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[Ficha] Arliden

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Mensagem por Mr. Death Sex Mar 28, 2014 12:32 pm

Nome: Arliden, "Ari".
Idade: 15 anos.
Sexo: Masculino.
Altura: 1,78 m.
Peso: 66 kg.
Raça: Humano.
Lodians: 0 $.

Nível: 5
Exp: 4950/5000

Terra Natal: Média Lodoss, Reino de Hilydrus — Hirt.

Aparência:
1 | 2 | 3 | Arliden é dotado de uma beleza élfica, de feição jovial e traços fortes, que podem lhe proporcionar um ar de maior maturidade e experiência. Seus lábios possuem um tom rosado, com dentes perfeitos e brancos feito marfim. Sua pele é clara e isenta de cicatrizes, e seu rosto possui um formato ligeiramente oval, de queixo mais fino e bochechas levemente coradas. Têm sobrancelhas finas e naturalmente bem delineadas. Seus olhos são verdes, grandes e expressivos, dotados de uma cor verde vibrante e um brilho intenso, quase sobrenatural. Seus cabelos são de um vermelho vivo, não como esse ruivo apagado que pode se encontrar por ai a esmo, seus cabelos são verdadeiramente vermelhos, vivo feito à chama. De forma que, quando os corta curtos demais, são rebeldes e parece que sua cabeça está pegando fogo. Se ele tivesse nascido alguns séculos atrás é provável que o tivessem queimado na fogueira, como um demônio.

Ele é alto para sua idade, com cerca de um metro e setenta e seis centímetros de altura, e pesa algo em torno de sessenta e cinco quilos. É dotado de um físico atlético, com músculos bem definidos sob a pele clara, mas que não possuem muita massa, o que lhe dá uma aparência magra. Arliden é dotado de uma voz forte de barítono que, graças a uma longa formação no palco em idade precoce, sabe fazer soar forte feito o trovão ou suave feito mel no pão quente. Suas mãos são graciosas e possuem uma aparência delicada, mas seus dedos são dotados de calos duros feito pedra. Enquanto as solas de seus pés são como couro velho, pés de um rematado caminhante, por mais que ainda possuam uma aparência relativamente normal.

Arliden sempre preferiu vestir roupas mais confortáveis, ou, como costumam dizer: 'roupas de bater'. Camiseta de linho leve, calças que um homem poderia usar para trabalhar o dia todo. Botas que se poderia usar para andar mais de trinta quilômetros. A única coisa menos essencial de que Ari não abre mão porém, é de uma boa capa com capuz. A dele, por sua vez, é repleta de bolsinhos costurados em seu interior que ele mesmo adicionou. Com uma linda cor verde escuro, que realça ainda mais a cor quase sobrenatural de seus olhos. Além, é claro, de seu alaúde andarilho de sete cordas. De madeira escura feito café, cor de terra recém revolvida. É um bom instrumento, mas longe de ser algo realmente belo. Tem vários sinais de arranhões e o verniz já descascou em alguns pontos da madeira.

Personalidade:
Arliden é um artista até a medula dos ossos. Sua mãe costumava dizer que ele cantou antes mesmo de começar a falar. Sendo assim, Ari acabou se habituando a encarar a vida como se fosse uma grande peça teatral, na qual apenas tem que improvisar um pouco mais que o normal. Sua honra é imaculável e seu senso de justiça é tão afiado quanto uma lamina. É um jovem de coração nobre e altruísta, sempre olhando pelos que tem menos antes de si próprio. É orgulhoso e tem uma língua afiada, cheia de veneno e bravatas masculinas. Contudo, peço que não se deixem enganar por esse estereotipo repleto de "água com açúcar", pois Ari não é, de fato, nenhuma espécie de herói. Ele é um ladrão.

O rapaz até tenta, na maioria das vezes, fazer o que seu coração julga ser o correto, mas, na falta de opções melhores, ele não tem escrúpulos em fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos. É gentil e amigável com todos, até que lhe deem motivos para mudar sua postura. Não é do tipo que costuma tolerar desaforo calado, mas consegue ser compreensível caso existam justificativas. Raramente se mete em brigas, se mantendo especialmente distante daquelas que sabe não ser capaz de vencer. Mas, quando tudo se resume a lutar ou morrer, ainda prefere agir com astúcia. Ari conheceu muito sobre o medo e a dor, ainda em idade tenra, e possui cicatrizes dentro de si que na época quase o levaram a insanidade. Feridas que, ele teme, jamais irão cicatrizar. Porém, mesmo com todos os motivos para desistir, ele decidiu seguir em frente. Ele não lidou com sua dor tão bem quanto poderia, confesso, mas peço que não o julguem por isso, pois ele fez o melhor que pode.

Ari é corajoso, mas não se considera destemido. Ele acredita que apenas clérigos e tolos são destemidos, e ele nunca foi de frequentar muito a igreja. Ainda assim, não é nada assustadiço e não recua perante um desafio ou afronta com facilidade (o que me leva a crer que todo homem é um pouco tolo afinal). É dotado de uma formidável mente criativa e parece possuir o dom, ainda não totalmente lapidado, de criar engenhosas estratégias, rápidas e versáteis. Ama a música de todo o coração de forma que, ficar sem seu alaúde seria o mesmo que perder uma parte insubstituível de seu corpo. Ficar sem a música, para Ari, seria como morrer aos poucos. Se você não é músico, eu não espero realmente que compreenda. Além da música, outro traço importante de sua personalidade é a memória formidável que possui. Graças ao treinamento de palco que recebeu durante toda a sua infância, sua memória se tornou tão nítida e afiada que, às vezes, ele precisa tomar cuidado para não acabar se cortando.

Arliden não possui qualquer tipo de preconceitos, então não importa qual é a raça, aparência ou crença, se o tratarem com respeito, ele fará o mesmo. E, como já mencionei Ari não é clérigo, nem tão pouco um herói, de forma que, como todos os garotos de sua idade ele começa a notar que possui um vivido interesse nas pessoas do sexo feminino. Contudo, diferente dos outros garotos de sua idade, Ari é dolorosamente consciente de sua inexperiência nesse quesito, o que sempre o faz hesitar um pouco. Enfim, esse é Arliden. Artista rematado, gatuno oportunista, músico magistral, escravo fugitivo e mago em ascensão. Mas, acima de tudo, um membro da Quoyan Hayel até o último fio de cabelo.

