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Le Cirque [ Campanha ]

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Mensagem por Hayashi Qua Jan 28, 2015 1:46 pm

E a Balbúrdia Começa
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A aurora havia chegado à Vila de Cayra, a iluminação fosca e os ares frios da manhã davam início ao dia dos trabalhadores dedicados que acordavam junto com o sol, que se esbanja do céu azulado, substituindo a possessão opressora da noite por uma recepção calorosa e única. Dando toda iluminação e clareza que cada cidadão precisa, era uma manhã maravilhosa.   

Quase nenhuma nuvem no céu, o dia prometia continuar seco. Os pássaros concediam o mimo de sua melodia aos ouvidos alheios, ou até mesmo os galos causavam infortúnio aos que almejavam ficar na cama até tarde. Lenhadores e pescadores já estavam aos seus postos, algumas Tabernas que acolheriam os corpos cansados dos bêbados durante as madrugadas, agora expulsavam os pinguços de seus estabelecimentos, dando aos trabalhadores um merecido descanso depois de outra madrugada inteira de trabalho.

E junto da beleza de Cayra, o misterioso Circo Balbúrdio abria suas portas. 


A melodia tocada pelos musicistas do circo parecia ser a trilha sonora da cidade, e o volume ainda estava mais alto, afinal era dia de comemoração: a última apresentação do circo em Cayra, depois disso o Circo Balbúrdio iria para Hilydrus, continuar sua remeça de apresentações por lá, prometendo apresentações inovadoras e únicas, coisa que prenderia a atenção de qualquer um por um longo tempo. 

Samantha a essa hora já deveria estar com os ouvidos tapados, afirmava com todas as forças e letras da palavra que até a música que o circo trazia era amaldiçoada por seres malignos e blá, blá blá... Ninguém acreditaria nessa história mesmo. Afinal, Circos são lugares alegres e divertidíssimos, não seria uma velha de mais de setenta anos de idade que iria atrapalhar a diversão das crianças e adultos trabalhadores da cidade, eles mereciam algum lazer. Supersticiosidade exagerada era desnecessária nessas horas.

A esse ponto da manhã, alguns homens que trabalhavam no circo já colavam cartazes de um papel bem acabo e escuro sobre a última apresentação que fariam – ainda por cima de graça – na Vila Cayra. Apenas a ilustração do circo com algumas letrinhas no final da folha, algo amarelado contrastando com as listras vermelhas, representando a barraca principal, onde se encontrava o picadeiro e onde a magia do circo se tornava real. 

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Mas, e se eu lhe falasse que tudo isso não passa de ladainha? Que esse local de fantasia e alegria é a mais pura farsa? Fantasia? Tudo a mais pura ladainha que engana quem passa? Um local onde sua alegria é fonte de alimentação para demônios disfarçados de palhaços, malabaristas e trapezistas? Pode considerar isso um inferno. Mas, apenas Samantha sabe. Quem é o, ou a velha rabugenta agora? 

Por sorte, isso estava para ter um fim. Afinal, novos aventureiros estavam chegando a Cayra.

[ Leiam as informações da Vila Cayra no tópico principal. ]






ARLIDEN

Já fazia um bom tempo dês de que o ruivo decidiu abandonar sua longa prosa na Baía dos Pescadores para se aventurar no continente, afinal, não podia se prender apenas a um único lugar. Lodoss deveria conhecer sua música, e também havia muito mais a ser explorado nas extensões da ilha.

O dia amanhecia, clareando pouco a pouco as terras férteis de Hirt, iluminando também o caminho da estranha em que o aventureiro estava, enquanto as pessoas ainda acordavam, Arliden continuava sua caminhada em direção ao continente, sem um rumo, apenas com pensamentos sobre a próxima parada e também sobre o quanto desejava algum ensopado, seu estômago roncava. O ruivinho, mesmo com todas as preocupações não deixava de dedilhar suavemente seu instrumento, a fim de alegrar a si mesmo, e camuflar o cansaço que encontrava em seu trajeto ao infinito.

Suas pernas doíam e sua garganta seca implorava por água, fazia algumas horas que não matava sua sede ou fome, e sentia saudade de um bom banho, porém sua salvação estava chegando. Um vilarejo, não, uma grande vila! Um local onde os trabalhadores já estavam acordados há muito tempo pegando no batente, Arliden sentiu uma esperança e correu para o local, sem hesitar ou se distrair com outra coisa. A estrada então mudou, e a trilha que seguia se tornou outra, indo em direção a vila.

