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[Clássica] Noite das máscaras

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Mensagem por NR Sérpico Dom Jun 29, 2014 10:22 pm

Relembrando a primeira mensagem :

STATUS
ALDARION

Hp: 59%
Mp: 45%

EVELLYN
Hp: 100%
Mp: 70%

GREGAR
Hp: 18%
Mp: 00%

HOSHITTERU
Hp: 90%
Mp: 00%


PARAMET
SUL ─ região dedicada aos artistas em geral
LESTE ─ espaço para a pratica de esportes em geral, com arenas montadas, se estendendo pra fora da cidade
OESTE ─ onde estão os grandes salões de jogos de azar
NORTE ─ região das hospedagens e do Pólux (o castelo biblioteca)
CENTRO ─ comércio em geral


APÊNDICE DE PERSONAGENS
Isso aqui é mais pra mim do que pra qualquer outro. Trata-se de uma lista com os personagens da campanha, seus nomes, alcunha (se tiver), cargo/ocupação (idem), e algum complemento. Conforme os personagens forem aparecendo (e conforme vocês forem descobrindo quem são eles), irei editando a lista.  

─ PENKALA, O homem de branco
─ LAMPO, O jovem sorridente
─ AZASTO, O jovem sério
─ RHEA
─ SLAO

─ DAG, comerciante caolho
─ EMMA, filha do DAG


Última edição por NT Sérpico em Dom Out 19, 2014 8:19 pm, editado 8 vez(es)
NR Sérpico
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[Clássica] Noite das máscaras - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Sex Out 10, 2014 1:33 am

Aldarion
Uma faca atingiu o alvo ─ e o guarda recuou com o impacto, indo cair pela escada que acabara de subir. O outro guarda se esquivou ao se jogar para o lado. E Aldarion não poupou esforços para barrar aquela lâmina animada, fazendo ecoar um tinido agudo quando rebateu a arma inimiga. Daí avançou, profissional.

Penkala se permitiu parar a caminhada para olhar para trás, meio descrente, desdenhoso. O deboche postural lhe custou um rasgo no braço esquerdo, algo que era mais que um simples raspão da espada de Aldarion. Sim, o guerreiro o acertara, sua espada tingida de vermelho na ponta e a manga branca da roupa do inimigo igualmente tingida. Ele deu um pequeno salto para trás, num tipo de susto atrasado e a faca que voava ao seu redor começou a girar na horizontal, formando um tipo de disco translucido pairando no ar, e daí saiu de perto de Penkala disparando contra o Aldarion.

Ao mesmo tempo, Aldarion ouviu a outra faca, aquela que despachara pra longe, um segundo atrás. Ela certamente tinha caído no chão e o que o guerreiro ouviu foi o som arranhado de uma lâmina raspando o chão. Era de se presumir que a arma estava se “recuperando” e poderia almejar pegá-lo por trás dentre pouco tempo.

Fora tudo isso, Aldarion conseguiu ler algo em seu oponente: Penkala não queria lutar. Queria fazer logo o serviço e se mandar dali antes que mais guardas irrompessem pela escada. Os ataques provavelmente eram distrações ─ Penkala não queria de fato gastar tempo esforço investindo contra Aldarion. Talvez por isso a faca que antes ameaçava a moça gravida... ainda a estava ameaçando, não recuando para atacar Aldarion junto com as irmãs, mas sim se aprontando para voar contra uma certa barriga inchada...  

E Penkala não cometeria novamente o erro de dar as costas. Então ficou de frente para o guerreiro, as mãos ainda nos bolsos, meio que barrando a passagem de Aldarion até a mulher.


Evellyn/Gregar/Kai
A roda milenar de causa-e-efeito ainda girava. Mas agora girava devagar, com ar definitivo. Logo iria parar e mostrar o resultado final.

Lampo queria conversar. Alguns guardas até o ouviriam... mas aqueles que já o vinha perseguindo não estavam no clima de palestras, de modo que terminaram de arremessar suas lanças contra o jovem sorridente, que se jogou pra cima de outra loja, ao lado de onde estava, evitando ser empalado.

Depois Evellyn negou entregar os bebês. O guarda que pedira as crianças pareceu não entender.

Como assim não pode? ─ perguntou, injuriado. Nesse meio tempo Kai fazia sua mágica, curando o pulso ferido de Evellyn. O guarda ainda estava ali, respirando pesadamente. ─ Esses bebês não são seus, moça. Não nos obrigue a usar a força. Não nos

Daí Kai invocou uma besta que fez todos darem um passo para trás. Rapidamente, guardou os bebês ─ as pequenas mas cruciais engrenagens de toda aquela noite especial ─ em segurança, no interior da criatura. Ambas crianças pareceram se sentir bem, parando o choro. Já os guardas pareceram prontos para gritar a plenos pulmões para que libertassem os bebês agora! O próprio Lampo, lá em cima da loja, pareceu exasperado com aquela súbita coisa engolindo as crianças que tanto observava.

Proteger os bebês? ─ perguntou o guarda, depois de Evellyn falar. ─ Vocês estariam protegendo eles se os dessem para nós, que somos a lei e a segurança da cidade. ─ Ele e os outros que chegaram com ele ainda estavam confusos para entender quem era inimigo e quem não era. Na dúvida, no cargo em que ocupam, o melhor é considerar todos inimigos. ─ Melhor pôr o bebê pra fora agora mesmo sua besta de madeira. E depois vamos às explicações, hm? Eu quero os bebês e quero ag

Mas a besta se moveu, deixando o guarda falando sozinho. Se moveu num salto, junto com Kai, para onde Gregar lutava, sangrando e fazendo sangrar.

Pois enquanto Kai e Evellyn agiam, Gregar se perdia no mundo selvagem do combate, convidando quem quisesse para a dança. Azasto aceitou o convite de bom grado, mas no fim caiu. E os demais convidados foram os outros cinco guardas, todos dançarinos razoáveis.  E antes que Kai lá chegasse, o que aconteceu foi o seguinte:

Gregar urrou ─ Azasto também. Gregar avançou com os olhos no alvo e querendo encerrar aquilo de uma vez por todas ─ Azasto também. Gregar moveu as mãos para cortar o inimigo com as garras, rasgando o peito do adversário ─ Azasto também, meio que desistindo da defesa e contra atacando de imediato sem se abalar, aparentemente, com o ataque do demônio. Gregar sangrava por cortes novos ─ Azasto também. Os dois guardas chegaram, um pra cada. Gregar evitou as duas primeiras estocadas e depois conseguiu agarrar o homem e usá-lo como arma, o arremessando ─ e Azasto, pois é, também. Os dois guardas se chocaram entre os dois combatentes. Gregar avançou de novo ─ Azasto também. Gregar atacou, cortando ombro inimigo ─ Azasto, rugiu abrindo a boca e já mordendo o antebraço do demônio, um pouco acima dos grilhões. Gregar moveu a outra mão que não estava pega na mordida contra a garganta do lobo, e houve sangue ─ Azasto apertou a mordida e seus dentes trespassaram ossos. O chão em volta era vermelho. As pessoas que assistiam aquilo tinham as mãos sob a boca ─ pois, se por um momento pensaram não ser real, agora estavam horrorizadas porque era, sim, real.

Então os outros três guardas que ainda se aproximavam, como que num acordo telepático, atacaram ao mesmo tempo, lançando suas lanças contra os combatentes. Do ângulo que veio o ataque, duas lanças pegaram o lobisomem nas costas e ele soltou Gregar, que até poderia ter evitado a lança que agora se encaixava em seu ombro esquerdo, mas estivera preso nos dentes de Azasto de modo que perdera totalmente a esquiva. Então os dois se separaram e Azasto caiu. Talvez morto antes mesmo de tocar o chão.

Gregar também ia cair... mas Kai o segurou. O próprio Gregar removeu a lança do ombro enquanto Kai curava o braço mordido ─ quase rompido ─ pelo lobisomem.  

