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Mensagem por ADM GabZ Sáb Fev 22, 2014 2:05 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Subúrbio - Página 3 FA6tMcw


A orla norte da cidade de Hilydrus é onde se localizam os subúrbios, lar dos menos afortunados e daqueles que não se dão muito bem com a lei. As moradias são geralmente construídas em madeira e de forma irregular, resultando na formação de becos e vielas perigosos. É o lugar preferido para foras-da-lei se esconderem, e também para abrigar quem tem pouco dinheiro sobrando. Comprar ou montar um barraco é fácil, mas é difícil ter alguma segurança ou tranquilidade quando se mora por aqui. O lugar é extenso, tendo centenas de casas mal-acabadas e becos escuros. No centro, onde o acesso é mais difícil, é onde líderes de gangues se reúnem em barracos secretos e montam seus planos.

Soldados evitam patrulhar muito à fundo nas vielas, já que são lugares fáceis de criar emboscadas. Ao invés disso patrulham as ruas mais largas, mesmo sabendo que dificilmente poderão fazer algo caso um criminoso se esgueire pelos becos. Por conta disso o lugar acaba se igualando a Takaras no que diz respeito a fazer justiça com as próprias mãos: líderes de gangues chegam a enforcar quem não segue suas regras, e os corpos ficam pendurados durante dias até que os soldados resolvam retirá-los. Apesar da aparente dominação do crime, é cada vez mais constante uma frota de soldados se organizar e invadir o subúrbio atrás de foras-da-lei. E em geral conseguem fazer uma limpeza invejável. Quando não são mortos os criminosos encontrados vão diretamente para os calabouços do castelo cumprir suas penas.

É preciso ficar atento ao se aventurar por aqui, a não ser aqueles que façam parte do submundo do crime.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 6:53 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Sassa Ter Ago 25, 2015 1:08 pm

O ataque havia sido um sucesso, mesmo que não cem por cento, mas ao menos noventa por cento já era o suficiente naquela situação. No calor do momento, mal percebi que estava próxima demais da criatura, até que a mesma me avisasse disso da pior forma possível, causando-me dor. Por sorte, ou por ironia do destino talvez, não tive meu pé esmagado pela força descomunal daquele brutamontes, pela simples intervenção de Olaf. Usando uma magia bem simples, mas muito eficaz, ele conseguiu distrair o grande orc de duas cabeças, e com isso, e também ferido pelos ataques anteriores, ele foi obrigado a recuar com as mãos no rosto. - Bom trabalho, Olaf...

- Aldarion, prepare sua espada, vou jogar você!
- Falei com meu parceiro de imediato assim que me recuperei do susto inicial, mas a adrenalina ainda pulsava forte e eu podia sentir um leve incomodo no tornozelo, algo que eu poderia ignorar por hora. Mas o momento não pedia calma, pedia urgência, então não esperei que Aldarion respondesse, e poucos segundos após ter dito para que ele se preparasse, faria o movimento com o corpo, como arremessasse uma pedra contra o monstro. O braço esquerdo indo para trás até seu limite, e em seguida o movimento para jogar o objeto imaginário.

Tudo não passava de encenação, claro, pois minha magia não necessitava de gestos ou palavras para ser executada, apenas pensamentos. Contudo, era muito mais fácil e claro pensar e fazer com o corpo, do que simplesmente pensar e esperar que acontecesse da forma como queria.

<Telecinese ainda ativa, - 4% PEs.
OBS.: Eu não to marcando os PEs, você tah marcando aí? Queria saber em quanto está. :v
OBS².: Mudando as cores, hora de renovar. rsrs>

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Set 03, 2015 6:14 pm

Tudo aconteceu muito rápido, quando se deu conta Aldarion estava caído e o monstro sobre ele. O guerreiro ficou surpreso, todas as suas manobras haviam dado errado e ele sabia o motivo: Sabrina. Sabrina era muito poderosa, mas não sabia trabalhar em equipe, se saísse vivo dessa Aldarion teria uma conversa séria com ela. Mas agora ele precisava se livrar do brutamontes que estava sobre ele ou seria esmagado. Foi então que Olaf apareceu do nada bufando furioso, o diabrete gesticulou e de seus gestos faíscas mágicas foram jogadas nas duas faces da aberração queimando suas duas cabeças.

Tomado pela dor e cegueira momentânea, o monstro recuo tentando se livrar de seu novo problema. Aldarion aproveitou e se levantou quando escutou o comando de Sabrina. Ele concordou com a cabeça e se deixou envolver pelas energias mágicas da maga, talvez a força combinada do poder telecinético de sua amada com sua força e espada dessem fim no monstro. Ele se posicionou, segurou a espada com firmeza e no momento que foi arremessado impulsionou a lâmina para frente como se ele fosse uma enorme seta de balista. O alvo eram as costuras no peito do monstro, a ideia era estocar ali com toda potência e abrir a aberração ao meio.

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Mensagem por NR Fury Sáb Set 12, 2015 5:08 pm

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Gosma, muco e fedor: uma luta no esgoto nunca era uma tarefa fácil ou agradável. As pestes e a repugnância da cidade se escondiam lá embaixo, afinal, criando vida própria, ganhando nome e força e esperando para um dia se levantar. Com o Coisa Grande não era nada diferente. Aquela besta, uma verdadeira aberração, era forte e um inimigo formidável, mas diante do grupo de três ele quase desaparecia perante sua sombra, mesmo valendo por dois.

O poderoso orc duplo tentava com toda a fúria tirar aquela magia de suas caras, tentava com tanta força que parecia que ia arrancar a própria face, mas a magia do diabrete tinha uma vantagem: ela não era só fogo e nem só fumaça, era pegajosa como cola, um verdadeiro inferno para suas vítimas.

Quando enfim a criatura se livrou de seu tormento, já era tarde. Aldarion, segurando firme sua espada em riste e impulsionado pela incrível força da telecinese de Sabrina o acertou em cheio. Coisa Grande não teve o privilégio de reagir, porque ele nem viu o golpe chegar. O impacto intenso fez tremer o esgoto, conforme o orc duplo fora empalado contra uma de suas paredes. Nenhuma de suas cabeças fez uma reação, porque elas ainda negavam o seu destino.

Os músculos fortes do guerreiro se contraíram e ele puxou sua espada fazendo uma curva para cima, fatiando o caminho e separando as duas cabeças da criatura. Atingindo o ponto fraco óbvio da criatura, ele encontrou pouca resistência e, a que encontrou dos ossos, fora rompida por sua força bruta quase imparável.