Porém o que ele poderia fazer agora? Estava sem dinheiro e suas roupas encardidas, poderiam achar que ele era só mais um mendigo esfomeado que tinha um instrumento. O ruivinho conseguia ver pela cidade cartazes sobre certa apresentação no circo local, e ainda por cima de graça.

Na rua, várias pessoas cochavam sobre o circo, e em um desses cochichos, você pôde ouvir algo interessante. Duas crianças, aparentemente de oito e dez anos, conversavam: - Kaio, você soube que hoje é a última apresentação do Circo por aqui? Aqueles homens falaram que ia ser a melhor apresentação!  - O outro, mais novo, assentiu com a cabeça. Ambos, em um palpitar de saltitares, saíram dali sorrindo e rindo, como duas crianças.

Talvez ir ao circo podia ser divertido e relaxante após uma longa e cansativa viagem, mas ainda tinha de tratar de sua estadia e fome que perturbavam.





ZIYA

Algo incomodava o rapaz, ou melhor, a moça. Suas pálpebras abriam pouco a pouco, iluminadas por um sol quente e revigorador que ultrapassava uma fresta no teto do lugar onde estava. E que casa grande. Sentiu-se num amontoado de alguma coisa bastante confortável, era palha. Seca e pronta para o consumo de animais das fazendas. Então se deu conta que não estava mais na Taberna. Olhou para os lados e só viu palha, as paredes da casa eram avermelhadas, parecia que tinha mais de um andar, ela deduziu que estava num celeiro.

Mas por qual motivo? Sua última lembrança era de um copo de cerveja sendo engolido, parecia que ela tinha bebido além da conta e mais do que podia aguentar, pelo menos ela não foi roubada ou coisa assim, tudo que pertencia a ela estava lá, sortuda, mas ainda sim não sabia onde estava.

Sua primeira reação foi sair dali. Afinal, seja onde for que esteja não era seguro ficar sozinha por muito tempo naquele lugar. Ela levantou do amontoado de palha e foi em direção a porta entreaberta do celeiro, onde um pequeno rastro de luz pode ser visto, e então correu.

Reparou que estava mesmo em uma fazenda, uma grande fazenda, se dirigiu até uma cerca e saltou, rápida, saindo dali sem querer saber como havia chegado. Seu destino agora era voltar para Takaras. Mas por onde começar se nem ela mesma sabia onde estava? Era também queria ter sorte nessa hora. Após alguns minutos de caminhada, se viu em uma estrada, e nessa hora ela sabia claramente que ali não era Takaras.

Não tinha aquele clima seco, aquele ar de escuridão. Na realidade tudo ali era bonito, a vegetação, os animais que pastavam nas colinas. Onde diabos ela estava? E por qual motivo ela se sentia calma e segura ali? Perguntas que ninguém poderia responder, enfim, ela estava no meio do nada.

Seguiu sem hesitar pela estrada, até chegar a uma bifurcação, o caminho da direita levava a um horizonte pedregoso, onde torres e casas poderiam ser vistos, e no da esquerda, uma pequena vila perto de um lago foi vista, e uma música alta vinha de lá. Decidiu seu jovem coração escolher, e o caminho eleito foi o esquerdo.
Correu em busca de ajuda, reparou que estava sem dinheiro algum. Seu estômago roncava e sua garganta seca implorava por água. Além de um bom banho, parecia que ela estava sem tomar a dias, era uma situação de emergência, talvez alguma alma de bom coração pudesse ajudá-la.  





ELLIOT


O rapaz já estava se sentido perdido. Elliot há muito tempo já estava na estrada, e estava começando a pensar que seu sonho de conhecer toda Lodoss estava indo por água a baixo. Bastaram alguns dias caminhando e acampando em meio aos bosques que encontrou em sua viagem para pensar em parar em alguma vila para descansar. Nesse ponto de sua viagem, estava no território de Hirt.

Ao horizonte, via apenas colinas e grama, com alguns animais pastando nos montes esverdeados, era uma paisagem bonita, e ele gostaria de lembrar dela para sempre. Inclusive que o sol raiava, dando a impressão que era uma pintura feita por algum artista famoso e dedicado. Enfim, a estrada não cessava, parecia que não tinha um destino ou um fim.

Até que Elliot, em meio a sua apreciação da paisagem, viu um pedaço da estrada descendo em um monte, como uma ladeira pequena, que daria até uma vila grande, de onde uma música podia ser ouvida, junto ao clima de festa na vila, ao norte da vila, uma grande barraca podia ser notada, com uma cor avermelhada, Elliot se sentiu atraído, e desceu o monte que tinha uma trilha que era ligada a estrada a principal, que seria abandonada pelo homem.

