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Praia da Névoa

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Akira
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Mensagem por ADM GabZ Ter Jan 01, 2013 5:07 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Praia da Névoa - Página 3 J8V1Ayv

Apesar de bela e paradisíaca, a Praia da Névoa é evitada a todo custo pela maioria dos aventureiros. Isto porquê inúmeras lendas são contadas sobre o lugar, e quase todas elas terminam em tragédia por entre as pedras e formações rochosas da praia. O que acentua ainda mais a força destas lendas é uma estranha névoa que paira sobre o local vez ou outra, sendo praticamente impossível enchergar a um palmo do nariz. Isso acaba tornando o lugar perigoso, pois tal névoa surge como que por uma maldição, e pode simplesmente levar horas ou mesmo dias para desaparecer. E, como se a praia tivesse vida, a névoa some por um longo tempo. É impossível saber quando acontece, e por isso raramente alguém se arrisca por estas bandas.

A praia tem cerca de cinco quilômetros de comprimento e é cercada por enormes rochas pontiagudas. Alguns dizem ser um pedaço de Takaras, outros afirmam que um demônio morreu ali e amaldiçoou aquelas areias. Certos pescadores e aventureiros afirmam que ali é o lar de sereias, e que quado a névoa aparece pode-se ouvir seus cantos atraentes. De qualquer forma o mistério continua, e é difícil saber quais das histórias são verdadeiras.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 7:19 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Sérpico Seg Set 01, 2014 8:18 pm

O teleporte deu meio certo. Sérpico acabou num lugar diferente do que imaginava. Mas, num primeiro vislumbre, soube que estava a salvo de qualquer ameaça imediata. Depois, Sérpico mergulhou na escuridão, a cabeça sendo atingida por uma pedra misericordiosa que lhe daria um tempo de descanso, de esquecimento. E por aquele período ele até pareceu uma pessoa comum, dormindo. Daí acordou e sua face ganhou rugas com expressões diversas a medida que a memória voltava. Então estava mesmo vivo e em algum lugar longe daquela cidade?

Tinha de ver.

Mas soube que se mexer era sinônimo de dores. E era tentador evitar qualquer tipo de dor, sabe, ficar apenas... deitado, relaxando por dias a fio, pra quem sabe levantar daqui uns anos, hm. Mas... ele queria ver onde estava. Principalmente porque queria ter certeza de que estava em terra firme novamente, digo, na superfície. Ele meio que ansiava pelo som de algum pássaro e o toque do vento. Sim, tinha de se levantar e ver onde estava. E foi o que fez. “Devagar Sérpico, filho de Fredrik”, pensou, “devagar e constante”.

Ele foi se virando, força nos braços, pra tentar se levantar e ficar sentado. Só. Tinha medo de fazer força com a perna ferida... Então ia adiar um pouco o momento em que se colocaria de pé. Olharia o mundo ao seu redor, interpretando. E:

– Alguém? – um grito rouco, a garganta quase rasgando e lhe fazendo tossir. Recarregou as forças por um tempo e mandou outro chamado por qualquer coisa que lhe pudesse ouvir: – Alguém!?
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Mensagem por NT Blues Seg Set 08, 2014 6:46 am

Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!?...

A voz de Sérpico ecoava assim que ele gritava. Começava alto e ia se dissipando, até não soar mais nada. Ele escutava atentamente e não via ou ouvia nada. Com isso ele tentava novamente...

Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!? Alguém!?...

E nada. Mais uma vez Sérpico ficava sem resposta daquele lugar. Percebia que parado ali, ele não conseguiria nada, portanto o único jeito era se levantar mesmo com a ferida ferida. Se ajeitou e começou a se levantar. Agora de pé, ia passando as mãos com cautela a frente do corpo e deslizando os pés sobre as pedras com ainda mais cuidado.

Com as devidas precauções feitas, o rapaz ia seguindo em frente. Vez ou outra as pedras cediam e Sérpico perdia um pouco do equilíbrio, mas por sorte conseguia achar a parede ao lado e se apoiava sob a mesma e usava-a como guia.

Agora com essa ajuda, Sérpico seguia em frente, com passos difíceis por estar com a perna ferida. Deu poucos passos e sentiu a perna invadir uma possa d'guá. Não, não era uma possa, e sim um caminho todo ocupado por água. De vagar Sérpico ia apenas com o poder do tato, sentindo o nível da água, que batia exatamente na altura do joelho. Sem mais obstáculos, o loiro seguia pelo caminho que tinha, se poder ver nada ou ouvir nada, a não ser a água que era empurrada por suas cansadas pernas.

Andou mais um tanto e sem querer acabou escorregando em uma pedra e caindo de bunda. Aquilo criou uma vibração que fez alguma pedrinha quicar em um amontoado de outras pedras, que foi pulando de uma em uma até ela cair dentro da água, provocando um eco. Sérpico escutou todo o eco soar até seu fim. Após isso, um grande alivio tomou a alma do aventureiro, que em seguida tentou se levantar, mas assim que movia seus braços pra fazer força, um novo som ele ouvia.

Áudio - Clique e abra o link e coloque pra tocar assim que ler o conteúdo acima. Escute por alguns segundos ou minutos e feche o áudio ou pause. Depois continue a leitura.

Aquele som vinha em uma frequência baixa, e aos poucos ia aumentando, como se o próprio som estivesse viajando de muito longe naquele suposto túnel. A força do eco fazia aquele som se tornar bastante avassalador e acelerar o ritmo do coração de Sérpico. Ficou confuso por alguns instante, mas sabia que parado ali ele não encontraria nada e apenas morreria de modo lento e tortuoso. Se levantou enfim e seguiu em frente mais uma vez.

