>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.
> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!
> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!
> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!
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[Ficha] Airmed Ixchel
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[Ficha] Airmed Ixchel
Nome: Airmed Ixchel (Anteriormente conhecida como Wu Zetian)
Idade: 19 anos
Sexo: Feminino
Altura: 1,77 metros
Raça: Meio-Dragão
Lodians (L$): 0
Nível: 2
Exp: 1300/2000
Aparência: Airmed Ixchel é uma jovem meio-dragão com apenas dezenove anos. Com toda certeza, sua característica normal mais marcante são os seus cabelos. Eles são longos, lisos e caem em madeixas sedosas ao redor da sua cintura e possuem coloração castanha muito escura, como terra. Os olhos possuem coloração verde-amarelada serena e pura, como se tivessem uma aura mística, com círculos concêntricos e geralmente não expressam nada, o que remete a personalidade da garota, contudo, os observadores mais sagazes podem distinguir três coisas em seu olhar: a ambição, o ódio e a loucura. Os lábios não são grossos demais e nem finos demais, já o nariz é fino e curto, o rosto tem formato firme, devido ao seu queixo e maxilar fortes, mas ainda assim é fino e um tanto singular. As orelhas são longas, finas e pontudas, muito parecidas com as de um elfo. A jovem garota possui uma estatura um tanto elevada, tendo pouco mais de um metro e setenta e sete e é magra, pesando cerca de cinqüenta e quatro quilos.
Obviamente, ela também é dona de traços inumanos devido à identidade de seu pai, um dragão oriental. Ela possui chifres negros e curvados, consideravelmente longos e afiados, que são cortados constantemente desde muito tempo, mas sempre voltam a crescer, não importando o que se faça. Seus olhos podem parecer completamente humanos, desprovidos de qualquer brilho draconiano, contudo, na verdade são intensos, faiscantes, brilhantes e chegam ao ponto de hipnotizar, o que pode distrair sem problemas as pessoas desavisadas ou despreparadas. A garota possui asas magras, grandes e muito fortes, mas não possui muita experiência com elas, pois antes, logo que começavam a crescer, elas eram cortadas, ainda assim, ela continua em duvida se deveria ou não esconder isso, para parecer mais humana. Apesar da vantagem de voar, a jovem crê que fica assustadora demais. As mãos de Airmed possuem garras afiadas e resistentes, assim como são cobertas de escamas, no entanto, a jovem esconde isso com luvas negras.
As vestimentas da meio-dragão são simples e sempre envolvem o marrom, o preto ou tons escuros de outras cores e, às vezes, um ou outro detalhe branco, visto que ela odeia cores muito brilhantes ou chamativas. Sempre é vista usando grossas luvas negras que cobrem as mãos e parte do antebraço para esconder suas garras e escamas. Muitas vezes, usa vestidos com mangas longas, mas que lhe dão liberdade de movimento e sapatilhas negras que não interferem em seu equilíbrio, não gosta de usar qualquer tipo de maquiagem ou acessórios, mantendo um aspecto orgânico e natural. Odeia quaisquer vestes sensuais e provocantes, dessa forma, jamais será vista com peças reveladoras ou que venham a destacar a sua sexualidade. No perna direito, amarrou uma adaga embainhada que fica constantemente oculta pelas suas roupas longas, a adaga tem lâmina com vinte e cinco centímetros e cabo negro com sete centímetros, a bainha tem vinte e cinco centímetros e é de couro escuro, a arma e a bainha são finas e leves.
Personalidade: Desde que chegou em Lodoss, Airmed vêm se comportando como uma pessoa muito boa. É gentil o tempo todo e sob hipótese alguma trata mal as pessoas ao seu redor, fazendo sempre tudo o que for possível para que as pessoas com que convive se sintam bem, se preocupando sem parar com o bem-estar e felicidade de todos. Também aparenta ser uma pessoa pura e, sobretudo, inocente, completamente intocada por quaisquer emoções negativas, dessa forma, ela está disposta a fazer qualquer coisa para a solução mais pacifica possível e está constantemente seguindo o que considera justo e certo, no entanto, quando percebe que não há outro jeito, protege com coragem e ferocidade o que ela acha ser a bondade. Além de tudo, devido a sua aparente cordialidade e ingenuidade, ela acaba cometendo erros que podem ser ridículos, visto que pode ser facilmente enganada e manipulada, assim como esta constantemente se desculpando por coisas banais. Outra característica marcante nela, é a sua abnegação, a garota possui altruísmo tão grande que seria capaz de se sacrificar até mesmo por um desconhecido, se dispondo ao que for preciso para que o bem prevaleça para todos e, inclusive, muitos acreditam que sua dedicação completa e absoluta às artes da cura seja por isso, o desejo honesto de ajudar como for possível.
Infelizmente, nada disso é verdade e essa personalidade tão benevolente não passa de uma camuflagem para o monstro que na verdade ela é. Tudo o que Airmed busca em Lodoss é poder para vingar sua família e a si mesma, sua mente está completamente voltada para o ódio que possui e por isso, está disposta a tudo, não para fazer o bem e sim o mal. Ela é uma mulher fria e insensível, livre de sentimentos e emoções, capaz de realizar atrocidades sem se arrepender. Não importa a situação, seja ela positiva ou negativa, a garota continua a não sentir felicidade, tristeza, raiva, frustração ou outras emoções, tudo ela vê em angulo imparcial, levando em conta unicamente os seus objetivos. Devido a sua frieza, ela não tem preocupações com as consequências de seus atos e muito menos com as pessoas que manipula, mesmo chegando ao ponto de fingir constantemente ser alguém que não é. Airmed possui uma obsessão doentia pela perfeição, sendo, portanto, uma perfeccionista obcecada que, mesmo nos detalhes mais insignificantes, não admite de modo algum erros, estando constantemente atenta a tudo. Sua indiferença também a fez uma estrategista ideal, visto que não se importa com os meios para se chegar aos fins e o tempo todo modifica seus planos de acordo com as mudanças. A garota é dotada de uma incrível capacidade de perceber o que geralmente passaria despercebido - talvez devido ao seu perfeccionismo - o que faz com que seja uma observadora especialmente eficaz e analítica. Outrora, nela havia bondade, mas agora, depois de passar por tantos tormentos e descobertas, só restou o mal.
Uma consequência de tanta tensão e problema que a garota sofreu ao longo de toda a sua história, foi o desenvolvimento de certos problemas mentais. O primeiro e, talvez, menos perigoso, é a sua obsessão pelo perfeccionismo, em decorrência de sua obrigação de constantemente impressionar as pessoas de sua terra natal e provar ser uma deusa, assim como um artifício para esquecer dos problemas e provar a si mesma que é digna. Há ainda um outro problema, que é sua outra personalidade. Devido aos anos que passou sozinha, sendo maltratada, ainda na infância ela criou um reflexo de si mesma que se tornou uma outra faceta da psique de Airmed, uma personalidade que se manifesta menos que a outra. Este lado diferente da jovem, ao contrário do outro, não é nada contido ou frio, é uma explosão de emoções e opiniões, contradizendo por completo todas as expectativas acerca da híbrida. Se trata de uma faceta agressiva, impulsiva, terrivelmente descontrolada e que se deixa levar por sentimentos exageros em quaisquer situações, o que faz dessa personalidade muito instável e inconstante. Quando dominada por esse lado, Airmed grita e luta, expondo ao máximo todo o seu ódio, liberando-o para o exterior e por isso, não se deixa conter e, contrastando ainda mais com o outro lado, esta faceta alternativa também chora diante da frustração e pode até mesmo rir quando obtém sucesso. Obviamente, por não ser o comportamento dominante e ser reprimido o máximo que for possível pela garota, muito raramente Airmed pode ser vista nesse estado, ainda mais quando algo fundamental em seus planos está em jogo.
Terra Natal: Penglai.
Idade: 19 anos
Sexo: Feminino
Altura: 1,77 metros
Raça: Meio-Dragão
Lodians (L$): 0
Nível: 2
Exp: 1300/2000
Aparência: Airmed Ixchel é uma jovem meio-dragão com apenas dezenove anos. Com toda certeza, sua característica normal mais marcante são os seus cabelos. Eles são longos, lisos e caem em madeixas sedosas ao redor da sua cintura e possuem coloração castanha muito escura, como terra. Os olhos possuem coloração verde-amarelada serena e pura, como se tivessem uma aura mística, com círculos concêntricos e geralmente não expressam nada, o que remete a personalidade da garota, contudo, os observadores mais sagazes podem distinguir três coisas em seu olhar: a ambição, o ódio e a loucura. Os lábios não são grossos demais e nem finos demais, já o nariz é fino e curto, o rosto tem formato firme, devido ao seu queixo e maxilar fortes, mas ainda assim é fino e um tanto singular. As orelhas são longas, finas e pontudas, muito parecidas com as de um elfo. A jovem garota possui uma estatura um tanto elevada, tendo pouco mais de um metro e setenta e sete e é magra, pesando cerca de cinqüenta e quatro quilos.
Obviamente, ela também é dona de traços inumanos devido à identidade de seu pai, um dragão oriental. Ela possui chifres negros e curvados, consideravelmente longos e afiados, que são cortados constantemente desde muito tempo, mas sempre voltam a crescer, não importando o que se faça. Seus olhos podem parecer completamente humanos, desprovidos de qualquer brilho draconiano, contudo, na verdade são intensos, faiscantes, brilhantes e chegam ao ponto de hipnotizar, o que pode distrair sem problemas as pessoas desavisadas ou despreparadas. A garota possui asas magras, grandes e muito fortes, mas não possui muita experiência com elas, pois antes, logo que começavam a crescer, elas eram cortadas, ainda assim, ela continua em duvida se deveria ou não esconder isso, para parecer mais humana. Apesar da vantagem de voar, a jovem crê que fica assustadora demais. As mãos de Airmed possuem garras afiadas e resistentes, assim como são cobertas de escamas, no entanto, a jovem esconde isso com luvas negras.
