Floresta Endless

por **ADM GabZ** Sáb Fev 22, 2014 1:01 pm

A Floresta Endless tem este nome graças ao seu tamanho, e muitos afirmam que a floresta não tem fim. Vasta e praticamente inexplorada, ela cobre quase todo o leste da Ilha de Lodoss. Chegam a ser incontáveis as histórias sobre o lugar, mesmo que grande parte surja da criatividade dos viajantes. A floresta é rica em vida, e a diversidade de seus ambientes é o que tanto assusta viajantes desavisados. Montanhas, formações rochosas, cavernas, vales, cachoeiras, rios e muito mais do que se imagina formam as paisagens estonteantes de Endless. Tão antiga quanto a própria ilha, a floresta possui árvores centenárias e algumas que parecem ter milhares de anos. Quanto mais se explora, mais se descobrem lugares fantásticos. Existem áreas pantanosas, outras com árvores tão altas que cobrem o céu, ou então com folhas tão grossas e finas que a luz do sol faz o ambiente ficar com uma luz esverdeada.

Porém ela é tão bela quanto pode ser perigosa.

Alguns dizem que Endless possui vida, uma consciência única em cada ramo de cada árvore. Outros afirmam que espíritos protegem o lugar de intrusos mal intencionados, possuindo criaturas e os atacando. Mas a certeza é de que nunca se sabe o que podemos encontrar nesta floresta. Lendas sobre tesouros e civilizações esquecidas sempre surgem, mas ainda não se provaram a veracidade delas. O maior perigo do lugar, apesar de tudo, é sua fauna: Endless é conhecida por ser o lar de inúmeras criaturas, ferozes ou não. Seus habitantes variam desde os comuns coelhos, cervos, aves, lobos e linces até os perigosos dragões, wyverns, worgs, trolls, minotauros e muitos outros. Mas também sabe-se que existem tribos e até mesmo cidades inteiras de raças. As mais conhecidas são a cidade dos elfos, Daer'Ven (Grande Verdejante) e a dos centauros, Cragen Gryf (Casco Forte). Ambas deram suporte a Hilydrus durante a guerra, porém apenas os oficiais do reino têm acesso direto aos dois grupos. Encontrar estes lugares apenas se aventurando é uma tarefa árdua, para não dizer impossível, uma vez que é fácil perder-se em Endless e a localização exata das cidades é um mistério.

Também existem clãs nômades que raramente deixam a floresta, como o clãs de lycans puros ou tribos indígenas que se mudam apenas a cada seis meses. Fora isso, existem muitos animais que vivem em bandos, matilhas ou grupos menores, mas não é incomum encontrar seres solitários. Andar por estas terras é arriscado devido ao grande número de criaturas, mas por incrível que pareça não é tão comum encontrá-los. Cabe aos aventureiros decidirem se vale o risco.

por **ADM GabZ** Sáb Fev 22, 2014 1:06 pm

<Arquivo de últimas postagens do tópico anterior. Foi necessário criar um novo por motivos de atualização. Caso precise consultar posts anteriores, me envie uma PM>

@ Zatoichi

Spoiler:

@ NT Kamui Black

Spoiler:

@ Zatoichi

Spoiler:

@ NT Kamui Black

Spoiler:

@ Gin

Spoiler:

@ NT Kamui Black

Spoiler:

@ Gin

Spoiler:

@ Zatoichi

Spoiler:

@ Kamui Black (Não finalizado)

Spoiler:

por NR Kamui Black Dom Fev 23, 2014 12:03 am

@ Gin

A resposta de Gin foi rápida e igualmente provocativa. O orc não pareceu se importar em ser chamado de feio, mas quando o rapaz disse que ele parecia fraco uma veia saltou em sua testa.

- Tsc. Todos os orcs são poderosos. E minha força não é algo do qual você deva zombar, humano. Mas meus punhos relâmpagos são o que há de mais mortal.

Como que para comprovar o que dizia ele deu alguns socos no ar. Gin pode comprovar que a velocidade dele era muito alta. Será que ele próprio poderia se equiparar a isto? De qualquer maneira, continuou com sua provocação. Quando perguntou sobre ele nunca ter visto um humano em Endless e o chamou de burro, uma veia começou a saltar do outro lado da testa do orc, fazendo companhia para a sua gêmea.

- BURRO?! BURRO! ESTÁ ME CHAMANDO DE BURRO, HUMANO IDIOTA? EU DEVIA ERA PARTIR A SUA CARA!

Se o que Gin queria era irritar o orc, parece que ele tinha conseguido, mas, o que será que ele iria fazer agora?

@ Zatoichi

Em meio ao frenesi da batalha, o espadachim encontrava-se dividido pela dúvida entre ajudar o companheiro caído ou atacar o lagarto gigante novamente. Em meio a uma ira incontrolável optou pela segunda opção.

Avançou aproveitando que a criatura estava um tanto quanto atordoada e segurou firmemente sua espada, passou pelo lado da perna da besta e desferiu um golpe horizontal com toda a força que possuía. O corte foi limpo, mas não tão profundo quanto o humano pretendia, uma vez que as grossas escamas protegiam muito bem a carne. Seguiu com seu movimento fluido enquanto a criatura fraquejava. Aquela perna parecia não suportar mais tão bem o grande peso da criatura.

Zato não percebeu, mas o enorme lagarto já o olhava de cima para baixo e movimentou sua enorme cauda para atingi-lo e este movimento sim foi percebido pelo rapaz, que desviou-se para o lado para ficar de frente com uma parte mais fina e saltou contra o membro da criatura que vinha em seu encontro. Em pleno ar, manobrou a espada para um golpe vertical de baixo para cima. A força gerada pela velocidade do humano e a velocidade da cauda forneceram o suporte para um corte rápido e eficiente que amputou pelo menos um metro daquele membro, deixando Zato passar por ela ileso.

No entanto, nem tudo são flores na vida de um guerreiro e, enquanto ainda estava no ar, o enorme réptil fez um movimento de varredura com sua "mão" e atingiu Zato em cheio. Por sorte não foi uma das enormes garras que lhe atingiu, mas o impacto o arremessou para trás e para longe. A dor não foi tão grande quanto da vez em que foi atingido pela calda, mas mesmo assim foi um duro golpe. Ele girou no ar e "pousou" em pé no chão freando o corpo com sua espada. Estava a mais de dez metros da criatura e percebeu que ela estava em uma posição estranha, meio tombada. O joelho da pata ferida a apoiava no chão com a ajuda do "braço" que utilizara para atingir Zato. Ele observou sua calda cortada e urrou em meio a uma grande fúria. Encarou o espadachim após isso em uma ira bem sonora e agressiva.

informações:

por Gin Seg Fev 24, 2014 11:42 am

Sua provocação lhe rendeu bons frutos. Comprovou o que pensava a respeito da velocidade desse novo ser petulante, assim como teve garantias de sua força. Mesmo assim, não tinha motivos de brigar com o Orc.

Toda essa encenação era pra comprovar sua força para algum combate futuro. Lógico que adoraria lutar com esse adversário. Aliás, todos os seus poros gritavam para Gin aplicar o primeiro soco. Ao invés disso, resolveu esperar para algum futuro embate.

— Relaxa verdinho, aqui tá tudo em paz. — Disse, tentando deixar o orc mais a vontade. Talvez a irritação fosse característica de sua raça, pensou.

— Vamos começar de novo. — Falou em um tom mais leve, um sorriso nos lábios e o cenho um pouco franzido. — Estou aqui pois sou um andarilho. Não tenho nenhum motivo particular a não ser aquele de achar adversários à altura e de ficar cada vez mais forte. — Completou, sendo sincero. Agora esperava uma resposta do Orc, seus instintos prontos para uma eventual batalha.

por **Henry** Qui Fev 27, 2014 5:40 pm

Era como se a criatura estivesse agachada ou ajoelhada tentando se manter em pé. Aparentemente os cortes que o garoto havia causado na grande criatura estavam surtindo efeito. Zato esboçou um sorriso de canto do rosto. O plano vinha funcionando mas pena que custava demais ao garoto. Sentiu o sangue na boca mais uma vez. O impacto do último golpe havia sido forte, mas o que mais lhe prejudicava ainda era suas costelas quebradas.

O rapaz posicionou sua mão esquerda sobre elas enquanto que usava a direita como apoio junto a arma para se erguer. A criatura já não era mais capaz de correr atrás dele e se Plue não estivesse apagado ali do lado ele sairia correndo. Agora era tarde. Olhou para frente vendo o longo risco que sua arma havia feito no solo. Talvez a adrenalina ainda estivesse ajudando o garoto a sentir menos dor, mas impactos com aquela magnitude iriam ser muito dolorosos quando o jovem se acalmasse. Cuspiu o sangue que lhe veio a boca e encarou seu oponente. Ainda estava enfurecido pelo que a criatura tinha feito ao seu fiel cão de guerra.

A cabeça do garoto ainda pouco abaixada permitia a franja cair sobre seus olhos. Transbordava de suor e estava ferido, mas não iria parar. A fera rugia para ele em sinal de fúria e o garoto a encarava mutuamente retrucando o sentimento. A diferença ali era que Zato tinha praticamente todo seu potencial de movimentação a seu dispor, já a fera, ainda que muito mais forte estava mais debilitada. O garoto lançou seu corpo para o lado carregando a arma com apenas uma mão decidido a dar a volta no animal.

Fez uma curva aberta para que o lagarto não pudesse interferir em seus movimentos. Correu até o lado da criatura, reduziu a velocidade apenas vendo a reação dela e voltou a correr. Queria ver até onde o monstro acompanharia sua presa. Se posicionou atrás da fera analisando todos o seu corpo para ter certeza de onde era melhor atacar. Não pararia na frente dela. Quando tivesse dado três quartos de volta avançaria. A perna ferida estava apoiada no chão então não seria o melhor alvo. Era hora de finalizar aquela luta.

Toda a adrenalina da luta subindo a flor da pele. As veias nos olhos saltando em uma cor vermelha forte e a espada fora levada ao ombro para apoio. O espadachim sentia seus músculos trabalhando e toda a tensão de uma luta subindo a cabeça. Se aproximou e saltou sobre o corpo do réptil, procurou trazer a espada para frente do corpo, precisava dela para absorver qualquer futuro impacto. Avançando para cima do monstro focou mais uma vez a nuca. A espada desceria em uma estocada reta para baixo. O garoto loucamente buscava o fim daquela batalha.

por NR Kamui Black Sáb Mar 01, 2014 2:58 pm

@ Gin

- Hu hu hu hu... Então você quer testar sua força? Parece que eu não agi errado em vir até a orla da floreta quando meu amigo me avisou que havia alguém se aproximando daqui. O negocio é o seguinte: aqui, no meio de Endless, existe um lugar onde os mais fortes lutadores testam suas forças uns contra os outros. O local é muito bem escondido e apenas os que são dignos são convidados a entrar nele.

O orc analisou bem as reações do humano por um curto período de tempo e, após isso, colocou-se em guarda, como se estivesse pronto para um combate.

- Meu nome é Luttral, se quiser me dizer o seu antes de nossa luta o momento é este. É claro que esse seu estranho amigo não deverá interferir – disse indicando Choudon.

O orc aguardou algum tempo para ver se Gin lhe diria seu nome. Independentemente se obteria a resposta ou não, ele avançou em uma explosão de velocidade em direção do rapaz, que surpreendeu-se com a incrível investida de Luttral. O forte soco veio direto para seu rosto e se Gin não fosse um hábil lutador sua face seria agora uma feia mancha vermelha. No entanto, ele ergueu seu braço no momento exato de impedir o golpe. Ele resistiu ao soco, mas mesmo assim sentiu seu corpo sendo atingido por uma violenta onda de choque. Aquele não era um golpe comum, possivelmente se tratava deu alguma técnica especial de seu oponente.

Um segundo golpe veio em seguida, desta vez mirando seu estomago. O oponente era rápido e preciso, mas Gin possuía uma boa defesa e conseguiu evitar mais este ataque abaixando o braço direito para amparar o punho do adversário. Desta vez a defesa foi perfeita e ele não sentiu nenhuma onda de impacto devido ao golpe do oponente, apenas um soco normal que não lhe causou nenhum mal.

Assim que desferiu seus dois golpes, Luttral saltou para trás e pôs-se em guarda novamente.

Informações:

@ Zatoichi

A fera urrava e o humano seguia silencioso em sua investida.

Zato tinha total confiança de que aquele seria o último golpe que encerraria aquele embate titânico. Contornou o monstruoso lagarto em um semi-circulo bem amplo. Levaria algum tempo, mas era a manobra mais segura para poder garantir sua investida. No entanto, a criatura não ficaria parada enquanto ele se movimentava e tentou uma nova investida, utilizando a perna restante e os dois “braços” ela impulsionou-se na tentativa de engolir o rapaz em uma única mordida.

Apesar da manobra desesperada, aquilo se mostrou um grande erro. A perna dilacerada por golpes de espada mostrava-se mais que inútil e era apenas um peso morto para ele e isto acabou lhe custando em mobilidade. Foi realmente muito fácil para Zatoichi afastar-se da bocarra que tentava dilacerar-lhe a carne com afiadas presas. Viu o enorme lagarto cair no chão, pois os “braços” não tinham conseguido agüentar tanto peso. Um sorriso curvou seu rosto, pois ele percebia que aquela luta estava para terminar.

Em uma última manobra a criatura ainda tentou atingir o espadachim com sua cauda mutilada. Um de seus olhos observava o rapaz e seu membro tentava derrubá-lo ou repeli-lo. Zato, porém, não esperou que isso acontecesse e saltou por cima da cauda que pretendia atingi-lo e utilizou-a de trampolim. Estava aonde queria: bem acima da nuca do inimigo.

Forçou o corpo para baixo. A espada estava em riste e bem segura em suas mãos. Sentiu a dor nas costelas devido ao esforço, mas ignorou- da melhor maneira que conseguia. Seu peso e sua velocidade fizeram com que o golpe fosse perfeito. A lâmina fincou-se em três quartos na parte de trás do pescoço do réptil colossal. Um urro ecoou pela floresta enquanto o líquido carmesim jorrava e encharcava as roupas do rapaz.

Apesar disso, o lagarto ainda se debatia e Zato viu-se obrigado a se segurar forte no punho de sua arma para não ser tirado de sua posição. Girou a lâmina e em um esforço descomunal fez com que ela deslizasse e cortasse a carne dura do grande lagarto. Sua lâmina saiu pingando sangue e ele soube que aquilo estava feito. O inimigo estava caído, inerte no chão.