Os três guardas que arremessaram suas lanças agora sacavam suas espadas. Os outros cinco guardas pra quem Evellyn discursara já estavam vindo também, querendo alcançar a besta invocada por Kai. E Lampo... bem, ele perdera por completo o sorriso. Pelos cresceram em seu corpo e ele quase saltou de onde estava para cair bem em cima de Gregar, a fim de vingar o irmão... Mas Evellyn, notando isso, o paralisou com sua habilidade. As raposas saíram do nada e subiram até onde Lampo estava, paralisando até mesmo sua licantropia, o impedindo de terminar a transformação.

Então a temperatura local aumentou e o ar ficou meio tremulo, como num deserto quente. Houve um pequeno tremor no solo e um brilho surgiu na rua em que tudo aquilo acontecia. Surgiu, mais precisamente, perto do velho casal mascarado de dragão. E do brilho se fez uma mulher. Negra, cabelos também negros num moicano alto, os lados da cabeça raspados, com alguns desenhos tribais tatuados acima das orelhas. Havia um anel em suas narinas, pregado no interior do nariz (algo que em outro mundo seria conhecido como piercing). Ela usava roupas negras e sua respiração soltava fumaça no ar, como se a noite estivesse muito fria. E ela tinha uma garrafa numa das mãos.

No chão onde pisava, um desenho meio circular se formou no mesmo instante em que aparecera. o desenho exalava fumaça e um som de pssss, como se uma prensa fumegante tivesse batido no chão e desenhado aquilo à fogo e brasa, que agora resfriava aos poucos. Da mesma forma o ambiente parecia resfriar aos poucos, voltando ao normal.  

Rhea ─ disse Lampo.

General Rhea ─ corrigiu ela. Sua voz era dura. ─ Pra você, seu bebê, é General Rhea.  

Os guardas, coitados, estavam confusos e meio solitários. Eram oito o número deles que buscavam cercar Gregar e Kai e a besta com os bebês. Mas a súbita aparição de mais uma pessoa estranha os dividiu, por um curto tempo, entre continuar a missão de pegar os bebês/capturar Gregar ou simplesmente se preparar pra seja lá o que aquela tal de General Rhea ia fazer. Bom, ninguém teve de esperar muito, pois ela agiu rápido, jogando a garrafa que trazia para o alto, rua abaixo, onde estava Kai e sua invocação e Gregar no centro e guardas ao redor.

Você é louca! ─ gritou Lampo, lá de cima, ainda paralisado ─ Meu irmão está lá!

Seu irmão está morto ─ disse Rhea. ─ E vocês já ficaram tempo demais aqui. Vamos embora.

E os bebês estão lá! ─ gritou, de novo, um Lampo agora desesperado.

Rhea pareceu não ouvir.

A garrafa estourou no ar e dela um líquido se espalhou ao mesmo tempo que se inflamava, mudando instantaneamente para uma grande chama azul. E essa chama azul tinha um rosto, como a de um fantasma disforme. E ele abriu sua boca imensa, ansioso para terminar de cair sobre todos aqueles alvos, queimar suas carnes e torná-los pó. Parecia um tipo de entidade do fogo e estava caindo sobre eles.

Evellyn estava livre dessa ameaça incendiária. E ainda mantinha Lampo paralisado. Já Rhea ainda ficou um tempo ali, parada, vendo o desfecho daquela cena onde um fogo vivo fora trazido para a Noite das Máscaras.

Spoiler:
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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Out 10, 2014 10:28 pm

A manobra de Aldarion havia dado certo, até mais do que ele havia previsto, mas agora as coisas haviam tomado um outro rumo revelando que Penkala estava realmente muito empenhado em continuar seus planos. Isso revelou ao guerreiro uma pressa, uma inquietação que denunciavam algo que estava oculto, ou talvez fosse apenas pressa para sumir dali uma vez que toda a confusão muito provavelmente atrairia mais guardas.

De qualquer forma agora Aldarion estava sendo atacado por todos os lados, um desafio para suas capacidades defensivas, um desafio que ele não iria aceitar. Não havia tempo para defesas, para combates controlados com ações premeditadas, o momento era agora, um segundo de hesitação e seria o fim.

Por isso Aldarion simplesmente ignorou todos os ataques direcionados a ele e fez o que sabia fazer de melhor, atacou com violência absurda e brutalidade fora do comum. O ataque de Aldarion veio na forma de um ataque horizontal, nada estratégico, um ataque com força e velocidade. O objetivo era retirar Penkala do caminho para que Aldarion pudesse alcançar a adaga e impedi-la de atacar a mulher, seja segurando-a com a mão, batendo nela com a espada ou se jogando na frente. Não importava, o tempo agora estava a favor dele e tudo o que precisava fazer era atrasar Penkala, mesmo que para isso precisasse ser esfaqueado algumas vezes.

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Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

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Mensagem por Hoshitteru Qua Out 15, 2014 10:52 am

Choujigen Game Neptune: The Animation
OST 20: UTTS


Minha energia restante não era o suficiente para curar Gregar por inteiro, mas deveria ser o suficiente para poder deixa-lo de pé. De qualquer forma ele parecia ter tido vitória em sua batalha contra Azasto. Porém, ainda haveria Lampo, que como consequência da vitória de Gregar, estava rodeado por desejos vingativos. Que por sinal, já iria descontrai-los saltando sobre Gregar com um ataque feral, mas por sorte dele, Evellyn usa sua habilidade e o paralisa em pleno ar, antes mesmo que ele pudesse completar sua transformação.

Quanto aos guardas, ainda continuariam avançando, porém não saberia dizer se deveríamos ou não lutar contra eles. Tinha certa confiança na autoridade, mas sabia que a força deles talvez não fosse a suficiente para manter os bebês seguros. Pelo menos não naquele momento.

O ambiente parecia ter ficado um pouco mais abafado. Sentia o suor respingar de meu rosto como de uma nascente. Fora então que um enorme brilho surgira por perto do casal fantasiado de dragão. E deste brilho surgira uma mulher negra com uma beleza exótica. Enquanto esta respirava, soltava alguma fumaça de suas narinas e quando pisava sobre o chão, nele se formavam círculos. Aparentemente, aquela mulher se chamaria Rhea.

Não sabia o que ocorria por ali, mas por hora, talvez devêssemos nos preocupar com os guardas, que por sinal, tentavam nos cercar naquele momento. Porém, suas linhas de pensamento logo foram interrompidas por Rhea, que jogara uma garrafa na direção de todos nós. Daquela garrafa saíra um líquido que se transformara em um fogo e este fogo logo se transformara em uma imagem. Um monstro talvez. A preocupação no momento era que aquilo nos atingisse...

Cuidado! — Gritaria para todos, na esperança de que no mínimo tentassem se esquivar daquilo que vinha em nossa direção.

De imediato Kemo nos pegaria com seus dentes e esquivaria rapidamente para fora, mas se fosse o caso de não haver tempo o suficiente, apenas nos lançaria para fora da área de perigo, junto aos bebês (cuspidos em nossa direção) para que o fogo não pegasse neles. Apesar de Kemo ter uma estrutura extremamente rigorosa, era coberta por lodo e madeira, e não saberia dizer ao certo se quando esta se queimasse, ele continuaria por ali.

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Mensagem por Gregar Sáb Out 18, 2014 11:23 am

Talvez a possessão tivesse me tornado completamente insano, ou talvez tivesse simplesmente perdido um parafuso com o chute que havia levado. Não que estivesse me importando com isso, pelo menos não mais. As vozes ao meu redor pareciam distantes e incompreensíveis, sussurros no meio de um enorme festival. A cabeça latejava fortemente, uma dor nauseante que dificultava a respiração, sabia que não poderia continuar com aquilo para frente, sabia e Azasto também sabia. Fossem os bebes, as lanças dos guardas, ou até mesmo aqueles sonhos, nada parecia ser mais importante que o combate, eu desejava a cabeça de Azasto que por sua queria minha morte, se parasse pra pensar tudo era simples. Então eu avançava, golpeava e era golpeado.

