[Comum] Castelo Negro

por NR Lima Limão Ter Abr 08, 2014 2:26 pm

Post de status dos personagens.

Skazka
PV 100%
PE 100%
Status: Normal.

Eric
PV 100%
PE 100%
Status: Normal.

Gin
PV 100%
PE 0%
Status: Normal.

Silmeria
PV 97%
PE 0%
Status: Normal(?)

por NR Lima Limão Ter Abr 08, 2014 8:11 pm

Skazka – Floresta Algreen

Skazka estava ao lado de Tigel naquele momento. Sua curiosidade aguçada após a batalha, precisava saber como era por dentro daquele totem que os atacara tão inesperadamente. Skazka analisou bem a situação, enquanto Tigel pulava e rondava a região em busca do que fazer, mas ambos foram interrompidos por algo diferente. Um novo inimigo? Talvez. Uma luz azulada irrompia em meio a mata, tão forte quanto o clarão de um trovão. Skazka chegou a ficar estupefato por alguns segundos com tamanha luminosidade repentina. Assim que o clarão passou, um ponto de luz permaneceu ao fundo, mas este, movia-se no fundo do cenário, quase nos limites da visão de Skazka, ou até mesmo de Tigel. A luz movia-se em uma velocidade lenta, às vezes dava uma parada, mas depois continuava novamente, parecia chamar o homúnculo de alguma forma. Skazka, por outro lado, não conseguia identificar a origem, muito menos do que se tratava a tal luz, mas sentia-se atraído por ela, um desejo imenso de saber o que era e onde ela o levaria.

Gin – Floresta Endless

Para um lutador simples e objetivo como Gin, a ideia de ter toda uma hierarquia dentro daquele lugar, o deixava entediado. Ele estava ansioso pra uma luta, ansiava por demonstrar suas habilidade, seja com quem fosse. Ele seguia Condor e Lutral até a tal arena escondida em meio a Endless, mas sua desconfiança, não o deixou marcar com clareza cada lugar por onde passou. Choudon vinha acompanhando de perto, ele como um animal de sua espécie, estava bem em seu elemento, seu habitat natural, logo não fora nada difícil acompanhar seu mestre sem ser notado, até que o próprio o dispensou para que pudesse aproveitar melhor a floresta. Já dentro da grandiosa arena, Gin encontrava-se próximo da construção onde o Orc havia dito, quando fora surpreendido por um imenso clarão azul. Inicialmente tudo ficou azulado, Gin mal podia ver nada com tamanha intensidade da luz, mas em poucos segundos tudo passou, e apenas um ponto de luz restou no céu, como uma estrela. Esta porem parecia se aproximar cada vez mais, e à medida que esta se aproximava, tornava-se maior e mais rápida. Gin então percebeu algo que o deixou animado e ao mesmo tempo preocupado. Aquilo estava se direcionando para a área, ele bateria bem no centro da grande clareira, mas a questão que o preocupava era. Será que aquilo fazia parte do show? E se não fizesse, que estragos causaria ao se chocar com o centro da clareira a tal velocidade?

Gin não precisou esperar muito para ter suas respostas. O ponto de luz ganhou velocidade em um tempo absurdo, e em poucos instantes, ele já estava tão rápido quanto uma flecha. Ele atingiu com tudo a grande torre que ficava no meio das 3 arenas, causando muita destruição e uma enorme nuvem de poeira, que cobriu metade da clareira. Gin que não fazia a menor ideia de onde vinha aquilo, logo que percebeu que não se tratava apenas de uma estrela cadente ou coisa parecida, por no fundo, uma silhueta azul brilhante, de formato não muito convidativo se mexia destruindo tudo que via. Seus sons eram similares aos de um dragão, e seu corpo, era uma mistura de um grande macaco, com asas e 4 braços e cerca de 5m de altura.

Silmeria – Templo de Janiya

Silmeria estava do lado de fora templo, contemplando os arredores após uma difícil tarefa. Ela havia cumprido com sua missão, e agora decidia qual caminho seguir, enquanto sentia-se muito satisfeita com as recompensas ganhas por sua tarefa bem feita. Ela olhava atentamente dentro de um dos frascos com o tal elixir de cura milagroso, perguntando a si mesma se seus efeitos eram realmente tão poderosos assim. A única coisa que Silmeria talvez não imaginasse, é que fosse necessitar daquele elixir antes mesmo do que imaginava. De dentro da floresta da tortura, um claro cegou a jovem mestiça, deixando-a atordoada por breves segundos, mas no momento seguinte, uma visão terrível tomou conta de tudo. Um ser estranho surgia em meio as arvores mortas e desfolhadas, uma enorme serpente semitransparente, de cor azulada. O animal mais parecia uma alma, porem era tão grande que seu arrasto produzia uma trilha profunda no solo a sua volta, indicando que aquele ser tinha alguma consistência e não se tratava apenas de um fantasma. Ela deveria ter cerca de 8m de comprimento e vinha direto na direção de Silmeria.

Eric – Porto Real

A noite caíra sobre o porto e a maioria das pessoas agora havia ido embora, deixando tudo numa calmaria sem par para um lugar como aquele. Pouquíssimas pessoas eram vistas, mas as que se arriscavam a andar pela madrugada no porto, tinham passadas rápidas e ignoravam qualquer outra presença ali. Eric havia ficado o dia todo no porto ajudando o dono do restaurante, e como compensação por tê-lo ajudado, deixou que o membro da igreja da luz, permanece ali de graça. O rapaz estava num dos quartos no terceiro andar, e dali, podia ver tanto o cais do porto, quanto o mar. O som das ondas, a tranquilidade que a noite proporcionava logo revelaram o cansaço e sono, e aos poucos Eric pegava no sono. Quando estava prestes a fechar definitivamente os olhos, algo o acordou novamente, um forte clarão azul vindo da janela e em seguida cessou. Eric inicialmente ficou confuso, não ouviu barulho de explosão nem nada parecido, mas tinha certeza que aquele clarão não fora obra da sua imaginação apenas. Ele foi se levantou e foi até a janela, e ali teve uma grande surpresa. Bem a frente do restaurante, do lado de fora no cais, uma figura azulada, semitransparente o observava. Ele olhava diretamente para a janela onde Eric estava, e assim que o rapaz surgiu na mesma, o ser, que se parecia muito com um humano espectral, levantou a mão e fez um sinal como quem chamava o rapaz para fora. Em seguida, o homem saiu andando para esquerda, indo para a parte mais exterior do porto. Eric por sua vez, sentia uma enorme vontade de segui-lo, e mesmo com todas as duvidas que tinha sobre a origem e o propósito daquilo, sabia que tinha que faze-lo.

<É isso ai pessoas, começou a campanha! Vocês devem ter notado, que a aventura iniciou de onde vocês pararam em suas aventuras, talvez em alguns casos eu tenha alterado um pouco o final e a passagem do tempo, para se adequar a situação. O caso é que, vocês começarão separados e no fim, terão que dar um jeito de se encontrarem. Como farão isso eu não sei, ou talvez saiba, mas não vou dizer. ^^
Desejo a todos boa sorte e um bom jogo. o/
Prazo atual até 12 de abril, domingo neste mesmo horário.>

por SKAZKA Qua Abr 09, 2014 11:19 am

Não passara poucos segundos após ele terminar de entalhar as runas em suas garras e dentes, algo aconteceu por perto. Por mais que ele esperasse alguma repercussão por ter destruído o totem, ainda não esperava algo tão.... imediato. Aquele clarão o cegou por alguns momentos, fazendo-o instintivamente ficar em uma posição mais defensiva, protegendo-se contra algo que nunca viria.

Após alguns momentos de apreensão e de visão destituída, Skazka olhou em volta, focando-se na estranha luz que espreitava na floresta. Mais alguns segundos observando o fizeram concluir que a luz não era agressiva, pelo menos de maneira direta. Virando-se para Tigel, que provavelmente estava com o pelo eriçado pelo susto, ele concluiu em sua voz, pausando no meio da frase, como se estivesse formando a sentença enquanto falava:

"Ao que parece,Tigel, nós acabamos de libertar algo decorrente de nossas ações.... não me aparenta coincidência... Pois bem, eu irei segui-lo, se ele me permitir. Ele está nos convidando, esperando por meus passos, e não posso negar um cortejo deste."

E assim começou a caminhar, em direção a luz, calmamente e vagarosamente. Por mais que ele estranhasse a alteração que a luz causava em sua mente, ele não iria parar por esta razão.

por Gin Sex Abr 11, 2014 6:13 pm

Tinha finalmente terminado sua exploração da área para onde havia sido levado. Certamente era um local de torneio e isso muito agradava ao andarilho lutador. Ansiava pelo momento em que poderia subir na arena e brigar valendo dinheiro e prestígio, já que era algo que fazia de graça.

Foi quando um acontecimento acabou por perturbar seu sonho acordado. Por sua experiência em Lodoss, sabia que acontecimentos estranhos sempre resultavam em levar os envolvidos a fazer coisas não planejadas. Não que fosse reclamar, afinal assim se permitia desenvolver cada vez.. porém já estava feliz ali naquele local de lutas.

Sua ideia não foi frustrada. A estranha luz veio e destruiu totalmente uma das torres do local. O impacto, juntamente com os detritos, acabou limpando a área de pessoas. Gin, que havia observando à distância, correu para o local. Foi ali que se animou novamente.

— Ô meu papai do céu.. pra que cruzar um polvo, um dragão e um gorila? — Disse observando o bichento sair do meio da destruição e do entulho. — Dá nisso aí.

Enquanto o PoDrRila ia destruindo tudo em seu caminho, ocorreu a Gin que gostaria de lutar com essa aberração. Afinal, quando que ia ver outro negócios desses? Correu rapidamente e se pôs no caminho da misteriosa criatura, sorrindo enquanto isso.

— CHOUDON! — Gritou. Nesse momento sua criatura levantou a cabeça e foi se encaminhando para seu mestre. — Vou fazer você cruzar com um dragão e depois seu filho vai se atracar com um polvo! Quero um desses pra mim! — Completou. Gin pensou ter ouvido uma bufada de impaciência típica de sua montaria depois de suas piadas idiotas ao gritar isso, mas talvez fosse só sua imaginação.

De qualquer modo, agora seu oponente estava à sua frente. Sua ideia era esperar para ver o que faria enquanto esperava Choudon. Se fosse atacado, tentaria desviar e subir no bicho, mirando suas asas. Teria que neutralizar isso primeiro já que nem ele nem seu símio sabiam voar.

por Laser Beetle Sáb Abr 12, 2014 2:45 pm

Com o sentimento de dever cumprido, uma boa refeição e diversas horas de trabalho, Eric finalmente encontrou seu tão merecido descanso. Assim que os trabalhos na taverna acabaram, o rapaz desmontou na cama, afundado em pensamentos, lençóis e dores. Passara boa parte da noite anterior e a manhã inteira ajudando no navio, e o resto do dia resolvendo os problemas - que ainda não pareciam ter fim - da taverna, levaria algum tempo, mas ele conseguia ver nos olhos de Haldric que a mudança estava acontecendo. E ser parte daquilo enchia o viajante de felicidade.

Depois de tirar suas botas e cintos, largando sua mochila num canto junto com seus "equipamentos", entregou-se ao cansaço e sentiu seus pés pararem de latejar e doer pouco a pouco, ao passo que começava sua jornada à terra dos sonhos. Mas não tão cedo, não. A Luz ainda tinha planos para o rapaz, e dessa vez estou sendo bastante literal.
Um clarão vindo da janela convidou os olhos de Eric a se abrirem, e ele - curioso como é - não conseguiu resistir à levantar e observar o porto mais uma vez. "Pela Luz!" Foi tudo que conseguiu pensar, ao ver um homem feito de pura energia chamando-o para o lado de fora.

Agora, Eric não só era um devoto fiel de uma religião que acreditava que luz era algo divino com consciência própria, como veio à ilha de Lodoss justamente para experienciar os fenômenos únicos que tornavam este lugar tão famoso. Era apenas óbvio que ele só tinha uma escolha naquela situação, mesmo desconsiderando que sua vontade de seguir aquela figura era - aparentemente - parte sobrenatural. Eric se virou e começou a prender seus cintos novamente, quando parou e encarou suas botas no chão com desânimo, pensando no sacrifício que seria voltar a calça-las.

Quase se convenceu a sair descalço.

por **Phyress** Sáb Abr 12, 2014 7:23 pm

Silmeria já sabia que caminho seguiria, provavelmente faria mais trabalhos para o templo logo, mas talvez devesse sumir de Takaras por algum tempo como Julius havia lhe sugerido... Além do mais, sair das áreas próximas do templo não seria algo inteligente a se fazer, não quando sabia que provavelmente estava sendo caçada. Trabalhar para eles lhe garantiria proteção, ao menos era o que imaginava... Mas não teve tempo para se aprofundar em sua decisão, pois logo algo lhe chamou a atenção.

Logo um clarão surgiu, com medo do que estaria por vir juntamente com o receio de que alguém estivesse vindo lhe caçar e aquilo fosse o inicio de um ataque, a mestiça estreitou os olhos, tentando forçar sua visão e, com as mãos, ela segurou seu arco e sua aljava, já mirando em uma direção qualquer, mas sem disparar... O que veio a seguir, porém, a surpreendeu. Uma cobra enorme de 8 metros, azulada e semitransparente, veio em sua direção. Estaria vindo te atacar? Ou até mesmo fazer dela sua refeição?

“Tsc...”

Para a sorte dela, esse tipo de animal se afugentava com fogo: algo que ela sabia usar. Mas Silmeria não queria atrair a raiva daquela cobra para si, talvez fosse possível despistá-la, as florestas ao redor do templo eram mais densas e uma perseguição seria difícil para uma criatura daquele tamanho. Silmeria era magra e esguia, conseguiria se movimentar por entre as árvores com mais facilidade. Além do mais, a área ao redor do templo era protegida.

Com isso em mente, a mestiça fez seu caminho de volta para o templo, mas permanecendo com seu arco em mãos para que pudesse atirar uma flecha flamejante caso a criatura se aproximasse demais e Silmeria julgasse que não conseguiria se afastar sem uma distração. Assim, ela corria por entre às árvores, sempre passando por trás dos troncos dela para dificultar a perseguição da cobra. Permaneceu com os ouvidos atentos aos movimentos que a cobra faria ao rastejar pela grama, assim saberia caso ela estivesse se aproximando ou não.

por NR Lima Limão Seg Abr 14, 2014 10:48 pm

@ Skazka

O homúnculo teve a estranha sensação de estar sendo atraído por aquela luz de alguma forma, uma força sobrenatural que fazia estar convencido de que era realmente seguro seguir aquele objeto. Aos poucos o objeto começava a tomar forma, revelando um belo e imponente cervo espectral, de cor azulada e semitransparente, o animal caminhava calmamente entre as arvores quando parou e olhou para Tigel e Skazka. Ele ficou alguns poucos segundos encarando a dupla até finalmente dar um pinote e correr para cima dos dois. Era uma ação um tanto quanto inesperada vinda de um animal que acreditava-se ser pacifico, mas aquele era um momento em que especular se aquele era mesmo um membro legitimo de sua espécie ou não. Ele vinha em disparada, desviando de galhos e arvores, passando por cima de arbustos e até saltando obstáculos. Quando o ser estava a pouco mais de 5 metros da dupla, ele revelou duas orbes vermelhas no lugar dos olhos, que brilhavam num tom de sangue e soltavam uma leve fumaça de igual tonalidade.

@ Gin

A nuvem de fumaça mal havia se dissipado, mas Gin já estava no meio da ação. Sendo um dos únicos que restara ali, enquanto outros corriam assustados ou eram esmagados por escombros. Ele vu o despencar da fera ao vivo e em cores, e assim que assimilou sua imagem, não pode deixar de se divertir um pouco com o que seus olhos lhe mostravam. Choudon não demorou muito a aparecer, após ter visto tal coisa atravessar meio céu e cair no centro de onde seu mestre estava, já era de se esperar que ele viesse para seu auxilio. Homem e macaco agora encaravam a besta, que enlouquecida, batia com as duas mãos no chão, esmigalhando pedra e madeira e causando ainda mais destruição e fumaça, até finalmente notar a presença de Gin ali. Ele olhou para Gin, e Gin olhou para ele. E eles ficaram naquela troca de olhares até que de suas orbitas vazias e profundas, surgiram duas esferas vermelhas pequenas e brilhantes. A fera deu um rugido colossal, bateu no peito varias vezes e correu para cima de seus oponentes. Em seu caminho, dois ou três outros corajosos foram simplesmente estapeados para bem longe, como pequenos insetos sendo varridos para fora do salão. E seu foco parecia ser única e simplesmente o lutador e sua montaria.

