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Porto Fantasma de Rasgapele [+ Loja de Armas]

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Mensagem por ADM GabZ Qui Dez 06, 2012 3:52 pm

Porto Fantasma de Rasgapele [+ Loja de Armas] MQ3zKDM

O Porto de Rasgapele já foi próspero, ao menos aos padrões de Takaras. Hoje é um enorme depósito de embarcações destruídas e esquecidas. Reza a lenda que o lugar recebeu uma maldição para que nenhum navio conseguisse navegar por suas águas, terminando por arrebentar-se neste porto. Tal lenda ganha ainda mais força por já acumular décadas de destroços, e até hoje embarcações naufragam por aqui. Por conta disso o lugar é isolado, e por muitas vezes é possível avistar espíritos dos marinheiros mortos. Alguns são irados por terem perdido tudo que tinham, chegando a atacar viajantes. Outros parecem gostar de não precisar fazer nada e apenas flutuar por aí por toda eternidade.

Mas como sabemos, Takaras é repleto de seres que não se surpreendem com facilidade. Em meio aos destroços de navios existem casas, casebres e barracos com os mais variados moradores. Pelo lugar ser assombrado, dificilmente vê-se curiosos ou encrenqueiros. Quem mora aqui tem fama de ser corajoso e auto-confiante, ou simplesmente louco de pedra.


Loja de Armas

Localizada entre dois navios que se chocaram de frente à 150 anos, a loja de armas tem sua fama. É uma construção firme apesar de sua aparência dizer o contrário, feita com madeira dos próprios navios arrebentados. As janelas são fechadas com tábuas, e o interior é abafado graças a uma pequena fornalha queimando em um canto. As paredes são forradas de armas dos mais diversos tipos, tamanhos, qualidades e origens. Três barris e dois baús ainda acomodam mais armas. Espadas, lanças, adagas, bastões, manoplas: o lugar tem de tudo.

E absolutamente tudo é roubado. Até a menor das facas. Modéstia à parte, o dono se orgulha disso. É um goblin chamado Jake Rasgapele, inclusive o porto fantasma leva o nome dele. Ele sempre conta a história de como seu tatara-tatara-tatara-vô foi o primeiro corajoso (ou louco insanamente desmiolado) a aventurar-se por ali e decidir construir uma loja de armas roubadas. E deu certo. Hoje Jake tem vários vizinhos e uma fama gloriosa. É um goblin com belas cicatrizes no rosto, ironicamente falando. A justiça de Takaras é feita com as próprias mãos: se você é pego roubando ainda assim voltará para a casa, mas sem alguns dentes e com vários ossos quebrados. Jake não é exatamente o tipo esguio, e já pagou bastante por seus erros. Atualmente ele contrata mercenários e paga bem por armamentos roubados. Seus preferidos são os de Hilydrus: nobres, polidos e difíceis de serem roubados. Sempre bem humorado, Jake Rasgapele tem muitos amigos pelo porto e fora dele.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 7:25 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Vermillion Qua maio 15, 2013 11:03 pm

Enquanto a fina chuva caia do céu escuro dificultando ainda mais a vista daquele lugar sombrio, os passos leves e imprecisos do demônio se destacavam pela falta de criaturas vagando pelas ruas, ao redor de seu corpo suas asas 'abraçadas' contra seu tronco formando uma especie de manto de couro quase impermeável.

"Não importa o quanto eu viaje por esse reino, minhas pernas sempre me levam a um buraco mais sujo do que o outro... Estou precisando seriamente renovar meus horizontes... Talvez deve visitar Hilydrus ou Hirt para me divertir..."

Os passos do demônio o guiavam até um pequeno rochedo próximo ao mar, onde era possível ver a grande quantidade de destroços de navios de todos os tamanhos, mesmo sabendo que aquele local era uma pequena cidade agora ainda era difícil deixar de lado o cemitério que o rodeava, as almas que vagavam ao redor apenas lembrava a verdadeira realidade do local onde ele estava agora.

"Fico imaginando onde deveria ir agora... Sera que devo voltar ao exercito de Takaras... Não, não sou bom em seguir ordens isso ficou claro da ultima vez, preciso de algo que faça meu sangue ferver novamente, preciso me sentir como a um ano atrás novamente..."

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Mensagem por Kass Seg maio 27, 2013 5:31 pm

Estava chuviscando depois de uma chuva torrencial que teve há poucas horas.O céu escuro não deixava se ver quem estava a frente e muito menos atrás, apenas sombras. Todas as portas e janelas estavam fechadas. Dentro de tavernas e lojas só Vermíllion só conseguia ver a luz acesa do lado de dentro onde deveria estar quente e confortável. Foi então que saindo da loja de armas, portando um novo cajado que segurava na mão esquerda, e colocando uma faca brilhante na pantorrilha sem muita dificuldade, era Kassandra.

Mas com aquela chuva Vermíillion não poderia ter certeza, afinal deveriam ter outras criaturas que se vestiam com sobretudo verde-musgo e cabelos negros-acinzentados até a cintura. Foi pensando nisso que sentiu um vento pairar por sua cabeça e um corvo pousou no ombro da indivíduo, alertando-o de algo. A esta altura era impossível achar que era outra pessoa.

A cabeça de Kass se virou levemente mas não olhou para trás. Preferiu seguir em frente e adentrar a um bar algumas casas depois. O corvo deixou seu ombro e ela passou porta adentro, fazendo aquele calor sair para o lado de fora e um vento forte soprar para dentro arrancando rumores dos demais.

Do lado de fora Vermíllion a viu entrar, pedir uma bebida no balcão, pegá-la e caminhar até uma mesa ao fundo. Ela tinha uma garrafa e duas taças. Daonde estava era possível ver quem transitava pelo lado de fora. Ela então abriu a garrafa, colocou vinho nas duas taças. Pegou uma, cruzou as pernas e fez aquele gesto de "saúde" para Vermíllion que estava do lado de fora, convidando-o para entrar. Ela abria um sorriso de canto e tomava a bebida, esperando-o lá dentro.
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Mensagem por Vermillion Seg maio 27, 2013 6:37 pm

Não importava o motivo, fosse ele destino ou coincidência, mas de todas as criaturas que Vermillion já teve a infelicidade(ou felicidade) de conhecer tinha que ser justamente Kassandra com quem seu caminho se cruzava novamente, ela que quase abriu os olhos do demônio para seu passado, suas origens, quase conseguiu traze-ló de volta à humanidade, por sorte ele conseguiu escapar a tempo da influência dela e porem não tinha conseguido completar seu treinamento, Kassandra era a unica pessoa com qual Vermillion deixou assuntos inacabados em toda sua vida, era hora de corrigir isso.

Após o convite da feiticeira cigana o demônio caminhou até o bar, entrou de forma lenta dando uma longa pausa na porta observando os outros clientes, abriu suas asas tirando o excesso de água e então as recolheu para dentro de seu corpo novamente, caminhou até a mesa onde Kassandra estava e puxou a cadeira enquanto indagava com um sorriso no rosto:


- Com sua licença madame...

Sentou-se na cadeira e se ajeitou na mesa pegando a taça de vinho que estava sobre a mesma levando-a a boca degustando do vinho lentamente. - Horrível, mas não se pode esperar algo descente de um bar em Takaras não é mesmo? Devia ter pedido Rum negro Kass. Disse com um sorriso na face enquanto finalizava o vinho da taça por completo

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Mensagem por Kass Ter Jun 18, 2013 8:03 pm

[ Kra, eu jurava q tinha postado pra vc e pra outra garota, q merda, desculpa XD ]

 Kassandra apenas sorriu com seu comentário. Tomou mais um pouco da bebida e sorriu, olhando-o nos olhos.

— Prefiro vinho para esquentar as coisas. — Sorriu maliciosamente. — Enfim, depois de tanto tempo sem vê-lo não mudou nada. Como vão as coisas? — Perguntou Kass dando uma boa olhada na taberna, seu corvo estava em uma árvore do outro lado da rua.

— Sinto que ainda não conseguiu o que queria...— Deu uma olhada de relance na palma da mão do demônio quando ele foi pegar o vinho. Sorriu.

— E então, o que vai ser?
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Mensagem por Vermillion Qua Jun 19, 2013 11:28 pm

O demônio serviu-se de mais vinho enquanto a cigana falava, seu apetite ficava maior na presença dela, em todos os sentidos.


- Infelizmente não dá para ter tudo... Disse o demônio com um sorriso malicioso e cheio de segundas intenções... - Mas claro que, isso não queira dizer que eu tenha desistido ainda...


Vermillion levou a taça de vinho a boca e rapidamente colocou um fim na mesma com um único gole, repousou a taça sobre a mesa e voltou sua atenção para a cigana mais uma vez. Já fazia um ano que eles não se viam, pouco poderia ter mudado nesse meio tempo porém algo de especial mudou, ele. Vermillion tinha aceito sua condição, não fazia mais questão da verdade de quem era ou quem foi, ele era um demônio e existia apenas para satisfazer seus desejos e necessidades, pelo menos era o que ele tinha decidido...


- Sabe Kass, eu não preciso mais da verdade, não faço questão, a unica coisa que não consigo abrir mão ainda é o fato de não ter conseguido dividir a mesma cama que você por uma unica noite, isso sim é algo que não consegui superar ainda sabe... Dizia em um tom de brincadeira e de forma descontraída, ainda assim sua voz carregava luxúria mostrando seus desejos carnais.

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Mensagem por Kass Qui Jun 20, 2013 3:58 pm

Kassandra mantinha os olhos fechados enquanto o ouvia falar, mas os abriu diretamente para Vermíllion sem conseguir desviar. Aquelas palavras mexeram com a cigana de uma forma que não pôde esconder e o demônio percebeu que ela tinha certa curiosidade. Mesmo assim, abriu um sorriso suave e colocou a taça na mesa.

— Certas coisas não se conquista com tanta rapidez, Vermíllion, já devia saber. — Seu sorriso se abriu ainda mais, cínico desta vez. 

— Mesmo assim é bom saber que deixou o passado onde está, o mais importante é o presente. 

Deu uma olhada demorada no demônio pensando, nisso deu mais uma olhada lá fora e viu seu corvo levantar voo.

— Pelo jeito que diz está sem rumo por hora, certo? Pois tenho um serviço que precisa ser completado que se encaixa muito bem no seu...perfil. —  Falou, olhando para seu corpo, maliciosa. — Pagarei muito bem. 

— Então, o que acha? Se não tiver problema para você perder um pouco de tempo com esta antiga cigana, hehe...
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Mensagem por Vermillion Sáb Jun 29, 2013 8:12 pm

Vermillion abriu um largo sorriso ao ouvir as palavras da cigana, melhor ainda foi ver a expressão em sua face, depois disso até o vinho parecia estar mais agradável ao paladar dele.

- Você nunca foi uma perda de tempo cigana, na verdade, sempre a vi como um investimento a médio prazo.

O demônio se serviu de mais uma taça do vinho e sem demora o despejou garganta a dentro de uma só vez, fechou os olhos enquanto tentava apreciar a bebida, infelizmente para ele aquilo não era mais o suficiente para fazer a mente dele relaxar.

- Iremos discutir os detalhes desse serviço aqui mesmo? Não acha melhor fazermos isso em um local mais privado, um quarto talvez, deitados sobre uma cama totalmente despidos talvez... Dizia com um sorriso malicioso na face.

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Mensagem por Kass Ter Jul 02, 2013 8:16 pm

A cigana riu e se levantou, colocando três moedas de ouro em cima da mesa e olhou para o garçom, deu uma piscadela e sorriu de canto, convidando Vermíllion a sair da taverna.

— Você acertou quase em tudo. — Lá fora estava frio e o vento era apenas uma brisa gélida que passava pelos cabelos da mulher e a arrepiava. Ficou quieta depois de sair da taverna e andou com vermíllion até o fim da rua. Uma vez lá, avistaram uma pequena casa de dois andares que tinha uma mulher demônio parada na porta. Ela usava pouquíssimas roupas e era muito sensual. Quando se aproximaram ela deu uma cantada em Kassandra, que exibiu apenas um sorriso.

— Quero um quarto, senhorita. — Falou a cigana e a mulher abriu um sorriso olhando para Vermíllion. Mordeu o lábio inferior olhando seu corpo de cima a baixo.

— Com o total prazer...Caso queira me chamar depois, sabe onde me encontrar. — Entrou com os dois para dentro da casa rebolando até a recepção. Deu uma chave para Kass.

— Andar de cima, porta quatro. — Kassandra devolveu o sorriso e olhou para dentro de um corredor que deveria ser a cozinha. Lá estavam várias meninas que olhavam para os dois e ficavam de conversinha sobre ambos.

Sem dizer mais nada, chamou Vermíllion para o andar de cima largando a moça sozinha a jogar beijos para o demônio. Uma vez lá em cima, o corredor era comprido e as portas eram de madeira vermelha. Ela achou fácil o número do quarto e abriu a porta. Parecia que ela procurava alguém por ali.

Ao entrar ascendeu a luz e contemplou o quarto: Uma porta ao canto onde seria o banheiro; grande e luxuoso completo. A cama grande e de colchão macio. Penteadeira e um pequeno armário. Não haviam muitas coisas ali, mas o suficiente para ficar por algum tempo.

— Bom, aqui não é o melhor lugar para termos esta conversa, porém... Seu alvo está aqui.

Abriu um sorriso malicioso, tirando o sobretudo exibindo um vestido largo vermelho com um espartilho negro.

— Bem, mas como deve estar já pensando...Não sou eu, ok? Hehe... — E ficou séria. Fechou a janela que tinha vista para o castelo de Takaras e sentou-se numa poltrona de couro, olhando-o.

— Sente-se. Há uma das mulheres daqui que tem algo que quero. Sua missão é simples: Conseguir o objeto. É um cristal pequeno que fica sempre em seu pescoço. Ela é bonita, então não será uma tarefa difícil. Vou descrevê-la:

— Cabelos compridos e loiros, pele branca de olhos levemente puxados e esverdeados. Com tudo em cima e pele bem sensual. Seu nome é Tiffani. Ela é uma meia-elfa. Só que ainda não chegou, vão pedir que ela mesma traga nosso jantar. Talvez eu saia na hora ou você pede outro quarto para os dois, o que achar melhor. Enquanto isso, tome seu banho que farei alguns preparativos.

Ela tinha escolhido um quarto perto de uma árvore. Seu corvo escolheu um galho de frente para a janela e ficou ali a observar.
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Mensagem por Vermillion Qua Jul 03, 2013 8:32 pm

A resposta da cigana deixou o demônio intrigado, retirou-se da taverna junta da mulher e a seguiu até seu destino, uma especie de hospedaria ou pousada de alto nível comparada ao resto do local, a recepção foi ainda mais interessante e deixou claro o local onde estavam, se o trabalho fosse realmente naquele local seria difícil não misturar negócios com prazer.

Não era do feitio de Vermillon ficar sem falar nada mas sua mente estava tão ativa imaginando o que poderia acontecer entre ele e as duas mulheres ali mesmo naquela recepção que não teve tempo para formular uma frase tipica das dele, ao invés disso apenas abriu um largo sorriso quase tão cheio de malicia quanto seu olhar para a demônia na entrada e passou a língua sobre o lábio superior antes de subir a escada junto da cigana e ir até o quarto

A cigana revelou sua roupa e explicou a missão que pareceu, ao ver do demônio, bem agradável e simples, mas não era o estilo da cigana ser simples assim então ele já se preparava para as surpresas, enquanto isso decidiu atentar ainda mais a cigana na esperança de que, um dia, ela cederia.


- Então... em resumo, basta seduzir uma bela jovem, furtar o cristal que ela supostamente tem e então entrego para você... Enquanto falava ele se aproximava da cigana até ficar praticamente colado nela, debruçou-se sobre ela aproximando sua face do rosto da mesma pela lateral até parar próximo de sua orelha e então sussurrou: - Agora, enquanto ela não chega, você poderia me deixar retirar esse seu lindo vestido, fechar as cortinas e nos divertirmos um pouco que tal?Sua voz era sedutora e conforme ele falava se aproximava cada vez mais da orelha da cigana, até que, quando terminou de falar, passou a ponta da língua no contorno externo da orelha da cigana.

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Mensagem por Kass Qui Jul 04, 2013 6:34 pm

A cigana não esperava uma aproximação cheia de atitude vinda da parte de Vermíllion. Observou-o se aproximar, ficar perto e continuar suas atitudes. Apenas sorriu sem desviar uma vez se quer seu rosto ou seus olhos dos dele. Quando terminou sua ação, abriu um sorriso de canto e subiu as mãos desde a cintura do demônio até seu peito e empurrou-o levemente, num movimento tão intenso e ao mesmo tempo suave que poderia arrepiá-lo.

Sem dizer mais uma palavra, empurrou-o com atitude até o armário e prendeu sua cintura à dele, ergueu-se na ponta dos pés e encostou bem seu busto no peito de Vermíllion, deixando-o ainda mais animado, e aproximou seus lábios dos dele o suficiente para sentir sua respiração. A cigana mantinha os olhos fixos nos lábios do demônio, até voltá-los para seus olhos e encará-lo.

