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Mensagem por NR Sérpico Qua Nov 25, 2015 11:42 pm

Relembrando a primeira mensagem :


BALLTIER
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


BONES
PV: ?%
PE: ?%
Itens:
Detalhes:


HO
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


SEAN
PV: ?%
PE: ?%
Itens:
Detalhes:


SOLLRAC
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


Recuperação de energia
Funciona assim: após um tempo de descanso, o personagem recupera certa quantia de energia + o seu valor em Vigor. Então, segundo a tabela logo aí abaixo, se eu descanso por 1 hora e tenho Vigor 4, recupero 54% de energia. Essa é uma recuperação passiva, mas exige descanso, que é exatamente ficar parado, recuperando o fôlego, tirando uma soneca. Se o personagem está cavalgando, por exemplo, então ele não está descansando e não se recupera.
1 minuto: 5%
5 minutos: 10%
20 minutos: 25%
1 hora: 50%
5 horas: 100%

Recuperação de vida
Recuperação espontânea sem necessidade de descanso. Referente à dano físico, no corpo.
1 minuto: Inconsciência
5 minutos: 25%
20 minutos: 50%
1 hora: 100%
5 horas: Ressurreição


Última edição por NR Sérpico em Seg maio 08, 2017 1:18 pm, editado 50 vez(es) (Motivo da edição : ue atua de forma clandestina no submundo)
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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Bones Sáb maio 07, 2016 9:47 am

Por si só ter pulado teria sido uma tarefa fácil de ser executada, mas carregar um "peso morto" como aquele que parecia petrificado no local acabou por fazê-los correr um risco maior, mas graças a sua Deusa, ainda não era sua hora novamente, a criatura estava realmente mais interessada em seu companheiro doq em seus ossos, mudando o rumo de seu ataque.

- Obrigado Morte, fico lhe devendo mais essa...

Acabou por cochichar tais palavras, agradecendo por ainda estar inteiro, diferente do que poderia perceber em seu amigo torresmo do lado de fora, tendo recebido boa parte do ataque, mas curiosamente ainda vivo, deixando por revelar um pouco de suas habilidades.

O combate parecia que iria se prolongar, mas o garoto gritando pareceu chamar a atenção da criatura ainda mais do que o combate, provavelmente algum tipo de dominação sobre o dragão ou apenas afinidade msm, mas o importante é q ao levantar vôo, o dragão levou junto o garoto.

Se levanta, vendo se não havia caído nada de suas roupas ou ossos e começa a andar com passos firmes a entrada da caverna e quando iria começar a falar surge Vax, com cara de mãe q viu os filhos aprontando.



— É só eu me ausentar que... — E amanhã, qual de vocês vai se reduzir a pó ou sumir na noite?  

— Ele não sumiu na noite. — Foi um dragão. Passou aqui e —

— Qual?

— Não sei. Não era nenhum dos... cinco. Era jovem e —

— Impossível.  

— É verdade. Um dragão jovem. Quase matou a gente. E levou o menino. O menino fez alguma coisa com ele. Não foi? — Ele fez alguma coisa e o dragão ficou de mal. Matou o rapaz ali...  — Ah não, ele está bem. Nossa.


- vamos deixar claro uma coisa: ele não teria feito nada conosco se não tivéssemos atacado ele primeiro, eu avisei! Segundo, o garoto está bem. Como sei disso? Pelo que percebi, sabia até o nome da criatura ou era algo q o dragão entendeu, deixou de atacar a gente mesmo tendo oportunidade e ele quando voou pegou com as garras, não com a boca estraçalhando-o... E tem razão Vax, não estamos sozinhos de novo...

Pelo visto apenas os dois conseguiram inicialmente perceber a aproximação das criaturas, lentas mas numerosas, se destacando do relevo e se aproximando constantemente até parar cerca de uns vinte metros do grupo.

- Não façam nada ou eu mesmo vou brincar com seus ossos!

Pela primeira vez falou firme com todos,  chegando a intensificar as luzes de seus olhos mediante seu estado, tomando a dianteira dessa vez, indo em direção a criatura que se destacou do grupo, provavelmente um líder talvez. Preferiu não levantar as mãos ou sacar arma, quaisquer sinais de que poderia estar com medo ou agressividade, permanecendo neutro e firme pois queria passar a impressão de que não procurava briga mas lutaria se necessário...

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Mensagem por Pacificador Seg maio 09, 2016 5:54 am

Tanta água e imaginar que por baixo tinha ainda mais deixava um gosto enjoativo em sua boca. Tomou o remo partido e ficou ali olhando para o destroços e pela primeira vez se perguntou do que ele corria, até quando iria continuar correndo.

Ensaio um golpe no ar testando o pedaço de madeira. Lançou mais um olhar para o casco, poderia ser usado como um barco imaginou tal tentativa; saltando para um pedaço da morsa, sem rumo e remo, sem contar que era um péssimo nadador, perito em nado cachorrinho.

Balançou a cabeça e se virou rapidamente. Em um raking de pensamentos ele temia por Sagno. Em segundo ser atingido por uma flecha, em terceiro em não ser os veitie que estavam em sua perseguição.

Na verdade ele queria conhecer os veitie, correu pelo Morgan, mas e agora? Sagno precisava de ajuda, mas e depois? Sem pensar muito saiu da água e seguiu para a areia com o remo partido em mãos seguiu andando, pensando.

Iria parar ao ouvir algum som próximo, cauteloso, não estava desistindo, estava buscando respostas, possibilidades. Nao queria ser capturado, por isso estava atento.

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Mensagem por Knock Qui maio 12, 2016 9:35 pm

Me transformei, a pele rapidamente criou escamas... Quase como quando se fica sem tomar banho por um tempo, mas, diferentemente disso, as escamas ficavam mais fortes e não eram nada fáceis de serem arrancadas, meu olhos também se modificaram... Mas óbvio só pensei nisso tudo após o grito.

Gritei depois que o dragão já havia iniciado o ataque, simultaneamente o menino gritara o nome do bicho, o qual se virou e nos fitou... Não sei se obtive sucesso em tentar resolver as coisas amigavelmente... Ele nos fitou confuso... Confuso?! Surpreso? Diria confuso... Onde estaria o animal de antes e de onde brotara um filhote de filhote de dragão da mesma espécie da dele... É... Se fosse eu que visse um mini orc também ficaria confuso. Engraçado.

Porém o dragão não esperou, olhou, virou a cabeça parecendo lembrar do que estava fazendo ali e voou. Voou. Um voo tão rápido que fiquei pensando “caraaa..” o bicho saiu do meu campo de visão em segundos, levando consigo o menino... Pensei “poha, filho da mãe”... e fiquei ali... pasmo e frustrado com a situação... depois de uma corrida com tanta adrenalina... tudo terminar no “é isso...”. Penso que fiquei mesmo foi surpreso com aquilo e depois só pensava em como o garoto tinha ido e na velocidade daquele bicho.

Depois que Sean se foi sabe Zalthar, ou outro que olhava a situação, para onde, Vax/Dax apareceu lá com cara de bunda perguntando quantos ainda sairiam do grupo. Confesso que me perguntei a mesma coisa... “Que merda”. Me sentia frustrado ainda, andei, a serpente não falou nada da minha transformação nem ninguém notou nada... Tudo normal, tudo tranquilo, tudo... “Hahaha”, estar naquele corpo era bom, mas eu sabia que não poderia ficar abusando da minha energia, então voltei ao normal para descansar...

Entrei na caverna, deitei um pouco e vi a picareta que o Sean deixara para trás, a peguei e fiquei lá coçando o saco... esperando os outros sei lá... Esperando algo acontecer, quando ouvi o tumulto do ossudo e do escorpião, dizendo que haíiamos chamado atenção de algo... Cara... quando olhei para fora da caverna e vi os bicho se aproximando, eu disse –Vamos fugir enquanto podemos—quis sussurrar baixinho um por favor, mas foi tão baixo que nem saiu da boca... O fato é que já havia visto aquele tipo de bicho enquanto estava vivo e não é nada agradável ser comido por um daqueles... Argh... Lembrei do gosto... Ah o gosto... Já poderia até imaginar a cara de nojo que eu estava fazendo... mas não quis vomitar... Maldito seja o dia que abri aquela porta... Argh!

O ossudo saiu da caverna e foi até um que estava se aproximando... Então disse—Não vai oh seu corno! Essas porcarias parecem ser umas bostas que não oferecem perigo, mas elas vão aprendendo tudo e elas comem tudo para crescer e aumentar a energia própria! Não vai! Usa essa porcaria de espada agora e frita essas putas! Vai esperar mais um companheiro para poder usar essa bugiganga?

Tentei chegar para o meio dragão e disse:
–Cara, ainda podes lançar fogo? Se não puder, descansa e tenta deixar algo pronto. Ataques a longas distancias são melhores a priori e depois—bati levemente com o cabo da picareta na mão esquerda—Depois atacamos um pouco mais de perto, mas esteja preparado!—Me virei para o grupo—Alguém mais aqui pode atacar de longe?

Eu descansaria enquanto via Bones andando em direção ao desconhecido... Bem... era outro mundo... eu poderia estar errado... Mas também me preparava para atacar... eu poderia usar fogo... talvez fosse útil mesmo com a chuva ou se todos os outros concordassem, poderíamos fugir dali.

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Mensagem por NR Sérpico Sex maio 13, 2016 1:20 am

19. Viagem na ponta do dardo

Com um remo quebrado, um barco improvisado e incerto, e um status de nadador amador, Balltier desistiu antes de experimentar. Se voltou para onde ainda poderia ter alguma chance, o remo partido empunhado em riste. Chega de correr.  

E nem seria capaz: sentiu as pernas tremerem como se os músculos estivessem se desfazendo, se esparramando. Foi mais ou menos um segundo depois que sentiu uma picada na região da cintura. Viu um estranho saindo do mato, difícil dizer se parecido com um Veitie. Difícil dizer por causa da vista, embaraçou toda. Poderia ser água e vento entrando em seus olhos, mas na verdade era vertigem. Aconteceu depois que sentiu uma picada no pescoço.  

Se levasse a mão até a picada, sentiria o dardo grudado na pele. Se olhasse de novo para o estranho, reconheceria uma zarabatana na mão dele.  

Depois disso a cabeça girou e lá longe Balltier escutou o som de alguém — que era ele mesmo — caindo duro na água.  

E aí um abraço do escuro.  

No escuro, sonhou.  

Não chovia no sonho, mas o orvalho pingava do alto das folhas. Dia bonito, o céu num tom esverdeado, sem nuvens. Sentiu a floresta, o calor, o vento. Sentiu, como quando viajou pela luz. Aí escutou alguma coisa.  

Vinha da caverna.  

Descendo por ela, Balltier pisou em ossos velhos. Descendo para o fundo da gruta, Balltier cheirou a morte alheia. No fim, a sala circular se abriu para ele e, de uma luz que vinha do teto, ele enxergou o ouro.  

— O ouro maldito que me matou — disse Joe.  

Balltier simplesmente sabia que aquele morto ali do lado, todo desfalecido no chão duro, era Joe, voluntário para a missão, junto ao capitão Esa, do Morsa, cujo Balltier conheceu o contramestre, Sagno.  

— Me matou — disse Joe, e estremeceu todo, como que levanto a descarga elétrica de um relâmpago — Assim — e tremia, possesso — Me matou assim!  

E ficou quieto. Mas seus olhos acompanhavam Balltier, que agora estava perto do ouro: era um pedaço triangular dourado e reluzente, com marcas em alto relevo e com as bordas como que raspadas ou roídas. Devolvia forte qualquer luz sobre ele jogada. Atraía, a tentação materializada.  

— Ele sonhou com essa porra — disse Joe, ainda morto. — Mas não sonhou com aquela ali.  

Algo apertou o peito de Balltier, pelo lado de dentro. Uma angustia que logo se tornou medo e depois a necessidade simples de se afastar, de sair dali. O que o Joe apontou foi uma sombra imensa no fundo da caverna. O brilho do ouro devolvia apenas os olhos ferais, para que Balltier soubesse que alguém ali, muito perto dele, o estava avaliando.  

O bicho se moveu.  

Joe disse, agora com outra voz:

— nem pense em vir aqui sozinho. pode ser perigoso, mesmo pra você. realmente não sei até onde vai o poder desse guardião.  

Era eu. Foi quando eu soube o que tinha acontecido e o que estava acontecendo. E estava razoavelmente satisfeito ao saber que o homúnculo ainda "vivia". Bom.  

No que o bicho se moveu, Balltier enxergou chifres e imaginou Sagno apunhalado por um deles.  

— então... apenas fique onde está. e espere os outros.

E quando asas se abriram na escuridão, Balltier despertou.  

Escutou gente cantando, longe. Escutou cascas de alguma coisa sendo quebradas, perto. A luz da tarde incomodou seus olhos, que preferiam a escuridão de quem dormiu muito. Mesmo passando pelo tecido da tenda, sua cabeça doía por causa da luminosidade.  

Deitado sobre peles, coberto com peles. Sem roupa. Ao seu lado, duas cuias: uma vazia, outra com um líquido vermelho. Sua mão direita estava enfaixada e coçava um pouco.  

Gente cantando, cascas se quebrando. Olhou para o lado, viu uma pessoa, de costas pra ele. A pessoa estava coberta num manto, agachada, fazendo movimentos que geravam os sons de cascas quebrando. Ao lado dela tinha uma pequena fogueira com outra cuia sobre a grelha. E tinha também alguns recipientes espalhados pelo chão.  

Sentiu o incenso de madressilva no ar.  

A pessoa não percebeu a volta de Balltier.  

***

Atravessou.  

Um abraço resolveria muita coisa. Só um abraço. Ela até soltou as mãos, mas... não fez nenhuma menção de agarrar Sean enquanto ele se jogava. A ação era toda dele.  

E ele atravessou ela, como se ela não existisse.  

Tudo que sentiu foi frio.  

— Desculpe por isso. — Ela se virou, tão sólida, tão presente, só que não. — Desculpa.  

Houve um silêncio incômodo. Ela olhou para o horizonte.  

— Eu tentei outros... mas você foi o único... — Ela pareceu estar tendo dificuldades com algo, pareceu engolir algumas palavras, de modo que mudou bruscamente o assunto. O mesmo meio sorriso de antes apareceu: — Como você veio parar aqui? No submundo?  

Cyrus mantinha uma distância respeitável. Ela deu uma olhadela para o dragão e depois olhou para Sean novamente.  

— Você estava com um grupo?  

Era de tarde, o céu esverdeado e com algumas nuvens vazando luz de alguns luminares celestes, todos já decadentes, a noite logo ao lado.  

***


A coisa parou a cinco metros de Bones.  

Um pouco antes Ho deu seus alertas. Vax pareceu concordar, silencioso, como se soubesse o que o meio orc falava. Quanto ao ataque a distância Vax não disse nada, Aurélio fez que não e Mic fez um joia, que não dava pra ter certeza o que significava.  

Aí a coisa parou a cinco metros de Bones.  

Um espectador daquele duelo poderia se perguntar: quem vai atirar primeiro?

Ficaram parados, órbitas fundas olhando para órbitas fundas. Quando um trovão ressoou lá longe, a simbiose se mexeu um pouco. E depois se mexeu oficialmente, mas não na busca de briga — ou alimentação, como dissera Ho — mas sim pra junto do bando. Recuou.  

— Cara, parabéns — o tom de Miclângelo era o de melhor amigo do Bones.

Mas as criaturas não foram embora. Apenas ficaram ao longe. Paradas, observando.  

Vax fez sinal para que continuassem. Assim que iniciaram a caminhada, sempre de olho nas simbiontes que iam ficando pra trás, Vax explicou que aquelas coisas possuem grande poder de absorção e regeneração de tecidos. São vulneráveis somente a fogo e sensíveis a intensas ondas sonoras.  

— Precisavam saber se podiam nos enfrentar — disse Vax. — Uma reação hostil poderia ser um convite...  

— E dar as costas em fuga — falou Aurélio. — seria um convite maior.  

Vax:

— É como se fossem predadoras. — Olhou para Bones. — Sua decisão foi acertada.  

Mas as criaturas ainda estavam ao longe. Não se aproximavam, mas não sumiam completamente no horizonte. Vax disse que o grupo ainda estava sobre a "avaliação" das simbioses.

— Se demonstrarmos fraqueza...    

— Não precisa jogar indireta — disse Mic e depois massageou o rosto inchado. Manteve distância de Ho. Isso por alguma razão o fez lembrar do Sean: — Mas quem diria, hein. Quer dizer que o menino tinha um amigo dragão e ninguém me contou.  

Depois ficou quieto.

Caminharam firme. Ao longe, as coisas ainda seguiam eles.  

Quando amanheceu, o horizonte estava limpo, nem sinal das simbioses. Aurélio disse:

— Que estranho.  

Ainda havia algumas nuvens, mas a chuva tinha ido embora.              

Caminharam, caminharam, caminharam. O cenário simplesmente não mudava. Não se via nada em nenhuma direção. Poderiam passar o tempo conversando e justamente no meio de uma dessas conversas, ou mesmo no silêncio da jornada, que o terremoto surgiu. Enfim, uma mudança no cenário. Um fenômeno estranho.  

Foi um tremor vigoroso, abriu o chão tão rápido como se fosse feito de papel. E havia alguma outra coisa, no ar, que deixou o grupo... lento.  

Lento o bastante para não conseguir evitar de cair na fenda, que se arregaçou, o mundo querendo engoli-los numa bocada vulgar. Mas o curioso foi que depois de rolarem para a escuridão subterrânea, eles se viram subitamente na claridade da luz do dia.  

No céu esverdeado da mesma manhã, com nuvens pra lá e pra cá. Nuvens aparentemente tão perto, que era possível tocar. Girando lentamente, se encontraram flutuando no céu.  

Era como boiar na água. Lá do alto, viram um mundo de pedra e uma estrada de ferro. A gravidade não tinha poder algum sobre eles.  

Qualquer um que olhasse para Vax veria que ele estava tentando alcançar Aurélio enquanto que ao mesmo tempo sua mão se esticava para Sollrac. Movimentos desesperados, como se ele estivesse prevendo a...

Volta da gravidade. Um vento forte repuxou as roupas para cima, enquanto seus corpos caiam, sugados bruscamente e repentinamente pela força reativada. Vax gritou alguma coisa que ninguém escutou direito.  

Sua habilidade só funcionava se ficassem parados.  

E estavam caindo. Passaram por nuvens e correram na direção do solo que parecia perto, mas nunca chegava.  

Mas ia chegar.

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Mensagem por Bones Sáb maio 14, 2016 9:15 am

A criatura parou cerca de uns cinco metros e ambos ficaram se observando, se estudando. Sua atenção estava fixada nela, deixando a visão periférica e confiança no grupo alertá-lo caso algum outro investisse, coisa que era possível ouvir os gritos de alguns preferindo não dar atenção, mas pelo que percebia não se tratava de um ser completamente desprovido de inteligência e sim oportunistas, pois seu número era largamente superior, mas mesmo assim havia um receio em começar um ataque.

Manteve-se firme, até que a criatura decidiu retornar, então ele próprio começou a seguir em direção ao grupo com mesmo ritmo e comportamento, sabia que mesmo sem terem dito nenhuma palavra houve uma diplomacia mais naturalista, de criatura para criatura. Todos pegaram suas coisas e partiram, mas ainda era possível perceber que as criaturas não haviam abandonado completamente a ideia, quem sabe tomando coragem talvez?


— Cara, parabéns


- Ficou claro que vocês não conhecem as trevas tão bem quanto eu... Não acho que possamos comemorar ainda, mas obrigado...

Seu tom ainda era um pouco sério, pois estava tenso, avaliava a situações e sabia das vulnerabilidade do grupo diante tais criaturas, pois por mais que seu companheiro pudesse soltar fogo, provavelmente cansaria antes de acabar com todos. Ah se pelo menos eles tivesse um dragão a disposição... Bom, eles até teriam caso o grupo não tivesse espantado ele...


— Precisavam saber se podiam nos enfrentar — Uma reação hostil poderia ser um convite...  

— E dar as costas em fuga — seria um convite maior.  

— É como se fossem predadoras. — Sua decisão foi acertada.  


- Vou entender como um elogio hehehe Se tivessem me escutado desde o princípio, o garoto e o dragão ainda estariam conosco... Bravura não se mede com os punhos e a cabeça serve pra algo além de usar um chapéu - Falou um esqueleto que usava um chapéu, uma ironia ambulante.

A caminhada prosseguia com seus observadores, até que, como de costume, tudo que seria bizarro começou a acontecer, novamente. A própria terra parecia querer engoli-los como se um ser colossal acabasse de despertar pronto para o café da manhã, no caso eles, não sendo possível qualquer tipo de reação à não ser esperar e rezar.

- Morte, minha deusa, se me permite um comentário, esse seu reino é um tanto que estranho... Se me desse um trabalho poderia colocar as coisas em ordem por aqui... Mas pra isso preciso ainda estar inteiro, sabe...

E eis que escuridão vira luz e sem explicação estavam a voar nos céus de algum lugar, na altura das nuvens. Imediatamente levantou uma das mãos para segurar o chapéu, a coisa mais fácil de cair naquele momento. Vax começou a se agitar, estava dando indícios de que algo aconteceria. E como queria que ele estivesse errado.

Sem aviso e de forma abrupta a gravidade volta a atuar, sentindo o vento forte contra o corpo. Se fosse apenas seu corpo e roupas, não seria um grande problema, era feito apenas de ossos, não pesava tanto,mas seus pertences sim faziam um peso extra, o que seria tão perigoso para ele quanto para o resto do grupo. Olhou novamente Vax e viu que ele tentou gritar algo, mas o vento ecoando dentro de seu crânio mal deixava ouvir os próprios pensamentos. Restava então apenas uma opção: esperar o chão chegar...

- jeito de morrer número 549: queda livre ao ser teleportado para o céu...


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Mensagem por Pacificador Dom maio 15, 2016 2:28 am

Aprendendo. Olhou para a floresta confiante, então sentiu primeiro as pernas, algo esta errado pensou, quando já estava com as pernas tremendo, tenho que correr lembrou, mas só naquele momento tinha percebido o estranho. Visão falhando, estava lutando internamente para se mover, então sentiu o pescoço. Ergueu a mão, mas moveu apenas um palmo até o peito quando caiu de joelhos. Balbuciou sua frase. - Quem é você.- Ou pensou em fazer, então ouviu a queda, ele mesmo caindo.

Escuro, escuridão, preto, sonho? Dia bonito, limpo e sem nuvens, reconheceu a energia; a mesma de quando estava voando. Sentiu a calma do local e sentiu quase como se  estivesse no olho de uma tempestade, imaginou é claro. Então um som da caverna logo ao seu lado. Respirou fundo e seguiu para ela. Desceu pisando em ossos que estalavam, sentiu o cheiro de morte, decadência. Seguiu até o fim. Então o brilho de ouro e uma voz, guiou o olhar até o corpo reconhecendo o rapaz, simplesmente sabia.  

Ele assentiu para o rapaz, queria lhe dizer – Sinto muito.- Mas não conseguiu falar ou apenas não queria realmente. Ficou ali estudando o corpo do rapaz enquanto estremecia, Aquilo era uma descarga elétrica. Então quando ele percebeu, já estava próximo do Trianguli. Era uma peça única; Ouro e uma atração que para o homúnculo era sobrenatural, mesmo ele estava atraído por aquilo.  

Novamente ouviu Joe, então pelo canto de olho percebeu o que ele apontava, algo. Virou o rosto e paralisou. Simplesmente si sentiu pequeno e descobriu que aquilo que coçava em seu coração era medo. Fugir. Sim, sair dali o mais rápido sem olhar para trás e pedindo para que aquele criatura não o perseguisse. No entanto, mesmo se sentindo inferior o homúnculo também o estava avaliando, não encarando, mas analisando com um olhar perspicaz de um alquimista.

Então olhou para Joe com compaixão, mais uma vez queria dizer; Sinto muito. Mas na verdade não sentia, não sabia o que sentia, mas dessa vez falou, não se  importou se aquilo era um mero sonho ou se ele não iria receber a mensagem. - Vou voltar, enterrarei você... - Então viu as asas, despertou.  

Canto e outros sons, piscou rápido, abriu e fechou os olhos diversas vezes, cabeça doendo, olhos estranhos. Estava nu em peles, não importava, não tinha algo como vergonha, usava roupas para manter o ensinamento dos guardiões e também o calor de seu corpo, mas aquilo o incomodava, quem tirou suas roupas? Sentiu a mão direita, então olhou para a cuia com o liquido vermelho, sangue? Ergueu a mão esquerda e tentou uma reação de concordância, um truque de alquimia, era seu sangue? Lembrou de ter sido alvejado por um dardo, se lembrava vagamente qual era o proposito de tal arma.

Olhou para a pessoa agachada ali, não percebeu ele, bom. Tentou engatinha para próximo da pessoa, não um ataque, um abraço, talvez, mas na realidade queria apenas ergue a mão esquerda até a nuca da pessoa, não tinha como saber como seu corpo estava, mas queria tentar. Ao fim da tentativa ficou em silencio por um longo tempo, tinha que organizar as ideias, cabeça ainda doía, olhos também, Mas não perdeu o proposito daquele movimento. -Morgan, Sagno, morreram? Preciso de pessoas. - Proferiu, sua voz normalmente tremendo ao falar aquilo, continuou firme no aperto e em silencio.

Estava levando um grande tempo para pensar e responder, de fato o sonho ainda o assombrava e se misturava com suas prioridades de agora. Um demônio? Um deus? Ele tinha entendido que a criatura era demasiadamente familiar, forte, voava e detinha poder sobre a eletricidade, tempestade, imaginou, nada bom. Um filho da tempestade, mais original que o homúnculo, ergueu a mão direita até cabeça, voltando o foco para o agora. - Veitie? - Ficou calado, se confirma-se soltaria, se não continuaria apertando, então perguntaria. - Quem é você, quem são vocês -
Spoiler:

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Mensagem por Hummingbird Ter maio 17, 2016 10:52 am

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No fim das contas nem um abraço eu tive. Era como se ela estivesse e não estivesse ali. Por um momento senti um aperto, sem saber explicar ao certo o motivo...

— H-Hm? — Fui abrindo os olhos, ainda meio atônito, ao perceber que tinha-na atravessado. Um arrepio esquisito me pegou na espinha, me fez tremer todo. Não era medo, era outra sensação. Virei meu rosto buscando encontrar aquela mulher, admito que com certo medo que ela tivesse desaparecido, até perceber que na verdade ela ainda estava ali. Sua voz abrandou meus ânimos. Respirei fundo, ainda sem entender muito bem o que estava acontecendo. E então vieram as perguntas.

Por que ela estava tão preocupada com essas questões? E quanto a mim? — Isso me fez perder o fôlego por mais alguns segundos.

Demorei pra retomar consciência, olhos divagando num horizonte que só eu podia ver, ali no chão mesmo.