@ Laser Beetle

Eric estava pronto para ter seu merecido descanso quando o clarão o chamou atenção. Pela janela, pode ver o chamado de um ser de luz, que em sua inocência e crença no poder da luz verdadeira, ele entendeu como uma manifestação divina. O rapaz rapidamente se arrumou de novo e desceu até o primeiro andar, apenas para ter a infelicidade de ver as portas trancadas. Incapaz de prosseguir pelo caminho mais fácil, ele optou por sair da janela, mas estas também se encontravam abertas tanto, no primeiro, como no segundo andar. Sendo sua única escolha, sair pela janela de seu próprio quarto. O jovem pendurou-se no parapeito e com uma única balançada, conseguiu pousar no chão de terra batida sem muitos prejuízos, apenas caindo sentado na terra e sujando-se levemente. Imediatamente Eric se levantou e olhou para todos os lados, mas de inicio, em sua pressa por encontrar aquele ser iluminado, ele não conseguiu ver onde ele estava. Até ser surpreendido pelo próprio que encontrava-se bem no meio da rua, a sua esquerda, encarando-o com suas orbitas vazias e escuras. Ele estava completamente imóvel, e ali ficou durante um bom tempo. Eric estava num misto de surpresa com certo receio. A figura, que de longe aparentava ser um ser iluminado, agora mais parecia ser uma alma penada. Seu rosto, que não possuía olhos, era enrugado e seco, como se estivesse desidratado há semanas. Seu corpo era magérrimo, e as partes expostas de seu corpo eram tão secas quanto o rosto. Ele possuía pés, mas não andava, sequer tocava o chão, ele levitava a poucos centímetros do solo, mas agia como se estivesse suspenso por uma corda em seu pescoço, com seus pés balançando levemente a cada lufada do ar a sua volta.

@ Silmeria

A arqueira viu a cena se desenrolar à sua frente com preocupação e total insatisfação. Sua situação ali naquela cidade já não era das melhores, para ainda ter que se deparar com tal criatura horrenda em seu caminho. A mestiça olhou para os lados e não vu ninguém, sorte sua. Olhou para trás, mas as portas do templo já se encontravam fechadas, e ela duvidava que conseguiria entrar de novo, não naquele momento. Sua única opção era correr para a floresta ou para estrada. Mas se tratando de um ser de 8m de cumprimento, a floresta era sua melhor opção, ou era isso que ela queria acreditar. Assim que a meia elfa deu seu primeiro passo em direção à mata, o monstro a perseguiu ferozmente, abandonando seu arrastar devagar para seguir como um trem em direção a Silmeria. A mestiça acreditava que as arvores poderiam deter aquele animal, mas sua aposta fora em vão ao perceber que a criatura era tão ágil e flexível, que conseguia ignorar todas elas e ainda por cima, derrubar aquelas que insistissem em ficar em seu caminho. Pouco a pouco a fera ia ganhando terreno, até que em dado momento, Silmeria não teve outra escolha a não ser tentar ataca-la para afastar o perigo. Assim que a flecha tocou o arco, sua ponta se incendiou, e num único puxão, ela atirou o projétil incandescente na cobra, mas para sua infelicidade, algo que ela provavelmente já esperava, aconteceu. A flecha atravessou o corpo da cobra como se ela simplesmente não existisse, ficando-se no solo logo abaixo dela, mas aparentemente sem causar dano algum ao monstro. Este que continuava a se aproximar sem a se importar nem um pouco com o ataque.

<Silméria – 25% PEs, pode usar mais duas flechas ainda.>

por SKAZKA Qua Abr 16, 2014 5:13 pm

Ele seguia, em seus passos, ao seu tempo. E a luz o atraia enquanto ele caminhava, sem fazer mais nada de especial, a não ser tentar encontrar padrões. Por alguns minutos, ele até mesmo conseguiu ignorar o resto do ambiente, de tanta que era a atração pela energia luminosa. Pouco a pouco ela tomou forma, até se fixar em um molde de um animal, que embora fosse aparentemente comum, era uma novidade para o homúnculo. OS olhos do homúnculo estavam diretamente interessados no animal, e ele manteve sua visão cravada no cervo.

Mas uma ação agressiva por parte do cervo o alertou. Claramente o "animal" de luz não vinha em sua direção para bens pacíficos, isso já era sabido. Uma olhada para Tigel demonstrava uma confusão por parte de Skazka, que não tinha opção no momento. O cervo era rápido, mas tinha ainda uma distancia a percorrer até chegar ao par. Os chifres pareciam levemente ameaçadores, sim. Mas não impressionantes para a defesa natural do homúnculo.

Em uma tática quase simplista, ele botou a garra na terra da floresta, e esperou o cervo se aproximar mais. Ele não queria ter uma luta com o animal, mas as opções pareciam limitadas. Quando o cervo estava a poucos metros de distancia, ele conseguiu observar os olhos rubros da criatura, lembrando um pouco aos seus próprios. Mas a sua própria armadilha já estava preparada: Ele arremessou a terra e folhas da floresta no ar em sua frente, criando uma pequena nuvem entre ele e o cervo, rodando o corpo para dar as costas ao mesmo tempo que se abaixava, grudando quase ao solo. O plano seria que a terra e folhas encobrissem a visão, fazendo o cervo continuar com a sua carga, encontrando somente um impacto nas pernas. Em alta velocidade, isso deveria quebrar as pernas do cervo, poupando a vida do animal e evitando que o homúnculo se machucasse menos que ter que lidar com o chifre.

Uma verdade meio cruel é que Skazka acreditava que simplesmente quebrar as pernas do cervo era uma opção otimista para ambos...

((Declaro a utilização da minha H.E. para retornar o impacto nas pernas.))

por NR Lima Limão Qui Abr 17, 2014 8:07 am

Só lembrando que o prazo é até hoje às 22:00 horas. Quem postar após esse horário, terá EXP descontado e pode vir a sofrer uma falha ingame.

OBS.: Silmeria está isenta da punição por ter avisado com antecipação.

por Laser Beetle Qui Abr 17, 2014 12:37 pm

A decepção das portas trancadas não foi o suficiente para impedir Eric, já que ele parecia estar tão distraído com a aparição daquele enviado da Luz, que não pensou nessa possibilidade. Sentiu-se um tanto quanto bobo, e tentou clarear sua mente, estava prestes a se encontrar com uma criatura divina, não podia agir como uma criança na véspera do aniversário.

Saltando pela janela, se surpreendeu ao ver que suas pernas pareciam cansadas o suficiente para não suportar a queda direito, falhando em aguentar o próprio peso do rapaz e jogando-o sentado no chão. A esse ponto, Eric já sentia o rosto esquentar e avermelhar um pouco, sentimento que morreu instantaneamente ao cruzar olhares com seu tal... enviado da Luz. Uma criatura fantasmagórica, de descrição digna de um livro de histórias de terror, balançando junto a maresia fria da noite, arrepiando o corpo do loiro com um momento de desespero suficiente para parar o coração dos mais fracos. Mas não o seu.

Quando percebeu que prendia a respiração, soltou um suspiro, tentando se acalmar. Que motivo tinha um espírito maligno para chamá-lo pra fora da taverna? Se quisesse ferir o rapaz, teria atacado durante o seu sono. Era um pensamento otimista o bastante para reunir a coragem do Cruzado e fazê-lo levantar e se aproximar um pouco mais da criatura, ainda que relutante, lutando contra o próprio medo. Tentou esboçar um sorriso e se curvou com a mão erguida ao peito, cumprimentando a aparição.

- Precisa de minha ajuda? - "Sempre servir, sempre oferecer ajuda." eram as palavras do código da Cruzada do Sol que ressoavam na mente do garoto, enquanto endireitava sua postura e tentava acalmar seu coração. A aparência geral daquele homem gritava um sofrimento enorme, e talvez ele apenas precisasse de ajuda para seu merecido descanso em paz. Ajuda de um membro da Grande Igreja, não de um Cruzado.

por Gin Qui Abr 17, 2014 2:28 pm

Com o tempo precioso que o PoDrRila gastou olhando para Gin e avaliar a melhor forma de matá-lo, Choudon chegou. Não queria envolvê-lo nessa luta pois não tinha certeza se seu símio aguentaria essa forma evoluída à sua frente. Por isso bolou um plano rapidamente.

Tinha que chegar até suas asas, disso não tinha dúvida. Se o bichento atacasse por cima, suas chances de contra ataque seriam reduzidas e isso não seria legal pro guerreiro. Um combate mano a mano era o que gostava. Lutas aéreas não eram com ele. Nesse momento seu oponente avançou.

— Choudon, dá uma força aí. — Pulou nos braços estendidos de seu símio e dobrou os joelhos enquanto mantinha seus pés fixados um em cada mão de sua montaria. Usaria da força do arremesso de Choudon, combinado com sua própria impulsão, para pular nas costas do inimigo. Era um movimento complicado, por isso tomou um tempo para calcular a distância enquanto o mesmo avançava.

— Agora! — Gritou. Choudon deu um tranco pra cima com toda sua força e Gin voou, combinando o esforço com a impulsão de suas pernas. Mirava uma das asas. Qualquer uma. Se agarraria a uma delas ou, então, as costas da criatura. Caso conseguisse, não perderia tempo. Miraria seu golpe na asa mais próxima para inutilizar a mesma. Em seguida faria de tudo para sair dali antes que fosse esmagado.

Contava com Choudon para correr do bicho, mantendo-no distraído enquanto realizava sua manobra. Caso o bichento mirasse em Gin, não teria jeito. Usaria seu Lei-Gun com força máxima bem na fuça de seu inimigo. Queria evitar isso para guardar forças.

— LEEEEEEI GUUUUUN! — Gritou, apontando seu dedo como uma pistola para seu alvo. Sua aura, que antes não estava liberada, manifestou-se em consequência do golpe. Manteria-na ativa. Qualquer ser com uma capacidade inferior a de Gin nas proximidades iria sofrer uma pressão mágica forte e sentiria um mal estar permanente enquanto a aura estiver ativa.

< Sah, caso o primeiro movimento der certo eu usaria o ''Lei-Gun'' lvl 4 mesmo, utilizando somente mana e sem gasto de ''PV'' (25% de maninha). Caso vá para o segundo movimento, por consequência do primeiro não ter dado certo, utilizaria o Lei-Gun lvl 4 queimando 15% de meu ''PV''. Dessa forma, em termos descritos na minha habilidade, o dano aumentaria 30%. Em vez de 35% de dano, iria para 65% de dano. >

por **Phyress** Sex Abr 18, 2014 12:28 pm

Aquilo era curioso. Como aquele ser ficou imune ao ataque, mas precisava se preocupar em desviar de árvores e até mesmo derrubá-las para continuar seu caminho? Aquilo fez Silmeria pensar. Não apenas o ataque físico havia sido ineficaz, mas o ataque mágico do fogo também havia simplesmente atravessado a criatura, mas, a criatura passava por entre as árvores e derrubava algumas... Aquilo não fazia sentido algum. A meia-elfa começou a se perguntar se aquilo não passava de uma ilusão.

Além do mais, aquela já era uma área do templo, mesmo que não no interior. Isso significa que era protegida por eles, mas, estranhamente, ninguém pareceu reagir a presença de uma cobra gigante que poderia facilmente ter tentando causar algum dano ao templo. Talvez aquilo fosse, de fato, uma ilusão. Mas quando havia sido pega nisso? Ou, talvez, as árvores antigas tivessem algo mágico nelas... De qualquer forma, não queria ser pega por aquela coisa para descobrir o que aconteceria. Sendo assim, ela continuou a correr o mais rápido que pode, ciente de que as árvores não parariam aquela coisa, não se preocupou em tentar correr por entre elas para despistá-la, corria reto em busca de uma estrada ou de algum lugar habitado ou, ainda, com alguma sorte, um lugar pequeno onde pudesse se enfiar sem que a cobra fosse capaz de segui-la.

Tinha que fazer o possível para evitar um combate e fugir daquela criatura. Se a cobra tentasse atacá-la, Silmeria impulsionaria seu corpo para saltar para o lado e esquivar, evitaria dar a volta em árvores que não parecessem ter séculos de vida caso precisasse sair da visão dela, visto que ela as derrubava a maioria das árvores com facilidade. Buscava uma alternativa no ambiente ao seu redor que pudesse ajudá-la a evitar uma luta.

Off: Viajei para a California, pois ouvi dizer que havia internet lá... :c Brincadeira, mas a internet parece estável agora, acho que não vai dar mais problema. >_<

por NR Lima Limão Sáb Abr 19, 2014 5:21 pm

@ Skazka

O cervo vinha com tudo para cima do homúnculo, que rapidamente traçou um plano de ação. Afundando suas mãos na terra, assim que teve chance ele jogou um grande bolo de terra para cima. Terra o suficiente para ter parado qualquer animal daquele porte, mas algo estava errado com aquele ser. Além é claro do fato dele parecer uma assombração, ele também agia como uma. O cervo simplesmente ignorou toda a terra jogada contra ele, passando direto por ela, na verdade, toda a sujeira jogada passou por dentro de seu corpo e ele seguiu com seu ataque, já a poucos metros do Homúnculo. Tigel correu para o lado na tentativa de sair da linha de frente, enquanto Skazka agora se preparava para um possível impacto. Ele girou o corpo rapidamente e se agachou no chão, ficando como uma tartaruga dentro do casco a espera do animal que fosse tropeçar em cima de si. Mas este impacto, estranhamente não viera. Skazka sentiu, nada mais que um vento gélido passando por todo seu corpo, causando arrepios terríveis, e quando olhou, o cervo já estava do outro lado dando a volta. O homúnculo nada entendeu, mas a reação de Tigel já denunciava o que havia acontecido, uma vez que agachado como estava, Skazka não pode ver muita coisa. Tigel estava boquiaberto, abismado com a cena e estupefato no lugar onde havia escolhido para se esconder do ser de luz. O cervo já se preparava para uma nova investida, mas Skazka não tinha ideia de como lidar com aquilo, uma vez que ele realmente, parecia ser uma assombração imaterial.

@ Laser Beetle

Eric agora estava num misto de pavor e duvida, o ser que de longe demonstrava ser alguma manifestação divina, agora mais de perto, aparentava muito mais ser uma alma perdida e atormentada. Sua aparência era péssima e assustadora, além de sua atitude estranha de desaparecer e aparecer simplesmente do nada. Eric se aproximou devagar, temeroso e com um cumprimento comum aos cruzados da luz, ele ofereceu humildemente sua ajuda a alma penada. Sem ter certeza do que estava fazendo, aquilo poderia ser com certeza muito perigoso, mas o rapaz tinha em sua mente, que aquele ser, realmente necessitava de alguma ajuda, e as ações seguintes poderiam confirmar isto. O ser começou a flutuar muito lentamente em direção em direção a Eric, seu rosto ainda demonstrando um imenso vazio de emoções, ele se aproximava centímetro a centímetro do cruzado. Seu coração então martelava, tão forte e rápido, que não fosse pelo som do mar quebrando na encosta, poderia ser ouvido pelo ser a sua frente. O que poderia ser bem verdade, uma vez que se tratava de algo totalmente sobrenatural, mas Eric preferia acreditar que aquilo era apenas uma aparição em busca de paz no outro mundo.

@ Gin

O grande macaco dragão serpente marinha dos infernos avançou com tudo contra Gin, que rapidamente buscou auxilio de sua montaria para contornar a situação. Choudon arremessou seu dono com precisão nas costas do monstro, que ainda tentou agarra-lo no ar, mas sua falta de coordenação com aqueles braços de gorila não o permitiram faze-lo. Mas uma coisa era certa naquela situação, Gin ficaria completamente surpreso com o que aconteceria a seguir. Assim que ele iria tocar no corpo da criatura, o rapaz sentiu nada mais que um toque gelado atravessar seu corpo, enquanto ele próprio passava por dentro do gorila. Era tão frio, que ele parecia ter caído direto no Rio Coldreams. Seu corpo passou direto por dentro do gorila e ele foi parar do outro lado, sem entender o que acontecia, ele por pouco conseguiu pousar sem se ferir muito. Rolando no chão e conseguindo apenas alguns ralados nos braços. Choudon por sua vez saiu da reta, mas o gorila-polvo parecia não estar interessado nele, e queria avidamente o sangue de Gin. Ele se virou, grunhiu alto e foi novamente pra cima do lutador, que foi obrigado a usar sua técnica para tentar afasta-lo. Novamente uma surpresa para Gin, mas dessa vez, era algo que ele deveria comemorar, talvez... O tiro de energia irrompeu do dedo de Gin e atravessou por completo o corpo do gorila, porem diferente de como havia acontecido com seu ataque físico, o tiro passou e arrancou boa parte da “massa” azul de seu corpo, deixando um buraco enorme a mostra no estômago da criatura. Este urrou como se sentisse realente dor, e sua imagem ficava levemente distorcida, como se estivesse prestes a sumi. Instantes de agonia por parte da criatura, ele voltou, pior ainda do que já estava, sua fúria estava estampada e sua face, e agora, a energia azulada que compunha seu ser se transformara em vermelha.