As vestimentas da meio-dragão são simples e sempre envolvem o marrom, o preto ou tons escuros de outras cores e, às vezes, um ou outro detalhe branco, visto que ela odeia cores muito brilhantes ou chamativas. Sempre é vista usando grossas luvas negras que cobrem as mãos e parte do antebraço para esconder suas garras e escamas. Muitas vezes, usa vestidos com mangas longas, mas que lhe dão liberdade de movimento e sapatilhas negras que não interferem em seu equilíbrio, não gosta de usar qualquer tipo de maquiagem ou acessórios, mantendo um aspecto orgânico e natural. Odeia quaisquer vestes sensuais e provocantes, dessa forma, jamais será vista com peças reveladoras ou que venham a destacar a sua sexualidade. No perna direito, amarrou uma adaga embainhada que fica constantemente oculta pelas suas roupas longas, a adaga tem lâmina com vinte e cinco centímetros e cabo negro com sete centímetros, a bainha tem vinte e cinco centímetros e é de couro escuro, a arma e a bainha são finas e leves.
Personalidade: Desde que chegou em Lodoss, Airmed vêm se comportando como uma pessoa muito boa. É gentil o tempo todo e sob hipótese alguma trata mal as pessoas ao seu redor, fazendo sempre tudo o que for possível para que as pessoas com que convive se sintam bem, se preocupando sem parar com o bem-estar e felicidade de todos. Também aparenta ser uma pessoa pura e, sobretudo, inocente, completamente intocada por quaisquer emoções negativas, dessa forma, ela está disposta a fazer qualquer coisa para a solução mais pacifica possível e está constantemente seguindo o que considera justo e certo, no entanto, quando percebe que não há outro jeito, protege com coragem e ferocidade o que ela acha ser a bondade. Além de tudo, devido a sua aparente cordialidade e ingenuidade, ela acaba cometendo erros que podem ser ridículos, visto que pode ser facilmente enganada e manipulada, assim como esta constantemente se desculpando por coisas banais. Outra característica marcante nela, é a sua abnegação, a garota possui altruísmo tão grande que seria capaz de se sacrificar até mesmo por um desconhecido, se dispondo ao que for preciso para que o bem prevaleça para todos e, inclusive, muitos acreditam que sua dedicação completa e absoluta às artes da cura seja por isso, o desejo honesto de ajudar como for possível.
Infelizmente, nada disso é verdade e essa personalidade tão benevolente não passa de uma camuflagem para o monstro que na verdade ela é. Tudo o que Airmed busca em Lodoss é poder para vingar sua família e a si mesma, sua mente está completamente voltada para o ódio que possui e por isso, está disposta a tudo, não para fazer o bem e sim o mal. Ela é uma mulher fria e insensível, livre de sentimentos e emoções, capaz de realizar atrocidades sem se arrepender. Não importa a situação, seja ela positiva ou negativa, a garota continua a não sentir felicidade, tristeza, raiva, frustração ou outras emoções, tudo ela vê em angulo imparcial, levando em conta unicamente os seus objetivos. Devido a sua frieza, ela não tem preocupações com as consequências de seus atos e muito menos com as pessoas que manipula, mesmo chegando ao ponto de fingir constantemente ser alguém que não é. Airmed possui uma obsessão doentia pela perfeição, sendo, portanto, uma perfeccionista obcecada que, mesmo nos detalhes mais insignificantes, não admite de modo algum erros, estando constantemente atenta a tudo. Sua indiferença também a fez uma estrategista ideal, visto que não se importa com os meios para se chegar aos fins e o tempo todo modifica seus planos de acordo com as mudanças. A garota é dotada de uma incrível capacidade de perceber o que geralmente passaria despercebido - talvez devido ao seu perfeccionismo - o que faz com que seja uma observadora especialmente eficaz e analítica. Outrora, nela havia bondade, mas agora, depois de passar por tantos tormentos e descobertas, só restou o mal.
Uma consequência de tanta tensão e problema que a garota sofreu ao longo de toda a sua história, foi o desenvolvimento de certos problemas mentais. O primeiro e, talvez, menos perigoso, é a sua obsessão pelo perfeccionismo, em decorrência de sua obrigação de constantemente impressionar as pessoas de sua terra natal e provar ser uma deusa, assim como um artifício para esquecer dos problemas e provar a si mesma que é digna. Há ainda um outro problema, que é sua outra personalidade. Devido aos anos que passou sozinha, sendo maltratada, ainda na infância ela criou um reflexo de si mesma que se tornou uma outra faceta da psique de Airmed, uma personalidade que se manifesta menos que a outra. Este lado diferente da jovem, ao contrário do outro, não é nada contido ou frio, é uma explosão de emoções e opiniões, contradizendo por completo todas as expectativas acerca da híbrida. Se trata de uma faceta agressiva, impulsiva, terrivelmente descontrolada e que se deixa levar por sentimentos exageros em quaisquer situações, o que faz dessa personalidade muito instável e inconstante. Quando dominada por esse lado, Airmed grita e luta, expondo ao máximo todo o seu ódio, liberando-o para o exterior e por isso, não se deixa conter e, contrastando ainda mais com o outro lado, esta faceta alternativa também chora diante da frustração e pode até mesmo rir quando obtém sucesso. Obviamente, por não ser o comportamento dominante e ser reprimido o máximo que for possível pela garota, muito raramente Airmed pode ser vista nesse estado, ainda mais quando algo fundamental em seus planos está em jogo.
Terra Natal: Penglai.
Última edição por Airmed Ixchel em Dom Set 27, 2015 7:01 am, editado 5 vez(es)
Airmed Ixchel- Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 54
Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 1
Raça: Meio-Dragão
Re: [Ficha] Airmed Ixchel
História:
Book One: End
Well, as a child, I mostly spoke inside my head
I had conversations with the clouds, the dogs, the dead
And they thought my broken, that my tongue was coated lead
I had conversations with the clouds, the dogs, the dead
And they thought my broken, that my tongue was coated lead
- Spoiler:
- Chapter One: DemonsPenglai é uma ilha consideravelmente distante, localizada na parte leste do extremo oriente do mundo, um lugar que, apesar de bastante desenvolvido, ainda é regido por crenças e enorme religiosidade por diversos deuses-dragões. Na verdade, esta terra é não apenas repleta de magia, como também de dragões orientais, diferentes de muitos outros dragões do ocidente. Esses dragões orientais são seres grandiosos, adorados e cultuados por toda a população de Penglai, são considerados sábios e especiais, no entanto, ao longo dos séculos, cada vez menos eles são vistos. Outrora, Penglai era o centro de poder de toda a sua área, o leste estava dominado por essa ilha, que era superior em todos os sentidos, o lugar mais rico e desenvolvido de toda a região, no entanto, com o declínio dos dragões, a ilha também começou a cair. O local agora estava enfrentando crises, devido a desastres naturais e conflitos constantes, sobretudo entre os usuários de magia. Tantos problemas foram associados ao sumiço dos dragões, então, o povo esperava que um deus ou deusa renascesse, para levar Penglai de volta aos seus dias de glória e condicionar os habitantes dali para a supremacia mundial. Por muito tempo todos acreditavam que a profecia sobre esse grande salvador, não passava de uma lenda idiota inventada por pessoas desesperadas, o que só serviu para piorar a situação precária ali instalada. Os conflitos, se transformaram em guerra e então, ninguém mais se encontrava livre de preocupações, a ameaça de dor e morte pairava sobre as cabeças de cada habitante dali. Muitos imperadores e imperatrizes governaram a ilha, porém, todos fracassaram em levantá-la mais uma vez, ao mesmo tempo que feiticeiros por toda parte se aproveitavam das terríveis condições para ganhar poder e influência. Do nada, cada vez mais estrangeiros surgiram na ilha com desejos ocultos, muitos deles desconhecidos para todos os nativos, contudo, o que ninguém poderia ter previsto foi a chegada de um nobre poderoso de uma ilha bastante longínqua, chamada de Lodoss. Este homem cruel acabou por mudar tudo ali e depois levou mais e mais pessoas de sua confiança. Demônios estavam dominando tudo.
Vivendo nesta ilha, há Wu Daiyu, uma feiticeira poderosa e influente que busca desesperadamente por dragões, para que finalmente alcance os grandes objetivos da sua vida: poder e imortalidade. Sua vida inteira agora se centrava na magia, tudo girava em torno de aprender mais e mais feitiços, o que ocupava muito de seu tempo, mas também lhe forneceu um conhecimento que pouquíssimas pessoas tinham igual e, graças aos poderes que conseguiu com tanto saber, fundou o seu próprio clã de feiticeiros, o Wu, reunindo diversos usuários de magia de todas as áreas de Penglai, agora com o intuito de dominar a ilha. Ainda assim, sua busca por dragões continuava incessante e todos aqueles vinculados a ela também fizeram dessa busca suas missões. Guerras entre clãs se seguiram e os tão procurados seres ainda estavam desaparecidos. Anos se passaram e tudo continuava obscuro, até que, um dia, em uma plantação de arroz, Daiyu conheceu um belo camponês solitário e sem família que ajudava sua aldeia de todas as formas, mas não tinha qualquer magia dentro de si, era apenas mais um humano que parecia ter algo peculiar. Os dois se apaixonaram assim que se viram e Daiyu então começou a se afastar de seu clã e de seus objetivos, para viver em paz com o seu amado, acabando por abandonar completamente a magia e passar o título de líder do clã para outra mulher. Por alguns meses, ela e o camponês viveram felizes, todas as coisas que aconteciam ao seu redor pareciam distantes, em segundo plano, como se o mal jamais pudesse alcançá-lo. No entanto, a inocência tem um preço alto na guerra.
