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Taberna do Fauno

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Mensagem por ADM GabZ Sáb Fev 22, 2014 4:12 pm

Taberna do Fauno HmZpk6r

Perto de Calm, subindo as colinas a noroeste, pode-se encontrar a famosa Taberna do Fauno. Tem esse nome por ter sido criada por um Fauno chamado Goyle Cantagelo. Até hoje é o dono da Taverna e mesmo assim quase nunca é visto por lá. Encontra-se sempre em viagens longínquas em busca de melhorias para seus negócios, não passando mais de uma semana em sua própria taberna. Dizem que é um fauno meio-bode carrancudo e que adora um hidromel, mas que possui uma sabedoria tremenda, principalmente no ramo de negócios. Enquanto está fora seu filho Ryan Cantagelo fica no comando. É um fauno forte e mais alto que o pai, podendo ser confundido com um humano se não fossem seus chifres curvos e suas pernas de bode com pelagem negra. Sua barbicha é característica, e está sempre portando duas adagas para o caso de precisar delas.

A Taberna é um local aconchegante apesar do frio que a rodeia. Construída quase totalmente com madeira de carvalho, a mesma se mantém de pé até nas mais violentas tempestades. É fácil de reconhecer sua entrada pelo arco espinhoso e pouco receptivo. Mais adentro, um espaço amplo para deixar seu cavalo ou sua carroça, contando até mesmo com algumas árvores, principalmente pinheiros, para embelezar a frente da Taberna. Por dentro, a lareira está sempre acesa mantendo o ambiente quente e agradável. Como por fora, seu interior é revestido de marfim e cedro, possuindo um segundo andar.

A primeira coisa que se vê ao entrar é um lindo e polido Saloon. O balcão fica logo na parede oposta à entrada, as mesas de madeira grossa ficam espalhadas e no canto direito existe um pequeno palco para apresentações músicas e até mesmo teatrais. Lindas moças e rapazes perambulam pelo local servindo clientes e anotando pedidos. No lado esquerdo, uma escada leva ao segundo andar, onde se encontram os quartos para aqueles que preferem passar a noite. Quartos mais simples custam 50 Moedas de Ouro, enquanto os mais luxuosos e individuais podem chegar a 150 Moedas de Ouro. Tudo isso, claro, já incluindo um belo jantar com as melhores carnes e legumes que a taberna pode oferecer.

Vale ressaltar que o local é neutro. É bem vindo para qualquer tipo de pessoa e até mesmo fora-da-leis se encontram ali, porém as regras são claras: Dentro da Taberna não há confusões. Para se certificar disso, os irmãos Raimond e Carl Foster, dois musculosos e nada amigáveis homúnculos, guardam a entrada da Taberna e estão sempre atentos para possíveis confusões. Acredite quando eu digo que você seria o último na face da terra a querer encará-los. Ademais, a Taberna do Fauno é um ótimo lugar onde é fácil achar abrigo, um copo de leite quente de iaque e um belo ensopado enriquecido pelo preço certo.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 7:09 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Snow Dom Mar 01, 2015 10:22 pm


APENAS UMA CAMINHADA

Era noite. Não fazia ideia de que horas eram exatamente, mas o Sol havia se posto e a Lua quarto crescente ainda não aparecera no céu. Este fato permitia às estrelas demonstrarem o seu brilho com toda sua exuberância, enquanto a neve caíra de forma rápida, porém suavemente. O jovem que ali caminhara era demasiado atento às fases em que a Lua se encontrava, e não era para menos: num local e tempo distante, este fora mordido por um lobisomem impuro, fazendo-lhe um ser corrompido e ao mesmo tempo, forçado a carregar tal fardo pelo resto da vida.
As terras ao norte de Hilydrus costumavam ser impiedosas com os habitantes - o frio era incessante -, porém, eram bem frequentadas - ou pelo menos não haviam tantas confusões. Snow não aparentava muito cansaço, apesar de ter andado bastante e até ter passado por um pequeno vilarejo à poucos quilômetros da colina em que encontrava-se. O rapaz não sabia ao certo para onde estava caminhando, mas ouvira rumores de que havia uma singela taberna por entre os pinheiros no local. Enquanto caminhara, a neve batia em suas vestimentas, mas não o fazia sentir muito os sintomas frio, pois desde a cabeça até seus pés tudo era coberto, apenas uma parte de seu rosto ficara à vista, geralmente. Não demorou muito para bem ao alto da colina o jovem notar dois lampiões e uma espécie de portão/entrada revestida por espinhos. Não havia mais nenhuma construção em volta, e subtendeu-se como esta sendo a tal taberna que ouvira falar em sua breve passagem ao vilarejo.
Ao aproximar-se mais e após passar o arco espinhoso, é visto dois brutamontes em frente a entrada do estabelecimento, para provavelmente, conter sujeitos indesejados. Isso não era algo que afastasse o encapuzado, e portanto continuou a andar em direção a taberna, como qualquer outro. Seu objetivo ali era passar a noite, e proteger-se da mesma, afinal, não era confiável perambular por um lugar desconhecido como aquele. Por fim, adentrara ao local com discrição, pois, precisava de pouco ou quase nada, para se fazer notado onde quer que fosse - suas vestimentas não eram tão comuns assim. Sentou-se numa cadeira, repousou um de seus cotovelos sob a mesa enquanto sua mão sustentava sua cabeça. Já que no momento não possuía nenhum dinheiro, Snow deixou-se observar o ambiente ao redor, talvez a procura de alguma chance de ganhar algo fácil.
Hmmm.

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Mensagem por NT Almighty Seg Mar 02, 2015 2:21 pm

monstro • monster • Monsutā
No instante em que a porta da taberna se abriu todos ficaram em silêncio. O lugar não estava cheio. Não, nem de longe. Mas havia alguns grupos óbvios de mercenários que logo voltaram a conversar em voz baixa e tomar suas cervejas. Ninguém ali, exceto pelo barman atrás do balcão, se dignou a lançar mais que uma primeira olhadela na direção de Snow. Ainda assim, o primeiro silêncio havia sido bastante inusitado. Havia algo de errado no ar. Problemas.

Ele passou pelo salão e seus ouvidos puderam captar pequenos trechos de conversas dos grupos: — É um monstro! Arrancou a cabeça dos primeiros mercenários que foram atrás dele e colocou nas estacas no alto dos portões! Eu é que não vou me arriscar. – Concluíu o grandalhão com o dobro do tamanho do Snow. Os outros riram e ele corou. — Ora! Como se qualquer um de vocês tivesse coragem para fazê-lo! – E assim as risadas diminuíram.

O outro grupo: — Nós já passamos por muito. Mas não irei forçá-los. Será uma caçada perigosa como jamais vimos. Dizem que o lobo tem o tamanho de três homens, tem garras afiadas feito adagas e a força para arrancar as pernas de um homem!... – A voz dele se extinguiu, todos estavam em silêncio, ouvindo-o enquanto encaravam suas bebidas. Então o vislumbre de um sorriso surgiu no rosto dele. — Mas são dez mil moedas de ouro. Dez mil. O equivalente a dois anos de trabalho escoltando carroças e nobres!

O barman e o garçom: — Certo. Você pode passar a noite no sótão. Não queria mesmo ter que contratar outro funcionário por ter o antigo devorado. – E deu uma gargalhada com a mão sobre a barriga protuberante. O garoto não parecia achar a menor graça, mas esboçou um sorriso de gratidão por poder ficar. Então o homem atrás do balcão acertou um tapinha no ombro do jovem, indicando Snow que acabara de se sentar com um olhar. E o garçom se pôs a caminhar na direção do viajante.

— Olá, boa noite. Seja bem-vindo a Taberna do Fauno. Gostaria de beber algo? Temos sidra de maça dessa manhã, vinho quente com especiarias e cerveja. A refeição custa três moedas de cobre, hoje temos cordeiro assado. Um quarto custa cinco moedas de cobre. Pagamento adiantado. – Ele sorriu para Snow.
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Mensagem por Snow Seg Mar 09, 2015 2:16 am


OURO? ONDE? CADÊ?

Sua presença era perceptível apesar da cautela que procurava obter ao adentrar ao local. A cada passo que dava em direção a mesa, Snow ouvia sussurros e fofocas vindos de pequenos grupos de homens que provavelmente reuniam-se com frequência naquele bar para beber e jogar conversa fora - como de costume. Talvez fosse meio constrangedor, mas o rapaz encapuzado não fazia ideia da sua "má fama" entre as pessoas, muito provavelmente por pura ignorância: para ele, era difícil incomodar-se com o que a maioria falava ou insinuava - até porque, seria certamente um grande problema estressar-se por coisas fúteis.
Já ao aproximar-se da mesa e acomodar-se a cadeira, o jovem conseguira escutar trechos de uma conversa de outro grupo de rapazes, onde estavam abordando sobre algum tipo de lobo gigante que perambulava nas redondezas. De imediato, despertou-se tanto seu interesse quanto sua curiosidade - estava de certa forma bem animado -, mas fisicamente, permanecia imóvel - queria mais detalhes. No entanto, tirou-lhe de concentração uma forte gargalhada, emitida de um homem que estava atrás do balcão: certamente o barman - deduziu. Porém, o jovem ainda conseguiu captar uma última coisa: dez mil moedas. Bingo! Logo após, Snow notou um garoto dirigindo-se a mesa em que o mesmo repousara, oferecendo-lhe os pratos e bebidas do bar em uma espécie de cardápio ditado.
Adiantado? Pelo visto vocês não confiam em seus fregueses... — Ironizou. Em seguida, pediu para o menino aproximar-se mais, e pegou-lhe pela gola da camisa, sem muita força. — Eu farei meu pedido, e garanto que serei generoso ao pagar. Mas antes, quero que me fale um pouco sobre esse tal "lobo gigante", e as moedas que o acompanham!

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Mensagem por NT Almighty Seg Mar 09, 2015 2:26 pm

monstro • monster • Monsutā
O garoto ficou assustado no primeiro instante, mas ao ouvir as palavras de Snow abriu um sorriso maroto e deu uma piscadela para o encapuzado. Então colocou a mão ao lado da boca e confiou: — Venha, o chefe sabe mais detalhes que eu. Aqui no Fauno nós não temos segredos para mercenários. Somos conhecidos tanto por nosso atendimento quanto pelas informações. E assim nos firmamos como o melhor ponto de parada para pessoas como vocês – Ele encolheu os ombros. — Sem ofensas, que ganham a vida com os cartazes de procurado. Não que eu tivesse coragem para isso. – Admitiu com um sorriso constrangido, engolindo em seco de medo.

Ele esperou que Snow o soltasse e seguisse até um dos banquinhos no balcão. Mas se o encapuzado não quisesse faria uma careta: — Vamos lá, não seja tímido. E ele vai acabar me dando uma bronca se eu ficar aqui batendo papo, ele adora fofocar com os mercenários, por mais que se faça de durão. – Deu uma risadinha cúmplice.

Se o mercenário continuasse a insistir, mais vorazmente o garoto insistiria para que ele o acompanhasse, até que fosse nocauteado, morto ou torturado. Ou, Snow poderia simplesmente acompanhá-lo até o balcão de uma vez e ter todas as informações que queria diretamente da fonte original. O que parecia ser mais simples de qualquer forma.

Enquanto isso, as mesas próximas ainda ecoavam trechos de conversas até seus ouvidos:

A voz do grandalhão se destacava: — Eu sei do que estão falando. Dez mil moedas de ouro... Sim, é uma fortuna. O bastante para comprar terras com uma produção mensal. Uma patente no exército de Hylidrus ou um título de nobreza... – Ele engoliu em seco e Snow pode ouvir o estalo da garganta mesmo daquela distância. — Mas o monstro tem três metros de altura e corre duas, não, três vezes mais rápido em quatro patas! A força para cortar armaduras pesadas... Cortar! – Ele bufou. Fez-se silêncio em sua mesa. Todos beberam.

O líder do outro grupo continuava: — Mesmo dividido entre nós, ainda será o bastante para vivermos com folga por anos. Podemos até comprar patentes de soldados para cada um no exército, e mesmo sendo a mais baixa patente, o salário de um soldado é muito melhor do que uma prata por escolta! – Os homens ficaram em silêncio, receosos. Todos beberam.

Perigo... Perigo no ar.
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Mensagem por Snow Qua Mar 18, 2015 10:56 pm


Dez mil moedas, hm...

Certamente, o rapaz ficou surpreso com a reação benéfica do garoto, afinal, era sua primeira vez àquele lugar. No entanto, Snow dificilmente demonstrava alguma expressão facial para qualquer qualquer um, algo como defesa pessoal - era melhor para ele, pois dessa forma dificilmente os outros saberiam o que o mesmo estava pensando ou o que planejava fazer. Em seguida, voltou-se para o cochichado do jovem, que estava ali para oferecer-lhe digamos, uma "oferta".
Hum... — Fez-se interessado.
Sua mão foi-se relaxando vagarosamente, dando ao garoto a confirmação do que esperaria do mesmo. Dava para perceber o jovem atendente dar seus curtos passos em direção ao balcão, fazendo o encapuzado apenas o seguir: Levantou-se da cadeira e lentamente dirigiu-se a mesa. Enquanto sentava-se num banquinho próximo ao balcão, dava-se para escutar mais conversas dos rapazes que estavam ali bebendo... E de fato - concluiu -, dez mil moedas de ouro era um valor demasiado alto para apenas uma pessoa, o que fez o rapaz refletir sobre quem estaria disposto a desembolsar essa quantidade extremamente generosa. E por isso, estava ele justamente ali para tirar tais dúvidas com o tal "chefe" que o garoto comentara mais cedo em seus ouvidos.

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Mensagem por NT Almighty Seg Mar 30, 2015 3:02 pm

monstro • monster • Monsutā
O timing foi simplesmente perfeito. No momento em que Snow foi levado pelo jovem garçom com pernas peludas de bode e cascos fendidos, Vincent e Ezer também se aproximaram e se encostaram por ali. O barman fitou o garoto com olhos especulativos, e o jovem apenas deu um sorriso e bateu com o polegar ao lado do nariz, com um olhar entendido. O Barman balançou a cabeça, rindo, largou o pano e colocou três canecas de cerâmica sobre a bancada na frente dos três jovens. Derramou vinho quente e algumas especiarias que encheram seus narizes de cheiros saborosos, fazendo a boca salivar e os estômagos roncarem.

— Vamos, não sejam tímidos. Vejo que são viajantes, e devem ter vindo de longe. – Indicou as canecas para os três, incentivando que bebessem. Fez um breve sinal para o garoto e ele saiu batendo seus cascos contra a madeira rumo a uma porta nos fundos. — Ora garoto, são dez mil moedas de ouro! – Falou se dirigindo a Ezer. — É óbvio que todos os mercenários estariam falando sobre isso. Mas não se trata apenas sobre a recompensa ridiculamente alta... – Ele confiou sua barba rala por fazer aos dedos grossos e nodosos.

— O lobo é um caçador. Há algumas semanas ficou claro que ele não quer apenas se alimentar. Ah, não. Ele tem invadido casas. Tem cortado pessoas em retalhos de carne... E apenas deixa lá. – Ele serviu uma caneca de vinho para si próprio, então parou antes de adicionar canela e se curvou sobre o balcão. — E, ouvi dizer... Que ele busca vingança. Vingança contra o Rei.

O jovem fauno voltou com uma bandeja equilibrada em suas mãos brancas e magricelas. Ele manobrou com cuidado e serviu três pratos de sopa fumegante e pão assado para os jovens aventureiros, então se afastou com um sorriso e uma reverência rápida.

— Comam, não sejam tímidos. – Ele se sentou e recostou-se com a caneca no topo da barriga protuberante.

Deixou que os visitantes começassem a comer, então continuou, como se alguém tivesse perguntado:

— Há uma semana... – Seu maxilar estava firme, ele fitava os jovens e seus dedos se apertaram no cabo da caneca. O jovem fauno se encolheu instintivamente. Lágrimas brilharam nos olhos do barman. E então o ar se esvaiu dele e o homem pareceu murchar... E os três puderam ver o quanto ele era realmente velho. — Há uma semana o lobo atacou minha única filha. – Aquelas não eram as palavras, o tom de voz, de alguém que buscava vingança. Mas de alguém que havia aceitado. Um homem que esperava a morte.

— Eu não sei se serão vocês... Mas, se tiverem a chance... Façam. Matem aquela coisa. Aquele... Monstro. Façam pela recompensa, façam por fama, por orgulho. Pelo que quiserem em seus corações! Mas saibam que estarão fazendo algo por cada pessoa dessa cidade. E... – Ele riu. Uma risada meio soluço, meio loucura. Então limpou os olhos e fungou o nariz vermelho. — Nós seremos gratos. – Riu outra vez.

E então um grito cortou o silêncio. Um grito alto e estridente... E então o silêncio caiu.

O silêncio persistiu por quase um minuto. E foi como se todos no salão prendessem a respiração juntos.

E ele veio. O uivo: — AUUUUUUUUUUUUU! – Um convite.

E todos os mercenários saíram do salão, às pressas.

Restando apenas o barman, o garçom e os três desconhecidos.

O uivo veio da floresta. Estava perto.

○ ○ ○


OFF: Malz o atraso, peguei friagem e a gripe voltou pior :/ 100xp para o Snow também, pelas duas semanas sem post.

A partir de agora os três: Ezer, Snow e Vincent postam nesse tópico.
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Mensagem por Cloud Dom Abr 05, 2015 12:47 pm

Taberna do Fauno A-sasuke_uchiha-1189020

O local era quente e agradavel, se não fosse pelo clima de tensão que o grande lobo deixava por toda a cidade, ali, não era diferente.

Vincent sente o cheiro do vinho quente com especiarias e sua boca chega a salivar, Vincent ainda não tinha notado, mas havia mais um homem no balcão e três canecas eram servidas. O jovem caçador não poderia negar, já havia passado quase um dia sem se alimentar e o frio lá fora era implacável. Deu o primeiro gole, um gole profundo, esquentando seu corpo com o calor da bebida e seus olhos fitando o barman, coloca seu copo sobre o balcão, segurando-o com as duas mãos, ouvindo as palavras ali ditas sem expressar nenhuma emoção. Uma explosão de sabores veio a cabeça de Vincent, era a sopa que o jovem fauno trouxera para eles, agora o jovem deveria confiar neles, a fome era cruel e Vincent devora sua sopa em minutos.

Com os olhos trémulos, Vincent ouve a respeito da Vingança do Lobo e a filha do homem a sua frente, mas quando levanta-se para começar a proferir a primeira palavra, um alto uivo é ouvido, passando como uma corrente fria por todo recinto. A atenção de todos volta-se para a porta, com alguns mercenários já mergulhando na imensidão da noite lá fora. Vincent volta sua atenção para o barman e diz:
-"Muito obrigado pela hospitalidade, tenho uma divida com vocês. Irei ajudar nesta caça ao lobo, e sua filha será vingada."


Vincent toca os ombros de cada um dos jovens no balcão, e com um sorriso quase macabro no canto da boca, os convida para a caçada:
-"Me acompanham nessa dança rapazes? Sou Cloud e acho que esse lobo já fez vitimas demais, o que me dizem?"


Mas antes mesmo da resposta, Cloud vira-se e caminha em direção a porta, parando em frente a ela e olhando para trás.


-"Estamos ficando pra trás, vamos logo"


E assim atravessa a porta, com seus olhos vermelhos se perdendo na escuridão.

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Mensagem por Ezer Qua Abr 08, 2015 12:02 am

-x-



Por um instante, os olhos de Ezer duvidaram de que estavam lhe servindo uma caneca de vinho quente. O rapaz sabia muito bem que as coisas não vêm de graça assim. Voltou sua atenção ao barman, que agora se dirigia a ele.

"Ora garoto, são dez mil moedas de ouro! É óbvio que todos os mercenários estariam falando sobre isso. Mas não se trata apenas sobre a recompensa ridiculamente alta..."

Ah, de novo essa história. Ezer nunca conseguiu compreender como as pessoas conseguiam se entreter com esse tipo de coisa. Não que o barman parecesse estar se divertindo ao contar boatos sobre um lobo gigante e blablabla. Mas todos os outros clientes ali pareciam estar simplesmente vidrados no assunto e explodindo de expectativa.

"O lobo é um caçador. Há algumas semanas ficou claro que ele não quer apenas se alimentar. Ah, não. Ele tem invadido casas. Tem cortado pessoas em retalhos de carne... E apenas deixa lá. E, ouvi dizer... Que ele busca vingança. Vingança contra o Rei."

