo e a eles perguntei.

_Vocês querem conversar sobre o assunto antes de darem uma resposta?_

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Mensagem por Bones Qua Jan 27, 2016 12:15 am

Silenciosamente ouviu e percebeu os planos de Vax tomarem um contorno mais claro, pois suas palavras escapadas "peças de tabuleiro" indicavam a real posição do grupo diante da situação e plano, ou pelo menos assim ele queria que pensássemos.

- Uma vez trapaceiro,sempre trapaceiro... Será que deixou escapar ou seria outra encenação?

Baseado nas reações dos outros e dizeres deles, preferiu se abster de qualquer conversa, tomando aquele tempo para refletir bem no que poderia vir no julgamento. Enquanto eram levados, não deixou de notar de imediato a mudança na estrutura, parece que o labirinto se reorganizava durante a noite, provavelmente para dificultar fugas e passeios noturnos indesejados.

Perguntas e mais perguntas foram feitas, cada um sendo exaustivamente dissecado por tantos questionamentos e tendo toda sua vida revirada. Mesmo as coisas mais pessoais pareciam ter alguma relevância, ou quem sabe por pura diversão do tribunal em expor as vidas intimas de cada um.

Eis que então Vax coloca seu plano em ação e anuncia seu objetivo: usar o grupo para localizar Trianguli, seja lá que tipo de "existência" seja isso, uma vez que não falavam claramente, mas sem duvida sua mensão deixou todo o tribunal em chamas.


─ Os réus estão de acordo com este modelo de julgamento?  ─ “Se executarem determinada tarefa ou prestação de serviço, poderão, assim ganhar a vida de volta”. É este o modelo oferecido na ocasião e que, não escondo, vendo o que está em jogo, muito agradaria a todos daqui. Irão percorrer o submundo, passando por três lugares distintos, com perigos tais. Se falharem, não serão condenados perpetuamente, ou seja, terão outro julgamento futuro na tentativa de reaver a vida. Mas se tiverem sucesso, voltam a vida no mesmo dia em qeu nos trouxerem o Trianguli... Aceitam os termos?  


- Meritissimo Russelo, falo por mim, não pelo grupo. Ficaria em muito honrado em aceitar a oferta sob uma unica condição e contra proposta: que caso obtenha sucesso, tanto eu quanto minha amada esposa possamos voltar. Afinal, algo de tanta estima para todos aqui vale muito mais do que duas simples almas, não? E caso falhe, aceitarei sem questionar o novo julgamento e me coloco a disposição como voluntário, seja qual for o resultado do julgamento, a ser convocado novamente e cooperar com o próximo aparecimento do Trianguli e novamente tentar ajuda-los.

Aquela deveria ser a oportunidade única de redimir sua existência, procurando resolver todas as suas questões e deixar o tribunal com a vantagem de, mesmo que o grupo falhe, haver quem possa cooperar numa futura segunda tentativa. Dessa forma, o tribunal sairia ganhando, mas pessoalmente, Bones estaria mais do que satisfeito com o resultado positivo da empreitada.

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Mensagem por NR Sérpico Qui Jan 28, 2016 8:27 pm

6. Cabana na colina

Aquilo foi interessante. Não é todo dia que se tem tanta liberdade assim com aqueles caras. Seja em tirar dúvidas, seja em exigir algo a mais. Claro que nem todos puderam ficar pra ouvir as respostas do juiz e companhia: o velho senhor que fazia parte do júri teve outro repentino ataque de tosse, de modo que se retirou e não voltou antes do fim.

Às respostas, então. Primeiro Ho, sobre o tempo:

Sim ─ falou Russelo. ─ O tempo aqui é o mesmo. Com algumas diferenças, conforme o ciclo. No momento, é bem parecido com o tempo de onde vieram. Só que, no atual ciclo, temos apenas 4 horas de luminares eclípticos. Isto é, para que entenda, 4 horas de “luz solar”. As outras 20 são de escuridão noturna, com apenas um luminar celeste, algo parecido com uma lua. ─ Então a resposta seguinte, sobre a durabilidade deles, estando no submundo: ─ Seus corpos podem suportar o tanto que for preciso. Podem ficar aqui por muito tempo. O único problema é a adaptação da mente. Suponhamos que você, Ho, passe um bom tempo aqui no submundo, viajando por aí. Durante esse período de reconhecimento e exploração, você verá e sentirá coisas diferentes do mundo dos vivos, coisas que talvez agridam os padrões que você sabe existir no mundo dos vivos. Simples exemplo: se eu digo “uma espada azul”, todos aqui podem imaginar mais ou menos como ela deve ser, através dos padrões do seu mundo. Uma espada de cor azul, simples. Mas digamos que durante o seu tempo aqui você encontre uma espada, ou qualquer outra coisa, de uma cor que você não conhece, uma cor impossível, que não deveria existir, um fato que corrompe a razão que você conhece, que destrói os padrões que formam suas percepções. Sua mente irá lutar contra o que você está vendo. E será uma luta pesada, da qual, ao fim, só há duas possíveis consequências: ou você irá enlouquecer ou irá adaptar aquela cor impossível, a tornando, para você, azul. O efeito reverso pode acontecer, caso tenham sucesso e voltem para suas casas: se passarem muito tempo aqui e tiverem contanto e experiências sensoriais com muitas coisas, será igualmente difícil se adaptar, ou melhor, se readaptar, aos padrões que um dia conheceram quando vivos. Muitos que entram em coma, e sem querer caem nesse departamento, e que depois conseguem voltar, não sobrevivem ao período de readaptação, às vezes perdendo a fala, de tão estranho que se torna escutar a própria voz, ou mesmo vegetando num estado hipnagógico de meio-sono contínuo, pois a realidade dos vivos passa a ser como um sonho lúcido e não de fato a realidade. ─ Ufa. Então Russelo parou um pouco e deu uma bicada em sua água. ─ Para que uma readaptação seja muito difícil para vocês, seria preciso que fiquem aqui por muito mais tempo que é proposto. ─ advertiu, com o objetivo de tranquilizar. ─ Então, não terão grandes problemas.

Resumindo: seus corpos eram aparentemente invulneráveis, mas suas mentes não. Sobre a questão dos itens levados, Russelo deixou que Gerovingio respondesse, pois aparentemente ele quem tanto recebia quanto despachava.

A volta se dá através de uma porta, um portal mítico ─ disse ele. ─ Desde que passe pelo portal junto com você, os itens devem ressurgir no mundo dos vivos, assim como você.

Ele só não especificou o tamanho desse portal. Como chamou primeiro de porta, talvez fosse naquela altura básica, talvez como uma das tantas portas duplas daquele lugar, hm.

Na sequência, foi a vez de Balltier.

Sim, eu posso lhe ouvir. Diga o que pensa ─ disse o juiz. Ouviu, franziu o cenho, achando o jovem meio confuso e respondeu apenas o que entendeu, ou o que preferiu: ─ Um ciclo é o equivalente à 23 anos no mundo dos vivos. Um pouco menos, talvez. E como disse ao Ho, vocês podem ficar todo esse tempo sem nenhuma sequela aos seus corpos... Aurélio? Hm. Sim, é um pedido possível de se atender.

Mas... ─ Esse era Aurélio, codinome desconfortável-com-a-missão-inesperada. ─ Mas senhor eu, eu

É perfeitamente indicado como guia. Só não leve muitos livros. Ou melhor, leve apenas um atlas. Considere como parte do seu aprendizado, Aurélio. Será uma boa experiência. E quero alguém além do Vax.  

Aurélio baixou a cabeça, derrotado.

Sim, senhor ─ miou.

Senhor ─ disse Vax. ─ Devo relembrar que só irei leva-los até certo ponto.

Sim, eu sei ─ rebateu o juiz.

O promotor reviveu:

E que história foi essa que o homúnculo disse? Falou com os réus antes da sessão iniciar?

Apenas um “boa noite” ─ escapou Vax.

Vamos conversar sobre isso, depois. ─ o promotor riu, sem graça.

Ah sim ─ Vax tirou o chapéu e o colocou de novo. ─ Depois que eu deixá-los, voltarei imediatamente pra cá, promotor.

O juiz deu um basta na conversa paralela. Queria escutar Bones, agora. Depois que o morto falou, o juiz apenas olhou para Gerovingio e fez um aceno. Gerovingio saiu pela porta da frente, com alguma missão própria a ser feita. Depois Russelo olhou de novo para Bones e garantiu:

Será feito. Sua vida e a da sua esposa em troca do sucesso da missão.

Puxa! Eles tinham tanto poder assim pra reaver uma vida? O juiz nem barganhou nem nada. Se aquilo não fosse sinal de pressa, então não se sabia qual seria o significado.

E era isso. Sean concordara e Kaede parecia inclinado à discutir, mas Russelo não queria mais saber. Ele bateu na mesa, a título de encerramento. Depois chamou Vax de canto e trocou alguma ideia. Vax fez repetidos acenos de “sim, sim, sim senhor”. Um homem entrou pela porta dos fundos, foi até o juiz e lhe deu um papelzinho. O juiz leu numa passada de olho e fez um sinal, despachando Vax. Se levantou e disse:

Estão dispensados.

E então saiu apressado pelas portas do fundo. Aurélio foi atrás.

Vax voltou até o grupo e anunciou:

Senhores, ire leva-los agora. Alguém importante está vindo. ─ e, num sussurro sugestivo: ─ Alguém que queria ter visto tudo que aconteceu aqui, mas teve problemas na viagem. Uma pena... Enfim, temos de sair de cena agora. Um, dois, três, quatro, cinco... todos aqui. Exceto... Cadê o menino diligente? Ah, lá está ele. Vamos, venha cá, rapaz. É pra correr, caramba.

Aurélio correu e chegou perto deles. Trazia uma bolsa sobre um ombro.

Eu estava pegando alguns... suprimentos ─ explicou ele.