Ainda com a ilha em crescente decadência, os dois continuavam unidos na pequena aldeia, ambos trabalhavam como camponeses, porém, com a chegada de estrangeiros, sua aliança com certos grupos poderosos de nativos e a situação cada vez pior, uma nova religião, formada por uma fusão de crenças orientais e ocidentais, se espalhou pela ilha e todos aqueles que não seguissem as ordens do que foi chamado de Templo, eram caçados, torturados e mortos. A magia era vista com maus olhos, mas os dragões continuavam sendo vistos como deuses, assim, somente aqueles da família imperial ou abençoados pela Imperatriz (que eram vinculados ao Templo), podiam usar as artes místicas. Daiyu continuava vivendo tranquilamente, enquanto seu clã, tal como tantos outros, era perseguido. O Templo era implacável e logo chegou até a aldeia onde o feliz casal vivia, exigindo pesados impostos que eles se viram obrigados a pagar e a partir dali, em todos os meses, guardas armados voltavam para recolher os impostos e levavam embora aqueles que não pagavam. Os que eram levados, também eram torturados, queimados e esquartejados publicamente, para que servissem de exemplo. Mais atos terríveis e até ditatoriais se seguiam, poucos grupos de feiticeiros clandestinos restaram e os dragões continuavam desaparecidos, ainda assim, a população procurava pela reencarnação de um deus-dragão que iria resolver tudo, mas sem sucesso. O tempo passou e enfim o povo achou alguém em quem poderia depositar esperança. Daiyu teve uma filha, mas logo depois de engravidar, o camponês abandonou sua pele como se fosse uma casca e, em sua forma original, um dragão oriental com asas, voou alto e da mesma forma que os outros de sua espécie, simplesmente sumiu. A feiticeira morreu logo depois de dar a luz a sua filha, uma criança com asas, escamas e chifres.Chapter Two: Little TalksA criança foi deixada sozinha e o único som que se ouviu, além de seu choro, foi sua mãe sussurrando o nome que daria a sua garotinha... Zetian, o nome de sua filha seria Zetian. Muitos viram o que aconteceu, viram o dragão subir aos céus e ouviram os gritos e choro, porém, quando avistaram o bebê, ficaram apavorados, acreditavam ser um monstro, um demônio ou apenas um filhote estranho de dragão, tudo assustador. E, do nada, enquanto todas aquelas pessoas cruéis apenas observavam de longe e sussurravam, uma imagem branca e negra surgiu, revelando a imagem de uma mulher feita inteiramente de luz e sombras. Essa mulher cuidou de Zetian, lhe deu comida e leite, tudo conjurado do nada, durante a noite, ela fez ali mesmo uma casa e uma cama, onde deixou que o bebê dormisse. O mesmo se repetiu por muitos dias, despertando cada vez a mais a curiosidade das pessoas que não ousavam se aproximar. Com tanta atenção, a história da menina draconiana e seu "espírito guardião" se espalhou sem demora e a cada nova boca pela qual passava, um ponto ou dois aumentavam ou se modificavam em pequenas conversas. Diante de tudo isso, uma pequena conversa surgiu de um lugar desconhecido, mas tal qual uma praga, se espalhou por todos os cantos. Talvez, por ser um eco, uma última tentativa desesperada de esperança por um povo de coração frio e mentes mórbidas. Essa pequena conversa afirmava que no corpo daquela menina uma deusa-dragão enfim havia reencarnado para trazer uma nova e ambiciosa revolução. Por alguma estranha ironia do destino, esse boato demorou um pouco para chegar até a vila em que a criança continuava quase que completamente solitária, contudo, quando enfim chegou, foi desastroso. Aquelas pessoas simplesmente não estavam preparadas para algo maior e superior acontecendo com elas e ainda menos preparadas para entender que, de fato, uma força poderosa protegia aquela jovem garotinha inocente. No fim, a grandiosidade dos eventos futuros que se iniciaram ali jamais chegariam aos ouvidos dos habitantes daquele lugar.
Foi logo de manhã, um dia depois que as pequenas conversas chegaram nos campos de arroz através de bocas de viajantes. As pessoas mastigavam, gananciosamente, palavras e frases. O fato de a menina ser criada por um ser de luz e trevas serviu como um catalisador para os boatos, diziam que era um conselheiros dos deuses que desceu para este mundo com o proposito de continuar servindo uma de suas mestras. Quanta tolice. Uma verdadeira multidão se amontoou e todos estavam indo em direção a casa em que a criança repousava para levá-la ao local onde estava a sede do Templo, eles estavam confiantes que aquela menina era a reencarnação de sua esperada deusa-dragão, se agarraram a isso e estavam dispostos a qualquer coisa para provar que algo divino estava dentro da residência erguida pelo ser de luz e sombras. Segundo as lendas, havia um jeito de provar o poder de um deus... A imortalidade. Um deus é imortal e continua a viver, mesmo com seu corpo destruído. Cada homem e mulher que estava naquela multidão, carregava foices, pedaços de madeira e muitos outros objetos que poderiam ser usados como arma, eles iriam espancar a menina e esperavam que ela continuasse bem, porém, Zetian não era uma deusa-dragão, ainda tinha uma parte humana e nenhuma parte divina. O bebê dormia tranquilamente em sua cama macia, enquanto na janela projetava o reflexo daqueles que estavam dispostos a machucá-la, unicamente para tentar se convencerem de que a ilha ainda não está totalmente perdida. O som dos passos, agora cada vez mais próximos, despertou a garota e junto dela, o fantástico ser alvinegro que a protege.
A criatura ali manifestada fitou os invasores por um único segundo apenas e então, logo em seguida, uma cúpula branca e negra se formou ao redor da casa, bloqueando por completo as tentativas ridículas daquelas pessoas de adentrarem o lugar e machucarem a menina. Ainda que impotentes, os camponeses continuaram com suas tentativas de penetrar o escudo, perdidos em seu desespero para se agarrar a algo bom, todavia, isso foi o seu fim. O ser fitou o céu e nele uma gigantesca nuvem branca se formou, dela, um feixe de energia branca igualmente colossal se projetou em um único tiro que se chocou com os invasores e causou uma explosão que os vaporizou instantaneamente. Não havia mais nenhum perigo e Zetian enfim parou de chorar, agora sorria deliciosamente, como se estivesse divertindo-se com tal cena. Os poucos moradores da aldeia, ao presenciar a cena horrível, em um instante desistiram de qualquer ideia para invadir a casa e fazer mal a criança, ninguém sequer ousava olhar por muito tempo o lugar em que houve a destruição. Horas depois de todo aquele evento misterioso, o eco dos cascos de muitos cavalos se chocando contra o chão durou inundou as casas com preocupações e nervosismo, até que os sobreviventes perceberam que se tratava de uma caravana enviada pelo Templo. As bandeiras com o símbolo da mais poderosa e influente religião de toda Penglai tremulava diante dos ventos fortes e de uma das carruagens, saíram dois bispos que foram acompanhados por seis guardas. O ser observou tudo aquilo e então desapareceu, instantes depois, um dos bispos pegou a criança e a levou consigo silenciosamente. O tempo todo, pessoas de diversas espécies observava com apreensão e quando todos aqueles enviados do Templo saíram da casa intactos e com Zetian nos braços, expressões de pavor e incredulidade irromperam nas faces de cada um.Chapter Three: Brave New WorldO Templo, uma organização religiosa que, mesmo relativamente jovem, assumiu posição dominante em Penglai devido ao apoio forte da Imperatriz e sua família, assim como de muitos dos mais poderosos grupos da ilha. O Templo prega uma religião que pode ser descrita como uma união de valores e culturas orientais e ocidentais para criar algo totalmente novo, mantendo e equilibrando aspectos mais importantes do leste e do oeste, ao mesmo tempo em que inova. Se sabe que o Templo também atua em outros locais, mas não se sabe onde são ou como ele age lá. As posições mais altas na hierarquia dessa instituição são ocupadas por duas pessoas, por se tratar de dois cargos de igual prestígio e poder, estes são o Sumo Pontífice e a Alta Sacerdotisa. Com o surgimento dessa nova religião, que rapidamente foi adotada pela família imperial, inúmeras pessoas se converteram e em pouquíssimo tempo, a nova religião tinha mais adeptos que todas as outras juntas, exterminando violentamente muitos costumes e conceitos de outras culturas, o que foi determinante para a reconstrução de outros costumes e conceitos, porém, fundamentados pela nova fé. Apesar de tudo, uma quantidade enorme de pertences históricos e culturais de correntes de pensamento e crenças anteriores à chegada do Templo foi adotada pela nova religião, como a lenda da reencarnação de um dos deuses-dragão. Há também sumo-sacerdotes e cardeais, assim como uma série de seres fantásticos e imortais, vindos de um lugar melhor e terríveis monstros que se formaram de tudo de ruim que existe no mundo. A religião é politeísta e, mantendo padrões orientais, se baseia em deuses-dragão e na transcendência - o último e maior estado que um ser mundano pode alcançar -, o que é necessário para se chegar até Lorien, um mundo perfeito após a morte para onde poucos vão, uma espécie de paraíso. Infelizmente, os seguidores dessa fé também acreditam que punir a si próprios é o que purifica o chi (de certa forma, a alma) e o único caminho para outros círculos e planos de existência após a morte do corpo físico e terreno.