@ Silmeria

Silmeria estava descrente do que via a sua frente, a cobra simplesmente havia ignorado a flecha como se ela não existisse, ou será que era a própria cobra quem não existia? Tudo não passava de uma ilusão? Uma das defesas ancestrais da floresta para afastar pessoas indesejadas do templo? Era difícil dizer, nada mais fazia sentido. Ora ela apresentava sinais de ser uma cobra de verdade, fazendo um enorme rastro no solo e derrubado arvores, ora ela parecia uma simples assombração, agindo ignorando objetos materiais e até mesmo magia. Era difícil dizer o que estava acontecendo, mas de uma coisa Silmeria tinha plena certeza, ela não podia ficar ali para descobrir. A mestiça correu o máximo que podia por entre a mata, como já estava muito embrenhada na floresta, não podia mais fazer o caminho de volta, tampouco sabia onde estava se enfiando seguindo aquele caminho. A cobra seguia atrás a toda velocidade e parecia estar chegando mais perto a medida que tomavam distancia do templo e da trilha. Silmeria passava correndo entre galhos, arbustos secos, pulando obstáculos e vez ou outra esbarrando em alguns. A meia elfa finalmente chegou a um pequeno declive que dava para um córrego de aguas escuras, era um riacho curto, quase uma pequena vala e a agua era bem fraca, mas o suficiente para se esconder ali. Ela escorregou pelo declive e foi para de baixo de algumas raízes de arvores que desciam ali, formado pequenas covas. Após alguns segundos Silmeria pode escutar o som do arrasto logo acima de si, a cobra estava bem acima de sua cabeça e agora ela descia vagarosamente para o córrego. Silmeria pode ver entre a cortina de raízes o brilho azul do monstro, mas não sabia dizer a direção para onde ela olhava.

por **Phyress** Seg Abr 21, 2014 11:38 am

Toda aquela situação inusitada estava se demonstrando cansativa. Como podia ter tanto azar para uma cobra decidir lhe perseguir pela floresta? Pior, sem lhe dar alternativa a não ser fugir, indo cada vez mais fundo naquele matagal. Mesmo que escapasse da cobra, a chance de se deparar com outra criatura aumentava a cada passo que dava ali dentro. Assim que avistou um potencial esconderijo, Silmeria não hesitou em correr até lá para se ocultar e, assim que o alcançou, encolheu o corpo e permaneceu imóvel. Por mais que não soubesse se seria encontrada ou não, se esconder ali era sua melhor opção naquele momento.

Apenas os olhos se moviam, de um lado para o outro e seus ouvidos atentos aos sons ao redor. Podia ouvir aquele animal se aproximando. A mestiça passou a respirar lenta e suavemente com o nariz, mantendo sua boca fechada. Não podia fazer nenhum som, então sequer ousava virar a cabeça. A água do córrego provavelmente ocultaria seu cheiro e o leve som da água correndo talvez fosse o suficiente para ocultar o leve som de sua respiração. Ficaria ali, imóvel. Mesmo que a luz azulada desaparecesse e seu som cessasse, permaneceria ali por vários minutos até ter certeza de que sua ameaça havia seguido para longe.

por Laser Beetle Seg Abr 21, 2014 1:37 pm

Medo não era desconhecido para um Cruzado. Para quem é treinado no combate contra a Escuridão, controlar seu medo é uma das artes básicas, mas Eric nunca tinha encontrado um ser da Escuridão antes, e mesmo assim, tinha bastante certeza de que a sensação era parecida com a que sentia agora.

Seu coração palpitava violentamente, chegando a parecer esmagá-lo por dentro, mas ele não podia recuar. A criatura se aproximava lentamente, balançando de forma macabra junto ao vento frio do mar, chegando centímetro por centímetro mais perto. Eric cerrou os punhos, os dentes, e olhou a aparição nos "olhos". Ele não tremia, mas sentia uma vontade cada vez mais forte de sair dali, só que não podia. Ele já havia oferecido sua ajuda, não podia voltar atrás na própria palavra agora. Ele se manteria firme!

E firme ficou. Em silêncio, corpo tenso, esperando a iniciativa da aparição. Ela queria algo, e o loiro estava decidido a ajudá-la a conseguir.

Sah >: meu pc tá sobrevivendo à base de máquinas medicinais, e a qualquer momento ele pode morrer de vez. Até eu comprar outro, se eu desaparecer e perder turnos, fique a vontade pra controlar meu personagem ou me trocar por outra pessoa na campanha. Que a Força esteja com todos nós ;--;

por SKAZKA Ter Abr 22, 2014 12:11 am

Ainda agachado, ele aguardou o impacto que nunca veio, sentindo no lugar aquele arrepio tão estranho que tomou conta dele. Pelo menos ele tinha certeza dos fatos que haviam ocorrido, a duvida estava diretamente na explicação do que aconteceu. Instintivamente ele começou a buscar informações na sua memória que pudessem o ajudar, mas a verdade é que de nada ajudaria se ele não conseguisse lidar com o cervo de qualquer maneira. As opções podiam ser varias, e as ferramentas a sua disposição eram poucas. Mas ele estava claramente menos preocupado agora. O que quer que fosse o animal, também não tinha tantas capacidades de machucar o homúnculo.

A mesma tática não iria surtir efeito, e admitidamente ele considerava o cervo menos perigoso agora. Para bem de sua curiosidade, ele tinha que confirmar uma hipótese, relativamente simples.

Ele andou poucos metros até a arvore mais próxima, encostando as costas nela de frente para o cervo em carga, suas garras agora não estavam mais no chão, mas sim preparadas para usar a velocidade do próprio espectro para rasga-lo caso a sua hipótese se provasse verdade. Sua recente adição de runas deram capacidades arcanas as garras, e ele pensava que talvez essa propriedade magica pudesse ferir a criatura.

Mantendo as costas na arvore iria também ajudar em outro experimento, além de absorver parte de um improvável impacto. O cervo desviava das arvores, e isso o deixava intrigado, será que seria um habito que sobrara do antigo cervo? ou ele realmente era imaterial somente quando lhe interessava? Esse teste poderia lhe dar mais respostas em como lidar com esse quebra cabeças.

por Gin Qua Abr 23, 2014 4:26 pm

Seu plano inicial estava indo bem até chegar na parte que ele não esperava: ao invés de pousar suavemente nas costas da criatura, Gin acabou passando reto pela mesma, como se o bichento fosse feito de energia. Conseguiu se recompor a tempo, aparando sua queda e rolando para ficar de pé. Descartou seus ralados no braço como se não existissem.

Ali viu uma oportunidade de ouro. Calculou bem seu tiro e o lançou. Observou bem o que aconteceu depois, analisando a reação de seu oponente e, também, a mudança da base enérgica que energizava seu corpo. Foi quando ele começou a avançar na sua direção, ignorando Choudon.

Ficou alguns instantes parado, sua aura liberada fazendo labaredas de fogo azul à sua volta. Se alguém mais fraco ainda estivesse por ali, sua aura garantiria uma pressão para esse ser enquanto estivesse perto do andarilho guerreiro. Não que isso importasse para Gin. Ao menos todos ficariam afastados da luta e não interfeririam na mesma, o que causaria uma frustração tremenda ao rapaz. Essa era sua luta.

— Vamo nessa, então. — Disse, avançando com toda sua velocidade de frente para seu adversário. Havia decidido em um plano, com base no que observou. O bichento era desengonçado, ao menos com os braços gigantes. Sua base de energia parecia ter mudado também, talvez estivesse com raiva. A ideia era deixar o PoDrIla atacar e fintar o que quer que viesse em sua direção. Em seguida tentaria um ataque direto na face do bicho. Talvez a mudança enérgica tenha feito o monstro ficar sólido.

Caso esse não fosse o caso, desviaria de todos os ataques que viessem em sua direção e se afastaria para estudar melhor essa estranha criatura. Cogitava lançar outro Lei-Gun, mas gostaria de observar os avanços raivosos primeiro. Talvez a loucura passasse.

por NR Lima Limão Sáb Abr 26, 2014 12:45 am

@ Phyress

Silmeria escondeu-se no vão do córrego no meio de dezenas de raízes que formavam um véu escuro. Dali, era praticamente impossível que ela fosse vista, devido não só a luminosidade, como também pelo fato de ser bem camuflado pela geologia da região. A meia elfa ficou encolhida, fazia o mínimo de ruído possível para não ser notada, e até então sua estratégia estava dando certo. A criatura azulada desceu o vão e ficou ali por um tempo, observando de um lado a outro, até finalmente se arrastar na mesma direção que o córrego seguia, deixando apenas um rastro de lama no chão. O silencio reinou por um bom tempo, segundos pareceram minutos, minutos pareceram horas, e após ter acreditado que estava segura para sair de novo, Silmeria deixou seu esconderijo e, com bastante cautela, seguiu seu caminho... De volta ao inferno. Assim que a mestiça tentou subir o vau, sentiu algo a segurar fortemente pelos tornozelos, força essa que ia subindo se arrastando por suas pernas, envolvendo-as como uma corda grossa, lisa e escorregadia. Não sendo suficiente, a sensação era como se gelo puro estivesse tocando seu corpo, ela sentia arrepios e em poucos segundos de exposição, já começava a sentir seus pés ficando dormentes e gelados. Desesperada, ela olhou para, apenas para ter uma infeliz surpresa, a cobra estava de volta. Mas de onde? Quando? Como? Como ela não percebeu? Não ouviu nenhum ruído? Aquele ser era algo tão incompreensível que desafiava até mesmo os limites da realidade... Realidade. Será que era mesmo uma ilusão? Como ela achava antes? Uma ilusão tão real capaz até mesmo de congela-la? Silmeria sentia medo, pavor, estava prestes a morrer congelada, e se não o fosse, seria engolida viva ou esmagada. Inutilmente a meia elfa tentava se libertar, apenas para ter seu corpo envolvido lentamente até que seu tronco e braços estivessem completamente imobilizados. As duas então rolaram vala abaixo, mas diferente do que a mestiça acreditava, a cobra não a estava esmagando como uma predadora normal, invés disso, algo estranho estava acontecendo com seu corpo. Juntamente com a sensação do congelamento, que agora tomava todo seu corpo, ela sentia um torpor desigual. Era como se a cobra estivesse sugando suas forças, pouco a pouco ela ia perdendo a consciência e com isso, o controle sobre seu corpo, nesse ritmo, em poucos segundos ela estaria completamente congelada.

@ Yokan

A aparição se aproximava a centímetro a centímetro do rapaz, mas ele tinha convicção de que o que estava prestes a fazer era o correto, ou talvez não fosse isso, mas tinha feito uma promessa, e iria cumpri-la, não importava o resultado. Eric já não conseguia mais esconder seu nervosismo, estava suando frio, seu coração martelava no peito e sua respiração estava acelerada. A adrenalina percorria todo seu corpo, mas ele se mantinha completamente imóvel em sua posição, ele sabia que se estimulasse seus músculos agora, por menor que fosse o estimulo, seus instintos o levariam a correr dali, e não era isso que ele queria. Ele iria enfrentar aquilo de coração e mente abertos. Eric então baixou a cabeça na tentativa de esconder sua preocupação da criatura, apenas esperou que esta chegasse mais perto. Longos segundos se passaram até que ele finalmente pode ver os pés flutuantes da aparição bem a sua frente, então ele parou. O ser estava a pouco mais de 1 passo de distancia, seu corpo já era esguio o suficiente para ser cerca de 30-40cm maior que Eric, mas ele ainda estava flutuando, o que só o deixava ainda mais alto. Mas isso sequer fazia diferença, Eric levantou a cabeça e olhou diretamente em seus olhos, aquelas orbitas vazias e escuras, seu rosto parecia ainda mais assustador de perto, mas novamente ele não hesitou. Os dois ficaram nessa por cerca de mais 2 segundos, até que a aparição fez seu movimento. Lentamente, ele foi levantando sua mão direita em direção ao rapaz. Pronto. Era agora, seja o que for, aconteceria naquele momento. Instintivamente Eric fechou os olhos, e não percebeu até que sentiu o toque extremamente gelado bem no topo de sua cabeça. Um longo arrepio percorreu sua espinha nesse instante, era como se uma pedra de gelo estivesse tocando sua cabeça. Ele abriu os olhos assustado, mas foi só isso que conseguiu fazer naquele momento... A aparição estava com a mão direita sobre a cabeça de Eric, mas seu rosto já não era o mesmo, no lugar das orbitas vazias e escuras, havia agora 2 globos vermelhos como sangue e em sua boca, um sorriso maléfico. Eric tentou comandar seu corpo para se afastar, mas não conseguiu mover-se sequer um milímetro. Era como se todo seu corpo tivesse sido petrificado, ele estava enclausurado dentro de sua própria pele, incapaz de sair dali, de fugir daquele ser estranho. Pouco a pouco a sensação de gelo ia atravessando sua cabeça e descendo pro rosto, fazendo-o ficar tonto. Seus sentidos se dissipavam aos poucos e ele sentia que desmaiaria em breve caso não conseguisse sair dali.

@ Skazka

Skazka não tinha ideia do que estava enfrentando, novo nesse mundo cheio de mistérios, ele se perdia em todo conhecimento adquirido na biblioteca, mas nada lhe vinha à mente para sanar suas duvidas. O cervo já preparava uma nova investida, fazendo um arco longo em volta das arvores, ele não parou de correr, mas ainda assim, era impressionante sua velocidade, pois em poucos segundos ele já estava em uma corrida insana em direção ao homúnculo. Skazka estava determinado a descobrir o que era aquilo e qual seu objetivo naquela floresta, mas mal ele sabia que aquele ser espectral era muito mais do que uma simples manifestação contra seus feitos anteriores. Nesse meio tempo, Tigel tentou um ataque surpresa, pulando de cima de uma das arvores mais baixas, ele tentou cravar sua arma no dorso do animal, mas sem sucesso. Apenas para pousar no chão dentro do corpo da criatura e sua arma cravada no chão. Skazka observou aquela cena com certa curiosidade no olhar, mas estava em posição defensiva e não a deixaria, mesmo imaginando que aquele ser poderia ser imaterial. O resultado de seu teste fora mais promissor do que imaginava, mas não muito agradável. O animal deu um pequeno salto ates de completar sua investida e baixou sua cabeça num ângulo em que seus grandes chifres pudessem se chocar com as garras de Skazka. A conclusão disso era que agora, homúnculo e espectro estavam numa disputa de força, mas agora, por incrível que pudesse parecer, ele estava material novamente. A força do animal era incrível, ele estava conseguindo prensar Skazka contra a arvore com tanta eficácia, que aos poucos, os braços do homúnculo iam recuando diante de seu peito. A disputa de forças estava acirrada, mas logo o cervo mostrou o porque de estar ali, aquela mesma sensação gelada pode ser sentida novamente por Skazka, sensação essa que se assemelhava a de estar se afogando num mar ártico. Seu corpo aos poucos ia perdendo as forças, a dormência lhe invadia todos os membros, dos pés a cabeça, era algo extremamente agoniante, mas que Skazka não conseguia evitar, a força exercida pelo ser de luz, juntamente com a dormência do corpo, só o deixavam cada vez mais preso àquela situação.

@ Gin

Hora da ação de verdade, foi o primeiro pensamento que veio a mente do lutador. Mas Gin não fazia ideia do que era seu oponente, não sabia como enfrenta-lo nem o que esperar de um monstro que parecia ser simplesmente um fantasma. Impossível. Como um fantasma poderia causar tanto estrago em sua queda? Talvez não o fosse, mas ainda assim, sua habilidade de ser tornar intangível intrigava o rapaz, e fazia-o pensar duas vezes antes de executar qualquer plano. Tempo para pensar era a única coisa que ele não tinha, pois mesmo desajeitado, o gorila era rápido e havia um pequeno detalhe que Gin havia se esquecido, suas asas! Sim, ele tinha asas, e não era só isso, elas também eram funcionais. Gin pode apenas ver enquanto num salto descomunal, o gorila ganhava, facilmente, 10m de altura, e vinha numa investida aérea enlouquecida. Gin só tinha a opção de desviar naquele momento, era impossível sequer pensar em aparar uma investida tão rápida e furiosa. E foi exatamente o que ele fez, assim que o gorila estava próximo o suficiente, ele se jogou para o lado dando uma cambalhota. O inimigo passou ao lado de Gin como uma bala, levantando poeira e escombros de tanto impulso que possuía. Era realmente impressionante como um ser tão grande poderia voar tão velozmente. Quando Gin estava se colocando de pé, observou algo medonho. O gorila já estava de frente para ele e vindo em sua direção em uma nova investida, mas dessa vez seria impossível desviar a tempo.

por Laser Beetle Sáb Abr 26, 2014 10:56 am

Todas as suas escolhas na vida tinham o levado aquele momento. Assim que o espectro tocou sua cabeça, Eric imaginou o melhor, pensou que seria abençoado pela criatura da Luz por ter seguido o caminho certo. Talvez fosse hora de aprender a confiar mais no bom senso, e menos no seu instinto sagrado! O gelo se espalhou rapidamente pela cabeça do garoto, que olhou pra cima tempo o suficiente para encarar o sorriso maligno da aparição antes de sentir seu corpo trancar a si mesmo. Por reflexo, tentou afastar a mão gelada e saltar pra trás, mas não conseguia sequer mover seu olhar pra longe da visão macabra a sua frente... Não tinha qualquer esperança de se soltar dali por esforço físico, que já não era seu forte de qualquer forma.