O sangue parecia escorrer aos litros, vindo de inúmeras feridas em nossos corpos, sentia as garras retalhando mais e mais, mas o maldito era muito mais resistente do que poderia imaginar. Suas presas trespassavam meu braço, minhas garras eram cravadas em sua garganta, ambos estávamos à beira do colapso quando novamente os guardas se aproximavam atirando suas lanças. O lobisomem era largo e barrava dois dos três golpes, mas ainda sentia o ferro da arma sendo cravado em um de meus ombros. A criatura enfim caia, enchendo meu corpo de um estranho e doloroso orgulho, que terminava em um novo rugido de triunfo. O preço havia sido caro, mas ao menos havia um da dupla.  

O corpo repentinamente se tornava pesado demais para que o sustentasse, os joelhos fraquejavam e quase tocavam o solo, então sentia o apoio de alguém. A nevoa da loucura da transformação não era mais tão espessa, podia ver o pequeno feral curando o braço ferido enquanto sustentava meu corpo. Sentia os dedos pegajosos de sangue e o corpo quebrado e repleto de ferimentos, pontadas interruptas de dor escalavam pelo corpo, mas a pior de todas vinha do braço mordido, ele que agora pendia inútil e quebrado. Tudo estava longe de acabar, mas por um breve momento sentia-me com o triunfante, Lampo estava preso, seu irmão morto, e os bebes jaziam em segurança dentro de uma besta feita de lodo e madeira. Era então que ela chegava, os olhos corriam pelo campo de batalha até que pudesse encara-la. Uma mulher vinda do nada que carregava em si uma presença nauseante e sufocante. Com os olhos colados na mulher levantava o corpo que parecia pesar toneladas.  

Era então que aquilo vinha, começava com uma garrafa sendo atirada no ar e terminava em um mar de chamas caminhando em nossa direção. Os instintos gritavam em minha cabeça, precisava sair da zona de contato daquela chama, Lampo gritava feito louco, era a melhor chance que teria. O ódio focalizado no ultimo dos irmãos fazia com que me movesse, fugiria a plenos pulmões da caveira, correndo na direção do lobisomem restante. Correria ignorando os guardas e tentando esquivar-me caso minha presença ainda sobrepusesse a das chamas. Lampo estava longe das chamas em total desamparo, era pra isso que avançaria erguendo as garras da mão ainda boa, pronto para saltar e cravar as garras na base de seu crânio, golpeando e golpeando até que os dois irmãos estivessem mortos.

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Mensagem por NR Sérpico Dom Out 19, 2014 8:19 pm

Aldarion
A faca da frente, girando feito disco, bateu em Aldarion, ricocheteando na armadura. Já a faca de trás foi mais precisa, achando um ponto entre o pescoço e as costas do guerreiro, errando por sabe-se lá quantos milímetros a coluna.

Aldarion seguiu, golpeando enquanto era golpeado. Sua espada voou contra Penkala o tirando do caminho, como era o proposto. Não sem causar um belo corte horizontal no homem de branco, abrindo um talho no braço esquerdo pouco acima da dobra do cotovelo, indo até o meio do tórax. Penkala se desequilibrou para o lado, sangrando, e Aldarion passou por ele se esticando o máximo que sua armadura permitia para atacar a lâmina que ameaçava a grávida.

Deu certo. Ele meio que saltou, girando sua espada. Resvalou por pouco na faca, a desviando da vítima. Ela estava salva. E a faca voltou para junto do mestre. A que perfurara Aldarion nas costas saiu de lá, dando uma dor aguda no guerreiro, recuando. As outras também ressurgiram. Penkala estava de novo com suas 5 facas ao redor de si, segurando o braço ferido e com uma face sem expressão. Apenas os olhos continuavam olhando pra lá e pra cá, perturbados.

Trocaram de posição: agora Penkala que teria de passar por Aldarion para alcançar a grávida. Está, alias, estava sentada de costas para as ameias, tremendo, as mãos cobrindo o rosto. Aldarion poderia falar que estava tudo bem, a fim de acalmá-la, mas então o ar ficou meio tremulo e a temperatura ambiente se elevou um pouco. Houve um pequeno tremor no terraço do castelo e um brilho surgiu no ar, atrás de Penkala. Uma marca circular apareceu no chão, incandescente, soltando fumaça.

E sob a marca no chão, três pessoas surgiram.  


Evellyn/Gregar/Kai
A entidade de chamas, antes limitada à uma garrafa, agora estava viva e sedenta por participar daquela Noite das Máscaras. Aquele fogo vivo era, na verdade, uma mera distração para que Rhea fizesse sua magia e saísse dali com Lampo, estando paralisado ou não, querendo vingar o irmão ou não.  

Kai gritou um alarme. Kemo, sua invocação, o pegou e se moveu o mais rápido que conseguiu pra longe do alcance do fogo, saltando para trás. Quase pegou Gregar também... Quase.

Pois Gregar certamente era do tipo que guardava rancor, pois abdicou de se esquivar ─ de simplesmente se retirar por um tempo para recuperar o fôlego, com a preciosa ajuda da invocação de Kai ─ para avançar contra o jovem sorridente. Correu, mas não rápido o suficiente para evitar algo quente pousando em seu cangote, escorrendo para suas costas, escalando seus cabelos. Ele estava em chamas.

Mas alcançou Lampo. Saltou pra cima da loja esticou o punho bom, as garras prontas contra a face do lobisomem e então foi teleportado...

Evellyn viu quando Gregar (chamas azuis sobre ele) saltou pra cima de Lampo armando um ataque e depois... desapareceu. Não só ele como também o próprio Lampo e Rhea sumiram. Teletransporte... Depois olhou para trás e viu o fogo vivo no chão da rua, sob o cadáver de Azasto e sob guardas azarados que agora eram pouco a pouco consumidos. Os gritos vinheram. Terríveis gritos de dor. Um guarda correu, encostou numa barraca e o fogo passou pra ela, se alastrando. Evellyn percebeu que era uma chama extremamente "pegajosa". E aparentemente inteligente, pois a ela virou seu enorme rosto fantasmagórico, procurando aqueles que estivessem ao seu alcance. Viu Evellyn. E viu o casal de senhores (a senhora desmaiada e o senhor caolho) e decidiu que eles estavam bem mais perto que Evellyn. E então começou a avançar, por mais incrível que pareça. O senhor começou a arrastar sua esposa e tropeçou. A chama pareceu rir, pois iria queimar ambos se ninguém impedisse.  

Kai, por sua vez, terminou de pousar no chão com o auxilio de Kama e constatou que estava ileso. Até olhar para o lado e ver que sua invocação tinha uma pequena chama queimando num ombro, querendo se espalhar aos poucos e consumir todo aquele combustível que era as camadas de madeira da besta. Kai viu como a chama passava fácil de uma coisa para a outra. Então como lidaria com aquela ameaça em sua invocação?

Se afastem, se afastem! ─ gritou o único guarda da cena que escapou da chama.

Os inimigos tinham sumido, mas ainda havia uma chama azul para atrapalhar a vida de todos.


Aldarion/Gregar
Os três que apareceram: Lampo e uma mulher negra de moicano e Gregar (este ultimo sem real intenção de ter participado daquele teletransporte, mas enfim, a vida é dura).  

Gregar reapareceu golpeando Lampo, assim como planejara fazer antes de ser teleportado. É claro que a magia de Rhea atrapalhou um pouco sua ação, mas ele mesmo assim conseguiu perfurar o peito de Lampo. Este finalmente terminou sua transformação, já soltando uma pequena golfada de sangue quando foi atacado e retirando a mão de Gregar de dentro de si. Rapidamente girou, ainda segurando Gregar pelo pulso, o jogando pra longe (afinal o possuído estava pegando fogo). Nem tão longe assim... mas o suficiente.

Explico: Gregar estava agora no terraço de um castelo. E acabara de ser arremessado... para além das ameias, passando rente à Aldarion que estava numa das extremidades do terraço. Mas Gregar se segurou. As unhas arranharam a pedra e ele conseguiu parar sua queda, o corpo balançando ao vento e ele agora procurando uma saliência para se segurar. Achou. Ainda estava no jogo e jogou as mãos para cima, em duas novas saliências entre as pedras, até subir e reaparecer. Quase falhou no ultimo instante ─ pois, estranhamente, estava sentindo enjoo e tontura, como se tivesse comido muito e depois dado várias piruetas ─ mas conseguiu ignorar esses estranhos sintomas que vinheram de algum lugar (do teletrasporte? Das chamas?) e não caiu.  

