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Mensagem por ADM GabZ Sáb Fev 22, 2014 2:05 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Subúrbio - Página 2 FA6tMcw


A orla norte da cidade de Hilydrus é onde se localizam os subúrbios, lar dos menos afortunados e daqueles que não se dão muito bem com a lei. As moradias são geralmente construídas em madeira e de forma irregular, resultando na formação de becos e vielas perigosos. É o lugar preferido para foras-da-lei se esconderem, e também para abrigar quem tem pouco dinheiro sobrando. Comprar ou montar um barraco é fácil, mas é difícil ter alguma segurança ou tranquilidade quando se mora por aqui. O lugar é extenso, tendo centenas de casas mal-acabadas e becos escuros. No centro, onde o acesso é mais difícil, é onde líderes de gangues se reúnem em barracos secretos e montam seus planos.

Soldados evitam patrulhar muito à fundo nas vielas, já que são lugares fáceis de criar emboscadas. Ao invés disso patrulham as ruas mais largas, mesmo sabendo que dificilmente poderão fazer algo caso um criminoso se esgueire pelos becos. Por conta disso o lugar acaba se igualando a Takaras no que diz respeito a fazer justiça com as próprias mãos: líderes de gangues chegam a enforcar quem não segue suas regras, e os corpos ficam pendurados durante dias até que os soldados resolvam retirá-los. Apesar da aparente dominação do crime, é cada vez mais constante uma frota de soldados se organizar e invadir o subúrbio atrás de foras-da-lei. E em geral conseguem fazer uma limpeza invejável. Quando não são mortos os criminosos encontrados vão diretamente para os calabouços do castelo cumprir suas penas.

É preciso ficar atento ao se aventurar por aqui, a não ser aqueles que façam parte do submundo do crime.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 6:53 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por NR Fury Seg Jul 14, 2014 3:59 pm

Subúrbio - Página 2 L_fwady Ophelia de Croismare: seu olhar fino como o de uma serpente acompanhava o guerreiro Aldarion enquanto este rebatia com um título de sua preferência. A dama arqueou, ainda que muito sutilmente, uma sobrancelha, mas não disse nada e sequer esboçou qualquer outro tipo de reação. Em seguida ela tomou uma xícara em suas mãos, oferecida por sua serva, e focou o líquido rosado em seu interior que trazia pequenos fragmentos de erva. Mas ela teve a atenção chamada quando o homem, desprezando qualquer boas maneiras, pede por mais e agarra o jarro inteiro de onde bebe como um desesperado.

[Lady Ophelia]Panoptimus draconis...

Deixa as palavras escaparem aos seus lábios num tom sereno, como que sem querer. As palavras poderiam soar como um feitiço fazendo com que o coração dos aventureiros desse um salto, mas, em seguida, notariam que ela se referia o nome da erva que dava origem ao que lhes era oferecido.

[Lady Ophelia] — Uma especiaria rara. Dizem que concede a quem a beber o dom de ver a verdade. Eu achei apropriado para o nosso encontro.

Esboça um sorriso e então toca com os lábios enegrecidos a bebida e ingere uma porção tão pequena que põe em dúvida se realmente bebeu do chá. Ela falava como se estivesse pensando alto e suas palavras deixariam uma dúvida: afinal, há quanto tempo ela planejava aquilo?

[Lady Ophelia] — Dizem também que cresce apenas no ninho de um dragão durante o período em que dão a luz, o que faz a aventura de colher ainda mais perigosa. Uma alma corajosa. Então ela é embalada e transportada em navios através de oceanos, vinda de outro continente, unicamente para estar servida aqui...

Ela, então, inala o vapor que subia como finas serpentes brancas e cálidas e sorve lentamente um porção da bebida enquanto Sabrina se apresenta, se desculpa e questiona os motivos de Lady Ophelia. Não que Aldarion tenha reparado, mas a bebida tinha um sabor levemente adocicado, muito discreto, assim como seu aroma.

[Lady Ophelia] — Sabrina e Juggernaut... é verdade. Vocês foram conduzidos até aqui por um motivo que vai além de minha caridade.

Mesmo enquanto falava, ela mantinha o olhar, de certa forma, perdido no interior daquela xícara, como se existisse algo esplendoroso a ser observado lá dentro. Mas então ela volta o par de olhos azuis como duas joias para os dois, depois focando em Sabrina.

[Lady Ophelia] — Hilydrus é uma cidade agitada, cheia de interesses. Aparentemente desfruta de relativa paz, mas por trás do véu das aparências existe uma guerra silenciosa.

Faz uma pausa para degustar um pouco mais do chá. Lady Ophelia parecia uma pessoa paciente, visto que não demonstrava pressa em nenhuma de suas colocações.

[Lady Ophelia] — A verdade é que são poucos que podem percorrer esta cidade sem que sejam imediatamente vinculados a um nome. E é esta a vantagem em que se encontram; vocês me farão alguns pequenos favores. Em troca, eu também vos farei alguns. Tenho certeza que existe algo que desejam recuperar e também prezarei para que sua dívida com a coroa seja paga de maneira menos desagradável possível. E além disso terão minha gratidão que mais cedo ou mais tarde se provará muito valorosa. O que me dizem?

Palavras pronunciadas por uma voz suave e cortês, mas organizadas de forma que a faziam parecer convicta de que os dois aceitariam sua proposta. Na verdade, poderia soar muito mais como uma ordem do que outra coisa, o que sem dúvidas vinha do costume em lidar com pessoas submissas. Mas Aldarion e Sabrina não eram dessas pessoas, não é? Mesmo assim, eles tinham bons motivos para aceitar e talvez melhores ainda para não recusar.

Qual seria a resposta de Sabrina? 

A verdade por trás daquela dama parecia começar a se desvelar, mas era certo que ainda havia muito mais por vir...
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Mensagem por Sassa Ter Jul 15, 2014 9:44 pm

Inconvenientemente irritante, essa era a expressão certa que definia quase que completamente a mulher a sua frente. Com toda sua pomposidade, subjetividade e seu ar extremamente altivo, era como se cada palavra sua fosse um teste de paciência a mim, no qual eu passava com mérito total. Minha expressão começou fria e implacável, e terminou da mesma forma até o fim, mesmo após a estranha colocação da mulher ao se referir ao ingrediente encontrado no chá. Observei toda a cerimônia que antecedia a verdadeira conversa com certo tédio no olhar, vê-la falar daquele jeito melancólico, como se ela própria tivesse ido buscar tal flor, era extremamente chato e desnecessário, mas me contive a simplesmente fita-la sem responder. Quando a conversa enfim chegou onde queria, foi que me manifestei, mas não sem antes observar atentamente ao que Aldarion estava fazendo. Era de extrema importância que ele prestasse atenção em nossa conversa, e se possível também participasse dela, mas deixei que ele o fizesse por contra própria, enquanto respondia à proposta que nos fora dada. – E a senhora espera que aceitemos sua proposta sem ter plena certeza que está mesmo falando a verdade?“Como se eu fosse boba o suficiente para acreditar num simples chá...” Zombei da historia da mulher mentalmente, esperando que esta entendesse que não seria tão fácil assim nos “persuadir”. Ao contrario do que ela poderia imaginar, eu sabia dos riscos que corríamos, inclusive tinha plena certeza que se recusássemos o acordo, sairíamos num prejuízo maior que ela. Mas uma coisa eu havia aprendido nesses muitos anos de convivência com a bruxa em meu interior. Ninguém em tão boa posição, como Lady Ophelia, vem pedir ajuda de baixo, a não ser que esteja realmente precisando.

- Estou inclinada a aceitar sua proposta, mas preciso ter certeza que não nos fará de bobos, até porque não seria vantajoso para ninguém se um dos lados acabasse por trair o outro, não acha? – E com isto, apenas aguardei a resposta da mulher, e também a reação de Aldarion, esta que eu esperava piamente que fosse um pouco mais discreta que sua imensa vontade de tomar chá...

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Jul 20, 2014 11:56 pm

Aldarion estava absorto com sua jarra de chá sorvendo todo o líquido, mal sentia o gosto do que bebia e não deu a mínima para as explicações que a mulher dera a respeito da bebida. Era só um chá no final das contas. Quando o assunto começou a ficar sério, Aldarion passou a prestar mais atenção, entregou o jarro pra serviçal e ficou encarando a mulher, quando Sabrina deu sua resposta ele encontrou sua brecha para falar também.

Uma guerra silenciosa? E você quer nos envolver nisso? Olha só, eu já perdi um olho, perdi tudo o que eu tinha exceto minha espada e ainda fiquei 7 dias sendo torturado naquela gaiola horrível que tortura a carne e a moral. – As palavras saltavam da boca de Aldarion salpicadas com ódio. Não bastava para aquela gente asquerosa e aquela cidade fedida tomar parte de sua visão, humilhá-lo e fustigar sua carne, eles queriam mais. Queriam seu vigor, sua habilidade, sua força. – Eu não devo mais nada pra vocês, seus malditos, mais nada. O que eu paguei foi mais que o suficiente para buscar a verdade. Eu não vou ser joguete de ninguém e te digo mais, guerra silenciosa é o caralho, se tu me envolver em qualquer coisa desse tipo pode ter certeza que vai ter muita gente gritando e coisas sendo destruídas porque a minha vontade é derrubar essa cidade até não restar pedra sobre pedra.

Aldarion parou por um momento, encarou a mulher por alguns segundos depois olhou para Sabrina e então continuo voltando a olhar para a lady.

Nos queremos sair desse buraco, eu quero minhas coisas de volta, se você puder fazer isso por nós eu aceito sua proposta DESDE que nós não tenhamos que fazer nada que nos comprometa mais ainda, nada que seja considerado um crime, não queremos dar motivos para esse rei arrogante e seus cães adestrados inventarem mais motivos para me manter preso aqui. Então é isso, se você concordar com meus métodos indiscretos, caberá a minha mestra decidir se aceitaremos sua proposta ou não. – Aldarion terminou de falar encarando Lady Ophelia, então voltou a si, agora que não estava mais com sede outras sensações desagradáveis e menos urgentes se tornavam evidentes. A fome, o cansaço, a doença e a sujeira.

Pelos dentes peludos de Grumish, preciso de um banho e de uma boa noite de sono! – Falou pensando em voz alta.

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Mensagem por Hayashi Sex Jul 25, 2014 10:33 am

" Vai ser perigoso, o legal é que eu posso conhecer mais do homem que eu matei junto aquela mulher estranha. "

Eu pensava nisso enquanto já tinha o endereço correto em mãos. Por pura sorte, a casa de Kholl não era muito ao interior dos Subúrbios, pois lá as coisas ficam bem piores, e eu poderia ser assaltado, ou até mesmo coisa pior em instantes. Não que naquela parte mais exterior, não tenha ladrões ou gente de má índole.