Ao chegar, percebeu que estava bem movimentada, com cochichos sobre um Circo e um cartaz que mostrava que seria a última apresentação na vila, poderia ser uma boa oportunidade para relaxar depois de uma viagem cansativa, mas ele deveria antes se cuidar, afinal, Elliot não tinha um tostão furado, e sede e fome apertava. Além de feder bastante pelos dias sem um bom banho.




SEAN

A floresta era pequena de mais para Sean. Ele queria novos ares, novas escolhas, conhecer outra pessoa. Porém estava inseguro, afinal agora ele era um recipiente de um demônio, e isso era demais para o psicológico de um garoto de apenas dez anos. Pensamentos vão e voltam, e Sean realmente tomou a decisão, iria sair da floresta para se aventurar por Lodoss.

Seguiu em uma direção reta pela floresta, até finalmente sair naquela imensidão de árvores e plantas, chegando numa estrada rala, parecida mais com uma trilha, não pensou duas vezes e seguiu por ali. Foram muitos dias de caminhada, tendo que acampar e comer as frutas que achava pelo caminho, até que finalmente havia chegado a um objetivo. 

Sean já estava sujo e com fome de novo, e ao longe e viu um porto, rodeou o lago e a cada passo se sentiu mais próximo a uma música que saia de dentro de uma grande barraca avermelhada, era um Circo, algo que encantaria a criança, porém ele estava fechado. Continuou andando e já podia ver uma vila, grande e alegre. 

Não pensou duas vezes em entrar no recinto, procurando algo para poder o auxiliar lá dentro, já que ele estava em um lugar totalmente novo, não conhecia ninguém e nem muito menos tinha idéia de por onde começar a procurar comida. Seu estômago implorava por algo para comer, e sua consciência perturbada, onde sua mente rivalizava pensamentos com a vontade do demônio.

Após dobrar uma das esquinas da cidade, notou que uma senhora a olhava, não demorou muito para ela começar a falar com o garoto: – Olá criança. – Sean respondeu a senhor era sorridente e passava confiança, alem de ter um sorriso – que mesmo faltando alguns dentes – era bonito. – Me chamo Samanta, sou a Anciã e Conselheira da Vila de Cayra, que é onde estamos, jovenzinho. – Ela apontou para uma grande residência atrás, erguida a pedra, parecia bastante segura e rica. – Esta é minha casa, e eu costumo abrigar forasteiros que precisam de ajuda, e você parece precisar de uma boa ajuda. Hihihi. – Ela pôs a mão à frente da boca e riu, seguido de uma tosse.

Dependia agora da resposta de Sean. 






EZER


O rapaz caminhava nas ruas de Hilydrus, sereno. O dia já havia amanhecido, e junto com o sol, a vontade de andar pela cidade falaria mais alto, e foi o que ele fez. As pessoas abriam suas tendas com alguma coisa pra vender, dês de pequenos bonequinhos de madeira até melancias e melões prontos para consumo, e em uma dessas barracas, Ezer viu algo estranho. Três homens montados a cavalo, com um capuz escuro, eram uniformes padronizados, pareciam ser membros de alguma organização obscura. Talvez fossem devotos de alguma religião.

Os três se dirigiram até uma barraquinha de frutas, em um trote lento e calmo, e um, cujo cavalo era preto, desceu do animal montado, avaliando as frutas. A esse ponto da caminhada, Ezer estava a alguns passos dos três homens. Até que avaliação não durou muito, e ele simplesmente mordeu a maçã, dando um sorrisinho.

O vendedor gritou algo sobre pagar antes de comer, e os três retiraram sabres de dentro de seus capuzes. Ezer sentiu-se incomodado, e resolveu ignorar o acontecido, começando a se distanciar. Eles eram meros assaltantes vagabundos. Ezer deu de ombros e começou a andar.

Até que uma voz doce, fina e feminina o chamou atenção. Uma garotinha de aparentemente uns seis anos chorava, pedindo para que os homens não levassem nada da barraca, nessa hora, o jovem virou seu rosto para trás, observando a cena. Era uma garota de cabelos rosados com uma pele bem branquinha.

E aí um impacto foi ouvido. Um baque não tão forte, porém ainda preocupante. O homem havia dado um tapa no rosto branco da menina, onde a mão ficaria marcada em um forte vermelho. Ela berrou de dor, aquilo era simplesmente um mísero tapa, mas a cena foi tão cruel que despertou algo em Ezer.

O rapaz retirou sua arma exótica e partiu para cima dos ladrões, o que estava no chão recebeu um corte nas costas, caindo, e os que montavam no cavalo, acreditaram que Ezer era uma espécie de guarda, e começaram a trotar. O ladrão dono do cavalo negro caiu no chão e tentou pegar seu sabre caído, porém Ezer pisou em sua mão, e chutou com o outro pé o sabre para fora. Sabia que seu trabalho ali tinha sido cumprido, porém os outros dois estavam fugindo.

