[Clássica] O Coração das Montanhas da Neve Eterna

por **ADM GabZ** Sex maio 24, 2013 2:28 pm

Relembrando a primeira mensagem :

O Coração das Montanhas da Neve Eterna

Caso você viaje para o extremo norte da Ilha de Lodoss, chegará a uma terra gelada coberta de neve. Apenas pessoas resistentes ou acostumadas à vida ali são capazes de sobreviver por longos períodos. O pacato vilarejo de Calm é onde a maioria dessas pessoas reside. Não é uma vida fácil, pois criar plantações é uma tarefa árdua e resta caçar recursos nas florestas e montanhas ao redor. Mesmo assim são pessoas hospitaleiras que sabem aproveitar bebidas quentes e fortes, nunca negando teto e comida a quem precisa.

A partir de Calm, olhando exatamente ao norte, pode-se ver uma união de quatro montanhas colossais, chamadas de Montanhas da Neve Eterna. Jamais pára de nevar por lá, a neve mal tem tempo de derreter e outra toma seu lugar. É de lá que se origina o Rio Coldreams. Acredita-se que as montanhas jamais param de crescer por conta disso, e que caso pare de nevar, a ilha de Lodoss sofrerá com uma seca terrível. Pelo menos ao que parece isso não acontecerá tão cedo.

E é nesta vila de Calm que um homem coloca uma caixa em meio à pequena praça e sobe para fazer um discurso. Ele tinha cabelos castanhos, barba e bigode por fazer, e um olhar determinado contagiante.

— Povo de Calm! — Chamou, continuando assim que tivesse atenção de um grupo. — Meu nome é James Drake, sou um historiador à procura de antiguidades, aventura e claro, histórias para contar! Venho hoje à procura de quatro aventureiros para me acompanhar em uma expedição perigosa mas incrível e inspiradora! Uma expedição às Montanhas da Neve Eterna, em busca de lendas e mitos para desvendá-los! Pagarei 300 moedas de ouro para cada aventureiro que me acompanhar!

A oferta de aventuras chamou atenção de poucos. Afinal, já era uma aventura todos os dias sair na neve para caçar ou cortar lenha. Muitos ali já arriscaram-se nos pés das Montanhas, nada muito além, sabiam que era perigoso. Mas a oferta de ouro era tentadora. Alguns jovens se aproximaram para pedir detalhes da expedição.

<Bom, aqui começa a aventura! Narrem o motivo de estarem em Calm, ouvindo Drake por acaso. Boa sorte a todos!>

<Tempo-limite de postagem: três dias a partir da última postagem, seja minha ou de um jogador>

por **ADM GabZ** Sex Dez 13, 2013 11:39 pm

@Aldarion / Cherry

Aquilo era inacreditável. Aldarion já havia perdido talvez metade de seu sangue, mas continuava falando e ainda pedia para que Drake o abrisse com uma faca. Uma faca! Aquilo doeria como os cinco infernos.

— Tem certeza?? — falou o historiador, exaltado. Mas ao ver a expressão de dor e ao mesmo tempo determinada do guerreiro preferiu engolir sua pergunta. Em seguida Serena avisou que de faria algo, para que ele a retirasse do caminho ou algo assim. Não entendeu bem, mas por um momento ficou em dúvida de quem ali estava sendo pago para quê.

@Aldarion

Quando Serena se distanciou Drake começou a "cirurgia". Deveria ser rápido. Se Aldarion morresse antes da poção fazer efeito, de nada adiantaria. Foi nisso que de sua mochila Drake pegou duas cordas e amarrou em torno do torso do guerreiro. Uma corda apertou bem pouco abaixo das axilas, a outra na altura do umbigo. Faria o corte ali aonde percebeu uma saliência bastante incomum sobre a pene. Foi direto: fez um corte de dez centímetros, o suficiente para conseguir ver a costela abaixo dos músculos. Para a sorte dele (e do sofrido guerreiro), a costela não havia se partido, mas estava perto. Com um movimento que fez Aldarion gritar mais alto em toda sua vida, Drake puxou a ponta da costela para cima, retirando-a do pulmão ouvindo um sonoro "puff" que era do ar saindo. O pulmão estava inchando com mais sangue. Sem parar para ficar chocado, Drake rapidamente colocou a costela no lugar e, com suas mãos ensanguentadas, levou a poção de cura à boca do guerreiro, ele próprio com sua incrível resistência segurou o frasco e terminou de beber. Enquanto isso Drake segurava unidas as duas extremidades do corte para que a poção unisse-as com mais facilidade. Então a magia teve um início doloroso. Primeiro ela precisava expulsar todo ar e sangue do pulmão afetado: Aldarion tossia, cuspia sangue e sentia falta de ar. Depois pôde-se ouvir sonoros "CLEK" dos ossos se recuperando violentamente. Por fim um filete de luz pôde ser visto no corte que, aos poucos, se fechava. A poção não havia agido sozinha: para conseguir reparar todo aquele estrago foi necessário sugar toda Energia do guerreiro, do contrário o efeito não seria suficiente para mantê-lo vivo. Até mesmo o sangue estava sendo reposto.

— Nunca mais me peça para fazer algo assim novamente! — Avisou Drake enquanto desamarrava as cordas. Elas evitaram um sangramento maior pelo corte. Ainda assim suas mãos estavam rubras pelo sangue e a neve ao redor imitava-as.

<Aldarion, você pode se levantar, mas não pode usar mais nenhuma habilidade pois perdeu todos os seus PE. Ainda é preciso descansar, mas seu vigor alto permite que continue lutando por mais um tempo. Aos poucos a energia volta aos seus músculos. Já é possível brandir sua espada>

@Kamui

O troll o olhava com uma expressão bastante difícil de decifrar, afinal ter duas enormes presas nos cantos da boca e sobrancelhas pesadas como pedra não ajudava muito. O fato da queimadura morder incansavelmente o ombro de Kirshin também deixava tudo aquilo mais difícil para o meio-demônio.

— Tu fala difícil, menino-doido! Eu quase morrer pra pedra andante, mas tus são espertos, achar fraqueza! Dois cristal já foram, faltam... — contou nos dedos por um momento —... três!! Vamos tentar...

Então ouviram uma explosão.

@Cherry

Serena arriscou-se mais do que gostaria. O golem estava em frênesi atacando toda formação rochosa que via, inclusive pedras voaram em sua direção mas a garota conseguiu se proteger atrás de uma rocha mais elevada. Teria apenas uma chance e deveria ser rápida: o golem acabou de notar sua presença. Ele avançou sem pensar duas vezes — se é que aquela criatura pensava — correndo com as mãos para frente em um urro de fúria. Então Serena usou toda energia restante e formou uma forte esfera de energia que emanava força, uma reflexão de sua coragem. Então lançou-a.

@Todos

A esfera explodiu contra o peito do golem. Não atingiu em cheio o cristal ali, mas a força foi suficiente para rachá-lo e fazer a enorme criatura de pedra parar de avançar. Ele ficou atordoado. Em seguida algo que ninguém esperava aconteceu: o golem parou de se mexer totalmente! Seu corpo escureceu, era como se a vida tivesse sido sugada. Mas algo estava estranho. Mesmo totalmente imóvel, os três cristais restantes brilhavam forte, mesmo todos eles estando rachados. O grupo não sabia o que estava acontecendo. Teriam derrotado a criatura?

Antes de fazerem qualquer coisa, Serena caiu desmaiada na neve.

por **Goldsilver Ironsteel** Seg Dez 16, 2013 2:53 pm

Dor, frio, fraqueza... Aldarion sentia seus sentidos falharem, sua respiração se tornar cada vez mais pesada e o calor abandonar seu corpo enquanto sua consciência ameaçava abandonar-lhe. A verdade que o assustava se tornava mais evidente a cada segundo, ele estava morrendo. Apenas sua força de vontade e desejo de viver o mantinham acordado e ainda vivo, era impossível precisar quanto tempo ele ainda tinha de vida. Por um momento que pareceu uma eternidade ele viu toda sua vida passar diante de seus olhos e no final o rosto feminino, jovem e belo. Um rosto desconhecido que parecia chamar Aldarion de volta à vida.

Ele conhecia muito bem aquela sensação, aqueles momentos, já havia experimentado a morte outras vezes durante os dias que passou sob a tutela de Nayrun, porém naqueles tampos ele podia contar com a magia de seu mestre para trazê-lo de volta a vida, agora Aldarion só podia contar com as habilidades curativas de Drake e com uma poção de cura. Para a sorte do juggernaut a vida de soldado que Drake tivera também o ensinara um pouco da arte de curar. Mesmo com o coração disparando de medo, o explorador prendeu sua respiração e tomou coragem para realizar a primeira cirurgia a céu aberto e com apenas uma faca, era algo que ele nunca havia tentado antes, mas que ele precisava fazer se quisesse salvar o espadachim.
Aldarion sentiu Drake corta-lhe a lateral do tórax, até então o juggernaut liberou apenas um grunhido de dor, Drake se surpreendia ainda mais ao ver que mesmo naquele estado seu paciente ainda continuava acordado. Quando finalmente terminou de fazer seu corte, Drake pode ver parte da costela de Aldarion perfurando o pulmão direito, mais uma vez ele tomou fôlego e coragem, então colocou suas mãos dentro da ferida e com o máximo de cuidado e pressa puxou a costela para fora do órgão. Aldarion imediatamente soltou um grito de dor que ecoou por toda a paisagem.

Com a operação realizada, Drake mais do que de pressa pegou a poção de Aldarion e levou à boca do guerreiro, mas para a sua surpresa sentiu seu punho ser segurado pelos dedos trêmulos do guerreiro. Drake que naquele momento jurava que Aldarion havia desmaiado após o grito se surpreendeu ao olhar para o rosto do guerreiro e ver uma expressão de angústia, o rosto de alguém que lutava por sua vida com toda sua vontade. Antes que pudesse reagir Drake teve a poção tomada de suas mãos por Aldarion que ingeriu todo o líquido por conta própria.
Era uma poção fraca, mas de alguma forma ela reagiu com a energia do guerreiro e teve seu efeito potencializado, talvez a energia que fazia Aldarion se manter vivo também estivesse atuando em conjunto com a bebida mágica. O guerreiro sentiu uma onda de calor cobrir seu corpo e depois sentiu suas costelas voltarem aos seus lugares de maneira extremamente dolorosa e barulhenta. Drake pode ver Aldarion se contorce no chão enquanto ouvia os estalos e grunhidos de dor do guerreiro que depois de alguns segundos de sofrimento acabou terminando inerte. Parecia que finalmente a consciência o havia abandonado, será que ele estava vivo?

A questão foi logo respondida quando Drake observou o espadachim se ergue em meio a um círculo vermelho de neve manchada com seu próprio sangue. Aldarion vestia apenas as pernas de sua armadura, seu torso da cintura para cima estava nu e embora não estivesse mais com feridas abertas encontrava-se coberto de sangue. Parecia que o guerreiro havia tomado um banho de sangue. Usando sua própria espada como apoio, Aldarion se ergueu da neve ficando novamente de pé, o guerreiro olhou para Drake que ainda estava sentado no chão. Com um largo sorriso ele limpou seus lábios que estavam sujos de sangue e estendeu sua mão ao explorador para ajudá-lo a se levantar.

- HAAAHAAAAA! Isso foi divertido! Te devo uma amigo! - Falou ao puxar Drake para ajudá-lo a ficar de pé.

Aldarion havia acabado de sair das portas da morte e agia como se aquilo não tivesse sido nada. Que tipo de homem era ele? Um louco? Um masoquista? Alguém que via a morte como uma companheira comum a ponto de não temê-la? Ou um pouco dos três? A questão era um mistério. Quando Drake se deu conta viu Aldarion brandindo sua enorme espada, já correndo em direção ao golem. Mas assim que o espadachim deu alguns passos parou sua investida subitamente ao perceber que o golem havia parado de andar.

Em um segundo ele assimilou toda a situação, os cristais faziam o golem funcionar através de uma rede de energia mágica que envolvia todo o corpo da criatura, quando um cristal era destruído os outros suprimiam a falta expandindo a rede de energia que emanavam. Isso exigia mais esforço desses cristais e ao mesmo tempo de alguma forma a criatura percebeu que iria ser destruída, por isso em um ultimo esforço ela entrou em frenesi de batalha ficando toda vermelha. Mas agora essa energia estava se acabando e ele não poderia mais continuar funcionando como deveria, existia apenas mais uma ultima coisa que ele poderia fazer e Aldarion já sabia o que era.

- AFASTEM-SE DELE! ELE VAI EXPLODIR! - Gritou o espadachim correndo para longe e se atirando na neve.

por **Kamui Black** Seg Dez 16, 2013 7:43 pm

- A04 -

Pelo jeito ele não entende muito o nosso idioma. Ou então é esperto pra batalha, mas não muito inteligente. Apesar disso, acho que ainda continuará nos ajudando.

- Então vamos pra cima daquela coisa!

Antes, porém, deles saírem detrás de seu abrigo temporário eles ouviram uma grande explosão. Por um momento Kirshin temeu que algum dos outros presentes houvessem sido abatidos por aquela coisa mas aliviou-se um pouco quando viu o que estava acontecendo. A garota que ele alertou para fugir assim que chegou naquele local estava caindo desmaiada e o golem parecia ter sofrido algum tipo de ataque vindo dela, pois havia parado.

Será que o frenesi acabou? Esta ficando sem energia? Talvez seja a hora de atacar.

Já caminhava em direção ao inimigo levando sua mão ao punho de sua espada às costas quando ouviu o guerreiro gritando do outro lado:

- AFASTEM-SE DELE! ELE VAI EXPLODIR!

Espere... Observando bem ele deve ter razão! Mas... e a garota?

Kirshin, então, começou a cometer o que seria possivelmente uma loucura ainda maior do que a que ele tinha feito anteriormente. Correu para o lado na intenção de contornar o golem. Certamente que ele não era alguém altruísta para arriscar-se tanto por alguém que ele havia acabado de conhecer então o meio-demônio tratou de manter-se a uma distância segura dando uma volta bem longa. Manteve sua atenção sempre no ser de pedras para o caso de qualquer tipo de ameaça - inclusive sinais de que ele realmente iria explodir -, se visse algo incomum, daria um jeito de se defender ou esquivar do que quer que seja, mesmo que a melhor opção fosse saltar para a neve na intenção de se cobrir da substância branca.

O objetivo final de Kirshin era pegar a garota que estava caída na neve e correr com ela o mais longe possível do golem. A direção que ele escolheria assim que tivesse posse da menina era a mesma para a qual o guerreiro tinha corrido.

por CherryAly Sex Dez 20, 2013 6:56 pm

Eu havia lançado a bola de energia, e com uma explosão ela havia acertado, em cheio, o golem no peito, ele vinha em minha direção, mas não havia mais nada que eu pudesse fazer, estava esgotada, mas então ele parou, foi a ultima coisa que vi, tudo ficou preto, e ali mesmo eu desmaiara.

por **ADM GabZ** Ter Jan 28, 2014 10:56 am

Aquele momento foi tão esquisito quanto curioso. Ninguém sabia exatamente o que fazer quando o golem simplesmente parou de se mexer. Num surto inesperado Aldarion gritou a todo pulmão que o golem explodiria! O que aconteceu a seguir foi bastante rápido e confuso: Kirshin e o troll correram em direção à Serena — o troll por pura e espontânea necessidade de seguir alguém em meio a "não estar entendendo lhufas do que estava acontecendo ali" — e o demônio pegou-a no colo, correndo para longe. Aldarion se lançou contra a neve por conta da explosão eminente, Drake o imitou e Kirshin também, jogando Serena mais longe para que ela tivesse mais chance de se salvar, o troll também deu um pulo aterrissando na neve pouco à frente, e então...

Nada aconteceu.

O golem continuava sem se mover, a única coisa que mudou ali era que haviam agora quatro traseiros voltados para o céu enquanto seus donos estavam de cara na neve. Serena continuava dormindo de lado como se nada tivesse acontecido.

Após longos momentos sem absolutamente nada acontecer, o grupo começou a se levantar devagar, ainda receosos. Concluíram que, obviamente, o golem não explodiu. Ao invés disso os três cristais que restaram continuavam brilhando, podia-se notar a energia deles seguindo por "veias" através do corpo do golem para os cristais quebrados. Era algo bastante lento.