— Há certas coisas que nem a mais poderosa suporta...— E quando foi para se aproximar mais, alguém bateu a porta e uma voz feminina surgiu:

— Com licença! Trouxe a janta para o quarto número quatro. — Era Tíffani.

Kassandra abriu um sorriso e arqueou uma sobrancelha, se distanciando do demônio indo em direção ao banheiro.

— Atenda e diga que está sozinho. Se comentar, sua companhia foi embora. — Sussurrou antes de sumir porta à dentro. A menina bateu à porta novamente quase desistindo. Vermíllion acabara de perder a talvez única oportunidade de ter sua mestra em seus braços por uma elfa que batia à porta. Foi inacreditavelmente por um tris. Tinha um segundo para se recompor e atender a porta, ou mesmo que pense, poderia usar o calor que sentia contra a elfa.



{ Quaaaase hein kkkk =X }
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Mensagem por Vermillion Sex Jul 05, 2013 9:18 am

Tudo esta ocorrendo muito bem para o demônio, a cigana parecia finalmente ter caído em tentação e entrado no jogo de sedução dele, rapidamente a situação se inverteu de tal forma que ele estava encurralado pela cigana, o ar começou a ficar mais pesado e o clima esquentou como se tivesse ocorrido uma explosão, quando finalmente a distância entre os lábios deles ia finalmente se tornar nula uma batida na porta surpreendeu o casal e a voz feminina destruiu as chances do demônio com a cigana.

Kassandra rapidamente se retirou deixando-o com todos aqueles desejos carnais transbordando por todos os poros de seu corpo, lentamente ele abriu o casaco o removendo deixando-o no chão junto de sua espada enquanto acalmava a garota na porta com sua voz
- Estou a caminho...

Vermillion caminhou até a porta abrindo-a lentamente dando uma boa olhada na mestiça, seu olho brilhava um amarelo intenso que parecia até deixar um 'rastro de cor' no ar, seu torso nu mostrava toda a perfeição de sua pele cor de marfim que apesar de ter sofrido centenas de ferimentos não tinha marca alguma apenas os contornos naturais do corpo atlético do demônio. - Sei que não entendera direito o que esta para acontecer mas terá que se responsabilizar por isso moça... Dito isso o demônio esticou seu braço rapidamente pegando a garota pelo braço trazendo-a até ele de imediato, rapidamente sua outra mão se apoio na nuca da mestiça enquanto seus lábios iam de encontro com os dela silenciando-a em um beijo sedutor, intenso e cheio de desejos pela cigana.

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Mensagem por Kass Sáb Jul 06, 2013 4:43 pm

A moça não entendeu nada por causa da abordagem, ele mal olhou em sua cara ou pegou a bandeja que ela carregava com arroz, carne e vinho. Era uma elfa adulta e bonita, não chamava tanta a atenção do que as outras, mas pelo visto estava ali por algum motivo.

Spoiler:

— Nossa, assim tão rápi— Ela não teve tempo para resposta, deixou cair no chão a bandeja e sentiu o corpo do demônio colá-lo ao seu. Vermíllion sentiu na hora o colar roçar perto do seu pescoço. Ela manteve o beijo por alguns segundos e empurrou-o, indo para trás.

— Marcou hora comigo e não estou sabendo? Ham...desculpe mas tenho outro cliente neste instante, se quiser continuarmos depois até podemos e...— Disse ela, colocando a mão na nuca e dando uma passo para trás, permitindo que Vermíllion visse sua joia. Era um cristal comprido em forma de triangulo. Ela sorriu ainda desconcertada.

A segunda porta do lado esquerdo se abriu e dali saiu um homem alto e bonito de pele um pouco mais escura que a de Vermíllion. Ela parecia ter gostado dele e de seu jeito, pois quando ele chamou seu nome ela lhe correspondeu com um sorriso.

— Eu já vou, espere um minuto. — Ele lhe deu um sorriso safado e ela voltou-se para Vermíllion. Mas quando ele ia fechar a porta, Kassandra apareceu na porta do banheiro e olhou diretamente para o homem.

— Pode deixar, Tíffani, eu fico com este e você fica com este moço aqui. — Apontou para Vermíllion. Tiffani não gostou e olhou Kassandra, uma mulher bela e cheia de curvas e muito atraente se responsabilizar pelo homem que ela estava interessada.

— Oh não precisa, pode ficar com este...Já tinha horário marcado com o moço ali e...— Mas foi cortada pelo próprio homem, que se aproximou da porta.

— Magina! Outro dia nós fazemos...Já que este homem está requisitando seus belos dotes, eu posso ficar com esta mulher aqui por hoje... — Disse, olhando o corpo da cigana de cima a baixo, obviamente animado. Kassandra deu um sorriso e olhou para Vermíllion divertida e passou pela porta, entrando pela outra com o homem.

— Pode deixar, Tifffani, cuidarei bem deste para você...— E fecharam a porta.

A elfa, sem ter o que dizer e sem reação apenas sorriu para Vermíllion, olhando seu corpo de cima a baixo.

— Vejo que não teremos tantos problemas já que nossas preferências mudaram. — Respondeu a mulher, passando por cima da sujeira e entrando no quarto.

Agora Vermíllion tinha a elfa que lhe foi pedido. E, para sua raiva, enquanto ele estivesse com ela, Kass estava no outro quarto matando os desejos carnas de outro homem. A elfa tira uma segunda roupa, ficando apenas com as íntimas e seu colar. Preferia ele seduzir a moça e apenas pegar o cristal sem ela perceber? Ou fazer outro tipo de coisa, só de raiva por Kass tê-lo trocado?

— E então, o que vai querer primeiro...?

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Mensagem por Vermillion Dom Jul 07, 2013 9:55 am

ATENÇÃO!!

Cenas a seguir contem sexo e violência, se for menor de 18 anos pare de ler imediatamente.

Grato pela colaboração.


Spoiler:

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Mensagem por Kass Seg Jul 15, 2013 1:08 pm

Tífani não imaginava que ele seria tão gentil e sincero com ela, chegou a abrir um sorriso e arrancar da moça alguns suspiros mais fortes; Depois daquele carinho todo que sentiu e presenciou era claro em sua face que ela seria inteira dele. Talvez até melhor que o outro ele era. Retribuindo seu sorriso, passou os braços por seu pescoço e beijou-o por um tempo acariciando seus cabelos. Ao se afastar, a mulher se aproximou da cama e chamou-o.

— Tem algo a mais que posso fazer para lhe agradecer...? — É claro que ela não falava de resolver outro tipo de assunto senão na cama. Ela o chamava, e o que o chamava também era seu colar, que por algum motivo brilhou em um tom avermelhado quando entrou em contato com os olhos de Vermíllion.

— Diga-me...Como soube que seria eu que estaria te levando o jantar? Já tinha falado com as meninas sobre mim?
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Mensagem por Vermillion Ter Jul 16, 2013 10:19 am

O demônio teve sucesso, quebrou com suas palavras a péssima primeira impressão que a elfa teve, agora tinha que continuar a seduzi-lá até deixa-lá totalmente vulnerável.Quando a mulher se deitou na cama após beija-ló ele lentamente se despiu e foi de encontro a ela respondendo o questionamento dela:

- A dama na recepção informou quando entrei...

Ele posicionou-se sobre a mulher colocando seu corpo sobre o dela, aproximou seu rosto do dela e a beijou mais uma vez dessa vez de forma mais longa e intensa que antes, era claro o que iria acontecer ali depois daquele beijo, palavras se tornaram dispensáveis no momento e a missão de Kassandra iria ter que esperar o demônio se satisfazer, no entanto, durante o ato sexual Vermillion tentaria remover o colar da elfa para que a pedra não se torna-se um obstaculo, afinal, ela ficaria em varias posições que um colar poderia atrapalhar...

[ Mais que isso vira hentai então fica assim xD]

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Mensagem por Kass Qui Ago 01, 2013 7:17 pm

[ Seu post foi ótimo, nem vou comentar. XD ]

A moça não esperava tais atitudes da parte do demônio. Ela se concentrava em acompanhá-lo, mas chegou um momento que não conseguiu mais, estava totalmente entregue e enfim tudo aconteceu.

As horas que passaram mais lento que o relógio poderia proporcionar, dentro do quarto ruídos podiam ser ouvidos e um certo calor emanava daquele lugar. Todos que passavam davam uma parada para escutar alguma coisa e saíam com as mãos nas calças ou puxados pela mulher que carregava, afinal, eles logo perguntariam quem era a tal que fazia tão bem e as outras perderiam seu cargo.

Enfim tudo acabou e já passava das cinco da manhã. O dia começava a tornar-se aparente, foi quando Tiffani acordou e se levantou vagarosamente. Assustou-se ao olhar docemente para Vermíllion e mordeu o lábio inferior, olhando seu corpo deitado na cama. Vestiu-se rapidamente, passou uma água no rosto e saiu pela porta. Nem deu-se conta se estava com o colar ou não, mas para sua surpresa, ele não estava mais pendurado em seu pescoço.

Alguns minutos depois da moça fechar a porta e descer as escadas a porta se abriu com um barulho grosseiro: era Kassandra. Ela estava com os cabelos um pouco bagunçados e ainda usava a mesma roupa da noite anterior. Caçou algum vestido para usar, um na cor preta com um belo decote. Seu rosto estava sereno e sua pele mais clara que antes.

— Vejo que sua noite foi boa. — Sussurrou, olhando o rapaz nú coberto apenas pelo fino lençol. — Conseguiu o que queria? — Perguntou dando uma boa olhada no demônio. Afastou-se então com um sorriso maroto e colocou seu sobretudo.
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Mensagem por Vermillion Sex Ago 02, 2013 9:34 pm

Demorou um pouco mas finalmente a mestiça se entregou completamente a ele, apesar de não ser um Íncubo Vermillion tinha um grande apetite e provou isso durante a noite. Ao amanhecer a mulher se levantou rapidamente da cama tentando não desperta-ló, apesar de que ele permanecia acordado apenas mantinha os olhos fechados fingindo estar desperto, sua mão direita permanecia embaixo do travesseiro que sua cabeça repousava enquanto que o resto de seu corpo podia ser visto parcialmente   onde o cobertor não cobria, quando ouviu a porta do quarto se fechar abriu os olhos porém permaneceu deitado até que ela se abriu novamente dessa vez com Kassandra do outro lado.

— Vejo que sua noite foi boa.
- Acredito que ambos podemos afirmar isso...
— Conseguiu o que queria?
- Não, eu consegui o que você queria! Disse o demônio se levantando da cama rapidamente deixando o lençol que o cobria no chão e em sua mão direita o colar que havia escondido debaixo do travesseiro durante a noite, caminhou até a cigana e colocou o colar ao redor de seu pescoço enquanto sussurrava em seu ouvido: - Fica muito melhor em você... Entregando o colar para a cigana ele se afastou da mesma e recolheu suas roupas no chão do quarto começando a se vestir novamente, primeiro as calças seguida da camiseta e então as botas e por ultimo o casaco.

- E agora Kass, qual a próxima parada?

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Mensagem por Kass Seg Ago 05, 2013 10:07 pm

Abriu um sorriso enquanto ajeitava os cabelos e olhava para fora, Vermíllion conseguia ser engraçado quando queria. Aproximou-se e colocou o colar em seu pescoço.

— Ora não seja falso, lambeu os beiços e adorou o presente que lhe dei esta noite. — Olhou-o de soslaio, caminhando até o espelho e observando o colar em seu pescoço. Tirou-o dali e enfiou no bolso de seu sobretudo.

— Vamos sair daqui antes que ela tome falta e levemos para quem realmente quer o cristal. Siga-me.

Dizendo isso, pegou seus pertences e saiu porta a fora esperando que Vermíllion a acompanhasse. A porta do quarto por onde Kassandra tinha dormido com o homem estava aberta, e dando uma olhada rápida para dentro estava lá o homem deitado amarrado na cama num sono pesado. Ela não tinha feito nada.

Saiu porta a fora daquele lugar que pretendia nunca mais voltar ali.


[ Próxima parada: Templo Janiya! ]
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Mensagem por Shaorin Dom Dez 08, 2013 3:37 pm


@ Juliet

Quando chegaram já era o meio da manhã. Kenji evitou falar do assunto assim que passaram da metade do campo. Juliet percebeu que a grama que pisava começava a mudar a cor e a manter em alguns pontos. Chegou até a pensar que o chão pudesse estar se movendo.

Então o chão mudou para pedra e entraram na cidade. De primeira impressão era um lugar fantasmagorico. Dava sensações estranhas e ela sentia que a todo tempo e em todas as direções ela estava sendo observada.

Dos dois lados da rua haviam sobrados inacabados em todos os tons escuros possíveis; árvores entravam nas casas com janelas e portas quebradas.

A rua estava deserta e enquanto caminhavam, algumas portas e janelas eram fechadas. Alguns olhos eram vistos e outros até os encaravam com armas nas mãos. Kenji ignorava, caminhando em direção a parte principal do porto, onde davam em uma bifurcação. Para a direita era o porto, para a esquerda a rua continuava e lá em seu fim, que não era muito longe, quase cinco casas, dava para um conjunto de árvores, onde dava acesso a uma outra rua virando a direita.

kenji foi em direção ao porto e entrou num casarão de quartos, possivelmente uma taberna. Ele bateu três vezes na porta e um homem velho mal-encarado de olhos fundos e amargurados, ele ia abrir a boca para rejeita-los quando Kenji se identificou falando alguma coisa no seu ouvido. O homem então abriu a porta e entraram.

— Ovos feitos com carne, pão e vinho. O quarto de sempre.

O homem a chave mais antiga que tinha e entregou a ele, e então subiram as escadas daquela pensão rústica. Subindo os degraus, Kenji foi ao último quarto do corredor. Havia apenas uma cama, duas cabeceiras e um guardarroupa antigo. Ele trancou a porta e ficou ao centro por alguns minutos e Juliet pode sentir algum tipo de magia ser emanada de Kenji sem ele precisar recitar um verso.

— Já ouviu falar dos vampiros desta região? Espero que também os mutantes desta raça. São criaturas que, uma vez com ressentimento de alguém, mesmo mortos perseguem seu oponente. Eles conseguem tomar o corpo de alguém para ter sua vingança. Uma vez o corpo tomado, nunca mais eles saem.

— Somente o fogo os mata realmente, porém que fazer isso enquanto estão hospedados no corpo. Pensando que estes são nossos inimigos e nos conhecimentos que possui, como agir num confronto? Quais magias usar?

Agora Kenji mudou sua postura e agora parecia realmente um mestre.

— Se tiver alguma magia pode invocá-la contra algo para eu ver sua eficiência. — Sorriu. Este então era o momento que Juliet poderia mostrar a que veio e ser uma boa aluna.

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Dez 09, 2013 1:21 am

 Aquele lugar parecia ser mesmo cheio de algum tipo de angústia ou melancolia nem de longe convencional, ou era ao menos esta a sensação que me percorria enquanto avançávamos pelos campos até ali. A grama ficava mudando de tom em alguns pontos, em um padrão estranho, que me fazia imaginar que o chão estava se movendo por alguma razão, levando-nos até o porto. Mal percebi quanto pisamos no chão de pedra, a marca de que havíamos por assim dizer, adentrado nos domínios do Porto Fantasma, e o nome logo se tornava evidente, pela forte sensação de estar sendo observada que me fazia virar a cabeça para os lados, procurando pelos espiões ardilosos que me vigiavam. Era realmente como se houvessem espíritos ali, olhando e estudando cada característica minha com olhos macabros.

A outra possível razão para o nome já estava impressa em sua própria construção, pelo menos ali na borda da cidade havia apenas casas abandonadas e mal acabadas. Parecia que elas eram totalmente vazias, com árvores forçando caminho por tetos e janelas em ruínas, pinturas inacabadas, e muitas das portas e janelas apenas pendiam em suas dobradiças, lançadas ao vento. Outras claramente ainda possuíam proprietários, talvez não totalmente vivos, mas indubitavelmente ainda ávidos por saber o que acontecia no mundo exterior, já que algumas janelas ficavam entreabertas enquanto passávamos pelas residências, os pequenos vigias rapidamente as fechando quanto olhava diretamente para estes, enquanto outros pareciam nos desafiar, aparentemente portando armas e prontos para proteger a sua região, ou mais provavelmente a si mesmo, já que duvidava que aquela fosse uma comunidade lá muito unida.

Logo chegamos a um pequeno desvio de rota, a estrada parecia se dividir em duas trilhas de rumos diferentes, uma seguindo até o porto em si, enquanto a outra parecia seguir até a orla não muito distante da cidade, e se desviar para uma direção que não conseguia enxergar claramente dali, com minha vista que não era das melhores de qualquer forma. Kenji acabou nos levando pela primeira, e eu o segui até o porto, onde adentramos em um velho casebre com vários quartos, aparentemente algum tipo de taverna e/ou pousada, o atendente não pareceu nem um pouco amistoso ao atender-nos na porta, de fato parecia pronto a nós expulsar dali de maneira bem deselegante. Porém foram necessárias apenas algumas palavras de Kenji em segredo para este, e ele recuou um bocado em sua primeira reação, deixando-nos entrar sem mais delongas, enquanto meu mentor completava, agora não mais em sigilo:


— Ovos feitos com carne, pão e vinho. O quarto de sempre.