A carruagem andou por várias horas até chegar em uma construção colossal no pico de uma montanha, cercada por um alto muro, semelhante a um templo taoísta muito bem elaborado e protegido contra algo. Pensando bem, quando se olha de outro ângulo, a estrutura se parece com uma prisão. Zetian dormiu o tempo todo e rapidamente foi levada para dentro, despertando os olhares de muitas pessoas, devido aos chifres que já começavam a surgir em sua cabeça e as asas pequenas em suas costas nuas. Apenas um homem a carregava, relativamente jovem se comparado aos outros, um monge ainda em ascensão. Este se dirigiu para um quarto simples e não muito grande no andar inferior, onde havia uma cama, uma espécie de berço medieval e uma mesa com poucas decorações, o homem colocou a menina no berço e se deitou na cama por algum tempo, depois saiu e só voltou duas ou três horas depois, com a criança dormindo serenamente. Ele saiu mais uma vez e se dirigiu aos andares superiores, onde podia observar as estrelas e a floresta que cercava a construção por todos os lados. Já havia feito aquele processo complicado tantas vezes e com tanta crianças, o berço em que a menina repousava já serviu de abrigo para tantos outros que, como ela, tiveram a infelicidade de se cruzar com o Templo e com o jovem sacerdotes. Muitos outros também faziam isso. O homem, mais uma vez se questionou se o que fazia realmente era certo, novamente pensou na possibilidade de salvar aquela criança e fugir dali, contudo, todos os pensamentos se perderam ao longo das possibilidades e da verdadeira realidade. Zetian teria de enfrentar um admirável mundo novo, um mundo em que pessoas talentosas são rigorosamente escolhidas para servir ao propósito único e puro do Templo, um mundo em que desde cedo, os jovens são criados para enfrentar o mal e levar a paz à qualquer custo. O homem saiu dali em poucos minutos, desceu para o quarto que dividia com a meio-dragão e fitou a menina durante longos instantes, assim como fazia com todas as crianças que entregava aos propósitos do Templo. Ele tinha a esperança de que, talvez, um dia pudesse encontrar algum jovem do passado, porém, sabia que eles mudavam, eram treinados para espalhar a palavra dos deuses-dragão e a paz independentemente do que for necessário.
Logo após o primeiro dia, Zetian, assim como todas as outras crianças, foi levada para uma outra área da construção gigantesca, agora ficando em uma espécie de maternidade onde estavam muitos outros bebês, sem qualquer adulto observando-os. Poucas horas depois que ela foi transferida, uma sacerdotisa foi até o local e marcou alguns jovens, inclusive a garota, em seguida, se retirou dali e uma sumo-sacerdotisa, bastante velha e experiente, entrou e avaliou todos os bebês, enquanto anotava informações em uma espécie de livro, quando terminou, saiu e voltou rapidamente com outras sacerdotisas mais jovens que carregavam frascos e ervas. Estas ministravam o que carregavam de acordo com o que a sumo-sacerdotisa dizia, depois, elas levaram algumas das crianças e trouxeram outras para substituí-las. As crianças levadas somaram algumas dezenas e eram os mortos, deficientes ou transferidos para outras alas, também somava-se ao grupo os não tão promissores - os que não foram marcados. Os transferidos simplesmente mudavam de ala, o resto era levado para um lugar desconhecido. Sacerdotisas diariamente acompanhavam a maternidade, distribuindo o alimento e avaliando as condições de cada um, no entanto, jamais demonstravam sinais de afeto ou qualquer outro sentimento perto dos bebês, porque isso prejudicaria o desenvolvimento geral dos futuros "emissários" das palavras do Templo. Zetian ficou naquele lugar por vários meses e em todos eles recebeu uma marca na testa, enquanto isso, seus chifres e asas cresciam rapidamente. Algo interessante a se notar é que ali estavam representantes de diversas espécies, era possível encontrar elfos, anões, ferais e vários tipos de híbridos, mas o número de meio-dragões era mínimo, se podia contar nos dedos das mãos quantos eram e, ainda assim, alguns deles foram para o lugar desconhecido. Outro fato singular é que os únicos humanos por ali eram os sacerdotes e sacerdotisas, não haviam seres humanos entre as crianças que eram recrutadas pelo Templo. Era óbvio que ali, estava acontecendo algo grandioso que envolvia criaturas mais ligadas à magia que um reles ser humano. Os promissores eram selecionados pelas sacerdotisas e as sumo-sacerdotisas, que escolhiam as crianças de acordo com os dados recolhidos e aquilo que descobriam ao usar seus vastos poderes psíquicos, espirituais e premonitórios. Após pouco mais de um ano na maternidade, Zetian finalmente foi transferida para uma outra ala, sendo condicionada por uma das sacerdotisas até um outro lugar, incrivelmente diferente do anterior. A menina enfrentaria, mais uma vez, um admirável mundo novo.Chapter Four: The Hunger GamesA instalação em que Zetian estava era algo completamente diferente de tudo o que se poderia pensar, cada centímetro ali era a confirmação máxima de que a tão louvada religião que conquistou o Oriente não era nem um pouco honesta, aquilo apenas afirmava que o Templo está mentindo para todos os seus seguidores e é mais uma obra do pior que existe naqueles que pensam e sentem. O lugar, tal como outros espalhados ao longo do mundo oriental, era uma unidade de identificação, treino e desenvolvimento de jovens que futuramente vão ajudar o Templo a levar e impor sua apalavra à todo o mundo, também sendo aqueles que vão combater o mal que paira sobre as pessoas. Em outras palavras, o Templo treinava crianças para serem seus soldados, homens e mulheres que a seguiriam cegamente, mas para isso, eram necessários anos e mais anos em uma das instalações militares do Templo (também chamadas de academia), onde todo tipo de prática era efetuada para garantir poder e obediência. Diariamente, sacerdotes e sacerdotisas ensinavam as artes da guerra e as artes da erudição (onde estava incluído instruções na magia), outros procuravam em cada jovem um poder especial e o ajudava a desenvolver essa habilidade, obviamente, havia o lado ruim, ocorriam torturas, opressões e variados métodos para tornarem os aprendizes pessoas intimidadas, o Templo fazia de tudo para destruir seus espíritos e muitas vezes recorria a lavagem cerebral, fazendo tudo para controlar os seus futuros soldados e impedir que a lealdade deles mude. Desde cedo, apenas os melhores dos melhores eram selecionados e assim se seguia durante cada ano que se passava em uma academia, ou seja, anualmente os jovens eram organizados por idade, reunidos em grupos e então lutavam entre si, os vencedores garantiam a si mesmos o luxo de permanecerem vivos, além de comida e água por um bom tempo. Tudo parecia cruel demais, mas no fim das contas, a cada novo ano, o desejo de continuar vivo aumentava e toda a inocência de criança é substituída pelo vigor da juventude na luta. Os sacerdotes e sacerdotisas gostavam de chamar aquilo de seleção natural, isto é, apenas os melhores persistem, o que faz com que apenas os melhores sejam selecionados para algo maior. Na verdade, eram apenas jogos, jogos pela vida, jogos pela comida, jogos pela água, jogos pela sobrevivência, batalhas sangrentas que para os enviados dos deuses de Penglai eram jogos.
Zetian foi levada para um lugar não muito confortável, junto com várias outras pessoas de com menos de seis anos e desde cedo foi obrigada a aprender a viver com pouco. Por ser muito jovem naquela época, não precisou batalhar, porém, crescia rápido e os anos de paz estavam findando. Tal como outros em sua faixa etária, o desenvolvimento das artes da erudição começou cedo, com dois anos já lhe era ensinado a ler e escrever, meses depois, matemática elementar. Se esperava que eles desenvolvessem inteligência aguda para que pudessem ser perfeitos e se adaptar sem problemas a qualquer situação em qualquer lugar. Zetian teve suas asas cortadas pela primeira vez quando tinha quatro anos, contudo, todo o processo foi realizado do jeito certo, as asas foram retiradas de forma indolor através de uma mistura de magia e ciência, ela nem sequer se lembrava do processo. Fizeram isso para que ela jamais pudesse escapar da academia voando, mas preservaram seus chifres para que ela pudesse usá-los como arma em uma luta. Aos cinco anos, recebia um ensinamento mais amplo das ciências humanas e exatas, ainda que bastante limitado, devido a sua idade, de qualquer maneira, a garota sempre mostrou enorme prodigiosidade e inteligência, dominando o que lhe era ensinado muito mais rápido que os outros e entendendo sem grandes problemas o conteúdo que era estudado por outras crianças mais velhas. Naquela época, tudo era tão fácil, tão simples, ela tinha apenas que estudar para ser a melhor, bem, este sempre foi um ponto fundamental, desde muito cedo. Ser a melhor. Não aceitava o segundo lugar, pois seria mediocridade e todos sabem que uma pessoa medíocre não pode ser bom em nada. Ser a melhor não apenas a fazia se sentir melhor, como também garantia certas regalias que os outros não tinham, como mais água e ração - uma espécie de bolo de carne muito estranho com todos os nutrientes que o corpo precisa -, então, se quisesse continuar recebendo vantagens, teria de ser perfeita constantemente. A perfeição era a sua sobrevivência, portanto, todo o seu ser agora só buscava a perfeição em todas as suas formas. Infelizmente, quando estava com pouco mais de nove anos, quase dez, pela primeira vez teve que lutar para sobreviver e isso foi uma coisa horrível para ela. Mesmo assim, seus instintos prevaleceram, da mesma maneira que aconteceu com todos os outros, simultaneamente com a ação da sutil manipulação que suas mentes vinham recebendo há tanto tempo. Muitos fatores contribuíram para que os jogos acontecessem mesmo entre os mais novos, eles eram criados para a luta, mas não era só isso, existiam ainda dois fatores: a constante influência psíquica que os sacerdotes e sacerdotisas exerciam sobre todos ali para estimular o desenvolvimento mental, os instintos e as emoções e a ração especial com a qual os jovens eram alimentados, que acelerava o desenvolvimento do cérebro e aumentava para níveis absurdos a agressividade.