Atributos:

Força: 0 [Rank F]
Energia: 20 [Rank A]
Agilidade: 0 [Rank F]
Destreza: 0 [Rank F]
Vigor: 2 [Rank E]

História:

Prólogo

Meu pai uma vez me disse que é preciso ser um pouco mentiroso para se contar uma história direito. Pois o excesso de sinceridade confunde os fatos, e franqueza demais nos faz soar insinceros. Concordo com ele. Mas, para que esse breve relato seja algo próximo da real história de minha vida, irei lhes contar a verdade crua e dolorosa de como tudo realmente aconteceu. Não lhes esconderei nenhuma de minhas falhas, vergonhas ou medos. Irei deixar que vocês experimentem um pouco do céu, e então os guiarei através das entranhas do inferno de onde, por sorte, e apenas graças a um amigo, eu consegui escapar. Sim, essa história, sob muitos aspectos, é uma história sobre o lado sombrio e esquecido da Média Lodoss. Uma história sobre o inferno que é o Reino de Takaras. Entretanto, é também, de fato, uma história sobre a magia, o amor, a honra e a amizade. E principalmente, uma história sobre minha família; A Quoyan Hayel. E é exatamente por ai que irei começar. Então, antes de qualquer coisa, acredito que devo me apresentar: Meu nome é Arliden, e eu sou o último membro vivo da Quoyan Hayel. Lembre-se disso, pois você ainda ouvirá falar de mim.

Capitulo UmSorrisos, Cores e Ventos de Verão.

Eu nasci em um celeiro, nas terras de Hirt. O que não é algo muito estranho, se parar para pensar. Sendo filho de membros de uma trupe itinerante, meus pais estavam sempre com um pé na estrada. Sempre indo de um lugar para o outro, realizando suas tão aguardadas apresentações. Pois é importante esclarecer que minha trupe não era um grupo de artistas mambembes, meio mortos de fome, que se apresentavam em troca de um vintém furado. Éramos vassalos do Rei, e nos apresentávamos nas cidades usando as cores da casa Real. Nossa chegada era recebida com grande entusiasmo nas cidades e vilarejos, e muitas vezes ainda tínhamos que realizar apresentações particulares para os nobres locais. O que também era algo justificável, pois minha trupe era composta apenas pelos melhores dentre os melhores artistas de todo o reino. Possuíamos sempre cerca de três dúzias de artistas profissionais conosco — algo em torno de vinte carroças-casas —, nossa trupe era dotada de uma grande variedade de Ilusionistas, músicos, malabaristas, atores, titeriteiros e bufões. A Elite. Meu povo; minha família. A Quoyan Hayel.

Você deve ser capaz de compreender que para uma criança, crescer junto de uma trupe itinerante é mais ou menos como viver no meio de um grande parque de diversões. É claro que eu também possuía tarefas a cumprir, mas eram obrigações simples, e a maior parte do meu dia era gasto simplesmente estudando com alguns dos melhores artistas do reino. Algo que, para mim, sempre foi incrivelmente divertido e interessante. Meu pai era melhor músico e ator que você jamais viu. Ele tinha uma voz forte de tenor, tocava sete instrumentos musicais e falava pelo menos quatro línguas. Ele me ensinou tudo o que sei sobre as artes cênicas, e sobre a música. Graças a ele desenvolvi uma memória formidável, a qual me permite lembrar-me de informações e fatos, vistos ou ouvidos, com um incrível nível de detalhamento, e uma enorme nitidez. Obviamente uma memória poderosa é muito importante para qualquer ator, mas ter desenvolvido esse talento tão cedo, e com tal argúcia, me permitia gastar menos tempo decorando e mais tempo treinando minha música ou a arte de atuar.

Minha mãe era excelente compositora e atriz, dotada de um dom quase sobrenatural com as palavras, além de possuir a voz mais doce, bela e cristalina que já ouvi. Ela me ensinou tudo o que sei sobre as regras de etiqueta da corte, como me portar, e como poderia me dirigir aos nobres sem ofendê-los. Ensinou-me sobre métrica nos versos de um poema ou canção. Sobre a melodia, harmonia e o ritmo, que compõe a música. De forma que, às vezes, passávamos várias horas apenas jogando com as palavras, brincando de compor músicas e poemas, alguns dos quais levo comigo até hoje. Em meus dez anos junto à trupe eu aprendi muito, não apenas por possuir os melhores professores, mas também por ser naturalmente brilhante. Não me entenda mal. Eu não era apenas inteligente ou sagaz. Era a coisa real. Minha mente estava sempre pronta para disparar uma dúzia de perguntas, era ávida em aprender, de compreender a natureza das coisas. Confesso que, às vezes, minha curiosidade e sede de conhecimento eram tamanhas, que eu acabava buscando as respostas que queria por mim mesmo, devorando livros inteiros como um asmático em busca de ar. Lendo centenas e centenas de livros, apenas para me deparar com novas perguntas, e continuar com esse ciclo interminável.

Dessa forma, aos dez anos não é de se estranhar que eu já fosse tratado como um adulto entre os membros da trupe. Recebia o papel que iria encenar nas peças, participava dos ensaios e era cobrado em meu desempenho como qualquer outro integrante da Quoyan Hayel. Era árduo estar entre os melhores, pois quando o talento é algo comum, a cobrança acaba se tornando naturalmente maior. Principalmente quando as pessoas insistem em lhe tratar como uma criança, mesmo quando, por acaso, você o é. Mas eu amava cada segundo que passava junto de minha família. E hoje percebo como aquela época foi, sem qualquer sombra de dúvidas, a parte mais feliz de minha vida. Você pode achar que essa afirmação seja um exagero, afinal ainda estou vivo, e sempre há tempo de se ter momentos felizes. Mas eu lhe pergunto: o que nesse mundo é capaz de se comparar ao amor incondicional de pais por seus filhos? Não me entenda mal, sei que talvez você possa ter razão. Mas isso é algo que apenas o tempo poderá dizer. Aqui e agora, porém, a história da uma guinada, para baixo. Torna-se mais sombria, e cruel. E os dias de sol e alegria, de música e risos, são deixados para trás.

