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Mensagem por NR Nayruni Dom Mar 09, 2014 8:22 pm

Tópico criado como parte integral da campanha Uma Ameaça de Outro Mundo. Essa parte da campanha se passa nas regiões gélidas de Calm.

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Mensagem por NR Nayruni Seg Mar 10, 2014 3:09 pm

OFF: Atenção, os acontecimentos narrados aqui antecedem o ataque à Hilydrus. Quando a linha de tempo estiver alinhada eu avisarei vocês.




Dinheiro, para muitos uma ambição, para alguns poucos algo desnecessário, mas para a grande maioria uma necessidade. Lyza e Kirsh estavam longe de serem selvagens capazes de sobreviverem em regiões inóspitas, portanto como todos e quaisquer bons cidadãos acostumados a viverem em meio à civilização eles precisavam de dinheiro para sobreviver. Lyza já havia se submetido a realizar trabalhos manuais em alguns lugares em troca de algumas poucas moedas, mas esse método de conseguir dinheiro não era apropriado para alguém como ela que desejava viajar pelo mundo e desenvolver suas habilidades mágicas. Já Kirsh, este era um guerreiro e como tal não era difícil conseguir um bom emprego seja como guarda costas, soldado de algum exército profissional, batedor ou até mesmo guarda de cidade.

Por essas e outras boas razões ambos viram a oportunidade de ganharem dinheiro rápido trabalhando como mercenários. A oportunidade surgiu em Paramet, quando um dos misteriosos Mestres Mercantes da cidade resolveu recrutar um grupo de mercenários para escoltar um carregamento de armas e armaduras com destino à Calm. Ali Lyza e Kirsh se conheceram e também a outras figuras exóticas que se destacavam dos mercenários comuns.

Um espadachim brutamontes que usava uma armadura negra cheia de espinhos e carregava uma espada de duas mãos maior que ele próprio, seu nome era Aldarion. Era um sujeito estúpido e sem modos que passava a maior parte do tempo se exercitando ou cuidando de seus equipamentos. Sua espada apesar de não ter nenhum ornamento tinha a lâmina muito bem conservada dando a impressão de ter sido forjada ontem, já sua armadura negra estava repleta de talhos e arranhões e alguns dos espinhos estavam quebrados mostrando que seu dono estava longe de ser um novato nas artes da guerra.

O outro mercenário era um anão, sua barba era longa e negra assim como seus cabelos. Tanto a barba quanto os cabelos eram cuidadosamente bem cuidados seguindo um penteado estilizado que formava tranças. Presilhas de metal e argolas de ferro enfeitavam tanto a cabeleira quanto a barba do anão. Seu corpo baixo, robusto e atarracado era revestido por uma armadura de loriga de escamas e ele carregava nas mãos um escudo torre pouco maior que ele próprio e uma lança com cerca de dois metros. Seu nome era Thorwin.

Os demais mercenários, seis no total, eram todos humanos e diferente de Aldarion e Thorwin, pareciam fazer parte de algum tipo de força particular que vendia seus serviços a qualquer um disposto a pagar. Era possível distinguir isso por causa das insígnias em seus uniformes e a maneira como agiam, todos eles usavam armaduras leves de couro, escudos médios de madeira e espadas longas, se estivessem mais bem equipados poderiam ser confundidos até mesmo com os soldados profissionais do exército de Hilydrus.

O líder da comitiva era um gordo humano que se vestia em roupas de tecidos caros e coloridos e usava um turbante na cabeça, seu nome era Samuel, ele passava a maior parte do tempo dentro de sua carruagem cantarolando, enchendo sua pança de vinho e gritando ordens a todos mesmo quando não eram necessárias, coisas simples como: “Você ai, fique de olho na retaguarda.”, “Andem rápido com isso, precisamos armar acampamento logo.”, “Você ai grandalhão da espada, ajude a descarregar o carroção de mantimentos.”, “Você ai garota da foice, cozinhe para nós.”.

Além de Samuel e dos 10 mercenários, a comitiva tinha ainda um grupo de 10 trabalhadores braçais sendo dois destes servos pessoais de Samuel, 4 carregadores e 4 condutores. Como meio de transporte a comitiva tinha 4 veículos, um carroção levando armas, outro armaduras e o terceiro levando os mantimentos e equipamentos do grupo. Além dos carroções tinha também a carruagem de Samuel e dentro dela uma concubina chamada Aline passava seu tempo agarrada ao gordo cobrindo-o de beijos, massagens e carícias. Aline era uma mulher linda, uma elfa de cabelos negros e longos, olhos esmeralda e pele alva. Sua beleza apesar de estonteante não compensava sua personalidade asquerosa, Aline divertia-se com Samuel e o incitava a humilhar e irritar os mercenários e trabalhadores incentivando-o a dar ordens. Sempre que Samuel o fazia ela sorria abertamente não se importando em disfarçar sua expressão de deboche de quem quer que fosse o alvo da vez.

Mas nada daquilo realmente importava, o pagamento era bom e isso já era o suficiente. Mil lodians ao todo, 500 pagos em adiantamento antes do grupo sair de Paramet, o restante seria pago quando chegassem a Calm. Apenas três semanas de viagem separavam Paramet de Calm e depois deste tempo todos receberiam o restante de seus pagamentos e seguiriam com seus destinos a partir dali. Antes de partirem todos tiveram a chance de gastarem seu dinheiro com o que quer que achassem necessário.

Lyza não se fez de velada e aproveitou para negociar o preço de uma bela foice de guerra, infelizmente a arma era muito cara o que forçou a jovem ter que usar seus encantos femininos para conseguir um desconto, pelo menos não foi preciso ir muito longe. O comerciante que vendeu a arma para Lyze era um velho tarado e decrépito, a jovem fingiu beber o vinho que ele servia a ela até que em certo momento ele próprio caiu bêbado. Contente por não precisar usar a força física para impedir um possível abuso sexual, Lyze saiu da loja de armas com sua nova foice em mãos comprada por um terço do valor que valia. Kirsh por sua vez também aproveitou e fez algumas compras, mas nada realmente exótico como uma foice.

Depois de prontos todos no grupo receberam cavalos e então partiram rumo a Calm. Três dias se passaram e cada um era pior que o outro, primeiro que todos ali eram extremamente antipáticos uns com os outros, segundo que Samuel e Aline hora ou outra humilhavam alguém ou obrigavam um dos mercenários a realizar tarefas que não eram as deles. As coisas seguiam assim até que no quarto dia algo interessante aconteceu enquanto o grupo se preparava para levantar acampamento durante o anoitecer.

Samuel meu querido. – Dizia Aline com sua voz doce. – Estou tão cansadinha... Que tal se você pedir para um dos soldados me fazer uma bela massagem nos meus pés. Pode ser aquele ali. – Sugeriu olhando para Aldarion.

Ora, mas é claro minha linda, eles são pagos para nos servir afinal. – Respondeu Samuel beijando sua concubina no pescoço antes de se virar e dar a ordem para Aldarion. – Ei você ai! Massageie os pés dela. – Ordenou apontando o dedo.

Aldarion encarou a dupla de volta e então olhou nos olhos de Aline com uma expressão desafiadora no rosto.

Desculpe, mas eu já tenho dona e ela me proibiu de fazer massagem em outras mulheres. – Respondeu ele.

INSOLENTE! Eu não estou pedindo, estou mandando. Faça valer o dinheiro que estou lhe pagando. – Rebateu Samuel.

Aldarion fez uma careta então desprendeu a bolsa de lodians da cintura e jogou no chão.

Pro diabo com seu dinheiro seu porco fedorento. Se você me forçar a ter que fazer isso juro que quando eu terminar minha massagem essa vadia não vai saber pra que lado andar com os pés invertidos. – Disse ele enfurecido.

O QUÊ?! MAS COMO OUSA! – Gritou Samuel ficando vermelho de raiva enquanto Aline abria um enorme sorriso de satisfação ao ver que estava sendo a causadora de uma briga. – Todos vocês me escutem, quero que espanquem esse insolente, façam isso e dividirei o pagamento deste infeliz entre vocês o que dá 100 moedas a mais.

A proposta parecia tentadora, apenas 100 moedas para espancar um homem sozinho. Parecia um trabalho fácil, algo que 9 pessoas poderiam fazer facilmente. Isso fez com que os mercenários e até mesmo alguns trabalhadores braçais sacassem suas armas e se preparassem. Ninguém gostava de Samuel, mas o pagamento era bom demais para ser negado.

Aldarion não respondeu, seu rosto apenas mudou e um sorriso maldoso surgiu em seus lábios quando ele se viu em desvantagem e cercado. Dois mercenários se aproximaram com espadas em mãos e atacaram o espadachim que ainda não havia desembainhado sua arma. Foi quando tudo aconteceu muito rápido, em uma questão de segundos ele sacou sua enorme espada e a usou para golpear com uma velocidade estonteante e inacreditável, deveria ser impossível para qualquer um usar uma arma tão grande como aquela de maneira tão hábil e veloz, mas ele conseguia de alguma maneira.

Em um piscar de olhos os dois agressores caíram ao chão com suas mãos na barriga, eles gemiam de dor, estavam vivos ainda, mas a dor era grande o suficiente para deixá-los fora de ação. Aldarion não havia usado toda a sua força e havia atingido seus agressores apenas com a parte chata da lâmina. De qualquer forma a manobra intimidou todos os demais fazendo-os recuar um pouco enquanto recalculavam suas chances de vitória sobre o guerreiro de armadura negra. Lyza, Kirsh e Thorwin apenas observavam independente se antes haviam considerado a possibilidade de espancar o guerreiro ou não. Aldarion aproveitou a situação e correu em direção a Samuel, quando se aproximou do gordo ele levantou sua espada e a colocou no pescoço do homem que ficou imóvel suando frio. O sorriso de escárnio sumiu do rosto de Aline dando lugar a uma expressão de medo. A mulher deu um passo para trás afastando-se de Samuel.

Escuta aqui leitão, eu fui pago pra proteger este carregamento e seu cu gordo e engordurado cheio de manteiga. Meu trabalho é MATAR e apenas isso entendeu? Fui claro? – Questionou Aldarion cerrando os dentes.

Samuel apenas respondeu balançando a cabeça positivamente de forma frenética. Todos puderam ver suas calças ficarem molhadas denunciando que ele havia se urinado. Aldarion então guardou sua espada nas costas e se aproximou de Aline que tentou correr dele, mas Lyza que assistia tudo com uma certa alegria em ver a puta se apavorar controlou seu cavalo impedindo a fuga da mulher.

Aldarion aproveitou e agarrou a mulher pelos cabelos fazendo-a soltar um gemido de dor. Então sem nenhuma piedade ele ergueu seu punho pesado e o desceu com toda a força em um tapa que atingiu em cheio o rosto de Aline. O tapa foi tão violento que a mulher caiu no chão e um de seus dentes voou longe.

E isso é por você ter arriscado a minha vida e a daqueles dois ali com suas safadezas, sua putinha. – Disse ele, então simplesmente se afastou, recolheu seu dinheiro do chão e se sentou perto da fogueira que já estava acesa voltando a preparar sua comida como se nada daquilo tivesse acontecido.

Aline começou a chorar copiosamente no chão bem próxima ao cavalo de Lyza, sua boca sangrava com o dente arrancado pelo tapa de Aldarion. Então o cavalo simplesmente deixou cair sobre a cabeça da mulher uma grande quantidade de estrume sujando-a inteira.

Me desculpe minha querida, eu não sabia que ele ia fazer isso. – Disse Lyza, apesar de não gostar da mulher ela não tinha a real intenção de humilhá-la mais.

Aline não respondeu, apenas se levantou e saiu correndo pela estrada enquanto Samuel ia atrás dela gritando seu nome. Os dois soldados espancados por Aldarion começavam a se recuperar da dor e caminhavam cambaleantes para seus cantos. Todos ali não se contiveram e começaram a gargalhar da situação cômica com exceção de Lyza, Aldarion, Kirsh e Thorwin que não viam graça em brigas como aquelas. Samuel voltaria mais cedo ou mais tarde, mas isso daria alguns momentos de paz a todos ali que estavam livres para descansar, comer e conversar um pouco talvez. Caberia a Lyza e a Kirsh decidirem o que fazer.

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Mensagem por Lyza Simons Seg Mar 10, 2014 9:27 pm


A cold mission begins.

Era mais um dia comum na vida da maga elementalista da Lodoss. Em busca de uma forma de conseguir dinheiro, ela perambulava pelas ruas de Paramet em busca de algo para fazer. Sem muito sucesso, a maga já se preparava para voltar desapontada para casa com as poucas moedas que conseguira ali, suficientes apenas para mais alguns dias de permanência na estalagem. Foi quando recebeu a proposta de um mercante da região, um dos muito poderosos, para trabalhar como escolta de um carregamento rumo a Calm com armas e armaduras. Ao ser informada do valor do pagamento, a maga não hesitou em aceitar, e ao receber seu adiantamento, a primeira coisa que fez foi buscar algum equipamento para sí. Lyza escolheu com cuidado e no fim, achou algo que lhe agradava, uma foice de batalha de cabo longo e lamina curta. Perfeita para movimentos rápidos circulares e investidas a longa distancia. – Senhor, quanto custa esta arma? – Perguntou Lyza dirigindo-se ao dono da loja em questão, um senhor já de idade e de intenções duvidosas.

- 1500 moedas, minha bela jovem. – Falou ele soltando um risinho no final enquanto encarava o rosto e também outras partes do corpo da maga. Lyza não pode deixar de sentir certa repulsa com aquilo, mas não demonstrou. Muito pelo contrario, ela se aproveitou da situação para conseguir algum desconto.

- Ah, que pena, não possuo todo este ouro, mas... Acho que um senhor tão bondoso e bem intencionado como o senhor poderia fazer um desconto para uma mulher como eu, não acha? – Ela falava enquanto se aproximava cada vez mais do velho, ao mesmo tempo que sensualizava mais sua voz e estufava levemente o busto para evidenciar seus seios.

- AHAHAHAHA! E-Eeu err… Bem, não acho que possa fazer isso... Esta arma custa bem caro e...

- Por favor, farei qualquer coisa para você se me der esta ajuda.

- Qualquer coisa? Bem... – O velho agora tinha uma expressão animada e um tanto pervertida em seu rosto, e olhava para o teto como se estivesse imaginando algo. – Ultimamente tenho me sentido muito solitário... Mas se puder fazer companhia a um velho como eu, não me importarei em lhe vender esta arma por...

- 500 Lodians? – Cortou Lyza no mesmo instante, e viu o velho engolir seco e se engasgar. Ele novamente riu, sem graça, e sua mente estava claramente dividida entre a razão e o sentimento. No fim, ele cedeu a seu instinto masculino, e vendeu a arma a mulher pelo preço combinado, levando-a em seguida para sua casa acima da loja. La eles beberam, ou foi o que o velho achou, mas no fundo, Lyza somente fingia beber seu vinho, enquanto jogava uma parte dentro do próprio copo do senhor em algum momento de distração, ou simplesmente congelava-o com sua magia e jogava pela janela. No fim da noite, o velho já mal aguentava-se acordado, e esta era a oportunidade que a maga esperava para partir. Sem muitas despedidas, Lyza deixou o velho deitado sobre a mesa roncado ao lado das garrafas de vinho que o próprio tomou praticamente sozinho.

No dia seguinte, lá estava Lyza bem cedo pronta para seguir sua viagem ao lado da caravana. Não deixou de reparar nos demais integrantes de seu grupo enquanto recebia as instruções, apenas como forma de conhecer um pouco de seus companheiros de viagem enquanto estavam ainda na cidade. Tendo finalmente partido, Lyza novamente voltou ao seu modo observadora, mas agora com os demais aspectos da caravana em si, observando bem atentamente os trabalhadores, e o próprio dono. Novamente a sensação de repulsa extrema passou por seu corpo ao ver o modo com Samuel e sua prostituta agiam, chegava a deixar a maga com certo ódio do casal, que abusava de seu status para humilhar e destratar os demais guerreiros. Passados mais alguns dias, a situação daqueles dois ficava cada vez mais incomoda, ao ponto de Lyza até mesmo desejar abandonar aquela missão, mas logo ela se lembrou do pagamento, e afastou aquela ideia, juntamente com seu orgulho. Certo dia, viu uma nova fagulha ser plantada entre o grupo, e observou de longe, enquanto o guerreiro da armadura de espinhos, era cotado para ser o novo capacho da expedição. A maga se impressionou com a habilidade do mesmo, e viu como o guerreiro derrotou dois dos mercenários sem muitos problemas, em seguida este tratou de por Samuel e sua puta no devido lugar, o que deixou Lyza bem satisfeita. Aproveitando o momento de paz que teriam até que Samuel voltasse com sua concubina, Lyza se aproximou dos demais que estavam fora da briga, que eram o anão, Kirshin e Aldarion, que agora voltava para junto dos demais.

- Teremos um pouco de paz afinal. – Suspirou a mulher em tom de alivio como forma de agradecer ao guerreiro pelo serviço prestado. – Bela sacada de arma, guerreiro. Tens uma habilidade incrível, será interessante tê-lo como aliado nesta viagem. – Falou agora se dirigindo unicamente a Aldarion. – A proposito, me chamo Lyza. Lyza Simons.

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Mensagem por Kamui Black Ter Mar 11, 2014 11:43 am


- C01 -



Dinheiro. O maldito dinheiro. Ele não durava muito nas mãos de Kirshin. Tanto que ele estava totalmente sem nenhum lodian quando encontrou aquela magnifica oportunidade de um trabalho mercenário. Aquela parecia ser uma muito fácil. Um simples transporte com um bando de gente pra escoltar e mil moedas cada um. Era uma oportunidade rara, tão rara que Kirshin chegou até a desconfiar que havia algo errado naquilo. Mas já tinha visto tantas coisas darem errado em seus "trabalhos" que não se importava mais em arriscar-se.

A melhor parte era que receberiam metade do dinheiro adiantado e o meio-demônio agilizou-se em comprar algumas coisas que achava que seria útil naquela viagem. Na verdade, foram apenas duas: uma cota de malha para colocar sobre seu corselete de couro e uma maça leve para utilizar como arma reserva além da faca que trazia embainhada às suas costas. Prendeu a maça do lado esquerdo de seu cinto e estava pronto para a viagem.

E então a expedição começou. Dos outros nove mercenário três lhe chamaram a atenção: o guerreiro de armadura completa que se chamava Aldarion, o anão de barba e cabelos bem cuidados chamado Thorwin e, principalmente, a única mulher do grupo, que trazia uma foice como arma. Os outros pareciam apenas um bando comum, talvez até mesmo uma pequena companhia.

Já o "patrão" era alguém insuportável. E a sua prostituta, então... Mas Kirshin fez um enorme esforço para ignorar tudo. Não era de seu feitio cometer assassinatos e aquele gordo não fazia o tipo que pegaria em uma espada nem que sua vida dependesse disso. Apesar disso, o meio-demônio cogitou a hipótese de eliminar o homem quando aquele trabalho estivesse concluído. Entretanto, sendo Kirshin como era, uma vez livre de Samuel talvez até esquecesse qualquer rixa que pudesse ter contra ele.

Foi então que uma oportunidade perfeita havia chegado. Uma discussão começou entre o homem chamado Aldarion e Samuel. Por fim, o comerciante havia prometido 100 moedas para cada um ali para que eles espancassem o grandalhão.


Cem lodians? Muito tentador, mas eu prefiro um porco no espeto.

Um sorriso sádico curvava os lábios de Kirshin. Ele sequer sentiu-se verdadeiramente tentado a participar da briga contra Aldarion, pois via a oportunidade perfeita para passar Samuel na espada. Talvez eu mate aquela vadia também, já que ela é a causadora disso tudo. Mas a luta entre Aldarion e os outros homens durou pouco tempo e ele estava sobre Samuel antes mesmo de Kirshin, que andava com calma tentando não dar nenhum alarde. Tsc... Perdi meu leitão para esse cara.

Mas Aldarion parecia ser mais complacente que Kirshin e apenas intimidou o homem. Talvez apenas não gostasse da possibilidade de sua reputação como mercenário ficar manchada e dificultar a aquisição de trabalhos no futuro. Entretanto, não poupou de tudo a elfa, esbofeteando-a forte o suficiente para arrancar-lhe sangue e um dente. Depois disso, tudo voltou a uma aparente calmaria iniciada por um grande excremento despejado pelo cavalo de Lyza.

- Espero que aquele porco tenha tido uma boa lição de humildade, caso contrário acho que teremos que provar para ele que as vezes o ferro vale mais que o ouro - disse Kirshin em resposta a afirmação de Lyza sobre o momento de paz. Depois que ela elogiou Aldarion, porém, ele dirigiu-se novamente à ela. - Espero que esta foice esteja bem afiada, Lyza, pois é bem possível que você vá precisar dela em breve.



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[Comum] UAOM - In The North of The Island Empty Re: [Comum] UAOM - In The North of The Island

Mensagem por NR Nayruni Ter Mar 11, 2014 3:55 pm

Depois da confusão, Lyza aproximou-se de Aldarion e começou uma conversa tentando se aproximar do guerreiro. A princípio ele não reagiu, continuou sentado mexendo na sopa dentro da panela, parecia que estava ignorando a garota. Lyza ficou envergonhada com a reação de Aldarion e se arrependeu de ter tentando ser amigável, quando pensou em se afastar ele simplesmente pegou um prato, encheu de sopa e entregou para ela.

- Por que não se senta? A fogueira é bem grande, tem calor para todos. - Disse olhando no rosto de Lyza com uma expressão misteriosa. A garota não sabia se ele estava admirando sua beleza ou se a estava analisando. Enfim chegou a conclusão de que ele fazia os dois, porém de uma forma que não era vulgar.

- Você tem uma arma interessante ai. Uma arma de alguém com estilo. - Ele disse, então sorriu. - Vai ser interessante ter você como aliada, mas acredito que nossos caminhos irão se separar em Calm.

Kirshin então se aproximou fazendo seus comentários. Aldarion não olhou para ele, muito menos respondeu. A palavra não tinha sido direcionada a ele, mas sim a Lyza.

- Já ia me esquecendo, me chamo Aldarion Ironshield, filho de Aldaris e Hallanna. - Apresentou-se, então pegou um prato de sopa para si.

Quando Lyza provou da comida, um ensopado de legumes, raízes e carne seca, ela sentiu um gosto extremamente amargo e definiu que Aldarion definitivamente não sabia cozinhar.

Enquanto o trio se aquecia perto da fogueira, os demais mercenários e trabalhadores ascendiam seus próprios fogos e preparavam suas comidas assim como Aldarion estava fazendo. Sem Samuel para perturbar as coisas pareciam fluir naturalmente.

- Mas me diga, você costuma trabalhar sempre como mercenária? Vejo que você nem ao menos usa uma armadura. - Questionou Aldarion. - Ou você está apenas fazendo como eu e aproveitou que tem que ir pra Calm de qualquer jeito e apenas aceitou o trabalho pra poder viajar em segurança com algumas espadas? - Essas ultimas palavras do guerreiro deixaram escapar que ele não estava ali pelo trabalho em si, mas sim porque tinha que chegar a Calm por alguma razão.

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Mensagem por Lyza Simons Sex Mar 14, 2014 9:09 pm


Aldarion, The knight.

Lyza se surpreendeu por um instante ao ouvir a resposta do guerreiro, mas não demorou a aceitar seu convite. Sentou-se ao seu lado e tomou o prato para si, mas assim que provou, viu-se logo engasgada com uma sopa de gosto amargo e forte. “POR DEUSES! COMO ALGUÉM CONSEGUE COMER ISTO?!” Pensou a mulher olhando para seu prato com um olhar analítico, como se tentasse identificar algum ingrediente podre lá dentro que explicasse aquele gosto. – Agradeço. E se for este nosso destino afinal, então que assim seja. – Respondeu primeiramente. Lyza tinha uma crença no destino que talvez muitos ali não entendessem, mas ainda assim, agia como se isto fosse normal a todos. Olhou de relance para o outro rapaz que lhe dirigia a palavra, quando este comentou também sobre sua arma, e respondeu-lhe com um sorriso no rosto. – Não se preocupe, quando menos esperar, verá dois inimigos cortados ao meio como pães fatiados numa mesa.

Lyza continuou comendo sua sopa enquanto observava calada a fogueira, o silencia era reconfortante após uma longa viagem, principalmente quando se tinha um “líder” abusivo e uma mulher nojenta como acompanhante. Aldarion então voltou a falar com Lyza, dessa vez ele puxando o assunto da conversa, e novamente surpreendendo a mulher com sua perspicácia. – Hehe, creio que um pouco dos dois, companheiro. Mas não se preocupe, sei me cuidar sozinha quando necessário. – Lyza então terminou seu prato de sopa, devolvendo-o ao guerreiro e depois levantou-se para ir para ir dormir. – Boa noite, Aldarion. É bom descansar, teremos um longo dia amanhã... – Falou pensando na volta do porco gordo líder da caravana e sua puta.

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Mensagem por Kamui Black Sex Mar 14, 2014 11:51 pm


- C02 -



Kirshin recebeu uma breve resposta da garota da foice e reparou na conversa que ela mantinha com o outro mercenário. Aldarion, então... Este sujeito pode ser bem perigoso e não parece ser alguém de muitos amigos, pensou o meio-demônio enquanto observava ele preparar seu alimento e oferece-lo à Lyza. Pela cara que ela fez não lhe parecia muito agradável. Percebeu que estava com fome.

Kirshin, então, dirigiu-se ao carroção onde os mantimentos eram mantidos. Para eles havia apenas carne seca e legumes desidratados. Não era lá muito agradável, mas já havia comido coisas piores e aquilo não seria assim tão ruim. Comeu o alimento daquela maneira mesmo, empurrando-o com um pouco de água, sem qualquer tipo de preparo como os outros estavam fazendo.
Se eu tentar cozinhar isto, provavelmente ficará com um sabor e uma textura ainda pior.

Reabastecido, o meio-demônio começou a perambular pelo acampamento. Analisou novamente os presentes, tentando julgar quais poderiam ser um combatente forte ou não, tanto para o caso de serem atacados e dependerem uns dos outros para se defenderem, como para o caso de ter que enfrentar algum deles em um futuro próximo. Sabia que Aldarion era um guerreiro formidável e se Lyza fosse tão boa com aquela foice como dizia ser também poderia ser uma excelente combatente. Ademais, também tinha reparado um pouco no anão, mas não sabia nada sobre os outros indivíduos.

Depois de alguns minutos, posicionou-se perto do local por onde o seu contratante tinha corrido atrás de sua puta. Cogitou a hipótese de segui-los.
Poderia persegui-lo e matá-lo e ninguém ficaria sabendo... Mas não vale a pena tanto esforço. Além do mais, se eu analisar bem a situação o homem não fez nada tão terrível que mereça morrer por isso. Pelo menos não até onde eu sei. Apesar de ter sangue de demônio e ser um lutador sanguinário, Kirshin tinha seus princípios e um tipo estranho de código de honra próprio.

Resolveu ficar mais um tempo observando os arredores do acampamento. Caso percebesse que esfriava muito, juntaria-se novamente àquela fogueira que dividira com Aldarion e Lyza, mesmo que a garota já tivesse se retirado. Quando as pessoas começassem a ir dormir, iria verificar com os demais como pretendiam fazer os turnos de vigia.



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[Comum] UAOM - In The North of The Island Empty Re: [Comum] UAOM - In The North of The Island

Mensagem por NR Nayruni Sáb Mar 15, 2014 2:36 pm

A conversa se desenvolvia e no momento que Lyza respondeu sobre suas habilidades diante das palavras de Kirshin a reação de Aldarion e de Thorwin que estava próximo e ouvindo tudo foi no mínimo engraçada. Primeiro os dois simplesmente pararam de mastigar a comida em suas bocas e olharam para o rosto de Lyza com seus olhos arregalados. Em seguida tanto Aldarion quanto Thorwin cuspiram a sopa em suas bocas na fogueira e explodiram em gargalhadas até chorar.