O grande dia da primeira batalha de Zetian chegou inesperadamente, na verdade, ela nem sequer sabia que teria de matar outras crianças, contudo, acabou descobrindo o que teria de fazer. Um grupo de crianças acordaram em uma espécie de arena sem saída e completamente envolvida por uma cúpula que talvez fosse um campo de força, estranhamente, ali não estavam todos os que tinham nove anos, portanto, estavam divididos em grupos. Repentinamente, uma estranha névoa surgiu e uma voz vinda do nada lhes disse o que teriam de fazer. Muitos ficaram paralisados, pensando sobre aquilo e contemplando a ideia macabra de um infanticídio massivo, havia ali medo, nervosismo, raiva e uma infinidade de emoções que se chocavam o tempo todo. Zetian, por outro lado, avançou no primeiro garoto que viu ao seu lado e, aproveitando-se da força que seu lado dragão lhe conferia, conseguiu quebrar o pescoço da vítima, procurou outro alvo e matou a criança ao perfurar o corpo desta com o par de chifres que Zetian possuía. Obviamente, também recebeu diversos ferimentos, porém, conseguiu sair vitoriosa da batalha intensa, junto de mais oito garotas e outros seis garotos, todos com a mesma faixa etária. Dessas seis pessoas, nenhuma saiu intacta fisica e mentalmente, sons e imagens que jamais poderiam ser esquecidos se misturavam em suas cabeças e alimentavam tudo o que havia de pior em cada um. Além do luxo de continuarem vivos, não receberam quaisquer outros prêmios, completaram dez anos sem quaisquer comemorações e mudaram de ala, tudo do jeito mais normal possível. Eles agora sabiam que a cada ano teriam de matar por suas vidas e odiaram o Templo por isso, mas eram impotentes, não poderiam fazer nada e estavam cientes de que em poucos anos, suas mentes e espíritos estariam dominados pela magia dos funcionários do Templo, estavam cientes de que seriam soldados perfeitos que jamais questionariam a lealdade de seus superiores. Sabiam porque todos os dias ouviam vários boatos sobre o destino final daqueles que conseguiam sobreviver à academia.
Última edição por Airmed Ixchel em Qua Jan 21, 2015 10:17 am, editado 2 vez(es)
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Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 1
Raça: Meio-Dragão
Re: [Ficha] Airmed Ixchel
- Spoiler:
- Chapter Five: Finn, the Human
Zetian mudou de ala logo depois de completar dez anos. Já estava tão acostumada com mudanças repentinas que não sentiu falta de nada em sua antiga ala. Procurou um canto qualquer na nova ala e ficou lá, perto de algumas outras pessoas que eram de sua ala antiga, se sentia mais confortável perto de algo que conhecesse bem. Não haviam camas, mesas, cadeiras ou quaisquer outros móveis para as crianças, todos eram obrigados a dormir no chão e nos momentos da alimentação (seis horas da manhã, meio dia e seis horas da tarde), recebiam duas tigelas, uma com água e a outra com ração. Dentre aquelas crianças, também não existiam humanos, o que fez Zetian se perguntar se eles eram fracos demais ou se simplesmente recebiam um tratamento especial por motivos inimagináveis. Queria acreditar que eles eram levados para uma academia também, contudo, parecia uma ideia absurdamente improvável. Se deitou no chão duro, ainda revoltada e, logo após seus olhos se fecharem, sua mente fervilhou com dezenas de ideias e perguntas sobre tudo e todos, ela tremia com o frio que inundava cruelmente a ala em que estava e refletiu se um dia mudaria para um lugar que fosse realmente confortável. Acabou dormindo muito tarde. Logo de manhã, todos foram chamados para a realização de testes e passou a se repetir diariamente, nos dias pares faziam testes das artes da erudição (nesses testes Zetian se destacava pois era bastante inteligente e especialmente promissora com a magia) e nos dias impares realizavam testes - muitas vezes físicos - das artes da guerra. Depois de semanas realizando testes, os responsáveis pela Academia perceberam que os "aprendizes" tinham enorme dificuldade com trabalho em equipe, então organizou todos em duplas, contudo, Zetian ficou sozinha, pois faltava uma pessoa, pessoa essa que faria par com a menina.
No dia seguinte, minutos após a meio-dragão acordar, uma das sacerdotisas com um garoto estranho andando atrás dela aproximou de Zetian e com um falso sorriso no rosto, apresentou seu novo parceiro: o garoto estranho. Ele tinha cabelos loiros e lisos que caiam sobre seus ombros e era muito branco e magro. Timidadamente, o jovem se apresentou como Finn, o único humano em toda a instalação do Templo, tal como o primeiro humano que aquela academia recebeu em muitos e muitos anos. Zetian se apresentou também e, apesar de não ser mais tão calorosa devido aos eventos que enfrentou no passado, imediatamente sentiu curiosidade e até uma conexão com o rapaz, por ele ser um humano e ela também ter uma parte humana. Apesar das circunstâncias horríveis envolvidas, ambos rapidamente se tornaram bons amigos, um se apoiava no outro e em todos os testes a que eram obrigados a participar, demonstravam bom trabalho em equipe e resultados espetaculares. Eles envelheceram, já estavam com onze anos e novamente mudaram de ala, contudo a dupla permaneceu a mesma, para eles, nada mudou, ainda treinavam e estudavam juntos. Nessa idade, tudo se intensificou, as artes da erudição e da guerra eram aplicadas com um rigor muito maior e agora eles aprendiam novas disciplinas que eram realmente difíceis, complicando ainda mais a vida das crianças. Muitos ainda acabavam no lugar desconhecido, naquela época, os que não conseguiam vencer ou se destacar nos testes, também eram mandados para lá e isso assustava a todos. Naturalmente, diversos boatos se formaram em torno do que era esse lugar desconhecido, a maior parte acreditava que se tratava de um grupo de alas, uma parte mínima tinha a opinião de que esse local não existia e os levados simplesmente ganhavam a liberdade, todavia, era inevitável pensar que fosse algo ruim, muito ruim. Os dois amigos sempre acharam que era a liberdade, o lugar desconhecido tinha que ser a liberdade. Apesar desses temores, Finn e Zetian não se abalaram, preferiam ignorar o problema o máximo que fosse possível e apenas conversar, assim, um se conhecia melhor. Eles tinham tantos sonhos guardados apenas para si mesmos, jamais abandonaram a esperança de um dia voltar para casa, sempre diziam que um dia libertariam todos os outros que também estavam enfrentando isso. Choravam, riam e inventavam canções para ter o que cantar. O fato de Finn ser o único humano ali também acabou se tornando uma espécie de problema, muitos ficavam curiosos, queriam saber se ele tinha chifres, asas, garras ou uma cauda, achavam que os sacerdotes não tinham porque cortavam ou utilizavam magia para disfarçar, mas houve grande choque quando se constatou que ele não tinha "armas naturais", várias crianças também o odiavam por motivos próprios e quase sempre por ciúme ou inveja, estes justificavam seu ódio por ele ser da mesma espécie dos funcionários da academia, o que era inválido, visto que existiam seres de todas as espécies ocupando cargos do Templo.
Finn e Zetian gostavam de conversar e se conhecer, um compartilhando com o outro histórias, opiniões, conceitos e ideias. Em meio a essas conversas, a garota descobriu muito sobre o rapaz e também sobre os costumes da sociedade humana, ela sempre teve um fascínio gigantesco pelo conhecimento e sempre que tinha a oportunidade de ampliá-lo, não hesitava. Finn era filho de um nobre bastante influente e poderoso em um continente chamado Lodoss - continente que Zetian conhecia devido às aulas na arte da erudição - e foi mandado para a Academia por seu pai, devido a motivos que ele não imagina, já a sua mãe morreu enquanto dava a luz à ele, o que fez seu pai se isolar em uma terra longe de Lodoss que foi comprada e batizada como Mogadore, o lugar em que Finn foi criado antes de acabar em Penglai. A menina tinha pouco para contar, afinal, viveu apenas algumas horas fora das paredes da Academia e era pequena demais para se lembrar de detalhes, contudo, sempre se recordava de uma luz preta e branca e uma sensação de felicidade e segurança que não sentiu nunca mais e isso foi tudo o que disse a ele. Ambos eram frios, insensíveis, ao longo dos meses e dos anos, diante das situações macabras que eram obrigados a vivenciar para sobreviver (viver não, aquilo não era vida, o máximo que podiam era sobreviver), todas as emoções se esvaíram e por isso só se permitiam sorrir ou chorar quando os dois se juntavam e se isolavam dos outros, não quando estavam sozinhos ou em grupos com outros além deles. Na Academia, poucos se aliavam porque tudo era imprevisível e ali cada um pensava apenas em si mesmo, a qualquer momento um novo desafio poderia surgir e obrigar a criança a matar até o seu melhor amigo, por isso, com o intuito de evitar fraquezas e problemas no futuro, a grande maioria nem sequer interagia com a pessoa ao lado, porém, existiam exceções. Não apenas Zetian e Finn se aliaram, como também outros da mesma ala, o que ocasionou em uniões entre os grupos.Chapter Six: Jake, the Dog
Já estavam com quinze anos, mas a aliança e a amizade entre Zetian e Finn continuava firme e ameaçava se tornar algo além. Aos quinze anos, todos eram obrigados a se focar em um caminho: nas artes bélicas, para se formar os guerreiros da linha de frente do Templo ou nas artes da erudição, para formar os espiões, manipuladores, assassinos, estrategistas e curandeiros do Templo. Finn optou por se dedicar ao caminho das artes bélicas e se tornar um guerreiro, um espadachim, já Zetian seguiu o caminho das artes da erudição para se tornar uma curandeira. Diante das diferentes escolhas que eles fizeram, eles passaram a se ver menos, mas também conheceram outras pessoas e até conseguiram obter algo próximo de um amigo. A carnificina em que eram obrigados a participar continuava, contudo, estava menos frequente para não prejudicar muito o desenvolvimento dos "acadêmicos", porém, a violencia era maior, pois os vencedores receberam prêmios e enquanto mais mortes, melhor era o prêmio e, como o esforço geral era muito grande, todo o teste poderia durar dias. Este prêmio era variável, Zetian e Finn, por exemplo, já receberam ração extra, ervas medicinais, remédios, água extra e uma espada - eles ganharam uma espada de mesmo modelo duas vezes -, o que mostrava que nem sempre esses benefícios tinham mesmo valor. Uma verdadeira guerra se instalava entre todos e muitos encontravam motivação para matar o maior número possível de pessoas, quaisquer relações de amizade eram esquecidas e as únicas uniões que prevaleciam eram as duplas formadas a cada novo confronto. Com Zetian e Finn não era muito diferente, eles também gostavam de receber prêmios, contudo, a menina já não matava mais com facilidade, se sentia ruim e não gostava, portanto, quase sempre se limitava a cuidar de sua saúde e a do humano, lutando só para se defender ou simplesmente aconselhando seu companheiro sobre pontos mais vulneráveis do corpo para se atingir ou como lidar com certos ferimentos. Os dois formavam uma dupla sem igual, lutavam intensamente e, ao contrário de outros grupos, em que todos apenas se centravam na batalha, eles fizeram uma divisão de tarefas: um guerreava e o outro dava suporte. Graças a essa estratégia tão simples e tão singular, eles conseguiram conquistar os sacerdotes sanguinários e então, o próprio Setrakus Ra, diretor da academia, receberam uma bênção que ninguém mais jamais recebeu... Ganharam um cão.
