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Floresta da Tortura

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Mensagem por ADM GabZ Seg Fev 24, 2014 2:05 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Floresta da Tortura - Página 2 Duh3emy

A floresta amaldiçoada não leva este nome à toa. Diversos seres acertam suas contas neste lugar, levando suas vítimas a mortes horrendas e extremamente dolorosas — e muitas vezes, lentas. Corpos ficam muito tempo pendurados, pois quase nenhum animal se atreve a ficar na floresta por muito tempo. Algumas árvores parecem ter rostos, outras brotam em formatos destorcidos e atormentados. O chão é lamacento, úmido, e as poucas formas de vida que vagueiam por ali já não possuem uma alma para ser atormentada. A energia é negativa e pesada, fazendo qualquer pessoa fraca de mente ficar amedrontada e insegura. Gritos de agonia são ouvidos vindos da floresta eventualmente, e é difícil dizer se são seres sendo torturados... ou ecos que se perderam na escuridão. Alguns demônios nascem aqui sem motivo aparente, surgindo de almas atormentadas, ou do ódio delas.

Existem muitas lendas que levam aventureiros a desbravar a floresta amaldiçoada. Promessas de riquezas, tesouros perdidos a milênios atrás que apenas esperam por almas corajosas encontrá-los. Outra das lendas apontam uma fenda no espaço-tempo em algum lugar da floresta. Nela o tempo passa muito mais rápido do que o normal. Existem relatos de demônios que passaram apenas alguns dias na floresta e, quando retornavam, tinham centenas de anos de idade.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 7:24 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por NR Fury Ter Ago 18, 2015 10:09 am

A menor menção positiva com a cabeça: foi tudo que Sean precisou para fechar aquele acordo. Aquele trato. Ou seria melhor dizer pacto? Na verdade, ele não sabia o que esperar. Será que estava prestes a perder mais um pedaço de sua alma para outro demônio? As outras opções não eram mais desejáveis, afinal...

[???] — Perfeito! — Exclama num pequeno salto e um bater de palmas ao perceber que Sean estava disposto a selar aquele acordo. O sorriso na face dela não poderia ser maior.

[???] — Angelique, largue ele deitado sobre o chão. Eu preciso de conexão com a terra e com os vermes... — Isso não foi muito animador.— Hm... nunca fui boa com os vivos. Mas sou boa com ossos. Isso deve bastar. — Isso também não foi animador.

Angelique seguiu as instruções daquela mulher maluca. Deixou Sean sobre um colchão macio de musgo que crescia sobre algumas pedras. Ele podia sentir a umidade e o cheiro levemente adocicado. Em seguida, a mulher se aproximou. Ela afastou as roupas e fez um furo com sua unha grande e afiada na altura do coração do menino. Com o sangue que brotou marcou um sigilo na testa de Sean. Pronunciou algumas palavras e aquela marca de sangue ardeu como brasa. O garoto sabia que podia resistir àquele feitiço, mas como era parte do trato, ele apenas aceitou.

Quando aquela parte do ritual terminou, a bruxa se concentrou no que mais importava: as costelas de Sean. Pronunciando mais algumas palavras ininteligíveis, ela o toca mais ou menos onde haviam se quebrado. Quando a pele suave, pálida e levemente gelada toca a barriga do menino, ele sente uma dor descomunal, uma que nem mesmo sua tolerância podia resistir: era a sensação da sua medula sendo rasgada, arrastada e reconfigurada de volta no lugar, junto aos ossos e todos os demais tecidos. O que ela fazia era se concentrar nos ossos quebrados e colocá-los de volta no lugar, perfeitamente, como se não tivessem sido danificados, causando o menor estrago possível no processo. Aquela mulher era uma necromante: ela era boa com os mortos, mas não tanto com tecidos vivos.

Sean desmaiou.

Mergulhando na escuridão de seus pensamentos, o menino viu novamente o seu demônio. Ele estava em silêncio, mas tinha um sorriso vencedor rasgando sua face. Sua imagem era tão grande que fazia Sean parecer insignificante diante de sua grandeza. Era também muito clara. Aquilo o fez ter certeza de que a luta pelo controle ficaria cada vez mais acirrada. Sean diminuía, diminuía, diminuía...

Então acordou. Quanto tempo havia se passado? Não dava para dizer. O garoto estava deitado ainda no mesmo lugar e ao seu lado um esqueleto fazia guarda.  

Floresta da Tortura - Página 2 Esqueleto


Exatamente: uma pilha de ossos animados com um sigilo — possivelmente igual ao que o garoto havia sido marcado — estava bem ao seu lado segurando uma espada enferrujada. Ele ainda tinha alguns fios de cabelo, o que o conferia uma aparência ainda mais bizarra e pareceu inconsciente da mudança do estado do menino.

O que será que havia acontecido? Pelo menos Sean já se sentia muito melhor e capaz de respirar. Podia até erguer seu corpo novamente, embora tivesse a certeza de que não estava completamente recuperado.

[???] — Pequeno guerreiro, você acordou. É mais forte do que eu esperava. Isso é bom.

O menino poderia até se assustar com a forma repentina como a mulher simplesmente parece surgir no seu lado. Mas, pensando bem, talvez apenas não tivesse a percebido antes. Angelique não estava presente. Onde será que ela estava?
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Mensagem por Hoshitteru Ter Ago 18, 2015 10:24 am

A medida que o sol ia se pondo, a lua ia se tornando mais intensa e visível no céu que consequentemente se escurecia. Com a floresta distante de qualquer vilarejo ou instalação, o céu estrelado era quase que inevitável, porém aparentemente seria o único motivo de conforto vindo da paisagem. Já que a floresta ficava cada vez mais apavorante e obscura, intensificando todos aqueles sentimentos negativos que já havia sentido, mas desde que não estivesse sozinho estaria tudo bem.

Enquanto isso, Faeriniel insinuava um ato jocoso diante do comentário de Ree. Em seguida se aproximando e pegando a gaiola de minhas mãos para posicioná-la sutilmente no chão. O que mesmo sendo realizado de tal forma me preocupou um pouco, fazendo com que minhas mãos seguissem todo o seu trajeto até o chão, porém logo voltei o olhar para ele, que já estendia sua mão em minha direção. Inicialmente não havia compreendido, então curvei levemente a cabeça para o lado enquanto soltava mais uma vez um miado com sonoridade interrogativa.

Não levaria muito tempo para compreender e posicionar minha mão sobre a dele, que logo fora guiada até uma posição em que elas ficassem frente à frente. Quando senti uma sensação morna e confortante. Só percebendo poucos segundos depois que, independente de onde estivesse encontraria o senhor Faeriniel facilmente. Era como se estivéssemos conectados por uma bússola ou algo semelhante, o que me era reconfortante, já que agora tinha certeza que de certa forma não estaria sozinho.

A fumaça de seu cigarro aos poucos nos alcançava e saqueava todo nosso oxigênio "puro". Não sentia incomodo nenhum perante aquilo, porém o contrário poderia ser dito sobre Ree, que parecia se irritar cada vez mais. Ao menos para mim, era preocupante ouvir todas aquelas palavras sobre a floresta, o que me induzia à pensar ainda mais no quão diferente aquele lugar era de minha casa. E sem guia de dúvidas, não havia nada que pudesse realmente comparar.

Kai... Hoshitteru... —  pronunciava baixo e um pouco envergonhado, logo em seguida me assustando com os variados flashes de memória que repentinamente vieram em minha mente. Agora, realmente envergonhado, com o rosto corado e o coração palpitando fortemente, onde minha mão permaneceu durante todo o restante da explicação, na tentativa de acalma-lo.

Mas e você senhor Fae? Se possível posso escrever seu nome em minha perna, ou até mesmo em um dos meus dedos. — falava com certa empolgação enquanto balançava a cauda e representava o que dizia com o movimento dos próprios órgãos.

Quando terminasse, teria o braço puxado bruscamente por Ree, que em poucos segundos corrigiu seu nome com pressa e me entregou a gaiola antes mesmo que pudesse analisar a escrita feita em meu braço ou até mesmo questioná-la sobre o que estava escrito. Conformado. Tudo o que faria seria aceitar e olhar para os dois enquanto aguardava qualquer decisão.
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Off:
Desculpa pela demora e pelo post horroroso. :c Os motivos são vários, mas acho que já falei anteriormente, por isso não vou descrever aqui. Xd Ah! Queria perguntar se somente o Kai quem vê os flashes ou se o Fae viu também. Desculpa se parecer rude, mas não é a intenção. :c Você deixa a quantia de exp acumular pra postar no tópico ou só esquece mesmo? Hue Um abraço : 3

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Mensagem por Hummingbird Ter Ago 18, 2015 9:03 pm

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É curioso. Quando eu vim parar aqui, entrei num processo de aceitação que foge dos parâmetros normais para um demônio. Era como ter que aceitar ter sua existência reduzida, diminuída. Dificilmente esses humanos tolos entenderiam... nem eu entendi. Sean muito menos. Ele era filho de um Padre afinal, tinha aquela energia nojenta, repugnante, aquele cheiro de fé impregnado em cada centímetro da pele, e até no espírito. Eu não sei porque diabos ele sobreviveu quando invadi seu corpo. Meus poderes eram absolutos, soberbos, eu me destacava entre os grandes servos do Inferno, eu comandava milhares de demônios menores, eu espalhava terror e fúria por todo lugar... e nem mesmo tudo isso foi capaz de matar essa criança. Então eu me pergunto; o que ele teria de tão especial? Um reles humano. Ora, foram tantos outros que matei, tantos outros que vi sucumbir para ganância, medo, ambição... então porquê? Justo uma criança!

[ ... ]

— Diga-me, pirralho, como sobreviveu? - A voz dele me despertou.

Aos poucos, um turbilhão de memórias atingiam minha cabeça causando muita dor e até alguns transtornos de pensamento. Demorou até que as coisas se organizassem minimamente, fui lembrando de Angelique, da mulher...do nosso trato. Lembro de sentir ela me furando com aquelas unhas, fazendo uma espécie de desenho na minha testa e eu senti nostalgia, lembrei de meu pai não sei porquê. E por fim, aquela sensação ruim. Era dor. Excruciante, foi um choque tão grande que eu perdi a consciência. Por muita sorte ele não se aproveitou disso, mas não perdeu tempo também até dar o ar de sua graça. Chegou me acordando desse sono profundo, enchendo minha cabeça de fúria e de perguntas que eu não entendia muito bem. De onde veio aquela revolta toda? Só porque foi derrotado?

— Que!? Já faz tanto tempo e você vem perguntar isso agora? Deveria agradecer que o monstrengo não achou a gente. Angelique até que sabe bem se esconder...- Respondi, mentalmente é claro. Ainda estava com certa dificuldade de organizar as ideias e assimilar tudo que estava vendo do lado externo.

— Eu fui de Rei à Cão de Guarda, e você, o que perdeu? O que sabe da vida, já que viveu tão pouco? E ainda ousa querer me ensinar o valor das coisas..ora, eu deveria rasgá-lo por inteiro, peste! -Esbravejou. Uma das poucas vezes em que senti algo diferente em sua fúria. Não sei explicar, também não me ative aos detalhes.

Nosso diálogo mental terminou ali.


—Hmm, oi? - Cumprimentei o tal homem-osso.

Me recuperei lentamente daquela dor de cabeça. Senti meu corpo um pouco mais forte, já era capaz de levantar e o fiz. Limpei aquela sujeira de musgo da minha capa, ajeitei minhas vestes, conferi minha mochila e, a essa altura, já não estava mais com minha cesta. Uma frágil lembrança dela sendo destruída por aquele monstrengo me veio na mente. Eu gostava de carregá-la, mas, ao que tudo indica se foi. Ergui levemente o capuz para então ser capaz de enxergar com mais clareza o ambiente, e nisso eu pude ver - e ouvir - aquela mulher. Chegou do nada, nem parecia estar ali antes, ou estava mas eu não a notei, não sei dizer. Abri um sorriso quando a vi.

— Puxa, você é mesmo habilidosa. Me sinto bem melhor, olha só; - E tocava meu dorso - na região das costelas - como se quisesse mostrar que não doía tanto como antes. Ainda assim sentia um certo desconforto. Não demorei em erguer a cabeça e fitar a mulher diretamente nos olhos logo em seguida; entusiasmado. — Você pode me ensinar? Aquilo que você fez, aquelas palavras. O que era? - Aquela hiperatividade de criança, sempre presente nos momentos de curiosidade.

Se possível, tomaria alguns passos a frente, aproximando-me da mulher enquanto arregalava os olhos observando minhas mãos com vislumbre. —Você pegou meu sangue, depois fez aquelas coisas estranhas dos vermes e tudo mais, e aí começou a mexer nos meus ossos né? Uau! - Gesticulava, enaltecendo aquilo que a mulher fez como se fosse pura magia - apesar de desconhecê-la -.

— Aliás, como você se chama mesmo? Eu sou Sean, Haha! - Completei, inclinando um pouco o rosto numa expressão um tanto..entusiasmada.

[ ... ]

A resposta para as minhas dúvidas? Eu não tive, e nem tão cedo teria. O garoto não tinha nada para me surpreender, mas por algum motivo, eu estava me sentindo maior dentro dele. Parecia estar ganhando mais espaço, poder. Aliás, eu nunca entendi o real motivo daqueles demônios esconderem-se na carcaça de humanos e se submeter as vontades deles. Talvez fosse por esse poder? A noção de espaço e liberdade ali dentro parecia crescer infinitamente, dia após dia. Por isso o meu sorriso. Enquanto eu não acho minhas respostas, não há mal em usufruir desse espaço e desse poder que venho adquirindo dentro dessa peste humana...


* Nesse post resolvi dar um pouco de liberdade pro Ifrit dar o ar de sua graça em alguns pontos. Daqui pra frente, até por conta da nova habilidade do Sean, isso vai acontecer com mais frequência. Como você pode ver, o Ifrit agora está ganhando mais "espaço" na existência do Sean porque o garoto passou a crer nele com mais convicção. É como se ele se alimentasse da fé do Sean, crescendo dia após dia. Enfim, isso vai ter consequências em algumas ações e alguns desvios de personalidade do meu personagem daqui pra frente, espero que não se assuste =D


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Mensagem por NR Fury Sáb Ago 22, 2015 3:58 pm

Um delicado sorriso emergiu na face da necromante como uma flor silvestre que desabrochava. Mas, por mais que fosse simples, uma pitada de malícia brotava por entre seus lábios, como um sórdido veneno que se escondia por detrás das pétalas delicadas de uma erva daninha.

[???] Verbis diaboli...

Duas palavras apenas. As sombras ficaram mais densas, o escuro mais escuro e o frio mais aterrorizador. De repente, foi como se o hálito da Morte tivesse soprado a lamparina da esperança. Duas palavras: o nome de uma língua profana e perdida, cuja pronúncia é tão maldita que fez com que os demônios do inferno mirassem e se tornassem conscientes daquela conversa. Ifrit conhecia aquelas palavras, embora ele mesmo não a soubesse usar. A língua do Diabo. A língua que o Mal usa para subjugar seus servos no inferno.

[???] — Não é coisa de criança. — Ela toca a ponta do nariz de Sean com o dedo, numa brincadeira. — Toda vez que se usa essas palavras, um pedaço de sua alma fica presa à noite. E você não vai querer isso. — Termina com um novo sorriso.

O esqueleto que acompanhava ficava perambulando de um lado ao outro, bastante atento, como uma verdadeira sentinela. O som dos ossos em movimento tremelicando era único e inconfundível. Ele parecia dotado de nenhuma personalidade.

[Sally] — Meu nome é Sally, mas alguns me conhecem como A Colecionadora. Isso porque minha arte exige ossos. Pequenos, grandes e de várias espécies: quanto mais, melhor. Mas eu preciso admitir que tenho uma queda por ossos "especiais". Nem todos são especiais, você sabia? A maioria das pessoas morre e gera cadáveres comuns. Existem alguns que deixam o seu poder dentro de seus ossos branquinhos... — Ela parecia extasiada só de pensar. Os olhos tomavam um brilho de uma apaixonada pela morte.

Ela se levanta e dá alguns passos à frente meio ritmados e dançantes. Os pés descalços tocavam a terra macia e os musgos úmidos do cemitério onde dava para ver alguns fragmentos de ossos.

[Sally] — Mas tal-ve-ez tenha algo que eu possa te ensinar... — Rodopiando. — Você é forte, pequeno guerreiro. Eu posso sentir. Sem dúvidas vai me presentear com um esqueleto especial.

Sally voltou a se aproximar de Sean e colocou o seu rosto bem pertinho. Seus olhos cor de terra miraram os dois lados antes que ela falassem em tom de segredo, como se alguém pudesse escutar:

[Sally] — Você não entendeu nada sobre Angelique, não é mesmo?! — Sean sinalizou negativamente com a cabeça e, após um curto silêncio, a necromante continuou. — Ela é uma garotinha muito especial. Não como um esqueleto. É algo com os olhos dela. — Apontando para os próprios olhos como se tentasse mostrar algo lá dentro. — O que ela é, você pode chamar de divino. Por isso você tem que me prometer que vai levá-la em segurança para... algum lugar seguro. Combinado?

Aquela mulher parecia meio doida. Mas, pensando bem, quem não parecia assim naquela floresta? Aquele lugar, não se sabe se pelo solo ou pelas árvores, tendia a fazer isso com as pessoas: torná-las distorcidas como aqueles troncos enegrecidos. Uns mais, outros menos.
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Mensagem por Hummingbird Sáb Ago 22, 2015 5:35 pm

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No ápice do meu entusiasmo, quando pensei que não havia maneira de melhorar, a mulher falou um conjunto de palavras que me arrepiou profundamente. Foi uma sensação tão estranha, quase pude sentir minha alma tremer. Sei disso porque foi assim que veio na minha mente, com um pouco de deboche e sarcasmo também. Eu estava feliz? Ele estava. E que diferença faz mesmo?

— O que?! - Foi tudo que consegui dizer, num tom de indignação é claro. Tudo bem, eu sei que sou criança, mas idaí? Essa baboseira da noite querer um pedaço de mim é irrelevante! Não é? E quase posso jurar que ouvi um "É claro que sim, você tem seus direitos afinal" no meu subconsciente. E sei que estava correto, afinal.

— Não se precipite, peste. Você não sabe do que essa criatura é capaz. - Ouvi seu sussurro, quase tão claro como se ele estivesse ali do lado. E veja bem, de uns tempos pra cá, isso parecia se tornar mais constante, com ausência das dores de cabeça. Nossos pensamentos pareciam se embaralhar com mais facilidade que antes, ainda que eu tivesse a sensação de que isso não era bom. E que seja, ao longo desses devaneios, ouvi a moça se apresentar como Sally. Ela coleciona ossos então? Não pude deixar de apresentar vislumbre e interesse nos meus olhos, agora não mais escondidos por baixo do capuz. Fiz questão de tirá-lo, para observá-la melhor. Não me sentia tão tímido perto dela, estava encantado.

E então, quando já havia esquecido a indignação por ter me chamado de criança, ela me traz uma nova esperança. Coisa que não me animou muito, senti que esperança ou expectativa não era algo que eu podia nutrir estando dentro dessa floresta. Estranho, hmm? "É a realidade, peste", e eu juro que quase murmurei isso pra eu mesmo.

— Angelique? Pensei que ela fosse só outra garotinha perdida na casa da Tia Anna... - Murmurei inocente. Ouvi o que Sally tinha a dizer e, bem, não foi muita surpresa, afinal não entendi quase nada. Mistérios e mais mistérios, isso me interessava. Nos interessava...

— Ela falou de um tal Templo, de Janette eu acho, não lembro direito. Você acha que lá é seguro? - Indaguei, deixando implícito a ideia de levá-la para lá, coisa que também era do meu interesse.

— Ora, quantas vezes tenho que dizer?! - Resmungou Ifrit.

Senti uma certa fúria escoar de minha mente e descer pela boca tomando conta de minhas palavras por um último instante;

Se você é tão cheia de mistérios e poderes que as crianças não devem conhecer, porque não leva Angelique você mesma? - Não soou com deboche ou sarcasmo, afinal no meu tom de voz isso dificilmente acontecia. Mas, quando me dei conta, sei de onde vieram essas palavras e esse interesse, o que pensando bem, eu também estava com vontade de perguntar.

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Mensagem por NR Fury Ter Ago 25, 2015 9:12 am

fênix • phoenix • Fenikkusu
O homem esqueleto abriu um sorriso largo e preguiçoso diante das palavras de Ree, um gesto que se tornou em uma curta gargalhada de deleite ao ouvir a pergunta animada de Hoshi. Ele abriu a boca e fez menção de que iria dizer algo, mas pareceu mudar de ideia e apenas abanou com a cabeça. Então, ainda sorrindo, terminou de ativar o truque de localização. Em seguida o guia colocou dois dedos entre os lábios e soprou um assoviou alto e continuo. O fato é que animais possuem sentidos mais aguçados, e o que pode ser uma vantagem em muitas ocasiões, também pode torná-los mais sensíveis em outros cenários. No caso, Hoshitteru e até mesmo Ree podiam sentir o cheiro de sangue fresco e de morte que emanava do interior da floresta, e aquela essência pura havia deixado suas montarias enlouquecidas a ponto de terem que soltá-las antes que os animais os ferissem.

Mas cerca de um minuto após o assovio de Fae ter se extinguido, algo aconteceu. Foi diferente para cada um. Hoshi ouviu antes de sentir algo. Ele ouviu o trote dos cavalos, mas havia algo mais, correndo junto deles... Com passadas suaves. Ree, por sua vez, sentiu a aura ínfima que todo ser vivente possui muito antes que as montarias surgissem em seu campo de visão, mas enquanto duas dessas chamas eram mínimas, havia outra mais forte junto a eles. Um ser de poder mágico razoável. Suas montarias voltaram até eles sendo guiadas pelas rédeas, e o animal que os trazia era um lobo gigante, quase tão grande quanto os cavalos que guiava. Fae acariciou a espessa pelagem cinzenta do animal de olhos dourados, então apagou o cigarro e montou sem qualquer dificuldade.

