>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.
> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!
> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!
> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!
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[Ficha] Juliet Baskerville
2 participantes
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[Ficha] Juliet Baskerville
Nome: Juliet Baskerville
Idade: 21 anos
Sexo: Feminino
Altura: 1.64 m
Raça: Meio-Feral
Lodians (L$): 100
Nível: 3/ Exp: 0/1000
Atributos:
Força: 4
Energia: 4
Agilidade: 4
Destreza: 4
Vigor: 2
Habilidades Especiais:
http://www.lodossrpg.com/t378-he-juliet-baskerville
Equipamentos:
Lança (1)
Cantil de Água (1)
Bolsa de Viagem Simples (1)
Idade: 21 anos
Sexo: Feminino
Altura: 1.64 m
Raça: Meio-Feral
Lodians (L$): 100
Nível: 3/ Exp: 0/1000
Aparência:
- Minha Imagem:
Cabelos loiros cortados curtos, com listras negras verticais, olhos alaranjados, cuja íris acaba tomando a forma de uma fenda quanto está enfurecida. Possui orelhas com certa protuberância nas pontas e pelugem na parte de trás, que costuma esconder com os cabelos ou as fitas que usa, e dentes caninos um pouco maiores que o normal. É alta e esbelta, possuindo atributos físicos razoáveis, tendo um busto pequeno, e quase não tendo cintura. Tem pernas e braços compridos, com unhas afiadas que crescem rapidamente, similares a garras, que tem que cortar e lixar de tempos em tempos para não deixar elas evidentes. Ela possui alguma pelagem crescendo nas costas de seus antebraços e em suas costas, de coloração alaranjada e algumas listras negras, além de uma cauda longa similar a que teria uma tigresa.
Costuma usar roupas de cores vivas, principalmente em tons de vermelho, amarelo e laranja, gosta de usar jóias, principalmente colares, cintos e anéis, mas nunca esteve disposta a usar brincos, acha que doeria demais furar as orelhas. Costuma usar roupas de baixo nas quais ela própria faz furos para sua cauda, e vestidos longos que possam ocultar este aspecto de sua aparência, também costuma usar roupas com mangas longas e luvas compridas, e jamais veste trajes que deixem suas costas visíveis. Adora fitas de cabelos, geralmente com adornos dourados, ela costuma amarrar elas de forma que apertem suas orelhas, para esconder suas pontas e a pelugem destas.
Costuma usar roupas de cores vivas, principalmente em tons de vermelho, amarelo e laranja, gosta de usar jóias, principalmente colares, cintos e anéis, mas nunca esteve disposta a usar brincos, acha que doeria demais furar as orelhas. Costuma usar roupas de baixo nas quais ela própria faz furos para sua cauda, e vestidos longos que possam ocultar este aspecto de sua aparência, também costuma usar roupas com mangas longas e luvas compridas, e jamais veste trajes que deixem suas costas visíveis. Adora fitas de cabelos, geralmente com adornos dourados, ela costuma amarrar elas de forma que apertem suas orelhas, para esconder suas pontas e a pelugem destas.
Personalidade:
Juliet é uma exploradora da interação social, ou pelo menos é como ela gosta de se denominar. Talvez caçadora de problemas ou louca psicopata sejam termos mais usados por outras pessoas para se referir a ela. Gosta de provocar as pessoas e criar situações em que possa estudar as reações dos indivíduos para aprender mais sobre a moral e as emoções das pessoas. Tenta manter um extremo controle emocional, não demonstrando suas emoções e dificilmente formando laços emocionais pelas pessoas, porém possui um grande problema para conter sua raiva, sendo mais do que claramente evidente quanto perde o controle. Graças ao longo período que passou em ambiente selvagem, ela parece encarar a morte, tanto quando é provocada por ela mesma como quando provocada por outras pessoas, algo muito mais natural que a maioria das pessoas.
Costuma agir de maneira inocente, se aproveitando de sua aparência juvenil para enganar as pessoas e dar uma falsa primeira impressão. Por alguma razão estranha, não gosta da noção humana de posse privada, tendo certo gosto em tirar o que as pessoas têm, seja por meio de roubo ou usando de outros subterfúgios. Mesmo não gostando da idéia de propriedade privada alheia, parece compreender muito bem o princípio de propriedade privada própria, sendo extremamente avarenta e não deixando ninguém pegar nada do que é dela, o que faz pensar no velho ditado: “O que é meu é meu, o que é seu é meu!”. Odeia dor, de fato a evita a todo custo, provavelmente é mais fácil provocar um ataque de raiva nela causando um corte de papel do que xingando todas as gerações de sua família.