— É uma longa história. Ifrit e eu acabamos brigando, mas depois eu descobri que não foi culpa dele. E então eu vim parar aqui enquanto ele ficou lá. — As palavras saltavam da minha boca quase que no automático, como se a mente estivesse em outro lugar. E estava. — Depois me encontrei com meus amigos, o gigante Ho, o amigo Sollrac, Bones amigo-osso... e Ball, o outro garoto. — E então uma breve parada. O nome de Ball me fez erguer o rosto, minha expressão mudou novamente, agora com cara de quem lembrou de algo muito importante. — É verdade! Ball está desaparecido já faz um tempo. Você sabe onde posso encontrá-lo? — Indaguei para a mulher, mas involuntariamente meus olhos buscariam os de Cyrus também. Ele sendo um dragão que sobrevoou tudo isso aqui, talvez lembrasse de um garoto como Ball perdido por aí. Era um garoto afinal. Acho que deve ser bem diferente das criaturas que encontramos por aqui certo?

— Arrhhh! Isso tudo é muito confuso. O que você fez comigo? Desde que vi os seus olhos nas memórias do Cyrus, eu não consigo parar de sentir essas coisas. Eu nem sei o que é isso direito, mas isso dói, me traz falta de ar... — Murmurei entre um sorriso e outro, como quem não compreende aquilo que fala e tenta disfarçar com um certo humor. Minha inocência, não é? Ifrit sempre dizia isso. Sou inocente demais pra compreender as coisas. E vejam só que curioso, o céu estava quase tão verde quanto os olhos de Cyrus, que coisa bonita...

— O céu daqui é mesmo muito bonito. Diferente de tudo que eu já vi, assim como Cyrus. — Se pudesse, me aproximaria do dragão tentando não lhe oferecer perigo, apenas para que pudesse encará-lo nos olhos mais de perto. Como que numa outra espécie de contato, mas sem nenhuma segunda intenção. A sensação de estar ao lado dele sobressaía aquela aflição que me atormentava quando eu pensava nos olhos da mulher. — Me desculpe por aquilo mais cedo, amigão. Eu ainda não sei usar muito as minhas habilidades... — Murmurei, esperando alguma aprovação do Dragão.

— Mas e você, o que faz aqui no tal Submundo? Nas memórias dele eu tive a impressão de que você estava desaparecendo... — Engatei uma pergunta para ela, que aos poucos foi me deixando meio desajeitado. Desviei o olhar por um momento, pensativo. Em seguida, uma súplica; — Por favor, não vá. Não agora. — Disse.

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Mensagem por Knock Qua maio 18, 2016 11:32 pm

Bones foi, andou até se encontrar com o bicho, fiquei esperando a hora de atacarm sofrendo om as lembranças do maldito gosto, cheiro e decisão do passado... Esperei o pior para socorrer o companheiro de equipe, mas nada aconteceu. Ficaram se olhando e se olhando... até que o bicho vermelho recuou e voltou para perto dos outros. Bones voltou devagar e decidimos ir embora e eles ficaram lá... Pareciam seguir à distância, mas com o tempo sumiram.

Elogiaram o ossudo e perante a explicação que deram, eu também agradeci e elogiei–Bom trabalho, cara, valeu!—Acho que elogiei mais porque não queria er de lutar contra aquilo novamente e porque a única coisa que tinha era o fogo, o qual não nos seria muito útil. Enfim, Que bom o trabalho do grupo estava bem.

Andamos e o negócio foi ficando normal. Nada variava naquele deserto sem dunas e com pouca areia e vento. Fomos andando e todos pareceram meio lentos... Senti raiva da minha lentidão e da lentidão dos outros, mas continuamos caminhando até que houve um tremor de um trovão debaixo dos nossos pés. Olhei assustado para os lados buscando algum inimigo, como aquele que tinha nome de mulher... “Qual era mesmo o nome dele? Sofia? Monique?”, mas não havia ninguém. Tentei pular para o lado, enquanto o chão se abria, mas eu estava lento e acabei pulando para dentro do buraco, pensando “puta bosta”

Não sei o que aconteceu. Minha cabeça deu uma volta e fiquei confuso. Entrei na terra, desci, subi... e depois tava caindo do céu e todos estavam ao meu redor. Ficou um tempo tranquilo e depois um choque com o ar, como um ricochete, meus braços foram pegos sem minha precaução. Demorou uns segundos para eu ver o que estava acontecendo. Foi quando percebi que estávamos caindo, passando pelas nuvens que só causavam impressão na visão, pois não pesavam, então Vax pareceu falar algo, mas não entendi nada.

Então forcei meu abdome a fim de que a minha queda fosse mais aerodinâmica, assim, eu poderia me transformar em algo e aproveitar para tornar o resgate da equipe menos traumático possível, então veio a mente me transformar em uma águia às minhas proporções, pois achava que seria mais fácil alcançar alguém que não fosse alcançado de primeira, então assim fiz.

Mirei quem estavam mais perto de mim, enquanto ainda estava caindo, forcei os músculos para me posicionar e me transformei rápido. Então tentei me aproveitar para pega-los com as garras e o bico, tentando pegar em algum lugar que não machucasse, mas machucaria se não houvesse outra opção, esperando que tivessem a consciência se ajudarem, talvez se agarrando a alguém... Nesse momento pensei que fosse esse o plano de Vax.

Depois de pega-los, abriria as asas progressivamente, batendo-as, a fim de não quebra-las com o impacto somado ao peso que carregaria e diminuindo aos poucos a velocidade, até que eu pudesse me adaptar ao voo e buscar fazer um pouso o mais adequado possível. Não seria tão fácil, mas era como fora dito “Se demonstrarmos fraqueza...”. Sim... Peguei aquilo para mim e não apontava os dedos para Nic... Mic.


>Off: Gm, habilidade 2 novamente, Perdão o post curto. Acho que deu para ver os principais pontos. A parte do aerodinâmico é de cabeça para baixo, perpendicular ao solo<

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Mensagem por NR Sérpico Dom maio 22, 2016 12:45 am

20. Cão

— O que mortos especiais como vocês estão fazendo, saindo de anomalias do espaço? E ainda por cima com um arquivista da Antessala da Morte?

Quem perguntou isso foi a loira de armadura completa. Ela segurava a espada bastarda como se fosse um bastão, apoiada no ombro. De suas costas um par de asas despontava. Olhava Ho com curiosidade. Na mão livre, carregava o chapéu do Bones, que havia voado de sua cabeça. Jogou o chapéu para ele. Fitava os três mortos, pois eram os únicos capazes de responder suas indagações...

Antes disso Ho pensou tão rápido quanto a velocidade do chão, que corria até ele. Se tornou ave grande, explorou até onde deu a envergadura das asas na tentativa de salvar o grupo inteiro. Bones estava conformado e pronto para aquela queda destruidora de ossos, mas aí viu as asas e se agarrou como pôde.

Sollrac, já livre das marcas de queimaduras, fez o mesmo. E Aurélio também. Mas Vax não.

Eu vi quando ele tentou, mas simplesmente não alcançou. Ho já estava perto demais do solo para arriscar os que tinha salvo por Vax. De modo que o pálido careca se esborrachou. Foi pura falta de sorte. Todos tiveram essa percepção, de que Vax se chocou no solo. Mas se olhassem para onde ele deveria estar, iriam encontrar só suas roupas e um tecido branco esquisito, parecido com a pele dele...

Aquilo foi curioso. Não o Vax, ele que se dane. Estou falando do fenômeno... Normalmente algo assim não seria capaz de me levar junto e no entanto foi o que aconteceu. Pela primeira vez me senti, literalmente, ancorado neles. O que foi aquilo?

Mas voltando ao grupo: Ho bateu as asas firmes, barrou a queda, mas não tinha como manter todos preso a si, de modo que na hora daquele baque definitivo das asas para impedir a destruição por gravidade, Aurélio escapou da pegada, caiu e deve ter batido com a cabeça, pois ficou inerte. Sollrac também rolou no ar e despencou, mas não se machucou. E o chapéu do Bones saiu dançando alto.

E tinha também o Mic, desaparecido.

E então, não mais. Pousou, todo tonto e com o estômago revirado, depois de ser pego no ar pela mulher loira. Caiu e ficou regurgitando as tripas. Não conseguiu agradecer. E a mulher pareceu esquecê-lo, focando em Ho e Bones e Sollrac.

De modo que voltamos ao momento em que a mulher pergunta aquelas coisas lá. Não parecia ser indagações de uma autoridade que exige saber. Não, parecia mais curiosidade. Antes de perguntar, ela deu uma boa olhada no grupo, identificando, pela roupa, um arquivista. E identificando, não se sabe como, a "mortalidade" especial dos outros três.

Ela tornou a olhar bem cada membro do grupo, como se procurasse alguém especifico.

Quem olhasse para o céu, veria as três estrelas que iluminavam o mundo. Céu verde. Dia bonito. Para o grupo, fora noite há coisa de cinco segundos.

Logo ali perto, viam uma serpente sinuosa e prateada pregada no solo rochoso: uma estrada. Sumia lá no leste (leste?) e no oeste (oeste?) ela parecia passar perto de um casarão enorme do qual só tinham uma vaga impressão de seu formato.

A mulher olhava para o céu, para os lados, subitamente pouco interessada no grupo, mas ainda ali, sinal de que ainda queria ouvir algo deles.

***

Balltier realmente pegou a menina de surpresa, de modo que ela deu um grito curto.

Lá fora, os cantos pararam.

— Sim, Veitie. Eu sou Skarla. Somos... somos os Veitie.

Apesar do susto, ela não se moveu ou reagiu mal. Balltier tinha pego ela pelo pescoço, atrás. De modo que o máximo que ela fez foi virar um pouco a cabeça, para que Balltier lhe visse e versa e vice. Sobre seu colo, uma cuia com cascas de algum fruto ou mesmo pedaços de alguma árvore, triturados, formando um pó cinzento.

Com a soltura da pegada, ela se empertigou e tentou ficar de frente pra ele. Morena, com marcas tribais na cor azul numa das bochechas, descendo pelo pescoço. Seus olhos lembravam mel.

— Você não é um prisioneiro — ela garantiu, com a voz um pouco mais firme.

De repente a tenda se moveu e mais luz entrou, com tudo, como que um ataque direto aos olhos de Balltier. Um homem apareceu, vestido em peles animais. Ele olhou, como que só pra constar que Balltier estava desperto, e aí sumiu de vista, a tenda voltando a fechar e ficar menos clara outra vez, obrigado.

Se Balltier tivesse que apostar sua vida, ou sua sobre vida, diria que já tinha visto aquele homem: era um dos caçadores em meio aquele bando que o abordou, assim que chegou na Pérola.

— Você se sente bem? — Skarla perguntou. — Você parecia doente... e não era por causa do dardo envenenado. — Como que em tom de desculpa: — Aquilo deveria fazer você dormir, só. E não... ter delírios e alucinações. E... Sagno? Seu amigo? É seu amigo? Ele disse que era... um teste.  

***
 

Sean foi falando e a mulher foi tentando acompanha-lo. Parecia estar conseguindo. E a primeira coisa que escolheu para dizer foi isso:

— Mas nem sempre é assim.

Sobre o céu.

Sean se aproximou de Cyrus, que não recuou nem nada. O bicho baixou a cabeça pra perto, seus olhos indo dela pra ele. Algumas piscadas, depois ele ergueu um pouco a cabeça e tornou a ficar de prontidão. Talvez tenha entendido. E talvez tenha dito que estava tudo certo.

Nesses movimentos que fez, Sean teve a impressão e ver um brilho lá longe. Como se fosse alguém com um espelho, sinalizando, aparecendo no seu canto de olho. Mas foi uma vez só. Numa direção aleatória, no meio da neblina, lá pra baixo.

A mulher:

— Sinto muito... — e aí parou. Sua voz ficou um tanto mais firme, e ela afirmou de uma vez: — Sean, eu já me fui.

No silêncio, alguma coisa ganiu, lá longe, o eco chegando fraco até eles.

— Você é meu filho. Por isso fui capaz de achá-lo. Por isso Cyrus foi capaz de achá-lo. E você é o único capaz de me ajudar... Eu não pediria sua ajuda se não fosse minha última chance, preciso que saiba disso. Tentei tudo, tentei outros.

A neblina era forte, mas numa outra construção, vizinha do castelo onde estavam, foi possível ver uma sombra se movendo. Se revelou como um cachorro grande e preto, era o máximo que a neblina permitia ver. Ele sentou, pôs a língua para fora e ficou olhando para aquela reunião no terraço do castelo.

— Vamos para um lugar mais privado — ela disse, quando viu o cão. — Vá com Cyrus, Sean. Segure-se firme.

Ela sumiu, entrando na pedra do castelo. Cyrus baixou o pescoço para que Sean subisse e, quando o fizesse, levantaria voo. O voo seria curto, mas não foi exatamente por isso que o menino não prestou atenção no itinerário: distraiu-se, no ar, com o brilho lá longe.

Cyrus parecia não ver.

Sinalizando. Sinalizando. Chamando.

Aquele brilho deve ter afetado algo dentro de Sean, de modo que ele soltou a pegada, sem querer e por um instante. Quando piscou de novo, estava flutuando no ar, caindo. Cyrus soltou um som, manobrou e pegou Sean no ar, mas perdeu a noção do espaço e se chocou de leve com algum totem, acabando por optar pelo pouco forçado. Deixou Sean no chão, como que para saber se ele estava bem.

Chão de pedras simétricas, rua pavimentada.

Aí, na neblina, dois ganidos ecoaram.

De um lado apareceu um cão negro, quase do tamanho de um cavalo. Algumas partes do seu corpo pareciam soltas, retalhadas, apodrecidas, mortas. Metade de sua cabeça estava em carne viva. Em um de seus lados, os ossos de suas costelas estavam visíveis. Mas ele caminhava todo vivo, na direção do dragão. Cyrus se virou para ele, como que lento em percebê-lo. Ficou de guarda, mas só, pois seu objetivo de certo era sair dali com Sean.

Iria fazer isso, em breve. Mas tinha um segundo cão, vindo por trás. E, não se sabe o porquê, esse cão Cyrus não percebeu. Mas Sean sim.

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Mensagem por Hummingbird Ter maio 24, 2016 6:47 pm

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Então alguma coisa aqui dentro sussurrou, como se viesse de muito longe. Eu podia até chutar que foi uma resposta para seja lá o que for aquele brilho irritante que chamava tanta atenção. A voz vinha de longe, eu não conseguia compreender o que dizia mas eu sabia de quem era e sabia o que significava. Era como um; "— Eu avisei. "

Durante a conversa eu perdi as palavras. Não obtive resposta sobre Balltier. Mas a resposta que eu procurei por toda a vida, tinha agora. Ela era mesmo minha mãe. A tal Lyra. Mas como uma faca de dois gumes, meu alívio veio de mãos dadas com a aflição. Ela estava morta então, é isso? Foi difícil acompanhar as informações. Ela ainda falou sobre precisar de minha ajuda, sobre eu ser o único capaz de ajudá-la. Imediatamente me passaram lembranças do que foi dito nas imediações da Antessala da Morte. Nos foi proposto que poderíamos trazer algo deste mundo para nosso mundo não é? Não é!?

Perdido em pensamentos, somente aquele brilho cintilando meio longe é que me despertara. Sem mais, mamãe disse que precisávamos seguir para outro lugar. Pensei em pedir para ir com ela mas, pela maneira como as coisas seguiram, eu não tinha essa opção. Meio sem entender, subi no pescoço de Cyrus e levantamos voo. A última coisa que vi foi ela sumindo, entrando na construção de pedra e nas sombras. Depois quando virei pra frente, vi aquele brilho outra vez. Clamou, reiterou, quase posso dizer que acompanhava uma sensação esquisita de algo bem aqui no fundo queria responder. Lá bem longe, tão distante que eu não conseguia entender exatamente onde era. Mas insistiu. Tanto que eu perdi o controle, soltando as mãos e forçando Cyrus a manobrar com toda sua magnitude pra me capturar ainda no ar. Admito, deixei um sorriso escapar.

— UFA! — Disse quando retomei o fôlego, ainda meio sorridente. — Você é mesmo habilidoso heim? Aliás, me desculpe. Acho que me distraí um pouco. — Expliquei em seguida o motivo da queda. Infelizmente não houve mais tempo para confraternizar com o dragão. Não estávamos mais sozinhos. Aquele mesmo ganido que ouvi outrora, agora ecoou de novo. Sorrateiro, avançou através da neblina até tomar forma. Eram duas criaturas. A primeira veio no campo de visão de Cyrus, mas eu ainda não tinha certeza se ela oferecia perigo ou não. Já a outra veio por traz, estranhamente percebi que Cyrus não viu. Que esquisito, um dragão tão grande assim não reparou naquela coisa preta chegando e ganindo?

Bom, o que custa confiar na minha intuição? Ela já me garantiu a inocência do dragão, então talvez pudesse me ajudar agora.

— Cyrus, vamos com calma com esses dois tudo bem? — Iniciei, lembrando-me do que o Dragão era capaz quando reagiu aos ataques de meus colegas de grupo aquela hora. Não queria arriscar que ele incendiasse tudo e eu sequer entendesse o motivo daquelas criaturas estarem atrás da gente. Fiz questão de enfatizar também a presença de DOIS e não um só. Se o dragão era mesmo tão inteligente quanto Aurelio mencionou na caverna, talvez entendesse o que eu quis dizer. Então tomei a dianteira da segunda criatura que vinha por traz de Cyrus, tentando cobrir a retaguarda do dragão.

— Eu vi quando piscaram aquela hora, na outra construção. Vi a sombra de algo parecido com vocês. Precisam de alguma coisa? — Falava com inocência, realmente curioso pra saber o motivo da presença deles. — Eu só não sei se vou poder ajudar. É que sou novo aqui, não conheço quase nada, entende? — Cochichei o final, meio sem jeito, enquanto coçava a nuca com a mão direita.

No menor sinal de perigo, minha confiança foi depositada em minhas habilidades; uma junção de meus reflexos com meu poder de Levitação talvez fosse o suficiente para desviar de algo. Enquanto Cyrus? Bem, ele é um dragãozão né? Acho que ele sabe se virar.

Obs:

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Mensagem por Knock Ter maio 24, 2016 7:19 pm

Minha intenção era ter pego dois com as garras, que a minha transformação me concederia, e que eles tentassem pegar outros, porém o que aconteceu foi diferente do meu plano... Creio que eu não tenha sido eficaz por conta da minha pressa e desorganização... Bem, se houver uma outra vez, talvez dê para fazer melhor.

Bem, tentei ficar de cabeça para baixo para aproveitar qualquer tipo de força resultante da minha transformação, mas o chão se aproximava de maneira tão rápida que nem conseguiria ter mais tempo de ração, então me transformei em uma ave proporcional a mim e com isso todos tentaram se agarrar às asas. Talvez eu pudesse ser mais eficiente com isso, como disse... Eu só não queria que... morressemos? Engraçado. Talvez servisse por hora, mas era certo que poderia ser melhorado.

Me estiquei, já que era difícil virar para pega-los com as garras e a envergadura parecia suficiente para alguns. Se todos tivessem colaborado uns com os outros talvez acontecesse melhor também, mas eu entendo o sentimento em um situação daquelas, visto que se eu não tivesse esse recurso... bem... eu estaria morto morto (HSUAHSAHSAUH)... Mas eu nem estava pensando nisso... Eu estava pensando como aquele mundo era estranho: Abriu um buraco no chão e fomos cair... do céu... Talvez um tipo de mágica daquela terra? Ou uma das coisas que é procurar não entender? Enfim, parei de pensar, pois talvez eu ficasse louco. Mentira, mentira. Parei de pensar quando vi aquela linda...

Se agarraram nas minhas asas e tentei bate-las sem que eles se machucassem, mas não deu. O chão estava se aproximando mais e as bati forte... Eu nem sabia que sairia com tanta força, mas jogou uns para um lado, outros para o outro e no fim pousamos desajeitados e um pouco machucados, depois fui ver se Aurélio estava bem, pois não se mexia... Será que aqueles que “apenas existiam” poderiam morrer?! Me preocupei com ele, assim como com os outros... Até com Vax... que não tinha conseguido pegar nas asas e... só sobrara as peles dele... talvez nem fosse ele lá conosco... Qualquer hora ele manda outro... Pelo menos Mic... estava... estava lá! Vomitando atrás da mulher.

Nunca havia visto alguém como ela: Pareceu imponente e forte. Possuía asas, como as de uma ave, era loira, trajava uma armadura completa que recobria boa parte do corpo com grande quantidade de detalhes. Fui levado a pensar na existência de seres que habitavam o paraíso. Será que existiam?! Desconfiei e virei a cabeça instintivamente ao analisa-la... Ela parecia ocupada, como se estivesse passando e de repente caíssemos do nada. Talvez eu devesse ser grato a ela por ter socorrido parte do grupo... Mas não consegui baixar a guarda. Voltei a minha forma normal com a pergunta direcionada a nós, pois eu tinha de economizar forças.

Enquanto vivo, no exército, eu só havia visto demônios e outras raças não amigáveis no contexto paramos para contemplar o belo... Muitas vezes sujávamos as mãos como tudo aquilo... Mas o fato é que até aquele momento reparei cada detalhe que me era possível ver com os olhos daquela ave na qual havia me transformado. Estávamos em uma missão, então não cria que fosse importante revelar a qualquer um.

Ela estava interessada no nosso objetivo; ela sabia que éramos “mortos especiais” e que estávamos com um arquivista da antessala da morte, então talvez ela trabalhasse em um dos sete departamentos que me fora falado instantes, horas ou dias atrás. Porém havia outras “pessoas” naquela terra e um sistema social que eu não conhecia, então desconfiei de Mic ali colocando as tripas para fora sem poder falar algo... Talvez fosse frescura minha, coisa que tinha certa desvantagem... Hm... Defeito talvez, mas precaução e lado negativo se dão bem quando pesados algumas contas. Enfim respondi levando as mãos à cabeça e com um sorriso jovial que confesso não corresponder à minha forma natural, mas ainda sim respondendo naturalmente não deixando meus pensamentos se mostrassem:
—Mortos “especiais” para trabalhos normais... Mas a anomalia aí... — Dei a entender que não sabia com uma expressão facial e uma jogada leve com os ombros e antes que ela fosse embora, já que parecia ter trabalho a fazer, chamei a atenção dela—Mas a senhora poderia nos informar onde estamos? —Fiquei esperando resposta olhando aquela espada que me havia parado de pensar tanto momentos antes. Parecia não ter peso nas mãos daquela mulher. Pensei como deveria ser lutar contra ela. Como seria se eu tivesse aquela arma.

Perante a resposta, planejava reunir o grupo para voltarmos a direção da missão... eu esperava que não ficasse mais longe do que já estava antes, mas até que ponto a sorte nos acompanharia? Essa era a questão, mas esperar coisas boas não era ruim. Depois eu perguntaria a Aurélio quanto tempo ainda tínhamos... Coisa que já estava me preocupando

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Mensagem por Pacificador Seg maio 30, 2016 11:33 pm

Então era assim. Quantos dias estava ali? Veneno, era algo novo para ele, seu dom não havia sido ativado, de fato para referencia futura ele deveria levar isso em consideração.

Balltier fechou os olhos com força, era tanta coisa para considerar em tão pouco tempo. - Skrata? - Repetiu abrindo um pouco os olhos. Na realidade ele sentiu confiança nas palavras da garota, em não ser prisoneiro. Então a tenda foi aberta, mais luz contra ele, ergueu a mão para tampar a maior parte, reconheceu apenas um pouco da pessoa, predador? Pensou um pouco mais se era ele mesmo, ao menos não tinha ido tão longe como pensava.

Então a garota começou a falar novamente, levou um pequeno momento para Balltier responder. - Então aquilo foi uma alucinação... - Destacou não querendo acreditar nas palavras da garota, foi tão vivido aquele lugar, tão esclarecedor que dado ao momento era difícil para ele acreditar nela.

Então olhou em volta, como se ela tivesse contando algo que não deveria ter dito, não tinha como voltar atras agora. - O que é um filho da tempestade? - Rebateu a pergunta sem pensar muito, então complementou com as respostas - Teste de confiança; ele esta bem? - Tentou soar convincente, não estava em seus planos ser capturado logo depois de ter dado uma solução temporária para Sagno, agora tinha de tomar responsabilidade por aquilo, não gostava, de como isso soava em sua cabeça mas tinha de ser feito.

Esperou pelas respostas e continuo. - Eu vim do céu como um raio de luz. - Apontou para o teto da cabana, tentando dizer; Não tem como ele ser meu amigo tão rápido. - Cuidei dele e fiz o possível para que ele vivesse...-

"Teria ido mais longe se não fosse por ele, vocês também devem a ele."

- Sim, ele é um amigo. - Concluiu suas respostas. Agora estava na hora das suas. - Quem é você Skrata? A pantera Luz. A minha vinda aqui... Morgan o homem gigante que pediu para eu correr. Qual o motivo? Todos com que me deparei até agora pareciam saber algo, alguma coisa que eu não entendo.- Parou só agora tinha se lembrado do cântico do lado de fora.

- Foi você que tirou minhas roupas, né? - Na realidade não precisava perguntar sobre isso, mas achou que era normal ao menos ela responder isso. Olhou para mão enfaixada e seu propio corpo nu, meio que incerto de como deveria sair dali, e se deveria, e temia se saísse todos estariam de joelho novamente, que tipo de milagre eles queriam?

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Mensagem por NR Sérpico Qua Jun 01, 2016 12:02 am

21. O milagre(iro) que eles queriam

A sequência das falas de Balltier vez Skarla franzir o rosto, tentando acompanhar com acenos de positivo.

— Um Filho da Tempestade são seres poderosos que surgem do céu, em meio tempestades. — Depois ela disse que Sagno estava bem, se recuperando. E quando Balltier afirmou ter vindo do céu, ela abriu bem os olhos. — Então é verdade?!

Balltier continuou falando e Skarla se virou, o ignorando e, com um pano, pegou a cuia sobre a grelha na fogueira. Ofereceu para Balltier:

— Isso vai te acalmar um pouco. Acho que você está um pouco agitado.

No interior da cuia, um líquido quente, meio avermelhado e sem cheiro. Ela se virou, pra arrumar os outros recipientes, de modo que Balltier não ficou debaixo de pressão pra beber aquilo. Se bebesse, não sentiria nada de especial. Parecia água, exceto pela cor. Ela disse:

— É Skarla, não Skarta. E eu sou aprendiz de —

— Ele está pronto? — perguntou uma voz de fora.

Skarla hesitou, olhou para Balltier e disse:

— Sim, ele está! — Ela se levantou, pegou roupas num canto, uma espécie de robe feito de fios de lã. Deu para Balltier. — Vista isso.

Lá fora, ao longe, pessoas conversavam. Balltier escutou o som de uivos seguidos de um rugido gutural.