O homem pegou uma chave que parecia realmente muito antiga e pouco usada e a entregou a meu professor, que subiu então as escadas e me levou pelo corredor até o último quarto deste, abrindo a porta para adentrarmos em nossas acomodações. Era um quarto com realmente muito pouco espaço disponível, ainda mais se comparado ao ambiente no templo que ao menos parecia transpirar algum tipo de conforto, ali havia apenas uma cama, duas cabeceiras e um armário todos velhos e maltratados pelo menos a meu ver.

“Espere, só uma cama? Então alguém terá que dormir no chão, aparentemente.” Foi minha primeira idéia ao reparar no estado do quarto de hotel de terceira linha. Assim que adentramos no quarto Kenji trancou a porta, e avançou até o centro do quarto, de repente pude sentir algum tipo de presença de natureza sobrenatural ser lançada por ele no ambiente, sem necessitar nem ao menos de algum tipo de gesto, preparação ou palavra de natureza oculta.

— Já ouviu falar dos vampiros desta região? Espero que também os mutantes desta raça. São criaturas que, uma vez com ressentimento de alguém, mesmo mortos perseguem seu oponente. Eles conseguem tomar o corpo de alguém para ter sua vingança. Uma vez o corpo tomado, nunca mais eles saem.

Eu já havia, de fato, ouvido algumas histórias sobre tais criaturas de natureza hematófaga, as quais eram quase sempre vinculados poderes de natureza sobrenatural misteriosos, como capacidade de fascinar suas vítimas ou de controlar animais de hábitos noturnos. Mas jamais havia ouvido falar da mutação que Kenji agora mencionava, mesmo já tendo escutado outras tantas lendas folclóricas sobre fantasmas que possuíam os corpos das pessoas, mas quase sempre facilmente expurgados pelo exorcismo, histórias muito difundidas para fortalecer a fé em diversas religiões de fato. Mas algum tipo de espectro de natureza parasita, que tomava permanentemente o controle de um corpo para cumprir seus objetivos era realmente um ser de natureza desconhecida por mim, mesmo que apenas em estórias.

— Somente o fogo os mata realmente, porém que fazer isso enquanto estão hospedados no corpo. Pensando que estes são nossos inimigos e nos conhecimentos que possui, como agir num confronto? Quais magias usar?

– Creio que seja um bom ponto para questionamento. Creio que a forma mais fácil seria atear fogo também ao corpo ocupado, não? – Eu lhe disse, aplicando a questão o mais frio pensamento lógico. Se de fato era impossível repelir a criatura de um corpo ocupado, a solução óbvia era eliminar este juntamente ao alvo, afinal não haveria como recuperar o ser dominado.

— Se tiver alguma magia pode invocá-la contra algo para eu ver sua eficiência.

“Outro teste? Acho que ele apenas deseja saber o que já sou capaz de fazer afinal de contas.” Parei alguns instantes em contemplação, imaginando qual seria a melhor demonstração de como lidaria com uma daquelas criaturas que acabará de descrever, uma vez que este deveria ser o tipo de habilidade que ele aguardava que eu lhe apresentasse. Eu peguei um pequeno giz dentro da minha trouxa, e comecei a rabiscar alguma coisa na palma da minha mão, rapidamente, em seguida eu a estendi em direção a uma das cabeceiras. Eu apenas mexia um pouco na composição dos gases que formavam a atmosfera, seguindo uma trilha fina em direção ao móvel, e então uma chama azulada parecia surgir repentinamente na trilha da minha transmutação, alcançando o móvel e iniciando um pequeno incêndio contra este.

– Isto de fato não é magia, em sua descrição mais profunda e esotérica, eu apenas modifiquei os gases que misturados formam o ar em uma pequena linha até o móvel, para formar uma reação química que projeta aquilo conhecido como fogo fátuo. – Eu lhe expliquei rapidamente, querendo explicar a verdadeira natureza de minha habilidade, aparentemente esta havia sido a razão do mestre me dar atenção, já que o uso de alquimia como aquela devia ser quase totalmente desconhecida na região, a não ser talvez por algum volume avulso que houvesse em sua ampla biblioteca. – Talvez não seja tão impressionante quanto magia, mas é bem mais diversificado. Assim como posso fazer isso posso mudar a forma de uma arma, ou sua composição para torná-la dura como um diamante, talvez até mesmo transmutar grandes quantias de ouro, mesmo que o efeito aquele expirando após algum tempo quase sempre.


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Mensagem por Shaorin Ter Dez 10, 2013 9:54 pm

[ Tudo que solicitou foi aceito, e sim, já esta com 100% de mp por descansar. Não farei perder nada porque é apenas demonstração.]

Kenji observou as ações e velocidade com que Juliet conseguira atear uma pequena quantia de fogo na cabeceira da cama. O que ela fez apenas chamuscou a madeira, pois o objetivo não era queimar o lugar.

Escutou paciente sua explicação, aquiesceu com a maioria do que ela explicara e sorriu.

— Conheço muito bem a alquimia, agora entendi porque fui escolhido. Uso tanto a magia quanto a alquimia, ambas na mesma proporção. — Falou com um sorriso suave e logo continuou.

— Foi como eu disse, queimar o corpo com a criatura é a melhor opção. Agora vou fazer outro teste, sabe algo sobre paralisação?

Como percebeu que Juliet era rápida com a escrita e o giz, caminhou até a cabeceira e pegou um livro e jogou para cima.

— Paralise-o antes de chegar ao chão. — Queria ver sua velocidade com as coisas em movimento e assim que ela conseguisse fazer o objeto flutuar ao paralisar, jogaria um outro em seguida para testar sua velocidade e tempo de duração de sua alquimia.


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Mensagem por Juliet Baskerville Dom Jan 05, 2014 4:12 pm

A minha transmutação transcorria exatamente da forma como havia esperado, nada a mais e nada a menos, deixando o móvel em  que foquei as  chamas apenas levemente queimado. Meu professor acompanhou minha explicação sobre minha alquimia de maneira atenta e calma, enquanto eu tentava ser o mais clara e direta para este. Finalmente, este fez uma declaração sobre o que havia acabado de lhe contar:

— Conheço muito bem a alquimia, agora entendi porque fui escolhido. Uso tanto a magia quanto a alquimia, ambas na mesma proporção.

Aquilo me deixou bem surpresa, e também levemente apreensiva em relação ao meu objetivo ali, que era justamente achar um meio termo entre a teoria científica por trás da alquimia e as fórmulas que eram utilizadas na prática da magia. Se era possível para meu mentor utilizar ambos na mesma proporção, então era possível que este caminho intermediário entre a alquimia e magia já houvesse sido encontrado. Este tipo de pensamento me desencorajava um pouco, e até me sentia levemente frustrada por isto, mas também me fazia ficar um pouco mais encorajada em meus estudos com Kenji, uma vez que ele poderia me mostrar melhor do que ninguém o que eu realmente queria saber.

— Foi como eu disse, queimar o corpo com a criatura é a melhor opção. Agora vou fazer outro teste, sabe algo sobre paralisação?

Ele falou, em concordância a resposta que eu havia dado em relação às criaturas das quais ele comentará anteriormente. Eu porém, sacudia minha cabeça em discordância a questão que ele levantou agora, uma vez que realmente não conhecia muito sobre o assunto. Eu sabia que a paralisação devia se referir ao termo paralisar, ou seja, devia ser algum tipo de encantamento ou técnica para imobilizar um oponente, parando todo movimento de um determinado corpo ou algo similar.

— Paralise-o antes de chegar ao chão.

– Como? – Era a questão que eu rapidamente deixava escapar no instante em  que meu professor atirava um livro no ar. Eu me movia rapidamente, não para paralisar o livro no ar ou algo do gênero, como imaginava ser a ideia dele no momento, mas para apanhá-lo antes de cair no chão com as minhas mãos.

Após ficar um pouco em silêncio, limpando a capa do livro na bainha do meu vestido, coloquei o volume sobre a cama que havia ali e me voltei para meu mentor, dizendo para ele:


– Eu não alcancei um nível de alquimia elevado o suficiente para fazer algo assim, e nem sei se é possível fazer usando alquimia. E também desconheço qualquer magia de verdade, uma vez que apenas agora estou iniciando meus estudos nas artes arcanas.

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Mensagem por Shaorin Sáb Jan 11, 2014 11:03 pm

Ele abriu um sorriso grande de satisfação ao ver o movimento de Juliet. Sabia que se fosse realmente aplicada e quisesse aprender, faria qualquer coisa, e foi o que fez. Observou-a pegar o livro e tirar a poeira, suspirou e olhou para o lado de fora.

— Dê uma olhada na capa.

Quando Juliet virou a capa para olhar o livro, viu seu título "Magia e seus segredos". E o outro estava com as paginas em branco.

— Alguém que mesmo desobedecendo os feitiços pedidos e indo contra seu mestre, fez o possível para salvar o que estava em perigo, merece carregar este livro. É um belo exemplar, vai lembrar dele, foi um dos que transcreveu, porém é o original. Este outro é para você anotar tudo que aprender. Guarde ambos com sua vida, afinal se cair em mãos erradas já era.

Ele fez um círculo no chão e desenhou algumas runas. Pediu os livros e colocou na cabeceira novamente.

— Sente-se e feche os olhos. Terá de confiar em mim. — Assim que os viu fechados, continuou.

— A magia vem de dentro para fora. Por mais que usemos a necromancia,, há um pouco de magia que se soma, mesmo que seja mínima. Então, mesmo que quisermos jogar uma magia em alguém, temos de conhecer nós mesmos. Ela vem de nosso eu mais profundo, por isso, quando iniciamos a magia e conhecemos nosso eu ele e ele não é bom, não há quem o mude.

— Por isso, vamos começar aprendendo quem nós somos. Juliet, agora de olhos fechados, olhe para dentro de si e tente sentir sua magia. No começo é algo morno que vai surgindo, para então esquentar e ir direto para suas veias, para então parar na palma da sua mão e sair. Abra as mãos e deixe uma palma virada para a outra como se segurasse uma bola invisível. Pense em você mesma, em seus objetivos e o que conquistou, aos poucos algo irá se materializar entre suas mãos numa determinada cor, e verá a essência de sua magia e então saberá quem realmente é.

( Juliet, preciso que agora poste algo vindo de dentro da tua personagem. O que sente, e até mesmo se vê algo. Descreva tudo, mas sem exagerar, pode sim dizer que um círculo pequeno apareceu e a cor, que fica a sua escolha. É um post importante pois até a sua personagem pode se conhecer neste momento. Seja criativa. =D )

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Jan 20, 2014 1:52 pm

Fiquei estarrecida diante da reação inesperada de Kenji diante de minha explicação, e principalmente por conta da falha que havia acabado de cometer ao não conseguir executar o comando que este me impôs. Estava acostumada a um sistema de ensino um pouco mais rígido, se fosse Albor ele já teria me atirado alguma coisa na cabeça ou brigado por minha desobediência. Ao invés disto, Kenji sorria com satisfação, como se já esperasse por aquele resultado deste o princípio e não uma demonstração de fraqueza ou ignorância.

— Dê uma olhada na capa.

Eu ainda estava um pouco surpreendida pela reação de Kenji quando fiz o que me pedia e olhei a capa do livro, o título me pareceu familiar e notei que aquele era um dos títulos que havia copiado anteriormente no templo. Eu não havia encontrado muita coisa de significante neste título, assim como nos demais, durante a rápida leitura que pude fazer durante o serviço que executava, mas tinha certeza que uma leitura mais aprofundada poderia me fornecer muita informação a mais. O livro que este havia lançado juntamente a ele, porém, ainda estava com suas páginas em branco e sem qualquer marcação de já ter sido usado, me deixando curiosa pela razão a qual fazia Kenji carregar tal livro com ele.

— Alguém que mesmo desobedecendo os feitiços pedidos e indo contra seu mestre, fez o possível para salvar o que estava em perigo, merece carregar este livro. É um belo exemplar, vai lembrar dele, foi um dos que transcreveu, porém é o original. Este outro é para você anotar tudo que aprender. Guarde ambos com sua vida, afinal se cair em mãos erradas já era.

– Muito obrigada. – Foi o que me limitei a responder a ele enquanto examinava o volume em questão e meu novo diário. Realmente, para mim aquela era uma recompensa deveras inesperada, mesmo que agradável.

Depois de alguns momentos apreciando os meus dois novos livros, notei que Kenji utilizava algo para desenhar um círculo e runas estranhas no chão do quarto. Eu o observava, curiosa para entender seu comportamento repentino, e ao término de sua tarefa este pediu os dois livros para mim, que os entreguei rapidamente, e depois seguiu até o mesmo móvel no qual havia demonstrado minha alquimia anteriormente, deixando-os em cima deste.


— Sente-se e feche os olhos. Terá de confiar em mim.

Disse este para mim rapidamente, aparentemente agora estava planejando algum tipo de exercício de meditação ou algo do gênero. Eu segui suas ordens prontamente, me colocando sentada em posição de lótus no chão e fechando os meus olhos, esperando pelas próximas instruções, que não tardaram a serem feitas.

— A magia vem de dentro para fora. Por mais que usemos a necromancia,, há um pouco de magia que se soma, mesmo que seja mínima. Então, mesmo que quisermos jogar uma magia em alguém, temos de conhecer nós mesmos. Ela vem de nosso eu mais profundo, por isso, quando iniciamos a magia e conhecemos nosso eu ele e ele não é bom, não há quem o mude.

Parecia um conceito bem simples para mim, afinal de contas a magia era basicamente uma prática que usava a energia de um indivíduo para moldar o mundo ao seu redor de acordo com sua vontade. Mas também era um conceito deveras diferente do presente nas artes alquímicas, onde a capacidade de utilizar a transmutação provinha quase que exclusivamente do conhecimento das fórmulas corretas para a execução desta.

— Por isso, vamos começar aprendendo quem nós somos. Juliet, agora de olhos fechados, olhe para dentro de si e tente sentir sua magia. No começo é algo morno que vai surgindo, para então esquentar e ir direto para suas veias, para então parar na palma da sua mão e sair. Abra as mãos e deixe uma palma virada para a outra como se segurasse uma bola invisível. Pense em você mesma, em seus objetivos e o que conquistou, aos poucos algo irá se materializar entre suas mãos numa determinada cor, e verá a essência de sua magia e então saberá quem realmente é.

Já havia ouvido algo do gênero antes, ou mais provavelmente lido tal citação em algum livro, alguma coisa como ‘Conhece-te a ti mesmo’, mas jamais havia dado qualquer tipo de atenção em particular a este. Era um pouco estranho pensar nisto, eu tinha uma curiosidade quase insaciável e um desejo abrasador de conhecer o máximo que pudesse sobre cada coisa existente nunca houvesse sentido o impulso de tentar conhecer um pouco melhor a si mesma. Talvez por sempre acreditar que não havia muito o que descobrir, era o que era e jamais se questionou a razão de ser assim.

Ela colocava as palmas das mãos juntas, e começava a separar as duas, até ficarem a mais ou menos dez centímetros uma da outra. Ela tentava se concentrar da melhor forma possível naquele ponto, o que era dificultado por conta da ordem secundária dada por Kenji a ela, a de tentar encontrar a fonte de seu poder arcano em seu interior. Tinha que me concentrar o máximo possível em mim, tentando achar algum tipo de energia no meu interior que poderia aplicar ali, mas era um pouco difícil.

Ela tentava imaginar a energia, visualizar esta como sempre havia visualizado durante a prática da alquimia, uma fonte básica de energia brilhante focalizada em sua cabeça, e de lá passando por ramificações espalhando-se por todo o restante do corpo, enquanto se concentrava nas palmas das mãos. A medida que o trabalho prosseguia, no entanto, eu sentia uma estranha sensação de inquietude se espalhando pelo meu corpo. Imagens começavam a aflorar em meus pensamentos, como flashes de coisas do meu passado totalmente desorganizadas, a respiração trôpega e os músculos tensos enquanto corria por entre a selva cerrada atrás de uma presa.

Ainda recordava das sensações desta época, não era como se fossem tempos felizes ou puros, eram apenas momentos de ignorância. Era uma época na qual não existia nada além da sobrevivência, ela não lutava para alcançar algum tipo de propósito ou razão específica. Tudo era mais simples e direto nestes tempos, sem preocupação com o porquê de cada coisa ser como era ou compreender emoções estranhas e desconexas. E agora podia sentir mais evidentemente esta parte minha, a parte que tinha que manter sob controle, não porque iria tentar atacar e destruir tudo ao seu redor, mas simplesmente por não querer abandonar o que adquire com a razão.

Eu agora era capaz de distinguir as coisas, de questionar a razão por trás destas e de seguir um propósito, ter um objetivo que me guiasse. Eu tinha que manter aquilo sob controle, isolar isto bem fundo. No entanto, quanto mais esforço eu fazia para tentar focar a energia que eu visualizava correndo através do meu corpo mais parecia exigir esforço garantir que não acabasse sucumbindo a pressão da parte mais incivilizada da minha mente.