O desespero começou a afundar, sem saber o que fazer, Eric sentia sua respiração ficar cada vez mais rápida e profunda, tanto por causa do medo crescente, quanto pela sensação gelada que atingia seu rosto agora, fazendo o sangue subir pra cabeça e formigar. Ele tinha que fazer alguma coisa, ou desmaiaria em poucos segundos, e não queria nem imaginar o que seria de si caso perdesse a consciência ali. No seu momento de pânico, as perguntas bombardeavam sua mente: porque ele? Porque ali, agora? Seria ele inocente o bastante pra ter atraído aquela criatura como uma "presa fácil"?

Porque, com certeza, estava sendo uma.

Esse pensamento encheu-o de raiva, substituindo grande parte do medo e rapidamente nublando os pensamentos do garoto. "Idiota! Como fui tão burro? Morrer tão cedo só por querer ajudar?!" Naqueles seus momentos, que talvez fossem seus finais, lembrou-se de seu avô. Da promessa que fez, da chance que lhe foi dada... E tudo pra ser desperdiçado ali, por causa do desejo de sangue de uma assombração e da ingenuidade de um garoto. Não! Ele não iria aceitar morrer ali! "Se eu acabo sofrendo por tentar ser bom, então não serei mais!" Eric nunca fora o tipo mais paciente do mundo, rapidamente acessando suas emoções mais caóticas, como medo e raiva, nos momentos difíceis. E agora não fora diferente. O olhar de medo daria lugar para um rosto de fúria fulminante, se ele conseguisse sequer se mover, mas mesmo paralisado havia algo que ainda se movia no corpo do garoto. Seu poder.

Pensando somente em machucar e afastar a aparição, Eric não se controlou e concentrou sua energia bem acima da criatura, canalizando suas emoções negativas na forma de uma adaga de luz cristalizada. Moldou a adaga de forma rustica, mais parecendo um caco de vidro do que uma arma, se concentrando somente em dar massa e altura ao objeto, criando-o o mais alto que conseguisse e enchendo-o de tanta luz solidificada, a ponto de torna-lo pesado o suficiente para seu ataque desesperado.

Eric não podia controlar nem seu corpo, não tinha como controlar a arma que criou, por isso sua unica chance seria criar um espinho de luz pesado e tão alto quanto pudesse, e deixar a gravidade dar velocidade ao objeto em queda livre, mirando o corpo do espectro. Não pensou que o mataria, mas talvez - só talvez - pudesse atrapalhar sua concentração tempo o suficiente pra se afastar e pensar num plano melhor.

Ou só limpar aquele maldito sorriso de sua cara.

Fear leads to Anger Dagger: Tentativa de criar uma Adaga/Espinho/Caco-de-Vidro com 15-20cm de tamanho e 40kgs de massa concentrada. Maiores infos, tem um link pra minha HE na sign, to no celular e ta complicado quotar direito ;-;

por SKAZKA Seg Abr 28, 2014 5:53 pm

O frio escorria para dentro dele de uma maneira paralisante, como se pequenas cobras de gelo deslizassem para seu interior e o mordesse. Ainda não entendia completamente o que havia gerado tal ataque em cima dele, mas não pretendia se deixar levar assim. Se o mundo tentaria ser selvagem com ele, ele retribuiria com igual ferocidade. A sensação de frio aumentava a cada segundo, mas mesmo assim ele não se sentia de maneira nenhuma em desvantagem.

A posição que ele escolhera lhe ajudou a fazer a luta mais pessoal, negando a velocidade obviamente superior do oponente. Mesmo que a força do cervo fosse prodigiosa, ele não seria arrastado com a arvore absorvendo toda a força. O perigo real era o frio, o fator mais enigmático da equação. Suas garras eram empurradas em direção ao seu corpo, e os galhos chegavam cada vez mais perto. Da mesma maneira que a cabeça do cervo chegava mais perto também.

Se aquilo pudesse se chamar um plano, ele estava em andamento pelo menos. Skazka havia praticamente esquecido de Tigel no momento, e mostrou uma coisa que não deveria ser agradável de se observar: Conforme a distancia era o suficiente, ele abriu a sua boca, como se estivesse deslocando ossos, fazendo a mandíbula chegar a uma posição aflitiva de se ver. Seus dentes, agora com runas recém entalhadas e recém regeneradas brilhavam em uma cor verde escura, juntando energia para uma mordida diretamente na cabeça do inimigo. O teste com as garras provaram (pelo menos ele acreditava) que a propriedade nova de suas garras e dentes pudessem atingir esse ser incorpóreo. E assim, ele segurou os galhos do animal, para evitar tentativas de fuga, enquanto descia a boca para dar um fim nessa luta que ele próprio não desejava.

Assim como ele aprendeu com a planta carnívora, ele agora acreditava estar atraindo o oponente para seus próprios termos.

((Utilização de H.E. da mordida))

por **Phyress** Ter Abr 29, 2014 11:26 pm

Silmeria controlava sua respiração naquele vão, não ousava mover o corpo, nem mesmo para poder olhar e ter certeza de que aquela criatura havia sumido. Precisava se ocultar o melhor possível para se esconder daquela criatura até que ela se afastasse e, para isso, não se preocupou com o tempo que ficaria ali.

Aquele silencio, que deveria ser reconfortante, era um incomodo para a mestiça que podia sentir seu próprio coração bater acelerado. Depois de algum tempo, naquele silencio incomodo, Silmeria julgou que seria o momento de sair, pois a criatura provavelmente não estaria mais lá. Porém, ela sequer teve tempo para sair de lá e logo sentiu algo começar a envolvê-la. Será que outra criatura havia surgido? Havia sido um erro entrar tão fundo naquela floresta. A principio, ela tentou se agarrar a qualquer coisa que viu a sua frente para se puxar para frente e não ser envolvida, mas foi em vão.

Um grito de desespero escapou pela garganta da mestiça, um grito que carregava um pedido de ajuda. Ajuda que provavelmente não viria. E por que diabos estava tão gelado? Ela olhou para trás e viu aquela coisa.

“Como diabos essa coisa chegou aqui novamente?! Será que ficou me esperando em silencio...? Não, não, eu OUVI ela se afastar! Como ela poderia ter me enganado? Isso não deve ser real, isso não pode ser real. Eu vou morrer aqui, desse jeito estúpido?!”

O medo, o pavor e a sensação de que a morte estava tão próxima de si se mesclavam com um sentimento que se sobrepunha a todos os outros: ódio. A morte nunca foi algo que Silmeria aceitou bem, mas morrer de um modo que considerava estúpido era algo que a enfurecia. Chegou a tentar se mover para pegar sua adaga e repelir o agressor, mas seu corpo congelado a impediu de completar o movimento...

“Gelo? Eu... Nunca ouvi falar sobre uma cobra que congelava suas vitimas...” pensava, sentindo seu corpo frio e trêmulo... Queria gritar novamente, pedir por ajuda, mas já não tinha mais forças para fazer isso... Sua energia parecia estar se esvaindo contra as suas vontades. “Deus... É isso...? Eu vou morrer assim?! Não... Eu não posso... Eu não quero... Eu não vou! Alguém...! Por favor...! Mirielle...”

por Gin Qua Abr 30, 2014 12:33 pm

Seu primeiro plano tinha sido frustrado pelo maldito oponente e suas asas. Tinha certeza que aquelas malditas asas iam ser um problema mais para frente e isso se provou verdadeiro. Ao menos usou de suas habilidades para escapar do golpe que, provavelmente, seria o suficiente para quebrar Gin todo.

Quando se ajeitou que viu o problema sério à sua frente. Dessa vez o PoDrila tinha levado a melhor na velocidade e vinha de frente a Gin, com o mesmo percebendo, instantaneamente, que desviar seria impossível.

— A melhor defesa é um bom ataque. — Disse, sorrindo. Saiu correndo de frente ao seu oponente, sua aura de labareda azul aumentando a medida que concentrava outro tiro em seu dedo. Trataria de pegar o maior impulso que conseguisse dessa corrida para fazer o que estava pensando.

No momento oportuno, daria uma voadora com os dois pés firmes diretamente na fuça do bichento. Antes, porém, dispararia seu Lei-Gun no local onde esperava dar a voadora, imaginando que isso seria o suficiente para causar alguma ou qualquer reação no seu oponente. Não tinha escolha, ia para o ataque e esse era o melhor plano que poderia pensar: ataque em duas frentes.

< Sah, usei o meu Lei-Gun normal, sem sacrificar nenhum HP.. somente MP >

por NR Lima Limão Qua Abr 30, 2014 3:31 pm

@ Yokan

Era aquele o fim que teria o cruzado da luz? Aquele que apenas seguia seus ideais com tanto afinco, ao ponto de enfrentar o próprio medo em prol do próximo? Era trágico ter que pensar daquela forma, mas Eric não se entregou com facilidade, ele estava decidido a seguir com seu ideal de paz e justiça, mesmo que para isso fosse preciso abandonar a paz interior de seu coração por alguns instantes. Seu coração escureceu de repente, encheu-se do mais puro ódio, mas não era um ódio desenfreado e caótico como aquele que corrompia o mundo, e conta o qual Eric lutava. Era ódio pelo mal, pelas trevas e tudo que elas representavam, era ódio por aquele ser que o afligia sem nenhum motivo. Em sua fúria, seu primeiro pensamento foi o de revidar, e com um forte pensamento e determinação ele imaginou uma solução desesperada, mas luminosa. Sua luz começou a brilhar no alto, diferente daquela luz azulada e fraca, a luz do rapaz era dourada e forte, como o sol de meio dia. Essa luz foi se intensificando cada vez mais, porem a criatura não deu a mínima para este fato, e continuou com seu ritual. Eric sentia o gelado invadindo agora seu peito, ele começou a tossir instantaneamente, e juntamente com o ar, gotículas de sangue saíam de sua boca, a situação já estava ficando fora de controle, se continuasse daquela forma, seria seu fim. Quando sua luz se fortificou o suficiente então lá estava sua arma contra aquele ser maligno, uma adaga disforme, mas pesada e mortal o suficiente para afastar qualquer inimigo, ou era assim que ele esperava que fosse. O resultado foi imediato, assim que a adaga caiu, ela afundou no crânio da aparição como se fosse uma faca quente na manteiga, a besta parou de sorrir imediatamente soltou Eric, que logo sentiu seu corpo sendo liberado aos poucos. A besta começou a gritar cm uma voz estranha, era uma voz rouca, mas que lembrava ecos de varias vozes torturadas ao mesmo tempo. Eric teve pouco tempo antes de tudo acontecer, seu corpo ainda estava muito dormente, talvez ainda demorasse algum tempo até que seus músculos estivessem 100% amolecidos, mas não houve tempo para correr, segundos depois de receber o golpe na cabeça, a aparição que antes era azul, tornou-se vermelha intensa e então... Explodiu! A explosão fora grande o suficiente para afetar toda a rua onde estava, pegando inclusive a Eric. O jovem não sentiu dor alguma na explosão, seu corpo porem havia desaparecido, ele sentia agora como se flutuasse no vazio, sua mente vagando assim como a alma daquele ser que o atacara, sem um corpo em meio ao nada.

@ Skazka

Era hora de reagir e não de pensar, Skazka finalmente estava usando mais de seu instinto que de sua inteligência, que mesmo ampla, era incapaz de lidar com tal situação por si só. Aquilo pedia medidas mais desesperadas, mais selvagens, pois se a criatura não respondia com inteligência, seria na base da violência que ela iria cessar seus ataques. Skazka sentia a força incrível da criatura lhe empurrando mais contra a parede, mas aquilo era o menor de seus problemas, não lhe era incomodo estar naquela posição, uma vez que era ali que ele executaria seu plano. Por mais forte que aquele ser fosse, não era cabível que ele derrubasse Skazka e a arvore junto, e assim foi o que aconteceu, eles agora estavam num embate de forças, onde o homúnculo, por hora, estava perdendo. Com seu agressor já em posição, era hora de executar seu plano, Skazka ativou sua habilidade em seus dentes e inclinando seu pescoço para frente, ele deu uma mordida certeira no focinho da aparição. A sensação que veio a seguir foi como um choque térmico instantâneo em sua cabeça. Nos primeiros segundos, era como se Skazka tivesse mordido um boneco de neve em meio a uma nevasca forte, mas em seguida, a sensação mudou para fogo ardente, chegando a queimar sua língua quando tocava a massa do servo. Nesse momento foi que Skazka percebeu que o cervo havia mudado de cor, do azul ele passou para o vermelho, mas quando ele iria começar a se questionar se aquilo faria alguma diferença significativa na luta, tudo ficou claro... O corpo do cervo explodiu, devastando boa parte da área onde estavam, e levando consigo o homúnculo. Skazka por sua vez já não sentia mais nada, nem o frio, nem o calor, nem seu próprio corpo, sua mente vagava no vazio, no espaço branco vazio do nada.

@ Phyress

Silmeria sentia seu corpo sendo congelado pouco a pouco, suas pernas já estavam completamente dormentes, seu corpo tremia loucamente no processo e até mesmo sua pele já estava pálida como neve. A meia elfa não tinha mais forças nem para gritar, sua voz saiu esganiçada e rouca, quase um gemido. Sua visão começou a embaçar e seus membros superiores começavam a entorpecer no mesmo ritmo, ela estava prestes a virar uma estátua gelada, e como seus últimos pensamentos, só lhe restava questionar o porquê de ter sido escolhida para sofrer tal fim infeliz. Não demorou nem um segundo, Silmeria apagou, e com sua consciência, foi junto seu corpo, ela não sentia mais seus braços, pernas nem nada, era como se nunca tivesse existido antes. Sua mente vagava agora num imenso vazio nublado, cinza escuro como o céu em uma tempestade. Não tinha nenhum som, nenhum cheiro, nenhum tato, seu único sentido ativo era a visão, mas tudo que ela encontrava era escuridão e vazio a sua frente ou para qualquer outro lado que olhasse.

@ Gin

Gin sabia que mesmo com sua grande agilidade seria impossível desviar de mais esse rasante, então como ultima opção ele decidiu fazer algo que já se mostrara efetivo antes, usar sua habilidade. Ele mal se levantou e já estava com seu dedo apontado para o monstro, e com um tiro certeiro bem no rosto do monstro, ele disparou seu Lei Gun. BUUUUUM! Foi só o que Gin ouviu antes de ser levado ao vazio assim como os outros. Num segundo ele estava lá, com um monstro de 6m a sua frente, pronto para amassa-lo contra o solo, no outro, sua alma vagava pelo vazio branco da solidão, onde não podia se ver, nem sentir, nem tocar, era simplesmente o vazio.

@ Todos

[Comum] Castelo Negro Florestadasilusotildees_zps3a2f1498

Mas aquele felizmente, ou infelizmente, não era o fim dos aventureiros. Após minutos de divagação sobre onde estariam, se estavam mesmo mortos ou não, eles voltaram ao plano real. Seus corpo estavam inteiros, mais até do que quando deixaram este mundo por um breve tempo. Eles não sentiam mais a sensação de congelamento, nem dor, nem nada, era como se tivessem acabado de acordar, o único problema agora era onde! Assim que acordassem, eles seriam surpreendidos por um cenário lastimável, um casebre de madeira, que mais parecia um amontoado de gravetos sobrepostos e amarrados, o estado do chão era pura terra e sujeira, quase não dava mais para ver o assoalho. Havia dezenas de buracos que davam a visão para o lado de fora, e não havia móveis dentro da casa, apenas a porta a frente e duas janelas, uma de cada lado. Mas esta não era a única surpresa, ao acordarem, notariam que não estavam mais sozinhos. Cada um veria ao seu lado outros 3 indivíduos, em igual situação de confusão. Caso alguém observasse melhor o lado de fora, veria que se tratava de uma floresta bastante sombria, as arvores eram meio acinzentadas e cheias de cipós pendurados entre os galhos. Havia uma fina camada de névoa no solo, mas não o suficiente para cobrir tudo, e o chão era alagado em alguns pontos, dando a entender que aquilo poderia se tratar mais de um pântano que de uma floresta propriamente dita.

por **Phyress** Sex maio 02, 2014 2:25 pm

Era isso? Tinha morrido daquela forma patética? A escuridão tomou conta de sua visão e seu corpo parecia não existir, ao menos não o sentia de forma alguma... Aquele seria seu inferno? Não... Algo parecia errado. Após a morte, sua própria existência devia ter cessado... Ao menos ela desejava que essa fosse a verdade.