Ah, claro, claro ─ Vax se voltou para o grupo. ─ Vamos para um lugar que irão gostar. Vamos encontrar um amigo. Ele terá algumas coisas que podem ser úteis pra vocês. E é um ótimo desenhista, vai desenhar algo que vocês precisam ter. Tentem não se mexer agora, hm?

Bom, se tinham algo mais a falar ou outra coisa a fazer, foi-se o tempo. Quando piscaram, já não estavam na Antessala da Morte. Estavam numa campina verde e bacana, uma área elevada, uma pequena colina, de onde se podia ver planícies sem fim em todas as direções. E logo perto deles, existia uma cabana modesta porém bem feita. Talvez Vax tenha dito que iriam gostar apenas pelo fato de ser um cenário possível de se encontrar em Lodoss.

O céu era totalmente fechado por nuvens, mas ainda assim era claro, como se o dia estivesse no seu momento mais luminoso. Exceto ao norte ─ lá o céu era embaçado e escuro. O clima era ameno e com uma brisa que trazendo o cheiro do campo e o som de coisas quebrando.

Não! ─ exclamou Vax, quando escutou os sons. ─ Que foi que você fez agora Mic?

A quebradeira vinha da cabana. A porta estava aberta. E do lado de fora, uma cadeira de balanço estava deitada no chão, derrubada. Um livro atirado à esmo, como se o leitor o tivesse jogado. Ou como se alguém o tivesse tirado das mãos do leitor.

Mais coisas quebrando lá dentro. Talvez um vaso, uma porção de louças. Então a janela: um sujeito foi atirado de dentro pra fora, abrindo caminho pelo vidro e rolando na grama. Ele levantou a cabeça, revelando um olho preto, um supercílio rasgado, e um nariz estourado. Assim que viu Vax e o grupo, rogou:

Me ajuda, cara!

Quem é dessa vez? ─ perguntou Vax e foi até o atirado. ─ Quem é?

Capanga do Gushnasaph. ─ E o cara olhou para o grupo. ─ São eles? Pede pra eles me ajudar, cara. É um capanga só e eles são seis!

Ah, Mic, Mic, Mic! Tanto agiota por aí e você vai se meter logo com o Nasa?!

Com quem está falando, Pintor? ─ Essa voz veio de dentro da cabana. Voz grossa, exageradamente alta. De repente o dono do trovão sonoro apareceu pela porta. Ele teve de se inclinar um pouco pra passar pelo batente. Rivalizava em altura com Ho. Deu de cara com os cinco e Aurélio. ─ Ah, compreendo ─ bradou. ─ Dessa vez você não mentia, né não, Pintor? Você disse que os seus seguranças viriam, e aqui estão eles, como que por mágica.

O homem saiu da frente da casa, caminhando lentamente até os cinco (agora eram cinco: Aurélio meio que recuou alguns metros...). O homem, além de alto, era forte. Forte do tipo que as roupas ficam apertadas. Ele vestia apenas um colete (que deixava os braços cabeludos nus) e bermudas pra fechar o kit, como que pronto pra curtir uma praia. Era tão careca quanto Vax e seu rosto era amassado em alguns pontos ─ o tipo de rosto que já aguentou muita porrada.

E continuava falando, enquanto se aproximava do grupo:

Bom, isso não muda o fato de que você vai levar uma surra hoje, Pintor. Mas antes vou bater nos seus seguranças. Olha só, dois deles não passam de pivetes! Ainda bem que eu não tenho escrúpulos.  

Ao término, ele correu. Foram três passadas longas de atleta, como se ao fim ele quisesse dar um salto. Mas no caso, ele queria mesmo era atingir o grupo todo com um único murro. Seu ambicioso movimento indicava que ele iria varrer os oponentes com o braço, um golpe na horizontal, do qual ia junto todo o seu peso.

E antes do golpe seu braço mudou de cor, ficando preto-acinzentado. E pareceu crescer um pouco, ganhar densidade.
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Mensagem por Hummingbird Sáb Jan 30, 2016 5:25 pm

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De repente estávamos sozinhos. Esqueci todo o restante do grupo e só consegui sentir a presença do grandão Ho, o que foi engraçado pois me fez acreditar que eu ainda tinha plena consciência das minhas habilidades, mas acima disso, as coisas que ele me disse me fizeram mergulhar em pensamento. Aquele era o meu mundo. E Ho estava ali através de suas palavras. Eu não esqueceria nada do que ele disse, provavelmente nunca mais.

Não tive muito tempo pra agradecer já que as coisas correram rápido. Do julgamento em diante, ficamos sabendo mais um monte de coisas sobre nossa missão e sobre o que os membros do grupo indagaram. Apenas prestei atenção no que diziam, ouvindo sem interromper. Esbocei um sorriso quando o garoto Ball concordou comigo sobre o tal Trianguli parecer algo difícil de se encontrar, muito mais de pegar. Será que era mesmo possível pegá-lo? Bem, ao que tudo indica, essa era nossa missão, e como disse o grande Ho, eu deveria pelo menos aproveitar.

Simplesmente acatei com as decisões. Uma estranha sensação de conforto me preencheu por dentro e eu estava seguro com isso. Não tive medo, não tive receio.

Dali em diante, ficou decidido que o tal Aurélio viria conosco. Fiquei feliz em saber que seria uma grande aventura! E quando me dei conta de piscar, um pouco distraído com meus pensamentos, já estávamos num lugar diferente. Justo na hora que eu ia agradecer o pessoal do julgamento por nos tratar tão bem? Nos deram até aquela cama pra dormir. Bom, eu agradeço na volta então.

Agora tudo que senti em primeira instância foi um aroma diferente. Não sei dizer, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas tinha cheiro de... mel? Olhei ao redor e me deparei com uma extensa campina, a brisa balançando a grama aconchegante, o céu cheio de nuvens e aquele clima maravilhoso que eu não sentia já faz um tempão. Abri um largo sorriso, em seguida, apalpei meu corpo pra saber se aquilo era mesmo real ou conferir se ainda estávamos com as tais roupas listradas que mais pareciam um uniforme. Eu sentia falta da minha capa...

Dentre tantas sensações e situações, meus olhos logo foram atraídos por um...incidente?

— Ei! Vejam! - Apontei, quando vi aquele ser sendo jogado janela à fora. Foi uma bela queda. O tal Vax logo correu pra ajudar, ambos conversaram por uns instantes e tudo aquilo me pareceu muito esquisito. Eu não sei porque mas tinha uma sensação esquisita que me preocupava naquele tal Vax. Ele sempre estava me cheirando assim.

Quando aquele outro grandão apareceu então, minha primeira reação foi correr e esconder-me atrás de Ho. Grande por Grande, acredito que eu estava na vantagem. Conheço bem a força desse Orc, confio mais nela do que na do adversário, então eu estava bem ali. Fiquei olhando ressabiado, tentando escutar o que o tal outro grandão dizia. O amigo de Vax chamou ele de capanga de Ganash, alguma coisa assim. Na mesma hora cutuquei Ho para lhe dizer a primeira impressão que tive;

— Ei, Ho. Estou com aquela sensação esquisita de perigo. Você acha que consegue segurá-lo? - Terminei encorajando-o.

No mais, tentaria rolar por alguma direção. Meu instinto me dizia pra fazer isso não sei porque. Eu sempre confiei no meu instinto. Não é de hoje que ele me salva? O importante é que eu estava considerando que ainda tinha conhecimento de minhas habilidades. Eu ainda podia sentir a energia dos que estavam ali presentes, certo? Será que então consigo manipulá-la como Ifrit me ensinou?

Fiquei pensativo, tentando estabelecer alguma conexão com a energia dos que ali estivessem presentes.

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Mensagem por Knock Dom Jan 31, 2016 11:38 am

A reunião seguiu; um dos que estavam comigo comentou sobre Vax ter ido ao quarto pela noite -Agora eu sabia que era Vax e não Dax hEHEuHEu-, fato que eu não gostei nenhum pouco. Queria ter dado um murro no "bostão", mas não faria isso na frente do juri, nem depois, já que seria criancisse. Dessa vez passaria, mas talvez Vax mais cedo ou mais tarde cobraria... Hipótese que me fazia despertar para uma certa cascata de ideias afim de... previnir algo? Até então não sabia, mas sabia que algo dentro em mim etava desperto a possibilidades aparente improváveis, tanto a Vax, quanto ao Juiz ou mesmo o amigo que nos recebera.

Fora me dado uma resposta. Eu aparentemente poderia levar o que quisesse, bem como talvez ficar ou explorar... Ou não -Risos em minha mente; risco de loucura. Risos- sinceramente gostei de tudo o quanto me fora dito, embora me fosse um pouco estranho. Talvez fosse eu sempre com "o pé atrás", um instinto. Mas gostei, pois me parecera sincero, mesmo eles não sendo tão idôneis, quanto imaginava... ou era apenas fogo do momento, mas eu confiaria um ponto a eles.

Fomos ter com Vax e já teríamos a perigosa missão em nossas mãos. Creio que seja perigosa porquanto Aurélio tremera ao saber que nos acompanharia, assim como, Vax que fizera questão de afirmar e confirmar que iria nos levar até certo ponto. Não seria fácil... Como eu aparentava ser o mais forte... Não... Lembrei do elfo de merda pensando nisso. Mas seria perigoso. Mas já estava morto mesmo.

Quando abri os olhos, vi que estávamos em um outro cenário que parecia com a terra na qual vivíamos... Não sei por quê pensei que o submundo fosse pequeno... Parecia tudo... Normal... Como se tudo fosse e não fosse... Especial? Estávamos em um campo enfrente a uma casa, da qual podíamos ouvir barulhos de quebradeiras, menos gritos... Talvez fosse um louco que fosse pintar aquilo que iríamos ter de juntar. De repente um cara fora jogado pela janela e Vax correu com ele perguntando o que havia acontecido e falaram de um tal de gigolô -HHSUAHSUA, mentira, mentira. Era um tal de agiota-, para o qual estava devendo e um cara do meu tamanho e tão forte quanto eu saíra da casa falando bobagem e alto... Daquele tipo que dá canseira de ouvir... Falara que ia nos bater.