Mesmo com o esforço descomunal que este simples ato tomava de mim, eu finalmente conseguia fazer alguma coisa se formar entre minhas mãos. Uma pequena, quase ínfima, esfera de energia pulsante de coloração cinza. Eu conseguia a fazer crescer um pouco de tamanho, mas de repente a barragem caía e um pouco do meu outro eu saía rapidamente. A energia se dissipava completamente no momento em que esquecia totalmente de canalizar e controlar esta, e me voltava completamente para conter o resto da minha personalidade, prendendo bem a tempo de impedir que ela conseguisse controle de alguma coisa.


– Me desculpe. – Falei para Kenji, enquanto tomava um pouco de ar. Não estava realmente cansada, mas ainda sentia um pouco de desgaste na minha mente – Acho que no momento não conseguiria fazer algo muito melhor.

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Mensagem por Shaorin Seg Fev 17, 2014 10:51 pm

Demorou mas apareceu uma espera acinzentada e Kenji sorriu de canto aproveitando para se aproximar no momento em que a esfera aumentou e sumiu. Quando Juliet abriu os olhos deparou-se com ele a observando serio e fixo.

— Não esperava que conseguisse agora, mas só de conseguir fazer o círculo expandir já prova que tem o dom. Vamos melhorá-la a partir de agora. — Olhou para fora e viu que o céu estava começando a escurecer. Tirou do bolso um pedaço de chocolate e entregou a garota. — Coma, vai te tirar esta tontura e matará sua fome por enquanto. Já está na hora, quando voltarmos daremos início, mas por enquanto apenas observe para aprender algo.

Ajudou a se levantar e ajeitou seu casado e deu um suspiro. — Hoje iremos tentar apenas conversar, mas se não der, então teremos de dar trabalho. Espero que saiba lutar. — E sorriu de canto.

Kenji pediu que Juliet deixasse suas coisas no quarto, afinal precisariam usar as mãos. Saíram pela porta e deu uma olhada para o taberneiro, que aquiesceu como se desejasse sorte.

Ao saírem pela porta se depararam com uma cidade fantasma. Não tinha sentido tão forte a presença de criaturas malignas como agora, chegava a quase arrepiar pelos da nuca. Não havia nenhuma janela ou porta aberta, as velas estavam apagadas para ninguém saber se existia alguém nas casas. Ele refez o caminho de volta até aquela bifurcação.
Da última vez que a viram era um caminho que provavelmente não existia moradores, mas agora via uma luz forte vinda daquela curva e as árvores tinham diminuído pela metade. Algo estava diferente, e dali vinha uma sensação muito ruim e um cheiro de morte.

Kenji começou a andar pela rua pisando com cuidado no paralelepípedo como se a qualquer momento fosse cair numa armadilha. Chegaram à primeira curva e Juliet viu uma segunda rua de terra e pedra com uma mansão no final do lado esquerdo; do outro havia apenas mato e algumas árvores, o que mostrava que algum caminho por entre a mata começava ali.  

Enquanto passavam pela rua em direção à mansão, Juliet teve a impressão de que um par de olhos a observava, mas ao olhar para o lado viu uma bela mulher ruiva, branca de olhos verdes e profundos, que olhava direto para ela com um sorriso no rosto exibindo um belo par de dentes pontiagudos, era uma vampira. Mas infelizmente, ao olhar uma segunda vez para ter certeza do que vira, ela não estava mais ali.

Então chegaram à mansão e Kenji bateu à porta. Ela logo se abriu e, para a surpresa de Juliet, era a mulher que vira a pouco. Seu mestre não demonstrou nada, talvez porque não tenha visto ela minutos atrás.

— em que posso ajuda-los? — E sorriu. Ela não tinha mais os dentes pontiagudos, era uma simples humana.

— Boa noite, queria algumas informações sobre as mortes que estão ocorrendo por estas bandas, mas aqui foi única casa que nos atendeu...Meu nome é Frederick e o de minha companheira é Carla. Podemos entrar? A senhora sabe de algo?

— Fiquei sabendo de alguns rumores, não sei se serei útil ao senhor...Não querem entrar e tomar algo e quem sabe, pela hora, até passarem a noite? — Kenji abriu um sorriso de canto e entrou, passando pela mulher e já observando a casa. Quando Juliet passou, ela tinha plena atenção da mulher, que não tirava os olhos dos seus, que chegaram a brilhar em outro tom.

A mansão era bonita, espaçosa com vários corredores e um andar em cima onde ficariam os quartos. Quadros nas paredes bem feito com pinturas da época de várias pessoas que possivelmente moraram ali, móveis antigos de madeira pura estavam completando o belo lugar.  A mulher conduziu-os para uma segunda porta onde era a biblioteca. Era simplesmente gigantesca, de várias fileiras de estantes com livros, além de mesas compridas e um cantinho onde havia quatro poltronas e uma mesa de centro com bebidas.

A mulher se sentou primeiro, servindo-os em seguida com licor e ajeitou-se, pedindo que se sentassem. Kenji sentou onde ele pudesse observá-la melhor.

— O meu nome é Jasmini, prazer. — Apresentou-se, tomando um pouco do licor. — soubemos que algumas pessoas foram mortas, inclusive daqui da nossa casa, mas soube que tivemos algumas visitas estranhas ultimamente...

— Não conhece a raça?

—Não, infelizmente. Estamos esperando justiça até hoje, afinal somos uma vila indefesa por ser afastada de Takaras...Mesmo assim, que tipo de trabalho vocês fazem? — Perguntou a moça, dando mais atenção no que fariam ali, especulando.

— Estamos colhendo informações para nosso chefe. — Mentiu. — Ele trará tropas para vasculhar o que está havendo e acabar com tudo. Sendo assim...Percebi que há uma trilha do outro lado da rua, podemos conferir amanhã cedo?

— Não! Magina...Aquela trilha é perto de um abismo, garanto que não há nada de diferente lá, afinal usamos todos os dias para jogarmos restos de comida e outros...— Ela tentou esconder seu desespero mas não conseguiu, mas em resposta, Kenji não esboçou nada, nem um sorriso.

— Bom, se é assim então...É inútil chamarmos as tropas para cá, afinal aqui nesta rua não tem nada além da tua casa, certo?
A mulher abriu um sorriso satisfeito e olhou para Juliet. Kenji percebeu e tentou abrir a boca, mas a voz de Jasmini saiu primeiro:

—Qual a sua parte neste serviço, senhorita ...Carla, não é? Não é muito jovem, e bem jovem por sinal...Para este tipo de trabalho? Que alias, nem sei qual é sua parte nisso. — Jasmini claramente não quis a resposta de Kenji, queria ouvir da boca de Juliet, e ele sabia que se falasse no lugar dela deixaria claro que estariam mentindo, isso se ela já não percebeu qual era a deles naquele lugar, como ele descobriu a parte dela em tudo isso, que por sinal era total. Esperava que a garota soubesse o que responder e desse um baile na mulher.

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Mar 17, 2014 2:36 am


Aparentemente Kenji não era tão exigente como muitos de meus mentores anteriores, ou como eu mesma estava habituada a ser comigo. Para mim aquela tentativa não havia sido nem de longe um sucesso, apenas havia servido para deixar evidente que não possuía controle suficiente sobre minha energia arcana. Mas por certo ângulo, já era esperado que alguém que não havia tido qualquer experiência anterior com magia apresenta-se certa dificuldade em seu aprendizado. Mesmo assim, o pensamento de que era uma mera iniciante sem qualquer tipo de talento particular aparente, ou pelo menos assim parecia evidente para mim mesma, era algo que me irritava.

Imersa em tais pensamentos, eu engolia apressadamente o chocolate, mal parando para apreciar muito o sabor deste. Aparentemente logo sairiam para ir a algum lugar, para resolver o assunto do templo que havia levado os dois até aquele local, e pelo que meu novo professor dizia poderia acabar sendo um passeio levemente arriscado, mesmo que pedisse para deixar minha arma para trás. Não que isso fosse um problema, para alguém com maestria com alquimia criar uma arma a partir de um pedaço de madeira é algo simples. Além disso, parecia ser o tipo de tarefa que exigia descrição, e eles dariam na vista carregando armas, ou ao menos assim imaginava mesmo com aquele lugar não parecendo o tipo de lugar onde os habitantes evitariam sair nas ruas carregando armas para se proteger.

Assim que deixamos o nosso hotel, senti uma presença maligna muito forte, ao menos muito superior à sensação que o lugar havia me dado quando passei ali mais cedo. As ruas ainda estavam desertas, com as casas completamente fechadas e sem luzes acessas para dar a sensação de estarem totalmente vazias. “Não é que o lugar esteja expelindo uma aura maligna mais intensa, é que eu estou mais sensível a esta presença agora. Parece que mesmo a capacidade de tornar evidente até uma quantidade ínfima de magia já é o bastante para tornar alguém mais perceptivo a auras.”

Nós seguimos de volta a bifurcação, na mesma estrada que havíamos seguido até nosso alojamento naquela pequena cidade. Depois, pegamos a via que havíamos evitado anteriormente. Como o esperado, estava deserta, e suas cercanias não pareciam ter recebido qualquer tipo de cuidado por parte de seus habitantes. Logo, vi em direção a que prédio íamos, uma velha mansão próxima a um monte de mato, provavelmente um lugar que serviria de morada para lobisomens e outros seres selvagens da região, quem sabe.

Eu me abraçava, e esfregava minhas mãos em meus braços, como se estivesse sentindo frio, mas na verdade apenas tentava instintivamente afastar o forte calafrio que parecia correr sem pausas pela minha espinha. Ao voltar meus olhos para o lado, sentindo uma sensação de ser observada apenas levemente mais intensa do que a que tive até o momento, percebi uma mulher alta, ruiva e bem atraente, cuja característica mais evidente era os seus caninos protuberantes. Eu pisquei meus olhos por um segundo, e a figura altiva simplesmente desapareceu. “Vampiros!? Devem ser uma visão comum neste local, então é melhor não irritar Kenji com algo sem importância no momento. Mas depois é sempre bom aproveitar nosso descanso para questiona-lo apenas um pouco sobre estes seres.”

Minha curiosidade estava tomando conta do meu ser novamente quando Kenji bateu na porta da casa. Eu estava preparada para praticamente qualquer tipo de anfitrião ou anfitriã, menos a que abriu as portas da residência para nós dois. Era a mesma mulher que havia visto alguns momentos atrás naquele canto escuro da beira da estrada. Eu rapidamente ocultei minha surpresa, me restringindo a desviar o olhar enquanto meu mestre nos apresentava, aparentemente já havia se preparado para contar aquela mentira no mínimo durante nossa curta viagem até ali.

As apresentações foram rápidas, e logo adentramos a mansão, enquanto a contragosto eu acabava sendo alvo da atenção total de nossa anfitriã. Eu me restringia a desviar o olhar dela, olhando para o chão ou para os detalhes arquitetônicos, que pareciam manter o nível de requinte que parecia comum a todos os seres com proximidade a morte naquela região. Aparentemente, ter uma longevidade quase inacabável poderia desenvolver certo efeito amplificado em relação ao desejo por ambientes opulentos e decoração com luxo exagerado.

A biblioteca em si era a parte mais impressionante, pelo menos para mim com minha paixão exagerada pelas obras escritas. Foi difícil devolver minha atenção a conversa dos dois, enquanto passava o olhar pelos livros do local, imaginando o que uma criatura da noite poderia desejar ter em sua coleção particular. Mas consegui ouvir o bastante para entender duas coisas básicas: estávamos investigando alguma coisa em relação a pessoas sendo assassinadas naquele lugar, e a dama estava claramente mentindo, no mínimo sobre sua espécie.

“Provavelmente, seja lá quem foram às pessoas assassinadas, pelo menos uma delas devia ter alguma relação com o templo. Afinal não acho que eles façam trabalhos caridosos garantindo a segurança pública, e se fizessem isso não teriam tempo para a magia em si.” Eu pensava comigo mesma, pouco antes da mulher se voltar para mim, que aparentemente havia sido a pessoa mais importante a adentrar o local em sua opinião. Ou fosse apenas por ter reparado que havia a percebido mais cedo e esperava pelo momento em que eu deixaria Kenji saber sobre sua verdadeira natureza.


—Qual a sua parte neste serviço, senhorita ...Carla, não é? Não é muito jovem, e bem jovem por sinal...Para este tipo de trabalho? Que alias, nem sei qual é sua parte nisso.

Parecia que Kenji queria prosseguir com aquela história toda, sem dúvida ele não cairia tão fácil na lábia da mulher. Provavelmente estava ali só para colher informação, e preferia evitar deixar claras suas intenções ou suspeitas diante da provavel culpada.

- Bem, eu sou apenas... uma aprendiz. Kenji me trouxe aqui apenas para me mostrar como são as coisas no campo, na ativa sabe. Até o momento estou realmente muito hesitada com tudo isto, mas também um pouco assustada com a situação. Espero que tudo termine logo e da maneira mais... certa possível para todos os envolvidos, não é mesmo?

Eu dizia, com um sorrisso de canto de rosto, fingindo que não tinha qualquer tipo de suspeita dela. Para mim, era fácil mentir, não costumava fazer isso muito, mas muito tempo na natureza me fez um pouco insensível para a tão mal afamada culpa ou tiques humanos. Apenas eram palavras, e eu podia dizer tudo que queria, só tinha que tomar cuidado para que minhas palavras viessem juntamente da expressão facial correta, é claro.


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Mensagem por Shaorin Dom Mar 23, 2014 3:02 pm

Jasmini deu um sorriso com a resposta de Juliet, pensou em responder alguma coisa, mas Kenji foi mais rápido e continuou o assunto.

— Bom, o que interessa é que precisamos de informações mais concretas de informações mais concretas, se nos deixar dar uma olhada nas redondezas nós — E foi cortado por Juliet.

— Não será necessário. — Disse de repente com raiva na voz, mas mudou no mesmo instante para um sorriso adorável. — Tomamos todas medidas necessárias sobre isso, não será preciso tais medidas.

Kenji olhava-a fixo e Jasmini percebeu e sorriu. Ele não retribuiu e então continuou.

— Bem, se é assim...— Falou, claramente desconfiado. — Daremos uma volta pela cidade para resgatar mais informações, por favor nos avise de qualquer coisa.

Jasmini abriu um sorriso caloroso e Kenji se levantou e apertou a mão dela com demasiada força. Caminharam até a porta e se despediram e antes dela fechar a porta deu uma boa olhada nos olhos de Juliet, com um sorriso esperto.

Uma vez lá fora, fora do alcance dos ouvidos de Jasmini, bufou com raiva. — Mas que falsa! — Bateu a mão fechada na aberta — Mentiu na nossa cara e acha que nos convence? Oh céus!

Kenji não estava voltando pelo único caminho que tinha, estava indo exatamente por onde não poderiam ir. Nesta parte as árvores eram mais antigas e delas saía sua seiva na cor vermelha, e se olhassem mais de perto veriam que era sangue. Haviam vários buracos no chão e ocas com luzes fracas dentro, um cheiro forte de enxofre. Haviam também buracos espalhados pelo chão. Dali vinha uma sensação estranha como se houvesse algo ruim ali dentro.

— E agora como procederia, Juliet?

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Abr 07, 2014 12:35 am


Apenas ao nos retirarmos, após dialogar mais um pouco com a nossa anfitriã tão ‘carismática’, foi que Kenji deixou escapar um pouco da sua frustração e da sua impressão verdadeira sobre ela. Não pude discordar dele de maneira alguma, mesmo sem saber exatamente a razão de nos envolvermos naquilo. Não imaginava o templo tão sombrio como era, e com o diretor que possuía, se importando com uma onda de crimes e capturar uma vampira por trás desses.

Havia algo a mais ali, talvez um teste para a nova estudante, um modo de deixar a nós dois afastados do templo talvez, ou apenas uma possível troca de favores, mas sem dúvida não era pela segurança pública. Seguimos por fora da trilha principal, entremeio as árvores que ali brotavam, a maioria aparentando ser bem antigas, e algumas com o que eu podia até mesmo farejar como sangue seco, misturado com o forte cheiro de decomposição e enxofre no ar.

Nenhum humano poderia odiar aquele lugar como eu, não era apenas a visão dele que era tenebrosa, o mundo dos odores ali era horrível, eu podia sentir o cheiro de cada coisa no ar, e isso me empesteava. Havia buracos no chão, que eu sabia instintivamente que não continham nada de bom, e algumas ocas com luzes acessas ali e aqui. Não era um lugar bom.


— E agora como procederia, Juliet?

A questão me intrigou. Ele realmente queria me questionar, pedir a minha opinião em relação ao assunto? Era difícil se concluir porque o mentor buscaria a impressão da sua discípula, ainda mais uma que entendia tão pouco das entidades sobrenaturais que eram presentes de forma evidente neste caso.