As chamas azuis eram um problemas. Um grande problema. Sua carne estava ardendo feito o diabo. Ele precisaria reagir rapidamente antes de virar uma estrela azul incandescente.

E viu uma boa galera reunida: Aldarion parecia proteger uma mulher grávida do homem de branco, o tal Penkala (que tinha 5 pequenas facas girando em torno de si, como criaturas vivas). Ambos sangravam os sinais de uma luta já iniciada. Ao lado jazia um guarda e Emma, filha de Dag. No outro extremo do escopo havia um único guarda, de costas para uma escadaria que era a saída/chegada ao terraço.

Aldarion olhou sob o ombro e constatou que era mesmo Gregar que fora arremessado, que aquele homem em chamas era o mesmo sujeito que conhecera muito brevemente no inicio de tudo. Viu que ele também tinha marcas de luta pelo corpo. Estavam os dois agora do mesmo lado. Aldarion mais a frente, a mulher grávida na sua sombra, atrás, e Gregar terminando de por os dois pés nas ameias, atrás da mulher grávida. O guerreiro ainda viu que Lampo era agora um lobisomem e já não era tão sorridente como antes.

A mulher negra falou, fumaça saindo de sua respiração.

Por que você está ferido, Penkala?

A espada dele não é comum ─ respondeu o homem de branco, se referindo a arma de Aldarion. ─ Slao te mandou?

Sim. Eu sou a sua volta pra casa.

E Azasto? ─ perguntou Penkala, olhando de soslaio para Lampo. Quando o lobisomem não disse nada, Penkala pareceu se lembrar de algo: ─ Ah é, desculpe, me esqueci que é você quem fica mudo quando está transformado.

Azasto está morto ─ respondeu por fim a mulher.

Então Azasto pareceu prestes a saltar contra Gregar (ao menos seus olhos de ódio passavam essa mensagem) mas Rhea, a mulher negra, o interrompeu com um braço levantado. Ela olhou para Aldarion e Gregar e disse:

Não sei como vocês descobriram sobre as gravidas. Mas isso não importa. Não mais. Erek quis assim e assim aconteceu. Podem ficar com a mulher e sua cria.

Slao não o quer mais? ─ perguntou Penkala, um tanto decepcionado.

A mulher fez que não com a cabeça.

Penkala deu de ombros. Já Lampo pareceu não ouvir nada; tinha uma mão sobre o ferimento no peito e seus olhos enxergavam apenas um certo homem em chamas azuis, vulgo Gregar.

Aqui em cima! ─ gritou, de repente, o único guarda vivo, que escapara inclusive de um faca do Penkala ─ Aqui! ─ Ele gritava para a escadaria, de onde esperava que logo logo o reforço chegaria pra lhe ajudar.

Vamos embora ─ repetiu a mulher, como que em resposta. Voz feito ferro.  

O circulo incandescente no chão, envolta dos três inimigos, tornou a brilhar inflamado e então...

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[Clássica] Noite das máscaras - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Ter Out 21, 2014 7:00 pm

Somente após alcançar a região em que aquela imagem chamuscada não estivesse ateando, poderia me virar e perceber que o ombro de Kemo estava começando à se queimar. Devido as circunstancias, não poderia exitar nem por um minuto. Sacaria meu bastão e rapidamente saltaria, na tentaria acertar em cheio a camada de seu ombro que estava pegando fogo, de forma que ela saísse de sua estrutura. E logo em seguida à rebateria para longe dele.

Sinto muito Kemo. — Diria um tanto ressentido logo após ouvir seu urro, possivelmente por dor. Porém, não poderia deixar de maneira alguma que o fogo ateasse pelo restante de sua estrutura.

Olhava ao meu redor e tudo que podia ver eram aquelas estranhas chamas se espalhando por todo o evento. Várias pessoas estavam sofrendo, tanto por estarem à beira da falência, tanto por estarem tendo seu corpo envolto por uma chama que parecia ferir mais do que a natural. Porém, antes que pudesse demonstrar qualquer ressentimento perante aquele acontecimento, o casal fantasiado de dragão parecia estar em apuros, o fogo já estaria se aproximando e aparentemente, rindo, de maneira debochada.

Após me certificar que Kemo estaria bem e consequentemente à uma distancia considerável do perigo, iria na direção deles e tentaria os ajudar. Apesar de todos os problemas que aquela senhora fantasiada de dragão havia me trazido até o momento, não deveria guardar nenhum ressentimento com ela. No fundo, era apenas uma idosa sendo controlada por aqueles senhores. E falando nestes, somente agora perceberia que teriam fugido.

Enquanto colocava aqueles idosos em uma localidade segura, retomaria alguns pensamentos que por algum tempo, haveria esquecido. Evellyn estava logo ali, mas Gregar também havia desaparecido. Isto sem falar de Emma e Dag, já faria algum tempo que não os via, me perguntava o que poderia ter acontecido com eles.

Certifique-se de sair daqui o mais rápido possível, o fogo logo se espalhará por toda a cidade. — Diria aos idosos enquanto encarava as tendas sendo queimadas.

Não fazia ideia de como fazer com que aquele fogo se apagasse, esperava que alguma ação fosse tomada pelos oficiais. Já que possivelmente aquele fogo não deveria se apagar simplesmente com um pouco de água. Mas, não custaria nada tentar. Iria procurar por algum poço e tentar apagar aquelas chamas com água.

Mas, se não fosse o caso de funcionar, deveria me preocupar com alguma outra coisa antes. Se aquele fogo continuasse à se estender em direção à onde havia deixado aquela senhora grávida, poderia se tornar um problema. Se não conseguissem apagar o fogo até certo ponto, retornaria até lá para alertar à todos e salvar a senhora grávida. Afinal, aquelas crianças não poderiam crescer sem ao menos uma mãe.

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Mensagem por Evellyn Dom Out 26, 2014 5:43 pm

OFF: Foi mal por não postar antes, não sabia o que fazer direito. X_X Ah, sobre o fogo, eu não sabia bem o que fazer, então, a Evellyn conjurou a HE dela no fogo, para deixar-o paralisado (Deixando ele incapaz de causar mais estragos). Caso isso não funcione, não tem problema! xD



FIRE FROM THE TONGUES OF LIARS

Quando me dei conta, já estava pegando fogo; por conta de uma mulher que havia aparecido. Ela havia centralizado o seu ataque com a garrafa bem aonde Kai, Gregar e os bebês estavam junto com o gigante. Meu olho se arregalou, com uma expressão chocada, estava a gritar por eles, preocupada. Não saberia o que fazer, já que aquilo tudo aconteceu tão rápido.

Por sorte, depois de algum tempo, eles conseguiram escapar das chamas, sem aparentarem terem se machucado. Porém, Gregar estava cheio de chamas azuis em seu corpo, indo em direção de Lampo. Porém, ele simplesmente desapareceu, junto com Lampo e a mulher misteriosa que havia causado o incêndio. Quando me virei novamente - em direção ao fogo - pude ver o corpo de Azasto - morto - e os guardas queimando, assim como ouvir gritos de sofrimento, isso doía meu coração.

Observei a chama, enquanto pensava no que fazer. Notei que ela era diferente, como se tivesse vida; e inteligência também. Era estranho ver a sua cara lá, assustadora, o que diabos era aquilo? Seu "olhar" se focou no casal de idosos, dando uma risada extremamente irritante à mim. Por sorte, Kai conseguiu pegar o casal, e levando-os para um lugar longe. Ainda bem, eles estariam a salvo.

Eu iria conjurar a minha habilidade no fogo, deixando-o paralisado. Caso não desse certo, iria correr imediatamente ao guarda que havia sobrevivido as chamas, avisando-o para tirar todos que estavam aqui, sendo por perto ou longe. Especialmente os que estavam dentro de lojas. Tentaria também, empurrar algumas barracas que estavam perto do fogo, impedindo que se espalhasse mais nelas.

