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[Comum] A Grande Caçada

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Mensagem por ADM GabZ Qua Jun 05, 2013 2:03 am

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Depois de um mês que o grupo havia se conhecido, Camille e Rio Ligeiro haviam passado no teste do exército e seguiram para lá começar seu treinamento. A meio-elfa Silméria também teve sucesso no teste, mas preferiu seguir um caminho diferente, continuando na Floresta Endless ao lado dos novos companheiros Aldarion, Hayate e Michelle. O grupo sobreviveu bem e se ajudava prontamente, agora buscando um único objetivo: derrotar um terrível Wyvern. O motivo era os preciosos recursos que poderiam conseguir da criatura poderosa. Ossos, escamas, chifres e até mesmo a carne poderiam ser aproveitados ou vendidos.

E é em busca desta criatura que a jornada começa...

<Limite de tempo para resposta: 3 dias após a última postagem>
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Mensagem por Shaorin Ter Jun 18, 2013 9:32 pm


Era o pôr-do-Sol quando decidiram acampar. Estavam cansados e precisavam descasar. Havia um pequeno riacho alguns metros atrás. Uns refrescaram-se enquanto outros procuravam alimentos e arrumavam uma fogueira. 

A noite enfim caiu e todos comiam enquanto pensavam em como encontrariam mais rápido o Wyvern. Não seria fácil encontrá-lo, não haviam pistas suficientes para conseguirem travar um caminho certo. 

Hayate sentiu o cheiro de fumaça e conseguiu visualizá-la bem ao longe em meio a floresta, mas era muito tarde para ir lá conferir alguma coisa e poderia arriscar o grupo se algo grave estivesse acontecendo. Silmeria avistou também quando ainda era uma fina fumaça. Aos poucos os demais conseguiram enxergar e a curiosidade aumentava. A lua ainda não estava totalmente posta e o chão ainda era visto com clareza por Aldarion. Tudo parecia tranquilo e todos iriam ter uma boa noite de sono.

Isso era o que achavam.

Foi quando um grito desumano rompeu o silêncio e espantou todos os pássaros a sua volta. Algo estava naquele local e era grande. Logo, gritos femininos e infantis ecoaram pela floresta chamando atenção de quem estivesse por perto.

Tão antes quanto o grupo pudesse pensar, Hayate fareja cheiro de sangue perto daquele lugar, mas mais intenso ainda um que se aproximava. Uma mulher com graves ferimentos sai de trás de um arbusto e os vê perto da fogueira. Ela não conseguia falar, sua boca tinha sido machucada e um de seus olhos fora arrancado. Ela mantinha mão em sua barriga onde havia muito sangue; atrás de si, havia um caminho de pingos vermelhos. Ela tenta se comunicar e andar mais rápido mas cambaleia. 

Ela aponta para o grupo e pede ajuda por gestos, quando escutam um latido ao fundo e um vulto negro rápido salta nas costas da mulher e a empurra contra o chão, puxando seus cabelos com os dentes até arrancar sua cabeça. Com a boca ensanguentada e com a cabeça da mulher ainda em sua boca o cachorro fita cada um, vira e volta rapidamente por onde viera. 

O grupo ficou ali, com aquele corpo inerte a sua frente sem poder ter feito nada que ajudasse aquela mulher. Um novo grito surgiu ao longe e um outro desumano, alguma coisa de muito errada acontecia.



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[ Bom, foi o que consegui agora para começo da aventura. Podem se juntar e ver o que vão fazer a seguir. Como o Gold disse, tem três dias.]

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Jun 19, 2013 9:50 pm

Um mês havia se passado desde que haviam iniciado sua jornada através de Endless em busca de Perseu e da Wyrven dourada. Para alguns ali o Exame do Exército havia acabado o que acarretou na separação de Camille e Rio Ligeiro do restante do grupo. Silméria também havia terminado seus testes mas em lugar de retornar ao Exército decidiu seguir adiante ao lado do Juggernaut.
Durante esse tempo em que estiveram juntos, todos no grupo puderam conhecer melhor o guerreiro de armadura negra. Perceberam que ele era um homem duro que havia tido uma vida dura, Aldarion não era um amador, muito longe disso, ele era um profissional, sabia muito bem o que estava fazendo e apesar de não ser um elfo ou um licantropo sabia se virar muito bem no meio selvagem.
Através de algumas conversas ele revelou ao grupo que não era nativo de Lodoss, mas sim de um outro mundo, um lugar chamado Toril. Aldarion nascera em uma cidade chamada Waterdeep e havia vindo para Lodoss após perder a batalha contra um mago poderoso. Quer acreditassem na história ou não, essa era a mais pura verdade. Aldarion revelou também que por trás de Lodoss existe uma conspiração desejando tomar o poder e isso o levou a iniciar sua cruzada para se tornar mais forte e preparar-se para o mal que estava por vir.
A rotina de viagens ao lado do espadachim revelou também que ele era uma pessoa extremamente dedicada na busca pela perfeição, o espadachim treinava arduamente pelo menos duas horas por dia chegando a completar 1000 fases de golpes com sua espada. Ele chegava ao cúmulo de dormir desconfortavelmente com sua armadura pra se acostumar com seu peso tirando-a somente quando precisava tomar banho. Aos poucos o grupo descobriu que o guerreiro já esteve em uma terrível batalha que ele nomeou de O Cerco ao Túmulo do Norte.



A noite caia mais uma vez na sinistra floresta que pouco a pouco havia se tornando familiar e acolhedora ao espadachim. O grupo costumeiramente ia levantando acampamento cada um desempenhando as funções combinadas. O espadachim percebeu uma certa irritação vinda de seus companheiros, Hayate e Silméria, pensou em perguntar a eles o que os deixava inquietos mas preferiu esperar que eles mesmos tomassem atitude.
Sentou-se em um toco de árvore e costumeiramente começou a limpar e afiar sua espada em frente ao fogo da fogueira enquanto aguardava sua refeição ficar pronta. Percebeu então que Hayate pareceu ficar mais inquieto ainda até finalmente ficar em pé, em sinal de alerta. O espadachim sabia que seu companheiro tinha sentidos mais aguçados que os dele, então levantou-se também predendo seu espadão nas costas.
- Então pulguento... - Abriu a boca para começar a perguntar o que havia de errado quando calou-se sem conseguir completar sua frase, pois logo seus ouvidos captaram os sons de gritos e choros femininos e infantis ecoando pela floresta. Os sons iam se aproximando até que da borda da clareira onde o grupo estava acampado, surgiu uma mulher coberta de ferimentos, um de seus olhos estava destruído, seu corpo encontrava-se repleto de cortes e o sangue fluia farto vestindo-a com uma manta vermelha e gotejante.
A mulher viu o grupo e então começou a andar em direção a eles aumentando seu rítimo o que a fez cambalear quase indo ao chão. Ela gesticulava nervosamente extendendo os braços e apontando direções com as mãos, sua boca se fechava e abria mas nenhum som saia além de gemidos, era como se sua lingua tivesse sido cortada.
O espadachim arregalou os olhos em um misto de medo e espanto, pensou em se aproximar e ajudar, mas antes que tivesse tempo de tomar qualquer atitude ouviu um latido vindo da mata atrás da mulher. Foi então que surgiu um lobo ou cachorro, o que quer que fosse o espadachim não conseguia distinguir, ele era negro e seus olhos brilhavam emanando uma luz vermelha. A criatura saltou nas costas da mulher derrubando-a no chão, então com uma mordida poderosa mordeu o pescoço de sua vítima separando a cabeça do resto do corpo. Depois a criatura ergueu seu olhar em direção ao grupo e virou sua cabeça fitando cada um deles por algumas frações de segundos, em seguida da mesma forma como havia surgido voltou a sumir nas trevas.
- Mas... Que diabos?! - Exclamou o espadachim enquanto seu rosto se moldava em uma expressão de pavor e surpresa.

Alguma coisa estava errada naquele lugar e o que quer que fosse parecia que agora envolveria o Juggernaut e seu grupo. Recuperando-se do susto, o guerreiro virou-se para Hayate.

- Hayate, tente pegar o monstro que vimos, o que quer que fosse ele parecia muito mais um cão de caça do que um predador. Ele vai revelar nossa presença para o seu dono! - Falou apressadamente.

Em seguida correu até seus equipamentos e começou a levantar acampamento o mais rápido que podia, mesmo que quisesse correr atrás do canídeo que havia visto ele não conseguia alcançá-lo por estar usando uma pesada armadura de batalha. Fez então o mais senssato, recolheu todas as suas coisas e assim que havia pego tudo que pertencia a ele e ao seu grupo correu para dentro da mata no encalço de Hayate e de qualquer um que havia seguido a fera.

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Mensagem por Phyress Qua Jun 19, 2013 11:11 pm

Silmeria, ao terminar o teste do exército, decidira abandonar o outro grupo e seguir sua aventura com os viajantes que havia encontrado na floresta. A ideia de caçar um dragão era excitante para a meia-elfa, que tinha certo gosto por enrascadas. Ela abandonou sua irmã sem sequer dizer adeus, decidindo sair no meio da noite sem nada dizer.

O grupo não havia passado tanto tempo, mas durante o tempo que passaram juntos, Silmeria nunca contou nada sobre sua vida pessoal. Talvez como a maioria dos elfos puros, ela passava um ar mais distante; na maior parte do tempo ficava em silêncio observando, geralmente opinava apenas quando algo lhe incomodava ou quando falavam diretamente com ela. Ela costumava ajudar mais a encontrar alimentos e nas vigias noturnas que o grupo fazia.

Sem tempo para comprar roupas novas ou sequer fazer dinheiro, a meia-elfa ainda andava com seu vestido simples vermelho, rasgado na altura das coxas, sapatilhas e o seu habitual manto negro, sempre com o capuz cobrindo sua cabeça. A adaga ficava sempre presa a sua cintura como uma arma secundária para o caso de seu inimigo chegar perto demais e o seu arco sempre preso as costas junto com a aljava.

--

Vigiando, como habitual. Silmeria pode avistar uma fina fumaça. Será que outros viajantes? Olhou para a fumaça do próprio grupo, pensando que seria melhor apagá-la para não chamar atenção desnecessária, talvez esse outro grupo indicasse problemas. Ela se virou para ir até Aldarion sugerir que apagassem a fogueira, mas logo cessou o movimento ao ouvir o grito.

Por reflexo, a meia-elfa já sacou o próprio arco e preparou uma flecha, mirando ao redor em busca de um alvo, como se esperasse ser atacada a qualquer momento. Será que o outro grupo havia sido atacado?

- Nós... – ela começou, mas cessou a frase, apontando a flecha na direção da mulher que havia surgido repentinamente - Pode ser uma armadilha... 

Uma armadilha? Talvez aquela mulher fosse uma isca para atrair o grupo? Um turbilhão de pensamentos correram pela cabeça de Silmeria. A flecha ainda apontada para a mulher, para que ela não se aproximasse. Os acontecimentos a seguir foram tão rápidos que Silmeria não conseguiu reagir.

A meia-elfa arregalou os olhos diante da cena daquela criatura bizarra avançando sobre a mulher e arrancando-lhe a cabeça. Ouvindo as palavras de Aldarion, Silmeria apenas lançou um olhar para Hayate e se aproximou dele, com a clara intenção de seguí-lo.

- É melhor não ficarmos sozinhos, eu vou com Hayate enquanto vocês recolhem as coisas! – disse Silmeria, apressada e pronta para segui-lo.


Obs: Se o Hayate tiver saído correndo que nem louco, a Silmeria vai atrás. xD

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Mensagem por Torak Qui Jun 20, 2013 2:45 am

O mês em que passou na companhia de Rio Ligeiro foi extressante. O garoto-lobo era realmente amigável quando em sua forma humana, mas a forma lupina era um poço de orgulho e arrogância. Era como se duas mentes habitassem o mesmo corpo. A forma como Rio Ligeiro desprezava o fato de Hayate ser um impuro o incomodava muito. Como se ele houvesse escolhido esse caminho. Mas no final ficava satisfeito pelas palavras de Aldarion. Apesar de parecer bruto e arrogante, o guerreiro tinha um coração justo e também não gostava do lobo branco. Foi o mês mais longo que Hayate já vira.

Enfim separaram-se. Camile e Rio Ligeiro seguiram para o exército em prol de terminar seu treinamento, e Hayate não poderia ficar menos aliviado. Mas não conseguia deixar de lado os insultos sobre sua raça. Sempre que se transformava, tentava manter-se na forma lupina o maior tempo possível e arriscava falar. O máximo que conseguia era grunhidos, mas custava tentar. Não seria de um dia para o outro que teria uma transformação perfeita como a de um lobisomem puro. Levou anos para conseguir simplesmente mudar de forma voluntariamente, não sabia quanto tempo mais levaria para poder manter a forma lupina o tempo que quisesse, quanto mais falar. Pela primeira vez sentiu seu orgulho ferido graças aos incômodos de Rio Ligeiro, tinha que tentar.

--------------

O dia foi cansativo, mas finalmente pararam para descansar. Aldarion, como sempre, se encarregava prontamente de levantar acampamento enquanto o lycan ajudava. Mal podia esperar para comer o cozido. Por mais que gostasse de carne crua, em sua forma humana a comida temperada tinha um sabor especial. Desde que foi resgatado pelo grupo do guerreiro, Hayate foi bastante grato e prometeu acompanhá-lo pelo tempo que precisasse. Pensava até em aprender a usar uma espada e imaginou se Aldarion iria querer ensiná-lo.

Enquanto pensava nisso, sentiu o cheiro de fumaça e ficou alerta. Já estava anoitecendo, portanto um incêndio causado pelo calor excessivo estava descartado. Levantou-se e avistou ao longe a fumaça, talvez pertencendo a uma fogueira grande. Caçadores talvez. Quando essa possibilidade passou pela sua cabeça, Hayate pensou em relaxar mas em seguida gritos quebraram o silêncio como um raio rasgava o céu. Logo o cheiro forte de sangue invadiu suas narinas. Imediatamente virou-se na direção do cheiro e curvou-se ligeiramente, um instinto primário, cerrando os punhos. Ficou surpreso quando viu a mulher mutilada entrando no campo de visão do grupo. O que raios estava acontecendo?

Assim que Hayate deu um passo para ajudar a mulher, um cão negro de aparência demoníaca apareceu e a atacou. Sem dar nenhum tempo para reação, o animal a decapitou. Por um instante o lycan encarou aqueles olhos vermelhos doentios, não sabendo dizer do que se tratava aquilo. Não demorou muito para a criatura sumir pelo mato.

— AL... — mal começou a falar o nome do guerreiro, o mesmo gritou uma ordem. Sem pensar duas vezes, inundado pela sensação de caça, começou a correr, mal dando tempo de Silmeria terminar de falar.

Nem sequer correu dez passos e jogou-se para frente, em meio ao salto transformando-se numa enorme fera negra e continuando a correr sobre as quatro patas. Perseguia a criatura com uma ferocidade guiada pela raiva, rosnando alto e cravando as garras no chão em sua corrida. Porque havia matado a mulher de forma tão horrenda? E por quanto tempo será que ela havia sofrido? Os pensamentos racionais aos poucos foram dando lugar apenas pelo seu objetivo atual, que era caçar aquela criatura. Tentaria cercá-la, a atacaria de frente sem pensar duas vezes mirando sua garganta. Mal podia esperar para rasgar a carne daquele demônio.

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Mensagem por Shaorin Seg Jun 24, 2013 8:06 pm

[ Bom, como a camp é sério não tolero atrasos, sem choradeira, Michelle está fora. A não ser que ela tenha um bom - e que eu acredite - motivo para voltar. Voltemos a quest. ]

Se alguém queria chamar a atenção do grupo teve sucesso. Aldarion começou a guardar loucamente tudo que ele precisava para levantar acampamento enquanto Silmeria e Hayate perseguiam o cão. Se aquela criatura conseguisse alcançar seu real comandante e dissesse que havia outras pessoas que viram o massacre, algo ruim poderia acontecer com os três.

Uma vez em desvantagem, Hayate se transformou em sua forma lupina  dobrando sua velocidade. Conseguia ver perfeitamente o cão a sua frente, ele mantinha a cauda bem reta para que o vento não atrapalhasse sua corrida e que chegasse mais rápido. Mas para seu azar, quem o perseguia era maior e ainda mais rápido. Sem esperar, Hayate consegue pular na frente do animal e percebe que é o seu fim ao deparar-se com o tamanho que o Lycan tinha, sem esperar, como um último suspiro, ele soltou um grito desumano e estridente que fez Silméria curvar-se e colocar as mãos em seus sensíveis ouvidos.

E então é estraçalhado pelo Lycan coberto por raiva pelo que fizera.  Enquanto ambos faziam a perseguição, podiam ouvir vários uivos vindos da aldeia onde o massacre estava sendo feito, mas quando a criatura urrou, todos os uivos cessaram. Mesmo morto havia cumprido seu papel.

Ambos conseguiam a esta altura ver como estava a aldeia. Era gigantesca e tinham várias casas. No chão, havia inúmeros corpos e muito, muito sangue derramado. Algumas criaturas como a que Hayate matou estava comendo e ainda matando os residentes dali. Alguns eram possíveis até de serem reconhecidos como humanos. Mas quando o grito foi dado e eles pararam de urrar, Silméria e Hayate viram todas as cabeças negras exatamente iguais a do cão virarem para suas direções. Eram no total quarenta cães num raio de um quilometro.

Rapidamente os viram e começaram a correr em suas direções. Silmeria sabia que Aldarion estava vindo atrás com muita coisas nas costas e seria lento para se defender; ela estava usava arco-e-flecha, seria mais eficiente um ataque vindo de longe; já para Hayate era fácil o contato físico, porém era uma quantidade absurda para três indivíduos. O mais sensato era voltarem e permanecerem na clareira - um lugar largo e de boa visão - onde um ataque frontar e de longa distancia era mais efetivo.