O homem aguardou até que os outros dois tivessem montado, então seguiu na frente. Os cavalos estavam mais calmos, mas essa calma parecia provir de estarem próximos do lobo gigante. Como se a fera com bocarra grande o bastante para abocanhar a cabeça de um homem com facilidade fosse alguma espécie de anjo da guarda. Um espírito protetor. E, antes que eles sequer notassem de todo, à noite os envolveu feito um manto, enquanto ainda seguiam rumo à margem da famigerada Floresta da Tortura, com as chamas da pequena fênix engaiolada servindo para iluminar o solo escuro e as árvores com galhos em formatos estranhos ao seu redor que pareciam se estender feito mãos nodosas, sempre tentando alcançá-los, agarrá-los.

Fae não disse nada, e também já não fumava mais. Ele seguia à frente da dupla em um silêncio soturno. Mas no instante em que atravessaram o limiar da floresta, os dois aprendizes de magia foram atingidos por sensações... Intrigantes. Ree sentiu presenças. Não fortes, mas numerosas. Como pequenos olhos a observá-la. Dezenas. Não, centenas. Mas bastava olhar na direção que eles estavam, e a sensação... Sumia. Como se nunca tivesse sequer existido. Vez ou outra ela podia captar um vulto com o canto do olho, um movimento rápido demais, que bem poderia ser apenas imaginação. Talvez. Hoshitteru, por sua vez, sentia a floresta de maneira diferente. Onde seu sentido mágico não era tão forte, ainda, seus sentidos físicos eram naturalmente mais aguçados que os de um humano comum.
E ele podia sentir... Ouvir... Ver. Olhos na escuridão. Silhuetas deformadas que os observavam com olhos famintos, desejosos. Estava escuro demais para distinguir mais que um contorno muito suave, mas as criaturas que ele via eram feias o bastante para embrulhar o estomago de pessoas comuns e fazer se tremerem até os ossos. E o que os monstros sussurravam em voz quase inaudível era ainda pior... Mas isso, felizmente, o jovem felino apenas podia ouvir quando o vento trazia as palavras entrecortadas até suas orelhas felpudas.

Entretanto, mesmo que estivesse claro que aqueles monstros queriam lhes fazer mal, nenhum deles se aproximou ou atacou. E após cerca de uma centena de braças o murmúrio suave feito um ronronar se desfez e se extinguiu por completo. A sensação de ser observados também se foi, enquanto o espaço deixado era preenchido pelo mais absoluto silêncio. Ao avistarem uma ponte de pedra com cerca de seis braças de largura que se estendia sobre um rio com água cristalina e de vinte braças de uma margem à outra, mas de correnteza fraca, o homem esqueleto sussurrou por sobre o ombro direito.

— Não olhem nos olhos das sereias, e não respondam nenhuma pergunta. – E soltou um longo jato de fumaça.

Hoshi e Ree ouviram um canto suave apenas um instante mais tarde. Risinhos suaves de vozes melífluas e totalmente desprovidas de arestas cortantes. Avistaram seres desnudos, com corpos molhados e de uma beleza perfeita, ou quase... As escamas que cobriam seus corpos lhes davam tons que variavam do ébano ao dourado, cores sem fim, o que os tornava ainda mais difícil de não encarar. Compunham uma visão estonteante, de tirar o fôlego. E tão logo os viajantes se aproximaram, os sereianos se aproximaram da ponte, ou sobre pedras largas, e começaram a chamar pelos que passavam, fazendo convites picantes e explícitos, ou apenas convidando para saborear uma refeição agradável, nadar e se divertir...

Eram tão lindos... Tão amigáveis.

○ ○ ○


OFF: Dois passos equivalem a uma braça. Mil braças a uma milha. Quatro milhas compõe uma légua.

Xp de atraso:

Hoshi +50xp
Ree +50xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +400xp
Ree +400xp

Prazo de volta: Quem não postar em até 7 dias após o último player, será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
Takaras • Floresta da Tortura



Sally ergueu o dedo indicador e silenciosamente apontou para Sean. A unha pontiaguda mirava incisivamente o menino, ameaçadora, o que fez emergia de leve uma sensação de frio no estômago. Em seguida, ela embala o dedo e conclui:

[Sally] — Boa pergunta! Por que eu mesma não levo Angelique?! ... Bom, se eu levar Angelique, quem é que vai cuidar da minha querida coleção? Não, não. Isso não vai dar certo. Tantos ossos não são fáceis de se conseguir.

Ela seguiu alguns passos a frente. Parecia não ter percebido quem realmente falava, se era o menino ou o demônio, o demônio ou o menino: afinal, qual era a diferença? Aos poucos eles se tornavam mais próximos de um só. Provável que fosse natural não notar a diferença. A seguir, ela recolheu um crânio do chão. Ele era pequeno, mas nitidamente humano. Será que era de uma criança? Ou talvez não fosse tão humano assim. Difícil dizer. Existiam tantas criaturas diferentes que os olhos do menino já haviam testemunhado naquele mundo, afinal.

[Sally] — O Templo de Janiya. — Ela corrige em tom sério, mas não de repreensão. — O templo da noite e da Lua. Um lugar impregnado de maldade e de trapaça. É... talvez ela fique segura lá. Mas ouvi dizer que Hylidrus é um melhor lugar. Lá tem gente procurando por ela e, principalmente, disposta a pagar. Não é legal?

Sally fica encarando aquela cabeça nos olhos profundamente, como se pudesse ver alguma coisa. Um sorriso maliciosa brotava em seu rosto.

[Sally] — Ela é uma garotinha especial. Quer dizer, não ela, mas os olhos dela. Mas vamos deixar isso de lado. Pega! — Ela lança aquele crânio na direção de Sean de maneira repentina, sem se importar se ele podia ou não agarrar. — O que você escuta?

Ela se referia claramente ao crânio. Mas, afinal, do que ela estava falando? Será que dava para escutar alguma coisa daquilo? Aquela conversa estava muito estranha.

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Mensagem por Hummingbird Dom Ago 30, 2015 12:11 pm

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Afinal, o que diabos essa necrófila quer? O pirralho não tem grande vitalidade, não tem poder, não tem qualquer valor. Ela é mesmo tão fútil a ponto de precisar de alguém sem valor pra fazer esse serviço?

Huhuhuhu....

Isso estava ficando curioso, hmm? Eu quase sinto vontade de sair, de olhar profundamente nos olhos dessa criatura, de ver o seu passado de sofrimento e dor, compartilhando cada segundo de suas mais infelizes e penosas memórias, enchendo-me de prazer e êxtase. Vamos, Sean, me deixe brincar com ela, eu juro que não vou me descontrolar, só quero me divertir um pouco...

— Xiu! Eu você já fez estrago demais, agora é minha vez ta legal? -

— Hmmm, quanta bravura e valentia. Até quando você acha que consegue seguir com isso? Existem outros como aquele monstro na floresta, você não vai se esconder pra sempre, huhuhuhu...-

— Eu não. Mas nós sim. Já escapamos dele uma vez, hmm? Desta vez eu já estou mais esperto então senta aí e espera. -

— Ora seu...rrrrrrhhhhh - Rosnava.

[ ... ]

E continuou rosnando.

Havia uma certa inquietude nos meus pensamentos, senti ansiedade, nervosismo. Sei que nossas opiniões divergem em alguns momentos, maseu não vou fraquejar desta vez! Acredito muito nele, agora chegou a hora dele acreditar em mim.

E quando me dei conta, Sally terminou de falar e jogou-me um crânio. Por mero reflexo - eu acho - consegui apanhá-lo passando perto da minha cabeça pela esquerda. Reposicionei o tal crânio nas mãos, frente a frente com meus olhos, encarando-o da mesma forma que a mulher encarou-o antes. E ela queria saber o que eu ouvi. Pergunta curiosa não é? Não pude deixar de sorrir, meio sem jeito.

— Ele rosna. - Murmurei.

As palavras saíram num tom de voz diferente, uma das poucas vezes que isso aconteceu, quando sua existência parece se misturar completamente com a minha. Sua voz era minha voz, e vice-versa. Era nossa voz. Carregada de ínfimas experiências que o demônio já viveu e lhe fizeram um ser desprezível, rancoroso, cheio de maledicência. Inclinei o rosto levemente, voltando a fitar Sally nos olhos. No reflexo do amarelo-fogo em minha íris; somente amargura recheada de sarcasmo. Aquele sorriso tornou-se macabro, mal feito...

— Ele é o único de quem não consigo me esconder. Você consegue ouvir? Ele rosnando na minha mente? - Indaguei. — Rrrrhhh. Seres desprezíveis. Grrrrhhhhhhh. Escória. Rhrrrrrrr - E tentava reproduzir os sons, bem como eu ouvia constantemente, com certo pesar nas palavras.. desalento no olhar.


Por fim, acabei perdendo um pouco o foco da conversa...

— AH SIM! Eu sempre quis saber, pra onde fica Hilydrus? Meu pai falava muito de uma Catedral onde ele servia como Padre, pode ser um bom lugar para Angelique né? - E num súbito, retomava aquele perfil de menino, cheio de vigor e entusiasmo, com um largo sorriso animado no rosto. E a ideia até que não era ruim, eu poderia conhecer a Catedral do papai, e proteger Angelique ao mesmo tempo, todos sairiam ganhando eu acho...


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Mensagem por Ree Seg Ago 31, 2015 9:46 am

Ree cavalgava tranquilamente, quase que como ignorando as presenças ao seu redor.

Não lhe era estranha a floresta, já havia frequentado-a em mais de uma ocasião. Além do mais, as coisas que a assustavam eram muito diferentes. Por isso, mantinha seu olhar blasé, sem muito interesse ao seu redor. A morte lhe era uam amiga, quase uma companheira, afinal, era dela que provinha seus melhores puppets.

Clock Bunny ia em cima da cabeça da montaria, olhando em volta, de orelhas em pé, porém também com relativa calma. Estava apenas vigilante com sua mestra, pronto a saltar caso uma das criaturas ousasse quebrar a barreira da observação.

Para dizer a verdade, a falta de susurros lhe era mais perigosa do que o contrário. Pois significava que ali havia uma ameaça que afastava as criaturas mais banais da floresta, por temor ou segurança. E de fato foi comprovado, aos primeiros encantos no ar.

Ree deu uma risada de escarnio, entendendo o que eram aquelas criaturas. Sereianos, claro. Já havia lido em livros sobre a beleza e os encantos mágicos de tais criaturas. Sabendo do que eram capazes, era fácil ignora-los. Até porque, pouco lhe interessava os convites feitos. Eles que se explodissem, ela só precisava jogar a Fenix no vulcao, e pronto. Que ficassem amiguinhos de outros.

Continuou olhando em frente, cabeça ereta. Em uma provocação, bocejou, extenuando sua falta de interesse naquelas criaturas. Seguindo atrás de Hoshiteru, aproveitava para vigiar os movimentos do rapaz, e a qualquer sinal de que ele se distraisse do caminho. Clock Bunny apenas rosnava, não tendo a capacidade de distinguir beleza em tais criatura.

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Mensagem por Hoshitteru Seg Ago 31, 2015 1:58 pm

Não muito tempo depois do assovio do senhor Fae, pude sentir minhas orelhas ferais se remexerem ao escutar o trotar dos cavalos e as passadas de uma outra criatura, que só consegui descifrar quando esta apareceu em nosso campo de visão. Se tratava de um lobo cinzento e gigante, que aparentemente guiava nossos cavalos de gelo como um grande protetor que emanava segurança e calma para os demais, o que ao mesmo tempo que me trazia certo conforto, trazia certa inveja. Diferente do lugar onde havia crescido, os animais desta área não pareciam se acalmar perante a minha presença. Não sabia o porque, mas agora que o lobo trazia conforto para nossos cavalos, tinha uma esperança maior de que o fato anterior não se repetiria.

Durante a cavalgada, a floresta pareceu se demonstrar cada vez mais perigosa e amedrontadora. Diante de todos aqueles seres que nos observavam e sussurravam coisas assustadoras, arrepios e sensações de pavor eram indispensáveis. Assim, me forçando à abraçar a gaiola com um pouco mais de força e me encolher sempre que possível, ou pelo menos até que chegássemos próximo de uma ponte de pedra.

Segundo o senhor Fae, não deveríamos olhar nos olhos das sereias. Por mais que fosse um ser desprovido de muita informação, já sabia de que tipo de seres se tratavam. Já que vez ou outra, minha mãe me contava histórias sobre alguns seres mágicos que habitavam em Lodoss. Tudo o que sabia, era que sereias eram monstros que lhe enganavam para lhe atrair para o fundo do mar, ou algo semelhante. Ainda que não tivesse visto nenhuma pessoalmente, o que trazia certa vontade de conferir como realmente eram suas aparências, mas sabia o perigo que corria se o fizesse.

Assim sendo, independente do quão belo achasse a melodia, o quão intrigante fossem os convites, ou mesmo o quão amigáveis aparentassem ser. Faria o máximo para me segurar, na pior das hipóteses até mesmo chegando a fechar os olhos, ou mesmo murmurarando uma das canções que minha mãe cantava para mim. Já que podia localizar a direção de senhor Fae mesmo de olhos fechados, isto não seria lá um problema.
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Off:
Desculpe pelo post ruim (o que não é novidade. uaheuahuea), como geralmente costuma acontecer, bateu uma certa dificuldade na hora de escrever o post, mas se estiver muito ruim pode pedir que eu reescrevo amanhã. :c Hue Um abraço

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Mensagem por NR Fury Sáb Set 05, 2015 5:06 pm

A necromante embalou a cabeça frenética e negativamente com tudo o que Sean falava.

[Sally] — Não, não, não... você precisa prestar mais atenção. Precisa de mais... como é o nome daquilo mesmo? — Ela pergunta virando o rosto para o lado, como se indagasse a outra pessoa presente ali e depois retorna como se tivesse ouvido uma resposta. — Isso! Concentração. Por que não tenta fechar os olhos? Afinal, o que há de errado com você?

Até aquele momento, ao que tudo indicava, Sally permanecia completamente insciente do demônio dentro do garoto. Ou isso, ou simplesmente não demonstrava. Depois do que ela falou num misto de sermão e piada, ela se dirigiu até uma outra caveira jogada no chão — não precisou ir longe, já que elas não eram raras.

[Sally] — Preste atenção...

Naquele meio tempo, Angelique surgia escoltada por dois esqueletos muito semelhantes àquele que estava próximo de Sean. Ela trazia algumas frutas embrulhadas em uma sacola de pano sujo e esfarrapado.  

Quando o menino voltou a focar Sally, notou um brilho estranho esverdeado emergindo de suas mãos e daquele crânio. Um forte vento — do tipo que se sente com o espírito e não com a pele — soprou daquela origem. O cheiro de enxofre infestou o ar e uma agitação energética brotou e se intensificou.

[Fantasma] — A guerra! — Gritou uma voz ecoante e espectral. — ATACAR!

Da posição frente à Sally surgiu o que apenas poderia ser identificado como um fantasma. Ele ainda vestia uma armadura e portava uma espada que empunhou e com a qual avançou num ataque a ninguém, como se estivesse ecoando no tempo, vivendo eternamente uma batalha que há muito já se acabou. Ele era verde, inteiramente feito de energia brilhante e, quando Sally largou a caveira, ele se dissipou.

Ela suspirou.

[Sally] — Você não está pronto... Para chamar os mortos, você primeiro precisa aprender a ouvir... Ah, Angelique! — Ela avançou rumo à garotinha, enfiou a mão no saco, retirou uma fruta de aspecto escuro e pouco atraente e mordeu vorazmente.  

[Angelique] — Am... — Se encolheu, com seu aspecto tímido. Angelique não parecia nem um pouco impressionada com a habilidade exibida por Sally há pouco tempo.
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Mensagem por Hummingbird Dom Set 06, 2015 1:01 pm

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Que dor de cabeça! Droga.

Franzi o cenho, um pouco confuso. Eu só respondi o que ela perguntou, então, o que fiz de errado? Já com o capuz abaixado, meus olhos buscaram os dela através da preocupação. Instruções? Dicas? Ajuda? Palavras que rodeavam meus pensamentos como abutres rodeiam um corpo morto. Ainda bem que a luz ainda não havia me abandonado, de fato. Iluminou o céu nublado de minha mente com um forte dia ensolarado, espantando até mesmo os abutres. A luz no entanto, foi tornando-se um pouco esverdeada a medida que as palavras de Sally invadiam meus ouvidos. Minha compreensão foi ficando um pouco turva, aliás, já estava desde o momento que ela exigiu mais concentração da minha parte. Não bastasse os risos daquele cão alaranjado pra me atordoar. Tsc!

Voltando à luz verde... Sim, os raios de sol foram esverdeando por algum motivo ainda incompreendido. Notei que eu estava me deixando levar por devaneios, pisquei algumas vezes, respirei fundo. Senti a vida preencher os meus pulmões outra vez, uma sensação engraçada até, não sei se já mencionei. É como o entusiasmo.

— Guerra? - Com o som da minha voz eu pude retomar a consciência. Meus olhos foram de encontro a uma coisa esverdeada, origem daquela luz atordoante, que se prostrava pouco a frente de Sally. Levei um baita susto. — O-O...O QUE? - Afastei-me dois ou três passos, inclinando o braço direito a frente do corpo numa frágil tentativa de defesa. Acho que isso era mais instintivo, eu sei lá. O curioso é que o tal fantasma - acho que era um - avançou erguendo sua espada como se quisesse atacar algo ou alguém. A última coisa que vi em seus olhos foi a vontade de guerrear. Era quase tão viva quanto fome ou alguma coisa do tipo. Fechei os olhos então, tentando fugir daquilo, ainda que nos meus pensamentos aquela imagem ainda me intrigasse. A imaginação voou longe. Acho até que consegui escutar os gritos em um campo de batalha, um barulho de metal enferrujado colidindo em escudos de madeira ou cobre, não sei dizer. Um barulho líquido também se destacava pouco a pouco, como numa lembrança, acho que era o sangue pingando... eles estavam mesmo guerreando? Mas onde? Quando?

— Ah!  - Gritei, seguido de um suspiro. Foi quase como se tudo aquilo me invadisse de um momento para o outro, junto de um vento gelado que me arrepiou por inteiro. Quando abri os olhos, já livre daqueles pensamentos e também do barulho - diga-se de passagem um tormento - meus olhos rapidamente ziguezaguearam pelo ambiente. Dois outros esqueletos apareceram, estes, escoltando Angelique. Ah, que sensação boa, um rosto conhecido pra me tirar daquele choque que foi deparar-me com um passado de guerra. Seria passado? Palpite. E então aqueles risos diabólicos outra vez, seguido de lamúrias, ofensas cuspidas aos humanos como se fossem escória. A essa altura eu já estava acostumado a ouvir isso, então tentei ignorar. Meus pensamentos estavam mais intrigados com o que Sally me falou. Ela pediu concentração. Disse que eu precisava ouvir mais. Admito que foi isso que me levou a ficar um tanto cabisbaixo...

— Err... me desculpe dona Sally. Me dê só mais um tempinho, eu vou tentar de novo. - As palavras escoaram dos meus lábios como um murmúrio. É claro, estavam recheadas de incerteza, mas eu não queria desmerecer a minha vontade. Devo aceitar que aquilo tudo me deixou muito intrigado. O único motivo pelo qual eu estava inseguro era uma verdade a qual Sally parecia não conhecer. Essa verdade tinha nome, atormentava minha mente há anos e, modéstia parte, tem uma risada diabólica que confunde toda e qualquer atenção que eu tente conseguir;

Ifrit.

Eu gostaria de ter certa liberdade pra dizer; "Desculpe, não consigo me concentrar porque tem um demônio canino na minha cabeça ", mas, isso parece - até mesmo para mim - travessura de criança. Como eu explicaria os seus risos diabólicos que ninguém mais ouve? Suas palavras recheadas de maldade, malícia, descaso? Bobagem, acho que já passei o suficiente pra saber que ninguém entenderá. Respirei fundo, um pouco desatento ao externo. Se a garotinha - Angelique - ou Sally fizeram/falaram alguma coisa, não escutei muito bem. Meus olhos foram primeiro de encontro ao solo. Se ela disse que precisava da energia do solo, dos vermes - ou algo assim - talvez fosse mesmo verdade. Por um momento pensei em me atirar ao chão e fazer o que me foi pedido, mas devido a insegurança, acho que na simples força do pensamento um; "Preciso da sua energia, por favor", seria suficiente. E foi o que fiz. Olhos fechados então, um suspiro forte e pesado veio na sequência. Não era só meu, só pra constar. Tanto é que ficou um pouco evidente, mais parecia um cachorro. Na palma das mãos eu podia sentir aquele crânio envolvido na minha pele. Não fazia ideia de como fazer pra ouvir o que ele dizia - como Sally explicou - então tentei buscar intuição no pensamento. Enquanto de um lado Ifrit dizia; — Pense na morte. Sinta a morte, eleve seu pensamento até o dia em que ela veio buscar o dono desse crânio. - , minha razão me dizia pra usar o meu conhecimento. Eu sei que consigo controlar um pouco de energia vital, será que havia algum vestígio dela nesse Crânio? Um mínimo que eu possa usar, que eu possa me conectar com ele, e então quem sabe fazer como Ifrit mencionou. Será que consigo unir essas duas faces de uma mesma moeda?


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Mensagem por NR Fury Ter Set 15, 2015 10:11 am

A superfície óssea daquele crânio era áspera e seca, bruta. Era silencioso e completamente ausente de movimento. Era a própria morte. Era como ela deveria ser. O eterno descanso. Sean duvidaria se realmente seria capaz de ouvir alguma coisa, se os mortos podiam realmente dizer alguma coisa, não fosse a recente demonstração da necromante. Mas será que todos os ossos eram exatamente iguais?

Enquanto o menino pensava na vida, Ifrit pensava na morte. Vida e morte — um paradoxo, tal qual o menino e o demônio, o crânio e a força de vida. Quando as luzes se apagaram, Sean sentiu: era só uma fagulha no começo. Na verdade, nem era isso. Era mais como uma lembrança. Sim, uma lembrança da vida que um dia existiu. Um eco quase inaudível no tempo. Quando ele se focou nela, a sentiu crescer. Podia sentir também sua própria energia vital fluindo e alimentando aquilo que existia não dentro daquele crânio, muito mais fundo que isso, em outro mundo. Como se soprasse aquela faísca, uma chama inflamou e cresceu. Ele poderia ter parado o processo a qualquer momento, mas não parou. A empolgação de estar fazendo algo certo o compeliu a continuar. A curiosidade o forçava a dar passos perigosos num terreno desconhecido.