Cortado ao meio, então, a verdadeira natureza do monstro se revelou: sua carne ferveu e abcessos medonhos brotaram numa tentativa de restaurá-lo, mas a magia sinistra que unia aquela criatura não era o suficiente para recuperar um corpo tão danificado. Filetes de carne elásticos espicharam e romperam conforme as duas metades se separavam e o sangue jorrava e marcava a parede e o chão numa figura macabra. Uma de suas cabeças em certeza disse:

[Coisa Grande] — Vocês nunca deveriam ter vindo aqui...

E as duas cabeças se mantiveram vivas por muito mais tempo, com seus olhos mirando os aventureiros até que ficaram vidrados e sem vida. Quando por fim ele morreu, sua carne se liquefez e ambos os seus corações se destacaram, ainda pulsando e quando se abriram revelaram em seu interior, cada um, um fragmento de bronze. Duas metades de um mesmo medalhão o qual tinha gravado em sua superfície, de um lado, a face de uma mulher de longos cabelos.

Com tantos impactos, a estrutura do esgoto se fragilizou. Ela tremeu novamente e o teto desabou, dando um enorme susto nos aventureiros. Mas não os soterrou. Ao invés disso, uma plataforma metálica retorcida se estendia quase até o chão dando acesso a um nível superior, como se fosse uma mão gelada estendida num misterioso convite.

No lado de cima, pele fresca e molhada forrava as paredes, com suas veias ainda vermelhas e manchadas de sangue. Nas laterais, duas frestas profundas exibiam rios vermelhos, a fonte de todo o fluido vital que antes gotejava sobre eles na forma de uma chuva profana. No fim desta passagem, que não era muito grande, havia uma porta que tinha uma fenda circular, onde o mesmo desenho do medalhão em linhas baixas estava gravado.

Uma chave.

Ousariam eles ver o que estava do outro lado daquela porta?

O chão estava riscado e lascas de unha ensanguentadas que indicavam que várias vezes houve luta das pessoas ao serem arrastadas para aquele lugar. O que havia lá dentro poderia apenas ser o fruto da maldade.



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Mensagem por Sassa Seg Set 14, 2015 10:30 am

Não foi nenhuma surpresa para mim quando vi Aldarion dilacerando a criatura ao meio, já esperava por este desfecho, afinal, ninguém era páreo para nós dois quando lutávamos em conjunto. Porem o que me surpreendeu mais, talvez, fosse o fato dele ter falado conosco em seus momentos finais. A criatura que imaginei ser puro musculo e ódio, tinha alguma razão dentro de si. Porem isso também não me comoveu. Quando ele disse que não deveríamos ter vindo, apenas dei um sorriso malicioso, cruzei os braços e fiquei ali parada esperando que o mesmo morresse. - Quem diria que o bichão sabia falar... Pena que ele não usou o pouco de inteligência que tinha para perceber que éramos mais fortes. Tsc.

Mais bizarro ainda foi quando o monstro se desfez bem a nossa frente, deixando para trás um presente. Duas metades de um mesmo amuleto, que eu tratei de pegar usando a telecinese. Não me arriscaria indo para perto daquilo novamente, nem mesmo morto. Fora que Olaf também estava interessado nos espólios da criatura, então queria deixar bem claro que aquele em especial era nosso, o resto ele poderia pegar sem problemas. - E então, Aldarion. Acho que é isto que Oph... - Antes que eu pudesse terminar a frase as coisas se complicaram um pouco mais. O teto começou a “desabar” sobre nós e a revelar algo que antes estava escondido.

- Uma entrada? Hum... O que acha disso, querido. Devemos subir e ver o que é, ou terminamos nossa missão aqui? - Por mim, ambas as escolhas eram validas, mas convenhamos. Aquele lugar me parecia bastante “convidativo”, pelo simples fato de ser uma porta, guardada por um orc de duas cabeças, cuja chave estava em seu coração. Isso tudo só podia significar três coisas. Ou o que estava atrás daquela porta era muito importante, ou muito valioso, ou muito perigoso. E em todos os casos, era do meu interesse saber sobre aquilo.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Out 13, 2015 3:23 pm

A batalha finalmente havia tido seu desfecho, Sabrina e Aldarion depois de tantos erros conseguiram se alinhar para vencer o monstro, é claro com uma pequena ajuda do indesejável companheiro demoníaco. Aldarion observou com os olhos arregalados o monstro se desfazer e de seus restos surgirem duas medalhas estranhas. Sabrina logo tomou posse delas e rapidamente analisou as opções levantando um questionamento.

Mas então o esgoto começou a tremer, parecia que ia desabar em cima dos aventureiros. Aldarion não perdeu tempo e correu pra perto de Sabrina puxando Olaf junto, sim Olaf era um diabrete, mas Aldarion não fazia distinção disso. Finalmente passado o susto, quando a poeira se assentou Aldarion pode ver que uma estrutura metálica havia caído do teto e agora estava suspensa como se fosse uma mão medonha e disforme convidando os aventureiros para um novo mundo de horror e agonia.

Levando os olhos acima Aldarion viu paredes que pareciam ser de carne viva com veias pulsando e uma porta estranha onde parecia que o medalhão partido em dois se encaixaria.

Pela Mão e Olho perdidos de Vecna! — Murmurou assombrado. — Esse lugar... Só pode ser obra de um necromante. — Disse o guerreiro que em sua experiência já havia enfrentado magos assim, que gostavam de usar as vidas dos outros.

Aldarion então caminhou em direção a Olaf e lhe deu um sorriso.

Você fez um ótimo trabalho, demônio, meus parabéns! A coisa agora parece ter ficado séria, você está livre pra seguir conosco ou voltar atrás, fica a seu critério. — Explicou.

Depois se virou pra Sabrina, abraçou-a com um braço e a beijou calorosamente na boca.

Meu amor, eu ia pedir pra você não vir comigo, mas sei que você é teimosa e vai vir de qualquer jeito. Mas tome cuidado por favor, eu vou proteger você a todo custo. — Disse fazendo um carinho no rosto da amada.

Depois virou-se para a mão de ferro e a subiu para em seguida ajudar Sabrina e Olaf caso viessem.

O guardião desta passagem guardava as chaves em seus corações. Eu imagino que quem quer que use esta porta provavelmente usava alguma magia negra para remover as chaves do guardião, usá-las e depois colocá-las de volta. Quem quer que tenha o poder de moldar carne e ossos desta forma, certamente deve ser capaz de moldar esse lugar a seu bel prazer. Tomem cuidado. — Disse o espadachim.

Aldarion estava tenso, o medo apertava seu coração com garras frias e afiadas. Ele temia por si e por sua amada. Será que sua força e sua espada serão suficientes para vencer os desafios adiante? Isso era algo que ele descobriria apenas tentando.