Obrigado.

Agradeci ao taberneiro, piscando o olho esquerdo para ele, fiz um gesto amistoso com as mãos, e parti. retirei da minha bolsa uma roupa preta, reserva, era uma espécie de sobretudo com um capote para cobri o rosto, ocultei a espada dentro dele e sai dali. Já estava escuro o manto preto apenas iria me disfarçar ali dentro, como se fosse mais alguém comum e sem pretensiosidades maliciosas.

Adentrei no subúrbio sem muita dificuldade. E logo reparei no estado de calamidade do local. Algumas pessoas me observavam com uma cara feia, não iria mostrar nada além de meu rosto esbanjando seriedade, enquanto aquele lugar pedante me enojava, assim como Kholl me enojava. Continuei a andar, até chegar ao endereço certo.

A casa era de madeira, e ficava em um amontoado com outras casas, era uma coisa bem desorganizada, mas comecei a escalar o local até chegar a casa de madeira, com remendos por todas as partes. Fui até o local que chamavam de porta, e bati lá por alguns segundos, logo após, fui até a lateral da casa, onde fiquei apoiado no canto, para ver se alguém iria sair, escondido, enquanto o manto escuro me mantinha oculto também naquela escuridão.


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Mensagem por NR Fury Sáb Jul 26, 2014 3:04 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


Lady Ophelia leva a xícara de chá mais uma vez ao encontro de seus lábios e degusta mais uma pequena porção da bebida de forma lenta e paciente, enquanto segura o pires graciosamente. Mesmo depois de ter ouvido os dois e seus questionamentos, ela se mantém na mesma postura serena e de poucas expressões e de forma alguma se deixando intimidar pela postura de Aldarion.

[Lady Ophelia] — Compreendo o seu desconforto e posso garantir que enquanto estiverem de alguma forma vinculados a mim e a meus interesses, nada de ruim lhes acontecerá. A menos, é claro, que sua ações sejam demasiadas agressivas frente a Coroa, então temo que nem toda a minha influência poderia salvá-lo de novo.  

Ela, terminando seu chá, repousa a xícara sobre o pires e entrega para "Esta" que prontamente estava posicionada para tal, como se antecipasse as necessidades de sua senhora. Lara era uma serviçal muito eficiente.  

[Lady Ophelia] — Mas receio que métodos indiscretos não sejam exatamente os mais adequados para minha proposta.  

A dama caminha delicadamente alguns poucos passos a frente se posicionando ao lado de uma caixa que jazia sobre uma cômoda recostada à parede do aposento. A caixa era de madeira brevemente trabalhada em relevos e tinha sobre ela incrustada a figura de um olho semelhante ao presente no anel de Lady Ophelia. Suas proporções eram de 50cm².

[Lady Ophelia] — Uma entrega especial.

Por algum motivo, o "especial" dela parecei recheado de sarcasmo. Ela gesticulava com as mãos de forma a indicar e a deixar bem claro que seria ela o objeto da entrega.

[Lady Ophelia] — Mas com toda a discrição. Existem olhos inimigos em todos os cantos dessa cidade. Além disso, se concordarem, podem descansar aqui. O lugar é de longe o mais apropriado, mas encontrarão alimento e um pouco de privacidade.

Ela retorna para próximo do grupo.

[Lady Ophelia] — Sobre a minha palavra, bem, se eu lhes quisesse mal, não teria intercedido na sua sentença. Além disso, vocês não tem muita opção. Esta cidade não permitirá que saiam e, mesmo que consigam, não há lugar em Lodoss onde possam se esconder das garras da Coroa. Então, o que me dizem?

Por interesses ou não, o que ela dizia tinha sua verdade. Mesmo que os dois tentassem fugir da cidade, suas precárias condições possivelmente impediriam isso. Aqueles soldados reais, o cheiro deles, o barulho e brilho de suas armaduras: era quase possível vê-los se aproximando como uma matilha de cães selvagens e famintos. Lady Ophelia poderia ser bastante persuasiva, afinal. Mesmo assim, a escolha estava nas mãos do casal.


Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwHAYASHI



O rapaz havia feito o seu caminho até a casa do meio-orc, mas não havia encontrado nada. Não ainda. Ele batia na porta, mas não ouvia resposta. Mesmo esperando, ninguém parecia responder e as ruas estavam negras e vazias. Isso fazia Hayashi se sentir satisfeito por ter escolhido aquela capa que o fazia parecer mais com a noite e menos visível naquele lugar, mas também solitário. Um silêncio perturbador se espalhava por aquelas ruas naquela hora.  

Passou-se um minuto, talvez dois. Algumas batidas a mais, mas ainda não havia nenhuma resposta. Será que ele havia feito certo em seguir até aquele lugar? O que deveria esperar ali, afinal? Talvez fosse melhor ir embora antes que algo de pior aconteça. Mas então o rapaz ouve um barulho: uma batida surda na madeira e então o som de alguma coisa arrastando. Sua origem é com toda a certeza o interior daquela casa, mas, ainda assim, ninguém se pronuncia enquanto a noite retorna ao seu sufocante silêncio. O que fazer? Será que Hayashi desistiria ou optaria por outros meios?

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Jul 31, 2014 7:37 am

Aldarion ouviu bem as palavras da mulher, seu único olho fitando-a fixamente, medindo suas expressões faciais, seus gestos. Uma coisa que ele era bom era em descobrir os sentimentos de alguém lendo sua linguagem corporal, não que ele fosse alguém acostumado a lidar com o trato social, mas para ser um bom espadachim você acaba tendo que aprender algumas coisas além do simples manejo de uma arma. Aldarion suspirou, olhou para Sabrina e depois voltou a olhar para Ophelia.

Está bem mulher, você venceu, tentaremos ser o mais discretos possível. Vamos fazer uma única tarefa para você, em troca eu quero meus equipamentos de volta e a total anistia, também quero uma licença para portar minhas armas e armaduras, uma para mim e uma para Sabrina. – Aldarion aguardou a resposta de Lady Ophelia e então continuou.

Milady, nos dê 3 dias, estou doente, sujo, com fome, preciso descansar. Depois de três dias a contar de amanhã, envie um de seus mensageiros, ele deve bater a nossa porta e nós iremos perguntar "O que uma rua falou pra outra?", ele deve responder exatamente "Vamos nos encontrar na esquina?". Se qualquer um que bater nesta porta não responder a senha vai ter problemas com a gente. De acordo?

Aldarion esperava que Lady Ophelia concordasse com seus pedidos, ele realmente precisava de um tempo para descansar, um tempo para se limpar de suas próprias fezes, para sentir uma cama macia acomodar sua carne marcada e comida quente no estômago. Mas mais importante do que tudo, ele sentia sede, sede de beijar Sabrina, de amá-la, de possuir o corpo gostoso da jovem.

Se a mulher concordasse e se retirasse levando seus guardas, criados e seu estranho animal embora, Aldarion finalmente se lançaria para o chuveiro, depois de se limpar, trocar de roupas ele trocaria a água do banho e daria banho em Sabrina. Depois que ambos estivessem devidamente limpos, eles se deitariam na cama macia e descansariam abraçados aquela noite. Aldarion estava muito doente para dar qualquer prazer a Sabrina e naquela noite ele só queria descansar tendo ela abraçada a ele.

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Mensagem por Sassa Qui Jul 31, 2014 12:22 pm

A mulher parecia ser bem convincente e o que ela dizia tinha certa lógica, lembrei-me da situação de tensão que passei na praça ao tentar recuperar a espada de Aldarion, me lembrei também da carta mandada pelo general Woodlance, o homem que seria o responsável por prolongar ainda mais o nosso sofrimento. “Certamente eles não iriam esquecer tão facilmente um ato como este, não há outra explicação a não ser a intervenção desta mulher... Que seja, farei o que ela quer.” – Estamos de acordo... – Respondi logo após Aldarion, esperei que ele terminasse de falar para continuar. – Quanto aos nossos métodos, não precisa se preocupar, faremos o possível para sermos discretos. – Eu falava em meu e no de Aldarion, que mesmo concordando, ainda parecia relutante na ideia de seguir as ordens da mulher. “Óbvio que ela não pedira somente um favor, mas desde que tenhamos o que queremos e um pouco de privacidade estará tudo certo por um tempo... Depois que as coisas se ajeitarem, verei uma forma de sair disso.” A mulher então se aproximou de uma caixa que estava sobre a cômoda e a indicou, dizendo esta ser um “presente” para nós. Pela entonação, já dava para notar que não se tratava de um presente que iríamos gostar tanto, mas ainda assim era algo que poderia ser útil dali em diante. Sabrina tomou a caixa para si e aguardou que a conversa terminasse para verificar seu conteúdo.

- Aceitarei sua proposta, e ficaremos aqui mesmo. Tenho somente mais um pedido a fazer antes de encerrarmos isto... Antes de começarmos a “trabalhar” para você, gostaria que trouxesse um sacerdote, ou qualquer outra entidade religiosa até nós. Seria um problema? – Com toda certeza o meu pedido assustaria Aldarion e Ophelia, ou no mínimo os pegaria de surpresa, mas eu tinha algo em mente, e queria concretizar aquele ato o quanto antes, quero me casar com Aldarion! Mesmo que fosse ali num barraco no meio do subúrbio, mesmo que não tivesse ninguém mais ao seu lado, mesmo que não houvesse cerimônia alguma, somente a presença do sacerdote para abençoa-los, este era meu maior desejo e com a ajuda daquela mulher desconhecida, talvez conseguisse isso. Quando o fizesse, estaria plenamente satisfeita, pois enfim a união entre mim e Aldarion estaria cem porcento completa, e assim permaneceria por toda a nossa vida.