Sean abriu os olhos.

A sua frente, uma imagem fantasmagórica e assustadora se esboçou em fumaça e com suas garras grandes e assustadoras tentaram alcançar o menino. Assustado, Sean bloqueou o fluxo de energia que alimentava a aparição e ela, assim como uma chama que sufoca, desapareceu como se nem tivesse existido. Sally deu um pulinho e bateu palmas curtas e frenéticas.

[Sally] — Isso! Eu sabia que você era forte, pequeno guerreiro. Você não me decepcionou. Mas ainda falta... um pouco para dar certo. Treino. Não. Descanso. Por que você não descansa um pouco? Por que não come uma fruta?! — Ela morde aquela que tinha em mãos, fazendo o som semelhante ao de morder uma maçã. — Coma, coma! Elas são deliciosas!

A morte. A vida. Talvez a combinação das duas. A força da terra. A força de Sean. Era difícil dizer o que determinou o seu sucesso. A combinação de todos, havia a possibilidade. Ou será que era sorte de principiante?
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Mensagem por Hummingbird Ter Set 15, 2015 2:16 pm

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E então veio o silêncio. Quero dizer, na minha cabeça.

Acredito que ouvi a dona Sally comemorando, talvez até batendo palmas mas... minha atenção estava voltada para outra coisa. Abri os meus olhos então, ainda naquela posição defensiva de puro reflexo e olhei ao redor. Não havia mais nada, aquela imagem brilhante e de outro mundo simplesmente desapareceu. Foi uma experiência que não sei descrever, mas em palavras, a que mais se aproxima é nostalgia.

As lembranças que me vieram na mente foram daquele dia. Talvez eu nem tivesse tanta consciência das coisas naquela época, e pra ser sincero, nem eu me lembro direito. Era só uma mente normal, atormentada pelas vozes e gritos dos mortos que ecoavam na floresta. Foi na primeira vez que entrei nela. Foi naquele dia também em que ouvi Ifrit pela primeira vez. E a sensação que tive de reconhecê-lo como um ser de outro mundo foi semelhante a que eu tive agora, por exceção que desta vez, foi um pouco mais amena. Talvez eu já estivesse me acostumando, não sei dizer, continua sendo uma sensação estranha.

— Eu podia jurar que estava ouvindo-o dizer alguma coisa. Sua voz era tão clara como se realmente estivesse aqui... - Minhas palavras saíam com dificuldade, eu ainda estava um pouco incrédulo sobre como uma coisa tão vívida desapareceu assim, num único instante?

Demorei a me recompor.

Quando me dei conta, dona Sally estava mastigando uma espécie de fruto, aquele que a vi carregar antes, quando Angelique trouxe. Não reconheci o fruto, nem sabia dizer se era mesmo comível, mas enfim, a última vez que comi alguma coisa foi na casa da tia Anna e isso já faz um bom tempo. Aliás, algo me dizia - lá no fundo da mente - que se eu comesse, me recuperaria mais rápido. Concordei com a ideia, iniciando uma procura nos arredores por algum fruto que eu pudesse comer, seja ele oferecido pela dona Sally ou mesmo por Angelique, ou então algum que eu encontrasse pelo chão. Inclusive, teria largado aquele crânio em algum lugar por ali, durante essa procura.

— É curioso não é? - Indaguei, mesmo que não olhasse diretamente para a mulher ou mesmo me distraísse da minha procura. — A vida é tão frágil quanto a daquela coisa. Você tem todo tempo do mundo para viver, mas um único segundo para morrer. E no fim das contas, de que tudo isso vale? Mesmo depois de morto, continua vagando atrás de ambições mundanas... - Completei. Nessa última frase, os meus tons de voz variavam um pouco, coisa que acontece muito quando Ifrit e eu compartilhamos de uma mesma opinião, se é que assim eu posso chamar esse tipo de coisa. E em caso de achar um fruto então, o morderia, saboreando-o enquanto vagava em devaneios de minha mente.


Off escreveu:* Gostaria de saber como está a minha situação de Pontos de Vida/Pontos de Energia?



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Mensagem por NR Fury Ter Set 22, 2015 8:15 am

fênix • phoenix • Fenikkusu
Eles conseguiram resistir à curiosidade, e seguiram viagem sem grandes problemas, deixando a ponde de pedra em arco para trás. A floresta se tornou mais uma vez densa e escura, de forma que a única iluminação que tinham eram os escassos filetes de luz do luar e das estrelas que conseguiam abrir caminho entre a folhagem das árvores. Contudo, o silêncio permanecia. Era algo óbvio para ambos que aquela não era uma floresta comum, mas ali o silêncio poderia facilmente significar tanto quanto os sussurros. E, aos poucos, conforme o grupo se afastava do som do rio e dos sereianos, uma névoa começou a brotar do solo da floresta, a princípio nem ao menos alta o bastante para envolver o casco dos cavalos. Mas Fae pareceu soltar um rosnado baixo, raivoso, enquanto se virava para dar-lhes outro aviso sobre o ombro, enquanto sua montaria diminuía o ritmo, ficando lado a lado com um cavaleiro e então com o outro.

— Espíritos. Tapem os ouvidos com isso, – Disse entregando pequenos tampões de ouvido para cada um. — Não deem ouvidos a nada do que eles disserem e fiquem próximos de mim não importa o que virem. – Disse em uma voz apressada e baixa, já apertando os calcanhares nos flancos de seu lobo para voltar para a dianteira. A névoa, porém já batia no peito dos cavaleiros, o que tornava difícil e arriscado apressar muito os cavalos, por não ser possível enxergar o solo com exatidão. Em mais poucos segundos a névoa branca havia os envolvido por completo, apenas sendo possível ver a sombra do cavaleiro logo à frente.

E então os vultos surgiram. Sombras que passavam logo no canto dos olhos, mas que desapareciam no instante em que se virava a cabeça. Um toque gelado na lateral do rosto, como a mão de um cadáver. A sensação de estar sendo observado mais forte do que nunca. E sussurros... Mas seriam mesmo sussurros? Pensando melhor, talvez fossem gritos, já que ainda podiam ser ouvidos mesmo com os tampões em seus ouvidos. Mas mesmo o pouco que eles conseguiam ouvir deveria ser o suficiente para fazer até o estomago de um homem forte se revirar, o rosto empalidecer e as entranhas se tornarem em água... — Carne tão boa, tão boa de rasgar, lacerar a pele; pele para arrancar em tiras, para trançar, tão bom trançar as tiras; tão bonitas, tão vermelhas as gotas que caem; sangue tão vermelho, tão vermelho, tão doce; gritos doces, gritos bonitos, gritos que cantam, grite sua canção, cante seus gritos... – Os sussurros se extinguiram e então vieram as visões.

Era impossível dizer como eles sabiam, ou como haviam descoberto. Mas aqueles espíritos reproduziam os medos dos cavaleiros. Qual seu maior medo? A morte? Ser queimado vivo? Alguma criatura que rasteja ou um monstro que não pode ser derrotado? Um inimigo de longa data? Um amor esquecido e enterrado?... Velhas feridas eram atingidas por agulhas incandescentes, não tinha como nada daquilo ser real, mas ao mesmo tempo parecia tão... O que você teme? De algum modo, ao ver seus medos sendo reproduzidos ao seu redor com tamanha perfeição e riqueza em detalhes, era até possível começar a acreditar que estava ficando louco...

E quando parecia que aquilo jamais teria fim, as visões se extinguiam, e os cavaleiros podiam respirar novamente, enquanto ouviam sussurros distantes de gargalhadas encantadas. E então os sussurros se tornavam mais altos, mas ainda era possível ouvir apenas de forma muito distante. — ... Sangue tão doce, tão doce beber o sangue, o sangue que pinga, pinga, pinga tão vermelho. Olhos bonitos, muito bonitos, eu não tenho olhos, arrancar os olhos da sua cabeça. Moer seus ossos, quebrar seus ossos dentro da carne, sugar o tutano enquanto você grita. Grita, grita, gritos cantantes, cante seus gritos... – E o silêncio... E mais visões, ainda piores, ainda mais reais e mais presentes.

○ ○ ○


OFF: Malz o atraso! >.<

Xp de atraso:

Hoshi +150xp
Ree +150xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +550xp
Ree +550xp

Prazo de volta: Quem não postar em até 7 dias após o último player, será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
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Sally estava bastante distraída degustando sua fruta. Sua mente já parecia ter viajado para outro lugar. Enquanto Angelique oferecia um fruto idêntico a Sean, algumas palavras do garoto despertaram repentino interesse na necromante e a fizeram despertar de súbito de seu devaneio.

[Sally] — HA! Sabia que você não iria me decepcionar, pequeno guerreiro. Ainda bem que não te deixei sangrar até a morte. — Falava depois de uma mordida, de boca cheia. Então faz uma pausa para engolir e continuar, fazendo o resto parecer crescer em importância. — A vida é rápida como uma estação, um sopro na linha do tempo. A morte, por outro lado, é a eternidade. É por isso que ela me fascina. Por isso que escolhi a Morte para a minha arte. Mas não são todos que podem ver por este lado. A maioria, mesmo aqui em Takaras, apenas foge e teme a Morte. Alguns, por outro lado, são abençoados e podem ver de uma forma que é incompreensível, mesmo para mim...

Ela olha de canto e discretamente para Angelique, que se encolhe um pouco. Era nítido que ela falava da menina. Agora Sean tinha todas as partes daquele quebra-cabeça. O que, claro, não significa que ele seria capaz de montá-lo.

[Sally] — O que eu tento te ensinar é um meio de falar com os mortos. Ou fazer com que eles falem. Como preferir. Os mortos sabem de muitas coisas, você sabia? E eles me contam os seus segredos. O diabrete que nunca viu a luz dia que você quase conseguiu chamar. O guerreiro que ainda não percebeu que a guerra acabou... pobre alma. Mas podemos falar mais sobre isso em outro momento. Por que vocês não descansam um pouco e não procuram algum corpo mais "fresco" por aí? Eles são mais fáceis de falar... — Termina com uma piscadela.

Será que ela estava mesmo sugerindo que eles matassem alguma coisa? Talvez fosse possível. Mas aquela floresta era rodeada de perigos.

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Mensagem por Hummingbird Qui Out 01, 2015 1:25 pm

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Apanhei o fruto que me foi oferecido por Angelique. Agradeci com um sorriso juvenil, inocente. Notei que a garota estava sempre muito retraída, reservada, sequer retribuiu meu sorriso, simplesmente se afastou e ficou ali num canto ouvindo as palavras da dona Sally. Bom, isso não era da minha conta mesmo. Dei de ombros, apagando esses pensamentos, enquanto avançava com a boca sob o fruto. — Nghh! - Em primeiro momento era um pouco azedo. Franzi as sobrancelhas enquanto tentava me acostumar com o gosto. Quando o arrepio passou, o gosto passou a ficar mais doce.. até um pouco agradável.

A medida que saboreei o fruto, pude contemplar um pouco do que a dona Sally chama de descanso. Senti tranquilidade. Transformei aquele momento em algo maior. Ifrit rapidamente interviu, gargalhando no mais profundo da minha mente, como em resposta a ideia que eu tive de chamar isso de "uma boa memória". Ele definitivamente não tinha qualquer sentimento bom guardado em si. Era um pouco deprimente, até porquê, é muito difícil imaginar uma existência que não tenha o lado bom... ela fica desequilibrada. Começo a pensar se não é por conta disso que ele está comigo?

E então acordei. Acordei com a estranha sensação de que ainda havia alguma coisa sobre Angelique que eu não sabia. Dona Sally fazia questão de mencionar isso nas entrelinhas. Eu não sei dizer, é mais uma intuição minha mesmo.

— Você parece fazer isso já faz tempo não é dona Sally? - Respondi, com outra pergunta. Da maneira com que ela fala, faz parecer que já conversa com os mortos há muito tempo. — Espero um dia me tornar tão habilidoso quanto a senhora. - As palavras fluíram com certo entusiasmo. A ideia me fazia ficar animado, admito.

No entanto, o curso daquela conversa chegou num ponto complicado.

— Um corpo...fresco?! - Engoli a seco. — Mas se nós vamos matar alguém, pra depois fazê-lo falar, não seria mais fácil perguntar antes de matar? - Com uma feição inocente, aguardei uma resposta da mulher. Meus olhos foram de encontro aos de Angelique, como se também esperasse que ela concordasse comigo. Afinal, não era o mais prudente?

Para o caso de uma resposta convincente ou não, como toda criança, eu já estava convencido a fazer o serviço mesmo. Só queria perturbar mesmo. Então, ficaria só mais um pouco, o suficiente para saborear outro fruto. E, antes mesmo que esse acabasse, tomaria a mão de Angelique e, se nos fosse permitido, sairíamos na busca de algum corpo mais fresco, como requisitou dona Sally. Onde será que vamos achar um por aí...?


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Mensagem por Ree Qui Out 08, 2015 11:23 am

Quando a névoa começou a tomar conta do horizonte, Clock Bunny se endireitou, tomando a cabeça do cavalo como base de observação. Orelhas ao alto e sentidos atentos, o coelho estava sério e concentrado em sua missão de vigília.  Fae diminuiu o ritmo até emparelhar com eles. Ree achou intrigante o quanto ele pareceu preocupado com espíritos. Talvez fosse ela a estar deveras acostumada com aquele tipo de coisa. De qualquer maneira, não parecia preocupada.

Colocou os tampões, porém não lhe seriam assim tão úteis. Ela era facilmente conectada a eles por conta de seus poderes e magia. Antes mesmo que os vultos surgissem ela já os sentia, a essência pesada no ar. Ree suspirou, observando-os e imaginando o que poderia fazer com tantas almas.

- Haa... Um desperdício de almas tão boas... Se elas fossem mais frescas e limpas...  

Agora cavalgavam a um passo tão lento que não faria muita diferença andar a pé naquele local. Os vultos se tornavam mais ousados, suas formas dançando pela floresta agora pareciam se transformar. Tomavam volume, silhuetas e rostos. E um rosto que Ree conhecia bem. Ela encarava séria e fixamente para um único rosto. A risada que lhe congelava a espinha. O som de um chicote pelo ar e correntes a se arrastar. Na sua frente, Hellger lhe encarava, rindo.

Seus maior medo era também seu alvo de vingança. Nem mesmo a garota foi capaz de se controlar, e em uma raiva contida mascarando o medo, começou a emanar energia. Seus olhos se tornavam prata, idem ao seu cabelo, que esvoaçavam ora ou outra, por conta da densidade mágica ao seu redor.

Os vultos não paravam quietos, e novas visões apareciam. Novamente Hellger, porém dessa vez de corpo inteiro. Espada na mão, batalhava com alguém desconhecido, que ainda tomavam forma. Primeiro, de um jovem rapaz, cavaleiro de Hilydrus. Mas rapidamente ele tomou uma nova forma. Cabelos emaranhados, um olho faltando, e um sobretudo preto, muito semelhante ao da própria Ree. E antes que ela pudesse ao menos sussurrar seu nome, ele foi empalado cruelmente por Hellger, caindo no chão, inerte.

Seu misto de tristeza, medo e raiva aumentaram, e mais energia ela emanava.  Clock Bunny rosnava tão alto agora que chegava a espumar pelos cantos da boca. Ree estava com o cabelo totalmente prata. Os nós dos dedos estavam brancos, de tão forte que ela segurava as rédias.

- Basta. 

E ela liberou uma forte onda de energia, para perturbar os poderes daqueles espíritos e acabar com as visões.

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Mensagem por NR Fury Ter Out 13, 2015 11:32 am

[Sally] — Claro que seria. — Responde rapidamente à pergunta de Sean. — Mas aí estragaria toda a graça. Você não acha? — Pisca um dos olhos. A necromante se coloca sentada sobre um túmulo. — Não demorem muito, crianças. Eu não quero perder o jantar...

Jantar? Será que ela planejava cozinhar o corpo? Bom, poderia ser de um animal, afinal. Ou ela poderia ter gostos estranhos. Como saber? Depois de tudo que Sean já havia comido, ele não deveria se importar.

Sean agarrou a mão da menininha e juntos saíram rumo ao interior da floresta. Ele animado, ela nem tanto. Diferente de como era no cemitério, a vegetação ia se tornando mais densa. Galhos com espinhos se atravessavam pelo caminho e era preciso tomar muito cuidado. Vez ou outra um grito inesperado surgia para dar um susto. Será que era um corpo fresquinho sendo produzido ou apenas mais uma alma penada?

[Angelique] — Ammm... eu tenho uma ideia... e se a gente pegasse aquele homem que o caçador matou? Pelo menos ninguém mais teria que morrer...

Numa floresta repleta de morte e que carregava o nome do sofrimento, era novidade se preocupar com a vida de alguém. Que diferença fazia, todos ali já estavam condenados mesmo. Mas talvez fosse melhor, afinal, o que mais duas crianças poderiam fazer?

Conforme mergulharam na floresta, também o som de passos podia ser ouvido nos arredores. Podia ser só alucinação. Aquele lugar costumava pregar peças nos viajantes e até em seus habitantes. Animais, espíritos, monstros... é, eles não estavam no mais saudável dos ambientes. Só restava ver o que eles iriam caçar. Ou será que seriam eles a caça? Nunca se sabe.

[Angelique] — Mas... se precisar matar... eu posso indicar como.

Sério? Uma criança daquelas não parecia uma caçadora. Mesmo assim, ela havia sido bastante convicta no que dizia. Dava para sentir. Agora os dois só precisavam decidir o que fazer e, bem, fazer. Ou pelo menos tentar.
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Mensagem por Hummingbird Ter Out 13, 2015 6:12 pm

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No caminho, me dei conta de que ainda sabia muito pouco sobre Angelique. Tomei a frente da dupla, passos largos, alguns pulinhos entre uma poça de lama ou outra, eu não posso dizer que não estava me divertindo. Até que eu já estava um pouco acostumado a andarilhar pelos cantos da floresta, achava relaxante. As vezes me pego pensando se sou realmente eu quem gosta desse tipo de ambiente...

O fato é que, no meio da trilha, a garotinha voltou a falar mesmo com toda sua timidez. Ela conseguia ser ainda mais fechada do que eu, sempre retraída, me parecia até um pouco frágil. Fiquei um pouco curioso sabe? Outros pensamentos inundavam minha mente e me fizeram ignorar qualquer que tenha sido a pergunta da garota. Parei então frente a uma das árvores, usando-a como um escudo pra observar de canto se havia alguém por perto. Posso jurar que ouvi passos? Enfim. Voltei meus olhos para Angelique, baixando meu capuz e encarando-a diretamente.

— Ei, Angie, do que a dona Sally falava tanto sobre teus olhos? - Inocente, tentei avançar com as mãos no rosto da menina. Queria tateá-lo, procurar por alguma coisa anormal que justificasse minha curiosidade. As palavras de Sally ainda flutuavam na minha memória, junto das risadas dele é claro. "Olhos que podem ver a morte de outro jeito", o que ela queria dizer com isso? E só depois de perceber que já estava sendo um pouco inconveniente, recuaria, pensativo. — Ah! Droga, eu não consigo entender essas falas difíceis da dona Sally! - Cruzei os braços, passando a resmungar algumas palavras como se a timidez voltasse aos poucos.

Em seguida, fui pego de surpresa. Espera, Angelique estava mesmo propondo me ensinar a matar?

— V-Vo..você ta falando sério?! - Fiquei estupefato. Não pude deixar de abrir um sorriso, a curiosidade foi a mil mais uma vez. Se me fosse permitido, tomaria proximidade com a garota de novo, tomando-lhe as mãos desta vez, trazendo na altura dos nossos rostos agora mais próximos. — Então você sabe combater? Como aprendeu? Me mostra, me mostra! - Cheio de entusiasmo nas palavras, acredito que fui até um pouco invasivo demais nesse instante. Mas isso também pouco importa. Para todo caso, fiz questão de terminar com outra menção;

— Procurar pelo tal homem morto está fora de cogitação. Se aquele bicho aparecer de novo, eu não sei porque, mas eu sinto que não sairei vivo... - Murmurei, com uma certa alteração no tom de voz. Era difícil distinguir se a intenção nas palavras foi de apreensão ou deboche, até porque, desta vez não era só a minha voz que estava a falar.

— Que seja, vamos, me ensine como se faz, pooor faaavor? - Voltei ao foco, insistente como sempre.

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Mensagem por Hoshitteru Dom Out 18, 2015 1:08 pm

A medida que cavalgávamos em linha reta, a melodia dos sereianos fora se dissipando em meio à um silêncio perturbador. Ao mesmo tempo, pude sentir a presença do senhor Fae se aproximar cada vez mais, até que ele estivesse próximo o suficiente para me trazer o conforto necessário para que conseguisse abrir os olhos novamente, mas para o meu infortúnio, aquilo não significava que estávamos seguros. Muito pelo contrário, senhor Fae se aproximava um tanto raivoso para nos alertar sobre espíritos. Não que houvesse compreendido muito bem, mas decidi seguir suas ordens, assim como na vez anterior. Não conhecia o senhor Fae a muito tempo, mas já depositava uma certa quantia de confiança nele.

Ajeitaria os tapões nas quatro orelhas de forma dedicada enquanto observava senhor Fae retornar para sua posição inicial. Era preocupante ver a névoa se intensificar à ponto de nos cobrir até a região do peitoral, mas nada fora mais incomodo que os vultos que passaram à nos rondar. Com a barriga à reclamar, tremulava com cada toque que sentia na lateral do rosto, mas as palavras que os mesmos sussurravam me traziam um temor ainda maior.

E quando os sussurros pareceram ter acabado, as imagens do senhor Fae e de Ree se tornaram cada vez mais foscas, dando lugar à pequenas sombras que foram ganhando forma à medida que o cavalo continuava seu trajeto. Primeiramente a terra fora se tornando cada vez mais vermelha, até que se igualasse à um pequeno riacho ensaguentado, porém o grande incomodo veio quando a sola do cavalo pareceu quebrar um osso. Claro, já haviam alguns ossos por ali de pessoas que desconhecia, mas a sensação que tivera não me trazia nenhum sentimento bom.