@Serena

Seu sono era inquieto. Na verdade era daqueles que você não conseguia pensar, sua cabeça tentava chegar a conclusões inexistentes e seus pensamentos colidiam-se sem fazer sentido algum. Era como pensar em uma laranja e um disco voador a atravessar durante um mergulho num lago de fanta uva. E ela sequer sabia o que era um disco voador e uma fanta. Mas de repente sentiu um baque e um frio chato contra seu rosto, tentou ignorar mas seu corpo a obrigava a acordar. Abriu os olhos lentamente. Não teve uma visão que fizesse muito sentido: Aldarion, Drake, o troll e um estranho garoto estavam jogados contra a neve e, ao longe, o golem estava parado como se estivesse morto. O que havia acontecido? Aos poucos todos se ergueram.

por **Goldsilver Ironsteel** Qua Jan 29, 2014 6:57 pm

Aldarion se atirou ao chão temendo o pior, uma explosão de energia ou algo parecido, seu corpo grande afundou na neve e ele sentiu seu tronco nu ser tocado pelo frio mortal, mas aquilo não importava o frio certamente não o mataria tão rápido quanto um golem gigante explodindo. Aldarion ficou alguns minutos deitado no chão de bruços aguardando o pior, depois de certo tempo ele percebeu que nada havia acontecido e resolveu se levantar. Aldarion olhou para o monstruoso golem e viu que este continuava imóvel, a energia dos cristais que não haviam sido destruídos pulsava por todo o seu corpo através das incontáveis rachaduras que pareciam atuar como veias.

– Com mil demônios... – Resmungou. – Vencemos! NÓS VENCEMOS ESSE MONTE DE MERDA FOSSILIZADO!!! HAHAHAHAHAHAHA!!! – Gritou explodindo de alegria. – ÓTIMO TRABALHO COMPANHEIROS! ISSO FOI EXTREMAMENTE DIVERTIDO!!!

Aldarion sorria de orelha a orelha ignorando o frio mortal que entrava em sua carne. Sem pressa nenhuma caminhou até sua armadura e a vestiu novamente, estava um pouco amassada por causa da queda, mas nada que fosse inutilizá-la. Depois de se proteger novamente contra o frio, Aldarion caminhou até seus companheiros e verificou se estavam bem, notou agora que além do troll, havia outra pessoa, um sujeito desconhecido.

– Troll, eu sei que você pode falar e me entender, qual o seu nome? – Perguntou. – Muito obrigado por nos ajudar, você até que é um cara legal para um troll, tome isto como agradecimento. – Disse jogando um terço de sua própria comida para o troll.

Depois de falar com o troll, Aldarion começou a olhar a região com atenção, estava procurando Confusão.

– Temos que achar confusão e continuar nossa viagem, tenho certeza que esse golem é alguma espécie de guardião. Bem... Ele não explodiu, mas pela forma como os cristais estão vibrando e levando energia por todo o seu corpo dá a entender que ele está se reconstruindo. Seja o que for eu não quero ficar aqui e esperar pra ver e muito menos perder meu tempo tentando acabar com 15 metros de rocha. – Disse enquanto seus olhos continuavam procurando Confusão. – Drake, chame seu cavalo e vamos continuar a viagem. – Falou agora olhando para Drake. Aldarion acreditava que de alguma forma ele seria capaz de chamar seu cavalo de volta.

– E você... Bem... Se quiser vir conosco fale com Drake, você parece ser útil. Há... e antes que eu me esqueça, o nome é Aldarion. – Se apresentou enquanto olhava Kamui dos pés a cabeça.

Aldarion era de fato alguém incomum, a poucos minutos atrás ele estava agonizando no chão e morrendo, agora estava de pé novamente e pronto para lutar uma nova batalha. Sua energia e disposição eram exemplos a serem seguidos, porém sua loucura e sede de adrenalina não. Aldarion sem dúvida nenhuma era muito inteligente apesar de sua aparência fazer parecer o contrário, infelizmente sua inteligência acabava onde começava sua impulsividade. Graças a ele o grupo havia evitado um combate desnecessário contra o troll que no final das contas mostrou-se um aliado valioso, e também graças a ele, o grupo conseguiu descobrir como derrotar o gigantesco golem. A coragem e sagacidade de Aldarion haviam inspirado Serena sem que ele soubesse e agora ela o olhava de maneira diferente.

Sem desejar, ele havia assumido o lugar de Drake como líder do grupo e sabia disso, Drake agora serviria apenas como guia, caberia a Aldariondefinir as estratégias do grupo. Uma responsabilidade que ele não estava acostumado e nem desejava ter, mas ele sabia que nas situações de risco, aquilo que ele decidisse era o que provavelmente seria seguido o que o fazia sentir-se responsável por todos ali. Mesmo sendo um sujeito durão e muitas vezes frio, no fundo ele tinha um bom coração, sua consciência não permitira que seus companheiros morressem por sua culpa, ele faria o que fosse preciso para proteger a todos.

– Amigo Troll, você se incomodaria de viajar conosco? Você mora aqui certo? Se nos ajudar posso conseguir mais comida para você no final de tudo. – Disse se voltando ao troll. Depois de receber a sua resposta virou-se para seus companheiros e continuou. – Aqueles que estiverem em condições de seguir viagem que continuem, caso contrário, Calm não está muito longe daqui. – Falou apontando para a direção da cidade. – Serena, você vai montada em Confusão como de costume, você está cansada e precisa recuperar suas energias. Drake, você continuará atuando como nosso guia e médico, verifique se ninguém mais está ferido. E quanto a você... Bom, pela forma como se veste, parece que é um sujeito bem sorrateiro, se quiser vir conosco você atuará como batedor, sua tarefa será viajar a nossa frente cerca de uns 100 metros e nos contar quando vir algo suspeito, tudo bem?

– E mais uma coisa, dois dos nossos companheiros fugiram apavorados do golem, podemos usar as recompensas deles para pagar a comida do troll e os serviços de nosso novo amigo. – Finalizou olhando para Drake.

Assim que terminou de dar as instruções a seus companheiros, aguardou todos estarem prontos antes de continuar com a viagem.

por **Kamui Black** Qua Jan 29, 2014 10:11 pm

- A05 -

A expectativa era terrível. Há qualquer momento aquela coisa iria explodir. A tensão de correr ao redor dele enquanto esperava por isso era terrível e mesmo depois de protegido não era uma sensação agradável. A qualquer momento algo iria acontecer: nada. Ele não explodiu e, quando percebeu que estava fazendo papel de idiota, levantando-se e removendo a neve de suas roupas ele viu o guerreiro gritando aos quatro ventos.

Mas que tipo de idiota é esse cara? Achei que ele sabia do que estava fando quando disse que aquela coisa explodiria.

Kirshin verificou sua espada e sua faca enquanto o guerreiro conversava com o troll. Ele próprio tinha desistido de manter um diálogo com a criatura, mas talvez o outro se entendesse melhor com ser. Verificou a garota, que parecia estar bem, apesar de cansada. O outro sujeito também não parecia ferido.

Foi então que o guerreiro começou a falar de novo, ele disse um monte de coisas e Kirshin prestava atenção apenas por não ter outra coisa pra fazer. Se regenerar? Talvez ele possa ter razão dessa vez. Ele perdeu um tempo observando o monte de pedras, viu como os cristais trincados emitiam energia para os demais. Tentou reparar bem para ver se eles estavam se reconstruindo ou não. E então, o grandalhão começou a dar ordens para todo mundo, mesmo tendo dito que se quisesse acompanha-los deveria falar com o homem chamado Drake.

Quem esse cara pensa que é para ficar me dando ordens? Batedor? Eu não seria um bom batedor, minha mobilidade não é assim tão boa. Se esse imbecil pensa que... Espera aí... Ele falou em recompensa?

- Muito bem, Aldarion. Meu nome é Kirshin e posso muito bem desempenhar o papel de batedor. Drake, vamos conversar sobre essa recompensa e essa missão. Gostaria de saber de mais detalhes, como, por exemplo: o que procuramos, quais são as pistas para encontrar esse objeto e quaisquer outras informações relevantes. E o mais importante, o quanto posso lucrar com isso - um meio sorriso curvou o canto esquerdo da boca do meio-demônio.

Apesar de não ter gostado da maneira como Aldarion estava se dirigindo a ele, podia muito bem ignorar isso em troca de uma generosa recompensa. Estava propenso a agir como batedor, se fosse preciso, mas aceitaria a opinião de Drake sobrepujando à de Aldarion se elas fossem contraditórias

OFF - Gold, as opiniões descritas acima são as de Kirshin acerca de Aldarion, não as minhas, como você já deve ter imaginado.

por **ADM GabZ** Qui Fev 27, 2014 4:13 pm

Aquela viagem estava saindo cara, ao menos para Drake. Durante o caminho havia perdido dois contratados e apareceu mais dois, um deles bastante peculiar. O fato de Aldarion querer que o Troll os acompanhasse fazia com que Drake imaginasse o quanto aquele gigante comia e que o estoque feito não duraria um dia sequer. Ao menos ele seria de grande ajuda.

— Cara, tu é bacana! — Falou o troll, pegando a comida que Aldarion ofereceu. Nem é preciso dizer que um terço de todas as provisões do juggernaut foram goela abaixo do troll em uma bocada. Era difícil saciar uma criatura desse tamanho. — Sou Gol'Jin, meu chapa.

Logo Aldarion se pôs no lugar de líder, suas palavras inspiravam confiança ao pequeno e incomum grupo formado. Enquanto falava, Gol'Jin enfaixou sua perna ferida com o que parecia ser couro de foca. Estavam prontos para continuar a viagem.

— Certo, eles podem vir... mas troll, vou escolher sua comida, ok? Acho que um boi inteiro deve valer? — Falou Drake, ainda inseguro na presença da criatura. — Não me leve a mal, é mais barato do que comida pronta...

— Inteirinho?! Cara, melhor do que essa comidinha frouxa dos humanos. Tô dentro, mermão! Perae, vou levar um lanchinho pra viagem! Vão na frente!

E saiu em meio a neve. Drake assoviou e, após alguns minutos, Confusão veio galopando na direção do grupo. Serena subiu em seu dorso e continuaram a viagem.

Seria ótimo se não sentissem tremores em seguida.

O grupo parou e o cavalo empinou assustado. A neve em volta deles estremecia cada vez mais forte. Logo quatro golens de pedra, parecidos com o primeiro, se ergueram lentamente da neve.

— Porra! CORRAM!! — Gritou Drake, o que não era necessário. Todos começaram a correr para longe enquanto os gigantes se erguiam e aquele que derrotaram primeiro também ficava em pé. Todos eles tinham suas luzes avermelhadas. Matariam o grupo sem piedade. — ALI!! UMA CAVERNA!!

— PÉRAÊ!!!!

O troll gritava, carregava dois sacos no ombro direito e corria loucamente tanto quanto o grupo, que no desespero sequer pararam para olhar. A caverna apontada por Drake parecia extremamente mais interessante naquele momento e foi para lá que todos correram. Agora havia um grupo com um troll, um guerreiro, um demônio, um historiador e uma mulher em um cavalo correndo para a boca de uma caverna desconhecida que, provavelmente, sequer teria uma saída a não ser aquela. Atrás deles os cinco golems urravam e começavam sua investida furiosa.

Morreriam. Agora era sério. Não havia como lutar contra aqueles monstros de uma vez e a neve atrapalhava a corrida. Ninguém ousava olhar para trás. Foi quando Gol'Jin agarrou Drake, Kirshin e Aldarion e começou a correr tão rápido quanto o cavalo em direção à caverna. Faltava pouco, os gigantes estavam quase em cima deles. Cem metros. Cinquenta metros. Vinte metros. Cinco.

Tudo ficou preto.

Por um momento o grupo achou que tinha morrido, cada um particularmente imaginando o que seria da vida após a morte. Mas não demorou muito para alguém acender uma tocha. Era Drake. Estavam dentro da caverna e a entrada havia sido destruída pelos golens assim que entraram. Não poderiam voltar por onde vieram. A caverna era larga e alta e parecia tão antiga quanto as próprias montanhas.

— Ei, vocês estão bem? — Drake ajudou o grupo a se levantar. Menos o troll. Ele se virava. — Achei que ia morrer de verdade dessa vez... Perdemos Confusão e Serena. Eles não entraram no túnel.

O historiador parecia bastante abatido, talvez principalmente pelo cavalo. Foi quando os dois sacos que Gol'Jin trouxe começaram a se mexer no chão da caverna.

— Hora do lanche. Cêis tão servidos? — Falou o troll, animado. Pelo jeito aquela situação não o abalava nem um pouco. Foi até os sacos e os abriu apenas para revelar duas mulheres amarradas e amordaçadas. — Sacumé, dexando vivo fica mais saboroso.

Aldarion não pôde acreditar quando percebeu que uma das mulheres era Sabrina. Ela parecia cansada, mas não ferida, além de extremamente irritada com a situação. A outra mulher era diferente, tinha cabelos vermelho-fogo, orelhas e cauda de lobo, parecia uma meio-feral e estava tão revoltada quanto sua "companheira de cela". Geralmente numa situação dessas deveriam mostrar medo, o que não era o caso das duas. Mas assim que elas viram o grupo ficaram surpresas.

— E-ei você não pode comer essas duas! — Exclamou Drake.

— São gente!

— E daí? Mulher tem carne macia!

— Mas... ok, te dou dois bois quando sairmos daqui, certo?

— Dois bois e um bezerro!

— Fechado! Agora solte elas... por favor.

— Num sabem o que tão perdendo, manés. Haha!

Por fim Gol'Jin permitiu que o grupo soltasse as garotas.

<Duas jogadoras se juntaram ao grupo: Ayame e Sabrina.>

<Vocês perderam boa parte de suas provisões! O que estava no cavalo se foi, restando apenas a pouca comida em suas mochilas e alguns cantis de água>

<A caverna continua, parece que infinitamente>

<Aldarion recebeu 200 pontos de experiência + 200 pela interpretação + 50 de bônus pela narração do ferimento, totalizando 450>
<Kamui Black recebeu 100 pontos de experiência + 100 de interpretação por ainda ter postado pouco desde que chegou. Total 200>
<Cherry recebeu 200 pontos de experiência + 100 pela interpretação, faltou mais atitude do personagem. Total 300>

por **Goldsilver Ironsteel** Sex Fev 28, 2014 4:53 pm

Enfim, tudo estava decidido e o grupo finalmente havia sido formado. Mas algo incomodava Aldarion, ele sentia algo, era Sabrina, sentia que ela o chamava e que estava precisando dele. Quando o troll saiu e voltou depois com os dois sacos a sensação só aumentou. Mas Aldarion não teve tempo de perguntar o que tinha dentro dos sacos porque mais tremores voltaram a sacudir a região e logo seus causadores se revelaram. Eram ao todo cinco golens gigantescos.

- MALDIÇÕES INFERNAIS! AGORA EU ENTENDI, AQUELE GOLEM ESTAVA CHAMANDO A FAMÍLIA DELE! CORRAM! - Gritou ao mesmo tempo que Drake mesmo que fosse desnecessário.

Depois de uma corrida frenética onde ao final todos foram salvos pelo novo amigo troll, o grupo finalmente pode respirar escondido dentro de uma caverna. Agora que a ameaça dos golens não estava mais presente, Gol'Jin tratou de começar sua refeição tirando sua comida de dentro dos dois sacos. Para a surpresa de todos e mais ainda de Aldarion, eram duas mulheres e uma delas era nada mais nada menos que Sabrina.

Aldarion engoliu um seco ao mesmo tempo que sua cara mudou de uma expressão fria para algo entre pavor e surpresa. Sabrina que estava amarrada e amordaçada encarou Aldarion com raiva no olhar e isso fez ele estremecer. Enquanto Drake negociava com Gol'Jin pela vida das duas garotas, Aldarion ia mais que depressa desamarrar Sabrina na esperança de diminuir a fúria da garota sobre ele.