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! ESSA É DAS MINHAS! – Gritou Aldarion eufórico.

VAMOS BEBER EM HONRA A ESSA MULHER! A CEIFADORA DE PÃES! HAHAHAHAHAHAHA! – Completou Thorwin erguendo sua caneca de cerveja que mais se assemelhava a um pequeno balde.

Aldarion respondeu ao chamado de Thorwin e brindou sua caneca com a do anão, depois disso ambos os guerreiros começaram a conversar sobre Aline, a elfa prostituta, a conversa rapidamente se desenrolou para a sexualidade élfica.

Olha Thorwin, eu entendo que você prefira uma anã, mas você há de concordar comigo que as elfas são bem gostosas. – Dizia Aldarion.

Ora companheiro, mas é claro que eu concordo com você, mas não nego a minha preferência por uma boa e truculenta anã. Nada como bater a minha barriga contra a dela, “bater um barril” como dizem na minha terra. – Respondia Thorwin chegando a ficar de pé e a balançar o corpo pra frente e pra trás em um movimento bem insinuante.

Então mas eu não entendo, com mulheres tão bonitas e gostosas por que existem tão poucos elfos? – Questionava Aldarion coçando a cabeça.

Amigo eu ouvi dizer que elfos do sexo masculino na verdade não possuem sexo, eles são assexuados. – Respondia Thorwin como se tivesse toda a convicção do mundo.

Aldarion sacudiu a cabeça e olhou surpreso para Thorwin.

Então como diabos eles se reproduzem? – Perguntou Aldarion.

Você já ouviu falar em ovos de elfos? – Respondeu Thorwin.

Ovos de elfos? Porra! Depois dessa eu vou é dormir, a bebida está começando a afetar meus pensamentos. Mas de fato irei refletir sobre o assunto.

Enquanto a dupla de guerreiros se retirava para seu descanso Kirshin ficava de vigia, viu Samuel retornar com Aline abraçada a ele. A elfa não chorava mais e parecia molhada, provavelmente havia se lavado de alguma forma. Nenhum dos dois disse uma única palavra, apenas se dirigiram para suas tendas devidamente preparadas. A noite passou tranquila e sem maiores incidentes.

Todos acordaram cedo e logo se colocaram a caminhar pela estrada. Apesar da aproximação na noite anterior, pela manhã o silêncio era geral. Até mesmo Samuel e Aline mantinham-se calados, a elfa agora estava com o rosto bem inchado e com as marcas de dedos em um dos lados da face o que a fazia esconder-se envergonhada dentro da carruagem de Samuel.

A próxima semana foi incrivelmente calma, Samuel e Aline não atormentavam mais os mercenários e apenas os dois servos particulares de Samuel é que sofriam. Durante os dias que se passaram Lyza decidiu que era melhor que ela fosse a responsável pela comida, uma vez que ninguém ali sabia cozinhar. Kirshin por sua vez, com seus hábitos estranhos de comer carne seca crua e provisões sem preparo logo chamou a atenção. Muitos simplesmente o evitavam e só lhe dirigiam a palavra quando era necessário. Kirshin chegou até mesmo a ouvir comentários desagradáveis entre mercenários e trabalhadores, tais como “Por que o chefe contratou esta coisa? Ele me dá medo.”.

Quanto a Lyza, sua beleza deslumbrante atraiu alguns pretendentes desagradáveis, cerca de dois mercenários e um dos trabalhadores tentaram sua sorte com a mulher. Mas foram todos rejeitados, uma vez que não tinham nada que a interessasse, não eram bonitos, não eram educados e não tinham nenhuma posse valiosa. Não que Lyza fosse do tipo aproveitadora, mas presentes eram sempre bem vindos, ainda mais se fossem caros.

Um dia ela resolveu treinar e Aldarion que estava sentado assistindo o treino se aproximou e ofereceu ajuda. Lyza a princípio ficou apreensiva, mas aceitou a proposta do guerreiro. O espadachim mesmo não sendo especialista no uso de foices, sabia como empunhar uma e explicou os detalhes a Lyza de como aplicar um bom corte ou acertar vários inimigos de uma vez só. Mas o clímax do treino veio quando Aldarion se ofereceu para alvo de Lyza o que a assuntou bastante.

Ela tinha medo de feri-lo mas por insistência do próprio acabou aceitando. No começo seus golpes eram fracos e vacilantes por medo de ferir seu companheiro. Mas ao ver que Aldarion conseguia bloquear seus ataques sem dificuldade e a zombar de cada tentativa frustrada para acertá-lo, Lyza acabou se entregando a raiva e começou a atacar pra valer. A cada defesa bem sucedida o guerreiro explicava um novo golpe e indicava os erros com seu jeito zombeteiro. Até que finalmente, depois de uma hora de tentativa ela conseguiu acertar Aldarion no rosto. O corte fora superficial porque o guerreiro desviou a maior parte com sua espada, Lyza calculou que se ele não tivesse feito isso teria sido decapitado.

Aldarion sorriu extremamente contente, levou sua mão até o pequeno corte no rosto e molhou os dedos com o próprio sangue. Então lambeu os dedos e sorriu mais ainda.

Tem sangue meu em sua lâmina, meus parabéns. Esse golpe poderia ter custado a minha vida. – Dizia ele enquanto estancava o corte em seu rosto com um pedaço de lenço.

Kirshin por outro lado apenas observava o treino, uma parte de si desejava ver a cabeça de Aldarion rolar apenas para que a arrogância do guerreiro se desfizesse. Mas nada disso aconteceu. Lyza por outro lado estava perplexa, aquele guerreiro era insano, como ele próprio podia se fazer de alvo para ela treinar?


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Mensagem por Kamui Black Dom Mar 16, 2014 1:09 am


- C03 -



As pessoas começavam a temer Kirshin e manter uma certa distância dele. Aquilo, porém, não o incomodava nem um pouco, pois desde criança estava acostumado a ser evitado pelos humanos. De certa forma, naquele momento aquilo até lhe era vantajoso, visto que lhe evitava diálogos desnecessários. Apesar disso, quando Lyza passou a preparar a comida do grupo, começou a compartilhar a refeição com todos, visto que o preparo que ela fazia era muito melhor que a comida crua.

O mercador também havia parado de incomoda-los depois da intimidação que Aldarion havia feito e isto era de fato um alivio que havia amenizado a intenção assassina que Kirshin tinha pelo homem. Passado a semana eles já deveriam estar bem perto de Calm naquele momento.

Ele, então, acompanhou o treino de Lyza e Aldarion. A moça realmente sabia manejar a foice, mas sempre havia algo para se aprender e parecia que o outro homem estava ensinando uma coisa ou outra para ela. Apesar disso, o jeito arrogante e zombeteiro dele era um pouco irritante, mas nada que Kirshin não pudesse lidar. Depois que eles terminaram o que faziam e o guerreiro tinha recebido um pequeno corte, Kirshin puxou sua espada bastarda de suas costas e a empunhou em sua mão direita.

- Aldarion. - Chamou pelo guerreiro em alto e bom tom, mas sem gritar. - Antes de mais nada devo dizer-lhe meu nome mesmo que não queira saber. Sou Kirshin, Kirshin Arcroem, filho de Hirshin. Já que o assunto é treino, o que acha de praticarmos um pouco? Preciso de algum exercício depois dessa semana monótona.

Segurava a espada com apenas uma mão bem a frente de seu corpo, mas caso o guerreiro aceitasse cruzar espadas com ele, empunharia a sua com ambas as mãos para dar mais firmeza aos golpes e à sua defesa. Certamente que não pretendia ferir o guerreiro, mas não iria se segurar nem um pouco, pois também não intencionava se ferir naquela luta treino.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb Mar 22, 2014 12:47 pm


Kirshin, The demon.

A noite muito mais tranquila, mesmo após a volta do mercador e sua prostituta. Aldarion havia ensinado uma lição a eles que demorariam para esquecer. Lyza aceitou o brinde em sua homenagem e as brincadeiras dos companheiros com um sorriso contente, e se limitou apenas a rir discretamente do assunto que viria a seguir sobre elfos e sua masculinidade. Kirshin ficou na vigia durante a noite enquanto todos os outros descasavam da longa viagem que tiveram até ali. Ainda estava longe daquilo acabar, mas de certo valeria a pena esperar pela recompensa daquilo tudo. A manhã logo chegou e a caravana pode partir novamente, os dias passavam rápido e bem mais tranquilos, agora que Samuel e Alice não os perturbavam, mas logo, outros pequenos empecilhos surgiam no caminho da caravana. A primeira coisa a ser descoberta foi a origem de Kirshin, ou pelo menos, uma forte suspeita disso, por conta do hábitos do guerreiro e também a aura de desconfiança que ele gerava entre o grupo. E juntamente com isto, surgiam também as “investidas” na segunda e aparentemente única mulher desimpedida do grupo. Lyza não se deixou levar pelos cortejos alheios, afinal nenhum deles fazia seu tipo ou tinha algo a lhe oferecer de bom, além de uma algumas poucas horas de prazer e um adeus sem aviso.

Lyza não tinha problemas em trabalhar ao lado de Kirshin, mas aos poucos a situação dos cochichos a respeito de sua origem tornavam-se incômodos, o que só fazia seu interesse em continuar ali ainda menor. Mas certo dia, enquanto caminhava um pouco mais distante da caravana, durante uma das pausas, Aldarion foi até a mulher para lhe propor algo um tanto inusitado. – Treinar juntos? Bem... Acho que não há problema. – Lyza estava um pouco receosa do que estava fazendo, aquilo poderia acabar muito bem, assim como também podia acabar muito mal, com uma grande chance de ser a segunda opção. O treino começou e Lyza primeira se aqueceu, queria testar tanto sua nova arma, como também a força de seu oponente e a sua própria. Mas logo ela percebeu que o guerreiro era um desafiante acima dos outros e começou a levar mais a sério a luta. No decorrer do tempo, os dois já estavam em uma espécie de duelo de vida ou morte, onde Lyza somente o atacava com tudo que tinha, deixando-se levar pelo calor da batalha, a maga não se importava com o resultado, ou talvez se importasse, mas estava tomada pela raiva para pensar corretamente.

No fim, Lyza conseguiu atingi-lo de raspão, o imediatamente a luta cessou. A maga estava ofegante, mas não exausta, apenas recuperava o folego, enquanto observava o guerreiro se revelar muito mais insano do que ela imaginava ser. Lyza sorriu, mas não sabia ao certo porque, qualquer um poderia achar aquela cena completamente desnecessária e louca, mas ambos pareciam ter gostado do que havia acontecido ali. – Tu és um guerreiro muito talentoso, Aldarion. Foi um prazer ter aceitado seu convite. – Lyza já estava preparando-se para voltar junto a caravana, quando Kirshin apareceu. A maga não pode deixar de levar um pequeno susto, mas fora simplesmente pela falta de aviso da presença de seu companheiro. Em seguida ela o observou, enquanto o mesmo se aproximava de Aldarion, deixando transparecer que este, esteve observando a luta de longe o tempo inteiro. Lyza nada o fez quando ouviu as palavras do outro rapaz, apenas se afastou o suficiente para assistir àquilo sem que algo lhe acontecesse, enquanto esperava pela resposta de Aldarion ao pedido do meio demônio.

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Mensagem por NR Nayruni Seg Mar 24, 2014 5:19 pm

O treino com Lyza havia sido emocionante e todos que observaram ficaram impressionados com a atividade, tudo porque mesmo sendo um treino Lyza não estava contendo seus ataques e golpeava Aldarion com habilidade e violência. O guerreiro por sua vez usava de toda sua perícia para bloquear os ataques de Lyza sem revidar em momento algum, a cena resultante era assustadora, uma foice se movendo de tal modo que mais parecia um tornado de lâminas e uma espada enorme bloqueando de tal forma que mais parecia uma muralha de metal. Faíscas voavam por toda parte a medida que as lâminas se acariciavam, finalmente o treino terminou com Aldarion sendo ferido levemente no rosto. Satisfeito o guerreiro encerrou a atividade e cumprimento Lyza, a garota não sabia mas havia ganho a simpatia do espadachim ele realmente gostava muito do estilo de luta dela.

Foi então que ele ouviu o som de uma espada sendo desembainhada e uma voz se dirigindo a ele, era Kirshin que o desafiava para um duelo amistoso. Aldarion o encarou então sorriu sem responder com palavras, tudo o que Kirshin recebeu como resposta foi uma confirmação com a cabeça a posição de batalha. Com o convite aceito, o assassino meio demônio engajou no duelo contra Aldarion. A princípio os golpes de ambos os espadachins eram lentos e extremamente fáceis de defender e acompanhar com os olhos, mas cada vez que suas lâminas se tocavam ambos aumentavam um pouco a velocidade e força de seus golpes. Quando Kirshin se deu conta estava lutando no máximo de si, seus ataques formando uma impressionante sequencia de golpes sendo igualmente acompanhados por uma impressionante sequência de golpes de Aldarion. Mais parecia que os dois espadachins estavam dançando amigavelmente do que duelando o que de fato era verdade, ambos estavam desfrutando de suas habilidades para se divertirem em um duelo emocionante, uma diversão reservada onde apenas os mais habilidosos podiam participar.

Depois de trinta minutos de duelo Kirshin começou a apresentar os primeiros sinais de cansaço, sentia sua espada ficando cada vez mais pesada, seus movimentos começaram a se tornar mais lentos e estava começando a ficar difícil respirar. Aldarion por outro lado, mesmo tendo saído de um treino brutal com Lyza não apresentava qualquer sinal de cansaço, ao perceber que Kirshin começava a se cansar ele aproveitou para aplicar uma manobra de desarme e encerrar o duelo. A espada do assassino voou de sua mão descrevendo uma trajetória por cima de sua cabeça indo finalmente aterrissar atrás dele fincada no chão.

Kirshin estava ofegante, gostas de suor se formavam em sua testa e deslizavam por todo o seu rosto. O calor em seu corpo decorrente do exercício era enorme, mas embora ele tivesse perdido aquele duelo havia se divertido muito. Aldarion se aproximou de Kirshin, então prendeu seu espadão em suas costas e em silêncio fez uma reverência curvando seu corpo para frente, depois se virou para Lyza dirigindo a palavra à moça.

Preste atenção ceifadora. Este guerreiro, Kirshin, foi capaz de realizar um katar de lâminas comigo por meia hora. Um guerreiro normal não seria hábil o suficiente para isso, porém ele foi derrotado e se encontra ofegante e cansado. O mesmo poderia acontecer com você. – Aldarion então se aproximava da garota. – A habilidade de Kirshin supera o nível comum de muitos soldados e combatentes, mas ainda assim em uma guerra ele morreria. O corpo dele, assim como o seu não tem a resistência necessária para lutar continuamente por horas a fio. Em uma guerra depois de cortar a cabeça de um inimigo sempre aparece outro, depois outro, e outro e mais outro até que você mesma tenha sua cabeça cortada ou que o conflito tenha terminado.

Apesar do espadachim não estar dirigindo a palavra a Kirshin, o meio-demônios compreendeu o que realmente o havia derrotado, Aldarion em momento algum havia aplicado mais força ou velocidade em seus golpes mantendo os níveis idênticos aos níveis de Kirshin. O que havia derrotado o assassino fora o seu próprio cansaço, situação que fez Kirshin entender que ele havia sido usado por Aldarion como um exemplo prático para aplicar uma lição a Lyza. No final das contas ele próprio havia recebido um novo conhecimento estando agora ciente de que por hora seria bom evitar participar de grandes conflitos.

A viagem continuou sem grandes acontecimentos, mais alguns dias se passaram e a medida que a caravana avançava o clima ia mudando. O ar ia se tornando mais frio, as florestas iam dando seu lugar à planícies e os primeiros sinais de neve começavam a surgir, logo estariam em Calm. Durante esses dias Lyza puxou conversa com Aldarion tentando entender um pouco mais sobre sua figura misteriosa. O guerreiro explicou a ela que já esteve em uma guerra em sua terra natal e que teve que lutar muito para sobreviver, Aldarion chegou até mesmo a contar parte de sua história, algo envolvendo aventuras no extremo norte, trolls da neve, gigantes do gelo, yetis e dragões brancos. As histórias que ele contou eram tão fantásticas que faziam Lyza duvidar da veracidade das mesmas, sem dúvida nenhuma ele era um guerreiro experiente e provavelmente já sobreviveu a pelo menos uma guerra, mas será mesmo que ele lutou contra gigantes do gelo?

Kirshin mesmo não participando diretamente das conversas, esteve o tempo inteiro de ouvidos atentos e acompanhou as histórias de Aldarion. Assim como Lyza, o meio-demônio encontrou um pouco de dificuldade em acreditar integralmente nas histórias do espadachim. De qualquer forma aquilo não importava muito. Thorwin, o anão do grupo, ao ouvir as histórias de Aldarion começou a contar as suas próprias, eram histórias tão incríveis que competiam com as do espadachim. O anão falava de batalhas intensas no coração de cavernas mundos, falanges de anões combatendo gigantes das cavernas, assassinos drows e trolls do subterrâneo. Não demorou para que Aldarion e Thorwin começassem a conversar um com o outro trocando estratégias e dicas de como combater gigantes e trolls, a forma como eles trocavam informações era tão detalhada que fez com que Lyza e Kirshin dessem mais crédito a veracidade das histórias narradas.

Finalmente a viagem se aproximava dos últimos dias, já era possível ver as montanhas ao norte e a neve já dominava toda a paisagem. O frio logo se mostrou incômodo a qualquer um que não houvesse trazido roupas adequadas, em especial Kirshin e Lyza que amaldiçoaram-se por terem esquecido um detalhe tão trivial. Para a sorte de Lyza, ela havia conquistado a amizade de Aldarion e este ao perceber que a garota estava passando frio deu a ela uma de suas roupas de viagem extra que ele sempre trazia consigo. Com alguns nós e rasgos, Lyza conseguiu ajustar as roupas de Aldarion ao seu próprio corpo, não era a moda mais adequada visualmente falando, mas pelo menos o frio e o risco de hipotermia não seriam mais ameaças à vida da jovem. Já Kirshin teve que contar com sua própria astúcia, aguardou a noite cair e roubou as roupas da bagagem de um soldado sonolento, eram roupas extras então a vítima do roubo não correria risco de morrer de frio.

Faltavam apenas três dias para alcançar Calm e tudo estaria acabado, infelizmente para todos, uma nevasca havia coberto a estrada de neve dificultando o deslocamento e fazendo com que a caravana perdesse um dia de viagem. Apesar da nevasca não ter atingido os viajantes diretamente, seus efeitos eram visíveis e a neve na estrada ainda encontrava-se fofa a ponto de ceder ao peso dos cavalos que ao galoparem afundavam suas patas na neve alguns centímetros. Por sorte o contratante da expedição havia pensado em todos os detalhes e os cavalos eram de uma raça resistente ao frio. No dia seguinte na metade da tarde o grupo encontrou um grande tronco de árvore bloqueando a passagem da estrada.

Maldição! – Praguejou Samuel. – Esse tronco maldito vai atrasar a gente em mais um dia, vamos rapazes tirem ele do caminho. – Ordenou.

Quando alguns mercenários se prepararam para descer de suas montarias e retirar o tronco do lugar, foram impedidos por Aldarion.

ALTO! – Gritou o guerreiro. – Não se movam. – Completou.

Mesmo o espadachim não tendo autoridade nenhuma, sua ordem foi acatada de forma imediata uma prova visível do medo e respeito que ele tinha perante seus companheiros. Todos ficaram imóveis e começaram a encarar o guerreiro, viram então o espadachim desprender a mochila de suas costas, retirar uma besta pesada dela e depois se livrar de sua bagagem largando a mochila no chão. Ninguém entendeu nada, mas parecia que ele estava se preparando para uma batalha, Thorwin o anão, ao ver as atitudes de Aldarion saltou de seu cavalo e ficou no chão em formação tentando esconder-se atrás de seu escudo.

Mas o que está havendo, o que há de errado? – Questionou Samuel.

Não tem árvores aqui perto, como você pode ver a floresta mais próxima está há pelo menos dois quilômetros de distância, é muito improvável que esta árvore tenha sido carregada pelos ventos de uma nevasca de lá até aqui. – Disse Aldarion apontando para o leste onde era possível avistar uma floresta de pinheiros.

O que Aldarion falava fazia sentido e deixou todos em alerta, aqueles que possuíam armas de ataque a distância trataram de empunhá-las, os demais apenas se mantiveram em alerta alguns com suas espadas a mão. Lyza que não era nem um pouco boba se posicionou em formação de modo a ficar entre Aldarion e Thorwin, dessa forma qualquer inimigo que viesse a aparecer teria que passar por um dos dois antes de chegar a ela. Quanto a Kirshin, este se posicionou em meio aos demais soldados.

Alguns minutos se passaram, o silêncio era esmagador e apenas os relinchares das montarias se faziam ouvir, todos permaneciam atentos e com seus olhares nos arredores. Até que um dos comandantes da expedição, aparentemente o responsável pela liderança do corpo de mercenários contratados tomou uma atitude.

Há! Não foi nada com certeza, essa árvore deve ter nascido no topo de uma colina e deslizado até aqui. – Disse ele. – Homens! Retirem o tronco do caminho! – Ordenou.

Quatro mercenários desceram de seus cavalos e se aproximaram do tronco puxando suas montarias, a ideia era usar cordas e puxar o tronco com os cavalos para liberar a estrada. A maioria dos mercenários abandonou sua posição de vigília e os quatro voluntários se aproximaram do tronco para liberar a estrada, mas assim que eles se aproximaram do objetivo uma chuva de setas mortais surgiu de trás de vários bancos de neve e caiu sobre a comitiva.

Emboscadaaaaaaaaaaaaa--* – Gritou o comandante dos mercenários pouco antes cair morto ao ter seu pescoço atingido por uma lança.

Todos se protegeram como puderam, no meio da confusão Aldarion se aproximou de Lyza e saltou de seu cavalo para cima da garota jogando seu corpo sobre o dela, ambos caíram de cima de suas montarias direto na neve fofa no exato momento em que seus cavalos eram crivados de lanças. Thorwin contava com seu escudo torre e sua armadura para se defender, Kirshin usou de seus reflexos e saltou de seu cavalo para o espaço vago entre os carroções conseguindo se esconder da maioria das lanças. Dos dez mercenários e dez trabalhadores, três combatentes e oito carregadores tombaram mortos. Passado o primeiro assalto, todos puderam ver surgindo dos bancos de neve localizados nas laterais da estrada várias criaturas humanóides.

As criaturas eram todas humanóides, tinham pele cinzenta coberta por pelos em tons de marrom e laranja, as cabeças das criaturas lembravam cabeças de hienas com jubas vermelho-acinzentadas. Os monstros usavam machados e lanças como armas e traziam em uma das mãos escudos médios de aço, seus corpos peludos eram protegidos por armaduras pesadas de couro e eles avançavam em grandes números em direção aos sobreviventes. Atrás de todos os monstros havia um que era maior e aparente mais forte que os demais, este carregava um enorme machado de duas mãos e gritava ordens em um idioma ininteligível aos ouvidos dos aventureiros.

Gnoll
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GNOLLS?! AQUI?! – Gritou Aldarion demonstrando conhecer as criaturas.

O que quer que fossem, não eram amigáveis e agora avançavam pela direita e esquerda flanqueando a caravana. Aldarion se levantou ficando de joelhos e viu um gnoll correndo velozmente em sua direção, o guerreiro não pensou duas vezes e levantou sua besta pesada disparando um virote certeiro que varou a armadura do monstro ficando fincado em seu peito, a criatura girou sobre o próprio eixo e caiu morta. Mal terminou de disparar o primeiro virote e o guerreiro já puxava um segundo para armar em sua besta, normalmente arma uma besta pesada demoraria bastante tempo, mas a força de Aldarion era tamanha que ele conseguia armar a arma sem precisar usar o pé. Rapidamente rearmou e disparou o segundo virote contra outro gnoll que vinha logo atrás do primeiro, este no entanto bloqueou o ataque com seu escudo. Aldarion então soltou sua besta e avançou contra o gnoll, assim que se aproximou sacou seu enorme espadão com velocidade estonteante. A arma de Aldarion descreveu uma trajetória vertical de cima para baixo, o gnoll ergueu seu escudo para tentar bloquear o golpe mas a fúria do ataque destruiu o objeto fazendo o gnoll perder o equilíbrio e cambalear para trás, Aldarion não deu tempo do monstro recuperar sua posição e atacou novamente matando a criatura ao dividir seu corpo ao meio com um poderoso golpe horizontal. Sangue e tripas voaram por todos os lados manchando a neve branca e sujando o corpo do espadachim. Mas não haveria descanso, atrás do segundo gnoll abatido vinham mais dois e atrás destes mais.

Quanto a Thorwin, o anão se mostrava igualmente perito no combate usando sua lança para furar qualquer um que se aproximasse. As vezes quando tinha tempo o anão levava sua mão até as costas e retirava dali uma azagaia então a arremessava com precisão assombrosa diminuindo os números dos inimigos.

VENHAM IMBECIS, VENHAM E MOSTRAREI A VOCÊS DO QUE É FEITO UM DOS FILHOS DE ZALTARON! – Gritava o anão aos seus inimigos.

A batalha explodia por toda a extensão da caravana, os soldados e sobreviventes do primeiro assalto faziam o possível para sobreviverem. Kirshin que se encontrava no espaço entre os carroções viu um gnoll surgir as suas costas empunhando uma lança e outro surgir a sua frente armado com um machado. Ele estava encrencado e deveria decidir o que faria para sair daquela situação complicada. Enquanto isso os três mercenários sobreviventes juntos dos demais trabalhadores faziam o possível para se defender. Todos puderam ver o gnoll que parecia ser o líder avançar para o meio da expedição em direção aos mercenários, ao redor dele um grupo de pelo menos seis gnolls o acompanhava.

Quanto a Lyza, esta momentaneamente não via nenhum inimigo correndo em sua direção e estava livre para decidir o que fazer, a jovem passou o olho pelos inimigos e percebeu que devia haver pelo menos 40 dos assim chamados gnolls. Um leque de opções se abriu para a jovem, caberia a ela tomar a decisão mais acertada. Entre algumas das opções disponíveis estava a possibilidade de permanecer perto de Aldarion e Thorwin aumentando suas chances de sobrevivência, se quisesse ela poderia partir em auxílio dos demais mercenários ajudando qualquer um que necessitasse, poderia também correr para ajudar Kirshin uma vez que da onde estava foi capaz de ver a situação complicada em que estava o rapaz. Caso pensasse em outro plano, ela estaria livre para fazê-lo por enquanto mas teria que decidir rápido.

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Mensagem por Kamui Black Qui Mar 27, 2014 9:27 pm


- C04 -



O duelo treino com Aldarion estava sendo muito divertido. Os golpes eram trocados, as espadas dançavam e as faíscas saltavam quando as lâminas se beijavam. O publico os assistia com a mesma atenção que assistiram o treino de Lyza e isso era bom para Kirshin impor ainda mais respeito naqueles homens comuns. Aldarion parecia estar no mesmo nível que o meio-demônio, mas, conforme o tempo foi passando, Kirshin percebeu a diferença. Esse maldito... Está apenas brincando comigo, nossos níveis de força são totalmente diferentes.

Mas, no final, foi o cansaço que o venceu e Aldarion apenas o desarmou quando isto havia acontecido. Quando o guerreiro explicou para Lyza o que havia acontecido, Kirshin já havia percebido outra coisa além do que ele explicava: Aldarion devia ter treinado muito tempo e participado de muitos combates como aquele em sua vida. Kirshin pegou sua espada e colocou-a no encaixe em suas costas, para, então cumprimentar o guerreiro.