De repente Sean apareceu atrás de mim perguntando se eu podia contra ele... O pequeno tinha me desanimado mais ainda -HASHAUSHau-, mas uma coisa me chamara a atenção: como ele havia corrido de uma forma tão polida para nos atacar; umas três passadas longas unidas a um salto no ar e a transformação do braço em "metal"?! Ficara interessante. Entretanto eu sabia que aquele golpe não era para matar ninguém... Talvez fosse... um teste?! Provável.

Porém não fazia perder o interesse repentino em uma possível luta. Entretanto aquilo no braço não era uma coisa que eu entendia... Talvez fosse magia... Eu explicaria assim. Talvez se ele pudesse transformar todo o corpo dele naquilo, eu iria me ferrar, mas minha habilidade ainda poderia estar "viva", o que me seria uma vantagem, mas e se não estivesse?! Eu não tinha tempo para não confiar, nem exitar. Meu corpo já assumia a posição por puro instinto e agora minha mente se unira a ação. Faria no tempo certo.

Ao correr do meu adversário, meu pé direito deslizara à diagonal para a frente, flexionando ligeiramente meus joelhos. Eu não era tão rápido, então tinha de antecipar o meu movimento ao do inimigo. O salto dele não havia sido tão alto, então não dava para bloquear antes que ele fizesse o primeiro passo do golpe, aumentando o meu gradiente de força, então imobiliza-lo seria muito difícil mesmo para mim. Resolvi esperar o tempo certo: Deslizei para a direita, com um movimento simples, a fim de que eu não recebesse o ataque íntegro caso eu falhasse e faria no tempo no qual ele estaria antes do movimento da minha cintura, a fim de que o chutando, o acertasse antes que os braços dele atingissem o solo. Faria um chute lateral, não esquecendo de levantar a guarda, com força, rotacionando o corpo e dando um grito, expulsando o ar dos meus pulmões, a fim de aumentar a força.



>Off: Gm, resumindo o ataque: é um chute lateral, como base este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gnRhelilbJI <



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Mensagem por Pacificador Seg Fev 01, 2016 8:50 am

Simplesmente sorriu satisfeito, a maioria de suas perguntas foram respondida, assim apenas continuou sorrindo, indiferente ao resto. A reação do juiz não era o que esperava, sendo assim apenas reforçou o que estava em seus pensamentos. " Isso tudo leva á apenas um fim, hein." Voltou a seguir com o grupo para perto de Vax, claro não tinha um motivo concreto para não gostar daquele escamoso, até o momento não tinha feito nada contra Ball, mas de alguma forma ele não conseguia ignorar aquela sensação de influencia sutil que Vax  sempre demostrava contra o grupo, isso o incomodava.  
Aurelio chegou logo em seguida, Ball tinha diversas perguntas para perguntar, certo isso deixava o homúnculo ansioso, não precisava nem perguntar em particular, apenas queria faze-lo em qualquer oportunidade. Então piscou, em seguida, o cenário ao seu redor tinha mudado. "Verde, verde" Sorriu amplamente, aquilo era tão nostálgico. Queria correr para longe, mas duvidava que seria de alguma utilidade, então se conteve.


Então veio o som. Algo quebrando, franziu o cenho, claro, estava intrigado com o novo evento. Seguiu com os demais ainda sorrindo, aquilo era tão divertido, tão diferente de viajar sozinho. Não prestou muita atenção no corpo voando, claro, não era uma cena comum, mas estava morto, parecia que não devia se importar com tal trivialidade.  Ouviu o pedido do estranho Mic, mas agora de certa forma estava preocupado com o sangue que estava no rosto do homem.


Em seguida ouviu a voz passando pelo porta, recuou apenas um passo, um misto de ideias percorreu Ball, mas nada tinham a ver com o corvadia, claro até o momento ele era incapaz de compreender suas emoções. Então o grandalhão se apresentou. Para Ball a cena era um pouco cômica, não para os padrões convencionais de comedia, mas sim cômica em sua maneira. De fato o homem parecia um cara legal, mas que representava o papel de um cara mau, muito ruim sua atuação por sinal.

Ao que parecia eles era alvo agora, claro era apenas um oponente, grande forte e sem escrúpulos... O homúnculo, recuou mais alguns passos e deixou a pernas cederem, aparentemente se agachando e caindo de bunda, deixou ser impulsionado para trás puxando seus joelhos em direção do peito em um simples movimento de rolamento de costas, olhando para baixo se afastando da investida, claro Aurélio podia estar atrás, mas ele torcia que o guia já estava a muitos metros, nem perto de atrapalhar tal tentativa de esquiva.


Ball continuo agachado, qual era o objetivo de tal movimento, de fato não dava para sacar de imediato mas compreendia o objetivo. Ball cravou as mãos no solo, absorvendo apenas uma pequena parcela da energia dele, deixando mais fácil tal tarefa. Poderia ser tanto areia, terra ou grama, deviam bastar para abrir certa oportunidade.  Assim que seus companheiros começaram o embate, retardou seu movimento por breves segundos, seguiu em uma breve corrida em direção do grandalhão, se aproximou, ainda não. Mais próximo, mais rápido que conseguia, lançou ambas as mãos contendo terra e grama ou areia na linha de visão do gigante, horizontal. A diferença de força e altura era simplesmente absurda, forçando o homúnculo a se afasta mais uma vez do gigante, agora restava o seu grupo lidar com o problema.

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Mensagem por NR Sérpico Sáb Fev 06, 2016 9:06 pm

7. Instrumentos de briga

Instinto correto, o do pequeno Sean. Não era um segurança ─ mas se fosse, ah, seria dos melhores com tal instinto. Tirando a parte que rolou de lado, claro. Mas tem o negócio do sábio combatente saber escolher o seu oponente, ou algo assim, então Sean estava perdoado.

Por outro lado, Ho resolveu escolher aquele oponente. As coisas ficam mais fáceis quando o inimigo é direto daquele jeito. O soco dele veio veloz, uma marreta como extensão do corpo. Ho aguardou o momento certo, escorregou de lado ─ para a direita do oponente, de onde o golpe chegava ─, o vulto sólido passou rente, enquanto devolveu um chute rápido. Acertou, mas o inimigo não recuou com o golpe, apenas continuou no movimento do peso do seu salto, talvez um pouco desequilibrado.

O soco dele, alias, varreu Sollrac e Bones pra alguns metros mais longe. Quando acertou, fez um som de rocha batendo. Sollrac ganhou um filete de sangue entre a orelha direita e o olho direito. Bones rangeu, sem nem saber ao certo onde tinha sido pego, se foi o golpe direto ou apenas Sollrac caindo sobre si. O céu e a terra trocaram de lugar com velocidade e quando a vertigem parou, se viram tombados.

E o capanga também rolou. Mas levantou rápido, com a mão normal no rosto ensanguentado e o punho cinzento cerrado.

Belo chute, grande ─ ele disse, se virando pra Ho. Cuspiu vermelho. Estavam próximos demais e ele já armava a retaliação quando terra voo bem em sua cara, entrando nos seus olhos. ─ Que...?

Ele deu um passo pra trás, com uma careta e piscando muito, sem entender que Balltier fizera aquilo. Quando entendeu, rugiu:

Pirralho! Lute que nem homem!

Ainda piscava, e recuou mais um pouco, extremamente ciente de sua súbita vulnerabilidade perante Ho.

Balltier manteve uma distância segura, pois sentiu que seria o alvo assim que o homem limpasse a cara. E Sean também ficou de boa, próximo de Ho, que estava com a iniciativa daquela rodada de briga. Estes dois, aliás, viram que o braço estranho do homem não era mais a única parte cinza e densa ─ o colete que ele vestia pareceu ficar mais apertado na região do peito, e foi possível ver seu pescoço ficando cinza, aos poucos, assim como a bermuda dilatando com a transformação vagarosa.

Aurélio estava há mais de vinte metros. Vax ainda ajudava Mic, que se arrastava pra longe sem tirar o olho bom de seus "seguranças peitando o capanga do Gushnasaph.

O céu nublado deu um pequeno ronco, prometendo chuva em algum futuro.

Spoiler:
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Mensagem por Kaede Dom Fev 07, 2016 2:12 am

Ainda na corte do juiz Russelo, o mesmo tirava as duvidas dos “mortos” ali presentes e uma breve prosa entre Vax e o promotor que foi interrompida por um basta do juiz para poder escutar Bones que parecia ter uma proposta diferente ou um tipo de plano “B” para a empreitada que foi acordada a pouco.
Quanto a mim? Fui ignorado, ninguém quis discutir o assunto e Russelo pareceu não dar a mínima e deu a conversa por encerrado. Resolvi que deveria pegar esse tal trianguli para eles e assim eles me fariam voltar a vida.

Vax e o juiz conversaram sobre algo e logo Vax voltou falando que alguém importante estava para vir e etc... Não dei muito ouvidos ao assunto depois de ser ignorado e sem prestar atenção em Vax e Aurélio que tinha falado algo, simplesmente pisquei os olhos e já não se encontrávamos mais no mesmo lugar.
Estávamos em um tipo de colina com uma cabana perto, até que era um lugar agradável, um ar diferente para se respirar... comparando com o lugar onde estávamos a um piscar de olhos atrás.

Voltei a minha atenção para Vax ao ouvir ele exclamar um não, parecia estar preocupado com alguém e esse alguém foi arremessado de dentro para fora da cabana, atravessou a janela e estava todo surrupiado.
Ele pedia ajuda e parecia conhecer Vax e também parecia saber o que eu e os outros estávamos a fazer e uma voz grossa e alta soava da cabana.

_Com quem está falando, Pintor?_

E um ser grotesco quase maior do Ho apareceu saindo da cabana. Ele caminhou até nós com a intenção de intimidar o grupo falou umas ameaças e em seguida avançou contra o grupo com um estranho movimento com o braço.
Não sei o que os outros fizeram contra o destruidor de cabanas, mas eu não fui rápido o suficiente para desviar de seu ataque e fui atingido, e como o amigo de Vax fui jogado para longe.
Me levantei e percebi que estava um pouco machucado e com um pouco de dor no corpo, Bone parecia que estava perto de mim, deve ter sido atacado também.