Zetian jamais havia visto um cão em carne e osso, apenas imagens durante aulas de erudição, mas imediatamente gostou do animal, já Finn teve alguns cães em Lodoss e por isso foi quem deu nome ao novo amigo, ficando decidido que ele se chamaria Jake. Jake era o único cão em toda a academia, não era muito grande e tinha pelo amarelo macio e liso. Rapidamente ele ganhou enorme popularidade na ala e todos os outros se acotovelavam para poder acariciar o animal, consequentemente, o número de pessoas que não simpatizava com Zetian e Finn se ampliou e a cada nova competição pela vida, eles eram alvos mais procurados, por isso, precisavam batalhar mais que nunca, o que os obrigava a fazer qualquer coisa para continuarem vivos. Prosseguiam do jeito que era possível e ainda tinham Jake para ajudá-los em diversas situações, mesmo que fosse apenas para obter um pouco de conforto em meio a tantos infortúnios. O inferno em que viviam ficou ainda pior quando chegou a época em que deveriam desenvolver seus Legados. Os Legados eram habilidades especiais e únicas para cada um, em certa idade, todos eram obrigados a conseguir um Legado da forma que fosse possível, alguns se aproveitavam de poderes hereditários, outros criavam algum subtipo de magia e o apresentavam como Legado e ainda existiam os que faziam coisas normais, mas camuflavam essa coisa normal com a ajuda de diferentes artifícios. Os que não desenvolviam Legados, eram levados ao local desconhecido durante o dia e durante a noite voltavam para as alas, sempre muito feridos e recebiam mais chances de demonstrar um Legado. Zetian decidiu recorrer à magia, pois sempre dominou as artes místicas com extrema destreza, juntamente com isso também optou por usar um pouco de seu lado dragão para poder complementar a habilidade e por último também utilizou os conhecimentos medicinais que obteve nas aulas de erudição. Ela sempre teve uma certa influência sobre a vida, sempre a controlou, como se realmente pudesse manipular os seres vivos, podia curar e por isso seguiu o caminho de curandeira, porém, almejava mais. Inicialmente, ela poderia apenas curar ao influenciar o corpo de todos em que tocava, isso era natural dela, talvez até hereditário, mas ao longo do tempo, aprendeu a manipular seu corpo de formas variadas e fazer o mesmo com quaisquer substâncias orgânicas, adquirindo uma capacidade totalmente inédita e com grandes poderes curativos. Por outro lado, a situação de Finn piorava e depois de muitos dias ele ainda não havia desenvolvido um verdadeiro Legado e ainda por cima era péssimo com magia. Diante disso, o humano tentou de várias maneiras criar algum tipo de técnica com a espada que fosse suficientemente impressionante para ser tratada como um Legado, no entanto, ele e todos os funcionários do Templo estavam percebendo isso, estavam percebendo que Finn nunca teria um Legado. Por outro lado, dentre alguns poucos seletos, Zetian também era observada devido a seu poder de controlar substâncias orgânicas.
Apesar dos problemas e incertezas que a dupla enfrentava, ambos sabiam que alguma coisa muito diferente da simples amizade estava surgindo, no entanto, estavam perdidos, nenhum dos dois sequer sabia o que era o amor e não tinham ideia de o que estava afetando-os tanto e muito menos a razão daquilo, um simplesmente pensava no outro o tempo. Ao final de alguns meses, Setrakus Ra finalmente comunicou que não daria mais tempo para o desenvolvimento de Legados e cada um dos acadêmicos deveria apresentar o seu Legado formal e individualmente. Com Zetian, tudo ocorreu bem, mas conforme ela temia, Finn acabou indo para o lugar desconhecido e voltou terrivelmente ferido, a garota o curou, contudo, a cada noite ele retornava ainda mais machucado, até que um dos sacerdotes foi até os dois durante a noite e os levou para uma sala que a dupla nunca tinha visto. A sala era grande e nela estavam Jake, Setrakus Ra e alguns membros de cargos altos no Templo, todos reunidos como se tudo aquilo tivesse sido planejado. E, de fato, foi. Setrakus Ra foi direto e disse que sabia da habilidade de Zetian, também disse que ele queria melhorar os acadêmicos, evolui-los e melhorá-los ao máximo e acreditava que Zetian podia fazer isso e, caso conseguisse, pouparia Finn e Jake, precisava apenas demonstrar que tinha esse poder, manipulando o corpo de Jake para que ele pudesse falar ou para que ele tivesse alguma arma natural ou poder, bastava ela fazer algo interessante. Finalmente a meio-dragão se deu conta do quão horrível tudo aquilo era e seus olhos se encheram de lágrimas diante da perspectiva de perder seus dois únicos e melhores amigos. A menina fechou os olhos e redirecionou cada parte de seu ser para a tarefa de conseguir provar que era capaz do que Setrakus Ra exigia, em segundos os abriu de novo. Vacilante e tremendo, colocou uma mão sobre a testa e a outra no coração, logo depois fechou seus olhos mais uma vez e se centrou no que tinha que fazer, imaginou várias vezes as células se reorganizando, destruindo-se e renascendo, imaginou o som da voz de Jake quando ele falasse, assim como também imaginou como ele seria se fosse mais humano. Abriu os olhos e, aterrorizada, constatou que nada tinha mudado, Finn observava tudo bastante confuso e apavorado, as lágrimas rolavam pela face da menina, que agora tentava desesperadamente cumprir as exigências do diretor da academia. Após uma hora inteira de fracassos, tudo o que Setrakus Ra fez foi desembainhar uma espada e decepar Jake e depois Finn, instantes depois, apontou a arma para a menina ainda em choque, dizendo que ela continuaria viva, apenas porque uma das sumo-sacereotisas havia previsto que um dia ela seria poderosa o suficiente para manipular os corpos dos guerreiros da academia como o Templo quisesse. Ainda ali, como acontecia desde que ela chegou ali, suas asas foram cortadas, mas dessa vez tudo foi feito de forma brutal e sem nada que pudesse aliviar a dor, contudo, a menina permaneceu firme, não choraria, ao menos, não na frente deles. Como se fosse mais um dia normal, ela foi acompanhada de volta para sua ala, cruzando com um homem estranhamente familiar, cuja face tinha caroços e com os braços cobertos pela manga da roupa, carregava um bebê.Chapter Seven: Grey's Anatomy
Demorou alguns minutos até que Zetian não apenas se desse conta de que deixado as vidas de Finn e Jake escorregarem entre seus dedos, como também para engolir as milhões de informações que passavam por sua mente em um único segundo. A partir do momento que ela enfim encontrou um equilíbrio mínimo em meio ao caos que a dominava, ela não pôde fazer nada mais que gritar, gritar alto para que todas as pessoas de todas as aulas sentissem a dor que a atingia, quando não gritava, chorava e não se importava com o que os acadêmicos pensariam e muito menos com quais punições sofreria. Muitos se aproximaram e também choraram, porém, acabaram se afastando algum tempo depois ou dormindo, enquanto que a meio-dragão não conseguiu fechar os olhos nem por dois minutos. Os gritos e as lágrimas permaneceram daquele jeito durante toda a noite e teria durado por toda a madrugada, se algo não tivesse mudado e revolucionado tudo. Provavelmente já se tinha passado das duas horas da madrugada e, com exceção de Zetian, todos dormiam, então, enquanto fitava o escuro, viu uma sombra grande se arrastar pelos cantos e o estalido seco, mas baixo de metal. Os olhos faiscantes da menina buscavam tal sombra e em alguns instantes ela visualizou quem estava ali: o homem que ela viu mais cedo. Ela percebeu que além de caroços no rosto, ele tinha um braço e uma perna feitos de metal e, mais uma vez, a impressão de que já o tinha visto retornou. O homem era alto, forte e tinha longos cabelos grisalhos, era discreto, sabia que sob hipótese alguma poderia ser visto ali e por isso pensava em cada ação minuciosamente. De fato, ambos se conheciam, foi ele quem a levou para a academia e ele esperava que ela não se lembrasse disso. O homem se apresentou somente como Grey e ouviu os gritos e choros da meio-dragão, sem entender exatamente a razão, então decidiu fazer um acordo com ela... Ele estava doente e não tinha um braço e uma perna, dessa forma, queria que Airmed o curasse e refizesse toda a sua anatomia, em troca, ele a entregaria a liberdade e a levaria para um lugar seguro, longe dali, chamado Lodoss, assim como cederia diversas informações do Templo e de pessoas que ocupam altos cargos na hierarquia religiosa, incluindo também informações sobre a pessoa que iniciou a religião pregada pelo Templo - pessoa está que vive em Lodoss, um poderoso nobre de lá. Grey partia da premissa de que se a menina continuava viva, havia conseguido impressionar Setrakus Ra, enquanto que Zetian estava hesitante por saber que, ao menos por ora, era incapaz de fazer o que aquele homem pedia. Independentemente de suas limitações, odiava tanto o Templo e sua mente estava tão confusa, que acabou aceitando. De suas vestes, ele retirou uma pequena agulha e disse que ela deveria se espetar com a agulha de manhã, pois ela continha um veneno desenvolvido por uma antiga amiga dele que não mataria a meio-dragão, mas a paralisaria como se estivesse morta por pouco mais de uma hora e meia e ele próprio cuidaria dela o tempo todo. Depois de repassar as instruções, ele se retirou e Zetian parou de chorar e gritar, se entregando ao seu desejo de destruir o Templo e todos que estivessem relacionados a ele.