- Aldarion, reconheço a sua força e a sua resistência física, mas se estou nesta viagem não é apenas pelo dinheiro e sim para treinar meu corpo e meu poder. Quando eu estiver mais forte, espero poder encontrá-lo novamente para que cruzemos nossas espadanas de novo.

Os dias seguintes seguiram-se tranquilamente. Kirshin permaneceu próximo de Aldarion e Thorwin, embora não participasse ativamente das conversas dos dois e de Lyza. Apesar disso, absorveu muitas informações sobre as guerras que eles travaram e as criaturas que combateram, principalmente trolls.

Quando a neve veio para atrapalhar a viagem deles, Kirshin aprendeu outra dura lição: nunca subestimar o frio. E estava um frio de lascar ali e ele não havia trazido roupas muito quentes. Ele, então, teve que adquirir suas roupas de uma maneira menos convencional. Simplesmente pegou meias e luvas extras, uma grossa calça de lã, um colete de lã para vestir por baixo da cota de malha e um blusão de algodão para colocar por cima da mesma e um sobretudo de lã cinzenta para proteger-lhe ainda mais do frio. Na manhã seguinte, o homem do qual havia subtraído as vestimentas caminhava acusadoramente em sua direção durante a refeição. Kirshin, então, fincou a faca com brutalidade em um pedaço de carne crua e devorou-a da maneira mais brutal que conseguiu enquanto encarava o sujeito, que estranhamente desistiu de falar com o meio demônio o que quer que o conduzia até o mesmo.

Quando encontraram um tronco caído em meio a estrada, Kirshin sentiu-se incomodado com aquilo. Percebera que havia algo de errado com a situação, mas foi só quando Aldarion colocou sua opinião em pauta foi que ele entendeu o que realmente era.
É bem provável que este guerreiro tenha razão. Tem algo muito estranho acontecendo.

Mas a confirmação veio apenas depois de algum tempo, quando o líder do grupo de mercenários tombou, crivado de lanças. Kirshin agiu rápido e correu para se abrigar entre os carroções, onde as lanças não poderiam atingi-lo, sacou sua espada assim que chegou em seu “abrigo”. A situação não era nada boa, pois vários guerreiros e carregadores já haviam morrido antes mesmo do combate iniciar realmente. O meio-demônio, então, avistou o que lhes atacava e descobriu através de Aldarion que aquelas criaturas se chamavam gnolls.

E, então, viu-se flanqueado por dois dos seres que os atacavam. Um deles possuía uma lança e o outro um machado de batalha.
Se fossem inimigos comuns eu bem que poderia lidar com os dois sem problema, mas não sei do que realmente são capazes então é melhor manter a cautela. Kirshin, então, utilizou sua mão esquerda para puxar a lona da carroça que lhe parecia mais fragilmente amarrada. Caso conseguisse, lançaria o tecido sobre o gnoll que portava o machado e escudo para se concentrar apenas no outro oponente.

Quanto ao gnoll com a lança, ele avançaria contra ele com uma intenção puramente assassina. Não haveria gritos, nem brados de batalha, apenas o cantar do aço. Sua intenção era desviar a lança para o lado com um sutil golpe da espada para só então ergue-la sobre a cabeça para desferir um golpe vertical utilizando suas duas mãos no punho da espada para impor uma maior força em seu golpe. Assim que visse seu inimigo caído no chão, se voltaria para o outro gnoll, que àquela altura já devia ter se livrado da lona que fora arremessada sobre ele.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb Mar 29, 2014 5:47 pm


Lyza, The grim reaper.

Lyza ficou de longe observando a luta, que se desenvolveu em ritmo acelerado. A cada novo golpe, a cada nova passada dos guerreiros, a intensidade da luta aumentava e ficava também evidente, a habilidade de ambos os guerreiros. Lyza não teve duvidas de que, tanto Aldarion, quanto Kirshin, eram guerreiros excepcionais. A luta durou cerca de meia hora, chegando ao final após Kirshin ter sido declarado como incapaz de continuar devido ao cansaço. Lyza não havia percebido ainda, mas Aldarion tinha um vigor fora do comum, ele não só tinha ajudado Lyza a treinar, como também havia duelado com o meio demônio e tudo isto, sem mostrar sinais de cansaço. A maga não pode deixar de se impressionar com a cena, e ouviu atentamente aos conselhos de Aldarion sobre como agir perante uma guerra.

A viagem seguiu e Lyza se aproximou mais do guerreiro, tendo a oportunidade de ouvir parte de suas memorias e contos. Vez ou outra a mulher duvidava da veracidade de tais historias, mas não ousou questionar o guerreiro. Mais dias se passaram da viagem e finalmente eles estavam próximos a Calm, o cenário de gelo e neve, que tanto agradava Lyza finalmente se mostrava presente. A neve fofa e recente, indicava que uma tempestade havia caído ali antes da chegada da caravana, o que era, de certa forma, bom para eles. Uma vez que não precisariam enfrentar a fúria dos ventos e da neve durante sua expedição. Isto porem os atrasou um dia em sua viagem, mas não era nada que pudesse ser contornado com dificuldade. Mais a frente, um outro obstáculo causou novo estresse ao dono da caravana, um tronco enorme bloqueava toa a estrada, impedindo que a expedição passasse. Lyza não viu problema algum nos mercenários retirarem o tronco da estrada, mas se surpreendeu um pouco com a reação de Aldarion àquilo. - Certamente esta é uma situação um tanto quanto suspeita, mas de que adianta ficarmos parados esperando pelo ataque? De uma forma de outra, não poderemos voltar, é melhor seguir em frente, não achas? – Propôs Lyza ao perceber que todos estavam se preparando para um ataque, que aparentemente não aconteceria. Passaram-se poucos minutos de puro silencio até que o dono da caravana descartasse a ideia de uma armadilha e ordenasse novamente a retirada da arvore.

Foi a partir desse ponto que tudo desandou. Em um segundo, tudo estava calmo, mas no seguinte, uma chuva de projeteis de diversos tamanhos, desde setas até lanças, voavam na direção da caravana. Lyza já estava em estado de alerta devido ao aviso do guerreiro, mas os outros foram pegos de surpresa vindo muitos deles a falecerem logo na primeira leva, incluindo o dono da caravana. A maga estava pronta para lançar um de seus feitiços de proteção, quando foi jogada na neve pela brutalidade de Aldarion. Não reclamou, mas também não poderia agradecer completamente até ter certeza de que estariam mesmo seguros ali no chão em meio a neve. O que aconteceu em seguida foi uma luta sangrenta e desigual, onde os inimigos eram dezenas de vezes mais numerosos, mas se mostravam pouco habilidosos. Aldarion e o anão davam conta de seus inimigos com maestria sem igual, enquanto os outros, lutavam suas próprias batalhas individuais. A única que estava fora de um combate direto com um inimigo era Lyza, mas esta não demorou muito a escolher uma frente de batalha, e pular diretamente sobre seu inimigo literalmente. Escolheu ajudar Kirshin, pois percebeu que ninguém mais o ajudaria naquela situação. Lyza tomou impulso e correu o máximo que pode, para no fim saltar e com um golpe vertical, partir ao meio o inimigo que vinha por trás do meio demônio. Em seguida, para os demais que viessem após este, executaria um semi-giro, e juntamente um movimento em arco na horizontal afim de cortar qualquer inimigo que viesse a se aproximar, e após este primeiro ataque, completaria co um segundo giro completo da foice e algumas passadas para frente, em direção aos inimigos, para finalizar qualquer gnoll remanescente.

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Mensagem por NR Nayruni Dom Mar 30, 2014 7:58 pm

Trilha Sonora

A batalha se desenrolava furiosa com os sobreviventes sendo engolidos pelos números superiores dos gnolls e lutando avidamente por suas vidas. A espada de Aldarion balançava furiosa e a cada golpe um oponente caia morto aos seus pés, não demorou para que uma pilha de corpos estivesse espalhada ao redor do guerreiro que agora se encontrava banhado em sangue e tripas. O mesmo poderia ser dito de Thorwin, pouco a pouco ambos os combatentes se aproximavam um do outro de forma que suas costas ficassem protegidas um pelo outro.

Kirshin que estava cercado usou de sua astúcia e puxou a lona do carroção que estava solta jogando-a por cima de um dos gnolls, depois avançou como um predador contra o outro que segurava uma lança, este tentou estocá-lo mas o assassino demoníaco já havia previsto seu movimento e com um passo para o lado e um movimento de espada ele aparou e se esquivou do golpe de lança. Com mais um passo para a frente ele se aproximou do oponente e puxando sua espada para cima a desceu em um corte vertical. Sangue e pedaços de carne voaram sujando Kirshin que não se incomodou e nem perdeu tempo, antes mesmo do primeiro gnoll cair morto ele se virou e perfurou o outro que começava a se libertar da lona, pelo fato deste estar sem visão de Kirshin não conseguiu se defender sendo perfurado no meio do peito morrendo na hora.

Foi nesse momento que Lyza chegou e surpreendeu-se ao ver a astúcia do meio-demônio em ação. Um assassino frio e terrível que não hesitava e não demonstrava sentimentos a medida que cortava suas vítimas. Um calafrio percorreu o corpo da mulher que por um momento temeu mais o aliado do que os inimigos gnolls. Então novos gritos de guerra irromperam e a dupla voltou sua atenção a um trio de gnolls que corria em direção a eles, dois pela frente e dois por trás.

Se abaixe! – Ordenou Lyza.

Kirshin entendeu o comando e se agachou até ficar de cócoras, Lyza então girou seu corpo segurando sua foice com firmeza e sentiu a sensação deliciosa de carne sendo cortada até sua arma ser parada abruptamente. O que aconteceu foi simples, ao girar a foice Lyza cortou para fora as cabeças de dois dos gnolls, o ultimo no entanto teve a cabeça perfurada pela ponta da foice que entrou em sua têmpora e ficou fincada ali em seu crânio. Os corpos de dois dos gnolls decapitados continuaram correndo sem rumo por alguns segundos até caírem na neve enquanto Lyza removia sua arma da cabeça do ultimo gnoll. Um círculo de sangue se formou no chão ao lado de Lyza e Kirshin.

Ambos podiam sentir a adrenalina do combate saltar em suas veias e seus corações se acelerarem, o medo da morte aliado à vontade de viver e ao desespero esmagador causado pelos números dos inimigos. Lyza e Kirshin olharam ao redor e viram Thorwin, o anão, largar sua lança e puxar um martelo de guerra contra seus inimigos, o anão lutava com brutalidade e seu martelo esmagava com facilidade a carne e os ossos dos infelizes gnolls.

Aldarion que estava próximo brandia a sua espada com selvageria, força e maestria, Lyza e Kirshin puderam ver o momento que dois gnolls correram até o guerreiro e receberam um golpe que desceu de cima para baixo, um dos gnolls ergueu seu escudo a tempo de colocá-lo na frente mas a força do golpe era tamanha que seu escudo se partiu assim como sua armadura, carne e ossos. O segundo gnoll teve seu crânio partido ao meio e caiu morto com seu cérebro espalhando-se pela neve. Foi então que um terceiro gnoll apareceu pela lateral do guerreiro e em um momento que Thorwin estava ocupado salvando a própria pele, ele atacou fincando uma lança no abdômen de Aldarion. O espadachim urrou de dor e girou a espada cortando o gnoll horizontalmente, apenas os braços do monstro ficaram presos na lança. Aldarion então quebrou a lança ao meio sem remover a ponta que estava fincada em sua carne e continuou a batalha. Lyza e Kirshin puderam perceber algo no rosto de Aldarion, um sorriso, o guerreiro estava se divertindo enquanto lutava por sua vida.

Os poucos guardas humanos que haviam restado agora estavam mortos e os gnolls se aproximavam ameaçadoramente de Lyza e Kirshin. Eram ao todo sete, eles vinham por todos os lados armados com machados de duas mãos, lanças, escuro e machado, um deles vinha com um mangual que continha uma grande esfera de metal com espinhos. Eles se aproximavam ameaçadoramente, o gnoll do mangual girando a esfera com um sorriso maldoso em sua face canina. A dupla precisava pensar rápido no que faria, estavam em clara desvantagem numérica


Prazo: Até a meia noite do dia 3.
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Mensagem por Kamui Black Dom Mar 30, 2014 9:04 pm


- C05 -



Um meio sorriso curvou os lábios de Kirshin. Certamente que o meio-demônio não era tão brutal quanto Aldarion e não sorria da mesma maneira que ele, mas apreciava a carnificina de uma luta onde sua espada era capaz de cortar e perfurar seus oponentes. Seu plano havia dado certo e ele havia dilacerado o corpo do primeiro gnoll e, logo após isso, perfurado o segundo assim que ele tinha se livrado da lona. Foi, então, que Lyza apareceu para ajuda-lo e degolou dois e perfurou o cranio de um terceiro. Nada mal. Essa garota aprendeu muito bem os truques que Aldarion lhe ensinou com a foice. Será uma boa ideia lutar lado a lado com ela. Mas aquilo estava longe de acabar, pois mais sete gnolls se aproximavam da dupla. Kirshin não perdeu tempo em sugerir uma estratégia.

- Devemos permanecer aqui, Lyza, entre esses dois carroções. O espaço é limitado e isto diminuirá um pouco a vantagem numérica. Fique por perto, para que um possa dar cobertura para o outro.

Em seguida, Kirshin já planejava sua próxima ação. Aquele gnoll portando um mangual parecia ser o mais perigoso dos que se aproximavam e era ele que Kirshin desejava abater primeiro caso ele viesse na frente dos outros. Para tal, ele pegaria a maça com sua mão esquerda e utilizaria esta arma para amparar o mangual do oponente. Esperava que a corrente ficasse presa em sua segunda arma para que ele pudesse golpeá-lo livremente com a espada bastarda. Tendo eliminado este oponente, concentraria-se nos demais, largando a maça enrolada no mangual e empunhando sua espada com ambas as mãos.

- Vamos matar todos esses malditos! - Exclamou o meio-demônio em meio ao frenesi do combate.

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Mensagem por Lyza Simons Seg Mar 31, 2014 10:32 pm


Chronicles of snow and blood.

Lyza teve êxito e seu primeiro ataque, decapitando dois dos inimigos instantaneamente, enquanto o terceiro tinha seu crânio perfurado por mais de um terço da lamina da foice. Ouviu as rápidas instruções de Kirshin, mas não achou que aquilo fosse ajudar a maga em algo. Sua arma tinha um alcance bem grande, e estar num espaço limitado, poderia ser prejudicial para seus movimentos, alem de deixa-la próxima demais de Kirshin, o que poderia coloca-lo em risco também enquanto lutava. Lyza então decidiu que ficaria um pouco mais a frente, e usaria de seu grande alcance nos ataques, para manter afastado qualquer inimigo que viesse contra eles. – Acho que ficar num espaço tão limitado pode me prejudicar, mas ficarei o mais próxima possível. – Disse enquanto levantava a foice e apontava para si mesma, justificando sua decisão de forma rápida, para que não perdesse muito tempo falando e o aproveitasse melhor lutando. – Tome cuidado, tente não se aproximar muito de mim. – Queria ter certeza que não atingiria sem querer sem companheiro, pois uma vez em combate, era muito mais difícil do que se imaginava controlar seus ataques.

O movimento seguinte de Lyza seria composto por uma sequencia de três golpes simples, porem devastadores. Seu primeiro objetivo era dar alguns passos a frente, para sair do meio dos carroções (ainda não tinha feito isso, só para deixar claro). E também pegar um pouco de impulso para executar seu primeiro movimento. Um movimento em um arco que viria de baixo para cima, com uma inclinação bem leve. Começaria no, aproximadamente, na altura das canelas dos gnolls, terminando na altura de suas cinturas. Esse primeiro golpe viria da esquerda para direita, ceifando os membros inferiores de qualquer um em seu alcance, e mesmo não os matado, os incapacitaria de continuarem lutando. Assim que sua foice chegasse ao outro lado (o lado direito de seu corpo), giraria a arma em suas mãos, para que a lamina virasse novamente apontada para a esquerda. E com isto viria seu segundo movimento, onde daria um passo largo pra trás, visando diminuir a distancia para os gnolls que não foram atingidos pelo primeiro golpe. E enquanto recuava seu passo, jogaria a foice levemente para trás e a traria de volta em alta velocidade. Usando a mesma inclinação que antes, porem acima da cintura desta vez. Seu golpe partiria da altura do estomago. Este segundo golpe, porem não seria apenas um arco, e sim um giro completo. Durante o giro, quando estivesse na metade dele aproximadamente, levantaria sua arma acima da cabeça, e finalizaria o giro, com um golpe na vertical, atingindo mais um dos inimigos e cortando-o ao meio.

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Mensagem por NR Nayruni Qui Abr 03, 2014 4:47 am

Kirshin e Lyza tiveram uma breve conversa do que fariam e ambos decidiram que lutariam juntos mas cada um a sua maneira. Kirshin correu de volta pra o espaço entre os carroções atraindo a atenção de 3 dos 7 gnolls, dentre eles aquele que empunhava o mangual. Lyza por sua vez se posicionou para receber seus agressores de braços abertos.


@ Kirshin

Os gnolls se aproximavam, o primeiro a atacar foi o do mangual, o criatura girou a arma ganhando potência e então investiu com a pesada bola em direção a cabeça de Kirshin, se o ataque acertasse o crânio do meio-demônio seria reduzido a uma pasta de ossos esmigalhados e cérebro. Kirshin levantou sua maça para bloquear a pesada bola de metal que vinha com força, a manobra deu certo mas a pressão do ataque forçou Kirshi a largar sua arma e cambalear para trás bem a tempo de evitar um segundo ataque dado pelo giro da bola de ferro.

Kirshin havia percebido uma coisa, os gnolls eram mais fortes do que aparentavam. Enquanto o meio-demônio se recuperava do desequilíbrio causado pela primeira defesa e esquiva, um segundo gnoll aproveitou e atacou. Kirshin percebeu a investida e jogou seu corpo para o lado afim de tentar evitar o ataque do monstro, mas sem sucesso, parte da lâmina do machado resvalou no corpo dele causando um corte superficial na região lombar.

Recuperado, Kirshin agora se encontrava de pé e com os 3 gnolls bem próximos a ele, era hora de agir com outra estratégia.


@ Lyza

Lyza ao contrário de Kirshin, valorizava muito mais o espaço aberto por razões óbvias e por conta disso posicionou-se de forma adequada para aproveitar todo o potencial da sua arma. O gnolls avançavam marchando contra ela desordenadamente. Lyza sorriu, sentiu a adrenalina ferver e com estilo e elegância girou seu corpo usando-o para impulsionar sua arma, seu primeiro ataque subiu em um ângulo horizontal de baixo para cima, os gnolls foram pegos de surpresa não esperando um ataque baixo.

Os dois gnolls que avançavam tiveram suas pernas decepadas na altura dos joelhos e imediatamente cairam no chão gritando e ganindo de dor, naquele frio eles morreriam rapidamente com a perda de sangue e a jovem não precisaria mais se preocupar com eles. Lyza prosseguiu com sua manobra e atacou novamente mas desta vez as coisas não deram certo, ao desferir seu segundo ataque contra a dupla de gnolls que se aproximava Lyza se surpreendeu ao perceber que um deles levantou o escudo bem a tempo de evitar ser atingido pela foice mortífera. A manobra fez Lyza perder por um momento o controle da manobra e os gnolls aproveitaram para ganhar a distância que os separavam da terrível ceifadora, essa ação colocou os dois gnolls fora da ameaça da lâmina da arma de Lyza por estarem perto demais.

Lyza imediatamente reagiu e puxou sua foice encurtando o cabo e retraindo a lâmina em sua direção, ao fazer isso a lâmina encontrou em seu caminho a nuca de um dos gnolls cortando-a e decapitando a pobre criatura no processo. Lyza agradeceu aos deuses por aquela ser uma foice militar tendo desta forma fio em ambos os lados da parte metálica. Porém não havia tempo para descansar, um ultimo gnoll havia restado e este agora estava próximo demais para ser combatido pela foice de Lyza.

O monstro que portava um machado em mãos, o desceu com força em um golpe violento de cima para baixo, Lyza jogou seu corpo no chão esquivando-se completamente do gole mas ao fazer isso tropeçou na neve fofa e caiu em meio a alguns corpos de soldados mortos. Durante o tombo a jovem largou sua foice e encontrava-se agora desarmada, ela precisava agir rápido porque o gnoll vinha novamente pronto para partir sua cabeça com o machado como se fosse um melão maduro.


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Mensagem por Lyza Simons Dom Abr 06, 2014 1:18 pm


Time to some ice magic

Ambos de acordo com suas estratégias individuais, Kirshin e Lyza voltaram a batalha tão logo quanto puderam. Sete novos inimigos chegavam em direção a dupla, prontos para matarem ou morrerem. Lyza preferia veementemente que fosse a segunda opção, e com uma enorme satisfação em ver a falta de organização do grupo de Gnolls, ela fez seu primeiro movimento. A mulher pode sentir os membros das criaturas sendo cortados um a um por sua foice, enquanto os gritos de dor e desespero se perdiam na neve juntamente com o sangue e as vidas infelizes daqueles seres. Satisfeita com seu primeiro ataque, ela agora tinha dois inimigos a menos com que se preocupar, e logo tratou de executar seu segundo movimento, mas se surpreendeu ao ter sua arma bloqueada pelo escudo de um deles. Os dois gnolls restante aproveitaram da brecha aberta para tentarem se aproximar, mas Lyza conseguiu ainda eliminar um deles, puxando sua arma para perto do corpo em linha reta, ela conseguiu decepar a cabeça de um deles antes que o mesmo chegasse. O segundo, porem estava próximo demais para ser combatido com a arma, e agora restava a Lyza apenas desviar de seu ataque e repensar sua estratégia.

A maga esquivou da arma do gnoll, mas no processo, largou sua arma e foi ao chão, caindo ao lado de alguns corpos de soldados da caravana. Sabia que não teria tempo hábil de pegar sua foice, muito menos conseguiria usa-la àquela proximidade, então, sem hesitar, ela ficou agachada, seu corpo virado em direção ao gnoll que vinha em sua direção. Com um pulo, que mais pareceu um mergulho na neve, ela se jogou em direção a criatura, tentando passar por baixo de seu braço, mas ao mesmo tempo que passava pela lateral esquerda do gnoll, ela conjurou sua magia elemental, criando uma estaca de gelo solida em seu braço esquerdo. Lyza ergueu seu braço na direção do peito da criatura, e aproveitando-se de seu mergulho, ela cravou a estaca de cerca de 50cm no ser a sua frente. Assim que tivesse êxito em sua manobra, jogaria seu corpo longe o mais rápido possível e correria de volta para sua foice, desfazendo-se imediatamente da estaca de gelo em seu braço. Mas caso não conseguisse atingir ao gnoll, aproveitaria de seu mergulho para tentar atingir uma outra área mais abaixo, como o joelho ou cintura da criatura, ainda usando sua estaca de gelo.




[Usando a H.E Elementalismo Basico: Estacas de Cristal Gelado., -15% PEs por uma estaca de 60cm.]

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Mensagem por Kamui Black Seg Abr 07, 2014 10:27 pm


- C06 -



Ao sentir a mordida do aço em sua carne Kirshin abafou um gemido de dor. Apesar disso, sua concentração na batalha não foi abalada e ele pensou em uma nova estratégia rapidamente. Recuou alguns passos na intenção de que o gnoll de machado avançasse contra ele. Aquele era o que estava mais avançado e Kirshin tinha certeza de que ele o seguiria. Uma vez na frente, era provável que aquele portando o mangual não pudesse ataca-lo sem atingir o companheiro.

Assim que ele veio para cima do meio-demônio, este avançou de encontro ao oponente, evitando o machado girando para o lado e, em seguida, procuraria perfurar seu oponente com um golpe fatal. Se percebesse que o golpe havia sido suficiente para tirar o oponente de combate, o empurraria com o ombro contra o portador do mangual. Era fato que chutar seria mais eficaz, mas ele não se arriscaria com toda aquela neve ali.

Assim que tivesse terminado a manobra anterior, sua próxima atitude seria retirar a espada do corpo do gnoll portanto um machado e utiliza-la contra o que portava o mangual com um forte golpe na vertical utilizando ambas as mãos. De preferencia seria um golpe para matar, mas se pudesse decepar a mão da arma seria uma opção quase tão boa quanto a anterior. Essa manobra certamente seria facilitada pelo fato do gnoll estar tentando se livrar do companheiro morto ou inconsciente.

É claro que havia a possibilidade do guerreiro do mangual avançar contra ele ao invés do outro, mas para fazer isso ele teria que passar pelo companheiro por um local com pouco espaço, o que certamente dificultaria a utilização de sua arma. Se este fosse o caso, Kirshin não hesitaria em ataca-lo enquanto ele tentava passar pelo outro gnoll, utilizando a mesma estratégia descrita acima. Caso qualquer estratégia falhasse, Kirshin seria obrigado a partir para a defensiva, tentando se esquivar ou amparar a maior quantidade de golpes que conseguisse.

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Mensagem por NR Nayruni Sex Abr 11, 2014 3:35 pm

@ Kirshin

Kirshin estava ferido, a natureza do ferimento por si só não era grave, a situação é que o tornava mortal. Com o ferimento na perna o meio-demônio estava impossibilitado de se deslocar livremente e era agora um alvo fácil para seu inimigo.

O detestável homem-hiena, o gnoll, aproximava-se mais uma vez girando seu mangual. A criatura encarava Kirshin com furor nos olhos e ao ver que sua presa estava ferida e sem locomoção, fez surgir em sua face animalesca algo parecido com um sorriso que exibia dentes pontiagudos e amarelados. Kirshin sabia que precisava pensar rápido, agir rápido se não teria sua cabeça esmagada pela terrível arma do agressor.

Respirando fundo e contendo o nervosismo Kirshin ergueu sua espada, tinha um plano em mente, esperava que desse certo, na verdade precisava dar certo. Os olhos do meio-demônio estavam cheios de ódio evidenciando o desejo crescente que ele tinha para destruir aquele maldito gnoll que o havia dado tantos problemas. O olhar dos dois se encontrou, ambos brilhando com a fúria e o ódio mortal que um tinha pelo outro e no segundo seguinte tudo aconteceu.

O gnoll avançou, Kirshin colocou a espada na frente e jogou o corpo para trás, mas como esperado esta não conseguiu aparar o ataque, tamanha fora a força do golpe que a espada saltou de suas mãos com violência caindo na neve macia que cobria todo o chão. O gnoll mal havia dado seu primeiro golpe e já se preparava para o segundo. Foi quando Kirshin colocou a segunda parte do seu plano em prática, aproveitando a abertura temporária na guarda de seu agressor, o meio-demônio saltou levando suas mãos para o pescoço da criatura.

Kirshin não era mais forte que o gnoll e certamente perderia uma disputa prolongada de forças, mas tudo o que ele precisava era se manter alguns segundos agarrado ao pescoço de seu inimigo que agora por estar próximo demais não conseguia usar seu mangual contra o meio-demônio. Ao sentir as mãos de Kirshin envolvendo seu pescoço com brutalidade, o gnoll soltou o mangual e levou suas próprias mãos bestiais ao pescoço de sua presa, ele estava certo que poderia esmagar aquele pequeno ser com facilidade. Estava enganado.

Nos primeiros segundos tanto o gnoll quanto Kirshin estrangulavam-se com brutalidade, Kirshin sentiu os dedos com garras do gnoll envolverem seu pescoço e apertarem com violência esmagando e perfurando sua carne. Kirshin devolvia o apertão com toda a força que podia e o gnoll sentia o desespero no esforço do fraco meio-demônio que agora mostrava-se evidentemente mais fraco.