Costuma agir de maneira inocente, se aproveitando de sua aparência juvenil para enganar as pessoas e dar uma falsa primeira impressão. Por alguma razão estranha, não gosta da noção humana de posse privada, tendo certo gosto em tirar o que as pessoas têm, seja por meio de roubo ou usando de outros subterfúgios. Mesmo não gostando da idéia de propriedade privada alheia, parece compreender muito bem o princípio de propriedade privada própria, sendo extremamente avarenta e não deixando ninguém pegar nada do que é dela, o que faz pensar no velho ditado: “O que é meu é meu, o que é seu é meu!”. Odeia dor, de fato a evita a todo custo, provavelmente é mais fácil provocar um ataque de raiva nela causando um corte de papel do que xingando todas as gerações de sua família.
Terra Natal: Arquipélago das Espadas
História:
- Capítulo 1:
- -- MINHA TERRA NATAL --
- Spoiler:
As selvas da Espada –
O lugar onde eu nasci? Era uma terra bem distante, além de vários oceanos, um lugar onde não os humanos, mas sim os ferais dominam há séculos, o Arquipélago da Espada. Lá os humanos comuns são tratados como escravos, e forçados a adorar aqueles que são naturalmente muito superiores a eles. Minha mãe era uma humana comum, nascida em uma das ilhas deste arquipélago onde os ferais do clã dos tigres eram os governantes, se ela tivesse nascido em qualquer outra parte deste mundo talvez tivesse tido um destino um pouco melhor, quem sabe.
Não que sinta muita empatia pela história dela, apenas acho interessante ver como é possível que o destino de uma pessoa dependa tanto de onde ela nasce, mesmo que no final das contas eu também seja um ótimo exemplo deste fator da influência cultural. Bem, quanto era mais nova ela foi vendida, como ela mais do que natural para as pessoas da região, para uma família diferente de ferais tigres e assim foi separada de sua própria mãe e pai. E então, ela cresceu e amadureceu e se tornou bem bonita, como já se deve imaginar ela acabou se casando com outro escravo que servia a mesma família de ferais muitos anos depois, nem tanto por amor, mas principalmente para que tivessem mais ‘filhotes’ que pudessem também trabalhar como escravos, afinal sempre havia sido assim que funcionou.
Meu pai não foi este escravo humano, isto você já deve ter imaginado deste o princípio, tampouco eu nasci de alguma história de amor fajuta entre membros de raças diferentes que acabaria fazendo ambas se reconciliarem. Isto não é no final de contas a ordem natural das coisas, não é normal que apenas um indivíduo ou até mesmo um casal de indivíduos mude toda uma estrutura social, não isto é apenas mito, no final das contas mesmo que os governantes mudem e então tentem mudar o seu reino, as demais pessoas continuariam as mesmas. Eu nasci de uma maneira muito mais simples, meu pai achou minha mãe muito bonita, mesmo sendo humana, e então decidiu fazer uso dela para aplacar seu próprio desejo carnal, e assim eu fui concebida, e noves meses depois uma bebê mesclando características de feral e humana nasceu e foi levada para ser morta na parte selvagem da ilha onde seus pais morassem.
Bem, isto pode parecer um pouco estranho, em um lugar dominado por ferais talvez todos achassem que meio ferais seriam tratados como algum tipo de elite, ou até no pior dos casos que seriam igualados aos humanos escravizados. A verdade é que nós éramos apenas uma forma imperfeita e corrompida de um feral verdadeiro, então tínhamos que ser apagados da sociedade para que não acabássemos manchando a imagem desta gloriosa raça pura, além do mais já haviam tido casos de ferais que tentavam liderar humanos para revoluções e eles não queriam ter que lidar com escravos sonhadores sendo comandados por criaturas que possuíam algumas gotas de seu sangue nas veias.
A solução óbvia era a que levava a eliminação de todos os meio ferais que nascessem, e como punição extra para aqueles que haviam sido os causadores de nossa concepção era nosso próprio parente feral que tinha que nós eliminar, enquanto nosso progenitor humano era o que acabava com uma bela cicatriz no rosto por ter ‘tentado’ um feral a cometer tal ato, não era uma punição equilibrada já que a maioria dos ferais nem era tão paternal, mas ninguém esperava que fosse algo equilibrado.