- A-a-amorzinho? Você por aqui? Eu já estava voltando pra estalagem, juro... - Disse ele gaguejando enquanto fazia a maior cara de pau tentando fingir ter adorado encontrá-la ali quando na verdade estava com um único pensamento.

- "FUDEU! CAIU O MUNDO! A DONA CHEGOU TO FUDIDO! MERDA! PENSA PENSA PENSA PENSA TENHO QUE ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO! PENSA PENSA PENSA PENSA!" - Pensava ele desesperado.

- Ia ser rápido eu juro, só e-estou aqui errrr... Bem... pra pegar dinheiro pra gente. Sério amor eu ia voltar pra estalagem. - Dizia ele. - Depois de... Bem... Um mês... Talvez... - A ultima parte saiu como um sussurro muito baixo quase inaudível.

O maior problema de Aldarion é que Sabrina podia ler a mente dele, então não adiantaria ele mentir ou fingir que ela tinha a razão, ela saberia, e para piorar ele também podia ler a mente dela e sabia o quão irritada ela estava. Mas ele sabia que ele estava errado, havia saído para buscar dinheiro e abandonado Sabrina para se aventurar. Ele sabia o que ela faria e o quanto ela estava brava e isso o apavorava. Era uma situação cômica, um guerreiro colossal se dobrando de medo pra uma garota frágil e muito mais baixa que ele.

por Sassa Sáb Mar 01, 2014 4:30 pm

Fazia algumas poucas semanas que Sabrina deixara Hilydrus junto de seu companheiro, sua relação agora já muito mais intima, revelava-se uma paixão de ambos os lados, mas nada que não fosse esperado por eles. Aldarion e Sabrina foram para Calm a procura de um pouco de descanso e também algum dinheiro para continuarem sua jornada antes de irem para Endless.

- Fique aqui enquanto buscarei tentarei ganhar algumas moedas para nós, não demorarei.

- Seja rápido, não estou com a menor paciência de ficar aqui nesse frio infernal.

E assim Aldarion saiu, deixando-a em uma espécie de hospedaria. Sabrina tinha ainda um pouco de dinheiro para se manter por algum tempo, passado o primeiro dia e Aldarion ainda não havia voltado, ela imaginou que ele estivesse encontrando alguma dificuldade em conseguir dinheiro, portanto não ligou tanto. Passados o segundo e terceiro dia sem sinais, ela decidiu sair da hospedaria para ir procura-lo pela cidade, apenas para descobrir que o mesmo havia saído de lá ao lado de outros dois, mas sem saber de um motivo para isto, ela logo se enfureceu e foi atrás dele, ignorando frio e neve a sua frente. Ela podia senti-lo, não estava muito longe, mas o caminho era difícil e ela não estava tão preparada quanto deveria. Sentia muito frio e isso só a deixava mais lenta, sua juntas começavam a doer e seu corpo tremia como nunca. Na estrada, ela caminhava sozinha e se um rumo aparente, o que chamou atenção de algo indesejado.

Um troll que espreitava pelas redondezas viu a garota sozinha e desprotegida e sem muita dificuldade, conseguiu captura-la. Ele a amarrou e colocou em um enorme saco, jogou-a no ombro e foi andando como se nada tivesse acontecido. A partir daí Sabrina já não lembra mais de nada, tentou de todas as formas possível se libertar, mas não conseguiu, apenas ficando ainda mais cansada. Após algum tempo, sentiu seu corpo ser jogado contra o chão fofo coberto de neve fria e ali ficou por um tempo, muito tempo. Até que novamente foi arremessada para o ar e levada nos ombros por seu raptor, mas agora ele corria, parecia com pressa e gritava com alguém, talvez um inimigo, ou outro troll talvez, ela não sabia dizer, mas tentou fazer qualquer sinal de vida se debatendo e tentando tirar sua mordaça para gritar. Os barulhos do lado de fora indicavam que alguma coisa muito estranha estava acontecendo, e também representava algum perigo, temeu ser largada na neve para morrer e se debateu ainda mais, até que finalmente os sons cessaram e ela foi largada no chão duro de pedra. Para sua felicidade, além de viva, ela estava prestes a ser libertada, mas por ninguém menos que seu próprio companheiro que a abandonara em Calm.

- A-Aldarion? – Falou ela ainda incrédula enquanto um segundo homem a ajudava a se libertar de suas amarras. Mas a surpresa durou bem pouco, e seu sangue logo ferveu e a garota entrou em estado de fúria. – SEU MALDITO, FILHO DE UMA ÉGUA SEM DENTES! – Ela avançou contra o guerreiro ignorado tudo e todos, e começou a estapear, e socar e chutar cada centímetro de seu corpo, não importando se ele estava de armadura ou não. – VOCÊ IRIA VOLTAR É? SEU BASTARDO FILHO DE UMA CAPIVARA GORDA! VOU SUGAR SUA ENERGIA VITAL ATÉ QUE VOCÊ VIRE POEIRA DIANTE DOS MEUS OLHOS SEU MALDITO INFELIZ! – E sem cessar ela continuava batendo, ao mesmo tempo que se concentrava para faze-lo sentir ainda mais dor.

- VOCÊ ME DEIXOU ESPERANDO NAQUELA MALDITA CIDADE FRIA E PERDIDA NO MEIO DO NADA! ME DEIXOU ESPERANDO POR TRES MALDITOS DIAS SEM DAR NENHUM SINAL DE VIDA, E AGORA ME VEM COM ESSA DE AMORZINHO EU IA VOLTAR LOGO? SEU CU! SEU FILHO DUMA ORCA! – E então ela parou. Estava ofegante e seu olhar esbugalhado de ódio para Aldarion, ignorava completamente a existência de qualquer um naquela caverna, enquanto esperava por uma resposta do guerreiro. Mas ainda assim, seu corpo tremia de frio e ela ainda sentia-se muito cansada.

por **Kamui Black** Dom Mar 02, 2014 9:31 am

- A06 -

Kirshin teve que aguardar alguns bons minutos para que todos estivessem prontos para voltar a se locomover. O troll que se apresentou como Gol'Jin trazia dois estranhos e suspeitos sacos em suas costas e dizia ser um lanche, Kirshin não tinha nada a ver com aquilo, e deixou de lado.

No entanto, um tremor intenso foi sentido pelo grupo e quando menos esperavam estavam sendo perseguidos por vários daqueles golens. Se um já tinha dado muito trabalho para o grupo, aquela quantidade devia ser capaz de dizimar um exercito inteiro. Puta que o pariu! Fudeu! Isto era tudo em que Kirshin podia pensar enquanto corria desesperadamente por sua vida. Quando Drake apontou uma caverna, porém, seus pensamentos mudaram radicalmente: Caverna! Caverna! Caverna!

Eles entraram na caverna no último minuto. Os golens se deram ao trabalho de destruir a entrada dela, mas talvez isso fosse o melhor para o grupo. Era preferível estar em um local escuro, sem suprimentos e provavelmente sem saída do que ter a certeza de ser esmagado por um monte de rocha ambulante.

Logo, Drake acendeu uma tocha e o local estava iluminado. Kirshin adiantou-se em averiguar a caverna, mas não era possível dizer até onde ela se estendia. E, então, Gol-Jin revelou o que trazia no saco: eram duas mulheres. Ambas pareciam bem furiosas com a situação. Drake adiantou-se para impedir que o troll devorasse as duas e Aldarion apressou-se em desamarrar uma delas. Kirshin ficou impassível. Na verdade, parte dele preferia que as duas fossem devoradas pelo troll, pois com elas soltas eles tinham ainda mais bocas para alimentar com a pouca comida que tinham.

A cena a seguir foi um tanto quanto cômica. O brutamontes, um poderoso guerreiro, um verdadeiro brucutu, estava se desculpando e mostrava até mesmo um certo temor diante da garota humana. Kirshin observou a cena e analisou a situação. Ela parece ser a esposa ou amante dele. Mas por que tem tanto domínio sobre ele? Ou ela é uma maga poderosa, ou ele esta tão apaixonado e cego de amor que tem medo de decepciona-la.

Após isso sua atenção voltou-se para a outra mulher. Pelos traços dela ele julgou que poderia ser a espécie conhecida como meio-feral. Se for mesmo isso, ela poderá ser de grande ajuda aqui. Essa espécie costuma ter umas habilidades interessante.

Apesar de prestar atenção nas duas recém chegadas, Kirshin não fez coisa alguma para se socializar e dirigiu-se à Drake.

- Você conhece alguma coisa sobre cavernas, principalmente sobres estas cavernas? Caso sua resposta seja negativa, creio que temos um grande problema pela frente.

por **Goldsilver Ironsteel** Seg Mar 03, 2014 7:08 pm

OFF: Apenas finalizando a minha interação com a Sabrina nessa rodada.

A explosão de fúria de Sabrina era esperada por Aldarion, mas o fato de ser esperada não significava que era algo que se podia evitar ou controlar. Conforme ela batia nele, ele ia se dobrando sobre o próprio corpo até finalmente ficar sentado no chão encolhido indefeso enquanto era dominado pela dor que Sabrina o fazia sentir. Era impressionante para quem visse a cena. Um guerreiro brutal completamente indefeso durante o ataque de fúria de uma garota que poderia ser partida ao meio com um simples golpe dele.

Quando ela finalmente se cansou de bater em Aldarion, parou um pouco para recuperar o fôlego cessando também a dor que provocava no guerreiro. Aldarion se levantou e olhou para Sabrina, ele sabia que teria que dar uma resposta muito boa para ela ou seria espancado mais ainda e provavelmente torturado pelo restante do dia. Ele teria que dar uma resposta muito boa e sem mentir. Aldarion olhou ao redor para seus companheiros, estava visivelmente envergonhado, então olhou novamente para Sabrina e abaixou a cabeça como uma criança que escuta uma bronca e sabe que está errada.

– Me... Me descupe eu... – Aldarion parou, não queria falar aquilo na frente de todos, não queria parecer “fofinho”, mas não tinha jeito ele teria que falar ou apanharia mais ainda. Ele não gostava de deixar Sabrina irritada.

– Eu estava tão preocupado com seu bem estar... Eu queria conseguir dinheiro pra garantir uma semana de descanso pra você, mas estava difícil conseguir dinheiro. – Agora ele levantava a cabeça e olhava Sabrina nos olhos. – Eu aceitei a missão do Drake e não te chamei porque eu não queria arriscar sua vida e nem ver você passando frio na neve. Me desculpa. Eu te... a-a-amo. – O final da frase saiu engasgado, era a primeira vez que ele falava aquilo.

A primeira vez que falava aquela palavra para alguém e sem saber, era a primeira vez que Sabrina ouvia aquela palavra ser direcionada a ela. Aldarion ficou tão envergonhado de ter que revelar seus sentimentos que abaixou a cabeça de novo e colocou o elmo pra tentar esconder seu rosto.

Independente de qual fosse a resposta de Sabrina, o grupo precisava seguir em frente. Se ela decidisse não perdoar Aldarion, qualquer castigo que ela resolvesse aplicar a ele deveria esperar até mais tarde. Era hora de seguir em frente. Aldarion tirou da mochila seu coberto de inverno e jogou sobre os ombros de Sabrina como se fosse um manto, então abraçou-a gentilmente e fez um pouco de carinho no rosto dela. Com a briga do casal terminada, ou pelo menos adiada, Aldarion resolveu seguir em frente carregando sua lanterna a óleo e iluminando o caminho a frente para todos.

– Drake, investigue essa caverna, não é normal que existam tantos guardiões lá fora próximos a este lugar. Procure alguma runa ou marca mágica, talvez esta seja a caverna que procuramos. – Instruiu.

por **Ayame** Seg Mar 03, 2014 11:14 pm

Ayame seguia sem rumo definido entre os campos, pensava em ir direto para Calm passar uma boa temporada, esquecer acontecimentos em Hirt e Takaras. Parecia estar impregnada por aquele odor horrivel e queria algo para se distrair; neve serviria perfeitamente. Naquele dia uma névoa estranha estava nos campos, nunca teve medo de passar por ali a noite, quem iria atacá-la? O fato de ser perseguida pelo exército não quer dizer que se esconderia o tempo todo. Mesmo assim...talvez tenha exagerado em sua confiança naquele dia.

Percebeu um movimento à frente, mas não ligou. Não tinha porque prestar atenção se não havia sentido nenhum perigo por perto. continuou a andar, quando aquela movimentação ficou mais perto. Nem deu tempo de Ayame olhar para o lado e se virar, um soco foi direto para seu rosto e a desacordou, só conseguiu olhar a cara do inimigo: um maldito, sujo e imundo troll. Tudo ficou escuro.

Ruídos, falação, e mais ruídos. Luz. Ayame piscou forte os olhos, tinha sido sequestrada por um troll junto com uma garota que reclamava quase o tempo todo; queria fugir, mas quando sentiu o ar gelado, imaginou que ele estava indo para as montanhas e aquietou-se, ao menos não precisaria andar.

Agora ele tinha resolvido comer as duas sem o menor pesar, era claro que Ayame não permitiria isso mesmo algemada, mas antes que isso acontecesse, alguém interveio por elas e a loba pareceu agradecida. Observou o grupo e suspirou. — "Onde fui parar desta vez..." — Pensou a loba, observando a garota batendo em seu parceiro, mas não se demorou ali.

— Ham, obrigada. — Falou pensativa, observando que o grupo tinha um objetivo diferente do dela, mas em algum momento eles sairiam da caverna. Limitou-se a apenas observar e acompanhar o grupo, seu objetivo era único e não queria saber de mais detalhes.

[ Como to nova na aventura não sei de mtos detalhes, vou devagar. - nao sei de nda na vdd...boa gab. D=. ]

por Sassa Sex Mar 14, 2014 3:36 pm

Sabrina parou e ficou observando a todo mínimo movimento que Aldarion fazia, qualquer sinal de que o guerreiro estivesse mentindo, mesmo que fosse ilógico de sua parte tudo o que estava fazendo. Ela ainda sentia muito frio e tremia, mas repeliria qualquer toque do seu parceiro até que este, tivesse se explicado decentemente. Ao ouvir o inicio de suas desculpas ela pareceu não mudar muito sua expressão, passando de muito irritada, para “ok, entendi, mas ainda to irritada”. Mas foi com o final daquele discurso que ela se impressionou. Não só isso, ela sentiu algo quente invadindo seu corpo, algo como uma sensação que há muito não sentia em sua vida. Algumas lágrimas escorreram tímidas por seu rosto, enquanto ela, boquiaberta, encarava seu parceiro sem saber o que fazer. Viu-o pegar o cobertor e se aproximar, e deixou, já não sentia mais raiva, fora toda expelida após o choque das doces palavras do guerreiro.

Sabrina ficou mais alguns segundos ali parada com o cobertor sobre seus ombros, o calor começava a acalenta-la externamente também, mas por dentro, havia uma pequena chama que se acendera muito antes disso. Aldarion passou por ela e foi falar com Drake, mas assim que terminou sua frase, sentiu algo lhe agarrar por trás. Era Sabrina, que emocionada com a demonstração de carinho do guerreiro, o abraçou. Alguns minutos depois ela se recompôs e analisou a situação atual. Estava numa caverna num lugar desconhecido com gente desconhecida. Não sabia o que estava acontecendo, como chegara ali, nem como iria sair, mas ainda podia tentar fazer algo pelo grupo. Sabrina tentou se concentrar para sentir algo diferente naquela caverna, talvez Alice em conjunto pudesse ajuda-la. Qualquer energia diferente, presença, sensação, calafrio que viesse seria útil naquela hora.

- Em que consiste sua missão exatamente? Já que estou aqui, seria bom saber de pelo menos uma parte de nossos problemas. – Falou Sabrina mais seria e mais controlada que antes, uma impressão totalmente diferente para quem não a conhecia, e tinha visto a jovem maga pela primeira vez, discutindo feito uma louca com seu parceiro.