Tudo parecia estar acabado, mas, de repente, saindo de meio das árvores bem perto de onde encontrava-se Plue, havia um homem batendo palmas. Ele tinha os escuros e longos cabelos respingados de branco e trajava uma magnífica túnica roxa. Em sua cintura estava embainhada uma espada e, nas suas costas, preso um singular cajado com a caveira na ponta despontando sobre seu ombro esquerdo.

- Muito bem, rapaz – disse enquanto suas palmas ressoavam. – Fez um belo trabalho em acabar com esta criatura bestial.

Homem misterioso:

informações:

por **Henry** Sáb Mar 01, 2014 7:54 pm

Saltou, desviou da mordida, se jogou para o lado e esquivou da calda, driblou todos os golpes do monstro e sentiu gosto e prazer ao derramar o sangue daquela criatura. Sentiu-se parcialmente aliviado e ao mesmo tempo energizado como não acontecia a tempos. O espírito da batalha e o sabor da vitória pareciam se juntar e trazer a tona aquele guerreiro que ele sempre foi, e conforme sua espada rasgava aquele monstro ele sentia a adrenalina continuar subindo. as escamas, a carne até os ossos do monstro o rapaz era capaz de sentir. Tinha vencido, estava claro que todo aquele treinamento havia valido apena, finalmente conseguira testar seu potencial, e a pergunta ainda ecoava na mente. Ele era capaz de mais?

Se jogou de cima do corpo do réptil agora caído no chão e sorrindo fincou a espada no solo para se apoiar. Trouxe a mão direita para cima das costelas feridas pensando no que fazer a respeito daquilo, poderia se curar, iria começar a fazê-lo quando ouviu algo, um som diferente vindo de trás das árvores. Um homem se revelou parabenizando o rapaz aplaudindo sua performance. Zato sacou a arma novamente e a apontou para aquele novo estranho. Não tinha idéia de quem era, mas aquele homem foi furtivo o suficiente para observar toda a luta sem chamar atenção do garoto.

-Quem é você?-

Perguntou seco de forma grosseira. A adrenalina já vinha descendo e as feridas na região de seu tórax começavam a lhe incomodar muito mais junto com todos os locais onde havia recebido golpes. Estava com dor, mas não queria demonstrar afinal não tinha idéia de quem era aquele que lhe dirigia a palavra. O encarou fitando-o nos olhos mas algo veio a sua mente como um estalo. Pensou como pode ter sido tão imprudente.

-Plue!-

Gritou desesperado pensando no pior. O jovem espadachim embainhou a arma e ignorando por alguns instantes a presença daquele senhor disparou em direção ao seu fiel companheiro. O cão ainda estava imóvel com a cabeça escondida sob um arbusto e mesmo na condição de preocupação que estava ele manteve sua mão direita no cabo da arma enquanto que com a esquerda foi tentar acordar seu animal. Sua voz mostrava afobação e medo agora mais baixa e arrastada do que antes.

-Vamos, fale comigo, amigão...-

por Gin Seg Mar 03, 2014 2:08 pm

Off: Favor excluir o post como GM =p

Se divertia com as reações do estranho Orc enquanto a conversa prosseguia. Não que se importasse, mas aparentemente seu novo conhecido ficava mais rapidamente irritado que o próprio Gin, o que era um fato curioso. Conseguia sentir a tensão se amontoando, seus instintos gritando que uma briga iria começar em breve. Estampou seu meio sorriso na cara, animando-se com essa possibilidade.

— Sou Gin e não me importo com que seu amigo disse, mas uma briga generalizada num canto misterioso de uma floresta intensa? — Perguntou, com entusiasmo na voz. — Lógico que to dentro! Mas como posso provar.. — Interrompeu sua fala ao perceber que Luttral queria lutar ali e agora. Preparou-se, flexionando os braços ao mesmo tempo fazendo um comando para que Choudon não interferisse.

O ataque inicial foi de Luttral e veio de forma surpreendente. Devido ao seu reflexo conseguiu resistir ao ataque inicial do Orc, mas não estava preparado para a onda de choque que sacudiu todo o seu corpo. Será que estaria tão enferrujado assim por não ter lutando seriamente a tanto tempo?

— Fica sério, Gin. — Murmurou para si mesmo.

O próximo ataque já pareceu menos potente. Interrompeu o baque que viria para seu estômago usando seu braço direito. Seu sorriso se alargou.

— Agora sim. — Disse, olhando para Luttral antes de começar seu contra ataque.

Usando seu braço esquerdo, desimpedido, usaria de toda sua velocidade e força para dar um soco direto no rosto de seu oponente, assim como o mesmo tinha tentado anteriormente. Esperava que Luttral se afastasse de Gin, mesmo que o soco não acertasse.

Se seu soco fosse interrompido, tentaria afastar o Orc com um tropeção em sua perna. Se sua primeira ação fizesse seu adversário se afastar, Gin ficaria de prontidão, simplesmente esperando o próximo ataque de Luttral para tentar algum contra ataque com agilidade. Estava animado com essa briga.

por NR Kamui Black Ter Mar 04, 2014 11:46 am

@ Zatoichi

A maneira rude com o que o rapaz perguntou quem era aquele homem não lhe trouxe respostas. O sujeito apenas permanecia de longe, olhando-o. Zato, no entanto, tinha coisas mais urgentes com o que se preocupar e apressou-se em verificar se seu amigo estava bem.

Correu até Plue e contornou o arbusto para ver sua cabeça. E ela estava lá, escondida pelas folhagens. Havia sangue seco na nuca do animal, o que indicava que ele tinha recebido uma pancada forte na cabeça e por isto estava inconsciente. O espadachim tentou chama-lo e sacudi-lo, mas ele não acordou. Colocou sua mão no pescoço de seu companheiro e verificou que tinha pulsação e a lingua que pendia para fora da boca mexia-se levemente, indicando que ele respirava.

Antes que pudesse tentar alguma outra coisa, porém, viu que o sujeito estava se aproximando calmamente. As armas dele estavam todas guardadas e ele não demonstrava qualquer sinal de agressividade. Parou a pouco mais de um metro do espadachim.

- Meu nome é Melefet. Será que eu posso saber o seu?

Sua voz era grave, porém, melodiosa, totalmente desprovida de agressividade. A Zato ela lembra a voz de diplomatas ou negociadores. Enquanto se apresentava, o homem estendeu sua mão direita em cumprimento ao espadachim, bastava saber se ele aceitaria ou não os cumprimentos.

informações:

@ Gin

Gin estava bem empolgado com aquele combate, principalmente pelo fato de seu adversário provar-se bem capaz. Logo após se defender de um golpe tentou um contra-ataque certeiro contra o rosto de seu oponente. Mas, conforme Gin tinha visto anteriormente, ele era bem ágil e conseguiu afastar-se rapidamente, fazendo com que o punho do outro lutador passasse a poucos centímetros de seu rosto.

Gin colocou-se na defensiva, aguardando para um contra-ataque. O orc não hesitou sequer um segundo e avançou contra seu oponente. Pretendia um novo golpe contra o rosto de seu adversário e Gin defendeu-se de maneira brilhante. Ele abaixou-se enquanto desviava o punho do oponente com seu braço esquerdo. Nesse meio tempo, utilizou o punho direito para atingir o abdome de seu adversário, que estava com a guarda aberta.

O soco acertou em cheio e Gin pode ouvir um gemido vindo de seu oponente. Luttral, no entanto, parecia ser bastante resistente além de rápido e o humano percebeu que seu golpe não causou tanto estrago assim. O orc, por sua vez, afastou-se massageando o local atingido com seu braço esquerdo. Seria aquela a chance de um belo ataque?

por **Henry** Seg Mar 10, 2014 12:20 am

O homem ali não apresentava perigo, Plue estava bem. Tudo voltava calmamente a sua normalidade. O garoto suspirou num misto de agrado e cansaço. estava ferido mas sem importava mais com seu cão do que com ele mesmo. Soltou a mão direita do cão da espada e posicionou sobre a ferida de Plue. Não iria morrer, mas estava machucado e se Zato não fizesse algo o cão não iria se levantar.

-Sanatio...-

As mãos do jovem brilharam pousadas sobre a ferida do cão. Era a magia de cura que havia aprendido com Belkior, reestruturação da matéria, aceleração do metabolismo. Era uma forma avançada de regeneração, um misto de ciência a magia, não que as duas coisas fossem muito diferentes. A ferida do cão começou a se fechar de forma rápida e o sangue parava de sair rapidamente, em questão de segundos a ferida se cauterizou e uma pequena cicatriz se escondeu por baixo dos pelos do cão. Plue ficaria bem afinal. Faltava ver se ele iria ou não acordar. Em seguida o garoto se levantou e repetiu a palavra. Olhva para o homem a sua frente enquanto sua magia de cura agora fazia efeito nele mesmo, as costelas quebradas pareciam se fixar em seu devido lugar e a sensação do garoto de dor diminuiu rapidamente. Nenhum incomodo mais, estava curado.

-Henry, Zatoichi, me chame como quiser, esse é Plue-

Terminou apontando para seu fiel companheiro. Cumprimentou o homem com um aperto de mão. Zato havia finalmente exterminado a fera e pode se acalmar. Quem era aquele homem e por que lhe parabenizava eram as perguntas que pairavam a mente do garoto ali, mas preferiu não perguntar, seria mais fácil deixar que o homem as respondesse sozinho, não tinha muitas duvidas de que logo o faria. Um ar estranho rodava aquele ambiente, Zato não achava que se trava de uma ameaça, mas estava curioso.

[Cura usada duas vezes, uma em mim e outra no Plue -60% de MP, +20 de HP pros dois.]

por Gin Ter Mar 11, 2014 10:39 pm

Seu sorriso já estava de orelha à orelha. Não muito por seu soco ter encontrado um corpo e sim pelo dono do mesmo ter resistido com tanta eficiência o seu golpe certeiro. Ora, não haviam muitos seres em Lodoss que acompanhariam sua velocidade e resistissem seu soco tão bem quanto o Orc à sua frente. estava empolgado e isso transparecia em seu semblante.

Fato era que se viu obrigado a lutar com mais seriedade contra o oponente formidável. Dessa vez não faria ataques sem sentido e sim viraria para a experiência afim de triunfar nessa briga, afinal disso entendia muito bem. Não tinha dúvidas que faria um ataque, aproveitando do momento do combate.

— Tá na hora de ficarmos sério, não? — Perguntou, chamando a atenção de Luttral caso este estivesse distraído. Gostava de lutas assim, onde a habilidade era levada em conta a mais que furtividade e golpes baixos. Partiu à toda velocidade, diretamente na direção do Orc.

Sua ideia era simples: finta de golpes. Ao chegar perto de Luttral, armaria um potente e potencial soco em seu rosto com sua mão direita. No entanto, no último segundo, tomaria um impulso com sua perna esquerda para, com sua perna direita, tentar chutar o rosto de seu adversário. Se não pudesse atingir seu rosto, se contentaria em atingir qualquer parte de seu corpo com a perna direita.

Após o golpe, não recuaria. Sabia que seu golpe era arriscado e, por isso, ficaria em alerta para um potencial contra ataque e tentaria utilizar de seus reflexos em combate para se livrar do mesmo. Essa tática vale tanto se atingir, quanto se não atingir o ágil Orc.

por NR Kamui Black Sáb Mar 15, 2014 11:42 am

@ Zatoichi

Sua técnica de cura foi perfeita para o momento. Pode observar o corte na cabeça de Plue se fechar quase completamente, restando apenas algumas escoriações aqui e ali. Ele próprio estava mais ferido e sua habilidade serviu-lhe apenas para curar as costelas quebradas, deixando-lhe com os demais ferimentos que não eram sérios intactos.

Em seguida, resolveu cumprimentar o homem que acabara de chegar ali. Ele possuía um aperto de mão bem forte para um mago e sorria-lhe misteriosamente enquanto se cumprimentavam. Em seguida, soltou a mão do espadachim e afastou-se dele uns dois metros, aproximando-se do corpo do enorme lagarto. Virou-se novamente para Zato antes de se pronunciar novamente.

- Já ouviu falar de um grupo chamado Nirvana? É de se esperar que não, não somos muito muito conhecidos... ainda. - Fez uma pausa esperando uma resposta vindo de Zato. - Mas certamente já deve ter ouvido falar de algumas mortes misteriosas em Hilydrus, dentro do exercito talvez. Pessoas com altas patentes, pessoas influentes próximas ao rei.

Analisou profundamente as reações do espadachim antes de prosseguir.

- Exatamente. Fomos nós que fizemos isso. E depois de ver como você conseguiu derrotar este enorme lagarto posso afirmar que você tem força suficiente para se unir à nós. E esta sua habilidade de curar também pode ser bem útil. Ou um grande empecilho para nossos planos futuros. A escolha é toda sua. O que me diz, Henry Zatoichi?

informações:

@ Gin

A finta de Gin foi totalmente satisfatória e enganou seu oponente facilmente. Enquanto ele elevava seu braço para uma defesa, um chute acertava-lhe o lado oposto de seu rosto. A força foi tanto que ele foi movido para o lado e parecia que iria cair. Mas, no último instante, apoiou sua mão no chão e girou o corpo. Gin foi rápido para se defender, mas não rápido o suficiente e o chute acertou-lhe na barriga, tirando-lhe um pouco de ar e forçando-o para trás.

- Muito bem, Gin. - Luttral disse enquanto se punha em pé. - Com isso você me mostrou que é digno de participar de nossa pequena associação de lutadores. Vamos indo? Esse seu companheiro poderá vir, mas creio que não poderá interferir em suas lutas.

O trio, então, adentrou na floresta sendo guiado pelo orc. Depois de alguns minutos de caminhada eles avistaram um sujeito meio estranho empoleirado em uma árvore. Seus pés eram garras como os de uma águia e suas pernas estavam revestidas de uma calça de couro fervido repleto de rebites. O torso estava nu, mas seus braços traziam enormes braceletes e uma maça pendia de seu cinturão. Haviam asas em suas costas e seu rosto era singular com uma espécie de bico no lugar do nariz e penas no lugar do cabelo.

- Este é Codor e foi ele quem avistou você enquanto voava. Ele também participará de nossos jogos. - Em seguida ele se dirigiu ao feral. - O nome dele é Gin, Codor, e já verifiquei a força dele e vi que ele é bem forte.