Porém Aldarion já podia ser visto há alguns metros e os cães já se aproximavam.  O mato onde estavam ia até seus joelhos, o que dificultava ainda mais a locomoção. A Lua estava prontamente em cima de suas cabeças neste momento, que por um sinal divino, os estava ajudando a ver todo o ambiente como se tivesse alguém iluminando seus caminhos.

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Mensagem por Torak Ter Jun 25, 2013 10:28 pm

OFF: To postando antes do Aldarion por autorização dele
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"Maldição!" Pensou no mesmo instante que o cão uivou e alertou os demais, mesmo assim Hayate não cessou seu ataque, avançando num instante e abocanhando a garganta do inimigo, a rasgando com facilidade. Mas quando o Lycan se levantou, deparou-se com uma vila morro abaixo totalmente destruída — e dezenas de olhos os encarando de maneira demoníaca. Muitos deles. E não demoraram para começar a caçada.

— Voltem!! — Rugiu para Silmeria e Aldarion, mas sabia que não adiantaria apenas isso. Correu feito flecha e não houve tempo de perguntar ou pedir permissão, assim que passou pela meio-elfa o Lycan a agarrou com um braço e a apoiou no ombro esquerdo, isso sem parar de correr. Silmeria era uma arqueira, não duraria contra quarenta cães infernais sedentos de sangue. Esperava que Aldarion tivesse ouvido seu grito e já estivesse correndo de volta para a clareira aonde estavam.

Uma vez próximo do local, saltou para cima de uma das árvores onde deixou Silméria e logo voltou ao chão. Dali ela poderia atirar com suas flechas e acertar facilmente os cães. Hayate ficou ao lado de Aldarion e soltou um rugido para chamar atenção dos inimigos. Não poderiam fugir pra sempre, tinham que enfrentar aquela horda demoníaca.

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Mensagem por Phyress Qua Jun 26, 2013 9:00 pm

A expressão de Silmeria continha estranheza diante daquela situação, ela podia ouvir uivos vindo da aldeia próxima ao local, talvez houvessem mais daqueles monstros por ai, era melhor que abatessem aquele antes que ele alertasse os demais.

Silmeria mal teve tempo de alcançar Hayate naquela perseguição, mas não que precisasse de tanto, afinal, o rapaz em sua forma lupina se provou bem mais ágil do que o cão que tentava fugir e não o deixou chegar longe. Quando aquele grito ecoou pelo local, Silmeria levou as mãos aos ouvidos e se curvou, soltando um grito abafado. A meia-elfa sequer viu com clareza que fim aquele monstro havia levado, já que por instinto também havia fechado os olhos com força diante daquele som. Quando o som cessou, porém, silêncio. Mais do que todos aqueles uivos, aquele silêncio era aterrorizante.

-... Ah, não... – vendo que o Lycan fitava a aldeia atrás de si, Silmeria lentamente se virou e viu os cães que os observavam. Mesmo não tendo muito tempo para observar, sua mente conseguiu registrar todo aquele cenário; corpos destroçados, rastros de sangue por todos os lados, aparentemente aquela vila sequer teve a chance de se defender...

Um arrepio passou por seu corpo e ela demorou alguns segundos para reagir, segundos que seu inconsciente sabia que seriam fatais. O grito de Hayate, porém, a despertou do transe. Segurando firme o arco em punho, ela se virou para iniciar uma corrida de volta para a clareira onde estavam. Sequer, porém, teve tempo de dar muitos passos, pois sentiu um grande braço a envolvendo.

- Não...! – gritou ao ver a pelagem negra do Lycan, por um instante pensou que havia sido pega por algo que fosse aliado daquelas coisas – Hayate...? – soltou um breve suspiro aliviado ao notar de quem se tratava, procurou segurar firmemente seu arco para não derrubá-lo durante a corrida, além de ficar em uma posição que evitaria que suas flechas caíssem da aljava.

Fez o possível para facilitar as ações de Hayate e, assim que notou que ele pretendia deixá-la sobre uma árvore, ela procurou se apoiar em um dos galhos mais grossos e altos, mas de modo que ainda tivesse visão do que aconteceria na clareira. Retirou uma flecha da aljava e já se colocou em guarda, procurando ver o quão perto os inimigos estavam.

“Droga... Não tenho tantas flechas para abater todos esses inimigos... É melhor que eu me foque em dar suporte para eles caso os ataquem pelas costas...”

Embora tentasse pensar em como deveria agir, Silmeria não imaginava o que poderia acontecer. Se tratando de  criaturas estranhas como aquela, sequer tinha certeza se estaria segura naquela árvore.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Jun 27, 2013 10:00 pm

Aldarion corria o máximo que podia com todo o peso que carregava, sabia que Hayate era um predador e que silméria era astuta, mas temia pelo pior e não queria ficar longe deles. Enquanto corria, o guerreiro ouviu um grito, não, um rugido, não, um silvo. Ele não sabia definir o que era, apenas conseguia precisar que era um silvo alto e agudo. Sem pensar duas vezes, apressou seu passo ao limite temendo pelo pior, foi quando viu ao longe Silméria e mais adiante Hayate.

Levantou o braço fazendo um sinal de que estava chegando quando ouviu um rugido de Hayate ordenando para que voltasse.  O guerreiro não entendeu até ver o lobisomen saltar em direção de Silméria para então, agarrá-la e correr de volta para a clareira onde estava o acampamento. Confuso, o guerreiro apenas se virou e começou a correr também, mesmo estando mais próximo do destino, foi facilmente vencido por Hayate. No momento que seu companheiro passou por ele, Aldarion olhou para trás e então conseguiu finalmente definir os motivos que conduziam as ações de Hayate e Silméria, cães assassinos, dezenas deles.

- PRAGA DOS NOVE INFERNOS! - Pragejou irritado ao ver que as criaturas o alcançariam.

Sem nenhuma alternativa jogou sua pesada mochila atrás de uma árvore ficando apenas com sua armadura e espada. Aqueles cães não eram ladrões, eram assassinos, com certeza ignorariam a mochila de Aldarion. Livre do peso extra, o guerreiro correu para a clareira até se encontrar com seus companheiros novamente, chegando ali viu que Silméria e Hayate já estavam posicionados esperando por ele e pelos perseguidores. Sem perder mais nenhum segundo o espadachim entrou na formação dando suas costas a Hayate. Tanto o licantropo quanto a meio-elfa nunca haviam visto o guerreiro em ação e já podiam notar que mesmo com toda a tensão ele ainda mantinha sua espada presa nas costas quando deveria estar com ela em mãos.

- O que você fez pra esses caras estarem irritados assim? Urinou na mesma árvore que eles? - Falou em tom de humor para Hayate, mas sem abaixar a guarda.

Depois do breve momento de descontração, Aldarion apenas aguardou os inimigos se aproximarem sem  sacar seu espadão, ficou ali em pé e de braços cruzados como se não desse importância para a ameaça que se aproximava. Apenas quando as criaturas finalmente entraram no alcance de sua espada é que ele agiu.

Quase tão rápido como um raio, o braço do guerreiro se moveu puxando de suas costas o enorme espadão que desceu em uma trajetória diagonal acertando todos os inimigos na linha do ataque, com um giro de corpo, se recuperou do ataque inicial e desferiu um segundo golpe horizontal puxando sua espada para trás. E assim desta forma ele ia lutando, desferindo golpes aproveitando todo o espaço que tinha de forma a acertar a maior quantidade de oponentes possível, se algum lobo o mordesse, Aldarion usaria os próprios espinhos da armadura para socar, chutar, acotovelar, pisotear, dar joelhadas e outros ataques corporais, se fosse preciso usaria até a própria boca para morder com toda força qualquer coisa que pudesse alcançar.

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[Comum] A Grande Caçada Empty Re: [Comum] A Grande Caçada

Mensagem por Shaorin Seg Jul 01, 2013 4:21 pm

À primeira vista seriam massacrados. Não eram apenas quinze ou vinte cães, eram quarenta e estavam sedentos por seus sangues. Hayate alertou a todos para que voltassem e pegou Silmeria no colo dando uma carona até a gigante árvore da lareira. A tática do trio então era simples: Enquanto os machos apanhavam, a fêmea batia de longe, livre e solta, certo? Erradíssimo.

Os cães alcançaram os grupo mais rápido do que esperavam, por um tris Aldarion não consegue chegar ileso à Clareira. O primeiro cão infernal apareceu e olhou fixamente nos olhos dos dois. Abriu sua boca  exibindo aqueles dentes pontiagudos e avançou para cima de Aldarion seguido por uma fileira de mais de cinco. Aldarion agiu como sempre, rápido e muito ágil mesmo com uma espada gigantesca em mãos. Atacou fácil os três primeiros com a espada, mas dois deles agarraram uma de suas pernas e braços. Eles chacoalhavam a boca espumando como cães loucos enquanto Aldarion usava sua espada para tirá-los de seu corpo. Como usava uma armadura coberta por espinhos, assim que as criaturas o mordiam já soltavam uivos de dor que chegava a ver os espinhos ultrapassarem suas bocas e cérebros, vez ou outra matando de uma vez.

Já em Hayate a maioria não tinha tempo para ataque, o lobo era rápido e astuto além de grande, o que de uma vez acabava com três. Eram muitas as carcaças espalhadas pelo chão, mas parecia que eles se multiplicavam e não acabava nunca!

Para Silméria os ataques eram fáceis. Por mais que tivesse poucas flechas, seus ataques eram certeiros e ajudavam principalmente a matar os cães que poderiam talvez dar um ataque fatal em ambos companheiros.

Os ataques eram incessantes, os cães perceberam que eram apenas três que deveriam acabar e sabiam que eles eram a força. Rapidamente, fizeram um círculo e tomaram conta dos quatro cantos dos três. Para todo lado que olhassem Hayate, Silméria e Aldarion viam  cães pulando e se jogando em suas direções sem nada a perder, afinal às suas costas já tinha outro para atacar.

Silméria então começou a ter problemas. Apesar de sua árvore ser grande, ela não era alta o suficiente para que eles não conseguissem  alcançar. Num de seus ataques, percebeu que certos cães olhavam diretamente para a elfa descobrindo seu esconderijo. Então, cinco deles rodearam a árvore e começaram a tentar subir nela. Um deles se jogou e tentou agarrar sua perna e puxá-la mas não conseguiu; outro tentou escalar, subindo pouco mais de alguns passos até então cair. A elfa estava tão preocupada em se proteger dos que pulavam, que nem percebeu um rosnado bem perto, ao olhar para o lado perto do final do galho lá estava um dos cães de boca aberta e a boca branca de espuma, pronto para atacar.

Hayate estava começando a ter problemas. Eles vinham de todos os lugares e já tinham muitos no chão. Enquanto o lobo atacava pela frente e lados, outros montavam em suas costas e mordiam suas pernas e braços machucando-o. Sorte sua que os ferimentos eram leves pois seus movimentos eram rápidos e não dava tempo de um ferimento grave.

Aldarion também estava com problemas. Apesar de usar algumas de suas habilidades, o que ajudava bastante, a quantidade dificultava. Já havia conseguido abater diversas criaturas, mas ainda tinham várias para serem extinguidas. O guerreiro tinha um ponto a mais que Hayate: não estava ferido, porém estava começando a ficar cansado. Tinha em mente que deveria acabar logo com tudo aquilo antes que se  cansasse, apesar de que...talvez era isso que as criaturas estivessem fazendo com os três, afinal às vezes se consegue ganhar algo pelo cansaço.

Infelizmente tinham abatido apenas vinte, afinal eles não morriam fácil e tinham uma vitalidade incrível, pois alguns dos cães percebiam seus tipos de ataques e já conseguiam desviar. Eram como se fossem máquinas que com o decorrer do jogo conseguiam adivinhar suas jogadas.

O cheiro ruim de sangue e podridão começava a surgir, os animais que estavam por perto deixaram o lugar e abutres sobrevoavam o céu em movimentos circulares exibindo para quem quisesse ver que ali havia um massacre.



{Como você mesmo disse, Aldarion: Perde 60% e fica com apenas 40% de MP. Sobrando apenas Quick Strike para mais três rodadas.  Apesar de muito bem treinado, é humano e está se cansando. Parece que de algum lugar  está surgindo ainda mais e mais criaturas, mas é apenas uma impressão como dito acima. Avista Silmeria em perigo pelos cães estarem tentando subir na árvore.

Hayate: Está sangrando em partes das costas, braços e pernas. Nada considerável, porém o latejar diminui a resistência à luta. Nada de perda de HP ainda e nenhuma ferimento sério. Hayate vê que Silméria está em apuros, que a maioria dos cães mais fracos estão largando os dois homens para ir para cima da elfa.

Silmeria está bem, assustada agora com a notícia de ter mais alguém para compartilhar o galho. Tem que agir rápido senão ele fará com ela a mesma coisa que fez com aquela mulher: arrancar a cabeça. Outros tentam subir e estão quase conseguindo. Sua aljava ainda tem mais 15 flechas.}

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Mensagem por Phyress Qui Jul 04, 2013 9:48 pm

Era irritante saber que aquela batalha parecia ser inútil para descobrir qualquer coisa sobre o que estava acontecendo. Eles ficariam apenas exaustados e sem respostas, era uma luta por sobrevivência apenas. Por mais que isso a irritasse, seu coração batia acelerado. Sentia seu corpo agitado pela situação, mas era uma agitação que a excitava. Toda aquela brutalidade era algo que atraia seus olhos e lhe causava um sentimento estranho, mas agradável. Sem sequer notar, um singelo sorriso permanecia nos lábios da meia-elfa.

Ao notar que vários pares de olhos voltaram-se para si, Silmeria não ficou tão preocupada. Por mais que não conhecesse aquelas criaturas, tinha confiança de que eles não conseguiriam subir tão facilmente; talvez houvesse tempo para tomar alguma medida. Sempre com uma flecha pronta para ser disparada, Silmeria continuaria agindo da mesma maneira, mas passou a se preocupar com não apenas olhos voltavam-se para elas, mas alguns dos animais abandonavam os dois e corriam até a árvore. Cinco cães passaram a tentar pular para subir, inicialmente não pareciam capazes de alcançá-la, mas... Eles pareciam conseguir pular cada vez mais alto e usavam suas garras para tentar subir.

Era melhor subir mais, tomar uma distancia segura para abatê-los ou ter certeza que eles não seriam capazes de alcançá-la...

Sua atenção, porém, foi desviada para o rosnado próximo a ela. Por estar em uma batalha, sempre pronta para disparar um golpe, a flecha já estava devidamente posicionada em seu arco para que um ataque fosse desferido. E foi o que Silmeria fez. Assim que aquele rosnado lhe chamou a atenção, ela não virou apenas o rosto, mas também o tronco do corpo e o arco na direção da qual o som havia vindo.

“Como ele pulou nesse galho tão de repente...?”

Mirando na cabeça daquela coisa, Silmeria disparou uma flecha. Esperava que aquela coisa acabasse perdendo o equilíbrio e caindo dali, dando tempo para a meia elfa se locomover. Mesmo que ele tivesse uma vitalidade grande, imaginava que eles sentiam dor.

(Caso o animal caia)
Spoiler:

(Caso o animal não caia)
Spoiler:

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sáb Jul 06, 2013 12:34 pm

Aldarion corria o mais que podia tendo seu deslocamento estorvado pelo peso de sua armadura em conjuto com a vegetação da floresta. Quando conseguiu chegar na clareira não teve muito tempo para se aprontar, mal terminou de lançar sua piada para Hayate e ja foi logo atacado por dois cães que estavam bem em seu encalço. Os animais saltaram pulando nas costas do guerreiro, mordiam seu pescoço raivosamente tentando fazer o que haviam feito com a mulher que o grupo encontrou.

Foi inútil, a armadura do guerreiro o deixava invulnerável contra as presas e garras daqueles animais enquanto que os espinhos perfuravam-nos. Aldarion levou sua mão direita as costas agarrando um dos animais, o da esquerda, então com brutalidade o puxou para frente jogando-o no chão com toda força. Sem dar tempo para o animal se recuperar, desferiu nele um poderoso pisão que esmagou ossos e orgãos matando-o.

Ignorando o segundo cão que o mordia, o guerreiro virou-se para trás bem a tempo de ver mais deles saltarem sobre ele, sem pensar duas vezes sacou sua enorme espada em uma fração de segundos desferindo um golpe que acertou os dois animais em pleno ar enquanto que o cão que estava preso as costas do guerreiro, era jogado longe pelo movimento de saque. Sangue e tripas voaram por todo lado sujando a clareira e o guerreiro, mas aquilo era só o começo da batalha que ficaria ainda pior.

Aldarion mal havia se recuperado do primeiro golpe, e logo viu mais três cães chegando, desta vez um a frente e dois vindo pelas laterais. Aqueles animais de alguma forma pareciam capazes de raciocinar a ponto de criar estratégias, mas aquilo não importava, ele cortaria todos eles. Os cães saltaram, os três ao mesmo tempo, o guerreiro girou sua espada em um ângulo que acerta-se dois deles, o ultimo, assim como os outros saltou sobre ele, para se proteger o espadachim levantou o braço fazendo com que o animal o mordesse no antebraço ficando pendurado ali. Aldarion então sacudiu seu braço com força fazendo com que o cão o soltasse sendo jogado alguns metros até terminar seu deslocamento colidindo-se com outro cão em pleno ar próximo a Hayate.

Os animais não tiveram tempo de se recuperarem do encontrão, uma poderosa pata com garras passou pelos dois arrancando suas mandíbulas, era Hayate quem aproveitava a guarda baixa. A batalha se desenrolava brutal, a adrenalina corria solta nas veias do trio.

- HA! Nada como uma boa luta antes de dormir! É uma pena Michelle não estar aqui, adoraria ver esses cães rasgando-a em pedaços. HAHAHAHAHAHA!!! - Comentou Aldarion enquanto cortava mais três cães ao meio.