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Mensagem por NR Fury Seg Nov 09, 2015 10:20 am

Subúrbio - Página 3 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


O pequeno diabrete deu uma boa olhada naquela porta. Alguma coisa nela o fez recear, dava para ver em seus olhos. Olaf não era o mais corajoso dos demônios, afinal. Enquanto alguns preferiam tomar a frente, lutar e enfrentar perigos em busca de tesouros ou fama, o pequeno preferia se esconder e aplicar suas travessuras. Era muito mais fácil e mais seguro. A sua integridade vinha em primeiro lugar. Era natural para ele.  E, é claro, ele tinha itens a pilhar.

[Olaf, O Diabrete] — Olaf esperar aqui... ser mais seguro para Olaf.

Ele havia tomado uma decisão, mas seria possível confiar? De qualquer forma, ele já havia contribuído muito mais do que se podia esperar. Então, ainda que ele desaparecesse com a ausência da dupla, já era alguma coisa. Ou talvez fosse melhor obrigá-lo. Uma importante decisão.





"Abandon all hope, ye who enter here."


Unidas, as metades de medalhão se prenderam uma na outra reconstruindo a chave da porta misteriosa. Assim que Sabrina aproximou o objeto, ele saltou de sua mão, atraído pelo seu lugar de direito na fechadura, como se aquilo simplesmente estivesse destinado a acontecer, encaixando perfeitamente. A feiticeira se afastou alguns passos. Aldarion se pôs à sua frente. Dentro da porta, algum mecanismo entrou em ação. Ele batia e batia, como dentes tremendo e depois rangeu alto o metal na semelhança de um grito agonizante e desesperado.

As portas se abriram lentamente.

De trás delas um vento quente e sinistro soprou. O cheiro de carne e sangue era ainda mais intoxicante lá dentro. A energia negra e amaldiçoada que fluía daquele lugar era intensa, quase material, tão forte que até mesmo Aldarion, que não era dotado de dons mágicos, podia senti-la. De fato, às vezes dava a impressão de que pequenos feixes escuros transcorriam o ar para, quando prestassem atenção, simplesmente desaparecerem. Não importa o que houvesse lá dentro, só poderia ser uma obra maligna.  

Mas a decisão já havia sido tomada...

Corajoso o guerreiro seguiu na frente com passos cuidadosos e precavidos. No lado de dentro, não apenas pele recobria as paredes, mas também carne, membros e órgãos diversos. Na verdade, eles ainda estavam vivos. As veias grossas e negras que os atavam pulsavam e junto a ela a energia que recobria o espaço, como que alimentadas por um coração macabro. Mãos retorcidas se estendiam, algumas tentavam alcançar a dupla, mas não podiam. Seus dedos eram como galhos secos e castigados e denotavam a mente doentia de quem quer que seja que tenha confeccionado aquele lugar. Olhos os observavam por todo lado. Alguns apenas se reviravam. Bocas gemiam e babavam e os aventureiros começavam a se questionar: estariam mesmo ainda em Lodoss? Pergunta essa que se intensificava a cada passo dentro daquilo que só poderia ter sido inspirado num dos mais terríveis dos Infernos.

Não só escuridão os aguardava. Conforme eles seguiram, piras se revelaram pelo caminho, com uma iluminação que se extinguia em poucos metros. Dentro delas, membros e corpos empilhados alimentavam uma chama mágica que os consumia lenta e dolorosamente. Tudo aquilo fazia os nervos ficarem à flor da pele, como se a qualquer momento outra monstruosidade fosse surgir e atacar, mas até então perigo real nenhum havia se revelado. Faria o estômago dos fracos se revirar, seus medos cristalizar e paralisar suas pernas, mas não àqueles dois. Será que o responsável por aquilo estava fora? Talvez não esperasse que alguém fosse capaz de derrotar seu guardião.

Muitos metros a frente, de onde já não era mais possível ver a saída, a dupla parou onde seu caminho se dividia. À sua direita eles podiam ver celas até onde os olhos alcançavam — o que não era muito, dada a escuridão — e ouvir as vozes dos prisioneiros que conversavam. À esquerda uma porta de madeira simples jazia fechada. Sabrina focou seu olhar nela. Seus olhos se afinaram. Alguma coisa a atraia. Uma coisa de algum modo familiar fazia seu coração pulsar diferente e, por ora, se distrair da escuridão que a circundava. Era uma atração quase hipnótica que apenas ela podia sentir, nem mesmo Alice a compartilhava. Mas antes que pudesse ter alguma reação, seu transe foi subitamente interrompido por luzes piscantes e gritos em pânico que se originavam no caminho da frente. Alguma coisa hedionda acontecia naquele exato momento logo a frente e aos aventureiros restava a pergunta: qual caminho seguir?  

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Mensagem por Sassa Seg Nov 23, 2015 11:23 am

No fim das contas Olaf havia se mostrado o covarde que era, mas eu não poderia culpa-lo por isso, qualquer um em sua sanidade normal não teria entrado ali ao menos sem uma guarnição de soldados bem treinados. Mas quem precisava de soldados quando eu poderia criar os meus próprios? Além do que, tinha Aldarion ao meu lado, e confiava plenamente em sua capacidade de nos proteger.

- Está certo, se não quer ir, não serei eu que irei obriga-lo. Vamos indo, Ald. Temos trabalho a fazer.

Já partia em direção à entrada. O medalhão então se uniu formando a chave e saltou para a porta sem necessitar de comando ou ação por minha parte. Nesse momento eu parei, recuei um pouco e esperei. A porta se abriu num rangido grotesco e assim seguimos novamente em frente. Aldarion agora tomava a frente, atento a tudo, sua marreta pronta para esmagar o menor sinal de perigo que viesse contra nós.

Aquele lugar exalava trevas e morte. O cheiro de carne era terrível, e a escuridão tão intensa que talvez fosse possível toca-la. E talvez eu a tocasse mesmo, pois para mim, além do incomodo de ter que respirar aquele ar podre, as trevas não incomodavam, muito menos a Alice. Fitei por um tempo a “arquitetura” daquele lugar. Uma obra feita por uma mente doentia e insana, um ser sádico e sem o menor sentimento de pudor ou compaixão pela vida. Ficava a imaginar quantas pessoas ou seres havia sido mortas ou estavam presas ali naquelas paredes. O estômago chegava a revirar só de imaginar que ainda poderiam estar “vivas”.

Mas ignorei aquele fato, pois agora algo mais importante tomava minha atenção. Uma sensação estranha, algo novo enfim. Aquela porta parecia me atrair de alguma forma, tinha algo atrás dela que me chamava a atenção, como se quisesse que eu abrisse e revelasse seus segredos. Alice não sentia a mesma sensação, sequer confiava que algo bom poderia sair dali, pedindo que tomasse cuidado, mas eu estava focada naquilo, tanto que cheguei a me assustar quando aquela algazarra do outro lado começou.