Ainda que tudo tivesse melhorado minimamente, a garota continuou acordada durante todo o resto da madrugada. Ficou pensando no que faria quando o homem descobrisse que ela não era capaz de fazer muito por ele, no entanto, era obrigada a continuar fingindo, pois tudo dependia da idéia de que ela tinha o poder de fazer o que lhe foi exigido, tudo dependia da anatomia de Grey. Seus pensamentos continuaram na anatomia de Grey, nas possibilidades que poderia tentar, então, enfim conseguiu ver a luz proveniente dos primeiros raios de Sol saindo pelas frestas e buracos do dormitório em que repousava e logo espetou o próprio dedo na agulha envenenada e, antes que a toxina agisse, quebrou a agulha e jogou os pedaços fora através de uma fresta na parede, poucos minutos depois, ela caiu no chão, paralisada e adormecida, tendo sido encontrada em estado de aparente morte cerca de quinze minutos depois, quando uma de suas amigas tentou despertá-la. Grey, que, aparentemente por coincidência, estava por perto, pegou a menina e a levou para as curandeiras. Cerca de uma hora se passou, até que Zetian fosse definitivamente considerada morta por todas as curandeiros e mais algum tempo até que outros membros da academia chegassem à mesma conclusão, rapidamente Grey se ofereceu para levar o corpo até "aquele local" e prontamente recebeu essa tarefa. Momentos após o homem finalmente chegar naquele local, a menina despertou, porém estava um tanto letárgica, Grey disse algo que fez as poucas pessoas ali presentes saírem e então ela já não precisava mais se esconder ou fingir que estava morta, porém, as revelações que o homem lhe prometeu começaram ali. Zetian abriu os olhos e precisou de dois ou três minutos para se recompor completamente e logo depois que conseguiu voltar ao seu normal, teve a pior visão de sua vida: dezenas e centenas de corpos em diferentes estados e formas estavam ali, eram os corpos de todos os que iam para o lugar desconhecido, alguns cadáveres se encontravam empilhados no chão, outros repousavam em mesas e bancadas e ainda havia os corpos que estavam em uma espécie de máquina ou mecanismo e no outro lado dessa máquina haviam torneiras que pingavam uma espécie de pasta de carne. Imediatamente ela compreendeu tudo, a ração com a qual todos os acadêmicos se alimentavam tinha como matéria prima a carne das crianças levadas para o local desconhecido, eles comiam a carne de seus companheiros enriquecida por diferentes processos usados pelos sacerdotes. Em diferentes caixas ou mesmo nos cantos, podia-se ver ossos de diferentes tamanhos e pedaços de pele, já em baldes ficavam litros e litros de sangue e essa foi a cena menos impactando ali. As várias máquinas, mesmo que de aparência rudimentar, produziam quantidades consideráveis de ração e mesmo que nenhum corpo estivesse visível nelas, a pasta de carne continuou pingando por um bom tempo, produzindo o som mais nefasto que Zetian já tinha ouvido. Do outro lado ela viu mais baldes, mas cobertos por ração e não sangue, o que a fez concluir que aquilo estava ali para ser enriquecido magicamente, para estimular o desenvolvimento e a agressividade. A garota não chorou, não conseguia pensar em nada, até que de repente um único pensamento tomou conta de sua cabeça e a fez chorar silenciosamente. Será que os corpos de Finn e Jake ainda estavam intactos ou foram vítimas de todo esse processo macabro? Ela odiava o Templo mais que nunca é queria sair matando todas as pessoas que encontrasse em sua frente, mas Grey a segurou e a empurrou até uma porta. Quando ambos cruzaram a porta, pela primeira vez, a meio-dragão se viu livre, mas jamais quis tanto estar presa na academia e encarar Setrakus Ra de frente.
O céu estava preenchido por suaves tons de azul e eram poucas as nuvens que o atravessavam, o Sol brilhava forte, mas o calor não era muito grande, pois ocasionalmente uma brisa refrescante varria o local. Eles andavam por uma floresta densa e rica, descendo a montanha e ao se virar para trás, tudo o que restava, além de recordações desagradáveis, era a sombra de uma estrutura colossal se erguendo do pico da montanha. Nada naquela nova vida despertava curiosidade em Zetian, Grey conversava com ela, porém, sempre era ignorado. Certamente o Templo enviou pessoas para procurá-los, mas devido a uma combinação de sorte e estratégia, eles não foram encontrados, Setrakus Ra com certeza demorou um pouco para organizar um grupo de busca e os dois fugitivos sempre apagavam seus rastros e modificavam sua rota, além de deixar falsos indícios de si mesmos em caminhos longínquos. Os dois continuaram andando por dias, seguindo o curso de um pequeno rio e se alimentando do que encontravam no caminho, enquanto que a comunicação entre ambos permanecia mínima. Algumas vezes capturavam animais selvagens, como cervos e pássaros, outras vezes recolhiam frutas e as comiam ou bebiam seu suco, mas geralmente tomavam apenas a água do rio, o abrigo foi um problema no início, no entanto, usando seu Legado, a menina controlou algumas plantas para formar casulos e pequenas casas improvisadas que os protegiam da chuva e do vento. Em um dia, Zetian se viu responsável pela morte de Finn e Jake, no outro, descobriu que a vida inteira estava se alimentando de seus companheiros sem saber e isso se fixou nas suas memórias por semanas. Depois de pouco mais de oito dias, eles finalmente avistaram uma aldeia muito pequena e litorânea, então a menina falou pela primeira vez desde que fugiram, agradecendo o homem por tudo o que ele estava fazendo. Ainda assim, ela tinha se tornado alguém completamente diferente. Quando os dois chegaram no centro da vila, foram atendidas por uma senhora de cabelos muito escuros e de meia-idade muito gentil e que aparentemente conhecia Grey há algum tempo, ela os levou para um chalé pequeno e aconchegante, instantes depois saiu e voltou acompanhada de mais algumas pessoas que carregavam tigelas de arroz e chá. Os dois se alimentaram e rapidamente tudo foi retirado pelas mesmas pessoas, em seguida, foram dormir, pois logo no dia seguinte iriam para Lodoss em um navio que Grey arrumou junto de vários outros moradores da aldeia que queriam sair de Penalva. Deitada no escuro e olhando para o nada, Zetian só conseguia pensar no que teria de fazer com a anatomia de Grey.Chapter Eight: The Blacklist
Quando Grey a acordou, ainda haviam tons de laranja e rosa no céu, típicos da aurora e até o vento parecia ter sido tingido, como se fosse tinta, mas infelizmente não tinha tempo para pintar com as cores do vento. Com um vestido marrom longo que uma mulher desconhecida lhe deu e sapatos negros brutos, ela acompanhou Grey no café da manhã, que consistia em arroz, amêndoas, castanhas e leite, precisariam se alimentar muito bem, pois a viagem de navio até Lodoss era grande e o veículo que conseguiram não era muito moderno e nem estava em perfeitas condições, a viagem duraria alguns meses e durante esse tempo, eles com certeza enfrentariam problemas relacionados à fome e sede. Depois que terminaram, a mesma mulher que a deu o vestido levou mais algumas peças de roupas velhas e três pares de sapatos desgastados, tudo dentro de uma bolsa grande que ela deveria levar na viagem. Grey surgiu no seu quarto dez minutos depois e disse que daria mais roupas a ela durante a viagem, logo em seguida, eles foram para o navio. A embarcação realmente não era muito boa, parecia desbotada e era pequena, além do mais, toda a estrutura dela parecia primitiva, porém, a meio-dragão se contentou com aquilo. Por perto, haviam mais dez ou onze grupos de pessoas, todas nascidas em Penalva, que pareciam aguardar ansiosamente, em poucos minutos, o navio chamou todos e logo o navio estava cheio de pessoas desconhecidas, mas que tinham um objetivo em comum. Os primeiros dias não foram ruins, pois o clima era agradável e o tempo estava colaborando, quase sempre o Sol brilhava e as bebidas e alimentos eram consumidos sem grandes limitações, mas a medida que as semanas passavam, os problemas surgiam. Primeiramente, algumas pessoas adoeceram e acabaram morrendo, causando pânico e confusão na tripulação por bastante tempo e depois um temporal inesperado no mar causou alguns danos à embarcação e destruiu muitos alimentos. Após pouco mais de um mês, a tripulação se viu obrigada a obedecer um rigoroso controle de consumo e higiene, pois todos estavam ameaçados pela fome, sede e doença. Para Zetian, muitas daquelas medidas não eram problema, afinal, ela já tinha enfrentado condições muito piores na academia, contudo, existiam alguns que infringiam as regras, comendo ou bebendo mais do que deviam. Grey também estava acostumado com condições duras, então não encontrou dificuldades em fazer alguns sacrifícios. Apesar das dificuldades crescentes, os dois continuaram firmes e sem se importar muito com o que mais teriam de enfrentar, queriam chegar logo em Lodoss. Zetian acabou conseguindo enrolar Grey e agora só cumpriria as exigências dele quando chegasse em segurança no novo continente, mas continuava preocupada com o que teria de fazer. Todas as noites, ela se deitava e chorava até tarde, pensando em como Finn ficaria feliz de sair de Penglai e voltar para o seu lar ou no quanto Jake ficaria agitado com tudo aquilo. O navio continuou seguindo em direção a Lodoss por mais um mês, ele parava em poucos portos e todos pareciam ser lugares tenebrosos, mas um dia, enquanto a embarcação seguia tranquilamente pelo oceano, do nada, uma tempestade surgiu.