O guerreiro havia conseguido uma pequena folga, alguns segundos de descanso, achou estranho isso, os cães cessarem seus ataques intermitentes por alguns momentos. Desconfiado, o guerreiro levou o olhar para seus companheiros e então percebeu o que acontecia, os cães não haviam cessado seu ataque, estavam apenas mudando de alvo.

- HAYATE! - Gritou para seu companheiro.

Aldarion não era rápido o suficiente para socorrer Silméria, mas Hayate era, por isso o guerreiro fez o mais sensato, se limitaria a dar cobertura para que o licanropo pudesse salvar a garota, mas não sem antes dele próprio dar sua contribuição.

- FUGINDO DE MIM? NEM PENSAR! - Gritou dando um ataque de carga em direção à árvore de Silméria desferindo ali um poderoso golpe, a intenção era cortar dois ou 3 dos cães que se amontoavam ao pé da árvore de forma a abrir caminho para Hayate.

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Mensagem por Torak Qui Jul 11, 2013 7:31 am

Os inimigos eram fracos, mas eram muitos. Dezenas de cães demoníacos atacavam a dupla, mal dando tempo para respirar. Hayate mordia, arranhava e rasgava os que chegavam ao seu alcance, seus movimentos rápidos impedindo ataques letais. Mesmo assim era impossível ficar ileso e o lycan levava mordidas nos braços, pernas e mesmo suas costas sofria arranhões quando os cães covardemente resolviam atacar por trás. Mas não era o suficiente para derrubá-lo. A adrenalina o impulsionava e fazia seus músculos serem irrigados pela mais pura vontade de lutar e sobreviver. Suas pupilas dilatadas garantiam uma visão afiada e capaz de perceber movimentos mínimos dos inimigos. Nesta hora, Hayate era apenas uma fera insana que se recusava a cair. Não fosse o grito de Aldarion o chamando, ele sequer teria notado Silmeria em apuros.

Não sabia como o cão havia subido na árvore, nem queria saber. Ignorou qualquer golpe ou ataque dos inimigos ao seu redor e partiu sobre as quatro patas, correndo feito flecha. Uma vez ali, golpeou dois cães com suas garras e logo saltou para cima da árvore, agarrando qualquer infeliz que houvesse subido e violentamente o arremessando ao chão a tempo do ataque de carga de Aldarion terminar de arrebentá-los.

Estava quase acabado. Mais de um terço dos cães haviam perecido. Hayate voltou ao chão a fim de terminar a chacina. Começava a ofegar, mas nem de longe isso significava que estava cansado demais para continuar. Dali de baixo o juggernaut e o lycan poderiam impedir qualquer cão de subir na árvore atrás da elfa, enquanto ela poderia tranquilamente acertar flechas poderosas a uma curta distância. Aquilo estava para acabar.

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Mensagem por Shaorin Ter Jul 16, 2013 2:16 pm

A luta estava ficando acirrada e sanguinária, como a platéia gosta. Metade dos cães haviam padecido e estavam em pedaços no chão; alguns já estavam quase mortos e apenas davam seus últimos suspiros. A outra metade estava firme e forte seguindo com os ataques.

Silméria e sua maestria com o arco-e-flecha. Sem muito movimentar-se, lançou uma flecha que acertou no centro da testa do animal e o jogou para longe da árvore e para os braços de Hayate para que terminasse o serviço. Como ainda faltavam dezenove e haviam mudado seu alvo, os dois machos seguiram até a árvore onde Silméria estava. A elfa era mais esperta e subia ainda mais alto para que nem se quer a vissem, o que era uma ótima estratégia.

O resto dos animais, visto que não acertariam mais a mulher voltaram-se para Aldarion e Hayate. Era até bonito de ver dois indivíduos correndo ferozmente para uma parede feita por cães infernais.

Foi quando um assovio baixo surgiu na floresta e fez um dos cães parar de lutar e erguer a cabeça para trás. Apenas Hayate e Silméria ouviram. O animal, que era o próximo a atacar, parou e começou a correr em direção ao assovio. Naquele instante Silméria o viu correr e prontamente pegou seu arco e flecha para abatê-lo ao longe, mas como era de se esperar, nem sempre as coisas ficam ao nosso favor. Um outro cão percebe e tenta proteger este que corre, avançando então para as costas desprotegidas de Hayate, forçando Silméria a usar sua flecha para acertá-lo e salvar seu companheiro, deixando o outro cão fugir.

E então a luta enfim acabava, com Aldarion coberto de sangue de animais e alguns arranhões no rosto; Hayate com alguns ferimentos leves, nada com o que se preocupar; E claro, Silméria, sem nenhum arranhão para contar história a não ser feitos por galhos.

A cena era horrível de se olhar. O último cão fora abatido por Hayate e Aldarion que o fizeram rapidamente. Ao redor, uma chacina de se nunca mais esquecer. O fedor era intenso e o cansaço apesar de tudo também era. A presença que sentiam durante a batalha havia sumido, e com ele o conhecimento de Silméria que um cão havia seguido um assovio. Seria alguém que queria detalhes de como batalhavam? Ou pior, alguém que queria distraí-los de uma coisa ainda maior que fizera? Difícil saber, o mais importante agora era sair dali, se limparem, comer e descansar em outro lugar. Será mesmo?

A lua já estava do outro lado do céu mostrando que era o meio da madrugada. Daqui há algumas horas o Sol iluminaria todo o campo e faria com que o cheiro fosse ainda mais forte. Quem se salvou do massacre naquela tribo começaria a surgir para ver os destroços. Ou não havia ninguém para que pudesse explicar alguma coisa ao trio? Teriam lutado à toa por causa daquela mulher que morrera pedindo ajuda? Trágico.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Jul 16, 2013 3:27 pm

Trilha Sonora


Aldarion correu a toda velocidade até a árvore onde Silméria estava, chegando ali terminou sua carga desferindo um poderoso golpe horizontal que atingiu dois cães ao mesmo tempo dividindo-os ao meio, a potência do golpe fora tamanha que a espada terminou fincada no tronco da árvore o que provocou um lave tremor que foi sentido pela arqueira.

O espadachim retirou seu espadão da árvore e olhou para Silméria bem a tempo de ver o cão que a ameaçava cair com uma flechada para os braços nada confortáveis de Hayate. O espadachim sorriu, não precisaria ter que proteger ninguém e poderia continuar a lutar da forma como mais gostava. Logo se viu de novo engajando-se em combate com 3 oponentes de uma só vez. Aldarion cortáva-os, esmagáva-os e os atacava com ferocidade comparável a de Hayate com a diferença de que seus golpes eram medidos e calculados ao contrário de seu companheiro que lutava de improviso baseando-se unicamente em seus instintos ferais.

Enquanto brandia sua arma o guerreiro exibia um sorriso de satisfação no rosto, sentia-se vivo, de fato eram em situações de vida ou morte que ele se sentia completo mesmo com o medo da morte sempre presente. Mal havia começado seu aquecimento para perceber que tudo ja havia acabado.

- Pooooooxa... Já acabou? Agora que eu estava me aquecendo... - Falou com uma expressão de quase choro chegando até mesmo a fazer um biquinho com os lábios.

Viu então que um dos cães que estava mortalmente ferido no chão ainda vivia o que fez o guerreiro ir até ele agachando-se ao seu lado.

- Vamos cãozinho, por favor, se levante e me ataque, vamos, isso não é nada é só um arranhão tenho certeza que você pode continuar lutando sem as patas traseiras. - Falava cutucando o animal tentando incentivá-lo a se levantar e lutar. - Ha! Morreu. - Falou com uma expressão de tristeza no rosto.

O guerreiro se levantou e olhou ao redor e viu como a clareira estava agora, outrora bela e agradável como muitas na floresta, estava agora imunda, fétida e repleta de sangue e morte, parecia que aquele lugar não pertencia a bela Endless, mas sim ao inferno.

- Filhos da puta, estragaram meu café da manhã. Isso está uma porcaria. Hayate presta atenção cara, um monte de árvores por ai e tu foi fazer suas necessidades logo na árvore desses caras? HAHAHAHAHAHAHAHAHA! - Gargalhou, então levantou sua cabeça para cima e olhou para Silméria. - Haha! Boa luta Sil, você realmente sabe como dar sua participação em uma festa, hu? - Disse erguendo seu espadão ensanguentado saudando a garota. - Acho que agora já pode descer dai.

Enquanto Silméria descia da árvore e Hayate se cuidava, Aldarion limpava-se removendo os pedaços de carne e tripas presos em sua armadura assim como livrando-se de seu manto que agora encontrava-se em um estado ainda pior do que o anterior. Finalmente quando o trio estava todo reunido no chão, Aldarion colocou seu espadão ensanguentado apoiado sobre o ombro, olhou para seus companheiros e falou:

- Muito bem, apesar das piadas, isso que aconteceu não é algo normal, esses animais idiotas pareciam espertos demais para simples cães, pareciam que estavam possuidos por algo ou sendo controlados por alguém. - O guerreiro suspirou, então levantou sua mão esquerda e abriu sua palma gesticulando como se estivesse entregando a Hayate e Silméria algo. - Vejam, temos duas escolhas, podemos investigar isso ou continuar o que estávamos fazendo, eu particularmente prefiro ir atrás do responsável por tudo isso, e vocês o que acham?

Aldarion esperou as respostas de seus companheiros então deu suas costas a eles e caminhou até onde havia largado sua mochila recolhendo-a.

- Independente do que vocês decidirem, eu vou dar uma olhada na direção da onde aqueles cães vieram. - Falou já se colocando a caminho, desta vez não esperou nenhuma resposta e seguiu impulsivo como era habitualmente.

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Mensagem por Phyress Qui Jul 18, 2013 10:08 pm

Silmeria sentiu-se aliviada ao ver aquele monstro cair quando sua flecha atingiu a cabeça deste, mas ainda sim, optou por subir ainda mais para sair do alcance das criaturas que os atacavam. A luta já estava em sua reta final e os dois que estavam lá embaixo ainda estavam de pé. O assovio que escutou, porém, chamou sua atenção. A meia-elfa desviou a atenção da batalha por alguns instantes e olhou na direção da qual o som veio. Por estar em um ponto mais alto, ao voltar seus olhos para a batalha, pode avistar um dos cães se afastando.

“Só um...?” pensou, imaginando que aquilo era algo relacionado a magia. De qualquer modo, não seriam capazes de acompanhar a criatura, era melhor abatê-la para que não chegasse ao seu dono. Ela posicionou a flecha e mirou no cão que passou a correr. Em seu campo de visão, porém, ainda restavam seus companheiros e as outras criaturas. Quando captou a imagem de que Hayate seria atingido pelas costas, por instinto imediatamente ela mudou de alvo, auxiliando o companheiro.

Ainda sim, ela tentou procurar o cão que havia se afastando novamente, mas sem sucesso.

- Tsc. – soltou um estalo, aborrecida – Droga... Eu não devia ter deixado ele fugir... – murmurou para si mesma e, de cima da árvore, lançou um olhar aborrecido para Hayate.

Silmeria pendurou o arco nas costas e começou uma descida cuidadosa, sempre verificando se o galho em que iria pisar era firme o suficiente para aguentá-la antes de apoiar todo o peso do seu corpo nele. Sentia irritada com o fato daquele cão ter escapado. O cheiro daquele local era horrível, não poderiam mais acampar ali... Na verdade, talvez não fosse seguro mais acampar em nenhum local próximo daquela vila destruida.

Enquanto descia, ela ouvia as palavras relaxadas de Aldarion. Olhava-o com certa incredulidade pelas piadas que ele fazia, não tinha certeza se deveria achá-las engraçadas mesmo ou repreendê-lo. A expressão dela, porém, se contorceu quando ouviu o apelido que Aldarion havia lhe dado.

- Ei. – o tom áspero saiu enquanto ela finalmente colocava os pés no chão - Não me chame assim, nós nem somos amigos íntimos. – respondeu aborrecida -  Você, Hayate. Controle-o, ele não é seu amigo?

Soltou um suspiro aborrecido e massageou as temporãs, tentando se acalmar com a fuga que havia deixado acontecer.

- Você ouviu, não foi, Hayate? Aquela assovio. Eu vi um dos cães indo embora depois disso, mas eu... – hesitou um pouco e lançou um olhar aborrecido para Hayate – Não consegui abatê-lo a tempo, eu errei o tiro. Seja para onde o fugitivo foi, deve ter ido avisar alguém que sobrevivemos e vimos o que aconteceu.

Fez uma pausa e ouviu as palavras de Aldarion. Parecendo pensar um pouco sobre o que ele disse. Sequer tentou impedi-lo quando ele se levantou e saiu andando, imaginava que aquele homem ficaria bem se ficasse alguns minutos sozinho.

- Eu penso como Aldarion. Seja o que for, pode vir atrás de nós... Seria melhor se pegássemos o responsável por isso antes que ele nos pegue. Eu já queria ir até a vila mesmo... Talvez não hajam sobreviventes, mas talvez encontremos algo ou alguém...  – e ela se levantou, mas diferente de Aldarion que simplesmente saiu andando, ela olhou para Hayate – Você vem? – e esperou a resposta dele antes de seguir Aldarion.

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Mensagem por Torak Qui Jul 25, 2013 9:48 pm

OFF: Falei com o Aldarion e combinamos algumas ações dele, coloquei em Quote
---

Parecia que a luta tinha durado longas horas, a adrenalina faz tudo parecer mais lento e graças a isso a luta resultou em vitória do trio. Uma vez que aquilo havia terminado, Hayate enfim teve tempo de respirar ofegante, se recompondo. Enquanto analisava a cena grotesca ao redor, ouviu Aldarion mas não entendeu a piada. Ao menos ele parecia animado... ou louco, pelo menos. Quando Silméria se dirigiu para o lycan, ele soltou um grunhido de dúvida. Controle-o? Como assim? De qualquer forma precisava voltar à sua forma humana, ou não conseguiria falar com seus companheiros, e assim fez. Sua calça e colete eram as únicas peças que não se rasgavam, graças a um encantamento simples mas que não resistiria a muitas transformações.

A luta havia custado alguns cortes e mordidas nos braços e pernas, que por sorte já não sangravam mesmo com Hayate em sua forma humana. Pela manhã, restarão apenas cicatrizes. Prestou atenção nas palavras de Aldarion e Silméria, concordando com ambos.

— Sim eu ouvi o assovio... Aldarion, um dos cães escapou, provavelmente foi para seu dono. Concordo com a Simeria, melhor irmos atrás deles antes que venham atrás de nós. Mas... — Parou e olhou para o corpo da mulher decapitada, lembrando-se também dos outros corpos na vila. — Não podemos deixar os corpos assim. Precisamos fazer as Marcas da Morte, ou suas almas irão se perder.

- Hã? Quê? Um cão fugiu? HAHAHAHA! MAS ISSO É ÓTIMO! - Aldarion levanta os dois braços em comemoração. - TEREMOS MAIS COMBATE! MAIS FESTA! - Sua boca se abre em um largo sorriso exibindo todos os dentes, até que ele presta atenção no restante das palavras de Hayate.

Aldarion fica sério e então comenta com um meio sorriso.

- Eu não acredito nessas coisas, eu já lutei muitas batalhas e vi muita gente morrer. Muitos bons e mals soldados tombarem sem vida na glória do combate. Acho que o caminho para os portões da alma é algo natural... Seria muita arrogância pensar que nós temos o poder de salvar ou não salvar a alma de alguém.

- Mas se quiser ir adiante com isso, vá logo e não demore, eu te espero. Com sorte seremos atacados de novo. - Terminou a frase reabrindo seu largo sorriso. Depois disso partiu andando para pegar suas coisas, assoviando alegremente. Assim que recolheu sua mochila voltou para seu grupo e finalmente foi ao vilarejo junto deles após Hayate terminar de fazer as Marcas da Morte na mulher.


Hayate não sabia dizer se Aldarion estava brincando ou se realmente queria mais lutas. Quanto mais tempo passava com o guerreiro, menos o entendia. O rapaz apenas coçou um leve corte seco que havia no rosto.

— A morte é natural... as almas podem se encontrar, eventualmente. Mas ajudá-las a fazer isso é a tarefa de quem conhece a respeito. — Bateu o punho fechado sobre o peito em agradecimento à compreensão de Aldarion, e também à de Silméria se ela concordasse.

Andou até o corpo da mulher e a ajeitou de barriga para cima, logo colocando a cabeça onde deveria estar. Então Hayate cavou ao pé de uma das árvores em busca de ocre, não demorando muito a encontrar. Pegou um punhado na mão e cuspiu, formando uma pasta vermelha pegajosa, o sangue da terra. Com a pasta desenhou quatro círculos na pele da mulher: um em cada calcanhar, um acima do coração e outro na testa. Era simples, sequer precisava enterrar o corpo. A terra se alimentaria da mulher assim como ela se alimentou da terra.

— Vamos. — Não se livrou do ocre seco. Guardou um punhado em uma algibeira vazia que Aldarion levava na mochila. Haveria outros corpos no caminho.

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Mensagem por Shaorin Dom Ago 04, 2013 9:43 pm

[ Já imaginava que fariam isso, vindo de gold então... Post atrasado pq..ah, foda-se, ja sabem. ] D=

Foi decidido rápido o lugar para onde iriam. Não tinha dormido e nem se quer quiseram algum tempo para descansar, queriam sair logo daquele lugar horrível para...ver algo pior ainda.