- Mas que diabos... Aldarion. O que faremos? Eu prefiro seguir pela porta, parece mais seguro para mim. Não há pessoas e sequer essa... Bagunça maldita! - Pode ser que estejam matando alguém, ou uma rebelião, ou uma fuga até. Era bom decidirmos rápido, antes que aquilo que estava acontecendo la atrás viesse até nós.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Dez 08, 2015 3:23 am

Aldarion observou a forma como a porta se abria, aquilo tudo não o surpreendeu, o fedor do lugar também não, mas a aparência sim. Era horripilante, parecia o estômago de alguma criatura grotesca. Mas o que mais chamou a atenção naquilo tudo foi um detalhe pequeno, quase imperceptível. Se a chave que abria a porta estava dentro do monstro, então quem quer que precisasse entrar e sair, teria que pegar a chave do orc duplo certo? Isso fez Aldarion pensar que quem controlava tudo aquilo, era capaz de controlar a carne moldando-a da mesma forma que um artista modelava barro para fazer jarros. Aldarion tinha a ideia então que aquele lugar inteiro, cada recanto, era então uma extensão do braço de quem quer que estivesse no controle de tudo. O chão, o teto, as paredes, tudo poderia atacar. Sem se importar com Olaf, o guerreiro seguiu em frente.

- Sabrina amor cuidado, quem quer que esteja por trás disso, pode moldar a carne a seu bel prazer. - Disse o guerreiro.

Apesar do medo, Aldarion colocou sua enorme espada nas costas, levantou seu escudo com a tocha presa nele e seguiu caminho com o martelo firme na outra mão. Qualquer coisa ele poderia arremessar o martelo e puxar a espada. Com passos decididos e cuidadosos, ele seguiu em frente, destemidamente, em suas aventuras por Faêrun, Aldarion já havia lidado com demônios e magos insanos, aquele lugar não o assustava como deveria. Durante o caminho o guerreiro tirou mais conclusões de tudo aqui.

- Eu tenho uma ideia sobre tudo isso. Toda essa carne, não está morta mas sim viva, você pode ver o sangue circulando por todo o lugar. - Disse o guerreiro. - Eu pensei que a gente estava enfrentando algum necromante, mas não é nada disso, até onde eu sei necromantes lidam com coisas mortas. Acho que o pessoal que está por trás disso é alguma outra classe de mago. - Aldarion deu uma pausa, encarou um olho que o fitava fixamente, aquilo o irritou por isso ele martelou o olho sem dó nenhuma.

Aquele lugar todo o causava arrepios, ele podia sentir a energia negra pairando ao seu redor, e ele sabia que se ele podia sentir aquilo é porque era muito, mas muito forte o poder que emanava. Aldarion sabia que se ele sentia a magia, era a mesma coisa que um cego enxergar.

- É isso amor! Esse lugar todo está vivo, esse sangue pulsando nessas artérias e veias, você pode sentir a respiração? Se essa porra toda sangra, essa porra pode morrer e se tem pulsação, tem um coração! Temos que achar o CORAÇÃO! - Uma convicção enorme cresceu subitamente no guerreiro, estava feliz, havia encontrado um aparente ponto fraco.

Sem mais demora continuou seguindo até chegar a uma bifurcação onde as opções eram um corredor com celas, da onde era possível ouvir vozes e uma porta de madeira em uma das paredes. Enquanto o casal se decidia, Aldarion começou a ouvir uma gritaria infernal se formar no caminho a frente, parecia que alguma coisa havia vindo checar os prisioneiros e estes não estavam felizes com isso.

O guerreiro não pensou duas vezes, correu com o escudo levantado e o martelo na outra mão, queria encontrar o motivo daqueles gritos, esperava poder encontrar os prisioneiros e obter deles informações. Era hora da batalha mais uma vez, e Aldarion estava grato por isso, pois apenas o calor da adrenalina o fazia esquecer o medo que era estar ali.

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Mensagem por NR Fury Sáb Jan 16, 2016 11:25 am

"Os monstros mais assustadores são aqueles que espreitam dentro das nossas almas."
— E.A. Poe






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Gritos. Gritos de horror. A melodia do terror. Que outro som poderia embalar aquela abominação? Se a visão por si só já não era o suficiente, o som estridente e descompassado que fazia imaginar as dores da pele e da carne deveriam dar conta de erguer os mais terríveis calafrios, de plantar no meio do peito a semente do medo. Mas ela não florescia em cada um da mesma forma e Aldarion era a prova viva disso: ao invés do medo o seu oposto, a coragem era o que germinava. Talvez fosse necessária aquela semente para que este sentimento nascesse, para que o herói despertasse.

Compelido por aquele sentimento, o guerreiro não se intimidou: ele tinha que enfrentar o coração. Talvez fosse o ímpeto do herói que ainda não havia morrido debaixo da sombra escura de sua mestra. Talvez fosse só a curiosidade. Mas ele simplesmente não podia ignorar.  

A decisão foi tomada. Mas espere um pouco. Só mais um pouco.

Antes de seguir rumo ao destino, Sabrina precisou fazer uma pausa. Como se uma mão invisível segurasse no seu calcanhar, ela olhou por uma última vez para aquela porta: aquele estranho, porém familiar sentimento que ela sentia... sim! Agora ela lembrava. Já o havia experimentado antes: era como em um sonho, um sonho sobre um espelho. Será que ele jazia lá dentro? Ou era um aviso da Morte? Não importa. De alguma forma ela sabia que jamais descobriria o que repousava detrás daquela porta tosca de madeira. Aquele era um adeus. Adeus, Sabrina!

Na guia dos gritos, os aventureiros ainda passaram por meia dúzia de celas, todas vazias ou recheada de corpos que não eram como aquelas paredes, pois ainda podiam ser identificados. Pobres prisioneiros. Deveria ser mesmo o inferno definhar num lugar como aqueles, ceder à loucura que deveria lapidar suas mentes pouco a pouco, até não sobrar coisa nenhuma. Aquele era um castigo.  

Depois das celas, as coisas mudavam: as paredes nitidamente ficavam menos forradas de carne. Ao invés de olhos, bocas e o resto mais, apenas grossos filamentos seguiam: artérias. Aldarion estava certo. À sua frente, ou melhor, depois da curva em L à esquerda, certamente aguardava o coração. Mas um coração que bombeava um sangue tão manchado de pecados e atrocidades só podia ser um coração negro. E ele já estava ciente das visitas, dava para sentir. O pulso intenso de suas batidas cessou, assim como aquela gritaria.  