- Isto é bom, já temos muitos fracotes em nosso meio. Não iriamos precisar de mais um. Veremos do que você é capaz quando lutarmos, Gin.

Dito isto ele saltou da árvore e abriu suas asas para pousar de maneira macia no chão. Depois, aproximou-se de Gin e permaneceu um momento encarando-o. Não era uma postura de ameaça, apenas parecia que Codor estava analisando-o de cima a baixo numa tentativa de medir sua força.

informações:

por Gin Dom Mar 30, 2014 9:52 am

A batalha havia chegado ao fim quando ambos estavam apenas esquentando. O rapaz sabia que deveria deixar o melhor para depois, mas isso não mudava o fato de querer acabar com a raça de seu adversário agora. Demorou alguns segundos para que ele se acalmasse e tirasse sua mente da luta.

— Vamo então, mas ainda espero poder lutar sério com você.

Antes de ir foi fazer um pequeno afago em seu símio de estimação. Escolheu um local onde ele gostava de carinho, na lateral do pescoço, ao mesmo tempo em que se aproximava de sua orelha.

— Meu rapaz, me acompanhe pelo cheiro mas fique afastado. Qualquer coisa a gente sai dali com pressa. — A única resposta que obteve foi um leve fechar dos olhos e uma bufada em seu rosto. Satisfeito, Gin tirou sua mochila das costas de Choudon e se pôs e acompanhar o Orc para dentro da floresta.

Depois do que pareceram horas, um ser estranho parou à sua frente, determinado a estudá-lo antes da luta. Estava acostumado com seres petulantes que nem esse, que achavam que podiam saber tudo de seu adversário antes de lutarem. Sorriu ironicamente enquanto este o analisava.

— Gostou do que viu? — Perguntou antes de se afastar. De qualquer modo, também pegou umas coisas no ar. Tomaria cuidado com o bico e com as penas, que pareciam afiadas. Talvez se pudesse neutralizar uma asa de início o combate se tornaria mais fácil. Afinal, ainda não tinha aprendido a voar.

Ficou aguardando o seu Orc guia continuar a caminhada, já começando a ficar impaciente. Nesse meio tempo tratou de pegar quantas frutas conseguisse das árvores ao redor. Podia não parecer a todos, mas tinha se desgastado um pouco na luta anterior e queria estar 100% antes desse estranho torneio. Mas do que tudo, precisava descansar por alguns minutos.

por **Henry** Ter Abr 01, 2014 7:44 pm

Arqueou a sobrancelha , aquilo era estranho, mortes misteriosas em Hilydrus de pessoas próximas ao rei? Não era algo novo nem recente, sempre houve coisas do tipo desde que o espadachim se lembrava por gente. Zato esteve quase um ano distante de Lodoss por tanto não chegou a escutar tais boatos, seu primeiro destino foi Endless e tinha a sensação de que já estava ali por uma eternidade, mas por que não entrar no jogo? esboçou um pequeno sorriso de lado e assentiu em resposta confirmando a pergunta do homem.

Então aquele homem era um mago Malefet, membro do grupo Nirvana que com certeza mostrava ter algo contra o exército. Zato estaria mentindo para si mesmo se dissesse que não havia se interessado, porém sempre foi um soldado fiel a Hilydrus, mesmo em tempos como os atuais onde havia sim um grande e estranha opressão por parte do rei Azure. Não, Kite. Esse era o nome pelo qual conhecia o, até pouco tempo atrás, príncipe e seu antigo general.

Estava lisonjeando. Belkior em todo seu treinamento fez apenas criticas ao garoto para que ele crescesse como guerreiro, porém valeu a pena. Zato moveu o rosto olhando a fera morta, realmente tinha ficado muito mais forte e hábil, não ainda o quanto queria, mas há alguns anos ele não seria capaz de fazer aquilo. Derrubar um monstro de tal porte apenas com uma única espada. Por mais que os elogios lhe agradassem ele ainda não havia escutado o que queria. Qual era o retorno? Onde ele lucrava em tudo isso? Seus primeiros objetivos naquela ilha eram se livrar da maldição e comprar novos armamentos, seu inventario já estava velho e sua espada não estava mais se encaixando tão perfeitamente ao estilo de luta que gostaria de usar. As escamas daquele lagarto azul pareciam algo interessante.

-Sabe, sua oferta é estranha. Não me acho tão forte como guerreiro, mas obrigados pelos elogios de qualquer modo, o ponto é outro. O que eu ganho com tudo isso?-

Zato suspirou um tanto quanto pensativo sobre o que deveria ou não falar naquele dialogo, caso comentasse que precisava se livrar de sua maldição estaria simplesmente expondo uma fraqueza sua para um possível futuro inimigo. Não podia confiar nele, mas estava curioso demais para ouvir o resto.

-Tenho alguns assuntos com os quais preciso lidar, terei tempo?-

por NR Kamui Black Seg Abr 07, 2014 8:10 pm

OFF - Desculpe a demora, pessoal, semana muito corrida e fim de semana pior.

@ Gin

Quando Gin perguntou à Codor o se ele havia gostado do que viu, o feral limitou-se a dar um sorriso divertido e eles seguiram floresta a dentro. Gin observava todos os detalhes que podia para poder retornar, caso fosse necessário. Depois de um bom tempo caminhando pela floresta eles chegaram em frente a uma árvore muito grande, uma das maiores que ele já havia visto com cerca de 30 metros de diâmetro. A árvore nascia na encosta de uma pequena montanha com uma certa extensão, embora pouca altura. A planta em si era muito mais alto que o acidente geográfico. Gin seguiu os dois por entre uma vegetação fechada que se abrigava à sombra da grande árvore. E então encontraram uma falha nas grandes raízes por onde um homem adulto e musculoso poderia passar facilmente, para aqueles três foi ainda mais fácil embora Codor tenha sido obrigado a encolher as asas.

Depois da árvore eles entravam por um túnel com paredes de pedra natural cuja extensão era permeada com suportes com tochas acesas a cada dez metros, deixando o local em uma penumbra, porém fácil de se caminhar. Assim que atravessaram a caverna que devia ter uns duzentos metros de comprimento, Gin se viu em um local plano e com pouca vegetação que era cercado por montanhas. Agora ele entendia porque o local era oculto, embora qualquer ser voador poderia vê-lo facilmente de cima.

- Chegamos, Gin. Codor ira avisar ao nosso líder. Ele tem contato direto por possuir uma classificação elevada entre nós, mas tem gente, como eu, que nunca viu o líder, que é a pessoa mais forte daqui. Se quiser pode conhecer o local e outras pessoas, mas não lute com ninguém, pois você ainda não conhece as regras. Me encontre naquele salão depois que estiver satisfeito com o que vê.

De onde Gin estava ele conseguia ver os limites do território. O pavilhão mostrado por Lutral era logo a esquerda e era feito de madeira e tinha dois andares com várias janelas, embora ele não via nenhuma porta daquela distância. Podia ver Codor voando para uma grande torre de pedra que ficava ao centro do local e devia ter uns 20 metros de altura e uns 40 de largura. De onde Gin estava ele podia ver portas duplas de ferro e que ela estava a uns 100 metros a frente. Além disso ele via algumas plataformas de pedra que ele reconheceu como ringues e pequenas construções de madeira. Do lado direito havia um pavilhão ainda maior do que o indicado por Lutral, mas este era térreo.

mapa:

informações:

@ Zatoichi

- O que tem a receber, você pergunta. Poder e riqueza, eu respondo. Não posso lhe revelar nossos objetivos, mas posso garantir-lhe de que ficaremos ricos e possuiremos mais poder do que você uma vez imaginou. Exite uma torre de pedras abandonada perto da vila Batestaca, encontre-nos lá à meia-noite daqui a dois dias. Resolva suas pendencias até lá. - Ele começou a se afastar lentamente, dando passos para trás. - Deixarei-lhe com uma demonstração de nosso poder.

Uma espessa névoa começou a preencher o local encobrindo o mago, as árvores, Plue e até mesmo o chão. Zatoichi não conseguia ver nada à sua frente. A sensação era desorientadora até ouvir a voz de Melefet sem conseguir distinguir de onde vinha. Parecia que ela vinha de todo lugar e de lugar nenhum ao mesmo tempo.

- Vejamos se você é mesmo tão forte como eu penso que é.

E ele sentiu o frio do metal de uma lâmina encostada em sua nuca.

por Gin Ter Abr 08, 2014 11:39 am

Caminhava cada vez mais a fundo pela Floresta Endless. Tinha o cuidado de decorar exatamente por onde caminhava não só pra saber seu caminho de volta, mas também afim de conhecer uma pequena parte dessa floresta tão imensa. Afinal, nunca se sabe quando seus pés vão parar ali novamente e, caso venha a acontecer, pelo menos tem uma base por onde começar a exploração.

Por esse motivo, caminhou em silêncio. Seus companheiros de floresta nada falavam e aproveitou dessa situação para sua vantagem. Inesperadamente não encontrou nenhuma criatura anormal ali. Talvez os responsáveis pelo torneio tivessem feito uma limpa ali antes de chamarem os lutadores. Sim, era possível.

Percebeu que Choudon seguia o grupo de longe, por entre os imensas árvores da floresta. Conseguiu ver sua esperta montaria, mas somente por que estava analisando tudo a sua volta. Duvidava que os outros dois haviam percebido. Fez um breve movimento de cabeça e um gesto com as mãos. Era a deixa para que o bichento seguissem-nos, mas mantivesse uma distância segura. Sabendo da facilidade em escalada que tinha seu símio, era provável que o mesmo escalasse a montanha de pequena altura e se mantivesse escondido até que Gin o chamasse.

Ouviu as recomendações de Lutral e começou a andar por volta do terreno, fascinado com o que via. Sua expectativa começou a amontoar-se dentro de si, uma chama de batalha corroendo seu interior. Foi até as arenas observar o terreno e ficou analisando a torre para onde Condor tinha voado.

— ''Huum.. talvez eu devesse ir lá direto e acabar com isso batendo no mais forte de uma vez'' — Pensou consigo mesmo, apoiado na grade da arena. — ''Não, melhor deixar o melhor pro final'' — Completou, com um sorriso no rosto.

Continuou sua explorada até se sentir satisfeito. Não tinha a intenção de falar com ninguém, por isso ignorou qualquer tentativa para tal. Olhando as montanhas ao redor, achava que tinha visto Choudon descansando e escondido por entre algumas árvores frutíferas. Ao menos sua fuga seria facilitada caso fosse necessária. Sua gigante montaria por perto dava um senso de segurança para o guerreiro.

Depois de findada sua exploração, encaminhou-se até o local indicado pelo Orc para o encontro. Adentrou no mesmo, olhando tudo em volta. Para início de conversa, tentaria achar Lutral para saber o próximo passo.

por NR Kamui Black Dom Abr 13, 2014 10:20 am

@ Gin

Gin começou a caminhar pelo território. Descobriu que havia algumas pessoas ali, mas não muitas, haviam orcs, anões, ferais, dentre outros, mas nenhum humano além dele próprio. Assim mesmo, não era em um número muito grande, o que passava a ideia de que aquele torneio ou disputa era algo bem seleto.

As pequenas casas de madeira estavam fechadas e trancadas e Gin não descobriu para que ela servia. As arenas, porém, podiam ser vistas na integra. Todas elas ficavam a cerca de meio metro de altura em relação ao solo, mas apenas uma delas era comum, feita de pedra e com barras laterais de aço. Outra das arenas era de formato redondo, não quadrado, e possuía o formato abaulado, como uma cúpula de pedra, mas voltada para baixo. O fundo dela, pelo que
Gin pode ver, devia ficar a uns 3 ou 4 metros para dentro do solo. A terceira arena não tinha barras laterais, mas era feita de uma madeira extremamente polida e envernizada, o que a tornava extremamente lisa ao toque.

Parou um pouco para observar a grande torre de pedra enquanto pensava na possibilidade de invadi-la e desafiar logo de cara o campeão do lugar. Mas ponderou melhor e decidiu seguir em sua "exploração". O outro barracão oposto ao que Lutral foi era uma cozinha e armazém. Havia alguns legumes plantados ali e muitos porcos e ovelhas sendo criados por goblins. Como Gin não quis conversar com eles, não chegou a descobrir se eles eram lutadores também ou apenas pastores de ovelhas e cozinheiros.

Por fim, quando estava voltando para o salão onde o orc lhe esperava, foi bloqueado por um anão muito baixo e troncudo e uma meia-elfa. O anão tinha a barba cortada de maneira quadrada, o que era bem peculiar, já que muitos dessa raça preferiam trança-las. Ele tinha os cabelos escuros e as feições suaves - para um anão. Vestia-se com cota de malha e couro e portava um martelo de combate atado às costas.

A elfa era alta e magra, mas seus braços demonstravam alguns músculos. Trajava uma túnica marrom que denotava algumas poucas curvas e calçava sandálias de couro. Em suas mãos Gin observou soqueiras de aço com pequenas meias esferas em cada ligação entre as costas das mãos e os dedos. Mas uma coisa chamou muito mais atenção de Gin que isso: a meia-elfa era feia! Tão feia que o anão lhe pareceu bonito. Seus dentes eram tortos, o nariz havia sido quebrado mais de uma vez, os cabelos era loiros e totalmente emaranhados e seus olhos eram cada qual de uma cor, um preto e o outro castanho.

- Veja só, Illie, carne nova pra arena. Quem será o primeiro a arrancar um pedaço? - O anão disse com um tom divertido na voz.

- Que isso, Grun, não seja tão mal educado e apresente-se primeiro. Eu sou Illie e esse anão turrão é o Grun. Qual seu nome, lutador? - Ela o olhou de cima a baixo. - Hum. Até que você é bem bonitinho. Quem sabe nós não teremos um outro tipo de luta? - E entregou-lhe uma piscadela maliciosa.

Por mais que Gin ansiasse por saber logo as regras do lugar. Parece que aqueles dois não iriam deixar ele passar assim tão rapidamente. Além disso, ele lembrou-se de que Lutral havia o aconselhado a não lutar com ninguém ainda. Talvez conversar um pouco fosse uma boa maneira de descobrir algo sobre o local.

por **Henry** Qui Abr 17, 2014 11:07 pm

Aquilo tinha que ser piada. Não, Zato se recusava a lutar, tinha acabado de utilizar mais da metade de sua energia e por mais que tivesse se curado ainda estava extremamente cansado da luta contra o lagarto gigante. Aquele homem tinha visto ele em ação, e no caso se propôs a lutar com o garoto para uma demonstração de poder. No mínimo o homem seria igualmente capaz de derrotar aquele lagarto também, caso contrario não ofereceria ao espadachim uma amostra de seu poder. Já era o suficiente para o rapaz ter certeza, os membros daquela organização eram realmente fortes.