A verdade é que eu bem gostaria de poder dizer que nada de ruim jamais aconteceu aos membros da Quoyan Hayel. Poder acordar nesse momento e descobrir que tudo foi apenas um sonho terrivelmente ruim. Apagar as sombras; sem deixar qualquer lembrança. Mas isso não seria a verdade. Então, daqui em diante irei relatar o que lembro de alguns dos momentos mais difíceis e dolorosos que tive de enfrentar, e como consegui supera-los da melhor forma que pude, para chegar até aqui.

Capítulo DoisMonstros, Morte e Folha em Rodopio.

Aquele era um dia perfeito de verão, daqueles realmente dignos de histórias, mas raramente vistos na vida real. A trupe fazia uma de suas raras paradas, e eu tocava meu alaúde meio às arvores da floresta. Uma melodia quase tão suave e leve quanto o próprio ar. Quando tocava, me era natural ficar cercado pelos animais da floresta, minha humilde e atenta plateia. Naquele entardecer em especial, um pequeno esquilo mais ousado havia subido até o topo de minha cabeça. E, os outros animais, ao constatar que eu não havia me ressentido minimamente com a ação do pequeno aventureiro, se aproximaram de mim, até formar um pequeno anel ao meu redor. Então, sorrindo, apenas continuei a tocar. Eu fazia isso sempre, e era meu único segredo na trupe. Peço que não me interprete mal, era realmente algo maravilhoso saber que minha música era apreciada até mesmo pelos seres selvagens. Contudo, quando estavam me ouvindo tocar, os animais ficavam vulneráveis e eu tinha certo receio de que algum dos outros membros da trupe pudesse querer se aproveitar desse pequeno momento de fragilidade para, quem sabe, conseguir uma carne extra para o jantar. Afinal, um artista não deve jamais tentar matar sua plateia. Sequer deve coloca-la em risco sob qualquer circunstância. Portanto, mantive o segredo.

Naquele dia, por acaso, voltei um pouco mais tarde que o normal para o acampamento. O sol já havia se posto quando avistei as carroças do meio das árvores, e de prontidão notei que havia algo de estranho. De fato, haviam fogueiras demais. Era uma pequena tradição de nossa trupe jantar juntos todas às noites, como uma verdadeira família, e por isso sempre fazíamos uma única fogueira grande o bastante para aquecer a todos. Mas ali havia ao menos seis fogueiras. Apertei o passo, porém, conforme me aproximava, finalmente compreendi a verdade: Eram as carroças que estavam pegando fogo. Como reação natural, quase um reflexo involuntário, corri desesperadamente, gritando e abanando os braços, tentando alertar os membros da trupe sobre o fogo. E foi então que tropecei em algo. Enquanto me levantava, olhei ao redor e meu cérebro demorou a conseguir compreender o que estava acontecendo. Minha mente ficou completamente embotada perante o horror que estava bem diante de meus olhos: Estavam todos mortos. Espalhados meio a relva, todos da Quoyan Hayel. Silenciosos, frios e mortos. Havia sinais de luta por todos os lados, alguns dos membros de minha trupe possuíam marcas de garras ou de dentes, lacerações na carne, outros tinham seus braços e pernas virados em posições bizarras, antinaturais. Alguns sequer tinham braços ou pernas, outros haviam perdido até mesmo a cabeça. Eu havia tropeçado no corpo sem vida de um dos bufões; um amigo.

Vagando a esmo meio ao acampamento, desnorteado, encontrei a carroça de meus pais. O corpo dele estava diante da única porta que dava acesso ao interior. Na verdade, acredito que talvez não o tivesse sequer reconhecido, com o corpo tão horrivelmente dilacerado, se não fosse por suas roupas. Afaguei seus cabelos negros, e meus dedos ficaram pegajosos de sangue. Passei por ele com delicadeza, e entrei na carroça. O corpo dela havia sido feito em pedaços. As paredes, a cama, tudo. Completamente coberto de sangue e vísceras. Cambaleei para fora, e tropecei no corpo morto de meu pai, caindo pesadamente. Eu não irei perturba-los com detalhes sobre as horas seguintes, de como vaguei de um corpo até outro em uma busca desesperada e inútil por sinais vitais, ou de como deixei meus dedos em carne viva tentando inutilmente cavar uma cova para os corpos. E, se houveram lágrimas ou gritos, se ele tiver até mesmo cogitado em tirar a própria vida, acredito que seja, no mínimo, algo compreensível.

Após algum tempo, vaguei com meu alaúde para a floresta. Nesse momento as chamas já haviam tomado praticamente todas as carroças, e eu podia sentir um odor acre de cabelo e carne queimada. Caminhei até o meio das árvores, onde encontrei um local seco e me embalei no único consolo que a vida ainda parecia me oferecer: O sono. Não sei por quanto tempo dormi. Os dias que se seguiram foram muito semelhantes uns aos outros, eu dormia grande parte do tempo. Bebia água de um lago que havia encontrado na floresta, comia do que encontrava e caçava por mim mesmo. Esforçando-me para não pensar, para não sentir, para não lembrar. E, quando já não havia mais tarefas para manter minha mente ocupada, para me impedir de pensar, lembrar o que havia acontecido: Eu tocava. Acredito que foi nessa época que a música se tornou algo tão necessário para mim; o ar que respiro. Um verdadeiro alimento para minha alma. Na primeira semana meus dedos criaram bolhas, na segunda sangraram nas cordas. Mas, após o primeiro mês, criaram calos tão duros quanto pedra. De forma que eu podia tocar o tempo todo, do nascer ao pôr do sol. O mais doloroso, porém, não eram meus dedos, e sim lembrar as canções que eu cantava junto de minha trupe. Mas, de alguma forma, essa era uma dor boa. Toquei todas as músicas e melodias uma centena de vezes, completando da melhor forma que podia aquelas que eu não lembrava inteiras.