A cada galope, abraçava a gaiola com um pouco mais de força, à envolvendo o máximo que pude em meus braços, enquanto abaixava a cabeça para observar a ave com a pior expressão possível. Só retornando à olhar para frente quando me convencesse de que estava tudo bem. Afinal, ainda sentia a presença do senhor Fae, e tínhamos Ree e clock bunny conosco também, mas nada disso teve importância quando percebi os corpos de todos aqueles os quais havia conhecido. Amigos mais próximos, conhecidos e até mesmo aqueles os quais apenas havia trocado um olhar ou outro.

Quase aos prantos, recorria à gaiola mais uma vez, porém os sussurros voltaram à se repetir junto à pequenos toques em algumas regiões tateáveis do corpo. Erguia os ombros enquanto fechava os olhos, na esperança de que assim como os sereianos, aquilo acabasse logo, mas o pior aconteceu quando ergui a cabeça.

Minha mãe estava no lugar da gaiola, com o abdômen rasgado e coberto por sangue, e em minha mão esquerda havia uma faca, que se encontrava na mesma região. Com o olhar apavorado, já não sabia mais o que pensar, já não conseguia mais distinguir o que era ou não real. Estava desesperado.

Mamãe... Não me deixe... — Lágrimas corriam por minha face enquanto permitia escapulir pequenos miados. Estava prestes à me render, abraçando a imagem da minha mãe e choramingando em seu colo ensanguentado.

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Off:
Whuuuu! Consegui postaaar! Yaaay! Xd Como eu tinha explicado pro Lucas via pvt, por agora eu to um pouco ocupado com o meu curso, o Enem, Fies e essas coisas todas e não to tendo muito tempo livre pra escrever (E quando tenho fica um pouco difícil planejar o post com tantas coisas em mente), mas acho que consegui fazer o dessa vez. Não ficou como eu esperava, eu queria fazer algo mais elaborado, mas enfim, acho que não tenho capacidade. :c Só de explicação, eu encerrei o post na parte onde, eu acredito que, se a ação da Ree der certo, as minhas ilusões também serão atrapalhadas. De qualquer forma, desculpe pelo atraso. :< Um abração

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Mensagem por NR Fury Qui Out 22, 2015 11:50 am

Durante toda a agradável e relaxante caminhada — para alguém, pelo menos, era o que parecia ser — Angelique se mantinha, de certa forma, esquiva. Seus olhos fugiam do encontro dos de Sean. Ela evitava o toque excessivo, mas as circunstâncias a levavam a depender do garotinho talvez um pouco mais do que gostaria. Seu passo era lento e desajeito, claramente não os de alguém acostumado às aventuras insanas daquela floresta maldita. Que tipo de passado ela teria? Muitas coisas se poderia imaginar.

Quando o menino parou, a garotinha não permitiu que ele tocasse o seu rosto. Ela se afastou, como se temesse algo. Angelique deu um passo para trás.

[Angelique] — Devemos seguir em frente... — O que ela evitava também eram as respostas.

Entretanto, o que ela havia dito, tinha despertado um interesse exagerado em Sean. Tinha atiçado uma sede que era difícil de sanar. Parecia cada vez mais difícil de fugir. Talvez por isso ela tenha desistido. Ou quem sabe precisou de mais tempo para poder confiar no garoto. Quando ele a pegou pelas mãos, ela não tentou escapar. Ao invés disso, apenas manteve o olhar fixo ao chão.

[Angelique] — Eu... eu não sei combater. — Sean podia jurar que um princípio de sorriso havia surgido naquele rostinho. — Nisso eu não posso ajudar. Mas... mas tem uma coisa... — Angelique fez um silêncio como se a voz entalasse em sua garganta, mas, com um pouquinho mais de força, ela saiu.  — Um amigo meu me disse uma vez que algumas pessoas nascem abençoadas e outras nascem amaldiçoadas... ele me disse que sou abençoada, mas... mas acho que nasci amaldiçoada... eu não posso te mostrar como faço o que faço, porque nem eu sei, mas sempre que eu olho nos olhos de alguém... de qualquer coisa viva... eu vejo a morte! — Ela fecha os olhos, comprimindo com bastante força, como se lutasse contra o que vê. — Eu vejo não do jeito que se vê... é diferente... eu vejo pelos olhos deles. Eu sinto a dor. É terrível! — Leva as duas mãos à cabeça também. — A dor de morrer...

A garotinha se afasta um pouco, leva alguns segundos para se recompor. Ela parecia mais leve, mas, ainda assim, aquele era um fardo insuportável para quem era apenas uma criança.

Amaldiçoados...

Talvez o menino também se identificasse com aquilo. Afinal, ele também era dotado de uma coisa que não podia definir bem como uma bênção ou maldição. Será que o destino se divertia com aquilo?

[Angelique] — Por isso, eu sei. Sei se você vai morrer ou não vai. Sei se você vai vencer, se pode matar... sei como matar.

A voz dela agora estava bastante instável. Assim que terminou, Angelique disparou em corrida sozinha e sem rumo. Mas ela não era boa com a floresta, como bem Sean sabia, então não foi difícil para ele alcançar.

[???] — Cof... cof... cof...

Ela estava parada. Frente a ela, um homem jazia recostado a uma árvore espinhosa e de sombra escura. Havia sangue nas roupas dele. Ele estava ferido. Angelique estava estarrecida olhando para ele.  

[???] — Ei, garota... cof! Cof! Me ajude!

[Angelique] — É... é isso... ele vai morrer de qualquer jeito.  — Ela sussurra para Sean.

Então, o menino se deparava com a Morte. Fresquinha em suas mãos, será que ele estava preparado para assumir sua responsabilidade?
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Mensagem por Hummingbird Dom Out 25, 2015 6:08 pm

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No fim eu percebi que nem mesmo meu entusiasmo era suficiente pra deixar Angelique mais a vontade. Ela parecia estar sempre muito tímida, não sei, toda fechada... esquivou de todas as minhas tentativas de conversa. Fiquei meio sem entender quando ela não me deixou tocar seu rosto, cruzei meus braços então, pensativo. É, ela não mudou nada desde quando nos encontramos na floresta há pouco. Quer dizer, faz quanto tempo mesmo? Sequer eu sei quanto tempo fiquei apagado depois de encontrar aquele bicho.

E apesar de estar distraído com tais pensamentos, pude ouvir o que Angelique falava sobre o mistério de seus olhos.

— AH SIM! AGORA EU ENTENDI! - Elevando meu tom de voz, gritei de repente. — Por isso que lá na casa da dona Anna você me disse que eu não ia morrer lá... você viu o dia da minha morte... isso explica tudo. - Murmurava as palavras como se não precisasse de resposta alguma da garota. Acredito que entendi muito bem o que ela quis dizer. Ifrit também, a julgar pelos seus deboches. Ele se achava tão magnífico e soberano que não acreditava ser capaz de ter seu destino escrito numa visão da garota. Acho que parte desses pensamentos me vieram dele mesmo, enfim. Aos poucos a curiosidade sobre aprender a combater foi se perdendo e, mais uma vez distraído, quase não percebi quando Angelique correu, sem rumo outra vez.

— Tsc! Ela vive correndo desse jeito toda vez que tento conversar, será que ela tem medo de mim? - Com essas palavras ao vento, entendi que não haveria resposta se eu não fosse atrás dela. Sendo assim, segui seus rastros até reencontrar a garota.

Agora, estava perto de alguém. De longe não reparei direito se era homem ou mulher, demônio ou anão, que seja. Meus cabelos estavam bagunçados pela corrida, tentei arrumar enquanto lhe dizia; — Ei, você ta fazendo um jogo comigo, garota? Podia só ter dito que não queria conversar... - Resmungava. Somente alguns passos depois, esbarrando em Angelique, é que reparei que a tal pessoa ali perto era um homem, parecia ferido ou algo assim. Senti um arrepio, enxerguei tudo turvo por alguns instantes, minha boca salivou. Naquele breve momento eu podia jurar que senti a vontade animalesca de Ifrit em devorar aquele homem, e eu quase me deixei levar. Senão fosse pelos sussurros da garota, eu teria perdido o controle. — Ah! Certo! Quer dizer... você já.. err, olhou nos olhos dele? - Ainda meio estupefato, na verdade queria saber se aquela certeza nas palavras da garota vinham de sua habilidade. Depois da resposta da garota, eu tomaria a frente da dupla, interpondo-me entre eles. — Ei moço, o que aconteceu com você? Precisa de ajuda? - Dizia, com certa curiosidade no olhar.

Na verdade, queria entender o que aconteceu com ele antes de simplesmente matá-lo. Quer dizer, alguma coisa me dizia pra puxar minha adaga e cravá-la no pescoço daquele homem, mas isso seria completamente sem graça. Ele simplesmente ia morrer e eu só ia saber o que aconteceu quando a tia Sally trouxesse-o de volta para falar. Eu queria ser o primeiro a saber, estava curioso, oras.

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Mensagem por NR Fury Seg Nov 09, 2015 8:33 am

fênix • phoenix • Fenikkusu


Do que é feita a alma humana? As emoções de uma centena, centenas, de almas perturbadas e destorcidas atacavam os viajantes. Mas do que tantas almas se alimentam? O que as prende a esse mundo? Loucura; medo, bravura, amor, ódio, insensatez. As emoções que rugiam nos corações de nossos valentes viajantes pareciam tornar os espíritos mais fortes, mas não apenas isso. A aura mágica. Eles não eram capazes de se alimentar de muito, mas uma pequena fagulha da energia de Ree e Hoshitteru era absorvida pelos fantasmas. E, como se fortalecidos, as vozes ganharam paixão. A emoção transbordando, mais e mais forte, ganhando um tom imperioso; ameaçadores, mortais.

— Vermes insignificantes, tão pequenos e frágeis, tão fáceis de esmagar; esmagar em uma massa de carne, carne para assar, tão saborosos assados; tão suculentos, tão macios para se morder; para devorar, devorar enquanto gritam, gritos de amor; gritos doces, gritos bonitos, gritos que imploram, grite por sua vida, implore por sua morte... – Mas após a torrente de energia, energia demais para ser absorvida de uma vez, que Ree liberou, eles se afastaram. E as palavras que eram quase perfeitamente audíveis há um instante atrás, novamente se reduziram a apenas um sussurro distante.

Os fantasmas não mais os cercando, mas ocultos em meio as árvores e vegetação ao redor. Até mesmo a névoa se tornou mais pálida, permitindo que Ree visse o cavaleiro a sua frente. Fae a observava. Com o corpo virado na direção da garota, ele olhava diretamente para ela, e ela poderia apostar que ele não havia se virado naquele momento, mas que a observava todo o tempo. Analisando, medindo e pesando. — ... Carne tão tenra, tão bom rasgar a carne; Carne cheia de ossos, ossos tão brancos, tão fáceis de quebrar; Mastigar seus ossos, quebrar seus ossos dentro da carne, sugar o tutano enquanto você implora. Implora, implore cantando; gritos cantantes, cante seus gritos... – O homem caveira virou-se para frente. Os fantasmas pareciam afetá-lo tanto quanto ao Clock bunny, em nada.

— Estamos quase lá. Fiquem atentos. – Ele gritou acima do sussurro dos fantasmas. — Sinto cheiro de carniceiro. Atentos! – O que seria isso? Um ‘Carniceiro’, como ele disse? Não fazia diferença. Os fantasmas permaneceram distantes de Ree, devido a aura mágica forte demais que os impedia de se aproximarem, mas Hoshitteru, por outro lado, não era tão poderoso a ponto de ser capaz de espantar tantos sozinho. Por pouco; mas não o bastante. — ... Arrancar o coração de seu peito, esmagar seu coração, devorar seu coração enquanto ele pulsa, pulsa, pulsa... – Os fantasmas o envolveram como um manto pesado; não, não ele. A fênix. O alvo deles era a criatura mística! — ... Tão arrogante, tão pequena, pequena que brilha; brilho tão bonito, muito bonito, tão quente, eu não tenho esse brilho, apagar seu brilho; Roubar o seu brilho, brilho secreto, conte-me o segredo, revele gritando, implore com gritos...

A névoa tornava difícil dizer o que acontecia a mais que um metro de distância. Hoshitteru começou a ter visões de seus maiores medos mais uma vez; visões de congelar seu sangue e fazer seu coração parar de bater por segundos que durava por uma eternidade. Visões que lhe davam calafrios e o faziam querer vomitar; visões enlouquecedoras. E então as promessas das mentes perturbadas dos fantasmas. Ele tinha que pedir ajuda antes que enlouquecesse. Tinha que encontrar uma forma de afastar os fantasmas. A fênix começou a se agitar na gaiola. Algo estava acontecendo. Algo ruim. Tinha que agir rápido.

A sua esquerda, à cerca de quinze metros de distância, Ree avistou uma silhueta de um metro e setenta de altura, parada ao lado de uma árvore. Qualquer um poderia tê-la confundido com a sombra de outra árvore, mas Ree foi capaz de sentir a ínfima capacidade mágica que a criatura possuía. Seria ele um desses, como Fae havia chamado, ‘Carniceiro’?

○ ○ ○


OFF: Desculpem a demora! x.x

Xp de atraso:

Hoshi +100xp
Ree +200xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +650xp
Ree +750xp

Prazo de volta: Quem não postar em até 7 dias após o último player, será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
Takaras • Floresta da Tortura





Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwDê uma boa olhada ao redor e me responda: o que move você? Você poderá dizer que é a vida ou o amor, mas na verdade o que realmente te move é a morte e o temor inexorável de sua fatalidade. O que te move é o vazio no seu peito que, você sabe, no fim acabará por devorá-lo por completo. É inevitável, então, por que não abraçá-la?



 


[Angelique] — Sim, eu olhei... ele foi envenenado. Vai se afogar no próprio sangue... — A garotinha permanece virada para o lado com as mãos unidas próximas ao queixo numa posição de uma súplica para um destino tão cruel. Ela carrega emoção em suas palavras.  
 
Mas até onde Sean poderia confiar em suas palavras? Ele, talvez, a devesse — em partes — a sua vida. Entretanto, aquela floresta era também memorável pela loucura que fazia brotar e prosperar na mente de seus habitantes. Ver a morte... uma habilidade ímpar e igualmente perigosa, certamente divina ou profana, não importa, mas de grande potencialidade. Que tipo de coisas alguém com aquilo poderia fazer? Será que alguém realmente poderia ser capaz disso?
 
[???] — Cof! Cof! Do que você está falando, garota? Eu não vou morrer. Só preciso de um tempo para me recuperar. Cof! Cof! Você não está pensando em ouvir essa louca, não está, garoto?!  
 
Pelo visto ele havia ouvido tudo. A vida ou a morte. As duas numa só. Se ele ia morrer, matá-lo era certo ou errado? Aquele era um novo jogo que Sean se via forçado a jogar; o jogo das escolhas. Era brincar com o destino ou "ser brincado" por ele?  
 
Ainda tão jovem, era certo que o menino já havia presenciado a morte. Talvez por mais vezes do que gostaria de lembrar, por motivos torpes, quem sabe, ou pura necessidade. Mas a verdade era que, até aquele ponto, suas mãos ainda estavam limpas. Quantas vezes ele já havia sacrificado um animal? Ou outras, inconsciente e guiado pelo demônio, até mesmo vidas humanas. Entretanto, agora a escolha era sua.  
 
Ele estaria preparado ou disposto a isso? Para Ifrit aquilo nada significa. Besteira! Sua alma já era escura demais. Mas não a do menino. Escolha: um fardo demasiado pesado para quem era apenas uma criança, mas que parecia inevitável. Então por que protelar? De alguma forma, sua adaga deslizou até sua mão sem que ele percebesse ou desejasse.  

Era aquela sua verdadeira intenção?
 
04
 
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Mensagem por Ree Qui Nov 12, 2015 12:01 pm

Havia funcionado. Por sorte aquilo havia funcionado. Ou Ree não saberia responder o que poderia acontecer com ela caso sua mente continuasse a ser atormentada daquela maneira. Suas mãos ainda apertavam com força as rédeas, Clock bunny ainda rosnava. Mas sua mente parecia clarear um pouco.

Respirou fundo, fechando os olhos por um segundo, recobrando a concentração

"Foram só visões... Nada demais. Aquilo não vai acontecer. Não enquanto eu estiver viva.

Ela voltou a abrir os olhos. Ainda pratas, carregando uma seriedade e concentração, enquanto suas mãos afrouxavam aos poucos as rédeas. Por coincidência, seus olhos encontraram Fae, que a observava atentamente. Ela retribuiu, como se estivesse vendo nele um inimigo tal qual os espíritos a haviam mostrado.

E assim a garota continuou, em silencio, seus cabelos com mechas pratas flutuando vez ou outra, sem que ela ousasse diminuir sua emanação. por sorte aquilo não a cansava, já que o local era carregadissimo, e do tipo de energia que Ree se aproveitava. Ela não entendia o que eram as criaturas que Fae havia anunciado. Mas era um nome até adequado para qualquer criatura que morasse naquela floresta.

Clock Bunny girou a cabeça em direção a silhueta de Hoshi. Era difícil enxergar pela nevoa, ainda que o redor da garota estivesse melhor do que os restantes. Ree notou a movimentação de C.B e ela mesma podia sentir agitações naquela direção. Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma fagulha espiritual chamou a sua atenção.

Seus olhos correram imediatamente em direção as arvores. Ela podia sentir algo. Encarou fixamente o local, até compreender a silhueta alta.

- Merda de dragão.... Fae, à sua esquerda!

Guinou a sua montaria para se aproximar de Hoshi rapidamente, uma vez que aquilo que estava sentindo pudesse ser fruto de mais uma daquelas criaturas. Emanava bastante energia para limpar a neblina e expulsar aquelas almas irritantes do caminho. Quando estava se aproximando, ativou seu escudo de modo que pudesse envolver ela e Hoshi, enquanto emparelhava com o rapaz.

Ele não parecia nada bem. Choramingava, agarrado a gaiola, enquanto a Fenix parecia se agitar. Aquilo pareceu irritar a garota. Com força, deu um tapão na cabeça dele, chamando a atenção dele.

- Acorda garoto! Choramingando por ai? Cade o heroizinho de ontem?!?

Ree parecia mais irritada que o normal. De que adiantava chorar?!? Lute, grite, avance, se vingue!!Faça qualquer coisa!! Aquele garoto em compensação era agora uma vara verde, paralisado por pesadelos pessoais, enquanto ainda ontem se portava como um corajoso protetor de donzelas.

- Presta atenção, não aprendeu nada com Cobernick?!? Use a sua cabeça, pirralho. Temos companhia caso não tenha reparado.

O escudo estava ali para prevenir um ataque surpresa. Tentava enxergar Fae de onde estava, imaginando se precisaria estender o escudo mais além.

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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Hummingbird Sex Nov 13, 2015 12:45 am

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Como eu imaginei; Angie já tinha olhado nos olhos daquele homem. Ela viu sua morte então, certo? Isso tudo ainda é um pouco confuso pra mim, e em meio a esse turbilhão de pensamentos e sensações, me dei conta de que a adaga que carregava no bolso já havia deslizado para minha mão. Senti um breve temor, engoli a seco. Meus dedos se firmaram no cabo da agada, como se clamassem pelo seu uso.

— É melhor você não falar muito, só vai piorar sua situação!- Respondi de involuntário, tentando acalmar o tal homem. Ele me pareceu um pouco nervoso, talvez no seu direito, afinal segundo Angie, ele estava envenenado. Me peguei pensando em como seria essa sensação...

No meio desses pensamentos, tudo parou.

Inclinei levemente a cabeça, tentando entender o que se passava. Na minha percepção as coisas pareciam mais lentas, como se eu estivesse mergulhando num lago escuro e sem vida. O breu logo me abraçou, senti cócegas. Esquisito.

— O que foi, Sean? Não confia em mim? - Era a voz de Ifrit, astuta como um sussurro.

— Não é isso! Você sabe...eu só...- As palavras me faltaram, mesmo que tudo isso estivesse acontecendo exclusivamente em pensamento. E quase como numa troca de pensamentos, a resposta me veio como; "Medo".

— Que tolice! Só porque você nunca matou alguém, isso não significa que você não é capaz. Pois eu digo que é. Você não acredita em mim?- Seus argumentos inundavam minha mente como se aquele mesmo lago agora virasse um oceano. De repente ficou frio.

Eu podia jurar que senti minhas pernas tomarem impulso, como se eu fizesse um movimento. Mas eu estava distraído, pensando comigo mesmo se isso tudo era certo. Meu pai nunca falou sobre isso. Mas o meu pai não está aqui agora, certo? Ele me deixou, não foi? Meus pensamentos estavam confusos, senti dor de cabeça.

— Eu to me sentindo estranho, meio ansioso. O que eu faço?- Indaguei para Ifrit, desejando do meu mais íntimo que ele pudesse me ajudar. E naquele instante eu juro que senti minhas mãos fazerem força, como se estivesse lutando contra algo. E então a resposta, veio logo após uma risada diabólica característica dele;

— Você só precisa confiar em mim, pequeno corvo. Eu estarei sempre aqui pra te guiar... - E aos poucos suas palavras foram se afastando, ecoando na escuridão. Um suspiro, seguido de mais outro...eu estava ofegante.

Quando acordei, me dei conta do que estava fazendo; todas aquelas sensações, eram verdadeiras. Naquele curto período de tempo, tentei avançar contra o homem segurando firme a minha adaga em punho. A mão livre usava como distração, apoio, inclinando-a a frente. Logo atrás, vinha a adaga, empunhada com precisão; tive a impressão de que naquele movimento eu almejava cravar a adaga em seu pescoço, de baixo pra cima, não sei porque. Meu corpo moveu-se com astúcia, era quase como se não fosse meu, mas quando eu acordei, me dei conta de que estava mesmo fazendo aquilo. E quando meus olhos se arregalaram revelando o mais profundo vermelho carmesim que me tomou por alguns instantes, tudo que vi foi a brutalidade com que avancei contra aquele homem tentando esfaqueá-lo com todas as forças... e junto disso, um conjunto de lágrimas que escorreram de meu rosto sem motivo algum. Afinal, porque eu estava chorando? Ifrit disse que aquilo era o certo...então eu só preciso acreditar nele.