No meu caso, eu acabei escapando pelo que pode ser considerado um triz, já que no mesmo momento em que eu estava nascendo, um navio de piratas começou um ataque a área costeira da cidade, e meu pai foi um dos que tiveram que ir correndo acabar com aqueles seres vis. Minha mãe não me via com amor, isto eu lhes garanto, eu era a verdadeira culpada por ela acabar com o rosto mutilado, e ainda por cima nem havia sido por sua vontade que eu havia chegado ao mundo. Pensando por todos estes ângulos, eu realmente não acredito que seja simples ver a motivação dela para o que fez, talvez tenha sido puro instinto materno, ou pode ser que ela apenas quisesse desafiar um pouco aos seus donos, até mesmo pode ser que ela achasse que eu poderia guiar o povo dela para a liberdade. Claro, a última teria sido a mais estúpida dentre as motivações em questão, eu nunca me daria ao trabalho de salvar pessoas que simplesmente não lutam para se salvar sozinhas, ainda mais sendo que tudo que teríamos em comum é alguma parte do sangue que carrego.
Independente disto tudo, a ação dela em si é muito mais fácil de descrever-se que suas motivações, ela simplesmente me pegou e colocou em meio a um monte de panos e implorou para a parteira me levar para bem longe. Novamente, não faço a mínima idéia de porque a velha mulher fez algo tão estúpido quanto seguir as instruções da minha mãe, talvez ela fosse maluca, ou a situação da minha mãe acabou comovendo-a, quem é que poderia saber além dela própria? Ela me levou escondida, mas não podia ser pega comigo, seja lá a razão para ela ter me pego não era o suficiente para ela própria tentar fugir, afinal de contas o medo da desobediência deveria estar muito bem implantado em sua mente. Ela apenas me levou mata adentro e me deixou lá, sozinha, para sobreviver no meio das selvas da Espada.
Eu acho que isto era o máximo que se poderia pedir de uma covarde, pelo menos minha mãe morreria por traição achando que eu estava segura, não que eu realmente ache que este era o objetivo principal dela em vida, quem sabe ela apenas preferisse morrer a ter o rosto desfigurado. Quanto a mim, bem, eu sobrevivi, o que não é tão surpreendente uma vez que sou eu que estou contando esta história. Eu nunca realmente soube com total clareza disto tudo, eu pude chegar bem perto da versão do que realmente aconteceu a partir de suposições.
Fiquei muitos anos depois disto perdida em meio à selva, acho que consegui continuar viva por uma mistura de instintos naturais de sobrevivência do meu lado feral, e de uma grande quantidade de sorte. Eu tive vários problemas, é claro, principalmente quando ainda desconhecia algumas das leis básicas daquele lugar, como quais coisas eram ou não venenosas, ou que animais eram os mais perigosos. Fica mais difícil se imaginar como conseguia alimento quanto ainda era uma recém nascida, acho que a mulher que me abandonou para morrer ainda devia voltar de tempos em tempos e me deixar alguma coisa de leite, e creio que aprendi a ficar de quatro bem cedo para poder me esconder ou fugir.
Este ainda faz parte do tempo mais nebuloso da minha memória, me lembro de aprender logo cedo a como pegar alimento de árvores e arbustos na região, devo agradecer ao meu lado humano por não ter uma dieta tão restritiva quanto um feral teria. Depois, quanto fiquei grande o bastante para isto, comecei a caçar animais menores e mais fracos para me alimentar, e comecei a me afastar cada vez mais das áreas civilizadas na ilha. Talvez isto fosse um sexto sentido natural, mas sabia que não podia ir para estas regiões mais populosas, o que foi uma sorte porque não acho que muitos escravos excitariam em chamar um dos seus donos por minha causa, deste que ganhassem alguma recompensa em troca.