Caminhou por bastante tempo e descansava em certas ocasiões, mas sem ficar parado por muito tempo, que apesar da ferida não ser das melhores, conseguia se locomover e já estava acostumado a dor que ela proporcionava. Se passaram algumas horas que Sérpico caminhava, até que ele começou ver uma pequena claridade. Parecia que estava chegando em algum lugar, mas a luz não aumentava, era bem estranho, parecia que a vontade de procurar por algo começava a fazer a mente do aventureiro delirar, mas pelo menos já era alguma coisa.

Continuou e sentiu naquele penumbra o vento circular. Caminhava e quando menos esperava, esbarrava em alguma coisa. Era dura e rígida, isso fez o rapaz recuar. Analisou que poderia estar em uma possível virada, tateou as laterais e não havia espaço. Tentou voltar sua mão para frente, mas dessa vez ele não conseguiu tocar nada, apenas uma brisa forte se formava de baixo pra cima. Mas como? Não importava agora, Sérpico só precisava saber que devia seguir em frente. Deu um passo e ops... Perdeu o equilíbrio, parecia que ia cair em alguma coisa, seu corpo balançava e ele girava os braços para trás como se estivesse empurrando o vento pra frente e tentando voltar. Mas que raios era aquilo? Foi quando de repente o inacreditável aconteceu. Um calor imenso o corpo do jovem sentia, e no súbito, um clarão se formava revelando o que estava a sua frente.

Apenas abra este Spoiler após LER TUDO. Não antes disso!:

O que Sérpico sentiu nesse momento?


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Mensagem por Sérpico Ter Set 23, 2014 12:23 pm

Por quê? Hein?

Mas antes de questionar o destino ─ que lhe colocara face a face com algo grande e verde ─ Sérpico caminhou. Felizmente não tinha nenhum osso partido e conseguiu andar por aí. Quando gritou por alguém, tudo que teve em resposta foi sua voz de volta. “Ecos”, pensou, como se descobrisse outro mundo... um mundo oco e úmido, talvez profundo, não o bastante para que falte oxigênio. Não gritou novamente; apenas escutou, ansioso. E nada. Estava só, acompanhado apenas dos três sons: as batidas do coração, o silvo da respiração e o chiado das botas ao andar vagarosamente ─ pois além da perna ferida, não havia luz (ou será que ele estava cego? Não... logo descobriria que não) então seguia como lesma.

Bufou, assustado, ao tocar a possa d’água (ao menos achava que era água) que na verdade se revelou mais que isso: um rio? Não, não havia correnteza... Era apenas bastante água parada num relevo daquele lugar rochoso e preto. De repente caiu e, diante da confusão de quedas e sons que se seguiu, ele ficou imóvel, esperando um abraço apertado da morte no formato de uma grande pedra sob sua cabeça ou quem sabe o chão cedendo para uma queda infinita. Não ganhou abraço nenhum, mas ouviu um novo som aquém dos seus.

Então, passou a respirar pela boca. Seca. Até pensou em beber um pouco daquela água... mas arriscar se mover diante daquele susto? Arriscar fazer qualquer coisa diante daquele ruído alienígena? Nem pensar. Vamos ficar parado por um longo tempo, por favor. Pois... que significava aquilo?

“Gases. Veio de dentro de mim.”

Mas se ele realmente acreditava nisso... Ah...

Sérpico queria ficar parado ali, na escuridão segura, por mais uns 10 anos, até seu coração parar com aquele ritmo acelerado... mas não aconteceu pois suas pernas se moveram sozinhas. Malditas.

Tempo. Daí bateu em alguma coisa, procurou pelas paredes, quase caiu no nada mas recuperou o equilíbrio e então percebeu que não estava cego.

Céus, como ele tinha saudade de casa ─ onde as coisas eram normais e pacificas.

Aquilo era um dragão!

Sérpico achou que soltara as tripas nos fundilhos da calça... mas não, foi só um vento pesado. Estava, afinal, com gases.

Achou também que iria explodir. Só 1/3 dessa sensação vinha do calor ambiente, do que deveria ser a respiração daquela coisa bem em sua cara (apesar disso, Sérpico tremia como se estivesse pelado em Calm). Os outros 2/3 eram por causa... precisa explicar? Sérpico ia morrer!

O clarão... era o que chamavam de “luz no fim da masmorra?”

“Ele é verde como a relva”, pensou, o delírio final de um moribundo feliz. “E grande feito uma floresta inteira. E gosto de florestas. Sim, Sérpico gosta de florestas. Subir em árvores, pular troncos. Nossa, como está frio aqui! Acho que estou chorando. Acho que estou caindo. Odeio cair. Sim, Sérpico odeia cair.”

─ Mas se eu cair, irei acordar ─ sussurrou, confuso, as pernas (as malditas pernas) lutando para mantê-lo em pé. Ele estava afundado dentro daqueles grandes olhos que o encaravam. Com um esforço sobrenatural, moveu uma das mãos até a face, secando suor, secando lágrimas. O gesto pareceu ajudá-lo a manter a dignidade e não desmaiar ou enlouquecer. Até deu um insignificante passo para trás, querendo voltar para a água, voltar para Lodoss, voltar a ser criança.

Mas não tinha como fugir daquela gigante cara verde, né? O próprio Sérpico respondeu, num sussurro inarticulado, como se fosse necessário força pra soltar as palavras:

─ Eu... não... sei...  ─ A maior e mais pesada frase dita por Sérpico. ─ Eu não sei.

Ele simplesmente não sabia. Não sabia de nada. Não sabia o que fazer. Era um ser pequeno e estava com medo. E que o mundo acabe se isso não for verdade.

Dagrão!:

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Mensagem por NT Blues Dom Out 05, 2014 5:26 pm

O jovem aventureiro por mais vasto que fosse sua jornada e experiencias nesse mundo afora, jamais havia visto algo tão colossal e deslumbrante que fazia suas pernas tremerem e seu coração disparar.