Off:

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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Hoshitteru Sex Nov 13, 2015 2:32 pm

Por alguns segundos, as vozes pareceram se ofuscar, mas logo em seguida elas voltaram com uma feracidade ainda maior. Dizendo coisas que remoíam meu estomago e apalpando as regiões tateáveis com um pouco mais de força, além de fazerem sons que me traziam os piores pensamentos possíveis.

Já não sabia mais o que fazer naquela situação, então simplesmente continuei abraçando a imagem de minha mãe até que aos poucos ela fosse se dissipando, como uma nuvem, porém só o percebi quando levei um tapa na cabeça. Resmungava com um breve miado enquanto trazia a mão direita até a região. Ainda um pouco afetado, observava os arredores com o olhar perturbado, só então conseguindo prestar atenção no que Ree dizia.

Desculpe — dizia em um tom lerdo, trazendo o braço para secar o quer que ainda estivesse em meu rosto. Ree estava certa, se não quisesse acabar sendo apenas um incomodo, deveria me esforçar mais. Ao contrário de mim, ela estava emanando uma quantidade de energia bem superior, a qual fazia com que todos os espíritos se afastassem involuntariamente o suficiente para não serem mais incômodos. Além disso, parecia haver uma bolha mágica ao nosso redor, provavelmente seria provinda de Ree também.

A fênix ainda se agitava de uma maneira incomum dentro da gaiola, ainda mais para o estado que ela estava agora. — Não precisa ter medo, foram só visões, não era real. — Tentava acalma-la, passando o dedo por qualquer greta para que assim pudesse acaricia-la e em um caso mais rígido, até mesmo tentando usar minha cura para passa-la uma energia reconfortante, mas ainda assim estava atento aos arredores, com os instintos felinos dispostos à ouvir qualquer barulho ou aroma diferente que surgisse por ali.

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Off:
Primeiramente desculpa pelo post horrível como sempre, eu ainda to com uma certa dificuldade pra escrever. Por mais que a temporada de provas já tenha passado, eu acabei me ocupando com outras coisas, como procurar emprego que não tá nada fácil de achar aaeuhauhae. Também peço desculpas pra Ree pq se n me engano eu deveria ter feito o post antes né/ aeuehuahe bom é só isso por hoje, qualquer errinho só mandar mp ou chamar no skype que arrumo o mais rápido possível. Um abraço. :3

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Mensagem por NR Fury Qui Nov 19, 2015 10:33 am

Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwSe alguém não sabe nada sobre a morte, então não saberá nada sobre a vida.








Antes de pensar, o corpo de Sean havia agido. Sua faca, aquela pequena lâmina insignificante, havia perfurado a garganta do homem e a última coisa que o menino ouviu desse foi quando o sangue jorrou e ele se engasgou, se afogando nele antes de vir a morrer. Tal qual a visão que Angelique havia previsto, abrindo a pergunta: seria possível escapar do destino?

O trabalho fácil — matar! — precedeu um trabalho muito mais difícil: eles precisavam de uma parte do corpo, afinal, não parecia que as duas crianças sairiam arrastando um homem adulto pela floresta a fora. O que eles precisavam, mais especificamente, era da cabeça. Era preciso separá-la do corpo, cortar os tecidos ainda quentes, serrar o osso duro e encarar aqueles olhos que, embora opacos, ainda pareciam vivos.

Angelique ajudou com sua própria faca — ela não tinha preconceitos com a morte. Também se sujou no sangue que às vezes respingava na face das duas crianças dando uma visão aterrorizante a quem quer que observasse. Daquele jeito, as duas crianças se pareciam mais com dois pequenos e assustadores diabretes.

A floresta se calou.

Como se estivesse satisfeita, a floresta mergulhou num intenso silêncio. Nem mesmo os sussurros dos torturados eram ouvidos, mas, ao mesmo tempo, era como se mil olhos os observassem como uma plateia atenta. Sean não podia ver nem mesmo um animal. Eles estavam ali apenas em espírito e logo saciariam sua sede com um corpo fresquinho e devorariam aquela alma que para sempre estaria ali aprisionada.

No caminho de volta, poucas palavras foram trocadas. O garoto tinha suas mãos manchadas de sangue e talvez quisesse limpá-las, mas aquela mancha ia muito mais fundo do que a superfície de sua pele: o sangue escorria até os confins de seu coração numa marca horrenda violava sua alma. Pouco importava se quem tinha tomado o controle era Ifrit. Daquela vez, Sean compartilhava de igual responsabilidade. Tinha se tornado ele mesmo o demônio. Se não foi ele quem cortou, era indiferente, porque ele havia permitido. Isso o fazia igualmente culpado.


Culpado!


Culpado!


As vozes da floresta ciciavam.


O caminho parecia muito maior para voltar. Uma hora inteira pareceu transcorrer até que o primeiro túmulo pudesse ser notado.

[Sally] — Você conseguiu! — Usou um tom de empolgação. A necromante estava em frente a um caldeirão que borbulhava sobre uma chama azulada.— Você deu o primeiro passo para a Noite, pequeno guerreiro. Seja bem vindo.

Ela abandonou o jantar por um instante e se aproximou rapidamente das duas crianças, ficando bem pertinho de Sean, olhando no fundo de seus olhos.

[Sally] — Agora você está finalmente preparado para a Arte. Vamos começar de novo?


O que era aquilo que aquela mulher via que Sean não via?


05

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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Hummingbird Qui Nov 19, 2015 11:31 am

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Por fim, eu havia mesmo matado o homem. Acho que só fui me dar conta disso quando voltamos para onde estava a tia Sally. Durante todo o caminho, teve pouquíssima conversa. Hora ou outra nos olhávamos de relance, como se esperássemos que um ou outro tomasse a frente com alguma brincadeira ou qualquer coisa que desviasse o foco do assunto. Ou talvez não. Só queríamos compartilhar a culpa? Dividir o fardo? Foram inúmeras ideias que me passaram pela mente, mas nenhuma delas conseguiu sobrepor a segurança que as palavras de Ifrit me traziam. Eu realmente estava me sentindo mais confortável em saber que ele estava do meu lado.

E então, as dores de cabeça constantes que eu sofria antes, desapareceram.

— Sim! Nós conseguimos!- Adicionei, dando uma leve cotovelada em Angie como se quisesse partilhar os créditos daquela façanha também com a garota. Trazíamos conosco a cabeça daquele pobre coitado. Seus olhos, opacos e sem vida, ainda permaneciam abertos como se o tempo tivesse congelado sua expressão. Era no mínimo curioso. Ifrit gargalhava, debochou desde o momento em que cravei minha adaga na garganta deste homem, e até o momento atual ainda ria. Por reflexo disso, deixei com que um largo sorriso se formasse em meu rosto, contente, empolgado.

Tomei a frente, puxando a cabeça do homem nas minhas mãos e indo na direção de Sally, que por sua vez também se aproximou. Nos encaramos profundamente nos olhos; da minha parte somente entusiasmo. Eu podia pegar fogo ali mesmo com a proposta daquela moça. Puxa, eu estava tão animado!

— Obrigado tia Sally! Agora vamos logo, estou muito ansioso pra aprender algo novo!- Minhas palavras saíam com inocência. Era como se não houvesse fardo. Os fins justificavam os meios. Estou fazendo algo que agradou Ifrit e que me fez bem, logo estou fazendo o certo e é só isso que preciso saber né?

Com a proposta então de que eu poderia aprender a conjurar aquelas habilidades incríveis da tia Sally algum dia, me deixei levar por seus ensinamentos. Aguardava por alguma instrução mínima do que eu deveria fazer, ainda segurando a cabeça daquele homem por seus cabelos ensanguentados. Ah, acho que meu rosto também estava um pouco sujo, mas eu cuido disso depois. Eu posso jurar que meu entusiasmo era tanto que aos poucos fui ficando imerso naquele mundinho que era a conexão dos meus olhos com os olhos do morto sem vida. Encarei-o profundamente, queria muito enxergar alguma coisa além, ver se eu era mesmo capaz de conversar com a morte como a tia Sally já mencionou antes. O vento assombroso da Floresta bagunçou os meus cabelos, derrubando meu capuz e revelando meus olhos brilhando quase como fogo. Eu podia sentir que não estava sozinho, com todas as minhas forças eu sei que Ifrit também estava ali, olhando ainda mais fundo naqueles olhos do que eu podia imaginar. Eu acho que conseguia sentir tudo, até mesmo as entranhas das árvores dispostas nos arredores. Elas pareciam carregar coisas tão terríveis, eu sinto isso. Memórias, o sangue que penetrou suas raízes e que guardou pedaços de morte e de ódio por todos os lados. Eram todos como pedacinhos de um livro, eu acho. Ainda que, no momento, o único que eu fosse capaz de ler estava bem na minha frente; aqueles olhos opacos me encaravam como um livro esperando para ter suas primeiras páginas exploradas.

— Você gosta de ler?- Ele disse em tom de sarcasmo, dando-me permissão de avançar com o que pretendia.

Era só fazer da mesma maneira que fiz antes, certo? Foi a pergunta que transmiti num último olhar de relance para tia Sally, para só então prosseguir se ela não me interrompesse nem nada.

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Mensagem por NR Fury Sáb Nov 21, 2015 3:09 pm

Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwA vida é impermanência.





 
Sally acenou positivamente com a cabeça. Aquela era a deixa para Sean tentar. Ele deveria fazer aquilo que já tinha feito antes. Era fácil, não era? Bastava que repetisse.  

Os sentidos do garoto se expandiram. O vento soprou uivante, mas estava diferente. Carregava consigo um o cheiro da podridão misturado ao sangue fresco. Ele sabia disso, mas não porque podia cheirar. Sabia porque podia sentir. As árvores — testemunhas de toda aquela atrocidade — se mantinham firmes e se nutriam de toda aquela tragédia. Cada uma delas estava ali muito antes de Sean vir ao mundo e provavelmente estariam ainda muito depois. Era fascinante pensar nisso, em cada vida que suas raízes amaldiçoadas sorveram.

O menininho ergueu a cabeça do homem pelos cabelos ensanguentados até que ela estivesse bem a sua frente. Os olhos opacos já se tornavam esbranquiçados. A boca estava aberta, a musculatura da face assustadoramente relaxada e os nervos rasgados ficavam pendurados com veias e artérias logo abaixo no pescoço ceifado pelas duas crianças. Mas onde estava sua alma?

Sean ouviu.

Não com seus ouvidos, mas com seu coração e num lugar muito, muito distante. A fagulha de vida que habitava aquela cabeça ainda era enorme, era uma chama, na verdade, de aspecto verde-azulado e fria que só se podia perceber com os olhos da mente. Longe, ela ecoava seus gemidos e engasgos como no momento de sua morte. O menino deixou que sua própria energia alimentasse aquela chama e ela se tornou mais brilhante. A sensação era muito próxima de antes, mas diferente num ponto muito importante.

O sangue que escorreu sobre seu coração se tornou negro. Pela pequena mancha que ele formou, brotou a escuridão. Como uma peste, contaminou sua magia, maculou sua alma. Mas esta mesma escuridão era decisiva para aquela habilidade. Era através dela que Sean podia chamar os mortos. Ele sabia disso agora. Sabia porque a morte, em sua essência, é escuridão. É como um sono, mas sem sonho nenhum. É a noite sem estrelas. E desta noite emergiu o homem.

[???] — Você me matou, menino! Ela te enganou!

[Angelique] — Eu estava falando a verdade... — Ela tinha seu jeito retraído de falar, mas dava para sentir uma pitada de irritação.

[Sally] — Huhuhuhu! — Saltando e batendo palmas freneticamente. — Você conseguiu, pequeno guerreiro! Uma invocação completa!

Sean deveria estar muito orgulhoso dele mesmo. E Ifrit de sua escuridão...

Mas algo estava errado. De alguma forma, aquela magia começava a se tornar instável.
 
06


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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Hummingbird Sáb Nov 21, 2015 3:49 pm

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Num piscar de olhos, o vento parou. O silêncio tomou conta da floresta e até mesmo as súplicas carregadas pelo tempo, deixaram de ecoar por ali. Sally me deu um sinal de que era isso mesmo que eu devia fazer, e eu o fiz.

Mais uma vez, Ifrit estava certo.

Senti alívio; suspirei. De repente, uma espécie de energia começou a tomar forma emergindo de um lugar muito além do que os olhos podem ver, oculto naquela cabeça morta. A vida queimou mais uma vez, numa faísca meio azulada que logo tomou a forma daquele mesmo homem. Seu corpo, no entanto, parecia disforme. Por algum motivo me veio em pensamento que talvez não estivesse totalmente sincronizado com a energia que lhe dei. Foi só uma faísca, não foi?

— Eu não disse, Sean? Você não tem nada o que temer. Eu estou aqui. - Os sussurros de Ifrit me tranquilizavam diante a situação.

O homem, agora em espírito, começou a me ofender, gritar, e a medida que ele o fazia, eu podia sentir vibrações. Sim, era uma sensação esquisita, era como se eu pudesse entender passo a passo o que estava acontecendo; ele estava dessincronizado, estava com ódio, enfurecido porque eu o matei, justo eu, uma criança. Angelique murmurou algumas palavras logo ali atrás, daquele jeitinho dela, meigo e retraído. Não deixei de soltar um sorriso, mas nada que me distraísse muito. Eu estava curioso, minha atenção totalmente retida naquele monte de informação que as tas vibrações me traziam.

— É engraçado. É como se você fosse uma brisa de inverno, que assim que toca minha pele, me faz sentir arrepios, mas eu os sinto para então compreende que está frio, e que por isso minha pele se arrepia. - Comentei, como se fosse um resumo do que eu estava entendendo de tudo aquilo. Desta vez, não esperei por aprovação alguma de Sally, Ifrit tomou a frente. Sua presença me tranquilizava mais e também me trazia coragem. Apesar de sentir que eu estava fraquejando e que isso estava deixando o tal espírito furioso, eu soube no mesmo instante que ainda havia uma maneira de tomar o controle.

— Concentre-se Sean. Você o chamou aqui por um motivo, certo? Não perca o foco, você é um garoto esperto, sabe o que fazer. - Ele despejava essas palavras de confiança de uma maneira que eu não tinha como ignorar. Sorri, arregalando os olhos com entusiasmo.

— É verdade! - Falei num súbito, interrompendo o espírito em suas lamúrias. — Ei, cadê meu obrigado? Eu te trouxe aqui de volta e ainda te deixei falar e você nem agradece? Que coisa heim! - Pestanejei, segurando o riso. Claro que ao mesmo tempo, nessa súbita mudança de postura eu soube que precisava ser firme. Por instinto - eu imagino - tentei impor a minha presença de forma mais imponente. Foi eu que o chamei, oras, quem ele pensa que é pra ficar descontrolado desse jeito? Nessa brincadeira sou eu que mando aqui!

— Agora vamos parar com a conversa fiada e me fala, o que é que aconteceu pra você aparecer daquele jeito lá no meio da floresta? - Franzi o cenho, encarando-o co curiosidade. No mesmo instante inclinei um pouco a cabeça, averiguando-o mais de perto como se quisesse ver se ele ainda carregava os tais ferimentos ou se agora, em sua nova forma, ele estava "normal". — Deve ser mesmo muito esquisito você morrer. Você está lá, andando pra lá e pra cá, vivo, e de repente, BUM! Morreu. E aí? Acabou? O que vocês fazem quando morrem? - A euforia era tanta que comecei a andarilhar de um lado para o outro, gesticulando, murmurando um monte de curiosidades... mas acima de tudo, muito imponente em relação a tudo isso. Eu é que tinha controle ali, e eu queria respostas, ora essa!

Off:

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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por NR Fury Sex Dez 04, 2015 10:38 am

Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwNão existe cura para a curiosidade.
— D. Parker





 
O espírito daquele homem começava a se tornar negro. A magia seguia rumo ao descontrole. Ele estava furioso. Sua ira era visível no seu relevo que se agitava constante e abruptamente, como se a qualquer momento fosse atacar Sean ou todos ali presentes. Mas isso não era possível. Ou será que era? Afinal, o garoto apenas começava a entender o poder que acabava de adquirir.

Iniciar aquela magia já era simples. Controlar, talvez nem tanto. Por sorte, o garoto contava com um mentor — e não apenas Sally. E ele estava certo, em parte: era Sean que o havia chamado. Aquele espírito já não mais tinha forma nesse mundo. A que exibia, ele tomava emprestada. O seu novo corpo, ou chame como quiser, era inteiramente feito de energia. Mas não era a dele, era a de seu invocador. Era um delicado equilíbrio: torná-la maleável o suficiente para que ele se manifestasse e, ao mesmo tempo, rígida para que ele não fugisse do controle. Por vezes, na tentativa que durou não mais do que alguns segundos, ele quase se apagava, como a chama de uma vela que o vento soprava, brincando de assustar.  

A escuridão se dissipou.  

Sean obteve sucesso. Ter um foco era também um ponto crucial para treinar sua própria mente. A necromante avançou alguns passos e deu uma semi-volta examinando a aparição.

[Sally] — Muito bem! Não o deixe assumir o controle. Nós não queremos que ele se solte por aí...

Então aquilo era mesmo possível. Bom saber.

Se sentindo poderoso, Sean questionou o espírito. Ele tinha uma curiosidade afiada e perigosa. Existiria algo mais inquietante? Se sentir poderoso e curioso era um veneno inebriante.  

Quando perguntou, o espírito se calou. Seus contornos se acalmaram. Seus olhos perderam a "vida". Ele não era mais ele mesmo. Era um fantoche nas mãos do garoto que espiou de trás do crânio ensanguentado só para ter certeza de que as marcas da morte cruel que ele o havia dado ainda estavam impressas no seu espírito: o corte fundo na garganta.

[Homem-decapitado] — Eu fui contratado com meu grupo de mercenários. Eram pessoas estranhas. Lembro que eles tinham um olho desenhado nas roupas. Um olho vermelho. Queriam que atacássemos uma caravana. Queriam que matássemos todos: homens, mulheres, crianças... nós teríamos matado, mas os monstros dessa floresta maldita nos pegaram primeiro! Malditos monstros! Malditos monstros!

Era possível sentir as emoções nas palavras daquele espírito, como se ele revivesse cada trecho das suas memórias ao recordar. Quando ele falou da caravana, Angelique se encolheu um pouco para o lado e aquela ação não passou despercebida.

[Homem-decapitado] — Agora eu entendo! Ela! Ela! Ela era o que deveríamos matar! Maldita bruxa!

E novamente se enfureceu. Desta vez, foi necessária uma maior atitude de Sean, tornando sua energia tão rígida que o obrigou a se calar. Quando fez a última pergunta, ele não respondeu. Não porque o garoto o impedia, mas simplesmente porque parecia não ter voz para tal.

[Sally] —  Cuidado, pequeno guerreiro: algumas perguntas são proibidas até mesmo para os mortos. — Adverte.

Aquele se mostrou um jogo muito divertido. Eram tantas perguntas para tantos mortos. Haveria segredo que Sean não seria capaz de descobrir?  
 
07


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Floresta da Tortura - Página 2 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Hummingbird Sex Dez 04, 2015 9:18 pm

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Eu acho que estava pegando o jeito. Conforme a minha vontade, o tal espírito parecia se curvar ante os meus comandos. Bem que Ifrit falou que eu estaria no controle. A dona Sally também me encorajou, aos poucos fui sentindo mais liberdade, caminhei um pouco de um lado para o outro enquanto pensava nas coisas que o tal morto me falou. O que mais me deixou pensativo foi quando ele falou de uma tal bruxa, só não reparei a qual das duas ali ele se referia; Angelique ou Sally? Bom, Sally tinha mesmo um monte de habilidades legais, mas eu não vejo motivo para que ela seja morta.

— Ei, você devia mesmo estar com tanta raiva? Você já morreu, oras. Não precisa dar satisfação pra ninguém, nem cumprir objetivo nenhum. Sei lá, acho que você pode relaxar agora não? - As palavras podem ter soado quase com sarcasmo, mas esse não era o verdadeiro intuito. Eu estava falando com profunda inocência; é o que eu penso. Ué, eles tinham uma missão. Mas ele morreu, então não tem mais que cumprir nada, só ficar tranquilo. Não vejo motivo pra essa fúria toda.

Mas admito, era incrível essa habilidade que a tia Sally me ensinou. Eu podia jurar que sinto, em cada palavra, as vibrações que carregam sentimentos. Sinto ódio, sinto frustração, sinto revolta. Se eu me deixasse levar, tenho certeza de que surtaria, e certamente daria vazão ao controle de Ifrit. Mas de alguma forma, eu posso controlar isso. Sinto que posso. E quando tenho certeza disso, não sei dizer, parece que fico mais seguro.

— Ora, quanta bobagem! Você já sabe que pode controlá-lo! Porque não tortura ele um pouco? Porque você tem que ser sempre tão inocente?! - De repente, senti frustração vir de dentro de mim. Será que foi por dar muita vazão aos sentimentos do tal espírito, que acabei dando brecha?

— Para com isso, Ifrit! Ele já morreu, eu só o chamei aqui pra perguntar o que aconteceu. Nada de fazer maldade! - E assim, iniciou-se um conflito mental.

— Isso é ridículo! De que adianta tanta habilidade se você não pode usufruir? Vai ficar aí só conversando com ele? Você tem potencial pra ir muito além! - Seu rompante foi tamanho que meu corpo estremeceu. Tenho certeza de que todos ali perceberam. O primeiro sinal foi do próprio espírito que num súbito, teve sua energia dessincronizada, parecia oscilar como ondas num rio. Dei um, dois, três passos para traz, pausadamente. Segurava a cabeça, tentando conter as dores repentinas;

— Eu não quero isso! Você não pode me obrigar! - E a voz começou a fraquejar também; ora oscilando entre o meu tom, e o do demônio. Naquele instante eu senti revolta. Foi acolhedor, porque eu conhecia aquela revolta. Era a mesma daquele espírito. Estava passando por mim, estava me preenchendo devagar, enquanto entre gritos, eu tentava afastar tudo e todos de mim.