Mas não demorou tanto tempo para que ela fosse tirada daquele lugar. Silmeria abriu os olhos e se encontrou no chão... Será que na verdade havia sido sequestrada por aqueles homens que pareciam estar lhe seguindo? A mestiça olhou ao redor, apenas para encontrar três indivíduos próximos de si... Seriam prisioneiros ou guardas? Dois pareciam humanos e um tinha uma forma... Desagradável. Sequer podia ter certeza de que aquela coisa tinha consciência.

Olhou para o ambiente, um casebre estranho e vazio... Uma porta e duas janelas que não pareciam ter grades; mas não havia moveis ali, nem objetos... Nada além de terra e sujeira. Não tinha certeza se era uma casa abandonada ou uma casa feita para que prisioneiros fossem jogados lá. Apenas lançando um olhar para aqueles que estavam ali, a mestiça, já agitada, se levantou e olhou pelo canto da janela, fazendo o possível para não se expor muito. Não parecia haver alguém ali fora... Mas, não tinha ideia de onde estavam... Talvez em algum lugar mais fundo da floresta por onde havia corrido? Mas por que havia sido jogada ali com aquelas pessoas?

-... – se virou para os outros, pensando em como deveria agir diante deles – Quem são vocês? – foi a primeira a falar, quebrando o silencio –... – hesitou, com receio de fazer a próxima pergunta e ouvir coisas que não gostaria – E como vieram parar aqui...?

por Gin Sáb maio 03, 2014 11:00 am

Sabia que sua estratégia havia sido ousada, indo totalmente para o ataque. Mas nunca tentaria fugir de uma situação daquelas e tinha confiança em sua força. Por um breve instante pensava que sua sua ação temerária dera certo, só pra sentir uma sensação que nunca tinha experimentado antes.

— ''Estou morto?'' — Foi seu primeiro pensamento sem sentido naquele mundo onde se encontrava. Se aquilo era morrer, parecia estranho. Não estava em paz consigo mesmo, não havia luz acolhedora e nem havia qualquer outra alma penada à sua volta.. somente, estava ali. Assim que seu cérebro se engajou nesse pensamento e foi desenvolvendo ideias a partir dali, acordou.

Estava no chão do que parecia ser uma cabana extremamente antiga. Seu chão e paredes sugeriam que aquela casa havia muito sido abandonada e, se era usada, servia para animais ou uma breve parada para viajantes.

Onde estava? Endless? Não.. de algum modo o ambiente não parecia certo. Por alguma razão sua mente chegou à conclusão que não mais estava em Lodoss. — ''Tudo isso por uma maldita briga, boa ideia Gin'' — Pensou, ainda estatelado no chão.

Nesse momento viu uma mulher se levantando e indo analisar a cabana e o que havia fora dela. Surpreso, constatou que ainda haviam mais 2 seres ali, além dele e da mulher já desperta. Girou a cabeça para o outro lado e, pelos inúmeros buracos da cabana velha, viu que suas suspeitas estavam corretas: era uma floresta sombria e desconhecida. Suspirou, voltando seu olhar para as costas da mulher, que agora analisava o ambiente por uma das janelas.

— Bundão heim. — Dessa vez falou alto, querendo aliviar um pouco a tensão que se instalava no ambiente. Levantou-se com cuidado redobrado caso a mulher viesse atacá-lo pelo comentário infeliz e, também, para ver se não havia nada quebrado.

— Sou Gin, prazer. — Disse brevemente a quem estivesse ouvindo. — Vim de uma luta muito estranha contra um bichento forte. Estava em Endless e vim parar aqui, não sei como. — Fez uma pausa, olhando bem para todos. — Como se chamam? — Perguntou a todos ali e focando-se mais na mulher ao seu lado que havia feito a pergunta.

Enquanto conversavam, sua mente trabalhava. Tinham que descobrir onde estavam e se ali era um local seguro. Disso, não tinha dúvidas. Se pudessem usar aquele local como uma base a partir do qual pudessem explorar, seria o ideal. Suspeitava, porém, que não. Logo teriam que partir e continuar se movendo. Tratou de descansar o máximo que podia, já que sentia que sua força interna tinha lhe abandonado por ora, sugada de seu corpo após a viagem no limbo.

por Laser Beetle Sáb maio 03, 2014 3:01 pm

A felicidade do plano bem sucedido foi incrível, enchendo o garoto de satisfação. Agora, se era por ter driblado a morte, ou só por ter conseguido machucar a alma penada, Eric não sabia dizer. Cambaleou e caiu ao chão, ainda sem controle total do seu próprio corpo, sentindo fortes formigações em todos os músculos, estava aliviado por ter escapado daquela. Mas seu alívio logo foi quebrado pela imensa luz vermelha que tomou posse da aparição, engolindo tudo na sua explosão.

No tempo em que Eric ficou flutuando no infinito, sem corpo, sem sensação alguma, não sabia se estava morto ou preso na magia da criatura. Se estivesse morto, com certeza teria sido abandonado pela Luz, talvez por ter se deixado levar pelas emoções negativas mais cedo. Lembrou-se de sua terra natal e de seu avô, e sobre como ele contava que heróis abençoados pela Luz, quando morriam, retornavam a Ela, se tornando um com o Sol.

Quando "despertou" no casebre, uma lágrima escorria pelo rosto do garoto.

Tentou se levantar, ainda com os músculos em torpor, e olhou ao redor. Um homem, uma mulher, e um... alguma-coisa. Seu cérebro funcionava a mil, mas não conseguia entender o que estava acontecendo ali, só relaxando um pouco quando a mulher e "Gin" falaram, mostrando que - pelo menos - Eric não era o único confuso. Foi retomando a força nos seus membros e tentou levantar, cambaleando e se apoiando numa das paredes pra conseguir ficar de pé. Um olhar pro lado de fora, e sabia que não estava mais no Porto Real, nem nenhum lugar próximo de lá...

- Eric... - Não vestindo sua face simpática de sempre, parecendo bem mais cansado e confuso - justificadamente - levou a mão à cabeça tentando organizar seus pensamentos. Estava tendo um dia e tanto... Decidiu confiar nos dois. - A última coisa que eu me lembro era estar no Porto Real... Cheguei hoj-- ontem, venho de Rohan. - Sua noção de tempo era uma bagunça. Que horas eram? Olhou ao redor, absorvendo o ambiente, e parou o olhar no bicho que estava ali com os três. - Vocês tem ideia do que pode ser essa coisa?

por SKAZKA Sáb maio 03, 2014 6:31 pm

Sensações estranhas e novas tomavam conta do homúnculo. Perder a consciência era algo assustador para mortais comuns. Imagine para um ser que não sabe o que é dormir. A memória dele não ajudava enquanto ainda estava se recuperando do que havia acontecido. Simplesmente estava incapaz de raciocinar por um tempo, enquanto esboçava um começo de despertar.

Se um homúnculo é capaz de sonhar, somente um especialista pode responder. Mas ele talvez tenha sonhado. Ouvia vozes tão distantes dele, que ele entendia perfeitamente as palavras, mas era como se fosse falado em uma língua desconhecida. Tentou mover a cabeça para ver ou ouvir melhor, sem resultado.A sua visão ainda era negra e nebulosa. Muito lentamente, ele começou a conseguir diferenciar os significados do que era dito. Mesmo que não fossem agressivas, ele estava assustado, quase apavorado.

Medo age diferentemente em cada ser. Em Skazka, o medo se transformava em uma paranoia protetora. Pouco a pouco recuperando os seus sensos, ele tentava ouvir as vozes mais e mais detalhadamente. Não lhe pareciam agressivas, exceto por um que falava incomodamente alto. Apelidou este que ainda não conhecia de "barulhento" em sua mente, acostumado a organizar pensamento de forma metódica.

Começou a esboçar movimentos, após continuar ouvindo um pouco mais. Se sentia menos intimidado agora, já que aparentemente os outros estavam tão confusos quanto ele. Letárgico era pouco para as ações dele, tanto de movimentos quanto voz. Falou enquanto tentava se levantar:

- Tantas questões permanecem incompreendidas e imensuráveis. Não me orgulho de admitir ignorância quanto ao estado atual que me encontro presente e muito menos sobre o paradeiro de vossas pessoas. Mas escutei o que disseram, e posso afirmar que igualmente estava em um duelo contra algo que era tão insubstancial quanto misterioso antes de ser arrancado dos meus sentidos.

A frase completa foi acompanhada de lentos movimentos e tentativas de equilíbrio. Acima da tontura de recobrar os sentidos, ele lhe sentia muito a falta de algo elementar em sua composição: A própria energia que corria através dos seus ossos. Não após muitas batidas de coração do resto do grupo, ele caiu novamente, fazendo um baque surdo no solo. Ainda mantinha plenamente a consciência, mas estava fisicamente devastado pela falta de sua energia vital. Movia pouco a pouco os seus membros, como se estivesse reaprendendo a andar, enquanto continuava a sua lenta e prolixa introdução.

-Durante tempo o suficiente, eu fui chamado de Skazka, se permitam fazer o mesmo, já que parece que estamos no mesmo complexo dilema. Eu somente vou precisar de mais um momento para me recuperar, enquanto aguardo minhas forças vitais retornarem a meu ser através do solo.Quanto aos assuntos recorrentes ditos por vocês, acredito que estava perdido em uma floresta nomeada como Allgreen, segundo informações do meu companheiro anterior.

Logo após terminar de falar, ele olhou em volta, analisando com mais afinco o ambiente que se encontrava. Não sentia nada de diretamente desagradável no local, mesmo que ele parecesse intimidador. Embora em um estado de quase torpor, ele não estava preso no mesmo local, e isso era um alivio palpável para o Homúnculo. Mais alguns segundos observando o ambiente o fizeram ter um pensamento verbalizado, que seria incompreensível para o resto do grupo.

-Tigel não está aqui, Agradeço a tudo o que é vivo: Ele era um péssimo ouvinte

por **Phyress** Dom maio 04, 2014 2:52 pm

Silmeria aparentou surpresa com as palavras do homem que havia se levantado, se virou para ele e o analisou de cima abaixou por um instante. Os olhos da mestiça se estreitaram em um olhar maldoso.

- Ora, - sussurrou para o rapaz ao seu lado e um sorriso divertido e malicioso surgiu nos lábios dela – Quem sabe não tenhamos a chance de nos divertir no futuro, não é?

Observou os outros dois se apresentando e não pode evitar uma expressão aborrecida enquanto ouvia as palavras daquela criatura. “Longo...” foi o único pensamento que passava pela cabeça de Silmeria enquanto aquelas palavras soavam pela sala. Por um instante cogitou se não seria melhor que aquela criatura fosse incapaz de falar... Esperava que falas longas e desnecessárias como aquelas não fosse um habito daquele ser.

- Eu sou Silmeria e eu também estava sendo atacada por algo que não parecia normal... Uma criatura que me congelou e sugou minhas forças ao tocar em mim... E então eu acordei aqui, como vocês aparentemente.

“Me pergunto se temos algo em comum além de termos sido atacados... Parece que todos estávamos em lugares diferentes antes, então acho difícil que tenhamos algum inimigo em comum que nos capturou e como nos trouxeram aqui tão rápido? Ninguém parece ter passado fome ou estar exausto... Não só isso, mas não parecemos mesmo prisioneiros... Por que diabos estamos aqui afinal? E porque existem buracos por todos os lados desse casebre? Isso tudo é um pouco... Curioso, mas ao mesmo tempo esse lugar me preocupa.” pensou, um pouco aflita. Não gostava de não ter noção do que estava acontecendo, nem de onde estava.

- E então, o que faremos agora? Acho que não temos opção além de sair para explorar... Ou alguém tem outra sugestão?

por Laser Beetle Ter maio 06, 2014 8:15 pm

Quando Skazka começou a se levantar, Eric sentiu a tensão no ar subir um pouquinho - ou talvez só pra ele - enquanto observava a criatura, esperando que ela atacasse alguém a qualquer momento. Só não esperou que o ataque viria na forma de palavras e longas, longas sentenças.

- Huh. - Uma coisa era treinar um animal a falar coisas simples, até mesmo responder, isso não era mistério para Eric. Ele havia visto uma boa parcela de papagaios-piratas na sua vida. Mas aquilo... Não sabia como reagir, então ficou em silêncio por um momento. Na sua cabeça, ele etiquetou a Skazka a única explicação que ele tinha. "Lodoss é realmente um lugar estranho." - E voltou sua atenção à garota, que pensava além do casebre e seus ocupantes.

- Tem razão. Deve haver uma trilha em algum lugar, ninguém construiria uma cabana no meio do nada sem uma trilha pra achar ela de novo. Só nos dê um momento... - E voltou a se mover, dando alguns passos meio tortos e se alongando. Tentava retornar o movimento completo dos músculos pro seu corpo, ou o melhor que conseguisse, pelo menos. - Também preciso de alguns minutos. - Disse, olhando para Skazka novamente. Era uma criatura incrível. - Perdoe minha curiosidade, mas eu nunca vi sua raça antes. Você veio de onde? Todos vocês falam assim?

Gin já se pronunciou no chat querendo que a narração continue, então não faço questão de fazermos uma interação prolongada >: acho que dá pra considerar que ficamos alguns minutos conversando/descansando só pro Skazka "comer" e o Eric voltar ao normal, se a Silméria aceitar.

Pepe, você pode me falar pelo chat/PM o que o Skazka dividiu comigo, nesse caso =P Silméria e Gin também, se quiserem dividir algo do personagem de vocês. Se seus personagens quiserem saber algo do Eric, só me falar. Menos as medidas dele, ele tem vergonha do próprio corpo *blush*

por SKAZKA Qui maio 08, 2014 9:56 am

Eram poucas as vezes que ele havia se sentido dessa maneira, e mesmo assim, a tempo o suficiente no passado para ser uma memória que deixava um gosto ruim na boca. Metaforicamente falando, já que a língua dele não sentia gostos e servia somente para falar. O que ele inclusive fazia demasiadamente. Mas agora ele estava faminto da sua tão necessária energia, e a inanição poderia ser o seu fim. Usando a sua garra, ele preguiçosamente cavou um buraco através do assoalho, tentando entrar em contato com o solo de alguma maneira.

Enquanto fazia isso, ele começava a responder a pergunta, adquirindo um favorecimento pelo garoto loiro que se mostrou curioso e inteligente. Definitivamente mais refinado que Gin, o "barulhento". Ele começou a responder, como sempre, de maneira prolixa e lenta.

-Eu sou uma forma de vida criada artificialmente através da combinação de alquimia, biologia e artes arcanas. Um homúnculo, se assim preferir.Fui dado a capacidade de paródia da vida em Lodoss mesmo, em uma ordem arcana que estudava os poderes divinos de maneira metódica e cientifica. Mas hoje eles não existem mais. Não tenho conhecimento se existem outros sobreviventes, mas creio que outros falavam pelo menos de maneira semelhante. Humanos, elfos, meio elfos. Não acredito que era uma característica predominante, mas adquiri o costume de me fazer compreendido de maneira clara e simples. Existiam alguns outros que eram mais apressados, como o...

Terminando de cavar o seu buraco enquanto falava, ele enfiou a cabeça dentro do tal buraco, a fim de entrar em contato direto com o solo abaixo do assoalho. Ele continuou a divagar, falando mais e mais, só que com a cabeça no buraco, o que fazia a sua voz sair abafada e de absolutamente impossível compreensão. Ele estava contando histórias de tempos antigos, mas ninguém saberia dizer. Pelo menos ele estava mais aliviado, tendo um contato direto com o solo.

A energia deste solo era estranha, diferente. Era mais primal e mais fresca, como se o ciclo da vida no pântano fosse constantemente mutável. Mas tinham fragmentos compreensíveis para ele ainda, detalhes que ele não entendia. Pelo menos estava um pouco mais aliviado.