Skarla:

— Nosso Grande Pai deseja vê-lo. — E com isso Skarla se levantaria, esperando que Balltier também ficasse de pé, se arrumasse e saísse da cabana acompanhado dela. — Você vai entender, prometo.

Assim que saíssem da cabana Balltier seria atacado por olhares silenciosos e atentos. Não estavam abaixados em veneração, como no primeiro encontro, mas também não estavam disparando dardos nele, como no segundo encontro. Eles não eram muito distintos daqueles caçadores, com a diferença que dessa vez Balltier via crianças, idosos e mulheres. Morenos, negros. Tatuados com marcas tribais. Nenhum deles tinham alguma coroa de caveira animal.

Eles estavam enfileirados, uns trinta a direita, uns trinta a esquerda, formando um corredor por onde Skarla caminhava, guiando gentilmente Balltier até o altar, ali perto, ao fim do corredor humano.

Balltier estava numa enorme clareira cercado por floresta e com uma montanha no horizonte próximo. A luz dos três luminares celestes era forte, o céu de coloração verde completamente livre de nuvens.  

— É bom vê-lo acordado. Bem-vindo ao seio do clã Veitie. — disse o homem no altar, sentado numa cadeira toda incrustrada de pérolas roxas. Ele tinha um colete de peles que deixava o peito amostra, marcas tribais desenhadas por todo o peitoral e pelos braços amostra. Pele negra, porte atlético. Um homem de meia idade que aparentava menos idade do que realmente deveria ter. Sua barba era grisalha e sobre a cabeça, a caveira de um animal grande repousava em sinal de importância. Talvez fosse a caveira de um urso patriarcal.

A caveira fez Balltier lembrar do sonho... Errou o passo, não saberia dizer o porquê. Skarla o segurou firme e não deixou que caísse.

Alguém ao longe deu uma risada breve e Balltier percebeu que havia um pequeno grupo, separado, que aparentava não fazer parte da cerimônia de boas-vindas, mas que ainda assim observava tudo com atenção. Quem riu foi um jovem adulto, que também era coroado por uma caveira de pantera ou outro felino, o provável líder daquele grupo de mais ou menos 20 caçadores.

— O Filho da Tempestade precisa de uma bengala — caçoou o jovem, baixo, mas por causa do silêncio, ficou fácil de escutar. — Skarla enfim tem um propósito.

Seus amigos caçadores riram baixo.

O homem da cadeira olhou para o jovem, e este ficou quieto e engoliu o sorriso, mas não recuou dali com seu grupo.

Aí Balltier foi bombardeado com mais percepções. Viu que além daquele grupo de caçadores, havia outros, pelo menos uns três. Do lado oposto, enxergou mais uns dois — sendo que um desses era aquele que o abordou primeiramente na mata. A pantera Luz estava deitada aos pés do Predador da Caverna. Este, quando encontrasse os olhos de Balltier, faria um aceno duro, como a encorajar Balltier a continuar.

Foi o que o homúnculo fez, mais por causa de Skarla, que continuava lhe guiando pelo braço.

O homem sentado na cadeira perolada se ergueu.

— Eu sou o Grande Pai dos Veitie e você é o meu convidado — ele disse.  

Muito além da cadeira no altar central daquela clareira, lá atrás, quase no limite da mata, Balltier enxergou outras cabanas e enxergou alguns totens erigidos, quase do tamanho das árvores.

Num desses totens, viu Morgan amarrado, amordaçado, desacordado, com a pele do peito e da barriga recheada de cortes superficiais, porém numerosos. Boa parte do seu sangue já estava seco sobre a pele — a tortura não fora recente.

— O clã te recebe! — trovejou o Grande Pai, roubando de volta a atenção de Balltier.

Ao que todos os enfileirados rugiram um gutural “ROAR!” de saudação animalesca.

Depois, o Grande Pai se sentou novamente e:

— Um grupo dos meus caçadores — E olhou brevemente para o Predador da Caverna. — afirma que você, meu hóspede, é um legitimo Filho da Tempestade. Isso seria realmente muito bom pois parte de nós esteve, nos últimos dias, rogando aos deuses por um Filho da Tempestade. E precisamos saber se é você aquele que escutou as preces. Se é você que irá sarar a terra e o mar. Se é você aquele que sabe... sobre o ouro sagrado... — Pausou, continuou: — Você é essa pessoa?  

E todos olharam Balltier.

***

A intuição apontava para todos os lados, como que indicando certa hostilidade na neblina e não especificamente nos cães.

Quando Sean mencionou o segundo cão, só então Cyrus olhou para trás e o percebeu ali. E se não fosse Sean assumir a postura na retaguarda, o cão certamente teria aproveitado o instante de surpresa para se atirar no dragão. Ante Sean, ele parou.

Mas só por um instante.

Conversar com o cão não deu retorno e aí Sean percebeu com antecedência o encontrão endereçado à ele, junto com uma possível mordida. O cão avançou, ignorante. Ou não compreendeu Sean, ou não quis compreender. Sua linguagem agora era animalesca, mordendo o ar, buscando Sean uma segunda vez, e este se afastou mais, sentindo o cheiro de podre que vinha do bicho.

Cyrus repeliu o seu próprio adversário, lhe derrubando com uma finta somada ao jogo de corpo, assim que fora atacado. Manteve o cão no chão e então o sobe e desce de suas garras fez um serviço rápido e com sons molhados na carcaça de órgãos podres do inimigo, que ficou inerte.

O dragão virou, ia se resolver com aquele que perseguia Sean, mas outros dois cães pularam sobre ele, do nada, obstruindo seu caminho. Cyrus rugiu, os cães rosnaram na fúria suicida. Estavam embrenhados em luta mortal no momento seguinte.

E Sean não poderia se distrair com o dragão pois, além do cão que o perseguia, percebeu, pelo canto do olho, outro se aproximando rapidamente, por um lado. E se tivesse a chance de observar o ambiente, notaria pelo menos mais seis sombras caninas rasgando a neblina até ali.

Não ia demorar para que ficassem cercados.

Aqueles cães talvez não tivessem relação com a luz estranha.

Seus latidos ecoavam pela cidade silenciosa.

Chamando, chamando...

***

— Trabalhos normais, hm? — Mas ela não pareceu realmente interessada em ser inquisidora naquele dia. — Vocês estão no Campo Gineceu, ao sul da Estrada. Pra lá — ela apontou na direção da sombra do casarão lá longe, à leste de onde estavam — fica a Casa do Silêncio. Se procuram algum morto em especifico, vão conseguir informações lá.

Ela deu uma última olhada no grupo, depois para Ho, e parecia estar pensando em como aquele grupo era diversificado.

— Obrigado moça — disse Mic, levantando o rosto pra ela. Ho percebeu que ele ainda tinha o rosto marcado, ainda desinchando, da época que levou um murro de Ho, na caverna.

Ele parecia humano e vivo demais, num mundo de mortos.

Aurélio, aliás, estava bem, despertando aos poucos, recuperado. Se alguém checasse os mapas, dele ou aquele em posse de Sollrac, se situando pela posição da Casa à leste, esse alguém saberia que tinham dado um salto no espaço de no mínimo 200 quilômetros.  

— Apenas tomem cuidado — disse a mulher de armadura. — Tomem cuidado com uma mulher, jovem, cabelos curtos negros. É uma bruxa. Uma anomalia do espaço pegou ela e um grupo que era guiado pela Estrada. Estão em algum lugar, não muito longe, mas também não muito perto. Os mortos daquele grupo são fracos demais pra oferecer qualquer perigo mas ela, bem, ainda deve ter algum poder. Se encontrarem alguém como ela — A mulher olhou firme para Ho, como se falasse apenas com ele — Apenas não a deixe falar. Corte fora a cabeça dela!

Ela pôs a mão livre dentro da armadura, na região do peito. Tirou de lá uma espécie de apito de ferro. Entregou à Ho.

— Caso a encontre — explicou. — É só soprar, eu ouvirei. Você não vai conseguir matar ela, caso ela tenha sugado os outros mortos do comboio e os guias da Estrada. Pode até conseguir, mas não por muito tempo... Então me chame.

Aí ela levantou voo, diminuindo de tamanho rapidamente na linha do horizonte. Foi para o leste dali.

Mic olhou o grupo, em silêncio. Depois olhou a Casa do Silêncio.

— Acho que vou ficar por aqui, pessoal — disse, se levantando. — Foi muito bacana essa nossa viagem, mas já estou satisfeito. — Ele fez o que pôde para limpar a poeira do corpo, recuperar um pouco de dignidade. Apontou para a Casa. — Ouvi dizer que aquele é um bom lugar. Vou conseguir abrigo por um tempo ali.

— Tem certeza? — perguntou Aurélio.

Mic pensou um pouco. Disse:

— Tenho. Ali eu posso conseguir algum guia, que me leve até o porto. Lá posso conseguir algum abrigo. E emprego. Se algum agiota me procurar, vou ter como pagar minhas dividas... — Então ele acenou um cumprimento geral e tirou o cabelo da frente dos olhos. — Boa sorte para vocês e... bom, sei que irão sentir saudades, mas peço que não sintam, pode ser?

E aí começaria a caminhar até a Casa do Silêncio. Um tanto quanto melancólico, ou apenas esgotado mentalmente.

Aurélio, assim que tivesse a chance, diria que deveria ter se passado apenas um dia, em meio ao salto no espaço. Isso mais o tempo de caminhada na Redoma e saindo dela, deveria resultar em pouco mais de 40 horas. Logo, ainda estavam com o saldo folgado, com mais de 500 horas de caça ao Trianguli.

— Acho que Vax pode nos achar — disse Aurélio, sugerindo que não precisariam ficar parados esperando por seu retorno, que poderia ou não demorar.

A Velha Carcosa estava ao norte dali. A Casa do Silêncio, ao leste.

O céu era claro como se fosse meio dia, três globos luzentes jogando luz naquele mundo de passagem. Algumas nuvens rodeavam, mas sem previsão de chuva.

— Acho que... — começou Aurélio, pensativo. — Acho que o que aconteceu, de termos vindo parar aqui... Foi o que o Vax sempre disse. O submundo está sofrendo mudanças.

E ficou quieto.

Concordo com ele.
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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Qua Jun 01, 2016 9:29 pm

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— Estranho. — Disse, enquanto escapava de um bom par de dentes fincados em meu braço.

Mas o estranho não se referia ao lobo. Estranho foi lembrar, naquele exato momento, sobre a lição que me foi ensinada pela menina bonita da floresta. Aquela sobre Herança. De repente me lembrei de suas palavras, lembrei do senhor Mic também, quando ele me repreendeu sobre a ideia de matar os irmãos. Foi estranho pensar em matar os lobos pra resolver aquilo da maneira mais simples que encontrei, mas então repensar agora que, segundo a menina bonita, matá-los talvez não fosse a solução. Não por alguma herança boba de seja lá quem for que os tenha mandado, ou por qualquer outro motivo. Somente porque sei agora que, se fizermos as contas direitinho, podemos resolver essa situação. Não é?

E por um instante esperei por uma resposta de Ifrit. De novo. O que mais me entristece é saber que sem Ifrit aqui, eu sou só meio. Não somos dois, não somos um ou outro. Somos um só. Mas agora eu não o tenho aqui. Então como resolver essa conta?

— Cyrus! — Sussurrei, cheio de mim. Tenho Cyrus, isso, isso. Mas ele estava ocupado. Pelo que notei, durante minhas esquivas, o dragão estava em um combate com outros dois animais. Um terceiro ainda insistia em ameaçar minha segurança. Eu estava conseguindo lidar com um apenas, dois então, seria muito mais difícil. Mas eu não podia atraí-los para Cyrus e simplesmente esperar que ele resolvesse, certo? Temos que fazer as contas direitinho Sean, pense, pense! Então pensei. Lembrei de imediato das coisas que tinha comigo. Uma bolsa, alguns equipamentos também. Não posso jogar as pedrinhas, sem elas não posso fazer fogo e sem fogo posso morrer de frio. Certo, então o que mais? A luneta? Bolotas, muito frágil! O fumo, o cachimbo...O FRASCO! Sim, tinha cheiro forte, acho que serve. Entre uma esquiva e outra, a intenção era encontrar o frasco com álcool, aquele que Sollrac me deu ainda na gruta, e tentar arremessá-lo na cara do cachorro. Já era alguma coisa, afinal, menos 1! As contas começam a fazer sentido então. Falta um.

Certo, agora se eu conseguir reunir todos eles perto de mim, podemos acabar com essa conta de uma forma bem mais simples. Preciso tirar a atenção deles de cima do Cyrus, é isso. Mas pode ser perigoso, como eu faço isso? Não tinha tempo pra pensar, mas eu sentia segurança dentro de mim, não sei explicar de onde. De repente pensei nas chamas do Dragão.

— Cyrus, tente levantar voo e quando eles me atacarem todos, lance fogo em todos nós! — De repente, saiu. Foi como uma ordem. Nem eu acreditei que disse aquelas palavras. Olhos arregalados, divagando, aguardando o momento de mais uma esquiva.

A intenção era; com menos um adversário, os cães se concentrariam em me atacar certo? Mas eu ainda tinha a chance de sacrificar toda minha energia em esquivas. Eu só precisava aguentar um pouco, só mais um pouco e eu estaria sozinho com Mamãe, e resolveríamos tudo. E se algo desse errado? Ah, eu já estava morto mesmo. Isso me tranquilizava, além de me fazer sorrir, cheio de entusiasmo. Estranho não é?

— Não hesite, Cyrus! Eu quero fogo! — Diria, esperando por suas chamas.

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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Knock Qui Jun 02, 2016 11:21 am

Bem, embora fosse muito importante; tivesse vários obstáculos perigosos, dos quais aqueles “que existiam” ali não pudessem participar; embora fosse muito complexo reunir as três partes do “objeto”... O cerne era normal: Buscar e reunir três partes de um objeto, como aquela história de “simples, mas não fácil”, nem afirmei com aquilo que eu era capaz de solucionar aquela problemática, como se eu fosse muito forte e confiasse nisso... Zalthar e meus conselheiros – sabedoria e conhecimento – sabiam que não era bem assim que as coisas dançavam na minha cabeça, porém respondi daquele jeito por simples precaução.

Entretanto a “mulher” ganhava meus votos de confiança com um simples jeito próprio no decorrer da situação e de suas falas... Me senti frustrado por ser desarmado com tão pouco... Não sei se foi porque ela olhava para mim daquele jeito... Poucas pessoas olhavam para mim e me davam o crédito da... curiosidade... Talvez eu me sentisse e me sinta envergonhado pensando nisso, mas pelo menos mais vermelho eu não ficaria [ba tum tsss hahah]... Ela foi explicando as coisas, fui entendendo. Ok.

“Não a deixe falar, corte a cabeça”... Olhei para a picareta em minha mão... cortar com ela seria difícil, mas já tinha tirado a cabeça de um hellhound com uma corrente, então se a hora chegasse, sei que daria um jeito... era o que eu esperava [heueheu], então ela colocou a mão em um espaço vazio da armadura – pensei que ela puxaria uma adaga e me daria he’, mas não foi isso o que aconteceu e achei graça da minha reação –, e puxou um apito de metal e disse para eu soprar se a encontrasse, pois eu não conseguiria “por muito tempo”, caso ela tivesse “sugado os outros mortos do comboio”... Hm.

Com aquilo talvez ela revelasse o propósito que a levava a estar ali. E concordei com ela, caso a encontrasse sopraria o apito o mais rápido que pudesse... principalmente se atrapalhasse a missão. Então depois de explicar mais coisas, se foi levando. Indo também o pintor, cansado dos dias. Espero que fique bem. Demos as costas. Menos um no grupo. Mais um na minha lista.

Aurélio, que estava bem, explicou onde estávamos e pela primeira vez olhei o mapa tentando decora-lo enquanto ainda não tínhamos nada para nos preocupar e enquanto ainda estava comigo... Pelo andar do tempo e dos fatos... talvez eu fosse o próximo a sair do grupo e se isso acontecesse, odiaria ficar sem rumo naquela terra... Ou se eu não fosse o próximo, talvez um outro desfalque poderia levar um dos mapas e estragar a missão. Então me esforcei para aprender... Achar algum padrão, uma comparação que me fizesse entender, aprender, memorizar. Tudo o que poderia fazer para encontrar as peças mesmo sozinho. Mesmo no escuro.

Nisso fiquei me perguntando se eu sempre encontrava a escuridão por haver escuridão em mim e por eu me recusar em aceita-la. Reflexão interessante, mas como o silêncio fora da minha cabeça estava chato, perguntei algumas coisas a Aurélio enquanto estava lá:
– Aurélio, qual é moeda daqui? Ouro e prata? – bem, essa era um dúvida minha há muito tempo, desde quando vimos Mic, na verdade e depois de mais algum tempo eu perguntaria – E quanto àquela mulher... Qual é a raça dela? Ela é como você? – depois de mais um tempo – E o que você quer se tornar dentro desse sistema? – depois de mais um tempo – Aqui é onde os mortos ficam? São divididos por essas partes? – Aquela corrente lá da sala é feita com o quê? Quando ela nos tocava, eu me sentia mais tranquilo... sei lá... – As perguntas e conversas iam esporádicas, eu julgava haver muito tempo para conversar e assim me distraia, não pensando no tempo confuso e na distância percorrida ou que faltava e acho que  grupo ia se distraindo também – Quem são os superiores com os quais vocês querem negociar esse trianguli? O que vai acontecer nessa “mudança de lugar” se não tiverem esse objeto? Você já viu? Como ele é?

No decorrer da viagem fui pensando em como o fenômeno havia nos “ajudado”... Coincidência? Não acredito muito nessas coisas que simplesmente acontecem e me ajudam, pois enquanto vivo as coisas simplesmente não me ajudavam... Será que depois de morto seria o contrário?! Não me leve a mal, pois não estou reclamando, só quero dizer que minha atenção redobrava com tantos acidentes felizes. E quando eu lembrava daquele bicho vermelho? Credo.

Falava mais com Aurélio – Sabe, na minha terra aquele bicho vermelho vem de um metal chamado de divino... Há alguma relação entre os dois? – Às vezes eu mudava de assunto abruptamente – E quem faz as armas daqui? Como aquela espada da mulher? Você conhece o Vax há muito tempo?

E assim o tempo foi passando, eu olhava o mapa regularmente a fim de decorar e ver o que eu tinha aprendido e checar como estava o progresso, acho que não demoraria para eu saber aquilo com a palma da mão.


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Mensagem por Bones Dom Jun 05, 2016 11:08 am

Silêncio.  A reação de Bones foi manter-se em silêncio e apenas observar, não que não quisesse participar, mas preferiu se abster apenas apanhando seu chapéu de volta, pois a situação estava confusa de mais. Num instante estavam num julgamento, depois numa masmorra, ofereceram um serviço, começaram uma jornada, encontraram um possível mortal dentro do reino da morte, o pintor, recebem itens estranhos, mudanças bruscas de paisagens, dragão, gosmas, terra engolindo e surgindo nos céus, Vax sumiu novamente e agora uma mulher...

Parecia que estava adormecido, em um pesadelo sem pé nem cabeça, todas aquelas informações muitas vezes estavam desconexas e estava um tanto quando corrido, uma coisa acontecendo imediatamente logo após outra. Seu silêncio era reflexivo, estava pensando e planejando, e mesmo assim não conseguia definir nada, pois se aquela realidade em que estavam estava tão caótica e inconstante assim, a qualquer instante poderiam ser sugados por um vendaval e surgirem no traseiro de um gigante.

Ho estava fazendo varias perguntas na jornada, pelo visto parecia curioso de mais e entender em menos as coisas, questionando sobre coisas pequenas e mundanas, enquanto que Bones decidiu soltar apenas uma pergunta simples e que para si era a mais crucial.

- Aurélio, Mic, sei que o conceito do triangule e complicado e tal, além do fato de vocês não falarem nada sobre os "superiores", mas tudo bem, só quero saber uma coisa importante: existe chance de Vax tomar posse dele e tramar para ser o único beneficiado? Temos alguma forma de impedir que isso aconteça? Não estou afim de estar passando tudo isso e depois ver que apenas um teve qualquer tipo de recompensa...

Sua fala foi séria, meio seca, sem gracinhas. Quiz aproveitar a chance ja que Vax não estava ali, para poder checar a opinião dos dois que estavam sendo arrastados pelo grupo, por assim dizer... O pintor Bones ja tinha pego um pouco de amizade pelos comentários e elogios que recebeu, ja Aurélio parecia um sujeito que se dedicava mais aos estudos e conhecimento do que a pratica, então estar ali era sua agonia, o que fazia Bones se preocupar um pouco mais pois teria que manter aquele conhecimento a salvo ja que parecia não saber se defender por conta própria e facilitaria se ficasse próximo dele...

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Mensagem por Pacificador Dom Jun 05, 2016 1:53 pm

- Sim. – Confirmou suas próprias palavras. Deveria perguntar como lidar com isso, não se considerava um ser poderoso de qualquer modo mas de fato havia experimentado aquele poder. Tomou a cuia e bebeu um gole do liquido sem pestanejar, mal reparou no gosto. Por alguma razão não estava agitado como Skrata havia dito, estava como sempre, não estava? Tomou mais um gole terminando com o liquido quente.  


"- Skarla. -" Murmurou mentalmente memorizando, estava tendo dificuldade com aquele nome, mas logo, logo iria estar acostumado. Levou pouco tempo para seguir o pedido da garota. Os sons ao lado de fora eram algo assustador, ainda mais sem saber ao certo o que deveria estar ao lado de fora; desconfortável sem duvida, mas Balltier podia sentir que começava a ficar um pouco curioso com os sons bestiais.


Foi até rápido, procurou amarar o robe na qual havia sido oferecido, não poderia ser pior que o macacão laranja. Ele certamente confiava em Skarla, mais nela que qualquer componente dos Veitie, pelo menos até aquele momento. Ter sido envenenado já estava no passado, apenas agora ele parou para pensar sobre isso, tinha sido capturado, mas por qual motivo era um convidado... Bem, de acordo com a aprendiz ele teria suas respostas.

Desta vez não precisou acostumar os olhos ao lado de fora. Assim que reparou ao redor percebeu; mulheres, idosos e crianças uma comunidade, não tinha imaginado que seria assim. Ele seguiu pelo corredor humano olhando em frente, a única vez que olhou para o lado fora para uma criança em sua esquerda, parecia saudável, estavam bem? Mesmo com tantas perguntas sobre aquele povo não tinha a menor ligação com ele, continuou a pensar nisso, mas seguiu em frente.


A clareira era enorme o fazendo sentir ainda mais pequeno, olhou para o alto. A montanha, seguiu o olhar para o brilho dos astros, trindade, triangulo, numero três em sua cabeça, desnecessário, mas até o momento havia encontrado três nomes neste mundo que de alguma forma o haviam sido ligados a ele. Morgan não havia o abandonado, tinha até mesmo ajudado em sua fuga. Sagno havia dependido e graças a ele pode encontrar com Joe, e agora Skarla que havia cuidado dele enquanto estava desacordado...


Ele absorvia tudo silenciosamente o lugar, as pessoas, de fato sua vinda a aquela ilha era um evento incomum e importante para os veitie. Ele tentou assentir  ou pensou em faze-lo, estava um pouco inquieto ao ouvir a saudação do Grande Pai. Ao que parecia ele já havia o visto enquanto dormia, quanto tempo passou... Agora que parava, lembrava, será que os cânticos anteriores eram para seu despertar?


Não pode deixar de reparar na coroa de ossos, tanto que tinha até mesmo lembrado do sonho, por qual motivo não tinha entendido, piscou forte, tentando voltar a si. Por um momento tinha se esquecido de de como se dava o passo, sentiu Skarla o segurar, deveria dizer desculpa, mas de imediato apenas disse. - Obrigado, Skarla. - Ele ficou quieto, como se nunca tivesse realmente acertado o nome dela, não queria arrumar mais problemas. Podia sentir a hostilidade do homem jovem, Balltier não entendia o motivo de tudo aquilo, até agora nunca tinha se deparado com tal situação, era por ser considerado o filho da tempestade? Um não ecoante em sua mente.


 Não demorou para entender um pouco de como funcionava as coisas ali ou apenas uma pouco do quadro geral: Os que usavam coroa de ossos eram figuras de prestigio e poder naquele lugar, claro o Grande Pai parecia ter o maior titulo de todos.. Seguiu em frente, não pelo predador, mas pela aprendiz.


Logo em seguida achou Morgan, não era uma boa coisa seu estado, bem ele havia atacado os Veities mesmo depois de demonstrarem que não iriam atacar, ele apenas esperava que nenhum dos guerreiros haviam se ferido gravemente, um tanto quanto confuso imaginou. Quando ele acorda-se, ainda estaria tentando o defender ou apenas assegurar sua saída da ilha? Voltou sua atenção as palavras do Grande Pai.

[...]

Ele assentiu para o Grande Pai, ou ao menos pensou em ter feito isso. Em seguida deu apenas um passo para o lado se aproximando mais de Skarla, não tinha uma razão para aquilo. De fato estava chateado com o jovem caçador que debochou quando havia sentido algo sobre a coroa, não era culpa da aprendiz, era dele, mas ao que parecia não tinha coragem ou até mesmo vontade de enfrentar o rapaz.

- Grande Pai. Obrigado pela Hospitalidade. - Tentou manter a mesma postura inicial quando fora encontrado pelos Veitie algo nobre imaginou. - Ao que parece... Algo muito poderoso me trouxe a Perola. - Ergueu a mão esquerda imaginando se tivesse acesso a aquele poder. " O poder corrompe." - Vocês pediram e algo poderoso me trouxe. - Então começou a contar como fora a viagem, apenas a viagem não de sua origem de como era um morto da ante-sala da morte, ou a luta contra o pedreira, apenas a viagem. Em determinado momento confidencio como era a sensação do poder e liberdade a vista e principalmente sobre a queda. - Grande Pai. Eu conheço sobre o ouro. - Reafirmou a pergunta do mesmo. - Você viu o ouro por um sonho? Pode me contar? Por que acha que este Ouro é sagrado?  - Parou para pensar em seguida esperou, dependendo do fluxo iria falar as mesma palavras de Sagno. - O ouro é tão sagrado como é amaldiçoado. Pessoas morreram, pessoas boas, eu acho. Mas não muda, nada. Morreram buscando pelo ouro. -

- Peço perdão pelo Morgan, Grande Pai. Ele parecia assustado e perdido, como se nada estivesse acontecendo e de como chegamos na ilha. - Balltier não estava pedindo que libertassem Morgan apenas para que o tratassem mais como uma pessoa... Balltier estava quase tornando a começar uma enxurrada de pergunta quando lembrou de Esa, o capitão, um grande homem, assim como o Grande Pai, quantos mais teriam de se sacrificar para recuperar o ouro, se é que este fosse o mesmo ouro.