O dono da barraquinha retirou um porrete de dentro dos fundos da barraca, e com um golpe só desmaiou o ladrão, que ficou inconsciente no chão daquele lugar. Ezer olhou para o cavalo negro em não pensou duas vezes. Mesmo quase sem experiência em uma montaria, iniciou uma corrida em direção aos outros dois, e pouco tempo depois, já havia saído de Hilydrus.

Estava em uma estrada rala, quase uma trilha de terra, e infelizmente havia se perdido por ali. Havia perdido também os bandidos, ele apenas se viu numa estrada deserta. E de repente, o cavalo deu um pequeno solavanco, relinchando e deixando o garoto cair de cabeça ao chão, após o ato saiu em velocidade para o nada, abandonando o corpo de Ezer caído. 

Não demorou muito para acordar, e acordou com uma forte dor de cabeça. Olhou para os lados e concluiu que estava bem. Inclusive tudo ainda estava com ele, o único problema era saber onde estava. O rapaz estava perdido. Começou a andar em direção a estrada, procurando alguma vila próxima.

Finalmente após muita procura, viu uma pequena vila ao longe, entre duas montanhas e rodeada por um grande lago, não pensou duas vezes e se direcionou para o local, estava com fome e sujo pela queda, e meio que estava perdido. Poderia começar perguntando para alguém onde estava, e conseguir também uma comida e um copo d’água não era má idéia. A cidade estava cheia de cartazes espalhados sobre um circo, que estava na vila e logo iria sair para continuar suas apresentações pelo resto de Lodoss.

Bem, o que mais ele poderia fazer agora? 





HOSHITTERU


O garotinho de orelhas e pele branca estava na Academia de Magia já algum tempo, felizmente havia tido recebido férias por alguns dias, o que daria bastante tempo para procurar algo para fazer além de simplesmente ler pilhas de livros e praticar magias. Mas no fundo Hoshitteru estava feliz, muito, aliás. Poderia agora explorar mais uma parte da ilha antes que as aulas na Academia voltem.

Resolveu então viajar para as terras de Hirt, área rural de Lodoss, não sabia o porquê, mas Hoshitteru adorava a natureza, quem sabe por possuir um par de orelhas de gato. Alguns dias na estrada e pronto: havia chegado a Hirt, e realmente era um local lindo, fazendas, bois, cavalos e florestas. Porém ele continuou seguindo viagem, talvez se encontrasse algum lugar para ficar, poderia aproveitar melhor esse tempo livre.

Hoshitteru permaneceu na estrada, até que em uma espécie de ladeira, que seria uma extensão da estrada, viu uma vila pequena e chamativa, onde uma música bastante trabalhada poderia ser ouvida dali de longe. Uma música que encantava e atraía, e Hoshitteru se sentiu atraído, resolveu ir até a vila.

Ao chegar, notou vários e vários cartazes espalhados sobre um circo, e que essa seria sua última apresentação em Lodoss. Talvez seja um bom programa durante as férias, afinal, todas as pessoas da vila pareciam cochichar sobre ele e que essa apresentação final seria a melhor de todas até agora. Mas antes ele precisava saber onde estava, reabastecer seu estômago há muito tempo vazio e também matar a sede da garganta seca.

Talvez juntar informações sobre onde estava seria um bom começo para Hoshitteru. Quem sabe uma Taberna poderia matar a fome e a sede, de qualquer modo, as pessoas da Vila pareciam ser bastante amistosas. 

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Mensagem por Hummingbird Qui Jan 29, 2015 3:58 pm

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- Eu sei...eu sei! Esse barulhinho chato não para!- Bravejei referindo-me a música que tocava naquele vilarejo e que ecoava embalando os ouvidos de qualquer um que passasse nos arredores. Particularmente a música era muito chata, apesar de parecer alegrar toda a tal vila que por si só já parecia bem convidativa. Perdi as contas de quantos dias passei andarilhando por todo tipo de lugar, comendo frutas onde encontrava, bebendo água onde escorria alguma e tudo mais. Por sorte ele me deu uma ajudinha quando era preciso conseguir comida, além de uma simples fruta...