Os olhos do garoto se reviraram e ele soltou um suspiro. Ele realmente esperava que fosse interessante? Não, não para Ezer. Ele já havia visto com seus dois olhos miúdos quem era o verdadeiro lobo. Já havia entendido que não é uma fera quem mais mata e traz a ruína aos outros. E para ele, aquele reino hipócritamente brilhante podia morrer afogado no sangue de seus cidadãos, desde que não lhe envolvessem. Seguira aquele homem de olhos vermelhos apenas para arranjar um local para se aquecer e não ser atacado sozinho.

Parou de divagar quando viu o pequeno fauno colocar um prato de sopa e um pão a sua frente. O cheiro da comida fez o estomago do menino roncar, ele concordou com o que o barman falou sobre o lobo, sem muito interesse e se acomodou. Pela primeira vez desde que chegara à Taberna do Fauno, Ezer afrouxou os nós dos dedos.

Apesar do cansaço e da fome, Ezer comia com calma. Tentava sempre apreciar a comida que conseguia, fosse qual fosse a situação. O garoto ouvia sem prestar muita atenção na história de seu anfitrião. Então aquele era o preço do vinho e da sopa? Deveria ter avisado antes. Ele não poderia se importar menos com a recompensa ou com a fama. Fazer algo por alguém da cidade? Gratidão? Era para rir. Ezer tomou outro gole do vinho, como se o assunto não lhe dissesse respeito.

Nesse momento, um grito se fez ouvir. E então, silêncio. Todos ali presentes preocupados. Ezer instintivamente levou as duas mãos ao redor de seu prato de sopa, como se o lobo fosse entrar pela porta e roubá-lo de suas mãos. Então veio o uivo, a correria, a confusão.

Restaram apenas Ezer, os dois desconhecidos e os funcionários dentro da taberna. Ezer mordeu um pedaço pão.

"Muito obrigado pela hospitalidade, tenho uma divida com vocês. Irei ajudar nesta caça ao lobo, e sua filha será vingada."
Disse o homem que ezer usara de escudo mais cedo. Cara estranho, sorrindo em uma situação daquelas.
"Me acompanham nessa dança rapazes? Sou Cloud e acho que esse lobo já fez vitimas demais, o que me dizem?"
Continuou ele. Então o homem que dizia se chamar Cloud achava que Ezer deveria tomar parte nesta confusão? Era brincadeira, certo? Mesmo que o garoto tivesse alguma pretensão heróica, ele era apenas um garoto franzino de dezesseis anos. Contra um lobo gigante que destroça armaduras? Não, obrigada.

Ezer riu, um riso calmo e sincero. Fitou o barman em seguida.

- Senhor, não tenho como pagar pela refeição. Será que teria alguma forma de pagá-la que me permita manter a cabeça sobre meus ombros? - disse sem graça, meio tímido e deixando, pela primeira vez no dia, o cansaço de suas andanças florecer em seu rosto enquanto fitava o prato de comida ainda pela metade.


Última edição por Ezer em Qua Abr 08, 2015 12:02 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : cores erradas :<)

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Mensagem por NT Almighty Sex Abr 17, 2015 4:09 pm

monstro • monster • Monsutā
O primeiro a agir, é aquele mais próximo do pote de ouro! Vincent não hesitava. Não demonstrava um pingo de medo ou receio. Sua coragem, sem dúvidas, era já do nível da de um verdadeiro herói. Restava saber, se apenas isso seria o bastante para que ele conseguisse alcançar a vitória sobre o tal lobo.

Outro uivo ecoou em seu ouvido no instante em que ele pisou no lado de fora da Taberna. O ar frio queimando suas bochechas, a respiração formando uma nuvem branca bem diante de seu rosto pálido e olhos vermelhos. Ele pode ouvir ao longe os gritos dos homens, os mercenários, não gritos de medo ou dor, mas de euforia, risadas de incentivo, eles pareciam estar cheios de adrenalina, por mais que pudessem estar indo de encontro à morte.

Lanternas iluminavam no meio da floresta. Se seguisse os pontos luminosos, não demoraria a alcançá-los. Mas estava sozinho. Os outros dois preferiram ficar no interior da taberna ao invés de ajudá-lo. Iria voltar e tentar convencê-los, ou simplesmente seguir sozinho?

Um grito agudo rompeu o silêncio... A primeira vitima do lobo.

Som de tiros. A batalha finalmente teve inicio.

• • •


Assim que Vincent deixou o salão, seguindo os outros mercenários, Ezer anunciou de maneira tímida que não possuía dinheiro, e qualquer maneira de pagar pelo que já havia comido. O barman abanou com a mão, como se descartasse a ideia, já saindo de trás do balcão e seguindo na direção da entrada.

— Apenas vá com o Jin até a porta dos fundos, ajude-o a trancar a porta com a barra de madeira. Depois apaguem as luzes! – Disse em uma voz baixa e urgente, já seguindo na direção da entrada principal, mas antes de trancar o lugar se dirigiu para o homem de branco que ainda não havia se pronunciado (Snow): — E você, rapaz? Vai ou fica? Responda rápido, se o lobo quiser um pedaço meu, ou de meu funcionário, ao menos quero poder dificultar as coisas colocando algumas barreiras em seu caminho!

O menino fauno, por nome Jin, tocou no ombro de Ezer e indicou o caminho para os fundos. As mãos do menino estavam trêmulas, e ele parecia prestes a se borrar de medo, o que explicava o motivo para o barman ter pedido para que Ezer o acompanhasse. Parecia ser um preço pequeno pela refeição, apenas ajudar a tornar o lugar mais seguro.

Enquanto isso, o Barman impaciente esperava a resposta de Snow. Mas se o rapaz demorasse muito, acabaria não tendo outra escolha a não ser ficar ali trancado junto dos outros. O que também não era de todo ruim, já que provavelmente estava mais seguro ali do que em qualquer parte lá fora.

○ ○ ○


OFF: Época de provas chegou, malz a demora. 50xp para Ezer e Cloud. Quem não postar em 7 dias após o último player será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
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Mensagem por Snow Dom Abr 19, 2015 11:47 pm


A caçada!

Assim que sentou-se, pôde perceber a presença de outros dois indivíduos que por sinal, pareciam estar interessados na história da fera que o barman estava à contar. Snow era um mercenário de longa data, e por ser um mercenário, era relativamente fácil analisar as pessoas e deduzir suas intenções pelo seus comportamentos ou simplesmente pela interação com outro sujeito. Logo, notara que o rapaz de olhos avermelhados era um tanto quanto decido e convicto - ótimos atributos. Já o outro por sua vez, era um adolescente um tanto quanto despretensioso, onde raramente algo ou alguém conseguiria roubar sua atenção. Inicialmente, não via perigo em nenhum dos dois, portanto, continuou ali sentado.

Um vinho era despachado em três canecas sob o balcão para os respectivos rapazes que apresentavam-se ali naquele momento. O aroma daquele líquido era impecável, certamente uma iguaria do local. O encapuzado sorria levemente, levando sua mão de encontro a caneca e essa por sua vez, a sua boca, ressaltando ao barman nesse meio tempo:
Hum, hum... Sabe que não tenho como pagar por isso, mas... — Deliciou-se com o vinho quente. Teria algo melhor que aquilo antes de uma caçada para um mercenário? Não mesmo.

Enquanto bebia, estava a prestar atenção nas palavras que o homem atrás do balcão dirigia aos demais rapazes e ao próprio encapuzado. Snow ficou ainda mais curioso após os relatos do barman, pois pelo o que ele havia dito, o lobo, estava mais para um serial killer, que matava por prazer. Tal fato que deixara o rapaz um pouco mais motivado. Quanto mais difícil o adversário, mais interessante será o combate - era o tipo de filosofia que levava consigo.

Não demorou muito para que o jovem fauno - que por sua vez fora até a porta dos fundos da taberna a pedido do barman - servir os três sujeitos com três pratos de sopa acompanhados com pão. O cheiro era magnífico, e o sabor provavelmente seria um dos melhores que Snow poderia experimentar naquele lugar, porém, resolveu não ingerir tal comida. O jovem não aceitava de certo modo o bom agrado das pessoas, nunca foi do seu gênero. O vinho já estava mais que o suficiente. No entanto, o rapaz não pronunciara uma palavra, afinal, não gostaria de ofender o anfitrião.
Logo em seguida, o desabafo do homem é eminente: sua filha fora vítima da fera. Algo certamente chocante, mas não parecia que o rapaz atrás do balcão sentia algo como ódio ou até mesmo vingança. Talvez para ele, depois daquilo, as chances de que algo bom viesse acontecer, eram mínimas.

Após isso, instalou-se um breve silêncio no local, onde o mesmo por sua vez, fora quebrado por um grito agonizante vindo do lado de fora do estabelecimento. Logo em seguida, o uivo do animal alastrou-se: — AUUUUUUUUUUUUU!

Snow sentiu seu coração palpitar mais rápido, seus dedos estavam inquietos e exatamente nesse momento, esboçou um rápido sorriso no canto da boca. Os mercenários que estavam a beber e comer no local, foram de encontro a fera o mais rápido possível, muitos saíram por impulso, e provavelmente, se tornariam novas vítimas... Foi nesse momento então em que o encapuzado sente uma mão encostar em seu ombro direito, e ouvira a tal oferta vinda do rapaz de olhos avermelhados:
Me acompanham nessa dança rapazes? Sou Cloud e acho que esse lobo já fez vitimas demais, o que me dizem? — E viu o jovem dirigir-se a porta após o convite.

Não era normal, ou certamente não era de seu fetiche aceitar algum tipo de ajuda ou trabalhar em equipe, mas naquele momento, não restava nada a se fazer a não ser seguir os mesmos passos do tal Cloud. Não demorou muito para o velho que até então estava atrás do balcão, indagar sobre qual seria a escolha do rapaz Snow. Então, sem pensar duas vezes, o jovem levanta-se e caminha em direção a saída do local, deixando o outro sujeito que por sua vez, decidiu optar pela prevenção.

Ao sair do local, notou-se o clima de pura adrenalina, luzes de lanternas se faziam presentes dentre as árvores, e o frio... estava para derrubar qualquer um mal encasacado. Observou que o rapaz de olhos avermelhados estava logo adiante, e imediatamente aproximou-se do mesmo, em meio aos gritos que ecoavam pelas matas:
Então, esta pronto ou tudo aquilo era conversa fiada? — Ironizou o rapaz, retirando seu arco e flechas de suas costas.



OFF: Desculpem-me pela terrível demora, não irá mais acontecer, garanto! (:

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Mensagem por Cloud Qui Abr 23, 2015 1:49 pm

[



Monstro


Caçada
Cloud
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]


Cloud logo percebeu que não teria compania dos outros homens a mesa, assustados com a fera ou possivelmente não tinham interesse em se arriascar, Vincent já estava na porta, analisando o terreno a frente.

A Floresta estava escura e fria e Vincent via sua respiração fumegar. Logo a batalha começa, após alguns instantes, os gritos de euforia e entusiamos viram gritos de terror e agonia, acompanhado pelos tiros a distância.

Vincent ainda nota que estava errado sobre um dos homens que já estava ao seu lado, com seu arco em punho. Desembainhando sua espada, um leve sorriso aparece no canto da boca do jovem. "Acho que o subestimei, não acontecerá de novo."

Assim Vincent adentra a floresta, esperando ser seguido pelo novo companheiro.

Com os olhos atentos, parte em direção ao conflito, dando passos leves e deixando-se ser levado pelos sons.

Vincent Eldoras-Cloud


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Mensagem por Ezer Qua Abr 29, 2015 3:40 pm

-x-



Ao ouvir as palavras do barman, Ezer suspirou aliviado. Não que ele não pudesse ajudar na luta contra o lobo. Sabia inclusive que poderia ser uma ótima isca, mas ele não se importava, nem um pouco. Não estava movido pela história do homem, e por mais que não fizesse pouco de um prato de comida, não acreditava que a refeição valia o risco.

Deveria portanto, ajudar o pequeno fauno a trancar a porta dos fundo e a apagar as luzes. Apesar de lhe parecer pouco em troca da refeição, o rapaz aceitou de pronto, largando com algum pesar, o prato ainda meio cheio em cima do balcão. Se levantou enquanto confirmava com um aceno de cabeça ao barman que ajudaria Jin. Pouco depois, o garoto tocou no ombro de Ezer o chamando, e lhe mostrou o caminho para os fundos. Apesar de estar usando seu casaco, Ezer notou o quão trêmulas estavam as mãos da criança. Ele olhou então para o menino e sorriu, como que tentasse tranquilizá-lo.

- Não se preocupe, vai ficar tudo bem. - Disse para Jin, enquanto tentava também, se convencer das suas próprias palavras. Seguiram portanto para os fundos da loja, Ezer andava lado a lado com o garoto, pronto para protegê-lo se fosse necessário.

--

Off: Mil perdões pelo atraso! Tirando a vizinha que tentou se matar, um site atrasado pra entregar e o computador que bixou semana passada, ainda tive visitas e aniversário Q_Q Mas prometo não atrasar mais D:

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Mensagem por NT Almighty Qui maio 07, 2015 1:11 pm

monstro • monster • Monsutā


Aquela era uma daquelas raras noites invernais, tão comuns nos livros, mas tão raras na vida real. Uma típica noite de contos sombrios. Onde o herói, ou, nesse caso, dupla de heróis, sai em busca de aventura. Pois existem aventureiros e aventureiros, se é que me entende. Não posso negar que Ezer fosse um garoto inteligente em tentar manter-se a salvo do lobo. Essa era uma atitude muito sábia, eu diria. Mas não é como se, naquele momento, houvesse qualquer lugar seguro onde se esconder... Ah, não. Não mesmo.

Afinal, quem nunca ouviu aquela velha história que os pais costumam contar para assustar as crianças antes de dormir. Aquela onde o lobo mal, o vilão, diz a clássica frase: “Você pode correr, mas não pode se esconder.” Há! Sabia que iria lembrar.

Estou divagando. A questão é que quando não resta outra escolha a não ser: "caçar ou ser caçado", a melhor opção é sempre seguir seus próprios instintos, obviamente. E, por essa razão, seja qual tenha sido a escolha daqueles jovens aventureiros no momento de perigo, eu não poderia mesmo recriminá-los. Certo?

○ ○ ○

Vincent e Snow escolheram sair da taberna. Uma escolha corajosa, mas vovó já disse que coragem em excesso é pura tolice, se não for acompanhada de uma boa dose de inteligência e habilidade. Ainda assim, se ficassem para trás, estariam perdidos. Então logo se puseram a caminho, seguindo as fontes luminosas e gritos, assim como os disparos de armas de fogo. No entanto, conforme adentravam a floresta, seguindo para uma área mais densa e repleta de árvores, onde o solo estava mais visível e com pouca neve, encontraram os primeiros dois corpos.

O sangue vermelho dos mercenários mortos escurecia a neve branca e encharcava a terra fresca. Um estava sem o braço direito, o qual não se via em parte alguma. O outro tinha um buraco onde antes deveria ficar sua garganta e a parte inferior do rosto. O vento tornou a soprar, frio e inclemente. Mais gritos. Mais disparos. Outro uivo.

Mais corpos. Uma trilha deles. E então um grito agudo os fez virar o rosto para a esquerda praticamente ao mesmo tempo, no exato instante em que a dupla passava por uma pequena clareira. Viram um dos mercenários que estava na taberna. O líder da segunda mesa, aquele que incentivava seus companheiros a enfrentar o lobo. Ele corria na direção da dupla cego de pavor, com os olhos muito arregalados, mas incólume, sem sequer um arranhão...

E foi quando um borrão indistinto passou diante dos olhos de Vincent e Snow. E a cabeça do mercenário que corria na direção deles desapareceu. Exatamente assim. De maneira súbita, e com o corpo ainda em pé, caindo em seguida.

Repentinamente o ar pareceu ficar ainda mais frio... O silêncio era quase palpável.

Então mesmo sem precisar falar, ambos tiveram a mesma certeza: Estavam todos mortos. Todos os outros mercenários. Cada um deles, agora eram apenas corpos sem vida de olhos vidrados, regando o solo da floresta com seu sangue. Nada mais que restos mortais para servir de adubo. Bem, é como dizem: Um dia da caça...

E, o pior: eles eram os próximos.

• • •

Quentinho. Com as portas firmemente fechadas, as lamparinas apagadas e escondidos atrás do balcão do bar, o interior da taberna estava agradavelmente quente. Talvez se devesse ao fato de, naquela noite, ela ter estado razoavelmente cheia até poucos instantes atrás, ou simplesmente pela grande lareira de pedra negra ter sido apagada as pressas poucos instantes antes, ou ainda poderia ser apenas a sensação de ter o estomago cheio de uma deliciosa sopa, vinho com especiarias e aquele vago sentimento de segurança.

Seja como for, lá estava Ezer. De alguma forma, após ajudar o pequeno sátiro a fechar a porta dos fundos, o jovem aventureiro havia acabado sentado atrás do balcão, um esconderijo precário, mas que dava uma boa visão das duas portas de entrada e da escada para o dono da taberna com sua velha carabina.

Lá fora, na floresta, tudo havia ficado agitado por vários minutos, mas agora o silêncio havia voltado a cair. Não exatamente como antes. Não era um silêncio natural, mas sim algo que precede um grito. A sensação era a mesma daquela que paira no ar, instantes antes de uma chuvarada de verão. O ar fica mais denso e ligeiramente frio, e você quase pode sentir as gotas se condensarem e acumularem peso bem acima de sua cabeça, e então...

Mas nada. Nada veio. O silêncio se adensou ainda mais, até quase formar uma poça, profunda e escura. Jin, o jovem sátiro, tremia as bandeiras, estava pálido, muito pálido, e resmungava algo que poderia ser distinguido vagamente como uma oração em uma língua estranha.

Como nada parecia acontecer, o velho foi até os fundos e voltou uns instantes depois. Jogou um pequeno punhal com uma bainha de couro ornamentada. O velho soltou um suspiro. — Ouvi um boato de que a fera apenas pode ser ferida com prata... Não sei se é verdade, mas... – E deu de ombros, sem jamais tirar os olhos da porta. — Por via das dúvidas. Se-se... Olha, sei que talvez você também esteja com medo e tudo mais, mas esse daí – disse indicando o sátiro amedrontado. — Ele é um inútil quando está com medo, mas é um bom menino... Então... Sei que é pedir demais. Mas, se puder fugir com ele pelos fundos se algo acontecer... Prometo tentar ganhar o máximo de tempo possível para vocês. – E deu uma risadinha sem humor, apertando o cano e a empunhadura da carabina. — Não morrerei antes de enterrar duas balas de prata na carne daquele desgraçado... – Rosnou entre dentes, praticamente cuspindo essa última palavra, com os olhos cheios de lágrimas, mas sem chorar. Obviamente pensando em sua filha.

Fora da taberna, porém, o silêncio persistia.

Afinal, o que estaria acontecendo lá?

○ ○ ○


OFF: Época de provas chegou na facul, ai não consigo postar tão rápido, mas vejam pelo lado bom: o semestre tá chegando ao fim! #VemNiMimFérias (-q kk). 50xp para Ezer, Cloud e Snow.

Mesmo esquema, quem não postar em 7 dias após o último player será pulado. Isso não significa que seu char vai morrer, só que ele não fará nada. O que ainda pode ser perigoso, de acordo a situação.
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Mensagem por Snow Qui maio 07, 2015 9:21 pm


Confronto Eminente!


Estava decidido: os dois corajosos - ou provavelmente tolos - rapazes adentraram em meio a densa floresta, sendo ambos guiados por gritos e alvoroço das pessoas que arriscavam suas vidas para achar e finalizar a tal fera. Certamente não era uma situação favorável aos dois aventureiros, pois, a cada minuto uma nova voz de puro desespero fazia-se audível para todos próximos do local. Tal voz que se esgotava num repentino silêncio, com estralos de ossos sendo quebrados logo em seguida. Não, aquilo não era nada bom!

No entanto, o encapuzado procurava sempre manter sua respiração calma e regrada, afinal, um lobo sozinho já fizera aquele estrago todo, imagine então um homem metade lobo... Era seu maior temor naquela noite fria e conturbada.

O caminhar lento e calculado fora interrompido por duas vítimas, ambas dilaceradas cruelmente. A neve em volta dos corpos estava tomada pelo sangue, e aquilo só serviu para deixar o jovem ainda mais alerta e desconfiado. No entanto, com isso, Snow pôde deduzir que a besta não passava de um assassino, aquelas não eram mortes cometidas em virtude de fome ou qualquer outra coisa. Estava mais para o simples desejo de matar todos que atrevessem a encará-lo. — Bichinho corajoso... — Proferiu em um tom muito baixo.