Era um dragão, um enorme dragão, que ao notar a reação de Sérpico, o corpulento dragão gigante erguia seu pescoço para o alto, ficando a uns trinta metros de altura do minusculo Sérpico. Seu corpo então irradiava um brilho intenso, tão intenso que fazia com que os olhos de Sérpico recuassem e fechassem. Ao abrir novamente, percebia então que o dragão não era verde, e sim branco, totalmente branco, e concluiu que sua cor clara refletia a cor das árvores e das gramas que haviam naquele ambiente.

Com um movimento rápido o dragão dirigiu sua enorme face adianta do jovem, ficando cara a cara. Sérpico sentia o ar quente saindo penas narinas do dragão, que se ele tentasse, conseguiria passar por elas engatinhando. Um silêncio se formou por alguns segundos enquanto a fera encarava Sérpico e Sérpico sentia seus gases entrando em conflito.

TENS MEDO DE MIM, HUMANO? RESPONDA!! — A boca do dragão não se movimentava. Sua voz soava simplesmente na mente do loiro. O dragão esperava a resposta de Sérpico e assim que obtivesse, continuaria — A MUITO QUE EU O ESPERO, SÉRPICO!


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Mensagem por Sérpico Sáb Out 18, 2014 12:23 pm

Quando fechou os olhos por causa do brilho alheio, Sérpico se permitiu ter esperança: “quando abrir os olhos, não terá nada na minha frente”. Ou ele poderia simplesmente ficar com os olhos fechados, dentro de seu escuro próprio ─ tal como uma criança que se protege dos perigos de um quarto mal assombrado ao se esconder no escuro das cobertas. Ele poderia ter batido a cabeça. Poderia estar com muita fome. Enfim, poderia estar sob várias condições que lhe causassem aquela visão mal assombrada. O problema foi que ele abriu novamente os olhos e a coisa ainda estava lá, e agora falava com ele. Falava em sua mente.

Isso gerou um novo pânico em Sérpico: “ele pode ler minha mente?”

Terrível. Alguém poderia chegar para Sérpico nesse exato momento e falar “cara, você tomou banho e esqueceu de se secar!” E Sérpico então ficaria super consciente do quanto estava suando. Mas como ninguém veio lhe falar isso, ele permaneceu apenas parado, sua percepção limitada ao dragão verde, digo, branco.

Quando falou, algumas palavras saíram arrastadas, meio tremulas, como se Sérpico estivesse mastigando algo:

SimSssim, foi como soou, apesar de Sérpico ter respondido rápido, afinal o dragão ordenou que ele respondesse, certo? E, convenhamos, o Medo era um demônio que acabara de tomar posse de Sérpico; todos os sinais estavam lá: a cara desfigurada com a boca em O, um ou outro espasmo num músculo da face ou das pernas, e a camada de umidade brilhando na testa, empapando as mãos, colando a roupa nas costas. Só faltou a bexiga soltar. Mas isso não aconteceu, provavelmente por não ter nenhum liquido no corpo há um tempo razoável. Então, resumindo, ele estava sim com medo daquela coisa.  

E de alguma forma se empenhou em continuar falando alguma coisa, por mais que o ato doesse seu peito e secasse sua língua.

Como sabe o meu nome? ─ No original: Como sssab’eu nomme?

Ele engoliu em seco, a garganta doendo como se houvesse chumbo entalado ali.

O que quer dizer com me esperar há muito tempo?O que querr dizer co’misperar há muit’empo?

OFF:

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Mensagem por NT Blues Qui Out 23, 2014 1:44 am

Luz e Trevas


Quando Sérpico respondia seu singelo * Sim *, o dragão rosnou em resposta e deixou o ar quente de suas narinas aquecerem o corpo do rapaz. Era uma sensação reconfortante, como se as dores do aventureiro parassem de castigar o corpo do loiro. Mas apesar do medo que Sérpico sentia do dragão, ele se manteve consciente e falando. Fazia perguntas, que soavam estranhamente. Um orc na posição daquele imenso dragão não entenderia uma palavra, mas uma figura tão imponente como o ser iluminado a sua frente, conseguia entender cada letra dita.

Para responder suas perguntas, pequeno ser. Terei que te mostrar algo antes. Algo que se perdeu no passado e hoje corre desesperado para voltar.

O dragão então movia sua gigantesca pata direita até o corpo de Sérpico. O rapaz ainda estava estagnado com tudo que testemunhava, e quando percebeu, a ponta da garra do dragão lhe tocava a testa. Nesse mesmo instante um clarão se fazia, cobrindo sua visão aos poucos, e a fazendo não enxergar mais nada.

Quando Sérpico recobrou a visão, se via agora sentado em uma cadeira. Olhou ao redor e via pessoas, muitas pessoas que também estavam sentadas. Correu os olhos para o lado e seguiu até o outro e notou estar em alguma especie de Arena. Prestou atenção nós homens a seu lado vibrando e gritando.

WHEEEEEEEEE!! Comecem logo!!

Andem logo com isso. Não podemos esperar mais!

Hoooooooo!! Queremos sangue!

Sim!! SANGUE, SANGUE, SANGUE!

Em poucos segundos toda a arena gritava por sangue. Era ensurdecedor e assustador todas aquelas pessoas em um coral sem ensaio, mas que seguia uma linha sonora perfeita em prol da matança.

Sérpico não estava entendendo nada, mas assim que voltou seus olhos para o centro da arena, viu dois homens entrando de cada lado da arena. Eles iam se enfrentar. Ambos se curvavam para o lado oposto do aventureiro. Lá havia algum tipo de área exclusiva. De lá um sujeito trajando armadura pesada se apresentou.