Em seguida, comecei a compor minhas próprias melodias, assim como minha mãe havia me ensinado. E, após quase meio ano vivendo no meio da floresta, comecei a tocar algo diferente de música. É um pouco difícil de explicar. Quando a luz do sol nascente toca a relva pela manhã, isso produz uma sensação. Eu tocava até reproduzir essa mesma sensação. Tocava até o som ser como "Luz do sol nascente na relva fresca". Mas eu era uma plateia exigente, e lembro que uma vez passei quase três dias tentado tocar "Flor desabrochando" e outros cinco dias até conseguir a sensação de "Folha em rodopio". Haviam se passado três meses, e eu estava a meio caminho de "Cheiro do cabelo da Mamãe", quando uma das cordas se partiu. Passei várias horas em um estupor mudo, tentando encontrar uma solução, até constatar que era impossível substituí-la ou concerta-la. Então a arranquei e recomecei a aprender. Após três dias, já era quase tão bom com seis cordas quanto havia sido com sete. Porém, no fim daquela mesma semana, enquanto tocava "encenando com papai e mamãe", outra corda arrebentou. Mas dessa vez não hesitei, arranquei a corda inútil e recomecei a aprender. Outras duas semanas se passaram, até que outra corda se quebrasse. Então, após cerca de meio dia tentando, finalmente admiti que não era possível continuar a tocar com um alaúde de apenas quatro cordas. Então, o recoloquei na caixa e parti.

Sem rumo ou direção, e sem olhar para trás. Talvez, se eu dispusesse de toda a minha argúcia natural, as coisas pudessem ter acontecido de maneira diferente do que aconteceram. Mas o conhecimento sobre tudo o que eu havia aprendido estavam entrelaçados demais às lembranças mais dolorosas sobre minha trupe, e tudo o que eu menos queria naquele momento era ter que me lembrar. Então, apenas segui em uma direção, sem me importar realmente o quanto teria que andar até chegar a uma cidade onde pudesse conseguir algumas cordas para meu alaúde.

E foi assim que, em uma bela tarde de verão, eu os encontrei. Não, acredito que dizer que eu os tenha encontrado não seria a verdade. O que aconteceu foi apenas um acidente, uma coincidência. Eu decidi apenas andar em linha reta, até que encontrei uma estrada, então comecei a seguir por uma das direções. Afinal, é bem sabido que as estradas sempre levam aqueles que seguem por elas para algum lugar. E assim, por mero acaso, ou querer do destino, nossos caminhos se cruzaram. E eu me vi diante dos monstros que haviam assassinado minha família a pouco mais de meio ano atrás.

É óbvio que eu não sabia que eram eles os culpados pelo massacre. Esse nível de julgamento também exigia um nível de argúcia que necessitaria recordar, então simplesmente os reconheci como sendo monstros, não querendo ter que lembrar. Para mim eram apenas criaturas amaldiçoadas. Alguns pareciam lagartos, outros lobos, mas havia uma que se destacava dentre eles. Uma mulher que era dotada de uma beleza estonteante. É muito provável que em uma situação normal, eu tivesse corrido e gritado por socorro em total desespero. Mas, naquele momento, tudo o que queria era concertar meu alaúde. Necessitava mais de minha música do que temia por minha vida. Era irracional, mas era o que eu me sentia. Não hesitei, e minhas mãos não tremeram. Apenas os encarei confuso. Sabia que deveria estar sentindo um medo terrível, mas não estava. Afinal, parte de mim acreditava que eu já havia sofrido o pior que a vida tinha para oferecer. Quão tolo. Quão jovem.

Capítulo TrêsMagia, Amigo e a Natureza das Coisas.

Eram cerca de vinte monstros, dentre eles apenas uma mulher de aparência relativamente humana. Ela se aproximou de mim em um salto, tão rápida quanto um chicote. Ainda assim, não tremi nem recuei um centímetro sequer. O único movimento de minha parte foi totalmente involuntário, provocado pelo efeito do vento em meus cabelos vermelhos. Meus olhos possuíam um tom verde escuro e apagado, quase cinzento. Sem esperança. A mulher sorriu ao ver minha falta de reação, e eu a encarei de volta com uma leve sombra de minha antiga curiosidade. Ela me analisou, estudou-me por alguns instantes, então me deu as costas com exagerada naturalidade.

— Bem, como suspeitei, ele deve ser aquele que escapou. Os outros membros da trupe usavam às mesmas cores. Foi sorte ter conseguido se esconder de nós na época, mas parece que sua sorte se esgotou. Façam o que quiserem com ele, seus olhos perderam o foco, é provável que matá-lo seja até mesmo um ato de piedade. - Ela disse, e havia riso em sua voz. E foi nesse momento que senti algo em mim se romper. Como se minha mente, antes embotada, finalmente acordasse do sono. Não, foi ainda mais intenso que isso. A sensação foi como se, mesmo antes do assassinato de minha trupe, minha mente jamais tivesse estado realmente acordada. Mas, ao invés da fúria avassaladora que você talvez possa esperar, eu senti-me invadir por uma calma vazia, quase sobrenatural. Nesse instante, a mulher parou de andar, como se captasse a mudança nítida na aura ao meu redor. Da mesma maneira, todos os monstros olharam em minha direção simultaneamente, em silêncio. A mulher sorriu, e fugiu.

Então, eu disse uma palavra. Um nome. Uma ordem. Mas que não passou de um único sussurro. Uma palavra que eu não tinha como conhecer, e que jamais haviam me ensinado. Mas o vento a ouviu, e obedeceu ao meu chamado. Laminas de ar se projetaram na direção das criaturas. Eram translucidas velozes e mortais. Metade dos monstros caiu inertes e sem vida no mesmo instante, outros, dotados de instintos mais aguçados, conseguiram evitar que as laminas lhes atingissem em pontos vitais.