Zato se virou devagar esperando que o homem não terminasse o movimento lhe cortando ou coisa do tipo. Levantou a mão esquerda devagar e com dois dedos afastou a lamina da espada de forma lenta e cautelosa. Esboçou um sorriso estranho no canto do rosto e encarou o homem. Plue esticou as duas patas da frente e mostrou os dentes para o homem esperando por um sinal de seu mestre para atacar.

-Acalme-se Plue, não tenho intenção de brigar.-

Manteve os olhos em Malefit o tempo todo enquanto falava. Foi quando a ficha caiu. O garoto foi soldado de Hilydrus durante anos. Não que ele fosse um grande soldado ou coisa do tipo, mas ainda era possível que aquele senhor soubesse mais sobre ele do que imaginava.

-Até por que é uma luta onde meu oponente teria certeza que iria vencer. Não é? O que mais sabe sobre mim? Se me achou deve me conhecer, então não será tão difícil descobrir o que busco.-

por NR Kamui Black Sáb Abr 19, 2014 3:45 pm

@ Zatoichi

Zato virou-se lentamente para afastar a espada que pressionava sua nuca, mas quando virou-se ela havia se desfeito junto com a neblina. Plue começou a rosnar em algum lugar que o espadachim não podia ver, por isso acalmou-o. Não queria lutar. Estava cansado com a certeza de que seria derrotado caso entrasse em uma nova disputa. Mas com a ameaça desvanecendo daquela forma era difícil descobrir o que estava acontecendo ali.

De repente a nevoa começou a se dissipar, mas apenas em uma faixa a frente de Zato, formando um tortuoso caminho onde não se podia ver o chão, mas via-se as árvores de Endless e toda a vegetação. Mas a visão principal do espadachim era a de seu cachorro, Plue. Ele latia e rosnava e por um bom motivo: suas quatro patas estavam acorrentadas ao chão. O que prendia as correntes era impossível de ver, uma vez que ela adentrava a névoa, mas ela mantinha Plue imóvel, embora em pé sobre suas quatro patas.

Melefet estava ao lado do cachorro. Em seu rosto havia um sorriso sádico que encarava Zatoichi desafiadoramente. Em sua mão estava a espada, mas... ela parecia maior e com a lâmina mais larga. O mago ergueu-a e colocou sua lâmina sobre o pescoço de Plue, que ganiu ao sentir o toque gelado do aço. Melefet, então, ergueu a espada alguns centímetros a cima do pescoço do animal. Será que ele planejava fazer o que Zato pensava que ele pensava em fazer? Se sim, como o espadachim transporia os dez metros que os separavam em tão pouco tempo?

por Gin Qua Abr 23, 2014 3:58 pm

A exploração da área foi feito com sucesso. Não precisou ter conversas fiadas com ninguém e tampouco queria: iria somente perder seu tempo e não estava lá no humor de tagarelar coisas inúteis com pessoas que poderiam a vir seus oponentes. Mais importante, não achou ninguém forte o suficiente para estender uma conversa amigável.

Foi se encaminhando até o local combinado, seu humor melhorando ligeiramente depois de ver os porcos esperando para serem banquetes e rolos de bacon. Estava com fome, pensou, melhor achar algo para comer.

Viu seu caminho bloqueado. Primeiro tomou a aparência do anão como excêntrica, analisando bem o baixo ser à sua frente. Apesar disso, parecia um oponente formidável. Sentiu-se com vontade de vê-lo em combate, ao menos só um pouquinho. Foi quando olhou para a meio elfa.

— Nossa.. — Começou, em tom suave enquanto se acostumava com a figura à sua frente. Sorria ironicamente. — ..de que filhotinho de cruz credo você saiu? — Perguntou, olhando Illie de cima a baixo. — Pelo menos você parece forte. — Completou.

Viu que ser caminho estava bloqueado pelos dois e, de qualquer modo, já estava cansado de perambular por aí. Que o Orc esperasse mais um pouco, seu desejo não era de brigar no momento. Talvez isso fosse prudente.

— Sou Gin, prazer. — Disse, enquanto ouvia a investida de Illie. — Ora, a única briga que eu desejo é na arena. — Respondeu rapidamente, suando frio. — Na realidade estou atrasado para uma conversa com Lutral, se quiserem me acompanhar.. — Disse, estendendo sua mão à frente, como se convidasse a andarem junto de si. — e então, viram alguém que pode dar trabalho por aí? — Perguntou, tentando iniciar uma conversa enquanto caminhavam. Focava-se mais em Grun, já que olhar para sua companheira dava-lhe náuseas.

por NR Kamui Black Dom Abr 27, 2014 1:15 am

@ Gin

A meia-elfa Illie pareceu meio desapontada com a resposta que o rapaz lhe deu, mas não tocou mais no assunto. Quando Gin perguntou-lhes se tinham visto alguém que poderia dar trabalho eles se entreolharam antes de responder, em seguida, foi a mulher quem lhe dirigiu a palavra.

- Existem muitos bons lutadores aqui, Gin. Mas certamente o mais perigoso que eu vi foi Garreth, o cruel. Como ele é um dos Seis então dificilmente aparece para lutar contra nós, mas se caso defrontá-lo na arena aconselho que se renda, pois ele é muito forte e, como a alcunha diz, muito cruel.

Quando Gin mencionou Luttral, obteve uma resposta bem mau humorada de Grun.

- Humphf... Então foi o Luttral quem te trouxe para cá? Melhor você ir até ele sozinho, pois senão irei esmagar a cabeça daquele maldito orc e estou guardando isso para a arena.

Após a breve conversa com os outros lutadores, Gin seguiu diretamente para o pavilhão onde o orc o aguardava. Aquele ambiente só não era maior que a torre central e possuía dois andares, sendo que o segundo era permeado de janelas. Luttral estava em uma grande sala que era logo na entrada da construção e permeada de poltronas que pareciam confortáveis e uma grande lareira que se encontrava apagada no momento. No canto em uma das poltronas o humano observou uma mulher que lhe parecia humana, mas tinha uma aparência muito mais ferina. Ele não conseguiu identificar a raça, mas algo lhe dizia que ela não era realmente uma humana. Assim que encontrou Luttral, ele lhe explicou que aquele lugar era um dormitório e que Gin teria seu próprio quarto, embora ele não fosse totalmente confortável.

- Muito bem, Gin, imagino que você esteja ansioso para saber as regras do local, ah? Mas antes eu queria saber quais foram suas impressões do local e dos lutadores. Estou certo de que conversou com alguém, não?

OFF - Muito bem, Gin, se quiser perguntar algo a Luttral a hora é agora, ou poderá pular direto para as regras, você quem decide.

por **Henry** Sáb maio 03, 2014 1:31 am

Aquela visão trouxe à tona toda a raiva do garoto. Poderia aquele mago realmente ser atrevido a ponto de matar Plue? Não parecia uma negociação muito justa, era mais uma chantagem do que qualquer coisa, de todo modo ele deveria saber que se o fizesse a pequena chance de Zato se juntar a ele passaria a ser nula. Não o garoto não permitiria que aquele homem matasse Plue. O cão há poucos segundos feroz parecia agora rosnar por medo e não por coragem. Não, o garoto não iria ceder como um idiota. Plue era uma das poucas coisas a qual Zato dava real importância. E o garoto decidiu falar, a voz rude e o tom de ironia de sempre foram trocados por uma clara raiva e sinceridade em sua voz.

-Me explique, mago, como isso te ajuda a me convencer? Você veio me convidar a fazer parte de seu grupo, veio me procurar como aliado, e realmente me ameaça. Vamos colocar assim: Daqui a dois dias te encontro e nós conversamos, solte Plue agora e ainda haverá um dialogo. Desça a lamina de sua arma e te caçarei pelo resto da vida, me separe do meu cão e farei exatamente o oposto do que você quer, terá no exército que deseja destruir seu pior pesadelo. -

Zato segurava a arma com força, mas não era tolo de acreditar que conseguiria impedir o mago de abaixar aquela arma, precisava convencê-lo e não atacar. O mago se encontrava em vantagem, mas ele poderia ver claramente que o guerreiro não mentia, pelo contrário, os olhos do garoto e as palavras dele, por mais que recheados de raiva e preocupação apresentavam uma seriedade e uma verdade como não faziam há muito tempo. Ali ele não pensava em nada, consequências ou conclusões apenas sabia e deixava o mago saber que poderia jogar toda a chance de ter o guerreiro como aliado no lixo.

-Vou simplificar para você te fazendo uma sugestão, se eu estivesse no seu lugar preferencialmente optaria pela conversa. Aquilo que você viu agora...- Moveu a espada apontando para o lagarto morto agora pouco indicando que falava de sua batalha-Eu te garanto, não devo ter atingido metade do meu poder de combate. Você provou seu ponto, não me faça querer provar o meu. O que me diz?-

por NR Kamui Black Sáb maio 03, 2014 2:12 am

@ Zatoichi

Zato sentia a raiva fluir de seu corpo. Parte de si tinha vontade de trespassar o corpo daquele homem com a espada, mas ele sabia que havia apenas uma maneira de resolver aquilo e seria na base do diálogo. Então ele começou a falar e seu discurso estava repleto de emoção e sinceridade. Estava sério, muito sério e pronto para encarar as consequências até o final.

O mago, então, recolheu sua arma e sorriu presunçosamente para o espadachim. Tinha a espada apoiada sobre os ombros quando a névoa começou a se intensificar novamente e engoli-lo, tal como Plue. Mas aquilo foi passageiro e no instante seguinte a névoa começou a desaparecer da mesma maneira que havia surgido. De Melefet não havia sinal algum, nem tão pouco das correntes que prendiam Plue. O cachorro encarava seu dono com uma expressão confusa no "rosto", que estava meio inclinado para a direita e com a língua de fora. Sua calda se movimentava esporadicamente.

Quando se aproximou de seus companheiro, Zato reparou em um pequeno pedaço de pergaminho caído no chão. Nele estava escrito: "Lembre-se. Dois dias. Ruínas próximas à vila Batestaca". A proposta ainda estava em pé e, mesmo tendo dito que aceitava conversar com eles, ainda tinha tempo para se decidir e para resolver qualquer assunto que quisesse resolver. Olhou para Plue e o cachorro lambeu-lhe a bochecha. Parece que o perigo finalmente havia passado.

informações:

por **Henry** Sáb maio 03, 2014 6:01 am

O desespero do garoto finalmente passou. Aquela carta lhe preocupava e ele não teve outra ação que não guardar o pergaminho no bolso e olhar para o dentro da floresta buscando uma explicação para aquilo estar acontecendo. Não é como se tivesse muita escolha, o homem decidiu parar o ataque e isso mostrava um pouco de razão naquele mago. Zato suspirou aliviado com Plue lambendo seu rosto, ao menos agora o animal estava feliz. Podia não lembrar ao certo por que ou como se meteu naquela situação, mas sabia com certeza para onde ia depois.

A verdade é que o garoto não queria se voltar contra o exército, mas em algum momento ele sabia que isso seria necessário, afinal, Lodoss se encontrava a beira do caos. Talvez se pudesse eliminar a parte ruim da nobreza ou governo pudesse futuramente se juntar e trabalhar ainda melhor. De qualquer modo escutaria o que o mago viria lhe dizer.

Zato se dirigiu até o corpo do lagarto morto no chão e ainda um tanto quanto cansado e pensativo o encarou. Matar aquele réptil só lhe trouxe mais um problema, de alguma forma ele tinha que tirar proveito daquilo. Era tão óbvio, sorriu ao ter a ideia e conseguir desviar um mínimo o pensamento da cena que havia acabado de acontecer. As escamas daquele tirano eram resistentes e leves. Se as arrancasse conseguiria fazer uma boa armadura com elas.

-Plue venha cá. Você vai me ajudar com isso garoto. Azul é uma bela cor para armadura, não acha?-

O cão gigante se moveu direto para o lado de seu dono que passou a mão em sua cabeça enquanto analisava qual era a melhor parte do corpo daquele monstro ara retirar as escamas. As da calda eram extremamente flexíveis, porém pouco resistentes, as da cabeça eram exatamente o oposto. Zato precisaria misturar. Com a espada arrancou grandes pedaços de escama do peitoral, antebraços, pescoço cabeça e calda, precisava de alguém na ilha para fazer o trabalho com aquelas peças. Ao menos ele sabia bem o lugar onde conseguiria.

por Gin Sáb maio 03, 2014 10:19 am

Não ficou inteiramente surpreso pelos dois não gostarem tanto do Orc lutador. Nem Gin tinha certeza se gostava tanto nele, sua única certeza era que seria um adversário à altura quando fossem brigar. Deixou o anão e a mulher feia para trás, finalmente se encaminhando ao seu destino.

Observou o local, fazendo suas próprias avaliações.

— ''Talvez cada um das criaturas que chamam lutadores tenham sua própria equipe e estas precisam ficar no mesmo alojamento. Sim, isso faz sentido.'' — Pensou consigo mesmo, observando que o local de seu dormitório era muito mais confortável do que muitos lugares que já havia dormido anteriormente.

— Conversei sim com duas criaturas. — Respondeu Gin quando Luttral lhe perguntou. — Um anão e uma mulher que doía só de olhar. Mas foram conversas de se jogar fora, não importantes.

Isso não era inteiramente verdadeiro, já que havia aprendido alguma coisa dos dois que deixou para trás. Mas não gostava muito de compartilhar informações e, de qualquer modo, já estava entediado daquilo tudo. Observou os outros ocupantes do local, avaliando se eles seriam fortes para quando fossem brigar. Finalmente virou-se para Luttral novamente.

— Pois bem, explique as regras. — Falou, cruzando seus braços. — Quero ir pra minha briga logo, to ficando animado. — Completou, esperando que o pequeno forte Orc começasse a falar.

por NR Kamui Black Sáb maio 03, 2014 2:46 pm

@ Gin

- Esses humanos... sempre impacientes - dizia como se ele próprio fosse o mestre da paciência. - Muito bem, explicarei-lhe as regras. Primeiro irei dizer como as lutas funcionam aqui. Você poderá lutar com o que tiver. Podem ser espadas, punhos, machados... Qualquer arma serve. Não é permitido matar seu adversário, por isso muitos evitam armas letais. Como pode ver, a maioria utiliza armas de impacto e os que utilizam as de corte mantem as lâminas pouco afiadas para evitar cortes profundos demais. Isso não quer dizer que não se pode quebrar uma perna ou um braço.