_Confesso que mais umas três ou quatro dessas e eu não me levanto mais, porém a minha mãe bate bem mais forte..._ murmurei para mim mesmo enquanto via que os outros estavam enfrentando a criatura. Sim, criatura, pois duvido que aquilo seja humano. Talvez já tenha sido humano um dia no passado, mas nesse momento não.
Observando a luta, Balltier um dos menores jogou terra nos olhos da criatura o que fez o grupo ganhar um espaço de tempo como vantagem enquanto a criatura limpava o rosto.

_A visão deve ter sido afetada, hora de aproveitar e atacar._ Assim, de onde eu estava mirei e lancei meu Flame-rá em seu peito de maneira que não afetasse os meus companheiros e em seguida corri para ficar perto dos outros e entrar na briga mais uma vez.

Spoiler:


Última edição por Kaede em Ter Fev 09, 2016 7:18 pm, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Hummingbird Dom Fev 07, 2016 10:43 pm

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Por um curto período de tempo fiquei absorto dos eventos externos. Era o meu momento. Não sei como consegui desviar daquilo, seja lá o que for, mas agora eu tinha tempo suficiente pra confirmar minhas ideias. Minhas habilidades ainda existiam, mas tudo era muito confuso. Sempre tive muita incerteza dos meus plenos poderes até porque sempre acreditei que era o Ifrit que os dominava e ele só me emprestava um pouco. Mas agora, depois de sentir que o meu instinto ainda não me abandonou e que, ainda com um certo esforço, eu era capaz de sentir a energia ali presente... tudo clareou.

E as palavras de Ho vieram na minha memória.

" Eu preciso tomar o controle. Preciso aceitar que eu tenho potencial, preciso acreditar que sou capaz...não é?" - Não que fossem exatamente essas palavras mas, seu encorajamento horas(?) atrás me fez acreditar que sim, havia possibilidade deu virar esse jogo.

Apoiado no meu joelho direito, um pouco atrás de Ho, pude abrir os meus olhos novamente e então ter uma breve noção da situação. Não sei o que aconteceu mas o grandalhão adversário parecia meio confuso, gritava sobre um pirralho mas eu não fiz nada. Será que foi Ball? Procurei o garoto, muito brevemente, só pra ter certeza de que ele estava bem. Enfim, não havia muito tempo. Minha intenção correr na direção de Ho, isso mesmo, correr até ele vindo pelas suas costas.

— Ho! Se prepare, acho que posso equilibrar as coisas. — Desta vez minhas palavras estavam recheadas de confiança. Até eu fiquei surpreso, eu nunca me senti assim antes. Almejava subir pelas costas do grande Orc, tentando chegar em seu pescoço, o mais rápido possível e se possível sem atrapalhar muito sua movimentação. Considerando o fato de que eu já tinha conhecimento e sintonia com as energias ali presentes, a ideia era usar minha habilidade o quanto antes pra tentar puxar aquela força exacerbada que eu sentia no adversário através da minha manipulação. Se eu conseguisse fazer a extração, concomitante a isso já infundiria-a no corpo de Ho. Para tal, tentaria me equilibrar atrás de sua cabeça, com as pernas no pescoço dele. Como uma criança nos ombros de um cara maior.

— Agora vamos acabar com ele! — Diria em caso do meu plano dar certo ao ter infundido aquela energia extra no meu companheiro. Para o caso de dar errado, faria o meu melhor para não atrapalhar o grande Ho em seu combate pessoal com o adversário.

Habilidade:


Off escreveu:- Estou considerando que o Sean ainda tem os poderes, até porque o próprio Ifrit ensinou ele a usar aos poucos. Ele só não tem consciência de até onde ele conhece dos próprios poderes. Esse é um momento de descobertas pro meu personagem porque ele vai começar a entender que ele e o Ifrit compartilham mais coisas do que ele imaginava. Antes ele era muito dependente do Ifrit, agora ele vai compreender que o demônio também dependia dele e que há motivos pra isso. Ele tem poder. Ele só precisa descobrir. =D

- Eu assisto Shannra Chronicles e Beowulf também, uns amigos meus tinham me recomendado, curti bastante


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Mensagem por Knock Seg Fev 08, 2016 11:56 am

Ele seguiu reto e rápido, um verdadeiro vulto. Ele era forte. Creio que até mais que eu, logo, Sean tinha razão. Meu chute fora o suficiente para faze-lo perder o equilíbrio, porém continuou na linha inevitavelmente previsível e pouco eficaz, atingindo dois dos meus companheiros: o esqueletão e outro jovem, jogando-os longe. Não sei por que não se desviaram...

Ele parou, virou para mim, elogiando. Talvez não fosse um teste. Acho que era de verdade, mas as horas estavam passando e ainda não sabíamos nem o que era o tal trianguli... Um dos integrantes jogou terra nos olhos dele, o que fizera o bicho recuar, pensando que eu atacaria... Eu poderia sair correndo e dar um soco no queixo dele, a fim de faze-lo desmaiar, talvez eu devesse fazer isso... Um trabalho em grupo para aguçar nossa harmonia. Também tinha o fato de eu não ser lá muito competente sozinho... Pelo menos era o que estava marcado em mim do tempo que eu estava com Rio Ligeiro na missão do exército de Hilydrus. "Que saco"

Enquanto eu me perdia nos pensamentos, uma voz ainda indefinida me chamou a atenção; Sean subia em minhas costas e ficou no meu pescoço; o grandão-inimigo ficava mais musculoso, uma habilidade... admirável?!... Um velho me disse que não adianta muita coisa se não tiver outras coisas... Eu mesmo já sentira na pele o que é ser incapaz perante alguém aparentemente fraco mesmo sendo aparentemente forte... Acho que não tô falando nada com nada, mas só de lembrar da minha iniciação no exército, eu já fico com... raiva.


Fico com raiva de ficar com raiva... Parece um ciclo maldito, no qual eu não consigo mudar, do qual não consigo me livrar. Inconscientemente levo minhas mãos a cabeça, percebo que não entendi nada:
--O quê, Sean?

O cara tava ficando com o peitoral maior e músculos da perna também... Ficaria mais forte e mais rápido... e daí? Se ele não mudar o jeito de atacar, se ele não usar a mente... Do que importa? Acho que o Sean sozinho seria suficiente contra ele... Ele já havia matado orcs com mais massa muscular que esse cara... Penando, mas matara.

Não que eu o estivesse subestimando... Na verdade eu estava sim... Mas eu via uma pedra bruta... É como eu ainda sou. Creio só ve-lo com a mesma medida que me vejo: nada de mais.

Porém ver Sean empolgado, me empolava também.
--Certo, Sean. Qual o plano?

Me preparei para algo que poderia acontecer. Reparara agora que as roupas laranjas eram as mesmas e que não tinha armas. Ousei sentir mais da terra com os pés. Os céus estavam negros. Sorri, pois gosto de tempestades... Queria ouvir o rugido dos leões e dragões que iluminam os temores dos fracos. Fiquei em posição de defesa, atento aos movimentos do oponente. Dessa vez iria desperdiçar a vantagem dada pelo meu companheiro para dar a Sean a possibilidade de realizar o tal plano.

Vax e Mic entraram na casa e Aurélio estava lá longe... Observando?! Ainda não sabia, mas poderia ser. Aliás, eu não gostava muito do nome "Mic", ele tinha cara de ter outro nome... Eu pensaria nisso... Talvez a vida dele melhorasse com outro nome, assim como o Vax... Dax é melhor, mas talvez ele goste do próprio nome, nesse talvez eu não desse minha opinião.

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Mensagem por Bones Ter Fev 09, 2016 1:18 am

Aquela resposta do juiz quase que prendeu Bones em um transe, pois acabou lhe tirando da realidade por vários minutos, imaginando como reagiria e o que falaria para sua esposa, uma vez que faziam longos anos desde a ultima vez que a viu e agora ele estava naquele estado.

Mas a dura realidade da vida, ou melhor, da morte, o trouxe de volta o acertando em cheio, sob a forma de um punho acinzentado, seu companheiro e tudo mais que estava no caminho voando diretamente até ele, literalmente invertendo céu e terra por alguns instantes.

Se tocando do que exatamente estava acontecendo, levou sua mão ao queixo para ver se os ossos ainda estavam no lugar, observando bem antes de agir, com seus olhos brilhando mais intensos devido a raiva pelo golpe. A briga estava girando em torno dos seus companheiros mais truculentos enquanto que o homem grandalhão estava ocupado com eles, deixando espaço para tentar algo mais inteligente, pois sabia o quão fraco fisicamente era e sem poderes que um dia teve não teria como enfrenta-lo ainda, mas poderia tentar usar a vantagem da confusão e se aproximar do tal pintor e ver se Vax estava correto na promessa de coisas uteis que fez ao grupo.

Procurou ser um pouco mais sorrateiro, se posicionando de forma que algum de seus aliados ficasse na frente ou que ele ficasse na lateral do homem a distância, procurando assim se aproximar do pintor e de Vax, quem sabe falar com ele sem ser atingido mais nenhuma vez por algum colega voador.

-Pintor, Vax falou que você poderia ter coisas uteis para a gente, num acha que seria uma ótima hora de mostrar correta as expectativas dele? Tem algo que eu possa usar contra o grandão ali?  Olhe minha cara, eu costumava ser um ótimo necromante, quem sabe um grimório talvez?

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Mensagem por Pacificador Ter Fev 09, 2016 1:39 pm

Por dentro Balltier estava cheio de espanto, fez uma careta ao comentário do careca. Ele era um homúnculo, não necessariamente atrelado as perspectiva dos humano. " Ele deve estar se referindo ao meu gênero..." A apenas dez metros do gigante ele parou para raciocinar. " Tenho que entender como um homem luta? Fiz errado? " Olhou para os integrantes de seus grupo, para Ball, tal reação contra ele não era natural, quando estava vivo não tinha se envolvido em muitas brigas e ainda mais por apenas estar em um grupo. Agora era outra questão que voltava em sua mente, o mais parecido pelo conhecimento de Ball como um Homem era Sollrac e o gigante vermelho; Aparentemente sendo humano, se torna um homem? Estava começando a ficar confuso, o que ele era então?