POVO DE LODOSS!! HOJE!! EM HOMENAGEM AOS DEZ ANOS QUE MEU E O VOSSO MESTRE PERMANECE NO PODER. IREMOS CELEBRAR COM MUITO SANGUE E MORTES. QUE SOBREVIVA O MAIS FORTE E QUE COMECEM O PRIMEIRO CICLO DE SANGUE COM DOIS SACRIFÍCIOS!!

Um urro ainda mais alto era emitido por toda arena. Os ouvidos de Sérpico chegavam a doer, o que fazia levar suas mãos para suas orelhas.

Os olhos da multidão ainda estavam fixados naquele sujeito que erguia um machado tão grande quanto ele próprio e o descia com violência rende aos pescoços dos dois pobres humanos que perdiam sua vida ali mesmo.

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As cabeças rolavam e caiam dentro do espaço aonde haveriam as batalhas. Os dois guerreiros lá dentro erguiam suas armas em saudação e inicio da primeira luta, mais conhecido como segundo clico de sangue. Os primeiros a lutar era dois humanos, um com uma espada e o outro com uma marreta de guerra. O espadachim começou atacando. Seus golpes não acertaram o alvo, pois teve a espada bloqueada pelo oponente, que em seguida lhe deu um soco na cara que o fez cuspir sangue logo de primeira. Isso fez a arena tremer, afinal era o sinal que de fato havia começado. O Espadachim não deixou por menos e devolveu o golpe com uma cabeçada no nariz do outro, que sentiu a dor na hora e acabou recebendo um empurrão do espadachim, que acabou perdendo o equilíbrio e foi ao chão. O espadachim viu a oportunidade e correu para corta-lo, mas o oponente desviou pro lado e puxou o espadachim pro chão enquanto ia se levantando e erguendo sua marreta de duas mãos. O espadachim ficou um pouco tonto, e quando finalmente voltou a ter uma boa visão, apenas via a marreta a menos de um metro. Arregalou os olhos e rolou pro lado. Mas infelizmente a marreta acertou seu ombro esquerdo, que deslocou em seguida. Os dois estavam de pé agora e o guerreiro da marreta atacou girando a sua arma, o espadachim saltou duas vezes para o lado e na terceira ele avançou contra o inimigo, fincando sua arma na região do rim do adversário. A torcida ia ao delírio e o desespero tomava conta do homem ferido. Mas seu vigor era grande e ele não desistia, agarrou o pescoço do espadachim e apertou com todas as forças. O espadachim cortou o homem algumas vezes, mas nada adiantava, quando menos esperava, ele ia perdendo a consciência e caia no chão. A arena começava a gritar por sangue. O homem pegou sua marreta que havia caído na hora que ele foi enforca o espadachim e com um movimento forte e certeiro, o sujeito acertava o crânio do espadachim, que explodia em milhões de pedaços humanos. Todos novamente gritavam em conjunto. Era algo assustador. O mal estava revestido naquele lugar em uma intensidade tão grandiosa, que se um ser puro demais não conseguiria se manter de pé.

As batalhas não paravam, logo que acabava uma, já começava outra e mais outra. A violência gratuita nunca cessava e aquilo enojava Sérpico. Mas depois de tanta crueldade, o rapaz sentia uma energia diferente, parecida com a do dragão branco. Porém não era ele. Quem seria? Era o que Sérpico estava prestes a descobrir. A energia ia tomando conta do lugar, as pessoas não notavam. Estavam com o coração impuro demais para sentir algo como aquilo. Foi quando uma explosão de energia vibrou mais forte e poderosa que todos os barulhos que todas as pessoas juntas faziam na arena. Todos os olhos se viraram para a origem daquela explosão, pois fora isso que todos pensaram.


BASTA!

Ninguém se mexeu ao ouvir aquilo. A voz era tão cheia de poder que fazia aquela explosão anterior ser um mero acaso. O sujeito que deu inicio ao festival de sangue não se mantinha calado e perguntava...

Quem se atreve?

Aquele homem foi confrontado pelo sujeito do machado gigantesco. Os olhos se cruzaram e o humano que trajava roupas humildes, respondeu.

EU! — Sérpico sentia um arrepio nós braços — Isso não irá mais continuar. Nenhum homem mais irá morrer por diversão.

Que direito tem para agir assim, humano?

O direito que tenho é daquele que não se desviou do caminho da luz. Eu os ordeno. Encerrem com essa maldição agora.

Quem pensas que é para interromper um evento dedicado ao o senhor supremo? Pretende mesmo se opor aos poderes do meu senhor e aos meus?? Rhul!! DESTRUAM ESSE VERME E MOSTREM O LUGAR DELE!

Seis demônios que estavam em guarda naquela área da arena ia se aproximando do homem. Ele eram rápidos e tinha uma aparência intimidadora. Mas ao tocarem no homem, uma luz branca tomou conta do desconhecido que desafiava toda a arena. Sérpico não teve uma boa visão em momento algum daquele homem, mas agora podia ver mais ou menos a silhueta dele.

Praia da Névoa - Página 3 Magobranco

Os demônios voavam para longe e desconhecido iluminado lançava seus braços para cima, cruzando os pulsos. De imediato, foi rodeado por uma suave auréola dourada de luz. Um dos demônios que se recuperou mais rápido, lhe lançou um raio de trevas negras que atingiu no escudo dourado sem qualquer consequência.

O homem que irradiava luz bateu palmas acima da cabeça e ouvi-se o estrondo de um trovão, abalando quem estava ao seu redor. De suas mãos, uma energia explodiu para o ar, pairando acima de sua cabeça. Um Turbilhão de forças cintilantes rodopiava por cima do homem, erguendo-se como se estivesse prestes a lançar uma flecha. A fonte não parou até ficar bem alto. Começou a se estender, cobrindo a arena como uma cúpula gigantesca. A visão deslumbrante durou um pouco mais, até que os céus pareceram explodir, cegando aqueles que olhavam para cima. O céu ficou escuro e o sol enfraqueceu, como se estivesse sendo coberto por véus cinzentos.