— Já chega. - Foi o que uma voz dura e monocórdia disse. Uma voz feito vidro quebradiço. A mulher surgiu às minhas costas, e me atingiu na base da nuca, deixando-me inconsciente no tempo que você levaria para respirar rápido uma vez. E então, o vento parou. Fui levado como prisioneiro para Takaras, para ser oferecido como escravo ao Rei. Foi-lhe contado sobre meus poderes mágicos, por mais que eu sequer tivesse ideia do que havia feito, ou como havia feito. E, quando obviamente não consegui fazer o vento me obedecer, por não ter a menor ideia de como fazê-lo, estava prestes a ter minha cabeça arrancada aos pés do trono, quando fui salvo pelo Mago do Rei. O velho grisalho intercedeu por mim, sem qualquer razão em especial. A aura que emanava dele era algo quase palpável. Seus olhos negros e astutos fitaram os meus com vivido interesse. Mas não era como se ele estivesse simplesmente olhando para mim, era mais como se estivesse olhando para meu interior. Para minha alma. Senti que não conseguiria desviar o olhar, mesmo se tentasse. Seu nome era Salatiel, e na época ainda era um dos conselheiros do Rei. Ele me deu uma piscadela discreta, com os olhos cheios de riso, e intercedeu a meu favor. Afirmou que iria me treinar e me ensinaria a ter controle sobre minha aura mágica, e me teria sob seu controle para bem e proveito do Rei. E assim, me tornei um aprendiz de mago, e, ao mesmo tempo, um escravo da casa Real.

Minhas únicas posses mundanas eram as roupas esfarrapadas que usava no meu encontro com as criaturas sombrias que serviam ao Rei de Takaras, e meu Alaúde com três cordas faltando. O Alaúde me foi devolvido, mas as roupas foram obviamente queimadas. Salatiel era um professor duro, mas não tardou para que nós nos tornássemos grandes amigos. Ele foi a única pessoa a quem confiei relatar minha história. E, quando no fim desabei em lágrimas, me abraçou como um avô a um neto. Ele ensinava com velocidade, sem se deter muito em nenhum tópico em especial. E, graças a meu brilhantismo natural eu jamais reclamei ou tive dificuldades para acompanhar o ritmo. Salatiel me ensinou o básico sobre medicina, sobre ervas e fabricação de remédios, fazíamos trabalhos intrincados de artificiaria e ele me introduziu ao mundo avançado da química, matemática e da alquimia. Enquanto, para lhe retribuir um pouco por toda a amizade e ensinamentos, tocava algumas músicas em meu alaúde já com as cordas substituídas. Cordas que nós havíamos fabricado por conta própria.

Levou quase um ano até que Salatiel começasse a ensinar algo próximo da natureza da magia. Começou com uma explicação geral sobre os elementos, e sobre o quão complicado era manter controle sobre cada um deles. As vantagens e os perigos de tê-los sob seu comando. Salatiel era capaz de invocar o fogo e o vento quando quisesse. Ele me explicou que uma de suas teorias, é de que cada um de nós possui duas partes em nossa mente. A primeira, e a qual geralmente nós usamos, é a parte desperta, que nos permite fazer as atividades normais do dia-a-dia. A segunda, porém, é mais poderosa e é capaz de compreender a verdadeira natureza das coisas que nos cercam, captando informações que passam despercebidas por nossa mente desperta, e criando conexões entre as informações. Porém, essa segunda parte se mantém adormecida na maior parte da vida. Na maioria das pessoas, jamais chega a despertar. Porém, quando se possui uma aura mágica relativamente alta, é possível que um sentimento forte ou uma situação extrema a desperte naturalmente. É raro, mas pode acontecer. E foi o que aconteceu comigo. A minha mente adormecida havia sido acordada pela fúria em meu interior, e, dessa forma, quando chamei pelo vento, ele respondeu ao meu chamado.

Daquele ponto em diante continuei a estudar as matérias normais, mas começamos a falar mais sobre a magia, e realizar exercícios para colocar minha mente adormecida sob meu controle. Nesse momento você deve estar pensando que, na verdade, eu havia tirado a sorte grande! Mas, eu não era tratado de maneira especial, era um escravo. E, como tal, era tratado como um. Apenas podia me mover pelo castelo na companhia de guardas, algemado pelos pulsos, e era constantemente revistado ao sair de qualquer cômodo. Possuía uma cela nas masmorras, com um colchão duro e fino, e um único cobertor que não ajudava em quase nada nas noites de frio intenso. Usava roupas simples de linho, sem sapatos ou qualquer outro adereço que refletisse o menor luxo. Meu alaúde ficava sempre no quarto de Salatiel, e ele também era um dos responsáveis por minha escolta, já que eu poderia tentar fugir usando a magia que ele mesmo me ensinava. A comida era melhor do que aquela que eu conseguiria na floresta, mas não era muito melhor. Ao cair da noite, eu era sempre dirigido para alguma tarefa no castelo. Para cobrir a falta de um dos empregados, que haviam sido mortos ou dispensados. Fazia de tudo, sempre sob constante observação, desde lavar a louça do jantar ou os banheiros, até escovar os pelos dos animais no estábulo ou mesmo lavar as gamelas de água.

Dois anos e meio se passaram. E acredito que tenha a obrigação de dizer que, se não fosse por Salatiel eu jamais seria nem metade do que sou hoje. Ele me ensinou muito, muito mais do que eu havia sequer cogitado em um dia aprender. Eu agora possuía conhecimentos sólidos sobre várias áreas, e meu domínio sobre a mente adormecida começava a se tornar mais natural. Conseguia dispor dessa habilidade praticamente quando quisesse, e conforme avançávamos em meu treinamento ele se tornava ainda mais complexo e árduo. Mas, em uma manhã como qualquer outra, ao chegar aos aposentos de Salatiel o apanhei com uma expressão que jamais havia visto. Estava abatido e ligeiramente tristonho. Ao lhe perguntar sobre o motivo, ele se empertigou na cadeira onde estava, e me chamou para perto, para que pudesse falar em voz baixa. Contou-me que o rei havia solicitado um teste, queria ver meus avanços com seus próprios olhos. Ao receber a notícia compreendi o temor de meu mestre, e temi tanto quanto ele. O Rei não costumava convocar audiências sem motivo. E foi por isso, temendo o pior, que Salatiel tomou a decisão que tomou. Ele iria me ajudar a fugir.