O ar começou a faltar para Kirshin, ele sentia-se tonto, a visão escurecia aos poucos e o desespero aumentava. Foi então que ele jogou sua ultima carta e ativou sua habilidade demoníaca. O gnoll imediatamente sentiu algo estranho, algo sinistro, sentiu uma dor terrível similar a de uma queimadura envolver seu pescoço, era como se sua carne estivesse em chamas. Sem entender o que acontecia o monstro colocou mais força no pescoço de Kirshin tentando matá-lo logo para se livrar da dor que fustigava-lhe. Kirshin respondeu se agarrando com ainda mais firmeza que antes ao pescoço do gnoll, o desespero da morte o incentivava a continuar lutando enquanto a dor da asfixia e o estrangulamento pouco a pouco iam privando-lhe de suas forças e sentidos, a qualquer momento ele poderia desmaiar e ai seria o fim.

Kirshin sentiu seu braço demoníaco pulsar com sua energia, sentiu o pescoço do gnoll, os pelos que cobriam sua pele, sua carne. Sentiu aquilo tudo que a princípio estava rijo se amolecer pouco a pouco em suas mãos. Sentiu os pelos se soltarem e desfazerem sob seus dedos, sentiu o couro do gnoll se decompor e abrir-se dando passagem livre para os músculos e a carne exposta.

O gnoll por outro lado, sentia aquela dor terrível no pescoço, a sensação que ele tinha era de que sua carne estava sendo queimada, ele podia sentir a dor e os dedos de Kirshin em seu pescoço penetrando cada vez mais fundo em seu pescoço. Seu rosto se moldou em uma careta animalesca, os lábios abertos e os dentes expostos, olhos esbugalhados e fixos nos olhos de Kirshisn que estavam igualmente esbugalhados. O rosto do meio-demônio assim como o do seu inimigo também estava moldado em uma careta medonha e ele podia sentir que o gnoll estava colocando ainda mais força que antes.

A disputa era brutal, algo além da humanidade, um duelo terrível entre besta e demônio, monstro e animal. Eles estavam ali naquela situação a poucos segundos, momentos que para eles pareciam uma eternidade. Enraivecido o gnoll ergueu Kirshin do chão elevando-o pouco a cima da cabeça de forma a usar a gravidade como aliada para por ainda mais pressão no pescoço do meio-demônio. Mas o maldito não o soltava e em resposta desesperava-se colocando mais força ainda.

A carne queimava, a dor era absurda, uma pasta avermelhada começou a escorrer do pescoço do gnoll através dos dedos de Kirshin. Tomado pela loucura da dor o gnoll correu com tudo em direção a um dos carroções colidindo o corpo de Kirshin contra a lateral de madeira, o meio-demônio sentiu uma dor absurda mas ainda assim não soltou o pescoço da fera, pois sabia que se o fizesse morreria.

O gnoll se desesperou ainda mais e começou a bater o corpo de Kirshin contra o carroção, bateu uma, duas, três vezes, o meio-demônio não aguentava mais e estava prestes a se entregar para a morte. O gnoll mais uma vez fez menção de bater o corpo de Kirshin contra o carroção mais uma vez, seria o fim mas então ele simplesmente parou e soltou o pescoço do meio-demônio colocando agora suas mãos nos antebraços de seu agressor.

Kirshin imediatamente sentiu um alívio imenso a medida que o ar retornava aos seus pulmões e o sangue fresco voltava a ser bombeado para o seu cérebro. Mas ainda não era hora de se entregar, o gnoll ainda estava vivo e lutava para se soltar. Era tarde demais para a fera, seu pescoço agora encontrava-se completamente descarnado e ele começava a perder forças chegando a cair de joelhos diante do seu algoz. Kirshins prosseguiu com o estrangulamento e a medida que o fazia via a expressão animalesca no rosto de sua vítima mudar para algo medonho que exprimia o máximo de pavor e desespero. A bocarra estava aberta com a língua para fora e seus olhos estavam tão esbugalhados que quase saltavam para fora das órbitas oculares. O gnoll tentou dar um ultimo grito de morte mas nem isso foi capaz.

Kirshin sentiu toda a carne do pescoço do gnoll apodrecer sob seus dedos até finalmente se desprender e soltar dissolvendo-se até virar uma pasta avermelhada, fétida e asquerosa. em poucos segundos Kirshin estava segurando as vértebras que ligavam a cabeça ao restante do corpo e so então soltou suas mãos. A cabeça do gnoll caiu para trás incapaz de manter-se presa apenas pelas vértebras expostas, o corpo tombou para o lado decapitado.

Livre de seu oponente, Kirshin caiu resfolegante sentado na neve, a sensação prazerosa de vitória misturada ao sadismo demoníaco tomavam conta do seu ser a medida que ele olhava para o gnoll tombado a sua frente.


@ Lyza

O gnoll vinha furioso em direção a Lyza pronto para fatiá-la pela ousadia de tê-lo ferido, a jovem bolou um plano ousado que consistia em chutar neve na cara do gnoll para deixá-lo desnorteado e com a guarda baixa. Porém o plano não funcionou, Lyza chutou a neve e esta voou em direção ao gnoll não chegando a ultrapassar a altura da sua cintura, o monstro respondeu desferindo um golpe na horizontal, pretendia acertar o pescoço de Lyza e decapitá-la, mas pro seu azar falhou miseravelmente.

O ferimento que recebera embaixo da axila dificultava seu golpe tornando-o lento. Lyza aproveitou e se agachou permitindo que o machado passasse por cima de si, mais uma vez o gnoll estava com a guarda baixa. Lyza aproveitou que estava agachada e enfiou a estaca de gelo na virilha da criatura torcendo para que ela fosse tão sensível naquela região quanto os humanos o eram. Ao fazer seu ataque a estaca de gelo finalmente se partiu e Lyza caiu sentada na neve.

O gnoll urrou de dor e largou seu machado e escudo levando suas mãos para a virilha. A dor era insuportável para ele que agora sangrava muito na região da virilha chegando até mesmo a cair de joelhos. Lyza vendo que seu oponente estava inofensivo, calmamente se levantou pegou sua foice e sem nenhuma demonstração de compaixão decapitou sua vítima.


@ Todos

Lyza e Kirshin haviam se erguido vitoriosos daquele primeiro combate. O nariz de Lyza sangrava continuamente por causa da escudada que levara enquanto o mesmo acontecia com o pescoço de Kirshin por conta das garras do gnoll que tentara estrangulá-lo e com sua perna por causa do ferimento de lança que recebera. Os dois olharam ao redor e tudo o que viram era morte. Os corpos dos gnolls e dos seus companheiros de viagem estavam espalhados por toda parte, muitos desmembrados ou abertos com as tripas espalhadas pelo chão, a neve ali estava toda manchada de vermelho de modo que quem olhasse de cima veria uma mancha rubra no meio da imensidão branca.

Por um momento ambos se distraíram até que o som de aço se colidindo contra aço despertou a atenção dos dois. O que viram foi perturbador, Thorwin estava morto, seu corpo caído na neve estava aberto ao meio no centro de um círculo formado por uma dezena de gnolls mortos. Próximo dali havia uma pilha de corpos de gnoll que por pouco não somavam mais de 20, o responsável por aquela pilha, Aldarion, podia ser visto ainda de pé mas com o corpo coberto de feridas e sangrando muito, diante dele havia um ultimo gnoll, o maior e mais forte de todos.

O monstro media quase três metros de altura e brandia um machado de lâmina dupla maior do que um homem. O monstro atacava Aldarion com brutalidade animalesca colocando toda sua força descomunal a cada golpe, mas o juggernaut resistia firmemente aparando os golpes com sua enorme espada que disputava em tamanho com a arma do gnoll. Kirshin e Lyza perceberam que se a arma de Aldarion fosse um pouco menor e seu dono um pouco mais fraco, ele já estaria morto, mas o guerreiro estava ali de pé lutando por sua vida.

Porém ele estava gravemente ferido, sangrava muito e seu oponente era muito maior do que ele e estava sem nenhum ferimento. Cada golpe que o gnoll dava contra o Aldarion era bloqueado pela enorme espada do guerreiro, porém o mesmo cambaleava para trás com a força dos ataques. Aldarion estava indefeso, não conseguia fazer nada além de aparar e se defender, não estava em condições de atacar, era só uma questão de tempo até que o gnoll gigante o matasse também.

Lyza e Kirshin precisavam fazer alguma coisa se quisessem salvar seu mais novo amigo, ou poderiam simplesmente fugir. Eles perceberam que ainda havia um cavalo vivo e preso a uma das carroças, se quisessem poderiam cortar as amarras subir em cima do animal e fugir largando Aldarion a própria sorte. Por outro lado se resolvessem ajudar o guerreiro, havia o risco deles próprios morrerem.

O que será que nossos bravos aventureiros farão?

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Última edição por NR Nayruni em Sáb Abr 19, 2014 10:07 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Kamui Black Sáb Abr 12, 2014 7:10 pm


- C07 -



Kirshin ainda não tinha certeza se aquilo que conquistara até aquele momento do combate era algo bom ou ruim para si.

Seu plano inicial não havia dado certo, mas mesmo assim ele conseguiu matar dois dos inimigos. Quando viu-se obrigado a recuar e com um inimigo já sobre si, foi mais o seu instinto de sobrevivência que o fez elevar a espada do que qualquer outra coisa. Mas o golpe baixo e a espada através do pescoço de seu oponente foi algo premeditado. Afinal de contas, ele nunca ligou muito para uma luta justa, desde que o lado que saia na vantagem seja o seu próprio.

Logo em seguida ele se viu novamente obrigado a utilizar sua agilidade para se esquivar do gnoll do mangual. Aquele estava dando muito trabalho ao meio-demônio e certamente que ele teria prazer em arrancar-lhe a cabeça caso visse a oportunidade. Mas enquanto a oportunidade não chegava ele era atingido por uma lança de outro gnoll. No momento em que foi atingido, apenas um gemido de dor pode ser ouvido, mas, então, Kirshin olhou com uma expressão de ira para seu inimigo e foi gritando que ele arrancou a lança de sua perna e a jogou novamente contra o maldito.

Ficou muito satisfeito quando sua lança acertou o alvo e agora restava apenas ele e aquele portando o mangual. Eles já estavam bem próximos e o fim daquele embate era eminente. Kirshin não poderia mais se esquivar tão habilmente com a perna debilitada daquela maneira, então teria que encontrar outra maneira. Encarava seu oponente com extremo ódio no olhar. Seus dentes estavam cerrados e a mostra, e isso, juntamento com os olhos, denotava ainda mais a origem demoníaca de Kirshin. Sua mente estava concentrada, seus músculos tensionados e prontos. Da última vez que ele tentara aquela manobra não tinha sido muito feliz pois usara apenas uma de suas mãos. Agora pretendia utilizar ambas e segurar a espada firmemente a frente do corpo.

Seu plano era bem simples: Kirshin esperou o momento em que o gnoll o atacou para movimentar sua espada contra a corrente do mangual do adversário. Desta vez, utilizando ambas as mãos, seria capaz de desviar o golpe sem ser obrigado a recuar. Existia a possibilidade de ser desarmado neste processo, mas isso era um risco calculado. Desarmado ou não, Kirshin avançou contra seu oponente enquanto ele se recuperava do golpe que acabara de desferir. Seu plano era conseguir pegar o pescoço ou mesmo a parte de baixo do focinho do gnoll com sua mão esquerda e utilizar seu Toque da Destruição. Sem conhecer esta habilidade de Kirshin, o inimigo seria pego de surpresa e sendo o pescoço uma região tão frágil, era bem provável que morresse ao receber o golpe. Mesmo que ele fosse atingido no focinho ou em outra parte, a dor de ter seu corpo sendo desconstruído poderia ser distração o suficiente para Kirshin utilizar sua espada, caso estivesse com ela, ou pegar a faca embainhada atrás de sua cintura e finalizar seu oponente com um golpe perfurante em sua barriga.



habilidade utilizada:

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Mensagem por Lyza Simons Qua Abr 16, 2014 12:10 pm


Snow in the face!

Lyza obteve êxito em sua manobra, mas ao mesmo tempo, recebera um contra ataque inevitável do gnoll, que agora gritava de dor diante do ferimento em seu tórax. Lyza não fazia ideia de quanto estrago havia feito na criatura, mas isso não importava, seu principal objetivo agora era dar um fim definitivo ao monstro. O gnoll portava ainda seu escudo e arma, mas ela duvidava que ele teria destreza o suficiente com aquele ferimento, para manejar seu machado como antes, mas ainda assim, seria difícil ultrapassar sua defesa, sem que acabasse levando um segundo contra ataque. Lyza pensou rápido, e concluiu que precisa de algo para distrai-lo, além da dor causada pela perfuração, e a solução que encontrou foi bem simples e pratica. Com seu direito, ela o enterrou na neve e com um chute alto, tentou jogar o máximo de neve possível no rosto do gnoll, afim de faze-lo perder ao menos um segundo de sua atenção. Com isto, ela partiria vorazmente para cima do inimigo, com sua estaca levantada e apontada para o rosto do infeliz, perfuraria seu crânio, assim a chance dele sobreviver era mínima.

Caso ela não conseguisse distrai-lo com a neve, usaria sua própria estaca para isto, e como ainda possuía sua foice druídica guardada. Ela usaria a estaca para realizar o primeiro golpe, e então, puxaria das suas costas a foice druídica e aplicaria um segundo golpe no segundo seguinte ao primeiro. Feito isto, ela voltaria para sua foice batalha e a pegaria novamente, e continuaria com suas manobras defensivas a longa distancia para repelir o máximo de inimigos que pudesse no processo.

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Mensagem por NR Nayruni Sáb Abr 19, 2014 10:08 am

OFF: Sem querer editei meu posto anterior porque ia usar o modelo dele pra postar esse e não consegui reverter o texto. Bom... Não importa, o jogo continua.

@ Kirshin

Kirshin estava ferido, a natureza do ferimento por si só não era grave, a situação é que o tornava mortal. Com o ferimento na perna o meio-demônio estava impossibilitado de se deslocar livremente e era agora um alvo fácil para seu inimigo.

O detestável homem-hiena, o gnoll, aproximava-se mais uma vez girando seu mangual. A criatura encarava Kirshin com furor nos olhos e ao ver que sua presa estava ferida e sem locomoção, fez surgir em sua face animalesca algo parecido com um sorriso que exibia dentes pontiagudos e amarelados. Kirshin sabia que precisava pensar rápido, agir rápido se não teria sua cabeça esmagada pela terrível arma do agressor.

Respirando fundo e contendo o nervosismo Kirshin ergueu sua espada, tinha um plano em mente, esperava que desse certo, na verdade precisava dar certo. Os olhos do meio-demônio estavam cheios de ódio evidenciando o desejo crescente que ele tinha para destruir aquele maldito gnoll que o havia dado tantos problemas. O olhar dos dois se encontrou, ambos brilhando com a fúria e o ódio mortal que um tinha pelo outro e no segundo seguinte tudo aconteceu.

O gnoll avançou, Kirshin colocou a espada na frente e jogou o corpo para trás, mas como esperado esta não conseguiu aparar o ataque, tamanha fora a força do golpe que a espada saltou de suas mãos com violência caindo na neve macia que cobria todo o chão. O gnoll mal havia dado seu primeiro golpe e já se preparava para o segundo. Foi quando Kirshin colocou a segunda parte do seu plano em prática, aproveitando a abertura temporária na guarda de seu agressor, o meio-demônio saltou levando suas mãos para o pescoço da criatura.

Kirshin não era mais forte que o gnoll e certamente perderia uma disputa prolongada de forças, mas tudo o que ele precisava era se manter alguns segundos agarrado ao pescoço de seu inimigo que agora por estar próximo demais não conseguia usar seu mangual contra o meio-demônio. Ao sentir as mãos de Kirshin envolvendo seu pescoço com brutalidade, o gnoll soltou o mangual e levou suas próprias mãos bestiais ao pescoço de sua presa, ele estava certo que poderia esmagar aquele pequeno ser com facilidade. Estava enganado.

Nos primeiros segundos tanto o gnoll quanto Kirshin estrangulavam-se com brutalidade, Kirshin sentiu os dedos com garras do gnoll envolverem seu pescoço e apertarem com violência esmagando e perfurando sua carne. Kirshin devolvia o apertão com toda a força que podia e o gnoll sentia o desespero no esforço do fraco meio-demônio que agora mostrava-se evidentemente mais fraco.

O ar começou a faltar para Kirshin, ele sentia-se tonto, a visão escurecia aos poucos e o desespero aumentava. Foi então que ele jogou sua ultima carta e ativou sua habilidade demoníaca. O gnoll imediatamente sentiu algo estranho, algo sinistro, sentiu uma dor terrível similar a de uma queimadura envolver seu pescoço, era como se sua carne estivesse em chamas. Sem entender o que acontecia o monstro colocou mais força no pescoço de Kirshin tentando matá-lo logo para se livrar da dor que fustigava-lhe. Kirshin respondeu se agarrando com ainda mais firmeza que antes ao pescoço do gnoll, o desespero da morte o incentivava a continuar lutando enquanto a dor da asfixia e o estrangulamento pouco a pouco iam privando-lhe de suas forças e sentidos, a qualquer momento ele poderia desmaiar e ai seria o fim.

Kirshin sentiu seu braço demoníaco pulsar com sua energia, sentiu o pescoço do gnoll, os pelos que cobriam sua pele, sua carne. Sentiu aquilo tudo que a princípio estava rijo se amolecer pouco a pouco em suas mãos. Sentiu os pelos se soltarem e desfazerem sob seus dedos, sentiu o couro do gnoll se decompor e abrir-se dando passagem livre para os músculos e a carne exposta.

O gnoll por outro lado, sentia aquela dor terrível no pescoço, a sensação que ele tinha era de que sua carne estava sendo queimada, ele podia sentir a dor e os dedos de Kirshin em seu pescoço penetrando cada vez mais fundo em seu pescoço. Seu rosto se moldou em uma careta animalesca, os lábios abertos e os dentes expostos, olhos esbugalhados e fixos nos olhos de Kirshisn que estavam igualmente esbugalhados. O rosto do meio-demônio assim como o do seu inimigo também estava moldado em uma careta medonha e ele podia sentir que o gnoll estava colocando ainda mais força que antes.

A disputa era brutal, algo além da humanidade, um duelo terrível entre besta e demônio, monstro e animal. Eles estavam ali naquela situação a poucos segundos, momentos que para eles pareciam uma eternidade. Enraivecido o gnoll ergueu Kirshin do chão elevando-o pouco a cima da cabeça de forma a usar a gravidade como aliada para por ainda mais pressão no pescoço do meio-demônio. Mas o maldito não o soltava e em resposta desesperava-se colocando mais força ainda.

A carne queimava, a dor era absurda, uma pasta avermelhada começou a escorrer do pescoço do gnoll através dos dedos de Kirshin. Tomado pela loucura da dor o gnoll correu com tudo em direção a um dos carroções colidindo o corpo de Kirshin contra a lateral de madeira, o meio-demônio sentiu uma dor absurda mas ainda assim não soltou o pescoço da fera, pois sabia que se o fizesse morreria.

O gnoll se desesperou ainda mais e começou a bater o corpo de Kirshin contra o carroção, bateu uma, duas, três vezes, o meio-demônio não aguentava mais e estava prestes a se entregar para a morte. O gnoll mais uma vez fez menção de bater o corpo de Kirshin contra o carroção mais uma vez, seria o fim mas então ele simplesmente parou e soltou o pescoço do meio-demônio colocando agora suas mãos nos antebraços de seu agressor.

Kirshin imediatamente sentiu um alívio imenso a medida que o ar retornava aos seus pulmões e o sangue fresco voltava a ser bombeado para o seu cérebro. Mas ainda não era hora de se entregar, o gnoll ainda estava vivo e lutava para se soltar. Era tarde demais para a fera, seu pescoço agora encontrava-se completamente descarnado e ele começava a perder forças chegando a cair de joelhos diante do seu algoz. Kirshins prosseguiu com o estrangulamento e a medida que o fazia via a expressão animalesca no rosto de sua vítima mudar para algo medonho que exprimia o máximo de pavor e desespero. A bocarra estava aberta com a língua para fora e seus olhos estavam tão esbugalhados que quase saltavam para fora das órbitas oculares. O gnoll tentou dar um ultimo grito de morte mas nem isso foi capaz.

Kirshin sentiu toda a carne do pescoço do gnoll apodrecer sob seus dedos até finalmente se desprender e soltar dissolvendo-se até virar uma pasta avermelhada, fétida e asquerosa. em poucos segundos Kirshin estava segurando as vértebras que ligavam a cabeça ao restante do corpo e so então soltou suas mãos. A cabeça do gnoll caiu para trás incapaz de manter-se presa apenas pelas vértebras expostas, o corpo tombou para o lado decapitado.

Livre de seu oponente, Kirshin caiu resfolegante sentado na neve, a sensação prazerosa de vitória misturada ao sadismo demoníaco tomavam conta do seu ser a medida que ele olhava para o gnoll tombado a sua frente.


@ Lyza

O gnoll vinha furioso em direção a Lyza pronto para fatiá-la pela ousadia de tê-lo ferido, a jovem bolou um plano ousado que consistia em chutar neve na cara do gnoll para deixá-lo desnorteado e com a guarda baixa. Porém o plano não funcionou, Lyza chutou a neve e esta voou em direção ao gnoll não chegando a ultrapassar a altura da sua cintura, o monstro respondeu desferindo um golpe na horizontal, pretendia acertar o pescoço de Lyza e decapitá-la, mas pro seu azar falhou miseravelmente.

O ferimento que recebera embaixo da axila dificultava seu golpe tornando-o lento. Lyza aproveitou e se agachou permitindo que o machado passasse por cima de si, mais uma vez o gnoll estava com a guarda baixa. Lyza aproveitou que estava agachada e enfiou a estaca de gelo na virilha da criatura torcendo para que ela fosse tão sensível naquela região quanto os humanos o eram. Ao fazer seu ataque a estaca de gelo finalmente se partiu e Lyza caiu sentada na neve.

O gnoll urrou de dor e largou seu machado e escudo levando suas mãos para a virilha. A dor era insuportável para ele que agora sangrava muito na região da virilha chegando até mesmo a cair de joelhos. Lyza vendo que seu oponente estava inofensivo, calmamente se levantou pegou sua foice e sem nenhuma demonstração de compaixão decapitou sua vítima.


@ Todos

Lyza e Kirshin haviam se erguido vitoriosos daquele primeiro combate. O nariz de Lyza sangrava continuamente por causa da escudada que levara enquanto o mesmo acontecia com o pescoço de Kirshin por conta das garras do gnoll que tentara estrangulá-lo e com sua perna por causa do ferimento de lança que recebera. Os dois olharam ao redor e tudo o que viram era morte. Os corpos dos gnolls e dos seus companheiros de viagem estavam espalhados por toda parte, muitos desmembrados ou abertos com as tripas espalhadas pelo chão, a neve ali estava toda manchada de vermelho de modo que quem olhasse de cima veria uma mancha rubra no meio da imensidão branca.

Por um momento ambos se distraíram até que o som de aço se colidindo contra aço despertou a atenção dos dois. O que viram foi perturbador, Thorwin estava morto, seu corpo caído na neve estava aberto ao meio no centro de um círculo formado por uma dezena de gnolls mortos. Próximo dali havia uma pilha de corpos de gnoll que por pouco não somavam mais de 20, o responsável por aquela pilha, Aldarion, podia ser visto ainda de pé mas com o corpo coberto de feridas e sangrando muito, diante dele havia um ultimo gnoll, o maior e mais forte de todos.

O monstro media quase três metros de altura e brandia um machado de lâmina dupla maior do que um homem. O monstro atacava Aldarion com brutalidade animalesca colocando toda sua força descomunal a cada golpe, mas o juggernaut resistia firmemente aparando os golpes com sua enorme espada que disputava em tamanho com a arma do gnoll. Kirshin e Lyza perceberam que se a arma de Aldarion fosse um pouco menor e seu dono um pouco mais fraco, ele já estaria morto, mas o guerreiro estava ali de pé lutando por sua vida.

Porém ele estava gravemente ferido, sangrava muito e seu oponente era muito maior do que ele e estava sem nenhum ferimento. Cada golpe que o gnoll dava contra o Aldarion era bloqueado pela enorme espada do guerreiro, porém o mesmo cambaleava para trás com a força dos ataques. Aldarion estava indefeso, não conseguia fazer nada além de aparar e se defender, não estava em condições de atacar, era só uma questão de tempo até que o gnoll gigante o matasse também.

Lyza e Kirshin precisavam fazer alguma coisa se quisessem salvar seu mais novo amigo, ou poderiam simplesmente fugir. Eles perceberam que ainda havia um cavalo vivo e preso a uma das carroças, se quisessem poderiam cortar as amarras subir em cima do animal e fugir largando Aldarion a própria sorte. Por outro lado se resolvessem ajudar o guerreiro, havia o risco deles próprios morrerem.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb Abr 19, 2014 8:26 pm


The great enemy master

Era o fim da ameaça gnoll para Lyza e Kirshin. A maga, que por muito pouco viu sua morte chegando naquele campo nevado, observou os últimos momentos de seu inimigo, enquanto o mesmo se contorcia de dor de joelhos a sua frente. Ela caminhou vagarosamente até sua foice, e empunhando-a, a mulher levantou um pouco a cabeça. Já havia derramado muito sangue para ainda ter que ver aquela cena, mesmo que fosse inevitável ter que executa-la. Com um movimento rápido e certeiro, a maga decapitou o oponente, dando um fim a sua angustia. Lyza olhou para os lados, mas tudo que viam eram corpos e mais corpos, tanto de inimigos, quanto de aliados. Olhou para trás e vu que Kirshin estava vivo ainda e também a salvo. A mulher fechou os olhos por um instante e respirou fundo algumas vezes, seu rosto ainda estava bem dolorido e seu nariz sangrava bastante, impedindo suas narinas de puxar algum ar. Seu momento de reflexão porem fora interrompido cedo, ainda havia uma batalha acontecendo. Lyza escutou os sons de armas se chocando e rapidamente procurou pela origem, até ver uma cena no mínimo grotesca.

- Mas que... – Decidiu que seria melhor não perder tempo falando. Assim que viu Aldarion em perigo, correu em seu auxilio, não se importou em pedir ajuda para o demônio, sabia que ele estava ferido e talvez não pudesse ajudar. Mas Lyza também sabia o quanto seria importante manter o máximo de aliados possível vivos, pois ali, naquela região tão aberta e desconhecida a ela, seria muito fácil serem atacados novamente. Sua intenção era atacar ainda de longe com sua foice, num golpe vertical. A maga bem sabia que aquele seu golpe teria muito menos chances de acertar que um golpe horizontal, mas fazer um arco colocaria em risco a vida de Aldarion, que não esperava por um ataque de sua própria aliada. Lyza arriscou o ataque de cima para baixo, o mais sensato a se fazer, mesmo que servisse apenas para afastar o gnoll de perto do guerreiro. Caso ele não parasse de forma nenhuma, e Lyza visse que Aldarion estava em perigo, usaria sua magia para criar uma barreira de Gelo a frente dele, e protege-lo do máximo de dano possível.

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Mensagem por Kamui Black Dom Abr 20, 2014 6:35 pm


- C08 -




Mantenha a calma, Kirshin, ou estará perdido. E ele realmente se manteve calmo, ao menos o mais calmo que a situação lhe permitia. Se o gnoll não fosse tão forte certamente que aquilo seria bem mais fácil para Kirshin, mas ele era muito forte e a manobra que teve que executar lhe custou outra dose de dor.

Sua habilidade demoníaca acabaria com a vida do oponente, mas ele ainda não havia a desenvolvido completamente e isso significava que ela levava algum tempo até concluir seu trabalho. Certamente que ele teria gritado, não de dor, mas de fúria, se pudesse, mas o ar começava a lhe faltar e tudo o que ele podia fazer era se concentrar em não largar seu oponente e manter sua energia destrutiva fluindo.