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Mensagem por Gregar Dom Out 26, 2014 7:48 pm

Ignite the flames

That's what i would call a living hell


Céus era justamente isso que mais odiava naquela transformação. Em um momento tudo estava perfeito, noutro nem ao menos reconhecia o que acontecia ao meu redor, não poderia afirmar que estava em segurança antes da transformação, mas era certo que a situação havia piorado. Ambas as mãos estavam grudentas de sangue, parte meu parte de algum desconhecido, um dos braços lançava facadas de dor no corpo sempre que tentava movê-lo, mas isso não era a pior parte, nem de longe poderia ser, na verdade nem mesmo sabia o que era pior, estar em chamas, ou em queda livre, uma combinação horrivelmente mortal e sinistra. Em um reflexo levava os braços até a pedra, uma dor lancinante e enjoativa percorria o corpo, sabia que me arrependeria em mover um braço que parecia tão quebrado, mas ainda seria preferível a simplesmente cair daquela altura, não seria agora que sairia do combate. Sentia os músculos a ponto de se romperem enquanto fazia o ultimo esforço para me erguer, as algemas ajudavam bem pouco em qualquer coisa, mas de alguma forma conseguia voltar a ter os pés no chão.

Em um breve instante olhava as pessoas ao meu redor, em um novo instante ainda mais breve, quase desejava ter caído, não teria um descanso tão breve assim. O carrasco de outrora estava ali, juntamente da filha do caolho e de outra aparição, o terceiro homem que aparecia no sonho, um que parecia tão letal quanto um dos lobos gêmeos, ao menos esperava que mesmo com a transformação ativa, o executor me reconhecesse, algumas garras e um par de chifres não poderiam modificar tanto assim um ser. Mas não tinha tempo pra isso, não enquanto ainda tivesse aquela calorosa sensação em minhas costas. Correria com o braço bom para as costas, tentando puxar e arrancar a roupa em chamas antes que ela causasse mais algum estrago, tomaria o devido cuidado para evitar enfiar as mãos diretamente nas chamas, procurando uma zona menos castigada pelo fogo da roupa. Com um único puxão tentaria remover a peça que a essa altura já deveria estar cedendo e a atiraria na direção do lobisomem, duvidava que ela o alcançasse, mas a esperança de um demônio sempre tarda a morrer. Em seguida me preocuparia com o restante das chamas que pudessem ainda estar em contato comigo, tentaria buscar algum objeto que pudesse me ajudar a apaga-las, algo com que pudesse abafar ou transferir as chamas, como uma cortina seca ou algo do gênero, tentaria abafar e bater nas chamas do corpo com o objeto tentando sufoca-las, e em ultimo caso tentaria me atirar contra o solo tentando rolar para abafar o calor contra o chão de pedra. Água seria a ultima de todas as alternativas, em conhecimentos antigos já havia ouvido falar de chamas que ardiam sob a água ou que eram intensificadas na presença da mesma, tentaria evitar usa-la, mas caso nada mais desse certo, procuraria alguma fonte d'água  na qual pudesse tentar apagar as chamas.  A todo instante tomaria cuidado com as algemas, o que menos desejava era ter o ferro começando a pegar fogo, já havia sofrido demais com fogo para querer experimentar como seria queimar os pulsos.

Tudo que ouvia da conversa daquele trio eram fragmentos que pouco sentido faziam, mas ao menos uma coisa podia distinguir, o sentimento de ódio que aquele pequeno lobo exalava era quase solido, um imbecil perceberia aquilo. Ainda tinha um assunto com o lobo, mas duvidava que seria capaz de enfrenta-lo no momento, mesmo que ele ainda estivesse ferido e exausto depois de tudo aquilo, eu estava em um estado realmente deplorável, me envergonhava dizer algo assim, mas duvidava ser capaz de continuar conseguir lutar. O corpo estava quebrado, enviando pulsos constantes de dor até a cabeça, as costas ardiam tremendamente, minha própria consciência parecia estar a poucos momentos de me escapar por entre os dedos. Além disso, tudo ainda havia outros dois naquele lugar, um que havia ferido o executor e outra que até onde sabia tinha ateado fogo em mim, céus como queria arrancar a cabeça daquela mulher.

- Pelos deuses, é sempre um depois do outro. Cuspia contra o chão para espantar a dor. - Então grandalhão, andou se divertindo por ai? Falava com Aldarion, em um tom jocoso, o cansaço parecia tentar pregar meus olhos.

Não pretendia expressar em palavras, mas esperava que os três simplesmente fossem embora, tanto combate era cansativo. Mas caso algum deles decidisse ficar não teria muitas escolhas. Manteria uma postura defensiva, preparado para esquivar e bloquear nas melhores medidas. Caso fossem as facas que fossem atiradas contra mim, procuraria a defesa no ferro ao redor dos punhos, tentando repelir as facas com as algemas, caso um novo ataque incandescente fosse atirado contra mim, tentaria sem sombra de duvidas a esquiva, tentando rolar para longe da direção do ataque, por fim caso acabasse sendo alvo de um surto de ira do lobisomem tudo seria mais simples, tentaria manter alguma distancia dele, tentando me afastar tanto quanto possível, sempre a espera de um momento oportuno para contra atacar. O movimento seria simples, me aproveitaria das correntes e saltaria contra ele assim que a chance viesse, tentando prender sua garganta ou boca, com o ferro, enquanto tentaria passar para trás de seu corpo, enforcando-o tão bem quanto podia, tentaria nesta posição evitar algum ou outro ataque, puxando e girando o corpo do lobisomem de modo que ele nunca tivesse uma base boa o bastante para firmar os pés e contra golpear, não até que estivesse roxo e sem ar algum nos pulmões.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Out 26, 2014 11:13 pm

A manobra de Aldarion deu certo e teve resultados até melhores do que ele havia previsto, sua espada cortara Penkala mais uma vez e por sorte do inimigo, apenas de raspão. Uma espada grande como a de Aldarion dificilmente deixava ferimentos leves, Penkala havia sido acertado duas vezes, era pra estar pelo menos sem um braço e com as tripas saltando para fora da barriga, mas não, ele apenas sangrava.

Aldarion agora estava onde queria, sentiu a sua nuca ficar quente e molhada e o sangue escorrer pelas costas, mais tarde quando retirasse a armadura veria a nojeira sangrenta que ficaram suas roupas e o perponto¹. Mas agora não havia tempo para se preocupar com aqueles ferimentos, Aldarion era um guerreiro, estar ferido era algo normal, sangrar e sentir dor eram coisas que faziam parte de sua profissão assim como as farpas fazem a vida de um marceneiro e a lã faz a de um tecelão.

Ele estava agora de pé, de frente para Penkala e no caminho até a jovem que ainda continuava caída as suas costas. Em nenhum estante pensou em ver se ela estava bem, pensou em falar com ela, sequer olhou para ela. Toda a atenção estava focada na figura ameaçadora que havia recebido dois golpes de sua enorme espada e ainda estava de pé.

Então tudo aconteceu repentinamente, três figuras surgiram do nada, em meio a fogo e fumaça e uma delas lhe era familiar. Uma mulher estranha começou a falar com Penkala, Aldarion não deu a mínima, apenas se perguntava se conseguiria golpear e cortar os três de uma vez só. Mas antes que tomasse uma atitude eles desapareceram assim como haviam surgido.

O guerreiro então voltou sua atenção para as facas de Penkala, só pra ver se ainda estavam lá. Somente depois de ver que não havia mais nenhum inimigo por perto é que ele relaxou e tratou a cuidar de seus sangramentos, não dando a mínima para os guardas. Se estes aparecessem ele não faria menção nenhuma de lutar mas também não largaria sua espada.

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Mensagem por NR Sérpico Ter Out 28, 2014 12:19 am

Aldarion/Gregar
O circulo incandescente no chão, envolta dos três inimigos, tornou a brilhar inflamado e então eles sumiram. As facas de Penkala idem. Acabou.