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Mensagem por Hayashi Dom Ago 03, 2014 12:45 am

[ Peço desculpas pela demora, estava em semanas de provas. ]
Nada tinha acontecido após uns dois minutos de tentativas. 
Já estava cansado, a noite iria passando, e eu ali, feito um bobo. Qual era mesmo o motivo para eu fazer aquilo? Poxa, eu nem o conhecia o cara. Notei que tudo estava em silêncio. Um silêncio chato e que perturbava minha mente, eu daria tudo para aparecer aqueles bandidos para procurar alguma confusão comigo e eu arranjar uma boa briga, e "diversão". Até que um ruído estranho me chamou atenção, enquanto iria começar a andar o caminho para voltar a Taverna.
E o barulho era estranho, que partia aquele silêncio perturbador que teria a segundos atrás. E eu tinha certeza que vinha de dentro da casa. Como algo se arrastando. Ou alguém arrastado algo. Mais alguém lá dentro? Seria algum outro parente ou alguma outra pessoa lá dentro? Novamente minha impulsividade tomou conta de mim. 
Fui até a porta, rodei a maçaneta e pressionei,como se quisesse arrombá-la, e caso minha força bruta não fosse o suficiente para tentar arrombar, iria dar um pontapé com a sola do pé com a minha bota de couro na porta, para tentar fazer ela cair, partir o mecanismo que a trancava e finalmente ver o que tinha lá dentro. Caso ela abrisse, iria empunhar minha espada, enquanto tentaria observar o que tinha lá dentro, sem entrar totalmente. 
Caso falhasse, procuraria alguma escotilha ou janela, ou alguma entrada de ar para dentro da casa, e se caso eu possa entrar por lá, iria fazer sem hesitar.  

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Mensagem por NR Fury Sex Ago 29, 2014 12:34 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


[Lady Ophelia] — Um sacerdote?!

Pergunta Lady Ophelia enquanto lançava alguns passos a frente, se pondo de contas para o grupo. Sua mão esquerda estava erguida e ela movia o dedo polegar de forma a coçar o dedo mínimo, passando uma sensação de estar de alguma forma apreensiva.

[Lady Ophelia] — Um servo de Zaltar, devo presumir. Não é impossível, mas devo ressaltar que certos pedidos requerem um tempo.

Ela se vira de volta para a dupla com um discreto sorriso na face. Seu olhar fitava especialmente Aldarion e, embora não tenha comentado nada a respeito, estava claro que se referia aos pedidos dele também. Talvez algo mais pudesse ficar subentendido, mas caberia apenas a eles esta compreensão.

[Lady Ophelia] — Tudo bem. Providenciarei para que um sacerdote compareça a este endereço amanhã pela manhã. E não se preocupe com senhas. Posso lhes garantir que ninguém que não atenda aos meus interesses tocará na maçaneta desta porta. Se não houver mais nada a tratarmos, sugiro que descansem e aproveitem os alimentos e o resto do dia. Amanhã nos encontraremos aqui pela manhã. E apenas mais uma coisa: não devem, por motivo nenhum, abrir a caixa! Devem entregá-la o quanto antes.

Conforme foi se aproximando do término de sua fala, o som crescente de algo em movimento parecia também se aproximar. Quando bem perto, tornou-se inconfundível: era o som de uma carruagem guiada por cavalos. Aquela, talvez, fosse uma das poucas ruas abrigadas pelos subúrbios capazes de receber veículo semelhante, lançando alguma luz no porque da escolha do local.

[Lady Ophelia] — Eu aprecio que tenham aceitado meio acordo. Agora, se me derem licença, tenho muitas coisas para providenciar.

Com um breve sorriso, Lady Ophelia foi se dirigindo para a saída, como se a chegada do transporte tivesse sido misteriosamente orquestrada para culminar naquele exato instante. Lara, a garota sem nome, acompanhava sua senhora, mas não sem ter se encarregado de remover as xícaras e as jarras um momento antes, enquanto a dama falava. Antes de sair, ela faz uma breve reverência a ambos os aventureiros e, mesmo em sua inexpressividade, parece representar uma certa gratidão para com Sabrina e também um sentimento de alívio. Os meios por onde essas impressões se passavam eram difíceis de decifrar.

Não havendo nenhuma interrupção, o casal ouviria a partida dos cavalos e então um suave silêncio repousaria no lugar como um lençol de seda num leito de repouso. A casa não era muito grande, contava apenas com mais alguns cômodos, sendo uma pequena cozinha com um fogão a lenha aceso e uma mesa que comportava uma farta cornucópia repleta de frutos deliciosos e brilhantes um destes. Havia também um quarto com uma cama macia e uma lareira para enfrentar a noite. Em suma, era aconchegante, completamente diferente de tudo que aqueles dois haviam enfrentado e passado naquela cidade. Conforme as horas se passavam, seria fácil se perder naquele lugar e esquecer dos problemas, mas alguns deles poderiam sempre se manter a espreita.

Um dia todo só para eles? Era mesmo verdade? Há quanto tempo o mundo conspirava contra esse tipo de sossego? Se tornariam este tempo só deles, dormiriam ou mesmo fariam a tal entrega, competia somente a eles naquele momento. Era uma estranha sensação de liberdade passageira como deveria ter sido a da ave libertada da gaiola para em seguida cair frente ao seu predador. Ou talvez não precisasse ser assim. Tudo dependeria do que o destino teria em mente, mas também do que cada um deles faria disso.

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Entrar naquela casa seria mesmo uma boa ideia? Hayashi estava certo que sim ou então não havia sequer pensado no assunto. Quando ele tentou abrir a porta, não obteve sucesso, mas o chute desferido fora suficiente não para abri-la através do mecanismo da tranca, mas para fazer com quem uma das tábuas que a compunham se soltasse e abrisse uma passagem. Forçar uma segunda seria o suficiente para que o caminho servisse ao tamanho do rapaz. O barulho de madeira quebrando ecoou longe naquelas ruas, mas ninguém havia aparecido para conferir do que se tratava. Naquele lugar, roubos ou coisas piores eram frequentes e ninguém aparecia em socorro de ninguém porque era melhor conservar a própria saúde.

Ao por a cabeça para dentro, um forte cheiro de coisa podre inundou as narinas de Hayashi. Aquele orc imundo! Como podia viver num ambiente tão repulsivo? Bem, os orcs não eram de fato conhecidos por sua higiene, mas aquele cheiro: era o cheiro inconfundível de carne em decomposição!

Já que já havia ido até ali, não custaria entrar. O ambiente era muito escuro, graças à noite e não havia coisa incomum. Pouca mobilha, algumas pilhas de sujeira nos cantos, pratos sujos. Será que alguém estava se escondendo ali? Seria difícil descobrir daquela forma, então a ideia mais sensata seria improvisar alguma luz. Quando Hayashi acendeu sua espada em chamas, alguma coisa saltou de algum canto para cima do rapaz o fazendo cair para trás.  

Um rosnado de um predador!

Predador:


Por pouco suas garras não perfuraram a carne macia do jovem. Mas ele estava preso, acorrentado. Isto foi o que salvou Hayashi. O que era aquela criatura? Seu aspecto incomum fazia lembrar das histórias sobre um certo irmão de Kholl em Takaras, que era a única provável origem para a criatura. Ele estava faminto. Os ossos apodrecidos que o rodeavam, origem do fedor, já estavam completamente sem carne. Ele se movia agitado fitando Hayashi como uma próxima refeição, mas não atacava, estando ciente de sua limitação — o que denotava certa inteligência. O que o rapaz faria naquela situação? Ir embora, deixar a criatura morrer de fome? Matar e levar como troféu? Um golpe de misericórdia? Ou o que mais se poderia fazer?
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Mensagem por Hayashi Qui Set 04, 2014 7:32 pm

Optei a usar minha força bruta para escancarar aquela porta. Deu certo. Mas encontrei algo bem diferente lá dentro. Um cheiro de carne deteriorada subiu as minhas narinas. Como aquele cara conseguia dormir nesse lugar? Orcs são mais sujos do que eu pensava. Eu pisei ali dentro. E estava como eu pensava, praticamente eu não enxergava nada. Eu tirei minha espada dos confins do manto negro que eu vestia.

E a ascendi. Usando minhas técnicas ancestrais para conceder a mim uma simples luz para que eu possa iluminar o local escuro. E eu estou me arrependendo disso até hoje. Tinha uma coisa, algo monstruoso, cheio de ossos espalhados pelo seu corpo, uma forma canina satânica. Algo medonho e pedante. Um ser digno de pena por sua aparência, e ele pulou para me atacar, vi minha vida passar diante dos meus olhos. A morte estava tão próxima. E eu caí no chão, como um fruto maduro.

Mas aí ela sofreu um recuo, algo a puxou novamente para trás, e toda essa dramatização sobre minha morte caiu na minha frente. Ele estava preso por correntes, e isso me garantiu um certo alívio. Suspirei com segurança. Ele parecia faminto, apenas tinha ossos ao seu lado, ele parecia ter uma certa consciência, quando o carniceiro viu que não daria para me fazer de seu jantar, recuou, frustado, deitou-se no canto, me olhando. Aqueles olhos carnívoros, só faltava babar.

Eu pensei por alguns segundos. E refleti sobre o que estava acontecendo, aquele bicho estava ali sozinho para morrer. E por mais que seja um ser que aparentemente não tem pena de ninguém feito de carne. Era um ser vivo. E os seres vivos não foram criados para morrer miseravelmente como aquele monstro iria morrer. Insano, comecei a falar com o animal. Levantei do local que eu estava, e me ajoelhei ao olhar para ele. Claro, a uma distância segura.

A vida também não é muito justa contigo não é? He He — Disse como se aquele ser me entendesse. Comecei um diálogo não correspondido com o animal. — Estranhou porque seu dono não chegou até agora? — Nesta hora o corpo daquele orc já deveria estar debaixo da terra. — Ele morreu. Eu vim trazer essa notícia para seus familiares. Mas parece que só tem você aqui. Bem... Ele foi morto por uma mulher muito estranha. — Mesmo se tratando de um ser irracional, eu não tinha coragem de confessar um assassinato. — Não sei se você é adestrado ou coisa assim, e só pensa em comer. Mas vamos pensar no seguinte. Eu sou a única forma de você sobreviver. Para não morrer de fome aqui, vou trazer alguns pedaços de carne para você se alimentar. E eu estou vendo que tua fome não é pouca. Acho que estou meio louco para conversar com você. Como se você me entendesse ou fosse algo inteligente que pensasse em coisas que não fossem comer. Mas vou trazer "coisas" para você comer. Peço que espere.

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Mensagem por NR Fury Ter Set 16, 2014 11:36 am

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A Morte havia deixado o garoto escapar por entre os seus dedos finos e ossudos. Não havia sido desta vez que ela tinha vencido. Ainda assim, passou muito perto. Deveria ser, em alguma parte, revigorante estar quase morto e, em seguida, a salvo. Era como a brisa fresca de uma manhã de primavera. Só que naquele lugar não tinha nada de fresco e nem de flores, apenas morte e podridão.

Contrariando a lógica padrão, Hayashi resolveu conversar com a criatura. Mesmo que ela pareça ter vindo do próprio Abismo, isso não importava: a alma do garoto era capaz de ver e sentir a alma por trás daquela aparência grotesca. Aquele era um animal terrível, mas era apenas isso: uma criatura que lutava pela própria sobrevivência. Ou era algo próximo a isso que motivava o rapaz.