Não demoraram para chegar ao lugar da chacina. Era a coisa mais desastrosa de ver. Hayate pôde lembrar de quando tinha estado em uma tribo, como eles eram capazes de deixar seus adversários. Ali não era nada diferente, apenas mais sangrento e desumano. Como já suspeitavam era uma tripo de humanos em plenas árvores de Hirt. Havia corpos destroçados, com um braço de um lado e a perna de outro; as ocas estavam manchadas de sangue nas portas, todas; sangue por todo lugar, pessoas por todo lugar. Apenas alguns cães haviam sido abatidos por flechas e facas, mas mesmo assim a carnificina com os moradores fora maior. Infelizmente viram algo desagradável: crianças. Elas estavam mortas e formavam um círculo médio no meio da tribo. Em todas havia dois furinhos com a distância de um dedo entre eles em suas gargantas. Apesar de tudo, tinham rostos serenos e algumas pareciam até sorrir. No meio do círculo estava o que parecia ser o chefe da tribo, um homem cheio de arranhões e com a mesma marca que as crianças, todos seus dedos foram cortados e havia sangue envolta de seu corpo.

De repente uma voz rompeu o silêncio. Era um chamado. Uma voz rouca e falha chamou a atenção de Aldarion e veio de perto de uma das ocas. Era um dos guerreiros da tribo. Ele não tinha uma das pernas e estava sem um dos olhos, estava quase morrendo porém tinha ar e coragem suficiente para conversar. Sua coragem era admirável.

— So-socorro...E-ele acabou com mi-minha tri-boo...— Tossiu e sangue brotou de sua boca, tinha apenas alguns segundos mais. — Ele não está longe daqui...Matem quem tem carrega a lua gigante...— Encarou os olhos de Aldarion firme que aos poucos tornou-se opaco e sem vida. o homem estava morto.

Quem era o homem que carregava a lua gigante...? E pior, para onde ele tinha ido?

E então Hayate sentiu o cheiro. Era um cheiro igual ao seu. Mas uma mistura leve de humano. Mas era um humano diferente de todos os outros que já sentira. Silméria sentiu fracamente, o que para ela parecia o de um Youkai. O cheiro estava na direção à frente onde havia algumas montanhas. O cheiro do sangue que estava nesta aldeia ia junto e mostrava o caminho para onde iriam. Todos sentiram que ali havia passado alguém que tinha um grande poder, isso chegava a ser palpável. Estavam mexendo com alguém que queria que mexessem, mas por qual motivo? Difícil responder perguntas sem nem saber com quem se lida.


[ Post um tanto pobre, me perdoem. Podem fazer o que quer agora, pois está amanhecendo. Não há nada logo no começo da floresta para se preocuparem, somente onde começa as montanhas hehe...por isso podem postar que descansaram um pouco e comeram, se quiserem. Dou dois turnos para vocês decidirem o que fazer e a melhor forma de encararem tudo isso. Enjoy >3 ]

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Mensagem por Phyress Dom Ago 11, 2013 1:15 pm

Silmeria apenas olhou com estranheza quando Hayate comentou sobre as marcas da morte. Não esperava aquele tipo de reação... Nunca tivera muito contato com pessoas supersticiosas em relação àquelas coisas. Suspirou, não apoiava muito a ideia, mas era algo que o rapaz faria de qualquer jeito.

- Tudo bem. – disse – Eu te ajudarei quando chegarmos na vila... Ou isso vai levar uma eternidade pela quantidade de corpos. – e se aproximou de Hayate, para observar como as tais marcas eram feitas.

E assim, o grupo caminhou até a vila. Silmeria passou esse curto tempo em silencio, sempre com os olhos atentos ao ambiente ao redor, esperando que mais daquelas criaturas aparecessem a qualquer momento. Quando alcançaram o local, o cheiro de sangue fez com que o ambiente se tornasse enjoativo para Silmeria. Não pode evitar a expressão de desgosto ao ver aqueles corpos despedaçados e toda a vila manchada de sangue.

Os corpos das crianças, porém, lhe chamaram mais a atenção... Será que a forma em que eles estavam indicava algo especial? Ela se aproximou dos corpos e observou os furos nas gargantas.

“Mas o que é isso...?” pensou, tocando os corpos e verificando os furos. Levantou-se e passou por cima dos corpos, indo até o homem que se encontrava no centro do circulo. Se atentou para os dedos que haviam sido cortados... Por que haviam feito aquilo? Não parecia ser algo natural, talvez aquele circulo estranho realmente indicasse algo... Mas o que? Ela não tinha conhecimento em magia negra para saber.

- Será melhor fazer as marcas da morte...? – murmurou para si – Só para garantir que esse pessoal fique morto...

E ela desviou sua atenção dos corpos e olhou ao redor. Aquela presença estranha... Será que o responsável por aquilo ainda estava perto? Talvez ainda tivesse algo os observando.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Ago 11, 2013 4:37 pm

Aldarion seguiu adiante do grupo em direção ao vilarejo, depois de uma curta caminhada reencontrou sua mochila e  a recuperou verificando se estava tudo em ordem só por garantia. Depois seguiu adiante até finalmente chegar no lugar. Como suspeitava, era mesmo um vilarejo mas agora parecia mais um campo de batalha, ou melhor, um matadouro. Os corpos daqueles que ali habitavam se encontravam espalhados por todo o chão, espalhados e desmembrados, não parecia que haviam sido mortos para servirem de alimento mas sim pelo simples ato de assassinato.

A cena não deixou Aldarion chocado, aquilo não era algo fora do comum em sua vida, para a sua infelicidade, mas de alguma forma ele sentia-se incomodado. Enquanto seus companheiros não chegavam, o guerreiro começou a andar pelo vilarejo a procura de sobreviventes até que ouviu um gemido baixo. O guerreiro voltou sua atenção para a direção da onde vinha o gemido e encontrou caido em frente a uma oca um homem, seu corpo musculoso denunciava que provavelmente ele era um dos caçadores da aldeia. Infelizmente seu estado não era nada bom, ele não tinha uma das pernas e também um dos olhos.

- So-socorro...E-ele acabou com mi-minha tri-boo... - Murmurou o moribundo, Aldarion não pensou duas vezes, se ajoelhou ao lado dele e segurou sua mão com firmeza em um ato de fraternidade e companheirismo. O homem então tossiu e sangue brotou de sua boca pouco antes dele continuar. - Ele não está longe daqui...Matem quem tem carrega a lua gigante... - Terminou encarando os olhos de Aldarion com firmeza, o guerreiro devolveu o olhar em uma tentativa de transmitir a certeza de que seu pedido seria atendido até que finalmente a vida abandonou seu corpo destruído.

Aldarion então repousou a mão do homem sobre seu peito e depois fechou seus olhos para então se levantar bem a tempo de ver seus companheiros chegando. O espadachim caminhou até eles e prestou atenção no que Silméria falava a respeito do círculo de crianças mortas e do velho com os dedos cortados.

- Me parece que aqueles cães fizeram um festim aqui. A visão de corpos desmembrados não me incomoda, mas a ideia de ver pessoas inocentes mortas sim. Não que eu seja um pacifista ou paladino mas sempre pensei que combates deveriam ser travados entre guerreiros. - Aldarion deu uma pausa, retirou seu elmo para afagar seus cabelos com uma das mãos e então continuou. - Isso certamente foi obra de alguma espécie de vampiro, está amanhecendo então o Sol não é problema pra ele. Já ouvi falar de vampiros capazes de controlar animais como lobos e morcegos, esse deve ter algum poder similar. - O guerreiro devolveu seu elmo a cabeça e então aproximou-se do ancião sem dedos lançando um olhar analítico. - Acredito que seus dedos tenham sido cortados para que ele não conseguisse gesticular adequadamente e usar magia, as marcas de sangue ao redor de seu pescoço dão a entender que ele foi estrangulado.

O guerreiro distanciou-se de Hayate e Silméria até chegar em um banquinho que estava caído no chão próximo ao corpo de uma mulher, agachou-se e o arrumou, então sentou em cima retirando sua espada no processo pois a mesma não permitia sentar presa as costas. Estava a poucos metros de seus companheiros.

- Hayate provavelmente você vai fazer as marcas da morte nessa galera toda. Bom eu não vou te ajudar porque ja te falei que acho isso uma bobagem, mas vou te pedir um favor, o corpo daquele homem... - Aldarion ergueu uma das mãos e a apontou para o corpo do guerreiro que a poucos momentos ainda vivia. - Eu mesmo irei tratar. - Depois ficou em silêncio por alguns segundos ponderando sobre o que faria. Sem mais nada a dizer levantou-se voltando a guarda sua arma nas costas.

Depois começou a andar pelo vilarejo procurando qualquer coisa de valor, ouro, jóias ou mesmo lodians. Passado alguns minutos, Aldarion retornou para perto de seus companheiros, trazia em uma das mãos uma sacola onde dentro haviam as coisas que ele tinha encontrado. Jogou a sacola em um canto no chão e depois deixou sua mochila próxima a ela. Terminada a sua busca, era hora de cuidar do que havia se comprometido, providenciar um funeral adequado ao guerreiro que havia se mantido vivo apenas para fazer seu pedido em nome de sua tribo.

Aldarion primeiro reuniu vários pedaços de madeira usando mobílias e até mesmo pedaços das ocas formando uma pequena pira funerária, depois repousou ali o corpo do guerreiro colocando de forma que seus braços ficassem cruzados sobre sua arma. Depois Aldarion se afastou alguns passos e arremessou uma tocha incendiando a pira.

- Que seus deuses cuidem de sua alma para que você possa continuar lutando por sua tribo em outra vida. - Disse acenando para a pira em sinal de despedida.

Com o enterro feito, o espadachim retornou para o canto onde havia deixado suas coisas, ali acendeu uma figueira, retirou sua panela da mochila e colocou o almoço para cozinhar. De alguma forma ele realmente parecia não se importar com toda a carnificina ao seu redor.

- Hayate, Silzinha, terminem logo essas coisas e vamos comer, temos que achar um bastardo que carrega uma tal de lua grande e dar a ele um combate de verdade. - Gritou enquanto cutucava a fogueira para manter o fogo ardendo forte.

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Mensagem por Torak Sex Ago 16, 2013 12:38 pm

A reação de Aldarion era esperada, mas o lycan não pôde deixar de ficar surpreso com Silméria oferecendo ajuda. Era mais do que óbvio na expressão da meio-elfa que ela também não acreditava que as Marcas da Morte fariam qualquer diferença, mas ao menos estava disposta a oferecer seu apoio. Agradeceu a atitude, explicando para ela conforme fazia as marcas com o ocre. Não se demoraram e seguiram para a tribo aniquilada. Assim que pisou no lugar, Hayate desejou que nunca o tivesse feito.

Conhecia aquelas pessoas, cada uma delas. Clã do Javali, vivendo em meio à floresta assim como seu animal de clã. E ali eles simplesmente foram eliminados um a um. Hayate não acreditava no que via, corpos estavam espalhados por todo canto, sinais claros de resistência mas que não resultou em vitória. Sentiu uma agonia forte no peito, o suficiente para precisar apoiar um joelho no chão e baixar a cabeça por alguns instantes. Para onde olhava, só via rostos conhecidos, alguns desfigurados e até mesmo desmembrados. Quem seria capaz dessas atrocidades contra uma tribo pacífica, que sobrevivia da caça e da coleta, sem jamais ferir alguém ou invadir fronteiras? O lycan não sabia, deu um soco revoltado contra a terra dura pisada por décadas. O Clã do Javali não existia mais.

Levantou a cabeça quando ouviu uma voz fraca, avistando o último guerreiro vivo da tribo. A primeira reação de Hayate seria se levantar e ir até o homem, mas ainda estava atordoado, ainda não acreditava no que via. Mas logo Aldarion se aproximou do guerreiro e ajoelhou-se ao lado dele, segurando sua mão enquanto o moribundo cuspia suas últimas palavras. "quem carrega a lua gigante"...

Hayate conseguiu se levantar e andar até os dois a tempo de ver o último suspiro do guerreiro. O lycan apenas observava, a agonia não desaparecia e provavelmente o acompanharia por um tempo. Ouvia as palavras de Aldarion mas não prestava muita atenção, pensava apenas em todas aquelas mortes e lembrava-se de como ali era uma tribo justa e pacífica. Aos poucos, a agonia transformava-se em raiva. Voltou a si apenas quando o juggernaut lhe dirigiu a palavra, novamente menosprezando as Marcas da Morte.

— Bobagem, Aldarion? — Sua voz soava pesada, não era mais o rapaz calmo e ingênuo de agora a pouco. — Estas pessoas morreram com o terror puro cravado em suas gargantas! Suas almas serão atormentadas pela eternidade! Não interessa que ritual é feito, cada um acredita em algo, mas o resultado é o mesmo: apaziguar as almas, permitindo que elas descansem. Você não é um guerreiro que roda o mundo? Já deve ter visto espíritos atormentados e corpos podres ferindo a tudo e todos. Não vivemos em um mundo perfeito aonde os mortos continuam mortos. Eu gostaria que fossem apenas crenças, Aldarion, eu realmente gostaria, mas não são. Não quero seu apoio ou suporte, apenas não quero que me olhe como um idiota toda vez que decido fazer as marcas quando é preciso.

O lycan encarou o juggernaut por mais alguns momentos. Sentia a raiva borbulhando, mas Aldarion nem de longe era o culpado, por isso deu alguns passos para trás e levou as mãos à cabeça. Sentia a criatura dentro de si querendo explodir e arrancar a cabeça do responsável, uma ira incontrolável mas também inconsequente. Tinha aprendido a contê-la mas a cada segundo ficava com mais raiva do acontecido, até que Silméria comentou sobre as Marcas da Morte. Ela tinha razão, ainda havia uma tarefa a ser feita, Hayate não poderia perder o controle agora. Ele cerrou os dentes e respirou fundo, baixando as mãos devagar.

— Sinto muito, eu... perdi a cabeça. — Era difícil dizer se falava para si mesmo ou para os dois companheiros, mas logo saiu à procura do ocre. Na primeira cabana que entrou, encontrou uma algibeira de rena cheia da argila vermelha. Ofereceu parte para que a meio-elfa o ajudasse e começaram a fazer as marcas. Alguns corpos estavam tão mutilados que era necessário pintar sobre carne exposta. Enquanto isso, Aldarion se preocupava com seu próprio ritual, queimando o corpo do último guerreiro. Por fim, quando terminaram de fazer as marcas, Hayate se aproximou de Aldarion e assistiu o fogo queimando o corpo lentamente. "O resultado é o mesmo", pensou, e de fato era. O fato de em seguida o juggernaut simplesmente fazer uma fogueira e começar a cozinhar não surpreendeu o lycan, estava acostumado àquelas atitudes despreocupadas. Era até reconfortante, fazia parecer que tudo estava bem e que não havia problemas.

O lycan não iria comer, apenas acompanhar Aldarion, mas enquanto andava em sua direção sentiu um cheiro familiar. Parou imediatamente e olhou em direção às montanhas, para onde o odor o levava. Era muito similar ao seu, o que o deixou inquieto. Seria um lobisomem responsável por aquela chacina? Parecia obras de vampiros, mas não entendia o que aquilo significava.

— Aldarion, Silméria... têm certeza de que isso é obra de vampiros? Sinto um cheiro de lobisomem, mas um pouco diferente. Nos leva naquela direção. — Indicou com um movimento da cabeça. Não queria enganar ninguém, ainda estava irado e nervoso, queria qualquer motivo para sair correndo e se transformar para destroçar quem quer que tenha feito a chacina. Tentava se conter.

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Mensagem por Phyress Seg Ago 19, 2013 5:52 pm

- Vampiro...? – ela murmurou para si ao ouvir as palavras de Aldarion.

A suspeita se encaixava nas evidencias deixadas, especialmente nos furos que haviam no pescoço. Ela ouviu as palavras iniciais de Aldarion sobre aquela situação atentamente, parecendo pensar.

- Aquilo não parecia mesmo um lobo ou um cachorro... Embora tivessem a fisionomia de um, eram... Diferentes demais em todos os outros aspectos.

Quando Aldarion falou sobre as marcas da morte, Silmeria apenas lançou um olhar para Hayate, a fim de analisar qual seria a reação dele. Com a resposta do lycan, a meia-elfa apenas o observou. Não queria tomar parte daquela discussão, mas as palavras de Hayate trouxeram flashes de seu passado de volta a sua mente.

“...” ela virou o corpo e desviou a atenção dos dois companheiros. Ela ergueu o rosto e olhou para o céu. Lembrou-se de seu pai. “Me pergunto se... A alma dele me atormentaria se tivesse a chance.” Pensou, soltando uma breve risada. [/color]

Quando Aldarion se afastou do grupo para vasculhas as casas, Silmeria se manteve mais próxima a Hayate. Ela pegou o ocre que ele lhe ofereceu. A meia-elfa insistiu que eles começassem pelas crianças.

- Você está bem? - e olhou de relance para Hayate - Nós três podemos ser companheiros por agora, mas temos visões diferentes. Aldarion parece um cara rude que não mede as palavras, mas se ele não respeitasse mesmo sua opinião, falaria muito mais do que isso e insistiria que você não fizesse as marcas. Não se importe tanto com o que ele diz.

E ajudou Hayate a fazer as marcas. Em parte era um trabalho desagradável, ainda mais pelo estado físico em que muitos se encontravam; mutilados. Mas ainda sim, Silmeria fez o que tinha que fazer, acompanhou Hayate e fez as marcas da morte nos corpos que encontrava.

Quando terminaram, a meia-elfa se aproximou da fogueira.

- Não me chame assim. – disse para Aldarion – Eu não sei do que isso é obra, mas não acho que tenha sido alguém sozinho. Talvez isso acabe desencadeando algo maior... E carregar uma lua? – soltou uma breve risada, um pouco tensa – Eu duvido que fosse uma lua de verdade... Se soubermos de que objeto se trata, talvez tenhamos mais facilidade em encontrar o responsável... Eu também senti algo vindo daquela direção. – e indicou a mesma direção que Hayate – Mas era fraca, não sei bem do que era...

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sáb Ago 31, 2013 11:59 am

Aldarion havia acabado de lançar sua crítica a Hayate e já começava a lhe dar suas costas para ir cuidar de seus próprios afazeres quando se deteve ao ouvir a voz do companheiro que soava em um tom pesado, muito diferente do tom calmo e ingênuo das outras vezes.