— Estou me cansando da sua bondade, pequeno corvo! Ambos sabemos que ela não vai te levar a lugar nenhum! Comigo você pode ir muito mais longe, então já passou da hora de crescer e sair desse conto de fadas! A droga dos seus pais já devem estar mortos, é a sua vez de seguir em frente, de usar esse ódio a seu favor! - Seus sussurros apelavam de uma maneira que me deixou desarmado.

Eu acho que vou perder o controle...

— Cheg... A-AAAAAHHH! - E a última coisa que me lembro foi a escuridão. Eu estava do lado daquele espírito. Ele estava triste. Parecia querer gritar, esforçava-se ao máximo, mas não sua voz não saia. Ninguém podia ouvi-lo. Nem mesmo eu, que estava bem ali ao lado. E então eu dormi...

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Mensagem por NR Fury Ter Dez 08, 2015 8:20 am

fênix • phoenix • Fenikkusu


As árvores altas e delgadas que formavam aquela parte da floresta avultavam sobre nossos bravos aventureiros, com seus galhos finos e pontiagudos se estendendo ameaçadoramente na direção dos olhos, feito dedos nodosos cheios de maldade e ressentimento. O solo de terra fofa e negra como o negrume abafava o som dos cascos das montarias, deixando escapar nada mais que o mais suave sussurro de terra revolvida. E tudo além daquela névoa parecia distante demais, como se estivessem em um mundo diferente. O cheiro de sangue preenchia as narinas de ambos, assim como o sussurro baixo e constante dos espíritos atormentados tornava difícil ouvir qualquer outra coisa.

Ainda assim, Ree pode sentir aquela pequena fagulha mágica... Se multiplicar. Duas, quatro, nove, vinte. Quantas mais? Era difícil contar, difícil dizer se a faísca era grande o bastante para ser dois, ou pequena demais para estar realmente lá. Hoshitteru podia sentir também. E foi por isso que Ree não precisou dizer, ele soube: Estavam cercados. As montarias pararam de se mover e começaram a relinchar, revirando os olhos e resfolegando. O cheiro de sangue se tornou mais forte, e com ele um cheiro profundo de podridão e morte, mas também havia algo mais, um fedor que fez os pelos de Hoshi se eriçarem.

E de meio a névoa, bem a frente dos dois, surgiu uma criatura.

E, ao vê-la, Hoshi compreendeu sua reação instintiva.

Floresta da Tortura - Página 2 5DpCQvH
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O monstro cão abriu sua bocarra, mas era difícil dizer se ele estava sorrindo ou rosnando, ou apenas tentando intimidá-los. Não que fosse realmente necessário, afinal, não importava em que direção Ree ou Hoshitteru olhasse, havia mais deles. Dezenas. Talvez até uma centena de carniceiros. Mas nenhum sinal de Fae.

— Uma garota, um... – Dessa vez ele rosnou, mas se aquele era um som de raiva ou de alegria isso era difícil dizer. — Felino, e uma fênix... – A criatura deu alguns passos, rodeando os dois viajantes lentamente. — O que fazem aqui sozinhos? Ah... Sim, a fênix, sim. Entendo. Ela parece cansada, deve estar queimando suas últimas penas, sim. – O cachorrão babava e olhava para o pequeno pássaro na gaiola com olhos de cobiça, ele pareceu não notar, mas suas mãos até mesmo faziam alguns movimentos suaves de agarrar. — Devem estar em busca da passagem, sim. Entendo. Querem chegar à Forja. Sim, a Forja de Brighid, sim. Entendo.

Então ele abriu sua bocarra em um sorriso. Sim, um sorriso tão largo que parecia cortar o rosto do cachorrão carniceiro ao meio. — Impossível. Ao menos não sem um guia. – Ele soltou um risinho satisfeito e esfregou as mãos, então encarou Ree diretamente, como se a tivesse tomado como a líder da dupla. — Se estiver aberta a uma pequena barganha, eu e meus irmãos ficaríamos satisfeitos em guiá-la até lá pessoalmente... Sim, por um pequeno preço. – Ele então encarou Hoshitteru e seus olhos pareceram brilhar, enquanto o carniceiro salivava ainda mais. — Nos entregue seu serviçal. Ele tem um cheiro tão... Agradável. Saboroso. Sim, nos entregue ele, e a guiaremos. Você não precisa dele.

O carniceiro deu um passo à frente, e o circulo pareceu se fechar ainda mais ao redor dos dois aventureiros. Eles puderam captar sons de armas deixando as bainhas e captar o brilho característico do aço mesmo em meio à névoa. Talvez não houvesse um modo de sair daquela sem uma luta... A menos que Ree decidisse entregar o que eles queriam. Ou talvez até mesmo se ela entregasse. Afinal, o olhar ganancioso do líder dos carniceiros não se estendia apenas para Hoshitteru, mas se dividia entre o jovem meio-felino e a fênix engaiolada.

O que fazer? Onde estava o guia? Onde estava Fae?

— Seja esperta e faça a escolha certa. – O carniceiro sussurrou. — Sabe que não pode vencer todos nós. – Novamente o sorriso. — E um carniceiro sempre consegue o que quer. Seja na vida, ou após a morte. Sua morte.

Risadas guturais ecoaram de todas as direções.

O que fazer?

○ ○ ○


OFF: Desculpem a lerdeza! Quase de férias~

Xp de atraso:

Hoshi +150xp
Ree +150xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +800xp
Ree +900xp

Prazo de volta: Quem não postar em até 7 dias após o último player, será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
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Mensagem por Ree Sex Dez 11, 2015 11:12 am

Ree não precisava olhar em volta para saber. Estavam cercados. Aquelas criaturas mal pareciam ter almas. Talvez um dia já tiveram. mas hoje elas estavam tão fracas que não passavam de meras fagulhas. Aquilo era ruim.

Clock Bunny rosnava, seus pelos eriçados, orelhas baixas e unhas cravando nos ombros de Ree. Ele sentia sede de sangue, e correspondia aos instintos da mesma maneira.

Um dos carniceiros se pôs a frente, indicando talvez que fosse o líder. Ree o media de cima abaixo, calculando as capacidades que a criatura teria. Eles pareciam bem selvagens. Fortes. Porém fracos na magia. Infelizmente, eram muitos, e mesmo com sua melhor habilidade, não seria capaz de bombardear a todos, além de ficar extremamente vulnerável logo após. Atacar não era o plano.

Seus olhos carmim seguiam o canzarrão, sem nunca abaixar o escudo. Ainda que de frases rudimentares, o carniceiro deduziu corretamente a situação. Na verdade, ele fornecera sem querer mais informações do que Fae até aquele momento.

"Para onde raios a carcaça foi parar?"

Ree começava a desconfiar que o desgraçado estava testando ambos. Primeiro pelas almas, no qual sem querer acabou flagrando o mesmo a observando mais cedo. Agora, os carniceiros e seu sumisso.

O cão começou a se dirigir a ela. Apesar de tudo, a lógica deles era simples, e Ree gostava daquilo. Mostrava o quanto não sabiam com quem lidavam. A garota se virou para Hoshi, analisando o mesmo. Depois, voltou-se para o líder, e sorriu.

- Você está certo. Você é o alfa desta matilha? Tenho que admitir, parecem bem fortes - Um pouquinho de massagem no ego dele... -  Honestamente o garoto só está me trazendo problemas, não me importaria de trocá-lo por um guia mais útil. Se vocês me levarem até a forja, podem come-lo. APÓS o serviço. E mais...

Ree pulou do cavalo, se mostrando disposta a negociações.

- Seja meu guarda até lá. Se eu conseguir realizar este serviço completo, consigo fornecer mais de onde esse veio - Ela sorriu daquela sua maneira meio macabra, como se entendesse os prazeres de uma boa caça - Eu não fedo a morte por acaso... O que me diz?

Ree estendeu a mão, esperando pelo acordo. Seu escudo ainda estava ativado, mas duvidava que os cães fossem sensíveis o suficiente para sentir a magia ao redor. Ainda mais num lugar impregnado dela.

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Mensagem por NR Fury Qui Dez 24, 2015 9:36 am

Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwSe vale a pena viver e se a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena...
— E. Kant





 
Manter um espírito não era tão fácil quando o seu próprio estava em conflito. Luz e trevas se chocavam no interior de Sean e, como o calor e o frio, produziam uma violenta tempestade. Ele não podia perceber naquele instante, mas isso ficava evidente na sua magia que se retorcia e deformava como graveto no fogo. Afinal, as emoções e os sentimentos eram a pedra fundamental daquela arte, a magia.  

Primeiro o fantasma tremeu como se o vento Bóreas soprasse sobre ele sua fúria. A energia descontrolada do garoto passou, então, a alimentar a aparição sem que o próprio percebesse. Ele inflou, perdeu a forma e a expressão, perdeu sua alma e se tornou um amontoado de energia sem personalidade, perigosa e destrutiva; uma bomba verde e luminosa prestes a explodir!

Percebendo o perigo, Sally se afastou. Com uma mão ela trouxe Angelique para trás consigo. Não que Sean, naquele estado inconsciente pudesse notar isso, mas, em seguida, uma série de braços esqueléticos se ergueu na frente da necromante, construindo uma verdadeira muralha de ossos em sua proteção. A energia do garoto era forte demais para que ela pudesse controlar. Se proteger era uma opção muito mais plausível.  

Quando Sean terminou, toda aquela energia se dispersou numa nuvem luminescente. Não que ele pudesse lembrar, porque, antes disso, o garoto havia perdido seus sentidos. Sua energia havia sido inteiramente consumida por aquela magia sem controle e ele foi jogado àlguns metros pelo ar.

Veio a escuridão.

O menino sentiu com ela a presença da Morte. Sua mão esquelética segurou a sua firme e amistosamente. Era como se ela fosse uma velha conhecida, como se sempre estivesse bem ali, ao seu lado. Uma velha amiga. Dentre outras almas, ela o acompanhou para um passeio...

???:


Depois de algum tempo Sean despertou, mas não foi suave. Ele retomou a consciência como se emergisse de um longo mergulho ávido por respirar mais uma vez. O ar tomou rápido seus pulmões, fez arder seus antigos ferimentos. Ele estava, talvez não confortavelmente, deitado sobre um leito de ossos. Mãos esqueléticas o recobriam como um véu mórbido e bizarro. Sally estava ao seu lado.

[Sally] — Pensei que não iria voltar dessa. Achei que a Morte tinha me trapaceado. — Suspira. — Você ficou sem respirar por muito tempo. Ainda está funcionando?! — Cutuca e vira a cabeça do menino como se ele fosse um objeto. — O que foi que você viu do outro lado?!

[...]

Enquanto Sean contava ou, bem, tentava, Angelique se aproximou trazendo um pequeno caldeirão de onde um vapor quente levantava como pequenas serpentes dançantes. Ela alcançou para a necromante que retirou de dentro dele uma colher de ossos branquinha bem cheia.

[Sally] — Tome isso. Faz bem para os ossos.

O chá ou seja lá o que fosse tinha um sabor que poderia apenas ser descrito como estranho. Não era ruim, era uma mistura de doce com salgado e o líquido tinha uma cor escura muito suspeita. Mas, se ela dizia, quem sabe era bom mesmo. Bom para os ossos. Sally parecia entender bem de ossos, afinal.
08


Presente de natal!:

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Mensagem por Hummingbird Sáb Dez 26, 2015 6:21 pm

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Me lembro de ter sonhado. Sonhei com coisas estranhas, diferente de tudo que eu já tinha visto e vivido. Parecia um mundo de fantasia, cheio de coisas interessantes, e assim como num piscar de olhos, tudo sumiu. Ficou tudo escuro de novo. Por muito tempo. Depois eu me lembro de ouvir a respiração do Ifrit. Ele estava irritado, mas também estava fraco, eu podia sentir. Concomitante, pude ouvir a voz da tia Sally ecoando de longe... foi chegando mais perto, foi me acordando... até que...

— Nghh! - Me contorci.

Abri os olhos num súbito, tentava respirar mas estava com muita dificuldade. Era uma sensação parecida com a de ter quase me afogado. Senti meu peito arder um pouco, fraquejei, me encostei em alguma coisa. Não sei dizer o que era. — Hmm.... o-o..oque aconteceu, t-tia Sally? - As palavras ainda saiam com dificuldade, estava mesmo difícil de respirar. Eu também estava um pouco tonto.

Foi preciso algum tempo pra acordar direito. Minha cabeça doía, eu sentia uma espécie de fraqueza, como se eu tivesse dormido muito. Tia Sally me revirou de cima pra baixo, ponta cabeça, chacoalhou, queria ver se eu estava bem. Aquilo me rendeu alguns risos bobos. Senti falta disso, não sei porque. Ouvi a voz de Angelique ali por perto também, senti alívio.

Foi então que comecei a pensar. Antes disso tudo eu estava aprendendo aquela habilidade dos espíritos não é? Depois eu lembro de ter discutido com o Ifrit...e aí... eu não me lembro mais. Que dor!

— Por quanto tempo eu dormi, tia Sally? Estou tão cansado.. - Resmungava com um pouco de manha. Aceitei aquela colher de alguma coisa que ela me ofereceu, bebi, senti o líquido fazer cócegas na garganta enquanto descia. Tossi um pouco, mas consegui engolir com certo esforço. O gosto até que era bom, diferente do aspecto é claro. Sequer pensei em perguntar do que se tratava, só bebi.

— Eu não me lembro direito o que aconteceu... só parece que eu dormi por muito tempo. - Era tudo que eu podia responder. E aos poucos a tontura estava amenizando.

Afinal, o que foi que aconteceu?


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Mensagem por NR Fury Sáb Jan 16, 2016 2:45 pm

Sally suspirou pesado. Ela parecia relutante em responder as perguntas de Sean. Mas, no fim, não havia por que esconder. Não tinha motivos para poupar sua inocência há muito perdida, essa era a verdade.

[Sally] —  Você ficou desse jeito por muito tempo. Difícil dizer. Não é tão simples contar os dias por aqui... — Olhando para o céu escuro por trás dos galhos secos e amaldiçoados das árvores. — Alguns dias, talvez. Eu sabia que essa magia podia dar errado, mas nunca tinha visto acontecer dessa forma. Parece que ao invés de trazer alguém de volta, acabou te levando para o outro lado por um tempo. Você é um sortudo, sabia? — Fazendo um cafuné na cabeça dele e depois levantando e se afastando um pouco. —  Eu acho, não, eu tenho certeza que você esteve morto por algum tempo.

A necromante dizia aquilo com algum pesar. Era estranho. Era como se ela estivesse escondendo alguma coisa, evitando que uma informação escapasse. E não era só o fato de que não teria o corpo magnífico e crescido que esperava.

[Sally] — Antes de explodir, você estava falando algumas coisas estranhas. Parece que alguém aqui vem guardando um segredinho. Quem diria! Quem diria! — Dando uma voltinha e retornando para perto de Sean. — Como é o nome dele, você sabe? Ou seria ela? Hmmm... deve ser realmente desconfortável duas almas num corpinho tão pequeno. — Examinando com o olhar.

Parecia que tudo havia corrido bem, afinal. Mas então por que Sean continuava com aquela sensação de que havia algo errado? O que será que Sally não queria lhe falar?

Enquanto isso, Angelique se mantinha em silêncio ali perto. Ela parecia se dar muito bem com a necromante, já que se mantinha sempre por ali. Amigas, parentes, estranhas: era difícil deduzir a relação entre elas, mas era bem próximas. Talvez a fascinação que Sally tinha pela morte combinava com o dom negro de poder ver os momentos finais de cada um.  
 
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Mensagem por Hummingbird Sáb Jan 16, 2016 6:00 pm

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Sally parecia um pouco insatisfeita com as minhas perguntas ou talvez fosse só paranoia minha?

O problema é que as coisas ainda estavam estranhas. Eu não lembrava de quase nada, Ifrit também não comentou nada desde que acordei, Angelique também não falava nada. No fim das contas aquilo já estava me deixando irritado, decidi deixar pra lá depois de inchar as bochechas, insatisfeito pela falta de informações. Terminei de tomar o caldo que me fora oferecido por Sally, então, voltando a prestar atenção no que ela dizia.

Desta vez falou sobre Ifrit. E agora, o que faço? Conto tudo sobre ele? Não sei porque mas o tom nas palavras dela me pareceram de bastante curiosidade. Será que ela ficaria satisfeita se soubesse? Ah, que seja! Se ela não acreditar também, vai ser só mais uma.

— E-ele...se chama Ifrit. - Gaguejei um pouco no começo mas depois consegui falar o resto.

Eu estava me sentindo mais tranquilo, sereno, até um pouco tímido de novo. Não sei explicar o motivo. Parecia que voltei de uma viagem de longa data. Estava me sentindo esquisito, sem intimidade com ninguém, recluso. Não queria falar muito, estava deslocado no meio daquela conversa. Oras, o que eu podia dizer? Eu acabei de esquecer um monte de coisa!

Essa não...

De repente abaixei, fitando o solo, meio desolado. Estava um pouco cabisbaixo mesmo, era tão triste não conseguir lembrar das coisas. Isso voltou a acontecer então? Por que tenho essa impressão, será que já aconteceu antes?

Meu nome é Sean. Sean Lionheart! - Isso insistia em ecoar na minha cabeça, parecia um pouco com minha voz, mas era meio esquisito, uma voz metálica, vazia. Só ficava repetindo a mesma coisa como se eu não pudesse esquecer disso nunca. Esse sou eu? As perguntas continuavam me deixando tontinho. Decidi levantar, mesmo meio zonzo.

— Ei, acho que estou me lembrando! - E aos poucos uma avalanche de informações parecia me trazer de volta pro presente. — Eu e Angelique matamos aquele homem não é? E depois eu o trouxe pra cá e você me ensinou a falar com ele não é? Estou certo tia Sally? - Eu estava atônito pelo monte de informações. Mais ainda porque sentia que estava faltando alguma coisa. Fiz um esforço, mostrando os dentes que insistiam em morder um o outro, forçando minha mandíbula. Tudo isso só pra tentar lembrar que;

— Estamos atrasados! Preciso levar Angelique embora, não é?! - Aleguei de supetão.

Até então, Ifrit não falou mais nada. Que esquisito.

* Considere esse surto na personalidade do Sean como parte da relação dele com o Ifrit. É como se ele tivesse voltado a agir um pouco como ele era antes, timidozinho, na ausência da influência do Ifrit que está meio de escanteio depois do desgaste.


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Mensagem por Bones Sáb Jan 23, 2016 12:22 am

Sua busca por uma saída ou caminho naquela mata fechada se mostrava mais e mais infrutífera,  revelando que a floresta parecia fazer juiz a todo o mistério o qual havia ouvido brevemente os rumores na cidade sobre ela. Entretanto, a "jovem" parecia bem familiarizada com tal local e agia com naturalidade, provavelmente tendo se achado talvez ou quem sabe ela não se importava. Na pior das hipoteses, era uma armadilha para pega-lo, mas preferia não pensar em tal assunto...

Gradativamente o local foi se transformando conforme se aprofundaram mais mata a dentro, tomando todo o local uma coloração rubra, algo que o levou a se questionar sobre aquilo pois era completamente improvável tal local logo naquele reino. Talvez houvessem passado por um portal em meio a neblina, o que justificaria a mudança brusca, mas talvez tivesse sentido, coisa que não percebeu.


- Encontrei o lugar... Sabia que era esse o caminho. Hihihi


- Ainda bem, estava começando a acreditar no que disse sobre estar perdida hehe

E então o Lich acompanhou com os olhos a jovem, recolhendo com delicadeza e atenção as flores, como se ela tivesse todo o tempo do mundo, coisa que não estava longe da verdade, enquanto ele próprio apenas ficou parado em silêncio, aguardando, pois não havia muito o que dizer ou fazer, apenas faria companhia para ela em seu trabalho.


- Pronto, já tenho tudo que precisava, agora posso voltar ao templo. Espero não tê-lo cansado demais, senhor Bones. – Muito obrigada por me acompanhar até aqui, há muitos anos não ando sozinha por esta floresta.


Ao lhe entregar a flor, aquele gesto o pegou de surpresa, foi completamente inesperado e o deixou momentaneamente sem reação. Com cuidado pegou a flor e a prendeu do lado de dentro de seu manto, onde havia bastante espaço entre suas costelas para ela ficar, enquanto que em sua mente inundavam pensamentos sobre o quanto ele fora escorraçado e maltratado mundo a fora, enquanto aquela delicadeza contrastou e o fez momentaneamente se sentir vivo novamente, respondendo de uma forma um pouco mais gentil, agradecendo.

- Eu que lhe agradeço por devolver uma parte de mim. Então vamos até nosso próximo destino...

E com isso a acompanhou silenciosamente, momentaneamente um pouco mais reflexivo sobre si mesmo, mas procurando ainda estar atento a ela e onde estava, pois uma floresta não recebia um nome como aquele sem motivos.

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Mensagem por NR Fury Seg Jan 25, 2016 11:25 am

Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fw BONES

- Claro, vamos sim. – Talvez fosse só brincadeira a parte de estar perdida, ou talvez não. Vai saber se ela encontrou aquele lugar apenas por acaso? De qualquer forma, ela seguiu em frente, caminhando mais a dentro da mata rubra, agora já não cantarolava mais, apenas seguia com seus passos ritmados, saltitando como uma menininha que passeava pelo parque, era realmente de impressionar que mesmo morta, ela ainda mantinha tantos de seus traços que tinha em vida, assim como sua inocência e gentileza.

Apesar da aparência um pouco mais “viva” daquela área da floresta, ali era um lugar ainda mais sombrio que o restante da floresta. Constantemente era possível ouvir o ranger da madeira, como se as arvores estivessem se movendo, era como se elas tivessem vida própria. E vez ou outra, um gemido cortava o ar e o silencio, um grito de dor e desespero que ecoava pelo grande vazio da floresta, como se uma alma torturada vagasse ao longe.