O ser - que ora podia ser definido como felino e ora como canino - se ergueu ao término das primeiras palavras de Hayashi. Era improvável que pudesse compreender minimamente. Mesmo assim, ele parecia ter se acalmado um pouco, talvez captando o tom emocional nas palavras do garoto. De pé, a fera se movia em passos lentos de um lado para o outro e sua face coberta por uma estrutura óssea - um exoesqueleto - se mantinha fitando Hayashi, embora não fosse possível olhar em seus olhos, o que até deixava em dúvidas sobre se o animal realmente tinha algum olho. No peito da criatura sua respiração ressoava como o som de uma tempestade longínqua, o que era também um sinal de que o perigo ainda era constante. Será que ele estava disposto a esperar paciente pela comida? De qualquer forma, não tinha outra opção. Mas Hayashi tinha. E o que será que ele decidiria?

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Mensagem por Sassa Sex Out 03, 2014 10:20 am

Fiquei um pouco distante após ter recebido a confirmação da mulher para meu pedido. Tanto que mal pude compreender o restante da mensagem que ela tagarelava presunçosamente. Só voltei à realidade quando notei que algo se aproximava do lado de for, uma carroça? Deveria ser a deixa daquela mulher para nos deixar em paz, mas que hora oportuna, finalmente teríamos um tempo a sós, Aldarion estava precisando de cuidados, e eu estava cansada e suja. – Só um momento... A senhora ainda não disse para quem é esta caixa. – Eu não tinha certeza se ela o havia feito propositalmente, apenas para ver se prestávamos mesmo atenção em sua conversa, ou se o fez por acidente. Seja como for, era importante, acima de tudo, saber quem era o destinatário daquele pacote, até porque seria impossível completar a entrega sem saber para quem ela se destina. Uma vez respondida a minha pergunta, era hora de ter paz e tranquilidade, ou ao menos era o que eu procurava colocar em minha mente a todo custo. Mas aqueles pensamentos sobre tudo que nos acontecera até aqui desde que chegamos nesta cidade só me deixavam ainda mais indignada e com nojo deste lugar. Será que teríamos mesmo paz? Ou aquela mulher era só mais uma das meretrizes cheias de dinheiro e influencia que queriam se aproveitar dos desafortunados? Respirei fundo algumas vezes e tentei me acalmar, queria pensar somente em nós. Sim, era isso que eu faria, pensaria somente em mim e em Aldarion, nós dois finalmente juntos e a sós, mesmo que em uma situação não muito boa, mas ainda assim melhor do que a gaiola e o casebre do lado de fora. - Aldarion... Como se sente? Venha, vamos nos lavar e descansar, agora seremos só nós dois o restante do dia. – Procurei ser o mais cuidadosa possível, tanto com palavras quanto com minhas atitudes. Ajudei-o a se despir e fiz o mesmo em seguida, logo estávamos juntos relaxando na agua morna e esquecendo de nossos problemas.



<Foi mal a demora tio, eu tava... Não interessa. xhuaxhua
Fiquei em duvida se você esqueceu de dizer pra quem era a entrega, ou se fez de propósito, mas de qualquer forma, minha personagem já perguntou. o/
Nós vamos continuar a interação, só pra confirmar. =P>

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Out 06, 2014 3:20 pm

Aldarion prestou atenção na palavras de Ophelia, ele pensou em debater, mas apenas pensou, seu corpo ardia de febre e apesar dele por fora parecer bem, por dentro estava bastante debilitado. Se Aldarion não fosse uma pessoa dotada de resistência sobre-humana ele já estaria em um coma febril, mas lá estava ele de pé e pronto para lutar por sua vida e pela de Sabrina.

Quando Ophelia terminou de falar ao som da aproximação de uma carruagem, Sabrina fez a pergunta que o próprio Aldarion deveria ter feito. O guerreiro nada disse, apenas continuou em silêncio, estava ansioso por poder se ver a só com sua amada. Tamanha era sua ansiedade que assim que a porta fechou ele praticamente desabou apoiando-se na parede com uma mão e com a outra no ombro de Sabrina.

Estou muito mal meu amor, muito. Sim vamos nos lavar, mas estou muito sujo, deixe que eu me lavo primeiro e você vem depois que eu me limpar de toda essa sujeira. – O guerreiro sentia vergonha de seu estado.

Preso naquela gaiola ele não podia sair nem mesmo para atender suas necessidades fisiológicas, ele estava imundo com as próprias fezes e fedia tanto quando uma latrina. Mas mesmo assim Sabrina estava com ele, dando-lhe alento e apoio e isso o alegrava muito.

Juntos foram para o banheiro, Sabrina ajudou Aldarion a se despir e a encher a tina de banho com água quente, primeiro ele se lavou sozinho para retirar do corpo a imundície vergonhosa em que estava, depois trocou a água da tina e ai sim deixou Sabrina se juntar a ele.

A visão do belo corpo nu da jovem junto da sensação do banho e da água quente revitalizaram-no atiçando seus desejos. Quando Sabrina entrou naquela grande tina de banho que de repente pareceu confortavelmente pequena, ele se atirou sobre ela abraçando-a.

Oh meu amor, me desculpe! Coloquei a gente em toda essa confusão, eu te amo tanto, foi você quem me deu forças para aguentar aquele tormento todo. – Dizia abraçando Sabrina com ternura e vigor, um abraço bem apertado. – Você me elegeu como seu campeão, me escolheu para cuidar de você, mas é você quem está cuidando de mim... Ninguém nunca cuidou de mim... – As palavras saiam com emoção, Aldarion por um momento não parecia aquele guerreiro frio e poderoso, mas sim um garotinho abandonado, um garotinho que perdeu seus pais muito cedo e se viu entregue a um mundo cruel.

Essa minha espada, minha armadura, minha cara de mal, meu tamanho, é tudo um disfarce. Eu fico tentando parecer um cara mal, mas a verdade é que eu odeio injustiças, eu não consigo ver os fracos sendo oprimidos... Eu pensei que talvez aqueles homens fossem inocentes. Por favor me perdoe por minha tolice, eu amo tanto você. – Disse em um tom de tristeza.

OFF: Vamos continuar a interação, por favor não poste ainda.

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Mensagem por Sassa Qui Out 09, 2014 1:15 pm

A noite enfim chegou, e agora que estávamos bem alimentados e limpos, era hora do merecido descanso. Ah, uma cama! Há quanto tempo não se deitava numa cama quente e macia? Meu corpo precisava daquilo, um pouco de conforto nunca era demais. Antes de dormirmos tivemos mais um tempo juntos, nos amando na cama, e ao final, dormimos abraçados. Estava tão cansada que em poucos minutos eu já me encontrava num sono profundo, mergulhando nas entranhas do inconsciente. De repente, eu estava na casa novamente, era noite, a única luz vinha de fora, uma luz prateada, mas a lua não estava presente, então como? Detalhes, apenas detalhes. Algo estava errado naquele lugar, tentou achar Aldarion, mas não o via nem sentia, como? Ele havia morrido? Mas quando? Como? Por quê? Corri pelos cômodos a procura de uma resposta, mas só encontrava mais e mais duvidas. Num dos quartos estava um espelho, escurecido, manchado por uma camada grossa de poeira, mas de alguma forma, ele parecia me atrair para que o mirasse. Me aproximei devagar, meus passos pesados, cheios de receio, o coração já acelerando. Passei a mão no espelho, apenas para ter o horror de ver minha imagem distorcida, uma caveira em carne viva, ensanguentada, uma zumbi? O espelho se quebrou antes que eu pudesse entender, e então despertei. Estava ofegante, suando levemente, mas por sorte não acordara Aldarion naquilo tudo. Respirei fundo algumas vezes e voltei a dormir, e assim o pesadelo não voltou mais a me atormentar aquela noite.

Pela manhã, acordei um pouco mais cedo, queria preparar algo para comermos. Usei algumas das frutas na mesa para fazer um suco para nós, e deixei à mesa disponível numa caneca ao lado de alguns pães. Voltei ao quarto e acordei Aldarion, de forma bem calma e delicada. – Acorde, já é de manhã, venha querido, em breve nossa união estará completa. – E por fim, um beijo de ternura para desperta-lo.



<Considere que Aldarion perdeu 15% de PVs durante a noite, que eu suguei dele durante nossa brincadeirinha. u.u>


Última edição por Sassa em Dom Out 26, 2014 6:02 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Out 10, 2014 11:16 pm

A noite fora agitada e animada, com momentos de amor e carícias entre Aldarion e Sabrina. O casal só cessou sua diversão íntima na metade da madrugada e os dois caíram no sono. Sabrina tivera um pesadelo que a fez acordar no meio da noite suando e ofegante, a jovem olhou para Aldarion e este ainda dormia o sono dos justos. Quando Sabrina apoiou a cabeça sobre o peito do guerreiro e o abraçou tentando voltar a dormir, ela sentiu a mão de Aldarion sobre sua cabeça.

- Eu... Te amo... Meu amorzinho... - Ele disse, sem abrir os olhos, na verdade estava dormindo ainda e agia por puro instinto, de alguma forma ele sentira a aflição no coração de sua amada e respondeu daquela forma mesmo estando inconsciente.

Pela manhã, Sabrina se levantou antes do guerreiro, normalmente era o contrário, mas Aldarion estava doente ainda e cansado e excepcionalmente naquela noite se permitiu dormir mais do que estava acostumado. Foi acordar apenas com as carícias de Sabrina, não se fez de medido, puxou-a e a beijou com ternura.

- Bom dia meu amor. Do que você está falando? Nossa união já está completa. - Disse ele sem saber o que o aguardava. De qualquer forma deu de ombros e foi até a cozinha comer a comida que Sabrina havia preparado, depois tomou mais um banho junto de sua amada até estar finalmente pronto para a chegada de Lady Ophelia.

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Mensagem por Hayashi Sáb Out 11, 2014 10:47 am

[ Peço perdão pela demora. Me afastei um pouco para me dedicar aos estudos, estava em semana de provas no colégio, e o barato tava loko. ] 
Eu havia prometido e agora teria que cumprir. Eu não sabia como, mas eu teria que arranjar alguma coisa para aquele monstrengo comer. Sai pela mesma porta que havia arrombado com um chute, e a encostei, claro que agora ela não fecharia, mas pelo menos eu tentaria deixar um disfarce. Não queria que ninguém entrasse e fosse comido por aquele bicho. Que parecia que me entenderia: "Ele é estranho." Pensava, não queria acreditar que poderia estabelecer uma certa amizade com o bicho. E se ele realmente entendesse o que eu dizia, melhor não avisar que foi eu que matei o dono dele. 