- Bobagem, Aldarion? - Questionou fazendo o guerreiro voltar a olhá-lo. - Estas pessoas morreram com o terror puro cravado em suas gargantas! Suas almas serão atormentadas pela eternidade! Não interessa que ritual é feito, cada um acredita em algo, mas o resultado é o mesmo: apaziguar as almas, permitindo que elas descansem. Você não é um guerreiro que roda o mundo? Já deve ter visto espíritos atormentados e corpos podres ferindo a tudo e todos. Não vivemos em um mundo perfeito aonde os mortos continuam mortos. Eu gostaria que fossem apenas crenças, Aldarion, eu realmente gostaria, mas não são. Não quero seu apoio ou suporte, apenas não quero que me olhe como um idiota toda vez que decido fazer as marcas quando é preciso. - Terminou encarando o espadachim que devolveu a ação.

Nesses breves segundos Hayate poderia jurar que viu a expressão no rosto do guerreiro mudar para algo diferente, tristeza talvez. Aldarion voltou a dar as costas a Hayate, deu dos passos e então parou e sem olhar para o lycan ou para Silméria que observava tudo, deu sua resposta ao sermão que recebera.

- Me desculpe pois sou apenas uma espada. - Disse para em seguida voltar a cuidar de seus afazeres, não chegou nem mesmo a ouvir o restante que Hayate tinha a dizer, aquelas verdades que ouvira já o incomodavam bastante.

"Eu tenho vivido de um campo de batalha a outro, as vezes quase sem descanso nenhum. A morte tem sido uma companheira íntima em sua forma assustadora de lidar com as coisas. Impiedosa, cruel, mas ao mesmo tempo bondosa e reconfortante. Tantas batalhas, tantas vidas perdidas diante dos meus olhos que eu perdi a capacidade de acreditar em algo bom. O que eu me tornei? Essa espada em minhas costas se tornou parte do meu ser, só me sinto completo quando minha vida está em risco, mas por que isso se o que mais quero é viver?"

Pensava o espadachim.

"A verdade é que eu luto por pura necessidade, toda essa felicidade que encontro nos combates é apenas uma forma de poder continuar vivendo uma vida miserável como a minha. Uma forma que encontrei para deixar minha trilha menos dura. Mas... mas o que é que estou pensando? Por que estou pensando assim? Quanto sentimentalismo! Estou parecendo aquele elfo afeminado. ARGH!"

Sacudiu a cabeça de um lado a outro tentando mudar seus pensamentos.

- NO! NEVER! - Gritou para si mesmo em um dialeto anão de sua antiga terra, protestando contra a ideia de se parecer mais com Tenkai. Então sem mais pensamentos ou palavras, continuou suas tarefas.

Minutos depois havia finalmente de fazer o que queria e agora encontrava-se cozinhando para seus companheiros, preparava comida suficiente para 3 pessoas sem levar em conta se o acompanhariam ou não. Mas aquilo não era um problema porque se quisesse poderia comer por todos.

- Aldarion, Silméria... têm certeza de que isso é obra de vampiros? Sinto um cheiro de lobisomem, mas um pouco diferente. Nos leva naquela direção. - Disse Hayate apontando com a cabeça.

- O único cheiro que eu sinto é o deste maravilhoso cozido de carne! - Respondeu o guerreiro provando um pouco da água da comida.

- Não me chame assim. – Disse Silméria protestando contra o apelido que recebeu. – Eu não sei do que isso é obra, mas não acho que tenha sido alguém sozinho. Talvez isso acabe desencadeando algo maior... E carregar uma lua? – A garota soltou uma breve risada carregada de um tom levemente tenso. – Eu duvido que fosse uma lua de verdade... Se soubermos de que objeto se trata, talvez tenhamos mais facilidade em encontrar o responsável... Eu também senti algo vindo daquela direção. – E indicou a mesma direção que Hayate – Mas era fraca, não sei bem do que era...

Aldarion encarou os dois companheiros com uma expressão de desgosto na face, odiava quando eles ouviam, sentiam ou viam coisas que ele não conseguia perceber. Então simplesmente pegou as cuias de madeira e serviu a comida em três porções, Silméria foi a primeira a ter sua parte do cozido, Hayate fora o segundo, mas este recusou.

- Qual é a sua pulguento? Não vai comer? Deixa de ser fresco, você já fez tudo o que podia por essas pessoas, ficar se privando ou martirizando não vai ajudar em nada. - Disse Aldarion encarando Hayate nos olhos. - Acha mesmo que eu queria estar comendo no meio de um matadouro? Pode não parecer, mas estou fazendo isso penas para ter certeza que terei energia para caçar o responsável por tudo isso sem precisar parar uma única vez. Agora deixe de feminices ou juro que enfiarei esta comida pela sua goela com cuia e tudo. - Então empurrou a cuia com força contra o peito de Hayate tentando obrigá-lo a pegá-la. - Mas o que é você? Um lobisomen ou um elfosomen? - Perguntou brincalhão.

Finalmente com a comida pronta e os companheiros servidos, o espadachim sentou-se e comeu sua porção dentro da própria panela. Quando finalmente terminou, guardou tudo e se ergueu.

- Prontos para se tornarem as armas da vingança? - Perguntou lançando um olhar sério para seus companheiros. - Guiem-me. - Requisitou socando a palma de sua mão esquerda com sua mão direita.

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Mensagem por Torak Seg Set 09, 2013 3:11 pm

Enquanto fazia as Marcas da Morte, Siméria dirigiu a palavra a Hayate:

Você está bem? — ela o olhou de relance. — Nós três podemos ser companheiros por agora, mas temos visões diferentes. Aldarion parece um cara rude que não mede as palavras, mas se ele não respeitasse mesmo sua opinião, falaria muito mais do que isso e insistiria que você não fizesse as marcas. Não se importe tanto com o que ele diz.

O lobisomem respirou fundo por um momento antes de responder.

— Ele não tem culpa, vivemos mundos diferentes. E não, não estou bem... vivi com essas pessoas, e agora todas elas de uma só vez... — cerrou os dentes, engolindo em seco. — Algumas vezes penso que é cruel se apegar às pessoas, uma vez que temos certeza da morte, mais cedo ou mais tarde.

Balançou a cabeça negativamente como se quisesse deixar o assunto de lado e continuou sua tarefa, abandonando no ar o que havia dito. Nunca havia feito tantas Marcas da Morte de uma só vez, muito menos em pessoas com quem conviveu. Jurava que se não houvesse treinado intensamente para controlar sua transformação, já havia corrido atrás das pistas feito o monstro que era. Por um instante, pensou nas pessoas inocentes que matou quando se transformou pela primeira vez. Evitou continuar com isso na cabeça a todo custo, se concentrando nas marcas. Logo depois, foi até Aldarion que preparava uma refeição.

Não demorou para o guerreiro insistir que Hayate comesse. O lycan não estava nem um pouco inspirado para isso, mas concordou que deveria fazer para ter energia, do contrário não conseguiria lutar e vingar todos os mortos. Reparou como estava exausto, sua transformação anterior havia custado muito de sua energia. Comeu em silêncio, fitando o nada, até que Aldarion se levantou e arrumou o acampamento improvisado, anunciando a partida e pedindo para que o lobo e a meio-elfa o guiassem.

— Mais do que pronto. — Respondeu, erguendo-se. Não demorou para seguir o rastro, acompanhado dos dois parceiros.

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Mensagem por Phyress Ter Set 17, 2013 3:12 pm

Silmeria não pode deixar de demonstrar surpresa com as palavras de Hayate. Ele conhecia aquelas pessoas? A meia-elfa soltou um breve suspiro e deu um sorriso desajeitado, sem saber o que dizer para confortá-lo, se é que isso era possível. Não apenas isso, mas a própria Silmeria não entendia o significado do que ele estava passando.

Nunca gostara de sua irmã, fora a causadora da morte de seu pai, assistiu com desprezo a morte de sua mãe... Nunca teve companheiros em sua aventura, nem sequer amigos com quem realmente se preocupasse. Assim, não entendia o que Hayate estava passando. No fim, imaginou se ela não era apenas uma covarde; evitando se aproximar das pessoas por medo das consequências e do que teria que abandonar para protegê-las.

Respeitou quando Hayate se afastou sem dizer mais nada e apenas continuou auxiliando-o nas marcas da morte. Silmeria comeu sem reclamar, sabia que precisava de energias para continuar sua jornada.

-Armas da vingança? – fitou Aldarion ao ouvir essa expressão – Não, não eu. Vingança é um prato que se come frio e dá dor de barriga. – disse, se levantando e arrumando suas coisas, demonstrando certa irritação – Eu quero caçá-los porque sinto que eles vão vir atrás de nós se tentarmos nos afastar... – e começou a caminhada, seguindo o mesmo caminho que Hayate - Se você quer saber, vingança é para tolos que não se importam em serem consumidos por um sentimento que não traz satisfação alguma e, o mais importante, não muda em nada o que já aconteceu.

Off: Desculpa a demora, pensei que era a vez da Shaorin já. :c Mas o Gold me disse que era eu de novo! Não consegui postar ontem porque hoje foi minha banca do tcc, tive que ficar me preparando. :c

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Mensagem por Shaorin Seg Out 07, 2013 5:23 pm

[Cada vez que peço para vocês decidirem um caminho, me arrependo pois sou a última a ler tudo isso! hehehe]

Aldarion era um homem diferente dos demais, era guerreiro, forte, corajoso, um homem que ajuda quem precisa e...Ladrão. Sim, não bastavam todos estarem mortos, queria também seus pertences, ignorando o fato de que alguma coisa poderia acarretá-los um espírito vagante do objeto roubado.

Mesmo assim, conseguiu nove joias, peças de prata e trinta moedas de ouro. Depois de decidirem ir pelo caminho que Hayate mostrara, aldarion preferiu fazer uma refeição antes de ria trás do culpado por toda aquela carnificina, que por ela só estava causando atrito entre o grupo.

Enquanto Aldarion comia, observavam o fogo queimar ainda mais no corpo daquele ser,  era estranho como, depois de quase meia hora, aquilo não ter extinguido, mas sim se fortalecido. O guerreiro terminava aos poucos de comer e Silméria e Hayate conversavam, o fogo se alastrava aos poucos e tinha chegado perto de uma das cabanas, que agora também pegava fogo.

Foi quando Hayate e Silméria sentiram aquele cheiro.

Cheiro de...Oleo.

E de repente, como um estalo, ambos perceberam para que aquele cheiro iria servir, somando rapidamente oleo mais fogo.

Foi então que tudo aconteceu, rápido suficiente para machucar os três ou, se fossem rápidos o suficiente para escapar, apenas leves queimaduras.

Da cabana que estava queimando, um forte cheiro de Oleo surgiu e um estouro gigantesco aconteceu. Tão rápido quanto isso foi uma linha imaginário que o fogo seguia, lambendo o oleo com ferocidade e fazendo tudo se alastrar por todas as cabanas, queimando todos os corpos juntos, era uma explosão atrás da outra, tão formidável, que era estranho não terem percebido.

Se ambos fossem rápidos para sair e correr o suficiente para dar uma boa distância do fogaréu, veriam que o fogo fazia um círculo em toda a aldeia, e ao se juntar com o corpo que Aldarion queimou, formou o desenho da Lua e seus pontos.

Mas se fossem inteligentes perceberiam o porquê de não terem percebido: havia ali uma carnificina, sangue por todos os lados, não teria como sentir o cheiro de outra coisa a não ser sangue, sangue e mais sangue. A não ser o cheiro forte que Hayate sentira.

Por algum motivo o sinal era claro de que tal criatura esperava que alguém fosse àquela aldeia e tivesse uma atitude como a de Aldarion; acabaria matando quem ainda estivesse vivo e bisbilhoteiros.

Agora a única coisa que restava era seguirem o caminho que Hayate mostrara, afinal não tinha mais volta por todos os caminhos estarem engolidos por fogo. Hayate saiu chamuscado em algumas partes, Silméria quase teve parte de seus braços e costas queimadas por estar virada para a direção onde Hayate mostrara, apenas suas roupas ficaram um pouco escuras nas costas, e Aldarion, por estar perto da saída, conseguiu sair só com o susto do barulho que fez a explosão.

============================

O caminho era árduo e demorado, a montanha de longe parecia tão perto, mas quanto mais caminhavam mais longe ficava a montanha. O dia começava a surgir aos poucos e o calor suave do Sol esquentava seus corpos e aquecia seus músculos e pele. O céu começou a abrir e podiam ver tudo claramente.

Então uma bela paisagem surgiu logo depois de algumas árvores.

Spoiler:

A montanha que viam tão perto estava logo ali, tendo abaixo dela uma entrada de caverna, e em seu topo, entre duas montanhas, um belo vulcão que soltava uma fumaça e vez em quando.

Do lado esquerdo havia um caminho de areia movediça com pedaços de galhos para seguir; o outro era comprido e pelo visto levaria um bom tempo para chegar lá, talvez no final da tarde.

Ou a terceira opção, simples e bem rápida. Um atalho: havia na ponta do lago um barco de tamanho médio preso num pedaço de madeira, e do outro lado a mesma coisa para deixá-lo atracado. Para a surpresa dos três, ele se mexia levemente como se alguém tivesse acabado de usá-lo e a água ao seu redor estava completamente parada. A paisagem era bela e simples, o ar era puro diferente do que viram agora a pouco, talvez uma parada para se refrescar ou simplesmente para seguir em frente neste belo cenário seria uma boa ideia.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Out 08, 2013 8:56 pm

Mudei meu post de lugar pra ficar coerente a ordem das ações.


Última edição por Goldsilver Ironsteel em Dom Nov 03, 2013 12:02 am, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Torak Qui Out 10, 2013 3:31 am

OFF: Me desculpem, mas para seguir corretamente a interpretação de meu personagem, ao menos por enquanto não vou considerar a segunda parte da narração (depois dos traços)

-------------

O sabor da comida tornou-se amargo em sua boca após aquela refeição forçada. Dizem que o cheiro interfere bastante no gosto do que se come, talvez tivessem razão. Cheiro forte de sangue e carnificina certamente não faziam daquela uma refeição digna, tampouco fazia a raiva de Hayate diminuir. Se controlava, uma fina camada de clareza ainda permitia que pensasse e agisse da forma correta. Não durou.

Quando sentiu o cheiro de óleo era tarde demais. Assim que se lembrou aonde já sentiu aquele cheiro, já imaginou o que viria a seguir. Não havia tempo para pensar se Silmeria e Aldarion eram rápidos o suficiente, seu primeiro instinto foi arrancar do perigo quem estivesse mais próximo, no caso ele próprio e a meio-elfa. Correu em direção a ela e a agarrou de forma a usar seu próprio corpo como escudo, mas não caindo ao chão. Uma vez que a explosão mais próxima terminou e uma mais distante começou, Hayate soltou Silméria.

— CORRA! — Por puro instinto ou coincidência os três correram na mesma direção. Hayate correu apenas alguns metros antes de parar e se virar para ver o que acontecia.

Tudo explodia e era engolido por chamas. Sentiu seu rosto quente por todo aquele calor repentino, o fogo devorava os corpos e tudo mais que tocava. Por fim a forma de uma lua restou, deixando claro o autor daquela última e mais doentia provocação.

DESGRAÇADO !!! — A palavra saiu como um urro da garganta do lobo, que ainda assistia à cena atormentadora. Já não bastava o misterioso ser matar a todos, mutilá-los, fazer o pânico corroer suas entranhas e extinguir todo o clã. Tinha que terminar com o fogo engolindo tudo, caçoando da incompetência de quem estivesse assistindo. Hayate não agüentou mais aquilo.

Ignorava tudo que Aldarion falava. As palavras paravam de fazer sentido enquanto Hayate se curvava para frente e agarrava a própria cabeça, cerrando os dentes e respirando ofegante, tentando fazer com que aquilo parasse. Não tinha como. A besta rugia por dentro e não demorou para Hayate começar a se contorcer. Aquilo era diferente do controle que tinha. Era a transformação crua, dolorida e monstruosa de todo e qualquer lobisomem impuro. O monstro que ele era de verdade. Sentiu seus ossos trincarem, crescerem, seu corpo se deformando e se cobrindo de pêlos negros opacos. Urrava de dor, suas roupas se rasgavam e ele atingia, após uma tortura sufocante, a forma de um lycan muito maior do que o de outrora. Ficou em pé de uma vez e rugiu, um enorme lobisomem negro que tomou forma em meio ao caos. Seus olhos vazios apenas refletiam o fogo que devorava aos poucos a carne dos mortos, assim como suas longas presas e garras que clamavam por sangue. O raciocínio se foi, substituído totalmente pelo puro instinto que movia seus músculos. Qualquer palavra apenas se perderia ao vento.

Ignorou totalmente a presença de Aldarion e Silméria. Em sua cabeça restava apenas o cheiro forte de sua presa e não se demorou a correr sobre as quatro patas na direção que aquele fedor levava. Despedaçaria quem quer que estivesse no final daquela trilha.


---

OFF: Acho óbvio ignorar os dois pois estavam atrás, fora que não eram o "objetivo" e pelo instinto ele apenas seguiu o cheiro.

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Mensagem por Phyress Seg Out 14, 2013 11:24 am

Silmeria fez sua refeição tranquilamente e o grupo decidiu seguir viagem. A meia-elfa gostava do fogo; gostava de ver como era capaz de queimar e fazer as coisas se tornarem pó. Sequer notou que o fogo não estava se extinguindo e notou apenas tarde demais quando aquele fogo se alastrou; o que a fez notar isso, porém, não foi o fogo em si, mas o cheiro que ela sentiu poucos instantes antes daquilo tudo acontecer.