E apesar de todo incômodo que aquela música me trazia, quando contornei o espaço, dei de cara com aquele vilarejo tão convidativo. Não era preciso pensar duas vezes, bastava olhar pra minhas roupas ou ouvir os roncos de minha barriga.- Siga em frente meu pequeno corvo. Não tens nada a perder...- Aquela voz multíssona embaralhou minha mente no contraste com a tal música que vinha da vila. Senti uma dor de cabeça quase insuportável, e até por conta disso que caminhei um pouco desgovernado vila adentro. Não consegui distinguir as coisas dada a confusão, olhava para os lados e não conseguia interpretar a forma das coisas bem como eram, como se meu mundo estivesse de cabeça pra baixo. Um misto de fome, fraqueza e confusão. E tudo isso só parou quando esbarrei com uma criatura que a princípio, nem notei em minha frente.- Ahhrr!- Murmurei, tombando sentado no chão.

- M-m-me des-desculpe!- Gaguejei com os olhos fechados enquanto recobrava consciência. Respirei fundo e então ergui minha cabeça deixando com que meus olhos - púrpuros - aparecessem por baixo do capuz e fossem de encontro aos da tal criatura em que esbarrei. Ela era uma senhora, apresentou-se como Samanta a anciã da vila - denominada Cayra segundo ela -. Enquanto ela falava, o misto de música e confusão em minha mente cessou por alguns instantes enquanto sua voz embalsava meus ouvidos, me confortando.- E-Eu me chamo Sean...- Cochichei, um pouco tímido.

Esforcei para me levantar enquanto a mais velha apontava para uma grande residência no plano de fundo daquela vila. Era tão grande, bonita, parecia mais uma fortaleza de algum conto de fantasia - pra mim -. Explicou que era sua casa e que costumava abrigar forasteiros sem dinheiro e com necessidade de estadia. Admito que meus olhos lacrimejaram nesse momento, afinal tudo que eu mais queria apareceu bem diante de mim.- Infernal melodia incessante! É melhor preparastes, pequeno corvo. Não tardará o momento em que ensinarei o Silêncio Eterno para tais pobres almas entonadoras dessa desgraça!- E ele voltou a resmungar em minha mente quase como se estivesse a beira de um ataque. Cocei a parte inferior de minha orelha - a qual ficava muito vermelha nessas situações - em sinal de incômodo.- Para com isso! A dona Sama não vai me abrigar se continuar assim!- Pestanejei.

- Desculpa... é que ele não gosta dessa música. É tão chata! De onde vem?- Perguntei, meio sem jeito e envergonhado. No mesmo instante estendi minha mão direita esperando que a mais velha pegasse. Um hábito de criança apenas, enquanto que na outra mão carregava minha cesta de palha com alguns brinquedos de pano bem velhos e outras coisinhas que recolhi ao longo do caminho. "

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Mensagem por Mr. Death Sex Jan 30, 2015 11:33 pm

mago • magician • majishan
Uma nesga fina do sol matutino, aventureira que só ela, conseguiu atravessar a copa das árvores e tocar com um único dedo caloroso a face de Ari. Mesmo com os olhos fechados a luz o incomodou e o fez agitar-se em seu sono, soltando alguns impropérios raivosos entre dentes. Teimoso, o garoto puxou o capuz do manto sobre os olhos e tentou se embalar novamente no esquecimento do sono, mas o calor tornava essa uma tarefa impossível da qual ele logo tratou de desistir.

Sentou-se, rabugento, e fitou o cenário ao redor com olhos estreitos feitos lascas finas – como se procurasse um culpado ou uma vitima em potencial em quem descarregar seu mau-humor matinal. Feliz, ou infelizmente, não encontrou nada do gênero. Nada parecia ter mudado durante a noite. O que era bom. Rastejou para fora do abrigo improvisado que havia tido a sorte de encontrar para passar a noite, nada de especial, apenas um buraco escavado entre as raízes frondosas de uma árvore, mas, para ele, na noite anterior, havia sido como a mais maravilhosa cama. O abrigo mais seguro.

Por isso, após bater nas roupas esfarrapadas para tirar as folhas e a terra – e ajeitar a caixa do alaúde no ombro esquerdo -, não hesitou em fazer uma breve oração, com as mãos unidas à frente do rosto.

— Obrigado pela hospitalidade. Espero que, assim como foi para mim, seja para muitos ainda um abrigo seguro durante noites sem luar. Adeus. – Após essas breves palavras, a rabugice matinal pareceu se desatar e se desfazer aos poucos, Ari respirou fundo e sorriu. Um sorriso largo e confiante, como se pressentisse algo de bom naquele dia. Não, não bom. Era apenas algo. Algo diferente. Então, curioso para descobrir que tipos de mistérios poderiam estar o aguardando naquele dia, pôs-se a caminhar.