Após o breve raciocínio, o silêncio reinou novamente. Esses períodos onde os ventos sopravam mais alto deixava Snow realmente inquieto. O rapaz controlava-se firmemente para não soltar um chamado para a tal fera de uma vez por todas. Porém, assim só facilitaria a brincadeira, e acabaria matando-o sem chances de construir alguma estratégia - e sem conseguir um tostão. Óbvio que aquilo não era de seu feitio, mas tais momentos de euforia e pausas eminentes eram certamente incomodantes.

Enquanto caminhava sorrateiramente, trilhas de corpos cruelmente abatidos formavam uma abaladora paisagem, onde o cheiro de sangue evidentemente predominava. E então, mais uma vez para quebrar o silêncio, um grito fora emitido, só que dessa vez, agudo e bem mais próximo - logo a esquerda de ambos os rapazes. Era um homem, correndo desesperado e totalmente sem coordenação em sua direção aos dois jovens. O rosto de tal homem passara pela cabeça do encapuzado como um flashback: era um dos mercenários que estava mais cedo bebendo na taberna junto com seus companheiros - o que estava incentivando a todos. Bom, certamente era uma ironia aquela situação, mas não deixava de ser preocupante.

Mas o q-... — Sua fala fora bruscamente interrompida assim que notou um vulto extremamente rápido passar diante de seus olhos, atacando indiscriminadamente o azarado rapaz logo a sua frente. Por puro reflexo, Snow rapidamente atirou uma flecha para onde o vulto tinha passado, e só então notou o que acontecera logo após: a cabeça do homem fora arrancada sem maiores esforços, enquanto seu corpo estava intacto, caindo ao chão vagarosamente em seguida. O sangue escorria por onde era seu pescoço, e isso só enfeitava ainda mais o chão de vermelho escuro. Era uma obra de arte que a fera estava apreciando pintar.

Seu coração acelerou, apunhou seu arco com mais firmeza e retirou mais uma flecha de suas costas, colocou-a na corda e preparou-se para o pior. Naquele instante, não havia muito a se fazer, era como se o lobo tivesse planejado cada ataque, deixando suas vítimas meticulosamente encurraladas. Ao raciocinar um pouco mais, percebeu que havia muitas árvores ao redor, e que seria uma boa ideia subir numa delas para evitar um confronto direto, afinal, o jovem encapuzado não queria sua cabeça arrancada de seu corpo. Foi então que este rapidamente pediu a ajuda do rapaz de olhos avermelhados, até então intitulado-se como Cloud: — Amigo, me dê um calço. Subirei numa dessas árvores e lá de cima lhe darei cobertura e uma visão mais ampla. Nós dois aqui, apesar de estarmos armados, certamente seria uma desvantagem.— Proferiu Snow, contando com o suporte do aventureiro ao seu lado.

Não estava necessariamente propondo para Cloud ficar lá embaixo. Mas caso conseguisse subir, o jovem ficaria a espreita, observando cada movimento no local e concentrando-se para ouvir cada rastro de som no mesmo ambiente. Suas vidas ali corriam um sério perigo.


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Mensagem por Ezer Dom maio 10, 2015 2:36 am

-x-


Depois de trancar a porta dos fundos com a barra de madeira e apagar as luzes, Ezer voltou acompanhando o fauno amedrontado. O ambiente ainda estava quente, mas devinitivamente, toda o aconchego havia desaparecido. Em sua boca, o gosto adocicado do vinho lhe lembrava a todo instante de que tinha ainda uma dívida com aquelas pessoas. Acabou por sentar-se atrás do balcão, apoiando os braços sobre o joelho direito, com o perfil baixo. Os cabelos já há algum tempo sem corte, cobriam-lhe parte do rosto e lá estava ele, imóvel, respirando calma e discretamente. Não era fácil notar se o rapaz estava ou não com medo.

Por trás da franja que cobria-lhe os olhos, Ezer prestava atenção ao seu redor. De onde estava, podia ver as duas entradas da taverna, bem como o velho com uma carabina, na escada. O jovem Jin, tremendo e rezando perto do rapaz o incomodava um pouco, mas não o comovia, de fato.

Do lado de fora, depois de certa confusão e uma cacofonia que Ezer conhecia bem, veio o silêncio. Um silêncio acompanhado de muita tensão, um silêncio quase palpável, incômodo e o pior, um silêncio que parecia infinito. E o silêncio foi quebrado quando o barman resolveu se mover, foi até os fundos da loja. Quando voltou, jogou algum objeto na direção do colo de Ezer. Um pequeno punhal, com uma bainha de couro. Ezer pegou o objeto e, depois de dar uma olhada, sem ao menos retirar o punhal da bainha, voltou sua atenção, para o velho fauno. Levantou por fim a cabeça, para ouvir o homem falar.

— Ouvi um boato de que a fera apenas pode ser ferida com prata... Não sei se é verdade, mas...  Por via das dúvidas. Se-se... Olha, sei que talvez você também esteja com medo e tudo mais, mas esse daí, ele é um inútil quando está com medo, mas é um bom menino... Então... Sei que é pedir demais. Mas, se puder fugir com ele pelos fundos se algo acontecer... Prometo tentar ganhar o máximo de tempo possível para vocês. Não morrerei antes de enterrar duas balas de prata na carne daquele desgraçado...

Os olhos de Ezer, bem como sua expressão corporal, permaneciam as mesmas. Seus olhos não demonstravam medo, na verdade, o rapaz parecia estar extremamente calmo, mesmo naquela situação. Pela primeira vez desde que chegara, dera real atenção às palavras daquele senhor. Quando o homem terminou seu discurso, Ezer mostrou uma feição séria. Apertou o punhal levemente com a mão direita, e então, depois de alguns segundos sem uma resposta, abriu um sorriso genuinamente irônico e se permitiu uma pequena gargalhada.

- Então o senhor sabia que o lobo só podia ser ferido com prata, e deixou todos saírem sem avisá-los? Ao menos aqueles dois, não faziam ideia disso. - E riu mais uma vez, um riso baixo, irregular e sincero, quase insano. Não durou muito, e Ezer forçou-se a voltar à sua expressão séria e vazia, com uma tosse seca. - Mas não se preocupe, tenho uma dívida com o senhor. E enquanto estiver em débito, protegerei o garoto, aconteça o que acontecer.

Dito isto, Ezer fez uma pequena reverência na direção do senhor. E em seguida, pôs-se a analisar o punhal. Tinha então duas armas, e eram duas armas auxiliares. Levou a mão ao pomo de sua adaga, calculando a diferença de peso entre uma e outra, perdido em pensamentos sobre uma estratégia de ataque, ainda que atento ao silêncio da floresta.

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Mensagem por Cloud Sex maio 15, 2015 12:14 pm

[



Monstro


Caçada
Cloud
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]


Vincent seguia ao lado de seu novo companheiro em meio aos sons de disparo e gritos de desespero, sempre com a mão na bainha e sua espada, adentrando a floresta gelada mais e mais.

Os primeiros corpos eram avistados, dois homens já haviam sido abatidos e algumas partes destroçadas, mas Vincent olhava para seu companheiro e seguia seu caminho, desviando do sangue ali e tentando reaver alguma lâmina que ainda pudesse ser usada. Ouvindo o comentário de seu companheiro, apenas esboça um leve sorriso, mas é interrompido pelo vento gelado e mais sons da caçada e obviamente, mais vítimas.

Caminhavam mais uma vez, seguindo uma trilha de corpos deixados ao chão, até um grito a sua esquerda, um grito de desespero, e no susto, já mostrava um pouco do metal frio de sua espada, esperando pelo ataque do animal, que não ocorreu, via apenas um homem correndo por sua vida, Vincent recordava-se dele, era o que falava com mais autoridade na taberna e agora somente o pavor tomava conta do homem, que corria por uma clareira em direção a dupla.

O jovem já iria fazer uma piada sobre o medo do mercenário, seu sorriso foi arrancado assim como a cabeça do homem, tão rápido que somente um borrão pode ser visto. O clima que já estava pesado, agora era morte no ar. Vincent já sacava sua lâmina e preparava-se para o embate, segurando-a com as duas mãos.

Observava a sua volta atenciosamente, não sabia de onde viria o ataque e saberia que eram os próximos. Então seu companheiro encapuzado sugeria subir em uma árvore, para ter melhor visão para o seu arco e flecha que já estavam em mãos, mas precisava da ajuda de Vincent para subir.
-"Não é meu tipo de combate, mas podemos combinar nossos ataques. Mas acho que a queda lá de cima é maior. Suba, tome cuidado. "

Vincent se dirige a árvore, deixando sua coxa e ombro disponíveis para o calço da subida,  e logo após, iria para o centro da clareira, esperando o ataque para poder reagir.

Vincent Eldoras-Cloud


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Off: Desculpem a demora, mas a vida ta cheia rs

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Mensagem por NT Almighty Ter Jun 16, 2015 7:44 pm

monstro • monster • Monsutā


Algumas pessoas acreditam que tudo o que acontece em suas vidas, acontece por uma razão. Por um propósito. Com um significado. Acreditam que existem coisas que estão simplesmente predestinadas a acontecer. Caminhos pelos quais não podemos escapar de trilhar. E elas dão nomes a essas coisas. Sorte e azar; Karma; Destino; Vontade divina. Chame como quiser. Mas quando um soldado levanta sua espada e se prepara para a morte. Esse último grito de bravura que fica preso na garganta do guerreiro antes de seu maior confronto, antes da última vitória que nunca virá. Eu acredito na bravura desses homens corajosos e tolos, na chama que arde em seus corações e clama para se libertar em uma fogueira maior. Que clama por incendiar o mundo.

Ou quando dois irmãos tem que viver por anos como pouco mais que animais. Sobreviver nas ruas de uma cidade hostil, enquanto tornam cada sorriso e diminuto momento de alegria em uma lembrança tão valiosa quanto um diamante. Eu digo que acredito. Eu acredito na esperteza dos órfãos. Acredito na perseverança daqueles desprovidos de riquezas, mas que são capazes de manter viva em seus corações, a fé e a esperança em um amanhã melhor. Em um futuro com mais sorrisos e com lágrimas apenas de alegria.

Nossos bravos aventureiros escolheram seus caminhos. Mas alguns diriam que eles jamais tiveram uma escolha. Que o destino jogava com eles, como peças em um tabuleiro. Mas eu não sou uma dessas pessoas. Acredito que o medo nos paralisa. O temor, porém, dá origem à sabedoria. E apenas a coragem e a insensatez, podem libertar nossos corações desses grilhões e levar os homens a fazer coisas maravilhosas.

Eu acredito, que assim como a covardia e a tolice devem ser recompensadas com a morte. A esperteza, sabedoria e bravura, devem ser recompensadas com a...

Quer descobrir? Então, me surpreenda. Prove seu valor.

Supere seus limites. Aqui e agora.


○ ○ ○


O lobo era sorrateiro. E assim como qualquer caçador nato, sabia como esperar pelo momento mais oportuno antes de atacar. Observando suas presas com olhos dourados, feito ouro polido, com os pelos escuros se misturando ao negrume da noite em uma camuflagem natural e perfeita. Ele aguardou, caminhando com passadas leves e movimentos rápidos. Circundando seus alvos e deixando que o medo e a insegurança os envolvessem. Os enfraquecessem. Assim como havia feito com os outros. É uma estratégia simples e eficiente, semear o pânico. Atacar o mais fraco, o distraído do grupo. Aquele que, por azar, foi deixado no fim da fila. E ver o pânico se instalar. Como fogo no milharal.

Mas isso não aconteceu dessa vez. Não com aqueles jovens. Eles estavam prontos para lutar até o fim, e morreriam com suas armas em mãos se fosse preciso. Mas não desceriam a quietude da sepultura, sem antes cravar uma flecha ou golpe de adaga no corpo daquela maldita criatura das trevas. Ainda assim, a criatura esperou. Com a paciência de uma pedra. E então o momento finalmente chegou.

Vincent ajudou Snow com o apoio e o primeiro impulso. O rapaz encapuzado subiu na árvore com a habilidade de um habitante das florestas, e alcançou o primeiro galho sem grande dificuldade, ficando parcialmente oculto entre a folhagem. Um esconderijo perfeito. Mas, no instante em que pensou em preparar o arco... O lobo rugiu. Vitorioso, saltando da escuridão com a bocarra aberta rumo ao jovem próximo à base da árvore.


Taberna do Fauno RTYewTN
(Clique para ampliar)


Mas o que ninguém notou, foi o suave assovio de três flechas cortando o ar invernal, que se cravaram na lateral do corpo do Lobo, o atingindo com a força de um martelo. Atirando-o para o lado e fazendo com que se chocasse contra a árvore, logo ao lado de Vincent. A árvore estremeceu com o impacto, fazendo com que Snow tivesse que se segurar firme caso não quisesse acabar caindo. O lobo se levantou em um instante, olhou na direção da floresta e saltou para trás quando outras duas flechas atingiram o local onde ele estava. E fugiu para as sombras da floresta.

Então, veio o uivo... Agudo e gélido. Feito uma promessa.

Enquanto, ao mesmo tempo, eis que da floresta surgia à suposta salvadora dos dois corajosos aventureiros. Uma figura de aparência um tanto... Singular. Para não dizer que era de uma excentricidade incrível.


Taberna do Fauno K6k6Jmr
(Clique para ampliar)


Ela caminhava com cuidado e segurança na direção dos rapazes, mas rápido o bastante para transmitir a urgência da situação. A jovem raposa trazia com sigo um longo arco de madeira escura, com uma aljava presa ao lado direito de sua cintura.

— Vocês rapazes foram azarados a vida toda, ou andaram guardando para gastar tudo nessa noite? – E deu uma risada melíflua, encantadora. Os dentes eram perfeitos e brancos feito marfim, a pele pálida, mas não era possível ver a cor de seus olhos sob a fantasia de raposa que usava. Tinha duas flechas entre os dedos, prontas para serem usadas. E o nariz de raposa no alto de sua cabeça parecia farejar o ar, enquanto ela observava os arredores.

— Ainda não acabou. Ele irá voltar e tentar nos atacar... – Ela então se afastou alguns passos da árvore e recuperou as flechas que havia errado. O sangue da criatura ainda manchava a terra desnuda de neve próxima à base do tronco. Um rosnado baixo.

Todos se viraram e puderam ver o lobo os encarando. Ele já não se escondia mais. As flechas que antes brotavam de seu franco haviam desaparecido. A criatura sangrava e segurava a lateral do corpo, mas parecia transtornado.

— Rapaz das espadas, ataque. Nós lhe daremos cobertura. – Disse a mulher raposa em voz baixa, enquanto retesava a corda do arco. E o lobo se aproximava. Era no mínimo duas vezes maior que Snow ou Vincent. — Em um combate próximo você deve ser nossa melhor chance, eu imagino. Mas se ele nos pegar, é fim de jogo.

Parece que se eles realmente quisessem sobreviver, havia uma única escolha sensata a tomar naquela situação. Mas, eles iriam ter a coragem para levantar suas armas e lutar?

Contudo, nesse instante, rompendo a quietude da espera que antecede o duro primeiro movimento, outro uivo agudo cortou o silêncio da noite. Os rapazes não entenderam a princípio, pois o lobo estava bem na frente de seus olhos e ele não estava uivando. A raposa sorriu. E eles entenderam a verdade: Havia dois lobos ali.


• • •


O comentário de Ezer apenas trouxe uma expressão tristonha ao rosto do velho. Então, quando ele finalmente respondeu, a voz falhava e ele parecia realmente se sentir muito culpado, mas também resignado. — É apenas um boato, e o que eu poderia fazer? Não tenho armas para distribuir para todos... – Soltou um suspiro, e permaneceu em um silêncio pensativo.

O silêncio se estendeu. Alguns dizem que a espera é a pior parte, e talvez tivessem razão. O velho não se moveu um milímetro sequer. Ficou encarando as janelas, e a porta à sua frente, feito uma estátua de carne. Com o passar do tempo o pequeno fauno se acalmou o bastante para conseguir parar de resmungar suas preces, e agora apenas tremia agarrado aos joelhos com os olhos muito arregalados, como os de uma coruja. Minutos incontáveis se passaram, ou talvez nem tanto assim. Talvez tenha sido apenas dois ou três. Mas pareceu uma verdadeira eternidade. Até que outro uivo cortou o silêncio.

Ninguém falou, mas todos no interior da taberna sentiram um arrepio descer por suas espinhas quando tiveram a gélida certeza: Ele está próximo. E então o velho soltou uma exclamação de susto e se abaixou de repente. A arma já nem de longe tão segura, agora tremia as bandeiradas em sua mão enrugada. O dono da taberna respirou fundo e então se levantou bem devagarzinho, a fim de olhar por cima do balcão.

Se Ezer tivesse curiosidade de fazer o mesmo, através de uma cortina de renda, atrás da janela, do lado de fora da taberna, teria um vislumbre daqueles olhos amarelos. E do sangue em sua bocarra. Ele farejava o ar. Como se sentisse um aroma maravilhoso. Então o casco do pequeno fauno bateu contra a madeira do assoalho. Normalmente um som tão insignificante passaria despercebido, seria como uma única batida na porta com os nós dos dedos. Mas no silêncio que havia se instalado, foi audível feito um estalar de dedos em um quarto vazio.

E então a fera olhou nos olhos daqueles que as observava.


Taberna do Fauno QWlFRuf
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E se foi.

O velho que agora tinha um ataque de tremedeira soltou um suspiro de alívio. E sorriu para as crianças, quando a porta da cozinha se desfez com o som de um trovão. Ouviram som de garras e patas no assoalho de madeira. O menino fauno voltou a recitar suas preces em uma língua estranha, como se estivesse em transe, ou em um pânico tão profundo que quase estava ficando louco de medo.

O velho gritou: — Fuja e leve ele com você! – Então abriu a porta da cozinha, entrou e a fechou atrás de si. Sujeito corajoso. Ou apenas um enorme tolo?

Mas e agora? O que Ezer iria fazer? Cumpriria seu trato com o velho e levaria o menino de cascos fendidos, ou o deixaria ali como um aperitivo para a fera, a fim de ganhar mais alguns segundos em sua fuga? Decisão difícil. Será que Ezer seria capaz de salvar alguém, assim como haviam lhe salvado no passado?...

○ ○ ○


OFF: Enfim, férias! 250xp para Ezer, Cloud e Snow, pelo enorme atraso.

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Mensagem por Ezer Sex Jun 19, 2015 2:18 am

-x-



"Ser um soldado é dar ênfase à lealdade, fidelidade, auto sacrifício, humildade, espírito marcial, honra e, acima de tudo, viver e morrer com dignidade".

Ezer não era mais um soldado, agora que andava por aquela ilha sem rumo, enquanto esperava encontrar alguma notícia sobre seu supostamente falecido mestre. Mas o código de conduta que aprendera a seguir e respeitar, continuava ali, em algum lugar de sua alma.

No silêncio que havia se instaurado no salão da taverna, Ezer, absorto em seus pensamentos, mal percebeu a reação do velho fauno, e somente voltou seus olhos para o senhor quando este começou a falar. Não se deu ao trabalho de se compadecer com o sentimento de culpa do velho, apenas abaixou o olhar e continuou ali, pensando nas inumeras possibilidades que poderiam vir a lhe acometer.

O velho estava imóvel, assim como o tempo, que parecia suspenso. E Ezer quase acreditou que o tempo realmente tivesse parado, tão pesado era o ar que eles respiravam, se não fosse pela inquietação do pequeno fauno a seu lado. Jin já não resmungava mais, o que quase fazia com que o garoto soltasse um suspiro de alívio por não ter de ouvir mais aquelas preces.

Veio então outro uivo, muito mais alto, muito mais perto. Um arrepio percorreu o corpo do rapaz, que instantâneamente apertou o punhal em sua mão direita e estreitou os olhos. O fauno se abaixou depressa, a carabina já sem firmeza alguma em suas mãos trêmulas. Ezer levantou-se com cautela e olhou por cima do balcão, assim como o velho. Lá estava ele, atrás da janela, os olhos amarelos, o sangue que parecia brilhar manchando o pelo do rosto do animal. Farejava algo, procurava sua próxima vítima. Não adiantava, havia não apenas pessoas dentro daquela taverna, mas também restos de comida, carne. O lobo entraria ali de uma forma ou de outra.

Antes que Ezer conseguisse pensar em qualquer curso de ação porém, Jin acidentalmente bateu seu casco contra o chão de madeira. E o pequeno baque parecia um tiro de canhão. E os olhos da fera se encontraram com os do garoto, que contorcia a boca em desgosto por ter tamanha má sorte.

Tsc.