<Bom, como tenho energia 12, acho que não seria muito difícil tentar sentir algo diferente ali dentro daquela caverna, qualquer coisa, pode ignorar isso.>

por **ADM GabZ** Ter Mar 18, 2014 5:17 pm

O impasse das duas mulheres que teriam servido de lanche a alguns minutos atrás enfim terminou. O troll ficou satisfeito em trocá-las por bois suculentos. Aldarion ficou surpreso de encontrar Sabrina naquele lugar, era coincidência até demais. Ayame, por outro lado, não conhecia ninguém dali e sentia-se mais perdida que um anão numa Octoberfest. Se tivessem inventado isso nesta época. O grupo esperou com certa curiosidade a discussão do casal terminar, na verdade parecia que a garota estava prestes a matar aquele enorme guerreiro. Por fim ela se acalmou.

— Ham... — ainda desconsertado, Drake pigarreou para responder à Sabrina, mas não sem antes perguntar os nomes das duas, que responderam de maneira seca. — Sabrina e Ayame... ok. Bem, contratei este grupo de aventureiros para me acompanhar na busca de uma jóia lendária: o Coração das Montanhas da Neve Eterna. Não sei se já ouviram falar, mas é possivelmente a maior riqueza de toda Lodoss. E certamente vou dividir uma parte dos lucros com quem me ajudar. Acho que vocês não têm escolha senão seguir com a gente, mas prometo pagá-las pelo risco quando tudo isso terminar. Vamos checar o que ainda temos.

Cada um verificou suas mochilas. Ainda havia ração para todos por pelo menos mais três dias mas a água deveria ser racionada. Não haveria neve dentro da caverna para derreter, mas se tivessem sorte poderiam encontrar gelo ou mesmo rios subterrâneos. Sabrina não havia trazido nada quando partiu em busca de Aldarion, portanto a comida e água deveriam ser divididos. Ayame, no entanto, parecia mais preparada para tal e sua mochila possuía longas tiras de carne seca, um saco de dormir e dois cantis de água.

Decidiram continuar pela caverna. Não que tivessem muita escolha. Kirshin, por ser o batedor, foi à frente com a tocha enquanto Aldarion, atrás do grupo, segurava uma segunda. A caverna era natural, o que poderia descartar a possibilidade de ser a caverna que procuravam. Quanto mais avançavam, mais ela se estreitava. Estalagmites e estalactites faziam o grupo sentir como se estivessem sendo engolidos por uma besta monstruosa. Andaram por longas horas, era como se nunca fossem encontrar uma saída. O terreno irregular fazia com que as pernas de todos começassem a ficar doloridas. A certo ponto decidiram parar e descansar. Fizeram uma fogueira e comeram um pouco. Parecia que quanto mais avançavam, mais frio ficava e Sabrina era a que mais sofria com isso. Como Confusão havia ficado para trás não poderiam lhe dar algo para se vestir e proteger do frio. Depois do merecido descanso, continuaram, mas conforme avançavam ouviam um chiado cada vez mais alto e sentiam uma brisa fria. A certo ponto a caverna se estreitava a ponto de virar uma fenda. A brisa vinha daí. Só dava para passar uma pessoa por vez e de lado. Aldarion passaria com muita dificuldade com sua armadura.

— Vá primeiro, você é o mais ágil. — Falou Drake para Kirshin. Difícil saber se ele apenas queria que o garoto se arriscasse primeiro ou se ele realmente falou a verdade. De qualquer forma, ele era o batedor então não tinha muita escolha.

Kirshin se esgueirou pela passagem estreita que, na verdade, era bem longa e fazia uma curva apertada. Depois disso ela se abria um pouco mais e finalmente dava para uma caverna estonteante. Na verdade, gigantesca.

— Vocês precisam ver isso. — Falou Kirshin, sua voz chegando facilmente ao grupo.

Um a um todos passaram e, de fato, aquela visão deveria ser apreciada.

Spoiler:

O chiado que ouviram antes era de uma enorme cachoeira e estavam apenas a duzentos metros dela. Era provavelmente a maior caverna que todos do grupo já viram. Era majestosa. Sentiram-se um grão de poeira em meio à tamanha grandeza. De fato as Montanhas da Neve Eterna eram majestosas tanto por fora quanto por dentro. Haviam, inclusive, algumas rochas que pareciam flutuar por magia. Talvez fosse verdade a lenda de que um poder mágico mantinham as montanhas vivas.

— Nossa... nunca vi algo tão magnífico! — Drake imediatamente pegou seu caderno e passou a desenhar aquele cenário. Era rápido e em poucos minutos havia feito um desenho idêntico ao que todos viam. — Ótimo. O Rio Coldreams se origina, pelo que sei, da montanha mais alta daqui. Pela lenda, é nela que está guardado o Coração. Devemos seguir rio acima. Vocês ainda têm cordas? Melhor nos amarrarmos para garantir que ninguém escorregue e caia para a morte.

Drake tinha razão. O rio seguia forte e perigoso, qualquer um que caísse nele morreria pelo frio ou pelo choque com as pedras pontiagudas. O que viesse primeiro.

<Aqui vocês devem decidir como continuarão. Sabrina está sofrendo com o frio constante, vocês devem descobrir alguma maneira de impedir que ela chegue a ter hipotermia. A caverna é bastante fria e tem uma brisa constante seguindo o fluxo do rio. Cabe a vocês definirem uma estratégia. Mas ela pode definir todo o destino do grupo. Levem em consideração que:
1. Vocês estão em uma caverna de gelo aonde o chão é liso em muitas partes.
2. Seguirão rio acima em uma caverna aonde apenas as laterais são salvas para andar, ao centro passa um rio furioso de 40 metros de largura. Por sorte as laterais são espaçosas, 10 metros de largura cada.
3. Seus personagens vão se molhar com o respingo constante>

<A interpretação vale muito. Vou cobrar Sobrevivência (fome, sede, cansaço, frio). Boa sorte!>

por **Goldsilver Ironsteel** Qua Mar 19, 2014 3:15 pm

OFF: Peço as minhas mais sinceras desculpas aos companheiros jogadores e demais leitores pelos palavrões. São parte importante da interpretação do personagem e não irei censurar.

O grupo continuava seguindo em frente pelas cavernas obscuras. O batedor seguia adiante há alguns metros de distância do grupo, Aldarion seguia com os demais liderando a dianteira. Seu manto e sua armadura negra faziam a figura sinistra e brutal do guerreiro se mesclarem as sombras naturais do lugar mesmo com a luz da tocha brilhando em seu punho. Destemido ele seguia dando as suas costas a seus companheiros que podiam ver a enorme espada maior que ele próprio presa em seu corpo diagonalmente de forma a não atrapalhar o deslocamento, a arma era tão grande que não possuía bainha ficando presa ao corpo do guerreiro por uma presilha conectada ao ombro da armadura e uma corrente na altura da cintura. Aldarion então deu um assovio, era um sinal para Kirshin parar um pouco, então se virou para o grupo parando a movimentação de todos.

– Desculpem, esperem um pouco preciso resolver um pequeno contratempo. – Disse. E então aproximou-se de Sabrina.

– Meu amor, você esqueceu-se de trazer suas coisas. Ficou preocupada ao sentir minha quase morte não foi? Tão preocupada que se esqueceu de se proteger. – Aldarion expressava carinho em suas palavras, então largou a tocha no chão e tirou uma de suas manoplas, com a mão livre da luva de metal ele a levou ao rosto da jovem e a acariciou.

– Ouçam, percebo que vocês estão cansados. – Disse ele se virando para o grupo, o que de fato era verdade, todos ali demonstravam cansaço com exceção do próprio Aldarion e provavelmente do troll que ainda poderia andar horas a fio antes de exibirem qualquer sinal de esgotamento.

– Vamos descansar um pouco, trinta minutos já devem bastar. Verifiquem seus objetos e façam uma contagem de suas rações, lembrem-se de comerem apenas se tiverem muita fome e procurem se limitar a realizarem meias refeições uma vez por dia. Você ficarão com fome mas não ficarão debilitados. – Isso era verdade, era possível dobrar a quantidade de dias através dos métodos de racionamento da comida, porém esse método não era adequado de se manter por mais de uma semana.

Depois que todos aceitaram a proposta de Aldarion e começaram a procurar um canto para descansar, Aldarion passou seu braço por cima de Sabrina e a levou para um canto mais escuro e reservado longe dos olhos do grupo. Ali ele sussurrou no ouvido dela o quanto a amava e então a beijou apaixonadamente, um beijo caloroso que demorou pelo menos 10 minutos. Depois de se satisfazer e aquecê-la com seu beijo, Aldarion retirou de sua mochila uma muda de roupas reserva que ele sempre trazia consigo e a entregou para Sabrina. Ele sabia que ela estava sentindo frio, mesmo que ela se esforçasse em esconder ou não dissesse nada, ele podia sentir.

Suas roupas normais ficavam largas e folgadas no corpo de Sabrina, mas nada que alguns nós ou rasgos não pudessem resolver. Para a sorte de Sabrina eram roupas para clima frio. Entregou as roupas para Sabrina e pediu que ela as vestisse, então pegou o coberto que ela usava como manto e o abriu junto com seus braços de forma a criar uma cortina improvisada para impedir que curiosos indesejáveis pudessem ver a nudez de Sabrina. Apesar de eles estarem em um canto escuro, vai saber se algum membro do grupo não conseguia enxergar mesmo com a pouca claridade?

Quando Sabrina havia vestido metade das roupas, o suficiente para esconder suas partes íntimas, Aldarion largou o coberto e começou ele mesmo a ajudá-la a se vestir. Quem visse a cena jamais acreditaria que um guerreiro tão brutal e de aparência tão assustadora quanto Aldarion fosse capaz de ser tão carinhoso, a forma como ele ajudava Sabrina a se vestir fazia parecer que ela era uma boneca e ele a estava vestindo. Quando ela estava finalmente pronta, ele ainda assim deu a ela seu manto negro só para ter certeza de que ela estaria completamente protegida contra o frio.

Depois ambos se sentaram e Aldarion deu parte de suas provisões pessoais para Sabrina, ele não achava certo o grupo ter que dividir a comida com ela porque considerava a jovem sua responsabilidade particular, uma responsabilidade que ele cumpriria com todo o prazer mesmo que ele próprio tivesse que se privar em prol das necessidades de sua mulher. Depois da refeição Aldarion colocou Sabrina em seu colo e usou seu próprio corpo para dar conforto e calor a jovem que se apoiava sobre ele para receber carinho na forma de cafuné. Sabrina podia sentir as mãos ásperas e calejadas de Aldarion roçarem em sua pele acariciando seus cabelos e sua cabeça. Finalmente quando o grupo estava pronto para partir, ele se ergueu e ajudou sua amada a se levantar. Novamente ele assumiu sua posição no grupo e Kirshin corajosamente seguiu a frente. Finalmente chegaram a uma parte da caverna onde a mesma continuava em uma fenda estreita.

Kirshin intrepidamente atravessou a abertura e depois chamou o grupo para continuar. Aldarion foi o primeiro a seguir, todos puderam ver o guerreiro desaparecer engolido pelas trevas da abertura e então um silêncio, minutos se passaram sem que o grupo ouvisse a voz de Aldarion, nem mesmo Kirshin o via do outro lado, mas Sabrina sentia... Sentia uma raiva se aquecer no coração do guerreiro. Quando todos começaram a se perguntar o motivo da demora, puderam ouvir uma explosão, uma explosão de pragas.

– PORRA VAI SE FUDER! VAI TOMAR NO CU FENDA DO CARALHO, MAIS APERTADA QUE UMA BUCETA! VAI TOMAR NO CU! QUE CARALHO! MALDIÇÃO DOS INFERNOS! PRAGAS ABISSAIS! MERDAAAAAA! ALGUÉM ME TIRA DAQUI?! PORRA ME TIREM LOGO DAQUI! – Gritava Aldarion enfurecido revelando a todos seu problema, estava entalado provavelmente por causa da armadura.

Sendo ajudado, ou sozinho, Aldarion conseguiu sair, mas para isso teve que retornar ao começo da fenda. Quando ele surgiu novamente todos viram seu rosto branco corado de vermelho e as veias saltando em sua pele. Estava enfurecido de passar tamanha vergonha. Então tirou o peitoral de sua armadura ficando apenas com as demais peças e finalmente voltou a se embrenhar pela fenda, não sem antes descarregar outra sequência de pragas.

– Ai meu caralho voador se fuder essa porra toda. E lá vou eu de novo nessa fenda fedorenta, só falta aparecer um monstro escondido nessa merda pra atacar a gente quando estivermos passando por aqui. – Finalmente, sem o peitoral da armadura para atrapalhar ele conseguiu passar arrastando sua mochila com todos os seus pertences logo atrás.

Já do outro lado ele se deparou com a incrível visão a tal ponto que toda a sua raiva desapareceu dando lugar a uma sensação de assombro. Aguardou pacientemente todo o grupo atravessar a passagem para decidir o que faria. Aldarion optou por seguir pela lateral da cachoeira e atravessar a ponte de pedras voadoras, era arriscado mas do ponto de vista dele era o melhor caminho. O risco de uma queda para a morte poderia ser reduzido com o uso de cordas e mesmo que alguém viesse a despencar, poderia ser segurado ficando pendurando para ser salvo por seus companheiros. Mas a principal preocupação de Aldarion não eram os perigos naturais, mas sim a possibilidade de inimigos a espreita.

Decidiu que com a possibilidade de cair na água, era melhor ter menos peças de armadura presas ao seu corpo, por isso limitou-se a ter apenas as luvas, ombreiras, botas e elmo vestidos guardando todo o restante em sua mochila. Depois tirou sua própria corda e a envolveu pelo corpo de Sabrina com firmeza de forma que ela estaria segura se caísse. Uma vez que tudo estivesse pronto, Aldarion combinaria com o troll que cada um ficaria em uma das extremidades do grupo de forma que se alguém despencasse, um dos dois poderia segurar a corda com firmeza devido a elevada força física que tinham. Aldarion logicamente manteria Sabrina por perto a todo o momento e quando percebesse os respingos de água daria a ela seu coberto para usar como um manto extra e proteção. Naquelas condições a umidade poderia significar morte por hipotermia mesmo para alguém devidamente vestido. Ele naturalmente, assim como o troll, eram incrivelmente resistentes a ponto de não precisarem se preocupar tanto com esses detalhes.

Finalmente próximos do rio, Aldarion beberia bastante água, diria para os outros fazerem o mesmo e depois encheria seu próprio odre para só então seguir em frente. Porém para ter certeza que Sabrina não se molharia, ele encheria seu odre, levaria até ela para beber e então encheria novamente. Antes de subir, Aldarion iria analisar o caminho com seu olhar clínico e estratégico de um aventureiro experiente e ex-militar, procuraria fendas ou pontos onde inimigos poderiam se esconder e se preparar para um ataque surpresa.

Em sua lógica, ele excluiu criaturas normais como orcs ou humanoides e se preocupou apenas em procurar seres como elementais, golens ou fungos ambulantes. Aranhas eram comuns em cavernas, mas normalmente somente próximas as entradas onde o fluxo de prezas de sangue quente é maior, portanto ele desconsiderou a possibilidade de encontrar esses monstros ali. Após fazer sua análise ele se voltaria para o grupo e apontaria com o dedo os pontos de atenção deixando claro os lugares que poderiam conter ameaças. Satisfeito seguiu adiante como planejado mantendo Sabrina sempre próxima a ele.

Mas se o grupo preferisse a caverna de gelo ou o rio, Aldarion não negaria, mas se manteria o tempo inteiro próximo a Sabrina e de prontidão.

por Sassa Sáb Mar 22, 2014 10:34 pm

Drake explicou de uma forma simples e objetiva o que eles estavam fazendo ali. Sabrina pouco se importava com o dinheiro, afinal, ela estava ali por um outro motivo, queria reaver um bem muito mais valioso que qualquer tesouro. A maga até poderia dizer que havia tido uma recepção calorosa por parte de seu companheiro, não fosse pelo frio intenso que passava naquela maldita caverna. A jovem havia saído totalmente despreparada de Calm, jamais imaginaria que seria capturada por um troll, muito menos ser levada para uma caverna gelada no meio das montanhas. Mas apesar do frio, Sabrina mantinha sua postura um tanto orgulhosa, não queria demonstrar aos outros fraqueza, e por isso aguentou o máximo possível o frio, até que houve a primeira parada para o descanso. Sem querer, a jovem já estava tremendo muito, suas extremidades começavam a ficar meio esbranquiçadas e dormentes, e não demoraria muito até que ela acabasse congelando ali. Para sua sorte, Aldarion podia sentir o que a jovem sentia também, e com muito carinho e cuidado, ele cuidou para que Sabrina pudesse se esquentar um pouco. Fora entregue a ele uma muda de roupas extra para que vestisse por cima das que já usava, ajudando a esquentar o corpo, e com a ajuda do guerreiro, ela colocou as roupas, ficando por fim, aninhada em seus braços enquanto recebia carinho dele.