Não para Gregar. Ele tirou rapidamente a roupa em chamas e a atirou longe. Ainda havia ardência em suas costas, sinal que o fogo ainda estava lá, de modo que se atirou no chão de pedra e rolou. Um alívio, aquele chão de pedra gelada, coisa divina. Dentre em pouco ele teve certeza que estava fora de perigo, que tinha de fato eliminado as chamas antes delas atingirem um ponto irrecuperável. Agora sim, acabou para Gregar. Fumaça subia da pele de suas costas, sem contar o cansaço... mas ainda assim Gregar conseguiu ser Gregar, puxando assunto com Aldarion. Este não respondeu, na verdade mal notou Gregar. Estava absorto demais pensando em como o inimigo não tinha morrido com seus golpes. Fazer o quê... não é em todas as histórias que os caras maus morrem no fim, mesmo ao levar golpes de espadas grandes. Aquela era uma dessas histórias, para a aparente infelicidade do guerreiro.

Ao menos uma mulher e o seu bebê ainda por nascer fora salva ─ e era esse o objetivo. Tudo por causa de um sonho. Um maldito sonho real. Vindo sabe-se lá de onde. E também...

Um tosse molhada... Parecia ter vindo de Emma, caída logo ali. Emma, que na verdade parecia morta. Mas uma análise profunda revelava que ela ainda respirava... Mas sangrava de muitos lugares diferentes de modo que o seu tempo deveria estar acabando...

Então os guardas chegaram. Meia dúzia, somando com o que já estava ali, no terraço. O que tomou a frente não usava máscara e mascava alguma coisa, os dentes a mostra num meio sorriso.

Uma festa à parte aqui em cima, hm? ─ Ele disse, olhando os corpos. No final, encarou Aldarion e Gregar, esperando algo deles. ─ Ouvi cinco histórias diferentes e não entendi meia. Quem sabe os senhores possam me ajudar a entender o que de fato aconteceu aqui, hm?

Ele olhou o cenário por mais um tempo. Se demorou analisando a marca circular no chão (ela não sumira de todo, era agora um tipo de sombra) e depois se voltou para os guardas que o acompanhavam dizendo:

Baixem as armas crianças. Acho que o maestro já levou a orquestra. ─ Daí olhou de novo para Aldarion e Gregar: ─ Mas ainda quero ouvir algo que faça sentido, por favor. Vamos descer.

E os chamou com a mão, os convidando a seguirem escada abaixo, de volta para o interior do Pólux, até as portas que dessem na rua.

Mas a mulher grávida não viu esse chamado pois estava em choque, ainda com as mãos no rosto, os joelhos dobrados à frente do corpo (à frente da barriga), sem dar sinais de querer voltar ao mundo real. Ela tremia de leve e sua respiração era pequenos soluços. O guarda provavelmente não percebeu tudo isso da distância que estava e fez novamente seu chamado, num inicio de impaciência.


Evellyn/Kai
Kai foi frio e eficiente. O bastão veio a mão e com ele o meio feral golpeou a parte em chamas da besta invocada, visando removê-la. Kemo rugiu, mas aguentou firme. Ele precisou de outros cinco golpes sucessivos para enfim conseguir o que queria, destroçando a madeira inflamada, impedindo a propagação da chama. Os bebês estavam salvos, de novo.

Mas a chama principal ainda estava lá, querendo tocar em coisas e consumir tudo, a começar pelo casal dragão. Kai deu a volta, correndo até eles, os pegou pelas roupas e começou a arrastá-los. Daí o fogo vivo pareceu avançar mais rápido, ansioso... Mas então recuou de súbito, por causa das raposas.

Evellyn, ao invocar suas raposas, esperava ao menos atrasar aquela entidade elemental... Pois conseguiu mais: as raposas incorpóreas avançaram contra a chama e foram explodindo, uma a uma, ao tocar o inimigo. Explosões surdas, que pareciam roubar a densidade do fogo vivo, que foi encolhendo aos poucos, recuando mais e mais, tentando se afastar das raposas espirituais.

Então: som de cavalos a toda velocidade arrastando uma carroça. Apareceu de uma rua (a rua de onde Kai chegara, perseguindo a senhora dragão), e o cocheiro que comandava aquela corrida era um velho senhor baixo, com uma sombra de barba preenchendo a face magra e uma cartola sob a cabeça de cabelos rasos e esbranquiçados. Ele vestia uma roupa que, um dia, deveria ter sido bonita, no melhor estilo de uma realeza, mas que hoje era uma pano meio verde e meio cinza, desbotado, rasgado e remendado em alguns pontos. E algo ─ ou melhor, um conjunto de pequenas coisas, talvez moedas ─ tilintava em um de seus bolsos, conforme a carruagem balançava no avanço.

Kai ─ ele chamou, fazendo a carroça parar ali perto. ─ Acho que você é o Kai, certo? E você aí deve ser a Evellyn, sim? Muito bom encontrá-los. ─ Ele sorriu e removeu a cartola da cabeça e se curvou onde estava, no acento sob a carroça, cumprimentando.

A chama outrora encurralada pelas raposas agora parecia querer voltar a crescer. A habilidade de Evellyn conseguiu fazer a entidade recuar, mas não eliminá-la por completo. Ela voltaria a crescer. E no entanto o velho de cartola parecia mais interessado em conversar:

Altos problemas aqui em Lodoss, né? Céus, até consigo ver o cansaço em seus rostos... mas cadê os outros dois? Aldarion e ─ ele colocou de volta a cartola na cabeça, e pareceu distante por um segundo até voltar a si e completar: ─ Gregar! Isso. Aldarion e Gregar. Onde estão os dois cavalheiros?

Gritos. Esses eram de alguns que tentavam extinguir o fogo de suas barracas. Os outros gritos de antes já tinham cessado, ou por falta de força ou por falta de vida de seus respectivos donos. Guardas se achegavam. E então, finalmente, o velho pareceu notar a chama na cena, crescendo novamente.

Vocês, guardas, a mim! ─ ele apontou para dois guardas que surgiram de algum lugar. Se levantou de onde estava, se virando para o interior de sua carroça, que era coberta. Jogou as duas mãos lá pra dentro e as trouxe de volta com dois baldes pequenos, cada um numa mão. Os guardas chegaram perto e ele disse, passando os baldes e dando uma piscadela: ─ É só jogar isso.

Eram baldes pequenos cheios de alguma coisa. Os guardas estiveram perto de fazer alguma objeção, mas o cocheiro de cartola os intimidou com um olhar severo e urgente de maneira que os guardas se viraram com os baldes e correram na direção do fogo, jogando o conteúdo (que era um tipo de líquido espumoso) contra o incêndio terrível. Um chiado surgiu, como que em resposta, e o fogo se contorceu e antes que Kai e Evellyn vissem o final daquilo, o velho lhes gritou:

Vamos, subam logo. ─ ele desceu da carroça (as coisas em seu bolso tilintando com o movimento) e foi ajudar o casal de idosos, que estiveram muito próximos de serem pegos pelas chamas, a subir na parte de trás da carroça. Depois ele mesmo saltou pra cima do veiculo, se sentou novamente no banco e pegou as rédeas de seus cavalos, pronto para dar a partida e sair daquele caos sem ter de dar respostas aos guardas. ─ Mãe do céu, não temos toda a eternidade, não mesmo... E os bebês. Kai, traga os bebês. Vamos sair daqui.

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Mensagem por Gregar Sex Out 31, 2014 1:04 am

Lull


"And they say the calm is before the storm."


Não expressaria isso em palavras, mas céus, como era bom um momento de paz. Tudo que precisava agora era de uma bebida, algo que fosse forte o bastante para que pudesse esquecer no que tinha me metido, havia aprendido uma coisa naquela noite, sonhos podem sim ser problemáticos. Claro que nem todo sonho te faz enfrentar lobisomens, ou acaba te forçando a ter de salvar um bando de grávidas de assassinos lunáticos, mas descobrir que havia uma em cada milhar de vezes, onde passaria por aquilo era quase...reconfortante. Receber uma surra nunca era algo bom, mas pensar que quando menos esperasse acabaria em uma situação caótica como aquela? Apenas posso pensar que sempre ser seguido pelo combate, é uma enorme benção, apesar de que ainda assim me sentia um tanto aliviado em ver as três figuras desaparecendo em chamas.