Sentiu a morte lhe chamando. Ele era forte demais, os pulmões ardiam, a garganta doía, as forças começavam a lhe faltar.
Eu... não... vou morrer aqui! Sua determinação deu-lhe um último folego para intensificar o fluxo de energia destrutivo de seu Toque da Destruição e depois de segundos que pareceram horas, Kirshin sentiu que o gnoll estava finalmente se enfraquecendo, mas não abrandou seu aperto até que ver que aquele maldito ser estava realmente acabado. Caiu sentado na neve devido o cansaço e fitou o corpo decapitado no chão, um sorriso sádico curvou os lábios do meio-demônio. Aqueles eram oponentes fortes e ele estava satisfeito consigo mesmo por ter sido capaz de matar todos eles.

Ergueu-se com dificuldade e deu uma última olhada no corpo mutilado de seu último oponente. Aquele fora o que mais lhe dera trabalho. Certamente aquele era mais forte que os demais, ou, ao menos, muito habilidoso com aquele mangual. Mas agora estava acabado e Kirshin mancou até pegar a espada longa de um dos mercenários caídos ao chão. Aquela não era uma opção tão boa quanto sua espada bastarda, mas serviria muito bem para ele.


Não acabou ainda. Pensou ao ver que Aldarion enfrentava um último e mais poderoso inimigo. Thorwin estava morto, assim como o resto da caravana, restava apenas ele e Lyza para ajudar o guerreiro. Olhou para o cavalo preso na carroça e a possibilidade de fugir dali sequer passou por sua cabeça. Ele queria dar um fim naquilo, mas não queria apenas sobreviver, queria derrotar aquelas criaturas utilizando sua própria força. Sabia que ainda não era forte o suficiente para vencer sozinho aquele gnoll gigante, mas ele não estava sozinho.

Era óbvio que Lyza chegaria ao seu alvo antes dele. Afinal de contas, aparentemente, ela havia sofrido menos na batalha e não tinha um ferimento na perna grave como ele próprio o tinha. Ele teria que ser oportunista naquela luta se quisesse ter alguma chance de vencer e foi assim que agiu. Aguardou o momento em que a maga atacou utilizando sua foice e partiu pelo lado oposto. Aguardou a criatura estar ocupada se defendendo e torceu para que Aldarion e Lyza juntos ocupassem o gnoll por tempo o suficiente para ele agir. Seu intento era ficar a espada em um ponto vulnerável do inimigo para encerrar aquela luta de uma vez por todas. Caso percebesse que não seria possível elimina-lo com um único golpe, procuraria feri-lo no braço ou na perna para debilitá-lo.

Seu movimento fora planejado e muito bem pensado mesmo na fração de segundos que tinha para executa-lo e sua movimentação seria feita de maneira a manter a perna boa para trás, para ter um bom apoio para recuar rapidamente caso fosse necessário. Se preciso, inclusive, ele não hesitaria em saltar para a neve e rolar no chão para escapar de um possível golpe dirigido à ele.

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Mensagem por NR Nayruni Dom Abr 27, 2014 7:32 pm

@ Kirshin

A batalha brutal se desenvolvia rumo a um desfecho perigoso. Daquele embate furioso apenas quatro seres continuavam vivos, o chefe dos gnolls, Aldarion, Lyza e Kirshin. Aldarion agora enfrentava a fúria e a força descomunal do líder dos gnolls, uma criatura com cerca de dois metros e meio de altura e que portava um enorme machado de batalha. O monstro atacava com voracidade desejando ceifar a vida de Aldarion com um só golpe, mas o guerreiro resistia bloqueando os ataques com sua grande espada que competia em tamanho com a arma do gnoll.

Lyza e Kirshin avaliaram rapidamente a situação, precisavam fazer alguma coisa ou Aldarion morreria. Kirshin observando o espadachim percebeu que ele não tinha problemas em bloquear os ataques do gnoll, a dificuldade estava em contra-atacar, porque cada vez que Aldarion aparava um golpe a força do gnoll o desestabilizava impedindo um contra-ataque. Kirshin com seus olhos frios e analíticos de um assassino percebeu facilmente que tudo que Aldarion precisava era uma distração. O assassino meio-demônio olhou para o lado e viu Lyza caminhando até a sua direção, quando ela se aproximou lhe pediu ajuda e o mesmo concordou com a cabeça.

- Temos que criar um plano. - Disse ele resfolegando com a dor de seu ferimento. - Aldarion só precisa de uma distração para ganhar tempo e contra-atacar. Vamos ajudá-lo.

Lyza entendeu a mensagem de Kirshin e assentiu com a cabeça positivamente. Decididos a ajudar o guerreiro os dois se aproximaram o mais rápido possível do gnoll, Lyza não teve muita dificuldade mas Kirshin não podia dizer o mesmo, o sangramento em sua perna, o ferimento e a dor cobravam seu preço, com certeza a dor ficaria ainda maior quando os efeitos da adrenalina passassem.

Kirshin percebeu que não conseguia correr, sentiu-se inútil por um momento. Ele precisava pensar em algo, em uma solução, olhou para baixo e viu uma azagaia e tomou-a em mãos, era tudo o que ele precisava. Se não poderia se aproximar de seu alvo atacaria de longe no momento certo, então esperou.

Ação: Ataque de Lyza - Foice de Guerra + Força 1 / Destreza 2 + 1 de Bônus devido ao tamanho do oponente. (Sucesso Parcial)

Quanto a Lyza, esta correu em direção do gnoll, estava armada com sua foice e pronta para atacar, assim que se posicionou desferiu um golpe de cima para baixo na vertical pegando as costas da criatura, o golpe acertou em cheio o monstro porém o mesmo estava usando uma armadura de couro que unida ao seu couro natural resistiram a maior parte do golpe. O ataque de Lyza abriu uma ferida grande nas costas do gnoll fazendo-o sangrar, apesar do corte ser extenso não era profundo e portanto fatal.

Ação: Defesa de Lyza - Esquiva - Agilidade 2 - 1 Redutor da Neve (Sucesso Parcial)

Ao sentir a dor o monstro se virou para atacar sua agressora, a criatura girou o corpo puxando seu machado na horizontal. Lyza percebeu o ataque e saltou para o lado tentando escapar, porém não conseguiu fazer a tempo e parte da lâmina do machado roçou seu corpo lambendo sua carne com voracidade. Um grande corte se abriu em seu braço esquerdo perto do ombro, era um corte brutal que quase decepara o braço da jovem. Ela caiu ao chão desnorteada e tomada pela dor, a criatura agora se aproximava dela furiosa e pronta para desferir o golpe fatal que reduziria Lyza a um amontoado de carne. Mas não se Kirshin pudesse impedir.

Ação: Ataque de Kirshin - Arremesso de Azagaia - Força 4 / Destreza 1 + 2 de Bônus por fazer pontaria e pelo tamanho do oponente. (Sucesso)

Kirshin que observava tudo a alguns metros de distância e fazia pontaria com sua azagaia aguardando o momento certo para atacar, decidiu que era hora de agir. Segurando sua respiração por alguns segundos e torcendo para acertar, o meio-demônio arremessou a pequena lança com força. No exato momento que o gnoll levantou os braços para dividir Lyza ao meio com seu machado, a lança de Kirshin acertou-o em cheio no tórax, por causa da força do meio-demônio o arremesso conseguiu fazer a ponta da lança penetrar inteiramente no peito da criatura causando um ferimento sério.

O monstro cessou seu ataque a Lyza que encontrava-se desamparada no chão e com o braço inutilizado, urrando de dor o gnoll encarou Kirshin, seus olhos amarelos brilhando de ódio. A criatura ameaçou dar um passo a frente em direção a Kirshin e pisoteando Lyza, mas assim que levantou a perna para pisotear a ceifadora, uma enorme espada acertou-o em cheio na altura da cintura e o dividiu ao meio. Sangue e tripas voaram por toda parte e Lyza em espacial banhou-se com a mistura de sangue, orgãos, comida semi-digerida e fezes que saltaram de dentro do corpo do gnoll no momento que este foi cortado ao meio.

A batalha estava acabada, eles haviam sobrevivido, os três, Lyza, Kirshin e Aldarion. Vivos e feridos. Kirshin tinha um ferimento grave na perna e decidiu que agora que a batalha havia acabado era hora de cuidar do sangramento que começava a incomodar. Olhou para sua perna e viu que esta estava encharcada de vermelho. Usando o manto de um dos soldados mortos, ele conseguiu criar uma atadura.

O ferimento de Lyza por sua vez era muito mais sério, agora que a batalha havia acabado a jovem pode ver que seu braço só estava preso ao corpo por pura sorte. O golpe do gnoll havia cortado seus músculos a tal ponto que era possível ver o osso. Ela precisaria de tratamento médico rápido e de preferência auxílio mágico ou perderia o braço. Aldarion vendo o estado da jovem se prestou a ajudá-la, o guerreiro se agachou ao lado da jovem e removeu de um compartimento preso ao seu cinto um frasco com um líquido, uma espécie de unguento. Lyza gemia e não conseguia conter um choro ao ver o ferimento e sentir toda aquela dor, a ideia de poder perder seu braço era desesperadora e a jovem  colocava a mão em cima da ferida desesperada.

Tamanho era o desespero de Lyza que a jovem não deixava Aldarion prestar seu auxílio, irritado o guerreiro removeu a mão de Lyza e livre derramou o unguento sobre o ferimento. O que Lyza sentiu foi um alívio imediato, a dor no braço sumiu em um piscar de olhos e o sangramento cessou.

- Esse unguento vai conter o sangramento e uma infecção, comprei de um xamã que mora em Endless. Temos que te levar pra uma cidade o mais rápido possível ou você vai perder seu braço. Se não me falhe a memória Calm está há pelo menos um dia daqui. - Disse o guerreiro agora fazendo uma atadura no braço de Lyza de forma a cobrir toda a abertura da ferida e manter o braço imóvel, chegou até mesmo a passar a atadura sobre o pescoço da jovem para ter certeza que o membro ficaria imóvel.

Aldarion olhou para Kirshin e viu que este havia se cuidado e parecia bem dentro do possível. O meio demônio agora caminhava apoiando-se sobre um bastão. Kirshin observou Aldarion e viu que o mesmo não estava bem como aparentava, sua armadura estava cheia de buracos, cortes e amassados, em alguns pontos haviam flechas fincadas, o meio-demônio percebeu que o guerreiro estava sangrando em alguns pontos.

- Vamos! Não temos tempo a perder, temos que sair daqui antes que apareçam mais gnolls. - Disse o guerreiro oferecendo apoio para Lyza. - Pegue a foice dela. Temos que nos apressar, temos que achar abrigo antes do anoitecer e rezar aos deuses para que não caia uma nevasca.

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Mensagem por Kamui Black Seg Abr 28, 2014 6:14 pm


- C09 -



Kirshin não poderia deixar Lyza morrer daquela maneira. Não que realmente se importasse com a vida da mulher, mas a verdade era que, apesar de todos os seus defeitos, não era do feitio do meio-demônio abandonar seus companheiros de batalha quando podia fazer alguma coisa para ajudá-los - desde que isso não o colocasse em uma situação claramente mortal. E ele tinha a posse de uma azagaia em sua mão e o momento para utiliza-la era aquele.

Vamos lá, perfure-o! E o projétil realmente perfurou a armadura, o couro e a carne do inimigo. Um sorriso de satisfação curvou os lábios do meio-demônio e ele se preparou para enfrentar a criatura se ela viesse contra ele. Ele apenas não temia ter que confrontá-la pelo simples fato de que sabia que Aldarion iria interrompê-lo a qualquer instante. E o guerreiro não só o interrompeu como também acabou o serviço ao cortar o gnoll gigante ao meio.

A batalha estava ganha, mas os desafios ainda não estavam no fim. Kirshin estancou seu ferimento e, enquanto Aldarion tratava do de Lyza ele apressou-se para saquear o que restava da caravana. Sabia que não tinha muito tempo e foi rápido com aquilo. Primeiro verificou se Samuel trazia algo de valor consigo, tal como alguns Lodians, joias, ou mesmo qualquer tipo de item mágico. Qualquer coisa que encontrasse, manteria apenas para si. Porém, caso alguém requisitasse sua parte do espólio, cederia; afinal de contas, todos ali ajudaram a combater o inimigo.
Realmente é uma pena ter que abandonar tudo isso aqui, mas nossas vidas são mais importantes. Em seguida, pegou o que poderia carregar de comida e procuraria rapidamente por uma outra espada bastarda para substituir a sua. Caso não encontrasse nenhuma, ficaria com uma outra espada longa, um machado de uma mão, ou qualquer outra arma que lhe parecesse valiosa ou de boa qualidade e que ele pudesse utilizar. E então o meio-demônio desatou o cavalo da carroça e caminhou até onde estava Aldarion e Lyza.

- Lyza, é melhor que você siga no cavalo. Apesar do fato de eu estar mancando devido ao ferimento na perna, o seu parece ser bem mais grave. Se não se sentir segura com um braço só para cavalgar, podemos amarra-la na sela e alguém conduzirá o animal. Podemos levar a comida carregada no cavalo, também.

Em seguida, fez como Aldarion sugeriu e pegou a foice da moça. Tentou três golpes rápidos para se acostumar com a arma. Talvez não fosse tão bom como a garota em seu manejo, mas se adequar ao peso e ao balanço da arma poderia ser útil caso ele visse uma vantagem em utilizá-la.

- Aldarion, você que conhece essas criaturas... Elas são comuns nesta região? - Perguntou ao guerreiro enquanto seguiam a viagem. - Devo confessar que a ilha de Lodoss me é estranha em muitos sentidos, uma vez que apenas conheço bem Takaras, mas pensei que Hilydrus fosse um lugar mais seguro que isso que vimos aqui.

O ferimento na perna castigava Kirshin e, embora ele soubesse que iria se curar sozinho, sabia, também, que isso não seria da noite para o dia. O frio, a dor, o cansaço eram terríveis. A sensação de ter falhado na missão também não era das melhores, uma vez de que ele gostava de executar qualquer serviço mercenário que fizesse de maneira satisfatória. Tudo o que Kirshin mais queria naquele momento era um lugar quente para passar a noite e deixar aquele dia para trás. Mas será que seria fácil conseguir o que desejava?


Uma caverna, uma casa abandonada, uma torre em ruínas, qualquer coisa que possa espantar o vento e abrigar uma fogueira irá servir. Era o que permeava a mente de Kirshin enquanto ele ajudava Aldarion a procurar um abrigo.



Off - Gold, meus status estão errados, ou você esqueceu de atualizar. Kirshin tem 51% de PV's e 50% PE's, segundo meus cálculos. E também não esta mais sangrando.

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Mensagem por Lyza Simons Seg Abr 28, 2014 9:36 pm


Despair

Quem dera Lyza pudesse dizer que ao derrotar a criatura o pesadelo teria enfim terminado, mas o destino havia lhe reservado mais uma surpresa. Após tantos anos, Lyza havia se esquecido como a vida pode ser impiedosa até para os bondosos, ou aqueles que ao menos tentam seguir algum valor moral. Mas o destino, infelizmente sempre lhe fazia o favor de lembrar das maneiras mais penosas possíveis, o quanto ela poderia se arrepender de tomar certas atitudes. Aconteceu de forma e quase instantânea, assim que a maga chegou a seu alvo e o atingiu, este pareceu esquecer que Aldarion existia, e parte do plano da mulher estava concluído, ela só não contava que o ser monstruoso tentaria mata-la logo em seguida e de forma tão rápida. Sem a opção de bloquear aquele ataque, tudo que ela poderia fazer era tentar esquivar, mas não obteve sucesso total em sua manobra, resultando em um grave corte em seu braço, que por muito pouco não arrancou seu membro fora. Completamente desnorteada pela dor intensa e a sensação de dormência tomando seu braço aos poucos, ela sentia que morreria em breve, o monstro não teria piedade de um alvo tão fácil. Ela deu uma ultima olhada em direção a criatura e já quase chorando, ela fechou os olhos e aguardou o golpe de misericórdia. O que ela ouviu foi um grunhido, algo monstruoso, colossal, que a fez abrir os olhos novamente, e ao ver a cena ela sentiu um alivio momentâneo, estava salva, por enquanto.

Lyza agora tinha uma nova preocupação em mente, passado o calor da batalha, ela notara o quão sério havia sido seu ferimento, ao ponto de perder completamente a compostura e se desesperar a frente de seus companheiros. Ela chorava e tentava segurar o ferimento, como se o seu braço fosse cair a qualquer momento se ela não fizesse algo. Aldarion correu para socorrer a mulher, que de inicio recusou, estava muito aflita para raciocinar corretamente, um guerreiro bruto como Aldarion certamente assustava mais ainda Lyza, que tinha medo até de se mover demais para que seu braço permanecesse no lugar. A muito custo, Aldarion conseguiu aliviar a dor e parte do desespero de Lyza, o unguento derramado pelo guerreiro estancou sua hemorragia e preveniria também contra uma possível infecção. Mas o desespero de ainda ter seu membro perdido lhe afligia de tal forma, que ela demorou vários minutos para recobrar o controle sobre si mesma e começar a pensar de forma mais sã. – Obrigada... Aldarion... Obrigada por me salvar... Você também Kirshin. – Ela apenas podia agradecer aos seus salvadores por estarem fazendo o possível para que ela saísse dali com vida, e só podia rezar para que a senhora do destino não a fizesse uma nova e infeliz surpresa durante sua ida para Calm. Após os agradecimentos, tudo que Lyza fez foi ouvir ao que os outros lhe diziam, não sabia o que fazer naquela situação e a aflição não a deixaria pensar corretamente por ainda mais algum tempo. – Eu não... Não conseguirei sozinha. – Respondeu um pouco envergonhada ao meio demônio, talvez por estar se achando um peso para a continuação da viagem dos guerreiros.

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Mensagem por NR Nayruni Qui maio 01, 2014 7:36 am

@ Lyza e Kirshin

Agora que haviam sobrevivido a batalha e se recuperado do choque inicial, os aventureiros decidiram que sairiam dali o mais rápido possível. Kirshin teve a brilhante ideia de usar o cavalo que havia sobrevivido ao ataque, solto o animal das amarras que o prendiam a carroça e mancando levou-o até Aldarion que colocou Lyza ainda muito abalada em cima do animal.

Enquanto a jovem aguardava em cima da montaria segurando seu braço ferido, Aldarion e Kirshin saqueavam a caravana. Kirshin conseguiu pilhar do corpo do chefe da caravana dois anéis de ouro, um colar de ouro e uma bolsa com 500 lodians. Ele não sabia o valor das joias, teria que mostrar a um joalheiro para uma avaliação. Também conseguiu encontrar na caravana uma espada longa de boa qualidade, armaduras leves de cota de malha e escudos, poderia pegar o que quisesse. Só havia um problema, todos os objetos da caravana possuíam o símbolo do Exército de Hilydrus, as armas dos mercenários mortos por outro lado, eram idênticas as armas do carregamento com exceção de que estas não tinham nenhuma marcação. Outro detalhe importante era que as espadas do exército pareciam ser de qualidade superior. Caberia a Kirshin decidir o que levar.

Aldarion por sua vez decidiu levar mantimentos e bandagens colocando-os no cavalo. Terminados os saques, o guerreiro se virou para Kirshin e o encarou focando a forma como este caminhava.

- Seu ferimento na perna é bem sério. Suba no cavalo e fique junto de Lyza, eu irei a pé e puxarei a montaria. Esse animal é forte e vai suportar a viagem. Neste frio não podemos nos arriscar a forçar nossos ferimentos, a hipotermia é fatal.

Kirshin decidiu não desacatar Aldarion e subiu no cavalo, sentiu-se aliviado por não precisar mais forçar seu ferimento. Com um dos braços segurava Lyza para ter certeza de que ela não cairia e com o outro segurava a foice da garota. Lyza permanecia em silêncio, parecia ainda muito abalada com tudo aquilo ainda mais com seu braço que se tornava cada vez mais gelado e rígido. Ela não o sentia mais, talvez fosse tarde demais, mas preferiu ficar em silêncio e torcer para que Aldarion encontrasse ajuda.

Kirshin aproveitou o momento e perguntou a Aldarion sobre os gnolls.

- Sim eu conheço essas criaturas, são saqueadores e costumam habitar savanas, planícies ou florestas temperadas. Jamais imaginei ver essas criaturas em uma região de clima ártico, isso é muito estranho. Gnolls são carniceiros covardes e sentem fome o tempo todo, eles comem de tudo, até humanos. Eles são bem fortes e um pouco resistentes, mas são burros e têm pouca estratégia apostando em sua força física e vantagem numérica para vencer seus combates. - O guerreiro respondia a Kirshin enquanto puxava o cavalo.

Depois das explicações de Aldarion houve apenas o silêncio. O trio agora estava em um vale com montanhas a frente e florestas nas laterais, estavam no centro de tudo aquilo em uma vastidão branca. Kirshin observava Aldarion marchando sobre a neve resoluto, parecia que a quantidade enorme de ferimentos que certamente marcavam seu corpo não o afetava. Depois de algumas horas sem nenhum motivo aparente, Kirshin e Lyza viram Aldarion cair de joelhos na neve, o guerreiro então usou a própria espada para se apoiar.

Os dois companheiros perguntaram se estava tudo bem com ele, Aldarion apenas sacudiu a cabeça positivamente e então tossiu bastante. Lyza e Kirshin tiveram a impressão de ver o guerreiro cuspir sangue. Passado o susto, ele se ergueu e continuou a marchar, a marcha começou a se estender exaustivamente por horas e tanto Kirshin quanto Lyza tiveram que compartilhar uma manta que Aldarion havia pego da caravana antes de partirem. Finalmente depois de uma longa marcha o brilho do sol desvaneceu dando lugar ao manto negro da noite.

O frio se tornou mais intenso e um vento gélido começo a uivar castigando os aventureiros. Aldarion continuava marchando impressionantemente resoluto como se nada daquilo o afetasse. E então veio o pior, uma nevasca que a princípio era fina mas em poucos minutos tornou-se grossa e pesada, era impossível enxergar além de poucos metros. O gigante de aço que guiava a montaria finalmente encontrou seu limite e simplesmente parou de andar, quando Lyza e Kirshin o observaram viram o guerreiro tombar para frente desfalecido.

Para piorar ainda mais a situação, não apenas Aldarion tombou, mas também o cavalo que carregava os aventureiros. Lyza e Kirshin caíram na neve fofa desamparados. Parecia que os 3 encontrariam seu fim ali, então em meio ao breu da noite e a forte nevasca que caiam todos puderam ver um brilho dourado surgir a poucos metros, eles não sabiam o que eram e estavam fracos demais para sequer se levantar. Kirshin era o que estava em melhor estado e com muito esforço conseguiu ficar de pé e de espada em punho. Lyza apenas observava exaurida pelo cansaço e pela perda de sangue que sofreu.

O brilho se aproximou dos aventureiros e todos puderam ver um contorno humanoide, o brilho dourado era tamanho que atravessava até mesmo as trevas da noite e a cortina de neve e frio que turvava a visão e a vida dos viajantes. Quando finalmente estava a poucos passos todos foram capazes de enxergar o que era aquilo, uma mulher, uma belíssima elfa de pele alva e trajando uma armadura dourada reluzente. A mulher brilhava como uma estrela de esperança em um céu negro de agonia e desespero.

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- Por Tyr! Vos estais morrendo! - Disse ela com uma voz que era ao mesmo tempo firme e doce carregada de um sotaque incomum. - Não me temas, eu serei vossa salvadora esta noite em nome de Tyr. - A mulher então se aproximou mais ainda dos aventureiros, Kirshin e Lyza sentiram que a aura dela emanava calor, compaixão e bondade. A sensação era tão boa que o meio-demônio guardou sua arma.

A mulher se aproximou então de Kirshin e tocou-lhe no ombro, uma onda de energia dourada percorreu seu corpo e ele sentiu a dor da perna desaparecer junto com o frio, mesmo com toda a neve caindo sobre ele, ele se sentia refrescado. Notou com espanto que seu próprio corpo agora estava coberto com uma tênue aura dourada, deduziu que era aquilo que o mantinha protegido do frio mortal. Tomado de certeza Kirshin removeu sua atadura e com grande surpresa viu que onde antes havia um ferimento, agora havia apenas a pele nua no buraco que a lança havia feito em suas vestes.

Enquanto ainda tentava entender tudo aquilo Kirshin viu a elfa de armadura dourada se aproximar do cavalo cansado e de Lyza, observou-a erguer um amuleto com um símbolo desconhecido e então apontar para o cavalo.

- Em nome de Tyr, eu te ordeno garanhão, levanta-te para salvar a ti e a teus senhores. - Disse a mulher com firmeza.

E o animal se levantou agora também envolto pelo brilho dourado. A elfa agora se virou para Lyza que ainda encontrava-se desamparada no chão e a tocou, a mesma coisa que acontecera com Kirshin ocorreu com ela e a jovem sentiu seu braço ganhar vida novamente. Olhou para o ferimento e viu que ele não existia mais, seu braço que outrora estava morto e congelado agora estava quente e saudável. Sentiu uma enorme alegria explodir em seu ser, estava contente por ter recuperado o seu braço. Assim como Kirshin e o cavalo ela também estava agora envolta pelo brilho dourado e não se incomodava mais com o frio.

Faltava apenas Aldarion, a elfa aproximou-se dele e viu que seu estado era muito mais grave do que aparentava.

- Este homem está a beira da morte, precisamos socorre-lo rapidamente ou ele perecerás. Por hora conseguirei apenas protegê-lo do frio como fiz com vos. Ajuda-me a pô-lo no garanhão.

Sem pensar duas vezes, Kirshin e Lyza ajudaram a misteriosa mulher a colocar Aldarion em cima do cavalo, agora ele também estava envolto pela aura dourada e portanto encontrava-se longe do perigo do frio.

Sigam-me vos ao meu abrigo. - Sem mais palavras, a mulher começou a andar. Lyza e Kirshin seguiram puxando o cavalo.


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Mensagem por Kamui Black Sex maio 02, 2014 3:59 pm


- C10 -



Tsc. Todas com emblema do exercito... Pra mim de nada servirão. Kirshin decidiu deixar as armas e armaduras do exercito para trás, pois não desejava chegar a Calm e ser interrogado para saberem qual o motivo de estar carregando aquelas armas. Apesar disso, pegou uma segunda espada longa de um mercenário e colocou-a embainhada no lado oposto à que havia pego anteriormente. O saco de moedas e as joias de ouro ele guardou em sua mochila, mais tarde tentaria vender as joias.

Quando Aldarion sugeriu que ele cavalgasse junto de Lyza ele acabou concordando. Não gostava de demonstrar fraqueza, mas sabia que apenas atrasaria o grupo se insistisse em andar. Além disso, havia outra vantagem. Para manter a moça sobre o cavalo, Kirshin envolveu sua cintura com o braço esquerdo e forçou-a contra seu corpo. O calor do corpo feminino era agradável, principalmente de uma garota atraente como Lyza.

Conforme avançaram Kirshin começou a se preocupar com a saúde de Aldarion. Sabia como o homem era forte, mas o frio e os diversos movimentos certamente o estavam afetando muito. Quando ele tossiu sangue, então, a preocupação tornou-se ainda maior. Amaldiçoou-se mentalmente por ser tão fraco. Se fosse seu pai ali naquela imensidão gelada ele estaria rindo do frio como ele não fosse nada. Mas seu pai era um demônio com incontáveis anos de existência e ele apenas um jovem mestiço.

Quando a nevasca teve inicio, Kirshin começou a pensar que realmente seria o fim de suas vidas. Sua esperança era que sua perna estivesse melhor. Mas, mesmo se estivesse ele não saberia para onde ir naquela nevasca impiedosa.
Maldição! Sobreviver aos gnolls para terminar assim!