Após o descanso, o grupo seguiu em frente pela caverna, que cada vez mais se estreitava. Sabrina achou que logo, ela chegaria ao fim, e eles seriam obrigados a voltar, mas enganou-se pesadamente. Kirshin encontrou uma fenda estreita que dava passagem para apenas um de cada vez, e ao passar por ela, avisou ao grupo sobre algo muito interessante do outro lado. Após Kirshin, foi a vez de Aldarion passar, ele entrou na fenda e depois de um tempo tudo ficou em silencio, silencio que logo fora quebrado por uma torrente de maldições e xingamentos. Sabrina se permitiu rir por alguns instantes daquela situação, mesmo estando em condições não tão amigáveis, estava melhor que antes pelo menos, e o perigo de morrer congelada já estava mais distante um pouco. Passado o susto inicial de Aldarion, todos passaram pela fenda, e o que viram do outro lado, era simplesmente impressionante. Uma caverna imensa esculpida dentro da montanha, quase como um novo mundo azul e branco, e de dentro da rocha, uma cachoeira gigantesca, que todos identificaram como o Rio Coldreams. – Maravilhoso. – Sabrina estava impressionada com tamanha exuberância, mas rapidamente foi trazida de volta ao mundo real por seu parceiro. O guerreiro, experiente naquele tipo de aventura, logo traçou um plano de ação, e Sabrina concordou sem questionar, seguindo apenas o grupo sem dizer muitas palavras durante todo o trajeto.

por **Kamui Black** Dom Mar 23, 2014 4:17 pm

- A07 -

Sentia fome, sentia frio e sentia dor. A dor no ombro esquerdo era uma lembrança de seu encontro com aquele golem de pedra. Ela estava lá e fazia com que seu braço latejasse. Ele sabia que se curaria sozinho e aquela sensação não o atrapalhava realmente, mas era incomodo. Também estava muito frio naquele local e isso incomodava o meio-demônio, embora aquilo não fosse a pior parte e ele estava conseguindo resistir bem à situação. O que mais lhe preocupava, porém, era a fome. Além disso, possuíam pouco alimento e não faziam ideia de como sair daquela caverna.

Com o passar do tempo, Kirshin começou a se sentir cansado, embora nunca iria admitir isso. Principalmente pelo fato de que Aldarion não demonstrava qualquer sinal de que começava a se cansar. Apesar disso, foi um alivio quando o próprio guerreiro pediu que parassem para que ele pudesse vestir adequadamente a sua namorada/esposa/amante. Ele preocupava-se em esconder o corpo dela, mas Kirshin teria muito mais interesse pela meia-feral Ayame que pela simples e comum humana Sabrina, mesmo suspeitando que ela tivesse algum tipo de poder escondido que lhe tornava apta a subjugar o poderoso guerreiro - ou talvez fosse apenas amor mesmo.

De qualquer maneira, Kirshin torceu o nariz em uma carranca quando o guerreiro sugeriu que racionassem a comida. Mas ele sabia que o mesmo tinha razão e limitou-se a comer bem pouco das provisões apenas para amenizar a fome e poupar o máximo possível para o futuro desconhecido.

Quando encontrou a fenda estreita, tradou de atravessa-la o mais rápido possível, pois odiava locais apertados onde sua movimentação ficava delimitada. Chamou os outros, que passaram com certa facilidade, com exceção de Aldarion, que tentou passar com armadura e tudo e ficou entalado. Sinceramente, eu não sei se esse cara é um gênio ou um idiota. Possivelmente apenas um teimoso muito experiente em combates e locais inóspitos. Apesar dos pensamentos ríspidos em relação ao guerreiro, Kirshin não tinha nada contra ele. Muito pelo contrário, reconhecia seu valor para o grupo e tratou de ajuda-lo a sair da situação difícil em que se encontrava. Empurrou-o com força e sem nenhuma gentileza, forçando-o a voltar para trás na fenda. Após isso ele mesmo tirou a própria armadura para poder passar.

Quando viu que ele tomava a água do rio subterrâneo que Drake sugeriu ser o Coldreams, limitou-se a encher seu cantil e aguardar, pois não tinha total certeza de que a água era realmente saudável para o consumo. Apesar disso, disse a sugestão que lhe veio à cabeça.

- Será que existem peixes nesse rio? Se sim, poderíamos arranjar um jeito de pega-los para nos alimentarmos, o que acham?

Apesar de que a sugestão fosse sua, Kirshin não possuía nenhum equipamento para pesca, então esperava que alguém do grupo tivesse alguma coisa ou fosse capaz de pegar algo daquele rio.

Independente de conseguirem alguma comida ou não, Kirshin aprovaria a ideia de se amarrarem com as cordas e deu uma volta em sua própria cintura com ela. Visto que Aldarion se manteria próximo de Sabrina, ele escolheria ficar logo a frente do troll Gol'Jin na esperança de que o mesmo o ajudasse caso viesse a escorregar e cair. Não gostou muito da ideia de seguir pela ponte de pedras voadoras que Aldarion sugeriu, e preferiria seguir acompanhando o rio e o mais afastado possível do mesmo, pois estava odiando os respingos de água e tentava utilizar seu manto para se proteger deles. De qualquer maneira, o real líder da expedição era Drake e Kirshin aceitaria a decisão do homem.

por **Ayame** Dom Mar 30, 2014 4:01 pm

A pequena história fez Ayame pensar um pouco, estava precisando mesmo de dinheiro, suas economias estavam no fim e como estava ali mesmo e não tinha como voltar o jeito era continuar. Na sua bolsa além de seus kits de primeiro socorros, tinha algumas tiras de carne e um pouco de ração. A loba tinha uma boa vantagem ali, era praticamente imune ao frio por ter nascido em meio a neve sentia o ambiente agradável. Ofereceria até sua manta que pousava nos ombros para a garota humana se não estivesse com o companheiro.

Observou o grupo se formar e continuar a jornada. Enquanto andavam teve tempo para pensar no que faria depois dali, seus devaneios foram tomados pela fome que surgia e começou a se sentar incomodada. Quando chegou num ponto que não conseguia pensar em mais nada além da fome, o grandalhão resolveu que deveriam fazer uma pausa, agradeceu aos deuses.

O grupo se juntou para comer e Ayame manteve uma certa distância, ao mesmo tempo que o casal. Dividiu sua comida com quem precisasse e então comeu um pouco com água, estava muito tempo sem comer e se houvesse alguma luta, Ayame poderia dar problema ao grupo. Não conseguiu deixar de olhar o casal de soslaio e suspirou.

Infelizmente aqueles pensamentos vieram à tona. Haseo. Lembrou de quando ela o esquentava em momentos como este; quando se beijaram desviou o olhar e praguejou, sentindo aquele ardor no peito que já se tornara companheiro. Balançou a cabeça afastando as lembranças e se levantou pronta para ir. As coisas estavam dando certo demais para vir duas pessoas e estragar.

Uma vez todos descansados, partiram para outro lugar. Aquilo não acabava e estava começando a irritar a loba quando surgiu um vento vindo de mais a frente e suspirou, percebendo que estavam perto de uma possível saída.

Quando se deparou com a fenda, apenas observou-os passar e rolou os olhos ao ver o grandalhão preso, sabia que aquilo ia acontecer. Não quis ser a última a passar, tanto que quando o ogro foi passar, Ayame pôs o braço na frente e rostou, passando.

Era impossível descrever em palavras a belíssima vista, o único problema era o que vinha a seguir: escalar aquela maravilhosa cachoeira.

— Duvido muito ter. — Começou, dando uma rápida olhada. — Seria um peso a mais e o cheiro nos acusaria.

Então a corda surgiu e cada um foi se amarrando. Ayame não quiz ser a última e amarrou-se depois de Kirshin. Com a força daquelas águas e umidade nem um bode experiente ameaçaria subir. Amarrou firme a corda na cintura e esperou até chegar a sua vez para escalar. Sentiu os pingos molharem sua roupa e corpo, pisando com cuidado nas frestas firmes, algumas vezes vendo os pelos de seu braço e cauda arrepiarem e ficarem fofos e ela tentavam deixar mais parado mas a tensão e nervosismos eram maiores. Queria que acabasse logo.

por **ADM GabZ** Qua Abr 09, 2014 2:55 am

<Desculpem o atraso! Todos receberam 50 pontos de experiência por conta disso>

Apesar do problema inicial de passar na fenda, todos conseguiram, até mesmo Aldarion. Era óbvio que todo seu tamanho e armadura causaria problemas. Por incrível que apreça o troll Gol'Jin não teve dificuldades, na verdade ele foi por último e aproveitou todo o espaço no gelo criado pela fúria do juggernaut. O grupo ficou estonteado com aquele cenário, nunca haviam visto algo parecido. Apenas o troll não se surpreendeu, parecia mais interessado em assistir Aldarion cuidando de Sabrina com extremo cuidado.

— Ei parceiro, se eu arrotar perto dela ela quebra? HAHAHA!! — Rio o troll, o som se perdendo pela grande caverna. — Parece que ela é de vidro, xapa! Mulheres humanas quebram fácil demais hehehe.

Brincadeiras à parte, o grupo decidiu seguir rio acima. Kirshin sugeriu que pegassem peixes, mas ao se aproximar do rio viu que seria uma tarefa quase impossível: a água era muito rápida e ainda por cima carregava pedaços de gelo pontiagudos.

— Cara, cê tu tentar pescar aí vai é dormir cos peixes! Deve ter aí uns gigante que vão te levar junto mais rápido do que eu engolindo um urso. E isso é rápido pacas! — o troll jogou uma pedra na água. Imediatamente um peixe do tamanho do próprio troll salta do rio e pega a pedra com a boca. Ao ver que não era comida, cospe a pedra e continua nadando. Era impossível ver o que havia dentro da água. — Bora, parceiro!

Então o grupo amarrou cordas na cintura e as ligaram com os companheiros. Kirshin, como foi definido o batedor, ia na frente amarrado ao troll Gol'jin e, a ele, estava Ayame. Era difícil saber se estariam a salvo com ele ou em grande perigo. Já Aldarion e Sabrina foram amarrados entre si e Drake. Ao menos para o primeiro trio a escalada foi fácil: Gol'Jin colocou cada um em um ombro e escalou feito um cabrito. Riu abertamente quando, meia hora depois, o resto do grupo conseguiu chegar ao topo.

Seguiram a perigosa jornada. Arriscaram suas vidas na luta contra o golem, era difícil imaginar o que viria a seguir. A caverna era enorme, o rio passava furioso no meio dela e os respingos faziam o grupo ficar cada vez com mais frio. Por sorte estavam muito bem agasalhados com exceção de Sabrina que usava as vestes de Aldarion, este com maior resistência ao frio graças ao seu vigor acentuado. Mas mesmo ele, se ficasse por mais tempo ali, provavelmente adoeceria.

Foi quando, bem à frente na escuridão, Kirshin avistou luzes azuladas. Avisou o grupo e seguiram cautelosos. Gol'Jin e Aldarion seguravam as tochas acima da cabeça e já sacavam suas armas conforme avançavam.

— Isso são... — Drake se adiantou, forçando Aldarion a ir mais à frente. — Abaixem as armas, não são perigosos.

Ao se aproximarem das luzes, viram que elas se mexiam. Luzes azuis que, aos poucos, o grupo percebeu que tinham formas arredondadas do tamanho de um punho e uma aura que se movia em torno deles feito fogo. Pareciam criaturas etéreas e inofensivas. Elas foram timidamente se aproximando do grupo e os envolvendo.

— São partículas de vida. — Explicou Drake, imediatamente pegando seu caderno para desenhar. — Almas de pequeninas criaturas. Apenas aparecem em locais com fortíssima influência mágica, pois se alimentam dela para poderem reencarnar.

Enquanto Drake falava, Kirshin continuou a andar. Até que sentiu que pisou em algo estranho e se abaixou. No mesmo instante uma flecha de luz passou a 2 centímetros acima de sua cabeça e se cravou na parede. A flecha desapareceu momentos depois.

O grupo ficou em silêncio.

— Eu cheguei a comentar que, na lenda, foi um mago que escondeu a jóia, certo? — Falou Drake sem jeito, mas mal tiveram tempo de falar: desta vez Aldarion que pisou em algo estranho, mas nada veio das paredes. Na verdade, nada aconteceu por alguns segundos.

E o chão sumiu.

Se era possível haver um chão falso mágico no meio de uma caverna com um rio de gelo dentro de uma montanha colossal no norte de uma ilha... era exatamente o que havia acontecido. Num instante estavam todos de pé e, no outro, escorregavam por um túnel de pedra escuro como breu. Todos tentaram se segurar em algo, Aldarion conseguiu segurar na borda, mas Sabrina e Drake foram peso demais para o guerreiro suportar de repente. Caíram pelo tubo, que descia na diagonal mas era perfeitamente liso. Foram apenas alguns momentos de terror, uma sensação horrível de escorregar em meio à escuridão uma vez que as tochas ficaram para trás, e de repente... luz.

E bastante dor.

Finalmente pararam, mas caíram um em cima do outro. O grupo se levantou dolorosamente. Por sorte Aldarion e sua armadura de espinhos caíram sobre Gol'jin que mal o sentiu. Estavam agora numa sala retangular. O piso, logo notaram, era incomum: composto por blocos de pedra, todos eles com desenhos de 4 animais distintos. Leão, lobo, cobra e rato. O único lugar aonde não haviam esses blocos estranhos era na área onde haviam caído.

— Mas que coisa. Visitantes, depois de tanto tempo? — Ouviram uma voz masculina mas estranhamente não humana. Olharam em volta mas tudo que viram foi um gato azul. Ah que bonitinho um gato az... o que?

Spoiler:

Ele estava sentado a 10 metros do grupo. Olhava para todos com profundos e incomuns olhos de fundo escuro. Era como se ele pudesse ver a alma de cada um ali. E talvez pudesse ver.

— O que procuram nessa...miautanha? Prrr — Ele estreitou os olhos e sorria como se já soubesse a resposta e ela fosse amargamente divertida.

— Ham — Drake começou a responder, por mais que fosse estranho conversar com um gato azul. Não que a cor fosse importante. — Somos caçadores de tesouros e estamos procurando o Coração das Montanhas da Neve Eterna...

— O Corrração? Mas que corajosos vocês são. Mas meu mestre me deixou claro que ninguém deveria passar... só quem entende o Corrrração. Se vocês acham que entendem... que tal tentarem me pegar? Meow!

O felino saltou graciosamente até o fundo da sala. O que não seria surpresa se a sala não tivesse uns 100 metros de comprimento! Agora o grupo estava confuso, perdido e ainda por cima tinham que pegar um gato azul... como se a cor fosse importante. Ter que pegar um gato em uma caverna oculta em outra caverna em uma montanha colossal era estranho por si só.

O que fazer?

<Vocês podem narrar tudo até agora, mas apenas uma ação por jogador!>
<São dezenas de pedras feito piso, cada uma tem um desenho único: um leão, ou uma cobra, ou um lobo ou um rato. As pedras são grandes, 1mx1m. Estão espalhadas de forma irregular e aleatória>
<Boa sorte!>

por **Kamui Black** Dom Abr 13, 2014 7:58 pm

- A08 -

Realmente não é possível pegar alguns peixes. Pensou Kirshin, desapontado, mas seguiu com o plano de escalada. Na verdade, ele pouco teve que fazer, uma vez que Gol'jin carregou tanto ele quanto Ayame para cima.

Quando viram aquelas pequenas esferas luminosas, elas pouco interessavam a Kirshin que mal prestou atenção no que Drake estava falando e seguiu em sua função de batedor. Seu humor não era dos melhores. Estava com frio, cansado e detestava a possibilidade de passarem fome no futuro. No entanto, deparou-se com uma armadilha pouco incomum. Maldito! Só agora avisa que é possível que existam armadilhas aqui dentro?