Estava a caminhar em direção a Taverna onde trabalho. Eu estava receoso, meu patrão realmente é ganancioso, e fazer uma doação... Hum... definitivamente ele não iria aceitar. Eu teria que pagar pela carne que eu almejava conseguir na Taverna. Pouco tempo de caminhava, procuraria evitar distrações, e também manter o cuidado, afinal era o subúrbio, ninguém pode andar distraído no subúrbio. 

Pouco tempo de caminhada e eu estava lá, na Taverna do Macaco Caolho. Já estava tarde, possivelmente a farra lá dentro já tinha terminado, mas se eu encontrasse bêbados lá dentro ainda, não teria muita importância. 

Encapuzado, me dirigi até o balcão, e esperei por algum taberneiro lá, se encontrasse algum. Pediria um pedaço de carne crua, de qualquer animal, da carne mais barata dali, e pediria para anotar e retirar as moedas do meu salário na Taverna. Caso não encontrasse ninguém lá, iria entrar na cozinha, e procuraria algum pedaço de carne lá dentro, grande, em meio as vasilhas e panelas que guardavam os alimentos locais: – Vou levar este mesmo. – 

Saiu da taverna como entrou, pela porta da frente, e se dirigiu ao subúrbio. Procurou esconder a carne em meio ao capuz negro, com a espada presa as costas por uma bainha de couro simples e útil. Quando chegou novamente a casa abandonada, entrou sem pestanejar, e voltou a dialogar com a criatura: – E ai, voltei com isso aqui para você. – Retirou da ofuscação do capuz negro o pedaço de carne dentro de uma sacola, jogou para aquele cão, ou sei lá o que fosse. 

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Mensagem por NR Fury Qui Out 30, 2014 3:27 pm

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O dia amanheceu nublado e estranhamento comum. No lado de fora a agitação dos subúrbios da grande Hilydrus borbulhava em mais um dia de trabalho sem sentido. No calendário nenhum dia especial a ser marcado, nenhum deus a ser homenageado ou marco a ser lembrado. Nada! Aquele era apenas um dia ordinário e demasiado normal. Um dia estranhamente comum... estranhamente comum. Mas não precisava ser assim. Não para Aldarion e Sabrina. Apesar de onde estavam, do que haviam passado e talvez até pelo que passariam, aquele dia era como um importante marco. Era um momento memorável! Uma pedra preciosa, que, embora pequena, dotada de inestimável valor.  

Acordar com um sorriso: a quem era reservada essa dádiva? O frio na barriga. A preparação. O calor de um abraço. Não importava o que estava lá fora. Só importava o amor quente e confortável abrigado no interior de seus corações. Ali ele estava seguro e completo, perpetuando uma união eterna. A miséria e o mundo poderiam esperar. Tudo poderia parar apenas por um momento para a realização daquele sonho que ainda sobrevivia no coração de Sabrina.  

Aldarion não percebera sua companheira levantar. Ele estava cansado demais e com o corpo pesado ainda por conta de tudo o que sofrera. Sua febre havia passado, mas sua saúde não estava totalmente melhor. Precisaria, ainda, mais algum tempo para que estivesse completamente de volta. Isso sem contar o desgaste da noite passada. Alguns prazeres podiam ser bem perigosos.

De café e banho tomados, os dois já esperavam fazia algum tempo. O relógio, ainda que inexistente naquele contexto, parecia atrasar seus ponteiros apenas para fazer aquele momento de breve tensão durar um pouco mais. Então o nítido ruído de rodas de carruagem foi ouvido se aproximando. Seria Lady Ophelia? Será que ela cumpriria a promessa? Parecia que sim, pois aquele som aumentou até vir a parar muito próximo à entrada.  

As portas se abriram abruptamente num estrondo! Alguns homens entraram em passos apressados ameaçadoramente carregando... flores?! Era isso mesmo? Rosas vermelhas e perfumadas que foram sendo arranjadas em belíssimos vasos de prata que eles também traziam para o ambiente. Aos poucos a decoração daquela casa simples passou de comum a razoavelmente elaborada. Os móveis foram afastados do centros e um tapete de cor púrpura foi estendido. Um discreto pedestal de madeira foi posto com um livro sobre ele cujas linhas falavam numa língua desconhecida para os dois.

Então adentra Lady Ophelia: ela vestia um vestido tão vermelho como aquelas rosas e com uma cauda que se estendia pelo chão como o rastro de sangue deixado na cena de um homicídio. De fato, ela era tão longa que haviam quatro servas apenas para erguê-la — difícil tarefa para um ambiente tão pequeno — e evitar que tocasse e se sujassem no chão! Cada uma destas vestia roupas em tom cinza escuro que ia dos pés à cabeça, cobrindo o pescoço e terminando numa espécie de chapéu com a forma de um pentágono. A dama carmesim também exibia luxuosas joias douradas, sendo que a maioria eram as mesmas do dia anterior. O modelo de sua vestimenta tinha ombreiras ainda mais chamativas que a anterior, mas escondia seu corpo quase de igual forma, embora ameaçasse uma abertura na parte frontal. Seu chapéu tinha o mesmo modelo. Lara, ou "Esta", seguia logo ao seu lado. Sua simplicidade e delicadeza contrastavam gritantemente com a estravagância sua senhora. Ela trazia em suas mãos duas caixas baixas e não muito grandes.

[Lady Ophelia] — Eu adoro o aroma de flores pela manhã!  — Comenta a dama após inalar delicadamente o perfume que se espalhava pelo ambiente. Em seguida ela olha para o casal e se atém por um momento em Aldarion, fitando-o de cima a baixo transparecendo que ele sequer parecia a mesma pessoa.

[Lady Ophelia] — Me alegra perceber que tenham ficado confortáveis. Por favor, aceitem isso como parte do cumprimento de minha promessa.

Lara se aproxima dos dois. Sua face era sempre a mesma, mas deixava, nas entrelinhas, passar uma certa simpatia inexplicável que deixava em dúvidas se não seria apenas uma impressão. Ela leva as caixas um pouco para frente, oferecendo-as aos dois.

[Lady Ophelia] — Sintam-se livres para se trocarem enquanto meus servos terminam os preparativos.

[...]


Após algum momento o sacerdote já se encontrava a posto próximo ao livro antigo no pedestal. Ele vestia uma túnica quase branca com bordados em dourado nas mangas largas que imitavam ramas cheias de folhas. Em uma das suas mãos, ele tinha um tipo de cetro esculpido em madeira clara e que tinha, na ponta, a figura de um lobo uivando. Ele era um sacerdote de Zaltar. Além dele, apenas Lady Ophelia e Lara se encontravam no lugar, sendo que primeira estava posta num banco tal qual o de um tempo e a segunda se mantinha em pé ao seu lado.

[Sacerdote]  — Aproximem-se. — Disse o senhor de cabelos grisalhos e barba que deveria ter a idade dos dois juntos ou mais. Quando eles estivessem próximos ele acenaria com a cabeça e aguardaria um gesto de concordância. Ele pergunta baixinho o nome dos dois e depois dá início à pequena cerimônia.

[Sacerdote]  — Sob a luz dourada dos olhos de Zaltar, com a intenção de sacramentar vossa união, uni as mãos direitas e manifestai vosso consentimento: Aldarion Ironshild, aceita receber Sabrina Lima como tua mulher, ser fiel, amá-la e respeitá-la ainda que a Escuridão se abata sobre vossos caminhos? [Ele aguarda o juramento ou confirmação] Sabrina Lima, aceita receber Aldarion Ironshield como marido, ser fiel, amá-la e respeitá-la ainda que a Escuridão se abata sobre vossos caminhos? [Idem]

O sacerdote passa um fio dourado em torno das mãos unidas e erguidas de ambos, enlaçando-as e terminando com um nó, simbolizando a união matrimonial.

[Sacerdote]  — No mais sombrio dos tempos, ainda que o Sol apague e a Lua reine soberana, suas almas guiarão uma à outra como um farol em alto mar. Em nome do Grande Lobo Dourado, eu abençoo esta união, que seus caminhos sejam sempre iluminados. Em nome de Zaltar!  — Ele ergue o cetro simbolizando o consentimento do deus.

O homem ancião olha para os dois com um brilho de felicidade em cada um de seus orbes. Ele acena com a cabeça permitindo que se beijem, finalizando a cerimônia. Lady Ophelia assistia tudo muito atentamente, mas não expressava nenhuma emoção.

[Momentos depois]


[Lady Ophelia] — É uma grande satisfação participar deste momento, mas receio que tenhamos mais assuntos a tratar e, infelizmente, com uma urgência que me impede de esperar: eu trouxe o endereço para a nossa entrega. É imprescindível que ela seja feita antes do anoitecer neste dia ou no próximo.  — Ela deixa um pequeno rolo de papel com o endereço sobre a caixa.

[Lady Ophelia] — Se não tiverem mais nada a tratar, tenho assuntos que requerem minha atenção.

Não havendo mais assuntos, ela se retiraria do local acompanhada das servas que carregam a cauda de seu vestido. Lara ficaria um último instante olhando fixamente para Sabrina antes de, por fim, sair.

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Hayashi agora tinha uma promessa para cumprir. Muito incomum, dever-se-ia dizer, já que era para com um animal ou talvez até mesmo uma criatura das trevas. Mesmo assim, era importante. Talvez por sua dívida de consciência ou quem sabe a criatura, mesmo que grotesca, tivesse algo escondido debaixo daquela casca que acabara por cativar o garoto. Quem sabe? O fato é que ele estava decidido.

De volta à taberna, o expediente já havia encerrado. A madrugada já havia sido percorrida e não levaria muitas horas para o sol nascer. O lugar estava vazio. Os bêbados haviam sido encontrados pelo caminho. Os quartos estavam lotados. Se sabia isso por conta de uma certa agitação que, por vezes, era evidenciada nos corredores. O taberneiro ainda se encontrava a postos e o Senhor Tork contava freneticamente uma pilha de moedas infindável que colocava em dúvida sua sanidade ou sua espantosa capacidade em lidar com o dinheiro.

Sem muitas perguntas, o taberneiro embrulhou a carne e entregou a Hayashi, depois fazendo uma pequena anotação num livreto. Ele não parecia nem um pouco interessado nos destinos que o garoto pudesse ter para aquilo, por mais que a imaginação levasse a qualquer hipótese insana.  

[Tork Três Dedos] — Este garoto está cada dia mais estranho. Espero que não me traga prejuízos... — Resmunga o anão depois de notar o que Hayashi carregava. Depois ele volta a contar suas moedas.