Meu isolamento foi minha salvação, mas também me condenou a ficar cada vez mais e mais longe do meu lado humano, e cada vez aproximando-me mais de meu lado selvagem. Não preciso dizer que meu primeiro contato com pessoas não foi um dos mais amistosos, de fato eu acabei sendo presa em uma armadilha. Bem, não quero parecer ranzinza, mas eu nunca imaginaria na época que um pernil abandonado no meio do nada poderia ser algo além de um grande golpe de sorte. E eu também nunca havia visto uma rede, não é para menos que não sabia que me debater sem parar não ajudaria, passei várias horas dependurada naquela rede antes que os caçadores aparecessem para checar. Eu nunca imaginaria que aquele momento daria uma tremenda guinada na minha vida, mas deu. Foi quanto conheci o primeiro ser humano na minha vida do qual eu realmente tenho lembranças, e que se tornaria quem me tiraria daquela selvageria na qual vivia e me garantiria uma visão mais ampla do mundo.
- Capítulo 2:
- -- UM MUNDO DE POSSIBILIDADES --
- Spoiler:
Um novo mundo se abre –
O nome da pessoa que me capturou naquele dia era Albor, é um nome engraçado não é mesmo? Bem, ele também era por si só muito engraçado, bem alto e magro, com um bigode branco comprido e careca, um nariz que parecia uma batata, se ele não se autodenominasse de filosofo natural, ele poderia ter decidido seguir carreira como mágico de circo, e faria muito sucesso, acredito eu. Ele havia vindo para aquelas florestas em busca de espécimes raras de plantas e animais para dissecar e pesquisar, e aparentemente eu havia sido um dos mais interessantes exemplares de seres naturais que ele havia adquirido.
Ele não queria me dissecar, ou pelo menos não pretendia fazer isso assim tão rápido. De qualquer forma, a comunicação direta entre nós estava realmente danificada por um fator simples: eu não falava o idioma dele. Na verdade, eu desconhecia qualquer tipo de linguagem humana convencional, afinal de contas eu tinha no máximo sido repelida por algumas pessoas que achavam que eu estava tentando atrapalhar suas vidas. Não posso dizer que também tinha tido qualquer preocupação do tipo até o momento, eu ainda tinha uns 10 ou 12 anos, nem o sei direito, e não precisa conhecer muito de qualquer linguagem para saber quais animais tinham a carne mais saborosa e ainda eram fracos o suficiente para eu abater sem problemas.
Ele acabou me prendendo em uma jaula, e me levando até o navio de mercenários que ele havia contratado para levá-lo a costa daquelas ilhas selvagens para sua pesquisa, e garantir sua proteção contra possíveis escravagistas que achassem que um escravo culto seria uma aquisição exótica e valiosa. Acabei sendo carregada para o navio, e sendo levada para sempre para regiões muito distantes da minha terra natal. A pior parte era que eu não sentiria falta daquela minha vida antiga, talvez um pouco da simplicidade de viver apenas pelos meus instintos, mas isso não iria preencher a curiosidade que todas aquelas novidades instigavam em mim.
Albor decidiu que me tornar uma criatura um pouco civilizada seria um ótimo experimento de educação social. Acho que já vi uma fábula sobre isso, ou talvez seja alguma história infantil, de qualquer forma tenho certeza que já vi algo similar antes. Claro que existia uma complicação clara ali, eu nunca havia aprendido nada do que era ensinado pelo convívio humano, tiveram que adormecer-me para conseguirem me vestir algumas roupas, e eu as rasguei quase que imediatamente depois que acordei. Tentar se comunicar comigo era quase impossível, eu conseguia reconhecer as expressões físicas deles, e posso jurar que sempre tinha um bocado de medo mesclado nelas, provavelmente por no princípio eu tender a morder a mão dos que me alimentavam, mas eu não conseguia entender os estranhos sons e símbolos cujo significado tentavam ensinar-me.
Sem comunicação seja lá o que planejassem para mim era algo totalmente inviável, afinal este era o princípio para toda transmissão de conhecimento, até mesmo uma criança de cinco anos conseguia falar, e eu era incapaz disto, possivelmente pelo longo período de tempo que passei deste quando seria a idade ideal para a aprendizagem de uma linguagem. Tudo isto levou Albor a tentar uma abordagem um pouco diferenciada comigo, ao invés de tratar-me como se ainda fosse uma criança, ele começou a usar métodos que normalmente seriam usados para adestrar animais selvagens.