Kirshin, então, passou a caminhar mais cautelosamente que nunca, mas foi Aldarion que acabou ativando a próxima armadilha. E então eles caíram e caíram, no escuro. E Kirshin foi o que ficou com a pior parte, ele havia caído por baixo de todos e depois sentiu o corpo da meio-feral por cima dele, mas mal pode aproveitar a sensação e já foi esmagado pelo peso de Gol'jin e de todos os outros por cima. Era um amontoado de várias raças juntas e de um grupo bastante incomum. O meio-demônio se arrastou debaixo de todas aquele peso e então se livrou do incomodo para poder ver o que lhes aguardava no novo ambiente.

O local era enorme e um estranho gato azul falou com eles. Drake agiu como porta voz e eles receberam o desafio de capturar o estranho ser. Pelo salto que ele havia dado há pouco, certamente que aquela tarefa seria algo muito difícil de se fazer. Mas Kirshin não se preocupava com aquilo no momento. Armadilhas... Pode ser que sejam armadilhas.

Então o meio-demônio se livrou da corda que o prendia aos demais e caminhou em direção ao bloco contendo um leão grafado. Com cautela abaixou-se e tocou a superfície entalhada na pedra a procura de frestas, algum mecanismo ou até mesmo indícios de magia. Se não encontrasse nada, experimentaria subir no bloco, mas já atento para saltar para trás se alguma coisa inesperada acontecesse.

por Sassa Qua Abr 16, 2014 9:16 am

Sabrina observou enquanto Aldarion traçava um plano de ação e todos o seguiam. Satisfeita com as decisões tomadas, ela apenas deixou-se levar pela situação, não estava em posição de discordar nem de fazer comentários, tampouco fez menção de responder às brincadeiras do troll. Não ligou para a sugestão de Kirshin sobre pegar um peixe, sequer deu muita atenção a isso, seu maior e único desejo naquele era poder sair logo daquele inferno gelado e sombrio. Aldarion amarrou a corda na cintura de Sabrina e pediu que seguisse ao seu lado, e foi o que a maga fez, seguir durante todo o trajeto ao lado de Aldarion e sob sua proteção. O frio só fazia aumentar, por mais que as vestes de Aldarion fossem grandes o bastante para cobrir todo o corpo da jovem, era difícil se manter seca ao lado de um rio tão forte como aquele, ainda mais tendo que subir caverna acima seguindo o rio. Mais acima, na continuação do túnel, o grupo avistou pequenas luzes, rapidamente todos pegaram suas armas e se prepararam para batalha, mas não era necessário. Drake informou que se tratavam de seres inofensivos que sobreviviam se alimentando da energia que aquele lugar emanava.

Seguindo pelo túnel, outra surpresa, mas dessa vez mais desagradável. Uma armadilha quase tirara a vida de Kirshin, não fosse por seu senso de percepção mais aguçado, ele estaria caído agora. Sabrina ficou mais atenta a partir deste momento, pois se havia armadilhas ali, significava que estavam se aproximando de algo. Mas mesmo com toda a cautela, o aviso por parte de Drake viera tarde demais, e desta vez, quem pisava numa das armadilhas era Aldarion, armadilha essa que o deixou desolados, literalmente. Num minuto eles estavam pisando em um chão firme, e no outro, já não havia mais nada sob seus pés. Eles então despencaram no profundo vazio, escorregando por um tubo de gelo liso, impossível de evitar qualquer queda, então após longos segundos, eles finalmente atingiram o chão, ou no caso deles, atingiram uns aos outros.

- Ótimo... Agora estamos perdidos. – Falou olhando em volta. A primeira coisa que analisou foi se teriam como voltar lá para cima, pois sem isso, teriam que arrumar um caminho alternativo, e ele podia nem mesmo existir se tratando de uma armadilha. Depois, ela analisou todo o local a sua volta, e notou que não uma armadilha comum, mas sim uma espécie de quebra cabeças, ou era isso que vinha a sua mente quando observava as figuras no chão de pedra. “Será que há uma ligação entre elas, ou é pura coincidência?” Imaginou que subir naqueles blocos poderia ser perigoso de alguma forma, então aguardou que algum dos outros o fizesse. E por ultimo, mas não menos importante... O gato! Sim, um gato, mas não um gato comum. Ele era completamente azul e seus olhos eram de um negrume profundo e vazio. Este parecia sorrir levemente enquanto observava os desajeitados que acabavam de pousar, se levantarem. – Se eu fosse vocês, tomava cuidado com essas placas de pedra no chão. Podem estar ocultando alguma coisa.

por **Goldsilver Ironsteel** Seg Abr 21, 2014 7:22 am

A escalada fora difícil e depois de finalmente vencer o obstáculo, Aldarion foi recebido com zombaria pelo troll.

– Amigo, se você peidar você derruba qualquer um. – Respondeu tirando sarro e depois ignorando todo o resto.

Aldarion adorava brincadeiras e conversas sem sentido em situações de risco, mas apenas quando essas situações não envolviam o bem estar de Sabrina. Com sua amada por perto ele mudava a postura, se tornava mais sério e concentrado porque agora tinha alguém de quem gostava de verdade e precisava proteger, alguém que amava com todas as forças.

O grupo continuou seguindo, caminharam um pouco quando Drake pisou em uma armadilha que por sorte não o matou. Aldarion por experiência sabia que onde tinha uma, tinham duas e imediatamente parou de andar para não ter o risco de acionar outra, infelizmente sue ultimo passo foi o derradeiro. Em uma fração de segundo o chão se abriu e todos caíram em um alçapão. Aldarion por sorte conseguiu se segurar em uma das bordas com uma das mãos e com a outra segurar Sabrina, Drake desesperado agarrou-se ao pé do guerreiro. Era peso demais, ele não conseguiria, tentou erguer Sabrina e jogá-la para fora do buraco na esperança de pelo menos salvá-la, mas não conseguiu e então todos caíram.

A queda, por incrível que pareça, não foi mortal ou danosa, na verdade parecia que todos escorregaram por uma espécie de tobogã que ao final os levou para uma câmara estranha onde foram recepcionados por um gato, um gato azul e falante. Drake logo tratou de responder as questões do gato identificando os propósitos daquele grupo, o gato pareceu ponderar por alguns segundos e então lhes lançou um desafio, uma espécie de brincadeira de pega-pega. Aldarion franziu o cenho, estava descontente com aquilo.

– Diabos me carreguem! – Praguejou.

Aldarion então ouviu as palavras de Sabrina e depois que a mesma terminou de falar ele olhou para ela e sacudiu a cabeça negativamente.

– Acho que você está errada meu amor. Esses blocos diferentes são a chave para vencer este jogo. Quero que vocês pensem, nós enfrentamos um golem de 15 metros que tinha como único desejo matar qualquer coisa que se movesse próximo desta região. Depois um de nós quase morreu pra uma flecha de energia e agora... – Aldarion parou por um momento e olhou o gato. – Agora isto. Não se deixem enganar, esse gato é uma armadilha mortal. Vejam como ele é rápido, vejam o quanto ele pode saltar. Mais importante também, ele parece ser um espírito, eu já ouvi falar que magos poderosos adoram ter um animal mágico como bichinho de estimação e esse gato talvez pode ser o bichinho do mago que construiu isso daqui. Se meu raciocínio estiver correto, esse espírito poderá fugir de nós indefinidamente, sem nunca se cansar diferente de nós de nós que cansaremos e mais cedo ou mais tarde poderemos morrer de fome e sede presos neste lugar.

Aldarion deu uma pausa e se aproximou mais de Sabrina.

– Se eu fosse o mago deste lugar, eu deixaria uma armadilha para testar os intrusos que passaram pelo meu guarda costas para ver o que eles realmente querem. Acho que é isso, essa armadilha é um teste para saber se somos capazes de raciocinar e não possuímos apenas força e poder. Pelos deuses, falei demais. Vamos com isso, vamos resolver esse enigma e sair daqui.

E com essas palavras Aldarion passou sua mão carinhosamente pelo rosto de Sabrina e então seguiu em direção ao bloco que tinha o desenho de um rato. Quando estivesse bem perto primeiro ele tocaria no bloco, se nada acontecesse ele ficaria em cima do bloco. Se ainda assim nada acontecesse ele continuaria investigando de outras formas. Aldarion tinha raciocinado que o rato era a presa natural do gato, se ele quisesse pegar o gato teria que usar algum chamariz, talvez aquele bloco pudesse criar um rato como chamariz para trair o gato. Ele não sabia o que poderia acontecer, talvez algo de muito ruim poderia ocorrer, mas ele tinha que tentar.

por **Ayame** Qui maio 01, 2014 12:21 am

Pelo andar da carruagem imaginou que demorariam para subir pelo jeito que estavam devagar. Teriam que ter um certo cuidado, mas estava redobrado pela presença de humanos. Mesmo assim, até para ela que poderia estar acostumada com isso estava difícil a escalada. Foi então que o Troll pegou os dois e ajeitou-os em seus ombros. Ayame não objetou, pelo contrário, preferiu assim para não fazer muito esforço.

Quando chegaram ao topo ela saltou do ombro do Troll e observou todos caminharem em direção aos pontos de luz. Não chegou a ignorá-los, mas não deu tanta atenção quanto os demais, mas não deixou escapar a informação que foi dada sobre elas, era sempre bom aprender mais um pouco. Ao menos isso a loba estava aprendendo; uma hora tinha que aprender.

Foi então que de repente o chão sumiu sob seus pés e Ayame junto com os demais caíram num tipo de escorregador invisível. Aquilo sim foi assustador, não se lembrava se tinha passado por algo como aquilo antes, mas guardaria bem os sentimentos, pois pensamento não conseguiu ter nenhum por ser tão rápida a descida.

Uma vez lá embaixo...E que aterrissagem maravilhosa. Agradeceu aos céus ter caído em cima dos outros do que o soldado grandalhão espinhudo. Não sentaria por dias. De fato o lugar era estranho. Olhou em volta pela primeira vez e parou os olhos bem no gato azul.... Gato. Seus olhos se fixaram nele e suas orelhas e rabo começaram a se mover rapidamente. Ayame não era um cão, era um lobo, mas entenda como da mesma forma há cão que corre atrás de gato, há lobo que persegue gato-do-mato. Balançou a cabeça, ouvindo sua voz estranha e olhando para o chão. Todos estavam olhando.

Não estava afim de fazer o jogo de gato e rato, queria era pegar ele e dilacerar, mas ao observar a ação dos demais...Viu que a garota não subira em um então podia escolher entre o lobo e o leão. Era meio óbvia sua escolha, e preferiu permanecer nessa ideia. Subiu em cima do lobo, escutando as instruções do grandalhão. Pelo visto o grupo era dividido pelos que tinham inteligência, os que eram astutos e talvez peritos neste tipo de ação, os que simplesmente lutavam e claro o que a Ayame se encaixava que era os que dava apoio, falaria se necessário, dando poucos palpites. Estava ali só para sair e se dar bem com alguma coisa, mas se sentisse alguma coisa errada, certeza que abrir a boca.

Preferiu ficar onde estava, em cima do piso de Lobo, observando o lugar em volta a procura do gato. Estava tensa, esperava que alguma coisa acontecesse quando pisasse na imagem. Como haviam várias, imaginou que cada um pisaria no seu respectivo animal assim que o pisasse pela primeira vez. Não comentou isto, claro, mas se fosse este o caso, estavam ferrados. Correr atrás de um gato serelepe, ainda um espíritos, e de piso em piso...Era demais.

por **ADM GabZ** Seg maio 05, 2014 1:02 pm

Leão, lobo, cobra e rato. Quatro animais distintos que pareciam esconder um grande mistério. O grupo estava confuso e não sabia o que esperar. Alguns eram muito astutos como Kirshin e Sabrina, outros mas ousados como Ayame enquanto Aldarion e Drake preferiram pensar antes de tomar qualquer atitude. Gol'Jin, por outro lado, pensava se o gato era apetitoso ou se seria apenas puro osso.

— Gol'Jin, acho melhor você esperar a gente te dizer o que fazer, ok? — Falou Drake, inseguro. Não esperava que o troll fosse obedecê-lo, mas deveria tentar. Vê-lo simplesmente correr pela sala atrás do gato parecia um pesadelo caso houvessem armadilhas ali. E de certo haviam. Não seria tão fácil assim. — Aldarion está certo, só precisamos achar a solução disso...

Enquanto Kirshin tocou levemente na pedra com a gravura de leão, Ayame despreocupadamente subiu na primeira pedra com gravura de lobo. O meio-demônio, como foi cuidadoso, acabou não subindo na pedra assim que ouviu um barulho de engrenagem. No segundo seguinte uma flecha cravou-se profundamente no braço direito de Ayame, um palmo abaixo do ombro. Por sorte, Drake a puxou pra trás antes que ela pisasse em outra pedra.

— Está maluca?! Quase morreu! — Drake olhou para os demais que fitaram a garota alarmados. — Pelo menos agora sabemos que essas drogas acionam armadilhas.

Aldarion cerrou os dentes. Se fossem apenas flechas, sua armadura o protegeria. Mas, na verdade, estava disposto a continuar com sua idéia: o rato. Deveria haver algum jeito de atravessar aquela sala sem maiores problemas, deveria arriscar...

Pisou na pedra com gravura de rato. Nada aconteceu.

O grupo respirou aliviado.

— Orrrra, um grupo aonde ninguém morreu de primeira! Vocês são promissores, aposto até que conseguem sentir a miaugia deste lugar. — O gato sorriu. Mas parecia não ter pressa nenhuma, lambeu demoradamente as costas de uma de suas patinhas enquanto aguardava. Nem parecia que uma pessoa acabou de ser ferida por uma flecha mortal.

<Ao que parece, a plataforma de lobo aciona uma armadilha com flechas. A de rato, no entanto, parece inofensiva. O que farão??>
<Ayame recebeu 10% de dano. Se retirar a flecha terá sangramento caso não feche a ferida. Terá dificuldade em usar o braço direito>

por Sassa Sáb maio 10, 2014 12:25 pm

O gato havia proposto um desafio, mas que aparentemente era impossível, pois como Sabrina havia imaginado, as placas desenhadas escondiam armadilhas. Sabrina viu quando a garota que havia sido trazido junto com ela pelo troll, ativara uma delas, e não pode deixar de acha-la uma tremenda tola por se arriscar de tal forma. Sabrina apenas balançou negativamente a cabeça e voltou ao seu pensamento inicial. Viu Aldarion se preparar para pisar numa das placas, a garota tencionou seus músculos na hora, estava apreensiva com o que aconteceria a ele, mas o que veio a seguir foi uma surpresa para ela. “O lobo ativa armadilhas com flechas, já o rato é inofensivo...” – Deve haver um padrão que envolve esses desenhos, mas testar cada um deles seria uma tremenda burrice. Seria mais fácil usarmos um pouco a lógica, se o rato não fez nada, usemos somente os pisos que tenham o rato entalhado. – Sabrina concluiu que fazendo isso, as chances de sobrevivência do grupo seriam maiores, mas ela se irritava a medida que o gato provocava o grupo. Era como se ele estivesse, no fundo, instigando ao grupo a ficarem nervosos e deixarem de pensar, para que no fim, todos caíssem nas armadilhas e morressem.

Ignorando as provocações do bichano, Sabrina resolveu fazer o mesmo teste que Aldarion, pisando no mesmo quadrado que ele havia pisado antes, apenas para confirmar sua hipótese. Se estivesse certa, ela pediria ajuda a seu campeão para que pudesse pisar no segundo quadrado com o desenho do rato. Caso algo lhe acontecesse, ela precisaria da ajuda de Aldarion para voltar em segurança, sem que acabasse pisando em todos os outros quadrados no processo. Se desse certo, ela continuaria fazendo o mesmo trajeto até se aproximar do gato, seguindo sempre pelos quadrados com o rato desenhado. – Ajude-me aqui, Aldarion. Vamos tentar seguir apenas os pisos com o rato entalhado.

por **Goldsilver Ironsteel** Seg maio 12, 2014 4:14 pm

Apesar da flecha mortífera que por sorte não findou a vida da garota de cabelos vermelhos, Aldarion não se intimidou, protegido por sua couraça de ferro ele subiu na gravura prendendo a respiração e com o sangue gelando nas veias como se esperasse sentir uma grande quantidade de dor. Mas pra sua felicidade nada aconteceu e logo Sabrina começou a fazer suposições inteligentes a respeito de tudo aquilo.