As pessoas começaram a gritar novamente, mas agora era de medo. Jamais haviam visto nada igual, era uma clara demonstração de imenso poder. Ouviu-se então a voz do homem novamente.

Já que retiram tanto prazer da morte e desonra de outros, vejamos como encaram a destruição.

O homem ergueu uma mão bem acima de sua cabeça e todos ficaram em silêncio. Até a ligeira brisa de verão cessou. Em seguida uma força tremenda, falou e as pessoas empalideceram ao ouvi-lo, pois era como se a morte tivesse encarnado e falado.

Tremam e se desesperem, pois EU SOU O PODER!

Começou a ouvir um som estridente vindo dele. O próprio ar estremeceu enquanto uma magia poderosa estava sendo forjada.

Vento!

Uma brisa cortante que fedia a putrefação, nauseabunda e repugnante ao passar, soprou pela arena. A brisa ia tomando força e ia levando consigo os gemidos de tristeza e medo. O ar esfriava e faziam homens chorarem. Os ventos uivavam abafando os gritos da multidão. As pessoas tentavam fugir e pisoteavam nos azarados que tropeçavam. Enormes nuvens carregadas, pretas e cinzentas, deslizavam no céu, parecendo rodopiar em um ponto diretamente acima da cabeça do homem. Uma luz sinistra envolvia aquele ser, pulsando de energia. Encontrava-se no centro da tempestade, uma figura terrível na escuridão. O vento bradou a fúria que carregava e, ainda assim, a voz daquele mago na qual Sérpico deduziu pelas façanhas demonstradas, atravessou o som como uma faca.

Chuva!

Caiu uma chuva fria, levada de rajadas. Acelerou depressa o ritmo, tornando-se uma enxurrada e em seguida um dilúvio. A cascata tombava sobre os que se encontravam abaixo, empurrando-os dolorosamente para baixo, fustigando-os com uma força assustadora, obviamente sobrenatural. Alguns sortudos conseguiam escapar ou segurar pelos tuneis e qualquer coisa que desse pra se segurar, porém os demais se agarravam uns aos outros, horrorizados.

Alguns demônios tentaram impedir o homem, mas era em vão, e acabaram por desmaiar pela exaustão. Ali estava alguém que dominava verdadeiramente a magia, conseguindo controlar os elementos da natureza, revelando-se por completo. Sérpico após ver tanto poder, começou a temer por si, mas quando prestou atenção, notou que era apenas um espectador spectral, um fantasma, ou puramente sua alma. A água que levavam as pessoas, passavam por dentro de Sérpico, que estranhava aquilo, pois ainda sim sentia medo e seu corpo tremer e se arrepiar. O homem do machado enorme e com armadura completa tentava suportar a tempestade, esforçando-se para manter erguido e recusando-se a se submeter ao terror de todos os que estavam à sua volta.

Fogo! — O mago abaixou o braço, ergueu uma mão a sua frente e a esticou.

As nuvens pareciam queimar. Os céus explodiram quando cortinas de cores terríveis, chamas de todas as tonalidades, percorreram descontroladas a escuridão. Relâmpagos irregulares dardejavam pelo céu, como se os deuses estivessem anunciando o julgamento final da humanidade. As pessoas gritavam com um terror primitivo diante daquele elemento enlouquecido da natureza.

Foi então que começou a chuva de fogo. Caíram gotas que ateavam fogo nós braços e nas roupas, nos rostos e nos mantos. Guinhos de dor chegavam de todos os lados e as pessoas tentavam em vão extinguir as chamas que lhe que lhes queimavam a pele. Desapareceram mais demônios e outros seres da arena, levando com eles os companheiros inconscientes. O mago ficou sozinho na seção que se encontrava. O fedor de carne queimada invadia o ar, misturando com odor de acre do medo. O poderoso mago cruzou os braços a frente. Dirigiu o olhar para baixo e citou.

Terra!

Ouviu-se um intenso estrondo vindo de baixo. O chão sob a arena começou a tremer devagar. As vibrações aumentaram de intensidade e o ar foi preenchido com um zumbido irritado, como se um enxame de insetos gigantes tivesse cercado a arena. Nesse momento, um ribombar abafado juntou sua harmonia ao zumbido e o chão começou a se deslocar.

As vibrações passaram a tremores, ganhando um violento movimento rolante e ondulante. O mago se mantinha calmo, como se estivesse em uma ilha. Era como se o solo, a terra, tivesse ganhado fluidez. As pessoas eram atingidas para arena. A enorme arena vibrava com forças primitivas. Estátuas caíram dos pedestais e os grandes portões foram arrancados das dobradiças, ouvindo-se o estalar e o ranger da madeira antiga. Deslizaram da frente dos túneis cambaleantes como bêbados, caindo na areia e esmagando quem estivesse a frente. Muitas das feras sob a arena enlouqueceram com o terremoto e tanto bateram nas jaulas da arena que quebraram ferrolhos e abriram portas. Fugiram dos túneis, e passaram por cima dos portões caídos, gritando rugindo e urrando ao sentirem a chuva de fogo. Enfurecidas pelo terror, lançaram-se sobre os espectadores aturdidos que jaziam na areia, matando aleatoriamente. Via-se um homem sentado e aturdido, que dava palmadas, distraído, nas gotas em chamas que caíam do céu, enquanto a poucos metros outro era estripado por algum terror da floresta que brotará naquele lugar e começava a atacar as pobres almas pecaminosas.