A tempestade foi um evento que ninguém poderia ter previsto, em um segundo o Sol brilhava e em outro, o vento já estava arrastando até pessoas, raios caiam o tempo todo e as ondas começaram a adquirir tamanhos monstruosos. Cada um corria para um lado e o pânico já havia tomado conta de tudo, enquanto isso, o capitão lutava para manter a embarcação inteira diante daquele desastre, sendo auxiliado apenas por mais três ou quatro companheiros, Grey tentava parecer calmo e estava sempre perto de Zetian, mas era perceptível que um certo nervosismo existia nele, já a meio-dragão não se preocupou em momento algum com o que aconteceria, sentia que a tempestade era algo bom e quase poderia dizer que ela é aquela tempestade eram amigas. Os dois foram atrás do capitão e passaram pelo mastro, quando uma luz negra e branco caiu do céu e caiu no navio, então, houve um forte clarão e mais nada. Ela acordou deitada sobre uma espécie de cama feita só de plantas, olhou ao redor e percebeu que a vida ali prosperava de um jeito que ela não tinha visto em nenhum outro lugar - não que ela tivesse visitado muitos locais. Havia árvores de variadas formas e tamanhos, repletas de flores e frutos, o céu se encontrava povoado de aves cujas plumagens tinham milhares de tons, na terra e nos galhos, animais que ela só conhecia nos pergaminhos que recebia nas aulas de erudição, eram vistos em abundância e no rio próximo dela, graças a água cristalina, ela conseguia ver muitos peixes e ao longe havia o oceano, então, estava em uma ilha paradisíaca. De repente, uma luz negra e branca surgiu do nada e se contorceu e cresceu até assumir a forma de uma mulher alta, de pele muito pálida e com cabelos negros curtos, trajando um kimono branco estilizado com uma espécie de armadura negra ao estilo samurai, alguns poucos acessórios e leques, além de estar com o rosto maquilado, o que acentuava a descendência oriental. A meio-dragão instintivamente reconheceu a pessoa na sua frente e então a mulher começou a se comunicar com a menina apenas através da mente, projetando palavras e imagens. Através disso, Zetian se lembrou, aquela mulher foi quem citou dela quando a jovem era apenas recém nascido, a mulher ali presente foi quem a protegeu e alimentou, então, a mulher se apresentou como a Feiticeira Branca. No momento que ela disse quem era, a ilha inteira tremeu, nuvens de tempestade tomaram conta do céu, o mar ficou violento e ilhas gigantescas se formavam ao redor dali, ao mesmo tempo em que um vulcão no centro da ilha entrou em erupção. Com um pensamento, ela cessou tudo e o lugar continuou intacto, porém, agora todos os pensamentos, idéias e opiniões da menina precisariam ser reavaliados. A jovem fitou os olhos da Feiticeira e foi como se o tudo, o nada, a ordem, o tempo, o espaço, o caos, a vida, a morte e todos os outros conceitos imagináveis e inimagináveis não existissem, como se o poder da Feiticeira tivesse sobrepujado absolutamente tudo, isto sim era transcendência e atemporalidade. A energia emanada era boa e ruim ao mesmo tempo, como se pudesse curar ou destruir. A mulher explicou a Zetian que existiram mais três Feiticeiras ali, totalizando quatro delas, ela havia escolhido o caminho da magia branca e tinha uma irmã que seguiu o caminho da magia negra, assim como existia uma amiga delas, que seguiu o caminho da magia vermelha, contudo, a outra, a Feiticeira Dourada, partiu e desapareceu. A Branca logo aprendeu e dominou tudo o que se havia, houve e haveria para se aprender e dominar da magia branca, então seguiu o caminho da magia vermelha e chegou ao mesmo ponto, mas a Feiticeira Negra conseguiu o mesmo com a magia negra e vermelha e se tornou uma ameaça, a Branca então matou a Negra, pois acreditava que só a justiça traz a paz e não tinha escrúpulos em matar para atingir seus objetivos. Por fim, como ela queria aprender e dominar tudo, ela se pôs a seguir o caminho da magia negra e também atingiu o ápice absoluto nesse tipo de magia, se tornando uma Feiticeira de poderes negros também. A Feiticeira Branca permitiu que Zetian ficasse na ilha por algum tempo e ofereceu a garota a oportunidade de se tornar uma aprendiz das artes místicas, a menina prontamente aceitou, no entanto, teria de cumprir algumas missões. O tempo que a jovem ficou na ilha foi apenas para se recuperar e ser ensinada, seu corpo, sua mente e sua alma estavam bastante danificados pela academia e a influência psíquica que os sacerdotes exerciam ao longo de tantos anos.
Depois de aproximadamente setenta dias, a meio-dragão estava livre de todos os males e a Feiticeira Branca havia lhe ensinado coisas que com métodos normais ela precisaria de vários meses para aprender, a Branca ensinava não apenas magia, como também algo tão poderoso quanto as vias místicas... Ensinava a ciência. Com a Feiticeira, a jovem aprendeu muito sobre ciência, razão e cálculos, conhecimentos concretos, reais e racionais que jamais imaginou que um dia teria, Zetian imediatamente se apaixonou pelo meio científico e pelo conhecimento, porém, o dia de ela ir embora cumprir seu destino e missões chegou. A meio-dragão estava com amostras de folhas, caules e raízes de diferentes espécies de planta, avaliando as propriedades tóxicas e medicinais de cada um ao testar isso em uma pequena massa biológica semelhante que reagia a substancias que a Branca dias antes, apenas para as experimentações de sua aprendiz, até que do nada, a Feiticeira surgiu com um pergaminho na mão direita e uma adaga embainhada na mão esquerda. A garota logo soube o que lhe estava prestes a ocorrer. Ela pegou o pergaminho branco e ao abriu, visualizando alguns números seguidos de nomes escritos em negra, a Feiticeira então explicou que era uma espécie de lista negra, uma lista com o nome de pessoas que ela deveria matar, torturar, chantagens ou simplesmente conversar, também explicando que a lista agora também estava na mente da menina, assim como informações sobre cada um da lista negra, havendo, inclusive, detalhes sobre o Templo e as pessoas por trás dele. Depois, ela pegou a adaga embainhada e a amarrou em seu braço direito, para que ficasse oculta, em seguida, a Feiticeira invocou um leque de metal e o deu a Zetian, para que ela levasse consigo um pouco da ilha e se lembrasse que a Feiticeira Branca estava do seu lado e em seguida, tudo apenas escureceu. Durante a inconsciência, milhões de pensamentos borbulhar na mente de Zetian e todos eles eram sobre Finn e Jake, eles adorariam voltar para Lodoss, sua terra natal e ela apenas queria poder ver a expressão de felicidade em seus rostos, Finn sempre lhe disse das brincadeiras entre amigos e das aventuras que ele vivia e a menina queria poder fazer o mesmo, se divertir como se mais nada além deles existisse e Jake, com certeza ele também adoraria cada momento é correria para todos os lados, tudo seria magnífico, mas as imagens deles morrendo e dela falhando de novo e de novo também surgiram e agora tudo havia se transformado em um pesadelos sem saída, ela apenas desejava acordar e perceber que nada de ruim tinha acontecido, ainda que ela tivesse certeza absoluta de que foi tudo real. Será que um dia encontraria Finn e Jake em algum outro lugar? Talvez. O templo sempre pregou a existência de um plano de existência superior a todos, um paraíso chamado Lorien onde os bons ficavam, porém, aquela religião já estava tão corrompida que tudo parecia ser uma grande mentira. Independentemente das contradições, Lorien parecia muito real, algo que soava mais crives ou ao menos ela se fazia crer nisso. Zetian acordou em uma praia e no momento em que abriu os olhos, soube que estava em Lodoss, ao seu lado havia um rapaz e repentinamente a voz da Feiticeira Branca ecoou em sua mente dizendo que aquele era Razor e lhe passando algumas instruções. A primeira era a de que ela precisaria abandonar sua identidade e se tornar outra pessoa para conquistar a todos, isso era algo necessário e inegociável, portanto, Wu Zetian passou a ser Airmed Ixchel, a mulher mais benevolente de Lodoss.
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Re: [Ficha] Airmed Ixchel
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