Tudo então aconteceu em questão de segundos. Segundos que pareciam uma eternidade para a cabeça de Ezer, que não parava de pensar em tudo que podia fazer a partir dali. O velho parecia não ter entendido a situação e sorriu aliviado. E então a porta da cozinha se desfez com um estrondo. Enquanto Jin voltava a resmungar preces, o lobo se aproximava, nem um pouco preocupado em esconder seus passos. O velho gritou para que Ezer fugisse com o pequeno fauno e se trancou na cozinha.

Era suicidio, o velho não podia sobreviver.

Ezer não temia a morte, na verdade, pensava sempre nela. E não tinha medo de morrer. Mas isso não significava que era tolo o bastante para se jogar nos braços de uma fera. Mas ele não tinha tempo para filosofia naquele momento, não tinha tempo ali, para pensar na morte.

Na verdade, ele não tinha tempo para nada ali. Ignorou completamente o outro funcionário da taverna e literalmente pulou em cima de Jin, jogando o menino no chão e tapando-lhe a boca com força. Tentava forçar o garoto a respirar pelo nariz, algo que havia aprendido a fazer para acalmar pessoas em pânico, e também para fazer o menino parar com as preces. Sejam lá quais deuses fossem, não iriam ajudá-los agora.

- Não pense em nada agora. - Foram as únicas palavras que saíram da boca de Ezer, que já se levantava e puxava o menino pelas escadas.

Num espaço aberto, escuro, sem a certeza de não encontrar outros inimigos por perto, eles definitivamente estariam em uma pior situação. Portanto, a escolha de Ezer foi que subissem e tentassem se esconder ou escapar para o telhado. Não era grande o suficiente para carregar Jin, podia apenas contar que o garoto conseguiria acompanhá-lo e continuar andando. Se tudo desse certo, se esconderiam no sótão ou algo assim e esperariam que o lobo não os seguisse, na pior das hipóteses, acabaria escondendo Jin e tentando atrair o lobo para longe.

Quando um soldado pensa que terá muitos anos de vida, ele se torna indolente. Mas quando se conclui que um homem pode estar vivo hoje, mas não amanhã, ele estará consciente de que hoje pode ser sua última chance para servir a seu mestre. Assim, seja recebendo ordens de seu senhor, seja cuidando de seus deveres, ele o faz pensando que isso pode estar acontecendo pela última vez, então seu interesse será sincero e decidido. Ezer era um desses homens, que vivia com a morte em seu pensamento, e a batalha à espreita. Assim, não pensou um momento sequer em trair a confiança do velho fauno e abandonar Jin para seu próprio benefício. Tinha uma dívida para com aquelas pessoas, e trataria de cumprí-la. Mesmo que custando sua vida, não deixaria que o lobo encostasse um dedo no pequeno fauno.

Ps.: Ebaaaa você está vivo! Achei que o lobo tinha te devorado antes de passar na taverna -q
Ps2.: Ainda tinha um funcionario esquecido dentro da taverna né? Se não tiver, ignora, pls.

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Mensagem por Cloud Ter Jun 23, 2015 10:21 am


Monstro? Oh, no!
Hora de mostrar trabalho, oras...

Estava extremamente quieto, uma calmaria que  impactava medo em seus corações, mas a bravura, ou a burrice, era maior. E não existe bravura sem medo certo?

Vincent ajudava seu companheiro a subir na árvore, e já deixava as costas viradas para a árvore. O uivo era apavorante, mas Vincent não tinha nada a perder, se morresse, ninguém daria falta, era um andarilho por natureza.
E menos uma aberração no mundo não seria nada de mais, alguns diriam que era até bom.

Empunhando sua espada, o meio demônio observava a floresta noturna. Mas foi rápido demais, o lobo atacava diretamente, a enorme criatura saltava sobre ele, com garras e dentes a mostra.
Vincent por outro lado tentou sair para o lado, mas não havia tempo hábil pra isso. O ataque foi parado por alguns silvos no ar, flechas. Será que Snow salvara sua vida? Mas as flechas vieram de baixo, não de cima.
Mas o raciocínio do jovem fora interrompido pelo impacto do lobo batendo na árvore, a pouco centímetros de Vincent, que por instinto saltava para trás, já preparando um ataque frontal.

A fera se levantou rapidamente, e saltava para trás, após olhar na direção da floresta. Outras duas flechas fincavam na árvore, interrompendo o caminho de Vincent, forçando o jovem a olhar para a floresta, enquanto o lobo batia em retirada.

Ufa, era humana, ou quase. Uma mulher peculiar saia das sombras das árvores, com seu arco e a pele de raposa na cabeça.

Disse algumas gracinhas para a dupla, mas Vincent sabia que ela tinha salvo sua vida e nada disse, apenas olhou para o alto, esperando que Snow estivesse bem.

Ela parecia experiente nesse tipo de caça, então seria mais uma ajuda. Ela dizia o óbvio, que ainda não havia acabado. Buscava suas flechas e Vincent trocava a espada de mão em mão, claramente nervoso. Acabava de ter a vida por um triz.

Então ao virar para continuar o caminho o inesperado, lá estava a fera, duas vezes maior que qualquer um deles e ainda sangrando, mas sem sinal das flechas. Seu olhar era de uso ódio e o combate não poderia mais ser evitado.
A misteriosa mulher iria usar Cloud como isca, mas isso era claro, dois arqueiros e um espadachim, já sabemos quem tem mais chances de morrer e Vincent não temia a morte.

-"Vou fazer o meu melhor, só quero esse merda morta."

Dizia o meio demônio, já correndo na direção da morte certa, e em meio ao caminho ouvia outro uivo, não vindo do lobo que crescia a sua frente, mas uma outra fera. Se uma era pavoroso, não sabia o que pensar de duas ou mais. Lobos andavam em matilhas, então se tivesse mais, seriam muitos mais.

Se aproximava correndo do grande fera, usando sua agilidade para tentar vencer a força.

Aquela não era a única besta ali, e Vincent começava a ter o corpo coberto por tatuagens roxas, como chamas vivas em sua pele, até tomar todo seu corpo, ficando negras e estáticas no final. Se movimentava mais rápido e feroz agora, seu semblante mudava drasticamente para algo perverso e maléfico.

Começou com um golpe diagonal com sua espada, gritando e girando seu corpo para um golpe horizontal.

Já atacava para matar ou criava uma distração, agora dependia mais de seus companheiros do que de si mesmo para manter-se vivo.

Habilidade:


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Mensagem por Snow Sex Jun 26, 2015 5:33 am


INVESTIDA

A sensação de ter uma presença próxima e observando os tais aventureiros era inexplicavelmente perturbadora. Suas mãos suavam frio, dificultando até o manuseio de seu arco, mas Snow jamais deixara transparecer em seu rosto tal nervosismo, não era hora para deixar aquilo tomar a sua mente. Precisava de concentração. Não era só sua vida em jogo naquele momento, mas também a de outro rapaz, seu parceiro de batalha naquele instante. O encapuzado sabia bem o que o lobo estava a fazer, a mente humana não é necessariamente diferente da mente de um animal, uma presa qualquer. Portanto, os métodos de caça convencionais, que qualquer um pode facilmente testemunhar na natureza, era perfeitamente aplicável àqueles dois jovens em meio a neve. E a fera, para o azar deles, sabia disso.

Vincent ajudara Snow a subir à árvore como o mesmo havia pedido alguns minutos atrás. Não era nenhuma tarefa difícil para o jovem, pois enquanto atendia por mercenário nas grandes cidades de Hilydrus, era comum vê-lo saltando de casa em casa, sorrateiramente, atrás de suas vítimas. Segurou-se então num galho próximo e puxou-se para cima com a ajuda de seus dois braços. No entanto, antes de posicionar-se adequadamente, se fizera audível o rugido do lobo: de repente, a fera saltara do negro que tomava o lugar, com seus olhos fielmente dourados em direção ao seu companheiro. Naquele instante, Snow seria lento demais disparar uma flecha certeira e consequentemente, tirar o jovem daquele situação desesperadora. Eis que algo rouba a atenção do encapuzado, já com o arco em mãos. - Duas flechas! - Enquanto o lobo preparava-se para o seu provável banquete, em meio ao salto, duas flechas com forças incríveis o atingira em cheio, forçando-o a debater-se contra a árvore em que o mercenário se encontrava. Para evitar o balançado, o rapaz segurava-se firme num galho um pouco mais acima. Algumas folhas caiam ao chão branco. Dava-se para notar o sangue que a fera havia deixado no local. Quase que instantaneamente, outras duas flechas foram lançadas em direção ao animal quase abatido, bem ao lado de Vincent, no entanto, o mesmo saltara para trás, fugindo em direção a escuridão. Sua presença não fora totalmente ocultada antes de um último uivo que transmitia uma sensação de "vingança".

A incessante curiosidade de Snow sobre quem havia lançado as flechas não durara muito, logo que a autora alto revelava-se das sombras. Sua aparência, vestindo uma espécie de manto de raposa era no mínimo diferente. Sua pele pálida, e o pouco de roupa que vestia, naquela noite gelada, fazia o encapuzado duvidar se aquela mulher era de fato humana. No entanto, a tal salvadora não exitou em aproximar-se dos jovens que ali encontravam-se.

Vocês rapazes foram azarados a vida toda, ou andaram guardando para gastar tudo nessa noite? Ainda não acabou. Ele irá voltar e tentar nos atacar...  – Disse a mulher, enquanto recolhia suas flechas.

O encapuzado percebeu que aquela garota estava ali para dar apoio também a caçada, porém, o motivo disso, continuava sendo um mistério. Talvez não passasse de uma mercenária, contando com o suporte dos rapazes para conseguir a recompensa em ouro. Naquela situação, de "quem pensasse mais rápido sobreviveria", não era sábio confiar em qualquer um, apesar do ato heroico da mesma instantes atrás. E caso fosse esta a estratégia da moça, Snow com certeza reconheceria sua inteligência - era algo que com certeza, ele também faria. Logo após o breve raciocínio de uma mente cautelosa, o próprio mercenário descera até a base do chão, ficando assim ao lado dois outros dois sob a neve.

Acho que serei mais útil por aqui. – Pronunciou.

Após juntar-se a Vincent, e a nova integrante, um ruido ecoa no ambiente, onde podia-se notar que o autor estara bem mais próximo do que qualquer um ali imaginava. Eis que um lobo também abatido, mas sem sinais das flechas surge dentre a escuridão, novamente. Seu tamanho havia aumentado, coisa que não acontece naturalmente de um instante para outro. Logo então a mulher surge com a proposta de um ataque triplo: o espadachim na frente, enquanto recebia apoio na retaguarda. Apesar do receio, não havia mais o que fazer, era a melhor opção. Trabalho em equipe, ou morte certa. A fera partira em direção aos três no momento em que Vincent põe-se como alvo principal, era naquele instante em que os dois arqueiros do time teriam que agir.

Imediatamente, as frequências cardíacas do mercenário eram drasticamente minimizadas, suas mãos deixavam de suar frio e sua respiração ficara mais lenta gradualmente. Sua presença era ocultada cada vez mais, mal era o rastro ou o som que deixara sob a neve com suas pegadas. Tudo isso, era fruto de sua habilidade Dark Step. Enquanto encontrava-se nesse estado, o caminhar do rapaz era livre, portanto, podia-se posicionar-se em qualquer local desde que não realizasse nenhum ataque. Nesse momento, pôde ver uma espécie de tatuagem de marcas negras percorrer o corpo de seu companheiro, percebendo que aquilo o deixara mais ágil e com uma presença um pouco "mudada". Porém, eram aqueles poderes que poderiam determinar o rumo da luta, e talvez a vitória.

Snow buscara as costas do animal, já que sua presença seria quase impossível de ser percebida. Para isso, efetuou uma breve corrida passando pelo lado da fera, enquanto buscara a mira certa para acertá-la em cheio bem no meio de sua nuca. Num piscar de olhos, o encapuzado percebe a primeira investida vindo de Vincent. Sem exitar então, solta a corda do arco que era puxada pelo mesmo, ainda em movimento, regulando a altura e posicionamento de seus braços para ser um tiro certeiro: a flecha é disparada simultaneamente ao ataque do outro rapaz, para que não houvesse como a presa reagir a dois ataques ao mesmo tempo sem no mínimo, escapar ilesa.



Obs.: Para mais detalhes da habilidade, clica.

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Mensagem por NT Almighty Qui Jul 30, 2015 1:17 am

monstro • monster • Monsutā


A neve caía em flocos delicados e perfeitos. O céu noturno era pontilhado por milhares de pequenos pontos luminosos, tão numerosas, ou ainda mais, do que o número de grãos de areia de uma praia, ou as gotas de água em um oceano. O vento rodopiava e uivava pelas ruas da cidade, entre as árvores da floresta, se infiltrando mesmo pela menor das frestas que conseguisse encontrar. Aquela era uma noite fria. Mas não o tipo de frio mais ordinário e corriqueiro que um homem forte pudesse ignorar, ou o frio mediano que pode ser facilmente afastado com um segundo casaco e um par de luvas. O frio soprado por um vento forte atinge o corpo feito facas e agulhas de gelo, seja através das roupas ou na pele nua, deixando queimaduras e nos enregelando até os ossos.

Mas aqueles aventureiros não sentiam esse frio... Ah, não. Nem de longe.

Pois existe uma boa forma de afastar o frio: Manter o sangue quente. E, acredite: aqueles jovens estavam fervendo. O medo causa isso nas pessoas. A adrenalina faz o coração bater em ritmo acelerado. A empolgação de não saber o que acontecerá em seguida. Pois não importa para onde você foge, você sabe, no fundo, que não faz a menor diferença. O que realmente define se você irá sobreviver ou não, é o quão rápido consegue correr. O quão rápido consegue raciocinar, mesmo em uma situação extrema... Assim como não faz diferença se você é a caça ou o caçador. Não faz diferença quem é o mais forte. Ou o mais rápido. Em uma luta, tudo o que importa é vencer. Use tudo o que tem, da melhor maneira possível. Você pode desejar ser mais forte ou rápido o quanto quiser, mas isso não mudará nada.

O único modo de combater o medo é com coragem e inteligência.

Fuja. Mas seja rápido. Lute. Mas dê o seu melhor.

É assim que se consegue vencer.

○ ○ ○

Eles jamais haviam se encontrado antes. Nunca haviam lutado juntos. Mas, ainda assim, o modo como seus corpos reagiram foi como se partilhassem uma única mente. Como se suas determinações estivessem conectadas, e seus corações clamassem pela morte da fera. Não estou dizendo que todos se moveram ao mesmo tempo, mas que o movimento de um foi como um complemento ao do outro. Quando o jovem espadachim, Vincent, avançou ao encontro do lobo, com as chamas negras se espalhando por seu corpo, ele não pode ver o que seus companheiros faziam. Ele apenas pode confiar. E essa confiança não foi em vão.

O lobo avançava trotando nas quatro patas, e no instante em que saltou para agarrar o rapaz com a espada, duas flechas atingiram os ombros da criatura, o mandando para trás e de volta para o chão, urrando de dor, como se tivesse sido acertado pelo golpe de um martelo. O monstro arrancou as flechas e as jogou no chão e... Quando levantou a cabeça, assustado, o espadachim estava bem diante de seus olhos. O corte foi limpo e certeiro, mas o lobo ainda conseguiu bloquear com a mão direita no último instante, assim evitando um golpe mortal, por mais que ainda tenha perdido dois dedos...

Além de receber uma flecha bem sobre o coração, vindo de um ponto cego: Suas costas.

A criatura urrou e caiu de joelhos era o momento de aplicar o golpe fin...

— Cuidado! – Gritou a mulher raposa, apenas um instante antes que fosse tarde demais.

As garras do lobo subiram repentinamente, inclementes, lacerando a carne do peito do espadachim que apenas conseguiu esquivar, evitando assim um golpe mortal, enquanto o lobo mais uma vez fugia trotando para a floresta, ocultando-se na escuridão. Alguns instantes tensos se passaram, enquanto a mulher raposa se aproximava de Vincent, e chamava Snow para perto deles. Felizmente o ferimento do espadachim era apenas uma laceração leve, será ruim se não for tratada logo, mas não o impedia de continuar a lutar por algum tempo. E dessa vez a mulher não precisou dizer, todos sabiam: O inimigo iria voltar. E a próxima vez, poderia muito bem ser a última.

Entretanto, a jovem arqueira, por sua vez, parecia ter preocupações mais prementes. Ela agarrou a lâmina da espada de Vincent, sem qualquer receio e a examinou, então pegou uma flecha da aljava de Snow.

E soltou um suspiro. — Vocês só podem estar brincando. – Disse, mas, de certa forma, parecia estar falando consigo mesma. Tirou cinco flechas de sua própria aljava e entregou-as para o arqueiro. E, em seguida, entregou um pequeno punhal para Vincent. — Vocês, idiotas, jamais irão conseguir matar um lobisomem se não usarem armas de prata. Não me digam que vieram até aqui sem saber disso? Pelos pequenos deuses! – Bufou. — Se não fosse questão de vida ou morte de uma centena de pessoas, juro que os deixaria serem devorados.

E ela não parecia estar brincando.

— Ele logo volt-... – Ela farejou o ar. — Voltou... – Anunciou, virando-se para a direção em que olhos amarelos espiavam da escuridão. — E trouxe reforços. – Dois pares de olhos amarelos que se mostravam em dois lobos. Um ferido, e um ainda intacto. A mulher raposa riu, então preparou uma flecha. — Cavalheiros, foi um prazer lutar ao lado de vocês.

Os lobos avançaram.

• • •

É necessário ter muita coragem para sair rumo a uma floresta, durante a noite, para caçar uma criatura que já matou outras dezenas de homens. Ou confiança em suas habilidades, ou ainda simples e pura estupidez. Mas, no fim, todos são postos à prova. Tanto os corajosos quanto os tolos. Mesmo os sábios. Aqueles que sabem já possuir problemas demais para sair caçando mais com suas próprias mãos. Ezer havia escolhido ficar. No entanto, aquela simplesmente não era uma área segura. Não me refiro a taberna em si, mas a toda Hilydrus. Ninguém na cidade estava completamente seguro.

Agora, porém, já era tarde demais para lamentações. O lobo estava no interior da taberna. O velho estava... Provavelmente morto. E, ainda assim, por alguma razão, Ezer decidiu manter sua palavra. Arriscar sua vida por aquele sátiro medroso demais até mesmo para fugir de maneira apropriada, sendo necessário puxá-lo pela mão. Eles subiram as escadas com passos apressados, enquanto os cascos do jovem fauno magricela ecoavam alto, ao bater contra a madeira nua dos degraus. Não havia muito que pudessem ter feito a respeito disso, não sem perder algum precioso tempo.

Chegando ao andar superior, o rapaz pode avistar uma janela redonda no fim do corredor, que provavelmente seria apenas o suficiente para o sátiro passar com algum esforço. Avistou quatro portas de cada lado do corredor. E no meio do corredor, no teto, logo após a segunda lamparina, havia uma cordinha a aproximadamente dois metros de altura. Como o velho não era tão alto, ele provavelmente usava uma cadeira para alcançar.

As opções eram simples: Tentar as portas. Ajudar o fauno a fugir e pensar em um modo de fazer o mesmo. Encontrar uma forma de puxar a cordinha e baixar a escada para o sótão... Ficar e lutar. Ou desistir e morrer.

Mas seja qual for à escolha de Ezer, ele tinha que tomá-la rápido.

Pois era possível ouvir o rangido da porta que dava da cozinha para o bar... Abrindo lentamente, e o toque suave de garras contra a madeira, que lembrava vagamente o tamborilar cadenciado da chuva contra uma poça, ou o som de dedos ociosos contra a lateral de um copo. Ainda assim, como era possível, esse som tão simples, trazer tamanho desespero para o coração de um homem?

○ ○ ○


OFF: Placa de vídeo parou de funcionar, teclado teve derrame e parte das teclas não funcionavam, problemas pessoas... Em suma, peço desculpas pelo enorme atraso.

Xp de atraso:

Ezer +300xp
Cloud +250xp
Snow +250xp

Total ganho por cada um até então:

Ezer +750xp
Cloud +750xp
Snow +650xp

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Mensagem por Cloud Qui Jul 30, 2015 1:14 pm


Isso é? Sangue!
Combate no ar gélido

O ataque foi lindo! parecia que estavam conectados na mesma mente, continuando os ataques em conjunto com excelencia!

Vincent avançava contra a fera e o monstro contra ele. Parecia o encontro de uma criança contra um trem de carga!
O lobo era muito maior que Vincent que, graças as sua habilidade, consegui igualar em velocidade e desferir seu golpe.