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Mensagem por NR Sérpico Qua Jun 08, 2016 11:35 pm

22. Breve história sobre Criação e Caos

— Moeda? — Aurélio pareceu não entender. — Não temos moeda. Só escambo de coisas preciosas. Às vezes favores. Às vezes essências ou virtudes, como sua coragem, sua juventude...

Quanto à mulher, Aurélio, antes de responder olhou para o céu, para o horizonte, meio desconfiado. Aí disse que ela era um ser superior. Muito diferente dele. Muito poderosa. Podia transitar livremente pelos mundos.

— Eu... minha função é conhecer e auxiliar com esse conhecimento — ele disse, firme, quanto ao que queria se tornar. — Nada mais, nada menos. O submundo funciona quando todos desempenham seus papéis. Não existe querer se tornar algo dentro do sistema.

Sobre se os mortos ficam ali, não. Aurélio disse que não ficam. Ali era um lugar de passagem. Transitório. Os mortos passavam por ali, mas não ficavam ali. Depois de julgados no Cosmopolita, o porto de onde os carontes aportavam com os mortos, todos eram guiados para uma das Quedas ou então para a Escada Branca.  

— As Quedas conduzem à mundos de sofrimento. A Escada leva para um lugar de regozijo e descanso.

Estavam caminhando para o norte. No horizonte distante, havia uma faixa laranja no ar, rente ao solo rochoso.

Sobre a corrente Aurélio disse que ela era feita de teia de aranha — no caso, uma espécie de aranha encontrada somente ali. A teia solidificava com o tempo, ficando parecida com aço. E esse aço era usado para criar celas e algemas. Tinham propriedades que afetava a essência das coisas, as deixando “anestesiadas”. Tudo que o preso teria dentro de si seria drasticamente reduzido ao estar algemado.

E de fato, havia muito tempo para conversar. Estavam agora no meio do deserto rochoso, sem nada visível para qualquer lado que olhassem. Começava a escurecer.

Aurélio pareceu escolher com cuidado as palavras à seguir. Com gestos e vários franzir de testa, Aurélio tentou explicar a questão dos superiores, do mundo, do Trianguli.

— Os superiores são seres Primários da Criação. São regentes dos mundos que existem... E eles parecem não ter interesse em resolver o problema do submundo. — Aurélio olhou ao longe, preocupado. — Este mundo está sendo assolado por eventos caóticos. Talvez mais um ciclo, menos que isso, e tudo será aleatório e destrutivo. Não haverá mais Criação. Apenas Caos.

O Caos é uma faceta da Criação, ele disse. Andam lado a lado, sem poderem interagir entre si. A Criação nada pode fazer para controlar o Caos — mas conseguiu um meio de fazê-lo através dos seres superiores, que tinham o objetivo de trazer ordem onde o Caos reinasse. Por sua vez, o Caos não pôde desfazer o que a Criação fez — tudo que consegue é assolar as coisas criadas com eventos catastróficos, até que ela própria se destrua.

— O Caos chegou ao submundo — disse Aurélio. — Os sinais estão claros... e no entanto, os superiores, seres Primários que deveriam impedir as investidas do Caos... eles não fazem nada. Eu devia ter dito isso na cara dela, quando tive a chance.

E ficou em silêncio. Seus punhos de escriba se fecharam com força.

— Ela nem se importou conosco... saímos num grupo pequeno para não levantar suspeitas. Ela provavelmente sabe do Trianguli, e considera que alguém no submundo poderia tentar pegá-lo. Esse alguém poderia ser nós e, no entanto... ela nem quis saber. Apenas saiu voando. Como se não acreditasse que conseguiríamos...

Parecia falar sozinho, isso sim.

Então ele parou a caminhada. O céu ainda tinha um pouco de luz, e Aurélio se aproveitou disso para puxar um livro da bolsa que carregava. Um livro pequeno, com trava de aço. Com uma chave, abriu a trava e começou a folhear.  

Um vento soprava, vindo do norte. Vento quente.

— Se a história for verdadeira, o Trianguli pode mudar isso. Pode mudar tudo isso.

Procurava a página, frenético. Achou o que queria. Havia algumas linhas de palavras que não dava para ler, de tão pequenas. Mas a imagem era bem nítida. Aquilo respondia a última pergunta de Ho.

— Ele tem poder sobre as coisas criadas e sobre eventos caóticos.

Aurélio mostrou o livro para o grupo. Numa das páginas havia o desenho de um disco com inscrições em alto relevo. O desenho era em preto em branco.

Na página ao lado, o mesmo disco estava desenhado, só que partido em três partes iguais, formando, assim, três triângulos irregulares. No centro de cada triângulo, além das mesmas inscrições em alto relevo, havia, agora, um círculo pequeno. O desenho também era preto e branco — o que bastava para notar a diferença entre os círculos no centro de cada terça parte do todo.

Um círculo branco, vazio.

Um círculo preto, cheio.

Um círculo meio branco, meio preto.

— Bom, Mal e Neutralidade — disse Aurélio, resumindo as partes do disco, respectivamente. — O Trianguli como o conhecemos. É assim. Um disco dividido em três.

O céu foi ficando mais negro, nuvens sopradas para o sul. Algumas estrelas despontavam. Não havia lua. O horizonte, ao norte, tinha uma faixa laranja rente ao solo. De lá vinha um sopro quente.

Aurélio olhou para Bones. Respondeu:

— Vax não é dos mais confiáveis — disse, sem medo nenhum. — Mas ele não poderia ir muito mais longe. Seu alcance não permitiria. Até onde sei, ele poderia mandar uma pele só até um pouco além da Velha Carcosa... Ele não estaria com vocês quando completassem o disco... — Aurélio guardaria o livro de volta e retomaria a caminhada. — Se essa jornada der certo... teremos como lidar com o Caos em nosso mundo. Vax pode ser astuto e traiçoeiro, mas busca o mesmo que nós.  

Caminharam.

Logo interpretaram luzes incandescentes que pareciam vir do solo. A temperatura ambiente se elevava a cada dezena de passos. Estavam se aproximando de um vale iluminado por rios de lava. Brotavam de pequenas colinas, rochas grandes. E escorriam lentamente, para todos os lados.

O grupo, agora, passava por aquele vale vermelho e quente. Para Aurélio não parecia haver riscos no cenário, ele apenas segurava firme a bolsa. Deveria ter mais de três livros ali.

E, curiosamente, ia mais à frente.

— Senhor Bones — ele disse, dado momento. Hesitou um pouco antes de continuar, mas conseguiu: —, do que morreu sua mulher?

***

O cão parou um pouco as investidas, frustrado em não conseguir pegar Sean. Esperou pelo segundo cão, aí tentaram algo em conjunto e mesmo assim Sean escorregou pra cá e depois pra lá, subitamente muito ágil.

Sean pegou o frasco e jogou. O cão se abaixou a tempo, devolvendo para Sean um pouco de frustração. Houve um instante de trégua, Sean de prontidão, os cães de guarda, agora pacientes. Logo chegariam mais colegas. Não tinha porque ter pressa. O frasco estourou na calçada ao longe.  

Aí, a ordem gritada. Nesse momento Sean já tinha cães em todo o seu campo de visão. E mesmo próximos, eram sombras vagas — mérito da neblina, que ficou mais densa e traiçoeira. Fazia frio.

Aí não mais.

Fiquei sabendo disso tudo depois, óbvio. Mas queria estar lá naquele momento. As ações suicidas do menino eram boas para observação. Ele todo merecia ser estudado, hm.

A explosão desceu sobre eles. Sean não teve tempo de uma troca de olhares, ou mesmo de ver Cyrus levantar voo. Apenas gritou através da neblina, sentiu um vento natural do bater de asas e logo depois — quando os cães já fechavam ele num círculo de um metro e meio — fez calor no mundo.

A primeira sensação foi de garganta seca, raspada, a língua toda tornada uma lixa, os lábios rachando por causa do ar queimado, impossível respirar, gordura flutuando tornada vento, se misturando na neblina que abria passagem para o laranja infernal e tremeluzente que trouxe, então, a segunda sensação: dor.  

Sean queimou — e os cães também.  

Numa confusão de ganidos e estalos e chiados, Sean cambaleou para longe, ainda em chamas, “vivo”, quando todos os cães a sua volta estouravam em brasa.

Como que estava em pé depois daquilo?

Sentia o cheiro de cabelo queimado, sentia cheiro de frango assado, sentia cheiro de coisas velhas queimando numa fogueira improvisada — que eram suas coisas queimando junto com ele.

Agora o que alimentava boa parte do fogo sobre si era a roupa que usava. Sua bolsa, dada por Mic, estava em frangalhos e despencou no chão.

No céu branco de neblina, era possível identificar o som de voo rasante e ver algumas labaredas súbitas atingindo topo de prédios e casas velhas abandonadas. Parecia estar acontecendo uma guerra.  

Aí, acima disso tudo, Sean escutou um chamado. Lyra. Vinha de trás. Se olhasse, veria uma rua subindo até outra fortificação grande como um castelo. O interior do imóvel cintilava uma luz tênue, como se houvesse alguma fogueira acesa, tochas, coisas do tipo. Gente habitando ali. Sua mãe. Ou o que sobrou dela. Mas ainda assim, ela.

E à sua frente, viu uma rua que descia. A neblina fugiu dela, meio que abriu caminho, possibilitando Sean de ver a... luz. Ela de novo, lá longe, piscando. Não conseguia ver de onde vinha exatamente ou como era gerada. Só via o piscar dela, cutucando sua mente.

Não havia mais cachorros no seu encalço.

***

Em silêncio, escutaram ao Filho.

E continuaram em silêncio, esperando o Grande Pai responder. Ele demorou algum instante.

— Sim — ele disse, finalmente. — O ouro foi visto por sonho. Tanto eu como outros do clã sonharam com ele. Um pedaço rústico, aparentemente triangular. No fundo de uma caverna. E assim que alguém o toma pra si, os terremotos terminam, os maremotos passam, os tornados se dissipam. Ele é capaz de sarar a natureza. E é por isso que é sagrado.

Sobre Morgan, Grande Pai nada disse. Continuou com seu foco no ouro:

— Estamos procurando ele desde que... tudo começou. — Grande Pai fechou a cara numa careta consternada. — A natureza está rebelde, se auto destruindo. Peixes aparecem mortos nas nossas costas. Rebanhos de ovelhas da montanha se jogam de precipícios. Árvores apodrecem. Nossas fontes amarguram. E os sonhos... alguns de nós estão sonhando há dias. Não acordam, não reagem, mas ainda respiram e falam “ouro, ouro”, isso quando falam alguma coisa.

Ele fez um silêncio pesado.

— Procuramos em toda parte. Em todas as nossas cavernas. Mas não o achamos... Você diz que ele é amaldiçoado, e vamos considerar isso. Mas antes, precisamos achá-lo. E precisamos tentar curar nossa terra. Ele está em algum lugar, chamando por nós. E, no entanto, não nos deixa encontrá-lo... Por isso, Filho da Tempestade, eu suplico...

Ele se levantou da cadeira e caminhou até Balltier. Era alto, mas se pôs sobre um joelho, ficando uma cabeça mais baixo que o homúnculo, olhos nos olhos. Todos no corredor humano fizeram o mesmo, até mesmo a criança bonita e saudável. Skarla deu um passo pra trás, e também se agachou.

O Grande Pai declarou:

— Eu suplico: compartilhe conosco o teu conhecimento. Nos diga onde podemos achá-lo. Nos guie até lá e terá para sempre um totem em sua homenagem, aqui, no seio dos Veitie. Lhe daremos o melhor de nossa terra, os melhores sacrifícios. — Ele baixou a cabeça, humilde. — Por favor, nos guie nesse momento de trevas e caos.

Os caçadores, ao longe, não se abaixaram em submissão, não foram embora, nem chegaram perto. Apenas observavam a cerimônia, obedientes e de prontidão. Mas mesmo de longe, Balltier podia enxergar alguns rostos apreensivos e outros endurecidos pelo ceticismo. O jovem caçoador era um dos céticos. O Predador da Montanha era um dos apreensivos.  

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Mensagem por Knock Sex Jun 10, 2016 10:28 am

Enquanto andávamos fui perguntando e sendo respondido. A caminhada parecia mais leve com a distração, como havia imaginado.

Então eram favores... Pensei em qual seria o débito do pintor... Talvez tivesse trocado o “dom”... Conseguia facilmente imaginar que havia trocado por algo de pouca importância devido às condições nas quais se encontrava ou em algo de valor que fora perdido em algum tipo de investimento... Pensei: “Se me lembro bem... Vax falara no começo que o pintor lhe devia vários favores...”

Deveria ser difícil manter uma vida normal naquela terra, principalmente para alguém que parecia tão vivo quanto a ele... estranho pensar que seres vivos poderiam existir ali, mas quando Aurélio falou sobre aquele não ser o lugar onde os mortos ficam, mas sim um lugar de transição e falou de outros mundos... Bem, realmente achei possível estarmos em um lugar que houvesse seres vivos por mais que eu não os conseguisse ver, talvez como em um deserto, no qual há vida, mas só olhos bem atentos conseguem enxergar... Nisso pensei naquele povo da floresta, nos dragões, pelo menos aquele não parecia morto. Pensando nisso, confesso que fiquei mais atento.

Me fora explicado o destino dos mortos... As Quedas não pareciam boas, assim como as Escadas não me eram agradáveis naquele momento... mas, talvez essa insegurança no meu coração só revelasse que eu queria voltar à vida. Também me fora falado sobre a corrente e sobre a origem dela. Será que se eu saíssemos vitoriosos, eles poderiam me concede uma arma desse metal? Hshaushauhsa, eu ficava muito empolgado para um cara morto, mas seria muito chato se eu não fizesse isso comigo, então continuava imaginando de vez em quando para minha própria diversão.

Enquanto ouvia as palavras, passando pelos momentos que eu imaginava e os outros que eu lia os mapas, nos aproximávamos de uma faixa laranja... achei estranho, mas como Aurélio falava e continuava, não me importei e continuei...

Ele explicou sobre os maiorais... ah... superiores, sobre o que estava acontecendo com o mundo dele e o que era e como era o artefato que procurávamos. Olhei para os lados, como fazia regularmente, pois comparado a Aurélio, eu ficava um pouco mais à retaguarda à destra, assim, me sentia bem mantendo o hábito da observação... por precaução.

Aurélio falava de ter sido abandonado, mas ainda pensava que alguém estava nos olhando... Um “fenômeno da natureza” abre um buraco no chão do qual eu não consigo pular porque estava me sentindo meio lento e depois caímos do céu! E depois descobrimos que havíamos dado um salto de simples duzentos quilometros que era provavelmente uma distância maior que entre Lodoss e o continente e esse salto nos ajudou! Se já planejando as coisas não saem como queremos, não consigo admitir um acidente que nos ajude tanto. Não sabia se a ajuda chegara de um desses superiores que acordou de bom humor ou se estávamos sendo monitorados pelo pessoal do “Cosmopolita” e sendo ajudados... Mas não poderia descartar a hipótese de que fora um acidente... Não sem uma prova, mas isso não importava muito para mim... Eu queria ter consolado Aurélio, quando vi a indignação, com palavras bonitas, mas só consegui dizer com um sorriso:
– Tenha fé.

Continuamos andando e chegamos a um lugar que fazia muito calor e o calor só ia aumentando, então perguntei – Senhor Aurélio, o calor também faz parte da minha imaginação? -- Eu não queria parecer chato, mas ao nível que andávamos, ficava mais calor e eu tinha de arrumar um jeito de lidar com aquilo antes que ficasse insuportável e eu não tivesse tempo para reagir de alguma maneira. Um vale de larva... será que os soldados de Tákaras que treinava nos pés do vulcão passavam por isso todo dia?! O caminho seguia. Eu continuava olhando e observando.




>Off: Então, Gm, fico um uma posição à direita de Aurélio, um pouco mais recuado- que seria a retaguarda. ^^. Se puder acrescentar a informação se eu consegui aprender o mapa, agradeceria. A campanha tá muito boa<  

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Mensagem por Kaede Dom Jun 12, 2016 11:17 am

Depois do dragão, um grupo do que falaram ser simbiontes estavam nós observando ao longe, e seguimos caminho, porém elas desapareceram depois de um tempo e de alguma maneira acordamos caindo do céu e ao chegarmos no solo nosso grupo foi recebido por uma loira de asas.

_Essas asas... Será um anjo? Me lembro de ter lido sobre seres alados uma vez nos livros em casa, mas jamais imaginei me encontrar com um! Bah... Afinal agora estou morto, talvez seja até comum encontrar demônios por aí..._

Ela fez uma pergunta: _ O que mortos como nós estamos fazendo, saindo de anomalias do espaço? E ainda por cima com... _Ah, vou deixar essa para eles responderem e ficar calado, já arrumei problema de mais em enfrentar um dragão, o grupo perdeu mais um e me sinto mal por isso!
Foi o que pensei e decidi fazer, ficar calado.

Ela e Ho pareceram se entender ela falou de uma bruxa e algo sobre salto temporal e depois levantou voo, logo em seguida Mic se separou do grupo para conseguir um guia e seguimos para o norte, até chegarmos em um deserto rochoso.

Fiquei calado o tempo todo, mas prestando atenção nas palavras de Aurélio que explicava sobre os seres primários da criação, e procurei absorver o que ele falava.
Assim continuamos seguindo caminho até chegarmos em um lugar quente, com rios de lava o que de certa forma me fez sentir bem, nada de chuva gelada ou vento frio só o calor do fogo então decidi ir ficar uns passos atrás do grupo e caminhar um pouco lento, mas sem perder o grupo de vista para poder aproveitar o calor do ambiente e também poder observa-lo melhor.

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Mensagem por Pacificador Ter Jun 14, 2016 5:43 pm

Ele ficou um tanto quanto pressionado a ajudar, claro ele sabia sobre o guardião, sabia que o ouro estava causando reações em provavelmente qualquer ser inteligente ao redor das duas ilhas, atraindo para ser retirado do local, mas apesar de tudo ele ainda não sabia o motivo disso tudo.


- Grande Pai. Eu posso afirma que o ouro não esta na perola, está em uma outra ilha. - Deixou sua voz Ecoa pelo local, em todo caso ele apenas precisava voltar para o altar, para lembrar a direção na que havia seguido e caído. Assim voltou a compartilha seus conhecimento. - Outros estão atras do ouro. Outros tiveram sonhos. - Ergueu as mãos para tocar na coroa do homem, não sabia por que fora impelido a isso, queria apenas levantar o corpulento homem evitando que ele se ajoelha-se. - Mas a maioria não viu, o que eu vi. - Olhou para os olhos do homem, sentia que estava arriscando aquele povo, mas ao pensar um pouco percebeu que eles não tinham para onde fugir, todo a tribo estava passando pela tribulação, de fato era uma questão de tempo até algo pior acontecer. - Uma criatura guardar o ouro. - Parou para relembrar do sonho, se era isso que eles queriam ele iria dar, poderia ser descartado novamente, mas pelo menos faria sua parte, iria avisar. - Imaginem o medo como água envolvendo seu corpo, roupa sendo molhada e pesando, em seguida a vontade de correr para se livrar disso, foi isso que sentir ao ver o guardião... -Por fim terminou com palavras simples, talvez até mesmo em uma piada, so que não. "- Talvez eu seja apenas fraco. -"


- Sagno.  Ele é um sobrevivente do ataque da fera, seu grupo também fora atraído pelo ouro, interroguem ele. Ele irá confirma que o ouro é maldito. - Lançou um ultimo olhar para Morgan, temia que o homem estivesse acordado, seria complicado lidar com isso. -  Skarla, pode me ajudar a voltar para descansar? - Ele não estava cansado, talvez esgotado em ter de pensar sobre muitas coisas, teria de planejar com cuidado seus próximos passos, claro ele desconhecia as reas intenções dos Veitie, mas ao que pode ver, eles precisavam dele, assim como ele queria a ajuda deles.


Ao chegar na cabana ele voltaria a sua forma habitual, nada comparado ao nobre e importante filho da tempestade. - Você sabe quantas ilhas tem ao redor? Qual o motivo das coroa de ossos? Posso ter um também? você acredita em mim? Quantos anos você tem? você já morreu? É nativa da ilha ou veio de outro lugar? Desculpa eu devia ter dito que aquilo que tive não foi uma alucinação, mas sim um aviso. Bem, não estou cansando, apenas preciso pensar em tudo que esta ocorrendo, é perigoso sabe. - Então esperou por alguma reação ou até mesmo bronca. Mas no fim, ele não havia dito que iria ajudar, bem acho melhor esperar.




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Mensagem por Hummingbird Qua Jun 15, 2016 10:45 am

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Se isso vai terminar em chamas, então queimaremos todos juntos — Foi o que me passou pela cabeça.

E o mais estranho é que eu não sei de onde isso veio. Foi como uma voz, vindo de longe; sabe quando você grita dentro de uma caverna e mesmo depois de parar continua ouvindo sua voz, cada vez mais longe? Era parecido... como um sussurro! Trazido pelo calor das chamas, algo que adormecia aqui dentro, talvez tão distante que eu arrisco dizer de outra vida. É isso não é? Não sei, é só um palpite.

Cyrus aceitou meu pedido e logo num piscar de olhos, o mundo estava mergulhado em chamas. O calor era intenso. Senti a garganta queimar, queimar tanto que me fez sentir saudade daquela sensação de queimação suave que era o vinho descendo. E por falar em vinho, senti tanta sede que eu posso jurar que os oceanos de Takaras seriam pouco. Mas papai sempre disse pra não beber água do mar, não, não! Eu precisava era de um pouco de ar fresco mesmo, e água potável é claro. Então assim que recobrei consciência, depois da tontura, depois do inferno e da pigarra, procurei por me distanciar das chamas. Sentia minha pele arder, fruto da minha bolsa derretendo em chamas incandescentes. Minha roupa também estava surrada com as chamas, mas só a bolsa que incomodava mesmo. Então larguei ela por ali. Não tinha nada de grande importância mesmo.

— C-Cyr...rus.. — Murmurei, ainda um pouco tonto. Meus olhos enxergavam com dificuldade no meio do oceano carmesim. Difícil identificar onde estava quem, mas pelo cheiro eu posso jurar que os cães acabaram todos queimados. Conta resolvida então? Chegamos ao zero. Nunca fiquei tão feliz de fazer uma conta? Mas ainda não era tempo de comemorar. Não encontrei Cyrus, mas podia ouvir o bater de suas asas, oculto na brasa e na fumaça com cheiro de enxofre. De repente, como a mando de alguma coisa superior, as chamas abriram-se forjando caminhos. Para traz quando eu olhava, podia jurar que era capaz de ver minha mãe, lá escondida dentro de um abrigo. Ela chamava por mim, eu sei disso. Mas ainda hesitante, havia outro caminho pra seguir. Meu rosto virou-se para frente, como involuntariamente, percebendo que aquele mesmo brilho de antes ainda clamava por minha atenção. Eu não entendo! Porque toda essa insistência se poderia simplesmente vir até mim? E o caminho da frente parecia mais seguro, parecia me levar diretamente para o brilho.

— Não! — Chamei por minha atenção, chacoalhando o rosto como em negação. — PJá me descuidei uma vez, pode ser que hajam mais cães pro lado de lá! E sem Cyrus, não posso lidar com eles. Tenho que encontrar a mamãe e pedir ajuda! — Aleguei, convencendo-me de minha decisão. Então virei-me para traz sem pensar duas vezes. Sou um garoto de tomar minhas próprias decisões, ora essa! E bati o pé.

Está certo, seguiria para junto de minha mãe então. Correria se fosse possível. Não sentia muita confiança em meus sentidos ainda, era como se estivesse entorpecido pela sensação das chamas. E foi incrível como eu consegui sair de chamas tão poderosas quanto aquelas. Em caso de encontrar com minha mãe, diria o quanto as chamas de Cyrus eram poderosas e isso tem alguma ligação com os poderes dela? Pois apesar de tudo, a sensação que tive quando fui atingido pelas chamas não foi de um todo negativa. Estou vivo afinal, não estou? Não, espera, nós estamos mortos!

— ARHH! Isso é tudo tão confuso! — Resmungava, emburrado.

Seguiria procurando por minha mãe então, esperando por ajuda ou por mais explicações.

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Mensagem por Bones Qui Jun 16, 2016 1:23 pm

Não precisou fazer as perguntas, deixou que Ho as fizesse e Aurelio se mostrou bem prestativo ao responde-las, concordando e admirando como a forma de trabalho e papel de cada um era bem definido sem espaços para desperdícios de potencial ou pensamentos que atrapalhem o andamento das coisas, deixando algumas duvidas interessantes sobre aqueles seres superiores, mas seu questionamento teria que ficar para outro momento, pois lhe foi indagado a forma que sua esposa havia falecido.

- Desculpe se não responder com precisão, mas minha memória é um tanto quanto falha sobre enquanto estava vivo... Lembro de fatos, mas não todos. Ela era de uma beleza rara, lindíssima e me sentia o sujeito mais felizardo do continente, não era pra menos, pois era bela e de personalidade forte, decidida, mas ainda assim gentil e carinhosa, um equilíbrio estranho sabe? hehe Até onde me lembro, ela adoeceu misteriosamente, uma doença pouco tempo depois de casados que nem ervas ou necromancia podiam resolver. Tentamos de tudo, mas nada lhe trazia alivio, então tive que me sacrificar, e ao que parece, o povo do tribunal não gostou muito desse meu "sacrifício" não? Hehehe Algumas vezes quando medito para me recuperar, tenho pesadelos e em alguns meu mentor na verdade me traiu, em outros havia uma figura estranha no lugar interferindo. Teve até uma vez que posso jurar que era a própria Morte personificada que estava ali, me chamando para fazer algo hehehe vai saber...

Ele pode ter rido ao final, mas seu sorriso amarelo pela primeira vez transparecia um certo pesar em suas palavras, um assunto o tanto delicado, uma vez que estava no meio dos responsáveis por ter impedido a conclusão do ritual e o aprisionando naquela forma, distante dela.

- Aurelio, você é o encarregado pelo conhecimento, certo? Você me permitiria depois dar uma olhada nesses livros que traz conosco? Posso não parecer, mas sou um estudioso e gostaria de aproveitar essa chance única e ver que tipo de conhecimento vocês aqui nessa realidade guardam nos livros... Quem sabe somado ao que ja estudei, possa encontrar novas utilidades para o grupo.

Ho caminhava de um lado de Aurélio, enquanto que Bones caminhava do outro, conversando com o escriba. Foi de forma despretensiosa a pergunta, mas sinceras as palavras. Bones era um pragmático, sempre buscava uma praticidade para tudo, coisas uteis e funcionais, e ter conhecimento sempre poderia ser valido, pois poderia ser ajustado a diferentes contextos e quem sabe resolver questões que até então desconhecia.

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Mensagem por NR Sérpico Sáb Jun 18, 2016 12:06 am

23. Voz

Sem Vax pra pressionar, eles caminharam normalmente.