Balltier se afastou observando a reação dos demais, pareciam que não iriam se mover contra o gigante, talvez era o momento para perguntar. "- Ei Soll, como um homem luta? Pode me mostrar? - " Apenas imaginou a pergunta, de certo não estava na hora para isso. Apenas agora ele percebia que o senhor Bones e até mesmo Soll, foram atingidos pelo golpe do gigante, sera que estavam vivos? Suspirou aliviado quando os dois começaram a se mover. Assim Balltier recuou mais alguns passos, não entendeu o motivo do grupo estar parado, aquele gigante era um inimigo... Certo?

- Quem é você? - Perguntou para o gigante, parecia que seu grupo não tinha ele como um inimigo, então era melhor tentar fazer as pazes. Continuou encarandoo gigante em busca de uma reposta

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Mensagem por NR Sérpico Ter Fev 09, 2016 8:28 pm

8. Trovão e relâmpago

Mic pareceu pensar profundamente na pergunta de Bones, como se fosse um difícil problema matemático a ser resolvido. Até tremia um pouco. De repente olhou firme para o Ghoul e disse:

Não gostei de você, cara.

Porra, Mic ─ censurou Vax. ─ Péssima hora pra fazer acepção de pessoas. Os caras estão sangrando por você, eles que vão atrás do Trianguli, e tudo que você tem a dizer é que não gostou do cara só por que ele é um pouco ossudo? Anda, tem alguma coisa que dá pra usar? Alguma coisa da Hale?

O Pintor tentou ficar de pé, mas só conseguia ficar curvado por causa de algumas costelas fora do lugar. Ele tossiu um pouco de sangue e, para Bones, pareceu um sujeito... humano demais. Mortal.

Mic olhou pra luta que comia ali perto. Tinha fogo e barulhos ensurdecedores, assim como um tremor repentino. Fechou o único olho que dava pra fechar, numa meditação. Falou:

Embaixo do colchão. Tem uma espada lá. ─ Abriu o olho, encarou Bones. ─ Talvez dê pra usar, o clima é favorável...

Vai lá ─ disse Vax, pra Bones. O cobra não queria abandonar Mic.

Então Bones foi. Ninguém prestou atenção nele, distraídos com a luta. Entrou na cabana, passou por um vaso quebrado e teve de pular uma estante cheia de livros, caída, que ficava entre a pequena sala logo na entrada e o quarto. O quarto, que foi de onde Mic tinha sido atirado pela janela, estava com uma mesa virada e vários papéis e pergaminhos enrolados debulhados no chão. Tinha também uma tela de pintura, enorme e com um furão no meio, o que sugeria que havia sido usada como arma contra a cabeça do autor da obra. Era o desenho de uma paisagem, com uma mulher ao fundo. Bones chutou pra longe, foi direto no colchão. Levantou e viu, repousando no estrado da cama, uma espada embainhada. Pegou. Ferrugem manchou os ossos de sua mão e um cheiro ruim subiu. Não que ele ligasse pra essas coisas, mas quando trouxe a espada mais pra perto dos olhos percebeu o estado deplorável da bainha de couro, toda corroída e feiosa e cheirando mal, assim como o cabo da espada, oxidado até a última molécula.

Aquela espada era mais velha que a vida.

Então deu um ronco no céu, lá fora, e Bones podia jurar que a espada tremeu em reflexo.

Lá fora, aliás, acontecia o seguinte:

Dividido entre manter a guarda e tentar se livrar da terra nos olhos, o capanga foi alvo fácil para Sollrac, que só precisou mirar ─ a língua de fogo passou sobre o inimigo, um banho ardente. Atingiu o alvo e se expandiu num arco, esparramando pelo ambiente, queimando a terra, extinguindo a grama.

Balltier nem tanto, mas Ho e Sean sentiram o bafo quente se expandindo e quase lhes engolindo também. Recuaram, enquanto o capanga rugia.

Um rugido breve. Parte do fogo se foi, sobrou fumaça e ondas invisíveis no ar. Outra parte do fogo pregou no colete do homem e toda parte do corpo dele que ainda não estava totalmente densa e sólida e cinzenta ficou queimada. Seu rosto avermelhou, suas sobrancelhas sumiram e a terra em sua cara desapareceu. Seu braço esquerdo assou fácil.

Mas ele ainda estava de pé. E só não ouviu a pergunta de Balltier pois estava ocupado demais gritando:

Quente! ─ Enquanto rasgava a camisa fora.

Isso atrasou um pouco sua completa transformação. E outra coisa que poderia ter atrasado mais ainda seria a ação de Sean, querendo roubar um pouco da força alheia. O menino estava sobre o meio orc, em concentração. Conseguiu ignorar o calor súbito que passou perto e ainda estava dentro ─ bem no limite! ─ do alcance pra usar a habilidade. Só precisava de mais um pouco de tempo...

Mas então quebrou. A concentração.

Quebrou numa trovoada esquisita que não vinha exatamente do céu.

O capanga pareceu se esforçar para acelerar a transformação do braço queimado. Quando conseguiu, atacou imediatamente, os braços recuando e voltando como dois pistões pesadões e rápidos ─ bateu palma. Uma única e potente palma trovejante que apagou o fogo na terra, espantou o calor pra longe e ensurdeceu Sean, Ho, Balltier, e Sollrac, que se aproximou depois de seu ataque.

Causou desorientação. Tudo que ouviam era um insistente zzzzzzz, fundo em suas cabeças. Parecia que seus crânios iriam explodir de dentro pra fora. Aquilo dava uma vontade danada de cair no chão e ficar por lá. Ho oscilou e Sean quase tombou lá de cima dele, mas se segurou, no cabelo do colega, na roupa, em algum lugar, e não sofreu a queda ─ que seria de mais de dois metros de costas no chão, o suficiente para tirar um pescoço do lugar, por mais que a terra não fosse dura.

Balltier e Sollrac dançaram alguns passos, firmando uma base pra se manterem de pé.

Vã tentativa essa, de se manter em pé. Pois o próximo movimento do pedreira foi socar o chão com as duas mãos juntas, que desceram com tanta violência, mas tanta violência, que fez o mundo saltar.

Os quatro simplesmente não entenderam o que aconteceu, de tão violento que foi. Ainda com a cabeça zunindo, de repente se sentiram chacoalhados e quando piscaram já estavam pesadamente caídos no chão, de olhos no céu nublado.

Dái no momento seguinte Balltier não enxergava mais o céu, pois tinha alguém sobre ele, eclipsando a vista.

Tá na hora do acerto de contas ─ disse o coiso, totalmente revestido em densidade, com as partes queimadas (peito, braço esquerdo e rosto) enegrecidas e não cinzentas. Ele deu um sorriso duro para o homúnculo. Estava de pé ao lado de Balltier e seu punho direito fechou, como uma marreta. ─ Últimas palavras?

Daí Bones saiu da cabana. O céu deu outro ronco, mas nada de tempestade por enquanto. Apenas lá, no horizonte, que as coisas estavam mais pretas e tempestuosas. Ali ainda ia demorar a chegar. Mas Mic, assim que viu Bones, gritou:

Aponta essa coisa pro céu! ─ Ele levantou a mão, como se estivesse com uma espada imaginária, só pra mostrar como tinha de ser feito. ─ Assim, ó! Bem assim! Daí depois aponta pro grandão ali ó! Vai!

Não! ─ esse era Vax, falando meio que sozinho. ─ Calma... desse jeito o relâmpago vai pegar nele também... Está muito perto...

Bones sentia a arma responder ao clima. Era só remover ela da bainha e apontá-la para o céu. E depois para o inimigo cinzento. Fácil. As nuvens até pareceram ficar mais densas, roncando com mais frequência bem ali, na região da colina.  

Spoiler:

EDIT: Editei a parte do Sollrac: ele também foi atingido, pois se aproximou depois que atacou, hm.
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Mensagem por Hummingbird Qua Fev 10, 2016 1:15 pm

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Tudo aconteceu muito rápido. De um momento para o outro eu estava lá em cima, equilibrado no pescoço do grande Ho. A visão lá do alto era mesmo muito divertida, sem contar naquela sensação estranha que eu estava sentindo como se eu fosse capaz de fazer qualquer coisa. Era confiança? Eu não costumava sentir isso assim, ainda era confuso pra mim.

Mas eu não estava sozinho. Eu queria ajudar, queria fazer Ho ser capaz de vencer aquele inimigo com sua própria força. E mesmo com toda minha concentração, eu não consegui. Na verdade, levei um baita susto com um barulho que no começo eu não sabia nem dizer de onde veio. Só sei que quando escutei eu me tremi por inteiro, puxando até as orelhas do grande orc enquanto me encolhia. E numa sequência de outras coisas que foram acontecendo quase num efeito dominó, só lembro de um monte de tremores e depois de muitas vezes ser ameaçado de ser derrubado, quando me dei conta, todos estávamos no chão, inclusive o próprio Ho. Pensei; se ele caiu, eu então deveria ter voado longe, que sorte!

— Arggg — Bradei, sentindo as dores da queda. Minhas costas ainda formigavam pelo impacto com o solo que eu nem sabia explicar quando nem como foi. Abri meus olhos devagar onde fitei o céu quase como se estivesse num delírio. Quando me dei por consciente, rapidamente levantei, sentado de bunda no chão, olhos arregalados. Não poderíamos perder tempo. Ser derrubado parece ter me trazido uma ideia que veio das próprias palavras do Ifrit. Lembrei, tempos atrás quando eu ainda estava sendo ensinado por suas habilidades, que ele falava muitas coisas sobre minha capacidade de manipulação. Sempre me limitava, sempre desmerecia minhas habilidades. Agora eu estava sem ele, e mesmo me sentindo meio fraco, senti que deveria fazer algo que até então eu não tentei antes. Usar da minha própria energia em benefício dos meus aliados. Pensei se realmente daria certo mas, frente a indagação de Ho que parecia trazer confiança em minhas palavras, senti que eu conseguiria.