Ao virar na copa de uma grande arvore, a jovem pareceu se assustar, parando em seguida de súbito. – Oh! Parece que alguém não teve sorte andando por aqui... – E quando Bones olhou, viu que se tratava de uma carcaça, já morta há muito tempo, mal dava para distinguir seu sexo avançado era seu estado de decomposição. Não era possível ao lich sentir o cheiro, mas dava para imaginar pela quantidade de moscas e vermes ali que a coisa não era nada boa. – Melhor seguirmos em frente, Senhor Bones.
Você recebeu 300exp pela aventura até aqui + 150 do bônus narrativo. Pode adicionar à sua ficha.




Olá, Bones!

Seja muito bem vindo à Floresta da Tortura. Espero que sua estadia seja muito... gratificante.

Como combinado com sua narradora, estarei repassando os posts dela assim que ela me passar. Qualquer coisa pode se comunicar diretamente com ela.


Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwBIRD



Floresta da Tortura - Página 2 Spas_fwO que faz um herói não é a vitória, mas a aventura.




 
 [Sally] — Ifrit, então! — Exclamou apertando os olhos e mirando bem dentro dos de Sean. Sally olhava para um lado, depois para o outro, examinando, tentando ver alguma coisa, como se buscasse a visão do demônio lá dentro. Mas não podia ver nada. Se pudesse, Sean saberia.— Deve ser bem apertado aí dentro...

Satisfeita, a necromante voltou à sua postura normal — se é que alguma coisa ali poderia ser dita "normal". Ela fez um sinal para Angelique que lhe alcançou mais daquela bebida que serviu novamente ao menino. De qualquer forma, depois de tanto tempo, beber alguma coisa, qualquer que fosse, deveria ser bom. Seu corpo pedia por isso.

 
[Sally] — Isso. Isso. Aham. — Respondia a cada fala de Sean, acenando a cabeça positivamente. — Isso mesmo. Quer dizer, não! Você não pode sair! Quer dizer, não agora. Quer dizer, não a qualquer lugar...

Sally se afastou alguns passos. Receou algumas vezes, parecia pensativa, encontrando as palavras certas para falar alguma coisa.

[Sally] — Você esteve ao lado da Morte muitas vezes em pouco tempo. Isso não é bom. A conexão da sua alma com seu corpo pode ter ficado fraca. É como uma corda... — Gesticula como se segurasse uma e depois imita puxar. — Se você força demais, ela fica fraca. Pode arrebentar a qualquer momento... isso não é bom. Você pode morrer a qualquer momento, assim, do nada! — Volta a encarar Sean nesse momento, falando bem firme e fazendo uma pausa, com tom de história de terror. — O que pode ser bom para o outro aí dentro. Aposto que Ifrit vai querer um corpo só dele. Mas também pode ser ruim. É imprevisível! Se você morrer dessa forma, pode ser que os dois morram! O que seria uma pena...

Moveu a cabeça negativamente sucessivas vezes. Aquele era um final que ela realmente não esperava. Talvez fosse como perder um investimento: um corpo, ou ossos, jovem e fraco ao invés de um grande e forte. Será que ela ia querer que ele morresse antes da velhice? Depois ela mesma encheu uma colher e enfiou na própria boca como se fosse uma delícia.

[Sally] — Existe uma cura. Uma rara e perigosa cura. O que vai precisar de uma aventura! Sim! Perigosa e interessante aventura! Não é empolgante? Eu mesma iria, se pudesse... mas acontece que não posso. Fazer o quê? Minha arte tem um preço, sabia? Eu não posso deixar esse cemitério. Mas em troca controlo sem falha todo e qualquer osso aqui enterrado. Posso também expandi-lo com mais ossos! Um dia a floresta inteira vai estar coberta de ossos! Não, melhor: a ilha inteira! Huhuhuhu... — Divagando como se Sean não estivesse ali. — O que você me diz? Hein? Hein?!

Uma interessante e perigosa aventura! Era algo a se pensar. Mas será que existia escolha?

10


XP:


Última edição por NR Katsuo em Sex Fev 05, 2016 4:31 pm, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Bones Qua Jan 27, 2016 12:33 am

Aquela floresta começava a dar sinais da agonia e sofrimento que escondia, dos inumeros espiritos que por ali ainda vagavam sem rumo, o que nem sempre acabava bem para um par de viajantes desavisados caso desse de cara com um deles mal humorado.

Ainda refletia sobre o gesto da garota, tentando afastar os pensamentos de desconfiança de outrora ao lhes diminuir a chance de ocorrência, mas sabia que com isso poderia aumentar o pesar caso viessem a se concretizar. Um risco disposto a correr.


– Oh! Parece que alguém não teve sorte andando por aqui..


- Garanto que para estar andando por aqui ele não teve sorte alguma em sua vida... hehehe Deixe-me ver

Era um corpo, ja putrefazendo, sem conseguir maiores detalhes de uma olhada superficial. Parecia estar ali a bastante tempo, então provavelmente não era dele os gemidos que ouviram pouco tempo atras.

Poderia melhor examina-lo e ter uma noção daquilo que lhe causou a morte, mas não faria diferença alguma naquele momento, apenas iria atrasa-los ainda mais, coisa que sentia que o templo poderia ter muito mais conhecimento do que um corpo na floresta.


– Melhor seguirmos em frente, Senhor Bones.


- Vamos, minha cara, a floresta reivindicou este viajante para si, será melhor não mexermos nas coisas dos outros...

Ate pensou que o corpo poderia ter algum tipo de informação ou dinheiro, talvez um item, mas naquele momento era melhor continuarem, queria evitar de acordar os mortos, quem sabe outro dia, quando não restasse mais corpo, pudesse voltar e conferir. Ele tinha todo o tempo do mundo para isso...

[off: opa, blz? tranquilo ^^ era vc q queria narrar pra mim, agora ta tendo uma oportunidade meio indiretamente de fazer isso hehehe bem vindo a minha historia, puxa uma cadeira e aperta os cintos, se prepara pq tenho andado empolgado ^^ hehehe ]

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Mensagem por Hoshitteru Qua Jan 27, 2016 10:44 am

Prosseguindo, mais uma desventura parecia surgir em nosso caminho, e esta trazia consigo um odor ainda mais podre e fétido do que os anteriores. Era tão perturbador que sentia um grande arrepio percorrer por toda a extensão do meu corpo. Com esta constante sensação estranha, me atentava mais uma vez aos arredores, já percebendo com o sessar das cavalgadas que estávamos cercados, mas só pudera ver do que realmente se tratava quando uma das criaturas se aproximou.

Cães ferais, que mais pareciam monstros. Estavam por todas as partes, nos impedindo de prosseguir. O líder deles parecia ser aquele que se colocava na frente, já que era o único do bando à se pronunciar. E este se situava cada vez mais próximo, em pouco tempo ele já estava nos rodeando, como se estivesse nos examinando.

Quando ele finalmente parou, estava mais próximo à mim, com os olhos atentos à gaiola. Sua excitação era tanta que poderia dizer que ele estava babando. Incomodado, sibilei instintivamente, exibindo os dentes e aderindo uma posição diferente em cima do cavalo enquanto agarrava a gaiola com um pouco mais de força e a trazia para o lado oposto do cachorro.

Não levara muito tempo para que sentisse a necessidade de sibilar novamente para o monstrengo. Recuando o corpo com uma cara de espanto e nojo. Aqueles cães não queriam só à mim, como também a fênix e possivelmente Ree também. Aos seus olhos eramos apenas um grande banquete.

Assim sendo, não me surpreendi com as respostas de Ree, apenas decidi deixar tudo em suas mãos na esperança de que ela soubesse o que estava fazendo. Afinal, de certa forma ela acabava sendo a líder mesmo, não que isso fosse de muito importância para mim já que líder nato era uma habilidade que eu não possuía.

Outro fato estranho era a falta do senhor Fae naquele cenário, a qual não pude deixar de notar, principalmente após o monstro citar sobre a necessidade de um guia. Se fosse possível, tentaria usar daquela técnica posterior de localização, já que estávamos conectados ou algo semelhante provavelmente conseguiria encontra-lo com facilidade.

Independente das ações dos cães dali em diante, ou da ausência do senhor Fae, estava atento à tudo, com os instintos felinos à tona e a concentração necessária para invocar Kemo o mais rápido possível, isto é, caso fosse necessário.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Off:
Vish, dessa vez acabei demorando um pouco mais do que esperava, me desculpe. A minha desculpa dessa vez é por causa de uns probleminhas aqui em casa mesmo e também tem toda aquela história de qual faculdade escolher e tudo mais. Acabei nom tendo tido tanto tempo livre ultimamente, por isso a demora. Mas falando do post, eu nom sei se interpretei corretamente essa rixa entre cães e gatos sem sair do personagem (auheuaeha), entom qualquer coisa ou errinho é só mandar uma mensagem em pvt. Mil perdões pela demora novamente e um abraço. c:

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Mensagem por Hummingbird Qui Jan 28, 2016 12:15 pm

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Aposto que o Ifrit vai querer um corpo só pra ele

Aquelas palavras martelavam minha cabeça causando desconforto por um tempo. Fiquei pensativo.

Sally fez tanta referência para que eu tirasse Angelique daquela floresta e, mesmo agora com um lugar como o tal Templo, ela não quer que eu vá? Isso me deixa muito confuso, eu realmente não consigo entender o que ela quer. Tomei mais um pouco daquela sopa que ela me oferecia, realmente parecia gostoso e a sensação do líquido descendo pela garganta era confortante. Tinha gosto de lembrança. Nostalgia. Sorri por fim, lembrando um pouco de meu pai. Do pouco tempo que convivemos naquele lugar, acho que era um porto. Eu sentia muita falta dele... do meu pai.

Meus olhos então arregalaram-se quando dona Sally mencionou sobre uma espécie de cura. Eu nem sabia se isso era possível, foi tanto tempo convivendo com Ifrit que já imaginava ser impossível retroceder tudo isso. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi; será que eu quero mesmo ficar sozinho de novo?

— Cura?! Isso parece... interessante. - As palavras saltaram da minha boca sem meu consentimento. Não houve alteração no tom mas, eu sabia que foi ele. Desviei o olhar logo em seguida, com medo de que Sally ou Angelique notassem alguma coisa. Mas já era tarde. A proposta de Sally pareceu tão tentadora pra ele que eu senti meu corpo inteiro formigar. — Você deve estar certa! Uma cura resolveria todos os meus problemas, sendo assim, onde começamos? - Completou Ifrit, ainda falando através da minha voz.

Era incrível, ele estava muito mais forte que antes. Eu simplesmente não conseguia contê-lo. Foi uma dominação completa por um curto período. Depois senti a formigação se concentrar em minhas mãos, aos poucos fui retomando meu estado normal, com um pouco de náusea. Olhei para minhas mãos, em seguida para Sally e depois Angelique. Rapidamente escondi as mãos atrás da cintura e deixei um sorriso desajeitado ganhar espaço em meu rosto. Acho que elas já viram esquisitices demais por hoje.

— Angelique virá comigo, tia Sally? - Perguntei, ainda meio envergonhado com a situação anterior.


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Mensagem por NR Fury Sex Jan 29, 2016 8:14 am

fênix • phoenix • Fenikkusu


Após Ree anunciar sua ousada proposta, caiu-se um pesado silêncio naquela parte da floresta, de maneira tal que era possível ouvir o sopro do vento e o resfolegar das narinas dos monstros que os cercavam. E então, subitamente, o líder começou a rir. Ele gargalhava de forma quase incontrolável, riu até acabar se dobrando ao meio. E, assim como ele, vários outros cães também riram, gritando a plenos pulmões.

E então o líder parou, secou uma lágrima de seus olhos e levantou sua mão direita. Os cães pararam de rir. De fazer qualquer espécie de barulho. Quase como se não ousassem repirar.

— Contrato aceito. – Rugiu o líder. E então foi uma cacofonia de gritos, berros, urros. Todos tentando protestar, praguejar e amaldiçoar ao mesmo tempo. Mas, novamente, o líder apenas precisou erguer a mão direita para que todos os seus seguidores se calassem. — Vamos guiar a jovem Feiticeira até A Forja de Brighid, sim, está decidido.

Dessa vez os cães permaneceram em silêncio.

— Iremos pelo caminho mais curto, mas também um dos mais perigosos. – Ele soltou um risinho bem humorado. — Não que exista algum lugar nessa floresta que não seja perigoso ao extremo, obviamente. – E em seguida partiu em um trote na direção da floresta, como se a neblina suave que agora os envolvia sequer pudesse perturbar seus olhos.

Nesse instante, porém, enquanto os cães abriam caminho para os cavalos e que todos seguiam o novo líder, Ree pode sentir uma presença muito sutil, extremamente sutil, algo que ela já havia notado, mas mais parecia uma impressão do que a constatação de um fato: À cerca de cinquenta metros de onde estavam, havia uma presença mágica que os estava seguindo. Não uma presença forte, mas a mais tênue sugestão de um resíduo. Enquanto, por outro lado, Hoshitteru podia sentir entre suas omoplatas a sensação constante e forte de que alguém o estava observando. Alguém que estava muito, muito mais perto do que eles imaginavam.

Mas isso talvez não importasse. Poderia ser Fae, ou poderia ser qualquer um. No entanto, eles tinham novos guias, e estavam seguindo rumo a um novo objetivo. A Forja de Brighid


O que fazer?

○ ○ ○


OFF: Ano novo, trabalho novo, correria antiga. Malz a demora! >.<''

Peço desculpas pelo post não tão detalhado, prometo que no próximo capricho muito mais! Qualquer dúvida, pm-me.

Xp de atraso:

Hoshi +100xp
Ree +100xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +900xp
Ree +1000xp Upou de Nível!

Pessoal, comecei a trabalhar em uma nova empresa e estou em periodo de treinamento, me adaptando aos equipamentos e tudo mais, mas devo ficar mais livre à partir de domingo. Então tentem postar até lá que já posto novamente e podemos tentar seguir em um rigmo mais agradável para todos. :3
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BONES E BIRD EM BREVE AQUI.

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Mensagem por Ree Sex Jan 29, 2016 10:30 am

Ree não fazia a mínima idéia do que fazer... a primeira parte do plano havia funcionado: Não serem mortos naquele instante. O passo 3 era jogar a fenix no fogo e ir embora. O passo 2: se livrar dos cães, ainda estava em planejamento....

Ela limpou a mão nas laterais do casaco, e voltou a sua montaria. A decisão do líder pareceu não agradar muito a matilha. Porém, foi um movimento de sorte, e deu certo. Os cães poderiam ter simplesmente atacado, já que o que Ree prometia, era algo futuro. No entanto, agora tinham um trato, e podiam prosseguir viagem. Odiava ter que admitir, mas teria que contar com a sorte, e os perigos da floresta, para se livrar do máximo de guardas até a chegada na forja. Ou nenhum deles sairia intacto de lá.

Ela espiou rapidamente para o youkai, que parecia bem diferente da criatura que vira a segundos atrás. Os instintos lhe imprimiam um olhar mais atento, e até sua postura havia mudado.

"Finalmente... Quem sabe assim você não fica mais esperto, garoto? "

Também olhou para a Fenix, notando que a cada minuto que desperdiçavam, a ave parecia se tornar mais fraca. Ree ajeitou a postura, e esperou que alguns guardas partissem, para que ela também os seguisse. Clock Bunny, porém, não estava com ela. Ele seguia em cima da gaiola da Fenix, como uma proteção extra, caso algum cão resolvesse querer petiscar no caminho.

E enquanto cavalgavam pela floresta, ela pode sentir. Olhou para trás enquanto cavalgavam, procurando, sem nada achar. Porém, já possuía uma teoria de quem seria.

"Muito bem Carcaça... Assista do seu camarote. Se isso é algum tipo de teste, eu aceito. "

Voltou-se então para frente, concentrada no que teria que fazer dali em diante. Cada perigo e oportunidade de terreno, ela teria que dar um jeito de sabotar aquela caravana. E não tinham muito tempo.

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Mensagem por NR Fury Sáb Jan 30, 2016 4:33 pm



Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwBONES



Caminhando mais um pouco a dupla foi se embrenhando mais na mata rubra, um misto de beleza e mistério rodeava aquele lugar por completo. Como era possível um lugar daqueles existir numa terra amaldiçoada como Takaras? Do que eram feitas aquelas plantas e arvores cor de vinho? Talvez no templo conseguisse a resposta, talvez até antes. Mas até mesmo a beleza sombria da floresta poderia ser apenas um jogo, uma armadilha para atrair desavisados, que por sua vez terminavam como aquele corpo, jogados no meio da floresta, sendo comidos pelas larvas e corvos e suas almas sendo amaldiçoadas a vagar eternamente pelo vazio.

- Esse é meu lugar preferido da floresta, foi aqui que eu despertei. Costumava vir aqui sempre alguns anos atrás, mas ultimamente quase não tenho vindo, só quando Kalysta me pede algum favor.

Novamente o som de ranger da madeira, mas dessa vez mais alto, realmente parecia que uma arvore estava se movendo, mas isso logo foi explicado quando mais a frente, uma enorme raiz pousou pesadamente sobre o solo, e outra veio em seguida, revelando o que era na verdade tudo aquilo.


Floresta da Tortura - Página 2 Elder_treant_3_by_moonxels-d6dp4bz


O Treant se revelou imponente por entre as copas rubras das arvores, seus pesados pés compostos de raízes emaranhadas eram quase tão grandes quanto um homem adulto, e sua largura era quase a de uma carroça. O enorme ser parecia não tê-los visto ainda, pois caminhava na direção contraria a deles. Bones era capaz até mesmo de sentir as passadas pesadas e vagarosas da arvore, e o ranger e estalar da madeira estava bem mais nítido agora.

- Olha, senhor Bones. É o Treant. Ele quem toma conta dessa parte da floresta, normalmente ele é bem amistoso com as pessoas que se perdem por aqui. Já faz tantos anos que não o vejo, vou dar um olá. – A jovem então se aproximou mais do Treant e gritou para lhe chamar a atenção enquanto acenava. – OI, SENHOR TREANT!

A arvore então parou, seu corpo enorme pareceu congelar, como se tivesse perdido sua capacidade de se mover de repente e tivesse se fundido ao cenário, sendo só mais uma das arvores do lugar. Ele foi se virando vagarosamente até estar de frente para Kayle, esta que por sua vez permaneceu imóvel esperando por uma reação do Treant. Por um momento os dois se encararam, mas foi aí que Bones pode perceber algo errado.

Para começar os olhos do Treant estavam roxos, era um púrpura brilhante que não se assemelhava a nada visto antes na natureza. E em segundo foi a sensação ruim que teve ao em encarar seus olhos, como uma espécie de sexto sentido que o dizia que tinha algo errado, que havia algo sombrio naquele Treant e que tanto ele quanto Kayle corriam algum risco.

[Você sente que tem algo errado com o Treant, mas não sabe dizer o que é, apenas sente que é perigoso ficar ali.]



Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwBIRD



A mulher de cabelos cor de fogo olhou bem firme para Sean, um pouco pensativa, mas foi rápida em sua conclusão:

[Sally] — Então você é mesmo do tipo aventureiro? Isso é tão legal!

Ela poderia dar pulinhos de alegria, mas a verdade era que a empolgação toda já estava bem evidente na sua voz. Enquanto o menino continuava com suas perguntas e Angelique a acompanhava com um olhar curioso, Sally buscava alguma coisa num amontoado de ossos. Dentro dele dava para ver uma série de itens, como facas enferrujadas e outras bugigangas sem valor nenhum.

[Sally] — Deveria estar aqui... em algum lugar... — Concentrada em sua busca. — Bom, sem mapa! Você começa numa busca e... bem, acho melhor Angelique ficar comigo. Sem ofensa, mas você só iria atrasar.  —  Fazendo um cafuné nos cabelos cor-de-rosa da menina. — Existe uma fruta que nasce da morte e é capaz de juntar a alma de volta ao corpo, mantê-la unida forte por um tempo, o suficiente pra se recuperar. Ela cresce apenas em um lugar, um lugar muito especial... um lugar ainda mais assustador que essa floresta!

Um clima de suspense se instalou no ar. Os dois pequenos acompanhavam Sally com olhos esbugalhados, como se aquele não passasse de um conto fantasmagórico para assustar crianças para suas camas. Só que, neste caso, o conto destinava-se a enviar a criança rumo ao perigo. Seria possível um lugar ainda mais assustador que aquela floresta maldita?

[Sally] — Já ouviu falar do Labirinto Soturno? Na verdade, não fica muito longe daqui... e a boa notícia! Vou enviar um esqueleto para te acompanhar! Você já deve ter conhecido ele.

Ah, sim! O esqueleto! Daria para esquecer? Olhos brilhantes, sigilo impresso no crânio. Aquele que estava bem ao lado de Sean quando ele acordou de sua primeira quase morte. Não levou muito tempo até que ele aparecesse de novo e voltasse a perambular ali em volta, fazendo seu característico som de ossos batendo. Era como se ele pudesse ouvir e obedecer aos pensamentos de Sally.

[Sally] — Ele não tem um nome... você pode dar um jeito nisso! O que acha? Vou comandar e ele vai obedecer certinho suas ordens e também guiá-lo. Até você voltar...

Aquilo ainda era uma opção para Sean, mas deveria admitir que ter um servo-guardião para protegê-lo tornava tudo um pouco mais fácil. Afinal, se ele já não temia a floresta por conta própria, então acompanhado deveria temer ainda menos. Mas a decisão ainda era sua. Deveria mesmo partir naquela missão?

01


XP + Adicional + Esqueleto:


Última edição por NR Katsuo em Seg Fev 08, 2016 11:07 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Bones Qui Fev 04, 2016 9:12 pm

O passeio pela "floresta encantada" prosseguia, embora os sons das almas agonizantes não lhe deixavam esquecer que era o lar de muitos incautos que acabaram seus dias ali, com seus corpos servindo de alimento e suas almas servindo de aviso.


-  Esse é meu lugar preferido da floresta, foi aqui que eu despertei. Costumava vir aqui sempre alguns anos atrás, mas ultimamente quase não tenho vindo, só quando Kalysta me pede algum favor.


Primeira vez que ouvia aquele nome e a informação sobre seu despertar naquele local foi um tanto curioso, pois não parecia o tipo de lugar que permitia seus "moradores" poderiam simplesmente se levantar e sair andando por ali, era no minimo algo curioso e merecia um pouco mais de atenção por parte dele.