O pouco tempo que fez isso ajudou pelo menos ele a levantar, Agora de pé, era possível ver a sua anatomia bizarra com mais detalhes, mas ele estava mais sereno que antes. Começou a caminhar em direção a porta, empurrando-a com a sua cabeça e corpo sem usar as mãos ou garras. Ele ainda tinha reservas quanto a portas, sendo desajeitado para abri-las, preferindo simplesmente empurra-las quando não havia fechaduras ou semelhantes. O seu plano era simples, porém requisitado: Sair da cabana, e deitar no chão, tendo o maior contato possível com o solo.

por NR Lima Limão Qui maio 08, 2014 11:30 am

@ Todos

O grupo acordou e de inicio se estranharam um pouco, mas passadas todas as suspeitas, todos entraram num consenso de que estavam ali sem um motivo aparente. Cada um do grupo tinha uma origem completamente distinta, raças diferentes, mas uma coisa entre os quatro era comum, a forma como havia sido levados até aquele lugar sombrio. Todos relataram terem sido atacados por criaturas estranhas, e após terem supostamente morrido, surgiram ali naquele lugar. Seria aquilo algum tipo de purgatório? Uma provação às suas almas antes que elas finalmente fossem mandadas aos seus locais de destino? Ou será que realmente havia sobrevivido e agora estavam perdidos? As duvidas eram muitas, e as respostas quase nenhuma. O lugar onde estavam permanecia um mistério ainda maior que sua chegada, o cenário era de lastima e trevas, do lado de fora parecia não haver vida, além das arvores tortas e acinzentadas, estas que produziam um ruído de madeira rangendo e estalando, como se elas próprias estivessem em constante movimento. Aparentemente já era de manhã naquele lugar, mas uma camada espessa de nuvens cinzas bloqueavam boa parte dos raios solares, deixando o pântano ainda mais escuro. Além disso, juntamente com a névoa que invadia aos poucos pelas aberturas na parede, um cheiro de podridão chegava às narinas dos aventureiros, deixando aqueles de estômago mais fraco enjoados.

O tempo passava e o grupo não conseguia chegar a uma conclusão de como ou porque estavam ali, mas pelo menos de uma coisa estavam certos, tinham que sair, ou não chegariam a lugar algum. Silmeria foi a primeira a cogitar a possibilidade de saírem da cabana para explorar, mas o cenário de fora não era nada convidativo, Eric foi a favor, tirando uma conclusão bastante perspicaz, mas que logo se revelou bem eficiente. Como se a própria névoa o tivesse escutado, e respondido a sua afirmação, a porta, que se encontrava encostada apenas, abriu lentamente e do lado de fora, a névoa parecia recuar para os lados de forma gradual, revelando uma trilha por entre as poças de lama e as arvores.

@ Skazka

O homúnculo estava bastante confuso de como havia ido parar ali, mas agradeceu por Tigel não tê-lo acompanhado naquela viagem forçada. Sendo taxado por todos os presentes como uma criatura estranha e talvez até hostil, Skazka não teve outra opção a não ser responder a todos da única forma que conhecia, com longos discursos cheios de polidez e educação. Os aventureiros ficaram no mínimo abismados, como uma criatura de aparência tão exótica poderia ser tão educada e culta? Aquilo logo ativou a curiosidade de um dos presentes, fazendo com que Eric fosse até o homúnculo lhe fazer algumas perguntas sobre sua origem. Skazka não hesitou em lhe responder, e com toda sua prolixidade e a forma lenta e cadenciada com que falava, ele começava um novo discurso que parecia que não teria um fim tão cedo. Eric por um momento se arrependeu de ter feito tais perguntas, mas tanto ele, quanto todos os outros se surpreenderam com duas coisas que aconteceram a seguir. Em suas tentativas de cavar um buraco no assoalho de madeira, Skazka acabou por afundar o piso velho e mofado abaixo de si, produzindo um largo buraco no chão da casa. A profundidade era irrisória, apenas um palmo até o chão do pântano, mas este era bem mais macio que o da casa, e Skazka já conseguia sentir a energia que aquele solo possuía. Cavando mais um pouco enquanto falava, mais alguns minutos depois ele tomou outra atitude inusitada, enterrando sua própria cabeça no buraco em que cavou, e ali ele ficou, falando, e falando e falando...

@ Silmeria

Por ser a única com os sentidos mais apurados, talvez era a que menos estava bem com toda aquela situação, apesar de ter recuperado o controle de seu corpo, o fedor vindo do lado de fora era muito mais forte para ela que para os demais. Mas uma coisa que os outros não conseguiram perceber, Silmeria notou. De relance, enquanto a porta abria lentamente, a meia elfa parecia ter visto uma imagem, um ser disforme e branco quase totalmente transparente que segurava a porta, como se fosse uma sombra. Silmeria conseguiu ver essa imagem por apenas um segundo, logo após ele sumir no ar, como se nunca tivesse existido. Silmeria ficou surpresa de inicio, mas assim que o susto passou, ela começou a pensar sobre o assunto e começou a analisar toda a sala à sua volta. A mestiça até conseguiu prever que Skazka cairia no buraco antes de acontecer, devido ao ranger da madeira e os estalos produzidos logo abaixo do homúnculo, mas sua mente, ocupada com outros assuntos, não reagiu a tempo hábil suficiente para avisa-lo. Visto que o homúnculo estava bem, ela logo voltou a sua analise do local, atentando-se mais aos detalhes do lado de fora agora, mas não encontrara nada de suspeito no pântano. Voltando sua atenção para o grupo, sendo . Novamente, Skazka foi o responsável por tirar a concentração da meia elfa, desta vez com a sua atitude inusitada de enterrar a própria cabeça na terra. Silmeria desaprovou a atitude, balançando a cabeça negativamente enquanto olhava perplexa a cena, mas uma coisa lhe chamou a atenção naquilo tudo. Através do buraco feito no chão da cabana, Silmeria pode ver algo reluzindo bem ao fundo, por baixo do assoalho, a mestiça estreitou os olhos, mas não conseguiu identificar o que era, restava saber se ela tentaria descobrir o que era, ou se simplesmente ignoraria.

<Apesar de estarem com 0% de energia, vocês não se sentem tão cansados quanto deveriam, apenas sentem que não conseguirão usar suas técnicas. O prazo atual é até segunda dia 12, às 11 da manhã>

por **Phyress** Sex maio 09, 2014 2:49 pm

Mais preocupada com o ambiente ao redor, Silmeria direcionava poucos olhares para as pessoas com quem dividia a sala depois das devidas apresentações. Somente naquele momento ela reparou no cheiro desagradável que pairava pelo ar e, aparentemente, vinha de fora do casebre... Se perguntava a origem daquele cheiro e, talvez, a resposta não fosse tão boa.

A voz daquele ser estava começando a ser irritante também. Por que diabos ele falava tanto? E por que infernos aquele rapaz ficava fazendo perguntas para aquela criatura? A própria mestiça também era curiosa sobre a origem dele, mas ele falava demais!

O som da porta se abrindo atraiu a atenção da mestiça e, ao ver aquela silhueta segurando a porta Silmeria arregalou os olhos brevemente. “Que droga...?” pensou, se perguntou se era sua imaginação, mas... Naquele ambiente estranho, era melhor considerar que aquela sombra era real e que a trilha que agora era visível era quase um convite. Ponderou sobre avisar os outros sobre o que viu, mas isso só os deixaria mais tensos e alarmados, era melhor aguardar mais e tentar encontrar algo naquela sala.

A mestiça não conseguiu evitar direcionar um olhar irritado para a criatura quando esta enfiou sua cabeça na terra... Teria se irritado ainda mais com ele, se não tivesse notado algo. Aquele leve brilho por baixo do assoalho... Podia ser um erro bisbilhotar, mas a curiosidade por vezes falava mais alto. Esperou aquela criatura tirar a cabeça dali e se aproximou do buraco que foi aberto.

- Ei, pessoal. – se abaixou próxima ao local onde conseguia ver algo reluzindo – Tem algo por baixo desse assoalho... - e apontou.

Sem dizer uma palavra, Silmeria lançou um olhar de Skazka para Gin. Ambos pareciam ser os mais fortes daquele grupo, então esperava que algum deles destruísse aquela parte do assoalho para que todos pudessem ver do que se tratava.

por Laser Beetle Sex maio 09, 2014 4:02 pm

Com um novo conhecimento adquirido, sabendo que Skazka não era um animal comum, e sim um homúnculo, e certo de que tinha um plano em mente - já que seu corpo agora respondia quase 100% - Eric se virou para a porta que iria abrir, revelando a verdade do lado de fora da cabana... Mas parece que o pântano tinha feito planos semelhantes, empurrando a porta velha devagar, deixando sua névoa e cheiro de podre invadirem o casebre e os sentidos dos presentes. O loiro fez uma careta e tampou o nariz, olhando um pouco assustado pro lado de fora, como que esperando algo aparecer.

Quando nada apareceu, observou a trilha que se estendia e limpou a garganta e olhou novamente para o grupo. O cheiro parecia incomodar a todos, especialmente a garota, o que levou Eric a sacrificar seu manto leve - que cobria seus ombros - para improvisar máscaras, rasgando sua peça de vestimenta em pedaços longos, pra amarrar ao redor da cabeça tampando nariz e boca, e filtrar um pouco do cheiro horrível do lugar. Caso não tivesse tecido o suficiente para as quatro máscaras, não usaria uma, fazendo apenas três. Enquanto estava preocupado com isso, a mulher do grupo falou, dizendo que havia algo debaixo do chão...? Eric prestava atenção, mas mantinha-se na sua tarefa, não podia fazer muito quanto aquilo.

- Vamos, então? - Sorria, mesmo que talvez os outros não pudessem ver, tentando manter a voz calma e - até mesmo - alegre. Em situações como aquela, Eric havia aprendido que a melhor defesa era manter os ânimos altos e a moral erguida. Caso eles deixassem que o pântano os derrubasse, estariam realmente perdidos. Esperança era fundamental, mesmo que o rapaz se sentisse temeroso por não sentir mais a presença da Luz dentro de si...

Estava ele realmente vivo? Talvez ele tivesse, de fato, morrido. Talvez todos ali estivessem mortos, e aquele lugar era pra onde as almas não iluminadas iam... Talvez por isso ele não sentia a Luz dentro de si...

por SKAZKA Seg maio 12, 2014 2:05 pm

Que alivio que ele sentia. Por mais que ele ainda estivesse cansado e letárgico, estava se alimentando e não havia mais uma urgência direta. E assim se levantou do solo, ficando em suas duas pernas. Talvez somente agora ele realmente começou a perceber melhor o seu ambiente, olhando para fora e se desagradando com o cheiro.

Recebeu ordens, mesmo que indiretamente. Olhou para Silmeria, depois para o assoalho, novamente para a meio-elfa, para o assoalho novamente, depois para o barulhento, e uma vez final para o chão abaixo dos seus pés. Acreditou que já havia causado estrago no assoalho do dono da cabana, por isso não se importaria em remover mais algumas tabuas. E assim o fez, usando mais as garras para destruir que realmente se dar ao trabalho de arranca-las. Ele podia ser lento fisicamente, mas essa falta de energia o deixava com preguiça, preferindo simplesmente ser direto em sua tarefa.

Por mais que não se sentisse agradado naquele local, preferiria ficar ali descansando, mas não hesitaria em tomar a frente na hora de sair da cabana. Desde que ele mantivesse no solo, ele continuaria a se alimentar. Obviamente claro, se o resto do grupo não se preocupasse com o seus lentos passos. Eles já aparentavam estar mais aliviados por ele ter parado de falar por agora.

por NR Lima Limão Seg maio 12, 2014 9:17 pm

@ Todos

O grupo estava ainda bastante confuso, mas aos poucos, iam recuperando seus sentidos e também o raciocínio lógico. Eric era o que mais estava ansiando para saírem daquela cabana, e não estava errado segundo sua lógica, pois ficar ali parado não os levaria a lugar algum realmente. Mas o ambiente nada convidativo e sombrio o qual era aquele pântano, deixava qualquer possibilidade de estarem perto da civilização, o mais remota possível. Mas então vinha a nova duvida, e novamente o autor dela era Eric... Como surgira aquela cabana? Certamente ela estava ali fazia muitos anos, e por sinal abandonada, pelo seu estado de pura lastima e destruição, mas por qual finalidade uma cabana em um lugar tão sombriamente desagradável? E quem fizera tal coisa? Seria o dono desta cabana, o mesmo que levara o grupo de aventureiros até lá? Eram questões que, talvez, pudessem ajuda-los a sair dali, mas por hora, a melhor das coisas que poderiam fazer era investigar o local onde estavam. E desta vez, ficava por conta de Silmeria faze-lo.

@ Silmeria & Skazka

A meia elfa mantinha seus olhos atentos a todos os cantos da casa, e mesmo com o susto por ter visto o vulto segurando a porta, ela não se abalou, nem tampouco alarmou o grupo. Mesmo com o cheiro de podridão invadindo seus pulmões e revirando seu estômago, a jovem manteve-se firme em sua posição de vigília, até finalmente obter algum resultado em sua procura. Com a ajuda do homúnculo, Silmeria revelou um possível objeto brilhante oculto por baixo do piso de madeira. A elfa então deu uma breve olhada para Gin e Skazka, e em prontidão, o homúnculo reagiu enfiando suas poderosas garras na madeira. Não foi muito difícil remover as placas, uma vez que o piso já não estava mais com a mesma firmeza que antes, e diante do atual estado em que se encontrava a cabana, era impossível que alguém se importasse com os novos buracos feitos. Para a surpresa de todos, o que estava escondido por baixo do assoalho de madeira podre e velha, era uma espécie de amuleto, feito em prata. Tanto era legitima a peça, que mesmo em meio à sujeira e a umidade, mantinha seu brilho e valor praticamente intactos. Silmeria foi até o artefato e o pegou, e ao olha-lo mais de perto, percebeu as letras “A L” gravadas no centro do amuleto em alto relevo, as letras estavam sobrepostas e escritas de uma forma linda e desenhada.

@ Eric

Eric estava ansiando por saírem logo daquela cabana, pois estava esperançoso que logo eles encontrariam o caminho de volta. Uma característica realmente fascinante de se ver em uma pessoa, mesmo numa situação tão aflitiva como aquela em que se encontravam. Mas em seu íntimo, até o mesmo cruzado luz sentia que havia algo errado em seu ser, sentia como se a luz o houvesse abandonada, e por meros instantes, sua fé de que todos ali estavam vivos, fraquejava. Eric notou que o cheiro de podre não incomodava somente a si, mas a todos os presentes, e improvisando uma mascara, ele entregou a todos um pedaço rasgado de sua capa, a qual ele amarrou a frente do nariz e boca, amenizando bastante o odor fétido que vinha do lado de fora. Era hora de seguirem, e Eric estava disposto a incitar a todos a fazerem o mesmo, se levantado, ele foi até a porta e olhou para o lado de fora, apenas para surpreender-se com tal visão. O pântano visto de fora parecia bem mais sombrio que visto de dentro, o que no fundo, assustou um pouco o rapaz, deixando-o receoso se deveria mesmo seguir a trilha aberta pela névoa. Ele virou-se e deu uma nova olhada para seus companheiros, mas o acordou, fazendo com que voltasse sua atenção novamente a paisagem de fora. O som de algo caindo dentro d’água, era como se uma fruta ou galho tivesse caído dentro de uma das muitas poças que haviam por ali, e realmente poderia ter sido apenas isso... Poderia...

<Silmeria encontrou o amuleto e está com ele por enquanto, mas aparentemente ele é só uma joia personalizada. No lugar daquele símbolo no centro, imagine as letras A.L da forma como as descrevi. Gin não postou nesse turno, como não é uma rodada de ação e ele não me avisou nada sobre sua ausência, ele perderá 50 EXP até segunda ordem. Skazka recuperou +10% de PEs, atualizados no status do post inicial.>

por Gin Qui maio 15, 2014 4:20 pm

Manteve-se quieto enquanto Silméria e Skazka arrebentavam mais ainda a cabana podre. Teria ajudado o Homúnculo se não tivesse mais interessado em observar o ambiente lá fora. Sabiam que sairiam logo menos e, por isso, tentou observar o melhor caminho antes de terem que encarar o cheiro podre lá de fora.

Deu alguma importância para o amuleto, que não se importou em ser deixado com Silméria. Realmente era um artefato curioso por estar ali e, talvez, fosse de serventia para o grupo mais pra frente. De qualquer modo, na sua cabeça, os objetivos do grupo eram maiores do que simplesmente ficarem pensando em mais uma coisa misteriosa.

Já estava planejando abrir a porta quando Eric lhe entregou um pedaço de pano. Pensando que essa sim era uma boa ideia pelo cheiro que esperavam-nos, amarrou bem o pano por sobre o nariz e a boca, enquanto dava aperto no ombro de seu mais novo companheiro.

— Obrigado. — Murmurou. Sua voz saía baixa e estranha por baixo do que antes era a capa de Eric. — Agora permita-me tomar a frente. — Disse, não sem um leve toque de sarcasmo mas que esperava ser tomado na brincadeira.