– Ajude-me aqui, Aldarion. Vamos tentar seguir apenas os pisos com o rato entalhado.

Ordenou sua amada. Aldarion sacudiu a cabeça negativamente e a segurou antes de seguir com o planejado.

– Não amor, isso está fácil demais. Desvendamos parte do quebra cabeça, o lobo é parente do cão, o cão é inimigo do gato, a cobra é esguia e sorrateira mas não é astuciosa, o felino, talvez ele não acione nenhuma armadilha, talvez ele sirva para fazer uma combinação com o rato. Já o rato por si próprio é um animal esguio, astuto e adaptável.

Depois de dar suas primeiras explicações o guerreiro se aproximou da garota ferida, Ayame, na intenção de ajudá-la, ele não era um médico mas já havia participado de tantas batalhas que acabou adquirindo noção de primeiros socorros. Ao chegar bem perto dela repousou uma de suas mãos sobre o ombro da garota e então começou a falar.

– Relaxe, me deixe ver isso, hummm parece que entrou com profundidade. – Disse ele analisando a flecha e levando sua segunda mão ao objeto.

Se a flecha estivesse fincada apenas na carne, Aldarion a empurraria para sair do outro lado porque pontas de flechas eram feitas para a carne se fechar de forma a abrir um buraco horrendo ao serem removidas, se houvesse um osso no caminho ou a travessia da flecha fosse causar muitos danos, Aldarion faria uma operação usando sua faca e com a ajuda de Drake removeria a flecha e estancaria o ferimento com um torniquete improvisado com tiras de sua própria roupa.

Com o ferimento da jovem tratado, o guerreiro voltaria às suas conjecturas. Aldarion agora estava pensativo analisando o lugar, até mesmo as palavras do estranho animal eram captadas por seu raciocínio atento. Até que algo lhe chamou a atenção.

– SIM! Mas é claro! Sentir a magia deste buraco. – Falou o guerreiro à seus companheiros. – Meu amor, o que eu tenho de força me falta de sensibilidade mágica, por favor eu peço a você minha senhora que use seu dom para nos guiar. – Falou o guerreiro pegando nas mãos de Sabrina com todo o cuidado e carinho que podia.

– Não basta apenas saber o caminho precisamos de um plano para capturar o animal falante. Talvez as armadilhas desse lugar sejam acionadas por mecanismos mágicos que se rearmam infinitamente... O próprio gato já falou que não somos os primeiros a pisar aqui. Talvez detectando onde não tem magia e onde tem podemos seguir em frente.

por **Kamui Black** Seg maio 12, 2014 9:46 pm

- A09 -

A analise que Kirshin fazia acabou sendo inconclusiva devido ao fato de que Ayame se precipitou e acabou acionando uma armadilha. Os acontecimentos - ou ações, no caso - acabaram colocando o meio-demônio numa posição de observador. Atentou-se pelo fato do quadro do rato não acionar qualquer armadilha e ouviu a conclusão - apressada, ao seu ver - de Sabrina e os contra argumentos de Aldarion. Com base nisso começou a articular suas próprias teorias.

Os fatos que temos até agora é que o lobo aciona uma armadilha de flechas e o rato não aciona armadilha alguma. Entretanto, como o guerreiro observou, isto pode não ser um padrão constante. Uma analise de energias também poderia ser útil se essa garota for capaz de fazer isso, talvez nos revele alguma coisa, ou talvez não revele nada.

Apesar de começar a desenvolver algumas teorias, Kirshin preferiu guardar suas conclusões para si mesmo ao invés de verbalizá-la. Preferia ter certeza do que falava antes de dizer qualquer coisa para os demais presentes.

Deve existir algum padrão nestes pisos desenhados, mas as informações das quais disponho são inconclusivas. Droga! Preferia muito mais que isso fosse um combate, aí não teria muito o que pensar. Preciso de mais pistas, preciso analisar essa situação mais um pouco e talvez esperar alguém fazer mais alguma coisa.

Passou a observar os detalhes do ambiente. Começou a reparar na maneira como os pisos estavam dispostos, se existia algum padrão. Por exemplo, se em uma linha reta todos os animais seguiam a mesma sequencia até o final, ou se havia algum outro tipo de padrão que se repetia. Também observou as mesmas coisas no sentido lateral. Reparou também se todos os desenhos eram iguais, ou se haviam ligeiras diferenças entre as posições em que os animais estavam em cada quadro. Procurou, também, por alguma figura diferente das quatro existente. Sempre era possível ter um quadro singular que eles ainda não haviam percebido. Esperava colher informações suficiente para algo conclusivo, ou teria que se arriscar com uma flecha no escuro.

OFF - É, GabZ, acabarei abusando de suas habilidades descritivas no próximo post =D

por **Ayame** Qua maio 14, 2014 10:40 am

O que aconteceu não foi nenhuma surpresa, sentiu uma ardência no braço e olhou a tempo de ver a flecha cravar em seu braço. Suspirou. Sorte que sempre carregava agulhas e linhas. Lembrou de quando costurou o ferimento em sua barriga, só seria um pouco maus difícil por estar sem um dos braços.

Se preparava para tirar a mochila quando foi abordada por Aldarion. Se isso fosse há dois anos atrás rosnaria e o enchotaria como um cao. Apenas levantou as sobrancelhas e deixou que cuidasse. Rosnou algumas vezes, principalmente ao tirar a flecha, aguentando firme as dores olhando para o lado contrário para não atrapalhar. Ao final, respirou fundo e baixou o braço devagar sentindo a ardência.
- Não pode garantir que o rato não terá uma armadilha na próxima vez. O mesmo vale para o resto.

Sabia que tinha sido armadilha e observava o resto do grupo tentar pisar nas outras. Observou também como estariam as proximas marcas de animais e a qual distância estaria, se todos os pisos eram marcados por animais ou se o restante tinha algum tipo de cor fixa. Estava dificil descobrir alguma coisa se não tentassem algo maluco como ela tentou. So que teve sorte de não ser gravemente ferida. Não estava dando muita atenção ao gato, mas tratou de olhá-lo também, as vezes ele poderia ser alguma pista, afinal os que tentavam capturá-lo simplesmente corriam atrás, não tentava entendê-lo.

por Sassa Qua maio 14, 2014 2:05 pm

Sabrina apenas escutava os comentários dos outros e tentava reuni-los em alguma coisa mais concreta. Ela passava os olhos de forma vagarosa e analítica pelos pisos de pedra, um a um ela ia os analisando profundamente, mesmo que não visse nada de diferente, ela o fazia apenas para ver se algum insight lhe ocorria. Sabrina pensou numa possibilidade, mas antes de testa-la, informou aos demais sobre sua teoria. - Talvez isso funcione igual a uma cadeia alimentar... O rato é a presa da cobra, que depois vira a presa do lobo e por ultimo o leão... - Era uma possibilidade bastante remota, mas que naquele momento, poderia fazer alguma diferença. Ela aproveitou a deixa para observar a reação do gato quanto a sua teoria, para tentar observar alguma mudança de comportamento.

por **ADM GabZ** Sex maio 16, 2014 3:47 pm

[Ayame, ninguém leva uma flechada no braço e suspira como se não fosse nada. Talvez um troll o faria. Descontarei de seu bônus de narração.]

@Katsuo

O meio-demônio observou o local com mais atenção: percebeu pequenos buracos na parede, provavelmente por onde as flechas saíam, e aonde deveria haver rodapés havia apenas um sulco profundo. No teto haviam buracos bem maiores. Parecia bem perigoso. Já os desenhos nas placas eram sempre iguais, não notou nenhuma diferença entre eles além dos animais. Mas percebeu que era possível saltar de rato em rato até chegar ao gato.

@Todos

O grupo discutia como deveriam prosseguir. Alguns estavam desconfiados, outros, confiantes até demais. Assim que ajudaram a tratar o ferimento de Ayame, continuaram a ficar na dúvida se iriam, ou não, avançar. Sabrina tentou achar alguma pista olhando o gato mágico, mas ele apenas fitava o grupo com curiosidade e um sorriso contagiante. Eventualmente lambia sua patinha despreocupadamente. Parecia ter toda paciência do mundo.

Pena que o mesmo não valia para Gol'Jin.

— Broders, cêis enrolam demais! 'Censa! — Entediado e irritado por ser deixado de lado durante TODA a discussão, o troll empurrou o grupo pro lado sem dar chance para ser impedido. E mesmo que tentassem, o que fariam contra um troll de quase três metros?

Gol'Jin avançou, pisando nas placas de ratos com seus enormes pés. Por sorte as placas eram grandes, mas não podia se esperar muito de um troll desajeitado. Acidentalmente ele pisou duas vezes em uma placa de lobo! Cinco flechas se cravaram no troll, e foi como se mosquitos os tivessem picado. Ele sequer notou. Ao final ele pisou em uma placa de gato e uma esfera de metal do tamanho de um crânio caiu do teto e atingiu o troll na cabeça. Ele coçou o local e continuou, atravessando a sala. Virou-se para o grupo e deu risada.

— Viu?! Fácil! Cêis são tudo mulherzinha! Hahaha! — Ele sentou-se atrás do gato. Por um estranho e misterioso motivo, Gol'Jin parecia apenas respeitar o animal. Ou talvez soubesse que não conseguiria pegá-lo se o gato não quisesse.

— Orra, mas que divertido! E vocês, não vêm? Meaw! — Uma porta atrás do gato começou a se abrir devagar, apenas esperando o grupo atravessar.

[Aqui é crucial uma coordenação de grupo. Se houver discordância em alguns pontos, vou considerar que vocês se desequilibraram e pisaram na pedra errada! Cuidado e boa sorte!]

por **Kamui Black** Dom maio 18, 2014 4:05 pm

- A10 -

Divertido, eh? Gato maldito, eu só queria poder tocar você, tocar e destruir. Apesar da certa raiva que sentia por aquele gato, Kirshin concentrou-se nas novas descobertas que havia feito. Será muito simples atravessar isto aqui, aparentemente. Toda vez que o troll pisou no rato nada aconteceu, porém todos os demais acionam uma armadilha diferente.

- Eu irei primeiro. Acho que agora é seguro atravessarmos pisando nos ratos. Apenas devemos manter alguma distância entre nós para evitarmos que um atrapalhe o outro.

Assim que declarou sua intenção, Kirshin colocou-se em movimento. Avançou pisando apenas nos quadrados onde havia um rato grafado. Enquanto avançava, porém, manteve-se atento aos furos na parede de onde devia vir as flechas. Também fez o possível para evitar os grandes e perigosos buracos do teto - sabia que sua cabeça não resistiria tão bem quanto a do troll.

Quando chegou ao outro lado deu uma longa e demorada olhada no gato, mas sequer tentou agarra-lo. Passou direto para a porta que se abria e, cauteloso, deu uma boa espiada no que havia lá dentro. Esperava que estivesse diante do tão cobiçado tesouro que procuravam, mas também estava prevenido contra uma outra possível armadilha.

por Sassa Qua maio 28, 2014 8:38 am

Enquanto o gato ria da desgraça alheia, Sabrina e o restante do grupo quebravam a cabeça para tentar desvendar o mistério das placas, mas eles não contavam somente com um pequeno detalhe. O troll! Sim, o troll havia sido esquecido momentaneamente durante toda aquela tensão, tanto que no momento que este se manifestou, Sabrina levou um pequeno susto. – E-Ei... – Não adiantava, já era tarde demais, ele já estava na primeira placa quando Sabrina enfim se deu conta do que ele estava fazendo. Instintivamente a jovem colocou os braços sobre a cabeça e se protegeu, mas ao mesmo tempo, observava atenta os passos do Troll. Viu as flechas fincarem em seu corpo e ele agir a elas como se fossem formigas, viu por ultimo a esfera de metal cair sobre a cabeça dele “Isso deve doer...” Foi o que pensou, mas novamente o troll ignorou como se não fosse nada e continuou, até finalmente chegar do outro lado, colocando-se sentado encostado na parede e zombando dos demais. – Humpf! Pura sorte... – Sabrina aguardou a reação de mais alguém, e Kirshin foi o primeiro, pedindo para seguir na frente e ser acompanhado de longe pelos demais para que não houvessem desencontros no caminho. Assim que Kirshin estivesse a uma distancia considerável, Sabrina seguiria, pisando somente nas placas de rato e tomando o maior cuidado possivel para não desequilibrar e cair.

por **Goldsilver Ironsteel** Sex Jun 06, 2014 1:37 am

Enquanto o grupo discutia as possibilidades sobre o enígma que se apresentava diante deles, as opções iam crescendo e se tornando cada vez mais confusas e junto delas a impaciência de Gol'Jin também aumentava exponencialmente até tornar-se incontrolável.

Sem nenhum aviso o troll se levantou afastando seus companheiros da frente com seus grandes braços, depois de forma desajeitada correu saltitando na sala em direção ao gato tentando pisar apenas nas figuras dos ratos, porém limitado por sua agilidade diminuta acabou falhando e acionando algumas armadilhas. Graças a sua natureza brutal os danos que recebeu mal o feriram.

– Com mil demônios! – Praguejou Aldarion.

O que mais chamou a atenção de Aldarion foram dois detalhes importantes, primeiro a resistência e recuperação a danos do troll o que confirmava que este possuía capacidades regenerativas, segundo a ação que ele fez assim que chegou ao outro lado sentando-se ao lado do gato sem fazer qualquer menção em capturá-lo.

– "Esse troll... Hummm... Será que ele faz parte disso tudo? Será que é amigo desse gato e do feiticeiro que fez tudo isso? Será mesmo que ele capturou as duas garotas por coincidência?

Aldarion conteve suas suspeitas para si próprio reduzindo seu gesto a um simples olhar desconfiado. Depois aguardou Sabrina e o restante do grupo atravessar a sala e somente no final é que ele próprio o fez tomando o cuidado para não ativar nenhuma armadilha.

– Cuidado meu amor, muito cuidado. – Disse ele apreensivo a medida que Sabrina passava pela armadilha.

Finalmente do outro lado o guerreiro apenas iria observar o desenrolar dos acontecimentos, desta vez deixaria Sabrina assumir o controle de toda a situação.

por **ADM GabZ** Qui Jun 19, 2014 4:05 pm

[Pessoal, como a Ayame atrasou muito mas teve bons motivos, não vou prejudicá-la. Mas todos exceto ela recebem 100 pontos de experiência pelas duas semanas de atraso]

[Por este desafio e pela aventura até então:

• Aldarion recebeu 400 pontos de experiência mais 200 por bônus de narração
• Kamui Black recebeu 400 pontos de experiência mais 200 por bônus de narração

• Sabrina recebeu 400 pontos de experiência mais 200 por bônus de narração.

• Ayame recebeu 300 pontos de experiência mais 100 por bônus de narração.]

@Todos

A passagem foi tranquila, ao menos olhando de fora, pois todos ainda estavam apreensivos e temendo pisar na plataforma errada.

— Meaw! Finalmente! Até que demoraram, purrr. Sigam-me...! — O gato falou lentamente, como de costume, e entrou pela porta. O grupo o seguiu, temeroso.

Era uma sala escura. Na verdade, um breu total. Mal conseguiam ver uns aos outros e conforme se afastavam da porta, ficava pior. A única coisa facilmente visível na escuridão era o gato que brilhava em um tom azulado. Sem muita escolha, decidiram seguí-lo.

[Neste turno cada jogador receberá uma PM com sua narração separada. Quero passar uma idéia mais profunda e ver a ação de cada um. Por favor, não mostre sua narração para mais ninguém!]

EDIT: Já que todos postaram, segue abaixo a PM que cada jogador recebeu.