Fez uma ligeira pausa antes de continuar com as explicações.

- Você tem que lutar ao menos uma vez a cada sete dias. Se não o fizer, estará desclassificado e terá que sair daqui. Para lutar, você tem que seguir até a lateral da torre central, onde há um pequeno quarto fechado com uma porta de madeira simples. Lá dentro há uma urna de metal, muitos pedaços de papel e uma pena com um tinteiro. Você deverá ir lá e escrever seu nome em um dos pedaços de papel. Embaixo, escrava daqui a quantos dias deseja lutar, pode escrever o número 1 se quiser lutar amanhã. Pode esperar até o sexto dia após sua luta para colocar seu nome na urna, mas aí você terá que lutar no dia seguinte, entendeu?

Fez mais uma pausa para verificar se Gin entendia tudo o que ele estava dizendo.

- Depois de escolher o dia, você deverá escolher uma das arenas. Como você viu, existem três tipos distintos delas. Escreva comum, abaulada, ou lisa em seu papel. Aí é que esta uma das partes estratégicas do jogo. Se você escolher uma arena e seu adversário escolher a outra, vocês lutarão na que nenhum dos dois escolheu, entendeu? Agora, se os dois escolherem a mesma, será nessa que vocês lutarão. O detalhe é que você não sabe quem lutará contra você, pois ele será alguém que escolheu lutar no mesmo dia em que você escolheu. Se ninguém tiver escolhido lutar naquele dia, você lutará com quem escolheu o dia seguinte. Se três ou mais escolherem o mesmo dia, a escolha da arena determinará quem irá lutar contra quem.

- Você poderá perder até duas lutas. Se perder a terceira, estará fora daqui. Entretanto, cada vitória dará 3 pontos e se você e seu adversário chegarem a um acordo que chegaram a um empate, então cada um ganhará 1 ponto. Mas isso nunca realmente aconteceu aqui; todo mundo vai até o fim. Juntando 10 pontos, você entra na torre e lá ninguém aqui de fora sabe o que acontece exatamente. Alguma dúvida?

OFF - Gin, pode conversar com o Luttral mais um pouco ou ir direto fazer suas escolhas de dia e de arena, você quem sabe =D

por Gin Seg maio 19, 2014 9:30 pm

Ficou de braços cruzados, encostado em uma das paredes. A explicação começava a lhe dar sono. Não que não entendesse, mas não tinha muita paciência para conversas extensas e isso estava se tornando uma.

Começou a divagar assim que entendeu o essencial das regras, passando a observar mais a paisagem pela janela e o próprio quarto que se encontrava. Parecia que se encontrava no limbo ao final da explicação, quando Luttral lhe perguntou a indagação final.

— Sim, só uma coisa.. — Disse, um pouco sonolento ao voltar a si. — Tem algum lugar por aqui onde eu consiga algumas armas? — Ficou esperando a resposta, sua atenção desperta novamente. Gostaria de ter umas manoplas consigo, já que era um guerreiro que preferia usar seus braços a ter o peso de alguma arma lhe atrapalhando. Não que a arma fosse essencial, mas seria legal ter pra variar.

Ao final da explicação saiu do aposento, se dirigindo diretamente para onde o Orc havia indicado. Chegando, bateu na porta de madeira simples uma única vez e abriu-na, olhando em volta. Se tivesse alguém lá deixaria as conversas para depois de se inscrever.

— Huum, vamo logo com isso. — Disse, pegando uma pena e molhando-na com tinta. Pegou um pedaço de papel qualquer e escreveu três palavras, simples, sem rodeios: ''Gin''; ''Um(1)'' e ''Comum''. Queria lutar no dia seguinte mesmo e a ideia era enfrentar alguém com pensamento semelhante ao seu. Isso sim seria uma boa luta.

Após depositar o papel na urna, ficou para falar com quem fosse que estivesse por ali. Se não houvesse ninguém, voltaria para a torre onde tinha saído e comunicaria sua decisão a Luttral.

por NR Kamui Black Dom maio 25, 2014 10:36 am

@ Gin

Infelizmente para Gin, Luttral disse-lhe que não haviam armas disponíveis ali. Sem se importar muito com isso, o lutador seguiu diretamente para a pequena casa de madeira onde deveria depositar seu nome na urna. Fez suas escolhas com certa impulsividade, como lhe era característico. Na volta não encontrou ninguém que quisesse conversar com ele, embora tenha visto ao longe o anão e a meia-elfa conversando entre si.

Já estava anoitecendo e nenhuma luta ocorreu naquele dia. Fogueiras foram acesas, pães, frutas e carne assada foram servidos a todos os lutadores ali presentes. Gin pode ver que muitos formavam grupinhos de dois ou três, e alguns ficavam sozinhos, tal como Luttral permaneceu sozinho. Ao todo, Gin estimou vinte competidores naquele lugar. Por fim, a lua sumiu alta no céu, as fogueiras diminuíram e todos retiraram-se para dormir.

O quarto de Gin era bem simples e localizado no segundo pavimento. Possuía uma cama com colchão de palha e alguns cobertores, um armário de madeira, uma banheira de cobre, um balde e uma latrina. Não havia luxo ali, mas de qualquer maneira ele não estava ali por luxo.

Na manhã seguinte havia um aviso em frente a torre principal. Nele estava escrito: Grun X Gin. Arena abaulada. Assim que avistou o humano o anão adiantou-se para falar com ele. Desta vez ele não vinha em companhia de Illie.

- Muito bem, Gin. Seremos eu e você na arena. - Dispensou-lhe um sorrisinho animado. - Preferia a arena comum, mas como você escolheu ela e eu odeio a lisa... Vamos agora?

Grun nem esperou a resposta de Gin e subiu na arena. Em suas mãos já estava o martelo de combate. E ele encontrava-se na parte mais baixa da arena, o que obrigava que Gin avançasse de cima para baixo.

informações:

por Gin Sáb maio 31, 2014 5:14 pm

Sua expectativa para a batalha havia crescido enquanto esperava por sua luta do dia seguinte. Gastou suas últimas horas em seu quarto, depois de ter visto que Choudon estava suficientemente bem. Aparentemente seu símio tinha encontrado um ponto alto de um morro próximo onde havia um pequeno lago e várias árvores frutíferas. Se pudesse, talvez seu macaco super crescido ficasse lá pra sempre.

— ''Vi uns 20 caras bons lá fora'' — Pensou em silêncio, antes de adormecer em seu pequeno mas confortável quarto. — ''Parece que vou ter boas lutas daqui em diante''. —

Acordou cedo no dia seguinte. Se lavou e saiu do seu quarto, indo até o quadro de avisos. Viu que lutaria contra o estranho anão com quem tinha conversado no dia anterior. Sorriu. Era um bom oponente. Foi quando viu Grun vindo em sua direção.

— Baixinho, meu rapaz. — Disse, olhando para a arena onde iriam se enfrentar. — O local não importa, só vamos ter uma boa luta.

Seguiu seu mais novo adversário para dentro da arena, onde o mesmo sacou sua poderosa arma e se pôs em terreno baixo. Imaginou que faria isso para ter mais vantagem com sua arma e, ainda, utilizando sua altura como vantagem nesse momento. Era esperto. Talvez não fosse uma batalha tão fácil.

Iria estudar Grun e se aquecer primeiro, assim como em todas as suas grandes lutas. Gin faria o primeiro movimento: estava em terreno alto e queria testar a velocidade e o poder de Grun. Por isso iria de frente, a toda velocidade em sua direção, atento com os movimentos do anão e no que ele faria com o martelo. Assim que Grun fizesse alguma mudança em seu postura para atacar, Gin anteciparia o movimento e desviaria do potencial golpe. Se conseguisse, atacaria na brecha deixada pelo ataque mal sucedido, caso isso acontecesse.

Gin não usava armas por achar que estas limitavam os movimentos do guerreiro e que esses movimentos limitados podiam ser explorados por alguém sem armas. Mesmo o mais veloz de mestre de armas tinha que mudar sua postura para atacar ou se defender com a arma e estes acabavam deixando, sempre, alguma brecha por conta da falta de velocidade ou improviso.

por NR Kamui Black Sáb Jun 07, 2014 12:50 pm

@ Gin

Gin apostou em sua velocidade e na premissa de que um oponente armado sempre abria sua guarda quando atacava. E isto era a mais pura verdade. E ainda mais verdade se tratando de um anão com um grande martelo de combate de duas mãos.

Sendo assim, Gin avançou com velocidade ringue a baixo e viu o exato momento em que o anão pretendia golpeá-lo com sua arma. Ele, porém, era baixo e naquela condição seria impossível esquivar do golpe e contra-atacar, então o lutador resolveu utilizar o ambiente como sua vantagem e saltou sobre o oponente, pousando do outro lado e avançando rapidamente. Grun virou-se na tentativa de amparar qualquer ataque com o cabo de sua arma, mas Gin era rápido demais para ele e atingiu-o diretamente no rosto com um golpe poderoso.

Mas o anão não se deixou abalar e movimentou o martelo com pericia e habilidade e se Gin não tivesse saltado para trás naquele exato momento poderia ter se ferido bastante. Mas o humano era muito ágil e esquivou-se com maestria.

Apesar disso, Grun mantinha a vantagem do terreno e agora estava mais esperto. Talvez a mesma tática não funcionasse duas vezes. Gin havia aberto sua vantagem, mas era bem possível que tivesse que usar muito bem sua habilidade e experiência em lutas para se dar bem neste embate.

por **Bluesday** Seg Fev 02, 2015 1:15 am

" Já fazem dois anos, desde que eu havia saído da Floresta Endless. "

Assim pensava o elfo, ao olhar para a entrada da imensa floresta. Relembrava diversas lembranças, da qual passou na mesma. Desde seu infeliz braço, que se perdeu no estomago de algum worg, ao dia que conheceu duas elfas distintas, e a honraria que obteve dos centauros, quando estava prestes a partir da floresta.

Enfim, era uma infinidade de recordações, boas e ruins, que faziam parte da vida do elfo que um dia foi sem noção.

Lá estava ele mais uma vez adentrando em Endless. Dessa vez não com um destino incerto, como da primeira vez. Agora sabia onde queria ir. Seu objetivo? A cidade dos elfos. Sim, ele pela primeira vez, em vários anos, desejou ver seu povo novamente. Talvez, com sorte, ele conseguisse rever as elfas que se relacionou.

Mas por hora vamos apenas iniciar o caminho até a cidade. Que embora ele nunca houvesse ido nela, conhecia Endless de norte a sul, e leste a oeste, então a direção exata da cidade, ele sabia. Afinal os tempos que passou na cidade dos centauros, lhe rendou bastante conhecimento sobre a floresta.

por NT Almighty Ter Fev 10, 2015 10:46 pm

elfo • elf • erufu

Uma longa jornada até as margens da lendária Floresta Endless. Mas ele havia conseguido. O elfo havia chegado até ali. Então, por que deveria parar agora, certo? Ainda assim, tão logo deu o primeiro passo na direção do interior da floresta, e Tenkai teve essa ‘sensação’; uma espécie de pressentimento. Foi uma sensação semelhante àquela que temos quando descemos uma serra em direção à praia. A diferença de altitudes coloca uma pressão tênue em nossos ouvidos. Leve, mas incomoda.

Não, não havia pressão alguma nos ouvidos de Tenkai. Não era nada tão gritante. Era apenas a mais tênue sensação de que havia algo diferente. Não errado, apenas diferente. No entanto, nada realmente preocupante – ainda. Nada perigoso – até então. Portanto, o elfo pode seguir em frente. Avançar rumo ao seu objetivo.

Mas conforme ele avançava em Endless, mais forte a sensação se tornava. E pouco a pouco uma névoa começou a envolver o cenário ao seu redor. E a cada passo do elfo, mais ela se intensificava. Um humano comum já teria sua visão completamente obstruída, mas no caso do elfo a névoa era apenas incomoda. Ele não podia enxergar perfeitamente, mas ainda não precisava se preocupar em ter que sair tateando o caminho – por enquanto.

Porém, após mais alguns passos, Tenkai notou que aquele levíssimo pressentimento, tão tênue quanto o próprio ar ao seu redor, agora havia se tornado algo literalmente tangível e bloqueava seu caminho.

Uma parede invisível. Uma barreira.

E ao tocá-la ouviu: “A floresta canta. A floresta sem fim. Endless canta... Mais uma vez.” Era uma voz doce e flauteada, que ecoava não em seus ouvidos, mas diretamente em sua mente. Aconteceu apenas uma vez – não importando quantas vezes ele tocasse a parede invisível depois disso.

Mas o que uma barreira falante estaria fazendo ali? Mal havia percorrido uma milha – não mais que quinhentas braças, certamente –, e já encontrara uma barreira invisível. Ela era fria e lisa, escorregadia ao toque. Oferecia certa resistência, mas não muita. Era como uma bolha de sabão. De forma que se ele pusesse alguma força no movimento de ‘empurrar’ era fácil conseguir atravessá-la.

Animais pequenos, como pássaros e esquilos, ou mesmo insetos, certamente não conseguiriam ultrapassar aquela barreira. Mas qualquer animal maior que um gato não deveria encontrar dificuldades em rompê-la – Tenkai notou.

Então, o que fazer? Atravessar ou retornar? Deveria tentar dar à volta? Bem, ele não saberia o que daria certo até tentar. No entanto, uma rápida inspeção nos arredores lhe diria que a barreira era, possivelmente, uma redoma perfeita. Ela poderia não ser tão grande a ponto de cobrir toda a floresta, mas certamente cobria uma área grande demais para simplesmente se dar a volta. Ao menos se ele estivesse com pressa.

Contudo, o que ele poderia dizer com certeza sobre aquela barreira até então, além do fato de ele ser capaz de adentrá-la com facilidade, era que ela não emitia qualquer energia mágica. Nem má, nem boa. Era como se o ar simplesmente tivesse se condensado e a formado de maneira espontânea – o que parecia pouco provável. E, por mais incrível que pudesse parecer, enquanto às suas costas a névoa era tão espessa que ele quase poderia passá-la em um pão e comê-la, após a barreira não havia névoa alguma. O cenário e as árvores estavam visíveis e, aparentemente, normais.