Capítulo QuatroLembranças, Liberdade e o Rugido da Fera.

Devo minha vida, e minha liberdade à Salatiel. Não, mesmo isso ainda seria pouco para pagar o quanto ele me ajudou. Para pagar sua bondade e sua amizade. A verdade é que eu sequer saberia como começar a retribuir o grande favor que ele me prestou. Mas, no fim, tudo o que ele me pediu foi algo que talvez eu jamais consiga fazer. Pediu-me para ser feliz. E mesmo sendo esse o último pedido antes de sua morte, não sei se conseguirei honra-lo um dia. E, por isso, desde já, lhe peço perdão.

O plano era simples. Três noites antes da audiência, quando os guardas me escoltariam até o estábulo para cumprir com minhas obrigações, ele criaria uma distração no castelo, me dando uma chance para usar meus poderes em ascensão para conseguir me libertar e fugir. Contudo, naquele dia houve um súbito imprevisto, que arruinou completamente nossos planos. O Rei estava impaciente, e havia antecipado minha audiência. Ela seria feita naquela noite. Temendo que o Rei pudesse querer colocar-me sob o efeito de algum feitiço de controle, ou alguma maldição que me impedisse de fugir. Salatiel tomou uma decisão arriscada. Ajudaria-me a fugir antes da audiência, em plena luz do dia. Eu tente alerta-lo dos riscos desse plano, e o quão insensato e louco ele era. Mas meu velho mestre estava resoluto sobre sua decisão. Eu iria fugir, e teria sucesso em minha fuga. Ele jurou por seu nome, por seu sangue e por sua alma.

Então, na hora do almoço, fui escoltado para minha cela, onde eu normalmente realizava minhas refeições. Contudo, de maneira anormal, levou mais de uma hora para que os guardas voltassem para me buscar. E eu já começava a temer que o Rei tivesse antecipado a audiência mais uma vez, quando a porta revestida de latão finalmente se abriu. E, atrás dela, uma figura conhecida me surpreendeu entrando em um rompante. Era Salatiel. Ele me lançou uma saca de roupas, e a caixa de meu alaúde. Troquei de roupas rapidamente enquanto ele me acelerava ainda mais, sem dar quaisquer explicações sobre o motivo de tudo aquilo. Ele disse para que eu seguisse até fora do castelo, disse para eu tomar cuidado para não ser visto, permanecesse nas sombras e tentasse não chamar a atenção de ninguém. Salatiel não respondeu nenhuma de minhas perguntas, apenas me abraçou, me olhou com um ar de orgulho que até hoje me corta o coração apenas de lembrar, e saiu após dizer algumas breves palavras de orientação e incentivo. Vendo-o sair, era quase impossível dizer que ele estava prestes a fazer a loucura que tinha em mente.

Os corredores do castelo estavam anormalmente vazios, mas segui em silêncio e o mais rápido que me atrevi. Meu alívio foi quase palpável quando consegui sair da fortaleza, mas não abaixei minha guarda nem diminuí minha atenção um instante sequer. Então, quando estava quase chegando à floresta, houve uma grande explosão. Mas, não foi como a explosão de um canhão ou bomba comum. Quando era mais novo, meus pais haviam me levado para ver os dragões nas terras de Hirt uma vez, quando minha trupe se apresentava por aquelas paragens. Eu até mesmo cheguei a tocar as escamas de um dragão, e montar em um, apenas um pouquinho. Contudo, não tive medo em momento algum. E quando o dragão rugiu para mim e soltou uma grande labareda de fogo para o ar, senti a força de seu rugido ressoar em meu peito, o que me fez dar sonoras gargalhadas. Essa explosão de chamas foi semelhante, mas não o senti no peito, mas sim em meus pés. Ela havia sido tão poderosa, que fez a terra tremer sob a sola de meus pés. E então, ouve um grande alvoroço. Mas, a essa altura eu já havia me embrenhado fundo na floresta, e quando eles finalmente se deram conta de meu desaparecimento, já havia passado pela fronteira entre Takaras e Hilydrus há muito tempo.

Epílogo

Devo confessar que não sei ao certo se meu amigo Salatiel realmente está morto. E é claro que sempre existirá uma esperança em meu coração de que um dia voltemos a nos encontrar. Mas ouvi muitos boatos sobre aquele dia em Takaras, nesse meu quase meio ano de liberdade. Ouvi que o Mago do rei havia sido executado por traição, que havia enlouquecido e destruído uma parte do palácio, matando vários dos soldados de seu Rei. Ouvi que o Mago havia sido morto por demônios das trevas e do fogo que ele mesmo havia criado, e que destruíram parte do Castelo Real antes de serem destruídos. Ouvi, de fato, muitos e muitos boatos. Um mais cabeludo que o outro, e ainda mais fantasiosos. Mas não sei bem no que acreditar, então decidi apenas ter esperança. Afinal, o que mais me restaria ter?

Hoje estou na estrada. Seguindo para onde ela me levar. Buscando apenas uma forma de cumprir o que, para mim, foi o último desejo de Salatiel, meu querido mestre e precioso amigo: Uma forma de ser feliz, nessa breve existência que chamamos de vida. Essa não é uma busca fácil, concordo. E confesso que sequer sei por onde devo começar a procurar. Mas darei meu melhor para conseguir fazê-lo. Eu juro por meu nome, por meu sangue e por minha alma. E um membro da Quoyan Hayel sempre cumpre suas promessas.


• • •



Habilidades Especiais: Link, clica :3

Essa habilidade é algo que o personagem aprendeu com seu primeiro e único Mestre em matéria de magia durante a história, foi algo que demandou vários anos, enquanto Arliden era escravo na parte mais escura de Lodoss.