E, então, Aldarion tombou para frente, inconsciente. E antes mesmo de Kirshin cogitar a hipótese de coloca-lo sobre o cavalo e tomar o lugar do guerreiro, o animal também tombou, derrubando-os na neve. Foi quando ele viu um brilho dourado a frente. Obrigou-se a ficar em pé, mesmo sob o protesto de todos os músculos de seu corpo. Desembainhou a espada e preparou-se para o combate. Certamente iria preferir morrer lutando que congelado na imensidão de neve.

Mas aquela elfa que surgiu não era uma inimiga e ele embainhou a espada novamente. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa ela tocou-lhe no ombro e uma sensação agradável e reconfortante tomou conta de seu ser. Aquilo certamente era magia. Possivelmente uma magia que ele próprio nunca poderia vir a aprender, mesmo que se esforçasse para isso, pois lhe parecia uma magia boa e regenerativa, fora das capacidades dele, que era um ser moldado para a destruição. Além dos ferimentos curados, sentia-se quente e confortável, mesmo com toda aquela neve caindo a sua volta.

Viu que ela também estava curando Lyza e fazendo com que o cavalo se erguesse novamente. Em seguida ela aproximou-se de Aldarion e colocou sua proteção dourada sobre ele, mas por algum motivo ela não havia sido capaz de curá-lo como fez com os outros dois. Kirshin, com grande esforço e com ajuda de Lyza, colocou o guerreiro sobre o cavalo e então eles seguiram com a elfa para o que ela chamava de abrigo.

- Eu sou Kirshin e devo dizer que sou muito grato por ter nos salvado. - Disse, um pouco relutante em ter que agradecer uma outra pessoa. Poderia me dizer o seu nome e, se perdoar minha curiosidade, o que fazia em um local tão desolado durante uma nevasca como esta? - Seu tom era brando e quase sem nenhuma emoção, mas esforçava-se para não soar rude com a estranha elfa de armadura dourada.

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Mensagem por Lyza Simons Sex maio 02, 2014 6:47 pm


An angel to save her.

Lyza já não sentia mais seu braço do ombro para baixo, era como se ele tivesse congelado completamente, nem mesmo podia move-lo. Por dentro ela só se desesperava ainda mais, mas por fora, mantinha sua postura para não incomodar ainda mais seus companheiros feridos da batalha. Ela seguiu em completo silencio em cima do cavalo, Kirshin logo atrás segurando-a enquanto Aldarion guiava o cavalo onde os dois estavam pelo solo. Aldarion, a contrario de Lyza e Kirshin, parecia estar em situação bem melhor que a nossa, exceto quando subitamente este parou e se inclinou em direção ao chão, Lyza pensou tê-lo visto tossir sangue naquele momento, mas preferiu não colocar mais pensamentos ruins em sua cabeça afim de não perder o controle de si novamente. Eles continuaram a viagem de forma lenta, e gradualmente a neve começava a cair com mais intensidade, o vento começava a soprar mais forte e pouco a pouco a geada tornava-se uma forte nevasca. A situação dos guerreiros só piorava a cada minuto, mas Lyza manteve as esperanças até o ultimo minuto, quando finalmente tudo pareceu desmoronar a sua volta. Primeiro foi a vez de Aldarion cair ao chão, de bruços, como uma estatua. – ALDARION? ALDARION! – A mulher gritou inutilmente, ele não respondia, nem movia um músculo. Morto? Talvez. Logo em seguida foi a vez de seu cavalo, extremamente casado, ele tombou, fazendo com que Kirshin e Lyza caíssem na neve, sem chances, sem esperanças. Este foi o momento em que ela finalmente deixou a postura de lado e se desesperou. Ela olhou nos olhos de Kirshin, pensou em lhe dizer algo, mas tinha medo... Olhou para todos os lados, talvez esperasse algum milagre, segundos se passaram e nada, até que um brilho surgiu no horizonte.

Em meio a toda aquela nevasca, onde eles mal podiam ver um metro a frente de si, um brilho forte vinha em sua direção. Seria este o milagre que Lyza esperava? Sim, era este mesmo. Ao se aproximar mais, a maga notou que se tratava de um humanoide, todo seu corpo brilhava como o sol ao amanhecer, era uma luz que irradiava com tanta força que ultrapassava até mesmo a quantidade de neve e os ventos fortes da tempestade. O ser se aproximou e logo revelou sua identidade, era uma linda elfa de cabelos castanhos, aparência deslumbrante, era literalmente um anjo que viera os salvar. Lyza não pode evitar de sorrir largamente ao ver que ela estava ali para os salvar, e observou em silencio cada uma de suas ações, até que finalmente chegou sua vez de ser ajudada. Assim que a elfa tocou sua cabeça, ela fechou os olhos e pôde sentir o calor fluir por seu corpo novamente, e seu braço estava de volt, como era antes, vivo e inteiro. Maga tirou suas ataduras apenas para confirmar que já não havia injuria nenhum em seu membro. – Agradecemos muito. Você precisa ajuda-lo também, não pode fazer nada por ele? – Falou se aproximando mais do corpo de Aldarion, sua primeira ação foi ver se ele ainda respirava e confirmando isso, bem de perto foi que ela notou o estado em que ele se encontrava. Sua armadura estava bem avariada e amassada, indicando que ele havia levado toda sorte de golpes durante a batalha. “O quanto será que ele está ferido por dentro? Deve ter aguentado por tanto tempo que agora seu corpo está quase em colapso.” Ela olhou nos olhos da elfa e assentiu quando esta pediu que a ajudassem. Com Aldarion no cavalo, eles seguiram a elfa até onde ela os levaria, e aproveitou a deixa para se apresentar também, como havia feito Kirshin. – Me chamo Lyza. Lyza Simons.

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Mensagem por NR Nayruni Sex maio 09, 2014 10:58 am

@ Lyza e Kirshin

Os aventureiros caídos vítimas da exaustão e do frio observavam estupefatos aquela misteriosa figura dourada que afastava o frio e curava suas feridas. Envoltos por uma luz dourada que cobria seus corpos como um suave manto de seda, os aventureiros agora seguiam com novo vigor sendo guiados pela elfa que caminhava a frente, a luz que emanava de seu corpo em meio a escuridão era intensa, fugaz e vibrante. Em meio a torrente de fúria branca os ventos da tempestade uivavam furiosos como se ganhassem vida para atacar em nome das montanhas aqueles que ousavam desafiá-las.

A nevasca jogava sobre os aventureiros grandes quantidades de neve enquanto que os ventos envolviam seus corpos fazendo seus mantos esvoaçarem furiosos, era como se a morte gélida tentasse com suas garras frias vencer o brilho dourado que reluzia tenuamente sobre seus corpos afastando a ameaça do clima hostil. Em meio aos gritos da ventania furiosa, Kirshin e Lyza tentavam conversar com a estranha mulher, mas a mesma fez um sinal pedindo silêncio seguido de outro pedindo que eles continuassem seguindo-a.

Não se sabia para onde ela os estava guiando, o lugar para onde rumavam era tão misterioso quanto a própria mulher. Mas ainda assim era melhor seguir aquela que se tornara a salvadora de suas vidas do que permanecer ali. Depois de uma curta caminhada que para Lyza e Kirshin pareceu uma eternidade, finalmente eles alcançaram o destino, em meio ao vale que antecedia as montanhas, havia um bosque de pinheiros que se sacudiam agitados como guerreiros batalhando contra a tempestade. A medida que adentravam no bosque os aventureiros conseguiam ver por entre os vigorosos troncos daquelas árvores uma cabana, uma larga casa de um único andar e completamente coberta de neve de modo que esta quase confundia-se com um pequeno monte.

A mulher continuou andando resoluta rumo à estrutura, quando o grupo se aproximou até estar a poucos passos de distância do que parecia ser o objetivo. Um vulto negro surgiu de trás da construção surpreendendo a todos, em meio a neve e a escuridão a única coisa que os aventureiros conseguiram discernir com seus olhos de pavor era o tamanho e a forma humanoide da criatura que media pouco mais de dois incríveis metros. Lyza e Kirshin cessaram seu movimento enquanto suas mãos buscavam os cabos de suas armas.

Senhora você voltou! Fiz como ordenou e removi a neve da entrada da dispensa. – Gritou o vulto com sua voz poderosa que mais parecia como um trovão em meio à tempestade.

Nobre Hangrim, guardai o cavalo na despensa pois este homem esta gravemente ferido e necessita de socorro imediato. – Respondeu a elfa de armadura dourada.

O gigante não respondeu com palavras, atendendo aos comandos da mulher ele se aproximou mais do grupo e então todos puderam vê-lo melhor. Tratava-se de um humano muito alto e robusto, tão alto que mais um pouco poderia ser facilmente confundido com um gigante. Seu corpo era largo como o de um búfalo e estava completamente coberto com várias peles costuradas que formavam uma eficiente vestimenta protetora, o rosto do homem era fartamente ornamentado por uma espessa barba negra que pendia até seu peito enquanto mantinha a boca completamente oculta. Seus cabelos desgrenhados e igualmente negros eram tão grandes quanto a barba e caiam por sobre os ombros.

O homem se aproximou e tomou as rédeas do cavalo das mãos de Kirshin que ainda segurava a sua espada apreensivo. De posse do cavalou começou a guiá-lo até sumir com ele atrás da casa, mas antes que o gigante levasse o cavalo o mesmo permitiu a Lyza e a Lisbeth removerem Aldarion de cima da montaria. Apressadamente o trio entrou na casa carregando Aldarion, dentro encontraram uma lareira acessa, um chão simples de madeira coberto por um tapete de pele de urso e paredes feitas de toras de pinheiro encaixadas. No ar o cheiro gostoso de sopa dominava o ambiente dando pistas sobre o conteúdo de uma panela que borbulhava sobre a lareira.

Ajudai-me a remover a armadura do guerreiro para que eu possa salvar-lhe a preciosa vida. – Pediu a elfa.

Com uma pressa motivada pelo medo de ver Aldarion morrer, Lyza e Kirshin removeram a armadura de metal do guerreiro e o que viram por baixo os surpreendeu com um espanto de horror. Por baixo da armadura Aldarion vestia um perponto, uma camada de couro macia que servia para tornar a armadura mais confortável por dentro, o perponto normalmente marrom, encontrava-se banhado em sangue revelando que Aldarion estava sangrando mortalmente o caminho inteiro.

Por Tyr! O estado dele é grave. – Constatou a elfa agora removendo também o restante das vestimentas do corpo do guerreiro até deixá-lo completamente nu.

Nesse instante a porta da casa se abriu e entrou por ela Hangrim sendo seguido pelo vento gélido que invadia juntamente com alguns flocos de neve antes de ser expulso novamente com o fechar da porta. Agora que estava nu, todos podiam ver melhor a gravidade dos ferimentos do guerreiro, sete flechas estavam fincadas em seu corpo, cortes e contusões se espalhavam fartamente e um buraco na barriga aberto por uma lança deixava vazar boa parte da vida vermelha do guerreiro. Era inacreditável que mesmo com todos os ferimentos ele havia sobrevivido e ainda guiado o cavalo por uma boa parte do percurso.

Precisarei remover as flechas de seu corpo antes de aplicar a cura devida. Ajudai-me, Hangrim trazei-me medicamentos. Lyza, fazei um torniquete ao redor do abdômen do homem afim de evitar maiores perdas de sangue. Kirshin, trazei-me aqueles panos brancos que ali estão pendurados.

Ninguém questionou as ordens da mulher e logo todos se prestaram em silêncio a realizar suas tarefas. No momento que Lyza terminou de envolver o abdômen do guerreiro com uma corda que lhe fora dada por Hangrim, ela percebeu com espanto que o espadachim havia acordado.

N... Não... Sabri... na... Te a-amo. – Disse ele com extrema dificuldade vertendo sangue pela boca.

A elfa rapidamente silenciou-o colocando sua mão suavemente sobre a boca do guerreiro.

Confiai tua vida a mim nobre espadachim, pois em nome de Tyr eu vos trago a providência divina para salvar-te. Agora descansai, poupe vosso fôlego.

Aldarion não questionou, manteve-se quieto, desperto e em silêncio, nem mesmo quando a mulher começou a remover as flechas e lascas de ferro e madeira fincadas em seu corpo ele esboçou qualquer som além de grunhidos baixos. Finalmente com o corpo livre de objetos, a elfa tocou Aldarion e com uma prece rogada em uma língua estranha da qual a única palavra reconhecida por todos foi “Tyr”, Kirshin e Lyza puderam ver com espanto as feridas no corpo do guerreiro desaparecerem completamente deixando em seu lugar a pele manchada de sangue. Curado o guerreiro se sentou puxando um pano branco da mão de Kirshin para usá-lo afim de tampar-lhe o sexo, mas não foi preciso muito tempo para que Hangrim desse calças e uma camisa de algodão ao guerreiro que as vestiu com uma pressa motivada pelo constrangimento. Com a ameaça da morte afastada dos aventureiros, a dama élfica se levantou e fez uma reverência curvando-se diante de todos.

Me chamo Lady Lisbeth e estou à disposição de vos. – Disse ela apresentando-se. – Sou uma serva de Tyr, senhor da justiça, por favor fiquem a vontade para perguntarem o que desejarem.

Caberia agora os aventureiros realizarem todas as perguntas que quiserem.

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Mensagem por Kamui Black Dom maio 11, 2014 9:58 am


- C11 -



O vento e a neve eram furiosos e Kirshin não queria nem imaginar o frio que sentiria caso não fosse a magia. Mais de uma vez ele pensou em quão útil seria aprender um pouco das artes arcanas. Mas isto teria que esperar para outro momento, pois ainda não confiava totalmente naquela estranha elfa.

Quando se aproximaram da grande casa e viram o gigante ali parado, Kirshin teve que se conter para não desembainhar a espada. No final, seus temores provaram-se infundados, pois o grandalhão que atendia pelo nome de Hangrim era um dócil servo da elfa de armadura dourada.

Dentro da residência eles ajudaram na a curar o guerreiro. Ao removerem sua armadura perceberam o quanto ele estava ferido e o porque de ela não o ter curado no local como havia feito com eles.
Realmente é inacreditável que tenha sobrevivido tanto tempo nessas condições. Se não fosse essa estranha mulher certamente não estaríamos vivos.

Ela, então, apresentou-se como Lady Lisbeth. Serva de Tyr? Não conhecia esse deus. Conheço Janiya, que esta adormecida sob o templo em Takaras e aquele tal Zaltar, seu inimigo, mas desse tal Tyr nunca ouvi falar. Apesar dos pensamentos que permeavam a mente de Kirshin, eles nada tiveram a ver com as atitudes do meio-demônio. Ele caminhou ate Lyza e  enregou lhe a foice.

- Acho que isto será útil se quisermos chegar até Calm.

Após isso, voltou-se para a salvadora do grupo.

- Eu sou Kirshin, um mercenário. - Respondeu sem a certeza de que ela havia ouvido quando disse na tempestade. - Sou grato por salvar nossas vidas e nos trazer em segurança para a sua residência. Se houver algo ao meu alcance para te recompensar basta dizer.

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Mensagem por Lyza Simons Qua maio 14, 2014 9:24 pm


Lady Lisbeth

Quem poderia imaginar que em meio uma tempestade furiosa como aquela, um ajo viria para salvar o grupo. Lady Lisbeth surgiu como uma verdadeira aparição divina aos três guerreiros, aliviando-os de seus fardos e livrando-os da morte certa pelo frio. Lyza ficou quieta boa parte do caminho, principalmente quando a elfa pediu que fizessem silencio, certamente deveria haver algum custo para a mulher manter aquele feitiço sobre eles, mas Lyza ficava imaginando para onde ela os estaria levando. Seja onde for, com certeza era um lugar melhor que aquela maldita nevasca. Ao caminharem por mais um tempo, sendo açoitados pelos ventos fortes, mesmo não sentindo frio, ainda havia a resistência que seus corpos produziam contra a ventania, esta que parecia perceber que estavam protegidos e batia cada vez mais forte para ver se os arrastava para longe, como folhas voando ao vento. Minutos de caminhada, que mais pareceram horas para a maga, e finalmente eles encontraram algo diferente, uma floresta de pinheiros e ao longe um monte gelado. As arvores ajudavam a bloquear uma parte da neve que caía, melhorando um pouco a visibilidade, e assim Lyza pode ver o que havia entre as arvores, uma cabana. Era uma casa simples e pequena, que parecia estar sendo quase toda engolida pela neve branca.

Lyza sentiu um alivio imediato por finalmente estarem perto de algum lugar mais seguro que o lado de fora, agradeceria à mulher eternamente mesmo que ela os levasse a uma caverna úmida, desde que não tivessem mais que enfrentar o frio e a caminhada na neve. Mas a mulher não deixou de ficar muito surpresa ao ver quem se aproximava do grupo. Um ser grande, talvez um gigante das montanhas corria na direção deles. Lyza se permitiu ficar bastante preocupada, mas invés de tomar qualquer atitude precipitada, olhou primeiramente para Lady Lisbeth. Esta parecia não esboçar nenhuma emoção contraria, o que era bastante estranho vistoa situação em que estavam. Lyza olhou novamente para o gigante então ouviu suas palavras... “Ele é aliado, não inimigo...” Sua preocupação sumiu novamente, dando lugar a mais alivio. Eles estavam enfim salvos.

Finalmente dentro da cabana, era hora de prestar o socorro necessário a Aldarion, Lyza não tinha ideia do quão ruim era seu estado até terem tirado sua armadura. A mulher virou seu rosto por algum tempo, mesmo estando acostumada a ver coisas piores, ainda era uma visão terrível, e ainda saber que ele estava vivo e sofrendo com tantas injurias. Lyza ouviu a todas as instruções e acatou prontamente, quanto mais rápido agissem, maiores seriam as chances de salvarem a vida de Aldarion. “Será que ela poderá salva-lo também?” Uma duvida surgia em sua mente, mas ela não permitiu que este pensamento tomasse conta de sua cabeça. Ela deveria ter esperanças de que Aldarion ficaria bem, caso contrario... Bem, ela não fazia ideia de onde estava, nem como faria para voltar, mas certamente não haveria mais missão sem Aldarion com eles. Foi nesse instante que o guerreiro acordou, ele tentava dizer algo, mas foi rapidamente impedido pela elfa, que pedia com bastante educação e calma, que ele se acalmasse e esperasse pela cura que viria em breve. “Sabrina... Ele deve amar muito esta mulher...” Pensar numa pessoa durante seu leito de morte era algo ao qual Lyza talvez não tivesse permissão, no máximo, poderia lembrar-se de sua filha adotiva, a querida Samantha, a qual ela agora tentava buscar pela ilha.

Os primeiros socorros seguiam tensos até que o momento de cura-lo enfim chegou, Lisbeth colocou suas mãos sobre o corpo do guerreiro e então a luz veio novamente, muito parecida com aquela que estava sobre seus corpos, porem mais forte. Uma sensação quente percorreu a sala e no segundo seguinte, o corpo de Aldarion estava totalmente curado. – Impressionante... – Lyza observou com graça enquanto Aldarion escondia-se atrás da toalha, mas o grandalhão logo lhe providenciou roupas. E após todo o tormento ter passado, era chegada a hora das apresentações. – Muito prazer, me chamo Lyza Simons. Também agradeço de coração por ter salvo nossas vidas. – Lyza acompanhou os agradecimentos de Kirshin, em seguida recebeu de volta sua arma, que ela tratou de prender as suas costas novamente como de costume. – O que fazes aqui num lugar como este? Moras aqui mesmo, ou vieste por algum outro motivo e acabou por nos encontrar no caminho? – Era deveras esquisito morar tão longe assim da civilização, ainda mais se tratando de um lugar como aquele, onde o perigo era constante, tanto por parte da natureza, quanto de qualquer outra coisa.

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Mensagem por NR Nayruni Dom maio 18, 2014 5:24 pm

@ Lyza e Kirshin

Assim como Kirshin e Lyza, Aldarion também agradeceu à Lisbeth pelo salvamento. Lisbeth não respondeu as perguntas ainda oferecendo a todos um convite para o almoço que foi prontamente aceito. Agora todos estavam acomodados e comiam servidos de uma sopa de carne com legumes cozinhada e oferecida por Hangrim. Todos estavam sentados no chão com os pratos nas mãos porque a casa era pequena e não tinha espaço para móveis grandes como uma mesa, durante a alimentação todos conversavam.

Eu não moro aqui, eu estou apenas de passagem em uma missão sagrada a mando de meu senhor. – Disse Lisbeth. – Esta casa pertence a Hangrim que vive aqui como caçador e lenhador, no passado o bravo Hangrim teve sua vida salva por mim desde então ele sempre me oferece de sua hospitalidade quando estou de passagem por esta região. – Disse a graciosa mulher dando uma pausa para saborear um pouco a sopa.

Eu sou uma paladina, guerreira sagrada de Tyr, deus da justiça. Minha missão é investigar se os ataques dos orcs que estão invadindo estas montanhas têm alguma ligação com os devoradores de mentes e vampiros que estão atacando Hilydrus. – Disse a mulher sem deixar esconder uma expressão de apreensão em seu rosto. – Sou sortuda por ter encontrado vos, meu senhor disse-me que vos serão importantes nesta cruzada importante.

As palavras de Lisbeth pegaram todos surpresos, mas algo que assustou foi o nome nefasto que ela pronunciou, devoradores de mentes. Todos já ouviram falar em vampiros e orcs, mas devoradores de mentes eram uma novidade para os aventureiros exceto para Aldarion que visivelmente pareceu incomodado, a expressão em seu rosto denunciava assombro.


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Mensagem por Kamui Black Ter maio 20, 2014 8:39 pm


- C12 -



O alimento foi algo muito bem recebido por Kirshin, que devorou tudo avidamente. Ele havia se alimentado regularmente antes do combate com os gnolls, mas os últimos acontecimentos requereram muito de sua energia e isso lhe deixou faminto.

Ouviu atentamente o que Lady Lisbeth tinha para lhes dizer. Os orcs não lhe pareciam problemas, mas os vampiros pareciam algo a se preocupar. Kirshin conhecia-os de Takaras e sempre os viu como seres traiçoeiros e perigosos. E aqueles tais Devoradores de Mentes também não pareciam um bom sinal e pela maneira que a elfa havia falado e que Aldarion reagiu eles pareciam ser a maior ameaça.

- Poderia nos esclarecer o que seriam esses tais devoradores e suas habilidades? E também como acabar com eles. Quero dizer, eles devem ter algum fraqueza, não? - Kirshin não se importava muito com um ataque em Lodoss, desde que fosse deixado em paz, mas ele começava a ligar os pontos e aquelas criaturas estranhas chamadas gnolls poderiam estar envolvidas, então era bem provável que ele não fosse deixado em paz.. - E qual exatamente seria nossa parte nisso tudo? Como lhe disse, você salvou nossas vidas e eu irei lhe recompensar se eu puder fazê-lo. Além disso, isso pode acabar me envolvendo caso eu queira caso não.

Após obter as informações da paladina, Kirshin voltou suas atenções para Aldarion. Havia algo que ele estava querendo saber do espadachim há algum tempo.

- Aldarion, você é um humano, mas tem uma resistência ímpar. Que tipo de treinamento você fez para adquirir esse condicionamento físico? - Aquilo realmente intrigava o meio-demônio. Poucas vezes ele tinha visto alguém resistir tanto à castigos físicos como aquele homem havia resistido e se aquilo fosse algo que pudesse ser conquistado, certamente seria de seu interesse.

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Mensagem por Lyza Simons Qui maio 22, 2014 2:18 pm


Um novo objetivo em mente.

Unidos na cabana aconchegante do gigante, sendo afagados pelo calor confortante da lareira, livre enfim das ameaças constantes contra sua vida. Lyza agora relaxava enquanto recebia a calorosa recepção dada por lady Lisbeth. Sua anfitriã lhes oferecia abrigo e comida até o fim da tempestade, mas era com suas palavras que Lyza mais se preocupava. “uma invasão de orcs? Certamente teríamos sido pegos por esta invasão uma hora ou outra.” A maga tinha plena consciência que essa era uma questão que não deveria ser deixada de lado, se a região norte da ilha fosse tomada, seria questão de tempo até que uma guerra estourasse pelo controle da área, ou até mesmo uma nova invasão nas áreas mais a sul... – Fomos atacados por um bando de... Gnolls! Acho que foi este o nome citado por Aldarion... – Deu uma breve olhada para guerreiro afim de ter sua confirmação, em seguida prosseguiu com a palavra. – Eles estão aliados aos orcs, ou foi somente coincidência termos os encontrado por aqui? – Esperava que aquela informação os ajudasse na investigação, mas de uma forma ou de outra, Lyza estaria com eles, pois querendo ou não, ela acabaria sendo envolvida naquela guerra.

- Saiba que podes contar comigo, Lady Lisbeth, para o que precisar. Minha foice estará a seu dispor a partir deste momento. – Como forma de agradecimento à aquela que salvara sua vida das garras afiadas e frias da morte. Nada mais justo que ajuda-la em sua empreitada, que parecia ser tão árdua e difícil quanto enfrentar a tempestade do lado de fora da cabana. – Esse Tyr... Nunca ouvi falar dele também. – Aproveitou a deixa dada por Kirshin para expressar também sua duvida, pois mesmo não acreditando muito em divindades, era curioso ver como a fé d uma pessoa era capaz de mudar as vidas de tantos. A devoção que aquela mulher demonstrava era digna de uma verdadeira sacerdotisa de seu deus.

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Mensagem por NR Nayruni Seg maio 26, 2014 9:44 am

@ Lyza e Kirshin

A conversa se desenrolava naquele pequeno e aconchegante ambiente que contrastava com a gélida tempestade do lado de fora tal qual o fogo se diferencia da água. Além do calor acolhedor da pequena cabana de dois cômodos, havia uma aura de paz e confiança que parecia emanar de Lady Lisbeth, tudo isso somados à refeição tornavam aquele momento unicamente agradável.

A atmosfera do lugar era tão confortável que fazia com que os preocupantes assuntos que eram comentados ali não passassem de meras histórias inventadas para assustar criancinhas desobedientes. Mas a verdade era o contrário, tudo aquilo era real e palpável tal como uma rocha ou uma moeda de ouro, tal como a própria Lady Lisbeth, tal como os próprios aventureiros que em seu íntimo desejavam que os gnolls fossem apenas um bando errante.

Poderia nos esclarecer o que seriam esses tais devoradores e suas habilidades? E também como acabar com eles. Quero dizer, eles devem ter algum fraqueza, não? – Questionou Kirshin sempre muito incisivo e preciso tal qual o era sua lâmina. – E qual exatamente seria nossa parte nisso tudo? Como lhe disse, você salvou nossas vidas e eu irei lhe recompensar se eu puder fazê-lo. Além disso, isso pode acabar me envolvendo caso eu queira caso não. – Completou.

Sobre os devoradores de mentes, bem... Meus companheiros magos, Zaran e Yolavos me instruíram que essas criaturas são abominações vindas de um mundo onde os nossos piores temores são reais, uma dimensão povoada por criaturas nascidas dos mais hediondos pesadelos. – A expressão no rosto de Lisbeth pareceu se tornar sombria por algum momento como se ela estivesse se lembrando de algo muito ruim, talvez um pesadelo que ela mesma tivera em algum momento de sua vida ou quem sabe uma experiência real. – Tudo o que sei sobre esses seres é que eles precisam se alimentar regularmente de cérebros e que possuem incríveis poderes mentais capazes de derrubar a vontade de um homem tal qual um tornado o faz com uma árvore podre. Sobre a participação de vos nesta empreitada, pois bem, por alguma razão meu senhor por intermédio de sonhos avisaste-me que vos sois escolhidos para salvar este mundo e neste mesmo sonho indicou-me o caminho em meio a tormenta para vos acudir do toque da morte. Quanto ao restante não cabe a mim questionar, apenas vos digo, ao findar desta tormenta, dirigi-vos o mais rápido para Calm.