Assim começou a recompensar-me toda vez que eu demonstrava um comportamento que ele desejava que eu repetisse, e me punia de maneira bem severa, com um bastão que me fazia sentir choque, toda vez que eu apresentava ações que ele considerava como sendo nocivas para o meu aprendizado. Não demorou muito para que eu compreendesse o que ele estava tentando me mostrar, afinal eu era apenas inculta e selvagem, não necessariamente era burra o suficiente para continuar fazendo algo que me fazia sentir mal toda hora. Ainda levou um longo período de tempo para que ele conseguisse que eu começasse a pronunciar sons compreensíveis para aquelas pessoas, como qualquer criança acabei aprendendo puramente observando e imitando as pessoas ao redor, e o fato dele me dar um choque toda vez que pegava algo para comer sem antes dizer o nome ajudou bastante também.
Eu não vou falar que minhas primeiras palavras foram algum tipo de prosa fantástica, ou uma dissertação sobre a estrutura atômica do ouro, de fato foram tão infantis e mal pronunciadas como aquelas ditas pela primeira vez por uma criança com 2 anos ou menos. Eu não entendia completamente certos conceitos que as palavras simbolizavam, mas a partir do momento em que comecei a entender a relação entre as palavras e o que elas simbolizavam, pude aprender com muito mais velocidade alguns dos conceitos mais abstratos delas. A vontade de aprender mais e mais realmente tomou conta de mim, demorou algum tempo para que eu realmente aprendesse como ler, mas quando aprendi comecei a ler todos os livros que conseguia, e Albor estava grato em me mostrar alguns de seus próprios estudos e me ensinar conceitos mais obscuros. Foi com ele que aprendi sobre alquimia, a arte da transmutação, e tudo mais que moldou minha forma de ver todo este novo mundo que começou a se abrir para mim, com todas estas incríveis possibilidades.
Dentre as palavras que aprendi, surgiram algumas que eu realmente não conseguia entender, talvez por serem coisas tão raras para se encontrar no meio de um ambiente selvagem. Coisas como misericórdia, amor ou esperança, eram conceitos difíceis para mim, amizade ou vingança podiam ser encontrados por lá, eram coisas que eu entendi rápido, mas amor era de longe um dos mais estranhos. Paixão era algo totalmente natural para mim, eu sabia sobre como animais se reproduziam, mas daí a um conceito como amor havia um certo distanciamento, mesmo havendo alguns animais que eu sabia sempre estavam juntos depois de acasalarem. Eu queria entender estas coisas, mas era realmente difícil. Bem, claro que eu não quero dizer que eu fosse incapaz de sentir pena das pessoas, mas misericórdia era algo diferente do que Albor me descreveu como pena. Eu tentei encontrar exemplos nas pessoas ao redor, e acabei encontrando, mas mesmo assim demorou muito tempo para eu conseguir entender realmente o que eles representavam. Ódio, este foi um conceito que entendi rápido, e que colocaria em prática em muito pouco tempo.
Foi cerca de oito anos após ter sido resgatada por Albor que tive minha primeira experiência renovada com meu lado mais selvagem, quando ele foi executado pelo próprio filho. Mauro era o nome deste maldito, pelo que Albor me contou de sua própria família ele era um filho bastardo dele com uma antiga funcionária da casa, ele descobriu que esta também estava tendo um caso com seu irmão ou algo do gênero e a expulsou, quando Mauro cresceu ele tentou se aproximar dele, mas ele recusou qualquer aproximação dele. Ou pelo menos esta é a história que ele próprio me contou, não posso saber se esta é a verdade absoluta, talvez ele apenas quisesse amenizar algo ruim que ele fez no passado, parecer um pouco melhor do que ele próprio se achava para uma completa estranha a qual havia começado a ensinar apenas por curiosidade científica, ou talvez seu irmão tivesse armado tudo aquilo, ou seus pais, para poder afastar a moça dele. Eu não creio que possa saber, agora que os principais envolvidos não estão mais no plano físico para poderem se defender das minhas suposições ou me dar mais informações para melhorar elas.
Após tantos anos, Albor havia chegado mais longe do que jamais havia imaginado chegar em seus experimentos, ele começou a explorar o próprio código da vida. Fundindo estes seus experimentos com sua alquimia, ele criou uma das primeiras quimeras do seu país, um país tecnologicamente avançado, mas ainda sobre o controle de uma religião bem rígida. Religião esta que começou a ver os estudos de Albor de maneira bem negativa, eles achavam que ele estava tentando tornar a si próprio um deus, o que não creio ser uma hipótese muito distante da realidade. Assim eles decidiram eliminar aquele que podia ser um futuro problema antes que ele pudesse se tornar mais perigoso, e Mauro, que havia se tornado um alto-inquisidor, tomou para si a tarefa de trazer justiça divina contra seu próprio pai.