Instantes antes, se sentiu tensa, afinal, estava ali, próxima ao local que provavelmente explodiria graças àquela combinação. Gostava de fogo, mas não gostava de ser atingida por ele. Por sorte não tinha tantos pertences, a não ser os que estavam sempre junto ao seu corpo, levantou-se às pressas para sair dali, mesmo que soubesse que não haveria tanto tempo. Para sua sorte, estava perto do licantropo, que logo tomou uma medida para auxilia-la a sair dali mais rapidamente. Apenas se encolheu um pouco e fechou os olhos quando a explosão aconteceu, mas as palavras do colega a fez reabri-los e começar a correr para longe o mais rápido que conseguia.

Já mais afastada do perigo, Silmeria se voltou para a vila; os olhos dela adquiriram um leve brilho ao ver as chamas consumindo as coisas, mas se estreitaram quando notou a forma que aquele fogo desenhava. “Alguém que carrega uma lua... Então os cachorros nos seguiram para que ele ganhasse tempo e colocasse óleo na vila...? O bom é que agora, talvez, ele pense que estamos mortos... Mas porque ele quis que o fogo se espalhasse desse modo? Algum tipo de ritual talvez?”

— DESGRAÇADO !!!

Silmeria voltou sua atenção para Hayate, surpresa. Chegou a dar um passo para se aproximar e tentar acalmá-lo, mas recuou, assustada, quando ele começou a se contorcer e a se transformar. Silmeria recuou alguns passos e levou a mão até seu arco; lembrava-se que Hayate era um lobisomem impuro e aquela transformação... Não parecia ser igual a outra. De repente, sentiu seu braço ser puxado com força para trás e quase perdeu o equilíbrio, sendo empurrada em passos desajeitados, mas logo se recompôs e puxou uma flecha, preparada para o caso de Hayate perder o controle.

E logo Hayate começou a correr. Quando ele deu as costas para Aldarion e Silmeria, a segunda deu um passo para o lado, saindo de trás do companheiro e mirando sua flecha, preparada para atirar. A meia-elfa, porém, hesitou em atirar no licantropo e isso foi o suficiente para que ele desaparecesse de sua visão.

- Droga... Eu devia ter atirado para impedi-lo... – resmungou, com os olhos voltados na direção para onde Hayate havia corrido – Ele disse que viveu com essa pessoas, - virou-se para Aldarion – talvez ver a vila se incendiar desse modo tenha sido a última gota d’água... Se conseguirmos o encontrar e ele ainda estiver assim, talvez seja melhor derrubarmos ele. – e buscou os olhos de Aldarion – Se deixarmos ele apenas correr em direção ao inimigo, ele pode acabar morto. É possível que uma luta seja inevitável se quisermos impedi-lo... Você entende, não é? – e aguardou a resposta do companheiro antes de seguir pelo caminho que Hayate havia corrido.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Nov 03, 2013 12:03 am

Aldarion degustava seu café da manhã sem dar importância a nada ao seu redor, nem mesmo ao fogo que se descontrolava cada vez mais. Ouviu as palavras de Silméria sobre vingança e se preparou para responder. Foi quando tudo aconteceu repentinamente e o som de uma explosão pegou o guerreiro desprevenido. Naquele momento ele havia enchido sua boca de comida, tamanho fora o susto que levou com a explosão que cuspiu tudo para fora.

- MAS O QUÊ?! - Gritou assustado levantando-se na mesma hora correndo em direção aos seus pertences.

Com uma mão agarrou sua mochila e com a outra a sacola com os objetos saqueados, depois se virou e correu o mais que pode torcendo para não ser pego pelas chamas. Ele não era rápido, mas por sorte estava perto da saída do vilarejo e sua armadura o protegeu das poucas brasas que vieram a lhe tocar. Livre do perigo, virou-se para ver se seus companheiros estavam bem e ao constatar que sim, abriu um leve sorriso e acenou para eles.

- VOCÊS VIRAM ISSO?! EU NUNCA VI FOGO AGIR DESSA FORMA!!! Será que era magia? - Questionou assombrado. Mas logo outra coisa além do fogo lhe chamou a atenção.

Hayate parecia se descontrolar, dobrava-se sobre o próprio corpo como se estivesse tentando conter algo, contorcia-se e grunhia como se estivesse sendo rasgado de dentro para fora. Aldarion sentiu seu coração se acelerar, seus músculos enrijecerem e seu sangue gelar, o medo se espalhou pelo seu ser inundando-o diante da cena assustdora.

Aldarion sempre teve um pouco de medo de Hayate, na presença do licantropo ele nunca se separava de sua arma. Quando acampavam e Hayate ficava de vigia, Aldarion nunca conseguia dormir completamente. Até agora ele havia escondido esse medo, um medo natural que qualquer presa sente por seu predador, o que era o caso ali, pois desde tempos antigos os licantropos sempre foram uma ameaça aos humanos. Agora todo aquele medo que ele sentia se justificava ao ver Hayate crescer a cada segundo até chegar ao ponto que fizesse Aldarion sentir-se pequeno. Por reflexo o espadachim puxou Silméria para trás de si de forma a se interpor entre Hayate e ela. Mesmo com o medo pulsando em suas veias, por fora ele se mantinha frio e resoluto, nem mesmo sacou sua espada, tinha plena confiança de que conseguiria puxar sua arma e se defender no tempo certo.

Quando Hayate terminou sua transformação, simplesmente ignorou Aldarion e Silméria lançando-se em uma corrida desenfreada, mata a dentro o que fez o guerreiro sentir-se mais calmo. Estava contente em não ter que precisar lutar contra alguém que considerava um amigo, ou pelo menos companheiro de viagem.

- Maldições Abissais! - Praguejou. - O que deu nele? Você sabe? Achei que ele iria avançar em nós. - Falou se virando para Silméria, estava visivelmente confuso. A meio-elfa explicou a Aldarion a situação e este assentiu que sim afirmando ter entendido tudo.

- Foda-se essa merda toda, vamos atrás dele. Mas vamos com calma, se tentarmos alcançá-lo pode ser que ele realmente resolva nos atacar. - Depois de falar isso seguiu atrás de Hayate, movendo-se sem muita pressa seguindo os rastros que Hayate deixara para trás.

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Mensagem por Shaorin Ter Nov 12, 2013 9:43 pm

Se o Gold é tão safado em dizer que tá quase parando, vou dar algo pra ele fazer e se preocupar. D=

@ Hayate

Se transformar e sair correndo para se vingar de alguém que não conhece parece fácil, ainda mais num lugar desconhecido. Hayate entrou por uma trilha coberta por galhos a maioria com espinhos. Seus sentidos, agora comprometidos pela transformação e fúria, o fazia sentir pouco o cheiro do indivíduo que causara tudo aquilo; o que mais sentia era o fedor daquelas criaturas que o acompanha. Isso já era o suficiente, afinal nada melhor que seguir as formigas operárias para chegar à rainha.

Dado um tempo de corrida o chão tornou-se barroso, a lama grudava em suas patas quase fazendo-o derrapar. Foi então que o cheiro cessou de repente e Hayate viu um vulto sair da sua esquerda e acertá-lo com tudo, fazendo-o rolar para o outro lado e bater numa árvore, coberto de barro e folhas. O indivíduo deu uma cambalhota e começou a correr ao longo da trilha rindo. Com seu corpo sujo e pelos grudentos, o lobo ficou ainda mais irritado e arisco, de longe observava seu agressor correndo em direção a uma mansão com cerca de madeira.

A criatura entra lá e Hayate escuta ele rir, uma risada macabra que some assim que a porta se fecha. Como já era de se esperar, o lobo ficara ainda mais irritado e correria sem pensar duas vezes até a casa, seu raciocinio não funcionava e a esta altura não ajudaria em nada.

Quando chegasse na casa, perceberia que a porta estava trancada. Mas assim que abrisse, daria de cara com um cômodo grande coberto por espelhos, tanto nas paredes quanto no teto e no chão; por todas direções Hayate se via. A risada da criatura seguiu alta e em bom tom, mas o lobo apenas enxergava a si mesmo. Foi quando o ambiente tornou-se mais quente e Hayate pode ver uma chama surgir no canto esquerdo.

— Queimará igual seus companheiros! — E riu novamente.

A chama crescia e andava até Hayate vagarosamente, crescendo até o teto inundando o lugar com seu imenso calor. Não havia mais uma porta por onde voltar, tudo estava lacrado. Havia caído em uma armadilha.


@ Gold e Silmeria

Ambos não acreditaram quando Hayate se transformou e saiu correndo em direção ao nada. Suas pegadas eram fáceis de serem seguidas, mas por sua velocidade não o alcançariam tão cedo, mesmo assim tinham algo para não se perderem. O chão já havia se tornado barroso quando, em certa parto do caminho, ouviram ruídos logo atrás donde tinham acabado de passar naquele instante. Mas quando olharam para trás nada viram, havia apenas as suas pegas no chão e as de Hayate, porém com uma diferença razoavelmente importante: havia uma quarta. Enquanto olhavam para trás, alguém falou na frente.

— O que procuram?

Era uma criatura grande, um tipo de lobisomem, mas que falava e raciocinava diferente de Hayate, algo mais evoluído. Ele tinha um olhar sinistro e sorriso mostrando os dentes que arrepiava. Poderia matar qualquer um em segundos.

— Acho que sua jornada acaba aqui...

Enquanto falava, por entre as árvores saíam quatro bruxas cobertas de algas e água, eram bruxas-d'água. Suas garras eram longas, dentes afiados e compridos, olhos fundos vermelhos e amarelos, boca roxa por estarem na água e roupa molhada que chegava a fazer marcas profundas no barro.

Elas não esperaram uma resposta, foram para cima dos dois pelos dois lados, o lobo de um passo para trás e começou a andar, continuando sua jornada na trilha como se nada tivesse acontecendo.

Duas atacaram Silméria avançando com garras a mostra, uma de cada lado. Já as outras duas foram para aldarion, uma tinha uma espada e a outra uma bola de ferro com espinhos presa numa corrente e ficou parada na sua frente para que não fosse atrás do lobo. Bruxas d'água eram fortes e ainda bem molhadas, tinham suas forças dobradas. São seres inimagináveis fortes e astutos, porém não muito inteligentes, mas se saem bem em uma boa luta.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Nov 19, 2013 11:13 am

Aldarion seguia Hayate sem mostrar muita pressa, não se mostrava muito preocupado mesmo com a situação incomum. Para ele, Hayate sabia se cuidar. Em certo momento durante a perseguição, ele e Silméria foram barrados por um enorme lobisomem. Aldarion mesmo sentindo-se intimidado, não deixou isso transparecer e logo respondeu a pergunta do estranho.

- Você é grande, mas não é dois. Sai da frente ou passo por cima. - Respondeu exibindo um sorriso insano no rosto, demonstrando ansiedade para o combate.

O desejo de Aldarion pelo combate veio a tona mas não pelas garras da criatura a sua frente e sim pela fúria das bruxas da água que surgiram do mato sem aviso algum. O espadachim pensou em investir contra o licantropo a sua frente, mas teve seu avanço impedido por uma das bruxas, não restava outra alternativa a não ser defender-se. Mas o que realmente preocupava Aldarion era a segurança de Silméria, será que ela seria capaz de se defender adequadamente em combate corpo a corpo?

Aldarion nunca havia enfrentado uma bruxa da água antes, mas já havia ouvido falar delas e sabia do que eram capazes de fazer. Com velocidade estonteante ele sacou sua espada e contra atacou a criatura mais próxima, a que empunhava a espada. Aldarion mirou seu golpe na espada da bruxa usando toda a sua força para desarmá-la, sabia que a bruxa ainda poderia atacá-lo com as garras mas concerteza estas eram menos ameaçadoras do que a espada uma vez que sua armadura teria mais facilidade para defendê-lo.

Depois de atacar a bruxa com a espada, ele giraria o corpo dando um passo a frente de forma a desferir um ataque vertical contra a bruxa a sua frente, desta forma atacaria as duas adversárias em apenas um segundo ou dois.

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Mensagem por Torak Qui Nov 21, 2013 4:39 pm

A fúria era a única coisa que o movia. Qualquer tipo de raciocínio foi deixado para trás e agora a única coisa perto disso que ele seguia eram seus instintos ferais. Correu seguindo os rastros e principalmente o cheiro, qualquer cheiro que lembrasse seu alvo. Foi quando adentrou em uma área repleta de lama e, de repente, um golpe fortíssimo o atingiu, forte o suficiente para lançar um lobisomem de 3 metros contra uma árvore que se despedaçou. Com lama escorrendo pelos seus pêlos, o lobo se levantou rapidamente a tempo de ver o responsável rir e correr em seguida. Sem pensar duas vezes Hayate avançou com uma fúria ainda maior, cravando suas garras ao chão com suas quatro patas para conseguir melhor impulso, sua garganta soltando roncos junto de sua respiração.

Sequer reparou que aquilo era uma casa. Invadiu o lugar arrebentando a porta e entrando numa sala cheia de espelhos. Aquilo confundiu a fera, que não entendeu sequer as palavras do estranho. Ao ver o fogo seu primeiro instinto foi de sair dali, mas tudo estava lacrado: todas as janelas e até a porta que acabara de arrebentar. Que raios era aquilo?

Não demorou para a raiva piorar a situação. Primeiro arrebentou todos os espelhos que via, tentava procurar por escadas que o levassem a outro andar. Procurou em meio ao fogo que crescia por qualquer tipo de saída. Por estar coberto de barro o calor não o atingia muito, mas isso não deixou de fazer com que rugisse e arrebentasse tudo que via pela frente na tentativa de fugir — até mesmo paredes. Algo deveria ceder a qualquer momento.

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Mensagem por Phyress Qua Dez 04, 2013 10:13 pm

Silmeria cessou os passos quando aquela figura surgiu na frente dela e de seu companheiro. Antes que pudesse dizer algo, Aldarion já havia sido grosseiro (como sempre) e provocado o monstro. A meia-elfa apenas fez uma expressão de desanimo ao ouvir as palavras de Aldarion e já imaginou o que estava por vir.

- Procuramos aquele que carrega uma lua gi— - começou, em um tom firme, mas cessou as palavras ao ouvir as próximas palavras do lobisomem.

Olhou para o lado ao notar figuras se movendo por entre as árvores. “Droga... Bruxas-d’água?” pensou enquanto posicionava seu arco. Sua magia de fogo provavelmente não seria efetiva, era melhor poupar sua energia. Por um instante pensou que seria bom se aquele lobisomem fosse embora, mas se ele vivia naquele lugar, poderia ter informações e, talvez, ajudá-los a encontrar Hayate mais rápido.

- É melhor não fugir, pulguento. – resmungou, olhando para as bruxas, mas dirigindo suas palavras ao lobisomem.

Notando que seria atacada por ambos os lados, Silmeria teve que reagir rápido. Pensou em tentar esquivar apenas no último instante para que elas se batessem, mas seria arriscado demais, ainda mais por estarem em um terreno barroso.

Sendo assim, quando as bruxas iniciaram seu avanço e expuseram suas garras, Silmeria atirou em uma delas, mirou na região do coração, pois era uma área mais larga e as chances de acertar seriam maiores. Se conseguisse derrubar essa bruxa, perfeito, mas se não, esperava que isso ao menos atrasasse o ataque dela ou a fizesse perder um pouco o equilíbrio, dando a oportunidade para que Silmeria corresse na direção oposta a que o outro ataque vinha, passando pela bruxa que havia acertado e conseguindo tomar distância delas.

Correria até as árvores caso conseguisse escapar, para apenas então tentar atacar novamente. Se não conseguisse fugir e fosse pega por qualquer uma das bruxas, a meia-elfa abandonaria seu arco e tentaria cravar sua adaga na bruxa que a atacava.

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Mensagem por Shaorin Ter Dez 10, 2013 9:40 pm

@ Hayate

O lobo entrou em desespero ao se ver preso e com fogo ao seu lado prestes a engoli-lo vivo. Com um ato desesperado, quebrou todos os vidros, cortando suas mãos em alguns pontos.

Quando o vidro número três se quebrou, Hayate viu um bicho de pelúcia em forma de lobo com uma espadinha fincada no peito.

— Será rápido o bastante para ficar igual a pelúcia! Hehehe! — Surgiu um riso histérico e irritante.

Uma vez quebrado todos os vidros, além daquele com o lobo, tinha um que dava em um corredor que seguia direto para a floresta que por coincidência  já dava na metade do caminho.

Antes que ele tivesse tempo de olhar mais alguma coisa, o fogo cresceu de repente e do teto um buraco se abriu e uma chuva de espadas voou direto e reto para Hayate. Ao mesmo tempo que o fogo que usou a forma de um lobo para ataca.

Caso Hayate fosse rápido e corresse para a saída, encontraria um caminho bem perto do rio que era aquele por onde deveriam ter seguido. Foi estranho esta primeira armadilha, mas pior que esta foi que, ao passar pela porta sentiu o cheiro da criatura que dilacerou a tribo; porém havia um cheiro a mais: o de lobo, mas precisamente um lobisomem.

Ele vinha do caminho contrário ao que estava segu9indo, e para sua preocupação vinha donde Gold e Silméria estavam.

Antes que pudesse fazer algo, a casa explode e cacos de vidro estouram para fora.


@ Gold e Silméria

Os golpes a seguir vindos de Gold foram impressionantes e rápidos; a espada que uma delas segurava se espatifou em pedaços para várias partes de seu corpo fincando sem dó e atravessando.

Um dos pedaços atravessou sua garganta e a criatura ficou sem reação, o que deu a chance para gold agir e acabar com sua vida. Antes que outra pudesse atacar Silméria, Gold veio com tudo e diferiu um outro ataque mortal antes mesmo de Silméria se mover, fazendo sangue jorrar em cima dos dois.

Enquanto se perdiam na luta, viram a figura preta do lobo sumir no meio da floresta e, um pouco  mais a frente, escutaram uma explosão e puderam ver de onde vinha: da casa onde Hayate estava. Era tarde demais.


