[Ficha] Fruendithas

Segundo de três filhos de uma nobre família de um reino distante da ilha de Lodoss, chamado Lordran, Fruendithas cresceu numa espécie de máscara social. Seus pais decerto eram mais endividados com a coroa do que um bêbado que nunca paga o que consome na taverna duma esquina qualquer, mas continuavam a encabeçar grandes festas, bailes e negociar terras, casas e obras de arte. Sua família fazia de todo para elevar sua posição e prestígio.

Seu irmão mais velho, Luke, sob pressão de seus pais, tornou-se da elite militar e posteriormente juntou-se à guarda real, sendo um dos encarregados pela proteção do rei.  E à sua irmã mais velha, Laily, a esperança de um casamento proveitoso que pudesse trazer riquezas à família e elevar seu nome. Contudo, ela era nova demais para qualquer coisa naquela época. Nada se esperava de Frue, o filho do meio. Mas apesar disso, evidenciava-se um jovem culto, sempre com um livro em mãos. O jovem preocupava-se também em aprimorar suas habilidades artísticas, embora não tivesse o apoio da família.

Após alguns poucos anos de serviço de seu irmão mais velho, seus pais declararam ao soberano que esperava que os bons serviços do filho fossem agradá-lo e provocar sua misericórdia. O rei, pretensioso, reage negativamente diante da declaração dos Saint-Léon, insultando seu orgulho e vociferando no salão do trono sua condição financeira e dívidas, afirmando tratar-se de um lembrete. Não levou mais do que alguns dias para que toda a cidade soubesse daquilo que, por anos, a família mascarou minuciosamente.

Diante da vergonha, sua mãe cometera suicídio, coisa que levou seu pai a uma profunda depressão. E mediante ao suicídio da mãe e da situação decadente do pai, o irmão de Frue tentou apunhalar o rei — mas falhou. Seus companheiros da guarda real apararam a lâmina do espadachim pouco antes de ela atingir o rei, e este o condenou à decapitação em público.

Com 13 anos — apesar de jovem — e ao lembrar-se de que tornaria-se isento das dívidas da família que recairiam sobre si quando seu pai viesse a falecer, além de visar proteger sua irmã mais nova das crueldades da sociedade de Lordran, juntou-se ao treinamento do exército. Desafios e piadinhas a respeito da má reputação que sua família havia ganho eram rotina, mas o rapaz não se deixa abalar por isto. Após três anos, foi  promovido à membro da milícia por sua surpreendente habilidade ao empunhar lanças e ainda sim manter seus movimentos fluídos e ágeis em combate, mas coisa que não era detalhe tão influente quanto sua aparente obediência.

Ciente da promoção dada ao rapaz pelos comandantes e de seu comportamento, o rei decide desafiá-lo, propondo presunçosamente a ele um perdão e também uma promoção, da seguinte forma:
"Sei que tua irmã já sangrou, então se tornará minha nova amante. E, para que você, que esforçou-se tanto para mantê-la segura durante o estado debilitado daquele lixo que chamas de pai, não distancie-se dela, se juntará à guarda real. Terás a chance de me ver tocá-la e será responsável pela minha segurança. Tu, Fruendithas, tem a chance de limpar o nome dos Saint-Léon"

Mas Frue, confiante de si, recusou a oferta do rei. Mas o soberano, irado, ordenou que o rapaz fosse expulso da cidade, tomando sua irmã à força. O rapaz, sem a menor chance contra vinte soldados que o isolaram, não resistiu. Foi expulso da cidade e,  de joelhos aos grandiosos portões, decidiu que deveria tomar um rumo para sua vida e evoluir para que pudesse expurgar daquela cidade, assim como fora, a sociedade profana que lá habita.

"Não são estes monstros que mato os sujos e malditos, mas a nobreza de Lordran. Eles sim precisam ser "purificados"; eles e seu falso Deus imundo que apenas favorece sua corrupção e perdoa seus pecados. "