As respostas de Lisbeth mais levantavam questões que respondiam, mas ao menos ela não parecia esconder nada e suas palavras soavam cristalinas como um diamante lapidado por um joalheiro mestre. Certamente a paladina não tinha nada a esconder e agora tudo o que ela sabia era o mesmo que os aventureiros sabiam em igual como uma balança com dois pesos iguais em ambos os pratos.

Fomos atacados por um bando de... Gnolls! Acho que foi este o nome citado por Aldarion... – Disse Lyza que até então apenas sorvia a sopa e escutava a conversa. – Eles estão aliados aos orcs, ou foi somente coincidência termos os encontrado por aqui? – Completou emprestando seu raciocínio à conversa enquanto Aldarion confirmava com um aceno de cabeça a afirmativa da jovem.

Que Tyr me perdoe se eu soar como arrogante, mas os gnolls em sua maioria não passam de carniceiros, eu combati muitas destas criaturas no início de minha carreira e elas não costuma aparecer em regiões árticas. Mas agora que vos mencionas-te tal incidente, creio eu que eles tenham relação. Mas é muito cedo para eu conjecturar sobre tal fato, uma vez que esta terra não me é familiar e talvez possa ser que os gnolls aqui sejais nativos da tundra. – Respondeu Lisbeth movendo os olhos para cima e arqueando uma sobrancelha pensativa.

Hargrim e Aldarion sorviam a comida em silêncio, apenas seus olhos participavam da conversa movendo-se de um lado a outro sempre mirando a face daquele que estava a falar no momento. Foi em uma dessas olhadelas que os olhos de Kirshin se focaram nos de Aldarion e assim se mantiveram por alguns segundos onde o meio-demônio perscrutava a face daquele guerreiro incomum que lhe devolvia uma expressão indecifrável. Kirshin questionava se aquele homem era apenas um humano ou membro de alguma raça similar ou quem sabe um mestiço. Mas logo percebeu que nada era sentido daquele ser, nenhuma aura pendendo para o bem ou para o mal e nenhum traço incomum. Até que rendido pela curiosidade Kirshin se prestou a mudar de atitude assumindo uma abordagem mais direta.

Aldarion, você é um humano, mas tem uma resistência ímpar. Que tipo de treinamento você fez para adquirir esse condicionamento físico? – A pergunta de Kirshin veio acompanhada dos olhares curiosos de Lyza e também de Lisbeth que agora passavam a mirar a face do guerreiro.

Agora que mencionas-te, eu também estou curiosa. Em todos esses dias eu jamais vi um humano sobreviver a tamanho flagelo sem o auxílio de magia. – Falou a paladina adicionando suas próprias palavras à questão de Kirshin.

Aldarion ficou em silêncio por alguns momentos, seus olhos deslizavam pelos rostos de seus companheiros, nenhuma palavra saia de sua boca e durante algum tempo ele se manteve em silêncio apenas sorvendo sua sopa vagarosamente com a colher. Parecia que não ia responder até que ele simplesmente arremessou a colher em cima da mesa e terminou de tomar o restante da sopa usando o próprio prato. Pequenos filetes de sopa escorreram pelos cantos de seus lábios, mas o guerreiro logo os limpou com as costas de uma das mãos. Sua face era séria.

Tenho 23 primaveras, desde que me dou por gente eu treino para ser um guerreiro. Quando tinha apenas 16 primaveras eu já era soldado em um exército profissional, com 17 fui condenado por crimes que não cometi e na minha prisão no extremo norte de minha terra eu sobrevivi ao primeiro cerco de minha vida. – A face de Aldarion mudava acompanhando suas palavras, seus olhos e sobrancelhas se moviam ora cerrando-se ora arregalando-se dando um fundo dramático à resposta do espadachim.

Depois de 3 meses de um cerco infernal o forte onde eu estava caiu e eu escapei com um grupo de sobreviventes por uma passagem secreta. A partir dai nós sobrevivemos a uma saga que durou um ano nas terras mais gélidas e inóspitas de minha terra. Acho que qualquer um que passar pelo que passei e continuar vivo, certamente não cairá ante a simples estocadas de lanças ou golpes de machados. – A resposta de Aldarion soou firme e convincente sem margem para dúvidas ou suspeitas. Lyza e Kirshin sabiam que o guerreiro não mentia, seu próprio corpo que eles haviam visto nu era a prova de que ele falava a verdade, pois sua pele era marcada por incontáveis cicatrizes.

Tu és aquele a quem chamam de Juggernaut? Eu já ouvi falar desta lenda que conta sobre guerreiros incomuns capazes de suportar castigos físicos soberbos e ainda assim continuar lutando. Fico contente de ter-te ao nosso lado. – Informou Lisbeth revelando o título incomum do espadachim elucidando as mentes de Kirshin e Lyza.

Sim, eles já haviam ouvido falar da lenda dos juggernauts da mesma forma que haviam ouvido falar dos bárbaros berserkers. Juggernauts são guerreiros fanáticos que tem como único objetivo alcançar a perfeição em sua arte, eles são conhecidos por sua maestria em combate e resiliência incomum que lhes permite suportar grandes quantidades de injúria física.

Aldarion por sua vez reagiu as palavras de Lisbeth de forma casual, seu rosto corou e ele logo tratou de escondê-lo trazendo seu prato de sopa, que estava cheio novamente, à boca. Estava visivelmente envergonhado, talvez não se sentisse bem em ser o centro das atenções nem mesmo por um breve momento.

Saiba que podes contar comigo, Lady Lisbeth, para o que precisar. Minha foice estará a seu dispor a partir deste momento. – Disse Lyza à paladina ao ver como esta reagira diante do companheiro. Afinal, ela poderia não ser tão experiente ou forte quanto Lisbeth ou Aldarion, mas nem por isso deixaria seu brilho ser ofuscado ainda mais quando se via em dívida de gratidão. – Esse Tyr... Nunca ouvi falar dele também. – Terminou a frase abaixando a voz, como que tomando cuidado para não ofender sua salvadora, afinal, ninguém gosta de servir a um deus pouco conhecido.

Tua ignorância minha cara amiga, é natural. Meu senhor assim como eu não é nativo deste mundo, sou uma visitante buscando refúgio de inimigos terríveis mas sem permitir-me distanciar-me daquele que me manteve viva até hoje, daquele que dá um sentido a minha existência. – as palavras de Lisbeth soavam cheias de paixão de tal modo como são proferidas as juras de amor. – Da onde venho, Tyr é muito conhecido, ele é o deus da justiça, o Juiz, aquele que nos conduz por caminhos certos em meio a trilhas tortuosas. Tyr é o guerreiro supremo da verdade e do que é correto. – Explicou Lisbeth de forma precisa e breve.

Enquanto a conversa se estendia, a tempestade lá fora começava a dar sinais de enfraquecimento e pouco a pouco desaparecia da mesma forma repentina que havia surgido.


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Mensagem por Kamui Black Sáb maio 31, 2014 9:42 pm


- C13 -



E no final das contas as informações que recebemos de Lisbeth foram quase inúteis. Aqueles tais devoradores eram algo perigoso e para ser temido, certamente. Eu odiava quando era controlado indiretamente por meu avó, um controle direto então será algo que eu certamente pretendo evitar. De qualquer maneira, foi muito bom que esse tal Tyr, o tal deus da justiça, tenha guiado esta elfa para o nosso auxilio.

As respostas obtidas de Aldarion também não me acrescentaram nada de útil. Pouco me interessava se ele tinha sofrido com um cerco em terras gélidas ou vivido em uma campo de flores. Pelo jeito cada qual tem que procurar sua maneira de ser forte como pode e a minha é meu braço e minha herança demoníaca.

- Se é para Calm que devemos ir, para lá iremos. Acordem-me assim que a tempestade passar - respondi, simplesmente.

Eu estava cansado e, apesar da cura mágica que havia recebido, com o corpo um pouco dolorido. Dirigi-me para um canto qualquer da cabana, de preferencia o mais escuro e livre de objetos. Ali desatei ambas as espadas longas que havia pegado e coloquei-as do lado de meu corpo. Em seguida, recostei-me na parede de maneira que uma de minhas pernas ficasse esticada e a outra dobrada. Apoiei meu braço esquerdo sobre o joelho e a cabeça na parede para, então, fechar meus olhos. Aquela certamente não era a posição mais confortável de se dormir, mas já havia enfrentado condições piores. Lentamente desvaneci-me enquanto minha mente divagava focado nas ameaças que teria que enfrentar num futuro próximo.


OFF - Resolvi tentar mudar pra primeira pessoa, caso prefira em terceira é só falar que mudo de volta.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb Jun 07, 2014 10:22 pm


Novo destino: Calm!


Lyza não sabia o que dizer sobre aqueles seres que possivelmente enfrentaria. "Monstros horrendos vindos de pesadelos? Comedores de cérebros e possuem poderes mentais? Isto está ficando cada vez pior." Sim, era uma situação delicada, e Lyza não tinha a menor ideia de como proceder em tal situação. Mas ajudaria a elfa no que fosse necessário, mesmo que acabasse por colocar sua vida em risco novamente, estava la por uma missão, deveria chegar em Calm, acima de tudo, sua escolta à caravana era meramente um intermediário para conseguir o que queria. Mas e quando chegasse a Calm? Será que ela estaria de pé ainda? A ideia de ter Orcs e Gnolls cercando a região era preocupante. Mas ainda assim não um empecilho para aquela que estava determinada a pagar uma divida de gratidão para com sua salvadora. As explicações continuaram acerca do ocorrido e também duvidas esclarecidas sobre o tão resiliente Aldarion. "Juggernaut? Também nunca ouvi falar... Certamente este homem não é daqui." Lyza concluiu mentalmente enquanto apenas apreciava a sopa que lhe era oferecida. Estava deliciosa, diga-se de passagem, na temperatura ideal para esquentar o corpo após ter quase congelado do lado de fora. Logo Lisbeth começou a explicar quem era Tyr e como sua fé nessa entidade era grande. Apesar de não crer em tais coisas, Lyza não deixou de ouvir com interesse a historia da elfa, e sorria com as palavras da mulher. Mesmo não compartilhando das mesmas crenças, a maga tinha respeito pela opinião alheia, e achava aquele ato de fé incondicional extremamente louvável.

- Em breve a tempestade vai estiar completamente, se acharem prudente, prefiro seguir viagem ainda hoje para Calm. Quanto mais tempo perdermos aqui parados, pior será para todos.

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Mensagem por NR Nayruni Qui Jun 12, 2014 7:46 am

@ Lyza e Kirshin

A conversa com Lady Lisbeth parecia ter chego ao fim, não haviam mais informações a serem passadas e agora o destino estava definido, deveriam ir para Calm. Sendo assim terminaram de sorver o que restava da sopa e descansaram esperando o fim da tempestade. Lyza encontrava-se dominada pela ansiedade e não conseguia pensar em perder mais tempo ali, já Kirshin por outro lado não mostrava problemas em se acomodar em um canto e começar um cochilo. Aldarion por sua vez permanecia em um canto pensativo, sua face com uma expressão indecifrável. Hargrim assim como Kirshin, também havia adormecido em um canto enquanto Lady Lisbeth se recolhera em um canto e ali ficou de joelhos sussurrando o que pareciam ser orações.

A espera não demorou mais que uma hora, de forma tão repentina como veio, a tempestade desvaneceu-se até se reduzir a uma brisa gélida e forte. Lyza foi a primeira a notar o fato e a chamar por todos. Em poucos minutos estavam todos prontos e do lado de fora da casa exceto por Hargrim que permanecera descansando, afinal aqui era o lar dele e não havia motivos para partir.

É aqui bravos aventureiros, que nossos destinos se separam, talvez se tudo der certo nos veremos novamente. É chegada a hora de minha partida, devo ir à Península Huff para ver se o mal que se projeta sobre esta terra lançou seus tentáculos pegajosos por lá. – Disse Lisbeth aos aventureiros. – Boa sorte, ó bravos heróis, que as bênçãos de Tyr recaiam sobre suas cabeças e guiem seus passos. – Disse a paladina saudando os aventureiros com uma reverência humilde.

Aquela figura graciosa e surpreendente, ao mesmo tempo delicada e firme, graciosa e destemida, humilde e poderosa. Lady Lisbeth.

Terminada a despedida, a paladina élfica deu suas costas para os aventureiros e então ergueu a cabeça fitando o céu.

Elonias! Vinde a mim meu fiel amigo, vinde a mim para ganharmos o firmamento juntos mais uma vez. – Gritou a paladina com uma voz firme mas ao mesmo tempo doce e agradável.

Os aventureiros e Lisbeth ficaram olhando os céus, Lisbeth aguardando e os demais curiosos. Até que todos viram surgir por entre as nuvens uma figura incomum que desafiava a lógica. Uma cavalo, um cavalo com asas. Um belíssimo cavalo branco tanto quanto a neve e dotado de um par de asas e cascos dourados que reluziam surgiu de trás das nuvens e voou até onde Lisbeth se encontrava.

Aldarion, Lyza e Kyrshin olharam estupefatos diante daquilo, um pégaso, um magnífico e imponente pégaso estava diante deles ali, pousado a frente de Lady Lisbeth. Sem demora a mulher montou no animal e com um aceno despediu-se dos aventureiros para em seguida ganhar o firmamento branco nas asas daquele magnífico animal. Os aventureiros ficaram parados de surpresa admirando a cena de Lisbeth singrando o ar como um anjo vingador, um arauto divino da justiça que só surge nos momentos de maior necessidade para trazer esperança e conforto para os mais necessitados. Em segundos ela se foi desaparecendo por entre as nuvens que haviam restado após a tempestade, era hora de seguirem para Calm.

Caminharam por várias horas sobre a neve fofa que fazia com que afundassem até os joelhos, Aldarion seguia na frente guiando o caminho, o truculento guerreiro conhecia a região. Durante o trajeto se tentassem conversar com Aldarion receberiam como respostas o silêncio ou grunhidos, o guerreiro estava visivelmente mal humorado.

Finalmente no meio da tarde o trio de viajantes alcançou o topo de uma colina e dali puderam ver toda a paisagem. Um grande vale se estendia adiante, árvores próprias do clima gélido se amontoavam por toda a região tornando impossível ver qualquer coisa que estivesse a nível do solo. Pra qualquer lado que olhassem os aventureiros viam apenas as copas das árvores esbranquiçadas pela neve que se sacudiam conforme ventos agitados, resquícios da tempestade passada, balançavam-nas.

Aldarion parou para observar, então sem pronunciar uma palavra apontou para o norte, Lyza e Kirshin acompanharam o dedo do guerreiro e avistaram centenas de filetes de fumaça, provavelmente chaminés. Com um murmúrio que mais parecia um rosnado, o espadachim acelerou o passo induzindo seus companheiros a fazerem o mesmo. Levaram duas horas para atravessar a floresta, teriam levado mais, mas Aldarion realmente conhecia o local a tal ponto de conduzir a caminhada por uma trilha discreta e quando finalmente conseguiram alcançar Calm viram que 'o lugar se tratava de um vilarejo de grandes proporções, talvez em pouco tempo viesse a se tornar uma cidadela.

[Comum] UAOM - In The North of The Island Vilarejo-de-Calm_zps56b631a6

Centenas de casas se aglutinavam formando um centro redondo que era contornado por uma larga rua e esta por sua vez contornada por um anel de casas. Pessoas iam e vinham de todas as direções, mas o que mais chamou a atenção foi a movimentação ao redor do vilarejo, centenas de trabalhadores e militares estavam erguendo uma paliçada e construindo torres de madeira em vários pontos parecia que estavam se preparando para uma guerra.

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Mensagem por Kamui Black Sáb Jun 14, 2014 10:15 am

- C14 -

Aquele animal que a paladina utilizou era realmente magnífico, embora eu certamente preferisse um dragão. De fato, poder voar era algo muito bom. Quem sabe um dia quando eu conseguir aprender algo sobre magia não possa utilizar os conhecimentos obtidos com ela e com a minha habilidade de transformar minhas unhas em garras para também adquirir algumas asas. De preferencia asas bem amedrontadoras para inspirar o terror no coração de meus inimigos.

Mas enquanto minhas asas e meu dragão não eram conquistado, teríamos de seguir viagem da maneira como podíamos. Por sorte restava-me um cavalo que adquiri com o direito de espólio. Seguia montado nele e um tanto quanto mais confortável. Entretanto, acho que poderia convidar mais alguém para dividir o cavalo.

- Lyza, nós não somos muito pesados e a marcha não será forçada. Acho que não terá problemas se nós dois formos montados.

Caso a maga aceitasse meu convite, eu estenderia-lhe minha mão para ajudá-la a montar. A mão direita, é claro, pois a esquerda talvez não fosse tão confortável de se ver.

De qualquer maneira, seguimos viagem até Calm. Levou mais tempo do que eu imaginava, mas finalmente chegamos ao local. E parecia que eles estavam se preparando para um guerra. Fiquei me perguntando se ela seria contra os gnolls, contra os orcs e vampiros, ou contra os tais devoradores. Temo que possa ter uma parcela de cada criatura envolvida.

Desmontei o cavalo e esperei que Lyza fizesse o mesmo. Depois disso, segurei o cavalo pelas rédeas e pretendia continuar a pé dentro da vila. Talvez mais tarde eu procurasse uma maneira de vender as joias que "conquistei" e talvez comprar alguns equipamentos melhores. Mas antes eu gostaria de descobrir o que estava acontecendo aqui.

- Lyza, pretendo perguntar o que esta acontecendo aqui, mas nem sempre um meio-demônio é bem vindo em cidades de Hylidrus, então gostaria que me acompanhasse.

Mesmo que ela se recusasse, eu seguiria com meu intento da mesma maneira. Entretanto, antes eu verifiquei os soldados para me certificar se pertenciam ao exercito real ou eram uma milicia local. No caso de ser um contingente do exercito real, eu pediria para que Lyza os abordasse e seguiria um tanto quanto atrás da garota. Mas se fossem uma milícia local eu mesmo faria a pergunta.

- Desculpem a intromissão, mas eu percebi que alguns preparativos para uma batalha estão sendo feitos aqui. A caravana na qual estávamos foi atacada por gnolls a caminho deste vilarejo, então queria saber quem pretende atacar este local. Dependendo da situação acho que poderei ser de alguma ajuda na defesa. - Ainda não tenho certeza de que quero lutar, mas oferecer ajuda normalmente é uma boa maneira de conseguir algumas respostas.

Mas caso a maga não desejasse seguir comigo e fossem soldados de Hylidrus ali, eu me afastaria do local e abordaria algum cidadão, de preferência algum com uma idade mais avançada.

- Algo estranho esta acontecendo aqui, não? Parece-me que vocês estão se preparando para a guerra? Quem pretende atacar Calm?



OFF - Gold, sei que são muitas condicionais ali, mas é que eu dependo das respostas da Lyza, então deixei algumas possibilidades em aberto para acelerar a campanha.

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Mensagem por NR Nayruni Sex Jun 27, 2014 7:34 am

OFF 1: Perdoe meu atraso, estava esperando Lyza postar mas soube que o PC dela passou para o além então por hora cuidarei das coisas.

OFF 2: Chegou a hora de cumprir minha promessa e incluir os jogadores que eu havia planejado.

@ Sérpico

OFF: Não li toda sua história, é coisa pra caralho, bom... Essa campanha acontece em uma realidade paralela à que é jogada em Lodoss então considere que você passou por todas as aventuras normais e agora voltou a Calm.

ON:

– Sérpico, preocupe-se contigo – ele dizia. – Você deve achar um mago. Não, não. Você deve achar o mago. Aquele, das montanhas, em Calm.

Quanto tempo se passou desde que você ouviu estas palavras e colocou todas as suas coisas em uma trouxa de tecido, deixando para trás a segurança e conforto do seu lar para aventurar-se pelas terras estranhas e maravilhosas de Lodoss?

Quanto tempo faz que você mudou tanto, que viu a inocência da juventude abandoná-lo para dar lugar a maturidade prematura alimentada por uma sequência de perigos e provações? Quanto tempo faz e o que aconteceu? Foram tantas estradas trilhadas... Tantos obstáculos superados que você quase se esqueceu do que realmente o levou a abandonar a pacata vida no campo para trocá-la pelas incertezas de uma existência nômade. Mas não importa o quanto sua mente se embaralhe sobre as razões que o fizeram mudar, não importa o quanto sua memória afunde suas lembranças nas areias do esquecimento, há coisas que se fazem lembrar. A fome, o sono, o chamado da fisiologia, mesmo que nos esforcemos para tentar esquecê-los eles sempre se fazem lembrar e assim se fez lembrar o que mudou sua vida para sempre.

Naquela manhã contemplada com um Sol espetacular e a beleza que só a paisagem tomada pela mata virgem de uma floresta misteriosa poderia proporcionar você despertou com o peito doendo, uma dor aguda que atravessava-lhe o corpo como a lança da morte. Você pensou que iria morrer, você chorou enquanto agarrava o próprio peito em desespero, mas para sua sorte a dor se foi deixando para trás um alívio e a vida pulsando em suas veias. Porém um sentimento de medo e angústia logo substituiu o alívio e você sabia que aquela dor voltaria para reclamar o brilho da vida em seus olhos, era a morte negra, a doença maldita.

A herança desgraçada que lhe foi passada involuntariamente pelas pessoas que mais lhe amaram e que agora em suas pós vidas você sabia que desejavam mais do que tudo o seu triunfo perante esse mal misterioso.

Depois daquela manhã, você mudou seu curso e rumou à Calm lembrando-se das palavras de Fredrik.


@ Eric

Quem é você Eric? O que quer? O que busca em sua vida? São perguntas que todos os dias você faz a si mesmo, e mesmo que se lembre de seu sobrenome você sabe que ele nada significa aqui, nestas terras estranhas cheia de pessoas esquisitas e povoada por uma cultura pincelada com incontáveis imigrantes vindos de terras exóticas e distantes.

As vezes você sente uma brisa soprar e lembra-se dos ventos que o trouxeram até Lodoss, as vezes você pensa em sentir o balanço do mar mais uma vez sob seus pés enquanto seus olhos avistam seu amado lar na eterna linha do horizonte.

O que você realmente quer Eric?

Raios de sol refletem em seu rosto tocando com suavidade sua pele e aquecendo-a e você sente, você sabe. Ainda não é hora de voltar ao seu lar ou se deixar cair em incertezas, sua fé precisa de você, a Cruzada precisa do seu braço forte, de sua espada afiada e seu escudo firme. Existe um mal em cada lugar e incontáveis vidas sendo ameaçadas e é você quem deve arcar com o pesadíssimo fardo de caçar e combater a vilania onde quer que esteja e com que forma venha a tomar.

Pois mesmo que não saiba responder o que você quer, sabe ao mesmo dizer quem você é... Sim, você tem a resposta na ponta da língua e mesmo que seu sobrenome não tenha a mesma força que tem em sua terra natal, ao menos seu significado pode ser entendido por todos que o escutam, não é mesmo?

ERIC CHAMADO DA LUZ!

Guiado por ventos incertos e estradas tortuosas você marchou até finalmente chegar a este lugar afastado porém acalentador. Calm, o motivo que o trouxe aqui foi simples, você veio porque ouviu falar de um coliseu onde guerreiros formidáveis aprimoram suas habilidades de luta. Se você pretende ser um cruzado, por que não se aprimorar um pouco antes de arriscar sua vida combatendo o mal?


@ Skazka

Um monstro. É do que te chamam por ai aonde quer que vá. Não importa o quanto tente entender e se aproximar das pessoas as respostas para suas tentativas sempre são composta por paus e pedras e por vezes lâminas e tochas. Já houveram situações desagradáveis onde você teve toda uma turba furiosa gritando e correndo atrás de você.

Por que as pessoas dão tanta importância as aparências? Tudo o que você quer é um par de ouvidos pacientes e atenciosos dispostos a escutar tudo o que você tem a dizer, um ouvinte, um confidente para te ouvir, para filosofar ao seu lado, para testemunhar suas descobertas e apresentar-te as dele próprias.

Tudo o que você quer no final das contas é um amigo... Um bom amigo.

Mas enquanto você não acha nada disso, você continua a vagar errante por Lodoss e foi essas andanças confusas que o trouxeram a Calm. Aqui você foi recepcionado de forma não muito diferente do que fora em outros lugares, mas após uma semana preso acabou encontrando o que procurava, um amigo. Zebekis, um jovem mago do exército de Hilydrus.

A princípio ele estava interessado em dissecá-lo como objeto de estudo, mas após uma boa conversa digna de uma sala de filosofia, Zebekis mudou de ideia e transformou-o de um prisioneiro para um companheiro e ajudante. Oferta que por hora você achou interessante aceitar e que até agora tem lhe rendido bons frutos.


@ Skazka, Sérpico e Eric

Os motivos que os trouxeram a Calm são diferentes, mas o lugar onde estão agora é algo em comum. Aqui vocês chegaram e aqui vocês permaneceram um tempo e durante este tempo vocês viram coisas, coisas que não deveriam acontecer nessas regiões.

Desaparecimentos, grupos de orcs rondando as florestas, relatos de caçadores e mineradores sobre humanoides peludos atacando viajantes como bestas assassinas. Não demorou para que os boatos chamassem a atenção das autoridades, não demorou para que batedores fossem enviados e não demorou para que uma terrível notícia viesse das bocas trêmulas daqueles que retornaram. Um exército! Um enorme exército de orcs está abrigado em algum lugar das montanhas.

Temendo pelo pior reforços foram solicitados e Hilydrus prontamente respondeu enviando um largo contingente de soldados. Não obstante os reforços, a coroa real ofereceu 1000 Lodians a todo mercenário disposto a emprestar suas armas à defesa de Calm.

Sérpico, você aceitou, não pela recompensa mas por considerar perigoso demais procurar a Academia de Magia nessas regiões ameaçadas pelos orcs e mais perigoso ainda sair de Calm sozinho.

Eric, você aceitou, não pelo doce tilintar dos lodians em seus bolsos, mas sim pelo fôlego da vida que infla os pulmões de cada criança e pessoa que sem sua ajuda seriam vítimas fatais das barbáries dos orcs.

Skazka, você aceitou, ou melhor, nenhuma proposta lhe foi dada, você apenas está aqui e isso basta. Talvez os orcs se mostrem interessantes objetos de estudo, quem sabe?

Vocês três, estão aqui há um mês e se conhecem de vista apenas, sabem os nomes uns dos outros e nada mais. Agora nesse momento a noite se aproxima mais uma vez de Calm, mas o trabalho para fortificar o vilarejo não para e a paliçada vem está sendo erguida hora a hora.


@ Lyza e Kirshin

O trio composto por Lyza, Aldarion e Kirshin haviam finalmente chego a Calm junto do cair da noite, durante a viagem Kirshin tentou contato com Lyza, mas essa estava cansada demais para um diálogo decente e após dar gentilmente algumas respostas monossilábicas ao meio demônio este decidiu desistir por hora.

Finalmente diante de Calm, surpreenderam-se com a visão dos soldados levantando a paliçada mesmo com o cair da noite sem demonstrar intenção alguma de cessarem as atividades. Motivados pela curiosidade, o trio se aproximou e Lyza aceitou a ideia de Kirshin assumindo a dianteira do grupo, mas logo que se aproximaram ouviram uma voz de comando antes que pudessem sequer pronunciar uma única letra.

ALTO! QUEM SÃO VOCÊS? IDENTIFIQUEM-SE AI MESMO E NÃO OUSEM DAR NEM MAIS UM PASSO. – Gritava um soldado que montava guarda em uma das torres de madeira construidas recentemente enquanto exibia despudoradamente a pesada besta que tinha em mãos.