O garoto retorna até a casa que pertencia ao meio-troll. Ele não teve problemas durante seu trajeto. Na verdade, parecia muito mais que as pessoas o temiam como provável problema do que o contrário, tudo graças a sua aparência demasiado suspeita.

O animal estava ansioso, mas não muito diferente do que da outra vez. Entretanto, ele havia farejado o cheiro da carne. Era possível ver uma agitação a mais, tencionando a corrente que o prendia na busca de romper seus limites. Então Hayashi entrega o alimento, mas com cuidado, já que não queria ele acabar no lugar daquele pedaço de carne.

A criatura mais que imediatamente se põe a devorar. Até aí, tudo normal. Ou estaria, não fosse a forma grotesca e assustadora como ele a comeu: ao invés de abrir a boca e morder como qualquer criatura comum, ele... bem, torceu a cabeça duas vezes emitindo um estranho estalo e, em seguida, fez com que ela se abrisse em quatro! Sim, a cabeça inteira! De dentro dela emergiu uma língua dentada que enrolou a carne, puxou e a engoliu quase inteira.
Ilustração:

Diante de tal cena, o que será que Hayashi iria fazer? Ele não estava frente a um animal comum, definitivamente não. Aquilo que ele estava alimentando colocaria terror no coração de muitos homens corajosos. Mas e no dele? O que despertaria?


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Mensagem por Hayashi Qua Nov 05, 2014 3:36 pm

[ Relaxa. Demorou um pouco, mas não incomodou não. ] 

Ele era um monstro. Sua cabeça dividida em quatro partes me assustou, estava de joelho a frente daquele bicho, parecia o próprio demônio dentro dele. Ou ele mesmo era o demônio, mas e agora? O que eu faria? Já tinha alimentado ele, e a culpa de ter matado o Kholl já tinha ido em bora: — E agora, o que eu faço com você? — Perguntei, como se ele fosse me responder. Eu estava com os joelhos flexionados a frente dele, com uma distância segura, claro, encarando ele com meus olhos. 

Seu dono morreu. — Respirei fundo. — E você agora vai morrer de fome por causa disso. — Ergui da posição que estava, apoiando a espada naquele piso. — Você me entende? — Perguntei. — Tem alguma consciência? — Fiquei esperando por algo, que possivelmente não iria vir. — Aaah, o que eu estou fazendo? — Virei de costas, colocando uma das mãos na cabeça. — O Kholl morreu, e eu tenho que alimentar esse bicho? Não quero deixá-lo morrer. Mesmo ele sendo estranho desse jeito. Vamos, Deuses, me deem alguma dica. — Voltei a olhar para o bicho. — Acho que você está bem alimentado. Já está tarde, e amanha irei receber meu salário. Vou embora. Vou deixar a porta fechada, amanha eu volto com mais comida para você. Vá descansar. — E sai de dentro daquele local imundo, fechando a porta por fora, deixando-a encostada.

Retornei a Taverna. Que essa hora já estava fechada, pela porta da frente, caso o Tork ainda estivesse lá, avisaria que iria me recolher, e me dirigia até os aposentos que eu ocupava enquanto trabalhava no local: — Boa noite, senhor Thork. — Enquanto pensava naquele animal. Ou qualquer outra coisa que seja.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Nov 06, 2014 10:27 pm

Aldarion havia tido uma noite intensa e revigorante, uma noite de muito amor, carinho e excitação com Sabrina. Durante a diversão íntima, Sabrina sugou parte da energia de Aldarion, mas de uma forma que desse prazer aos dois, e realmente aquilo era perigosamente prazeroso, era como ter um orgasmo multiplicado por 10.

Depois da noitada de diversão e prazer, o guerreiro dormiu com sua amada, quando acordou pela manhã com os beijos carinhosos de Sabrina. Ele já estava recuperado da doença, sentia-se um pouco cansado por causa das brincadeiras noturnas, mas estava bem e revigorado. Levantou retribuindo os beijos e carícias de Sabrina.

- Bom dia meu amor. Vejo que acordou antes de mim e... - Parou farejando o ar. - Preparou alguma coisa para comer? - Disse com um sorriso.

Aldarion foi para a cozinha acompanhado de Sabrina, encontrou um café da manhã simples mas caprichado. Ele não estava acostumado a essas mordomias, na verdade era o contrário, Aldarion era quem acordava mais cedo e preparava as coisas para Sabrina que era sempre muito preguiçosa e mimada. Mas hoje era diferente, hoje ela havia acordado mais cedo e feito as coisas para ele, além disso ela estava muito mais sorridente e carinhosa que o normal.

- Você está mais sorridente que o normal. Aconteceu alguma coisa? - Perguntou um pouco desconfiado, já sentado a mesa e comendo, enquanto fitava o rosto de Sabrina.

Como resposta recebeu apenas um beijinho no ar. Aldarion riu e deu de ombros, vai entender as mulheres?

O dia estava feio lá fora, mas estava do jeito que o guerreiro gostava, ele adorava climas assim, céu nublado, ventania, chuva e frio. Aquele tipo de clima era revigorante para ele. Não via a hora de sair daquela casa e aproveitar o belo tempo, do seu ponto de vista particular é claro. Quando terminou de comer ouviu o som de uma carruagem se aproximando, era Lady Ophelia com certeza. O guerreiro não ficou com pressa de terminar de comer para receber a mulher, mas se assustou quando a porta da casa foi aberta repentinamente e uma dezena de passos pesados pode ser ouvido.

Aldarion que estava com a boca cheia de leite quente, cuspiu tudo pra fora e se levantou em um sobressalto correndo para fora da cozinha com um banquinho na mão.

- ESTAMOS SENDO ATACADOS! ESTAMOS SENDO ATACA... - Gritou passando pela porta da cozinha e parou quando viu o que realmente estava acontecendo.

- Em nome de Eilistrae o que está acontecendo? - Disse surpreso ao ver a cena daqueles homens mudando toda a decoração do lugar, tornando o ambiente mais agradável, mais belo, mais romântico.

Então veio Ophelia acompanhada de um sujeito vestido com um robe, parecia um clérigo, na verdade era um clérigo. Aldarion ficou parado sem entender nada, não conseguia compreender o que estava acontecendo e ficou sem entender menos ainda quando Lady Ophelia lhe entregou um embrulho.

Aldarion foi puxado ainda confuso para um dos quartos, por um dos servos, enquanto Sabrina fora puxado para o outro. Quando ele abriu o embrulho viu que continha dentro uma túnica de linho com bordados em dourado e também um par de sandálias de couro. Sem entender muita coisa vestiu-se e depois saiu do quarto para encontrar surpreso, Sabrina.

- Por todos os deuses, o que está acontecendo alguém pode me... - Aldarion emudeceu ao ver Sabrina novamente, ai ver a forma como ela estava vestida, ficou sem reação até que tudo começou a se desenrolar.

Era um casamento, o casamento dele com ela, a proclamação de algo oficial que já acontecia. Um largo sorriso se abriu no rosto do guerreiro que pegou na mão de Sabrina e a acompanhou até o altar improvisado. Esperou o padre falar o sermão não se contendo de vontade de dizer logo que aceitava aquilo tudo, e foi o que fez quando lhe foi permitido.

- Eu aceito, de todo meu coração, eu aceito seguir esta mulher e ser fiel a ela, amá-la e protegê-la em todos os momentos. - Disse com a cabeça erguida e a voz firme, em um tom que somente os justos são capazes de proferir.

Quando finalmente o sacerdote permitiu ao casal se beijar, Aldarion abraçou Sabrina pela cintura e olhando nos olhos dela disse com emoção.

- Sua danadinha, planejou tudo isso e nem me contou. Eu amo você, do fundo do meu coração. - E então a beijou ardentemente, com volúpia e carinho.

Os dois ficaram abraçados por um tempo se beijando e depois que terminaram Lady Ophelia logo tratou de dirigir a palavra a eles. Apesar do momento haviam tarefas a serem feitas e assuntos pendentes a resolver.

- Obrigado milady pela sua generosidade, você foi boa conosco, vamos fazer sua missão pode ter certeza, independente do que quer que você esteja planejando. - Disse dirigindo a palavra à dama.

Depois de receber as ultimas instruções de Lady Ophelia, Aldarion vestiu-se com seus equipamentos e sua armadura, se esta estivesse disponível, e então saiu levando o embrulho, a encomenda, consigo. Sabrina caminhava a seu lado sempre e quando finalmente chegaram no lugar da missão, a jovem o chamou de canto para contar-lhe seus planos.

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Mensagem por Sassa Qui Nov 06, 2014 10:54 pm

Mais um dia se passara e ainda estávamos naquela cidade, e pior ainda era ter que acordar e perceber que passaríamos mais tempo ainda dentro daquele lugar repulsivo. O dia amanhecera cinza, sem graça, sem cor. O céu nublado era só mais um reflexo daquele povo maculado pela tirania de um rei autoritário e injusto. Injusto? Mas quem era pra julgar tal coisa? Não importava. Nada mais importava naquele momento, pois algo muito importante estava para acontecer aquela manha, algo que mudaria por completa tanto a minha vida quanto a de Aldarion. A eternização de nossa união, a confirmação daquilo que já sentimos e fazemos, a união completa entre nossas existências. A sensação era radiante, como se uma nova vida estivesse por vir, mesmo sabendo que pouquíssimo mudaria, eu sabia que mesmo se eu estivesse em maus momentos, poderia contar com alguém desta vez. Quando acordei estava me sentindo diferente, uma sensação estranha na barriga, nem mesmo em minha juventude havia sentido algo parecido. Aldarion despertou logo após eu ter preparado tudo e comemos juntos, mas a nossa conversa foi curta e até um pouco mais tímida do que o normal. A essa altura ele já sabia que eu escondia algo, mas ele jamais poderia imaginar do que se tratava, eu havia mantido isso em segredo desde o momento em que pedi o favor a Lady Ophelia, e assim eu o faria até que o momento chegasse. As horas forma passando, e a ansiedade em mim só aumentava, será que ela faria mesmo o que pedi? Será que eu havia pedido demais? O silencio do lado de fora me deixava nervosa, até que este fora quebrado pelo galope de um cavalo seguido de uma carruagem. Meu coração pulou instantaneamente, e a primeira coisa que pensei foi... “É ela, tem que ser ela!” Meu coração batia mais rápido que o ritmo dos cascos do cavalo tocando o chão, a respiração estava mais profunda e aos poucos o momento ia se aproximando. Senti que Aldarion estava preocupado, mas não com o que viria a seguir, mas com toda a minha ansiedade, então resolvi conforta-lo. – Chegou a hora, meu amor. A partir deste momento, seremos um só, nossa união será eterna, completa, sem limites. Assim como o amor que sinto por você... – E no momento em que terminei a frase, a porta se abriu com força, o susto fora tão grande que me abracei a Aldarion por instinto. Quando a porta se abriu, homens começavam a invadir a casa, mas ao contrario do que poderia parecer, eles não estavam armados, mas sim decorando e arrumando tudo. Lady Ophelia apareceu logo em seguida, com seu jeito extravagante de sempre, vestida com um vestido de calda longa e vermelho como sangue, e atrás de si, quatro servas traziam cuidadosamente a calda em suas mãos, evitando que esta tocasse o chão.