— Vou tentar te emprestar um pouco das minhas habilidades. Não sei se você se lembra, na nossa última aventura eu fiz algo parecido com o Gregar... — Dizia, me levantando. — Me apoie no seu pescoço de novo, precisamos de sintonia! Minha intuição me diz isso. — Completei, esperando que o grande Ho acatasse ao meu pedido.

Caso ele o fizesse, minha ideia era usar daquele mesmo instinto que outrora sempre me prevenia de danos maiores para nos guiar. Considerando que eu estaria com o grande Orc, qualquer menção de perigo talvez me desse alguma ideia de como ambos de nós poderíamos escapar. Eu buscaria não fazer muito esforço, afinal, precisava me concentrar em minha habilidade. Desta vez, acreditava que poderia fazer isso mais rápido considerando que já tinha alguma sintonia com a energia de Ho e com minha própria energia. Eu só queria poder ajudá-lo, eu quero ajudar...

Eu consigo?

Extrair minha própria energia e infundi-la em Ho para lhe dar mais força? Conseguiria mesmo ignorar os eventos externos, trovões e outros obstáculos apenas para mostrar ao meu amigo que sou capaz de ajudá-lo e de tomar controle das minhas próprias habilidades? É o que eu pensava naquele momento.

Considerações escreveu:- Nunca fiz isso com a habilidade do Sean então é um tudo ou nada, rs. Considerando que não tenho o demônio por perto nessa campanha, talvez não haja grandes consequências por exceção do debuff.
- Acho que com esse já é o terceiro turno e eu já posso usar da Intuição de novo, né? Queria usá-la para prevenir algum contratempo imprevisto comigo e o Ho.

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Mensagem por Knock Qua Fev 10, 2016 2:39 pm

Murmurei -- "Caralio"... O quê aconteceu?

Eu estava no chão, olhando para os céus. O chão parecia se mover em minhas costas e minha cabeça parecia me levar navegando em ondas que iam e vinham hora devagar, ora rápido, como um claro efeito do ataque do inimigo.

Momentos antes um dos meus companheiros jogara chamas no adversário, as quais quase me pegam junto e também a Sean. A ideia de sincronização fora antecipada demais na minha mente. Olhei confuso, dei alguns passos para trás e nesse instante ouvi um som forte que fez zunir os meus ouvidos, os quais também foram puxados pelo Sean e depois a terra trocou de lugar com o céu até que fiquei navegando na terra parada.

Era terra normal, o céu normal... Trovões sem relâmpagos que eu pudesse ver... Sean se ergueu rápido, eu levantei a mão dizendo para que ele esperasse. Sentia como se eu levantasse, não conseguiria ficar em pé normalmente. Me pus de joelhos apoiado com a mão. Tudo subia e descia.

Vi o oponente em cima do cara da lama e também o Bonés saindo da casa com uma espada e parecia que ia atacar, então decidi recuar um pouco e puxar Sean também... Algo pior que o fogo poderia acontecer e talvez eu acabasse acertando o cara que tava embaixo do carequinha heuhe.

--Vamos esperar um pouco, Sean... Vai se concentrando aí e se recupera.
Pelo menos dava tempo de melhorar antes de atacar

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Mensagem por Kaede Qui Fev 11, 2016 3:00 pm

A minha técnica de fogo parecia ter surtido algum efeito, porém parece que atrasou o pequeno Seam, um dos meus companheiros que parecia estar a preparar algo que não percebi.

_Hum, tenho que ficar mais atento..._ Pensei comigo mesmo, observando o menino, o que me fez perder um pouco de atenção no inimigo e ser atacado pelo mesmo.
Somente ouvi um estalo que veio acompanhado de uma lufada de vento e um som ensurdecedor que me fez ficar desorientado e me jogar alguns passos para trás, mas com algum esforço pude me manter de pé, mas ainda assim atordoado.
Ficar em pé, fiquei, mas por pouco tempo pois um forte tremor na terra me tirou o equilíbrio e me fez cair no chão. Abalo sísmico? Alguma técnica do oponente? Não tinha como saber estava muito atordoado para isso, somente tentei me erguer e visualizar o que estava ocorrendo com o grupo.

_Por onde será que está o “Puro Osso”? Não o vejo desde que caímos da primeira vez, aquele golpe que recebemos foi forte, mas não o suficiente para um nocaute. Creio que ele esteja a fazer algo!_ Pensei enquanto me erguia e ainda ciente do que Seam estava a fazer, decidi que deveria esperar e ver o que ele estava tramando.
Assim já de pé, me concentrei no evento, procurei focar a minha mente, visão e audição para enxergar e ouvir melhor e assim não ficar mais atordoado e poder observar o ocorrido e ver o que eu poderia fazer.


Última edição por Kaede em Qui Fev 11, 2016 3:10 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Erros e alteração de conteúdo. Post sendo feito no celular!)

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Mensagem por Bones Qui Fev 11, 2016 9:14 pm

A desconfiança Bones ja esperava, eram poucos aqueles que confiavam em seu sorriso encantador, mas pelo menos Vax estava junto e conseguiu convence-lo de dar a valiosa informação e sem perder nenhum segundo, aproveitou a luta para continuar nos bastidores, andando livremente até a cabana e revirando-a, não deixando de notar os muitos pergaminhos caídos, coisa que gostaria de colocar suas avidas mãos em cada um, mas seu senso de grupo falou um pouco mais alto.

O quadro lhe trouxe certas lembranças desnecessárias naquele momento e para não acabar perdendo a oportunidade, teve que ser mais enérgico e chegou a chuta-lo para voltar a realidade, buscando a tal espada. Esta, por sua vez, mostrava-se muito mal conservada e sem duvida extremamente mortal, podendo matar qualquer um com a quantidade de ferrugem e podridão que ela carregava...

Mas deixaria a ironia de lado e seguiria para o lado de fora, a tempo de ouvir a explicação do pintor de como ela deveria funcionar, vendo que seu grupo passou a nota-lo naquele instante, aguardando sua reação, algo que chegou a inflar um pouco seu ego devido a plateia ansiosa pelo espetáculo que ele iria proporcionar.

Para sorte de todos, ele era um estudioso, sempre foi, principalmente dos caminhos arcanos, e desde quando acabou naquele estado, uma das formas de obter energia era drenando objetos mágicos, o que indiretamente lhe deu um conhecimento um pouco mais diversificado sobre eles, não tanto quanto um artesão anão, mas algo suficiente para entender a base por trás do funcionamento dos itens. Desde quando a pegou e pelas palavras do pintor, poderia supor que ela deveria ter alguma ligação com o clima, pois estava ressoando com as nuvens, e se tratando de uma arma, o poder nela contido era do tipo ofensivo, afinal ninguem havia ouvido falar de uma espada curando outros por ai, e provavelmente utilizaria o que uma nuvem melhor tem de poder: raios.

- EEEEEIIIII GRANDÃO!!! Gritou ele para o capanga que atacava o grupo - Você sabe o que acontece quando uma tempestade atinge um saco de estrume como você? Nisso ele levantou a espada conforme foi instruído pelo pintor, tentando canalizar o poder dela da melhor forma possível - O mesmo que em todas as coisas! E apontou a espada em direção ao capanga, esperando que houvesse algum efeito ou poderia cavar uma cova ali mesmo e se enterrar por vergonha do que acabou de fazer...

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Mensagem por Pacificador Sáb Fev 13, 2016 5:38 pm

Balltier tornou a observar o gigante careca, em seguida arregalou os olhos quando o projetil em chamas se chochou contra o gigante. Escutou o rugido um pouco temeroso, ele sabia como se queimar era doloroso, observou Soll um pouco hesitante só agora tinha suspeitado que o jovem poderia ser um meio dragão. Ouviu o grito e enrugou a testa, queimaduras tinha que ser enfaixadas em água o mais rápido possível. O jovem respirou fundo, estava começando esquecer que estava em combate, de imediato se lembrou de algo primordial de sua existência tinha que aprender com cada informação disponível.

O movimento repentino do adversário fora incomum, mas Ball nem mesmo esperava por algo assim, então escutou o estampido, ergueu as mãos aos ouvidos pressionando sua palma em uma tentativa falha de amenizar aquilo, queria gritar, mas estava claro para ele que não iria suprimir aquela sensação. O Homúnculo recuou alguns passos tornando a força sua mente em se manter em pé, e quando achou que já tinha controle de tudo, apenas sentiu tudo se deslocar.


Caiu de costas sem entender nada, quando abriu os olhos sentiu um baque diferente da queda; medo. Pela primeira vez o Homúnculo conseguiu discernir o que era; medo. Olhando sobriamente para o gigante conseguiu entender as palavras e engoliu em seco, sabia de suas limitações e compreendia a força de seu adversário, por certo tinha se arrependido de brigar. Escutou e encarou o gigante em um ultimo sussurro audível si conformando com a derrota. - Quem é você. - perguntou novamente. Estava acabado.


Impotente e afetado pela técnica do adversário o homúnculo iria tentar corresponder em velocidade protegendo a parte superior de seu corpo, assim erguendo as pernas até o  peito em seguida erguendo ambas as mãos tentando parar o golpe do oponente, ele nem sequer conseguia imaginar a extensão do dano que iria receber, neste ultimo momento podia sentir sua mandíbula sendo cerrada em sua boca, com um estranho gosto de desistência.

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Mensagem por NR Sérpico Seg Fev 15, 2016 11:35 pm

9. Viagem na ponta da luz

Quem sou eu? ─ O homem pareceu se divertir ─ Que últimas palavras curiosas. Que assim seja: eu sou Morgan, mas meus amigos me chamam de Pedreira. Agora tchau.