Aurélio acenou com a cabeça para Ho, dando um meio sorriso diante do “tenha fé”. A fé dele estava no grupo. Depois, sobre o calor, ele disse:

— É real — se deixou pensar por uns instantes, considerando o que falaria a seguir. Quando decidiu, soltou: — Mas pode, sim, provocar... ilusões. Alguns dizem que é o vapor, mas não há base comprovada para essa afirmação. — Aurélio continuou na mesma postura despreocupada. Acrescentou: — Mas esse lugar só pode vir a ser um problema para quem fica aqui... como estamos de passagem, não vai dar tempo de “sofrermos” com o calor.

Eles sentiriam sede, iriam suor, talvez sofressem uma breve tontura — e essas coisas sim seriam trabalho de suas mentes. Seus corpos, como já explicado, não eram assolados por coisas do tipo. Mas a mente fazia parecer que sim. Tudo então se resumia à uma questão e adaptação. Talvez depois de passar por tal experiência, não tornariam a sentir sede no futuro. Ao menos ali, no submundo.

Então Ho podia relaxar um pouco. Só um pouco. Na verdade, seguia atento, como de costume. Era inicio de noite, mas havia lava: o ambiente ao redor era iluminado o suficiente para que nada se movendo ao longe passasse despercebido.

Para Sollrac, tranquilo. Até mesmo agradável. Aquele calor.

Sollrac — disse o calor. Tinha voz de mulher. Tom fraco, distante.

O meio dragão seguia um pouco mais atrás, de olho no grupo, no ambiente. Não tinha ninguém além deles ali. E ele escutou de novo:

Sollrac. — Voz familiar. Um sopro no seu ouvido.

E só ele pareceu escutar. Ho, Bones e Aurélio caminhavam a frente, impassíveis.

Aurélio tinha acabado de falar sobre ilusões causadas pelo calor... Mas já? Estavam a pouco minutos dentro do forno, e não era um clima ruim para Sollrac já começar a...

Soll... pode me ouvir?

Sim, ele podia ouvir. Mas será que ela poderia ouvir ele?

Ela.

Seus olhos foram atraídos para uma rocha. Era uma rocha como qualquer outra, no caminho deles. Estavam passando ao lado dela nesse exato momento. Para os outros, um artifício natural do cenário, sem nada que valesse ser observado. Para Sollrac... bem, ele apenas viu um coração riscado na rocha. Dentro do coração havia as iniciais “S&M”.

A voz dela veio mais uma vez até ele:

Pode me ouvir, Soll?

Enquanto isso, Bones jogava alguma luz na curiosidade súbita de Aurélio, que manteve contato visual e pareceu pensar e pensar no assunto. Aí ele perguntou:

— Mas você tem certeza que ela... morreu? Sabe se não era um... — ele coçou a cabeça de cabelos penteados recentemente bagunçados — um... embuste? De alguém...

Já imaginou? Eu imaginei: Bones, se sacrificando por um engano. Alguém nas sombras rindo dele... E ficando com ela, lá, no mundo dos vivos, óbvio.  

Mas voltemos ao submundo: agora a pauta eram os livros e Aurélio acenou um positivo, metendo a mão na bolsa, diminuindo o passo. Deveriam ser tomos importantes para ele, mas ao mesmo tempo ele não demonstrou nenhuma hesitação em compartilhá-los com alguém que se dizia estudioso, como ele próprio.

— Podemos parar um pouco... temos tempo — ele disse, enquanto mostrava um dos livros para Bones. Capa dura de couro enegrecido com letras prateadas intitulando: “Estradas de ferro enferrujam?” — Esse aqui é guia moderno e resumido dessa região do submundo. — Ele anunciou, passando o livro para Bones, caso ele quisesse folhear.

E já estava buscando tirar outro livro, solicito. Distraído, não reparou no homem lá na frente, no caminho deles.  

Ho reparou. Bones também.

— Eu tenho um aqui que é um compêndio das criaturas que vivem nessa parte do mundo — ia dizendo Aurélio, sacando outro livro de capa dura, marrom, com uma tarja colada à capa, dizendo “Ecos da criação — volume 3”.

Sollrac tinha uma voz que falava diretamente com ele, em sua cabeça, mas também viu o homem.

Eles vinham caminhando através do vale, por meio de uma trilha natural onde nenhum rio de lava cortava o percurso. Cercados de rochas, pequenas e grandes. E sempre em descida — o vale era um relevo não muito profundo, de modo que, conforme caminhavam, desciam aos poucos, para depois tornar a subir. Na trilha que faziam, houve uma curva leve, e foi nessa nova direção que avistaram ele: o sujeito estava à mais ou menos 30 metros. Caído, de lado — virado pra lá, de modo que só dava pra ver suas costas. Parecia vestido com roupas simples, cinzas e velhas e rasgadas. Pés descalços e manchados.  

Um pouco fora do caminho, não muito longe, uma montanha em miniatura vazava lava lentamente. A lava escorria, abria caminho no chão rochoso, e aprecia fazer o seu caminho para o que deveria ser o centro do vale. Soltava fumaça, fazia chiados ocasionalmente.

O ambiente estava embaçado e quente.

***

Então Balltier relatou o que sabia, compartilhou. Quando tocou na coroa do Grande Pai, não sentiu nada de especial. Na verdade, tudo que sentia, de repente, era uma leveza agradável, como se estivesse satisfeito e quisesse apenas ficar tranquilo e quieto. Provavelmente era resultado daquele líquido que bebera ainda agora, na cabana.

Quando fez o sinal para que o Grande Pai levantasse, todos os outros levantaram também. Os caçadores observavam atentamente ao longe. Ninguém interrompeu. Escutaram, e provavelmente estavam dispostos a escutar muito mais se não fosse o pedido que Balltier fez, querendo se retirar. Respeitaram isso. As perguntas viriam uma outra hora então. Breve, pois tinham urgência em resolver o problema do mundo em que viviam. O ouro precisava ser achado, para o bem ou para o mal.

Então o Grande Pai apenas acenou para Skarla, que guiou Balltier de volta à cabana.

Os outros saíram da clareira, foram fazer suas coisas, ou conversar numa reunião privada, ou ver Sagno.

Morgan, felizmente, permaneceu inerte, amarrado ao totem.

Na cabana, Skarla tentou organizar as respostas. Primeiro observou que:

— Você não parece cansado, realmente... com todas essas perguntas... — Talvez aquilo devesse soar como um comentário descontraído e engraçado, mas pareceu mais uma suspeita. Ela franziu o rosto e respondeu com calma: — Existem seis ilhas.

Aí ela meteu a mão na pequena fogueira já quase apagada e tirou de lá um pedaço de lenha enegrecida. Riscou o chão com a lenha, desenhando pontos separados. Apontou para um deles e disse:

— Estamos aqui. Pérola. Essa aqui é a Chama — aí foi escrevendo ao lado dos pontos. — Essa é Cisne... Hidra... Flecha e... a solitário Orquídea.

Ela jogou a lenha de volta na fogueira. Limpou os dedos na roupa mesmo.

— As coroas significam poder... E você, hm. Acho que você pode ter uma, sim, sem problemas. Uma especial.

As outras perguntas fizeram ela ficar com o rosto mais franzido. Disse, meio hesitante, que confiava nele. Sobre a idade, falou que tinha três quartos de um ciclo (o que, se Balltier puxasse pela memória uns assuntos passados na Antessala da Morte, e fizesse algumas contas, saberia que isso significava, mais ou menos, 18 anos). Sobre morrer, ela fez que não, nunca morreu (e fez um cara muito estranha, como se Balltier fosse louco). E afirmou ter nascido naquela ilha.

Ela estava curiosa, principalmente com o que ele disse ter sido um “aviso”. Mas não tocou no assunto. Apenas disse:

— Quer ficar sozinho? Digo, para pensar...    

Se sim, ela sairia, numa boa. Se não, ficaria sentada e quieta, disposta a reanimar a mini fogueira.

***

Ignorou o brilho, que parecia cada vez mais dourado.

Bom.

Aí deu a volta, correndo pra onde achava que estaria sua mãe. Ainda escutava Cyrus brigando — sinal de que tinha gente para peitar ainda. Mas apenas seguiu em frente.

Já estava próximo da fortificação, uma espécie de grande salão com torres laterais. Velho, rachado. Viu o fantasma de Lyra espreitando através de uma fenda grande o bastante para ele, Sean, passar. Ela pareceu dizer “por aqui!”

Sean estava próximo. E agora escutava o som de patas batendo forte no chão da rua atrás de si. Mas cruzou a fenda na parede antes que fosse alcançado. E, estranhamente, nenhum cão apareceu tentando entrar atrás dele. Os sons lá fora foram diminuindo.

Dentro, Sean viu velas acesas, viu archotes incendiados. A iluminação era boa o bastante para ver a mesa central e as coisas sobre a mesa: uma cuia de ferro, uma balança, papeis anotados. E viu também uma bola de vidro, pequena, do tamanho de uma mão. Muito, mas muito parecida com aquela que tinha pego de uma bruxa, no mundo dos vivos.

E tinha também, ocupando boa parte da mesa, uma... maquete.

A maquete retratava um lugar labiríntico, tuneis aleatórios que conduziam até salas amplas. Uma dessas salas estava com uma pequena faca pregada, como se a arma fosse um marcador.

— Você está bem? — perguntou Lyra, aparecendo novamente. À luz das velas, ela parecia menos tangível. E ela provavelmente não estava preocupada com as queimaduras nítidas, pois perguntou: — Algum deles te mordeu?

Sean, depois daquele fogo, talvez de fato não pudesse ser morto. Sem motivos para preocupação, então. Mas Lyra olhava ele atentamente, atrás, na frente, só pra ter certeza de que não tinha nada de "errado".

Os sons lá fora terminaram. O bater de asas se aproximou e o salão onde eles estavam tremeu um pouco, quando, provável, Cyrus pousou no topo de uma das torres.

— O que aconteceu? — ela perguntou

E ia falar mais, mas outra voz cortou ela:

— O menino tem duas moedas, Lyra! — disse uma velha, Sean imaginou que a dona da voz era uma velha. Só não tinha muita certeza de onde vinha a voz ranzinza. — Daqui eu estou vendo! Pare de enrolar fingindo que é mãe! Erek trabalha ao nosso favor! Vamos aproveitar! — então, para Sean: — Você quer ter sua mãe de volta, não é mesmo pirralho?

E uma segunda olhadela para aquela bola de vidro sobre a mesa iria sugerir que a voz vinha de lá. Ia sugerir até mesmo a visão de um rosto ossudo e marcado pela idade, com cabelos brancos caindo ao redor da face, lá, noutro ambiente levemente retratado através do vidro. Ela encarava Sean

Assim como Lyra, que olhava agora para o peito de Sean onde, mais ou menos visível através do bolso meio corroído, era possível ver duas moedas.

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Mensagem por Knock Sáb Jun 18, 2016 4:44 pm

A caminhada seria extremamente tediosa, caso não fossem os meus pensamentos sobre a tal aranha da corrente que às vezes pareciam soar mais alto que a voz de Aurélio. Será que era infantilidade da minha parte?! Eu olhava para os lados, buscava sons, ouvia a conversa de Aurélio... Era cômico andar em cima do sol... Era como andar de cabeça para baixo com um oceano de algas brilhantes sobre a nossa cabeça. Sim, eu pensava assim... Não era comum, eu sei, por isso não me preocupei com a hipótese de já estar ficando louco.

Talvez fosse por isso que aquela expressão serena em minha face era mantida, escondendo a raiva que... estava por lá. Isto me deixava incomodado: Silêncio. Algumas vezes parecia que, se não fossem as rochas ao nosso redor e a movimentação da larva, a voz de Aurélio seria capas de ecoar... Mas não era isso. Tinha algo que me incomodava. Eu girava a arma que estava na minha mão e me perguntava se eu seria capaz de arrancar a cabeça da bruxa com ela.

Depois me peguei pensando na aranha. Se eu me transformasse nela talvez eu pudesse produzir a teia... Mas o que mais impressionava era a força que haveria de ter nas presas para cortar o metal... além da proteção que fazia com que não sofresse os efeitos do próprio... hm... então não tinha veneno propriamente dito. Interessante. Mas se fosse maior que eu... seria um problema. E pensando em problemas... Se o Sean estiver bem, esperava que ele pegasse um dente daquele dragão para mim como forma de se desculpar por agir daquele jeito.

Quando me dei por mim, havia um cara jogado mais a frente no caminho e pensei “hm”. Olhei para os outros, pois eles tinham visto. Ele tinha ficado muito tempo ali... talvez estivesse desmaiado... fugindo de algo, acabou ali e se perdeu? Ou só foi lá e dormiu?! Olhei para os lados sem virar a cabeça e chamei a atenção de Aurélio.
– Senhor Aurélio, quais as ordens? – apontei– Seguir caminho ou ir lá? – Estava quente mesmo.

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Mensagem por Bones Sex Jun 24, 2016 9:38 pm

— Mas você tem certeza que ela... morreu? Sabe se não era um... — um... embuste? De alguém...


Aquelas palavras vieram com um certo frio na espinha, não pelo o que elas diziam, mas pela lembrança que ela evocava, trazendo consigo um sentimento de aflição e angustia muito grandes, um desconforto e sofrimento pois essa parte sua memória não era tão falha, ou pelo menos parecia não ser.

- Lamento decepciona-lo, mas lembro-me bem de ter preparado eu mesmo seu corpo para ser enterrada, até por que não gostaria que pessoas comuns encontrassem qualquer vestígio de necromancia nela... Antes de me tornar o que sou fui poderoso, mas partes essenciais do conhecimento esta fragmentado e boa parte desse poder uso agora mesmo, pra me manter de pé e conversando com vocês, por isso não sou ainda de muita serventia na ação... ou acha que é fácil ser essa caveira sorridente? hehehhe

O começo de seu dialogo foi um tanto melancolico, mas procurou logo mudar o tom da conversa, ate mesmo tirando sarro. Foi então que Aurélio foi tirando os livros e fazendo breves apresentações, fazendo os olhos de Bones brilharem, literalmente, interessado neles, ficando ate em dúvida de qual começar, não dando importância para o calor do local.


— Podemos parar um pouco... temos tempo — Esse aqui é guia moderno e resumido dessa região do submundo.  

— Eu tenho um aqui que é um compêndio das criaturas que vivem nessa parte do mundo — “Ecos da criação — volume 3”.


- Maldito seja Vax por não ter nos apresentado antes ou termos tido tempo!!! Que tesouros vocês guarda ai !!! Me empresta, deve ter algo sobre esse terreno aqui nesse aqui...

Disse ele ávido pelo conhecimento que poderia ter, afinal, parecia descrever bem a situação deles e quem sabe assim começar a antecipar um pouco o que poderia vir a acontecer com o grupo. Mas por mais que estivesse naquele clima da conversa, não podia deixar de notar algo diferente na paisagem. Era um homem, ou pelo menos aparentava ser um. Mesmo olhando os livros, sem levantar a cabeça, Bones fala um pouco alto, para seus colegas ouvirem.

- Ho, Solak, o que vocês acham daquele nosso amigo lá adiante? Parece amigo ou inimigo?

E continuou foleando os livros, queria achar algo sobre aquele terreno incandecente, alguma informação ou alerta talvez, e imediatamente passaria para o grupo qualquer informação relevante.

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Mensagem por Hummingbird Sex Jun 24, 2016 9:52 pm

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— Olha! É a bola da dona Bruxa! — Aleguei, assim que meus olhos foram de encontro à esfera em cima da mesa. Corri em sua direção, até que o sorriso em meu rosto se desfez quando olhando mais de perto, notei que aquela não era exatamente a bola que eu roubei da dona bruxa. — Ahh...não, não parece ser do mesmo tamanho. — Falei com nítido descontentamento. Não cheguei a tocá-la, apenas passei a mão perto, como se tentasse ter certeza de suas dimensões, e comparando-a com a esfera de que eu falava.

Meus olhos então saltaram da esfera para as demais coisas na mesa. A iluminação era boa ali dentro, apesar de ser uma espécie de ruína de algum lugar grande. Primeiro vi a cuia de ferro, depois alguns papéis, nada de interessante, NÃO! Olha ali, uma maquete! Que coisa mais linda?

Mas os meus pensamentos foram interrompidos por sua voz.

— Mamãe! — Aleguei, sorridente em revê-la. Quase que por instinto tentei abraça-la mas ainda no caminho lembrei-me da outra tentativa outrora e então desisti, com uma expressão de estar envergonhado. — Desculpe. — Murmurei, cruzando os braços nas costas.

— Ah! Eu e o Cyrus lutamos contra uns cãezinhos bem grandões! Aí eles tentaram me morder, mas eu escapei porque eu sou muito veloz! E aí apareceram mais cães.. — Entusiasmado com a história, comecei a gesticular e a reproduzir as cenas de esquivas, como uma criança travessa. — Aí eles ficaram todos juntos, daí eu falei pro Cyrus botar fogo e BOOM! O mundo afundou naquela imensidão quente! Hahah! — Terminei abrindo os braços pra cima, como se reproduzisse as chamas caindo. Depois com um largo sorriso fiquei aguardando pelos comentários de mamãe. E quando pensei em me vangloriar por ter sobrevivido ao fogo, diferente daqueles cães malvados, uma voz apareceu e cortou nossa conversa.

A primeira coisa que pensei foi; será que o Ifrit também pode trocar de voz?

Mas não, não era ele. Rapidamente notei, ao longo da conversa, que a voz vinha da bola de vidro na mesa. Estupefato, ignorei os comentários de mamãe e corri em sua direção, tentando entender o que era aquilo. Parecia ser uma velha...

— Eu quero sim! Quero mamãe de volta! Mas.. — De repente, uma súbita olhadela meio apreensivo, e continuei; — A senhora ta bem? Como você foi parar aí dentro, tia? — Indaguei, curioso.

— Se você me contar, eu posso te dar uma das minhas moedinhas! Hahah! — Afastei-me enquanto tirava as moedinhas do bolso e as segurava na mão dando um rodopio alegre. — Se bem que.. como é que elas não queimaram no fogo? Isso é bem esquisito. — Completei.

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Mensagem por Kaede Sáb Jun 25, 2016 4:00 am

Seguindo o nosso caminho, Aurélio estava falando sobre o calor da região ser um tipo de alucinógeno.

_ É real ... Mas pode, sim, provocar...ilusões ... o vapor, mas não há base comprovada para essa afirmação... como estamos de passagem, não vai dar tempo de “sofrermos” com o calor_ Foi o que eu pude ouvir da distancia que caminha .
Para mim estava tranquilo, até que comecei a escutar alguém me chamando...

_Sollrac_

Era uma voz feminina e estava em um tom fraco e distante. Olhei para os lados, mas não pude ver ninguém além de meus companheiros.

_Será que...? Ah, não. O senhor Aurélio falou que o calor não afetaria de maneira tão rápida assim. Então...?_ Parei os meu passos e ouvi mais uma vez.

_Soll... pode me ouvir?_ A voz parecia vir dentro de minha mente, logo respondi em pensamento também para ver se teria algum resultado.

_Sim, não muito bem, mas posso te ouvir._ Era estranho, mas como estou em um mundo estranho. Como proceder? Decidi responder sem problemas a voz, fiquei intrigado, pois não sabia se seria quem eu achava que fosse.

Enquanto respondia mentalmente, voltei a caminhar e a olhar para os lados de maneira mais atenta, foi quando uma rocha me chamou a atenção. Nela estava um desenho de um coração riscado com as iniciais “S&M”, então me aproximei e a toquei.
Me lembrei do inicio de minha infância, minha primeira amizade fora da família, minha adolescência, meu primeiro amor, meu primeiro beijo... várias lembranças de Melanie me vieram em mente.

Balancei a cabeça tentando despertar algo, foi estranho, pois quando eu estava na antessala da morte tentei me lembrar do que tinha acontecido e minha cabeça doía, mas dessa vez não e as lembranças vieram de repente. Será que estou pelo sofrendo os efeitos alucinógenos do calor?

_Mel... é você?_ Falei mentalmente na esperança de uma resposta quando a voz me chamou mais uma vez, e avistei meu grupo um pouco mais a frente e fui até eles.
Aurélio estava tirando uns livros de sua sacola, peguei o que estava em suas mãos: “Ecos da criação – Volume 3” e lhe falei. _Senhor Aurélio, tem como os vivos entrarem em contato conosco?_

Ouvi a sua resposta e lhe expliquei o que me ocorreu, se fosse mesmo Melanie, acredito que ela estava fazendo contato através de algum xamã ou algo assim, já que ela é bastante ligada a natureza e os centauros de sua tribo provavelmente teriam um xamã.
Logo Bones e Ho chamaram a atenção indicando um corpo que estava a frente deitado. O que seria tudo isso?

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Mensagem por Pacificador Sáb Jun 25, 2016 6:41 pm

- Obrigado. - Observou o desenho dela por um longo tempo, olhava chama, poderia apontar, mas provavelmente ela iria contar para alguém, mas em seguida fez assim mesmo. - Chama.- Então ficou quieto, até ela falar novamente.

Raizel a olhou ponderando se devia dar razão ao que queria, sentou e cruzou as pernas. Olhou para Skarla e disse. - Se é oque quer, pode ir. Mas vou tentar fugir assim que você me perder de vista. - Fechou os olhos e esperou que ela não fosse embora. Se ela simplesmente parasse para olhar para o homúnculo iria perceber que ele estava com as sobrancelhas franzido, mal humorado ou achando engraçada a situação, talvez ambos. Provavelmente não queria ficar sozinho.

Depois disso ele deixou a mente divagar. Primeiro pensou em Joe, qual o motivo dele ser o único a ser morto pela criatura. Ela supostamente havia destruído a morsa, um navio gigantesco, por que não derrotou todas as pessoas do grupo de Esa? Esa era uma mulher ou um homem? Havia mais alguém sobrevivido ao naufrágio? Franziu o nariz e voltou a pensar na criatura. Estava dormindo quando eles chegaram?


Abriu os olhos esperando encontrar Skarla o observando. Outro tópico em sua mente que queria entender; os Veitie. Eles são naturais, talvez um pouco animalesco dependendo da ocasião, mas não cruéis. Torturarão Morgan, mas ele havia atacado primeiro. Ergueu a mão esquerda a frente. – O que você ver? – Perguntou.  Era sua mão com a  cor diferente, metalizada, ultimamente estava mais prateada do que metalizada. Talvez a mudança na dieta pensou.

Mas e para ela, ele era um filho da tempestade, poderoso e milagreiro da tribo, se fosse simples assim a resposta, ela já sabia.
- Veitie. Predador da caverna. Grande Pai. Skarla a Aprendiz de? – Parou e virou olhando para a entrada da cabana. Escutou a resposta dela e perguntou algo que seria muito importante ao enfrentar a criatura. – Podemos ver o responsável pelo altar em que cheguei? -

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Mensagem por NR Sérpico Sáb Jun 25, 2016 11:59 pm

24. Carne e sangue

Quando terminou de meditar e abriu os olhos, Skarla ainda estava por perto. A moça parecia na defensiva, atenta ao que Balltier faria, a fogueira totalmente esquecida ao lado dela. Ela provavelmente estava querendo saber por que ele fugiria. Logo ele, que estavam esperando há um bom tempo. Mas ficou quieta, abrindo e fechando a boca, ensaiando o que falar, conforme Balltier pensava alto. Aí:

— Aprendiz de... curandeira — ela disse, com a voz fraca e olhando para o chão, para os desenhos na terra. Quando olhou de novo para o homúnculo, foi para responder sobre o altar. No início ela pareceu confusa sobre qual altar... Mas logo entendeu: — Foi... foi o nosso sacerdote. Ele quem erigiu as pérolas, numa pirâmide. Ele fez outras, pela ilha...

Parece que falar deixou ela mais confiante. Respirou fundo e virou a mesa do assunto:

— Por que você fugiria? — e se Balltier reparasse bem nela, encontraria um par de olhos mel bem abertos e corajosos, além de punhos fechados sobre o colo.

***

Sollrac tocou a pedra e... era real. Sentiu o baixo relevo das marcações, como se as letras tivessem sido escritas ainda agora. E quando respondeu mentalmente, recebeu de volta a voz dela falando:

Sim, sou eu...

Agora ele quase podia sentir o hálito dela, como se Melaine estivesse falando junto ao seu rosto. Sollrac avançou até Aurélio e pegou um dos livros — o que fez Aurélio estranhar o súbito interesse do meio dragão. A pergunta deste, aliás, estampou alguma duvida no rosto de Aurélio, subitamente roubado do seu momento de apresentar os livros para outro, sobre mortos e vivos.  

— Sim... — ele disse, meio hesitante. — Há meios dos vivos se comunicarem com os mortos. Por quê?

Mas logo teve sua atenção de novo desviada, dessa vez com a pergunta do Ho. Só aí que Aurélio viu o homem no caminho. O jovem arquivista não disse nada, apenas recuou alguns passos — puro instinto. Aurélio não parecia capaz de dar ordens, ou mesmo sugerir como agir diante daquela situação.

Mas afinal, poderia ser apenas alguém precisando de ajuda, certo?

Bones folheava o livro da região. Não demorou muito para encontrar a parte sobre o Campo Gineceu, pois parecia ser o trecho mais extenso do livro. Dentro da guia, buscou pelo vale onde estavam. Seus olhos batiam rápidos nas letras, buscando palavras chaves como vale, lava, calor, coisas assim. Não havia intertítulos que separassem os parágrafos e apresentassem um novo assunto dentro da região. Não. O texto era um bloco sólido, cansativo. Mas Bones logo chegaria lá.

Enquanto isso, o homem caído no caminho pareceu tossir uma, duas vezes. Meio acordado, meio desacordado.

Aurélio disse o óbvio:

— Acho que ele precisa de ajuda.

Mas não se moveu pra ir ajudar o sujeito.

E na cabeça de Sollrac, a voz de Melaine disse:

Soll... eu irei lhe tirar daí — A voz foi ficando fraca, baixa. — Apenas... espere. Fique bem... — E expirou por completo.  

Menina ousada. Eu estava torcendo por ela, ah, sim.

***

Lyra checou que Sean não tinha nenhuma mordida e apenas acenou, aliviada, para a história contada. Disse:

— Você é mais corajoso do que deveria — e isso pareceu uma mensagem subliminar vaga demais para ser compreendida. Ou então foi apenas um elogio. — Que bom que está bem.

Ele estava era queimado, algumas partes do corpo borbulhando que nem água fervente. Mas logo ia sarar, ele meio que sentia essa certeza. A única coisa que parecia indisposta a se recuperar era o cabelo, todo chamuscado — se ele passasse a mão na cabeça, vários fios despedaçados viriam entre os dedos, até que sobrasse apenas um terço de cabelo sobre a cachola.

Agora, quando ele falou com a velha, de como ela foi parar lá dentro da bola de vidro, uma grande gargalhada espontânea explodiu no ambiente e Sean viu a imagem de dentro da bola rindo e jogando a cabeça para trás.