A esquiva do lobo não teve sucesso, e o sangue das garras do lobo cobria o rosto do meio-demonio agora.
Mas Vincent era pego de supresa, e o lobo rasgava sua carne com as garras, mais um vez Vincent foi salvo por suas habilidades, evitando que o corte fosse fatal, mesmo assim, seu peito sangrava e parecia sério.

o lobo recuava, e assim Vincent também. A misteriosa mulher observava sua espada, e as flechas de seu companheiro Snow, parecendo estar bem frustrada e informa que se tratava de um lobisomem e que somente prata podem feri-los.

Mas Vincent ficou com aquilo na cabeça por alguns segundos, pois sua espada havia ferido a fera e mesmo ele, não sabia a procedência de sua espada, pois foi herdada e sabia que era mística, só não sabia como e nem porque.

-"Não sabíamos o que eram esses lobos, achavamos que eram apenas lobos. Nem sabíamos que prata os feriam."

Disse Vincent, com a mão esquerda em seu peito, tentando aparar o sangue que escorria.

Fincava sua espada na neve e retirava sua camisa rasgada, mostrando suas pequenas asas, e fazia delas uma atadura, amarrando em torno do tronco.

Mas antes que pudesse pegar a espada novamente o lobo volta, e agora tinha companhia. A mulher parecia sem esperança, mas Vincent não se dava por vencido, se era pra morrer, iria levar alguma das duas feras com ele.

-"Não desista antes do tempo, podemos estar em desvantagem, mas não estamos mortos.
Vamos atacar com tudo que temos, AGORA!!!"


Vincent já via os lobos correndo e corria contra elas, e focava em toda sua velocidade, para evitar o primeiro golpe com sua velocidade, e acertar a fera no peito no contra golpe, esperando que seus companheiros cobrissem sua defesa quanto a segunda fera.

Habilidade (ainda ativa 2/4):


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Mensagem por Ezer Dom Ago 09, 2015 7:14 pm

-x-



O vento dançava lá fora, alheio a tudo que acontecia no interior da taverna. Entrava pelas frestas nas janelas, pela porta estraçalhada no andar inferior, seus silvos impiedosos pareciam mais fortes a cada instante. Aquele lugar, antes aconchegante e confortável, ficava cada vez mais gelado, triste, sombrio.

Aqueles que estavam ali haviam sido abandonados por seus deuses, deixados à própria mercê. Seriam mais afortunados os que se aventuraram foresta afora? Ou eram apenas tolos ainda maiores?

Ezer provavelmente conseguiria se safar se estivesse sozinho. Mas aquele não era o caso. E fugir era algo que, a cada instante, estava mais distante do leque de possibilidades diante do garoto. O velho fauno estava provavelmente morto àquela altura, Jin fazia muito barulho e estava inapto para realizar qualquer feito útilo, fosse fugir, fosse não atrapalhar.

Eles estavam agora no segundo andar daquela construção. Uma janela circular pequena no final do corredor dava para o vazio lá fora. Grande o bastante para Jin passar, Ezer não achou que aquela fosse uma opção viável. O fauno deveria estar próximo o suficiente para que ele pudesse protegê-lo, não sozinho do lado de fora, não naquele frio, não naquela situação. Haviam também quatro portas, fechadas. Estariam elas trancadas? Haveria alguém lá dentro? Alguma arma? Checar todas levaria tempo demais.

Ezer continuou andando, apressado, enquanto pensava. Segurava firme a mão de Jin, forçando o pequeno a acompanhá-lo. Parou no meio do corredor, do teto, pendia uma cordinha um meio metro acima da cabeça do garoto. Ah, o sótão. Aquela era uma opção, uma boa opção. Mas ele não alcançaria a corda sozinho. Precisaria de uma cadeira... talvez houvesse alguma em um dos quartos. Mas, de novo, não havia tempo para procurar.

Naquele momento, o rangido da porta que dava da cozinha para o bar se fez ouvir, e no silêncio cortado pelos silvos do vento, feroz como um lobo, lá fora, era possível ouvir o toque das garras do verdadeiro lobo contra a madeira. Um calafrio percorreu o corpo do rapaz. Olhou para Jin, sentiu o peso de suas armas guardadas em seu flanco. Sentiu o peso da batalha iminente, da promessa de proteger o fauno. E sem pensar duas vezes, abaixou-se, usou toda sua (pouca) força e ergueu aquela criança amedrontada acima de seus ombros.

Puxe! — Falou perdendo um pouco de seu fôlego.

Esperava que Jin conseguisse descer a escada para o sótão. E assim que a escada descendesse, ordenaria que o fauno subisse e se trancasse lá.

O olhar decidido no rosto de Ezer não escondia a sua decisão. Ele tentou ao máximo evitar um conflito, mas essa não era mais uma escolha plausível. Não se ele quisesse salvar a vida de Jin, como prometido ao velho fauno.

O medo da morte, vem junto do medo de se viver. Afinal, aqueles que vivem plenamente, estão sempre preparados para a morte. Ezer não podia dizer que vivera plenamente até aquele momento, mas já havia passado por coisa demais, já havia perdido preciosidades demais, sua irmã, seu antigo mestre, seus amigos. Estava sozinho, e preferiria morrer, a viver sabendo que aquele pequeno fauno morreria por sua incompetência. Estava decidido. E nada poderia demovê-lo daquela resolução.

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Mensagem por NT Almighty Seg Ago 17, 2015 4:04 pm

monstro • monster • Monsutā
A semente do medo nasce de acontecimentos simples; um susto, uma queda, uma perda. No inicio você sequer sabe que ele está lá, não até que precise enfrentá-lo. Até que já seja tarde demais para tentar fazer algo a respeito. E a cada vez que você se depara com seu medo e não encontra forças para combatê-lo, para superar seus temores, ele ganha forças. A semente germina e aos poucos ganha vida, cresce e cresce ainda mais, se alimentando de sua coragem, de sua sanidade e de sua força de vontade. O medo envolve o coração de um homem feito os dedos gélidos da morte. Ele tira seu ar e a força de suas pernas. O faz enxergar seu próprio fim, antes mesmo que tire a arma da bainha... O medo paralisa seus músculos, suga até a última gota de sua força de vontade e devora todas as migalhas de sua coragem. É a morte que precede a faca do assassino, a loucura que nasce de um espírito quebrado.

Não ceda. Não desista. Não hesite. Se o fim é o mesmo para todos, é a jornada até lá que faz tudo valer a pena. Grite a plenos pulmões. Continue a se mover, mesmo que seus músculos se despedacem. Destrua o medo com a loucura de ser corajoso o bastante para enfrentá-lo com tudo o que tem, mesmo quando não tem a menor chance de vencer aos seus próprios olhos. Continue a manter a centelha de esperança viva.  Se a vida o derruba, você levanta e segue adiante. O impossível está a apenas mais um passo de distância... Basta não desistir agora. Mais um passo. Levante-se.

Não ceda. Destrua o medo com a loucura de ser corajoso o bastante para enfrentá-lo.

Não hesite. Continue a se mover. Não desista. Grite a plenos pulmões.

Levante-se... e dê mais um passo.

○ ○ ○

A raposa sorriu e riu, exibindo seus dentes alvos demais em contraste com a pele cinzenta e os lábios negros de tinta. Os movimentos dela eram fluídos e naturais, de forma que uma flecha mal havia deixado seus dedos e sua mão já buscava outra na aljava, sem um átimo de hesitação. As feras saltavam e esquivavam, como se pudessem literalmente enxergar cada um dos projéteis, mas não eram poucos os que pegavam ao menos de raspão, o que deixava claro que os disparos não eram feitos de qualquer forma. A raposa mirava exatamente no centro dos corpos, e as flechas possuíam uma velocidade tão assustadora que o tempo de reação das feras era apenas o bastante para que apenas evitasse um golpe mortal, por muito pouco, tamanha era a habilidade como atiradora daquela estranha mulher raposa.

E graças a as distrações criadas por sua parceira, o jovem espadachim pode desferir seu ataque quase sem rodeios, dilacerando a couraça de pelos, carne e músculos da criatura, o qual ainda se esquivava, dando um passo para trás, e imediatamente levantava um dos braços para atingir o rapaz, mas era impedido por uma flecha que atingia seu pulso. Então, aos olhos de Vincent, foi como se o tempo ficasse em câmera lenta, e ele viu as escolhas que tinha em suas mãos: à sua frente estava o lobo com um rasgo no peito, e uma das mãos incapacitada por uma flecha, enquanto o rosto se contorcia de dor e agonia. Já a sua esquerda, o outro lobo sequer desacelerou sua corrida, passando por ele rumo à mulher raposa e a seu companheiro de combate que parecia estar paralisado... Por alguma razão.

O que fazer? Ele poderia tentar desferir um golpe finalizador no lobo que estava bem diante de seus olhos, ou atacar o outro pelas costas, aproveitando-se do fato de que ele parecia tê-lo ignorado momentaneamente para investir contra os arqueiros... Ele sabia que não poderia fazer os dois ao mesmo tempo, mesmo com sua velocidade aumentada, mas o que ele escolheria fazer? O lobo à sua frente era aquele que já estava ferido antes, mas ele não parecia menor mortal do que o outro...

Escolha, mas seja rápido. Um instante na mente valem sete no fogo.

• • •

O jovem fauno magricela hesitou apenas por um instante antes de puxar a cordinha com suas mãos trêmulas, tentando abaixar a escada do sótão para alcançar um local seguro. A escada já estava na metade do caminho, quando Ezer ouviu um resfolegar suave atrás de si. O lobo não havia feito qualquer barulho para indicar que estava subindo as escadas, e agora o olhava com a bocarra aberta, quase como se sorrisse. O fauno se atrapalhou e, no desespero, soltou um gritinho estrangulado e chutou Ezer na cabeça com o casco duro, enquanto dava um jeito de subir a escada e desaparecer na escuridão. O jovem soldado sentiu o repuxar de um corte leve em sua testa, sua visão ficou turva por um instante devido à dor do chute, e no instante em que abriu os olhos, o lobo havia saltado em sua direção.

A boca aberta para devorá-lo. Os as presas amarelas afiadas e ameaçadoras, os olhos amarelos e brilhantes feito ouro polido, as garras negras já quase o alcançando... E antes que o rapazote pudesse sequer pensar em como tentar reagir, uma sombra saltou do sótão para baixo, tão veloz quanto o estalar de um chicote, e se atracou com o lobo, pegando-o de surpresa, ainda no meio do salto, e ambos rolaram pelo corredor e escadas abaixo em uma confusão de braços e pernas. A figura que havia saído do sótão definitivamente não era o fauno, ele usava um capuz sobre a cabeça e tinha adagas prateadas nas mãos, com as quais havia atacado o lobo sem um átimo de hesitação.


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Mas não foi isso o que chamou a atenção de Ezer.

Por um instante. Uma pequena fração de segundos, o rapaz pensou ter tido um vislumbre do rosto daquela pessoa que havia saltado das sombras em seu auxilio, apenas a sugestão de uma visão de relance. Mas foi o bastante. Ele não podia acreditar, é claro, mas tinha certeza, ou quase, de que aquele era seu mestre! Sim, ele o reconheceria em qualquer lugar, mesmo se apenas o visse pelo canto do olho em uma rua repleta de pessoas. Mas, por que ali? Por que agora? O barulho de luta ainda tomava o salão abaixo, pratos e copos se espatifavam pelo chão, assim como o som de móveis de madeira se quebrando com estardalhaço.

O sangue escorria ao lado do rosto do rapaz, mas ele sequer notou. Atordoado demais.

Então surgiu a escolha: Atrás havia a escada para o sótão e a segurança momentânea, talvez até um modo seguro de escapar. À frente um homem maluco e uma fera se enfrentando. Mas a chance de descobrir se era mesmo seu mestre que havia visto ou não... O que fazer?

○ ○ ○


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Mensagem por Cloud Qua Ago 19, 2015 3:30 pm

Tunnel Vision
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"Yeah, a million people in a crowded room But my camera lenses Only been set to zoom And it all becomes so clear, Becomes so clear, becomes so clear"✖
(I got, I got that) tunnel vision for you
I only see you.
O frio era implacável e o combate não estava indo muito bem.

Vincent avançava em meio aos lobos, que dançavam para desviar das flechas que voavam por todos os lados. Por outro lado, o meio-demonio não tinha medo de ser alvejado pelas flechas e seu foco era somente nos lobos.

Visou um deles, e atacou ferozmente, cortando sua carne. Logo viu que seria atingido por suas garras mas uma flecha parou o contra-golpe, salvando a pele de Vincent.

Mas o mundo parecia congelar. Agora Vincent tinha a oportunidade de ouro na mão.

O lobo estava a sua frente, vulnerável e ferido, era só aplicar o golpe final, mas o outro lobo tomava a dianteira e corria em direção aos dois arqueiros, o que poderia ser fatal.

-"Mas que droga!!!"

Vincent não iria conseguir matar o lobo e proteger o grupo, e sozinho não teria chance alguma!

Abandonava tudo o que tinha conquistado, e corria para parar o lobo que já salivava com o gosto da raposa.

O jovem usava toda sua velocidade para alcançar o lobo, desferindo um golpe na pata traseira do animal, visando diminuir sua movimentação e ao mesmo tempo saltava, desferindo um golpe por cima, tentando fincar sua espada na cabeça da fera.

-"Me agradeça depois, agora temos que acabar com essas coisas, mas sem morrer no processo!!!"

Ao terminar o golpe, rolava para trás, ficando abaixando a frente da dupla de arqueiros.
Leva a mão ao peito, checando sua ferida.





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Mensagem por Ezer Qua Set 02, 2015 10:01 pm

Algumas pessoas diriam que o medo é algo que nos torna fracos. Outros, juram que o medo nos compele e nos fortalece. Ezer nunca havia opinado sobre o assunto antes. Não que ele não tivesse uma opinião formada. Para ele, o medo era apenas mais um sentimento que ele tentava ignorar. Quando criança, contava as estrelas para se distrair da fome, escrevia a palavra "pessoa" na mão para se lembrar que ainda era humano e se acalmar, evitava sorrir quando ganhava alguma coisa... e ignorava aquele sentimento irritante, que o fazia ficar com as mãos trêmulas e a testa respingada de suor, que pesava seus pés e o fazia morder os lábios numa ânsia estranha, que ele aprendera a esconder muito bem.

Por um momento, Ezer realmente acreditou que aquilo daria certo. Que o garoto conseguiria subir a tempo e se esconder. Mas não durou muito, talvez, realmente tenha durado apenas um momento. Porque quando Ezer se deu conta, o lobo estava bem ali, atrás dele. E a próxima coisa que o rapaz sentiu, não foi medo, não foi surpresa, nada disso. Foi apenas dor. Jin gritou e o chutou na cabeça com seu casco enquanto, rapidamente subia para o sótão e largava o rapaz ali, caido no chão depois de levar um coice.

Talvez fosse verdade que o medo nos compele, ou tavez essa máxima apenas se aplicasse àqueles que eram verdadeiramente fracos. O fato é que o pequeno fauno finalmente conseguiu sair do campo de visão do lobo. E outro fato, não menos importante, era que, naquele instante, o lobo havia saltado, com a bocarra aberta na direção de Ezer.

Aliás, essa foi a primeira coisa que nosso baixinho viu, quando abriu os olhos, depois de cair no chão com o impacto do coice do fauno. Não havia tempo para pensar, a dor ainda o atordoava. E antes que Ezer conseguisse cogitar sobreviver, notou um borrão sair da entrada para o sótão por onde Jin desaparecera alguns segundos atrás. E mais rápido ainda, aquela sombra se atracou com o lobo, os dois rolando escada abaixo, deixando para trás um Ezer completamente atordoado.

Não, não era a dor da pancada na cabeça. Na verdade, provavelmente era exatamente por causa da pancada na cabeça. Mas Ezer parecia conhecer aquele rosto, o rosto que vira apenas por um instante. Não era possível, não parecia plausível. Aquilo não fazia sentido algum. Definitivamente. Era impossível que o garoto encontrasse seu mestre ali. Era improvavel que fosse salvo por ele naquelas condições. Mas algo dentro dele, e talvez aquela fosse a primeira vez em que sentia toda aquela ansiedade, aquela esperança, dizia que ele precisava confirmar com seus próprios olhos.

Algo quente escorria pelo rosto de Ezer. Porém, ele não tinha tempo para se preocupar com aquilo, ele não tinha tempo sequer para notar aquilo.

- Jin, eu já volto. Se acontecer alguma coisa, grite. Grite bem alto.

Falou olhando para o vão do sótão, enquanto se levantava. Tirou a pequena faca de prata da bainha, e correu escada a baixo para tentar ajudar o indivíduo que lhe salvara.


Off: Desculpa MESMO a demora, o post feio e sem graça e os erros de gramática. Primeiro foi a semana de fechamento, depois foi ter que trabalhar sabado e domingo Q.Q E como se não bastasse, no sábado meu notebook pifou, daí escrevi tudo no celular Q.Q prometo não demorar mais esse tanto, mil perdões.

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Mensagem por NT Almighty Seg Set 21, 2015 12:42 pm

monstro • monster • Monsutā
Botas pesadas de couro batiam contra o calçamento das ruas congeladas produzindo um som ritmado de marcha, as armaduras tilintavam com o movimento dos soldados, com suas respirações visíveis no ar frio noturno, cada um carregando uma espada na lateral do corpo, uma faca simples e uma lança com bons dois metros e meio de comprimento. Olhos atentos fitavam cada ponto bem iluminado pelas luminárias das ruas, mas eram nos pontos tomados pelas sombras que os olhares se concentravam ainda mais. Não havia ninguém mais nas ruas da cidade além dos pequenos grupos de soldados, compostos por cinco defensores da cidade cada um; não, não depois de tudo o que havia acontecido. Mortes brutais. No inicio a verdade foi encoberta, deixando que a população temesse um serial killer comum, o que já era ruim o bastante para fazer qualquer homem forte olhar por cima do ombro ao caminhar por uma viela qualquer. Ruim o bastante, foi o que pensaram.

Mas logo sussurros de boatos começaram a se espalhar pelas ruas. E o que um homem tem coragem de dizer em voz baixa, outros dez pensam. E a cada morte brutal, a cada ataque, os boatos ganhavam forças, os contornos distantes da verdade tomando forma e cores, até que era simplesmente impossível esconder a verdade. Criaturas das trevas estavam atacando a cidade, retaliando corpos e devorando pessoas, aterrorizando a população. O rei estabeleceu o toque de recolher, mas não era realmente como se alguém quisesse ficar nas ruas, não com o que estava lá fora. Recompensas foram estabelecidas, atraindo caçadores especialistas, todo tipo de malucos em busca de fama, riqueza, poder...

E, em alguns raros casos, simplesmente buscando ajudar. Salvar vidas inocentes. O máximo que conseguirem.

... Botas de couro macio tinham o som de suas passadas suaves e rápidas abafado pela neve que cobria o solo de terra batida da estrada da pedreira, produzindo apenas o sussurro mais suave. A armadura de metal branco era feita de escamas sobrepostas, como a pele de uma serpente, e por mais que fosse claro que ele carregava uma espada de metal prateado na lateral de seu corpo, assim como todos os guerreiros da cidade, a figura misteriosa sequer parecia sentir o peso da armadura que carregava, correndo a toda velocidade rumo à antiga Taberna do Fauno onde a mensagem no pássaro mensageiro havia dito que os lobos estavam atacando naquela noite.

— Que não seja tarde demais, Oh Luz! Que não seja tarde!

○ ○ ○

No instante após girar para seguir na direção do outro lobo, no exato momento em que seu pé que havia dado o primeiro passo se levantou para avançar novamente, a flecha de ponta prateada passou a não mais que um palmo de sua cabeça, rápida feito um estalar de dedos, e no instante seguinte Vincent pode ouvir o som de um corpo caindo pesadamente contra o solo. Enquanto isso, a sua frente, o largo sorriso que a raposa exibia mais parecia um pedaço da lua, de tão brilhante. O lobo reagiu ao ataque do rapaz, mas um instante atrasado. Talvez em outras circunstâncias, se ele não tivesse se deixado encurralar por sua ânsia de vencer ou não fosse tão confiante, talvez, ele pudesse ter sobrevivido. O corte na perna foi apenas o suficiente para ferir o músculo e fazer a criatura urrar de dor, e ainda cambaleando o monstro atacou cego pela dor, cortando a coxa direita de Vincent de forma superficial, enquanto outra flecha acertava o peito do lobo e o fazia urrar novamente, dois centímetros do coração... E um segundo depois a espada do rapaz atravessou carne e ossos, penetrando o crânio do lobo sem qualquer piedade. O cadáver da criatura caiu pesadamente, enquanto o espadachim também sentia certa dificuldade em manter-se de pé com a perna ferida, mas iria sobreviver.