Ergueu o punho direito acima da cabeça. Ia socar Balltier exatamente como fizera com o chão, instantes atrás, só que com uma única mão ─ o que não era pouca coisa. Pareceu até travar a respiração. Balltier engoliu em seco e fez a melhor pose de defesa que conhecia, a mandíbula trincada de tensão. Os demais apenas distante, assistindo.

Daí Bones gritou.  

Pedreira parou o soco ainda no ar. Mas manteve a postura. Apenas olhou sobre o ombro, viu Bones e pareceu não dar a mínima. Mas então reparou na espada e se virou completamente para o ghoul, ainda mantendo um olho em Balltier.

Você fala muito para um saco de ossos, hm. ─ Ele ouviu as últimas bravatas de Bones e viu a arma sendo erguida para o alto. Até fez uma postura defensiva, no puro reflexo, sem saber o que viria a seguir. ─ Que brincadeira é essa, palhaço?

Tempo. Bones lá, paradão, com a espada erguida. Deu um ronco novo no céu e pareceu que era o momento... mas nada. Nada mágico aconteceu. Pedreira gargalhou.

Enquanto isso Sean tentava algo novo e... ousado. O inimigo estava muito ocupado para quebrar sua ação dessa vez, de modo que ele ficou em perfeita concentração... exceto pelo atordoamento. O zunido persistia, sua cabeça girava, o corpo reverberava como um diapasão tamanho família. Mas forçou. Foi além, tentou tapar o buraco da perfeita concentração com força de vontade. E foi exatamente essa força de vontade que começou a ser extraída, era a emoção predominante que lhe conferia fibra no momento. Quando extraiu, o zunido cresceu e sua cabeça bambeou, pesada demais. Sua vista ficou baça, depois escureceu dos lados. Daí só enxergava um ponto a sua frente. Estava perdendo a consciência, o corpo todo tremendo. Seu último esforço foi para Ho: jogar nele toda aquela energia extraída. Não viu se a infusão deu certo, pois aí já não estava vendo nada. Sentiu a terra nas costas ─ sinal de que estava no chão. Não tinha controle sobre os membros, que sofriam espasmos. E antes de deixar de sentir qualquer coisa, sua intuição disse que era bom sair do tempo, que não deveria ficar ali tomando chuva.

Curioso: ainda nem chovia!

Sean não viu o resultado, mas Ho sentiu o presente. Percebeu uma chama se formando nas mãos de Sean, conforme o menino tremia e suava. Não era preciso ser um especialista pra saber que aquilo não estava fazendo bem ao ex-possuído. Mas antes que Ho pudesse fazer qualquer coisa, já estava acabado: a energia completamente formada e Sean desmaiado. O menino, antes de cair, jogou a energia em Ho, que se sentiu mais capaz. A última vez que se sentiu assim foi quando empunhou certa cimitarra parasita. O atordoamento aos poucos se dissipou, dando lugar à clareza e adrenalina. Ele estava pronto para uma segunda rodada com o tal Morgan Pedreira.

Este último aliás, depois da gargalhada, caçoou de Bones.

Cadê, Carne Zero? Cadê a tal tempestade?  

Bones, ainda com a espada erguida, sem que nada acontecesse. Sua mão apenas mais suja de ferrugem. Deu uma olhadela para Mic, que tossiu disfarçadamente e olhou para Bones com uma cara de “era pra ter dado certo!”

Já vou aí descobrir o que acontece quando uma montanha caí sobre um esqueleto, um momento ─ Pedreira se voltou novamente para Balltier. Ergueu o punho ─ Cada coisa no seu devido tempo, né não, senhor “quem

Interrompido. Deu um relâmpago entre as nuvens. Rasgou o mundo, descendo veloz até Bones, que sentiu a descarga, mas ficou firme, pois a espada quem recebeu a maior parte do impacto. Pesada, ficou extremamente pesada, de modo que ele a abaixou instintivamente. Com sorte, na direção do Pedreira. Mas sem precisão. Apenas um movimento desesperado, que tinha de ser feito, se não, Bones sentia, haveria uma explosão bem na sua cara.

Da espada o relâmpago voo, indo pegar Pedreira nas costas. Brilho tremendo. Todos cegos. E dessa vez o som era de um trovão de verdade.

Bones caiu de joelhos, se sentindo extremamente... cansado.

Ho estava pronto pra aproveitar o momento, assim como Sollrac. O inimigo deveria estar bem acabado depois daquela trovoada, perfeito para ser abatido de vez se é que já não tinha tombado. Mas quando a fumaça baixou e eles voltaram a enxergar não viram mais Pedreira. Nem Balltier. Tudo que sobrou foi um campo de terra remexida, afundada, chamuscada.

Ficaram um tempo em silêncio, até o Pintor comemorar:

Isso!

E depois Vax lamentar:

O homúnculo... foi...

Pulverizado. Não sobrou nem o cheiro.

***

Viajou. Estava no alto, muito no alto. Algodão em sua cara, algodão denso e molhado e cinzento... como uma nuvem de tempestade, se desfazendo conforme ele passava, conforme ele rasgava o espaço na sua não forma eletrizante e veloz. Branco, reluzente, refém de grande poder.

Lá embaixo, o mundo. Rústico, sem nenhum verde, sem água, sem brisas, já distante daquela colina. Terra vermelha, monstros espreitando de buracos, de rochas, de sulcos vulcânicos. Monstros compridos, monstros com asas, monstros de couraças, rastejadores, garras, monstros com caldas pontudas, criaturas cingidas com auras negras, gigantes cabeçudos, dragões, árvores secas com faces demoníacas.

Estrada de ferro, filas, caravanas, procissões passando. Gente de todo tipo. Acorrentada, exatamente como ele estivera, na Antessala da Morte. Maltrapilhos, vindos de uma longa viagem, vindos do leste, do porto do leste, de onde se vê muitos barcos, grandes e pequenos, chegando cheios de gente, saindo vazios, pilotados por criaturas de manto negro.

O mar. Primeiro azul e calmo, onde os barqueiros transitavam. Depois negro e tempestuoso, mais para o norte. Negro demais, nem parecia água. Mas dava para ver navios, grandes embarcações com tripulação e tudo. Todas lutando contra o mar furioso, algumas das embarcações quebrando aos impactos das ondas sombrias. Gritos subindo ao céu, onde Balltier estava, viajando, indo mais longe.

Passando por uma ilha. A ilha. Sentiu que era lá... Alguma coisa... lá. Alguma coisa poderosa, assim como ele.

Mas passou adiante. Para outra ilha.

Então o poder acabou, Balltier sentiu algo lhe puxando pra baixo, como um ímã puxando o ferro, como uma árvore alta puxando um trovão.  

Daí não viu mais nada. Por um tempo ligeiro. E, através do bramido da chuva, ouviu alguém dizendo:

é você?”

Ou melhor: terminando de dizer.

Então enxergou. Pedreira acima dele, o murro descendo que nem foguete e afundando Balltier no solo. Perdeu o ar e cuspiu alguma coisa, o ombro direito saiu do lugar. Os olhos lacrimejaram e as costas doeram em inúmeros pontos, como se ele não estivesse mais na terra da campina, mas sim sobre algum chão arenoso, cheio de pedras duras.

Chovia forte, água entrando na boca, no olhos, em ritmo apressado, sufocante. Falta de ar. Tosse. Paralisia temporária dos doloridos, dos que caem grandes alturas, dos que recebem marretadas. O corpo chorando, pedindo tempo.

Mas o que...? ─ disse Pedreira, tentando se situar.  

Balltier, ainda afundado, piscou até limpar os olhos. Viu outro lugar. Floresta densa, forte cheiro de mato. Pequeno incêndio, já se apagando, numa grande árvore sem folhas, logo ao seu lado. O céu lá no alto preto, relampeando frenético. Estava em outro lugar.  

Pedreira deu alguns passos por aí.

Não ─ lamentou. ─ O que aquele Carne Zero fez?

Aos poucos, o corpo de Morgan assumiu a forma normal, deixando aquela consistência de rocha. Ele se voltou para Balltier ─ ainda caído, aos poucos se adaptando com o que tinha acontecido e ainda levemente atordoado, a cabeça zunindo. Pedreira pegou ele pelo colarinho e o ergueu à altura dos olhos. Daí exigiu, raivoso:

Vai “quem é você?”, nos leva de volta pra lá. Agora!

***

Sollrac e Ho ficaram na seca. Principalmente Ho, que estava no gás pra lutar, testar aquela nova força repentina dos seus braços. Vax se aproximou do chão atingido pelo relâmpago, chutou a terra, se agachou, tocou o solo. Pareceu pensativo. Sua aura má cresceu um pouco.

É melhor entrarmos ─ disse Mic, lá de trás, recuando para sua casa. Passou bem longe de Bones, dizendo: ─ Guarda ela na bainha, cara. Sem brincadeira.  

Mic passou pela entrada da cabana, levantando sua cadeira de balanço e pegando o seu livro do chão.

Entraram. Ho trouxe Sean. Sollrac, recuperado do atordoamento, caminhou numa boa. Bones cambaleou pra dentro da cabana, carregando a espada mítica consigo. Vax foi logo atrás. Por último entrou Aurélio, disfarçadamente, querendo que ninguém o notasse, por favor, obrigado.

Então choveu. Mais roncos de trovão do que água propriamente.

Não reparem na bagunça ─ disse Mic. Era um sujeito franzino, mas que tinha alguma astúcia nos movimentos, como se, um dia, tivesse sido alguém mais atlético e rápido. Não que fosse um velho ─ deveria estar na casa dos trinta, os cabelos lisos e pretos sem nenhum fio grisalho. Mas parecia meio acabado, e não somente pela surra que levou. ─ Eu ofereceria alguma coisa pra beber e comer, mas o Pedreira engoliu tudo antes de vocês chegarem. Aliás, obrigado por me ajudarem. Eu sou Miclagelo, o melhor pintor que existe, de todos os mundos, acreditem. Seres celestiais invejam minha arte, pois ela tem sentimento. Sentimento profundo. É minha religião e minha

Cala a boca, Mic ─ Esse era Vax. ─ Seja realmente útil uma vez na morte e me dê as plantas subterrâneas da Velha Carcosa. É pra isso que estamos aqui.