Após algumas horas de caminhada suas pernas já começavam a sussurrar um pedido de repouso, mesmo que pequeno. A garganta implorava por um bom gole de água. E, claro, seu estômago era um nó apertado de fome. Sua última refeição haviam sido alguns cogumelos salgados demais no fim da tarde anterior e o último gole de água em seu cantil, o que não havia chegado nem perto de parecer uma refeição, quanto mais ser. Agora, porém, mesmo sem água para minimizar o gosto salgado, Ari se pegou imaginando como adoraria encontrar mais alguns daqueles cogumelos.

Sustou o pensamento de imediato, sabendo que apenas pioraria a situação ficar desejando e pensando sobre comida. O melhor a fazer era continuar a caminhar e esperar. Esperar que aquele fosse um dia realmente diferente. Um dia especial. Afinal, se fosse para desejar, por que deveria se contentar com pouco? Perder seu tempo desejando cogumelos quando poderia ter uma boa torta de frango com casca crocante e pedaços de pimenta com...

Quando se deu conta, já estava com a boca cheia de água. Soltou uma risada e parou de andar quando ouviu um som. Um barulho. Familiar. Deu alguns passos apressados até vencer a elevação a sua frente, para ver... Uma vila!

Ora, se aquele não era um dia diferente! Soltou outra risada e recomeçou a caminhar.

Veja bem, Ari não é do tipo que se intimida com facilidade. Ele não é destemido; mas tão pouco é assustadiço. Ele é o que é. Sabe quem é – o que é; e aceita a si mesmo. É jovem e insensato, mas possui uma considerável quantidade de inteligência e brilhantismo para equilibrar a balança. O que talvez seja o motivo para ter conseguido se manter vivo por tanto tempo vagando sozinho na Lodoss, afinal. Ah, mas também há a magia. É claro. Ele obviamente jamais teria conseguido sobreviver sozinho em segurança por tanto tempo sem sua magia. Ah, não. Mas, de certa forma, ela não é apenas algo que ele pode fazer, como o caso de um cozinheiro que sabe fazer pães. A magia não é um simples adendo.

É um dos principais pilares que sustentam seu ‘Eu’ atual.

Em palavras simples: Arliden não é um ladrão com alguns truques de prestidigitação nas mangas para os momentos de aperto. Tão pouco é um músico com o dom do ilusionismo em seu coração. E não, de maneira alguma, em hipótese alguma é um herói. Ah não. Isso não. Por mais que, uma vez ou outra, possa ter acabado sendo confundido com algo do tipo. Ari pode ser sim, muitas coisas – e alguma dessas já citadas é claro -, mas existem três coisas em particular que estão no centro de quem ele é. Mas, afora a magia e a música, que compõe duas das três particularidades, manterei a terceira em segredo, por ser justamente a mais particular dentre todas.

— Hum?

Ari foi puxado de volta para a realidade, enquanto pensava em uma forma de conseguir algo para forrar o estomago – sem ter que apelar para o furto ou a mendicância -, quando seus ouvidos de bisbilhoteiro captaram parte da conversa de duas crianças. Um sorriso alvo e sugestivo curvou seus lábios por um momento. Havia visto alguns cartazes em seu caminho, aparentemente a última apresentação seria gratuita, o que agora a tornava duplamente interessante.

Ainda assim, tinha que cuidar de uma coisa de cada vez. E primeiro a mais importante. Ajeitou a caixa do alaúde e pôs-se a caminhar. Procurava uma taberna ou estalagem grande; a maior que conseguisse encontrar. Talvez, se tivesse sorte, os donos precisassem de algumas mãos extras para tarefas e ele pudesse trabalhar em troca de uma refeição.

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Mensagem por Hoshitteru Sáb Jan 31, 2015 11:26 am

Kuroshitsuji III: Book of Circus
Yasunori Mitsuda
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Estendia os braços para o alto me espreguiçando enquanto andava pela estrada naquela manhã. As férias da academia tinham me proporcionado a possibilidade de conhecer pessoas e localidades novas. E apesar da saudade da academia, estava empolgado em saber o que encontraria por aqui.

Recolheria as mãos até a boca para tapar o bocejo que viria logo apos um breve miado. Talvez ainda estivesse com um pouco de sono, mas o que mais me incomodava no momento eram os estrondosos roncos de minha barriga. Sim. Estava com fome, e com sede também. Assim decidi continuar o caminho pela estrada com perseverança. Na tentativa de encontrar alguma árvore com frutos ou até mesmo um pequeno vilarejo à frente, mas por mais que quisesse. Não poderia encontrar o que queria tão rápido quanto ansiava, então saquei meu bastão e comecei a marchar de forma jocosa enquanto o rodava no ar e cantarolava suavemente alguma melodia na tentativa de me distrair. — ♫♩ Tchutchuru, tchutchuru tchuru tchuru... ♪♫

Quando chegasse próximo a uma ladeira, cessaria toda aquela minha “distração”. Minhas orelhas ferais se remexiam sutilmente, assim como minha cauda. Levaria minhas mãos até as costas de meus ouvidos, assim tentando ouvir melhor a musica que vinha de longe. De inicio senti minha cauda se arrepiar. Era uma melodia diferente, pelo menos para mim, que nunca havia presenciado uma sonoridade com aquele estilo de batida. O que me era chamativo. Gostaria de saber do que se tratava.