A raposa caminhou até ele, já com o arco no ombro, sorrindo, inclinou-se e o beijou. Os lábios firmes e ávidos, a língua rápida e nada tímida, e no instante seguinte ela se afastou. Assim. Tão repentinamente quanto havia começado. — Você lutou bem, para um amador. E seus olhos são bonitos. – O calor na face do rapaz certamente não deveria ser pela adrenalina de enfrentar alguns monstros querendo devorá-lo; não mais. A raposa rapidamente fez um novo curativo na perna de Vincent, e um em seu tronco, espalhando uma pomada oleosa e prateada que cheirava muito mal, pinicava e dava uma sensação morna. Então o ajudou a se levantar e começaram a caminhar na direção da floresta, Snow aparentemente havia desaparecido no meio do combate, talvez tenha fugido de medo ao ver o lobo trotando em sua direção, ou tenha tido outro motivo. Quem sabe?

— Sou Mayeni, qual o seu nome, jovem espadachim? – A raposa indagou curiosa. Ao redor da dupla, os corpos já quase completamente cobertos pela neve, dos outros caçadores que haviam saído antes deles permaneciam no mesmo lugar, imóveis feito rochas. Mas isso não parecia incomodar a mulher, os olhos dela raramente deixavam os de Vincent, sempre o analisando, pesando e medindo. Olhos que sabiam muito, olhos profundos, capazes de absorver a alma de um homem, olhos cheios de segredos; olhos carmesim, lindos.

• • •

Sons de briga duraram mais alguns segundos, madeira se quebrando e copos de cerâmica se espatifando no chão. E então, nada. Silêncio total. Ezer chegou até as escadas, as quais já não possuíam mais corrimão, e viu o rosto de seu mestre contorcido e manchado de sangue sob o peso da criatura que o oprimia, e então o lobo se moveu... E tombou para o lado. O homem se sentou e arrancou a adaga prateada do coração da fera com um puxão, enquanto limpava seu rosto na manga do casaco. Era ele. E estava vivo. Ainda vivo. E foi quando o rapaz olhou para cima e viu o próprio pupilo, com os olhos arregalados de surpresa, como se também não conseguisse acreditar no que via. Seus lábios se moveram em silêncio uma vez, ele fez uma expressão de duvida, então caminhou até o menino, e estendeu a mão para tocar a face do garoto, mas parou no último instante.

— Eu... Eu conheço você? – Ele levou à mão a cabeça e fez uma expressão de raiva, dor, frustração. — Eu tenho a sensação que... – Ele mordeu o lábio inferior e aguardou. O que aquilo significava, por que ele não se lembrava? O sangue em seu rosto não era o dele, era do lobo, na verdade o mestre de Ezer sequer parecia estar realmente ferido, nada além de algumas contusões pela queda, provavelmente. Mas por alguma razão ele não parecia conseguir lembrar-se completamente de Ezer... Por quê? Contudo, antes que o garoto tivesse a chance de abrir a boca, eles ouviram som de uma panela caindo na cozinha. O homem levou um dedo aos lábios, toda a expressão de dor e dúvida substituída pela concentração, enquanto ele apurava os ouvidos. Ezer também ouviu, passos suaves, suaves demais para pés humanos, e aquele mesmo tilintar de unhas contra a madeira... Dois pares. Os olhos de seu mestre se arregalaram e ele apontou para o alto das escadas. — Impossível! Não era para haver mais de três... Mas será que... Vá se esconder, rápido! – Sussurrou com urgência.

Contudo, ele próprio não fez sequer menção de subir, novamente desembainhando suas duas espadas curtas, caminhou com passos ainda mais silenciosos até a lateral da porta, se ajoelhou e aguardou pacientemente. Ao que parecia pronto para enfrentar os lobos sem qualquer ajuda. Mas o que Ezer faria? Aquele era seu mestre, mesmo que, por alguma razão, ele mesmo não conseguisse se lembrar, talvez nem mesmo de quem ele próprio era. Seria esse o motivo para ele nunca ter retornado? Por não conseguir se lembrar? Então o que estava fazendo em um lugar como esse, caçando essas criaturas? Tantas perguntas... Mas havia apenas um modo de consegui-las: Permanecer vivo e torcer para que seu mestre permanecesse vivo também. Ou tentar fazer algo a respeito...

○ ○ ○


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Mensagem por Cloud Ter Set 22, 2015 10:44 am

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"I admit that I ain't no angel, I admit that I ain't no saint -- I'm selfish and I'm cruel and I'm blind. If I exorcise my devils, well, my angels may leave too. When they leave they're so hard to find...”
O que você vê no fundo dos meus olhos?
O frio mata mais que mil espadas. Essa frase Vincent tinha ouvido quando criança, mas agora sabia o que significava.

Seu ataque combinado com os da raposa foram na mais perfeita sintonia, mesmo saindo ferido.

Via o grande lobo caído a sua frente e cambaleou para o lado, tinha sido ferido na coxa, e com a adrenalina nas veias não tinha nem notado. Procurava a fera que havia deixado pra trás, que também estava caída, perfurada com algumas flechas. Agora ele entendera, aquela misteriosa mulher salvou sua vida e de seu companheiro.

Perdido em seus pensamentos, Vincent foi surpreendido pela mulher raposa, que o beijava. Seu beijo era quente e aconchegante. E claro ele não resistiu. Suas marcas tinham sumido e estava exausto.

Jogou-se sentado da neve, com o olhar procurando Snow, mas não o via em lugar algum enquanto ela cuidava de suas feridas.
Passava algo em seus ferimentos que tinha um cheiro horrível e incomodava sua pele, mas não reclamou, apenas agradeceu com um sorriso e um aceno de cabeça.

Ela o ajudava a levantar e caminhar, perguntando seu nome. Vincent parava, vendo aqueles corpos ali. Caçadores em busca de fama e riquezas e perderam tudo, até as vidas.
-"Me chamam de Cloud, mas o nome é Vincent."

Dizia ele parado no meio da floresta, a alguns passos de onde tinha arriscado a vida por pessoas que nunca havia visto.

Parecia uma estátua de cera, com neve caindo em seu corpo, olhando para um corpo ali caído, com seu sangue já congelado.

-"Desculpe Mayeni, tenho que fazer uma coisa antes."

Ele revirava o corpo, removendo sua camisa e casacos. Enquanto caminhava mancando, amarrava os tecidos um no outro. Chegou onde repousava o corpo do lobo que matara, era realmente enorme.

Voltou sua cabeça para trás, procurando por ela, apenas para saber se ainda estava ali.
Assim se ajoelhou a frente do grande lobo, ainda sentindo sua perna doer. Desembainhou sua espada e segurou o pescoço do lobo pelo pelo, e começou a cortar o pescoço.

Se sujou um pouco no processo, jogando a cabeça ao lado da trouxa de pano que havia improvisado. Enquanto o sangue escorria, ia mancando até o outro lobo, repetindo o processo. Limpava a lâmina de sua espada nos pelos negros do lobo, passando um pouco na neve. Levantou-se segurando a cabeça pelos pêlos, jogando ao lado da outra.

-"Prometi a um homem que iria deixa-lo seguro e isso que eu fiz, nós fizemos."

Ate tinha gostado do fato de arrancar aquelas cabeças e a luta deu o sentimento de sentir-se vivo.

Amarrou as cabeças na trouxa e a jogou sobre o ombro, pingando um pouco de sangue.
Suas mãos eram totalmente vermelhas, mas um punhado de gelo resolveu o problema parcialmente.

-"Teremos compania durante a viagem de volta.  A propósito, tem algum lugar para ir?"
Dizia Vincent com sarcasmo, mancando e colocando sua espada de volta na bainha.



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Mensagem por Ezer Qua Out 21, 2015 11:10 pm

-x-




Enquanto descia as escadas, engolindo os degraus de forma um pouco desajeitada e afobada, Ezer não conseguia pensar em nada. Pensava demais, na verdade. Sua mente não conseguia desacelerar. Não conseguiria definir, naquele momento, se estava de fato ansioso, amedrontado, feliz, esperançoso, aterrorizado. Todos os sentimentos que o rapaz conhecia pareciam estar lutando entre si enquanto sua razão o compelia adiante. E assim como os sons espalhafatosos da briga entre o homem que caíra do sótão e o lobo se acabaram em questão de segundos, em questão de segundos também se esgotaram os degraus, rápido demais, fazendo com que o menino tropeçasse no último degrau, quase caindo de cara no chão.

Seu olho esquerdo estava um pouco embassado pelo sangue, pegajoso e denso, colando seus cílios. Passou o dorso da mão para limpar um pouco. Piscou uma, duas vezes. Sentiu o ar lhe faltar por um centésimo de segundo, aquela avalanche de emoções adormecidas voltando e lhe fazendo revirar o estomago. No chão, sangue escorria em abundancia, embaixo do lobo, o rosto contorcido daquele homem que o salvara. Quando o lobo tombou para o lado, e o homem se sentou, arrancando a adaga do animal, Ezer estava lá, congelado feito um bobo. Piscou de novo. E de novo. Era ele mesmo, não haviam dúvidas. Ele estava vivo. Aproximou-se inconscientemente. Não ousava dizer uma palavra, o nome ali, agarrado na garganta.

Seu mestre estava vivo, e caminhava na sua direção, uma expressão de dúvida tomava seu rosto. Confuso, o garoto não se moveu um milímetro. Achou por um momento que ele tocaria seu rosto, mas o homem parou. A voz hesitante.

— Eu... Eu conheço você? – Disse enquanto mostrava em sua face toda a raiva e frustração que guardava. — Eu tenho a sensação que...

Então ele não se lembrava? Ao menos ele estava bem. Ao menos ele o encontrara. Mas o que ele estaria fazendo ali, na Taberna do Fauno àquela hora? Não importa. Ele estava ali. E de repente, a noite parecia ter um final feliz.

Antes que terminasse de esboçar um sorriso de alívio, o som de uma panela caindo no chão da cozinha quebrou toda a magia daquele reencontro torto. Passos leves, o toque gentil das garras no assoalho antigo. Mais dois lobos. Seu antigo mentor apontou para as escadas, indicando um caminho seguro e se posicionou. Jin estava aparentemente seguro no Sótão. A adaga de prata ainda estava desembainhada, firmemente segura na mão direita de Ezer.

O jovem segurou um suspiro, encolheu os ombros e os relaxou, aliviando um pouco a tensão. Caminhou com cuidado e se posicionou do outro lado da porta, sacando seu dirk. Seria uma combinação interessante, com a arma de parry sendo maior e mais rígida do que a de ataque. Seria... no mínimo, interessante, sim, interessante era a palavra. Se alguém olhasse nos olhos de Ezer naquele momento, nos olhos de Ezer, uma solidão incrível. Era um olhar gelado, um olhar faminto, mais que isso, um olhar que busca o prazer em atacar. Naquele momento, ninguém mais importava para o garoto além daqueles malditos lobos, nem o pequeno fauno no andar de cima, nem o homem à sua frente, os olhos fixos no vão da porta. Ah, sim, aqueles malditos lobos iriam desaparecer de uma vez por todas.


OFF: Não vou nem pedir desculpas pelo atraso colossal, muito menos tentar justificar, porque ninguém vai acreditar no tanto de treta que rolou. (tipo eu tendo que viajar a trabalho pro interior sem internet por 1 semana, meu computador que tinha voltado do conserto estragar de novo e ter que voltar pra assistencia e umas outras coisas ai) Então se quiser desconsiderar o post e me pular, its fine, really. Mas eu não queria deixar de postar :X

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Mensagem por NT Almighty Ter Nov 03, 2015 5:12 pm

monstro • monster • Monsutā


O silêncio é composto pela ausência de sons.

E mesmo sendo algo tão simples, para alguém particularmente bom na arte de escutar o mundo ao seu redor, é possível extrair do silêncio uma infinidade de significados. Para os músicos, o silêncio está presente em cada pausa, em cada respiração, precisamente posicionadas, e mesmo nesse pequenino instante de silêncio repousa uma importante parte da intrincada teia que compõe a melodia. O silêncio é música? Para os assassinos, o silêncio é um aliado, um aliado perigoso e sorrateiro; enquanto a vitima, por sua vez, tem o silêncio como uma frágil e preciosa rede de segurança. Vilão ou herói? Os solitários são oprimidos pela imensidão de seus momentos silenciosos. Quão grande é seu silêncio? Os amantes e enamorados se comunicam em silêncio; com um olhar, um toque, um gesto. Há vida no silêncio? Os religiosos encontram no silêncio um caminho para a paz. Uma ligação com o divino?

Mas apenas na morte encontramos o mais perfeito silêncio. Na solidão do túmulo, onde a morte e a escuridão reinam, o silêncio é puro e sublime... E, ainda assim, mesmo na silenciosa morte, encontramos tantos significados e sentimentos. Pesar, saudade, arrependimento, ódio, regozijo... Loucura.

○ ○ ○

O silêncio os envolveu feito um manto. Feito o momento que precede uma repentina chuvarada de verão; o instante antes do inicio de uma batalha inevitável. O mestre de Ezer não o olhou, ele não ousaria desviar sua atenção da porta da cozinha, mas um sorriso selvagem, inconsequente e suicida tomou seus lábios por um breve momento. O clique das garras dos lobos contra o assoalho de madeira, o som de suas narinas anormalmente largas farejando o ar e a respiração pesada que saia de suas bocarras animalescas. E no momento seguinte a porta se abriu e duas criaturas saltaram para o interior do salão, rápidos feito um estalar de dedos. Caindo sobre as quatro patas, encarando Ezer e seu antigo mestre.

Por um momento incrivelmente longo, eles permaneceram feito estátuas de carne, músculos e ossos, apenas se encarando. E quando a tensão estava simplesmente prestes a se romper em uma explosão de movimentos... A janela da estalagem se desfez em uma explosão de cacos de vidro e pedaços de madeira, enquanto um desconhecido vestindo uma armadura prateada e espada em punho surgia em meio aos destroços, já saltando na direção de uma das criaturas enquanto gritava a plenos pulmões: — Cadsuan Al’Urazai! Cadsuan Al’Urazai!

E no instante seguinte, veloz feito o estalar de um chicote, o mestre de Ezer saltou sobre o outro lobo em um movimento súbito, mas como se quase já esperasse por aquela distração para realizar seu ataque. Enquanto isso, em meio a toda a confusão de membros, garras e lâminas, Ezer ouviu outras panelas caindo na cozinha, e pela porta entreaberta o garoto pode ver um movimento...

O que fazer?

• • •

A raposa permaneceu em silêncio. Não um simples silêncio de quem simplesmente espera, ela jamais se enxergou como um animal de estimação; raposas são caçadores inteligentes, mas são, sobretudo, animais selvagens e indomáveis. Seus olhos escuros, feito uma noite sem luar e estrelas, permaneceram atentos, fitando as costas e ombros largos do homem que havia lutado com ela naquela batalha. Seu nariz, muito mais apurado do que o de pessoas comuns sentia o cheiro do suor no corpo dele, o cheiro de sua última refeição, o cheiro de seu sangue e o sangue dos lobos. Para esses últimos ela torceu o nariz; cheiro de cachorro molhado. Ao notar o que ele planejava fazer, pensou em dizer algo, mas manteve os lábios fechados; ele logo iria descobrir.

E como se o pensamento desencadeasse a última reação química necessária. O coração do lobo finalmente parou de bater, e, com isso, a morte. Então, bem diante dos olhos do rapaz, o lobisomem encolheu em espasmos e torções antinaturais, enquanto os pelos se soltavam de seu corpo e a criatura tornava-se um simples ser humano comum. Extremamente comum. O homem que Vincent segurava pelo ombro parecia um fazendeiro de nariz achatado, ou talvez um padeiro ou trabalhador braçal da feira. Ele ainda poderia cortar a cabeça e levá-la consigo, caso desejasse, mas será que valeria a pena?

— Continue. – Disse a raposa ao seu lado, com o rosto sereno; não, não sereno. Desprovido de emoções. Estudadamente desprovido de emoções. Ela se abaixou e abriu um dos olhos do homem morto. Mesmo vidrados, seus olhos eram do mais puro tom de dourado. — Os olhos deles ainda mantêm as marcas da licantropia mesmo depois de mortos. – Levantando-se, ela limpou as mãos nas calças apertadas, então olhou Vincent nos olhos. — Temos que voltar para a Taberna do Fauno, eu não trouxe comigo o antídoto para o vírus, e você foi arranhado, vai precisar dele, a menos que queira se tornar um desses monstros... – Ela arreganhou os dentes de leve, fazendo uma suave expressão de nojo, como se negando ser capaz de fazer piadas com algo tão absurdo.

Após o rapaz ter terminado de se preparar, eles seguiram viagem caminhando pela neve e em meio às árvores. Envoltos pelo silêncio noturno, cercados pelos montinhos de neve fofa que vez ou outra davam a mais leve impressão de um corpo humano soterrado. Um dos caçadores que haviam saído para caçar os lobos, muito provavelmente.

— Meus outros dois amigos e eu estamos trabalhando para o Rei. – Ela o informou em tom de conversa, enquanto caminhavam próximos, dando-lhe algumas olhadas pelo canto do olho para ver como ele reagia. — Essas pessoas que são infectadas pelo vírus da licantropia, que se tornam lobos em noites de lua cheia, são vitimas também. Eles não podem controlar suas transformações. Simplesmente não tem escolha. E quando isso as acontece, elas se tornam lobos e saem à caça. É natural. – Ela deu de ombros. — Nosso trabalho é eliminá-los.

A raposa soltou um suspiro e seus olhos se estreitaram ligeiramente. A voz assumindo um tom perigoso e afiado. — Mas aquele que começou a transformá-los é um Lobo Alfa. Alguém capaz de se transformar quando bem quiser. Esse é o verdadeiro culpado. E é dele que estamos atrás. – Ela deu um risinho musical. — É claro que também queremos a recompensa pela cabeça dele, mas... – O sorriso se desfez. — Salvar essa cidade. As pessoas inocentes que vivem nela. Esse é nosso maior objetivo.

Ela parou de andar, forçando Vincent a parar também, já que ela o estava ajudando a caminhar. Ela não o olhou. — Se quiser, seria bom ter alguém como você na equipe. – E sem esperar uma resposta, ela voltou a caminhar. Novamente em silêncio.

Naquele passo, eles estariam na taberna em cinco, talvez dez minutos.

○ ○ ○


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Mensagem por Cloud Sex Nov 06, 2015 3:41 pm

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"I admit that I ain't no angel, I admit that I ain't no saint -- I'm selfish and I'm cruel and I'm blind. If I exorcise my devils, well, my angels may leave too. When they leave they're so hard to find...”
O que você vê no fundo dos meus olhos?
A Batalha havia acabado, mas ainda não estava a salvo.
Tentou cortar a cabeça do lobo, mas logo o animal começou a ter espasmos e Vincent armou-se para o combate. Para sua infelicidade a grande criatura se debateu e diminuía, até se transformar em um humano normal. Essa era a licantropia, nunca tinha visto algo assim e a Raposa o explicava o que era.

Uma súbita mistura de raiva e decepção veio ao meio demônio, tudo tinha sido em vão já que não teria a prova que matou a fera. Por outro lado, ainda ajoelhou a frente do homem ali caído e arrancou sua cabeça, tinha de estar certo que não iria acontecer novamente. Fez o mesmo com o outro, voltando a ser escorado pela raposa.

Ela contava o que fazia e que trabalhava para o rei, mas também dizia que Vincent poderia se tornar uma daquelas feras se não tomasse o antídoto e que existia um Alfa e era esse que ela tinha de matar. Parou de caminhar, forçando ele a parar também, oferecendo que ele se juntasse a ela nessa empreitada.

Olhou no fundo dos olhos dela, baixou a cabeça e expirou fundo todo o ar de seus pulmões.

-"Seria interessante duas aberrações em um único corpo, já sou meio demônio. Mas fico a imaginar um Lobo demônio."

Virou a cabeça de lado e sorriu para ela, sendo fisgado pela dor.
-"Trabalhar para o rei....  Isso seria possível? Digo, sou um impuro com parte demônio, não tenho conhecimento nem armas para combater essas coisas, como você mesmo disse. Acho que não serei aceito mesmo. "

Disse ele levantando os ombros. Se aproximou ainda mais dela:
-"Vamos logo a taverna, já nem sei onde estamos e esse frio vai piorar as coisas. Lá podemos ver essas questões."

Vincent olhava pra frente levando a mão esquerda ao peito e continuava a caminhar com a raposa.