Eu já devo ter mencionado que a partir do momento que eu e Albor começamos a supor sobre meu nascimento, mesmo eu não chegando a história mais próxima da realidade, eu percebi que meu pai não seria o tipo de pessoa que eu iria buscar caso um dia decidisse partir da casa dele. Talvez por isso a princípio eu poderia ter tido um pouco mais de compreensão com Mauro, mas o que ele fez com Albor diante dos meus olhos, e o fato de ele ter até mesmo tentado me eliminar também, me chamando de 'criatura demoníaca', como já disse, esta foi a primeira vez que experimentei uma explosão tão forte do meu lado mais selvagem em um longo período de tempo. Havia pessoas com ele, mas não eram muitas, e nem eram muito fortes, eu enfiei as mãos na carne deles, um deles até mesmo acertou minha perna de raspão com uma pistola, mas fui eu que matei eles. Não me lembro de quaisquer últimas palavras vindo de Mauro, Albor apenas havia dito para que eu fugisse, e os capangas que eu havia facilmente dilacerado não tinham importância suficiente para fazer qualquer coisa além de gritar enquanto eu arrancava seus corações ou arrancava um pedaço de seus braços com os dentes.
Eu estava cercada de sangue, mas de alguma forma me sentia melhor do que havia me sentido por muito tempo. Havia segurado aquela fera dentro de mim por muito tempo, era como se tivesse arrancado uma barragem e agora um rio dentro de mim pudesse finalmente voltar ao seu curso. Podia ir para onde quisesse, aprender tudo que eu quisesse, podia fazer meus próprios experimentos para chegar a minhas próprias descobertas, e todas estas possibilidades, agora que eu realmente conseguia as entender, eram realmente magníficas. Eu peguei todos os papéis de Albor, alguns de meus livros favoritos, e várias mudas de roupas, esvaziei o velho cofre dele, e peguei um bocado do que achei dentro, tomei banho e troquei de roupas. Segui para o porto, e paguei por uma passagem em um navio para outro lugar, que também me era desconhecido, e a semanas de distância daquela nação que havia participado da criação da metade humana de quem eu era. Tudo que eu pude disser ao partir, sem nada para trás, e finalmente sentindo o que os humanos chamavam de remorso e saudades, era um tímido “Adeus!”.
- Capítulo 3:
- -- A VIDA EM LODOSS --
- Spoiler:
Um navio rumo ao desconhecido –
A viagem que se seguiria nem de longe foi o que pude chamar de agradável. Passamos vários dias em mar aberto, a tripulação do navio era tudo menos culta, e os novos ricos que haviam comprado passagens para a viagem apenas para poderem dizer que estiveram em uma terra bárbara para seus amigos com os quais competiam em caçadas a raposa em clubs nos fins de semana, eram as companhias mais desagradáveis para alguém como minha visão do mundo.
Foi apenas após várias semanas de viagem que a minha jornada para um lugar desconhecido teria uma inesperada alteração, quando o navio do qual estava a bordo entrou em uma tempestade. A princípio não passavam de alguns ventos um pouco mais fortes que o comum, e ondas de grande tamanho, mas as quais não pareciam uma ameaça. Logo estávamos em meio a grandes nuvens negras que transformavam o dia em noite, os clarões dos raios iluminavam o céu, e a chuva parecia ser composta por pedras de gelo de tão grossos eram as gotas de água, e os ventos pareciam quase virar o barco sozinho. Não preciso dizer que eu não me sentia nem um pouco confortável naquela situação, tive que trancar o quarto, e mesmo assim comecei a quebrar tudo que havia dentro dele e até arrancar pedaços das paredes no desespero para escapar daquele lugar antes que o inevitável acontecesse.