— Eu não estou aqui dentro menino bobo! — disse a velha, quando parou de rir. — Que menino engraçado o seu, Lyra. É a tua carne e o teu sangue, mas ainda bem que você não o criou! — Ela riu mais um pouco, gostando do momento. Aí explicou: — Eu estou em outro lugar, vendo vocês através de outra bola dessas! Agora sobre as moedas, guarde para você. Vai precisar, para que volte.

Lyra pegou um tapete pequeno do chão. A velha disse imediatamente:

Ah, o que foi? Não gosta de ouvir umas verdades?

Aí Lyra nem respondeu, apenas jogou o tapete na mesa, sobre a bola de vidro, a cobrindo por completo. A voz da velha não tornou a ressoar depois disso.

Mas espera... como ela, Lyra, pegou no tapete?

Eu não estava lá, e acho que nem poderia, por causa dela, mas sei de um fenômeno sobrenatural do tipo. Coisas se movendo sozinhas em quartos sinistros de casas abandonadas. Então, sobre tal ótica, o tapete se moveu sozinho? Curioso.
 
Lyra se aproximou de Sean e se agachou sobre um joelho para ficar abaixo da linha dos olhos do menino. Disse:

— Essas duas moedas podem comprar uma saída daqui, de volta para onde você veio — A mão dela pareceu querer se mover, talvez tocar o ombro dele ou o lado do braço. Mas ela parou o movimento antes de começar. Talvez também estivesse sofrendo com a falta de calor pelo contato. — Tudo que você precisa fazer é ir até um dos portos... Mas antes, Sean, filho, queria que você me ajudasse a voltar também.

Então ela olhou firme nos olhos dele. Ao menos esse tipo de contato ela ainda poderia ter.

E aí se afastou, foi para perto da mesa e assumiu uma postura mais dura, e um tom de voz mais firme. Contou:

— Eu estou morta e meu corpo está na Lodoss, numa ilha menor na região de Takaras. Mas, antes de morrer, consegui expulsar parte de mim, da minha alma, para cá, onde poderia trabalhar em como voltar à vida. O problema é que aqueles que me enterraram, também me selaram, e postaram um guardião na minha tumba, de modo que todos os meus esforços... todos que consegui contatar para que tentassem... — Ela balançou a cabeça numa negativa. — Nada deu certo.

E ficou um tempo em silêncio, apenas olhando para ele.

— A última pessoa que tinha algum poder para tanto, para me ajudar... ela morreu antes que conseguisse ir até minha tumba. E você... eu não pensava em contatá-lo. Mas quando senti que estava aqui... Foi como uma resposta. Minha última e talvez melhor chance. Isso porque você é do meu sangue. Apenas alguém do meu sangue pode romper o selo ou me fazer despertar.

Lá fora o completo silêncio reinava. Ali dentro, o archote estalava as vezes, a chama dançando.

Então ela caminhou pelo salão, até uma porta nos fundos que Sean nem tinha percebido antes. Indicou para que o menino fosse até lá. A outra sala depois da porta também estava iluminada, só que vazia, e a única coisa que se tinha para ver ali era um imenso círculo desenhado no chão. O círculo era entrecortado por outras formas geométricas, triângulos, retângulos, além de outros círculos, de vários tamanhos. Algumas letras esquisitas e números apareciam ao redor de algumas formas. Em alguns ângulos de triângulos, havia cuias metálicas com líquidos dentro.

Fora isso, num canto da sala, havia uma escada que descia, oculta em escuridão. Um cheiro ruim vinha de lá junto com uma fraca corrente de ar. No lado oposto, uma escada subia, iluminada com archotes junto aos corrimões.

— É um portal — disse Lyra, sobre o círculo — para minha alma voltar ao corpo. Tenho quase tudo — Ela apontou para as cuias e os respectivos elementos contidos nelas. — Só me resta duas coisas. — Então ela olhou para Sean. — A fácil é uma gota do seu sangue. A difícil — Ela desviou o olhar para a escada no canto da sala. A que descia. — é algo que está onde não posso ir. Embaixo dessa cidade morta. Você teria que — Tornou a olhá-lo, com calma no rosto intangível. — ir lá pegar pra mim...

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Mensagem por Knock Dom Jun 26, 2016 2:21 pm

Bem, estranhei a reação de Aurélio, mas depois pensei e relacionei a natureza dele... não me importei. Bones estava lendo, o outro viciado na pedra. Os dois entorpecidos...

Não quis ir até o homem, mas fui. Cutuquei o rapaz com a extremidade da arma tentando acorda -lo e chamando --Ei, Eu! Acorde!-- Fiquei lá até o cabra acordar.

Olhei para o grupo. Porquê Aurélio queria parar? Não parecia nem cansado... estranho. Sempre achava as coisas estranhas. Fiquei mais vigilante é pensando mais alto perguntei-- que lugar é esse?.


>Off: perdão o post pequeno. <

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Mensagem por Bones Sex Jul 01, 2016 12:16 am

As palavras daquele livro eram exatamente como tudo naquele lugar do pós morte: difícil. O texto não apresentava uma fluidez ou organização, era algo bruto, compacto e de difícil localização, qualquer informação era sofrida de ser obtida e exigia uma atenção mais detalhista e focada, pois do jeito que estava não seria difícil se perder naquele rochedo de letras.

- Aurélio, não sei se vão me permitir, mas se quando acabarmos tudo isso e realmente forem me mandar de volta, antes disso vocês podem me dar uns dias com esses livros? Porque a raiva que estou em lê-lo agora é suficiente para que eu fique um pouco mais só pra reescreve-lo da forma certa! Rapaz, num é atoa que estamos no pós vida, só tendo a eternidade mesmo pra poder ler algo sólido assim hehehe
Tentou brincar com ele sem tirar o rosto do livro para não se perder, fazendo um comentário verdadeiro pois o conhecimento era válido e reescreve-lo garantiria que se lembraria ainda mais dos detalhes, mesmo que adiasse por alguns dias sua volta. O que eram alguns dias perto de todos os anos que já havia vivido assim?

Quanto aos outros, Bones percebeu que Ho havia se afastado em direção ao homem e Solak ainda estava por perto, então poderia realmente se focar na leitura sem problemas.

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Mensagem por Hummingbird Sáb Jul 02, 2016 9:00 am

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Logo, minha fixação em descobrir como a mais velha estava fazendo aquele truque com a bola de vidro, se foi. Minha atenção se voltou para mamãe, meus olhos para o círculo no chão, e assim saltando entre uma e o outro, como que tentando assimilar a informação. Ela falou bastante, me deixou um pouco confuso. Eram muitas perguntas que retumbavam na minha mente tal como a dança sutil dos archotes nas paredes.

E então veio o cheiro ruim.

— Tscchh! — Seguido de um espirro de minha parte. Assoei o nariz com o que restou das mangas de meu macacão queimado. Foi só aí que notei meus cabelos caindo - resultado da brincadeira com Cyrus -. Confesso que num primeiro momento eu ficaria triste. Oras, eu gosto dos meus cabelos bem onde estão! É desesperador imaginar que não estão mais lá, assim do nada. Mas então, a situação me fez ter uma memória reconfortante. Lembrei da aventura com o tio Chagas. Lembrei da bola de vidro da dona bruxa que, supostamente, também deveria me fazer perder os cabelos. E então instintivamente, o medo ficou para traz seguido de minhas palavras;

— Precisou de uma rajada de fogo de dragão pra esses cabelos caírem... — Engatei enquanto tentava ajeitar o resto dos cabelos ainda na cabeça. — Afinal a bola de vidro da dona bruxa não era tão poderosa quanto Cyrus. — E eu confesso que não esperava que Lyra entendesse. Foi mais como um devaneio que saiu em alto e bom som. Palavras ao vento, esquecidas logo depois da missão que nas palavras de mamãe, me veio como um pedido desesperado. E como filho, oras, era minha grande chance de fazer o que mamãe pede! De ser um bom menino! Aí não deu outra, quando vi já estava com aquele sorrisão largo no rosto.

— Sim! Eu posso ir lá buscar pra você, mamãe! — Entusiasmado, acabei deixando de lado as lembranças confortantes e agora só pensava em ser o bom filho que a casa torna. — Mas preciso que você me conte; o que é que eu tenho que pegar pra senhora? — Completei, enquanto fechava os punhos guardando as moedas na mão direita.

Os meus olhos então fixaram-se nos dela, como se só minha capacidade de acreditar que ela estava ali já fosse o suficiente para fazê-la viver. Pelo menos pra mim.

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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Pacificador Sáb Jul 02, 2016 6:42 pm

- Entendo. - Demorou alguns segundos a mais para responder, observou os olhos da garota como se esperasse alguma resposta. Apos poucos segundos o garoto desviou o olhar, não sentia ou até mesmo conseguia entender seus sentimentos, pelo menos acreditava que não era nada romântico.

- Não quero ficar sozinho. - Continuou ali encarando o desenho esperando alguma reação dela então continuou. - Estava brincando, então esqueça sobre isso. - Olhou uma ultima vez para ela. - Podemos ver Sagno? Ele estava quase morto quando o encontrei, estava falando até em reencontrar a Laura... - Esperou pela resposta então complementou. - Espere. É melhor eu contar para você sobre o que estava pensando... É segredo, pelo menos por enquanto.- Ergueu o mindinho esperando que aquilo fosse suficiente para se desculpar pela parte da fuga.


Então revelou sobre a criatura para ela, pelo menos o que acreditava ser a principal fonte de poder dela; tempestade eletrica. - A arvore na qual me puxou, acredito que podemos usar contra o guardião... Mas acho que é muito sagrada para algo assim né? - Então finalmente se levantou e tentou sair da tenda em busca de Sagno.

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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Kaede Dom Jul 03, 2016 10:00 am

_Ao tocar a pedra pude sentir o baixo relevo da inscrição que estava marcada e que parecia ter sido feito a pouco tempo...

_Sim, sou eu..._ Era a voz de Melanie que respondia em minha mente, parecia que ela estava bem próxima, pois tive a sensação de seu rosto estar junto ao do meu..._

Foi essa a minha resposta dada para o senhor Aurélio, assim que ele tinha terminado de falar “Por quê?”, e logo nossa atenção foi desviada por Ho que estava com duvidas sobre o que fazer com um corpo que estava no nosso caminho.
O nosso “guia” não respondeu nada, parecia estar assustado e apenas recuou alguns passos, enquanto Bones continuava a folhear os livros em busca de algo.
O corpo do homem que estava deitado no chão deu sinal de vida com suas toses... Acho que isso fez com que Ho se aproximasse do cara e o começou a cutucar, tentando o acordar.

Bones falou algo e nem percebi se era comigo ou com Aurélio, e mesmo com o jovem arquivista tendo recuado um pouco, ele falou que o homem no chão parecia precisar de ajuda. Logo olhei para Ho e o homem deitado e novamente olhei para Aurélio falando.

_O senhor o conhece, ou sabe quem pode ser?_

Nisso mais uma vez a voz de Melanie veio em minha mente, dessa vez diminuindo aos poucos, como se a nossa conexão estivesse terminando. _Soll... eu irei lhe tirar daí...Apenas... espere. Fique bem..._ Nesse pequeno espaço de tempo lhe respondi...

_Melanie, eu não estou sozinho aqui... Estamos em busca de um chave..._

Não sei se falei em voz alta ou se falei mentalmente, pois queria que ela ouvisse minhas palavras antes de nossa conexão expirar por completo.
Como tudo isso parecia ter terminado e ainda com o livro em mãos, aguardei a resposta do arquivista sobre minha pergunta, caso o homem fosse amigo, eu iria me aproximar de Ho, caso contrario iria permanecer alí, junto de Aurélio esperando que falasse mais sobre a conexão que tive agora pouco.

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Mensagem por NR Sérpico Seg Jul 04, 2016 10:24 pm

25. Jack, o homem caído

Isso porque o “Estradas de ferro enferrujam?” era um guia moderno — imagina a versão clássica daquele tomo! Mas Bones achou um trecho dizendo que rios de fogo correm abaixo do solo, rente, e explodem ocasionalmente num dado local, região central do Campo Gineceu. Tal atividade, com o tempo, ocasionou inúmeras mudanças no relevo local. A lava sofria períodos de estiagem, simplesmente secando e deixando de fluir e sumindo — e quando isso acontecia, tuneis eram formados abaixo do solo. Você poderia perfurar o chão em quase qualquer ponto, que daria em algum caminho de lava logo abaixo dos seus pés. Terremotos também eram comuns, as vezes gerando deslizamentos desses tuneis e alterando de novo a geografia local. Depois a lava brotava novamente, abrindo novos caminhos pelos lençóis.

E toda a lava, não importa onde brotavam, sempre convergiam para um mesmo ponto. Uma espécie de gruta, onde forte atividade magnética pulsa de forma constante. Segundo o livro, nada se sabe sobre tal atividade magnética, sua razão, seu móvel. E não afeta apenas a lava — metais são intensamente sugados, de modo que a gruta é repleta de itens de tal consistência.

Os rios de lava se derramam num misterioso buraco dentro da gruta. No livro, havia a sugestão do buraco ser uma Queda.

Tudo isso, claro, escrito de forma prolixa. No mais, o livro confirmava o que Aurélio já tinha dito sobre o calor e suas possíveis consequências, sugerindo que talvez não seja o calor, mas sim o ar, algo no ar. A provável fumaça e/ou vapor, do contato da lava com as rochas, poderia ser o fator nocivo daquele ambiente. Nocivo a longo prazo.

E aí Bones sentiu  o chão sólido ficar macio sob seus pés ossudos dentro dos sapatos de pano.

Sollrac também sentiu, um instante depois, quando o solo ficou mais macio, sendo perceptível a mudança mesmo através das grossas botas que o meio dragão calçava.

Ho não sentiu isso pois estava sendo atacado pelo homem caído, e estava mais distante do grupo.

Foi assim: enquanto Bones lia, e Sollrac tentava uma resposta final para a voz em sua cabeça (sem receber nada de volta, Melaine desaparecendo), Ho se aproximou do sujeito deitado, aparente moribundo.

A verdade é que foi um truque barato de estrada. Um membro do bando tomba no caminho, se finge de derrotado, e aí pronto: armadilha. O sujeito caído fez direitinho.

E do jeito que estava caído, todos tinham visão só de suas costas. De modo que quando Sollrac perguntou se Aurélio conhecia o fulano, o jovem apenas fez que não.

Aí o chão amaciou, perdendo consistência.

Mas antes Ho tocou o cara com a picareta. Estava razoavelmente distante, boa envergadura que tinha. De modo que quando Jack se virou com a faca de lâmina negra em mãos, Ho teve reflexo para escapar, pisando para trás. Se estivesse mais perto, a queima roupa, talvez seria pego pelo golpe. E aí, o mais correto seria contra atacar, da parte de Ho. Ao passo que o inimigo já estava levantando, ágil, pronto para alguma coisa.

Mas o sujeito parou. Ho parou também.

Jack.

Ho ainda se lembrava dele?

Estava diferente: uma queimadura arrebatara o lado direito de sua face, da altura da orelha até o topo da cabeça. Ele perdera o olho direito, a orelha, os cabelos. Sua bochecha ficara repuxada para cima, fazendo parecer que Jack estava sempre sorrindo.

— Você... — ele disse. — Não

Ele não ia mais atacar Ho com aquela faca. A outra mão se ergueu, como tentando sinalizar.

Não! — disse Jack, para os lados, não para Ho.

Ho viu quatro sujeitos encapuzados surgindo de trás de uma pedra, à direita do caminho onde estavam. E viu três surgindo de trás de outro pedregulho, à esquerda do caminho. Um desses, gesticulava com as mãos e uma camada de poeira parecia rodear seus dedos rápidos.  

Aí Jack disse para Ho:

Saia daqui!

Pelo menos ele pareceu reconhecer Ho. Não se sabe como. Anos tinham se passado desde a última vez que ele vira Ho, a última vez que vira algo quando estava vivo. Ho era outro naquela época, mais jovem. Mas Jack reconheceu aquele Ho nesse que tentara apunhalar, ainda agora.

Mas o alerta não tinha como dar certo — a coisa toda já estava em curso no momento que Ho se aproximou.

Os quatro homens corriam pra cima de Ho — era o maior do grupo, a aparente ameaça mais forte, que deveria ser abatida logo de início. Um deles corria na frente, dois deles vinham logo atrás, lado a lado, e o quarto, mais recuado e quase oculto pelos companheiros, vinha mais atrás, fechando a cruz.

Pois, apesar do truque barato de estrada, aqueles caras tinham tática.

Os outros três se aproximavam, mas não diretamente contra Ho. Seus olhos estavam no restante do grupo.

O solo sob os pés dos três amolecia, parecia querer virar lama, mas não estava de todo molhada... A área de efeito ia crescendo a partir deles, se espalhando. Se olhassem para o chão, notariam apenas uma mudança de cor, a rocha ficando mais clara, mas ainda prezando a textura visual de algo sólido.

Ia acontecer algo esquisito no segundo seguinte, bem ali onde eles estavam pisando.

***

Então Skarla fez que sim, podiam ir ver Sagno. E depois escutou atentamente o segredo, como se estivesse para aprender um conhecimento novo e importante para sua vida.

Ela pareceu assustada conforme Balltier contava sobre o bicho.

— As asas... — ela sussurrou, com superstição, olhando para o chão, para os desenhos das ilhas. Depois, sobre a árvore, ela disse: — Bom, era um Carvalho Ferro, uma das maiores árvores da ilha. Temos só três delas... Acho que ela foi parcialmente distraída pelo relâm... por você... Mas é possível sim recuperar algum galho dela. Um que ainda esteja bom. Posso pedir para alguém buscar.

Dali, foram ver o contramestre do Morsa.

Cruzaram a clareira, passando por outras várias tendas. Balltier viu ao longe que Pedreira ainda dormia no tronco... mas ele pareceu dar uma tossida de leve.

Quando entraram na tenda certa, Balltier viu Sagno sentado sobre um amontoado de peles no chão, comendo o que deveria ser uma sopa de legumes e batata num prato pequeno de argila. Ao lado dele tinha uma mulher, talvez um ciclo mais velha que Skarla e um tanto quanto parecida com a aprendiz — com as mesmas marcas tribais numa das bochechas.  

— Ele quer conversar com este homem — disse Skarla.

A outra mulher se levantou para sair. Sagno disse para ela, com a boca cheia:

— Obrigado, Sharon.

E ela saiu, e Skarla saiu atrás dela, deixando os dois.

Sagno ergueu uma sobrancelha e deu um meio sorriso.  

— Acho que minha vida é sua agora, certo rapaz?

O tronco dele estava enfaixado com folhas, assim como a perna. Ele tinha os movimentos lentos, mas parecia bem lúcido e, melhor ainda, lembrando de tudo. Aí ele sussurrou, como um confidente:

— O que eles querem com você? — e aí balançou a cabeça e refez a pergunta: — Ou melhor, quem é você? Sempre ouvi que essas tribos locais" não se dão bem com visitantes... E no entanto, eu estou com a barriga cheia e a ferida tratada, por sua causa.

Ao passo que, do lado de fora as duas moças conversavam e Balltier captou a outra mulher, Sharon, dizer algo como “a velha está vindo”.

— Para quê?  Ela nunca vem! — foi a voz de Skarla, num misto de surpresa e indignação.

— Como "para quê?" — disse a outra. — Para ver ele, claro.  

E as duas ficaram em silêncio do lado de fora.

***

Sean viu duas aranhas logo nos primeiros passos. Aranhas grandes, do tamanho de cavalos.

Viu primeiro as fileiras de olhos vermelhos refletidos no fogo do lampião que carregava. Depois, no passo seguinte, viu o corpo cabeludo e gordo delas. Elas recuaram — exatamente como Lyra disse, desde que ele mantivesse o lampião aceso. A intuição de Sean dizia que as aranhas poderiam, sim, oferecer certo perigo. Intenções malignas emanavam de leve daqueles olhos aracnídeos que fugiam da luz, hm.

E as teias de aranha no teto pareciam ter uma consistência sólida. Até mesmo reluziam de leve à luz do lampião.

As bichas afastadas ainda faziam sons. Era como se quisessem que Sean soubesse da presença delas. E não dava para saber se longe ou perto, pois, logo notou, o lugar gerava ecos com facilidade.

Caminhou reto pelo túnel, ignorando a entrada a direita, e depois ignorando a da esquerda. Nesta última, teve a impressão de ouvir um chiado de chuva, fraco, mas constante, vindo de por ali. Passou reto. Segundo a maquete, deveria virar na próxima esquerda e depois esquerda de novo. Vencer mais um túnel e pronto, estaria no laboratório.

Pois Lyra queria silício.

Ela dissera:

— Preciso que você pegue um frasco pequeno neste local.

Ela já tinha voltado para a sala, e conduzira Sean a olhar a maquete. O ponto marcado, num canto, era o que ela apontava agora.

— É um laboratório. O único local que espero encontrar silício. Só preciso disse, Sean, para terminar a transmutação do portal de passagem. Silício. O último ingrediente.

Então ela apontou onde Sean sairia, naquela maquete, se descesse pela escada que tinha naquela fortaleza meio quebrada em que estavam. Estava bem perto do ponto marcado, o que praticamente não exigiu nada de memorização por parte de Sean. Algumas viradas e já estaria no local. Lyra disse que todos os frascos do local estariam nomeados, de modo que era só procurar e bater o olho em algo escrito “silício”.

Nesse meio tempo Lyra sumiu e voltou, assim, num piscar. Voltou segurando um lampião à óleo, aceso.

— Vai precisar disso. Mesmo que enxergue no escuro... Isso vai manter as aranhas longe. Esse óleo vai durar por uma hora, talvez um pouco menos. Mais que suficiente, Sean, querido. Mas não o largue. Se qualquer coisa apagar essa luz, você terá problemas. E eu, ou Cyrus, não poderemos entrar lá pra te ajudar. — Daí ela pareceu hesitar um pouco, ponderando o que acabara de falar. — Tem certeza de que pode fazer isso?

Foi.

Na ponta da escada, ela ainda disse para Sean prestar atenção onde pisa, e, caso a porta do laboratório esteja fechada, que ele abra com calma e cuidado.

— Talvez haja armadilhas ainda funcionais — ela disse, meio reticente.

Daí Sean desceu pela escada. Sentia o cheiro ruim que era difícil de identificar vindo direto em seu nariz. Mas continuou. A escada, num dos degraus, tinha uma porta de madeira. Ele abriu e passou. Mais uns dois degraus e sentiu como se tivesse atravessado alguma coisa — algo próximo do que sentiu quando saiu da Redoma do Rei junto com o grupo, mil anos atrás.

Agora ele estava no subsolo. Terminou a descida da escada, andou reto um pouco, viu as aranhas, seguiu pelo corredor, desviou de pisos quebrados e pedaços e teto caído e teias de aranha baixas. E agora estava de frente para o corredor que daria no tal laboratório. Na escuridão do local, o lampião a óleo era como um farol. Mas mesmo assim não dava para ver, da ponta, o final do corredor, onde estaria a porta, fechada ou aberta, do cômodo em que precisava achar o último ingrediente.

Mas aquele corredor... totens enfileirados a direita e a esquerda davam um visual diferente para o caminho. Pareciam ser feitos de madeira, pintados com algo fosco.

Ao longe Sean ainda escutava o que deveria ser as pernas das aranhas em movimento pelo teto. E o mais próximo que conseguiu interpretar do cheiro ao seu redor era uma mistura de merda com carniça. Chato.

xp de atraso:

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Mensagem por Hummingbird Qua Jul 13, 2016 4:23 pm

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Porque é que eu tenho a impressão de que já vi uma aranha dessas antes?

Enfim.

Mamãe disse que eu precisava encontrar o tal Silício. E eu realmente achando que ela precisava de algo difícil de encontrar, um chifre de alguma criatura agressiva, veneno de alguma coisa, uma perna de dragão talvez? Ah! Não! Caso contrário Cyrus seria perneta. É, talvez o tal do silício esteja de bom tamanho.

E fui andando e pensando nessas coisas até chegar no tal subsolo. A primeira sensação que tive foi estranhamente familiar. — Igual lá na floresta com a menina bonitinha! — Falei, cheio de mim. E logo depois reflexivamente tapei a boca, como quem não sabe se deveria ter falado tão alto. Eu preciso controlar esses meus impulsos, desde que encontrei a mamãe tenho me sentido tão esquisito. Preciso me concentrar!

Virar naquela direção, passar pelas tais portas, passar pelo lugar com som de chuva, espera, chuva? Não, não é aqui! Seguir em frente, virar de novo, e pronto, lá estava o corredor! Mamãe falou pra tomar cuidado e pra ver se a porta estava aberta, mas, dali não dava pra ver quase nada direito.

— Está muito escuro! — E segurei firme o lampião, com medo de que ele caísse e eu ficasse sem minha única luz. Estendi um pouco a mão, tentando iluminar só um pouquinho na frente, ainda que não fosse possível ver muita coisa além dos tais totens espalhados de ambos os lados. — Hmmmm! Nananina-não! Não vou cair nessa! Isso tá com cara de armadilha! — Aleguei como que concordado com meu próprio instinto que dizia; sai dessa!

Mas, ainda assim, eu precisava passar. Então, como eu faria?

— Já sei! — E imediatamente buscaria por alguma pedrinha, ou qualquer coisa ali atrás que eu pudesse pegar e que não fosse muito pesada nem grande. Em caso de encontrar, usaria ela para jogar ali no corredor e ver o que acontece. Se não encontrasse, jogaria o meu estojinho com aquelas plantinhas de cheiro estranho, acho que eram ervas, assim que o tio Mic chamou né? Bom, um ou outro, tinha que acontecer alguma coisa. E eu ficaria atento! Não queria correr o risco de ser atingido ou pego de surpresa por alguma coisa. No mais, ficaria concentrado, observando o que acontece.

E pro caso de nada perigoso acontecer, e de eu ter certeza que talvez eu pudesse passar, ficaria me concentrando mais um pouco pra ver se eu conseguia levitar de novo como fiz quando encontrei com Cyrus. Se eu conseguisse, passaria pelo corredor levitando até o outro lado da porta. Eu não desceria até abrir a porta antes.

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Mensagem por Knock Ter Jul 19, 2016 8:23 pm

Então, indo contra minha força de vontade oposta àquilo, fiz o que tinha de fazer: ir lá cutucar o homem... Não sei se fora o movimento ligeiro dos ombros ou de algum grupamentos dos músculos costais que denúnciou o ataque, acrescidos à distância proporcionada pela picareta, mas consegui esquivar pulando para trás já me posicionando em pé de ataque com a base na defensiva, mas aí parei.