Então a arena começou a gemer quando as pedras antigas principiaram a se deslocar, movendo-se uma sobre as outras. A argamassa que durara uns duzentos anos, transformou-se em oó em um segundo quando a arena desmoronou. Os gritos de misericórdia foram levados pelos ventos ou abafados pela cacofonia da destruição. A violência aumentou e o mundo parecia prestes a ser despedaçado. O mago voltou a erguer as mãos acima da cabeça. Juntou as palmas e ouviu-se o maior ribombar de trovão até então. Depois, subitamente, o caos cessou.

Acima, o céu ficou límpido e o sol brilhou mais uma vez. Uma brisa ligeira vinda do leste soprou os cabeços de Sérpico que estava incrédulo a tudo que assistirá. O chão estava como deveria estar, imóvel e sólido, e a chuva de fogo não passava de uma lembrança.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Começaram a se ouvir os gemidos dos feridos e os soluços dos aterrorizados que estavam marcado com um trauma para a vida inteira. O enorme homem que iniciou a cerimonia de sangue, permanecia em pé, a armadura escondia, mas seu rosto estava lívido, com pequenas queimaduras marcadas na face e nos braços aonde o fogo podia adentrar pela proteção da armadura. No lugar do grandioso súdito do tal mestre, havia um ser privado de todas as emoções, exceto o terror. Tinha os olhos arregalados que ao ele retirar o elmo, revelando ser apenas um humano, dava para se ver as córneas em suas olhos. Mexia os lábios, como se estivesse tentando falar, mas não emitia qualquer palavra. O mago então bateu as mãos mais uma vez e o homem caia para trás, soluçando de pavor. Nunca mais ele seria o mesmo.


O mago agora estava em volta da destruição que provocou. Seu semblante era sério. Mas demonstrava que não estava satisfeito.

Sei que está ai. O Senti desde o momento em que cheguei a este lugar. Então apareça. MAGO NEGRO!

Era revelado o principal motivo do dragão branco estar esperando Sérpico. Mas o que seria de fato? Bom, as coisas não paravam por ai. O vento soprava e trevas aparecia. Elas giravam como se fosse um pequeno furacão feito de trevas e vento. Girava muito e se tornava mais negro. Então eis que surge uma figura que deixava Sérpico pasmo.

Praia da Névoa - Página 3 427635404

Sua presença era tão surreal, que fazia todos os presentes serem esmagados pelo poder devastador que aquele mago emitia. Até mesmo o mago que causou toda aquela destruição sentia o grandioso poder do mesmo, apenas não era aniquilado, pois seu escudo de luz dourado o protegia. Sérpico só não apagou e foi dessa para melhor, por ser apenas um espírito viajando no tempo.

O que o Mago Branco quer com Macros, O Negro? — Sua voz era estridente e irritante.

A anos que que você tomou o continente para si. Seu terror sobre essas pessoas não podem mais continuar. Hoje iremos por um fim em toda sua maldade.

Macros, O Negro não teme a luz. Sempre haverá trevas, a ela eu retornarei. Mas vou considerar sua ousadia somente desta vez.

Macros, O Negro então puxava seu manto negro e o jogava para longe. No entanto o manto sumia antes mesmo de tocar a areia da arena. Sua forma era revelada, entretanto Sérpico assim como o mago branco, não conseguia distinguir sua aparência.

Praia da Névoa - Página 3 Magonegro

Um confronto inevitável estava preste a ocorrer. Ambos os magos aumentavam extrapoladamente suas energias mágicas. O tremor que se seguia era muito além do que o Mago Branco havia feito sozinho. Uma batalha épica se iniciava e Sérpico apenas conseguia ver rajadas de luzes e de trevas. A chuva tornava a cair e um enxame de relâmpagos a surgir. Macros acertava magias poderosas em seu rival, e o mesmo também o fazia. Era uma batalha além da compreensão.

Aquela exibição de magias uma mais poderosas que a outra, ia aos poucos sumindo da visão de Sérpico, até que tudo ficou escuro. Alguns segundos depois Sérpico torna a ver o local. Ele havia repousado por dez segundos, mas haviam passado dez dias de intensa batalha entre os dois magos. Não restava mais nada, nem mesmo escombros. Estava tudo um caos. A forma espectral de Sérpico sobrevoou o lugar e encontrou os dois magos. Ambos esgotados, porém o Mago Negro se mantinha de pé se apoiando no que restou de seu cajado e o Mago Branco estava estirado no chão segurando seu cajado.

Desgraçado!! Como pode fazer isso comigo. Entregou a própria vida para realizar isto. GRRRRRRRRRR!!!!!!!!!

O Mago Negro estava seriamente irritado. Flashbacks passavam na mente de Sérpico sobre o ocorrido. Via cenas rápidas dos dois magos um de frente ao outro. O Mago Branco estava evidentemente mais acabado, mas por algum motivo não desistia. Até mesmo esboçava um sorriso em sua face. Aquilo contrariava Macros, O Negro, que o lançava outra magia e o fazia ficar de joelhos.

MORRA MISERÁVEL!!

HeHe... Mesmo com todo esse seu poder, não consegue superar algo tão leviano — O Mago Branco cuspia sangue e continuava— Pena que não terei tempo para o ver sumir e concluir minha magia. Mas acredite, quando tentares retornar, um dia alguém vira a chamado de um rapaz que fora instruído por um guia que faz parte de mim. A bondade no coração das pessoas nunca irá morrer. E quando o dia chegar, tenho fé que o escolhido a herdar meus poderes e irá por um fim absoluto em você. Mas até lá, tenha um bom descanso nos confins da escuridão. Adeus... Macros... O... Negr...

E sua existência se esvaia, com sua alma deixando seu corpo. Sérpico estava com os olhos marejados. A visão ia ficando turva e embaçada. A última coisa que via e ouvia era um grito furioso do Mago Negro. E então tudo voltava a ficar escuro.