No entanto, se havia uma barreira ali e o intuito dela não era barrar a passagem... Então, qual era o objetivo dela?

○ ○ ○

Curiosidade: Dois passos é igual a uma braça. Mil braças é igual a uma milha. Quatro milhas é igual a uma légua.

Endless Forest

por **Bluesday** Qui Fev 12, 2015 8:34 pm

O caminho solitário de um guerreiro élfico, era recheado de silêncio. Talvez o andarilho que desbravava Lodoss, procurasse um lugar pra ficar ou um objetivo que o mantivesse em um ponto, daquela grande ilha. Mas apesar de todos os efeitos que vagar perambulando por ai sozinho, estar na floresta, sempre o deixava mais alegre. Era como se estivesse em casa, e um animo surgia, mesmo que imperceptível.

Novamente em Endless, Tenkai seguia pelo caminho da flora, que aos poucos, ia mostrando seus mistérios. Afinal, se não surgisse coisas estranhas aqui, não seria a famosa Floresta Endless, tão temida por uns, e tão apreciada por outros.

E em seu caminho eis que aparece uma obstaculo. Não necessariamente um obstaculo, mas sim, sua passagem que de alguma forma era impedida. E ao tocar o que não se podia ver, mas impedia a passagem, uma mensagem se produz na mente do elfo. De fato intrigante aquilo. O que poderia ser aquilo? Talvez o curso normal de Endless.

No entanto, restava Tenkai continuar seu caminho. Em outros tempos, ele simplesmente derrubaria aquilo sem pensar duas vezes, não se importando com as consequências. Mas hoje ele já não é tão impulsivo, como antigamente, quando era apenas um guerreiro errante em busca de vingança. Agora ele era um guerreiro... Bom, sem objetivos, deixando o curso normal da vida lhe trazer algo novo.

" Sempre me mostrando coisas estranha, senhorita Endless. O que será que verei mais a frente? HeHe, melhor continuar e descobrir... "

Com essas questões em jogo, Tenkai passou a contornar a barreira, isso se houvesse como contorna-la. Perturbar a natureza, nunca foi algo inteligente de se fazer.

por NT Almighty Seg Fev 16, 2015 1:55 pm

elfo • elf • erufu

Uma sábia decisão. Ao menos é o que um sábio diria: ‘Melhor não mexer com o que está quieto’, provavelmente. Ah, sim. E dessa forma o Elfo tomou seu caminho. Contornando a estranha barreira que bloqueava seu caminho. Mas ela era grande. Sim, muito grande. Muito maior do que havia imaginado. Uma coisa enormemente grande. Ele caminhou por cerca de uma hora, e sequer chegou a avançar muito, apenas a contornando. Sempre em frente, e em frente.

Mas parecia haver algo de estranho acontecendo ali, notou.

A princípio era algo vago demais até mesmo para compor um pressentimento. Mas quanto mais ele caminhava, mais a névoa se intensificava. As árvores agora, mesmo perante sua aguçada visão de elfo, eram meros borrões pálidos demais para serem distinguidos. Tenkai mal enxergava com nitidez um metro a sua frente.

Mas isso ainda não era o pior. Ah, não. No inicio eram apenas ruídos. O zumbir de moscas que não existiam. O chiar de cobras invisíveis na névoa. Grunhidos baixos, longínquos demais. Mas quanto mais ele caminhava, mais alto os sons se tornavam. Mais nítidos. E ele começou a distinguir os gritos. O chiar da carne contra o metal quente. Urros guturais de pessoas sendo cruelmente torturadas. Implorando por suas vidas. Por misericórdia. Por socorro.

Mas isso ainda não era o pior. Ah, não. Nem de longe. Tenkai podia ouvir as risadas. Ele podia ouvir o divertimento dos torturadores. O prazer no som de suas vozes. No ribombar de suas gargalhadas inumanas.

E, repentinamente, as vozes sendo torturadas se tornaram familiares. Um velho amigo. Um antigo amor. Os filhos de um vizinho. Seu povo. Seus irmãos. Sua família. Os gritos se tornaram quase insuportáveis. Quase. Eram aterrorizantes, mas, de alguma forma, Tenkai sentia que poderia ignorá-los se quisesse. Era um guerreiro. Não era fraco. Ao menos não como havia sido um dia. Agora ele poderia seguir em frente, se quisesse. Se pudesse.

E os gritos se intensificaram dez vezes mais. A névoa era tão espessa que ele mal poderia ver um palmo a sua frente. Mas ainda podia distinguir o cenário além da barreira com clareza. E ao longe ele viu fumaça. Quase podia sentir o cheiro de carne assada e cabelo queimado.

Eles gritavam, implorando por ajuda. Chamando seu nome. Implorando.

Chamavam desesperadamente por Tenkai.

Do interior da barreira.

Endless Forest

por **Bluesday** Qua Fev 18, 2015 11:35 pm

Tenkai sabia que Endless era extremamente extensa, e aquela contorno era realmente uma prova de quão grande a floresta poderia ser. Na verdade, o que se escondia por trás dessa barreira, era ainda mais misteriosa e grande, do que o elfo imaginava.

Eis que então, em seu caminho perturbado por uma densa nevoa, se mostra ainda mais inquietante, impedindo até mesmo a visão do guerreiro. O elfo parou ali, buscando algum vestígio do caminho. Porém nada via. Mas ele não podia voltar ou ficar parado ali. Precisava seguir adiante, e assim o elfo tomou em mãos, o seu bastão dourado. Usaria ele pra tatear o caminho a frente e assim o fez.

Mas HaHa... Se ele achava que Endless pararia por ai, com apenas uma demonstração de visão nula, Tenkai estaria muito enganado. Se iniciou uma orquestra, mas não uma comum, e sim uma orquestra agoniante de ruídos e diversos tipos de sons angustiantes, que levam os sentidos de qualquer um a ficar mais ativos. Entretanto, essa apresentação de terror por sons, era apenas o começo de uma cruel visão que o andarilho passava a ver, ao ouvir cada vibração de som.

A imaginação de Tenkai começava a trabalhar e em seguida a lembrança tão distante de seu povo vinha atona. Era como se ele estivesse vendo um filme do massacre que aconteceu na Floresta Perdida. No entanto, o guerreiro sabia que era coisa de sua cabeça e continuou, por mais que as imagens fossem atordoantes pra maioria dos seres.

E seu caminho começou a ficar difícil. Não por mais obstáculos, mas sim pelo fator realistico que as coisas se tornavam. Era como se o elfo estivesse no local e pudesse sentir todo horror de perto. Era algo perturbante e nesse momento Tenkai parou de caminhar e se apoiou em seu bastão. Ele olhava para o lado da barreira. O que havia la dentro?

" Será que é tudo verdade? Espere. Minhas lembranças. Não posso voltar ao passado. Tempo não foi me dado, não mesmo. Endless está brincando com minha mente. Não faz sentido chamarem meu nome. Não senhor. Então... "

— BASTA!! — Urrava o elfo, erguendo seu bastão em seguida e batendo sua base na terra da floresta com certa força, provocando um leve tremor na área e penetrando o aço dourado na mesma. Fazia aquilo em protesto a Floresta.

Esperaria alguns segundos, ou até mesmo, minutos, para que toda aquela festival de sentimentos torturantes, sumissem ou não. Queria continuar seu caminho, sem ter que ver tais coisas. Ele era um guerreiro, e estava acostumado com isso. Entretanto... Ele não era megalomaníaco e nem apreciava esse tipo de coisa. Fosse como fosse, Tenkai tentaria seguir seu caminho, com ou sem mais visões. Ele sabia que essa barreira, estava ali mais como uma armadilha, do que um obstáculo. Talvez aquilo se alimentava de tolos que a tentavam imersar dentro dela.

por NT Almighty Sáb Fev 21, 2015 1:13 am

elfo • elf • erufu

Os sons se foram. A névoa se dissipou quase completamente, agora envolvendo suas pernas apenas até a metade da panturrilha. Mas a barreira ainda estava lá. O silêncio perdurou por quase um minuto inteiro, até que os ouvidos do elfo começaram a captar uma melodia suave e quase imperceptível. Não, não era uma melodia. Era uma voz.

A névoa se levantou, formando uma silhueta esbranquiçada que não era muito alta. E nem um pouco ameaçadora. Batia na altura do peito de Tenkai, e os olhos vazios o encaravam com uma expressão sofrível. A boca retorcida em uma careta de tristeza.

— Ora, ora... – A voz melodiosa ecoou mais uma vez. Não em seus ouvidos, mas no interior de sua mente. Assim como quando ele havia tocado na barreira pela primeira vez. Mas era uma voz... Diferente. Era mais jovem que antes. Mais sedutora. — Então o destino finalmente guiou um guerreiro forte o bastante para ser capaz de resistir às ilusões criadas por essa barreira. – A cada instante que ele olhava para a silhueta, mais os contornos dela se tornavam nítidos. Era uma mulher. Uma mulher lindíssima.

Tão linda que fez o elfo prender a respiração.

Ela se curvou para saudá-lo. Havia lágrimas em seus olhos.

— Olá, nobre viajante. Sou a princesa Athaela. Eu fui aprisionada no interior dessa barreira por um bruxo maligno, ele deseja tomar o reino e agora que ele conseguiu me capturar, não existe nada que o impeça de fazê-lo. – Ela soava aflita. Desesperada. — Mas o destino guiou seus passos até aqui. Isso não pode ser apenas acaso. Por isso te imploro, por favor, ó nobre guerreiro elfo, salve-me.

A imagem começou a se dissipar. Ela parecia cansada. Exausta. Desfalecida. — Por favor... Apresse-se. – E a voz desapareceu.

A névoa continuava apenas na altura de sua panturrilha. A vastidão da Endless era vista através da barreira invisível. O que Tenkai deveria fazer? Seria aquele outro truque para tentar força-lo a entrar na barreira, ou será que era realmente verdade? Afinal, Tenkai era do tipo que acreditava em coisas como ‘destino’?

Endless Forest

por **Bluesday** Sáb Fev 21, 2015 3:47 pm

Visões vem e vão, e Tenkai não conseguia sair do lugar. Por um lado o guerreiro se alegrava em ter superado a ilusão, mas por outro, a incapacidade de ignorar aquela bela jovem, era totalmente torturante.

Sua aparição lhe tirava o folego por seu charme, mas o que realmente incomodava, era suas palavras. Céus, porque deveria aparecer logo uma princesa? Parecia conto de fadas aquilo.

O elfo agora entrava em um dilema mortal. Acreditar na garota e desbravar o interior da barreira, ou simplesmente deixar cada um com seus problemas. Sim. Tenkai já havia se metido nós problemas de outros e aprendeu que nada de bom vem nisso. Quer dizer. Até que tudo tenha terminado, a dor será a única coisa certa que o aventureiro terá certeza de que encontrará. O mesmo se aplicava agora.

" Pelos quatro ventos de Lodoss. Quem me garante que tudo que vi, foi verdade? Ela pode ser a maldita bruxa, atraindo a preza até ela. Sou eu no fim das contas, a preza. Droga. Eu só queria ir pra cidade dos elfos. "

Tenkai apertava com força o seu bastão. Estava realmente refletindo sobre aquilo, pois não conseguia também deixar de pensar que poderia ser realmente verdade aquele chamado. E o guerreiro não se perdoaria de uma alma ser violada, porque sua negligencia fora a culpada.

— Eu vou me arrepender disso...

Falava com desanimo. Mas logo que baixou seus olhos, o elfo ergueu seu braço, elevando o bastão. Fazia um movimento pro lado, girando o membro e então concentrando bastante força. Tenkai mirou na barreira e fez seu primeiro golpe, contra a mesma. Se ela não se desfizesse, outro ataque violento seria feito. Conseguindo romper a barreira, ele seguiria em frente, deixando o destino lhe guiar.

por NT Almighty Ter Fev 24, 2015 3:51 pm

elfo • elf • erufu

A sensação, quando seu corpo atravessou a barreira, foi a que sentimos ao colocar a mão na água fria. Contudo, tão logo passou, a friagem se foi por completo. E suas roupas sequer estavam úmidas, é claro.

— Hmph. Como esperado, homens são todos iguais. Sempre se deixando guiar por aquilo que possuem entre as pernas. Que vergonhoso. Vejo que até mesmo os elfos não são uma exceção à regra. – Foram as palavras que ecoaram repentinamente na mente de Tenkai, tão logo ele cruzou o limiar da barreira invisível e gelatinosa. No entanto, caso mudasse de ideia, ou apenas desejasse testar, veria que agora a barreira era totalmente intransponível. Possuía a dureza do mais forte aço. Alguém queria que ele entrasse, mas não queria que ele saísse. Ao menos não ainda.

O interior da barreira era incrivelmente pequeno. Não poderia ter mais que trinta braças de raio. Era um pântano mal cheiroso com uma cabana aninhada na ilha central. Havia três pontes que podiam ser usadas para chegar até a casinha. O pequeno prédio possuía três janelas que brilhavam com a luz de velas, e três chaminés despontavam do telhado. A fumaça era negra em duas das chaminés e branca em uma.

— Ora, não fique ai parado feito um paspalho! Agora que entrou não tem volta, venha logo até aqui, não irei lhe machucar. Se quisesse feri-lo já teria feito. – A voz parecia exasperada e petulante. Tenkai notou que era a mesma que havia anunciado a profecia quando ele tocou a barreira pela primeira vez, e também a voz da mulher loira que apareceu na névoa, mas agora parecia ainda mais jovem. Quase como a voz de uma...

Garotinha. A porta estava apenas encostada. Ao entrar, a primeira coisa que Tenkai viu foi uma menina, não poderia ter mais que quatorze ciclos de vida. Seus cabelos eram loiros e ela estava descalça. Usava um vestido preto e sentava-se de maneira indiscreta para uma dama. Ela calçava luvas de couro, segurava um livro grande e pesado demais para braços tão finos sem dificuldade aparente. Tinha uma vassoura atrás de si e manejava uma colher de pau no grande caldeirão fumegante a frente de sua cadeira gigante, de costas para uma das janelas da casa.

Ela coçou o nariz com a mão esquerda e apontou para uma cadeira repleta de livros. — Saiam daí, seus mal educados, temos visita! – E, como se estivessem vivos, os livros saíram da cadeira voando e pousaram junto de outra pilha próxima a parede.