Passando a caminhar naquela direção logo encontraria um vilarejo. Aparentava ser bem calmo e amigável, assim como a população. Porém, algo em destaque chamou minha atenção. Havia vários cartazes espalhados pelas paredes, todos diziam algo sobre a ultima apresentação de um circo. Me perguntava o que seria isso, afinal nunca tinha visto um. Pensava que provavelmente seria o local de onde vinha a musica, mas antes deveria arranjar algum alimento e informações.

Com licença. Poderia me dizer onde estou? — perguntaria gentilmente com um sorriso expresso no rosto a primeira pessoa que encontrasse próxima a mim. Agradecendo com uma reverencia caso fosse respondido e complementando com mais  perguntas — O que seria essa musica que ecoa pelo vilarejo? Ah, e se possível, também gostaria de saber onde posso encontrar algum local para comer. Obrigado.

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Mensagem por Ezer Qua Fev 04, 2015 3:02 am

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Nos últimos dias, Ezer vinha dormindo na casa de uma senhora que lhe dera abrigo quando regressou a Hilydrus em troca de ajudá-la com algumas tarefas domésticas. O garoto sempre teve facilidade em lidar com as pessoas, e conseguia muito bem parecer uma criança inocente, fosse pelo rosto que aparentava ser mais jovem do que era e pela baixa estatura ou pela facilidade do garoto em mentir. Na noite anterior decidira que iria embora. Não encontraria qualquer sinal de Melka, seu antigo senhor, por ali. Ele devia muito àquele rapaz, fora Melka quem o tirara das ruas imundas dos subúrbios da capital. Fora Melka aquele que ensinou Ezer a se controlar, a prezar pela vida das pessoas... No fim das contas, devia tanto ao amigo que não conseguia acreditar que ele havia morrido por sua culpa. Não, ele ainda estava vivo, tinha certeza. E por isso não pararia de procurá-lo.

Foram estes os pensamentos que tomaram a cabeça do rapaz na véspera, fazendo com que um Ezer muito mal humorado acordasse na manhã seguinte, uma hora antes do habitual, depois de ter um pesadelo terrível que envolvia uma música que o rapaz julgou estrememante irritante.

Tsh.

Calçou suas botas, abotoou a camisa, jogou as poucas coisas que tinha dentro de um pequeno embornal que jogou por cima do ombro junto de seu casaco e saiu. Deixou para trás um bilhete para aquela senhora, agradecendo pela estadia.

Antes de partir, decidiu andar pela capital mais uma vez, não pretendia voltar ali tão cedo uma vez que fosse embora. Não sabia ao certo se era ainda uma nesga de esperança, talvez alguém soubesse de Melka, ou se apenas queria esquecer aquele sonho ruim. Mas aquelas ruas o chamavam, e assim, tentando não pensar em nada, mas com a cabeça cheia com muitas coisas, Ezer foi andando sem rumo pela capital.

Era ainda muito cedo. Os comerciantes começavam a abrir suas barracas, fossem lojinhas com produtos de artesanato, fossem quitandas. Todos ali seguiam suas rotinas, arrumavam seus produtos, atendiam seus primeiros clientes do dia. E enquanto observava o quão assimétricas podiam ser as lojas na rua, Ezer reparou algo. Logo à sua frente, três homens montados se dirigiam até uma pequena barraca.
Usavam capuzes e um uniforme desconhecido, mas, definitivamente, suspeito. O garoto continuou andando, agora um pouco mais devagar. Fingia não prestar atenção à sua volta, e definitivamente conseguia disfarçar bem. Um dos homens, agora desmontado, pegava uma fruta da barraca e, com um sorriso de escárnio no rosto, a mordia.