- Bem, ela sem dúvida não é humana. Eu a vi no beco na trilha antes, tinha presas compridas e tudo mais. E ainda sumiu e chegou a mansão extremamente rápido. Além disso, este lugar está impregnado com um odor de corpos se decompondo e sangue, o primeiro é comum em pântanos, mas o segundo não é agradável nem natural. Eu diria que é uma vampira... neste caso eu realmente não sei muito do assunto. Vampiros são vulneráveis a luz do sol, que sem dúvida não podemos usar, prata e fogo, certo? Poderiamos tentar montar uma armadilha para ela, ela pareceu se interessar bastante por mim. Mas primeiro... Por que estamos aqui? Qual o assunto que estamos tratando aqui, e qual a razão de terem nos encarregado disto?


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Mensagem por Shaorin Sáb Abr 19, 2014 12:34 am

Kenji parou de andar perto de uma das árvores e deu atenção demorada ao corpo de Juliet até deixá-la incomodada. Suspirou.

— Realmente não sei o que ela quer com você, mas podemos tirar proveito disso. Esta moça andou pegando coisas especiais do templo e nunca recuperamos. É claro que ela merece ser punida, tanto que uma das coisas pertence a mim mas ela não sabe. Acabaremos com seu plano principal que é ressuscitar seu "Deus" e sumiremos daqui. Provavelmente ela te quer como sacrifício, e podemos oferecer isso a ela em troca do que queremos.

— Você em meio a isto aprenderá mais sobre magia e ensinamentos básicos de criaturas mágicas, assim como estas e outras que temos aqui. Ferro não faz mal à elas, porém uma boa dose de encantamento que as paralise para podermos acertar seus corações ou arrancar suas cabeças funciona. Observando você conseguirá aprender muita coisa e até aprender alguma magia. Então preciso que seja uma isca para ela já que se interessou por você, enquanto vistorio o local. Espero que tenha um espelho em sua bolsa, deixe-o perto de você, nos comunicaremos por ele. Diga alguma desculpa frisando que estou pelas casas à procura de pistas. Mas cuidado com ela, estes tipos de criaturas são muito inteligentes e sensuais.

A última frase talvez tenha sido para si mesmo, mas vá saber, qualquer coisa pode acontecer uma vez separados. — Alguma pergunta?




{ Se Juliet tiver alguma pergunta para fazer, pode postá-la ao mesmo tempo que posta sua separação dele e age com a vampira. Ou também ela pode simplesmente perguntar tudo que precisa e esperar que eu responda, para que a ação com a vampira fique para um segundo post, bem, você que sabe, hehe...}

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Mensagem por Juliet Baskerville Qua maio 21, 2014 9:22 am


Eu acenei minha cabeça, em concordância com a ideia de meu professor. A vampira pelo jeito realmente havia se interessado por mim, eu não conseguia deixar de imaginar o porquê. Talvez gostasse de petiscos mais raros, e sem dúvida uma meio-feral proveniente de fora da ilha sem dúvida era algo bem exótico. Claro, o pensamento de servir como isca para uma predadora sobre a qual possuía tão pouca informação não era nem de longe agradável, mas não podia sentir certa excitação em relação a ideia de aprender um pouco mais com esta experiência.

- Muito bem, não me parece um problema tão grande. Pelo menos acho que ela já deve ter jantado. – Falei para meu professor, dando a volta e começando a me direcionar para a mansão, parando no meio do caminho e me virando para ele de novo. – Não que alguém esteja contando, mas eu realmente espero ser compensada por servir de isca aqui.

Depois eu prosseguia em meu caminho de volta para a mansão da sugadora de sangue, e enquanto o fazia repassava mentalmente qualquer coisa que soubesse sobre vampiros. De fato, eu possuía conhecimento nulo no assunto, eu sabia que não gostavam de luz sol, fogo, alho, madeira e água benta, mas era pouco provável que tudo isto realmente funcionasse. Na pior das hipóteses teria que testar todas as possibilidades antes de achar uma que realmente fosse efetiva.

Quando eu finalmente chegasse a mansão, eu bateria na porta e esperaria para ser atendida pela proprietária. Enquanto esperasse para ser atendida, iria vasculhar com meus olhos o ambiente, pensando como servir como isca para uma predadora que se alimentava de sangue poderia me ajudar a aprender a usar algum tipo de magia. Ao ser atendida, me apressaria para colocar um sorriso no meu rosto e falar para minha anfitriã:

- Boa noite, eu acho. É difícil se dizer por aqui não é? Meu companheiro disse que teria outros assuntos pessoais para lidar, e meio que me deixou sozinha por aqui. Você foi tão agradável quanto nos recebeu, gostaria de saber se poderia esperar um momento por ele aqui contigo.


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Mensagem por Shaorin Seg maio 26, 2014 9:49 am


Kenji tinha dispensado Juliet do resto da tarefa que era mais suja para fazer algo melhor como sondar aquela vampira, mas o que ela não esperava era que o seu lado da história que seria ruimal. A garota não sabia nada sobre magia, mas quando aproximou da casa e bateu na porta, sentiu aquele mesmo calor crescente que sentira quando fizera o teste.

A casa não estava mais iluminada e quando bateu na porta ela se abriu sozinha. Ao olhar para dentro viu que tudo estava em ruínas. Os móveis uma vez limpos e sem pó davam lugar à quebrados e cheios de cupim. O mesmo valia para as janelas e tapetes, era como se nunca tivesse estado ali. Como tinha aberto bem a porta um feche de luz iluminou-a até uma boa parte da casa para que ela conseguisse entrar, como os andares de cima e aquela biblioteca em que estivera estava escura, seus olhos demoraram um pouco mais para se acostumar. Ninguem a recebeu quando sua voz se propagou pela casa como um eco, e isso foi incômodo. Agora sentia ainda mais que algo a observava mas não sabia o que era.

Caminhando até a biblioteca, viu que metade dos livros e poltronas nunca existiram, teriam caído numa ilusão tão perfeita? E se não, como Kenji pôde manda-la para la sozinha? Um barulho vindo de tras chamou sua atenção fazendo seu coração disparar. Um cheiro de enxofre surgiu de repente e outro barulho surgiu, assim como a voz feminina e selvagem.

- Sabia que voltaria, mas que não seria tão tola de estar sozinha.

Assim que Juliet virasse para olhar quem falava, viu aquela vampira numa forma muito diferente. Sua forma real. Seu rosto era mais comprido e seus olhos mais estreitos num tom vermelho-vivo; seus cabelos, perfeitamente penteados dava lugar a um longo e opaco completamente liso. Suas orelhas pontiagudas e sua boca grande que se abria muito como se o maxilar estivesse quebrado, exibindo uma lingua longa e pontuda. Não vestia nada, pelo contrario, sua pele estava à mostra e era cinza como se fosse um macacão que revestia o corpo inteiro. Ela tinha asas, grandes e largas, que mantinham-se semi abertas nas costas. Suas pernas eram longas como e seus pés imitavam o de um dragão. Era uma coisa horrível de se olhar. Ela por sua vez não parecia incomodada com isso, parecia estar mais confiante e confortável.

Deu um passo para o lado direito e começou a contornar Juliet num círculo.  Quando abriu a boca para dizer mais alguma coisa, ouviu-se um grito estridente feminino- selvagem seguida de uma explosão. Ela olhou rapidamente na direção direita onde fica a saída sem virar a cabeça. Sorriu.

- Então acham que poderiam vir aqui bisbilhotar e sair numa boa? IDIOTAS! - Vociferou, deixando saliva voar de sua boca. Estava brava e irada com a situação, a explosão provavelmente era da parte de Kenji e ele devia estar matando todos sem que conseguissem se defender. Os olhos dela passaram do vermelho para um totalmente branco, que aos poucos tomou lugar à um totalmente preto. Era incômodo olhar diretamente.  

- Isso vai acabar rápido que não sentirá muita dor. Heh...  

Então ela começou a se aproximar, Juliet sentiu uma força invisível apoderar-se de seu corpo a deixando imóvel, enquanto a vampira abria a boca num tamanho desumano e colocava a língua o ara fora com as garras em riste. Dando uma busca rapida pelos destroços, ela via uma porta semi-aberta à sua esquerda, que daria para uma espécie de calabouço. Mas seu corpo não conseguia reagir pela magia exercida pela vampira, o que dificultava todo o processo. Porém sentia aquela força vindo de seu coração e Juliet sabia que se usasse mais sua concentração poderia livrar-se da magia e escapar, e essa era uma coisa da qual a criatura não tinha conhecimento. Outro grito estridente veio do lado de fora seguido por uma risada masculina. Ela gritou de raiva e uma mancha avermelhada surgiu em seu braço que ela não deu atenção.  

Quanto mais eram os gritos, mais manchas apareciam. Lá fora estava a marca a destruição, enquanto dentro das ruinas da casa talvez uma única morte aconteceria. Juliet não tinha Kenji para lhe ajudar, mas antes dele chegar em sua vida ela sabia se vira muito bem. Aquela energia em seu coração começou a ir direto para as mãos, sentiu-as quentes como fogo.

Uma visão geral do cômodo: madeiras quebradas e pontiagudas espalhadas por todo lugar, vidro estilhaçado, papéis e tinta no chão misturados ao sangue. Pedaços de metal e ossos. Havia mais ao fundo e perto das portas dois esqueletos com espadas nas mãos.
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Mensagem por Yisha Ter Jun 03, 2014 12:27 pm

Dias antes



Yisha caminhava aos arredores da cidade de Hilydrus a alguns dias, quando caminhando em um pequeno vilarejo quando se viu distraído com uma conversa que ouvia entre dois homens suspeitos que caminhavam frente a ele — Você ficou sabendo ? Me falaram sobre um tesouro perdido em Takaras! — Falou o homem da esquerda, não era possível ver bem, porém o mesmo aparentava ser um orc, vestido uma grande túnica preta, sendo um homem alto e forte. O mesmo parecia animado com tal possibilidade e acabou por falar mais alto, enquanto cochichava com seu amigo, um humano simples e com belas roupas que tratou logo de responder tentando fazer o mesmo parar de falar sobre o suposto tesouro. — Ah deixe disso! Provavelmente é só mais uma farsa para atrair a quem roubar naquela cidade amaldiçoada. — Algo parecia irritar a esse, certamente ele teria boas historias para contar sobre a cidade maldita, porém Yisha não se deu muito de falar algo, apenas ficou a observar e escutar atentamente a conversa, o vilarejo era tranquilo então não era difícil ouvir bem o que eles diziam, mesmo que fizessem isso baixo, com o tempo a conversa foi desenrolando, mesmo com a aparente vontade de não falar sobre isso.
Eu não sei não, isso me parece bem interessante, pode ser que realmente haja uma grande riqueza lá no Porto de Rasgapele, algo para nos tirar dessa.
De maneira alguma, esqueça isso e esses malditos, ninguém pode saber o porque estamos aqui. — Tal conversa chamou bastante a atenção de Yisha, infelizmente para ele, os dois homens pararam de andar, e para não levantar suspeita o mesmo continuou andando, não se importando muito, ele já sabia por onde começar a procurar, decidiu seguir viagem para Takaras, fazendo pausas e se alimentando pelo caminho.

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E aqui estamos! O que será que me espera... — Disse aliviado ao chegar ao porto, o local era totalmente novo para o mesmo, e se viu repleto de surpresa, o local todo parecia como um enorme cemitério, com um ar mais pesado e centenas de embarcações afundadas, caminhos e casebres se abriam em meio aos escombro, dificilmente era possível deduzir o que havia por ali, as poucas informações que o jovem tinha, foram as obtidas pelo caminho, o mesmo já previa um possível golpe, então para não se arriscar de mais, procurou saber por algo mais famoso no local, como uma estalagem ou loja, e soube de uma boa loja de armas, decidiu então ir para lá. O caminho certamente era assombroso, não deveria sequer pensar em confiar naquilo, mesmo não temendo, tratou de apressar o passo e achar logo a tal loja. Pouco tempo depois se deparou de fato com a loja, era obvio pelas descrições dadas, dois navios chocados de frente, e uma loja construída entre seus restos, Yisha bateu palmas em frente a porta para se certificar que a mesma estava aberta de disse de forma alta e clara:

Olá!

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Mensagem por Shaorin Qui Jun 12, 2014 9:49 am

Aquele dia era como um qualquer e Yisha via isso ao passar pelas ruas até chegar na loja para pedir alguma pista sobre o lugar o tesouro. Comoele já devia esperar não seria fácil encontrar isso por estas bandas muito menos alguém de confiança para contar. Mesmo assim alguma informação mesmo que pouca ainda é válida.

Ao chegar na loja deparou-se com ela entreaberta. Quando chamou ouviu passos pesados na direção da porta que terminou de abri-la. Era um Gnomo velho carrancudo que cheirava à ervas finas. Ele olhou para Yisha por cima dos óculos e deixou-o entrar depois de uma demorada analise se valeria a pena ou não atendê-lo.

- Entre, no que posso ajuda-lo? - Falou o Gnomo com a voz carregada de desconfiança.

Por dentro a loja de armas não era um segredo nem novidade. A única diferença eram os tipos de armas. Machados, espadas, facas, canivetes, lanças, arcos entre outros eram o que mais tinha na loja. Até as armas mais mirabolantes tinha. Algumas delas estavam até dentro de tubos de vidro e mantinham-se flutuando em sua própria magia, o que era deslumbrante de se ver. A loja estava pouco iluminada e o brilho de diversas armas juntavam-se num show se cores no teto e nos outros vidros.

Algumas pedras estavam dispostas no balcao de vidro e brilhavam na mesma cor que algumas espadas. Algumas eram desconhecidas por Yisha, porém outras ainda familiares como o diamante ou cristal. Isso mostrava que ele era um mago como sua raça é honrada em ser e juntava o útil ao agradável. Com certeza conseguir uma joia daquelas numa arma não seria fácil.

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Jun 16, 2014 12:49 am


Aparentemente, apenas me restava continuar com a tarefa que me havia sido outorgada pelo meu mentor. Ao chegar a mansão e bater no portão desta, esperando ser atendida, eu começava a sentir algo bem familiar, um calor que parecia se formar dentro do meu corpo. Eu podia me lembrar desta sensação de quando fiz o exercício de Kenji mais cedo no hotel. A porta da casa se abriu por conta própria pela força da minha batida, dando acesso a um lugar que esparsamente me relembrava da mansão cheia de ostentação que havia ali a menos de algumas horas atrás. Enquanto andava pela casa, agora parecendo uma velha mansão abandonada e arruinada há séculos, eu tinha a sensação de ser observada, mas não podia ver quem poderia estar me vigiando. Eu segui até a sala onde eu e Kenji havíamos sido recepcionados antes, agora estava completamente vazia e com as estantes contendo apenas poeira. O lugar que havíamos encontrado antes era algum tipo de ilusão, ou de algum modo a versão que visitáramos antes era um reflexo do passado mais rico desta residência.

Enquanto teorias passavam por minha mente sobre o que aquele lugar realmente era e qual a razão para tanto eu como Kenji havíamos sido ludibriados, ao menos imaginava que ele havia ou eu teria uma boa razão para me irritar com ele ao reencontra-lo. Foi quanto uma voz emergiu por trás de mim, e ao me virar pude encarar uma figura realmente amedrontadora. A figura agora totalmente deformada de minha anfitriã se encontrava ali parada, me encarando. Eu fiquei imobilizada diante da visão amedrontadora que se encontrava diante de mim, e a via contornar-me enquanto salivava pesadamente. Eu podia ouvir um barulho alto ao longe, aparentemente meu mestre já havia começado a agir por conta própria e me deixava para lidar com o principalmente problema em seu plano. O cheiro de enxofre ali era incômodo, e eu sabia que agora não devia ficar imobilizada, ela era uma predadora faminta e irritada com a invasão de seu território, eu apenas teria a chance de ataca-la enquanto prestasse mais atenção na incursão de Kenji do que na minha inofensiva presença.

Mas antes que pudesse tentar tomar qualquer tipo de atitude, eu senti meus músculos enrijecerem, não era como se meus nervos tivessem se imobilizado, era como se uma mão me envolvesse, o ar ao redor se tornasse sólido. Eu podia respirar, e meu coração batia normalmente, eu podia mover meus olhos para verificar como era o ambiente que me rodeava, e podia ver uma possível saída do lado esquerdo. Tentava me concentrar, esvaziar a mente, tentar me concentrar na sensação de calor e de poder que se acumulava dentro de mim, mas os gritos ao longe dificultavam isto, mesmo eu percebendo que a cada grito a vampira parecia se enfraquecer e até mesmo se ferir, mas principalmente se irritar mais e mais.

Eu me concentrava, tentava limpar minha mente, fazer o ambiente ao meu redor desaparecer e focar naquela energia. Fechava meus olhos e tentava não visualizar, mas sentir o odor, meu olfato sempre havia sido muito mais forte do que minha visão, ele era o que realmente poderia cortar minha percepção. Focava em recordar o aromo presente nas caçadas, enquanto corria em meio as selvas do meu passado, a tensão da luta pela sobrevivência. Imaginava água, uma piscina em uma caverna totalmente escura onde uma única goteira pingava repetidamente, eu tentava me focar naquilo, e então controlar a energia crescente em mim, focalizar ela na vampira. Visualizar a energia cinzenta, como a esfera de antes, mas agora dentro de mim, no meu estômago e tentar fazer esta se expandir e retrair e esticar-se em direção a minha antagonista. Não sabia se poderia a vencer, mas ao menos obter a chance de fugir de sua presença e do efeito de sua magia.