- Também fico contente de ver que não se esqueceu de meu pedido, mas não imaginava que faria algo parecido... – Disse olhando para os lados, ainda um pouco surpresa com a rapidez e eficiência com que os serviçais arrumaram a casa. Enquanto a casa era toda transformada pelos servos de Ophelia, Eu e Aldarion fomos ver o conteúdo das caixas, apenas para ter mais uma linda surpresa. Dentro da caixa havia um belíssimo vestido rendado para mim, e na de Aldarion roupas adequadas para o casamento. Rapidamente me troquei para experimentar o novo vestido, ele cabia perfeitamente em mim, mas antes de descer para a cerimônia, precisava tirar uma ultima duvida. – O que acha? – Mas independente da resposta que desse, eu estava feliz, muito feliz, tanto que não me contive, e agarrei-o ali mesmo no quarto e o beijei com todo amor e carinho que podia. – Vamos nos casar, Aldarion. Seremos marido e mulher. – E quando estávamos prontos para a cerimônia descemos e aguardamos o fim dos preparativos. Assim que tudo estava finalmente pronto, os serviçais se foram na mesma velocidade que entraram, e quem entrava agora era o sacerdote de Zaltar. Vestido com as roupas típicas de uma entidade de alto escalão da catedral, o homem parecia dezenas de vezes mais exuberante que todos ali juntos, suas indulgencias transmitiam um ar quase celestial ao lugar, e sua presença logo acalmou meu coração acelerado. De mãos dadas, seguimos até o altar preparado para o casório e sob o testemunho dos ali presentes, nossa união fora selada, com uma promessa, de amor, carinho e eterna devoção um ao outro.

- Aceito. – Disse emocionada, e por fim o beijei.

[...]

Lady Ophelia havia cumprido com sua parte do trato, agora era hora de fazermos nossa parte. Assim que esta nos entregou o endereço, me despedi da mesma, não tinha mais nada a perguntar. Lara ainda permaneceu ali por alguns segundos me observando, antes de sair e seguir sua mestra. O motivo disso? Quem sabe. Seu olhar ainda era o mesmo de sempre, mas eu sabia que minha atitude na praça quando nos encontramos pela primeira vez, havia lhe deixado uma marca permanente em sua mente. - De acordo. Aldarion, o que me diz? Façamos isso de uma vez? Quanto mais rápido resolvermos os problemas desta mulher, mais rápido estaremos livres de tudo isso. – Peguei o rolo com o endereço, deixando que Aldarion tomasse conta da caixa. Tudo de acordo, nos trocamos novamente, e agora era a hora da ação de verdade (ezreal). Ao chegarmos no local indicado, percebemos que seria um pouco mais difícil do que imaginávamos fazer a tal entrega, mas sendo uma maga especialista em ilusionismo, atrair e distrair multidões era minha especialidade. Chamei Aldarion num canto livre de pessoas e comecei a lhe contar meu plano de ação. – Teremos que invadir a casa de forma discreta, então pensei num plano. Irei distrair o maior numero de pessoas possível bem em frente à casa, usarei uma de minhas ilusões, e assim que o fizer e tiver reunido uma quantidade boa de pessoas, você entrará em ação e invadirá a casa.

- Todos que estiverem sob efeito de minha ilusão não poderão vê-lo, mas caso aconteça de o efeito não se estender a todos os presentes, o próprio aglomerado de pessoas em frente a porta da casa deve dar conta de esconde-lo. Entendeu o plano? – Caso ele estivesse de acordo com tudo, era só por em pratica todo o processo, que começaria comigo chamando a atenção do maior numero de pessoas possível e fazendo-as olhar para mim.



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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Nov 06, 2014 11:17 pm

OFF: Quando postar considera que eu e Sabrina nos trocamos no mesmo quarto mesmo.

Aldarion ouviu o plano de Sabrina, mas balançou a cabeça negativamente.

- Tá ok, você vai distrair a multidão, mas como vou abrir aquela porta? E se ela estiver trancada? Não vai adiantar de nada. Por que não pegamos um aríete, arrombamos aquilo, deixamos a encomenda e caímos fora? - Aldarion recebeu como resposta de Sabrina uma cara feia. - Ok ok, já que não podemos fazer ao estilo nórdico vamos à outro estilo... - Disse com um sorriso.

- Eu estava pensando, a gente podia ficar aqui fora e esperar alguém sair, quando essa pessoa sair você poderia dominá-la com suas ilusões e a gente poderia pegar as chaves da porta e entrar na casa o que acha? Talvez possamos até usar o infeliz de refém, acho muito melhor do que arriscar com uma multidão. Apesar de que ainda acho a ideia do aríete tentadora. - Falou e ficou aguardando a resposta de Sabrina.

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Mensagem por Sassa Sex Nov 07, 2014 9:06 am

Quando ele negou minha ideia, minha expressão já não era das melhores, mas como toda boa mulher, algo que eu não era definitivamente, eu escutei sua ideia, apenas para fita-lo com um tom repreensivo no olhar. - Não... - Deixada a brincadeira de lado, ele enfim contou seu plano, e realmente parecia ser uma ideia bem melhor, porem havia um fator importante nisso tudo. Tempo! - Temos até o anoitecer. Se ninguém aparecer até lá, teremos que voltar amanhã, entende isso? - Me coloquei numa pose mais pensativa, e tentei mesclar um pouco dos dois para tentar arranjar uma solução que mais coubesse naquele momento.

- Vamos esperar por algumas horas, se ninguém aparecer antes do anoitecer, vamos no meu plano. Entendido? Vamos nos separar, se ficarmos juntos observando a casa o tempo inteiro poderemos levantar suspeitas. - E com isto fui caminhando tranquilamente pela rua, esperando que algo acontecesse.



<Duas coisas, Kitkat!
1 - Vou esperar até que o plano do gold de errado pra usar a HE, caso não de errado, então economizo minha energia.
2 - Como não sei exatamente o horário do dia, imaginei que fosse algo perto de 1 da tarde ou coisa assim. Então se antes do anoitecer, não aparecer ninguém, vamos executar meu plano, e aí eu entro com a descrição da ilusão que eu quero fazer pra galera da rua.>

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Nov 11, 2014 7:15 pm

Sabrina havia gostado de seu plano, afinal era muito mais sutil e exigia bem menos esforço que o plano de Sabrina. A jovem fez uma pose pensativa e nesse momento o espadachim ficou observando-a, admirando seus contornos e a beleza de seu rosto.

"Ela é tão linda... É a coisa mais importante que existe para mim... Mesmo que eu ainda tivesse opção de estar com ela ou não. Eu te amo, Sabrina, sempre vou proteger você..." - Pensou em seu íntimo.

Sabrina logo deu a Aldarion uma resposta, e como sempre ela tinha a palavra final, o que ela havia decidido é o que seria feito. Ambos esperariam um tempo e quando o tempo se tornasse escasso, eles seguiriam para outro plano.

- Está bem meu amor, vamos fazer do seu jeito. - Respondeu o espadachim.

Aldarion então deu um passo para trás e se virou dando as costas para Sabrina, andou mais um pouco e parou, então voltou a olhar para Sabrina. A jovem viu um sorriso simpático surgir no rosto de Aldarion, algo raro uma vez que ele normalmente sempre estava com a costumeira expressão séria e carrancuda.

- Vamos superar qualquer coisa, porque estaremos sempre juntos. - Disse, e então voltou a caminhar procurando um lugar para se esconder, de preferência um beco onde pudesse ver aquela rua sem chamar muita atenção.

OFF: Pode postar GM.

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Mensagem por NR Fury Sáb Nov 22, 2014 10:52 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA

Sem nada mais nada a tratar, os dois amantes trataram de pegar a caixa e o endereço e sair para sua missão. Ou seria mais preciso dizer que Aldarion a carregava? Desnecessário mencionar.

O objeto da entrega era pesado, muito mais do que se poderia esperar. Isso não era problema para os músculos fortes do guerreiro, é claro, que ficavam marcados e tensionados enquanto ele a segurava. Entretanto, algo a fazia especialmente incômoda de levar: conforme caminhava, a caixa pendia ora para um lado, ora para o outro. Afinal, o que poderia haver em seu interior? O que seria tão importante? Mesmo tendo sido avisado, será que Aldarion não tinha nem um pouco de curiosidade? Será que o conteúdo misterioso daquela entrega não atiçava nem um pouquinho seus interesses? E a Sabrina? Poderia ser algo de valor, afinal. Ou talvez mágico. Impossível de se saber. A não ser que abrissem a caixa.

Chegando ao endereço, a dupla encontrou um entroncamento em forma de T demasiado movimentado para que entrassem sem que fossem vistos. Mesmo que em momentos o movimento diminuísses, ambos tinham a sensação que enquanto o sol raiasse eles não estariam sozinhos ali. Hilydrus, mesmo no interior de seu subúrbio, ainda era uma cidade vibrante e pulsante como o vívido coração da ilha. Restaria pensar em alguma coisa e foi o que ambos fizeram.

A ideia de Aldarion era boa. Poderia ser uma passagem fácil para o interior, mas será que seria discreta? Fazer alguém de refém não era a exata descrição disso, mas ainda assim, era uma boa saída. É claro que se Sabrina entrasse nessa parte poderia haver um melhor resultado, mas não era a única ideia, afinal, ela havia pensado em alguma coisa também e que muito possivelmente se provaria muito efetiva. Ainda assim, resolveu dar uma chance à ideia do amado.

Esperar, esperar, esperar... De trás de algumas caixas onde os olhos das pessoas não poderiam espiar e numa posição extremamente desconfortável. O tempo parecia se arrastar e o calor se intensificar naquele ambiente cheio de pó e insalubre. Rapidamente os dois ficariam extremamente entediados. Mas por quanto tempo poderiam esperar? O quanto poderiam suportar? Isso era indiferente, porque ninguém saia e nem entrava daquela casa. Será que alguém morava ali, afinal?