Era verdade que precisaria caçar o lobisomem novamente, mas ao menos poderia lutar contra ele com todas minhas forças, também havia contas a acertar com aquela mulher e admito que a capacidade do terceiro homem parecia impressionante, enfrentar as facas voadoras deveria ser uma experiência única que não recusaria facilmente, mas para que pudesse fazer qualquer outra coisa primeiro precisaria me recuperar. E era essa a razão por me manter deitado naquele piso frio e estranhamente reconfortante, apesar de que duvidava ainda ter alguma força para poder me reerguer. Emma parecia morrer aos poucos, mas não teria tempo para me preocupar com ela, não quando todos aqueles guardas chegavam. Maldito bando de baratas, era isso que eles eram, onde estavam até momentos atrás? Se escondendo a espera de nós matarmos? A chegada deles me desagradava, mas não tinha posição para fazer muito.

- Na versão resumida, somos os mocinhos que salvaram a cidade. Na versão completa ainda somos mocinhos e ainda salvamos a cidade, a diferença é que nessa parte alguns moradores gratos nós presenteiam com um pote de dinheiro e recebemos alguns títulos pelo feito. Falaria as palavras enquanto me colocaria lentamente de pé, interrompendo a analise do guarda.

- Não me importo de me gabar sobre meus feitos, então não vejo nenhuma razão pra negar uma oferta tão gentil e acolhedora. Mas ainda acho que isso deve ser penoso demais para nossa querida senhorita, ser caçada por um bando de assassinos não é pra qualquer um. Dava de ombros ao termino. - Grandalhão, acho que me perdoa por deixar o peso de Emma sobre suas costas, gostaria de evitar ter qualquer coisa tocando minhas por um bom tempo. Falaria revertendo à transformação demoníaca e voltando a forma plenamente humana, não gostaria de passar mais tempo usando chifres que o necessário. Estava exausto demais para revidar ou tentar fazer qualquer coisa, apenas me manteria de pé da melhor forma possível, aguardando alguma indicação dos guardas, que pudesse ser seguida.

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Mensagem por Hoshitteru Sex Out 31, 2014 3:46 pm

Antes que pudesse encontrar alguma fonte de água, perceberia que as chamas já se afastavam vagarosamente. A responsável seria Evellyn, que havia invocado novamente suas raposas espirituais sobre aquelas chamas. As raposas explodiam assim que entravam em contato com as chamas, fazendo com que estas consequentemente recuassem. Apesar de não serem o suficiente para extingui-las, eram suficientes para impedir que causassem mais algum dano.

Mediante à estes segundos de paz, sentiria que finalmente havia alcançado um momento de alívio. Onde poderia retirar minha máscara e secar todo aquele suor acumulado em minha face durante toda aquela trama. Em seguida pensaria em me sentar em algum canto para "respirar", mas algo ocorrera antes disto. Para ser mais exato, um cocheiro que descia rapidamente as ruas, que até algumas horas atrás estavam pacíficas e repletas por pessoas que apenas se divertiam.

A medida que o cocheiro descia a rua, algum barulho ressoava do mesmo, como moedas ou algo do tipo. Ele aclamaria por meu nome assim que sua carruagem entrasse em repouso. Logo em seguida iniciaria alguma conversação com um comprimento, que provavelmente seria retribuído por minha pessoa.

Sim, somos nós mesmos. — Responderia calmamente à ele enquanto me aproximava lentamente de sua carroça. Não poderia dizer que inicialmente acreditaria em tudo que um estranho me diria, mas naquele momento, almejava profundamente  uma cama bem confortável, ou até mesmo o chão, que no momento me parecia bem atrativo. Estava realmente cansado e extremamente desgasto o suficiente para raciocinar.

Em seguida, o cocheiro faria alguma pergunta, porém aquelas chamas que haviam recuado agora voltavam à se estender, o que acabou desviando a atenção sobre o assunto e fazendo com que todos mirassem sua atenção ao incidente. Que logo seria resolvido graças à uma substancia líquida que aquele senhor trazia em sua carroça.

Antes mesmo que pudéssemos ver o encerramento de tudo aquilo, o cocheiro já se preparava para partir, nos convidando para acompanha-lo. Me perguntava se realmente poderíamos deixar as pessoas nesta situação, sem ao menos saber que tudo deu certo no final. Enquanto pensava, tentaria ajuda-lo de alguma forma à colocar os idosos na traseira da carroça, usualmente conferindo o desfecho daquele evento. Assobiaria para que Kemo viesse até onde estávamos, para que assim partíssemos junto ao senhor cocheiro à algum lugar desconhecido. Mas, antes disso estenderia a mão para Evellyn, a convidando para ir junto à mim em Kemo.

Off:

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Mensagem por Evellyn Dom Nov 02, 2014 5:07 pm

In your reality, the night ends


Por sorte, mesmo que minha habilidade não tenha funcionado muito bem, fez com que as chamas se recuassem pelas raposas. Minhas orelhas doíam intensamente pelo som das raposas explodindo-se ao relarem na chama, e rapidamente, coloquei minhas mãos para tampar minhas orelhas, impedindo que escutasse aquele som. Esperei que isto se passasse, assim, tiraria-as das orelhas.

Quando me dei conta, ouvia outro barulho; sons de cavalos arrastando uma carroça. O que aquilo estaria querendo fazer aqui? Era totalmente perigoso, especialmente pelas chamas que pareciam atacar quem quisesse, seria uma dificuldade se mais alguém morresse aqui - pelo menos, por conta minha, já que a grávida que estava comigo também havia morrido.

Analisei bem o cocheiro que estava na carroça, um senhor baixo à sua idade, com uma sombra de barba que parecia estar escondendo o seu rosto magro, utilizava uma cartola e por alguns fios de cabelo, dava para perceber que tinha os cabelos rasos e bem brancos. Pelo que ele vestia, deveria ter sido algum dia belo, pois agora, estava bem desbotado, quase sem cor alguma. Dava também para ouvir algumas moedas chacoalharem, fazendo um barulhinho, deveriam ser dele. Ele parou por perto de Kai, e fui em sua direção.

Fui à perto também, ouvindo que ele estava nos procurando. Quem seria ele?, pensava enquanto me desliguei ao redor, mas logo o que me chamava atenção era o fogo; que já estava pronto á crescer muito, querendo causar mais estragos. Estaria preocupada com aquilo, e muito, mas o senhor insistia em falar conosco. Perguntará aonde estava Gregar e Aldarion, mas, também não sabia.

Da última vez que eu vi o Aldarion, nos separamos quando fomos procurar as grávidas. — disse em um tom calmo, cruzando meus braços com uma expressão forte, tando me lembrar do ocorrido — Já Gregar, ele foi tentar atacar Lampo, um de nossos inimigos, e sumiu. Foi à alguns minutos atrás.

Logo após que acabei minha fala, ouvia gritos horríveis, de dor, sofrimento. Deveriam ser das pessoas que foram atingidas pelo fogo, isso me fazia sentir muito mal, especialmente porque algum dia, já pude ouvir os mesmo gritos, porém, causados por mim mesma. Alguns guardas chegaram, e o senhor chamou-os, mostrando dois baldes que haviam atrás da sua carroça. Não sabia o que haviam dentro delas, muito menos conseguir identificar-las, e mandou os guardas jogarem no fogo.

E por incrível que pareça, o fogo foi apagado. Era possível ouvir até o chiado do seu fim, isto me fez aliviar. Mas, antes que pudesse fazer mais alguma coisa, o senhor imediatamente foi ajudar o casal de idosos à subirem em na sua carroça, depois, subiu na carroça ele mesmo. Pediu para que Kai entregasse os bebês, e assim ele fez. Antes que pudêssemos partir, ainda estava um pouco confusa.

Não deveríamos ir em busca de Aldarion e Gregar? — indaguei, me aproximando um pouco de onde o senhor estava na carroça — Acredito que eles estejam por aqui, mas, não tenho certeza.

Esperaria que ele respondesse, caso não - ou sim, de qualquer jeito -, aceitaria a oferta de Kai à ir em cima do Titã. Ficaria em cima de seu ombro, sentada, observando ao redor daquele lugar, tentando descansar um pouco.