A luz ia voltando aos poucos. Sérpico ficava com as últimas cenas na cabeça. Diante de si estava o imenso dragão de luz. Ele fitava o loiro com seus olhos enigmáticos. Como o aventureiro não deu sinal de ter voltado a si, ele falou.

Agora entende humano, porque estou lhe esperando? Eu não sou o Mago Branco. Sou apenas um guardião da luz e um guia das dimensões. Aonde houver trevas demasiadamente, eu estarei lá para guiar o povo daquele lugar para exterminar esse mal. Foi assim que aquele homem quase derrotou o Mago Negro — Sérpico notou o final da frase. Era estranho ter visto tudo que viu e o dragão mencionar que o Mago Negro não foi derrotado. Mas antes que sua pergunta fosse feita, o dragão continuou — Eu não o esperei para completar a missão do Mago Branco. Eu o aguardei aqui, pois você era o citado a guiar o herdeiro da luz. Você é aquele que irá anunciar o caos que estar por voltar em Lodoss. Nada restou da última vez que Macros, O Negro permaneceu nesse lugar, e o mesmo voltará a acontecer, caso falhe com sua missão. E sei que que não irá recusar seu destino, pois faz marte do único conselho que defende verdadeiramente Lodoss. Seu cordão em seu pescoço é prova disso. E será com ele que irá encontrar sua primeira pista de como chegar até o herdeiro do Mago Branco. Quando partir, irá procurar por seu antigo mentor, Kai. Com ele existe um livro, um na qual você já viu de relance, mas não prestou muita atenção.

Sérpico se lembrava agora um momento quando organizava algumas coisas na cabana de Kai. Havia derrubado um livro e perguntado o que era. Kai respondeu que era apenas um conto de fadas e por esse motivo Sérpico ignorou o livro. Era esse livro que o rapaz tinha que agora encontrar. Lá conseguiria encontrar a próxima pista de como ir atrás do herdeiro da luz.

Tens alguma pergunta antes de ir, Sérpico?


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Mensagem por Sérpico Dom Nov 02, 2014 11:33 pm

“Se mexe!”, mas o corpo ─ desobediente que dá dó ─ não moveu um músculo se quer quando uma garra do dragão veio contra a testa de Sérpico.

“Acabou”, pensou, e viu imagens em que sua cabeça era cortada como manteiga no verão. Fechou os olhos esperando o momento de abri-los e voltar a ver seus pais no processo, já no outro mundo.

Mas não morreu. Não acabou. Foi apenas o início de algo. Algo grande demais. Um furacão, Sérpico no meio, sem ter pra onde ir, sem ter o que fazer a não ser... assistir. Então fez isso: assistiu e ouviu tudo com uma atenção fanática. Era uma visão ─ Sérpico tinha uma vaga noção disso ─ então tinha de ter um significado.

É claro que no início não imaginou ser uma visão. Teve vontade de gritar quando os prisioneiros morreram e teve vontade correr, pra longe ou pra cima, daquele inimigo em armadura negra... mas quando não fez nem isso nem aquilo, percebeu que estava numa visão. Quando não conseguiu notar a si mesmo, mas somente tudo a volta ─ tal como num sonho ─, aceitou o fato de que só podia ser um observador anônimo diante das cenas.

Lutas e sangue. Sérpico se perguntava quando iria acabar, quando iria ser poupado daquele entretenimento sanguinolento. Daí, uma explosão. Instintivamente, o jovem cobriu os olhos e a cabeça com um braço. Daí se lembrou que era uma visão e tornou a observar.

Mas o novo sujeito na cena conseguia ser mais arrepiante do que o evento. Sua gama de poderes foi o centro do universo naquele turno, de modo que o público ficou à mercê de várias mazelas elementares. Sérpico, impune. Mas queria sair dali, queria escapar até daquele silêncio após o show. Mas ainda tinha coisas que ele precisava ver, não é?

O cavaleiro, no final, pareceu perder a noção de mundo. E então o sujeito-silhueta disse “Sei que está ai”, e aquilo foi terrível porque Sérpico pensou ser com ele. “Me descobriu, ele me descobriu”, a boca abrindo, os olhos idem... “Me tire daqui!” gritou para qualquer ser que lhe pudesse ajudar ─ um dragão branco, por exemplo.

Mas não era com Sérpico! O sujeito elementalista não falava com Sérpico mas sim com um mago, um tal de Macros. Sérpico anotou esse nome.

Anotou também a expressão “daquele que não se desviou do caminho da luz”

Mas vamos ao que interessa: que raios de luta foi aquela? Sérpico começou a achar que aquilo era muito irreal... aquela energia toda, nos dois seres, simplesmente não deveria existir. Era poder demais sendo debulhado de graça. Ao menos houve um fim. Um fim que não agradou Sérpico, não mesmo. “Não cara, você não pode morrer assim!”, pensou, meio que tomando um partido, torcendo pelo cara de silhueta branca. Mas ele morreu independente do apoio do camponês e a visão acabou bem aí.

Sérpico piscou e estava de volta.

Não dava para ir mais devagar? Não, né? Ele teria de se adaptar a velocidade de informações que o atingiam. Engoliu em seco quando o dragão lhe deu um momento de replica. Ele tinha de achar alguém, certo. Mas:

E depois? E depois que eu achar o livro e a pista e, enfim, esse herdeiro... O que vai acontecer depois?

Ele estava um tanto sério, mas uma parte de si vibrava com a ideia de voltar para Lodoss. Quanto tempo ficou fora? Mais de um ano? Mais de um ano! E achar o Kai seria algo que faria com gosto. Céus, cadê o medo de antes? Aparentemente substituído por empolgação, é isso?

E ele sabe disso? O herdeiro sabe de todas essas coisas? ─ Sérpico se referia à visão, ao mago negro, ao próprio dragão; tudo.