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Mensagem por Shaorin Qua Jun 18, 2014 6:44 am

Quando decidimos aprender magia a mesma regra é válida para quando aprendemos uma nova lingua. Quando se aprende a falar algumas poucas palavras não devemos jogá-las ao vento com medo de errar. O mesmo vale para a magia e para pessoas que têm medo de errar. No entanto exiatem pessoas que soltam estas palavras para praticar e assim acostumarem-se com o novo idioma, isso vale o mesmo para a magia.

E foi exatamente o que Juliet fez.

Ela não sabia das consequências de usar seu novo poder, que para ser sincera nem ela sabia como usá-lo ou para que servia. O simples fato de senti-lo já era algo surpreendentemente bom e novo, uma sensação deliciosa de poder. Ela provava aquilo num momento decisivo em sua vida. Teria de matar a criatura sem pestanejar ou tira sua atenção por segundos para fugir.

Apesar de sentir as dores que Kenji provocava em suas inimigas e acabava com ela de longe, sabia que morrerria e não levaria consigo apenas a morte de suas irmãs, mas a de um pedaço de Kenji também que era sua aprendiz. Ela focou seus olhos nos de Juliet por um instante e suas garras se abriram assim como suas garras e avançou para Juliet, porém algo aconteceu que surpreendeu a vampira.

Ela urrou de dor e foi para trás balançando as mãos com força, um grito de dor que machucaria até os ouvidos de suas irmãs e de Kenji do lado de fora e atordoaria Juliet por alguns minutos fazendo a garota fechar os olhos e cobrir os ouvidos com força. Enquanto fazia isso, sentiu um leve gosto de sangue na boca e um cansaço tomar seu corpo de repente. Em seguida um cheiro de podridão ainda mais forte surgiu na sua frente, e quando abriu os olhos viu que a vampira debatia os braços que não tinham mãos. A magia que Juliet lançou contra a vampira senm saber sua intensidade ou força, acertou em cheio suas duas mãos e corroeu-as.

- Como OUSA fazer isso com minhas mãos!? - Vociferou a griatura, salivando bastante enquanto falava, tremendo de dor. - Vai pagar por sua audácia humana!

E foi para cima de Juliet agora sem pensar no que aconteceria, se morreria no próximo ataque ou não, pensava apenas em acertá-la ou feri-la de alguma forma fatal.


==============

Do lado de fora tudo estava em chamas. Corpos espalhados pelo chão com seus corações perfurados ou cabeças arrancadas. Kenji estava com arranhões e mãos mergulhadas em sangue do inimigo. Ele estava matando a última vampira com a mão atravessando seu coração quando uma luz vindo da casa chamou sua atenção. Era a mesma luz que tinha vindo de Juliet e ele deu um sorriso esperto.

- Enfim ela aprendeu. - Ao dizer isso levou um soco na mandíbula e cambaleou balançando a cabeça, olhando em volta. A luz tinha distraído Kenji e ele acertara um pouco a baixo do coração da vampira que quase o nocauteou em resposta. Ele sorriu, passou as costas da mão no canto da boca e olhou o sangue.

- Agora é a minha vez. - Enquanto falava seus olhos aderiram um brilho avermelhado e ele proferiu algumas palavras rápidas e uma força intensa saiu de suas mãos que acertou em cheio o coração da criatura e pulverizou seu corpo em seguida. Ele arquejou por algum tempo tomando fôlego e ergueu o corpo. Olhou para a mansão e depois para os buracos e começou a andar até os corpos espalhados pelo chão e começou a leva-los para os buracos e tacou fogo em cada um deles. Era um trabalho intenso e desgastante e não queria envolver Juliet, pelo contrário, queria que ela lutasse e descobrisse por si só a força que tem. E foi o que aconteceu.

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Mensagem por Juliet Baskerville Seg Jul 14, 2014 4:11 pm


Não mais do que de repente a criatura soltou um urro ensurdecedor, me forçando a colocar rapidamente minhas mãos em minhas orelhas para tentar bloquear o som. Levou apenas um instante para eu perceber que o fato de eu ter movido minhas mãos para me proteger significava que o feitiço dela havia findado, e assim podia abrir os meus olhos para a figura monstruosa. Ela estava irada, o esperado após ter recebido um ataque daquele tipo, e avançava sem pensar duas vezes contra mim. Aquilo era bom, eu podia agora agir com a vantagem de estar sob controle emocional, ou ao menos mais controlada que minha adversária. Ainda estava abalada diante da imagem dela, com as mãos apodrecidas, a boca anormalmente alongada e a pele em um tom decrépito, os olhos demonstrando sua fúria e sede de sangue.

Eu hesitei apenas um instante, aquela era uma situação de vida ou morte, eu não tinha tempo para pensar em algo além de garantir minha sobrevivência. Focava meus olhos e demais sentidos na movimentação da cabeça dela, uma vez que o maior perigo no momento advinha da mordida dela. E eu movia minhas mãos, contando ainda com o símbolo alquímico que havia desenhado em minha mão ao que parecia ser muito tempo atrás, no quarto da velha pousada caindo aos pedaços. Me lembrava de uma lição que aprendi sobre mortos-vivos já em uma aventura anterior, porém ainda não havia tido a chance de testar minhas habilidades em um morto-vivo com sentiência. Em iria tentar tocar a lateral do corpo dela e tentar formar a transmutação deste ponto em uma forma líquida apenas para testar a eficácia.

Caso não funcionasse, eu me esquivaria para o lado e tentaria flanquear a criatura pelas costas para então a atacar de maneira selvagem, me atirando nela e cravando minhas garras e presas nela. Aquela era uma luta por sobrevivência, e tinha que usar meus instintos para conseguir lutar da melhor maneira possível contra aquela ameaça se não pudesse contar com a minha alquimia. Poderia tentar usar aquela magia novamente, mas aquilo havia sido mais um grande golpe de sorte e precisaria de tempo de novo para conseguir se concentrar e replicar o efeito, um luxo ao qual não tinha muito direito naquele instante especificamente.


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Mensagem por Saphira Qua Jul 16, 2014 2:47 pm

“Teria eu culpa por meus pecados? Ser a sombra de um assassino frio e calculista, que há muito, não conseguiu completar seu intento era torturante. Seria eu a culpada por meus crimes? Julgada e odiada por muitos, aceita por tão poucos, mas sempre sozinha... Sempre.”

[...] Correndo entre a mata fechada, a capa esvoaçando atrás de meu corpo, sob o manto nebuloso do céu amaldiçoado de Takaras, lá estava eu em mais uma caçada. Desta vez, algo pessoal, alguém com quem encontrara no passado, e tivera o azar de ter entrado em meu caminho. Já não era mais eu mesma, a fera já começava a me dominar, como uma besta sanguinária atrás de uma vitima para saciar sua sede por sangue. E era assim que me via desde que renascera naquele mundo novo.

A presa? Um homem, Cahir era como ele se autodenominara em nosso encontro, um mero ladrão de esquina que se aproveitava da ignorância alheia para conseguir alguns trocados de forma suja. Mas porque perseguir tal ralé? Havia me encontrado com este sujeito há dias atrás na minha passagem por Hirt. Era meio dia e o sol estava a pino, este que me incomodava tanto, até mesmo sob o manto que cobria todo meu corpo, sentia minha pele formigar e coçar como nunca, um inconveniente que me afligia desde muito tempo, mas que aprendera a me acostumar. O infeliz estava lá, parado numa esquina com cara de suplica, típico dos humanos desprovidos de algum bem ou sorte. Mas este era diferente, havia algo a mais em seu olhar que nem mesmo eu poderia decifrar... Minutos mais tarde, após uma série de perguntas e um falatório sem fim, consegui me desvencilhar do inconveniente e seguir meu caminho, mas foi enquanto caminhava que notei a falta de algo precioso, minha algibeira estava mais leve que de costume, mas quando me dei conta, já era tarde demais, o infeliz já havia sumido no horizonte. Não iria atrás dele ali, estava em desvantagem e num terreno e horário não favoráveis, mas jamais me esqueceria do seu rosto, seu sorriso cínico e sua falsidade ficaram em minha mente até o fatídico dia de nosso reencontro [...]

[...] – Não, por favor, não me mate, eu juro que lhe devolvo tudo... – Suplicava o rapaz, mas pouco me importei com seus lamentos, estava me divertindo, a fera dentro de mim gostava de tudo aquilo. Antes de mata-lo, maltratei-o um pouco, uma morte bastante dolorosa e lenta, e por fim, todo seu sangue fazia agora parte de mim [...]

Antes de mata-lo, não deixei de tentar arrancar daquele traste inútil algumas informações pertinentes, o homem, que já se encontrava a beira da morte, não hesitou em me dizer o que sabia. Algo sobre um tesouro escondido nas proximidades do porto Rasgapele. Meu dinheiro já havia sido gasto e não poderia reavê-lo, mas isto era o de menos para mim, poderia sobreviver dias sem nada, apenas me alimentando de seres inúteis e desafortunados como Cahir. Pronta para seguir em frente com mais uma caça. Desta vez o alvo não era um ser vivo, portanto meus sentidos aguçados e minha habilidade de perseguição seriam inúteis, mas era algo com o que me ocupar, e também uma ótima oportunidade de ganhar algo. Rumo ao porto Fantasma Rasgapele, segui uma longa caminhada. Dias após minha saída de Hirt, estava eu finalmente chegando às terras de Takaras, meu antigo lar, minha casa. Não era nada nostálgico voltar, tão pouco agradável estar no lugar onde havia me tornado o que sou hoje, mas era necessário de toda forma. Andando sempre com a arma escondida por baixo da capa, sempre pronta a ser sacada ao menor sinal de perigo, mas já conhecia o lugar, era natural de Takaras, e já sabia como funcionavam as coisas naquela terra praticamente sem leis. Dentro de um estabelecimento qualquer, a primeira taverna que encontrasse, procurei por alguém que pudesse me dar uma informação, um boato em especifico que rondava a região do porto Rasgapele. Fui direto ao balcão, ignorando olhares e afins, meu objetivo era único, e nada poderia me distrair naquele momento oportuno. Fria e seca como era de costume, cheguei ao homem que atendia e primeiramente, pedi algo para beber e assim que a tivesse em mãos perguntaria sem muito compromisso ao individuo. –...Ouvi um rumor sobre um tal tesouro escondido por esta região, o que pode me dizer sobre isto? – Os olhos estreitando à medida que analisava as feições do interlocutor, queria pescar o máximo de detalhes possíveis de sua expressão e fala, afim de perceber qualquer descuido em sua resposta. Havia aprendido há muito custo, que todo cuidado naquela terra amaldiçoada era pouco, e que deveria desconfiar de tudo e de todos até o fim.

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Mensagem por Shaorin Sex Jul 18, 2014 10:17 am

@Juliet

Juliet não tinha muito o que esperar uma vez que suas opções eram as mesmas: lutar ou morrer. É obvio que a esta altura já sabia o destino que cada uma tinha, bastava seguir em frente e matá-la o mais rápido que pudesse. Por ser a primeira vez que isso acontecia, sentia medo e incerteza que eram sentimentos completamente aceitáveis....longe de seu mestre. Ele nem sinal dava, e pelos estrondos vindos de la de fora, podiamos supor que estava bem ocupado.

A vampira quando avançou para Juliet achava que ela ia recuar e assim faria uma outra manobra e venceria, mas não contava com o avanço de Juliet também, ainda mais da forma que ela fez. Ao tocar na lareral de seu corpo a garota sente aquele poder que apenas uma conhecia quando usava seus poderes sobre a alquimia. Sentiu uma suave quantidade de energia fluir de seu corpo e suas mãos brilhares com a sua magia. A cratura arregalou os olhos e gritou o mais estridente que podia tanto para confundir Juliet quanto pelo novo ferimento.

Quando Juliet pensa em levar as mãos aos ouvidos e fechar os olhos, vê um a lasca grande de madeira ultrapassar o coração da vampira. Na hora seus olhos se arregalam e ela olha direto para Juliet.

- Isso...Não vai...ficar..assim...

Seu corpo sem vida tombou para frente obrigando Juliet esquivar para não ser prensada, exibindo o rosto meio cansado e cheio de fuligem de Kenji. Ele sorri de canto e se aproxima, observando oa leves ferimentos de sua aluna. Ele tinha varios tanto no rosto como arranhões em sua roupa e pele.

- Vi uma luz sair daqui de dentro e senti você conjurar magia. Devo dizer que estou surpreso e muito contente.

Olhou para o corpo da vampira em particular suas mãos.

- Usou uma magia de decomposição? Muito esperta, mesmo sem saber seua mente fez o que tinha de fazer. Isso me poupou um grande trabalho, sabia? E já sei por onde vamos começar. Mas primeiro, vamos deixar tudo isso do jeito que está e vamos embora. O trabalho por aqui esta encerrado e temos de tratar ferimentos e dar continuidade ao seu aprendizado.

Sem esperar um a rejeição, Kenji e Juliet saíram da mansão. Na parte de fora rente as paredes havia tocos de madeira e folhas secas cobertas por um liquido negro que também estava no cômodo principal. Assim que saíram Kenji movimentou sua mão e uma faísca foi até a madeira e o liquido que inflamou na hora. O fogo cresceu de repente e foi para cima da mansão e para onde estavam os outros corpos. O que era interessante observar era o modo como isso acontecia não afetava as áreas que não tivessem sangue e cadáveres, ou seja, onde não havia tido luta. O fogo se alastrou para dentro da casa e logo ouviram ela entrar em ruinas e cair o telhado.

Kenji caminhou parte do tempo em silêncio com uma expressão despreocupada. Enquanto passavam pela rua as pessoas saíam para ver o que acontecia e algumas gostavas e outras não, talvez por saber que um possivel pacto que tivessem tinha se acabado. A notícia chegou primeiro que eles na taberna, o homem os esperava na porta com um sorriso enorme.

- A notícia corre senhor, e boa parte desta vila deve muito à vocês dois. - Agradeceu o homem, puxando-os para dentro.

- Fizemos isso por ordens meu rapaz, não fique tão feliz assim pois agora outros virão. - Respondru Kenji de forma seca tirando o sobretudo.

- Vá se cuidar em nossos aposentos enquanto termino minha conversa com ele e vejo algo para comermos.

O homem nem obejtou, deu de ombtos e foi direto para a cozinha preparar algo reforçado para agradecê-los. É estranho a forma como as pessoas tratam. No começo mal alguma coisa ofereceu, agora todo o carinho era dado. Consequência de uma população amedrontada ou cara de pau mesmo? Não interessava agora.

Kenji observou Juliet subir para se arrumar e sentou numa das cadeiras e encostou as costas na cadeira. Suspirou, correndo os olhos pelo corpo analisando a gravidade dos ferimentos.




@ Saphira

Era madrugada quando Saphira chegou ao porto. Uma parte dele e estava muito clara e uma fumaça forte e alta se misturava às nuvens. Era cheiro de queimado, sangue e corpos. Saphira reconheceu o cheiro rapido, mas por algum motivo não sentiu aquela vontade por sangue. Aquilo foi estranho.


Avistou a taberna e ao entrar todos a olharam com horror. Ela tinha os mesmo jeito dos outros vampiros que acabaram de serem mortos, mas claramente não sabia de nada e nem dali era. Alguns levantaram e saíram olhando-a de canto, outros ficaram mas com suas cabeças baixas sem falar muita coisa e olhar bastante; já outros, criaturas ou não nem ligaram por sua presença.

Quando se aproximou do balcão e falou com o garçom parte do lugar ficou quieto. Nada que preocupasse, pelo contrário, apenas curiosos que logo voltaram a enxer a taberna de barulho. Quem a atendeu era um homem velho com metade do corpo de lagarto e outra humana. O olho humano era cego restando apenas a de lagarto, na cor vermelha, enxergar por dois. Porém algo em sua postura meio antiga dizia que era bem diferente e que alguém poderia ter alguma surpresa com ele.

- Sobre o tesouro sei pouco, mas o que sei mesmo é que o paradeiro dele é bem mais complicado de alcançar. É algo que ninguém está correndo atrás mesmo se soubessem o paradeiro. Ele é amaldiçoado. Diz a lenda que quem tirar apenas uma única moeda tera de conviver com criaturas assombrando sua vida até que a devolva. Mas a parte dos contos...- Ele deu uma olhada para os lados e então continuou - a única coisa que sei é que há algumas semanas a familia Portland esta muito estranha. Parecem incomodados com a notícia do tesouro ter se espalhado, uma vez que seus parentes mais antigoa procuraram por ele a vida inteira. Não sei se acharam, mas devem estar perto e a notícia vazou. Eles moram no final da terceira rua, a unica sem saída, número dez. Falam também que ele pode estar em uma de suas casas também ou que nelas contém pistas...todas as suas casas têm a mesma porta: uma negra e grande com a letra P em uma letra bonita, são sete ao todo e a oitava que é a que a familia mora.

Enquanto falava colocou vinho em um copo e ofereceu para a vampira mais para disfarçar do que para beber, mas se ela quisesse poderia tomar. Do outro lado da taberna Saphira podia ouvir dois homens conversarem.