Spoiler:

[Este turno vai ser puro bônus de interpretação, valendo até 400 pontos. Se esforcem ao máximo!]

por Sassa Qui Jun 26, 2014 9:29 am

Depois que atravessou o primeiro dos obstáculos, Sabrina sabia que seria impossível pegar aquele gato, pelo menos por agora. Uma vez que ninguém havia demonstrado nenhum interesse em tentar captura-lo, a jovem maga apenas seguiu pela porta que se revelara do outro lado. Aos poucos enquanto caminhava, sentia um incomodo em seu peito, ao mesmo tempo em que a escuridão total tomava conta do ambiente, imersa nas trevas naquele lugar frio, Sabrina se assustou ao ouvir um sussurro em seu ouvido. – Gah... – A voz falava de forma dura, fria, mas inegavelmente verdadeira em suas palavras. Sabrina era de longe a menos interessada em trabalhar em conjunto naquele lugar, pensava unicamente em si e em seus próprios fins, ou pelo menos era assim que ela mesmo pensava que era. “U-Uma bomba?” Sabrina se apavorou, e com isto ela parou de andar, estacou no lugar onde estava, em meio as trevas e sozinha. Não porque quisesse salvar os demais, tampouco se importava com eles naquele momento, sua única preocupação era consigo mesmo, por enquanto... “Será que essa sensação...” Sabrina levou as mãos ao peito instintivamente, mas em sua mente, somente o pavor de ter um fim tão aleatório. “Quando aconteceu? Como? Quem? Por que eu?” Talvez fosse carma, ou simplesmente uma forma de punir Sabrina e Alice por seus pecados, independente disso, a jovem estava confusa, e a situação a deixava ainda pior.

No escuro total, seu pânico só fazia aumentar, ela sentia como se o chão ao seu redor fosse rachar e se abrir, jogando-a num abismo infinito. Tinha medo de dar um passo adiante, tinha medo de voltar e morrer de forma precoce, tinha medo até de continuar respirando. “Está com medo, Sabrina?” Alice falou ríspida em sua mente... “Porque temes a morte? Já esteve face a face com ela tantas e tantas vezes... Porque teme tanto morrer agora, sem nem ao menos cogitar que isto pode ser simplesmente uma mentira?” Sabrina parou e respirou fundo... Alice tinha razão, por que se apavorar tanto? Esta não era a primeira vez que se via diante da morte, e poderia não ser também a ultima. Mas por que ela se apavorara tanto com a ideia de morrer? “Talvez você não seja tão egoísta quanto pensa ser... Seu medo de morrer, Sabrina, se resume a uma única palavra... Amor.” Amor? Sim, amor. Amor àquele que a tirou do meio da escuridão e a fez mulher novamente, amor àquele que trouxe a razão de viver novamente ao coração da jovem. Amor a Aldarion. “Se eu morrer, ele também morre... Ele não tem culpa por eu ser assim, ele não merece isso...” Sabrina poderia se considerar egoísta, e de certa forma até era, pois não se importava com mais ninguém dali, mas uma coisa era certa. Ela prezava tanto pela vida de Aldarion, quanto a sua própria.

- Aldarion... Venha aqui... – A jovem falou baixo, Aldarion provavelmente já sabia que Sabrina não estava bem, ele conseguia sentir o pânico no coração da jovem. Mas em momento algum, sua ligação com seu amado estivera tão forte quanto agora, próxima de um possível final. Sem dizer mais nada, assim que sentiu o guerreiro próxima a si, ela o abraçou, e ali ficou durante algum tempo. E esperou, apenas esperou... Se tivesse que morrer, morreria amando...

por **Goldsilver Ironsteel** Sex Jul 11, 2014 6:31 am

Aldarion seguia junto ao grupo, não gostava daquele gato, não gostava daquele lugar, não gostava de Sabrina estar ali passando perigo, mas gostava de tudo aquilo como um todo, afinal ele era um aventureiro. Quando viu o lugar escuro para o qual o estranho animal os estava guiando, Aldarion parou e tirou uma tocha de seus equipamentos, rapidamente a ascendeu com sua pederneira e isqueiro e então voltou a caminhar puxando Sabrina para trás dele.

— Fique atrás de mim, mestra, quem pode dizer que perigos existem adiante? — Disse ele.

E então com passos curtos e incertos, Aldarion seguia, os sentidos a flor da pele. O lugar para onde estavam indo era tão escuro que a luz da tocha mal conseguia iluminar adequadamente. Aldarion estava absorto naquela situação quando escutou algo, um sussurro sinistro como se alguém estivesse as suas costas falando por cima do seu ombro.

Aldarion virou imediatamente para ver quem era e viu apenas Sabrina, então escutou a voz estranha dizer-lhe com um tom seco e sarcástico que Aldarion possuía uma bomba mágica em seu corpo que explodiria e mataria a todos menos ele. O guerreiro podia sentir claramente que aquilo não era uma ameaça vazia, seu peito agora pesava como se dentro dele houvesse uma bola de chumbo, a cada segundo que se passava essa sensação piorava e parecia que ele iria explodir em pedaços a qualquer momento.

— Maldições abissais! FIQUEM LONGE DE MIM! — Gritou o guerreiro movendo-se para se afastar do grupo especialmente de Sabrina.

Ele tinha que encontrar uma forma de garantir que ninguém sairia ferido e a melhor maneira seria se afastando dos demais. Mas então uma fagulha de sabedoria reluziu em sua mente como um raio de luz cortando a escuridão da ignorância. Não adiantaria correr, a explosão com certeza pegaria a todos, Aldarion então se preparou para fazer aquilo que ele fazia de melhor, resistir.

— MALDITO SEJA! ESSA MAGIA BARATA NÃO VAI PREVALECER SOBRE MIM!!! — Gritou em fúria.

Aldarion então começou a concentrar todo o seu vigor, toda a sua resistência física para conter aquela magia sinistra usando tudo que havia aprendido na Academia de Magia. Talvez ele tivesse uma chance, mas então ele sentiu uma outra sensação ruim apertar seu coração e imediatamente percebeu o que estava acontecendo, Sabrina também estava condenada.

O desespero dominou seu ser, não, ele poderia morrer mas ela não! Um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente e o tempo parou, naquele momento próximo da morte iminente quando você vê toda a sua vida passar diante de seus olhos. Lampejos do passado atravessaram sua percepção e ele viu tudo o que ele era e tudo o que ele queria ser, mas ele viu muito além disso, ele entendeu.

Se Sabrina morresse, ele também morreria, mas mesmo sabendo disso ele estava disposto a se sacrificar para salvá-la, e ele faria isso mesmo se sua vida não dependesse da vida da jovem. Ele a amava, sim ele a amava com toda a força do seu ser, da sua alma.

Sua visão se turvou, o ambiente ao redor mudou, ele sentiu o aroma de rosas invadirem suas narinas, sentiu a brisa doce da manhã refrescar seu rosto. Quando se deu conta ele estava em uma colina coberta de grama com Sabrina a frente dele, um lugar onde os dois haviam estado e se amado dias atrás. Ele a via, bela como era, olhando para ele sorrindo, então a jovem ergueu os braços e o chamou.

Aldarion correu até ela naquele delírio de morte sem se dar conta que também o fazia na realidade, quando finalmente sua mente o trouxe de volta do sonho ele se viu abraçado a Sabrina e entendeu que ela desejava passar seus últimos momentos amando-o. Ela havia desistido.

— "NÃOOOOOO!!! NÃO! NÃO! NÃO! EU VOU SALVAR VOCÊ"! — Essas palavras não forma ditas, foram pensadas e Sabrina pode ouvir. — "EU TE AMO"!

Agora que estava abraçado a sua amada, Aldarion tornava a ligação que tinha com ela completa, levada a um nível mental, espiritual e físico além da compreensão. E ele usaria aquela ligação, aquela força, a força do amor dos dois combinadas para salvar suas vidas. Reunindo forças do fundo do seu ser, de tudo o que ele era e de tudo o que Sabrina representava para ele, ele tentou resistir não apenas a energia em seu corpo, mas também a que estava nela de forma que puxaria para si próprio toda a carga.

Sabendo que não poderia resistir a duas cargas de energia como aquela, Aldarion tentaria apenas conter a explosão para que no máximo ele morresse desintegrado de forma que a energia não escapasse na forma de uma explosão. Ali, abraçado com sua amada ele passaria os últimos segundos de sua vida amando-a e tentando salvá-la.

Informações:

Spoiler:

por **Ayame** Sex Jul 11, 2014 8:11 am

Enquanto todos discutiam uma forma de como passar para o outro lado, o Troll perdeu a paciência e atravessou o local até uma porta sem nem ligar para os perigos que surgiu. Foi facil ver a cara de surpresa que todos fizeram, inclusive a loba. Tinha esquecido completamente o troll que se irritou com o ferimento. Deu uma olhada demorada para ele e se juntou aos outro, caminhando somente pelas marcas de rato até chegar à porta. Fez o mesmo que Aldarion, Observou o que poderia ter ali dentro com curiosidade.

Então o gato falou novamente e o próximo passi era segui-lo por ali. Ayame é um ser noturno, mas mesmo assim ela não enxergava absolutamente nada. Aquilo era novo para ela e demorou para se acostumar, mas percebeu que havia muita magia ali. A única forma para andar ali era seguindo o gato brilhante. Não sabia o quanto iriam andar muito menos quando cairiam numa armadilha. Sendo assim, era hora de confiar em sua intuição além do sexto sentido feminino.

~ Primeira Pessoa ~

Dentro daquela escuridão o grupo tentava emitir alguns sons, inclusive eu, para sabermos mais ou menoa onde cada um estava. Agora meus sentidos se dividiam e a dor em meu braços começava a me incomodar de vez. Latejava enquanto eu tentava tirar minha atenção disso. Era difícil mas não impossível. Inutilmente olhei para os lados pensando se em algum momento a claridade que o gato emanava mostraria algo do local ao seu redor. Eu esta a pisando em ovos como todos e parecia que uma eternidade tinha passado e havia tantas outras para passar.

Foram nestes meus pensamentos que escutei um segundo em minha mente e uma presença. Me alarmei por alguns segundos e relaxei, era apenas uma voz. Olhei para frente e apurei meus ouvidos para ver se mais alguém emitia algum som, mas nesta hora era apenas silêncio. Será que todos também ouviam aquilo e prestavam atenção? Dificil saber mas eu tinha um palpite ao analisar o que ouvi: sim.

Aquilo era uma armadilha e todos deviam estar ouvindo coisas provocantes também para desequilibrar o grupo. A segunda pista foi eu notar o peso no peito somente depois que ouvi sobre. Suspirei tentando me acalmar e não respondi nada na mente. Dei um sorriso de canto e mantive minha mente focada num único objetivo que era prestar atenção en algo ao redor do gato para ver se via algo.

Não vou dizer que não me apavorei porque é mentira. Claro que o fato de sentir uma força vinda do peito era sinal claro de que eramos bonecos do mago que provavelmente nos observava e mexia com cada um. Não confio em ninguém de primeira mesmo que salve minha vida, mas não tinhamos tudo a perder - inclusive a vida - se pensássemos em apunhalar uns aos outros antes de chegar ao destino. Seria tolice demais e julgando pelo perfil que tracei do soldado e da garota, não eram assim. Não até chegar ao objetivo uma vez que ali um precisaria do outro. Tentei não pensar nas coisas que foram ditas, apesar de focar minha mente só no caminho, passei a pensar em coisas aleatórias para não dar espaço aos pensamentos que tentaram por em minga cabeça.

Ouvi a voz da garota perto de mim e senti a presença de um vulto passar e ir na direção dela. Eles se comunicariam por voz e era nesta hora que eu também me aproximaria. A garota parecia aflita, o que confirmava minha teoria de que escutavam a mesma coisa ou piores. Talvez algo sobre seu futuro ou relacionamento. Estava com medo e isso estava claro em sua voz trêmula. Isso era bom pois até ali uma voz poderia enganar e nos levar para uma coisa pior. E foi pensando nisso que deixei meu instinto falar mais alto me levando para meu lado mais selvagem.

~ Terceira Pessoa ~

A loba então continuou a andar mantendo dobrada atenção e tentando não pensar na pressão que sentia no peito. Explodir não era uma coisa boa, nem se fosse só ela que sobreviveria. E se todos explodissem menos ela? O que ela teria de enfrentar sozinha que poderia matá-la sem esforço. Seria burrice acreditar, definitivamente. Mas claro que, sendo verdade ou não, a pulga atrás da orelha já estava plantada. Seguir o animal era a única opção. Ruídos seriam até uma boa se eles não pudessem ser copiados por qualquer outra criatura e cair numa armadilha.

O que Ayame pensava provou ser certo quando Aldarion começou a gritar. Não seria possível que em todos haja uma bomba se a voz dizia que era só nela. Pelo susto que o guerreiro dera, a loba deu um passo para trás.

- Acalme-se homem! Isso deve ser mentira para nos assustarmos e voltarmos uns contra os outros. A voz tinha dito que somente eu estava com a bomba e não vocês.

- Pelo visto a mesma coisa foi dita para todos nós. De duas uma: estamos sendo enganados e ele está querendo nos deixar nervosos ou apenas um está com a bomba ou...o gato se conseguimos pega-lo. - E olhou para ele.

por **Kamui Black** Sex Jul 11, 2014 11:56 am

- A11 -

Off: Até a Aya respondeu antes de mim o_0

Logo após entrarmos naquela sala escura uma voz ressoou em minha cabeça. Era aquele maldito gato que estava conversando comigo por telepatia. Por um momento o medo tomou conta de mim devido a revelação e o sentimento de energia que crescia em meu peito. Chegava a ser algo desesperador pensar que alguém havia conseguido fazer aquilo comigo, que eu estava assim tão vulnerável a ponto de nem perceber quando aquilo foi feito. Eu não queria morrer de maneira alguma. Não temia a morte em si, mas sim o que eu teria que enfrentar no inferno depois de tudo aquilo passar. Eu tinha esperanças de um dia conseguir me tornar um demônio completo e retirar de mim esta fraca parte humana.

Mas depois do temor inicial eu consegui uma certa calma, embora sentisse meu coração acelerado e prestes a explodir devido aos momentos de tensão. Tentei organizar meus pensamentos, embora fosse algo difícil de se fazer devido a tensão pela qual eu estava passando. Cheguei a conclusão de que aquilo tudo poderia ser apenas um blefe. Seria realmente possível implantar uma bomba mágica sem sequer encostar em mim? Meus conhecimentos nas artes arcanas ainda eram muito baixas e pretendia adquirir mais experiência nesta arte o mais breve possível. Mas com o que eu conhecia no momento era impossível ter certeza de se aquilo era falso ou verdadeiro. Certamente a intensão dele era que eu me voltasse contra os outros membros do grupo. Mas eu não fiz nada além de permanecer imóvel por um tempo. Pude ouvir certa urgência na voz de Aldarion e percebi pelo deslocamento de ar que ele se movimentava de maneira veloz, talvez em direção da suposta maga humana. A meio-feral parecia tão quieta quanto eu. E, então, decidi que tentaria conversar com aquele estranho ser que dizia ter implanto uma bomba em meu corpo.

Gato. pensei enquanto voltava meus pensamentos para a criatura, tentando envia-los à ele. Você tem me julgado muito mal. Admito ser metade demônio e que um sangue negro e corrompido corre em minhas veias. Admito ter tendências violentas a maior parte do tempo e admito ser ganancioso, embora mais por poder que por riquezas mundanas. Mas julga-me mal ao pensar que eu trairia este grupo apenas para ficar com o suposto tesouro escondido nesta montanha. Estou curioso para saber o que ele é e o que faz, mas nunca sequer passou pela minha cabeça a possibilidade de matar as demais pessoas deste grupo para obtê-lo. Eu sequer o desejo para mim. Se estou aqui é porque fui contratado por Drake para traze-lo até este local. E, sim, pretendo deixar que ele fique com o objeto que deseja encontrar desde que pague o que é meu por direito pela escolta. Então, se esperava que ao me ameaçar com esta tal bomba me colocaria contra os demais nesta sala, sinto informa-lo que esta muito enganado e não moverei sequer um dedo exceto se for para me defender.

por **ADM GabZ** Ter Jul 29, 2014 11:56 am

Esta campanha foi PAUSADA por tempo indeterminado, estou muito atarefada e não poderei continuar por enquanto. Desculpem!

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