Nome: Controle sobre a Mente Adormecida.
Nível: 3
Descrição: Cada um de nós tem duas mentes: a mente desperta e a mente adormecida. Nossa mente desperta é a que pensa, fala e raciocina. Mas a mente adormecida é mais poderosa. Enxerga fundo no cerne das coisas. É a parte de nós que sonha. Ela se lembra de tudo. Dá-nos a intuição. A mente desperta não entende a natureza dos homens. A mente adormecida, sim. Já sabe muitas coisas que a mente desperta não sabe. A mente adormecida é ampla e não cultivada o bastante para conter os nomes das coisas.
Essa parte de nossas mentes é capaz de compreender a essência dos elementos que compõe o universo com maior profundidade, e de captar sinais muito sutis que normalmente passam despercebidos por nossas mentes despertas. A mente adormecida está constantemente criando novas conexões entre conhecimentos previamente adquiridos, sempre se fortalecendo e crescendo infinitamente a cada instante.
E Salatiel, o Mestre em magia de Arliden, ensinou o menino como despertar e controlar sua mente adormecida. Assim abrindo as portas da mente de Arliden para a compreensão dos elementos e de seus nomes ocultos.
É exatamente como dizia Salatiel: nove décimos da denominação, o estudo dos nomes, é a magia. E nove décimos da magia é o conhecimento. Mas e a outra parte? Aquele décimo fininho de um décimo? O coração da magia é algo que Ari aprendeu não faz muito tempo, mas isso mudou completamente seu modo de ver e se comunicar com o mundo. Ah, sim. Até então sua magia era uma espécie de negociação. Um apelo. Um clamor. Um grito.
Mas, por baixo, havia um segredo nas profundezas do coração oculto das coisas. Salatiel nunca lhe dissera isso. Ari achava que ele não sabia. Havia descoberto esse segredo sozinho. Ele conhecia a verdadeira forma do mundo. Tudo o mais era apenas sombra e som de tambores distantes.
Arliden sabe o nome de todos os elementos, de modo que todos os elementos estão sob o seu comando. Com pleno acesso ao conhecimento guardado em sua mente adormecida e usando a quantidade certa de energia mágica, Arliden é capaz de impor todo o peso de sua vontade ao mundo. Sacudi-lo em seus próprios alicerces. E os elementos reconhecem sua vontade. E todos eles se curvam para agradá-lo.
Efeitos: Habilidade de controlar os elementos existentes na natureza. Consegue controlar apenas os elementos existentes numa área de 50 metros de raio à volta do usuário, podendo molda-los e utiliza-los da forma como desejar. Seu controle nesse nível já é um pouco menos limitado, mas caso Arliden tente ultrapassar seus próprios limites, sua habilidade pode ser encerrada antes do tempo e a energia perdida no processo.
Custos: Dependendo do uso e quantidade do elemento controlado. Quantidades pequenas como uma fogueira, um copo d'água e similares = 1% PEs. Quantidades médias como uma arma feito do elemento, um escudo e similares = 8% PEs. Quantidades maiores como uma barreira de terra, uma bola de fogo e similares = 15%.
Duração: Controle elemental: Até que a energia acabe ou o próprio usuário cancele.
Objetos criados com o elemento: até 6 turnos.
Tempo de Conjuração: Instantâneo.
Alcance: 50 metros de raio a partir do usuário.
Área de Efeito: 50 metros de raio a partir do usuário.



Código:
[blur][color=#7bce89][b]Habilidade Especial:[/b][/color][/blur]

[spoiler]<center><div style="width: 530px; padding: 15px 10px 15px 10px; margin-top: 10px; font: 12px arial; text-align: justify; line-height: 100%; letter-spacing: 107%; line-height: 130%; color: #404040; ">[color=#009966][b]Nome[/b][/color]: Controle sobre a Mente Adormecida.
[color=#009966][b]Nível[/b][/color]: 3
[color=#009966][b]Descrição[/b][/color]: Cada um de nós tem duas mentes: a mente desperta e a mente adormecida. Nossa mente desperta é a que pensa, fala e raciocina. Mas a mente adormecida é mais poderosa. Enxerga fundo no cerne das coisas. É a parte de nós que sonha. Ela se lembra de tudo. Dá-nos a intuição. A mente desperta não entende a natureza dos homens. A mente adormecida, sim. Já sabe muitas coisas que a mente desperta não sabe. A mente adormecida é ampla e não cultivada o bastante para conter os nomes das coisas.
Essa parte de nossas mentes é capaz de compreender a essência dos elementos que compõe o universo com maior profundidade, e de captar sinais muito sutis que normalmente passam despercebidos por nossas mentes despertas. A mente adormecida está constantemente criando novas conexões entre conhecimentos previamente adquiridos, sempre se fortalecendo e crescendo infinitamente a cada instante.
E Salatiel, o Mestre em magia de Arliden, ensinou o menino como despertar e controlar sua mente adormecida. Assim abrindo as portas da mente de Arliden para a compreensão dos elementos e de seus nomes ocultos.
É exatamente como dizia Salatiel: nove décimos da denominação, o estudo dos nomes, é a magia. E nove décimos da magia é o conhecimento. Mas e a outra parte? Aquele décimo fininho de um décimo? O coração da magia é algo que Ari aprendeu não faz muito tempo, mas isso mudou completamente seu modo de ver e se comunicar com o mundo. Ah, sim. Até então sua magia era uma espécie de negociação. Um apelo. Um clamor. Um grito.
Mas, por baixo, havia um segredo nas profundezas do coração oculto das coisas. Salatiel nunca lhe dissera isso. Ari achava que ele não sabia. Havia descoberto esse segredo sozinho. Ele conhecia a verdadeira forma do mundo. Tudo o mais era apenas sombra e som de tambores distantes.
Arliden sabe o nome de todos os elementos, de modo que todos os elementos estão sob o seu comando. Com pleno acesso ao conhecimento guardado em sua mente adormecida e usando a quantidade certa de energia mágica, Arliden é capaz de impor todo o peso de sua vontade ao mundo. Sacudi-lo em seus próprios alicerces. E os elementos reconhecem sua vontade. E todos eles se curvam para agradá-lo.
[color=#009966][b]Efeitos[/b][/color]: Habilidade de controlar os elementos existentes na natureza. Consegue controlar apenas os elementos existentes numa área de 50 metros de raio à volta do usuário, podendo molda-los e utiliza-los da forma como desejar. Seu controle nesse nível já é um pouco menos limitado, mas caso Arliden tente ultrapassar seus próprios limites, sua habilidade pode ser encerrada antes do tempo e a energia perdida no processo.
[color=#009966][b]Custos[/b][/color]: Dependendo do uso e quantidade do elemento controlado. Quantidades pequenas como uma fogueira, um copo d'água e similares = 1% PEs. Quantidades médias como uma arma feito do elemento, um escudo e similares = 8% PEs. Quantidades maiores como uma barreira de terra, uma bola de fogo e similares = 15%.
[color=#009966][b]Duração[/b][/color]: Controle elemental: Até que a energia acabe ou o próprio usuário cancele.
[color=#009966][b]Objetos criados com o elemento[/b][/color]: até 6 turnos.
[color=#009966][b]Tempo de Conjuração[/b][/color]: Instantâneo.
[color=#009966][b]Alcance[/b][/color]: 50 metros de raio a partir do usuário.
[color=#009966][b]Área de Efeito[/b][/color]: 50 metros de raio a partir do usuário.</div></center>
[/spoiler]