- Até que enfim aqueles vampiros morreram, não aguentava mais viver pensando se acordaria no dia seguinte. - Falou o mais velho de barba.

- Aquele casal que está na taberna que matou todos. Incrível que froam duas pessoas apenas. Parece mentira!

É mas eles são do templo, então já sabe o que eles podem fazer...por um bom tempo essa raça vai sumir daqui e poderemos viver em paz.

Ah, mas aquele era um bando que vinha de outras terras. Não são como os daqui. Certeza. - Disse o mais novo, agora olhando para Saphira.

- Ora tanto faz. Para mim e tudo a mesma coisa.

E assim a noite seguiu. Qual seria o próximo passo de Saphira? Poderia ter mais informações do garçom ou seguir com as que tinha.


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Mensagem por Saphira Qua Jul 23, 2014 2:06 pm

"Alguns dias como caça, outros como caçadora. Um ciclo incessante e incontrolável que rege todas as criaturas vivas, e até mesmo algumas não vivas na natureza..."

O homem parecia interessado em me contar, e sua historia parecia realmente verídica, mas crer ou não naquilo que me era apresentado era o menor de meus problemas agora. Com a gama de informações que havia recebido, me via com um novo obstáculo a minha frente, uma família de nobres de Takaras estava no encalço deste tesouro, talvez até mais próximos que eu, talvez já o tivessem em mãos... Eram questões a serem consideradas antes de tomar qualquer decisão, mas não ali e não agora. Por hora, me contive a apenas tomar um gole do vinho que me fora oferecido e entrar no disfarce de uma simples frequentadora da taverna. Quando o homem terminou de falar, apenas o agradeci e esperei mais alguns instantes antes de partir. Uma conversa deveras interessante me prendera por mais alguns segundos naquele local, algo sobre um casal que viera do templo de Janiya e acabara de eliminar uma ameaça de vampiros na cidade. “Eles são caçadores de vampiros? Devo temer isto ou simplesmente ignorar como sempre fiz?” Ser caçado era algo comum para qualquer espécie, desde as menos desenvolvidas até aqueles que estão no topo da cadeia alimentar, não há ser neste mundo que não sofra deste mal, mas desde que me tornara uma vampira, ser caçada estava se tornando algo mais recorrente e incomodo, ainda mais para alguém que já havia se acostumado a ser a caçadora e não a caça. Ignorei a questão e segui em frente, se aquelas palavras eram dirigidas a mim ou não pouco importava, não era meu objetivo argumentar a favor da índole dos vampiros, até porque eu era uma das que sempre odiou e sempre continuaria odiando estes seres até o fim da minha vida. “Oito casas, pistas escondidas, uma família de nobres... Devo investigar isso mais a fundo.” E com isto em mente, parti até a tal rua numero dez, a única sem saída, segundo o homem. Não perguntaria diretamente a alguém, óbvio, a ultima coisa que queria era me ver sendo a suspeita por perseguir os Portland, apenas iria averiguar o lugar, e se possível descobrir algo sobre a família e suas casas com alguém das redondezas. Caso necessário, tentaria conseguir alguma informação dentro de uma das outras sete casas citados pelo atendente, eram uma boa fonte de informação, porem ainda assim bastante perigosas, apenas como ultimo recurso, caso não conseguisse nada pelas ruas. “E claro, não devo me esquecer do casal de caçadores de vampiros que está rondando a região...”

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Mensagem por Shaorin Qua Jul 30, 2014 5:56 am

@ SAPHIRA

Saphira chegou à rua sem muitos problemas, precisava ser esperta e rápida para qualquer sinal de aproximação. Naquela rua as casas eram iguais até o final, exceto por três que estavam espalhadas pela ruaml. A maior delas e mais bonita estava no fim, que era onde a familia morava, as outras três eram de tamanho médio e na mesma cor acinzentada. As portas não mentiam sobre quem era o dono das casas. As duas estavam aparentemente vazias. Bastava conseguir uma forma de entrar na primeira para poder conseguir na segunda e assim por diante.

A rua estava quase vazia, exceto por uma garotinha de quase onze anos que estava sentada na calçada. Ela vivia na rua pois suas vestes rasgadas, rosto e mãos estavam sujas. Ela rabiscava o chão com um pedaço de galho quando notou Saphira observar aa casas. Virou seu rosto em direção à construção e ficou ali por alguns instantes até que, curiosa, se apeoximou e ficou parada ao lado da vampira.

- Bonita não é? Acho que de todas, esta e ultima da outra rua São as mais bonitas, tanto por dentro como por fora. Devia ver um dia se pudesse, tia.

Ora, como era a inocência de uma criança! Mal sabia que com o quem estava lidando. Mas espere... como assim ver por dentro? Isso queria dizer que não era tão inocente assim. Bom, isso seria fácil de explicar: crianças de rua entram em qualquer lugar e a hora que querem sem muito esforço por serem somente crianças e pequenas, além de ágeis. Esta pelo visto já tinha entrado na casa, e por sua entonação não tinha sido uma vez só e muito menos acompanhada por algum dos moradores. Ela ergueu os olhos para Saphira e a vampira contempla dois olhos profundamente azuis e uma pele que seria muito bonita quando limpa. Escondia uns cachos loiros desgrenhados por baixo de uma touca velha e rasgada no topo, usava um cachecol cinza escuro, assim como o resto de suas roupas para se camuflar. Confiavel ou não? Nem saphira conseguiria dizer.


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Mensagem por Saphira Qua Ago 06, 2014 2:00 pm

Minha disposição a continuar com a busca fora pouco abalada desde que chegara a Takaras, mas aos poucos, começava a perceber que não seria algo tão simples quanto imaginava correr atrás desse tal tesouro perdido. Encontrar a rua não foi muito difícil, apesar da pobre descrição dada pelo atendente na taverna, mas encontrar uma forma de entrar na casa sem ser percebida seria algo mais complicado. A rua estava praticamente vazia, o que contribuía para minha missão atual, as duas primeiras casas também pareciam estar inabitadas no momento, meu único medo era o de encontrar algum tipo de armadilha ou qualquer coisa dentro da casa. Em minhas divagações sobre assunto, mal percebera quando a menina que perambulava por ali se aproximara de mim para conversar. “Quem é ela? E como ela tem acesso a essas casas? Será que...?” Virei-me para ela com um sorriso meigo no rosto e me agachei ao seu lado, coloquei uma das mãos sobre seus cabelos de leve e com um afago, confortei-a o máximo possível. Aparentemente minha aparência não a assustava, inocente como é, talvez nem soubesse o que sou nem que tipo de perigo represento a sua vida. – Ola pequenina, você já conhece esse lugar? Pode me chamar de Nika, e você, como se chama? – Tentei iniciar um dialogo de forma bem simples e educada, quanto mais eu pudesse ganhar a confiança daquela criança, melhor seria para mim. Me voltei novamente à fachada da casa enquanto ainda acariciava a pequena. – Elas realmente são muito bonitas, né? Os donos da casa já levaram você para conhece-la alguma vez? – Aguardei um momento enquanto processava as respostas da menina, e caso a resposta fosse positiva à minha ultima pergunta, tentaria descobrir um jeito de invadir, caso fosse negativa, perguntaria à própria menina como ela fazia para entrar e por onde. - Será que você poderia me mostrar como ela é? Fiquei muito curiosa para conhecer. – Diria com um sorriso cativante no rosto, a essa altura, se a menina não tivesse fugido ou suspeitado de nada, já teria sido conquistada.

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Mensagem por Juliet Baskerville Dom Ago 10, 2014 5:57 pm


A transmutação havia funcionado. Em um instante eu havia verificado que aquela batalha já estava em minhas mãos. Afinal, que chances teria a criatura ao poder ser moldada como argila por minha alquimia? Eu poderia ter partido imediatamente e ter aproveitado para transmutar seu pescoço, separando sua cabeça do corpo e terminando aquela batalha instantaneamente, mas ela outra vez usou aquele grito estridente, que forçou-me a levar imediatamente as mãos aos ouvidos para tentar abafar o som. Antes que eu terminasse o movimento com as mãos ou que a criatura pudesse tirar vantagem de sua manobra, esta caiu morta quase que em cima de mim. Havia um pedaço de madeira cravado em suas costas diretamente em seu coração, e ali podia ver agora a figura de Kenji, que por sua aparência havia estado ele mesmo bem ocupado. Ele não pareceu se preocupar com minhas condições, não que esperasse esta preocupação, e rapidamente verificou o corpo da aberração, me elogiando pelos efeitos de minha magia.

- Bem, devo concluir que me deixou sozinha com ela para tentar forçar um efeito emocional intenso que despertasse este tipo de habilidade, certo? – Eu falei, sendo que apenas então isto havia ficado claro para mim, não por ser algo difícil de se concluir mais pelo fato de até então estar mais preocupada em sobreviver. – Não sei se esta é uma prática de ensino convencional nesta região, mas pelo menos é efetiva. Creio que não me avisou de maneira mais clara do que enfrentaria ou do propósito desta atividade para não acabar afetando os resultados.

Ela falava, enquanto ele deixava o corpo de lado e ambos seguiam para o lado de fora, mas não esperando que o seu mentor realmente respondesse. Com um gesto, ele fez uma chama se formar, e a lançou para a mansão, a qual está incendiava rapidamente, parecendo até mesmo se mover com certa inteligência, não se alastrando além das áreas onde havia corpos visíveis ou sinais de combate. Imaginava que o aprendizado de magia poderia envolver riscos, mas não que poderia utilizar de métodos que poderiam acabar levando a morte despropositada de um discípulo. Bem, ela ainda era apenas uma aprendiz, e não havia até o momento realmente feito qualquer tipo de prova para ser admitida como estudante no templo na verdade. Ela havia matado um dos serviçais, mas aquilo era algo tão banal que não devia realmente ser considerada uma iniciação. Durante o caminho, mesmo imersa em meus próprios pensamentos, eu podia ver que havia certa movimentação nas ruas, provavelmente pessoas atraídas pela fumaça e fuligem visíveis do incêndio e/ou querendo visitar os estranhos cobertos com alguns ferimentos e bem desarrumados andando pelas ruas.

Kenji não parecia se preocupar com toda a atenção que atraíamos agora, e tampouco eu me interessava com isto no momento, afinal eram apenas um bando de civis covardes em sua maioria. Se eles não haviam tido a coragem de limpar a sujeira que havíamos enfrentado alguns momentos antes, sem dúvida não ousariam enfrentar a nós. Ao chegarmos a taverna, fico surpresa com uma recepção muito mais generosa por parte de nosso anfitrião, aparentemente sendo ele próprio um hipócrita de marca maior. Kenji não demora muito para dispensar o sujeito, e enviar sua estudante para se preparar de maneira mais adequada. Eu não dizia nada, e apenas seguia para o nosso quarto, feliz por poder me arrumar de maneira digna.

Eu levei um tempo considerável para me arrumar, primeiramente eu tomava um banho demorado para remover quaisquer resquícios de sangue ou fuligem obtidos na luta. Depois, me levantei e busquei entre as coisas que havia levado comigo alguma muda de roupas que estivesse ao menos um pouco mais intactas e limpas, elas haviam estado comigo todo o caminho até o templo e não havia uma muda de roupas que realmente estivesse limpa ou sem uso. Devia me lembrar de lavar os meus trajes depois de retornar ao templo, ou pedir a um dos serviçais fazer isso, uma vez que era provável haver pessoas que trabalhassem neste tipo de função. Depois de estar bem arrumada, me preocupando em ocultar meus traços raciais o melhor possível, desci para me encontrar com Kenji, que talvez já estivesse impaciente.

- Me desculpe a demora, demorei um pouco para terminar de me aprontar. – Eu falei, me aproximando da mesa e tomando uma cadeira para me sentar. Depois de esperar a comida, caso ainda não tivesse chegado, eu pegava um pedaço generoso de qualquer carne colocada ali e questionava Kenji. – Então, agora que terminamos o que viemos fazer aqui, iremos retornar ao templo ou há mais alguma coisa que precisamos fazer por aqui?



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Mensagem por Shaorin Qua Ago 13, 2014 6:14 am

@ SAPHIRA

A ideia de usufruir da garotinha era óbvia e certeira. Ao se aproximar e aceitar de forma positiva sua presença a garotinha ficou radiante, talvez porque quando faz isso alguém a maltrata. Ela correspondeu o sorriso com outro.

- Janet. - Respondeu simplesmente e ouviu a próxima pergunta de Saphira e riu alto, levando as mãos à boca. - Se eles soubessem que entro e saio tranquilamente por estas casas me matariam! Isso me da medo. Mas uma vez que não tenho oara onde ir, me vejo na obrigação de fazer isso.

Sua atenção voltou para a casa e observou-a por alguns instantes. Não se aproximou até então pois alguns demonios passaram pela rua olhando-as.

- Claro que posso! E se não tiver onde ficar, podemos dormie la juntas! Estas casas são maiores do que parecem ser, magia pura. Venha!

Esperou a rua ficar limpa novamente e se aproximou da primeira casa. Apesar de aparentar grudadas umas as outras, elas tinham pela lateral esquerda um corredor não muito estreito por onde passaram. A garotinha escalou a cerca de arame e saltou como um coelho rápido e correu para os fundos da casa. A parte de trás era simples e tinha uma janela fechada e uma porta simples com um porão rente à parede que as portas abriam de baixo para cima, estavam presas poe uma grossa corrente. Janet aproximou-se da corrente e puxou o cadeado para cima e abriu, como ela o tinha aberto da primeira vez ninguém sabe, mas que mantinha ele bem grudado para que parecesse trancado ela fazia. Sem esperar ela puxou sofridamente cada lado e chamou Saphira para dentro e ascendeu uma vela e voltou a fechar as duas portas. Pegou a vela pequena da mão de Saphira e começou a iluminar o local para que ela o visse. Era simples apesar de tudo. Porão é porão e este não era diferente. Haviam vários tipos de tralhas, estatuas, móveis e roupas antigas. Janet subiu uma escada que dava direto para a cozinha, que ao abrirem a porta deram de cara com uma casa no mínimo o dobro do que aparentava ser.

- A casa pensa sozinha. Por isso nossa luz é bem tênue para ela achar que são raios de sol. Passos lentos. Tenho algumas coisas para comer em um dos meus quartos.


De fato a casa era grande. Cada cômodo era o dobro do que deveria ter. Na cozinha os móveis eram de primeira linha, afinal é uma familia rica e que talvez guarde um ouro. Nas paredes há varios quadros cobertos talvez pela propria menina para não verem que ela estava ali. Passando por um curto corredor, chegaram numa grande sala com duas poltronas, uma mesa ao canto de oito cadeiras. Era de marmore puro e enfeitada. Os moveis largos e altos sem poeira alguma. A menina abriu um sorriso e puxou a vampira para cima pelaa escadas que giravam ligeiramente até os quartos. Eram quatro com um quinto no final. Ela abria uma porta e fechava logo atras de si sem fazer barulho algum. Os quartos eram do mesmo jeito e usavam o mesmo tipo de decoração vinho com seda. A cama era grande e macia, suficiente para quatro pessoas deitarem uma ao lado da outra. Tinha um banheiro dentro para cada visitante não se misturar aos demais e uma pequena estante de livros seus temas eram abrangentes apesar de que em cada quarto havia um tema com mais livros. Do corredor à esquerda, primeira porta eram os mapas da ilha; no segundo eram criaturas misticas. Do outro lado na terceira eram poções, no quarto eram plantas medicinais e na quinta e última era de histórias antigas e tesouros e árvores genealógicas.

- Iai, gostaria de comer alguma coisa ou dormir? Eu relmente quero os dois. Se não quiser, vou sozinha e deixo você observar mais a casa. Se precisar de mim estou no quarto da geografia.

Janet se referiu ao primeiro quarto como se fosse uma parte de uma biblioteca. Era estranho este tipo de divisão. Ela abriu a porta do quarto e sumiu nele e Saphira conseguia ouvir os ruidos da menina comendo alguma coisa. Agora estava sozinha. Os quartos eram idênticos e suas janelas estavam fechadas. Os quartos tinham o cheiro característico de seus temas. Agora bastava procurar.


( Saphira, te deixo livre para entrar nos quartos e narra los como quiser. Podera fuçar em tudo e no meu proximo ppst, dependendo de como foi sua narrativa, colocarei pistas faceis ou difíceis. Tudo dependera das atitudes de sua personagem e narração. Boa sorte.)


@ JULIET

Quando Juliet desceu as escadas viu Kenji bem arrumado com apenas alguns arranhões superficiais no rosto e barba feita. Seus cabelos estavam umidos e ele provava um dos pedaços de carne que estavam em cima da mesa. Ele estava sozinho, pensativos, e um cheiro delicioso de ensopado saia da cozinha. Apontou para a cadeira a sua frente para que Juliet sentasse e observou-a.

- Voltaremos amanhã para o templo. Temos muito o que treinar. Suas habilidades principais já consegui obter ao te forçar a usar te deixando numa situação de muito risco, pois são nestas situações que os verdadeiroa poderes aparecem. Coma e descanse bem, pois nem eu sei qual será a próxima vez que você fará isso.