Ah, sim. O interior da casa. Aquela pequenina casinha. Era enorme. Sim, sim. Era ao menos três vezes maior do que quando vista pelo lado de fora. Um único salão enorme. Abarrotado dos mais variados itens. Prateleiras, livros, livros e mais livros. Havia uma cama grande de dossel em um canto. Um gato preto dormia em uma pilha de livros ao lado dela. Mas se ainda tinha dúvidas, após o pequeno truque de mágica, Tenkai as perdeu por completo. Estava definitivamente no território de uma bruxa.

Pior: Estava na casa de uma.

Ela fechou o livro com um baque e o fez flutuar até uma prateleira. Estalou os dedos e uma bandeja com chá e biscoitos veio voando até ela. A bruxinha se serviu e fez sinal para a bandeja fosse até Tenkai.

— Pode se servir. Como disse, não queria lhe fazer mal. – Ela mordeu o biscoito. Crocante com gotinhas de chocolate. Doce e delicioso. E bebeu o chá, quente e revigorante. Perfeito. — Eu preciso de sua ajuda. Não sua, especificamente, mas você deu azar de tropeçar em minha barreira e eu dei sorte de você ser forte. – Ela sorriu, parecendo exatamente tão jovem quanto era. Mas seus olhos eram sábios. Olhos antigos. Tenkai notou. Aqueles definitivamente não eram os olhos de uma garotinha.

Ela bebericou seu chá. — Bem, o negócio é simples: Têm um bruxo novo em Endless. Sim, sim. Um alfinete na minha poupança, teehehe. – Riu de sua própria pilhéria. — O problema é que ele está criando problemas demais. Chamando atenção demais. Não o quero aqui. Não quero esse criador de caso em minha floresta. E não. Endless não é grande o bastante para os dois. – Afirmou com convicção. — Então irei expulsá-lo. Não é grande coisa. Já teria feito, se não fosse uma dor de cabeça terrível, mas já estou terminando o feitiço. – Ela apontou para o caldeirão a sua frente. — Vê? O problema é que ele sabe. Nós bruxos podemos sentir quando feitiços poderosos estão sendo feitos. E esse é especialmente grande... Grande o bastante para emborcar toda a floresta. – Ela sorriu.

— No entanto, eu não posso deixar a barreira enquanto o feitiço não estiver concluído. E o maldito enviou um pequeno exército para me atacar... – Ela bebeu o chá e comeu o biscoito, sorriu para Tenkai. Um sorriso de gelar a espinha. — E é ai que você entra. Meu valente guerreiro elfo! Teehehe. Você irá pará-los para mim. São apenas alguns trolls, acho. Você não deve ter problema em atrasá-los por algum tempo. Para ser mais especifica... Sete horas. Sim, sete horas serão o suficiente.

Ela tornou a sorrir. — E, como é justo: Se cumprir essa pequena missão, lhe concederei três pedidos. Assim como em uma história. Teehehe. Então, o que me diz? – Os olhos dela brilharam por um longo momento, azuis feito safiras, enquanto aguardava pela resposta de Tenkai. Mas, de alguma forma, o elfo sentia que se quisesse sair dali, agora não teria outra opção além de aceitar. Ou será que havia outra opção?...

Endless Forest

por **Bluesday** Qui Fev 26, 2015 2:45 am

" Tcs... Essa barreira era tão simples de entrar assim? Exagerei em minha ação atoa... "

Apesar de admitir mentalmente a brutalidade imposta, a garota ou seja lá quem fosse, estava resmungando a respeito daquilo. Entretanto, Tenkai queria saber se a barreira era tão poderosa assim por dentro, e forçou ela com seu braço e nada. Parecia que agora seu destino estava traçado.

Voltou para seu caminho, e notou que aquele lugar parecia ser mais pequeno do que aparentava. O que era bem estranho, pois parecia ser grande ao se observar de fora da cúpula. No centro havia uma resisdência e em sua mente, havia uma voz petulante que parecia deveras irritada.

" Mais essa. "

Sem muito o que fazer, o elfo seguiu até a casa e foi adentrando. Seus olhos buscavam informações do recinto que visto de dentro, era logicamente incompreensível se comparasse com a vista externa.

" Será que existe algo normal aqui? Acho que não. "

Mas apesar das bizarrices do local, Tenkai se divertia em ver aquele ambiente tao incomum. Ficava feliz pela bruxa não ficar completamente sozinha. Enfim, o guerreiro foi bem recebido pela jovem. Oferecia algo para comer e uma bebida para aquecer o estomago. Tenkai passou sua mão sob a armadura na região do estomago e o simples lembrar que fazia horas que não se alimentava, lhe deixava com fome e acabava por aceitar sem medo de haver qualquer feitiço no biscoito.

— Parece até desculpa de quem enganou um simples viajante, ao oferecer isso. Bom... Vou aceitar de bom grado, afinal eu não acho que irei virar um sapo — Brincava ironizando a situação e a bruxa, que logo explicava algumas coisas e o elfo interrompia — Porque você simplesmente não falou a verdade desde o principio? Não sou um mercenário que faz tudo por ambição própria. Mas que seja, diga-me exatamente o que você quer.

Foi então que um diluvio de palavras fora saindo da boca da garota. Era uma rixa dela com um outro sujeito que praticava o mesmo tipo de magia que ela. Isso não agradava ela e queria dar um jeito naquilo. Mas algo chamou a atenção de Tenkai. A magia que ela parecia desenvolver. Era de longe, algo que o elfo considerava muito poderoso e aquilo trazia dúvidas a respeito dos planos da bruxa.

— Mas pra que executar um feitiço tão poderoso? Se isso trazer consequências a floresta, saiba que ela não poupara esforços para te enterrar junto das mais profundas raízes de Endless.

A garota continuou a falar e logo chegou na parte aonde ele entraria em cena. Um defensor da barreira ou coisa parecida. Na verdade Tenkai ficou confuso sobre como iria atuar, se seria dentro ou fora. Apesar disso, ele olhou para a garota que brilhava no olhar e a encarava, estreitando os olhos de forma como se tentasse ler a mente da jovem.

— Hum... É tudo muito interessante. Mas acho que não tenho outra escolha a não ser aceitar. Afinal eu desacredito que você permitirá que eu siga meu caminho em diante. O que irá me tornar seu guardião forçadamente. Porque quando os tais trolls chegar. Os malditos vão me considerar inimigo e terei que lutar contra minha vontade. Então acho que temos um acordo. Mas onde exatamente eu terei que ir. Será dentro da barreira ou fora? E se tiver equipamentos que eu possa usar para criar armadilhas. Será bem útil.

Tenkai parecia entrar em um consenso com a jovem.

" Três desejos, hu? Parece bom até demais. Espero não me arrepender disso depois. "

— Er... Apenas por curiosidade. Quantos anos possui?

E encerrou por ai.

por NT Almighty Seg Mar 02, 2015 1:30 pm

elfo • elf • erufu

A bruxinha continuou a explicar como se não tivesse ouvido as primeiras palavras do elfo, já que sequer precisava usar magia para saber que aquilo não era verdade. As reclamações dele prosseguiram, enquanto ela continuava a fingir não ouvi-lo, enquanto explicava os motivos de ter que usá-lo e seus planos para vencer aquela batalha. Mas, no fim, mesmo com todos os resmungos e as pequenas críticas, o elfo guerreiro aceitava ajudá-la.

Ela bateu palminhas, animada. — Esplêndido! Sabia que era um rapaz inteligente. – Ela moveu as mãos e uma imagem com as bordas esfumaçadas surgiu diante do elfo. Era uma imagem em cores e mostrava um batalhão de trolls com enormes narizes aquilinos, corpos cobertos por pelos negros e armaduras primitivas. Eles empunhavam armas simples: pedaços de troncos e machados. Mas eram muitos. Sim, sim. Ao menos treze batalhões, com cinquenta soldados trolls em cada um.

Eles vinham de uma única direção. Mas todos seguiam para o Leste com os poucos feixes de luz solar que atravessavam as folhas em suas costas. E Tenkai sequer precisou pensar muito antes de saber que eles estavam indo na direção da barreira.

— Bem, admito que seja mais do que eu esperava. Mas... – Ela o analisou com um olhar critico. Então deu de ombros. — Mas você não deve ter dificuldade em lidar com esse tanto. Aqui, pegue isso. – Ela estendeu para ele um saquinho de couro do tamanho de um punho com um símbolo estranho e uma cordinha para ser amarrado no cinto. — São frutinhas de fogo. Não coma! São como... A pimenta mais forte? Sim, algo do tipo. Iria derreter sua língua. – Ela deu uma risadinha.

— De qualquer forma: Jogue nos trolls. Ai deve ter o suficiente para a metade deles, se tiver uma boa mira. Ou ao menos uma quantidade considerável, se não tiver. – E tornou a dar de ombros. — Agora fique parado por um momento. Não posso desperdiçar muito poder mágico, pois precisarei de cada gota para o feitiço, mas... – Ela soltou um suspiro e fez um floreio com a mão, então uma varinha de madeira negra e lustrosa surgiu ali. Estendeu na direção de Tenkai e os olhos dela pareceram mudar... E ele sentiu uma onda de calor transpassar seu corpo. Rápido demais para ter certeza de que realmente havia acontecido. Mas havia.

— Pronto. – Ela não parecia diferente. Ele não se sentia diferente. — Agora já pode ir. Assim que sair da barreira irei trancá-la. Tente não morrer. – Nesse momento o próprio encosto da cadeira empurrou Tenkai para que ele ficasse de pé. — Não bata a porta quando sair. Vamos lá, coragem!

Ela acenou para ele e retornou sua atenção para o grande feitiço. E no instante em que saísse da barreira, Tenkai saberia: Como um cheiro ruim que não era cheiro algum, ele sabia dizer a direção em que os inimigos estavam. Todos aqueles que queriam o mal da bruxa. Ele sabia onde cada um deles estava. Trolls. A oeste.

Endless Forest

por **Bluesday** Seg Mar 02, 2015 9:42 pm

Ela se fazia de quem não dava a minima, mas no fundo devia estar pensando a respeito e feito da maneira mais simples. Mas como não tinha jeito, ela apenas o elogio pelo seu intelecto. Elogio que o elfo desconfiava se era sincero. Entretanto, isso não importava mais, e sim a tarefa que ele teria que realizar.

Logo diante de seus olhos, a fumaça revelava o que ele teria que fazer. E putz, era um belo desafio para o elfo.

— Olha... São muitos realmente. Embora eu conheça a floresta bem e possa usar ela como vantagem, ainda sim é um número extraordinário. Farei o que puder, mas não garanto tanta eficiência, como vós espera — Foi ai que ela entregou um saco. Havia algo lá e pelas explicações, era algo realmente poderoso — Reduzir metade das tropas com isso? — O elfo olhava bem pra cara dela e acaba exibindo os dentes — Certo, usarei isto. Se é tão incrível assim como diz, irá ser algo bem útil.

Tenkai se convencia pela forma convincente da bruxa em lhe falar o que aquilo fazia. E após sentir um calor tomar conta de seu corpo de forma breve, o guerreiro fora quase expulso de onde estava. O elfo olhou com a cabeça inclinada pro lado.

— Há algo aqui que não tenha vontade própria? — Satirizava — Bom, acho que chegou a hora de ir então. Até mais tarde.

E assim o guerreiro foi em busca do caos. Assim que saiu do raio da barreira, um lapso de direção surgiu em sua mente.

" Então estão para aquele lado. Vejamos o que posso fazer... "

Tenkai ia pensando em algo e se dirigia correndo em direção que os troll estavam. Sua audição apurada lhe avisaria ao ouvir ruídos comuns de soldados, como aço batendo e arranhando. Caminhada pesada e grunhidos de trolls. Quando conseguisse identificar essas coisas, o elfo ficaria mais atento e se escondendo no alto de alguma árvore para ter uma visão mais privilegiada e assim bolar um plano.

por NT Almighty Seg Mar 09, 2015 12:46 pm

elfo • elf • erufu

Monstros, criaturas amaldiçoadas e terríveis. Os trolls negros da floresta lembravam muito vagamente macacos gigantes. Gigantes não por serem altos, mas por seus corpos atarracados e fortes eles eram claramente maiores que gorilas, mesmo que não tivessem mais que um metro e noventa ou dois metros de altura. Vestindo armaduras de ossos e armas feitas de materiais rústicos, eles avançavam em grupos de maneira desordenada, guiados mais por forças sobrenaturais que pelo senso de direção.

Seus olhos eram vermelho feito sangue. Corpos coberto por uma pelagem negro feito o negrume, espesso, sujo, fedidos e desgrenhados. Dentes irregulares e amarelos, narizes que mais se assemelhavam a focinhos pontudos com orelhas de cachorro e quatro dedos grossos. Eles avançavam pela floresta de quatro, correndo como feras selvagens, mesmo enquanto empunhavam suas armas rústicas. Machados, arcos e tacapes de madeira ou osso. Eles compunham um exército. Uma quantidade realmente assustadora de inimigos. Os peões do feiticeiro inimigo.

Enquanto a bruxinha, por sua vez, apostava tudo em um único soldado. Um único guerreiro elfo que conseguiu no último momento... Tenkai.

O elfo ainda não podia ver os trolls. Ele já havia colocado uma boa distância entre o ponto onde estava e a barreira da casa da bruxa, e mesmo sem a névoa muito espessa – agora apenas o suficiente para não ver seus pés –, ele ainda não havia visto os inimigos. Contudo, ele podia senti-los. E, por puro instinto, Tenkai soube: Eles iriam aparecer no limiar de sua visão em três, dois, um segundo... Um vulto negro. Outro, e outro.

E como se uma barragem tivesse sido derrubada e a água negra do inferno começasse a vazar floresta adentro, os trolls surgiram. Estavam a cerca de quinhentas braças de distância. Mil passos os separavam. Naquela parte da floresta as árvores eram incrivelmente altas e largas, mas muito espaçadas, com solo firme e sem muitas raízes. Os galhos mais baixos estavam a cerca de três metros acima do solo, a maioria, provavelmente, forte o bastante para suportar o peso de um homem próximo do tronco (não na ponta).

Os Trolls avançavam em uma boa velocidade. Dois minutos. Dois minutos e eles teriam percorrido toda a distância que os separavam. Tenkai certamente conseguiria fazer a mesma distância em cerca de quarenta segundos, sem sequer precisar se esforçar ao máximo. À cerca de cinquenta braças de distância, o elfo seria visto. Se deixasse eles se aproximarem à distância de cem passos contra o vento, eles certamente saberiam de sua presença. Do contrario, ao favor do vento, mesmo o dobro da distância já seria o bastante.