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Mensagem por Phyress Qua Dez 18, 2013 8:47 pm

Antes mesmo que pudesse tentar escapar do ataque da outra bruxa, Aldarion já havia a cortado no meio, fazendo sangue jorrar nas vestes da meia-elfa. Durante alguns instantes, Silmeria observou a figura de Aldarion; banhada de sangue depois de ter derrotado praticamente sozinho 4 bruxas. Geralmente não se importava com isso, mas detestava se sentir inútil em uma batalha... Ainda mais se seu parceiro derrotava os oponentes sem sequer suar. Embora não admitisse, sentiu inveja do poder que Aldarion parecia possuir naquele instante.

Os olhos se voltaram na direção para onde o lobo foi e, como esperando não havia mais nenhum sinal dele ali.

- Tsc. – resmungou – Ele fugiu... É melh—

As palavras de Silmeria foram interrompidas pelo som da explosão. E o pior é que havia vindo da direção para onde as pegadas de Hayate seguiam. Sentiu um arrepio naquele instante, imaginando se o pior havia acontecido. Mas... Não, Hayate não morreria tão facilmente assim, não é? A expressão se contorceu um pouco, tentando ocultar a preocupação. Estava viajando há alguns dias com Aldarion e Hayate, e a meia-elfa estava começando a se preocupar com os dois; isso não era bom.

- Droga! Aquele imbecil... Aldarion, vamos logo! – resmungou, iniciando uma corrida naquela direção, sem se importar se seria uma armadilha ou não – HAYATE! – gritou o nome do companheiro inúmeras vezes, esperando que ele desse algum sinal de vida ou os encontrasse mais facilmente, caso ainda estivesse por ali.

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Mensagem por Torak Qui Dez 19, 2013 2:57 am

Não enxergou a pelúcia, não entendeu as palavras ditas, mas só de ouví-las sua raiva ficou ainda maior. Estavam brincando com ele! Foi quando ao arrebentar o último espelho viu-se de cara com um corredor que o levava para fora da casa. Não pensou duas vezes. Ou melhor, não pensava, apenas seguia os instintos selvagens dominados pela ira que agora movia seu corpo. Correu para fora e saltou pouco antes do fogo e das espadas o atingir, caindo perto de um lago e já se pondo em pé à procura de sua presa. Farejou o responsável pela sua fúria, mas também o de uma ameaça potencial: um outro lobisomem, mas que vinha daonde Aldarion e Silméria haviam ficado.

"Perigo. Matilha."

As palavras rugiram em sua cabeça, seu sentido já perdido mas o significado mais claro do que o dia. Mal Hayate se levantou e a casa explodiu em chamas, o lobo tendo tempo apenas para se virar antes de madeira e vidro voarem em sua direção. Não causaram dano e mais uma vez o lobo estava de pé. Se quisesse voltar teria que atravessar aquele mar de fogo. Não importava, sequer pensava. Rugiu aos céus uma mensagem em fala de lobo para seu atual nêmesis: "Vou te matar!". Para qualquer outra pessoa que ouvisse, aquilo era um rugido assustador.

Avançou pelo fogo, atravessando a casa. Foi rápido o suficiente para não queimar suas patas mas, assim que saiu do outro lado, jogou-se na lama fria livrando-se de qualquer chama que tentasse consumir seu pêlo. Mal o fez e já se levantou, corria em direção ao lobo. Havia pego seu faro. Não escaparia.

Uma vez visto seu alvo, saltaria em sua direção, morderia e arranhava aonde pudesse, rasgaria e mutilaria, mataria o desgraçado. Sua mente estava repleta de fúria que não se esvairia tão cedo.

[i]Ali, ao longe, alguém gritava seu nome. Qual era seu nome? Não se lembrava, mas ouvir aquilo fazia com que uma consciência nas profundezas de sua mente se contorcesse. Ela estava jogada à escuridão, pois todo o resto estava dominada pela fera, pela raiva, pelo espírito selvagem. Parte de sua alma ansiava por acordar.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Dez 19, 2013 5:00 pm

OFF: Desculpa o post pequeno mas é que eu não consegui pensar em muitas ações.

Aldarion havia sido rápido, eficiente e mortal. Com agilidade cuidou das duas bruxas que o atacavam, agora estava livre para ajudar Silméria. Rapidamente correu para o lado da meio-elfa brandindo sua enorme espada, ao se posicionar onde queria cuidou para que nenhuma das bruxas conseguisse se aproximar da companheira. Em pouco tempo estava tudo acabado.

- Você está bem? - Perguntou olhando para Silméria. - Aquele cusão fu... MAS O QUÊ? – Terminou sua frase sendo tomado pela surpresa, uma explosão.

Aldarion viu então Silméria disparar em uma corrida, mas no momento que a meio-elfa passou ao seu lado ele estendeu seu braço na altura da cintura da mulher e a agarrou.

- Não tão rápido princesa. - Disse ao agarrar a arqueira. - Sem atitudes precipitadas, Hayate sabe se cuidar, ele está em perigo mas eu não corro tão rápido quanto você. Agora vamos JUNTOS. - Disse soltando Silméria.

Aldarion não sabia ao certo o que era aquilo, ou o que estava causando aquele fogo todo, mas sentia que Hayate estava correndo grave perigo. Sem perde mais tempo começou a correr em direção ao fogo.

- VAMOS!!! - Gritou pouco antes de correr rumo ao fogo.

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Mensagem por Shaorin Qua Dez 25, 2013 8:48 pm

Apesar de estarem num lugar diferente, algo fazia com que se juntassem novamente; parecia que alguém estava a favor do trio. Hayate esperava encontrar um lobisomem e lutar, mas a única coisa que encontrou foi uma mulher gritando por seu nome, eram seus parceiros.

Mas onde estaria o lobo que Hayate farejara? Quanto mais perto chegava de seus comparsas, menos o cheiro dele sentia. Apesar de estar semiconsciente, conseguia encontrar seu próprio cheiro na garota e no homem de armadura, então podia deduzir que eram da matilha.

Silméria e Gold não esperavam ver Hayate correndo em suas direções todo coberto por lama e de aparência feroz. Ele fedia a fumaça e parte dos seus pelos estavam queimados; Silméria levou um susto ao vê-lo assim e por avançar tão rápido, achou até que a atacaria, mas ao contrario do que pensara, ele parecia procurar por alguém.

De repente os três escutam uma risada alta que aos poucos ia ficando mais e mais longe até sumir. Novamente estavam sem caminho para seguir, de longe terminavam de ver a casa queimar, o teto caía neste exato momento fazendo uma fumaça alta e negra subir aos céus. Ao acompanharem a fumaça, viram a Lua, fraca e meio iluminada, ao lado de uma montanha de bico fino. Hayate e Silméria viram uma movimentação de pontos pretos quase no final da montanha, afinal estava coberta de neve.

Aquilo passaria despercebido se a Lua que estivesse pairando no céu não fosse exatamente a mesma lua que estava na tribo. Na hora em que cogitam esta hipótese os três sentem um arrepio na nuca. Para Hayate surgiu como um aviso dos Deuses de sua tribo, uma confirmação; e para os outros somente uma resposta afirmativa de seu corpo ou de um segundo plano.

Se decidirem ir para aquele caminho teriam de voltar por onde o rio estava e pegar o barco, ou simplesmente caminhar até a casa novamente que dava no meio do rio e pular na água e seguir a nado. Pela distância poderiam chegar lá ao entardecer; isto é, se nada os atrapalhar o caminho.

{ Hayate por estar em sua forma demoníaca não conseguiria se comunicar com os outro a não ser que conseguisse retomar sua consciencia. Como isso poderia ser difícil, teria de ao menos tentar por codigos; mas sua euforia e raiva ainda não passara, e ao ver aqueles pontos já o excitou achando que era seu inimigo, mesmo sem ter certeza.}

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Mensagem por Phyress Seg Dez 30, 2013 1:56 pm

Silmeria ficou aborrecida quando Aldarion a segurou, direcionou um olhar irritado para ele e apenas ouviu suas palavras. Assentiu, entendendo que se manterem juntos era importante.

Assim, ambos iniciaram uma corrida até o lugar onde Hayate talvez estivesse. A meia-elfa se manteve um pouco atrás de Aldarion para o caso de algo pular na frente deles. E logo isso aconteceu. Assim que aquela figura grande surgiu na frente da dupla, a meia-elfa cessou os passos e levou a mão até a sua aljava. A única coisa que a impediu de sacar uma flecha foi reconhecer aquela figura.

Mesmo quando aquela risada ecoou, Silmeria não desviou a atenção do lobo. Não havia sentido nenhuma presença próxima, então talvez fosse alguém utilizando magia para debochar do grupo, mas longe deles... A figura a sua frente, que podia estar descontrolada, era mais importante. Pode ver, de relance, pontos pretos andando... O inimigo talvez?

“Hayate ainda parece agitado... Ele não vai sair correndo de novo, vai?” e, com esse pensamento, ela rapidamente sacou uma flecha e apontou para Hayate. Não atirou, mas manteve o cordão tensionado para disparar a flecha a qualquer movimento do companheiro.

- Se ele sair correndo igual um estúpido de novo, eu vou atirar. – murmurou para Aldarion, lançando um breve olhar de relance para ele, mas sem deixar que a figura de Hayate saísse do seu campo de visão.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Jan 09, 2014 6:17 pm

Aldarion acompanhava Silméria que gritava por Hayate, por ser humano ele sabia que sua visão não era tão boa quanto a da meio-elfa, ainda mais naquela escuridão da noite, nem mesmo após ascender uma tocha a situação melhorou. O campo visual de Aldarion estava reduzido ao limite formado pela parca luz da tocha.

O espadachim caminhava em alerta concentrando-se ainda mais em seu sentido da audição que em sua visão. Silméria foi a primeira a perceber, a meio-elfa parou estática olhando em uma direção, Aldarion a acompanhou e viu um vulto grande se aproximando. Silméria ergueu seu arco e deu alguns passos para trás, parecia ao mesmo tempo indecisa e nervosa, Aldarion apenas observava o vulto até este se aproximar da claridade da tocha permitindo ao espadachim definir ser Hayate.

Quando Aldarion o viu, o analisou e percebeu que Hayate ainda encontrava-se em sua forma selvagem, porém o licantropo desta vez não atacava, ele parava e farejava o ar enquanto encarava o espadachim e a arqueira.

Se ele sair correndo igual um estúpido de novo, eu vou atirar.

Quando Silméria falou isso a Aldarion, o espadachim sorriu porém ela não pode ver pelo falo dele estar de costas para ela.

- Mas ora essa... Você não acha que está agindo de forma super protetora? Nós agradecemos o companheirismo, mas você tem que reconhecer que eu e Hayate somos bem crescidinhos e podemos responder por nossas próprias ações. E mais importante que isso... - Aldarion falava sem tirar os olhos de Hayate. - Você pode me dizer se é capaz de vencer Hayate em uma luta? Eu por minha parte posso lhe dizer que posso me defender dele, mas e você? Será que teria tempo de derrubá-lo com suas flechas antes dele alcançá-la e transformá-la em um amontoado de carne e ossos? - Aldarion agora lentamente ia se movendo para a lateral sem tirar os olhos de Hayate, sua ação deixava o caminho entre o licantropo e Silméria livre.

- Antes de tomar uma atitude, você deve refletir se é capaz de arcar com o peso delas. Veja, olhe para ele, Hayate está no limiar entre a sanidade e a besta, neste momento por alguma razão ele está nos reconhecendo e pela forma como ele age dá para perceber que é pelo nosso cheiro. Se você atacá-lo ele passará a te considerar uma presa ou uma ameaça e em ambos os casos ele atacará. - Aldarion não falou mais nada, apenas continuou encarando Hayate, mas ao mesmo tempo abaixava-se lentamente para dar a entender que ele não era uma ameaça. Aguardaria a ação de Silméria para ver se ela atacaria ou não, caso ela resolvesse atacar ele nada faria.

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Mensagem por Phyress Qui Jan 30, 2014 1:10 pm

- Mesmo? – o olhar gélido passou de Hayate para Aldarion – Eu pensei que estava enganada, mas você... É mesmo só um tolo. – abaixou o arco – Você fala como se um campo de batalha fosse definido por força bruta. Deve ser por isso que treinou tanto o seu corpo, acha que Hayate conseguiria me pegar com tanta facilidade caso eu recuasse para a floresta? Uma besta grande como ele não teria tanta facilidade em se locomover em uma floresta como eu... – e um brilho de ódio surgiu nos olhos de Silmeria, embora sua expressão continuasse fria - Como acha que ele agiria caso o próprio corpo estivesse em chamas? Não pense que batalhas se resolvem apenas com músculos.

E lentamente a meia-elfa recuou alguns passos.

- Acha que Hayate está lúcido o suficiente para responder pelas próprias ações? Eu acabei de ver pontos se movendo no horizonte... – e abriu um sorriso de deboche – Hayate provavelmente também viu... Logo deve ir atrás. Eu me pergunto se eram inocentes... Outras vítimas fugindo... Ou até mesmo alguém ligado ao nosso inimigo... – o sorriso lentamente se transformou, carregando algum tipo de prazer e a voz, agora continha algum deleite – Eu me pergunto se Hayate vai tentar descobrir algo ou vai apenas cortar a carne deles com suas garras e seus dentes... Eu queria estar lá para ver... O sangue de um qualquer sendo derramado na neve tão branca e pura... Uma visão e tanto eu aposto. Você talvez não se importe com a vida de inocentes... Mas Hayate provavelmente vai se importar quando voltar a si.

E ela colocou o arco nas costas e guardou a flecha em sua aljava.

- Você não sabe o que é companheirismo. Usa essa palavra como desculpa para dar as costas aos seus companheiros, deixando eles fazerem o que desejam... Sem a coragem para para-los quando é necessário, para impedi-los quando é preciso, dizendo apenas que eles “podem responder pelas próprias ações”. Faça como quiser, e vamos rezar para que Hayate faça boas escolhas e consiga arcar com o peso de suas próprias "decisões"... Afinal, é isso que bons companheiros fazem. – e abriu um sorriso doce.

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Mensagem por Torak Qua Fev 12, 2014 1:42 am

OFF: Carai esqueci foi mal!!!!!!!
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Sumiu. O cheiro do lobisomem atrevido desaparecia quanto mais Hayate corria. Suas garras arranhavam a terra seca enquanto acelerava o passo, mas no final não encontrou seu inimigo: agora estava parado em pé à frente de duas figuras: um humano guerreiro e uma elfa. A cabeça do lobo latejava e não permitia lembrar-se de rostos ou nomes, mas o cheiro de ambos era familiar, pertenciam à pequena matilha que formaram. Mas a elfa lhe ameaçou com o arco.

O que ela estava fazendo?

Os pêlos chamuscados de seu dorso logo se eriçaram enquanto um urro nascia de sua garganta, mas as palavras do alfa, que mais pareciam latidos-grunhidos sem sentido, se ergueram em represália à atitude da elfa. Foi o suficiente para Hayate passar a ignorá-los e se virar, tentando captar de volta o cheiro enquanto a dupla latia um para o outro. E como latiam! Na discussão sem fim Hayate notou ao longe algo que, normalmente, sequer teria percebido: formas escuras em uma montanha próxima e a forma da lua logo acima. Os instintos ferais do lobo mastigavam qualquer tipo de lembrança do Espírito Mundo, mas seu sub-consciente o fazia sentir que era um sinal. Não poderiam ficar parados ali, o sangue de Hayate ainda fervia o suficiente para que aquela pausa fosse insuportável. Mas sentia que não poderia disparar novamente e deixar a matilha para trás. Precisava levá-los.

Urrou e se pôs sobre as quatro patas, se aproximando de Silméria de forma ameaçadora, mas ao final apenas jogou-a em suas costas. Rosnou para Aldarion, o incentivando a subir também. Naquela forma as costas do lobo eram largas o suficiente para levar os dois inquilinos. Mesmo com o peso extra, se pôs a correr nas quatro patas. Avançou em direção ao lago mas não nadou através dele, preferiu contorná-lo, o que provavelmente levaria mais tempo a pé, mas montados em um lobisomem enfurecido seria rápido. Não diminuiu a velocidade da corrida um segundo sequer. Precisava encontrar o responsável. Precisava rasgar sua garganta e entranhas. Já enxergava seu focinho banhado pelo sangue quente do inimigo. Iria despedaçá-lo!

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Mensagem por ADM GabZ Seg Fev 17, 2014 12:50 am

<Post da Shaorin>


Sem pensar duas vezes Aldarion e Silméria montaram nas costas de Hayate. Conseguia correr com muita velocidade pela vontade de estraçalhar seu mais novo inimigo. O caminho era íngreme, já que era quase o meio dia. Era longe apesar de parecer mais perto. Demorou quase uma hora para chegarem e Hayate já sentiu a mudança em seus pés, era a neve que tomou espaço fazendo-o derrapar, mas isso não era problema, mantinha seus olhos na mesma montanha para não perder o inimigo de vista; viu que eles haviam entrado numa caverna.

Assim que chegaram não havia sinal de criatura alguma, mas seu cheiro era reconhecido facilmente pelo Lobo, ele tinha estado ali. Dando uma boa olhada dentro da caverna não havia nada de estranho, poderiam entrar sem risco algum. Quando entraram viram que não era uma caverna, era uma passagem para outro lugar. A cena já se iniciava em um campo de flores. Era vasto, com muitas flores e um céu bem azul de poucas nuvens e um cheiro de jasmim. Era um lugar tão bonito em relação ao que estavam, como se fosse impossível ou até mesmo ilusão. Mas o cheiro, mesmo fraco, de seu inimigo ainda pairava e seguia para frente.

Obviamente seguiram os três pelo caminho reto, sempre atentos a qualquer novo sinal de perigo, mas nada aconteceu. Andaram por quase dez minutos até verem ao longe uma cidade com tom vermelho. Havia uma igreja no centro da pequena cidade. Era impressionante como o céu acima dela era vermelho sangue. Havia uma placa logo mais a frente; nela estava escrito:

" Que seja amaldiçoado assim que passar por aqui. Amém.