Ficaram em silêncio.

O que... o... que você...? Da Velha Carcosa? Cara... cara...

Onde estão?

Não me diga que... ah, cara... uma das partes do Trianguli está lá? Bem na Velha e Fodidona Carc

As plantas Mic. ─ Vax parecia impaciente, fez um sinal com a mão, querendo apressar Mic. ─ Sei que você tem. Você foi um dos que projetou a cidade, não é? Que tal se gabar disso, hm?

Vax... ninguém pode entrar na Velha Carcosa, cara. Deve ter algum erro nos seus cálculos. Não pode ser. Nem mesmo o Trianguli deve estar lá. Não dá pra entrar naquele lugar!

Dá sim. Eles aqui conseguem. E o Trianguli está lá, então preciso das plantas. Onde estão? E quero as gemas élficas também. E alguns equipamentos. Os caras estão calçando sapatos de pano, e isso não é certo. Sei que você tem coisas antigas aí. Do grupo da Hale.

Mic pareceu engolir em seco.

Preciso de ajuda contra o Gushnasaph. Virão outros capan

Você não tem nenhum poder de barganha aqui, Mic. Está atolado em dívida comigo. Se ficar de enrolação, eu mesmo te entrego pro Nasa, que é problema teu, não nosso. Anda. As plantas da cidade. E os equipamentos. Ninguém vai dar falta deles. Estão todos banidos.  

Os ombros de Mic caíram.  

Mas eu irei com vocês. Não posso ficar aqui. Não mais.

Tudo bem.

Me sigam.

Mic caminhou até a cozinha. Removeu um tapete do chão, revelando um alçapão. Uma escada de madeira descia para o escuro profundo. Mic meteu a mão lá dentro e pareceu tocar alguma coisa invisível. Houve um brilho, ligeiro, verde. Daí ele pegou uma vela na mesa da cozinha, acendeu e começou a descer as escadinhas. Quando já estava lá embaixo, passou a chama para dois archotes nas paredes, que pegaram fogo fácil e iluminaram o lugar.

Para um maldito porão cavado na terra, o lugar até que era bem conservado e limpo. Tinha várias caixas de madeira. Mic apontou para cinco delas, que ficavam no fundo do porão:

Lá tem algumas coisas que vocês podem pegar. Considerem-se em débito comigo, certo?

Vax pareceu ignorar a todos, indo direto numa mesinha de canto onde vários papeis repousavam. Começou a folhear.    

Bones, Ho e Sollrac foram até o fundo do porão. Cinco caixas fechadas. E estavam até mesmo numeradas, de um a cinco.

Sean ficou lá encima, onde Ho o deixou: sentado esparramado numa cadeira no projeto de sala de estar do Miclangelo. Aurélio também ficou por lá, fazendo nada. Apenas vendo Sean ter espasmos e cochichar coisas, como se estivesse sonhando. Estranho.

No sonho perturbado, ele escutava alguém falar.  

olha menino, tenha mais cuidado. essas coisas são perigosas. dão colapsos, sabe? e sem o demônio no seu corpo, ih... fiquei tentado. confesso. a existência é cheia de testes, as coisas acontecem ao nosso redor pelo puro capricho de algum ser superior irracional que quer ver como reagimos. é como um louco olhando para uma bacia com água. não tem nada de interessante pra ver lá, algo completamente sem sentido. mas ainda assim ele insiste, se diverte, querendo saber o que vai acontecer. me tentou. pois, já ouviu falar que quando a casa fica vazia, logo é ocupada novamente?

Esse alguém era eu, claro. Resisti qualquer impulso estúpido... mas não contive o contato, ainda que sublime. A explicação para isso, talvez, fosse o fato dele ser o meu preferido. Por razões óbvias.

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[Comum] Considere-se morto Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Bones Ter Fev 16, 2016 12:27 am

Por mais que tenha se achado triunfante, parecia que tal item não estava em seu perfeito funcionamento, demorando para sua ativação, o que deu tempo mais do que suficiente de ser caçoado pelo capanga e olha a cara do pintor sem saber o que dizer sobre seu item quebrado.

E de repente, quando ja pensava em abaixar a espada e sair daquela pose constrangedora, surge o raio, com uma energia monstruosa. Provavelmente foi a melhor escolha ter sido ele para receber o raio, pois conseguia sentir e imaginar o que aconteceria caso alguem mais carnudo recebesse tal descarga.

Mas ao mesmo tempo a espada ficava tremendamente pesada, coisa que ela por si só ja era pesada para seus fortes ossos, quanto mais toda carregada. Não houve qualquer tentativa de segura-la, simplesmente deixou a gravidade fazer seu efeito e ela desceu, liberando seu poder, enquanto ele gritava liberando a raiva da vergonha que passou e das ultimas palavras do monstrengo.

- EEEUUUU TEEENHOOO A FOOOORÇAAA!!!

E o que se seguiu foi uma grande explosão, drenando todo o seu poder, o fazendo cair de joelhos momentaneamente, sentindo seus ossos darem uma tremida, como se quase estivesse por perder a ligação arcana que os prendia, perdendo sua forma física. O pintor e o grupo foi se aproximando, embora o criador desajeitado preferiu não passar muito perto dele, mesmo tendo Bones feito exatamente o que foi orientado e salvado o couro do mal agradecido.

Seja como fosse, entrou cambaleando, tentando guarda-la na bainha e arrastando-a pelo caminho devido sua falta de forças momentanea, ouvindo um tremendo zunzunzum do pintor e Vax, preferindo nem se intrometer, pelo menos não ate que sua cabeça parasse de rodar. Pode perceber que falou para irem em outro comodo e ficariam em "debito" com ele, coisa que achou um desaforo...

- Claro, ficarei em debito e quem sabe na próxima pagarei deixando você tomar o choque quando tiver que fazer pose de odalisca na frente duma pedreira...

Mas continuou, olhando as caixas, todas numeradas. Tudo igual ou coisas diferentes? Equipamentos e itens personalizados ou restos problemáticos das coisas dele como a espada? Decidiu ir para a ponta, abrindo a caixa de número 5, ja pensando em ir meditar o quanto antes para repor suas energias, mas sua curiosidade o levou a prosseguir um pouco mais.. Ao abri-la, soltou uma gargalhada renovado, pegando o chapéu e colocando-o na mesma hora, não resistindo.

- Agora sim to parecendo um bruxo... Tem uma vassoura pra sair voando também não? hehehe

Decidiu pegar o restante dos itens. Colocou o colete, coisa que ate seria agradável por ser quentinho em comparação de seus gélidos ossos, enquanto que o colar e a pulseira ele prenderia em seus ossos para que não caíssem. A espada de prata iria procurar prender em suas costas com a ajuda do colete, deixando a espada do trovão em sua cintura. Mas e quanto ao mangual?

- O que vocês pegaram? Alguem afim de trocar esse lindo mangual slayer? Aqui na caixa ta escrito que ele mata de tudo, de ogros a dragões... Alguem tem algo interessante ae? hehe

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Mensagem por Kaede Ter Fev 16, 2016 11:48 am

Assim que o relâmpago saiu da espada e voou em direção do brutamontes, um clarão surgiu. Resultado do acerto critico em cheio no oponente que estava a fazer uma tremenda covardia com o pequeno Balltier. O clarão que deixou todos cegos veio acompanhado de um som, um trovão e assim que voltei a enxergar, percebi que o brutamontes e Balltier não estavam mais presentes.

Confesso que fiquei triste, ainda mais por que de certa maneira eu devia algumas respostas ao pequeno que durante o combate me perguntou algo, e eu no calor da batalha o ignorei. Ele parecia não saber o que fazer em um combate. Talvez tenha sido a sua primeira luta e isso aconteceu...
Vax se aproximou do local onde o relâmpago atingiu o brutamontes, e demonstrou estar pensativo. O pintor falou que deveríamos entrar, mas decidi me aproximar do local onde Balltier estava à pouco tempo e fazer um minuto de silencio pelo jovem.

Alguns pingos de água começaram a cair do céu e decidi entrar antes que uma forte chuva começasse, e assim que todos estavam dentro da casinha, o pintor se apresentou e Vax foi cortando a apresentação do rapaz pedindo plantas baixas de algum lugar.
Os dois começaram a discutir até que Vax o convenceu e Mic, o pintor guiou a todos até um certo lugar da casa. Um alçapão embaixo de um tapete que dava em um porão, Mic apontou para cinco caixas falando que poderíamos pegar o que tivesse nelas.

Bones logo pegou a de numero cinco, então decidi pegar a de numero quatro...
Ao abrir a caixa um item me chamou a atenção. Um punhal com uma bainha de couro com runas élficas. Aquilo me paralisou por um instante e me fez lembrar de minha amada Melanie e acabei pensando alto.

_Nossa você vivia insistindo em me ensinar élfico, mas nunca que entrava em minha cabeça!_ Só então depois percebi que Melanie não estava ali, olhei para trás e me deparei com o pessoal me olhando sem entender nada. Fiquei sem graça e voltei à atenção aos itens da caixa mais uma vez.
Outro item que me chamou a atenção era uma espada enorme, uma montante.
A ergui apoiando pelo ombro e segurando pelo cabo e senti como era pesada, e também muito bem trabalhada.

_Uma ótima espada, mas não para mim! Creio que Ho se daria bem melhor com ela!_ Pensei enquanto observava o orc.

_Ho, você sabe manusear uma espada? Entende de esgrima? Em vida meu avô me ensinou como usar uma, e essa aqui exigiria muito esforço de mim. Caso não saiba como usar uma, posso lhe ensinar um pouco do que meu avô me ensinou, pois creio que você se sairia muito bem com essa montante!_ Falei enquanto lhe mostrava a espada e aguardava a sua resposta.

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