Fazendo a curva, Aldarion e Sabrina adentraram a uma sala que era em muito diferente daquele lugar infernal: primeiro porque era iluminada. Lamparinas mágicas se encontravam penduradas no teto e nas paredes e emitiam uma luz branca através dos cristais luminescentes de seu interior. Os dois se lembravam de já ter visto algo como aquilo, talvez em algum templo ou casa de algum rico. Não era algo incomum. Depois porque haviam diversas mesas alinhadas e sobre elas repousavam lençóis brancos, mas debaixo deles havia corpos que marcavam sua silhueta e às vezes manchavam de sangue. Todos mortos. Num canto ou em outro pilhas de membros ou órgãos estavam meticulosamente separados: o material para aquela atrocidade, como a paleta de cores de um artista. E à frente, logo à frente estava ele, o coração, onde as veias e artérias convergiam. Mas não era nada do que se poderia esperar.

[A Dama de Branco] — Vocês NÃO vão ficar no meu caminho para a perfeição. Vocês, peões dos deuses!

Ela era branca, tão branca, pálida como a neve. Nem uma gota de sangue parecia correr sob sua tez. Seus cabelos tão pretos que sua brancura ficava ainda maior, destacada, da mesma forma que mirar a chama de uma vela fazia o escuro ficar mais preto. E ela era, sim, a fonte de tudo aquilo. Era o coração. O sangue em suas roupas não deixava mentir. A energia que a circundava era intensa e pesada. A fazia parecer muito maior, especialmente para a percepção de Sabrina. Era como se, debaixo de um véu de invisibilidade, o verdadeiro monstros estivesse escondido. E também ficava claro: toda aquela monstruosidade que os aventureiros presenciaram não era apenas um espetáculo de horror. Aquela obra havia sido cuidadosamente planejada para transcender os limites individuais. Seja lá qual fosse a magia que ela estava prestes a fazer, era algo muito poderoso. Isso deveria os fazer sentir aliviados por ter escolhido seguir aquele caminho imediatamente.

[A Dama de Branco] — Jordan, dê um jeito neles.

Mesmo dando uma ordem, a voz dela tinha pouca expressão. Sua feição também pouco mudava, mais parecia a parafina endurecida de uma vela. Até mesmo mal piscava. Sua ordem pareceu, num primeiro momento, sem sentido. Quem era Jordan? Aparentemente ela estava sozinha naquele lugar. A não ser que ela falasse com algum dos cadáveres à sua frente. Em especial se destacavam as duas primeiras mesas, bem próximas a ela, onde duas mulheres deitavam. As duas tocavam uma à outra pelo ombro e dava para ver que estavam grudadas, mas aquele tipo de deformidade parecia natural, talvez Aldarion e Sabrina já tivessem presenciado algo assim em algum lugar. Deveriam ser as únicas mesas com cadáveres descobertos, mas eles não mexeram um dedo sequer. Mas então com quem ela falava?

Ao lado da mulher, uma coisa se mexeu. Primeiramente havia passado despercebido, já que parecia uma pilha de tecido jogada ao chão. Olhando melhor, porém, se via que era uma pessoa — ou pelo menos foi um dia. Ele estava envolvido em faixas brancas em todo o corpo, exceto os seus cabelos. Firmou as solas dos pés e se ergueu de um jeito que só um treinado acrobata poderia: se dobrou quase em U e sem apoiar os braços se colocou de pé, desafiando a gravidade. Quando terminou, apontou suas lâminas ou estacas para os dois e runas incandescentes brilharam por todas suas faixas. Aquele era Jordan.

Enquanto isso, a mulher de branco os deu as costas e caminhou alguns passos. Em seguida e antes que fizessem alguma coisa, uma membrana enorme se fechou bloqueando o caminho da sala inteira, como uma porta ou cortina. Ela desapareceu. Mas os dois tinham algo mais importante para se preocupar: Jordan, aquela múmia estranha, saltou sobre as mesas e corria sobre elas contra os dois numa velocidade inacreditável. Ele ignorava os vãos entre elas como se não existissem! Era incrível vê-lo em movimento, difícil de acompanhar, pena que não dava para contemplar: ele agora significava um perigo!


09



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Mensagem por Sassa Sex Fev 19, 2016 2:18 pm

Os gritos de desespero e dor eram de causar calafrios a qualquer um, mas não a mim, eu procurei controlar minha mente a ponto de manter-me sempre fria e indiferente àquilo. Não ia me assustar com tão pouco, não depois de tudo que já passara na vida. Quando se vive uma vida miserável, o melhor que você pode esperar do mundo, é que ele te bata com pouca força, mas nunca que você vai sair ileso. Mas uma outra coisa também me fazia, de certa forma, ignorar tudo aquilo, pelo menos um pouco. Aquela porta. Algo dentro de mim realmente desejava adentrar aquela porta, revelar seus segredos e descobrir porque me sentia tão atraída por ela.

Um lampejo de memória se fez presente e a imagem daquele espelho, o mesmo que vira no sonho, um pressagio de morte. Seria aquilo um vislumbre do futuro? Um mau pressagio? Ou era somente coincidência? Seja como for, a oportunidade passou, eu já estava a caminho do centro daquilo, a caminho do coração daquele lugar sombrio. Os gritos de desespero continuavam, mas só quando chegamos à tal câmara foi que me dei conta da carnificina que ocorria ali. A primeira coisa que notei foi aquela mulher. Branca como mármore, trajando um vestido que seguia da mesma cor, mas depois tornava-se vermelho sangue, fazendo um dégradé entre o alvo e o rubro.

A mulher prendeu a minha atenção por um segundo ou dois, sua aura era pesada, tensa, até respirar parecia difícil naquela sala. Era como se sua própria presença tentasse me esmagar, e eu sentia que por baixo daquela “beleza” sobrenatural havia muito mais do que uma simples mulher, havia um ser maligno e envolto em trevas.

A sala ali era um pouco diferente de todo o resto, a começar pela iluminação, proveniente de lâmpadas mágicas, algo que Sabrina só vira em locais muito luxuosos. Ali as paredes já não eram mais revestidas de membros, olhos e outras partes, apenas as grossas veias que bombeavam o sangue escuro para fora da sala em direção ao resto do complexo. A nossa frente, entre nós e a mulher, estavam mesas cobertas por lençóis, e por baixo destes, corpos, que àquela altura já deveriam estar mutilados e deformados pela carniceira.

“Perfeição? O que será que ela faz aqui? E quem diabos é Jordan?” Foram as primeiras perguntas que fiz ao ver ela se retirar de nossa presença. Pensei em agir, em tentar dificultar sua passagem, em atacar, em segui-la. Mas nada disso eu fiz. Invés disso, fiquei apenas observando enquanto as duvidas tomavam conta do meu ser naqueles breves segundos antes dela se encapsular dentro da sua redoma de carne. “Seria essa parede de carne resistente suficiente para protege-la de nós? É o que vamos ver...”