Equipamentos:

Roupas de Viagem:
Camiseta de linho leve, na cor branca. Calça de bater, feita de tecido resistente, era preta quando Ari a comprou, mas isso foi muitos quilômetros e muitas lavagens atrás, hoje ela possui um tom cinza escuro. Botas de couro, quentes e confortáveis, feitas para durar. Uma capa com capuz, na cor verde escura com dezenas de bolsinhos em seu interior, confeccionados pelo próprio Arliden com velhos retalhos de tecido. A vestimenta se ajusta bem ao seu corpo, quase como se tivesse sido feita sob medida para ele. Quase.
Alaúde Andarilho de Sete Cordas:
Um instrumento com vários anos de uso, repleto de pequenos arranhões e lugares onde o verniz descascou. Ainda assim, o Alaúde conserva uma beleza discreta. Com uma madeira escura feito café, cor de terra recém-revolvida. De veios negros feito à noite, braço dobrado tradicional e sete cordas prateadas. Uma de suas cravelhas está ligeiramente frouxa, o que pode alterar um pouco a afinação do instrumento. Sua caixa é antiga e velha, com uma única presilha de prata original, uma de latão e outra de cobre. Ari costuma forrar o interior da caixa com trapos para proteger o instrumento.
Cantil de água:
Um recipiente simples de couro para guardar água. Capacidade máxima de um litro.
Bolsa de viagem:
Uma bolsa de tecido simples para guardar itens.


Última edição por Mr. Death em Seg Dez 07, 2015 6:28 pm, editado 59 vez(es)
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Mensagem por GM Zato Qui maio 15, 2014 6:36 pm

Ficha Aprovada

Coloque seus atributos, L$ e mais um Link para essa ficha em sua assinatura.
Ative e preencha a ficha de personagem em seu perfil.
Assim que vagas forem liberados você será convocado.

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[Ficha] Arliden Empty Re: [Ficha] Arliden

Mensagem por Mr. Death Sáb Set 20, 2014 10:55 pm

○ MURAL DE ATUALIZAÇÕES ○

Experiência

• [url=*]Link do Post (clica)[/url] — Experiência Ganha (Narrador) • • • dd/mm/aaaa

Baía dos Pescadores (clica) — 100 XP (NR Lima Limão) • • • 17/06/2014
Baía dos pescadores (clica) — 50 XP (NT Blues) • • • 13/07/2014
Baía dos pescadores (clica) — 50 XP (NT Blues) • • • 08/09/2014
Baía dos pescadores (clica) — 100 XP (NT Blues) • • • 01/10/2014
Baía dos pescadores (clica) — 100 XP (NT Blues) • • • 01/12/2014
Baía dos pescadores (clica) — 100 XP (NT Blues) • • • 20/01/2015
Baía dos pescadores (clica) — 50 XP (NT Blues) • • • 16/02/2015
Baía dos pescadores (clica) — 50 XP (NT Blues) • • • 02/03/2015
Baía dos pescadores (clica) — 50 XP (NT Blues) • • • 30/04/2015
Baía dos pescadores (clica) — 900 XP (NT Blues) • • • 28/05/2015
Baía dos pescadores (clica) — 150 XP (NT Blues) • • • 12/07/2015
Baía dos pescadores (clica) — 450 XP (NT Blues) • • • 07/10/2015
Baía dos pescadores (clica) — 300 XP (NT Blues) • • • 23/11/2015

[Campanha] Noiva de Prata (clica) — 50 XP (NT Sérpico) • • • 28/07/2014
[Campanha] Noiva de Prata (clica) — 100 XP (NT Sérpico) • • • 21/09/2014
[Campanha] Noiva de Prata (clica) — 1600 XP (NT Sérpico) • • • 26/10/2014

[Campanha] The Five Acts (clica) — 100 XP (LK Neil Blaze) • • • 09/11/2014
[Campanha] The Five Acts (clica) — 100 XP (LK Neil Blaze) • • • 19/11/2014
[Campanha] The Five Acts (clica) — 100 XP (LK Neil Blaze) • • • 11/02/2015
[Campanha] The Five Acts (clica) — 100 XP (LK Neil Blaze) • • • 07/03/2015
[Campanha] The Five Acts (clica) — 150 XP (LK Neil Blaze) • • • 18/04/2015
[Campanha] The Five Acts (clica) — 50 XP (LK Neil Blaze) • • • 07/05/2015
[Campanha] The Five Acts (clica) — 150 XP (LK Neil Blaze) • • • 21/06/2015

Extras

Codes da ficha atualizados — Tornar a leitura mais agradável.
Atualização do Sistema (clica) — Redistribuir Atributos (ADM GabZ)
Habilidade Especial (clica) — Avaliada (NR Lima Limão)
Habilidade Especial { Nível 2 } (clica) — Avaliada (NR Lima Limão)
Habilidade Especial { Nível 3 } (clica) — Avaliada (NR Lima Limão)

Atributos (Antigos - lvl 1):

Atributos (Novos - lvl 1):
Mr. Death
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