OFF: AI MEU DEUS, NÃO ACREDITO QUE É O FIM. ;U;
Sério, foi muito rápido a campanha, até parece que foi ontem que começamos a aventuramos aqui! De qualquer forma, foi muito bom interagir com todo mundo, principalmente envolver nesta história, muito criativa! ^-^

Parabéns Sérpico, quero participar de mais outras campanhas suas. =3

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[Clássica] Noite das máscaras - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Qua Nov 05, 2014 1:11 pm

E se fosse uma mentira? Um paradoxo?

Olhe bem, pois era o final.

Era o final da Noite das Máscaras ─ festa em que as pessoas assumem outra identidade, assumem rostos diferentes, mesmo que por uma noite. É a festa onde o idoso pode ser jovem, o rico pode ser pobre e a donzela pode ser amazona; onde todos eles podem fazer coisas que normalmente não fariam... Tinha de tudo para ser uma perfeita noite de diversão, mas não foi bem isso que aconteceu, né? Touros, dragões, facas, fogo... Mas poderia ter sido pior.

Dag, por exemplo, acharia o final satisfatório. Se ele, sangrando no chão da praça central, visse o final de tudo aquilo, sem dúvida teria pensado algo como “um homem velho morre e duas crianças vivem... Justo, muito justo.” É claro que ele não acharia tudo tão justo se soubesse que sua filha também sangrava, em outra parte da cidade. Sem contar que uma das crianças cresceria órfã, a mãe assassinada por Azasto, o pai (com a máscara do rei e tudo) também morto pelo lobisomem. Guardas que não esperavam por isso também perderam suas vidas no exercício de suas ocupações... Sim, haveria luto no dia seguinte.

Apenas no dia seguinte. Por enquanto, naquele final, eles todos poderiam se satisfazer com o fato de que dois recém nascidos viviam e uma mulher grávida fora poupada de ser violada.

Eles todos... menos Slao, seja lá quem fosse. Ao que tudo indicava, ele era o mentor por trás daquilo, por trás daqueles assassinatos e roubos de recém nascidos. Penkala, Lampo, Azasto ─ meros capangas. E agora, em alguma parte da Ilha, o homem chamado Slao fervilhava, inconformado com o fato de seus capangas retornarem sem os bebês, inconformado com o fato de algumas pessoas terem interferido em seus planos. Ele tinha coisas importantes a fazer no presente momento... mas, ah, no futuro, quando tudo estivesse resolvido, ele gostaria de se vingar daqueles quatro. Deixaria apenas o possuído para seu capanga lobisomem (Lampo), por questões de respeito ao falecido (Azasto). Mas quanto aos outros... Ah, no futuro, no futuro...

Mas por enquanto, vamos ficar só no presente.

O presente em que o velho cocheiro de cartola disse Hop-Hip e os cavalos passaram a correr. Seguiu por uma rua depois virou por outra, fazendo um retorno. Estava voltando. Nesse meio tempo, ele disse:

Sei onde eles estão. Aldarion e Gregar. Sei, sim. Vamos pegar eles logo mais. ─ Ele sorriu e olhou os dois meio-ferais. ─ Aliás, acabei atrasando e peço desculpas. Mas vocês até seguraram bem as coisas aqui, hein?

Aquilo não explicava nada e

Pararam. Kai ergueu os olhos pro mundo e reconheceu aquela loja de primeiros socorros, onde estivera a pouco tempo. De dentro saiu o médico e seu filho. O cocheiro indicou que transportava uma senhora ─ antes controlada mentalmente, veja bem ─ desmaiada e um senhor com a falta de um olho. O médico entrou na carroça e transportou o casal para sua loja. Disse que cuidaria de ambos. O cocheiro acenou, se virou de onde estava sentado, procurando ver Kai, e disse:

Kai, agora é com você.

Disse isso pois da loja saia a mãe. Aquela com quem Kai dançara e fizera o parto. Ela parecia restituída, com exceção do choro, pois via seu bebê novamente, tão bem conservado dentro de Kemo. A mulher abraçou Kai quando este desceu da carroça, um abraço forte, um abraço de “sou eternamente grata”. O jovem lhe entregou o filho, como prometido, e diante daquele reencontro, de mãe e filho, pareceu que não havia mais maldade no mundo.

Mas havia. E o cocheiro, quando percebeu o luto no rosto do senhor dragão ─ que estava levando sua mulher para ser atendida pelo médico ─ lhe disse, a título de conforto, que Gin, filho deles, estava bem e longe do alcance de Slao. E aquilo talvez tenha bastado para o pai, de modo que ele se deixou ser guiado pelo médico.  

Restava outro bebê, órfão. E o destino daquele menino seria viver com um tio, que ficava em Hilydrus. O cocheiro o levaria até lá e só.

O que mais? Ah, sim, Aldarion e Gregar. O cocheiro deu o comando e a os cavalos se puseram em galope de novo. Estavam indo pro norte, pro Pólux.

Lá onde um soldado acenava, ouvindo o que Gregar dizia. Saíram de lá, descendo as escadas, levando os mortos e os feridos e a grávida. Esta, em dado momento, interveio, finalmente falando algo. Disse que aqueles que queriam lhe ferir tinham ido embora, meio que aliviando as suspeitas em cima do guerreiro e do possuído. Daí ela foi levada para algum outro médico e assim encerrou sua participação nessa história.

O guarda chefe ficou quieto e, num momento em que esteve só com Aldarion e Gregar, apenas disse que sentia muito. Aquilo não fazia sentido... Ou talvez fizesse: vai ver o guarda reconhecia que faltou mais profissionalismo na segurança da cidade e que aqueles dois tinham pagado por isso. Chegaram lá na rua e a bolsa foi devolvida para um e a lança, para outro.

Daí o cocheiro e sua carroça apareceram por uma rua qualquer. Era um senhor magro e baixo, com uma cartola sobre a cabeça. Ele tirou a cartola num cumprimento e pediu para que subissem. Kai e Evellyn já estavam no veículo e a promessa ali era tirar todos da cidade o quanto antes.

O guarda chefe nada disse. Apenas... piscou para o cocheiro ─ que piscou de volta.

Hop-Hip ─ disse o senhor de cartola e os cavalos correram. Pouco tempo depois, estavam fora da cidade.

Ainda faltava algumas horas para o amanhecer e um vento frio chiava do oeste para o leste. O dia seria nublado, talvez houvesse chuva. Talvez, não. A chuva já parecia estar se armando agora mesmo. O início da noite fora de céu limpo, estrelas visíveis. Agora, olhando bem, era um quadro se enchendo de nuvens.

A carroça parou. E o cocheiro se voltou para os quatro.

Obrigado ─ disse, sincero.

A chuva estourou. Veio num jorro potente, como se estivesse esperando o momento certo para cair com tudo. Trovões se fizeram ouvir, uma sequência de sons altos e reverberantes, incômodos ─ a ponto de conseguir acordar até aquele que está mergulhado no mais profundo sono.  

E foi o que aconteceu.

Pois: e se fosse tudo uma mentira?

Eles acordaram.

Acordaram onde tinham se deitado para dormir ─ onde tinham imaginado acordar, antes, quando tiveram o primeiro sonho com uma camponesa sendo morta. Acordaram com a som da chuva, com os trovões fazendo o céu brilhar e as engenharias humanas ─ seja a casa de madeira, seja o castelo de pedra ─ tremerem violentamente. Acordaram suando, cansados, lentos; como se o corpo tivesse dormido por dias a fio mas a mente não descansara de igual modo.  

Um sonho dentro de um sonho, era isso?

Um sonho que parecia se apagar pouco a pouco da memória de cada um. Pois, afinal, quem é que, após acordar, se lembra com perfeição tudo que sonhou numa noite?

Daí se levantaram de onde dormiam e viram algo no chão, perto. E esse era o paradoxo desta história ─ algo para fritar seus miolos de tanto pensar se aquilo tudo fora real ou não.

Aldarion viu a máscara/pano que um carrasco geralmente usa... Kai viu a máscara de um tigre... E a que estava diante de Evellyn era a máscara de uma raposa... Gregar não viu máscara nenhuma, mas se, algum dia, visse o reflexo de suas costas num espelho, veria marcas de queimadura.

E foi isso.

Algo que não se explicava ─ que se estipulava.

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