Ao grito do companheiro que era ao mesmo tempo um comando e um alerta, os soldados que estavam no solo rapidamente largaram suas ferramentas de trabalho para trocá-las por lanças e alabardas, em seguida formaram um grupo de pouco mais que uma dezena e cercaram os aventureiros.

O que querem em Calm e de onde vieram? – Questionou um dos guardas.

E foi Kirshin o primeiro a responder, de cabeça erguida assim como sua guarda.

Somos aventureiros contratados como guarda-costas por uma caravana comercial, fomos atacados por um grupo de... hã? Homens-hiena, gnolls.

A resposta de Kirshin fora dada, segundos depois os guardas perscrutaram o trio até finalmente abaixarem suas armas.

Me chamo Markis, sou o capitão desta divisão, estamos nos preparando para uma guerra, um exército de orcs e outras criaturas rondam esta região. Venham, entrem, se vocês são inimigos desses monstros são nossos amigos e por Zalthar, vamos precisar de cada braço forte que puder nos auxiliar. – Disse Markis agora conduzindo o trio para dentro de Calm.

Quando os aventureiros adentraram Calm que agora mais parecia um forte, puderam ver dezenas, centenas de soldados, tanto soldados do Exército Real quanto milicianos de Calm, até mesmo alguns aldeões estavam armados, a situação parecia muito séria.

E agora o que fariam?

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Mensagem por Sérpico Sex Jun 27, 2014 3:19 pm

Off: Morte negra, herança desgraçada... brother, curti pra diabo tua narração, falando direto com o personagem e tal. Sensacional. E sobre minha história, basta ler o “Ano Zero”. O restante sou eu brincando, passando o tempo. Vamos lá.


Se fosse alguém lhe infligindo aquela dor ─ se fosse, por exemplo, um inimigo lhe perfurando o peito com uma brônzea lança ─ Sérpico suplicaria misericórdia, pedindo que terminasse logo com o serviço, findando a dor, findando Sérpico.

Mas não era um inimigo com que Sérpico pudesse pedir misericórdia. A dor terrível vinha de dentro, vinha do seu sangue que aos poucos se tornava negro, enfermo, mortal. A dor era a doença que herdara dos pais, a doença que lhe deixara órfão. Estivera oculta até agora, mas despontou finalmente, para lembrar a condenação que significava. Como um ladrão que no silêncio da noite chega e invade uma casa, sem aviso prévio, pegando a todos desprevenidos, assim era a doença que viria a qualquer tempo arrebatar Sérpico. Ficaria fraco, depois delirante e enfim expiraria.

Quantos dias ele tinha pra fazer história no mundo? Uma semana, um mês? Ele precisava da cura! Queria viver! Daí se teleportou repetidamente, encurtando a viagem de onde estava até onde seu pai lhe recomendara ir: Calm ─ onde talvez encontrasse a cura.

Chegou no Vilarejo, mas não partiu para as Montanhas, não caçou a Academia. Pois havia um exército de orcs entre Sérpico e o seu objetivo. Sérpico nada tinha com eles e inicialmente nem se preocupava com a ameaça bélica que os orcs significavam para Calm e a Ilha. Ele só queria sua cura, só queria viver. Seria pedir muito? Ele podia se dar o luxo de ser egoísta, certo? Sobreviver vinha em primeiro lugar! Que os outros resolvessem o caso dos orcs, pois Sérpico tinha seus próprios problemas para desgastar o coração em preocupações.

Ficou na comunidade, esperando uma oportunidade que nunca vinha. Sair era um risco, dado os sumiços esquisitos nas redondezas. E Sérpico precisaria de um guia para entrar nas Montanhas, e nesses tempos sombrios era duro de conseguir alguém disposto a deixar a segurança do Vilarejo. Segurança essa ameaçada cada vez mais. Hilydrus chegou em socorro e a população de repente ficou pronta para defender o que era de todos. E Sérpico, no meio daquilo tudo, não tinha grandes opções que não fosse colaborar, ainda que sua vontade não estivesse em seus atos.

Armar uma paliçada não era algo complicado para quem já trabalhou no campo, fazendo cercas para animais e hortas. Era lá que Sérpico ficava; escolhendo os olmos mais resistentes para se tornarem estacas e depois os martelando no chão; cavando o solo a frente para se criar um relevo de modo a complicar a vida de quem avança em carga, além de sulcos ocultos para fazer tropeçar montarias. Fazia tudo com perícia, mas sem emoção. Que os orcs chegassem logo! Assim toda aquela guerra muda terminaria. Os orcs perderiam, sem dúvida. E Sérpico seguiria seu caminho.

Estava frio e Sérpico espirrava vez sim, vez não. Mas nem considerava ficar sob algum teto, ir descansar um pouco, comer algo quente. Pois sabia que não teria paz. Seu anestésico era ficar ao vento, trabalhando. De preferência sozinho. Memórias de quando trabalhava com o pai chegavam de vez em quando e ele não queria ninguém por perto o vendo com os olhos lacrimejados.

As estacas estavam no lugar. Sérpico pulou para fora com sua pá e começou a cavar o solo. A neve atrapalhava um pouco, mas era também a camuflagem perfeita para os sulcos.

Deu uma pausa e olhou para os trabalhadores e soldados em total atividade. Depois olhou para o longe, para onde o inimigo deveria estar. Nada viu. Espirrou. Voltou a trabalhar.

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Senso de direção: sempre sabe para onde é o norte, e sempre sabe voltar por qualquer caminho que tenha feito.
Senso de distância: pode julgar distâncias exata e automaticamente.
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Itens: Faca (nível 1), Sobretudo de couro rígido (nível 1), Amuleto do Conselho
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Mensagem por SKAZKA Sex Jun 27, 2014 7:18 pm

Tolos, o mundo parecia estar cheio deles. Observar através da aparência parecia ser uma habilidade incomum, se não, excepcionalmente rara. Cada ação que cada ser vivo faz é o que realmente define o ser que cada um se torna. Mas uma terra como Lodoss deveria ter seres mais sábios que estivessem abertos ao novo. Para a mente do homúnculo, isso era um conceito básico da vida: A mudança e o aprendizado deveria ser a base de toda a cultura, não a estagnação e negação.

Não fora a primeira vez que ele foi rechaçado por tentar se aproximar. Uma vez ou outra, ele emergia da floresta, levado pela curiosidade e se aproximava de algum vilarejo. Resultados mistos seria uma resposta mais valida, já que horas ele perceberia que seria observado na mesma medida que ele observava o local, e outras ele seria simplesmente perseguido, por homens desesperados tentando proteger as suas famílias. O fato da sua aparência ser anormal não o incomodava, o que o deixava desconcertado era a reação das pessoas no momento que ele demonstrava que era um ser inteligente e capaz de falar.

O quanto uma fala pode ser assustadora? Um mero gesto de gentileza de dizer algo polido já tinha causado vilarejos inteiros o expulsarem pela floresta, com medo de ele ser uma besta hibrida draconica. Ele já fora atacado por espadas, fogo e flechas, tudo sem nunca nem ter provocado a menor agressividade. Mesmo que fosse pouco o que era capaz de feri-lo, ele estava começando a se alterar no modo de pensar.

Ironicamente, ele desenvolveu o gosto pelo selvagem: O ciclo da vida não tinha preconceitos e era perfeito. Uma aranha não montava uma teia por capricho, mas sim por necessidade. A complexidade do natural era dito em ações, nunca em palavras. Esse era o grande paradoxo de Skazka: Ele havia se aficionado por algo que ele próprio não fazia parte, ao mesmo tempo que a sua mente era metódica demais para realmente compreender algo tão caótico e imprevisível como a natureza. Mas mesmo assim ele caminhava, sem rumo.

O que era antes estudado por livros agora era estudado pelo ambiente: a reação do mundo a ele era algo sempre interessante, mesmo que pudesse o causar problemas. Um dia no norte, ele foi encontrado por uma patrulha que aparentava ser paranoica. Ele foi preso, sem luta, deixando-se levar por seus costumes pacifistas. Se não fosse pela sua capacidade de fala , ele tinha certeza que poderia ter sido morto na hora. Ele pensava enquanto sentava em sua gaiola: "Humanos tolos. Onde foram parar os sábios e os curiosos?"

E assim ficou, acorrentado por menos de um dia, até que alguém mais sensato lhe foi apresentado. Um mago militar, cuja idade e tamanho eram ambos pequenos em comparação a Skazka. Embora ele desconhecesse a intenção inicial de Zebekis, este parecia ser o único ali a ouvir realmente as palavras que saiam de sua boca. Uma sensação saudosa, ter alguém para conversar.

Embora ele parecesse um monstro, o homúnculo nunca demonstrava o menor sinal de agressividade, e isso foi percebido por Zebekis. Em uma decisão que gerou um certo desconforto nas tropas em volta, Skazka foi libertado e "recrutado" como auxilio para o esforço de guerra. Uma reviravolta estranha, se a lógica for seguida, mas nada o animava mais que a ideia de ter um novo objetivo, um novo "trabalho".

Em sua inocência, ele dividiu segredos da sua antiga ordem com o mago, feliz por ter alguém por perto que não ficava apreensivo.Com o passar dos dias, ele se provou útil, auxiliando onde fosse necessário, sem nunca precisar parar para dormir nem descansar. O próprio frio lhe incomodava pouco em comparação ao resto dos humanoides em volta.

Mas ele não tinha ilusões: sabia que iriam ser atacados por orcs. Em suas longas e bem articuladas conversas, Zebekis lhe informou da razão das patrulhas e das paliçadas. O conceito de guerra lhe incomodava, assim como a sua natureza pacifica. Mas ao mesmo tempo, não poderia perder o pouco que ele havia conquistado recentemente. Ter uma razão e uma missão era o suficiente para convence-lo a lutar.

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Mensagem por Kamui Black Sáb Jun 28, 2014 9:39 pm


- C15 -



Existe algo muito interessante a se relevar quando se lida com soldados: eles tendem a não atacar se não forem atacados ou não te julgarem algum tipo de criminoso. E foi este fato que me manteve calmo quando fui abordado e cercado. É claro que minha natureza desconfiada não deixaria que eu ficasse totalmente relaxado, então mantive minha guarda alta. Apesar disso, quando expliquei-lhes a situação em que estávamos, todos nos tomaram por aliados.

- Isto é bem preocupante, capitão Markis. Já que estou aqui em Calm emprestarei minha espada na defesa desta cidade. Entretanto, a vida como mercenário é o que trás o meu sustento e creio que o exercito de Hilydrus é generoso o suficiente para recompensar aqueles que lutam ao seu lado, não? - Visto que dada a situação eu teria que lutar de qualquer maneira, seria bem interessante que eu pudesse tirar algum proveito nisto. Pelo que eu percebia, tentar escapar naquela situação poderia significar minha morte, uma vez que era possível encontrar um batalhão de orcs em ronda e ter que enfrentá-los completamente só.

Após minha produtiva conversa com o guarda eu decidi explorar a cidade. Avisei os meus dois companheiros que eu iria cuidar de alguns assuntos meus e combinei um lugar para que nos encontrássemos mais tarde. Esperava que algum deles conhecesse minimamente a cidade para sugerir um local.

Depois disso comecei a caminhar pela cidade, sempre levando o cavalo pelas rédeas, exceto se descobrisse algum estabulo para deixa-lo. Não pretendia dar-lhe nenhum nome como os humanos tolos fazem. Um cavalo não precisa de um nome, e sim de água, comida e exercício. E agora creio que poderia considerar aquele animal como sendo meu e pretendia alimenta-lo se encontrasse um local próprio para isso.

Em minhas andanças pela vila observei bem as fortificações e anotei principalmente locais em que eu poderia me abrigar de maneira a diminuir uma possível vantagem numérica que eles poderiam ter. Provavelmente seria impossível escapar da cidade se a batalha ficasse ruim, mas sempre era possível buscar um refúgio que aumentassem minhas chances de sobrevivência em um combate.

Além disso, o que eu procurava era um joalheiro ou ourives. De preferência um pequeno e que chamasse pouca atenção. Pretendia vender aquelas joias e comprar uma armadura melhor para mim e talvez alguma arma. Antes de mais nada, verifiquei se aqueles anéis não possuíam qualquer simbolo que os identificasse. Não queria ser confundido com um ladrão por isso, e caso visse algo que poderia identificar a procedência da joia eu desistiria da ideia e deixaria para vende-las em Takaras um outro dia. Lá eu tenho certeza de que ninguém questionaria a origem das joias.

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Mensagem por Laser Beetle Dom Jun 29, 2014 1:49 pm

Já havia alguns meses que Eric estava em Lodoss. A ilha era magnífica! Saindo da península onde desembarcou, seguiu até a capital à procura de aventura. Hilydrus era incrível, um verdadeiro santuário, onde acabou ficando um pouco mais do que devia. Conheceu muita gente, entre eles um pequeno grupo de sacerdotes da Luz que estavam em missão de evangelismo. Ouviu histórias sobre todas as partes da ilha, em especial sobre o norte e o sul. Aparentemente, o outro reino do continente era terrível, repleto de morte e escuridão, o exato lugar onde um Cruzado era preciso.

Mas também foi alertado dos perigos de lá. Sabia que não podia simplesmente caminhar até o reino das sombras e esperar combater todo o mal que encontrar. Seu treinamento ainda era incompleto, recebeu o título de Cruzado por cortesia, sem realmente ter passado pelos estágios avançados da educação e treinamento militar. Tinha ainda muita coisa que não sabia, e seria desperdício sacrificar sua vida para o primeiro grupo de ladrões que lhe abordassem. Decidiu, então, seguir para o norte. Nas terras geladas, havia ouvido falar de uma espécie de coliseu, onde qualquer um podia participar - se assim desejasse - e as lutas não eram até a morte. Se conseguisse chamar atenção o suficiente, talvez conhecesse algum mestre de esgrima que lhe ajudaria mais no seu treino. No mínimo, poderia arranjar algum dinheiro para sobreviver as longas jornadas que estavam à sua frente. Com destino decidido, aceitou a oferta dos sacerdotes e usou o dinheiro que lhe foi dado para embarcar numa carruagem para o norte. Para Calm!

Queria ele que seu entusiasmo fosse recíproco... A primeira notícia que recebeu foi que o coliseu estava fechado temporariamente, devido às notícias da ameaça dos Orcs que se escondia nas florestas. Provavelmente o vilarejo seria atacado em breve, e - como que pra confirmar as dúvidas - um contingente do exército de Hilydrus estava à caminho para reforçar as defesas. Que péssima hora. Ou seria a melhor hora possível? Refletindo sobre tudo aquilo, era difícil acreditar em coincidência... Havia a Luz iluminado o caminho de Eric mais uma vez? Só podia ser! Os Sacerdotes que apontaram Calm eram devotos da Luz, afinal. Com sua mente decidida, Eric começou a ajudar como podia, era um rapaz jovem - não muito forte - mas ainda assim com grande entusiasmo e energia, e era exatamente esse tipo de pessoa que era necessária na construção de barricadas e paliçadas.

Ele trabalhava junto a outros três homens - provavelmente moradores de Calm, pois não usavam armadura - cortando lascas das toras de madeira para fazer estacas. O frio era sempre presente, e a única coisa que aquecia Eric era o sentimento de satisfação por estar realizando a vontade da Luz, e a emoção de explicar para os três homens como ele conseguia conjurar armas douradas com a mente. Aquilo sim, foi interessante. Durante a comoção, percebeu que todo tipo de gente participava dos esforços de reforçar o vilarejo. Tinha ouvido falar de uma recompensa de alguns tantos Lodians para os mercenários que ajudassem o exército, mas ele não se importava com aquilo, estava ali porque queria. Porque seu deus queria.
Mesmo depois de recusar várias vezes o dinheiro, acabou aceitando porque - aparentemente - era ilegal aceitar trabalho mercenário não-remunerado, e como Eric aprendeu rapidamente, Hilydrus possuía um grande arsenal de regras e códigos.

Ele planejava doar os Lodians à reconstrução da cidade, quando tudo terminasse. Sentiu um vento estranhamente mais gelado arrepiar sua espinha, e olhou para os céus. Céus nublados de inverno. Sentia que a batalha estava mais próxima do que eles esperavam, e isso lhe traria medo, se não soubesse que a Luz estava com ele. Sempre. Acomodou-se melhor dentro do grande poncho que um dos homens lhe ofereceu, e continuou a cortar lascas, começando a sentir seus músculos queimarem um pouco com o esforço.

Pelo menos era melhor que o frio!

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Mensagem por Lyza Simons Qua Jul 09, 2014 9:21 pm


Cerco em Calm.

Era hora de partir enfim, a tempestade havia cessado e Lyza já estava descansada o suficiente para seguir em frente. A mulher acreditava que a elfa segui-los-ia até Calm, mas esta se separou do grupo bem antes, assim que saíram da casa do gigante Hargrim. Sua partida, porem não fora menos deslumbrante do que sua chegada, montada num lindo corcel alado branco, ela deixou o grupo deixando toda sua humildade e desejos de boa sorte. Lyza não respondeu, apenas observou toda a magnificência daquela cena boquiaberta. Era hora de seguir em frente, Kirshin convidava Lyza a montar no cavalo junto a ele, e sem hesitar a maga aceitou a gentileza do companheiro. Mesmo sabendo de sua origem, ela era talvez uma das poucas naquele lugar que não o recriminava simplesmente por ele ser o que era, talvez pelo fato de ter visto no rapaz algo além de uma aura sombria e desconfiança. Fosse o que fosse, eles estavam trabalhando juntos, desde quando foram contratados pelo gordo e sua concubina, até o momento em que foram emboscados pelos Gnolls, e se viram tendo que lutar lado a lado por suas vidas. “Um demônio de verdade teria nos abandonado, teria nos deixado morrer nas garras daqueles seres enquanto fugia para as sombras...” E talvez fosse por esses e outros pensamentos positivos sobre Kirshin, que gostava mais dele do que sentia medo. Após horas de uma viagem lenta pela neve, porem tranquila, eles enfim avistavam algum sinal de vida. – Fumaça... - Constatou Lyza ao notar os pilares cinzentos subindo ao fundo. Atravessaram a floresta e la estavam, em Calm.

Ah, Calm! Seu antigo lar antes de sair pela Ilha de Lodoss à procura de pistas sobre sua afilhada. Seria certamente uma visão um tanto nostálgica e até mesmo bela, não fosse pela drástica mudança que ocorria em tempo real no vilarejo. Torres de vigia, soldados armados por todos os lados e um cercado sendo erguido em volta de toda a vila. Lyza parou de imediato e ficou bastante apreensiva com aquilo, sabia que a vila era um local extremamente pacato e hospitaleiro. Se a guarda já estava mudando a cidade a tal ponto, certamente algo de muito errado estava ocorrendo naquela região. “Os orcs, como Lady Lisbeth havia dito...” Foram os primeiros pensamentos de Lyza antes de tentarem entrar. Kirshin novamente tomou a frente na situação, a mulher apenas concordou e o deixou seguir, mas antes que pudessem pronunciar qualquer palavra, foram interrompidos pelos guardas, que rapidamente se armaram para combater o grupo. “Que clima é este, eles mal esperaram uma ordem ser dada, será que estão tão desesperados assim?” As palavras do capitão logo denunciaram a gravidade da situação, estavam necessitando de muita ajuda, todos que pudessem ajudar a combater os orcs seriam bem vindos. – Pode contar com minha ajuda, Capitão. Certamente farei o que estiver ao meu alcance para ajudar, afinal, Calm já foi meu lar em tempos passados. – Lyza e Kirshin já estavam dispostos a ajudar desde que saíram da casa de Hargrim, restava apenas Aldarion dar sua resposta. Quando entraram na vila, mais e mais soldados eram vistos, juntamente com a milícia de Calm e até mesmo alguns camponeses armados eram vistos perambulando sem rumo pelas ruas nevadas. Todo o clima de hospitalidade e tranquilidade desaparecera, o que predominava agora nas faces dos moradores locais era a preocupação, a apreensão, o medo. Lyza estava começando a sentir-se incomodada em ver tamanha pressão sobre aquele lugar, mas sabia que a única forma de terminar com isto seria ajudando a terminar com aquela guerra. Mas quanto tempo levaria? Dias, talvez semanas, meses, anos... Quem sabe, quem ditaria o ritmo daquele confronto seriam os próprios lutadores...

- Devemos descansar por hora, nossa viagem foi longa, acho que pela manhã sera um bom horário para decidirmos como agir. – Lyza deu a ideia a seus companheiros, mas ela própria já procurava para si uma taverna ou qualquer lugar onde pudesse se instalar. Olhava para todos os lados a procura de uma estalagem, mas não se moveria até que todos concordassem com o plano. Uma vez decidido, era hora de descansar, e tentar dormir a noite com toda aquela pressão sobre sua mente e seu coração.



[Peço desculpas pela imensa demora de minha parte, eu estava sem computador e sem possibilidade de me conectar ao forum de algum outro lugar. Tentarei não atrasar mais a partir de agora.]

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Mensagem por NR Nayruni Qua Jul 16, 2014 10:11 am

@ Saphira

Sua vida nunca foi um mar de rosas, não é mesmo? Até naqueles dias em que você ainda podia se dizer humana, jamais sentiu o manto da paz repousar sobre seus ombros. Você tinha que ficar sempre em alerta, temendo que a qualquer momento um demônio asqueroso, nativo daquela terra a atacasse.

Seus dias eram negros, você se perguntava como seria sair dali, viver sua vida nas cidades brilhantes que repousavam sob o céu azul diferente do céu eternamente coberto por nuvens negras que você estava habituada a ver. Você se perguntava, se perguntava tanto que começou a agir. Pouco a pouco suas parcas economias iam se somando, dia após dia, aquelas poucas moedas que você escondia embaixo do assoalho da sua humilde casa.

A medida que os dias passavam o número de moedas ia crescendo e junto dele sua esperança de finalmente poder deixar aquela terra de trevas eternas onde demônios caminhavam sobre as ruas com liberdade alarmante. Depois de dois anos juntando economias e passando por privações, estava tudo pronto, faltava apenas um dia para você partir junto de uma caravana de mercadores ousados que visitavam Takaras vindos de Paramet.

Mas o destino tinha outros planos para você. Naquela noite fatídica você retornava para sua casa quando foi atacada por aquele que se tornou o algoz de seu corpo, de sua mente e o mais importante, de sua alma. Você tombou e quando acordou não era mais humana, era agora um monstro, uma predadora, uma criatura condenada eternamente a vagar em trevas não importando onde vá. A luz que você tanto ansiava se tornou sua maior inimiga ferindo-a como se o próprio Sol tivesse repulsa de você, como se sua presença sobre a face do mundo fosse um pecado.

Seu mundo agora não passa de uma pálida lembrança do que fora outro dia, antes você sonhava com a liberdade, com o brilho do Sol e de uma nova vida, hoje você tenta em seu íntimo recuperar desesperadamente o que perdeu. Viver, é tudo o que você quer, mesmo que nesta forma decadente, por isso você aprendeu a controlar sua fome e a direcionar contra presas que segundo os julgamentos morais, mereciam a morte.

Mas em suas andanças você descobriu o mito sobre um artefato mítico, algo que talvez pudesse salvar sua alma e restaurar sua vida perdida, o Cálice de Eludel. Sua busca pelo artefato a levou até as terras congeladas das Montanhas da Neve Eterna, aqui você encontrou Calm um vilarejo outrora pacato mas que agora se preparava para a guerra. Você logo se encontrou prisioneira neste conflito que em nada tinha haver, sem outra alternativa você passou a se esconder no porão de uma casa saindo apenas para coletar informação ou drenar o sangue das ovelhas que os aldeões criavam. Sangue de animais não era tão suculento quanto o sangue humano, mas servia.

Hoje a noite mais uma vez caia sobre esta terra gélida e mais uma vez você despertava para caminhar entre os de sangue quente, entre o rebanho mortal que lhe sustentava.


@ Skazka, Sérpico, Eric e Saphira.

Todos vocês, não importando onde estão, vocês conseguem ver uma movimentação na rua principal, um pequeno grupo de guardas escolta o que parece ser um trio de viajantes. Eles são apenas viajantes e não deveriam chamar tanta atenção, mas há algo neles que atrai seus olhares.

O trio é composto por um homem sombrio coberto por trajes negros, uma mulher de bela aparência portando uma foice, um guerreiro alto e musculoso vestindo uma armadura negra repleta de espinhos e carregando uma espada maior do que ele próprio nas costas. Um trio incomum, um trio de estranhos de estilos e aparências singulares.

Vocês conseguem ver claramente o capitão da guarda, Markis, conduzindo o trio pela avenida principal provavelmente com destino a prefeitura onde o general Thurandor fixou sua residência e base de operações.

Sérpico de longe reconhece a aparência do velho companheiro de aventuras, o brutal e agressivo Aldarion. Vocês estão livres para fazerem o que quiserem, podem se aproximar do grupo e ouvir suas conversas ou fazer qualquer outra coisa.


@ Lyza e Kirshin

O trio continuava a marcha ouvindo as palavras do capitão Markis, Kirshin respondeu de maneira positiva à história do homem sendo apoiado por Lyza, Aldarion por sua vez permaneceu em silêncio. O grupo continuou andando e logo os três estavam conversando sobre o que fariam na cidade, quando Markis escutou que pretendiam se separar temporariamente ele logo os interrompeu.

Desculpem, senhores mas peço que antes de se separarem me acompanhem, temos que falar com o general Thurandor, tenho certeza que ele vai querer ouvir o que vocês viram quando vieram para cá.

Me desculpe Markis mas não tenho tempo para seus problemas, preciso cuidar de um assunto particular. – Disse Aldarion agora tomando o cavalo para si. – Preciso do cavalo! – Disse simplesmente, em seguida saiu em disparada pelos portões da cidade até desaparecer de vista.

Se Kirshin tentasse impedir Aldarion, este o empurraria fazendo-o cair sentado na neve macia e depois tomaria o cavalo para então finalmente sumir.

Que cara estranho, que bicho mordeu ele? – Perguntou Markis confuso enquanto coçava a cabeça. – Vocês vêm comigo ou vão tentar ir atrás do seu amigo louco?

Caberia agora aos aventureiros decidirem o que fariam.


Prazo mínimo de 7 dias a contar de hoje.

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Aproveito este espaço para deixar meus préstimos ao meu colega de equipe GM Zato por ter lido toda a história escrita na ficha do Bluesday!!!

Parabéns fera! Você é mitológico!
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Mensagem por Sérpico Qui Jul 17, 2014 10:20 pm

“Aldarion?”, pensou, quando avistou o guerreiro na via principal. E não só ele. “O Olhos Brancos também”. A verdade é que Lodoss é um lugar pequeno: fácil de trombar com conhecidos. Bom, era verdade também que uma guerra menor estava armada e isso serve pra atrair combatentes. Sérpico ficou satisfeito ao ver os dois. Suas respectivas vidas aventureiras, cheias de perigo, não prometiam longevidade; então era ótimo vê-los bem e prontos pra outra, reforçando as fileiras.

Mas Sérpico não foi até lá.

Mas também não continuou trabalhando ─ pois aparentemente todos pararam de trabalhar e Sérpico não queria chamar atenção como o sujeitinho altivo que não dedica nem um momento de saudação a autoridade e aos novos irmãos de armas. Não queria chamar atenção. Não queria aparecer. Queria o anonimato.

Então largou a pá, olhou um pouco o movimento, tentou ouvir o que os outros trabalhadores falavam e depois ─ feito o disfarce social ─ foi se aquecer brevemente numa fogueira ali perto. O fogo era especialmente lindo e Sérpico ficou ali por um tempo, melancólico, olhando um monte de cenas imaginárias dentro da chama.

Voltaria para o trabalho depois de dar uma espiada, para se certificar que Aldarion e Kirshin não estavam por perto...

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Itens: Faca (nível 1), Sobretudo de couro rígido (nível 1), Amuleto do Conselho
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