- Então esta deve ser quase como sua segunda casa... Ja viu outros como a gente por ai nesse local?

Suas palavras acabaram sendo interrompidas por árvores caindo, pelo menos essa foi a primeira coisa que conseguiu imaginar para descrever o som que se seguiu por entre as árvores, logo revelando uma figura um tanto digna de atenção e cuidado.

[quote]- Olha, senhor Bones. É o Treant. Ele quem toma conta dessa parte da floresta, normalmente ele é bem amistoso com as pessoas que se perdem por aqui. Já faz tantos anos que não o vejo, vou dar um olá – OI, SENHOR TREANT![/color]

Disse ela completamente incauta, sem perceber detalhes na face da criatura, literalmente, pois seus olhos não pareciam de uma criatura dócil e amigável. Falhas na memória dela, efeitos sobre a criatura ou mesmo aquela sendo sua verdadeira natureza, seja como fosse, alguma coisa estava claramente errada e era melhor se afastar e chamarem menos atenção possível, embora ela não conseguisse ajudar nesse ponto com seus gritos e felicidade exacerbada.

- Acho que o Senhor Treant não esta de bom humor hoje... O que me diz se formos logo para o templo e lhe preparamos uma surpresa lá? Posso lhe ajudar a traze-la, o que me diz? Vamos...

Disse ele tentando disfarçar e de uma forma que ela entenderia, mais suave, procurando tirar logo os dois de tal situação antes que os gritos e estrondos começassem, pois era capaz de imaginar o que uma criatura daquele porte faria facilmente com seus ossos caso optasse por ataca-lo e isso, sem duvida, iria doer muito...

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Mensagem por Hoshitteru Sáb Fev 06, 2016 7:37 pm

O líder e sua matilha reagiram de formas inesperadas à proposta de Ree, primeiro uma exagerada gargalhada e logo em seguida urros e berros como reclamação pela confirmação do líder. Não sabia o que me trazia mais arrepios, a ideia de que o líder havia aceito a proposta ou os berros intensamente exagerados de seus seguidores enfurecidos. O importante era que havíamos evitado uma batalha. Ao menos por hora.

Oh...! — Deixava escapulir um pequeno sussurro ao me alarmar com a aproximação de C.B., que logo se posicionava sobre a gaiola da fênix. Ela parecia se tornar mais e mais frágil à cada minuto que passava, me perguntava se tínhamos algum tempo limite. Também gostaria de fazer como anteriormente, usando minha cura para tentar fazer com que esse processo se atrasasse, mas a situação em que estávamos pedia minha completa atenção.

Logo os monstros nos abriam caminho para que pudéssemos seguir o seu líder. Não fazia ideia se podíamos confiar que eles nos levariam para a direção certa, mas continuaria deixando as decisões nas mãos de Ree, já que até então não tinha nenhuma ideia melhor que invocar Kemo e simplesmente lutar contra eles. Até porque, fujir estava fora de cogitação.

Naquele mesmo instante, com as orelhas felinas se remexendo e o nariz ofegando, podia dizer que sentia alguém à nos observar e ao que meus instintos indicavam estava bem próximo, mas ainda assim não sabia dizer de quem ou do que se tratava. Tinha esperanças que fosse Fae. Só me questionava se ele nos ajudaria se precisássemos mesmo lutar contra os monstros.
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Off:
Desculpa, :c acho que acabei demorando de novo, mas pelo menos ainda estou no prazo. õ/ Eu acho Desculpas mais uma vez, o post ficou um horror como sempre, mas dessa vez tenho a desculpa de que meu pai foi mexer enquanto eu tava fazendo o post no meio da semana e acabou fechando sem eu ter salvado. A preguiça de ter que refazer o post quase todo de novo deu nisso aí. auehuahe :c Btw, qualquer coisinha é só me chamar no pvt. Um abraço : 3

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Mensagem por Hummingbird Ter Fev 09, 2016 1:51 pm

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Puxa, que incrível! Eu vou sair numa aventura então! Aquela empolgação da tia Sally me fez esquecer ou pelo menos ignorar o ocorrido anterior. Me deixei levar pelo entusiasmo para a medida que ela procurava alguma coisa naquela bagunça que eram os ossos e mais um monte de coisa. Eu só conseguia pensar em que tipo de aventura seria quando de repente, comecei a ter a estranha sensação de que já me senti assim antes. Digo, que já estive em algo parecido, só não consigo entender o porquê de eu não conseguir lembrar.

Despertei de meus pensamentos quando Sally me disse que Angelique não viria comigo. Bem, aquilo era um pouco triste, mas eu já estava acostumado. — É uma pena. Pode deixar, vou me divertir por nós dois! — Abri um largo sorriso sincero.

No mais, Sally me explicou que eu teria de viajar até um tal labirinto. Nunca ouvi falar, ou pelo menos o nome não me era conhecido. Pensando bem eu conheço tão pouco? O único lugar que realmente sei por nome é essa Floresta em que já estou acostumado a viver por tanto tempo. Vai ser muito legal viajar! Ifrit pareceu concordar com a viagem, sentia meu corpo entusiasmado por dois e isso era muito bom. Bom pelo menos enquanto eu não lembrava que no fim das contas, pode ser uma cura que vai me livrar de Ifrit.

— O que? Como assim ele não tem um nome?! — Respondi meio incrédulo. Um nome era essencial pra qualquer um, mesmo morto. Cruzei os braços enquanto balançava a cabeça em sinal negativo. Caminhei de um lado para o outro, pensativo. Por algum tempo fiquei assim enquanto tia Sally falava mais sobre a aventura. De repente me veio uma ideia! Abri os olhos de repente e corri na direção do tal esqueleto, pegando-lhe na mão se me fosse permitido. — Ele vai se chamar Sorriso. Por causa desses dentes branquinhos que ele tem! Haha! — E sorri de acordo, tentando imitá-lo.

— Certo, certo! Puxa, estou tão animado? Vamos, vamos, já estamos atrasados! Vejo você quando voltarmos, tia Sally! — Mal conseguia me conter, queria puxar o esqueleto pela mão e então iríamos andando. Claro, isso se Sally não tivesse mais nada pra dizer, ou mesmo Angelique. Ah! É verdade, quase me esqueci dela. Único motivo pelo qual eu pararia nossa caminhada, voltaria correndo apenas para lhe dar um tchauzinho sorridente, e então, só então, voltaria pra perto do esqueleto esperando começar nossa viagem.

Você é mesmo muito ingênuo, pequeno corvo... - Foi o pensamento que me ocorreu naquele instante. Mas eu ignorei.


Considerações escreveu:Estou tentando encaixar aquela campanha que o Sean viveu como algo anterior ao encontro com Sally. Como durante as transformações ele costumava perder a memória, então ele não se lembra muito bem da aventura, sequer lembra que trouxe itens com ele. Aos poucos eu quero tentar introduzir isso, se for possível auheuaeauhe

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Mensagem por NR Fury Sáb Fev 13, 2016 9:29 am



Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwHOSHI E REE


fênix • phoenix • Fenikkusu
Talvez fosse apenas coincidência, ou seria de propósito? Impossível dizer. Mas, a caminhada mal havia durado uma hora completa, os viajantes poderiam dizer, e eles já haviam visto as mais estranhas e bizarras criaturas! Sim, sim. Mas nada temam, pois nossos corajosos viajantes agora tinham uma escolta de peso, ao que parecia. Enquanto acompanhados pelos cães, nem mesmo os espíritos sussurrantes ousaram se aproximar. No entanto, parecia que os espíritos sussurrantes eram apenas a ponta do iceberg quando o assunto era os habitantes da floresta da tortura.

Ah, sim, havia coisas piores... Muito piores.

A primeira aparição sinistra foi em uma parte da floresta em que a copa das árvores não deixava que nenhum fiapo de luz da lua ou das estrelas atravessar esse espesso emaranhado, deixando os viajantes em uma escuridão profunda. Ou ao menos era o que deveria ter acontecido se não fosse pela existência de criaturas grotescas, semelhantes a Alces, que emitiam um estranho brilho azul esverdeado de sua pele, e um brilho amarelado de seus chifres. As criaturas não se aproximaram, mas estavam sempre observando, atentos e silenciosos. Mas será que teriam ficado tão silenciosos e passivos se fossem apenas três viajantes? Difícil dizer.

Floresta da Tortura - Página 2 VkvIO01
(clica)


Nenhum sinal de Fae. Até mesmo o menino felino não podia capta-lo pelo cheiro, devido ao forte cheiro de couro e pedra molhada naquela parte da floresta.

Em seguida, chegaram a um lodaçal que batia na cintura dos cães e quase chegava a barrida dos cavalos que montavam. Os cães desembainharam suas armas, ao tempo que começaram a surgir estranhas criaturas com caldas e peles rosadas em cima de rochas lisas, as criaturas não possuíam olhos, mas suas cabeças pareciam seguir os viajantes, com a boca enorme aberta, salivando. Novamente, nada fizeram para feri-los.

Floresta da Tortura - Página 2 T2Wd3x0
(clica)


Subiram uma trilha na lateral de uma montanha, atravessaram uma ponte de pedra onde ventava muito forte e viram criaturas semelhantes a cavalos, mas mais bizarras e distorcidas colhendo gravetos. As criaturas acenaram para os cães e os cães acenaram de volta, gritado e dando gargalhadas que foram correspondidas. Ao que parecia até mesmo monstros tem amigos.

Floresta da Tortura - Página 2 TYhyFsK
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Também atravessaram um campo repleto de cadáveres que andavam, esses com corpos em estado de putrefação, que possuíam números em suas testas. Os cadáveres atacaram os cães sem hesitar um instante sequer, sendo repelidos com armas e força bruta. Os inimigos vieram em ondas com dezenas e dezenas, mas os cães se organizaram ao redor dos cavalos e combateram com tudo o que tinham, não apenas lutando por suas vidas, mas claramente se esforçando para ganhar cada metro de passagem. Lutando para cumprir sua parte no pacto, mesmo que não concordassem com a decisão do líder. Demonstrando assim algum simulacro de honra. Novamente, algo estranho, para monstros.

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Durante essa batalha, porém, algo chamou a atenção de Ree. Não foi uma aura mágica, mas a sensação de estar sendo encarada. Não digo ‘observada’, pois a sensação de ser ‘observado’ jamais deixava alguém que adentrava na floresta da tortura. Nunca. Porém, ela sentiu um olhar recair sobre ela, quase pode sentir algo semelhante à cobiça emanar em sua direção, e ao virar o pescoço... Lá estava ele. Olhando diretamente em seus olhos.

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Durou apenas um instante, então um machado passou diante de seus olhos, cortando o contato visual, e no instante seguinte, o velho havia desaparecido. Feito fumaça.

Após essa curta mas dura batalha, seguiram rumo a uma caverna no alto da montanha. Infelizmente para Ree, durante a luta apenas três dos cães pereceram, e apenas por terem sido mordidos em 'partes que não podiam ser cortadas', como seus companheiros disseram. Após esse episodio, chegaram a entrada de uma grade caverna, onde havia uma criatura que lembrava muito vagamente um escrivão, com a qual o líder da matilha conversou em voz baixa e pareceu entregar um saquinho com alguma coisa. Após isso seguiram sem problemas.

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Contudo, antes de entrar na caverna, foi a vez de Hoshi notar algo intrigante. Não uma aura ou mesmo um olhar, mas um cheiro de... Amoras frescas? Um cheiro tão doce e puro, no meio de tamanha morte e desolação? Sim. E ao seguir a direção do vento, ele avistou o que parecia ser uma criança, provavelmente uma menina, que passava sorrateiramente para o interior da caverna. A menina notou que era observada e se assustou com os olhos do rapaz, na verdade, ela quase pareceu ofendida, por alguma razão, mas acabou sorrindo para Hoshi ates de desaparecer nas sombras.

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E assim seguiram, no interior de uma caverna escura, enquanto tinham como fonte de luz apenas tochas e o fogo da fênix, que se tornava cada vez mais escasso... Pouco mais de uma hora havia se passado, quanto mais faltaria?

○ ○ ○


OFF: Novos npc's, desafios chegando...

Xp de atraso:

Hoshi +50xp
Ree +100xp

Total ganho por cada um até então:

Hoshi +950xp
Ree +1100xp

Eu estou me esforçando para colocar tudo em ordem, todas as XP's ainda não registradas e tudo mais. Espero conseguir isso no máximo até terça feira dessa semana. Peço desculpas se causei qualquer transtornos.

E, obviamente, também tentarei postar com maior frequência. Qualquer dúvida só chamar no skype!
Takaras • Floresta da Tortura




Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwBONES


Kayle balançou a cabeça negativamente assim que ouviu a pergunta sobre outros iguais a eles. – A maldição da floresta não deixa que ninguém saia. Vovô disse que foi muito difícil me trazer de volta. Ele precisou da ajuda da Tia Kalysta. – E novamente o nome, que por sinal ele ainda não sabia quem era, mas por hora não dava para perguntar, pois o aparecimento do Treant acabou por distrai-los da conversa atual. Mas diferente do que a jovem zumbi havia comentado, o Treant não parecia nem um pouco amistoso, pelo menos não naquele momento. Mas a jovem inocente como era, não notou essa diferença e sem nenhuma cerimônia chamou a atenção da grande arvore.

O Treant por sua vez, que caminhava para longe deles, parou de imediato, como se tivesse se fundido às arvores e paralisado completamente. Depois, ele se virou lentamente para a dupla, seus olhos arroxeados logo denunciaram que havia algo errado, mas ainda assim Kayle permaneceu parada no lugar onde estava, cerca de uns 10 passos de distancia de Bones. A arvore então voltou a se mover, ele vinha na direção da dupla, e mesmo com os avisos de Bones, a jovem mantinha-se firme no lugar.

- Não se preocupe, ele é bem legal, as vezes fica um pouco nervoso quando alguém destrói a floresta, mas ele não desconta nos outros.

Ele se aproximava ainda mais, e por instinto, ou por puro medo, o lich resolveu se afastar da jovem novamente, mantendo a distancia anterior e esperando para ver como terminaria aquilo. Então o Treant chegou, ele parou a frente de Kayle, deveriam estar a um braço de distancia, mas ele nada fez por alguns segundos. Será que ela estava mesmo certa?

- Oi senhor Treant, lembra de mim? – A jovem levantou a cabeça o máximo que podia para olhar o rosto da grande arvore, ela sorria de forma doce e ingênua. Então tudo aconteceu tão rápido quanto se podia esperar de uma arvore enfurecida. O braço do Treant se moveu como se fosse um enorme tronco sendo derrubado, acertando em cheio o flanco da garota e a atirando longe floresta a dentro até onde Bones não conseguia mais enxergar. Tudo que ele ouviu foi um gemido de dor, antes dela enfim desaparecer no meio do mato, provavelmente morta novamente.

A arvore então abriu sua bocarra, e dela um ensurdecedor estrondo surgiu, como se uma trombeta colossal estivesse sendo tocada a plenos pulmões, era de estremecer os ossos tamanha potencia de seu rugido. E depois disso, foi na direção de Bones, já se preparando para fazer com ele, o mesmo que havia feito com Kayle.
[Sah: Tio Ossos, desculpe o atraso, tava curtindo o carnaval adoidada. Hehehe. +50xp para adicionar à sua ficha.]


Floresta da Tortura - Página 2 Arabesco1_fwBIRD


[Sally] —  Sorriso... é um ótimo nome! Sorriso, você vai guiar o pequeno guerreiro até o lugar onde a morte floresce!

O esqueleto deu alguns passos e fez seu costumeiro som de ossos batendo. Seus movimentos eram claramente automáticos, como se andasse sempre em círculos e inconsciente.

"Onde a morte floresce". Aquelas palavras, não se sabia por que, ficaram presas na cabeça do menino. Parecia um jeito poético de se falar sobre o horror. Uma pintura sóbria onde deveriam existir cores intensas e brilhantes, até apavorantes. Mesmo assim, era mais do que metáfora: poderia alguma planta crescer e dar frutos alimentada pela Morte? Quer dizer, não dos resíduos, dos corpos podres que adubam a terra, mas daquela energia escura que impregnava aquela floresta e saturava o ar com o cheiro dos mortos e do horror. Aquilo era algo que Sean iria descobrir. Se ele obtivesse sucesso na viagem...

[Sally] —  Eu sei que posso contar com você! — Disse confiante dando um último beijinho na testa do menino. Os lábios da necromante, como esperado, eram frios como o beijo do inverno.

Uma nova aventura: um caminho cheio de possibilidades se desdobrava na frente de Sean. Quais desafios o aguardavam? Mas agora, talvez pela primeira vez, a missão era clara: salvar sua própria vida. Sim. Seria uma missão egoísta?

Mas antes de sair, só mais um momento...

[Sally] —  Apenas tente não desviar do caminho, tudo bem?

Um sábio conselho, afinal, Sean não ia querer se atrasar, não é?! Mas Sally não era a única que tinha algo a falar. Angelique também queria fazer sua despedida então ela se aproximou do menino com seu jeito tímido e silencioso, mas, de alguma forma, temperado com uma pitada de ternura naquele momento.

[Angelique] — Eu te desejo boa sorte... quando voltar, vamos ter uma grande aventura juntos!

Dava para jurar que ela estava sorrindo. Entretanto, apenas uma feição melancólica se desenhava em sua face. Por dentro, talvez, ela tinha desenvolvido algum sentimento que nutria pelo garoto. Era natural. Afinal, eles haviam sobrevivido juntos e ela, pelo que se sabe, tinha visto a morte de Sean como se fosse ele mesmo. Haveria jeito de se conhecer alguém mais intimamente?

A VIAGEM...

O que se abriu frente ao possuído não foi um curto caminho, mas um bem longo. Dias de caminhada, para ser mais exato. O passo dos dois era lento, às vezes barulhento. Um esqueleto não tinha do que se esconder, afinal.  

Era curioso: mesmo vivendo tantos anos naquela floresta, conhecendo seu âmago como poucos conheciam, era sempre como se aquele lugar fosse um completo desconhecido para Sean. Era como se o menino tivesse passado sua vida ao lado de uma falsa amiga com falsas intenções e falsas aparências. Nunca se sabe quando ela vai acabar por matá-lo.  

Por todo o caminho os dois viajantes eram acompanhados por olhos que espreitavam de todos os lados. Curiosos, intrigados e famintos, eram muitos e em muitos formatos. Por vezes era apenas a sensação. Noutras brilhavam no escuro, mas nunca perto demais para que pudesse de fato vê-los, jamais revelando suas identidades ou intenções. Ás vezes pareciam até mesmo tramar contra Sean e Sorriso, mas nada faziam. A aparência esquelética e mórbida do novo guardião do menino deveria espantá-los.  

Dias se passaram, ainda que não se pudesse ver luz nenhuma senão da pálida lua lá no céu. Quando Sean dormia, Sorriso mantinha guarda. Na última noite, quando o menino despertou, encontrou o esqueleto manchado de sangue — marca de que ele o havia protegido e de que os perigos começavam a aumentar, ainda que estivessem deixando o coração da floresta. Comida e água também era um problema. Às vezes a garganta de Sean sentia saudade daquela sopa esquisita da tia Sally. Por sorte, existiam fungos e pequenos animais, mas a fome insistia em nunca sumir por completo. Sorte de Sorriso que não precisa comer.

Da escuridão que caia como um manto das árvores de copas altas e fechadas até onde elas ficavam escassas: era claro que se aproximavam da borda da floresta. Mas alguma coisa ali parecia perigosamente fora de lugar: poças de sangue!

Elas se espalhavam de forma irregular. Era sangue fresco, mas não existiam corpos, como se brotasse da própria terra. Era um claro sinal de perigo.

Quando Sean olhou para frente de novo, ele viu algo diferente: uma pequena luz levantou de uma daquelas poças, como se antes estivesse mergulhada. Ela ziguezagueou, mas de repente parou fixa no ar, como se encarasse o menino. Seus sentidos se ergueram em precaução. Sabia que indicava perigo, mas ainda não podia precisar o quanto.  

A luz era vermelha. Tinha não mais do que o tamanho de um vagalume, mas não existem vagalumes vermelhos, não é? Era também mais brilhante, como uma pequena estrela. Sorriso continuou. Ele não sentia o perigo e ignorava a luz, mas seu passo diminuiu para acompanhar Sean. Ele nunca se afastava mais do que alguns metros.

02

Comentário + XP:

Esqueleto:


Última edição por NR Katsuo em Sáb Fev 20, 2016 12:01 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Bones Sáb Fev 20, 2016 12:17 am

A inocência da garota estava se tornando algo perigoso, pois ela parecia ignorar ou não perceber o treant, pois por mais que ele pudesse ser como ela dizia, aquela sensação ruim apenas aumentava mais e sua forma de se mover e fixar neles era no mínimo suspeita, pois não dava qualquer indicio de que a havia reconhecido. Tudo foi tão rápido que mesmo tendo qualquer forma de reagir e defender a garota, duvidava de si próprio que teria condições de seguir aquele ritmo acelerado de fatos e impedir o ataque, pois a força e velocidade do treant foram tamanha que arremessou a garota como se fosse uma boneca de pano, vários metros para dentro da mata.

- Corre

Aquele foi um simples e rápido pensamento instintivo que teve, pois mesmo ele sendo quem era, corria perigo contra "coisas esmagadoras" e ainda precisava chegar a seu destino o quanto antes, tendo um certo receio quando ela disse que a floresta não deixava seus moradores partirem, já podendo imaginar que tipo de destino teria ele caso fosse apanhado pela floresta. Temeu pela existência da garota, que poderia ter morrido novamente, mas o que poderia ele fazer naquele momento?

Por hora, nada poderia fazer pela garota, não havia como ele se defender quanto mais defende-la, pois a árvore vinha em seu encalço e não tinha os mesmos poderes que uma vez teve em vida, ou pelo menos suspeitava que teve, restando apenas a boa e velha opção de correr desesperadamente pela floresta, tentando seguir em uma linha o mais reta possível e quem sabe caso a árvore acabasse por perde-lo de vista, voltar ate a garota, mas tudo que restava no momento era correr o mais rápido que a mata permitia.

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