Antes que eu percebesse, já era muito tarde, o navio começou a afundar. A água entrava pelo casco, que havia sido chocado com as ondas monstruosas até começar a se desfazer, e estas mesmas ondas lançavam grandes muros sobre o convés do navio, atirando os marinheiros que tentavam enfrentar a tempestade ao mar. Eu consegui arrebentar a porta, mas não estava eu meu estado mais racional, ataquei todos que achei no caminho, tinha que sair dali, e quando finalmente cheguei a superfície... uma onda enorme varreu o lugar, me atirando no mar. Eu lutei para continuar na superfície, mas não conseguia, a correnteza era simplesmente era forte demais para isto, eu acabei desmaiando, sendo carregada pelas marés da tempestade.
Eu acordaria muito tempo depois disto, sendo puxada do mar por um barco pertencente a um pescador que estava trabalhando naquela madrugada para tentar obter algum lucro extra ao pescar peixes que costumavam estar despertos apenas neste período do dia. Ele me levou até a costa da península de Ruff, após me ajudar a voltar à consciência e cuspir toda a água do mar que eu havia engolido, minhas roupas estavam todas esfarrapadas e claro que não tinha nenhuma das minhas posses originais a mão, já que nem tinha pegado minhas malas durante meu ataque de pânico. Pessoalmente, não estava muito certa de onde eu tinha acabado de chegar, afinal de contas Lodoss não é o tipo de lugar o qual ganhava algum tipo de destaque em um mapa em grande escala.
Agora, pela primeira vez em um longo tempo, eu estava praticamente no mesmo estado no qual fui capturada por Albor. Depois daquilo, demorou um tempo para eu poder sobreviver. O pescador que me resgatou me convidou a ficar em sua casa, claramente com segundas intenções, como não tinha para onde ir ou dinheiro para arranjar um lugar para onde ir, decide aceitar o convite por um tempo. Claro, também não sou do tipo que se vende por um casebre miserável, eu simplesmente me livrei dele na primeira oportunidade, o que era bem mais eficaz do meu ponto de vista, pude pegar tudo que podia dali, e seguir para a zona urbana mais próxima, trocar por algumas roupas melhores.
Neste meio tempo, consegui sobreviver em parte usando um pouco dos velhos instintos que me permitiram sobreviver nas Selvas da Espada, e alguma sorte em arrumar pessoas estúpidas o bastante para serem enganadas e roubadas por mim. Descobri que era uma sensação realmente agradável deixar alguém sem nada seu, as reações variavam de raiva para desespero. Atualmente estou preferindo evitar os centros urbanos mais movimentados, me mantendo próxima das áreas mais selvagens de Lodoss. Não que tenha realmente uma residência fixa, mesmo me agradando a idéia de possuir um laboratório futuramente, mas assim não preciso me envolver mais do que o estritamente necessário com outros indivíduos. Atualmente estou seguindo para Takaras, parece um bom lugar para tentar achar mais informações sobre o que eles chamam de magia, uma vez que nunca tive como estudar muito a fundo esta ciência em Gales, o país de origem de Albor.
Atributos:
Força: 4
Energia: 4
Agilidade: 4
Destreza: 4
Vigor: 2
Habilidades Especiais:
http://www.lodossrpg.com/t378-he-juliet-baskerville
Equipamentos:
Lança (1)
Cantil de Água (1)
Bolsa de Viagem Simples (1)
Última edição por Juliet Baskerville em Ter Jun 10, 2014 2:57 pm, editado 3 vez(es)
Juliet Baskerville- Pontos de Medalhas : 10
Mensagens : 95
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano
Re: [Ficha] Juliet Baskerville
Helo girl!
Seja muito Bem vinda à Lodoss.
Bom, sua ficha esta muito boa, apesar de alguns erros na escrita não vi nada muito gritante nela, portanto, ficha Aprovada.
Peço que ponha em sua assinatura os seguintes itens:
- Atributos.
- MO.
- Link para este tópico.
Irei mover sua ficha para a fila de espera, você ainda não poderá postar nas localidades do fórum, porem pode participar das áreas off livremente.
Seja muito Bem vinda à Lodoss.
Bom, sua ficha esta muito boa, apesar de alguns erros na escrita não vi nada muito gritante nela, portanto, ficha Aprovada.
Peço que ponha em sua assinatura os seguintes itens:
- Atributos.
- MO.
- Link para este tópico.
Irei mover sua ficha para a fila de espera, você ainda não poderá postar nas localidades do fórum, porem pode participar das áreas off livremente.