O ensopado chegou em alguns minutos e se serviram. Comeram avidamente alternando entre o pão e o ensopado. Kenji não queria dar muitos detalhes do que ensinaria e como o faria. Um vinho foi servido e Kenji tomou quase a metade sozinho. O taberneiro estava animado, e ao saber que partiriam amanhã cedo, ficou ainda mais feliz.

- Se tiver alguma pergunta para fazer, guarde-a até chegarmos ao templo, lá é o único lugar onde poderei responder. Sobre o que aconteceu hoje estou impressionado. Era um vampiro puro e muito antigo, raro de encontrar. Ela estava com vários ematomas que julgo ser por causa de suas irmãs que matei. Bem, é isso que quero de você. Sempre pense em um momento como este na hora de ativar alguma habilidade. Quanto à sua necromancia, juntaremos o útil ao agradável.

E voltou a comer. Chegou a repetir o ensopado e tomar mais dois dedos de vinho antes de se retirar para seu quarto. Juliet teria aquele só para ela e ele estaria no quarto da frente. Ao passar da escada e surgir no corredor que levava aos quartoa podia sentir que aquela parte da taverna era protegida por suas magias. Faltava muito para a meia noite, e como Kenji mesmo indicou, durma e repouse bem, não se sabe quando fará isso novamente.


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Mensagem por Saphira Ter Out 14, 2014 11:22 am

A jovem era bem esperta mesmo naquela pouca idade, reflexo de como era viver nas ruas de uma cidade como Takaras. Segui cada passo da jovem bem de perto e me impressionei ao perceber o quanto ela já havia explorado daquele lugar por conta própria. Janet não teve dificuldade em invadir a casa, sinal que ela não era nem um pouco protegida, mas assim que entramos, mais e mais curiosidades sobre a casa e seus mistérios eram revelados, o que a menina queria dizer com a casa pensa sozinha? Seria algum tipo de feitiço que fazia com que a casa tivesse algum tipo de consciência? Resolvi checar por conta própria, a cada novo cômodo por a onde a menina me levava, tratava de dar uma olhada bem analítica e profunda, mesmo com a luz fraca, a vantagem de ser uma vampira e poder enxergar a noite me era bem útil. Para minha surpresa, o interior da casa era tão grande e luxuoso quanto se poderia esperar. Moveis, quadros, estatuas, tudo impecavelmente limpo, como se a casa fosse arrumada diariamente por seus donos, o que não era o caso. Outra coisa que me chamou atenção era todo aquele luxo deixado para trás, a mercê de qualquer um que conseguisse ultrapassar um simples cadeado com uma corrente. “Será que esta jovem realmente é uma moradora de rua?” – Não estou com fome, obrigada. - Quando eu enfim fiquei sozinha, rapidamente comecei a procurar pistas sobre o local e sua origem. Comecei pelos livros, talvez o ultimo dos quartos me fornecesse algo mais substancial, historias antigas e arvores genealógicas combinavam com o que eu buscava naquela casa. Logo quando entrei, me deparei com aquele cheiro de papel velho e cera de vela queimada, como se tivesse acabado de entrar numa biblioteca antiga. O quarto, assim como os demais, era todo adornado em tons de vermelho e vinho, as cortinas de ceda estavam fechadas e a cama era coberta por um véu bem fino avermelhado. De frente para mim estava a janela e ao seu lado a estante de livros que eu procurava e na parede da esquerda uma segunda porta que imaginei dar para o banheiro. Dei a volta na cama e fui direto a estante, tirando um dos primeiros livros, folheei rápido, uma leitura dinâmica em busca de palavras que me interessassem mais, como o nome da família dona daquela casa, ou um possível tesouro escondido em Takaras. Se eu encontrasse algo, ótimo, levaria o livro comigo para futuras consultas, caso contrario, era hora de vasculhar mais, talvez dentro das gavetas dos moveis a procura de alguma anotação ou qualquer que fosse a pista sobre o que realmente era aquele lugar. Os quadros também eram uma tentação, descobrir um deles para ver do que se tratavam era uma das ultimas coisas que faria, em caso de não ter sucesso em suas outras tentativas de extrair informações.



[Desculpe a demora, fiquei uma temporada fora da internet, mas estou voltando para ficar. xD]

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Mensagem por Shaorin Sáb Out 25, 2014 11:08 pm

Saphira procurou por um bom tempo alguma pista e nada achou, os livros não que mexia não deixavam cair nem um papel sequer para deixá-la feliz, mesmo assim não desistia em procurar. Foi difícil achar alguma árvore genealógica, mas não chegou a achar algo do qual pudesse se atentar e levar consigo. Os quadros eram interessantes mas de pouca informação, eram de familiares muito mais antigos que suas roupas aparentavam, não eram muito úteis também. Mas ao analisá-los, percebeu uma porta que estava semiaberta. Ao empurrá-la, deparou-se com este espaço:

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Olhando de frente para esta cena, olhou seu próprio reflexo no espelho por um bom tempo e percebeu uma gaveta na penteadeira. Ao aproximar viu uma chave em cima da mesa ao lado esquerdo. Era antiga, e encaixava perfeitamente na boca do rosto da penteadeira. Ao colocar a chave e girar, achou uma carta antiga, algo para que um ente da família achasse.


Estamos há semanas à procura de um bom esconderijo para o nosso tesouro, mas infelizmente depois de tantas reuniões não conseguimos um lugar que podemos chamar de nosso. Me sinto insegura e sinto que talvez devemos esquecer e simplesmente dividir entre nós e nossos semelhantes. Sempre que tomo este tipo de assunto eles me tratam muito mal, pessoas errôneas e mesquinhas que não conseguem dividir o que tem. Mas a minha parte esconderei em outro lugar, que apenas uma pessoa saberá e será você meu amor, a nossa casa maravilhosa onde nos encontramos sempre às escondidas, onde nossa visão maravilhosa do Castelo e do Labirinto se tornam deslumbrantes ao anoitecer e a Lua cheia tocá-los com sua imensa luz. Espero que receba esta carta, te encontrarei em breve no nosso horário de sempre.

Sempre sua, Elisabeth.

Estava claro que esta carta nunca chegou ao seu destino, afinal a casa devia pertencer à Elisabeth, mas ela deixava claro que eles queriam esconder o tesouro mas que o dela não iria junto, que estava em lugar onde era possível ser visto o Labirinto e o Castelo ao mesmo tempo. Seria possível um lugar como este existir? E seria este uma mansão também ou um templo? Quem sabe um espaço vazio onde devesse cavar ou uma simples caverna...Tantas possibilidades para se pensar! A hora estava passando e talvez tivesse mais coisas para Saphira procurar, porém sentiu algo mover ao seu lado esquerdo e como se algo estivesse atrás de si. Estava de cabeça baixa olhando para o papel quando notou isso, e quando ergueu a cabeça e olhou para o espelho, deu de cara com a imagem de uma mulher:

Imagem da Mulher

Se Saphira olhasse para trás não veria ninguém e como num passe de mágica, a imagem tornou a ser sua no espelho. Aquilo querendo ou não foi um belo susto, e poderia ser claramente a Elisabeth que escrevera a carta. Então houve outro movimento. Desta vez, vindo da estátua ao seu lado esquerdo. Quando entrou no cômodo percebeu que ela estava com uma Harpa em mãos, mas desta vez, ela tinha um arco e uma flecha embainhados diretamente para o coração da vampira. Era uma cena fria, observar um objeto tão gracioso de repente olhar para você e apontar uma arma, mais estranho ainda era como ela havia trocado tão rápido, talvez fosse enquanto lia a carta ou levava o susto com a imagem.

E então, ela atirou.

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Mensagem por Saphira Qua Out 29, 2014 2:48 pm

Como eu imaginava, aquele quarto parecia não ter nenhuma pista relevante, sequer algum sinal do que eu procurava. Já estava prestes a deixa-lo e seguir para o próximo, quando uma porta entreaberta me chamou a atenção. Não custava dar uma olhada lá dentro antes de sair, afinal eu estava livre para explorar todo o recinto. A porta dava para um espaço um pouco menor que o quarto, mas igualmente arrumado e bonito, a decoração toda em vinho e madeira escura dava um ar mais antiquado, fora o próprio desgasta natural pelo tempo e descuido com o lugar. Assim que entrei, a primeira coisa que vi foi o meu reflexo em um espelho logo de frente para a porta. A imagem, diferente do que diziam as lendas, não estava distorcida, muito menos apagada, era somente eu, a vampira na qual havia me tornado. Mas deixando de lado as lendas e o passado, uma segunda coisa chamou mais atenção logo em seguida, a gaveta na penteadeira, adornada por uma tranca bastante peculiar, parecia um lugar perfeito para se guardar algo importante, o lugar perfeito para se encontrar pistas. Me aproximei da cômoda, peguei a chave sobre a mesa e abri a gaveta. Dentro havia uma carta velha e fechada, como se tivesse sido colocada ali para ser achada e lida, mas obviamente, não por mim. A mensagem me surpreendeu um pouco, tratava-se de uma mensagem deixada por uma mulher a seu companheiro e amado, mas o que mais interessou foi seu conteúdo. Nesta, a mulher dava pistas bastante significativas sobre o paradeiro de sua parte em uma possível fortuna, a qual ela não deseja dividir com mais ninguém além do destinatário desta mensagem. Ao que tudo indicava, este destinatário jamais chegara a por as mãos nesta mensagem, uma vez que ele não teria deixado uma pista tão valiosa assim para trás.

Fora isso, tive poucos segundos entre o termino da mensagem e as surpresas começarem a surgir de repente no quarto. Assim que levantei os olhos para contemplar o espelho e refletir sobre o conteúdo da carta, vi algo que me assustou bastante de inicio, a imagem de uma mulher substituíra por completo meu reflexo. Por instinto, minha primeira reação foi olhar para trás e ver de quem se tratava, talvez a própria que escrevera a carta, mas não havia ninguém. Ao olhar novamente para o espelho, lá estava eu novamente, como se tudo tivesse sido apenas uma miragem. “Talvez tenha sido mes...” Outro movimento me despertou, dessa vez do meu lado esquerdo. Era a estatua! Quando me virei, lá estava ela, a bela estatua a qual não havia dado muita importância quando invadira o quarto. A mesma que antes segurava um objeto inofensivo qualquer, uma arpa? Nem dera atenção a esse tipo de detalhe, mas agora era bem diferente. A estatua segurava um arco e flecha, e apontava direto para meu peito. Foi tudo tão rápido, mal pude pensar, meu corpo agiu por instinto, uma flechada em qualquer lugar, poderia ser contornada, mas uma flechada no coração? Era algo fatal para um vampiro. No mesmo instante me joguei para lado, e mesmo que não fosse rápida suficiente para desviar completamente da flecha, ao menos não atingiria o coração, mas se fosse esse o caso, como fazer? Era melhor nem pensar nisso...

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Mensagem por Shaorin Sex Nov 07, 2014 6:27 pm

Foi incrível como a estátua atacou Saphira sem nem um aviso aproveitando-se da distração que a imagem no espelho lhe causara. Como único movimento caiu para o lado e escapou com um corte superficial no braço direito, uma ardência que impossibilitou-a de levantar por segundos, e quando o fez, a estátua permanecia na mesma posição de ataque, totalmente parada desta vez. O susto passou rápido e ja tinha seu próximo destino, só não sabia ao certo como chegaria até ele. Uma batida na porta alertou a vampira novamente, mas era apenas a menina parada na porta com um olhar assustado para a flecha cravada na parede ao lado.

- O que houve aqui? - Seus olhos seguiram o trajeto da flecha ate cair na estátua.

- Uau! Ela nunca tinha se movido. Como fez isso? - Pensou por im instante e deu de ombros, balançando a mão - bom isso nao importa saia daí antes que ela crie vida novamente.

E levou Saphira para o quarto que estava. Era um quarto repleto de comida e roupas, todas do tamanho dela. Guloseimas que são vistas apenas em Hilydrus sem falar nas comidas. Uma coisa que tinha também aos montes eram livros de vários temas, desde os infantis até os mais sangrentos e importantes. Havia um que até falava de Vampiros, que por algum motivo estava aberto em cima da cama na parte que mostrava seus tipos de comida. Talvez ela já tenha percebido o que ela era e estava preocupada se seria alimento aquela noite, criança corajosa até por estar na presença de uma criatura desta mesmo sabendo do que se alimenta.

- Às vezes sinto que esta casa tem muito o que esconder. Mas não sei o que ela esconde. Escuto até vozes e converso com elas, mas quando pergunto o por quê de estarem aqui elas param de falar. Acha que tenho razão no que digo depois do que presenciou agora? Ou talvez alguém saiba que uso aqui como moradia e quer me expulsar, mas não tenho medo. Aliás.... Que carta é esta? - A menina esticou-se para ver colocando um doce comprido na boca com os olhos grandes de curiosidade.


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Mensagem por Saphira Dom Nov 16, 2014 8:32 pm

A estatua atirou, mas por sorte eu havia percebido sua intenção a tempo de levar apenas um arranhão no braço direito. A maldita continuou ali parada na mesma posição, enquanto eu ainda me recuperava do susto e me colocava de pé. Continuei fitando a estatua a todo instante, mas logo fui surpreendida pelas batidas na porta. Era a criança novamente. “É impressionante que essa criança ainda esteja viva, essa casa parece ter muitas armadilhas ocultas. Ou será que essa armadilha era especial para quem viesse a ler isso...?” Segurei com mais força a carta que havia encontrado, uma pista muito valiosa para encontrar o que eu procurava, mas ainda não era o suficiente, talvez as outras casas tivessem algo que pudesse juntar a isto e fazer algum sentido, mas por enquanto apenas tiraria o restante das minhas duvidas com aquela jovem, antes de abandona-la ali. Quando ela me arrastou para o quarto, percebi que ela não era tão ingênua assim como pensava, a diversidade de coisas que ela havia juntado ali era digna de algum reconhecimento. – De onde tirou tudo isso? Já estava aqui nessa casa, ou você conseguiu em outro lugar? – Aqueles alimentos e roupas, boa parte deles só poderiam ser encontrados em Hilydrus, como podem estar numa casa aqui no centro de Takaras? Ou esta jovem é mais do que uma simples menina de rua, ou esta casa guarda mais do que eu pude ver com meus olhos.

Com uma nova olhada ao redor, notei também que ela se interessava pelos livros da casa, ela sabia ler? Que interessante. Mas uma coisa muito mais intrigante que isso me chamou atenção, e era justamente o livro que a jovem estava lendo antes de me encontrar no outro quarto. “Será que ela já sabe? Huhu, que menininha esperta, eu realmente a subestimei.” Mas isto de longe poderia ser um problema para mim, afinal, que mal poderia haver naquela jovem saber quem eu era realmente? Eu não tinha interesse em sugar seu sangue, pelo menos não naquele momento, nem tampouco queria fazer algum mal a ela. Apenas usa-la para conseguir o que queria, e depois esquece-la, assim como a vida já havia tratado de fazer com esta miserável menina de rua. – Muito interessante... Gosta de historias de vampiros, Janet? – Disse com um sorriso indiferente no rosto enquanto olhava na direção do livro aberto.

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Mensagem por Shaorin Qui Nov 20, 2014 5:54 am


- No lixo encontramos cada coisa que você nem imagina, só quem vive e sabe exatamente onde procurar que sabe. - Ela deu uma olhada para saphira com o canto do olho e sorriu, olhando em seguida para o livro que a vampira olhava. - É sempre bom saber um pouco sobre cada espécie, nunca se sabe quando encontrará uma. Sabe alguma sobre eles que pode me contar?

Saphira não conseguia saber se a menina estava jogando com ela ou se apenas era inocente no assunto. A menina aguardava uma resposta, quando ouviram um barulho de alguem abrindo a porta.

- Venha. Hoje pego aquela menina, ela fez o que não devia naquele quarto. - Falou uma voz masculina, mas quase idosa.

- Até hoje não liguei dela estar na nossa casa, mas fuçar naquele quarto e tirar a carta dali foi a pior! - A voz desta vez era feminina e também idosa. Talvez fosse donos da casa. Os dois avançavam como acima para os corredores onde estavam.

- Que cômodo ela diz e que carta ela está falando? Você....- a menina se calou ao ouvir os passos deles ecoando pelos degraus e falando o que faria com ela em um tom baixo. Achavam que ela estivesse dormindo em um dos quartos. Para a sorte das duas o ligar onde estavam era a terceira porta da fileira. A menina sem esperar chamou Saphira e puxou-a pela mão, olhando-a em seguida por sua mão estar gelada como a fos mortos. Balançou a cabeça afastando aquele pensamento e correu para o quarto da frente. Era um auarto antigo com uma cama antiga com teto de pano para cobri-la como uma cortina e um guardarroupa grande.

-Vou subir aqui neste teto da cama onde eles não vão olhar e você entra na parte do meio do guardarroupa, tem uma passagem ali que da para transitar pelo móvel inteiro por tras independente se ela saiba do compartimento ou não. Se apresse eles estão chegando e não quero que se machuque! - A menina subiu às pressas para lá e abaixou a cabeça escondendo-se por completo. um minuto depois ouviram eles reviatando o primeiro quarto e o segundo.



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