Eram duas perguntas, ─ mais do que o permitido ─ mas, né, quem responde uma responde duas. Talvez até mesmo dragões.

Mas o mais importante ali era que sim, Sérpico havia aceitado aquele destino. É claro que ele ainda não tinha plena consciência dessa decisão; estava meio que agindo no impulso. Mas um tipo de preocupação crescia em seu peito e por causa disso ele estava dentro, iria pra cima do objetivo proposto e iria dar o seu melhor durante a jornada. Se o dragão pudesse olhar dentro de sua cabeça, veria isso.

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Mensagem por NT Blues Qui Nov 06, 2014 2:53 am

Milhões de perguntas e duvidas surgiam na mente de Sérpico, que abismado com tudo que acabará de testemunhar, não sabia por onde começar a questionar. No entanto uma coisa era verídica, o assustado e inconformado Sérpico que a poucos minutos estava, agora dava lugar a um aventureiro de verdade, pronto para mais uma jornada alucinante em busca do desconhecido. Mas era agora o momento do dragão responder as perguntas do jovem curioso, e assim ele o fez.

Embora eu tenha visto o futuro de centenas de anos, até o presente momento. A coisas que até mesmo a mim é impossível prever. Seu destino está traçado em encontrar o herdeiro e alerta-lo. O herdeiro tem a obrigação de deter o retorno do Mago Negro. Macros não pode retornar sob hipótese nenhuma. O herdeiro sabe de sua linhagem e suas obrigações por portar o sangue daquele que um dia foi o salvador das terras de Lodoss. O que ele não sabe, é quando esse evento vai ocorrer. E é ai que você entra, Sérpico. Você tens de encontra-los e avisar do eminente retorno de Macros. Eles saberão o que fazer. Entretanto você terá muito tempo para realizar sua missão, pois o retorno do Mago Negro depende também de vários acontecimentos que ainda vão ocorrer e que podem ser evitados. A única desvantagem, é que Macros possuía vários meios de voltar, e isso vai exigir determinação por parte sua e do herdeiro.

O dragão então começava a ter sua coloração branca em um tom mais intenso. Começava a aumentar o brilho que emanava em seu colossal corpo. Os olhos de Sérpico iam sendo feridos pelos raios de luz brilhantes que iam por todos os lados. O corpo do dragão ia sumindo, assim como todo o cenário. Sérpico já não enxergava mais nada, mas podia ainda ouvir.

Seu mentor está atualmente em sua antiga cabana. Vá depressa para lá! E lembre-se. VOCÊ É O GUIA DO HERDEIRO. Jamais saia de perto dessa pessoa. E quando de fato precisa. Chame por mim, e virei em alguma ocasião para lhe dar conselhos, pois é isso que sou.

E assim o brilho branco tomou conta de tudo ao redor de Sérpico. O aventureiro voltava suas mãos para proteger os olhos nesse meio tempo.

Quando finalmente notou, a luz se dispersava tão rápida, quanto seu próprio teleporte. O loiro abria seus dedos e espiava com seus olhos, na abertura que seus dedos proporcionava. O brilho que via ainda era forte, porém diferente. O rapaz então retirou as mãos do rosto e finalmente viu o que era.

Era o Sol. Em seu auge do esplendor dourado. Estava para se por. Iria demorar não mais que uma hora para isso. Sérpico olhou para os lados e se viu na Praia da Nevoa. Estava de fato sobre a areia da praia. Como ele foi parar lá? Pergunte para o dragão de luz, ora. Porque eu não sei. A única coisa que eu sei, é que o desbravador ali na praia tinha uma nova jornada pelo caminho. E quando direção ele iria tomar, isso era uma escolha que ele teria decidir. Mas uma coisa era certa. Ele se lembrava do caminho para a cabana de Kai. Aonde será que ficava mesmo?


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Mensagem por Sérpico Seg Nov 10, 2014 12:03 am

Bem que ele queria ter papel e tinta! Iria sentar e começar a escrever tudo que ouvia, na mesma velocidade que achava ser capaz de atingir. O rei de Hilydrus até poderia chamar ele pra ser escrivão-mor depois disso. Mas o rei estava, provavelmente, em seu castelo ao passo que Sérpico estava aqui, no Não-Lugar. Então não ia rolar uma proposta de emprego, não agora.

Ele não tinha papel nem tinta ─ tinha apenas a memória. Depois, a luz. O dragão, que já parecia ser um luminar, ficou ainda mais incandescente e tudo sumiu. Sérpico quis dizer alguma coisa (Espere! Espere!) mas faltou tempo, de modo que quando finalmente disse algo

Ei!

ele já não estava no Não-Lugar. Estava em Ruff.

Estava de volta à Lodoss.

Ei! ─ repetiu, meio grogue; tipo um eco mesmo. Olhou a praia sem acreditar. ─ Estou de volta? ─ perguntou para as pedras e areia e água salgada. ─ Estou? ─ Ele passou a mão no rosto, fechando os olhos. Quando tornou a abri-los, a praia ainda estava lá, ao seu redor. E também tinha o cheiro do mar e o som de ondas quebrando nas pedras, sem contar o piado de gaivotas e calor do sol fitando sua face... Então ele ergueu os braços e gritou até perder o fôlego e a garganta pedir um intervalo.

Correu e pulou no mar, num mergulho-bomba. Se levantou e girou, bateu com os punhos na onda que veio em sua direção e depois gritou de novo. Sérpico sentia-se capaz de enfrentar o mal encarnado com uma venda nos olhos e os pés atados, tamanha a euforia. Oras, ele estava vivo e tinha voltado para casa!

Mas a comemoração foi apenas essa mesmo, curta e anônima, pois ele logo lembrou que tinha uma missão. E agora ele precisava de um barco para chegar até Kai. Então deixou o mar e caminhou.

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