Mas antes que pudesse testar minha teoria, o primeiro dos obstáculos surgiu. É obvio que aquilo não seria fácil, nunca é. Mas ao menos um lado bom havia naquilo, agora eu já sabia quem era Jordan... – Mas que diabos... – Concentre-se, Sabrina. Ele é rápido, muito mais rápido do que imaginava, não tinha tempo para perguntas, somente para ações. E a primeira coisa que fiz foi tentar para-lo. Não feri-lo diretamente, até porque acreditava que um ser como ele, servo de uma dama sombria e sádica, deveria ser bastante resistente, ou até mesmo imune a dor.

Dei um passo pra trás e com um movimento das mãos, espalmando as duas a frente do peito com força e apertando, como se espremesse uma fruta ou coisa parecida, usei a telecinese para puxar duas das mesas, uma de cada lado, e faze-las se fecharem contra a cintura de Jordan, espremendo-o da cintura para baixo e fazendo com que este parasse. Quanto aos corpos, eu pouco me importava com eles. Já estavam mortos. E em breve seus membros fariam parte da pilha de entranhas e membros que enfeitavam os cantos da sala.

[Usando a habilidade Telecinese no modo contínuo. -12% PE pela primeira ativação. Vou prensar as duas mesas contra ele e segurar o quanto der.]

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Fev 24, 2016 1:15 am

Quando Aldarion chegou no lugar se deteve por alguns segundos, a cena era terrível, até mesmo para ele. O guerreiro ficou surpreso, mas não abalado, gente morta e atrocidades não abalavam sua vontade ou moral, o que o deixou surpreso foi descobrir que o coração não era um órgão disforme como ele pensava, mas uma mulher. Pelo menos era o que parecia. Não havia tempo para pensar no que fazer e no porque ou sequer tentar conversa.

A bruxa já tomava ação na surpresa estática de Aldarion, agora um tal de Jordan saltava por sobre as mesas vindo com velocidade atacar Aldarion e sua mulher. Ele era rápido e ágil, seria um oponente difícil de ser acertado. Mas o guerreiro já havia enfrentado outros como ele no passado e para lebres saltitantes ele tinha um bom remédio. Por causa de sua conexão mística com Sabrina, Aldarion percebeu o que a feiticeira ia fazer portanto ele sincronizou seus movimentos para tirar proveito daquilo.

Se o plano de Sabrina desse certo, Jordan ficaria preso, paralisado, se falhasse ele saltaria para escapar das mesas, um alvo saltando no ar não pode se esquivar e é ali que Aldarion atacaria. O guerreiro se preparou e atacou, colocando velocidade em detrimento da força, esperava acerta Jordan quer este ficasse preso quer este saltasse.


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Mensagem por NR Fury Sáb Mar 05, 2016 4:53 pm

Subúrbio - Página 3 Spas_fwO mal não é inato. Como uma semente ele tem que ser plantado e cuidadosamente cultivado.






Subúrbio - Página 3 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


Mergulhando tão fundo, Aldarion e Sabrina estavam muito longe de qualquer humanidade. O ar saturado de um aroma pungente de sangue e fluidos corporais, os gemidos surdos que ora ou outra surgiam de não se sabe onde e o ranger de dentes: elementos estes que os lembravam deste fato. Haveriam os dois se perdido em alguma parte do caminho? Se o Inferno existia mesmo, eles deveriam estar mais perto dele agora. Existiria algum limite para a loucura do abismo?

O guerreiro e a feiticeira se deparavam com um misterioso adversário, nada como haviam visto antes, mas nem tão diferente de qualquer outra bestialidade. Jordan não emitia uma palavra. Seu silêncio perpétuo só não era mais perturbador do que sua incrível velocidade. Ele estava decidido a acabar com os dois, isso era certeza.

Embora Sabrina não pudesse se comparar ao inimigo em agilidade física, sua mente, por outro lado, era como trovão. Num piscar de olhos, sua estratégia havia sido tramada e com um gesto duas mesas se levantaram e se chocaram com força — tamanha que os corpos sobre elas foram completamente esmagados! Na verdade, mais força do que a feiticeira esperava. Vísceras e sangue jorraram e mancharam do teto ao chão. Mais surpreendente ainda, entretanto, fora a manobra do adversário: em acrobacia, ele saltou de leve, longe do suficiente para escapar do plano de Sabrina, mas suas pernas se abriram na horizontal e depois na vertical quase até tocarem a cabeça, o deixando centímetros acima do alcance das mesas. Era como se ele não tivesse ossos. Uma elasticidade incomparável.

Mas para quem voa, não é tão fácil frear.

Sabendo disso, Aldarion encaixou sua manobra à de sua amada. Com sua enorme e vistosa espada, ele mirou a criatura num corte rápido, sacrificando força e garantindo precisão. Movendo a lâmina na vertical para cima, ele deveria orar para que seu único olho conservasse sua boa pontaria.

E ele conseguiu!

A batalha estava terminada.

Mas assim tão rápido? Jordan foi atingido pouco acima da cintura e foi lançado com força para a lateral e para o alto. Ele deveria ter se partido ao meio com o golpe do guerreiro. Deveria, porque não se partiu. Por algum motivo, seu corpo parecia mais forte. Momentos depois  — menos de um segundo  — a mente de Aldarion pôde retomar a memória do que realmente aconteceu: quando sua lâmina tocou o corpo do homem, ou seja lá o que fosse, as runas incandescentes naquelas faixas brilharam mais forte. Elas deveriam ser a razão daquela resistência toda!

A batalha não estava terminada!

Jordan ainda estava inteiro, mas não intacto: o sangue nas suas faixas denunciava isso. No ar, ele se retorceu, mas como um felino, rapidamente retomou o controle, caindo de cabeça para baixo, apoiando as mãos e girando até parar em pé a uns 5 metros de distância. Só então Aldarion se deu conta de que havia algo mais errado: quando ele retomou a postura e mirou a dupla com uma espada, denunciou uma faixa branca que se estendia dela e cuja outra extremidade terminava na espada do guerreiro. Jordan puxou, mas sua força era insignificante comparada com a de Aldarion. A faixa, bem onde estava enrolada, tinha as escritas fulgindo como fogo. Elas não se romperiam tão fácil. E aquela múmia bizarra tinha, ainda, um plano em mente: ele correu para a lateral rumo as costas do homem e, quando fez isso, sua faixa se moveu na direção de Sabrina! Se não cuidassem, os dois aventureiros acabariam bem enrolados.  

Só tinha mais um detalhe: lembram que Sabrina havia golpeado as mesas com uma força que não esperava? Havia, sim, um motivo para isso. Aquele ambiente se tornava rapidamente carregado. O mana liberado ali se adensava e era ele que havia potencializado o golpe da bruxa. Então se poderia concluir: aquela mulher não era o coração, mas sim a cabeça.  

E um coração sem uma cabeça está fadado ao colapso!

De repente Jordan parecia a mais fugaz das preocupações. Alguns corpos sobre as mesas começavam a reagir, tremendo em convulsões, animados por aquela forte energia livre, dançando a uma música inaudível. Melhor pensar em algo bem rápido.