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Mensagem por Ezer Ter Nov 24, 2015 11:32 pm

-x-





Dois pares de olhos imóveis, perdidos em sua concentração incólume. O silêncio naquele momento era palpável, espesso, comprimia o ar no peito daqueles que ousavam desáfia-lo, que ousavam prolongá-lo naquela espera interminável. Aqueles míseros segundos de silêncio logo foram cortados, rasgados, despedaçados por uma sequência inimáginavel de acontecimentos.

Ou nem tanto. Acontece que em um instante, estavam Ezer e o homem que tinha as feições de seu presumidamente finado mestre à espreita dos lobos que se encontravam na cozinha. Olhos fixos na porta, ouvidos apurados buscando decidir o próximo passo das suas presas. Ah, sim, naquele momento, acredito que os lobos é que eram as vítimas, ou pelo menos é o que aqueles olhares famigerados diziam. No instante seguinte, a porta se abriu e dois lobos saltaram no interior devastado do salão da taberna. Olhavam para os dois homens, não se sentiam ameaçados, pobres animais.

E no instante que se seguiu, e ouso dizer que pareceu um espaço de tempo gigantesco, com aqueles quatro se encarando, e um turbilhão de possibilidades passando pela cabeça do garoto, ou talvez apenas um pensamento que teimava em não ir embora e o impedia de saltar na direção daquele animal, a janela da taberna explodiu. E tudo aconteceu rápido demais. Um homem grande, vestindo uma armadura espalhafatosa e manejando uma espada pulava na direção de um dos lobos gritando alguma coisa que Ezer sequer se deu ao trabalho de tentar entender. Seu mestre atacou o outro lobo antes que este pudesse reagir, e mais uma vez o garoto perdeu a chance, ou talvez tenha ganhado a chance de não lutar naquela noite.

Mas desta vez, Ezer não deixaria a oportunidade passar. Mais barulho vindo da cozinha. Panelas que caiam no chão com um estrondo, algo se movimentando lá dentro. Respirou fundo, aprumou o corpo. A faca de prata firme em sua mão direita. Entrou na cozinha sem hesitar. Fosse o que fosse que estivesse lá dentro. Não estaria lá por muito tempo.

Alguns dizem que os loucos são aqueles que criam uma realidade para que não percam a razão. Outros, juram que os loucos não possuem mais alma. Há também quem diga que a loucura transforma os homens em animais. E aqueles olhos, os olhos de todos os envolvidos naquela luta eram os mesmo, eram famintos, eram olhos vis e degenerados. Eram olhos de feras prontas para a batalha. E talvez fosse aquele silêncio pastoso que os tornara assim, talvez fosse apenas a loucura, pregando peças naqueles que se aventuravam em suas terras. Mas uma coisa era certa, aquele garoto pequeno e frágil que queria de todo modo evitar um confronto desnecessário não existia mais. No lugar, um rapaz com um sorriso torto e rasgado, que mal podia esperar para desferir o primeiro golpe.


Última edição por Ezer em Ter Nov 24, 2015 11:32 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : correção ortográfica :x)

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Mensagem por NT Almighty Sáb Dez 05, 2015 6:22 pm

monstro • monster • Monsutā


O reino de Hilydrus estava sendo assolado pelo ataque de terríveis bestas. Criaturas horrendas que se alimentam de carne e matam suas vitimas sem qualquer distinção, com o único objetivo de saciar sua fome. Os monstros, porém, antes de se tornarem nesses animais irracionais e extremamente perigosos, eram apenas pessoas comuns. Fazendeiros, vendedores de frutas, soldados ou mesmo rapazotes mal saídos da barra da saia da mãe. Mas quando se é infectado pelo vírus, não importa o quão bom ou altruísta você tenha sido; não existe coragem ou força de vontade que possa protegê-lo dessa doença... E quando a Lua chama; você pode ouvi-los cantar. Cantar seus medos, sua euforia, enquanto se tornam em bestas irracionais com as quais é simplesmente impossível argumentar.

Mate ou será morto. Cace ou será caçado.

Mas nem todos os licantropos são assim. Ah, não. Existem também aqueles que são capazes de controlar livremente a transformação, e que não se tornam menos inteligentes quando assumem suas formas bestiais. Os poderosos Alphas, maiores e mais fortes. Esses são os verdadeiros vilões dessa história, pois eles não são forçados pela doença. De fato, se fossemos julga-los nas leis da sociedade em que vivemos, os Alphas seriam nada mais que assassinos. No entanto, é claro que eles não enxergam assim. Por se considerarem superiores aos humanos comuns, eles acreditam estar acima de qualquer lei.

Como se fossemos simplesmente aceitar algo assim.

Humanos podem não ter instintos aguçados como os de um animal. Podem não ter a força para rasgar um homem ao meio, ou garras afiadas feito facas. Nós não curamos nossas feridas em instantes ou vivemos por várias centenas de anos. Ainda assim, isso não nos impede de continuar a seguir em frente mesmo perante as situações mais difíceis, de continuar a lutar até nosso último suspiro. Eu acredito que em nossos corações queima a chama necessária para desafiar mesmo nossos medos mais profundos, e vencê-los. E acredito que quando tudo se resume a lutar por uma causa justa ou morrer tentando, mesmo o mais frágil de nossos anciões ou a criança mais doce levantaria suas vozes em um rugido de desafio!

Nós não somos imortais; imortais são os sentimentos que nos formam. Então queime esses sentimentos na fornalha de seus corações e ergam suas vozes em um rugido mais alto do que o som de seus medos. Gritem sua coragem e empunhem sua determinação.

Matem o Alpha! Libertem Hilydrus!

Tornem-se os heróis que nasceram para ser.

○ ○ ○

Ezer adentrou na cozinha com passos silenciosos e a respiração presa na garganta. O vento entrava pela porta semidestruída que pendia de uma única dobradiça, fazendo um rangido suave ao ser balançada pela brisa fria que invadia o lugar. E mesmo estando sobataque de criaturas saídas de histórias antigas, a cozinha parecia estranhamente comum. É claro, a bagunça era geral, e o sangue que manchava o assoalho de madeira não poderia ser chamado de comum, ou mesmo o corpo semidevorado no chão, com olhos vidrados encarando o teto de madeira, não, definitivamente nada disso poderia ser chamado de comum. Nem mesmo o lobo que ainda se alimentava do corpo já sem vida.

Essa foi basicamente a visão que o garoto teve ao adentrar na cozinha. Panelas e utensílios jogados espalhados, a porta semidestruída com seu rangido, a neve branca lá fora. E um grande lobo de costas, agachado sobre o corpo do velho e bravo taverneiro que havia sacrificado sua vida para criar alguns segundos para Ezer e o pequeno fauno fugirem. O lobo, porém, não notou o menino, ele permaneceu agachado se alimentando como se nada mais no mundo importasse... Ou quase.

Repentinamente a criatura parou de comer e farejou o ar. Ezer pode sentir seu sangue gelar, mas o que chamou a atenção do monstro foi algo diferente. Ao longe, no interior da floresta, o rapaz avistou quase ao mesmo tempo em que o Lobo, duas silhuetas que seguiam caminhando na direção da taverna. Então, o que fazer? Que atitude tomar? A criatura começava a se levantar para seguir na direção de suas vitimas, ainda de costas para Ezer, sem notar o rapaz logo ali a duas braças de distância. Três passos rápidos.

O que fazer? Quanta coragem ou loucura ainda lhe restava?

Seria o suficiente? O tempo estava se esgotando.

Mate ou será morto. Cace ou será caçado.

• • •

A esperta raposa não sorriu com a suposta brincadeira do outro. Na verdade, ela pareceu aborrecida com o descaso do rapaz. — Eu não sei como funciona esse lance de ser meio demônio, eu mesma sou meio raposa, por parte de mãe, mas o vírus da licantropia não é algo útil para nada, você se torna irracional, apenas um animal... Um monstro. – Disse com ar distraído enquanto franzia o nariz e farejava o ar, ao tempo que já parava de andar novamente, forçando Cloud a parar também. Eles já podiam ver a taverna ao longe entre as árvores, uma curta caminhada. — Há algo errado. – As luzes estavam apagadas, mas o mais estranho era que a porta dos fundos estava destruída.

— Os lobos, eles devem ter invadido o lugar. Quantos mais havia? Nós sabíamos que não poderia haver mais que dez ou quinze deles, mas já matamos sete... Quantos mais teremos que enfrentar? Três? Ou outros sete? – Ela olhou Cloud de cima a baixo, analisando os ferimentos dele. — O que me diz meu belo demônio, acha que consegue me dar apoio em mais uma dança? Não irei forçá-lo a entrar lá, mas meu camarada ainda pode estar lá dentro... Ou o que tiver restado dele, e não vou voltar sem saber. – Ela falava sério, mas a escolha ainda era jogada nas mãos de Cloud.

O rapaz não estava em sua melhor forma, e certamente não seria capaz de fazer o mesmo que em sua saúde perfeita, mas também não havia se tornado em um peso morto. Se mover muito bruscamente seria doloroso, mas não iria matá-lo. Não ainda. Não tão rápido.

A raposa tirou o arco das costas e testou a corda, posicionando uma flecha com ponteira de prata com os olhos aguçados. Tornou a farejar o ar e congelou no lugar onde estava. A brisa parecia ter trazido algo... Diferente. — Ele ainda está lá, o lobo. Posso sentir o cheiro. – Ela sussurrou sem se mover. — Vem ou fica? – Indagou com urgência sem se virar na direção do rapaz. Não havia hesitação ou medo nela, apenas um forte senso de propósito. E, nesse instante, Cloud soube que ela iria, mesmo que sozinha. E apenas a morte iria pará-la.

O que fazer? Para alcançar a cura ele teria que entrar na taverna. Mas para isso talvez tivesse que enfrentar outro lobo, talvez mais de um. Será que valia a pena?

Afinal, ela podia estar errada. Talvez o vírus não agisse da mesma forma em um demônio.

Talvez. Uma aposta perigosa. Apostas mortais. O que fazer? O tempo corria.

Mate ou será morto. Cace ou será caçado.

○ ○ ○


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Mensagem por Ezer Dom Dez 06, 2015 10:01 pm

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"Eu sou como uma porta de ferro. Dupla e cruzada. Sou eficiente com armadura, mas não sem, pois não protejo muito. Protejo o que atinge por cima e por baixo. Pela direita e pela esquerda. Com ou sem uma adaga."
- Tradução livre (Fior di Bataglia, Armizare, Daga, 6 - Fiore de'i Liberi



Aquela era definitivamente a cozinha em que, alguns minutos atrás, Ezer entrara para apagar as luzes e trancar a porta acompanhado de Jin. Era mesmo uma pena que estivesse tudo tão bagunçado, era mesmo uma pena que tanta comida tivesse sido desperdiçada. Era mesmo uma pena que... O lobo estivesse ali, tão entretido comendo o que restara do dono da taverna. Uma pena.

Os olhos do menino cintilaram.

Ele estava muito próximo. De costas para o lobo. Um passo em falso e ele acabaria como o velho. Ajeitou os pés da forma mais silenciosa que pôde. Colocou o pé esquerdo à frente do direito, girando este último em um ângulo quase reto. Os joelhos flexionados, mantendo assim, uma posição estável. Ajustou a postura. A coluna levemente inclinada para frente, o dirk estava de volta em sua bainha. A mão direita segurava com firmeza a empunhadura da adaga de prata que o velho lhe deu. A mão esquerda, passando por tráz do punho direito, estabilizando a arma. Um postura que não lhe daria chances de defesa vestindo apenas proteções de couro. Mas que lhe proporcionaria um ataque rápido e que usasse o máximo de sua força. Fechou os olhos.

Quando abriu os olhos de novo, um instante depois, o lobo se movia. Farejava algo no ar. O sangue do garoto gelou, havia cometido algum erro? Feito algum barulho? Não. O lobo não o viu. Mas Ezer viu. dois vultos que vinham da floresta. Eles chamavam a atenção do lobo. Quem seriam?

A fera se preparava para ir na direção da floresta. Mais uma vez, lhe surgia a chance de não se envolver. Porque então? Aquele pensamento sequer lhe ocorreu? Ah, não, não era bom quando se sentia assim. Não era bom quando perdia a cabeça daquele jeito.

Ezer não gostava de usar armas pequenas. Em geral elas dependem da força física do usuário e de sua habilidade para prender o oponente. Ele era pequeno e não muito forte. Mas naquele momento, aquilo não importava. Estava a três passos do lobo. Estava com uma arma de prata. E tinha os olhos focados na sua presa, como se nada mais importasse. E não importava.

Percorreu a distância em um piscar de olhos, saltou para cima do lobo, os joelhos atingiriam as costas do animal forçando-o ao chão e estabilizando a queda, enquanto a adaga de prata, firmemente segura pela mão direita e aparada pela esquerda ia em direção à coluna do animal, na base do pescoço. Não deveria ser o suficiente para matar a fera, mas sim ferir-lhe a coluna. Aí sim, poderia fazer o que quisesse com o animal.

Habilidade:

ps.: Eu fiz as contas e a lâmina da faca é de aproximadamente 26,7cm. Por isso, vou usar a palavra adaga agora para me referir à faca de prata, já que, de utensílio, ela passou a ser utilizada como uma arma. Não sei se ele consegue distinguir o tamanho dos vultos da floresta, mas não acho que importaria muito.

ps.2: Dessa vez não atrasei! Mereço um bolinho!

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Mensagem por Cloud Qua Dez 09, 2015 6:56 pm

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O que você vê no fundo dos meus olhos?
A cabana já podia ser avistada quando a raposa parou, forçando Vincent a parar também.

Ela farejava a algo, e isso vinha de dentro da cabana. E o mais estranho, ela estava às escuras.

O convite era feito, uma última dança. Uma caça contra o lobo ali, ou seriam os lobos? Vincent sabia que os lobos andavam em matilhas, mas sempre tinha o alfa e o ômega. Se fosse o ômega teriam tirado uma melhor sorte, um lobo sozinho é menos perigoso do que uma matilha mas não menos mortal.

O meio demônio olhava para seu peito, o ferimento o deixava lento, e sua companheira iria entrar de qualquer forma, com ou sem ele.

Via ela empunhar seu arco e armar uma das fechas, a prendendo no fio do arco. Quando ela perguntou se ele iria ou não Vincent já estava ao seu lado, com seus olhos vermelhos refletindo a imagem da raposa.

-"Mais uma dança, mas não espere muito de mim, além da minha lâmina ser normal, estarei mais lento."

Voltava a olhar pra frente, como se planeja-se algo.

-"Espero não atrapalhar. Mas não quero me tornar algo incontrolável."

Começou a caminhar com dificuldade ruma a entrada da cabana, já com a mão apoiada no cabo da espada.

A cabana parecia escura, se o lobo estivesse lá, estaria se alimentando do que restava de alguém.
Olhou para a raposa uma última vez, informando com um gesto que iria entrar na frente para que ela pudesse ter uma chance de matar o lobo, Vincent era a isca agora.

Tentou caminhar "leve" para não fazer barulho, mas sua ferida provavelmente iria denunciá-lo e sua espada deslizou para fora da bainha, era a hora de transpassar a porta aberta



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Mensagem por NT Almighty Qua Jan 27, 2016 11:53 pm

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Um ataque impensável para alguém tão cuidadoso, tão meticulosamente cuidadoso. Mas Ezer não havia abandonado seu coração, na verdade, era justamente por possuir um coração tão especial e único que ele havia procurado seu mestre por tanto tempo. E, ao que parecia, mesmo sendo algo completamente irracional, o garoto decidiu avançar. Decidiu deixar que seus sentimentos tomassem conta e a lógica de virar as costas e não se envolver serem despedaçadas sob o peso daquele primeiro passo.

Um passo rápido. Preciso. Mas...

... Crrreeekkk!...

O velho assoalho de madeira soltou um lamurioso e súbito grito, feito um lamento agudo e triste, que fez as orelhas do lobo se colocarem de pé e seus pelos se arrepiarem. O monstro começou a se virar, pronto para atacar e despedaçar o que estivesse em seu caminho. E nesse momento, a maio caminho de colocar-se de frente para Ezer, o lobo captou pelo canto de seus olhos dourados e brilhantes, a imagem de algo que havia saltado em sua direção...

O golpeando e derrubando no chão, juntamente a seu atacante.

Ezer sentiu a lâmina de sua arma penetrar profundamente na carne do pescoço da fera, e sentiu o cheiro de carne e cabelo queimado, enquanto a criatura se contorcia sob seu peso, cravando as garras de ambas as mãos nos ombros do garoto, lutando desesperadamente para tentar se libertar. Mas era visível que quase não restavam forças ao lobo. Agora restava saber o que Ezer faria: Com um puxão rápido e impiedoso, ele poderia facilmente decapitar o lobo, ou talvez... Ele tivesse outros planos em mente?

• • •


Quando se aproximaram, parando à cerca de dez metros, notaram que uma das janelas na parte da frente, no salão principal, havia sido destruída. E, por outro lado, a porta dos fundos estava completamente escancarada. O lugar estava às escuras, mas não era necessário luzes para que eles pudessem usar seus ouvidos. E ambos puderam ouvir com clareza: Sons de luta. O que poderia estar acontecendo no interior daquela taberna?

O mais interessante, porém, era que os sons de luta vinham tanto do salão da frente, cuja entrada do lobo deveria ter sido a janela destruída, quanto na porta dos fundos. Mas aquilo apenas poderia significar uma coisa: Ainda havia sobreviventes, e eles estavam tentando resistir a qualquer custo.

A raposa não disse nada, mas fez um sinal para Vincent, indagando rapidamente se ele preferia que eles se dividissem, ou se entrariam juntos por um dos lados. Obviamente, entrar apenas por um dos lados poderia condenar as pessoas que ainda resistiam do outro lado. Enquanto, o risco de se separarem, era deparar-se com mais inimigos do que imaginavam, e acabar tendo que fugir às pressas para salvar suas vidass

○ ○ ○


OFF: Ano novo, trabalho novo, correria antiga. Malz a demora! >.<''

Peço desculpas pelo post não tão detalhado, prometo que no próximo capricho muito mais! Qualquer dúvida, pm-me.

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Pessoal, comecei a trabalhar em uma nova empresa e estou em periodo de treinamento, me adaptando aos equipamentos e tudo mais, mas devo ficar mais livre à partir de domingo. Então tentem postar até lá que já posto novamente e podemos tentar seguir em um rigmo mais agradável para todos. :3
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Mensagem por Cloud Sex Jan 29, 2016 4:46 pm

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"I admit that I ain't no angel, I admit that I ain't no saint -- I'm selfish and I'm cruel and I'm blind. If I exorcise my devils, well, my angels may leave too. When they leave they're so hard to find...”
O que você vê no fundo dos meus olhos?
Já conseguia sentir o cheiro da madeira a qual pisava, mas a proximidade da cabana trouxe a precisão que faltava. Agora o jovem podia perceber que além da porta aberta, a janela estava destruída e a porta de trás estava escancarada.

A raposa fez um sinal, mostrando a porta de trás. Não entendeu perfeitamente o que ela queria dizer, mas parecia sugerir se dividirem ou entrar por trás. Pensando nas possibilidades, Vincent se viu em um dilema. Se entrassem separados, a fera teria uma menor chance de fugir, mas estariam mais vulneráveis ao ataque.
O som de batalha era ouvido dentro da cabana, então havia alguém vivo e a decisão tinha de ser tomada rápido.

O jovem respirou fundo e olhou para sua companheira, afirmou com a cabeça e apontou para a porta de trás da cabana, dando as costas para ela e atravessando a porta da frente com sua lamina fria na mão direita, deixando o corpo de lado ao transpassar a porta.

Parou logo no primeiro passo, a espada erguida a frente do corpo e a forte respiração eram suas companheiras agora. Deu um passo para o lado, encostando suas costas na parede ao lado da porta de entrada, esperando sua visão acostumar-se com a mudança de luz e preparando suas forças enquanto a ferida no seu peito queimava, mesmo com os cuidados da raposa. Agora estava dentro, era hora de agir, começou a caminhar para sua provável morte.



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Mensagem por Ezer Dom Jan 31, 2016 2:54 am

-x-


Por um momento, um ínfimo momento, Ezer pensou que não iria conseguir. Não contava que o chão de madeira, já velho da taverna fosse gritar bem quando se preparava para atacar o lobo. Poderia dizer que os deuses não estavam a seu favor. Mas ele nunca acreditou nessas bobagens.