Adiantou-se uns passos, saindo da cabana. Observou bem o pântano, sua máscara improvisada não permitindo que o pior dos cheiros chegasse às suas narinas. Esperou até Eric estar ao seu lado antes de soltar um suspiro.

— Bem, o que acha? — Perguntou, se referindo à trilha que se estendia para além de suas visões. Aquela era realmente a única escolha, já que seria idiotice aventurarem-se pelo pântano sem uma trilha definida. Esperou a resposta de Eric e que os dois da cabana se juntassem a eles do lado de fora para começar seu avanço.

Caminhava lentamente, tomando cuidado com seus passos e observando bem por onde ia. Estava em terreno hostil e, por isso, deixou que seus sentidos de guerreiro tomassem conta de si. Confiaria em sua intuição para as coisas e não descartaria qualquer conselho de seus companheiros enquanto iam em frente, seguindo a trilha do pântano misterioso.

por Laser Beetle Sex maio 16, 2014 1:42 pm

Felizmente, conseguiu dividir seu manto em pedaços suficientes pra equipar todo mundo com uma másca de gás de terceira categoria. Ouviu com atenção as palavras da garota enquanto entregava-lhe sua máscara, mas decidiu guardar sua curiosidade para outra hora, seguindo Gin para a porta e se deparando com uma visão que, no mínimo, deprimiu o garoto. O próprio pântano parecia... morto. A mistura de cheiro pútrido, da aparência das árvores e da neblina só reforçava a ideia de que tudo aquilo parecia um enorme cemitério natural. Respirou fundo, e percebeu que - mesmo com a máscara - o fedor conseguia se esgueirar levemente pelo pano. O "splash" de alguma coisa caindo no pântano fez Eric ficar em alerta por um momento, caçando com os olhos qualquer movimento.

Mas tudo parecia morto.

- Da onde eu vim, crocodilos e cobras são os maiores perigos nos pântanos. - Disse, se abaixando e pegando alguma coisa do chão, uma pedra, um galho velho, qualquer coisa. Jogaria névoa adentro na direção da trilha, não sabia exatamente o que tava fazendo, talvez só queria ter certeza que - fazendo barulho - ia conseguir ouvir mais alguma coisa, tentando comprovar que haviam animais agressivos por perto. - Tomem cuidado com seus pés, e tentem andar aonde está mais seco. - Sabia, por experiência própria, que explorar pântanos podia se tornar um pesadelo com os pés encharcados. Ainda mais quando se estava perdido... Seguiu a liderança de Gin, mantendo os olhos atentos nos flancos, estava bastante apreensivo.

por **Phyress** Sex maio 16, 2014 8:36 pm

Aquela situação de enjoo estava começando a incomodá-la, sentia o corpo um pouco mole por causa disso e movimentos bruscos pareciam apenas deixá-la mais enjoada, por isso ela agiu com calma e sem pressa naquela situação. Pegou o pedaço de tecido que lhe foi oferecido para tentar amenizar o cheiro desagradável que insistia em permanecer ali.

- Bom trabalho. – e agradeceu Skazka quando ele fez o que havia sido pedido, se aproximou da abertura que ele havia criado e pegou o objeto que havia sido revelado.

Silmeria ergueu o amuleto diante de seus olhos e o analisou... Pode ver duas letras gravadas no centro, como se fossem duas iniciais, mas não tinha nem ideia do que aquilo significava. Podia não significar nada, talvez fosse só um objeto que outra pessoa que esteve na cabana havia perdido. Guardou o amuleto consigo, talvez encontrassem o dono dele em algum momento... Ou talvez fosse valioso na cidade, de qualquer forma, o objeto era bonito e não havia porque jogá-lo fora.

Em seguida, ela saiu da cabana para encontrar os outros dois: Gin e Eric. Detestava a ideia de que teriam que andar por aquele lugar, mas não era como se tivessem outra opção. Silmeria seguiria os dois em silêncio, com uma expressão de desgosto por causa daquele cheiro, segurando o pedaço de pano a frente de seu rosto para tentar, ao menos, amenizar o odor. Fazia o máximo para manter o foco, com os olhos e ouvidos atentos para o ambiente ao redor e, também, avançando com cautela e sempre verificando o chão antes de pisar nele.

por SKAZKA Sex maio 16, 2014 10:13 pm

Algum objeto brilhante. Não sabia se deveria se sentir mais confuso com a situação ou mais intrigado. Uma armadilha para vários seres pensantes era superestimar a situação. E uma armadilha que o homúnculo caia facilmente. Mesmo antes de vagamente ter uma ideia do que poderia ser o tal amuleto, ele já começava a pensar os possíveis significados de tudo aquilo. Claro que nunca chegava a lugar nenhum, as variáveis eram tantas, e as informações poucas.

Mas não havia sentido em ficar parado. Mesmo que não tivesse pressa para se arriscar, ele seguiria o grupo, que aparentava ser o mais próximo de algum contato inteligente desde que havia sido libertado. Não havia a necessidade de tomar a frente, e nem a capacidade. Seus passos eram lerdos e decididos, medindo a todo momento a capacidade do solo de segura-lo sem afundar. Afinal, o pântano não parecia convidativo.

Olhava de um lado para o outro, curioso sobre se encontraria algo da fauna local que pudesse dar mais pistas sobre o desaparecimento. Apesar de todos os ocorridos, não acreditava estar morto ou em algum estado perdido no meio, devido a sua natureza. Possivelmente o único do grupo que não estava se incomodando tanto com o cheiro, pois podia simplesmente parar de sentir o odor, já que não necessitava de ar.

E para o alivio dos outros, ele se manteve calado.

por NR Lima Limão Dom maio 18, 2014 11:57 am

@ Todos

Após algum tempo, todos acabaram concordando que ficar ali não os levaria a lugar algum e com a iniciativa de Gin e Eric, todos decidiram sair. Silmeria havia encontrado o amuleto mas desconhecia completamente seu valor, portanto apenas o guardou entre suas coisas. Gin e Eric já estavam do lado fora averiguando a trilha, quando Skazka e Silmeria se reuniram a eles, a principio o pântano parecia completamente deserto, as copas das arvores eram bem finas e acinzentadas, porem mesmo com a aparência estranha, ainda assim eram cheias de vida, com suas folhas cobrindo quase todo o céu. A névoa baixa impedia a visão do chão mais além, mas a trilha parecia mais limpa, como se a própria névoa de propósito estivesse lhes mostrando o caminho por onde deveriam seguir. O grupo caminhou por algum tempo seguindo as instruções de Eric, Gin ia na frente liderando, mas todos estavam em completo silencio. A cabana já não estava mais em seus campos de visão, já haviam andado uma distancia considerável desde que saíram desta, mas o cenário continuava o mesmo, imutável, sombrio e fedorento. A trilha era irregular, ela não seguia completamente reta pelo pântano, parecia tomar um único rumo, o norte.

@ Gin

Gin liderava o grupo com firmeza em seus passos, acreditava que seguindo a trilha certamente chegariam a algum lugar, mas suas esperanças logo se esvaiam a medida que o tempo passava. Cerca de meia hora e nada de encontrarem qualquer coisa diferente além de poças d’água, arvores e arbustos. A trilha seguia sempre em frente, mas em frente a visão era bloqueada por mais e mais arvores, e a névoa. Após mais algum tempo, Gin cogitou a possibilidade de estarem perdidos, mas como saber? Enquanto o rapaz pensava numa forma de descobrirem se estavam mesmo ou não perdidos, foi a vez de Gin presenciar algo sobrenatural naquele pântano. Bem ao longe, no meio da névoa, uma sombra saiu de trás de uma arvore, ela caminhava devagar e paralelo ao grupo. Gin olhou para os demais, mas aparentemente nenhum deles vira aquilo, porem, quando voltou seu olhar para a sombra novamente, já não havia mais nada ao fundo.

@ Todos

Cerca de meia hora se passou até que todos começassem a repensar suas ações naquele instante. Estavam caminhando, e caminhando e caminhando, mas como poderiam saber se não estavam apenas dando voltas pela floresta sem ter qualquer rumo? O grupo precisava pensar em formas de otimizar sua busca, caso contrario, seria praticamente impossível sair dali. O pântano ao mesmo tempo que tentava mostrar aos aventureiros o caminho correto a ser seguido, parecia também pregar-lhes peças de mal gosto.

por Laser Beetle Qua maio 21, 2014 11:35 pm

A caminhada foi bastante tensa, com o grupo em completo silêncio enquanto tentavam desbravar aquele pântano e encontrar o caminho de casa. Infelizmente, o tempo passava e passava e nada acontecia, não chegavam a lugar algum. Quando Gin subitamente parou e se virou para o grupo, sem dizer nada, Eric suspirou.

- Espera aí. - A voz abafada pela máscara de pano quebrou o silêncio, e o garoto se aproximou da árvore mais perto da trilha. Usando sua manopla metálica, riscou no tronco da árvore um X, enquanto falava. - É óbvio que alguém trouxe a gente pra cá. Não acho que seja estranho pensarmos que esse pântano seja um labirinto. - E se virou novamente para o grupo, ao terminar sua marcação. - Ninguém morava naquela cabana, e a porta abriu quase que sozinha, então só podemos deduzir que quem, ou o que trouxe a gente pra cá, queria que saíssemos uma hora. Ele pode estar nos vigiando agora mesmo, em algum lugar por aqui. - Disse, olhando ao redor. A névoa dificultava bastante a visão.

- Ele poderia ter nos matado já, se realmente quisesse. Isso aqui é outra coisa... Fiquem de olhos abertos, mesmo assim. - E terminando sua análise educacional, continuaria pela trilha se o grupo decidisse caminhar novamente. Dessa vez, Eric marcaria uma árvore em dez, sempre do mesmo lado da trilha. Se estivessem andando em círculos, logo ia descobrir.

por SKAZKA Qui maio 22, 2014 10:13 pm

Para o homúnculo, a longa caminhada não era entediante. Pelo contrario, ele observava tudo que havia em volta, perdido em um transe alimentado pela curiosidade absoluta sobre a flora e a fauna local. Claro que não estava se esquecendo do fato de provavelmente ter sido raptado para o local, mas de qualquer maneira, sua capacidade de se abstrair desse tipo de tópico a favor das descobertas era lendária.

Na sua infinita paciência, ele se sentia agradado com o fato de não estar mais "faminto". Estar em Allgreen ou neste lugar fazia pouca diferença, exceto pela quantidade de vegetação e pela pouca conversa que ocorria. Quando o garoto loiro começou a opinar a sua visão dos acontecimentos, Skazka não passou a oportunidade de contra-atacar com o seu próprio argumento:

Considerável comentário. Realmente a cronologia dos fatos demonstra que fomos convidados, mesmo de que maneira não ortodoxa, a vir para esta região tão estranha.Mas enquanto eu concordo que há um patrocinador do nosso estado atual, acredito que ele não nos deseje um mal direto, pois ele não encontrara outra oportunidade melhor do que quando estávamos sem as nossas tão importantes consciências. Eu acredito firmemente que a entidade que faz o papel de nosso patrono e anfitrião está por agir como um mecenas: nos testando a cada passo para algum proposito que ainda é obscuro a nossas mentes. Existem muitas peças e variáveis nesse quebra cabeças, incluso a possibilidade real de o nosso sequestrador ser algum de nós. Em minhas capacidades, eu excluo a mim mesmo desta possibilidade sórdida e intrigante, mas mesmo assim remanesce um mistério palpável e críptico. Admito me encontrar preocupado, mas ao mesmo tempo entretido com este novo ambiente, pelo menos. Um sentimento ambíguo, sim...

O homúnculo por sim se calou após está longa frase, dita lentamente e com pausas largas o suficientes para dar uma esperança não correspondida de que ele pararia de falar. Tentava diferenciar uma arvore da outra, tentando compreender detalhes de cada espécie de planta enquanto seguia o resto do grupo. Não havia necessidade de ele tomar a dianteira e liderança, estava se sentindo confortável da maneira que tudo estava, apesar de tudo o que havia presenciado recentemente.

por **Phyress** Qui maio 22, 2014 11:38 pm

Toda aquela ambientação estava incomodando Silmeria cada vez mais. O lugar parecia estar tentando guiá-los, mostrando a eles o caminho que deveriam seguir e fazer... E ela sequer tinha certeza se existia de fato uma opção. Se tentassem ir por outro caminho, talvez fossem apenas arrastados de volta para o local onde estavam.

Algum tempo depois, o grupo não parecia ter feito avanço. Na verdade, começava a suspeitar que talvez estivessem andando em círculos... Embora não tivesse, de fato, essa sensação. Ao menos não visualmente. Ouviu as palavras do companheiro e observou ele marcar uma árvore para verificar se estavam mesmo andando em círculos, com o novo monologo daquela criatura, Silmeria não conseguiu conter a expressão levemente aborrecida.

- E eu não sei o que nos trouxe para cá, muito menos como já que estávamos tão longe um do outro, mas eu não acredito que queira nos eliminar... Ao menos não de um jeito fácil.

por NR Lima Limão Seg maio 26, 2014 11:35 am

@ Todos

Enfim alguém tomou a iniciativa e decidiu marcar a trilha que eles tomavam. Eric começou com seu discurso gerando algumas duvidas acerca do que se passava ali, mas nenhuma novidade era dita. Certamente o grupo não teria ido parar ali por pura coincidência, suas ultimas lembranças eram de terem enfrentado criaturas espectrais com poderes além de suas compressões. Em seguida, ao serem pegas por estas bestas, tiveram uma experiência de “morte” e ao acordarem, estavam na cabana. Mas como saber se estão realmente vivos ou se tudo não passa de uma provação às suas almas, antes que as mesmas sejam mandadas definitivamente ao submundo? O grupo continuou a caminhada, e periodicamente, Eric marcava as arvores à sua volta a fim de orientar o grupo. Mais meia hora se passou até que enfim o grupo tivesse a confirmação daquilo que eles já suspeitavam, eles estavam realmente andando em círculos pela floresta.

@ Skazka

Skazka era, de longe, o mais esquisito e de hábitos mais incomuns do grupo, com um conjunto de palavras carregadas de formalidade e polidez, uma aparência de fazer jus a um ser de outro mundo, era de se impressionar que ainda não tivesse sido abandonado pelo grupo. Skazka parecia ser o que menos se importava com o fato de estarem possivelmente perdidos, sua atenção estava mais voltada a uma analise mais profunda da paisagem à sua volta e da coleta de informações acerca daquele bioma tão diferente de tudo o que já lera. Era algo excepcionalmente novo, uma vez que em nenhum livro que Skazka já tenha lido, dentro ou fora da biblioteca, algo parecido era mencionado. As arvores pareciam ser carvalhos comuns, daqueles encontrados em beiras de estradas ou em cidades, mas com a diferença que suas cascas e folhagem eram pálidas, opacas, como se estivessem cobertas por uma camada de pó cinza que lhes tirava a cor. Os cipós eram abundantes e percorriam todas as arvores, formando um emaranhado acima das cabeças dos aventureiros, e por fim, a vegetação e o solo. Aparentemente, a característica predominante naquele habitat, era a cor acinzentada, como se uma camada cinza cobrisse toda a paisagem, folhas, arvores, grama, agua, tudo era em tons de cinza misturando-se com as cores naturais do ambiente.

@ Silmeria

A meia elfa estava começando a se acostumar com o mal cheiro, e seu estômago já sentia um pouco mais de alivio graças a mascara improvisada de Eric. A medida que caminhavam, a mestiça permanecia atenta à tudo ao redor. Sendo aquela com os sentidos mais apurados, era sempre a primeira a sentir/ver qualquer mudança, e desta vez não foi diferente. Após a infeliz constatação de que eles estavam realmente andando em círculos, as coisas começaram a mudar, o clima ficava mais opressivo, e o cheiro de podridão ficou mais forte. O pântano estava se comunicando com a meia elfa, queria lhe dizer algo. Silmeria sentiu algo quente em suas costas, e quando observou, tratava-se de um brilho forte em sua mochila, que atravessava até mesmo o pano grosso do qual ela era feita. Silmeria abriu depressa, mas assim que o fez, não havia nada de diferente, a não ser pelo fato de uma sensação de calor sendo emanada de dentro da mochila. “Calor?” Silmeria colocou a mão instintivamente e sentiu a ponta de seu dedo queimar ao tocar no amuleto de prata. Era como se ele tivesse ficado exposto ao fogo durante horas. A elfa ficou extremamente confusa sobre o que seria aquilo, mas novamente estava sozinha naquela situação. Ninguém do grupo sequer havia visto o brilho em sua mochila, ou sentia as mesmas sensações que Silmeria sentia em seu intimo.