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Mensagem por Sassa Seg Mar 21, 2016 11:55 am

O coração batia a mil, e a cada pulsar de minhas veias, a adrenalina me fazia ficar ainda mais alerta e ansiosa com aquela batalha. Com um movimento perfeitamente sincronizado a luta quase teve um fim prematuro, mas fiquei surpresa ao ver que o choque entre as duas mesas havia sido mais poderoso do que podia imaginar, teria sido um exagero de minha parte? Ou havia algo mais naquele ambiente que fazia aquilo se tornar assim? A múmia não havia ficado presa entre as mesas, mas no ar, na posição em que estava, ele não podia fazer mais do que simplesmente levar aquele golpe da espada de Aldarion e ser partido ao meio como um queijo.

Ou será que podia? A múmia havia se mostrado um ser cheio de truques. E mesmo sem saída, lá estava ele, “vivo” e pronto para mais uma investida, ou mais um de seus truques. Quando ele pousou no chão de novo, parecia ferido, mas pouco se importava, pois da forma como agia, parecia que não sentia sequer dor. Em contra partida, sua agilidade era de dar inveja, pois no meio em que fora atingido, ainda tivera tempo de colocar na espada de Aldarion uma de suas ataduras encantadas. A mesma brilhava como fogo, e eu duvidava que seria fácil tira-la dali.

Contudo meu maior problema não era a atadura em si, pois mesmo se quisesse, a múmia não tinha força suficiente para disputar contra Aldarion, e sequer era essa sua intenção, pois assim que ele levantou a espada e começou a correr feito louco dando a volta na sala, entendi sua intenção. “Então, ele quer a mim, não é? Darei a ele um pouco de mim então... Você consegue desviar do que pode ver, mas e do que não pode ver?” Pensei comigo enquanto me preparava para um novo ataque, mas dessa vez direto, sem rodeios. Com um movimento parecido ao de um soco potente de esquerda, a intenção era joga-lo contra a parede da sala usando a telecinese, e assim que o fizesse, manteria ele preso ali, como se estivesse prensando ele contra a parede.

- Aldarion, acabe logo com isso, quero sair lugar fedido o quanto antes. – Falei para ele enquanto ainda segurava a múmia na parede, mas já observava a movimentação à minha volta. Os "cadáveres" pareciam querer ganhar vida, e eu ainda me perguntava se aquilo tinha algo a ver com aquele ambiente podre e fedorento onde estávamos. Se por alguma ironia do destino o tal Jordan conseguisse escapar do golpe, minha única escolha seria me afastar das ataduras dele. Mas não era difícil faze-lo, simplesmente faria o mesmo movimento que ele, dar a volta em Aldarion e impedi-lo de de chegar perto de mim, como numa ciranda, onde o centro era Aldarion e sua espada.

[Usando a habilidade Telecinese no modo contínuo. -5% PE por turno. Vou joga-lo contra parede e fazer pressão nele com toda força possivel..]

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Mar 27, 2016 1:32 am

A estratégia de Aldarion tinha dado certo, sem um ponto de apoio para mudar seu direcionamento Jordan foi incapaz de desviar da pesada lâmina da dragonslayer. O ataque o acertou em cheio mas Aldarion percebeu no exato momento que o acertou, que não havia matado seu inimigo, qualquer pessoa normal ao ser golpeada por uma arma daquela seria dividida ao meio e não simplesmente arremessada longe. Aldarion lembrou-se de ter visto as runas que cobriam o corpo de Jordan brilharem no momento que ele foi atingido, pensou que talvez aquilo fosse a razão de sua resistência.

Quando Jordan se levantou, Aldarion notou que ele estava ferido, logo o guerreiro começou a raciocinar. Se uma dragonslayer produzia ferimentos tão superficiais naquele monstro, então qualquer soldado humano usando armas normais seria incapaz de machucar essa criatura. Com sua velocidade e resistências ele poderia derrotar sozinho um mil bons soldados treinados para o combate. Era assustador.

Outra coisa importante, agora um filamento das faixas de Jordan estava preso na ponta da espada de Aldarion, isso deu a entender que Jordan sabia que se enrolasse Aldarion nas faixas o guerreiro não conseguiria se soltar, afinal Jordan havia sentido a força de Aldarion. Era crucial que ele não se deixasse ser capturado pelo inimigo. Foi então que Sabrina entrou em ação usando seu formidável poder de telecinesia para empurrar Jordan para trás. Essa era uma oportunidade perfeita para Aldarion atacar novamente, e foi o que ele fez, aproveitando-se de imobilização temporária de Jordan golpeou o inimigo com toda força tomando cuidado para não se envolver na pegajosa faixa.

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Mensagem por NR Fury Sáb Abr 09, 2016 6:55 pm

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A mente de Sabrina era forte – literal e metaforicamente. Com sua habilidade, buscou não só atingir Jordan, mas também aprisioná-lo. Uma excelente ideia que resolveria o problema por sua ponta mais incomoda, a agilidade daquele monstro. De fato, ele era tão rápido e capaz de manter o equilíbrio em posições tão inumanas que poderia, apesar do empurrão telecinético, continuar em movimento. Só que não foi isso que aconteceu. Quando a feiticeira usou de sua mente, novamente se surpreendeu: seu poder estava muito intensificado! Na verdade, o seu empurrão foi tão forte e a área dele tão expandida que forçou o próprio piso para baixo, criando uma depressão, uma caminho marcando todo o trajeto de sua telecinese, trincando os tijolos de pedra que o recobriam. Lampejos luminosos azulados marcaram todo o espaço, marca de que a energia cinética já excedia o limite do invisível. Com uma área tão grande, Jordan não teve opção, ele foi atingido.

Mas havia um porém que Sabrina não havia pensado: Aldarion, seu amado. Ele estava preso ao alvo! A mente dela, por si só, já era mais capaz em força bruta do que o corpo do guerreiro, mas expandida era incomparável! Quando Jordan foi lançado aos ares, por consequência, puxou o homem que ficou com duas opções: ser puxado pelos ventos numa posição que o privaria de qualquer precisão de ataque ou soltar sua espada. Sabrina, por outro lado, podia continuar, mas também poderia tentar direcionar seu amado com sua mente. O problema da segunda alternativa é que, com tanto poder descontrolado, era difícil prever o resultado. Aldarion poderia acabar retorcido ou esmagado.

Enquanto a luta se sucedia, os órgãos em pilhas já começavam a se dissolver. A intensidade da energia dispersa parecia liquefazê-los. Eles pulsavam, como se ganhassem vida. Aquele era um sinal sinistro de que, muito em breve, as coisas ficariam ainda piores.