Não conseguiu ouvir bem o que o vendedor falou. Mas pela expressão facial dos envolvidos, deduziu que era algo que poderia ser reduzido em "não coma antes de pagar". Então os homens uniformizados desembanharam sabres e começaram a ameaçar o vendedor. Instintivamente o rapaz levou a mão ao lugar em que normalmente carregava a bainha de seu sabre. Tsh. Sentia falta daquela arma, sabres eram definitivamente seus favoritos. Sentiu um incomodo. Uma pontada de inveja talvez. Deu meia-volta e começou a andar para longe daquela comoção. E não sabia dizer porque, mas quando ouviu uma criança pequena em prantos, pedindo para que aqueles estranhos não levassem nada de sua barraca, acabou virando o rosto e observando o desenrolar da cena. Era óbvio que não dariam ouvidos para a menina. E foi algo esperado que batessem nela. Mas um tapa? Aquilo era desconcertante. Definitivamente a garota tivera sorte de ter recebido somente um tapa. Ezer olhou em volta. O local começava a ficar cheio. E logo seria uma grande confusão. Ele tinha duas opções. Ou simplesmente virava suas costas, ou evitava que mais pessoas estúpidas como aquela criança acabassem se machucando. Poderia ainda ganhar o café da manhã por salvar o dia.

Os olhos do rapaz se estreitaram enquanto ele abria um sorriso distorcido em seu rosto. Pena que esta expressão durou apenas alguns instantes. Virou-se na direção daquela comoção, sacou seu dirk enquanto saltava nas costas do homem desmontado. Caiu com as pernas firmes no chão, apenas flexionando o joelho, e talhando um grande corte nas costas de seu alvo. Seus companheiros sairam em disparada, gerando ainda mais confusão à volta do garoto. Seu alvo tentava em vão alcançar seu sabre no chão. No entanto, distraído pelo alvoroço que tomou conta do lugar, e concentrado em sair dali, o garoto apenas pisou na mão do homem caído, chutou sua arma para longe e montou no cavalo, indo na direção dos dois que fugiam. Tsh. Se ao menos tivesse pego aquela espada.

Para falar a verdade, desde o incidente do desaparecimento de Melka, Ezer não tinha usado cavalos para nada. Inclusive, evitara ao máximo viajar a cavalo desde então. Não era de se espantar portanto, que tivesse problemas em conduzir um animal desconhecido, em uma corrida de velocidade, atrás dos dois atacantes. Mas ele foi bem, conseguiu sair de Hilydrus sem problemas e, empolgado com a ideia da perseguição, seguiu aqueles dois em direção a uma trilha que se embrenhava no mato. Acabou puxando os freios de forma brusca demais, e o cavalo, empinando, derrubou o menino.

Ezer acordou alguns minutos depois. Sua cabeça latejava. Levantou-se, bateu a poeira da roupa, apanhou suas coisas que estavam caidas do seu lado e soltou um suspiro. Estava perdido, no meio do nada. Suas roupas não estavam apenas sujas de terra, mas também tinha pequenas, porém perceptíveis, manchas de sangue em sua camisa. Sua cabeça doía, doía muito. Se ao menos não tivesse se deixado levar. Mas não, fora imaturo mais uma vez. Sabia que não podia se dar ao luxo de perder o controle, e ainda assim, acreditando ser uma decisão racional... Fora um completo idiota, se ao menos tivesse consigo aquele sabre agora.

Bom, não adiantava nada ficar reclamando sozinho. Juntou seu mal humor com a fome que começava a despontar e seguiu uma pequena estrada que encontrou. Depois de andar um bocado, avistou o que parecia ser uma vila. Situada entre duas montanhas, banhada por um lago, e aparentemente bastante movimentada, Ezer se deu ao luxo de sorrir naquela manhã. Um sorriso cansado, mas sincero. Um sorriso que desapareceu tão logo ele se aproximou da entrada daquele lugarejo. Uma música infernal tocava sem parar. E não era apenas o fato de que aquela barulheira aumentava a dor de cabeça que o menino sentia, mas também, o fato de ter sonhado com aquela mesma maldita música. Tricou os dentes, apertou os punhos e respirou fundo. Vestiu o casaco, escondendo as manchas de sangue na camisa e seu dirk. Então seu rosto assumiu a face mais cansada e inocente que conseguia, relaxou os ombros, e entrou na cidade.

Ezer se aproximou da primeira mulher que vira. Em momentos assim, preferia abordar senhoras, já que era mais fácil manipulá-las, ou ao menos, é o que o rapaz pensava.

Hmm.. Olá... Com licença. — Disse com a voz falha e insegura. — Pode me dizer que lugar é este? Acabei me perdendo na estrada e não faço ideia de onde vim parar.

Estava com as mãos juntas, em frente à barriga, que, desavisada, roncou, fazendo-o corar verdadeiramente e forçar um sorriso sem graça. Não queria parecer um morto de fome para ninguém.


~
Notas::

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Ezer Macola
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Ezer
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