@ Todos

Já fazia mais de uma hora desde que saíram da cabana e não haviam chegado a lugar algum, muito pelo contrario, após tanto caminhar, acabaram por descobrir que o pântano realmente estava tentando os enganar. Estavam andando em círculos desde o inicio, mas por que motivo? Para onde deveriam seguir? E mais importante, quem eram os responsáveis por tudo aquilo? Eram muitas perguntas das quais ninguém sabia a resposta, mas uma coisa era certa, eles não podiam ficar parados. Desta vez o pântano não tentou se comunicar somente com um deles, todos puderam sentir quando uma mudança brusca no clima os atingiu. Um frio ímpar que os varreu como se fosse uma onda num mar ártico. Imediatamente todos pararam de andar e olharam seus arredores para tentar identificar de onde tal sensação estava vindo, mas o que perceberam foi ainda mais preocupante. Juntamente com a sensação de frio, sons perturbadores chegavam a seus ouvidos, vindos de muito longe, eram como se fossem passos dentro do pântano, muitos passos, dezenas deles ecoavam pela floresta, se aproximavam cada vez mais do grupo. Nenhum deles, exceto Silmeria conseguia ver de onde vinham. A mestiça, com sua visão mais aguçada, viu bem ao longe, quando virou-se de costas para abrir sua mochila, a origem daquilo tudo. Dezenas de silhuetas surgiam em meio a névoa, vinham andando bem devagar, alguns eram meio desajeitados, mas todos eles seguiam a mesma direção, indo direto para o grupo. Era impossível distinguir o que ou quem eram, mas pela quantidade e a forma como se aproximavam, com certeza não era bom sinal.

por Gin Qui maio 29, 2014 6:33 pm

Já estava ficando frustrado com aquele pântano. Quanto tempo mais teriam que andar até algo acontecer? Depois daquela hora inútil onde o máximo que apareceu foi um vulto fantasmagórico que não veio em sua direção, o andarilho já tinha torrado sua paciência. Ao menos sempre teve um direcionamento para onde sempre ia, mesmo que o local fosse longe. Ali não havia nada..nada a não ser árvores e cheiro ruim.

— Ta difícil, amizades. — Disse, parando. Como estava na liderança, a tendência foi que todos parassem com ele. Logo reuniram-se em uma roda.

— Estamos andando e nada.. se continuar assim vamos ter que nos emaranhar pra fora da trilha. — Falou, olhando em volta. Tentava ver por entre a neblina pútrida que emanava do pântano, sem sucesso. Seus olhos lacrimejaram com o esforço e o rapaz desistiu, esfregando-nos para se livrar das lágrimas.

Foi ali que algo finalmente aconteceu. Tinha suspeitas de que o pântano estava ludibriando os aventureiros de alguma forma e isso ficou comprovado pelo que aconteceu a seguir. Começou a sair névoa de sua boca a medida que o tempo esfriava de maneira abrupta. Para tentar se manter aquecido, Gin começou a dar pequenos pulos e mexer os braços e o pescoço ligeiramente. De onde tinha vindo o frio?

Foi de mal a pior. Agora era a vez de sons de passos serem ecoados por todos os lados. Olhou em volta, alarmado. Se mantinha em guarda ao mesmo tempo que não parava de pular para se manter aquecido. Precisaria lutar dali a pouco e não queria fazer isso com o corpo frio.

Não via nada. Nada em volta deles. Percebeu que todos de seu grupo também procuravam a origem dos sons, mas que Silméria mantinha sua expressão fixa em um ponto atrás do grupo. Acompanhou seu olhar para tentar ver o que ela via e o que fez ela parecer tão surpresa.

(caso consiga ver)

Imediatamente se pôs entre o grupo e os que vinham caminhando. Não tinha certeza se fugiam ou se ficavam para lutar, afinal o pântano só fazia os aventureiros darem voltas inúteis. De qualquer modo seria o primeiro da fila caso fossem atacar ou o último em caso de saírem correndo.

— Aaah minha turma, tamo com uns amiguinhos feios chegando aí. — Disse, seu olhar fixo nos que se aproximavam. — Preferem correr ou ficar por aqui mesmo? Talvez tenhamos uma chance de descobrir onde estamos se ficarmos, mas estou junto no que decidirem. — Completou, mascarando o desejo que tinha de ação com o daquele de conseguir informações sobre o local.

(caso não consiga ver ou Silméria não apontou ou, até, que a GM não permita que eu poste algo sem antes a própria player que viu apontar os bichos)

Manteve-se em movimento constante e não parava de olhar em volta. Via de relance os seus companheiros e o que eles estariam fazendo, mas nunca baixava sua guarda. Talvez tivesse que entrar em ação imediatamente e faria isso com todo o prazer, já que não aguentava mais andar sem rumo. De qualquer modo, esperaria algo acontecer para definir uma contra ação.

por **Phyress** Sex maio 30, 2014 10:02 pm

Silmeria soltou um suspiro quando o grupo constatou que andava em círculos, não só isso, mas quanto mais andavam o ambiente parecia mudar, o cheiro ficava mais forte, embora não houvessem sinais claros de que eles estavam se aproximando de algo. Ouviu as palavras de Gin e assentiu.

- Talvez seja melhor andarmos por fora da trilha... Já estamos perdidos de qualquer maneira não é? O que quer que esteja nos guiando está nos fazendo andar em círculos...

Logo, sentiu algo quente. Tirou a mochila das costas e levou a mão até o lugar que emanava um brilho, antes mesmo de ver do que se tratava, já havia uma forte suspeita do que fosse. E não apenas emanava luz, mas parecia quente, a ponta de seus dedos tocaram o amuleto e ela sentiu a ponta deste queimar de leve. E fora de sua mochila, frio. Silmeria sentiu um arrepio percorrer sua espinha e, deus, como detestava aquela sensação... Algo ruim aconteceria. E porque o amuleto misterioso estava brilhando?

- Ah... – a mestiça indicou o local de onde as silhuetas surgiam, sem realmente falar uma palavra. “... Será que o amuleto brilhou por causa disso? Ele estava normal até antes dessas coisas surgirem... Será que isso indica perigo? Ou será que essa porcaria atrai perigo?” e voltou sua atenção para as dezenas de imagens que caminhavam, lentas, na direção do grupo – Eu... Eu acho melhor sairmos daqui... Isso pode ser perigoso, não sabemos como lidar com essas coisas e estamos em menor número... Talvez, se nos escondermos, possamos segui-los depois...?

por NR Lima Limão Dom Jun 01, 2014 9:37 pm

@ Todos

Não demorou até que a visão de Silmeria se espalhasse aos demais, atrasados, porem ainda em tempo, todos puderam ver a multidão de sombras que surgiam em meio a névoa cinzenta que cobria o pântano. O frio atípico atingiu os corpos do guerreiros como a agua fria de um rio, dando-lhes calafrios. Ainda não era possível distinguir o que eram aquelas coisas, e no ritmo em que se aproximavam, ainda levariam algum tempo até estarem próximos do grupo. Os aventureiros sequer tinham conhecimento se aquelas coisas poderiam vê-los, mas sabiam de uma coisa, eles estavam ali e iam para algum lugar. Segui-los? Era uma boa ideia, afinal, seja o que forem, tinham uma origem e um destino, não estavam ali apenas por estar. Ou pelo menos essa era a lógica mais correta a ser seguida. Gin, que assumira a postura da liderança ao saírem da cabana deixava a decisão na mãos do restante, mas visto que somente Silmeria havia se manifestado, enquanto o restante apenas ponderava sobre a possibilidade, achou melhor que uma atitude mais firme seria necessária naquele momento. – Vamos sair da trilha então, esperamos nossos companheiros simpáticos passarem e seguimos eles pra onde for. – Era esse o plano, se esconder e esperar, mas onde? Gin novamente tomou a frente e liderou o grupo até fora da trilha, atravessando arbustos, cipós e raízes que insistiam em tornar a caminhada mais difícil, fora as enormes poças de lama fedorenta, que vez ou outra pegavam os guerreiros desprevenidos, fazendo-os afundar até as canelas no barro sujo e fétido.

@ Silmeria

A meia elfa não sabia dizer se aquele brilho estranho era um alerta ou um perigo para si e ao grupo. Até então, o fato de um amuleto como este estar perdido por baixo do assoalho de uma cabana velha e inabitada, já era deveras estranho. O que importava agora era que precisavam se esconder, ao olhar para trás, Silmeria pode notar que as silhuetas logo ganhavam uma forma mais humana, porem ainda assim grotesca, eram claramente Zumbis, pois em suas muitas aventuras, já havia topado, ou ao menos ouvido falar de tais criaturas. Mortos vivos! Corpos de pessoas ou seres que tiveram seus túmulos profanados, seus corpos já em decomposição reanimados por rituais impuros, e que agora não mais respondiam aos seus antigos donos, eram simplesmente massas de carne podre, movidos por um instinto básico inerente a todo ser que habita esta terra, a fome!

@ Skazka

A frio anormal não deveria ser problema para um ser de carapaça dura e resistente como a de Skazka, mas algo estava errado, era como na vez em que encontrou com aquele cervo na floresta Allgreen. Aquele frio era anormal, não era uma simples mudança de clima, mas sim uma mudança no estado de espírito daquela floresta. Ela estava viva? Mas como isso era possível? Justo aquele ser, que era tão ligado às coisas mais banais e naturais, era o que mais sentia o frio daquele lugar, como se o próprio pântano quisesse alerta-lo de que algo estava muito errado ali, e eles deveriam seguir logo seus caminhos, antes que fosse tarde demais.

@ Todos

O grupo chegou a uma área da floresta onde as raízes das arvores eram tão grandes e iam tão alto, que pareciam formas estalactites de madeira que perfuravam o solo. Escondendo-se entre essas raízes, o grupo aguardou. E o silencio prevaleceu. Minutos, horas, dias? Não, a passagem do tempo não havia sido tão rápida assim, mas como saber? O céu parecia imutável, uma camada de nuvens cinzas espessa impediam até mesmo saber em que direção ficava o sol. Apenas o brilho branco pálido que vinha entre as nuvens deixava perceber que, talvez, estivessem de dia ainda. Os sons de passo recomeçaram, vinham da direita do grupo, mas ninguém via nada, a névoa naquela região era bem mais alta, ultrapassava os dois metros de altura, era como uma cortina cinza que vendava a todos. Silmeria com sua audição melhorada pode arriscar dizer que o grupo de zumbis estavam chegando perto... Mas perto quanto? Mais até do que o grupo poderia imaginar... Para surpresa de todos, dois zumbis passaram a menos de um metro das raízes onde o grupo se escondia. Seus corpos podres, suas peles escurecidas e em alguns pontos, inexistente, deixando a mostra os músculos e ossos. Mais e mais zumbis foram surgindo em ambos os lados do esconderijo, até que no mínimo uma dúzia deles estivesse no campo de visão deles, e sabe-se lá quantos ainda estavam próximos. O grupo ficou apreensivo, poderiam eles permanecer ali até que a horda passasse? E se os descobrissem ali, será que continuariam sua jornada rumo ao desconhecido, ou a fome falaria mais alto? Até o momento nenhum morto vivo demonstrara ter visto o grupo, mas poderia ser questão de tempo estando assim tão próximos.

por Laser Beetle Qua Jun 04, 2014 6:31 pm

Quando começou a forçar a visão para enxergar além da névoa, percebeu a agitação de Silméria. Lentamente, sombras surgiam no horizonte, que logo começaram a acumular números grandes demais para contar. Perplexo e temeroso, Eric foi o último a esboçar uma reação, tentando lutar contra seus instintos e pensar na boa possibilidade de serem pessoas de bem...
Quando deu por si, já estava correndo em desespero, procurando algum lugar pra se esconder. Sem sua Luz, não poderia lutar, e sentia-se bastante fraco - tanto de corpo quanto de coração. O que faria se fosse pego...?!

A corrida se tornava bastante complicada, lutando contra a própria natureza do pântano, saltando por cima de raízes e afogando os pés na lama. Por vezes, pensou que perderia sua bota para o lodo grudento que parecia mais fundo a cada nova escorregada. Quando finalmente encontraram uma toca feita de raízes, Eric foi o último a entrar, fazendo questão de ter certeza que todos tinham achado um lugar por ali, antes de dar uma última olhada pra trás para procurar o exército de sombras. Sem ver nada, entrou.

Uma vez lá dentro, não ousou falar nada. Se espremeu o máximo entre as raízes o possível pra manter vigia, mas o tempo passou devagar demais, e até ele desistiu. Quando pensou que seria seguro sair, tornou a ouvir os passos, e agora eles estavam tão próximos que o rapaz chegou a pensar que as sombras sabiam aonde o grupo estava.
Graças a Luz não eram sombras. Eram só mortos-vivos. Se estivesse armado de sua Luz, Eric estava confiante de que conseguiria combater as criaturas junto do grupo, afinal, o expurgo de mortos-vivos e demais criaturas de magia negra era uma das principais atividades da Grande Igreja... Mas sem suas armas, ele não podia fazer nada, a não ser tentar ficar o mais quieto possível e esperar a horda passar.

por **Phyress** Qui Jun 05, 2014 1:59 am

Silmeria detestava como aquele ambiente parecia se tornar mais gelado a cada instante e seu corpo correspondia a isso com um calafrio e arrepios. O grupo pareceu indeciso e apenas Silmeria sugeriu uma estratégia que evitasse batalhas e, Gin, o que parecia ser uma espécie de líder natural (ao menos entre os quatro) tomou a iniciativa e disse para que se escondessem.

Seguiu o rapaz sem pestanejar, embora a expressão tenha sido de claro desagrado quando teve que colocar seus pés na lama fedorenta... Bem, o cheiro poderia ocultar eles com mais facilidade... Ao menos enquanto andasse pelas áreas da floresta. Mas se o ambiente mudasse e aquele cheiro se impregnasse neles, teriam problemas.

Antes de se ocultarem, porém, a mestiça conseguiu enxergar melhor do que se tratavam as silhuetas e o olhar dela se estreitou, aflita. Por que diabos haviam tantos mortos vivos ali? A ideia de que podiam ser pessoas que, como eles, ficaram presos naquele lugar por muito tempo a espantou. Será que eles virariam aquelas coisas? Não, não, definitivamente não aceitaria isso!

Seguiu Gin e se ocultou entre as raízes, o mais perto que podia de seus companheiros. Silmeria fechou a boca e passou a respirar apenas pelo nariz, suave e lentamente. O silencio era incomodo, mas precisava ter calma e aguardar. Logo, os passos daquelas criaturas pode ser ouvido... Eles passariam por ali? Tomariam outro caminho? Era difícil saber e ela não arriscaria tentar espiar, apenas escutar. Não queria entrar em um combate suicida então, ao menos ela optaria por esperar e esperava que o cheiro de podridão do ambiente disfarçasse o cheiro deles. Não ousou se mover sequer para fazer um sinal aos seus companheiros, mas esperava que eles compartilhassem da opinião dela sobre a situação.

por Gin Sex Jun 06, 2014 10:48 am

A princípio achava que poderia conter o que estivesse vindo em sua direção. Afinal, não estava muitos vultos e os passos poderiam ser um eco estranho daquele pântano asqueroso. Alguns instantes depois, porém, viu do que se tratavam e da quantidade de oponentes que vinham em sua direção. Desse modo, avaliou melhor.

— Sigam-me, talvez essa seja a nossa hora de sair desse canto fedido. — Disse, já se emaranhando para fora da trilha.

Percorreu alguns metros com dificuldade, tentando encontrar o melhor caminho. Se na trilha já estava ruim, fora dela estava pior ainda. O terreno era irregular e o cheiro que subia até suas narinas era muito pior que antes.

Acabou encontrando um esconderijo grande entre as raízes e já não sem tempo. Se acomodou o melhor que podia lá dentro, tentando ver o que acontecia pelas frestas. Apesar de tudo, estava calmo. Não gostava de se esconder, mas nessas situações costumava deixar sua mente clara.

O tempo passou e os companheiros não viam um fim à tocaia. O tempo passava.. ou será que passava? Aquele clima já estava irritando o aventureiro, que era acostumado a seguir as horas pelo tempo do sol e do vento.

Passou a escutar os passos novamente e viu que os zumbis passavam ao lado dos companheiros, lentamente. Realmente eram muitos e, dependendo da força deles, nunca teria sido prudente iniciar uma luta que não pudessem ganhar. Por isso aguardou, em silêncio.

Assim que tivesse certeza que o último passasse, tomaria a liderança novamente afim de segui-los. Estavam indo para algum lugar e descobriria aonde, mesmo que fosse pelo pântano pegajoso. Mesmo assim, preparava-se para o pior: caso fossem descobertos não hesitaria em atacar o primeiro oponente que estivesse na sua frente e sairia logo dali, correndo para a trilha.

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