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Mensagem por Sassa Qui Abr 14, 2016 9:19 pm

A força com que minha habilidade se manifestou assustou até mesmo a mim por um momento. Aquilo era impressionante quando visto do meu ponto de vista pessoal, era o poder que eu e Alice sempre desejamos ter em mãos. Mas olhando pelo lado que aquilo era um efeito macabro daquele lugar, e que isso estava tomando proporções cada vez mais perigosas a medida que eu usava a telecinese, tive que me conter. Era hora de parar, mas não sem antes tentar uma ultima manobra.

A espada de Aldarion ainda estava presa à múmia, mas Aldarion, teimoso da forma que era, não a soltaria tão facilmente, pelo menos não sem uma ordem direta minha. – SOLTE A ESPADA, AGORA! – O plano era bem simples. Já que a espada estava presa por um filamento tão resistente quanto aço, mas tão maleável quanto o pano que envolvia aquele infeliz, simplesmente o levaria ainda mais alto, fazendo-o tocar no teto e assim a espada ficaria pendurada logo abaixo. E mesmo que não ficasse, não haveria problema, pois com uma das mãos fazia o gesto de segura-lo no ar, levantando-o até o mais alto possível, e com a outra mão, levantava a espada e a deixava ereta logo abaixo dele, como uma estaca.

- Agora morra, maldito!

E novamente com um gesto violento, espalmei a mão que o “segurava” contra o chão ao mesmo tempo que o jogava para baixo com força total, impulsionando seu corpo contra a espada que estava de pé com a lamina para cima. Se isso não o liquidasse agora, deixaria que Aldarion fizesse o resto, pois este era o momento que desfazia minha telecinese, pois agora a situação estava ficando ainda mais estranha com aqueles corpos e entranhas se desfazendo.

[Desativando a habilidade nesse turno após meu movimento. Como eu ainda utilizei ela esse turno, -5%.]

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Abr 19, 2016 5:09 pm

A batalha contra Jordan, o monstro constructo ou seja lá o que ele era, estava se desenrolando de uma forma que Aldarion jamais poderia ter previsto. A mente do guerreiro borbulhava com uma série de estratégias de como vencer um inimigo muito mais rápido do que ele, quando Sabrina tomou atitude Aldarion conhecendo os poderes de sua mestra e amada já esperava qual seria o resultado. Mas o que ele não havia previso é que Sabrina estava muito mais poderosa do que o normal, portanto foi uma surpresa quando viu Jordan voando como um boneco de pano e outra surpresa ainda quando viu que a aderência da tira de Jordan presa em sua espada era enorme, grande o suficiente para puxá-la junto e o seu dono com ela.

Mas não, Aldarion não desistira de sua arma assim tão fácil, ela era uma extensão dele, uma parte dele, por isso fincando os pés no chão com toda força ele segurou sua arma, seus braços explodiram em veias, seu pescoço engrossou e seu corpo estalou como uma vara de bambu balançando ao vento. Jordan ficou por alguns segundos preso pela faixa e pela espada, os pés de Aldarion se afundaram no chão e conforme ele ia sendo puxado sulcos eram descritos.

A força era imensa, tanto Jordan quanto Aldarion estavam reféns daquele poder assombroso, o guerreiro não soltaria sua espada por nada, nem que tivesse que morrer, pelo menos por quase nada. Quando ouviu a ordem de Sabrina ele a princípio relutou, virou o rosto para ela encarando-a e recebeu um olhar dominador de sua mestra. Só então, só assim ele obedeceu, sem aviso abriu as mãos e soltou sua arma. Quando o fez, toda a força de seus músculos o jogaram para trás e ele caiu sentado mas ainda vendo o que estava acontecendo.

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Mensagem por NR Fury Ter maio 03, 2016 11:51 am

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O poder de Sabrina era forte, difícil de resistir. Mesmo com todos os seus músculos, Aldarion mal podia se manter de pé sendo puxado daquele jeito. Seus pés romperam os tijolos do chão enquanto ele curvou o corpo para trás, os cravando o mais forte que pode no solo. Um trilho duplo marcava o caminho enquanto ele era puxado pela própria espada e por Jordan que estava suspenso no ar.  Aquela faixa era bem resistente e não parecia que se romperia tão cedo.

Não se sabia o quê, mas a criatura nitidamente tentava alguma coisa. Suas mãos se lançavam de lado a outro e ele parecia tentar alcançar a si mesmo com suas espadas. Ou talvez tentasse, como uma besta, alcançar Aldarion, mas era improvável. Era impossível demais naquela distância e ele já havia demonstrado inteligência superior a isso.

O guerreiro estava relutante em soltar sua espada. Era preciosa para ele, o que era de entender, afinal, uma arma como aquelas não era assim tão comum. Com valor sentimental ou não, era peça chave naquela luta. Ele soltar ou segura: a decisão que poderia mudar inteiramente o curso daquela batalha. Com muita dificuldade, ele acatou a ordem da feiticeira. E se não tivesse, ou melhor, se não tivesse confiado minimamente em sua amada, não importaria a força que ela dispendesse em sua telecinese, jamais poderia erguer aquela arma sem a vontade do guerreiro. Ela era mágica – mais um ponto crucial naquele embate!

Aldarion caiu num forte impacto ao chão. Ele era resistente, porém. Não teria nenhum osso quebrado. Fosse outro homem, teria dificuldade em levantar. Mas este era duro demais, como uma pedra sólida. Neste exato instante ou talvez apenas um segundo antes, Jordan botou em ação sua artimanha: ele tocou o próprio pescoço com uma das espadas, fazendo esta penetrar como uma estaca. No instante em que o fez, suas faixas se soltaram de seu corpo e se abriram, formando um emaranhado que foi empurrado contra o teto parecendo um travesseiro macio.

A espada pairou debaixo dele e depois subiu com muita força. Não dava para saber o que ela acertou, mas Sabrina mirou bem. A força foi tamanha que o teto inteiro se rompeu, formando uma espécie de abóboda trincada para cima e depois vindo abaixo numa pilha de escombros e revelando veias grossas e escuras que estavam escondidas dentro da pedra. A carne se rasgou e um sangue enegrecido jorrou molhando o chão em abundância. No exato instante em que isso aconteceu, porém, veio o inesperado: a energia daquele ambiente que já estava carregado alcançou um pico muito intenso e muito rápido e então todas as luminárias simplesmente explodiram depois de brilhar muito forte. Se aquele era um tipo de círculo mágico, ele acabava de se romper.

Uma profunda escuridão recaiu sobre aquela sala enorme e cheia de cadáveres. Apenas a chama fugaz de uma tocha fantasmagórica iluminava, cambaleante, o ambiente. A nuvem de poeira que se levantou tornava o visibilidade ainda pior. Se Jordan ainda estivesse vivo, aquela era uma hora muito boa para se ter medo. Afinal, como era mesmo aquela história de não poder desviar do que não se vê?


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