NR Lima Limão- Narrador
- Pontos de Medalhas : 666
Mensagens : 786
Idade : 29
Localização : RJ/RJ
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 500
Raça: Vampiro
Re: [Ficha] Juliet Baskerville
Estou adicionando 250 de exp e 100 moedas de prata que adquire no templo de Janiya, concedidos pela GM Shaorin, no seguinte link:
www.lodossrpg.com/t36p15-templo-de-janiya#4304
Obs: Como não encontrei nada sobre existirem moedas de 'prata', a GM Sah me permitiu colocar como de ouro mesmo. Qualquer responsabilidade por erros será puramente dela!
www.lodossrpg.com/t36p15-templo-de-janiya#4304
Obs: Como não encontrei nada sobre existirem moedas de 'prata', a GM Sah me permitiu colocar como de ouro mesmo. Qualquer responsabilidade por erros será puramente dela!
Juliet Baskerville- Pontos de Medalhas : 10
Mensagens : 95
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano
Re: [Ficha] Juliet Baskerville
ATUALIZAÇÃO!
Estou adicionando 450 exp, ganhos na campanha Invasores do Castelo [Clássica]. A seguir o post no qual ele concede a exp:
http://www.lodossrpg.com/t411p30-classica-invasores-do-castelo#5295
E também, a experiência adquirida na campanha O Segredo dos Três [Comum], do GM Gin. A seguir, coloco o link para o post em que ele concedeu esta exp, ao todo 150 exp:
http://www.lodossrpg.com/t487p30-comum-o-segredo-dos-tres#5492
Ao todo, adquiro +600 de exp!
Estou adicionando 450 exp, ganhos na campanha Invasores do Castelo [Clássica]. A seguir o post no qual ele concede a exp:
http://www.lodossrpg.com/t411p30-classica-invasores-do-castelo#5295
E também, a experiência adquirida na campanha O Segredo dos Três [Comum], do GM Gin. A seguir, coloco o link para o post em que ele concedeu esta exp, ao todo 150 exp:
http://www.lodossrpg.com/t487p30-comum-o-segredo-dos-tres#5492
Ao todo, adquiro +600 de exp!
Juliet Baskerville- Pontos de Medalhas : 10
Mensagens : 95
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano
Re: [Ficha] Juliet Baskerville
50 exp da campanha O segredo dos três do GM Gin:
http://www.lodossrpg.com/t487p60-epica-o-segredo-dos-tres#6172
Mais 100 de exp da campanha O segredo dos três do GM Gin:
http://www.lodossrpg.com/t487p60-epica-o-segredo-dos-tres#6740
E, como prêmio por ser parte da primeira campanha que chegou a um fim no Lodoss 4, 1000 de exp da campanha do GM Kamui Black, Invasores do Castelo:
http://www.lodossrpg.com/t411p75-classica-invasores-do-castelo#6989
Totalizando, temos 1150 pontos de experiência que me permitem evoluir diretamente do nível 1 para o nível 3.
Bem, agora vem a questão:
O novo sistema de skills já está ativo? Se não estiver, então vou esperar até estar implementado para já editar minha habilidade como sendo nível 2.
O sistema de ranks puros... vai mesmo colocar este negócio? Independente disto vou colocar meus pontos porque gosto dos atributos... vou colocar 1 ponto em Energia, 1 ponto em Destreza e 2 pontos em Força, só para contabilizar.
http://www.lodossrpg.com/t487p60-epica-o-segredo-dos-tres#6172
Mais 100 de exp da campanha O segredo dos três do GM Gin:
http://www.lodossrpg.com/t487p60-epica-o-segredo-dos-tres#6740
E, como prêmio por ser parte da primeira campanha que chegou a um fim no Lodoss 4, 1000 de exp da campanha do GM Kamui Black, Invasores do Castelo:
http://www.lodossrpg.com/t411p75-classica-invasores-do-castelo#6989
Totalizando, temos 1150 pontos de experiência que me permitem evoluir diretamente do nível 1 para o nível 3.
Bem, agora vem a questão:
O novo sistema de skills já está ativo? Se não estiver, então vou esperar até estar implementado para já editar minha habilidade como sendo nível 2.
O sistema de ranks puros... vai mesmo colocar este negócio? Independente disto vou colocar meus pontos porque gosto dos atributos... vou colocar 1 ponto em Energia, 1 ponto em Destreza e 2 pontos em Força, só para contabilizar.
Juliet Baskerville- Pontos de Medalhas : 10
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Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano
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