O aviso era claro, havia uma assinatura ilegível apagada pelo tempo. Assim que atravessaram, sentiram um vento gelado e um cheiro de enxofre e um calor que lembrava o inferno. Era como se a placa dividisse o céu e o inferno. Agora o cheiro do inimigo se mesclava ao de tantos outros. Conforme adentraram na cidade criaturas estranhas apareciam de todos os lados. Era uma cidade igual a Hilydrus, uma rua principal com vários quarteirões e casas, com uma igreja de centro. Haviam criaturas atacando em grupos e sangue sendo derramado, mas não havia sinal algum do lobo.

Foi então que aconteceu:

Os sinos da igreja tocou e todas as criaturas saem correndo desesperadas se enfiam em buracos, casas e até em galpões. Uma das criaturas que corria urrou e parou de andar na hora. Sua feição mudou e ele, que corria na direção dos três virou e foi direto para a igreja, foi quando que, ao parar próximo, veio um vulto gigantesco do céu e pegou a criatura com os pés e subiu aos céus e os três viram de longe ele erguer a criatura com as mãos e puxar a vítima pelos dois lados ao mesmo tempo que tomou todo seu sangue. Pedaços as entranhas caíram na rua e algumas criaturas mais fracas saíram de seus esconderijos para comer os restos.

Foi quando o cheiro do lobo surgiu e Hayate olhou para seu lado esquerdo e pôde ver uma mulher de trajes sujos, claro uma escrava, observando-os. Ela fedia ao lobo. Ao perceber seu olhar, ela corre e se esconde dentro de uma casa e deixa a porta aberta.

[malz a demora mas o post ta ai. agora n preciso mais demorar para postar. ;D Qualquer pergunta para acao que nao tenha aparecido aqui mas queirao fazer, pm me.]

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Mensagem por Phyress Sex Fev 28, 2014 2:55 pm

[Se o Aldarion falar algo em resposta, depois eu posto de novo ou edito o post, sei lá >_< estou postando pra não ficar um esperando o outro!]

Com a aproximação repentina de Hayate, a meia-elfa recuou dois passos e chegou a levar a mão até a aljava para retirar uma flecha. A aproximação, porém, não pareceu agressiva e ela apenas estreitou os olhos, desconfiada, mas não reagiu e se deixou ser levada. Lançando um último olhar gélido para Aldarion antes do grupo seguir o caminho. Para a sorte dos dois, Hayate parecia realmente reconhecê-los.

A viagem levou quase um hora e, durante o caminho, Silmeria apenas observava o trajeto que era feito... Era sempre bom ter uma imagem dos locais por onde passaram em mente, para o caso de precisarem voltar. Por um instante, Hayate derrapou e Silmeria apertou suas mãos na pelagem dele, com certo receio de acabar caindo.

Hayate parecia impulsivo e estúpido e, embora não pudesse impedi-lo, desaprovou a ideia de entrarem naquela caverna, afinal, se fosse um local realmente fechado (ou com uma passagem que eles não conseguem encontrar) seria fácil cercá-los ali e impedi-los de fugir. Para sua surpresa, porém, não era uma caverna.

- Que diabos de lugar é esse... Nem parece real... – comentou, se sentindo tensa observando o ambiente ao redor, imaginando se não haviam, de fato, sido pegos em uma ilusão.

Logo avistaram uma cidade com tom vermelho... Uma visão estranha. A mestiça estreitou os olhos, suspeitando daquele ambiente, ainda mais com aquela placa.

-... Amaldiçoados, hah. Não sei vocês, mas eu não acredito em maldições. – e deu os ombros, caminhando e passando pela placa.

E, agora, o calor tomava conta deles. Silmeria chegou até mesmo a tirar o manto com a diferença da temperatura. “Deus, o que é esse calor estúpido?” pensou, começando a se sentir irritada naquele ambiente estranho “Por que diabos estamos aqui mesmo?” e olhou de relance para Hayate “Esse idiota ainda vai nos matar se ficar perdendo o controle...”

Aquela cidade era bizarra na visão de Silmeria. Aquele lugar parecia quase uma cidade sem ordem... O toque dos sinos a alarmaram, seria aquilo algum tipo de sinal para que os moradores se escondessem nas casas?

- Eu não gosto disso, é melhor procurarmos algum abrigo... – comentou, observando que as criaturas que viviam ali passaram a se esconder. Chegou a recuar alguns passos quando a criatura correu na direção dos três e o olhar da meia-elfa se tornou incrédulo quando o ser foi pego e erguido, para depois ser dividido em dois pedaços, tendo sua entranhas soltas do corpo e caindo no chão... – Deus... – e logo, os outros saíram para comer os restos – Essa cidade me enoja... Tudo aqui parece miserável... As criaturas se rastejam por restos de comida... – e a expressão se tornou de desgosto - Será que nosso inimigo realmente está aqui? – e olhou na direção de Aldarion e Hayate.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Mar 05, 2014 6:53 pm

As palavras de Silméria soaram duras para Aldarion e o acertaram de surpresa. Ele nunca havia pensado naquele ponto de vista. Em um segundo ele foi capaz de compreender as motivações da companheira o que o fez ver que ele estava completamente errado em sua forma de agir. Aldarion viu a si mesmo como alguém que se preocupava somente consigo mesmo por puro egoísmo ou comodismo. Afinal, era muito mais fácil viver assim do que ter que se arriscar para proteger alguém. Silméria era muito mais corajosa que ele naquele sentido, ela arriscava-se a enfrentar a fúria de Hayate para tentar protegê-lo de si mesmo e no processo, ela arriscava a própria vida.

Com esse pensamento, Aldarion ficou estático, seus olhos se arregalaram e suas pupilas diminuíram de tamanho. Seu olhar se fixou no rosto da meio-elfa e sua boca se abriu em uma expressão clara de espanto.

O-o que você disse? – Foi a única coisa que ele conseguiu falar, era como se tivesse levado um soco no estômago. Seus olhos arregalados estavam fixos no rosto de Silméria e ele pode ver a expressão sádica surgir no rosto da moça enquanto ela se divertia com a reação dele.

Mas isso não o incomodava, ele não se importava se ela estava se divertindo ou não. O que realmente o incomodava foi perceber que derrepente era ele o covarde da história. Apenas quando Hayate se aproximou foi que Aldarion voltou a si, seu rosto mudou novamente e seus olhos se moveram para os lados revelando que ele estava pensativo. Silméria não se demorou e subiu logo nas costas de Hayate, parecia que ela já estava acostumada a cavalgar lobisomens. Aldarion relutou um pouco, mas no final das contas acabou tomando um lugar para si no dorso do enorme lobisomem.

A viagem desajeitada e desconfortável para ele tomou toda a sua atenção e o fez esquecer por um momento o diálogo que tivera com Silméria. Finalmente depois de um tempo o trio alcançou o que parecia ser uma caverna no alto de uma montanha. Ali eles desmontaram das costas de Hayate e seguiram a pé. A princípio o caminho parecia ser comum, mas depois de um tempo a caverna se abriu em uma espécie de campo florido o que fez Aldarion ficar surpreso. Será que aquilo tudo era verdade ou era uma ilusão?

Seja o que for, ele continuou em frente alerta para qualquer coisa que viesse aparecer. Até que em um momento a paisagem se abriu em um vale com um céu claro, no caminho uma placa amaldiçoava aqueles que ousassem passar daquele ponto. A resposta de Aldarion ao que estava escrito foi direta e clara.

Maldito seja o filho da puta que me fez vir até aqui, porque quando eu encontrá-lo vou descer minha espada bem forte na cabeça dele. Amém. – Disse Aldarion escarrando na placa. – Amaldiçoa meu pau. – Finalizou.

Aldarion seguiu caminho com seus companheiros até finalmente adentrarem na cidade. Era uma cidade estranha habitada por criaturas estranhas. Então sem aviso nenhum o sino de uma igreja começou a tocar e todos os monstros que estavam nas ruas correram em busca de abrigo. Um deles não conseguiu encontrar refúgio a tempo e foi pego por uma mão gigante que o suspendeu, em seguida ele foi despedaçado e algumas sobras dele caíram no chão para serem devoradas pelos demais.

PELAS BARBAS DO PROFETA! – Disse Aldarion em um misto de surpresa e medo. – Vocês viram o tamanho daquela coisa? – Disse ele de olhos arregalados.

Em seguida a expressão em seu rosto mudou para algo como choro.

Por queeeeeeeeeee todos os monstros que eu encontro são MUITO maiores do que eu? Por queeeeeeê?! – Disse Aldarion com voz de choro. – Preciso de uma espada maior... – Finalizou.

Finalmente se recuperando de seus resmungos e de sua surpresa, ele se virou para seus companheiros e apontou para a igreja.

Vamos para lá, quem quer que tenha sido o responsável por tocar o sino pode ser o responsável por toda essa lambança ou pelo menos pode ter informações importantes. Vamos e fiquem atentos. – Disse ele e logo que terminou sua frase começou a andar em direção à igreja tomando o cuidado para não chamar muita atenção.

Se durante o caminho algum monstro aparecesse para atacá-lo, Aldarion sacaria sua espada usando sua habilidade Quick Draw e desceria a lâmina na cabeça do infeliz com toda a força de seus poderosos músculos.

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Mensagem por Torak Qui Mar 20, 2014 3:18 pm

Corria sem pensar em outra coisa. Queria destroçar seu inimigo. O motivo já havia sido consumido pela sua fúria a muito tempo, mas seu objetivo continuava claro. Mesmo o peso de Aldarion e Silmeria não faziam seus músculos cederem ou cansarem. Estavam sendo movidos pela pura raiva.

Entraram em uma caverna até que chegaram ao que parecia um enorme campo. Não era possível. Pareciam que tinham entrado numa montanha, mas era como se só a tivessem atravessado. Confuso o lobisomem parou, dando espaço para seus companheiros de matilha descerem de suas costas. Logo encontraram uma cidade inteira cujo céu era vermelho feito sangue. Aquela visão deixava Hayate ainda mais nervoso. Nnao demorou para verem criaturas correndo ao som de sinos, um barulho alto que irritava o lobo, por sorte estavam em um campo aberto e o som não ecoava. Então o que parecia ser uma ave monstruosa despedaçou uma criatura nos céus. Não era uma ameaça para eles por enquanto.

Aldarion e Silmeria começaram a falar mas Hayate não os compreendia, se ocupando em farejar o ar e a comer um naco de carne que havia caído perto deles. Até que sentiu o cheiro que procurava. Um rosnado começou de sua garganta enquanto se erguia rapidamente e encarava o alvo do cheiro: uma mulher ao longe. Fedia ao lobo desgraçado. Matar... estraçalhar e devorar reus restos!

Não esperou qualquer sinal ou fez algo para avisar seus companheiros e partiu correndo nas quatro patas, avançando na direção da mulher. Ela fugiu para uma casa e entrou nela, o que não era suficiente para segurá-lo. Sem parar Hayate invadiu a casa arrebentando a porta, logo olhando em volta à procura do alvo que perdera de vista.

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[Comum] A Grande Caçada Empty Re: [Comum] A Grande Caçada

Mensagem por Shaorin Dom Mar 30, 2014 1:44 am

Silméria e Aldarion estavam prestes a andar para a igreja quando Hayate urra e corre na direção contrária, dando tempo para que os dois vissem o alvo: uma mulher. Eles sabiam que o lobo não atacaria um ser sem motivos, mas se tratando da razão por estarem ali, teria com certeza algo a ver.

Foi tudo muito rápido, mal viram a garota correr e Hayate já estava arrebentando a porta e entrando na fúria atrás dela, seria impossível pará-lo. Com o movimento do lobo, as criaturas na redondeza voltaram-se para os dois e foram para cima num ataque em conjunto, talvez achassem que assim conseguiriam comida mais rápido. Agora ali fora não era mais um bom lugar para se esconder, mas mesmo assim, no instante em que tomaram a atenção das criaturas, o sino interrompeu seu balanço e tudo inundou-se num silêncio ruim.

Uma vez lá dentro, o lobo via as costas da mulher e seus cabelos esvoaçarem num balançar intenso, ela cheirava agora algo mais intenso: o medo. Ela abria uma porta e fechava outra, parecia que não tinha fim os corredores, mas depois de um tempo nessa correria, o lobo percebe que os cabelos dela mudavam de tom para um prateado comprido e ela começava a rir, uma risada maléfica; o ambiente começou a ficar estranho e Hayate começou a sentir-se incomodado e pareceu ver sombras atrás da mulher. Mas Hayate estava muito enfurecido para ignorar, queria retalhar o inimigo.

Então ela abriu uma última porta e correu até o meio do caminho. Estava escuro e Hayate levou apenas um segundo para percebe o que aconteceu. De repente luzes se ascenderam e o lobo deparou-se num hall grande com arquibancadas repletas de criaturas.

Silméria e Aldarion chegaram logo atrás seguindo um caminho fácil de destruição, poeira e portas estouradas, e quando chegaram na última porta foram empurrados para dentro e a única saída se fechou e foi trancada. A mulher que Hayate seguia é a primeira a falar, sua voz rouca soa pela lugar silenciando à todos: Era uma bruxa.

— Pois ali estão eles! — E ela gesticulou na direção dos três e o povo foi à loucura em gritos.

Antes que Hayate pudesse agir, o teto se abriu e aquele céu vermelho apareceu e tomou sua atenção. Dali quatro pontos negros foram ficando maiores e ainda maiores até enfim tomarem a forma daquela criatura que estraçalhou minutos atrás uma criatura indefesa.

— Que o show comece! — Gritou a bruxa, sumindo em meio à multidão.

E sem pausa as criaturas avançaram uma a uma para Aldarion e Silméria, ficando duas para Hayate com garras em riste. Conforme vinham podiam ver que suas garras eram metal puro e bem afiadas, suas asas eram fortes e resistentes. Seus tamanhos por sua vez, conseguiam ultrapassar o de Hayate e de suas cinturas para baixo eram idênticas às de uma águia e a parte de cima, era quase humana, a única coisa que diferenciava era seus olhos totalmente negros ou esbranquiçados e bocas cheias de dentes pontiagudos.



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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui maio 15, 2014 3:19 pm

Tudo aconteceu muito rápido, Aldarion e Silmeria se preparavam para seguir pra igreja quando Hayate se separou do grupo. O lobisomem corria desvairadamente como uma besta em fúria vinda do inferno para estraçalhar o mundo com suas garras e presas sedentas de sangue.

Praguejando em nome dos nove infernos, Aldarion mudou seu curso de ação e começou a seguir atrás do companheiro sendo seguido de perto por Silmeria. Adiante Hayate seguia furioso como um vagalhão derrubando todos os obstáculos que apareciam a sua frente. As portas que se fechavam a sua frente caiam ante a fúria vingativa.

Finalmente no final desta insana perseguição, as sombras ganharam vida nas costas de Aldarion e Silméria e ambos foram empurrados para a frente sem chance de reação, agora estavam em um lugar que parecia uma espécie de coliseu.

Depois de uma breve apresentação os aventureiros viram-se forçados a terem que lutar por suas vidas. Nos céus sobre suas cabeças, quatro criaturas bestiais desciam em investida, monstros ferozes que mais pareciam o cruzamento de uma velha feia e horrenda com um abutre super desenvolvido . Aldarion percebeu que as garras e prezas das criaturas eram feitas de aço, por isso deduziu que elas eram capazes de cortar armadura de aço e carne com facilidade, também levou em consideração que elas poderiam erguê-lo no ar portanto não poderia se dar ao luxo de deixar aqueles asquerosos monstros acertarem-no. Naquele momento preocupou-se com Silmeria, mas primeiro precisava cuidar de sua própria situação para depois poder ajudar seus companheiros.

Com todos esses pensamentos em mente, Aldarion se manteve em guarda, seu plano era usar o tamanho descomunal de sua arma para atacar a criatura com um golpe vertical no momento que esta se aproximasse, era a única manobra que ele poderia fazer e se desse certo cortaria o monstro em dois. Com o plano criado, Aldarion manteve sua espada presa às costas o tempo inteiro e puxou a arma apenas quando a criatura estava ao alcance, pretendia usar sua manobra de saque rápido para surpreender o monstro.

Venham abutres, farei um travesseiro fedorento com suas penas para que o demônio possa dormir confortável. – Rosnou o guerreiro.

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Mensagem por Phyress Qui maio 15, 2014 9:01 pm

Silmeria praguejou inúmeras vezes quando se viu dentro daquele lugar. Lançou um olhar furioso para Aldarion e em seguida para Hayate, que considerava o culpado por estarem naquela situação ridícula. “Isso já está ficando ridículo!”

-
Por favor, - murmurou para Aldarion – Aprenda a controlar seu cachorro, sim? – disse, em um tom irritadiço.

A voz da mulher a alarmou e as palavras ditas, para depois indicar os três intrusos daquele lugar: Silmeria, Aldarion e Hayate... Aquilo provavelmente significaria problemas. E o pior é que eles haviam se jogado naquela armadilha e estavam em uma posição desvantajosa. E o pior, haviam inúmeras pessoas assistindo como se aquilo fosse um show.

Sem dar muito tempo para os aventureiros, Silmeria se viu sendo o alvo de uma das criaturas. Os olhos dela adquiriram um brilho divertido ao ver o oponente que enfrentaria, não porque estava confiante que venceria um combate bruto com ele, mas porque seria divertido ver aquelas penas se incendiarem e aquela criatura gritar de agonia no chão.

Sem hesitar, a mestiça pegou seu arco e incendiou a ponta de sua flecha. Disparou em direção a asa da criatura que vinha em sua direção... Não importava que suas asas fossem fortes e resistentes, nem se sua flecha o atravessaria de fato. Tudo o que precisava era que suas chamas entrassem em contato com a penugem daquela asa e ela se incendiasse.

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