Pretendia acertar direto na coluna do lobo e assim imobilizá-lo e não se machucar. Mas graças à sua grande sorte, acabou caindo em cima do animal e não em suas costas. Um ponto positivo? Havia acertado a fera mesmo com esse pequeno erro em seus cálculos. E conseguira levar um animal tão maior que ele próprio ao chão com seu peso.

Ezer estava inebriado. Só conseguia pensar naquele animal enorme, se contorcendo, incapaz de se soltar, o cheiro doce da carne queimando. Estava tão entretido na dor que causava ao animal, que demorou um pouco para perceber que o lobo havia cravado suas garras em seus ombros. Então o garoto, sem piscar nem uma vez, apertando a empunhadura da adaga com todas as suas forças, puxou a lâmina terminando de decapitar o lobo. Deixou-se rolar no chão, exausto. A dor nos ombros finalmente lhe atingindo em cheio. Haviam ainda aqueles vultos que avistara na floresta. Seriam eles outros lobos?

Ezer sinceramente esperava que não.

Off: Desculpa!! Ficou pequetito.... Então, é que... Meu Alpha Sapphire chegou sábado de manhã *-* Aí esqueci da vida momentaneamente! Espero ter postado a tempo

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Mensagem por NT Almighty Qui Fev 11, 2016 12:49 am

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Ezer estava no chão. Sua respiração pesada pelo esforço de apunhalar e decapitar o lobo, seus braços ainda tremiam ligeiramente, os músculos cansados, enquanto seus ombros queimavam com os ferimentos causados pelas garras do lobo. Mas, no fim, nada disso importava, não é? Afinal, ele havia vencido. Havia sobrevivido e, mais inacreditável: Havia reencontrado seu mestre. Apenas esse último fato já deveria ser o bastante para colocar um sorriso no rosto do nosso jovem aventureiro, eu diria.

Contudo, quando pensamos que terminou...

Ezer piscou e nesse impossivelmente curto intervalo, do instante em que fechou seus olhos e os abriu, deparou-se com uma flecha sendo apontada para sua cabeça. Enquanto, mais acima, avistou olhos dourados o encarando atentamente. Como os olhos de um lobo. Aqui, se ele não fosse muito inteligente e reagisse sem pensar, poderia se mover por instinto e sabe-se lá o que poderia acontecer. Mas, analisando de modo prático, lobos não usam arco e flecha. Usam? E, se fosse um lobo, ele provavelmente já estaria morto. Certo?

E, olhando melhor... Não se tratava de um lobo. Mas de... Uma raposa?

Não. Uma mulher. Linda.

Os lábios negros, cheios e provocantes, se curvaram em um sorriso de mofa e a flecha recuou, sendo habilmente guardada na aljava que ela trazia em suas costas. A ponta da flecha, Ezer pode notar, brilhava como prata. A mulher raposa circundou o rapazote e estendeu sua mão para ajudá-lo a se levantar.

— Sou Mayeni, qual o seu nome, jovem Rubro? – A raposa indagou curiosa. E, rubro? Ezer provavelmente sequer havia notado, mas estava completamente coberto em sangue de lobo. Vermelho, quente e pegajoso. Com gosto de ferro e vitória.

• • •

Vincent adentrou no salão e de imediato se viu sendo encarado por quatro pares de olhos. E confrontado pela ponta de uma espada. Olhos comuns. Dois negros e dois azuis. A ponta da espada se abaixou, mas não completamente. Agora, Vince notou, ela apontava para aquilo que ele trazia em sua mão livre: A cabeça.

— Perdoe minha indelicadeza, – O cavaleiro loiro em armadura reluzente bradou com voz forte e imponente, como um personagem saído de um livro. — Mas você fede feito uma criatura das trevas. Então, por que carrega a cabeça de um lobo? – O homem não soava como se exigisse uma resposta, ele não parecia nem mesmo querer lutar contra Vincent, apenas estava sincera e puramente curioso.

O homem ao lado dele, porém, soltou uma gargalhada sonora. Entre os dois, havia dois homens mortos, também decapitados e nus. O homem que havia gargalhado limpou uma lágrima dos olhos e deu as costas para Vincent, seguindo na direção da porta que dava para a cozinha.

— Pare de incomodar os outros, seu templário fajuto, se ele mata lobos, não é nosso inimigo. E você sabe o quanto precisamos de mãos extras nessa empreitada. – Afirmou e bagunçou os cabelos negros, soltando um suspiro cansado. — Ao invés de ficar fazendo questionamentos sobre a linhagem sanguínea dele, você poderia é tentar recrutá-lo. – Sugeriu, sem olhar para trás, passando para trás do balcão e parando para analisar as garrafas de bebidas com um ar especulativo.

O loiro piscou e olhou para Vincent com as sobrancelhas erguidas, sorrindo. Como se fizesse das palavras do outro sua pergunta. O que Vince diria?

○ ○ ○


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Mensagem por Ezer Sáb Fev 13, 2016 2:28 pm

-x-






Deixou-se rolar no chão frio da taverna. As costas apoiadas sobre as mesmas ripas de madeira que, instantes antes, quase o levaram à ruina. Ezer respirou fundo. Permitiu-se esquecer por um momento de tudo à sua volta. Fechou os olhos pelo que parecia ter sido um único instante.

Um instante em que seu corpo experimentou uma explosão de sensações. Um arrepio percorreu-lhe a espinha enquanto percebia o contraste entre o chão frio da cozinha e seu corpo, que parecia arder. E por falar em arder, os machucados em seus ombros queimavam, queimavam como se estivessem em brasas. Mas que diabos, não devia ter se machucado assim. A mão direita relaxou um pouco, ainda segurava com força a adaga de prata, os nós dos dedos esbranquiçados, e uma dorzinha chata, que teimava em lembrá-lo de que ainda estava inteiro. Afrouxou a mandíbula, percebeu somente agora que mantivera a boca fechada, numa careta contorcida, por conta do esforço que havia feito para decapitar a fera. Sua boca tinha um gosto ruim, amargo, férreo. E estava coberto de suor.

E então as sensações se transformaram em urgências que bombardeavam a mente do menino todas ao mesmo tempo, sem prioridade certa, fazendo com que seu coração acelerasse. Ele precisava falar de novo com aquele homem. Era definitivamente, seu mestre. Porque então, não se lembrava de Ezer? Por um instante lembrou-se da carcaça do velho taberneiro próximo de onde o garoto caíra. Jin, estaria Jin bem? O que teria acontecido ao pequeno fauno? Se ele estivesse em apuros, era falta de Ezer. E então, haviam os vultos na floresta. Os vultos! Como pode deixá-los de lado! Ezer abriu os olhos um instante depois e...

Sentiu seu coração parar por um segundo. Uma flecha prateada reluzia à frente de seus olhos. Como se um alvo estivesse desenhado bem no meio de sua testa. O garoto queria fechar os olhos e torcer para que aquela flecha não estivesse ali quando ele os abrisse de novo. Mas antes que o fizesse, viu o par de olhos por trás da flecha. Olhos dourados, como os do lobo que acabara de matar. Mas que diabos, um lobo arqueiro? Não. Ainda sem piscar, olhou de novo para a figura à sua frente.

Eram os olhos de uma mulher, uma mulher com o olhar astuto de uma raposa. E então, ela sorriu. Guardou a flecha, e estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar.

Ezer se apoiou sobre os cotovelos, e sentiu uma dor lacerante quando tensionou os músculos para erguer o tronco. Dor esta que só fez aumentar, quando ele aceitou a ajuda da raposa, levantando-se.

— Sou Mayeni, qual o seu nome, jovem Rubro?

Ah... Ele tomou um segundo para olhar em volta. O lobo morto, a cabeça no chão, os restos do taberneiro. A mulher à sua frente. Sentiu de novo o gosto amargo na boca, e sorriu. Não gostava de se envolver nesse tipo de conflito, mas, uma vez que se envolvesse, não aceitaria menos que a vitória. Ele podia ser um garoto extremamente egoísta às vezes. Mas algo na pergunta dela lhe incomodou. Rubro? Olhou então para si mesmo, e bem, não era suor que cobria seu rosto, era sangue, o sangue do lobo, que misturava com o seu. Fez outra careta.

— Ah... desculpe. Pode me chamar de Ezer. Obrigada pela ajuda. — Disse enquanto curvava de leve a cabeça como um pedido de desculpas e logo em seguida, guardou a adaga de prata na bainha.

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Mensagem por Cloud Seg Fev 15, 2016 5:48 pm

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O que você vê no fundo dos meus olhos?
Ao adentrar na cabana, Vincent aguarda seus olhos se acostumarem com a escuridão, mas no meio da penumbra ele pode notar dois pares de olhos o encarando.
Respirou fundo e concentrou-se, segurando a espada a frente do corpo. Assim pode notar que tinham formas humanas. Dois homens e um deles empunhava uma lamina, mas baixou ao ver que Vince segurava uma cabeça em uma das mãos. Mesmo assim apontava a espada para a cabeça que o jovem segurava.

Vincent por outro lado não baixou a guarda, quando o cavaleiro indagou sobre a cabeça e ainda insinuou que ele fedia a criatura das trevas, ele apenas largou a cabeça no chão, descolando da parede e deu um passo a frente. Mas foi interrompido pela gargalhada do outro homem, que chegou a chorar de rir, segundos esses de tensão para o meio-demônio, mas nada se comparou ao que veio a seguir. Vincent pode então reparar que haviam mais dois corpos decapitados no chão e pode imaginar que aqueles também eram lobos. Fato que foi confirmado pelo homem de cabelos negros que ainda sugeriu ao loiro para tentar recruta-lo, neste momento Vince vê o homem piscar um dos olhos pra ele, que atônito solta a cabeça e recua um pouco, batendo contra a parede.
Logo se arruma e guarda a espada na bainha em sua cintura, e continua:
-“Bem, acho que chegaram atrasados, já tenho companhia. Falando nisso, ainda existem lobos aqui?"

Caminhou e atravessou os corpos, chegando a bancada onde estava o moreno tentando achar alguma bebida ali.
-“Já que estamos no mesmo ramo, poderíamos acabar com isso juntos. E a propósito, podem me chamar de Cloud. Estou com uma amiga que a essa altura já alcançou a porta de trás.”

Informou o jovem, enquanto vencia a distancia entre a próxima porta, procurando por alguma hostilidade ou por Mayeni.



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Mensagem por NT Almighty Qua Fev 24, 2016 10:10 am

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Ao tempo que Ezer embainhou novamente sua adaga, a cabeça do homem que era igual ao mestre que ele se lembrava, apareceu no vão da porta entre a cozinha e o salão principal da taberna. O homem não pareceu surpreso com o que viu. Mas ainda soltou um suspiro leve e abriu um sorriso tímido, como quem pedisse desculpas por ter nutrido em seu interior mesmo a menor fagulha de temor. Ele sorriu para a mulher raposa também, um sorriso amigável comum entre antigos conhecidos, mas seus olhos sempre voltavam para o rosto de Ezer, fitando os olhos do rapazote demoradamente, analisando seus traços, lembrando vagamente a imagem de alguém que tentasse recordar...

Nesse momento, no salão principal, o templário em armadura brilhante ainda analisava Vincent com ar curioso, mas sem suspeita ou censura em seus olhos. Apenas pura e simples curiosidade sincera, feito uma criança. E foi quando algo pareceu incomodá-lo, ele franziu o cenho, mas sem olhar diretamente para Vince, na verdade, seus olhos ficaram distantes por um breve momento, enquanto ele inclinava a cabeça ligeiramente, como se escutasse... E então seus olhos se arregalaram.

Ele abriu a boca para dizer algo e...

A parede de madeira atrás de Vincent praticamente explodiu, se desfazendo em lascas e lançando serragem, neve e vidro em todas as direções.

O mestre de Ezer e a raposa voltaram para o salão um instante mais tarde, ao tempo que o templário se levantava, já com a espada em mãos, e ajudava Vincent que havia sido arremessado para frente a se levantar também.

Juntos, os cinco guerreiros formaram uma linha frente a parede destruída, sem saber ao certo o que esperar, todos de armas em punhos...

E então eles viram: Olhos amarelos. Vários e vários pares. Cinco? Não. Sete? Dez? Mais? Quantos mais? Quantos seriam? Não importava. Não naquele momento, ao menos. Pois bem no centro de todos os lobos, uma criatura com duas vezes o tamanho de um lobo comum e de intensos olhos vermelhos com aros dourados se destacava. Ezer e Vince puderam ouvir quando a raposa sussurrou a palavra “Alfa” e o rapaz de cabelos negros a silenciou com um olhar ríspido.

Contudo, quando a poeira finalmente abaixou, o que eles viram não foi um lobo gigantesco e ameaçador. Em seu lugar, estava um velho, com não mais que um metro e oitenta de altura, trajado em um casaco pesado de um branco imaculado. Com olhos negros como à noite mais escura, o velho fitou os guerreiros um a um, enquanto, atrás dele, os lobos os encaravam com as bocarras meio abertas, famintos. Seus olhos nunca se desviaram para os corpos dos lobos mortos no assoalho ou para a cabeça sem corpo.

Taberna do Fauno 6K74iF1


— Então – Disse ele, quebrando o silêncio, com uma voz profunda e espessa feito mel sendo derramado. — Vocês são os caçadores que vem me causando tantos problemas. – Não foi uma pergunta. Era quase como se falasse consigo mesmo. Ele fitou novamente o templário, por um momento. — Ah, você deve ser o responsável por rastrear meus filhos, sim? – E então para a raposa. — E você... – Torceu o nariz. — É uma vergonha para nosso povo. – E sem mudar a expressão, encarou Vincent, como se também o incluisse em suas palavras.

Sua expressão se suavizou, ao tempo que ele lhes brindava com um sorriso amigável.

— Mas estou disposto a esquecer de todos os problemas que me causaram, está tudo perdoado. – Seu sorriso se alargou. — Se, de joelhos, jurarem lealdade a mim. – Ele deu uma olhadela displicente para Ezer e Vince, e para o homem de cabelos negros com as duas adagas em punho, que também parecia ter sido ferido na perna em sua luta. — Três de vocês já irão tornar-se lobos na próxima lua cheia, então basta que os outros sejam abençoados por mim. – E então, como quem se lembrasse de susto, fez uma expressão de quem se desculpa para o templário. — Exceto você, é claro, não posso deixar que você viva. Espero que compreenda e não guarde rancor de minha alma imortal. – Sorriu.

— Então, o que me dizem? – Indagou, animado, como se não houvesse outra resposta que eles pudessem dar, a não ser a que ele queria ouvir. Atrás deles, olhos amarelos encaravam os cinco caçadores.

○ ○ ○


OFF: Apenas uma semana de atraso! (vitória pessoal -q) Na próxima serei mais rápido! (meta!!)

E vou tentar me organizar melhor para registrar logo toda essa XP o quanto antes! Peço desculpas se levar mais alguns dias, mas peço que tenham um pouquinho mais de paciência, estou me esforçando para organizar as coisas o quanto antes. xD

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Mensagem por Cloud Seg Fev 29, 2016 11:54 am

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O que você vê no fundo dos meus olhos?
Os homens dentro da cabana acabaram se mostrando amigáveis, mesmo com um deles sentindo o "cheiro" da linhagem de Vincent.
O jovem atravessou a sala e viu Mayeni pela porta, junto com um garoto quase da idade de Vincent, na aparência é claro.
Sentiu um alívio por não ter mais lobos ali, mas isso não durou muito tempo e tudo foi pelos ares, literalmente.
A explosão jogou Vincent de volta a sala por onde entrou, não viu nem de onde veio, apenas a onda de choque o jogou em meio a fumaça e madeira despedaçada. E tudo ficou escuro.

Ao recobrar os sentidos, Vincent sentia alguém o ajudar a levantar em meio a fumaça, era um dos homens que estavam ali, também parecia ter sido atingido pela explosão, mas nenhum dos dois estavam feridos. Vincent olhou para os lados, a raposa e seu novo mascote estavam ali também, todos os cinco no mesmo lugar. O homem de armadura já segurava duas adagas e Vincent então olhou pra frente e entendeu porque, diversos olhos brilhavam em meio a fumaça e escuridão. Eram lobos, demais para serem considerados poucos. Estavam encurralados e em menor número.

O meio demônio por sua vez segurou o cabo de sua espada, ainda na bainha, pronto para o ataque mas um homem de alta estatura aparecia enquanto a fumaça se dissipava e com certeza era o alfa.

O homem falava com eloquência, oferecendo poupar a vida de alguns, em troca de lealdade absoluta. A lâmina de Vincent já brilhava na fresta que aparecia mas o jovem a retraiu e abriu os braços, andando para frente. Girou o corpo e ficou ou de frente para o grupo, entre eles e o alfa.
-"Não me levem a mal, mas essa é uma luta que não podemos ganhar e se podemos salvar nossas vidas, porque não aproveitar a oportunidade?"

Olhou para a mulher raposa, que parecia em fúria com a atitude do meio demônio. Mas este piscava um dos olhos e lhe falava:
-"Não me leve a mal linda, está no meu sangue, é mais forte que eu. Nada pessoal ok?"

Voltou a olhar para o Alfa, virando a cabeça e depois o corpo. Cruzou os braços a frente do peito, olhou pra baixo e respirou fundo.
-"Então senhor lobo mal, acho que temos de mudar alguns termos. Esse lance de lealdade eterna não vai funcionar bem sabe, como disse aos meus companheiros, está no meu sangue."

levou as mãos a nuca, seguindo ali e olhando fixamente para o alfa.
-"Acho que não vai rolar, pelo menos pra mim. Um dia eu tentaria te matar, apenas pelo poder. E porque não hoje? Se eu me juntar a vocês minha alma já vai ter morrido, então morreria de qualquer forma. Prefiro morrer lutando sabe? Nada pessoal mas não serei servo de ninguém."

Vincent olhava fixamente direto nos olhos do grande homem.

Habilidade Utilizada:

considerações:





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Mensagem por Ezer Qui Mar 03, 2016 11:50 pm

-x-







Havia acabado de embainhar a adaga prateada, e antes mesmo de ouvir qualquer resposta da raposa, notou a cabeça daquele homem no vão da porta da cozinha. O garoto inconscientemente aprumou o corpo e apertou os punhos. Mas aquela pessoa tão estranhamente familiar apenas suspirou e sorriu. Um sorriso estranho, que desarmou completamente o rapaz. E então ele sorriu também para a raposa. Fazia sentido, então eles se conheciam e andavam por aí destruindo tabernas e caçando lobos. Interessante. De qualquer forma, era um pouco incomodo que aquele homem, que não dizia nada, que não o reconhecia, apenas o olhava como se Ezer fosse uma obra de arte incansávelmente.

E quando o menino abriu a boca para perguntar se ele realmente não se lembrava... Um barulho ensurdecedor vindo do salão principal. O homem e a raposa correram para o salão. Ezer, contudo, tomou seu tempo e limpou o rosto com a camisa antes de seguir para o outro ambiente.

Foi quando viu os incontáveis olhos amarelos, e percebeu que a parede havia sido destruida. No centro dos lobos, contudo, um par de olhos vermelhos, uma estatura enorme. Mayeni confirmou as suspeitas do rapazote dizendo aquela palavra que faria gelar até o último fio de cabelo de qualquer um. Alfa. Mas não era preciso dizer. Era evidente.

Ezer se encostou no batente da porta. Seus ombros ainda ardiam, mas já estava melhor. Respirou fundo. Quando a núvem de poeira baixou, ele pode ver quem era o dono daqueles olhos vermelhos. Um velho. Com um casaco de pele invejável.

E quando o velho falou, com aquela voz pastosa, pesada, profunda... Ezer tentou dar a devida atenção, mas quando o velho começou a falar sobre jurar lealdade... bem, o menino deu um bocejo. Não conseguiu segurar. Sério, ele podia ter sido menos... clichê. Podia ter sugerido algo mais interessante do que "gaste seus ultimos dias de vida servindo a mim". Mas algo naquele discurso digno de um velhote lhe chamou a atenção. Ter sido ferido implicava que ele viraria um lobo? Precisava cuidar logo disso.

— Então, o que me dizem?

E ele bocejou de novo. Uma das pessoas presentes no saguão começou a falar algo sobre ser uma batalha suicida, sobre ter sangue ruim. Se posicionou entre o grupo de sobreviventes e os lobos. Depois, falou mais meia duzia de palavras que Ezer não se deu ao trabalho de ouvir.

Naquele momento o garoto só pensava em uma coisa. Tinha a adaga de prata em uma das mãos, e olhava com certa aflição para os lobos, para o homem de cabelos pretos que não o reconhecia e depois para a escada. Ele tinha que tirar Jin dalí, o mais rápido possível.


Off: Enfim, demorei mas postei Q.Q

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