Parei, pois não pude crer naquilo que meus olhos contemplavam. Ele estava lá. Na minha frente... Diferente... Com o rosto deformado e vários detalhes diferentes, os quais poderia me levar a diminuir em muito o esplendor do que um dia meu mestre fora, mas aquele ataque, aquela velocidade e a garra talvez continuassem as mesmas, talvez até tivesse crescido no tempo que passou do outro lado... Talvez aquelas fossem cicatrizes de nossa última luta, porém, não senti dor.

Senti algo, que quando paro para pensar em sentimentos, pouco percebo... Seja por ingratidão ou remorso, dor ou rancor... Percebi... alegria. Alegria de ver meu grande tutor sem o qual nada do que havia me tornado teria começado. Sem o qual talvez eu nunca tivesse tido a ideia, mesmo que por impluso, de ter me alistado e galgado espaços no exército de Hilydrus.

Alegria. Me dei ao infortúnio de relaxar e ficar surdo por breves instantes que talvez me fizessem falta em um futuro. Mas só conseguia sorrir... Pensando agora, creio que tal situação nunca havia acontecido comigo... Será que era isso o que chamavam de “porre”?! Então eu estava porre. Só conseguia sorrir depois dos segundos nos quais ficara boqueaberto, tanto que nem respondi, somente ria.

Ele gritou para os grupos pararem de atacar, mas já era tarde demais e o grupo se dividira para me atacar e atacar aos meus companheiros. Ou talvez ele fosse o menor dali –coisa que não seria muito difícil, pois ele mesmo admitia a realidade de suas limitações e que poderia haver outros muito mais habilidosos que ele. Os vi de relance emboscando o grupo e outra parte do grupo correndo até mim.

Em situações normais, nas quais eu me visse totalmente cercado, sei que teria usado o apito e após isso tentaria dissimular aquela linda soberana. Eu sabia que essa era a melhor opção para o grupo. Se eu estivesse menos em mim e mais assustado, talvez eu pegasse Jack e saísse correndo na forma de algum animal veloz ou que voasse, mas nessa ocasião... essa era diferente.

Não peço a compreenção... Só relato o que aconteceu... eu não estava em mim. Fui tomado por uma alegria tão incontrolável quando minha ira adormecida. Via a reação de Jack me dizendo para fugir. Aqueles caras eram perigosos, mas só consegui virar de costas para Jack girando a picareta na mão, como um sinal meu de quando estávamos vivos, cumprindo quase todo e qualquer tipo de missão, sinalizando que era eu mesmo, resgatando gestos há muito perdidos; girei a picareta, gargalhando como quando os meus amigos bebiam demasiadamente após uma missão de sucesso.

Endureci minha pele, como exoesqueleto de algum crustáceo resistente. Confesso que só pensei em lutar e acabei nem pensando no que me transformar... Só sei que queria endurecer e corri a corrida mais rápida, pois os algozes estavam próximos a mim. Só conseguia gargalhar. Não consigo imaginar a expressão macabra que poderia estar fazendo ou mesmo se era uma careta idiota... Se eu tivesse analisando a situação de fora talvez eu pensasse “Que gigante louco”, pois sim, eu estava louco, pois não estava em mim.

“Perdão, senhora”, pensaria depois de tudo me referindo a sabedoria, pois aquilo eu não aconselharia.

Girei o corpo, me despedindo de meu antigo mestre, girando a picareta na mão, dei o impulso com os grupamentos de músculos necessários para realizar o pequeno feito da forma mais eficaz possível; enfrentaria os cinco de uma vez. Se usassem espadas, não bloquearia o ataque diretamente com o exoesqueleto, mas sim, usaria o artifício para desviar os ataques e mudar a direção de cada um deles, aproveitando os próprios movimentos dos adversários contra eles mesmos. Poderia tentar com isso também usar um contra o outro em seus ataques, se possível fosse. Como uma dança, tentaria guia-los para o próprio fim e desespero.

Eles estavam encapuzados, então, como eu não poderia ver a forma de ataque, me preparei para ataques, como magias ofensivas, as quais, eu preconizava que iam em linha reta, assim como flechas. Usar um dos inimigos como escudo, se possível; se tentassem me cercar, eu não perderia o controle para eles, me dando ao luxo de ficar parado no meio, logo, eu tentaria controlar a situação que sirgisse, me impondo; impondo a presença e a força. Se fosse desarmado, eles sentiriam o refinamento e o peso dos meus punhos, os quais tentaria acertar em pontos estratégicos.

Eu não queria perder nenhum ataque, então faria de tudo para economizar movimentos, sendo o mais objetivo possivel, buscando neutraliza-los, seja por acertar algum ponto no qual o sistema nervoso central, o qual ficaria desorientado, como o queixo; quebrando a coluna ou as pernas. Ou mata-los de uma vez (Ou algo similar... já que...hm).

Mas como faria isso tudo tão elaborado com tamanha explosão de emoções raras em mim?! Também não sei explicar. Só sei que me sentia leve e capaz. Era como se eu flutuasse. Eu gargalhava inocentemente e sei que a gargalhada iria aumentar mais se eu tivesse os corpos dos meus inimigos debaixo dos meus pés. Sei dizer que lembrei dos dias bons com o meu mestre, lembrei dos conselhos e dos aprimoramentos que o exército me proporcionou em vários aspectos. Havia aprendido fazendo e refletindo sobre cada missão e no exército havia fortificado as bases e estava trilhando novos caminhos.

As gargalhadas fortes ecoariam por aquele lugar. A dança começaria. Nem mais calor eu sentia do lado de fora, pois nem se comparava com o que estava acontecendo dentro de mim.





> Off: Gm, estou usando diretamente a H.E 2, mas não estou trocando de atributos da força para resistência, nesse caso é só uma questão interpretativa que fica ao seu critério como sucederá. Lembrando que a H.E 1 – da cura – está ativa costantemente. Você pode usa-la se necessário no seu post, para que haja maior dinâmica da luta, mas se achar melhor, podemos ir passo a passo e vou citando o “começo” da H.E1. Curti muito o post. Seja bem vindo de volta ^^ <  

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Mensagem por NR Sérpico Qua Jul 20, 2016 10:08 pm

26. Gatilho

Conforme pensava alto, sons eram feitos ao longe (ou perto, vai saber). Por um momento Sean teve a impressão que os sons aumentaram de frequência, como se mais aranhas estivessem se amontoando, talvez não em uma única direção. Só impressão.

Achou uma pedra que deu pra fechar na mão, pedaço do teto, ou da parede. Jogou. A pedra voo normalmente, quicou normalmente, e tudo continuou numa boa, como se não houvesse nada preocupante, Sean sendo apenas cauteloso demais.

Aí foi levitando, passou pelo primeiro par de totens e... nada aconteceu. Agora, mais dentro do corredor, via que as paredes eram azulejadas numa cor escura, talvez azul, com argamassas cinzas. Tudo fosco, mas brilhando de leve ao refletir a luz do lampião. Continuou, passando pelo segundo par de totens, e nada aconteceu. O chão, notou, era sem falhas, sem escoriações, apenas raspado em alguns pontos centrais, como se uma grande vassoura tivesse esfregado muito aqui e ali. Também era azulejado, cada azulejo do tamanho de um pé.

Era sem falhas... mas manchado em alguns pontos. Difícil saber, mas eu acho que era sangue seco e centenário, hm.

No terceiro totem ele já conseguia ver o bastante para sacar que a porta de folha dupla não estava aberta. No quinto par de totem, teve certeza de que a entrada estava realmente fechada, sem frestas nem nada.

Atrás de si, escutou as pernas ligeiras das aranhas enormes. Mas se olhasse para trás, não veria elas — vai ver estavam na entrada do corredor, onde era seguro.

Chegou. Diante da porta, manteve a levitação. Fechada. Apesar de ser de folha dupla, a porta de madeira tinha apenas uma maçaneta redonda. Escutou, observou. Tudo aparentemente certo. Tocou o aço frio e girou, a maçaneta indo até o final.

Click.

Como um gatilho, do lado de lá da porta ainda fechada. Aí, quase que imediatamente Sean sentiu que a porta queria se abrir, como se houvesse uma força inata e automática do lado de lá pronta para recepcionar o visitante.

Era só soltar a maçaneta que a porta abriria. Certeza.

***

Numa confusão de emoções que deixou a “senhora” meio de lado, Ho aceitou o desafio com euforia na gargalhada e nostalgia na mente. Não esperou por eles — foi em frente com a picareta pronta. Só faltou música. Na partitura, o nome escrito era Isara... Devaneios. Foco no agora.

No agora, as pernas de Bones, Sollrac e Aurélio afundaram até as canelas. Acontece que o chão amoleceu ao ponto de se tornar algo próximo de lama, coisa movediça mesmo. E eles estavam afundando rapidamente, as pernas quase que já imóveis. Pra piorar, dentre os três caras que vinham vagarosamente na direção deles, um tinha chamas recém conjuradas nas mãos. Ele juntou as mãos e uma bola de fogo surgiu — certamente um presente definitivo para o trio preso, pra daqui a pouco. Um daqueles sujeitos deveria estar controlando o solo. E o terceiro... bem, ainda não era clara sua ação na cena — se ele estava fazendo algo, não dava pra saber.

De volta ao Ho: seu pronto golpe giratório foi uma surpresa, acertando dois deles, o que vinha a frente e o da direita.

Ao menos foi essa a certeza, de ter acertado os dois, mas viu apenas o da direita da formação de cruz cair de lado com o golpe pesado.

O primeiro da fila atravessou a picareta veloz, como se ele fosse um fantasma desgraçado, intangível. E depois, em sua corrida sem freio, atravessou o próprio Ho: pulou pra cima do meio orc, como se fosse atacar, mas passou por dentro de Ho, saindo do outro lado. Tudo que Ho sentiu foi um arrepio, que durou menos da metade de um segundo. Não tinha tempo para impressões, tinha de manter o olho na espada que o último da fila invocou do nada, e nas mãos aberta daquele da esquerda. O que fariam?

O da espada, claro, saltou para um golpe. Ho ergueu a picareta e bloqueou o golpe no ar, descobrindo que o fulano era forte, fazendo os músculos de Ho trabalharem pra sustentar e repelir o atacante, que recuou alguns metros com a repulsa do meio orc, pousando com os joelhos flexionados.

Menos da metade de um segundo depois e o da esquerda fez alguma coisa: Ho sentiu como se uma rede pegasse suas pernas.

A dificuldade ali era lutar contra os quatro ao mesmo tempo. Você não conseguia dedicar tempo o bastante para cada um, e também recebia pouca informação, apenas relances, do que cada um poderia fazer.

A rede puxou e Ho viu o mundo sair do lugar. De repente, estava caído e isso foi horrível. Sentia-se cercado, o da rede invisível em algum lugar à sua esquerda, o da espada à frente dos seus pés, e o intangível atrás de si.

Tinha certeza apenas de que o quarto, o da direita na formação, aquele que acertara com a picareta, não estava de pé. Pelo menos não ainda.

Jack também parecia surpreso demais pra agir, ainda naquele período de letargia de quem está confuso e assimilando muita coisa ao mesmo tempo. Mas aliás, o que ele poderia fazer?

Alguém disse:

— Mantém ele no chão!

Ho teve a vaga impressão de que era o último da formação que dissera isso, o da espada.

Tudo isso em dois segundos e mais um pouco.

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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Ter Jul 26, 2016 2:17 pm

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— Ué? — Murmurei, com certo descontentamento.

Confesso; esperava algo mais grandioso. Algo como aranhas bem grandonas e famintas saindo das paredes pra me atacar, flechas ou algo assim. Não sei, era só um palpite mesmo. Mas não aconteceu nada com a pedrinha que eu joguei, assim como também não aconteceu nada comigo. Atravessei o corredor sem dificuldades, flutuando, é claro.

Do outro lado, deparei-me com aquela tal porta. Mamãe advertiu, se estivesse fechada, que eu a abrisse devagar. Pensei; talvez esse seja o gatilho então? Admito, eu estava ficando muito pensativo desde que conheci a menina bonita na floresta. Não sei, parece que fiquei mais alerta? Ou talvez seja esse silêncio todo na minha cabeça que me deixa menos distraído. Olhei pra traz uma última vez antes de abrir a porta e, com auxílio do lampião, fiz menção de ver se ainda haviam aranhas por lá. Pelo barulho parece que estavam na entrada do corredor. Será que se eu abrir essa porta elas vão vir correndo me pegar? Vai mesmo abrir? Por mais que a sensação de que a porta fosse abrir sozinha assim que girei a maçaneta, minha mente ficou encoberta de dúvidas. Mil coisas podiam acontecer...

— Ainda bem que eu já morri, hahaha! — Num súbito de coragem, apenas soltei a maçaneta, dando-lhe um empurrãozinho leve pra que a porta se abrisse. Se ela estivesse tão velha a ponto de emperrar, eu ajudaria a abrir. Sem medo. Apenas queria entrar e ver o que tinha lá dentro. Ainda levitando, é claro. Lampião aceso, sempre brilhando atrás a mando de afastar as tais aranhonas.

E antes de entrar...

— Er... Alô? Tem alguém aí? — Indaguei, um pouco tímido enquanto entrava.

O primeiro objetivo era entrar e fechar a porta logo em seguida. Depois, explorar o ambiente.


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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Knock Qua Jul 27, 2016 8:06 pm

Fiz o movimento nada complexo e fui logo acertando um dos inimigos, o qual caíra e ficara inativo por um tempo, o que foi bom, mas que eu não sentira direito. Ainda no movimento de rotação atingi  um outro que estava intangível, logo, não pude acerta-lo... Ele parecia um fantasma –até passou por mim, o que não foi nada agradável –Mas continuei a investida, chegando naquele que era o último, o qual possuia uma espada e com sua força conseguiu se opor de certa maneira a minha foça, porém não pude medir o quão habilidoso era com o instrumento, pois trocamos apenas uns golpes.

Lutar com os quatro que eu pensava que fossem cinco não era fácil, pois havia muita informação e muita velocidade... Não, na verdade porque eu ainda era fraco e precisava crescer. Com isso, eu ria tolamente do meu infortúnio?! Não... Eu sorria para o caminho que minha mente vislumbrava. Foi aí que senti um puxão nas minhas pernas; meu mundo virou, eu virei e gritei –KRL! –Pois fora completamente insano, mas por algum motivo eu ainda sorria... não gargalhava mais, porquê... Não consigo explicar... Fora tudo muito rápido. Nessa hora eu já estava ao chão, mas sentia meus sentidos ainda se adaptando... Talvez como quando estamos em terra firme depois de muitos dias ao mar. Quem me visse de fora, talvez pudesse ver um cara parado ao chão, mas eu nem sentia o chão... que não estava tão quente quanto eu imaginava... como se tudo se mexesse ao meu redor.

Porém essa sensação também não durou muito. Logo, ouvia o que o cara com a espada queria que o “mago” continuasse fazendo, que era me deixar no chão. Eu estava cercado. Talvez a espada estivesse apontada para a minha nuca; o fantasma de um lado, o cara logo mais jogado ainda desacordado e o mago me prendendo... mesmo que eu não tivesse sentido nada além... da sensação estranha quando o fantasma passou por mim... talvez essa fosse a função dele ali naquele grupo... ou então ele fosse o líder... quem sabe.

Eu estava em uma situação complicada... Meus amigos deviam estar presos... Eu não podia ver nada deitado daquele jeito naquele terreno... Mortos já estávamos “fufufuh”... O que fazer?! Eles estavam me dando uma brecha?!

Primeiramente tentei me mover, sentir o que poderia mexer... para fazer algo. Eu ainda sorria na minha cabeça... Acho que estava um pouco empolgado; um pouco surpreso... Ainda faltava algo para eu querer arrancar as cabeças daqueles caras –Não que eu não pudesse fazer, ou que eu não fosse –Mas eu também não sabia da intenção deles. Hm.

Bem, se eu sentisse conseguiria mexer braços e pernas com pouco esforço, de uma forma abrupta e rápida, eu chutaria as pernas do espadachim atras de mim e depois iria até o mago e lhe socaria o rosto, correndo logo em seguida ao encontro dos companheiros de missão.

Caso eu sentisse que conseguiria mexer somente os braços, sendo que as pernas exigiriam um esforço absurdo para me livrar das amarras, então eu com a mão esquerda chamaria a atenção do inimigo  com um movimento largo e daria um impulso com a outra mão, afim de me virar e socar quem eu pudesse –Sim, um golpe cego, tentando a sorte.

Se eu não pudesse de forma alguma me mexer, eu apelaria a, até então falha, diplomacia, transformando os ossos e músculos do meu pescoço aos de uma coruja, assim poderia virar meu pescoço em 180 graus, olhando o inimigo e aproveitando para olhar a conjuntura dos fatos ao meu redor, então eu falaria algo como:
–Admirável trabalho em equipe, assim como possuis boa empunhadura. Sou Ho. Gostaria de saber quais as vossas intenções quanto a mim e ao grupo que fora atacado.
Seria um elogio sincero, pois realmente admirei. O resto tomaria somente como tentativa de fazer notória a importância daqueles seres, não como bajulação, mas sendo honesto em minhas afirmativas. Táticas de como influenciar as pessoas, essas seriam as ferramentas, caso fosse necessário.

Eu realmente estava sem ideia do que fazer. “Força bruta ou intelecto?” Talvez os dois... Era nisso que eu apostava também, embora não parecesse. Eu pensava mais em ter decorado o mapa. Esperava ter gravado tudo e no momento eu me regozijava de não ter os planos descobertos pela soberana... Lógico que eu pensava em outras coisas que não tinhas nenhuma relação com o que estava acontecendo, mas minha atenção estava em buscar uma resolução para aquilo.


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Mensagem por Bones Qui Jul 28, 2016 9:05 pm

Sua fome insaciavel por conhecimento o absorvia de forma até mesmo nociva, pois só foi perceber o chão amolecendo sob seus pés quando ja era praticamente tarde, nem sentiu a conjuração de magia bem debaixo do seu nariz. Seria o fato de estar no reino da Morte ou apenas desatenção? Que seja, estava mais preocupado com o que estava acontecendo.

Primeiro ponto, o ar do local era nocivo, poderia causar alucinações e gerar todo tipo de problemas. Segundo ponto, estavam em um terreno que amolecia e lentamente afundavam, o que não era uma opção pois pelo que leu nos livros, poderiam acabar em meio a lava ou caindo em um dos inúmeros tuneis, atrapalhando seu prazo de viagem. Terceiro ponto, o grupo estava sendo atacado, provavelmente um conjurador daquele efeito de área, um conjurador de bolas de fogo, um desafiando Ho e outro que preparava algo mas ainda não sabia exatamente o que, mas sentia que algo iria acontecer.

- Me digam uma coisa: Que tal se evitássemos esse combate e sairmos ilesos? Seria um problema se eu usasse minha magia e acabasse explodindo um dos rios de lava, não concordam? Quero dizer, existem coisas piores do que a morte, uma delas é passar a eternidade derretendo num rio de lava ou preso na rocha... Dou a vocês 5 segundos para decidirem.

Disse ele de forma direta, arrogante e seria, sacando a espada relâmpago. Fazia ideia de que aquela arma usou suas próprias forças como "combustível" para o efeito, então em seu estado atual não seria um golpe tão poderoso, mas garantiria que acertaria pelo menos um, o que conjurava a magia sob seus pés.

- Cinco... - E ele começou a contagem, começando a concentrar suas energias.

{off: ainda to no aguardo de avaliarem minha HE, num tenho muitas opções a não ser apelar huahuauhahua xD]

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Mensagem por Kaede Sáb Jul 30, 2016 1:13 am

Quando me dei conta do que estava ocorrendo em volta, parecia ser tarde demais para um combate. O grupo estava atolado por uma espécie de lama que outrora não estava ali, “talvez convocação magica de uns dos ladrões de estrada, ou então alucinações do local...” exceto Ho que estava encarando o restante.

A única coisa que procurei fazer foi movimentar as minhas pernas de maneira que pudesse sair do local da lama antes do ataque de algum deles. Um parecia estar conjurando um tipo de fogo o outro parecia ser o tal que amoleceu o ambiente criando o tipo de lama em que atolamos e quanto ao outro, bem... sei lá qual era a dele. Aos poucos fui me movimentando como podia para trás procurando sair da lama.

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Mensagem por Pacificador Sáb Jul 30, 2016 7:48 pm

O ultimo vestígio de desconfiança evaporou-se lentamente de seus pensamentos, consequentemente seus olhos brilharam com o avanço de dialogo com Skarla. Ao mesmo tempo soltou uma breve risada genuína, não era ruim. Apenas agora ele parava para notar que a garota detinha um rosto encantador, embora sua expressão ao ouvir sobre a criatura lembrava Balltier uma seriedade cômica, que ele automaticamente atribuía a Sarah. - Tudo bem, conto com você. - Levantou e limpou a poeira do robe, apos um breve meneio de cabeça decidiu seguir Skarla até Sagno.


Ele olhou tudo com uma curiosidade explicita, não conseguia esconder como achava interessante os Veitie, embora não sabia se era o fato deles ainda estarem 'vivos' ou por serem exímios caçadores no mundo dos mortos; olhou ao longe a figura de Morgan, demorou para mudar o olhar, mas ainda caminhava. Por um longo momento pensou em seguir até ele, foi então que notou a tossida, franziu o cenho com tal reação. Suspeitava em que ele estivesse acordado, ou estava com medo de sofrer mais? Não sabia o que Morgan havia passado, nem mesmo entendia o motivo de ser ignorado sobre ele... Voltou sua atenção para as costa de Skarla, tinha de começar a se preparar, talvez pedreira poderia esperar...

Ele entrou na tenda olhando ao redor, até ostentou um olhar firme para a mulher que cuidava de Sagno, pelo menos achava que deveria manter a aparência. Ao sair ele olhou sobre os ombros se certificando que estavam apenas eles ali, voltou sua atenção a Sagno. - Se você se sente em divida, eu aceito. - Balltier não escondeu seu ponto de vista: Sagno havia sobrevivido pela interversão dos veitie, embora fosse pela influencia do Homúnculo, ele não estava tão confiante nisso.

Então observou e ouviu o contra-mestre se aproximou do homem facilitando a conversa para ambos, não queria que outros ouvissem, pelo menos apenas o que queria expor. - Sou o filho de tempestade. - Comentou calmamente, embora não abaixasse a voz, fez um momice com os lábios tentando deixar a situação menos tensa. -Preciso de orientação... A ilha na qual Esa foi, era a ilha chama? E... Ao redor da ilha, parecia que tudo estava calmo, quase como fosse o centro da tempestade... - Lançou suas suspeita para o homem, ao menos parecia que conseguiria conversar normalmente sem se preocupar com seu estado de saúde.

- Acho que fui afetado pela mesma coisa que todos, sabe o ouro esta chamando todos ao redor, pelo menos para mim é mais simples entender os pormenores, talvez por ainda ser fresco. - Era uma piada, mas ele não sabia contar de maneira correta, mas, isso não era tudo também. Era um teste para o Sagno, estava tentando entender o quanto que ele se lembrava da conversa na floresta.

Ele lançou o olhar mais uma vez por cima dos ombros prestando atenção na conversa de Skarla com Sharon, parecia que seria testado novamente. - Morgan... - Começou a falar, então se deteve, voltou o olhar para Sagno. - Eu não consigo ficar quieto sobre... - Balançou os braços ao redor abrangendo o mundo ao redor em um sinal de mimica. O fato era que não conseguia definir quem já estava morto e quem ainda estava vivo. - Então vou precisar de orientação sobre isso, e se existe algum tipo de temor pelos 'mortos'.-


Ao final disso comentou já se levantando. - Joe tinha família, não tinha? Sei que todos vocês tem alguém...Mas foi cruel a maneira que ele morreu... ninguém merece pagar com a vida por causa da ambição dos outros, mesmo ele também sendo ambicioso não merecia... - Mesmo sendo muito novo para compreender todos o pormenores pode deduzir que Sagno era fiel a Esa, pelo menos não iria comentar sobre o encontro com o guardião do Trianguli e o espirito de Joe, pelo menos não para Sagno...

- Melhoras Sagno, não desista da vida, eu sei como é morrer. - Piscou para ele, se virou deixando o Homem se recuperar, além de Morgan ele era o segundo que sabia que Balltier era um morto 'especial'

Seguiu para fora da tenda procurando por Skarla, ele tinha tantas coisas para perguntar, tantas coisas para aprender. - Quem quer me ver?- Olhou para Sharon, não deixando as garotas responderem sua própria pergunta agradeceu. - Obrigado por cuidar dele... Não deixe ele se esforça, tudo bem? - Balltier parou e lembrou sobre os sacrifício, talvez ele havia entendido errado as palavras do Grande Pai, esperava que fosse animais comuns e não viajantes perdidos. Sentiu um frio na espinha e voltou a olhar para Skarla, soltou um breve sorriso nervoso e proferiu seriamente. - Vamos encontra-la. Eu quero me encontrar com 'Ela'. - Então caminhou, mal sabia que caminho era para tomar, então apos alguns passos esperou por Skarla para guia-lo.
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Mensagem por NR Sérpico Dom Ago 07, 2016 5:12 pm

27. Eu

Sean, Sollrac e Bones — acordaram numa sala pequena e escura e quadrada, com grades de barras grossas e diagonais no lugar de uma das paredes. Parecia uma cadeia. Do outro lado das grades fechadas havia um lampião aceso, meio rachado e com a luz tremeluzindo e perigando apagar daqui a pouco. Estava tombado no chão. Sua luz limitada servia apenas para iluminar a frente da cela e o seu interior, de modo que os três conseguiam se enxergar.

E também dava pra ver a silhueta de um homem um pouco mais afastado, mais tocado pelas sombras daquele não-lugar do que pela luz do lampião.

Não dava pra ver as feições do sujeito muito bem, mas ele parecia ter cabelos compridos. Estava com as mãos nos bolsos da calça larga e não usava camisa. Havia algum desenho esquisito em seu peito, um desenho circular que a luz do lampião era insuficiente para dar mais detalhes.

O homem abriu a boca e seus dentes brancos refletiram a luz do lampião quando ele disse:

— seria muito duro de acreditar se eu afirmasse ser a consciência coletiva de vocês?

Sollrac sentia calor, sentia a pele quente como se estivesse debaixo do sol por muito tempo. Mas não via nada de errado com o corpo, não via queimaduras. Sua última memória antes de ir parar ali, era de tentar sair do meio de um chão amolecido, e então... fogo por todo lado.

Bones notou que alguns de seus ossos estavam enegrecidos, como que queimados... E a palma de sua mão direita estava fortemente manchada de ferrugem, como se tivesse segurado firmemente e recentemente alguma empunhadura de uma certa espada muito, mas muito enferrujada... E sentia-se ligado, como se uma energia elétrica fluísse ao seu redor. Sua última memória antes de ir parar ali, era de sacar a espada e então... brilho forte, e fogo por todo lado.

Sean não sentia nada... mas tinha um rombo do tamanho de uma mão no peito, dando visão para as costas. Dava para ver através do menino! Sua última memória antes de ir parar ali, era de abrir a porta do laboratório no corredor sinistro, e então... algo pontudo voo de dentro da sala, diretamente contra ele.