○ ○ ○

OFF: Tava com gripe e tive febre sexta e sábado, então acabei atrasando mais que o normal. Peço desculpas.

Ainda assim, atrasei uma semana, então 50xp como é justo. xD

Endless Forest

por **Bluesday** Qui Mar 12, 2015 10:20 am

Finalmente o elfo havia encontrado seus oponentes. Como ele iria lidar com aquilo, ainda ele mesmo não sabia. Eram muitos e duvidava de sua própria capacidade de enfrentar tudo aquilo sozinho.

Mas enquanto decidia como atacar, ele já arquitetava algumas armadilhas. Procurava por locais sinuosos e alguns buracos feitos pela própria natureza. Se encontrasse algum, procuraria algum tipo de madeira com raio de uns três centímetros e com sua espada, ele moldaria rapidamente e de forma qualquer, e tentaria fazer várias estacas. Colocaria as mesmas nesses buracos com as pontas viradas pra cima e cobriria o local com galhos e terra, disfarçando bem o local, para que os trolls caíssem na armadilha.

Tenkai também picotaria a base de algumas árvore de tronco mais fino e deixaria eles propenso a cair, precisando de apenas um empurrãozinho para as mesmas forem ao chão.

Se desse tempo, usaria cipos se encontrasse, e amarraria em troncos pesados que houvesse por ali, pedras granas e demais coisas do tipo, e lançara o cipo para cima de algum galho grosso e resistente e puxaria o cipo, até que a carga presa a ela, ficasse junto do galho. Em seguida o elfo amarraria no tronco de alguma outra árvore.

" Perdoe-me Endlees, estou lhe ferindo por meu próprio egoísmo. Mas prometo repor cada árvore tirada ou ferida por minhas mãos. "

Após preparar as armadilhas mais simples do mundo, de forma rápida, porém estratégica, Tenkai começaria sua investida, pegando seu arco e uma flecha, apontaria para um dos trolls bem de longe, retesando bem o arco, procuraria com seus olhos a abertura da armadura na região do pescoço e então dispararia uma única flecha para atrair os trolls para sua direção. Se eles fossem atraídos, o guerreiro seguiria para detrás de uma das árvores que houvesse o cipo amarrado e esperaria os inimigos entrarem na região repleta de armadilhas, para começar o massacre.

por NT Almighty Qua Mar 18, 2015 11:35 am

elfo • elf • erufu

As armadilhas foram rapidamente criadas. A engenhosidade e experiência do elfo realmente eram vantagens valiosas. Levou poucos minutos para que todas estivessem feitas, apenas esperando para que os inimigos caíssem nelas e fossem destruídos. Contudo, naquele momento o tempo também era algo precioso. E assim que puxou a flecha até o ouvido, pronto para disparar, Tenkai avistou algo além: Uma sombra maior que um simples troll. Ao menos quatro vezes mais alto e três vezes mais largo.

Um Ogro. Com as pernas peludas e um único chifre pontudo na cabeça oval. A boca com dentes irregulares e passos trôpegos. Ele não vestia armadura, mas empunhava um grande tronco de árvore em sua mão, derrubando tudo em seu caminho. E havia mais, muitos mais. Eram menos numerosos que os trolls, mas o estrago que poderiam causar seria muito maior que cem trolls. Felizmente estavam espalhados, existiam cerca de um Ogro para cada cinco batalhões de trolls, talvez?

A flecha deslizou de seus dedos e se plantou em seu alvo com perfeição. O troll caiu e em segundos os outros estavam farejando o ar, gritando e urrando. Alguns, os mais próximos, se agitaram e correram na direção do elfo agitando suas armas rústicas. Furiosos, sedentos por sangue e famintos. E, de repente, Tenkai era o alvo de todos os trolls em um raio de cem metros. E então a névoa veio.

Mas dessa vez a névoa parecia brotar do corpo de Tenkai. Ele sabia que ela estava ali, mas ela não atrapalhava sua visão em nada. Era como uma cortina fina de renda, tão suave que ele podia ver com perfeição. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não era assim para os trolss. Os monstros estavam temerosos e atacavam antes do tempo ou depois. Obviamente sem saber onde atacar.

Um ogro se precipitou na direção de Tenkai junto aos Trolls. Mas o próprio ogro pisoteava seus aliados que não eram rápidos o suficiente para sair do caminho. Outros dois Ogros vieram na direção do elfo, mas esses mais atrás. Cerca de vinte elfos o cercavam e o ataque do ogro com o tronco de árvore viria por cima em cerca de cinco segundos, a fim de esmagá-lo, sem sequer considerar aliados. O restante do exército, longe demais para ouvir, alheio ao ataque, avançava na direção do domo de vidro invisível da casa da bruxa...

○ ○ ○

OFF: Malz o atraso, pequenos problemas se acumularam. 50xp pela semana sem post.

Endless Forest

por **Bluesday** Seg Mar 23, 2015 6:54 pm

O plano colocado na prática estava tendo resultados melhor do que o esperado. Os trolls acabavam por ter que lidar com seus próprios aliados. Inconscientemente Tenkai dava graças por ter nascido com um cérebro funcional e se tornar mais sábio com o passar dos anos. A nevoa que surgia também vinha a calhar, mas o que o elfo não esperava, era o surgimento de seus semelhantes. Talvez fossem caçadores ou ficaram sabendo que essas criaturas invadiriam a floresta e causariam grande destruição na mesma. Vendo por esse lado, seria natural os elfos interferirem.

Mas o momento não era pra reflexão e sim para ação. Os ogros vinham na direção do guerreiro e os malditos sendo tão grandes e destrutíveis, iriam acabar estragando as armadilhas feitas para dar cabo de vários trolls ao mesmo tempo. Tenkai não podia permitir isso, por essa razão retirou mais uma flecha da aljava e mirou contra o centro do pescoço do ogro. Um disparo bem dado, seria suficiente para colocar o mesmo abaixo. Faria o mesmo contra os dois outros ogros que se aproximavam. Entretanto o elfo após o primeiro disparo, se moveria cinco metros pra sua direita e se abrigaria em outra árvore, efetuando a seguir sua ação com o arco e flecha no ogro mais próximo. Acertado ou não, Tenkai voltaria a se mover para outra árvore e alvejaria o último ogro que seguia em sua direção, caso acertasse o outro. Entretanto, se errasse o primeiro tiro, focaria o ogro mais próximo e recuaria um pouco. Acreditava que o grupo de elfos seria de grande ajuda.

E apenas em caso de emergência Tenkai ativaria uma das armadilhas aéreas. Tentando não comprometer os elfos.

por NT Almighty Seg Mar 30, 2015 2:33 pm

elfo • elf • erufu

Seguindo o movimento fluído e natural de Tenkai, todos os outros elfos pareceram reagir ao mesmo tempo, como se fossem um. Puxaram a flecha, encaixaram no arco e miraram, enquanto já puxavam com força e executavam o disparo em poucos instantes. As flechas cortaram o ar, todas contra o mesmo alvo, na direção exata do mesmo ponto. O ogro urrou com uma única flecha no pescoço. Urrou e a arrancou, o sangue brotou e ele enlouqueceu, girando o tronco de árvore em fúria.

Tenkai se movia e os outros elfos faziam o mesmo, se afastando, evitando os ataques desesperados. E então o elfo notou algo estranho. Captou com o canto do olho e viu quando um dos elfos foi atravessado pelo machado de um troll, mas a imagem do elfo apenas se desfez em névoa e então se refez. E era exatamente igual Tenkai. Uma imagem em espelho. Na verdade, observando com maior atenção, todos os elfos eram iguais a ele. Cópias perfeitas espalhadas pela floresta, atraindo e distraindo os inimigos.

Com certeza um truque da bruxa. O primeiro Ogro finalmente se cansou, o sangramento o deixou tonto e ele ofegou um pouco antes de cair de joelhos e então tombar morto. O outro ogro reagiu basicamente da mesma forma. Mas enquanto o elfo atirava nesse, dois Trolls se precipitaram contra ele, um mirando atingir sua cabeça com um pedaço de madeira e o outro suas pernas com os dentes amarelos, a fim de devorá-lo.

Enquanto isso, suas cópias também eram alvos dos outros monstros. E por mais que não houvesse tantas cópias quanto havia de inimigos, ao menos serviam para distraí-los do único alvo real naquela batalha.

○ ○ ○

OFF: Doente de novo D: 50xp pela semana sem post.

Endless Forest

por **Bluesday** Qui Abr 09, 2015 12:12 am

Um sorriso de canto surgiu na face do elfo ao ver ele mesmo. Não era todo dia que via sua própria imagem, e quando via, era no reflexo de algum rio, tornando sua imagem ondulada e estranha.

" Interessante. Obrigado bruxa, é bem útil. Mas se as copias pudessem alvejar seus próprios alvos, acho que seria mais eficiente ainda. "

Um breve momento de reflexão em meio a batalha que logo foi interrompido por dois novos adversários. Pareciam atacar em conjunto, mas de forma nada combinada. O elfo viu os dois e esperou, ambos fizeram seus ataques e Tenkai conseguiu apenas pensar e reagir de uma única maneira. Ele avançou rapidamente contra os dois com sua espada, pretendia golpear com forçar e tirar o equilíbrio do primeiro e em seguida, usando da vantagem de ter que voltar seu braço para trás para pegar novo impulso, já foi logo mirando no segundo para tentar corta-lo com um ou dois ataques afim de finaliza-lo ou deixa-lo um pouco fora de combate. Em seguida tornaria a atacar o primeiro alvo que já deveria estar se recuperando, e garantir que ele ficasse apenas nesse "tentar".

por NT Almighty Sex Abr 17, 2015 3:48 pm

elfo • elf • erufu

Os alvos eram lentos e nada habilidosos, no fim das contas, aquela acabou sendo uma investida infrutífera. Ambos os monstros eram atingidos e repelidos com facilidade, e acabavam esbarrando em ainda mais monstros. No entanto, com o passar dos minutos os monstros apenas começavam a se agitar ainda mais. Agora uma verdadeira multidão de seres peludos e feiosos cercava cada uma das imagens de Tenkai, a do verdadeiro incluso.

Os monstros empunhavam armas rudimentares, como maças e tacapes de madeira e ossos, e alguns poucos tinham espadas e bastões que eram mais próximas de armas de verdade. No entanto, antes que qualquer um desses pudesse avançar, um monstro peludo maior rompeu o circulo e se aproximou de Tenkai. Era um Troll com o dobro do tamanho dos outros, vestia uma armadura completa de samurai e empunhava um machado gigante. Sem dúvida um dos generais comandando aquela investida.

Ele saltou na direção de Tenkai, e gritou. Não foi um urro, como faria um ser irracional, mas um grito, uma voz de comando. Nesse instante dois Trolls menores agarraram as pernas de Tenkai. Eles eram fracos, mas rápidos, e não fizeram nada além de tentar imobilizar o elfo, sem grande sucesso, obviamente, devido à diferença de forças, mas devido ao elemento surpresa e ao ataque eminente do Troll com o machado, Tenkai agora se encontrava em uma situação complicada.

Sua habilidade de esquiva seria comprometida pelos dois monstros segurando suas pernas, enquanto o machado do Troll gigante já descia na direção de seu pescoço.

Então, o que fazer?

○ ○ ○

OFF: Época de provas chegou, malz a demora. 50xp pela semana sem post.

Endless Forest

por **Bluesday** Ter Abr 21, 2015 1:40 pm

Finalmente um dos líderes daquela mini-guerra aparecia com seu grito de motivação para seus soldados. Tenkai já ia se preparar para avançar contra ele, porém dois trolls o seguraram. Ele olhou surpreendido para baixo e em seguida voltou seus olhos para o inimigo que vinha com seu imponente machado. Por um instante o elfo pensou em utilizar de uma de suas habilidades especiais, mas temeu que aquilo não adiantasse contra o movimento do machado, causando um ataque letal em si.

Então sem mais delongas, Tenkai voltava sua mão esquerda por cima de seus ombros e puxava seu bastão dourado, fazendo um movimento contra o machado do inimigo com toda força, afim de redireciona-lo para o lado e com sorte até tirar o equilíbrio do adversário. Ao mesmo tempo que fazia esse bloqueio, o elfo perfurava com a ponta da espada, o troll que segurava sua perna direita.

Se conseguisse tal façanha, o guerreiro assim que fizesse o oponente com machado ir um pouco pro lado, avançaria mesmo que tivesse que arrastar o troll em sua perna esquerda, e tentaria desferir um golpe profundo na perna direita do líder inimigo. Assim ele passaria a ficar em guarda e esperar uma reação do grandalhão.

por NT Almighty Sáb Abr 25, 2015 2:31 pm

elfo • elf • erufu

Sangue. Vermelho, borbulhante e quente. O sangue do troll com o machado espirrou sobre os outros, sobre o solo da floresta e as árvores ao redor. O corpo do monstro voou para longe sobre os outros e... Foi como se o tempo parasse.

Aos olhos de Tenkai, tudo parou. Apenas por um momento. E uma voz irritantemente familiar ecoou em sua mente. Sim, a voz da bruxinha petulante. — Hey, elfo tarado, o que diabos tá fazendo ai fora?! Eles já estão batendo na barreira, apresse-se! Pare de ficar perdendo tempo e mate-os de uma vez!

Enquanto ouvia a voz estridente da bruxa, o elfo notou que a ponta de seu bastão possuía um brilho rosado na forma de uma lamina com aproximadamente cinquenta centímetros de comprimento. Era aquilo que havia cortado o troll e sua armadura ao meio.

— E rápido! – Gritou por fim a menina na mente de Tenkai, como uma espécie de adeus, e o tempo lentamente voltou a correr.

O corpo do troll de armadura caiu sobre os outros e sem demonstrar medo, ou sequer compreender o que havia acontecido, outros três trolls com tacapes se impulsionaram na direção do elfo. O qual ainda era segurado pelos dois outros trolls que abriam suas bocas para tentar mordê-lo.

Endless Forest

por Conteúdo patrocinado

Força:	C
Energia:	D
Agilidade:	S +
Destreza:	C +
Vigor:	D

Força:	C
Energia:	D
Agilidade:	S +
Destreza:	C +
Vigor:	D

Força:	C
Energia:	D
Agilidade:	S +
Destreza:	C +
Vigor:	D

Força:	C
Energia:	D
Agilidade:	S +
Destreza:	C +
Vigor:	D

Força:	C
Energia:	D
Agilidade:	S +
Destreza:	C +
Vigor:	D