Mas todos ficariam bem.

E estavam vestidos com suas roupas normais, aquelas de quando ainda estavam em Lodoss.

O homem bonito e simpático e camarada do lado de lá da cela, disse:

— então, pensem que sou a consciência coletiva de vocês. e seria muito melhor pra mim se vocês ficassem juntos, e não separados. não que eu esteja exigindo algo de vocês, não é isso. Mas pensem nisso daqui pra frente.

Sean já tinha escutado aquele homem falar. Sim: foi quando desmaiou, lá na frente da casa do Mic, fazendo loucuras com suas habilidades. Desmaiou e escutou aquele mesmo timbre de voz falando em sua cabeça, falando que quando a casa fica vazia, logo é ocupada novamente.

— nesse momento — disse o bem apessoado — vocês estão passando maus bocados. vocês dois, Bones e Sollrac, foram atingidos e provavelmente serão levados... acho que sei para onde. vão trocar vocês, hm. mas isso não é de todo ruim, veja bem. se forem para onde acho que vão, poderão encontrar o menino Sean antes que o fogo do lampião se apague — a cabeça dele pareceu baixar na direção do lampião caído e rachado, com a chama tremeluzindo — e aí impedir as aranhas de jantarem... aquele mecanismo te pegou de jeito, Sean. sorte que o lampião não quebrou quando caiu.

Ele levantou a cabeça e olhou para os lados, como se estivesse escutando alguma coisa.

— Ho está lutando. em desvantagem numérica. acho que não vai durar muito. talvez se junte a vocês daqui a pouco... — Aí ficou quieto, novamente concentrado. — e a última vez que tive notícias do Balltier... bem, ele estava de férias numa ilha tropical. acredite, o menino ainda “vive”. e está razoavelmente perto de uma das peças. Assim como Sean, de certo modo. você deve ter visto alguma luz, né, Sean?

Aí ele resolveu se sentar no chão. Cruzou as pernas. Mais próximo da luz, seu cabelo ganhou alguma cor: vermelho dos ruivos. O desenho no peito se revelou como um círculo tribal. Seu rosto ainda era parcialmente oculto.

Ele ficou quieto. E parecia sorrir por causa de alguma piada interna.

Não era deboche. É que eu estava de bom humor mesmo.

***

Ho descobriu que podia mover os braços, mas que as pernas estavam pesadas e, quando tentou movê-las, sentiu um aperto paralisante, como se houvesse duas mãos enormes e invisíveis lhe apertando os joelhos.

Então sem papo: fez logo o movimento que seu corpo exigiu, se impulsionando, tentando se aproveitar de sua envergadura para acertar alguém. O mais próximo... difícil dizer qual era. Teve de arriscar por instinto: aquele que o derrubara, sim, ele parecia o mais próximo.

Seu soco voo naquela direção, desgovernado pela brutalidade. O golpe não fora exatamente previsível, mas o fulano das mãos abertas previu mesmo assim e se afastou um passo, deixando que o punho de Ho passasse a um dedo de distância de seu queixo fino. Foi aí que Ho percebeu se tratar de uma mulher debaixo daquele capuz.

E por um momento o aperto em suas pernas afrouxou. O suficiente para Ho se manter em pé e se virar a tempo de aparar outro golpe de espada do líder. Quase a queima roupa. Fez Ho se mover lentamente para trás e depois sentir pontadas nas costas...

Pontadas. Era obra do fantasma, aquele que atravessara Ho na primeira rodada da briga. Ho não teve tempo de olhar sobre o ombro, mas sentiu que o sujeito intangível estava próximo, atrás de si... e depois começou a sentir o braço direito adormecer e cair completamente no sono, subitamente imóvel.

O espadachim fez um movimento preciso com a grande espada — de repente, a picareta voo longe, caindo na terra quente mais pra lá. Desarmado.

O próximo movimento da espada abriria passagem na garganta de Ho, ou ao menos tentaria, mas Jack disse:

— Eu conheço ele!

A espada parou perto. Ho sentiu o cheiro da lâmina: óleo, algum tipo de óleo exalando dela.

Suas pernas voltaram a ficar apertadas, mas não houve nenhum movimento da ventríloqua para que o meio orc fosse ao chão novamente. Ele estava apenas meio contido.

Ali perto, metros ao lado, houve uma explosão de chamas seguida de um brilho de relâmpago. No céu, o ribombar de um trovão ecoou — o que foi curioso, já que não havia nuvem alguma.

Houve fumaça, e se Ho olhasse naquela direção, saberia que era onde seus companheiros estavam ainda agora. A fumaça lhe impediu de ver o que havia acontecido com o grupo. Mas já dava para ter uma pista de que não foi bom.

— Conheço ele — repetiu Jack, agora mais calmo. Estava ao lado do espadachim e lhe tocou o ombro. — Deixa eu conversar com ele.

A espada ainda estava perto da garganta de Ho.

Jack disse:

— Precisamos apenas de dois deles, Dran.

Dois segundos hesitantes, e então a espada se afastou lentamente.

O espadachim, Dran, se afastou, sem palavra. Foi para onde estava o restante do seu bando, para a fumaça onde deveria estar também Bones, Sollrac e Aurélio.

O intangível o acompanhou. A ventríloqua ficou no mesmo lugar — e Ho sentia que poderia andar, mas ainda como se houvesse um peso.

E o outro cara, caído ao receber o primeiro golpe de Ho, finalmente se levantou do chão, ficando sentado. O capuz caiu da cabeça dele, revelando um orc de pele rosada e borbulhante, com várias cicatrizes e sem boca. No lugar da boca, havia uma tira de couro costurada à pele. Ele apenas ficou sentado, olhando para Ho.

— Você precisa ir — disse Jack. — Apenas vá. Corra.

A ventríloqua de olho. O orc também.

Lá onde seu grupo estava, ouviu um deles dizer:

— O desgraçado do ghoul acertou o Santo com um relâmpago. Não sobrou nada.

— Vocês foram lentos demais — disse algum outro, o espadachim ou o intangível, em tom de advertência.

— Podemos ir? — Perguntou um terceiro, voz de criança. — Vamos levar esses três?

A fumaça foi se dissipando aos poucos, o bastante para permitir que Ho, ao olhar naquela direção, visse Aurélio, Bones e Sollrac caídos no chão e desacordados. Seus corpos estavam parcialmente afundados no solo.

Aí viu o espadachim dizendo, com a cabeça voltada para Ho e Jack:

— Acabou aí?

Jack fez que sim e falou para Ho:

— Sinto muito. Apenas vá embora.

***

Sagno escutou a apresentação de Balltier, como um Filho da Tempestade, e sua cara virou a paisagem dos que não sabem o significado das coisas. Mas sobre o resto, ele podia ajudar.

— Sim — ele confirmou. — A ilha era a Chama. O ouro estava lá. E... bem, agora que você falou... sim, parecia calmo quando chegamos lá perto. Sem...

De repente cortado por um rugido de trovão no céu próximo. Parecia que uma nova chuva estava às portas.

— ... sem tempestades.

E novamente Sagno não entendeu algumas falas de Balltier. Sobre o chamado ao redor da ilha.

— Esa era muito sensitivo ... eu poderia dizer que ele apenas teve um sonho... Mas, de fato, havia algo de errado naquele lugar. — Ele deu de ombros, como se não tivesse certeza do que se lembrava. Já tinha dito essas coisas quando delirava, após o naufrago. Agora, sóbrio, talvez estivesse repensando o sobrenatural em torno da história do ouro, que manipulou o capitão Esa e, depois, gerou a destruição do Morsa de uma forma indireta.

Sobre Joe, Sagno ficou um tempo quieto, com os olhos fechados.

— Todos tínhamos família. Ou alguém... alguém especial, que devemos ajudar. — Então abriu os olhos, sentindo que deveria explicar algo novo para seu salvador: — Somos seres vivos, amaldiçoados e presos nessa terra de mortos. Nossos serviços são uma forma de ajudar quem amamos... Nossas buscas por esses mares, transportes... Nossas famílias recebiam nossos salários. É a única coisa que nos restou: ajudar quem amamos daqui, do outro lado.

Isso explicava porque ele e sua tripulação eram gente viva. Já a tribo Veitie ainda permanecia um mistério. Eles também pareciam vivos, gente comum, só que no mundo errado. Totalmente habituados ao mundo errado. Confuso.

Então Balltier deixou a tenda e Sagno se despediu com amizade. Ele não iria desistir, já que o Filho da Tempestade dissera para não o fizesse.

E do lado de fora, a multidão se concentrava na clareira. Dessa vez, não por causa de Balltier, que nem precisaria caminhar até ela, seja quem for ela, seja onde ela estivesse.

Já estava ali.

— É a Vigilante dos Portais — disse Skarla, explicando e olhando para a multidão que também parecia aguardar. — Vaina, é o nome dela. Ela deve... deve ter visto você...

Dois homens fortes caminhavam pela floresta ao longe, em direção a clareira dos Veitie. Carregavam uma liteira fechada. Lá de dentro parecia ecoar o som fraco de um sino pequeno.

Os Veitie aguardavam em silêncio. Não se curvaram nem nada.

Os dois homens pararam a marcha antes de entrar na clareira. Aquilo pareceu... estranho. Eles baixaram a liteira e o sino parou de tocar. Rapidamente, um dos homens foi até a clareira e anunciou:

— Ela deseja ver o visitante — seco.

Quase todas as cabeças se voltaram na direção de Balltier, e depois para o Grande Pai, que, agora, estava sentado em sua cadeira no centro da clareira. De lá, ele olhou para Balltier e depois para o homem:

— E se ele não quiser ver ela?

Soou calmo, mas não como se ele estivesse falando com um amigo. Aqueles homens e a senhora dentro da liteira pareciam não ser muito bem-vindos ali. Mas no mínimo eram respeitados. Um pouco.

Balltier, claro, queria ver ela. Os Veitie olharam para ele, o Grande Pai olhou para ele e o homem também, como se esperassem dele a decisão. Skarla pareceu tensa ao sussurrar:

— Não precisa ir, se não quiser.

Ele foi.

O homem caminhou ao seu lado e quando chegaram na liteira, a porta baixa se abriu. Havia uma cortina fina depois da porta e apenas uma mão ossuda despontou para fora, sinalizando que ele podia entrar. O homem acenou com a cabeça para Balltier, como a dizer “entre”.

Entrou. Teve de se abaixar um pouco para passar pela porta, mas ao menos lá dentro tinha espaço o suficiente para duas pessoas.

Era uma senhora de cabelos platinados, um olho normal, castanho, o outro completamente cinza. Estava sentada, pernas cruzadas, o que a tornava pequena e até mesmo de aparência frágil. No seu colo havia uma bola pequena de vidro escuro. A sua frente, uma pequena chama num cálice largo. Ela sinalizou para que Balltier se sentasse também, de frente com ela. O chão da liteira era forrado de peles macias.

Até então, pareceu uma senhora séria, mas quando abriu a boca, seu tom foi descontraído e de deboche.

— Não é ele — ela disse, meio que pra si, com um meio sorriso. — Que pena. Acho que estou velha mesmo! — Riu. — Podia apostar que era o meio dragão. Mas tudo bem. Você veio com ele para cá, não é? Com o meio dragão chamado Sollrac. E com o outro menino, filho da Lyra... Sean, isso! Sean. Veio para cá com eles dois, certo?

Ao seu lado direito havia um sino pequeno. Ao seu lado esquerdo, uma flauta de ferro.

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Mensagem por Knock Seg Ago 08, 2016 9:15 pm

Eu conseguia mexer os braços, mas as pernas pareciam travadas como se alguém as segurasse... Agoniante, mas eu ainda conseguia mover os braços, então tentei fazer algo como os ilusionistas que não usam magia fazem, que é distrair o público com um movimento largo e fazer o truque acontecer do outro lado, mas acho que não tive lá muito êxito.

Minha situação era complicada e eu sabia disso... Mas... Eu simplesmentte não conseguia ficar ali deitado esperando o tempo passar e fiz mesmo sem saber direito as posições dos inimigos... Acho que talvez por um pequeno momento de exitação, eu tenha entregado o movimento ou os caras eram bons demais... Acho que eles eram realmente muito bons.

Meu golpe quase acertou o “mago” que prendia as minhas pernas, o que serviu para distração, afrouxando minhas pernas, mas não serviu de muita coisa. Fui brevemente imobilizado, um debater de movimentos que acabou comigo ajoelhado com o pescoço quase transpassado por uma espada. Se não fosse meu antigo mestre ali... Eu podia sentir o cheiro daquilo... Tanto da lâmina, quanto da situação. Tudo fora tão rápido quanto a explosão que ocorrera onde outra parte do grupo estava... tinha dado errado... eu não estava “dando conta” de quatro... Decepcionante... frustrante.

“Sorri agora, p*ha” Eu pensava isso direcionado a mim, mas na verdade eu estava era com raiva... Muita raiva... A ira ascende de muitas formas, muitas vezes escondendo o real sentimento por traz dela... E esse era um dos casos. Eu sentia minhas pernas trêmulas, meu coração acelerava e queria subir à boca me fazendo urrar... Minhas pernas não me respondiam, mas meus olhos ardiam.

Sob a orientação de Jack levantei-me, cocei os olhos e falei rapidamente:
–O senhor disse que precisam somente de dois... será que eu poderia pegar um deles? –Apontei para Aurélio se fosse possível apontar com nitidez daquela distância –Será que o senhor pode me ajudar com isso também?

Eu estava pensando em algo, mas tinha algo que eu julgava maior. Ali todos estavam fazendo as coisas para o seu interesse, talvez fizessem a mesma coisa, seja pelos seus interesses ou pela missão. O pensamento que vinha a mim era a missão, mas talvez algo em mim quisesse mesmo alguma coisa em troca junto com o benefício de retornar à vida... mas sinceramente... o que estava na minha mente era aquela cara que Aurélio havia feito quando conversávamos sobre achar o trianguli e ter fé na equipe.

Se não me fosse concedido a bondade de ter o pedido concedido, então eu diria para me levarem junto com o grupo sem oferecer resistência, mas ainda assim atento a tudo, dizendo:
–Então pode me levar com eles. Não oferecerei resistência alguma –Mas eu ainda lembrava de alguém que me fazia sorrir do infortúnio... Algo relacionado a putas. Só sei que sorria lá no fundo.




Off: Perdão o post curto~

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Mensagem por Hummingbird Qui Ago 11, 2016 9:25 am

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Quando chegamos naquele lugar - sim, chegamos. O amigo Bones e o grande Soll também estavam lá! - senti um certo conforto em revê-los. Aquilo involuntariamente me fez sorrir, mas o sorriso não durou muito, nem o entusiasmo. Rapidamente foi tirado de mim quando, aquele homem que eu já conhecia só não lembrava direito de onde, explicou que fomos atingidos. Então eu pensei;

Mas nós já não estávamos mortos?

Pensei em perguntar também como é que funciona tudo isso mas, o homem foi rápido colocando novos adendos mediante a situação. Deixou implícito que nós faríamos uma espécie de viagem, não entendi direito. E parece que durante essa viagem, ou Bones ou Soll poderiam acabar me encontrando, talvez até me ajudando! — Aranhas malvadas.. tsc! — Pestanejei, insatisfeito com minha situação. Bem que mamãe avisou. Aliás, foi aí que aquilo vazio no meu peito tornou-se ainda maior, figuradamente. Como mamãe deve estar agora?

— Ela sabe que estou aqui!? Sabe o que aconteceu? — Indaguei num súbito, meio apreensivo. Eu simplesmente não queria decepcioná-la. Ela precisava tanto daquele tal silício pra poder voltar junto comigo... eu não podia ter falhado. Isso me deixou um pouco triste, mas não apagou todo meu entusiasmo que permaneceu aceso, mesmo frágil, igual àquele lampião.

— Ei! Eu me lembro de você! Foi você que conversou comigo lá na barraca do tio Mic né? Quando eu desmaiei! — Aleguei dono de uma expressão contente. Ao menos uma coisa eu ainda sabia nisso tudo, e isso me tranquiliza. — Agora... o que eu devo fazer? — Perguntei aos meus amigos Bones e Soll, com olhos marejados e uma voz manhosa.

Eu realmente precisava de ajuda agora.


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Mensagem por NR Sérpico Seg Ago 15, 2016 8:39 pm

28. Nós

Balltier não falou nada.

— Tudo bem então — disse a velha. — É do tipo tímido? O contrário do Sean.

Ela riu um pouco e passou uma das mãos ossudas sobre o fogo no cálice. Subiu uma fumaça branca, em ondas grossas. Balltier tossiu quando aquilo, involuntariamente, entrou no seu peito através da respiração.

Tossiu de novo.

— Apenas relaxe — disse a velha, que parecia ser duas pessoas e então três.

Balltier estava indo em outra de suas viagens, já estava ficando acostumado até. O ambiente parecia dançar, uma cortina colorida caia em câmera lenta no fundo do cenário, que já não era o interior de uma liteira.  

Mas o mais esquisito foi a Vigilante dos Portais tirar um dos olhos, aquele cinzento, com a mão esquerda, enquanto que com a mão direita segurou Balltier pelo pulso esquerdo, não com força, apenas o bastante para virar a mão do homúnculo para cima como se ela fosse...

— Ler sua mão. Apenas relaxe.

Aí a mão esquerda dela pousou sobre a mão aberta de Balltier, e ele sentiu o olho gelado em sua palma. Parecia algo vivo, se remexendo e aos poucos entrando em sua pele. Mas não sentia dor. Esquisito.

Seguiu o conselho dela: relaxou. Fechou os olhos.

Quando elas abriram novamente, Balltier estava com os outros:

***

Mas antes de Balltier aparecer na cela esquisita, Ho apareceu.

Mas antes de Ho aparecer, o homem conversou assim:

— eu te falei algumas coisas, sim — ele disse, sobre o episódio em que Sean desmaiou. — é a melhor forma de diálogo... quando estão inconsciente... bom, não dá pra dizer que foi uma conversa, menino da casa vazia. agora sim, dá pra gente conversar de verdade. e... você falava da sua mãe? quer minha opinião? você não precisa de uma mãe! nunca precisou. mãe, pai, nem mesmo aquele demônio que te matou... não precisa de ninguém. olha só para você: quanto tem já, dez anos? bah, já é bem crescidinho pra ficar correndo atrás da mamãe. deixe os mortos com os mortos. é a ordem natural das coisas, causa e feito: ela te deixou uma vez, é hora da retribuição. é isso que você deve fazer, Sean — Pausa. — aí ó, não falei? o Ho chegou!

De repente Ho também estava na cela ao lado de Sean, Bones e Sollrac.

O homem do outro lado da cela, perto de um lampião meio quebrado e de luz fraca, aquele que Ho viu imediatamente assim que foi trazido para aquele lugar, disse:

— pense nisso como um sonho compartilhado. sabia que muitos animais possuem essa capacidade? principalmente aqueles que hibernam por muito tempo.

Era um homem muito inteligente, veja só.

Modéstia parte, claro.

A última memória que o meio orc tinha era de ter se “rendido”. Iriam levar seus colegas e ele não queria simplesmente sair andando, como lhe fora pedido por Jack. Lembrava de ter se oferecido para ir junto, seja lá o que isso poderia significar. Eles precisavam de apenas dois, disseram. Quando pediu por Aurélio, recebeu apenas um silêncio, lembrava bem disso.

No momento, sentia uma dor atrás dos olhos.

E o que mais lembrava? Ah, sim, a parte em que se oferecia pra ir junto... o grupo inimigo pareceu se entreolhar, houve algumas trocas de gestos sutis, um aceno aqui, um sinal ali, e de repente um dos sujeitos que atacara Sollrac, Bones e Aurélio gesticulou contra Ho e as luzes se apagaram... Ho se lembrava vagamente de um início de dor na cabeça e então... despertou na cela, como se estivesse dormindo esse tempo todo.

Aí sim: Balltier apareceu. A cela ficou mais ou menos apertada — cabia exatamente os cinco ali dentro.

O homem pareceu surpreso, o bastante para ficar quieto por um tempo.

— como se juntou a nós Ballty? — ele falou, parecendo sorrir. — posso te chamar de Ballty? não, calma! você não veio sozinho!

Balltier não tinha o controle sobre o braço esquerdo, que se estendeu a frente, a palma aberta.

Bones, Ho, Sean e Sollrac viram que tinha um olho na palma da mão do homúnculo. Era branco, com pupila cinza, e dardejava frenético para todos os lados, como o olho de um corvo, observando tudo naquele estranho lugar.

VELHA ENXERIDA! — disse o homem num rompante que fez todo o corredor tremer... e fez todos sentirem dor de cabeça.

Ele se levantando rapidamente e... sumiu.

Odeio bruxas. Mania delas de penetrar onde não devem, nos espaços dos outros.

A mão aberta de Balltier se moveu,o olho dando uma última checada no ambiente e nos presentes, dedicando por ultimo um olhar à Sean... Aí o olho se fechou e Balltier recuperou o controle do braço. Se olhasse para a palma da mão, veria apenas uma cicatriz, parecida com um olho fechado, em carne viva, mas indolor. Muito esquisito.

O lugar era tão silencioso que eles podiam ouvir as respirações uns dos outros. Menos a de Bones, claro.

Assim como Bones, Sean e Sollrac, Balltier e Ho estavam vestidos com suas roupas em vida. Ao menos eram parecidas.

Logo Balltier despertaria, assim como Ho. Mas naquele instante, estavam juntos outra vez. Naquele não-lugar.

E que não cometessem o crime de planejar intrigas na minha ausência!

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[Comum] Considere-se morto - Página 3 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Knock Ter Ago 16, 2016 5:09 pm

Eles se olharam, fizeram sinais... Talvez incrédulos com a decisão... ou talvez qualquer outra coisa que não me importasse naquele momento... é... pensando por um lado, talvez eu não fosse capaz de realizar aquilo sozinho, já que haviam convocado um grupo... é... tinha um gosto amargo.

Depois olhei para o lado e mais um cara irritante com aquele lance de mãos e “pá cá pá”, caí. Eu estava cansado mesmo. Pelo menos talvez eu pudesse descansar, mas poha... porquê o cara tinha de fazer algo que doesse?! Eu iria tranquilamente... talvez fosse para não saber onde iríamos, mas, cara... dor não é tão legal em todas as horas... Dor é até bom, mas aquela era chata... doia os olhos.

Acordei mais rápido do que imaginei, lá estava todo o grupo, em uma cela apertada, feita de barras de algum metal, mas eu não sentia nada especial saindo dali, então as julguei como normais, mas eu tinha grande chance de estar errado... Estava meio escuro , somente uma lamparina meio boa iluminava parte do ambiente e na penumbra estava um senhor escondido que me fazia lembrar do juiz... talvez fosse da mesma família ou meus olhos doiam mesmo... Eu não entendi direito e nem tentei entender... só quis aproveitar o descanso.

Depois “Balty” o morto que não havia morrido apareceu... fiquei feliz, mas estava cansado, ainda pensando no cheiro da espada e no olhar daquele orc rosa que tinha a boca fechada com couro... Eu não gostava de prisões... Nunca havia feito algo que merecesse uma... a menos se fosse a de Tákaras... é... matei sem querer vários de lá, mas as coisas não funcionam bem assim em Tákaras... a menos que o cara seja O cão (suahsuahs)... Mas se fosse parar para pensar, sempre estamos presos a algo, seja a vida ou a morte, a ilusão do karma, o azar ou à mercê de mendigar a sorte... Quê?! Haushasuha, deve ser o cansaço.

E quando Balty chegou as coisas ficaram estranhas e um olho apareceu, coisa de bruxa, e o cara grandão ficou irritado e saiu falando uma frase que arrepiou a espinha e Sean estava lá também e eu disse

–Sean, cadê o dente de dragão que me deves?!

Lógico que ele não entenderia, mas eu queria dar uns cascudos nele. “sipoha”. Aas coisas estavam confusas, sentei e esperei o grande voltar pra dizer o que queria.

Cotoco. Até.

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Mensagem por Hummingbird Sáb Ago 20, 2016 2:30 pm

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Quanto à meu pedido de instrução? Não houve resposta. Soll e Bones pareciam compenetrados demais em outra coisa, olhar distante, mudos.

Ali eu senti medo. Medo de estar sozinho de novo. Um medo irracional, eu não consigo explicar! Por que eu sempre sinto isso? Sempre da mesma forma?

Mordi o lábio inferior. Pálpebras fechadas escondiam olhos marejados, uma vontade muito forte de me entregar ao choro, ao vazio.

"Garoto da casca vazia" — Foi do que ele me chamou. E não foi só. Falou mais. Falou coisas que só me fizeram sentido graças ao que Ho havia me ditado lá atrás, antes de sairmos em busca do tal Trianguli. Palavras de sabedoria, não é? Assoei o nariz então, esfreguei os olhos e engoli um soluço pigarrento, fazendo esforço pro barulho não me entregar. Eu não vou chorar, não vou! Não vou!

E num piscar de olhos, Ho estava lá. Balltier também. Uma coisa estranha aconteceu com o amigo Ball, tive a impressão de ver um rosto conhecido naquela breve interação que tivemos, mas devido à tontura eu não consegui explicar. O grandão Ho então fez piada sobre o dente de dragão de Cyrus. É verdade! A última vez que nos vimos, Cyrus estava me levando embora, mesmo depois dele tentar me ajudar. Estava me sentindo um bobo...

— Hah-hahah... um dente de dragão? Eu consegui mais que isso, olha só! — Abri um sorriso bobo enquanto inclinava a cabeça e mostrava alguns cabelos ainda faltando. — Eu sobrevivi ao fogo de dragão! E eu vou te contar, o cheiro não é nada legal lá dentro... — Cochichei o final, esbanjando um alívio que só pude sentir graça àquelas palavras do homem sem nome.

— Me desculpa grandão Ho. Aquela hora...eu precisava ir com ele. Lembra do que você me disse lá atrás, ainda nas celas? Sobre tomar as rédeas? — Fiz menção àquela conversa que a essa altura já parecia tão distante quanto outra vida. — Então, eu acho que é isso! Fui atrás da minha mãe e eu a encontrei. — Então, se pudesse, explicaria como foi nosso breve encontro mas sem dar muitos detalhes nem amolar muito. Só queria deixar Ho ciente do motivo pelo qual fui parar ali, foi indo atrás do tal Silício pra ajudar ela a reviver. Mas que agora, dentro da minha cabeça, eu estava confuso.

— Ah! Eu também conheci uma velha muito engraçada que ficava escondida numa bola de vidro, parecida com aquela da dona bruxa, você se lembra? — Comentei a esmo, como que por mero descuido. — Mas...eu ainda estou confuso. Se já estamos mortos, e morremos de novo, porque viemos pra cá? — Desviei do assunto, expondo minha dúvida com certa inocência.


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