Havendo fracassado na primeira ideia, restaria a segunda. Então, como seria?
Adicionais:



Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwHAYASHI

Falar com a criatura simplesmente parecia não ter nenhum efeito. Comer era muito melhor. Enquanto ele mastigava, não era possível dizer se prestava ou não atenção ao que Hayashi dizia. Mas o rapaz preferia pensar que era entendido, mesmo que na dúvida. No seu peito, bem lá no fundo, abrigava uma pequena esperança que era mais forte do que tudo o que dizia o contrário. "Mate essa coisa" — por vezes ordenava a voz em sua consciência, mas ele estava disposto a continuar.

Passaram-se alguns dias e, entre estes, o Senhor Tork fez o pagamento pelos serviços de Hayashi. Ele estava muito satisfeito, mas não deixou de descontar cada moeda do que o rapaz havia consumido ou destruído no tempo de trabalho. Durante este período, a taberna pareceu estranhamente calma. Os clientes — mesmo os mais encrenqueiros — olhavam para o segurança com certo respeito. Pelo visto o incidente com Kholl havia lhe rendido algum fruto, afinal. Isso fora o novo compromisso.

Falando nisso, já chegava o término do expediente de mais uma noite. Aquele era o horário que costumeiramente Hayashi levava o alimento ao seu novo companheiro e depois despendia algumas palavras com eles, por vezes um momento de silêncio. Aos poucos, a besta foi se acostumando com a presença do humano. Quando ele chegava, ela parecia já saber. Quando saia, estava calma e confiante de que ele viria novamente. Mas isso não significava que ele ainda estivesse fora da lista de uma segunda refeição e, sentindo isso, era melhor manter aquilo bem preso, não é?

Depois de percorrer novamente as ruas negras e tenebrosas do súburbio de Hylidrus em mais uma noite escura e sem lua, Hayashi chega novamente àquela casa caindo aos pedaços. A porta ainda estava fechada, como ele sempre a deixava. Tudo estava em ordem. Exceto o fato de que a criatura não estava mais lá. O quê?! Isso mesmo! Ele havia fugido! De alguma forma, o monstro havia se libertado de suas correntes e agora vagava pela cidade sabe-se lá fazendo quantas vítimas! Afinal, o que Hayashi havia feito? Será que era mesmo o correto a se fazer? Poderia um ser tão horroroso ter a capacidade de se livrar de seus impulsos mais assassinos e primitivos?

Apenas um suspiro incerto que se originou no fundo do peito do rapaz e uma sala vazia como resposta. Não havia mais o que fazer ali e seria quase impossível rastrear a criatura naquele amontoado de casas e pessoas a não ser quando deixasse um rasto de sangue. Então Hayashi resolver sair e voltar. Após alguns passos pela rua seus ouvidos captaram o ruído da corda de um arco sendo tensionada e ele sabia, então, que havia se metido novamente em confusão. Antes que olhasse para trás, porém, um sujeito numa armadura pesada aparece à sua frente, emergindo de um beco escuro. Ele tinha uma espada em mãos e não parecia estar para brincadeira.

[???] — É ele! — Diz a voz de uma mulher que surge por trás do homem. Ela faz um rápido e delicado movimento circular com ambas as mãos e uma chama arroxeada dança pelo ar em seu entorno, iluminando a paisagem. Era uma mulher jovem que vestia roupas provocantes e não precisava mais do que um neurônio para saber que era uma feiticeira. Era bela, porém, havia algo sinistro em sua aparência. — Vamos fazer picadinho dele? Vamos?! Vamos?!  — Seu olhar era alucinado e ela tinha um sorriso no rosto.

[???] — Droga, Saphira! Você vai estragar tudo... de novo!  — Retruca a arqueira élfica que mirava sua flecha em Hayashi.

[Saphira] — Tch. Você que sempre estraga a graça de tudo, Iryell.  — De cara fechada, repentinamente.

O guerreiro acena negativamente com a cabeça em desaprovação à atitude de ambas. Parecia algo a que ele já estava acostumado.

[???] — Diga logo, rapaz, o que você está fazendo aqui numa hora dessas e por que vem a essa casa todos os dias? É bom ter uma boa resposta. — Ele era ríspido e, embora suas palavras não fossem tão sanguinárias quanto as de Saphira, havia muito mais seriedade nelas.

Hayashi estava numa situação complicada. O que poderia responder? A verdade? Será que não seria suspeito? E agora? O rapaz poderia lembrar do grupo de aventureiros da taberna e da confusão que a feiticeira havia armado bêbada numa noite passada, embora nada além de um breve escândalo. Entretanto, era impossível prever suas intenções.
Pagamento:

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Mensagem por Hayashi Dom Nov 23, 2014 2:56 pm

E a cada dia que se passou, minha vontade de querer manter o contato com aquela criatura crescia. Juntamente a ela, que parecia já me reconhecer toda vez que eu chegava, e parecia saber que eu toda noite iria voltar com comida para ela. Isso era um início de um Laço, eu estava feliz com isso, eu estava começando a entender a dependência dela em mim. E foi assim por longas noites, o cômodo arrumado, o fedor de podridão e descaso dos ossos na sala. Tudo como Kholl havia deixado. Tudo em ordem. Eu estava começando a ter certa confiança na criatura, mas nada de soltar ela. Ela ainda poderia me atacar, não sei a força daquele bicho estranho.

E em algum desses dias, recebi meu pagamento. Thork estava satisfeito com meu serviço, parecia que as pessoas começariam a ter certo respeito por mim como segurança, ou medo, que era o que eu menos queria, não queria medo. Ser reconhecido como o cara que matou o Kholl, junto aquela mulher estranha era legal, mas a Taberna estava começando a criar um clima monótomo e tedioso, as brigas estavam cessando e isso ameaçava meu trabalho, de certa forma. Se não há briga ou confusões, por que diabos existiria um segurança ? Ao menos fui pago, 1700 no primeiro salário estava mais do que o suficiente para eu me manter vivo.

E então chegou mais uma noite, outro pedaço de carne, novamente o capuz preto e a minha queria espada. Aquela rotina esquisita que eu mantinha para deixar aquela coisa viva, e eu nem sei por qual motivo. Nessa época minha consciência da parte da "razão" martelava coisas como 'Mate essa coisa", "Isso não é confiável", mas em compensação meu lado da emoção não queria deixar aquele ser vivo lá, e nessa briga o lado da emoção havia ganhado, é horrível quando seu próprio corpo e mente brigam entre si por alguma coisa. A noite estava só começando e esse era o menor dos problemas.

Algum tempo depois eu já estava naquela casa, e novamente estava tudo em ordem. O cheiro, a porta entreaberta, arrombada por mim mesmo. A única coisa, única que estava errada era justamente o mais importante: - Oh, céus! Para onde esse demônio foi! - Eu juro que fiquei em choque por alguns minutos, aquele bicho, carnívoro, assassino e sanguinário tinha fugido. Quantas vítimas aquele bicho já havia feito? Eu me certifiquei de olhar em tudo, para ver se ele realmente não estava me esperando para dar um bote, dentro da casa pelo menos.

E como que eu iria rastrear onde ele estava? A única coisa que mantinha o "cheiro" dele era a corrente, então seria ela que eu iria pegar. Desvinculei a corrente de onde seja que ela estava presa, guardaria em um dos bolsos do manto preto que eu vestia. Respirei um pouco e tentei manter a calma, enfim, sai da casa, em direção a Taberna, hoje um pouco mais cedo.

E aquelas ruas pareciam mais escuras para mim, meu pensamento estava viajando para meu "amigo", companheiro ou coisa assim. Ao menos queria saber se ele já tinha matado alguém, e se matou. Eu não o conhecia mais, hehe. Eu apenas olhava para baixo, o chão me consolava, eu realmente estava preocupado com as azarentas pessoas que encontram aquele monstro no meio do seu caminho. Pobres vidas perdidas: - Que coisa... Ele poderia ter me avisado. Ora, o que eu estou falando ? Aquele bicho não fala. Só posso estar ficando louco. - Continuei a andar, distraído.

Até que algo prendeu minha atenção. Um som peculiar de algo sendo tensionado, pressenti algo sendo mirado a mim. E o som vinha de trás. Agarrei o capo da espada gigante, presa numa bainha customizada, e quando fui me virar para ver o que era de fato, uma figura saiu do beco e apareceu na minha frente. Eu seria assaltado ? Hoje o dia realmente não estava para mim ! Retirei o capuz, e olhei para frente. Era um homem alto, com uma armadura pesada e uma espada na mão, preparada para qualquer coisa, e outra figura apareceu atrás dele, com vestes que prenderam certa atenção, era bonita.

Três vozes. Iryell, Saphira, duas garotas, possivelmente a que estaria atrás de mim seria uma arqueira. Eu dei uma olhadinha para trás apenas para confirmar, e eu estava correto. Larguei a espada, e voltei a ouvir o que estava a se passar. "Fazer picadinho", "Sempre estragam tudo". Parecia que seriam amigos, poderiam fazer parte de um grupo ou coisa assim, e aquela tal de Saphira parecia ser alguém que estragasse os planos do grupo, tinham uma certa crise.

O homem então perguntou sobre o que eu estava fazendo todos os dias naquela casa. É, não eram assaltantes. Parecia ser um grupo de aventureiros, eu dei um sorrisinho. Me lembrei das aventuras de muitos anos atrás que passei com meu amigo, já falecido, Kagamine, ele também era um idiota que estragava tudo. Era. Eu encarei o homem, e deduzi que ele não iria acreditar nessa história de demônio cachorro, felino ou sei lá o que. Respondia com a cara mais séria possível: - Qual o problema de dormir em um lugar abandonado ? Eu não tenho casa. E agora justamente estava indo para o trabalho, numa Taverna - Olhando mais para a mulher chamada Saphira, notei que já tinha visto ela em algum lugar antes.

Essa maluca já tinha procurado uma confusão que eu tive que apartar na Taverna enquanto estava bêbada, poderia usar isso para ajudar a me livrar dessa: - E outra coisa. Eu conheço vocês. Essa feiticeira aí procurou um problema na Taverna onde eu sou o segurança. Na Taberna Do Macaco caolho. Vocês são um grupo de explorador, aventureiros ou algo assim? Pois eu tenho uma história parecida. - Disse, tentando mudar de assunto. Enquanto esperava as respostas.

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Mensagem por Sassa Seg Dez 01, 2014 11:32 pm

A ideia de esperar havia se mostrado tão inútil quanto fora ficar ali parada esperando, e a cada minuto que passava, era um minuto perdido em nossa tarefa. “Droga, não aguento mais! Temos muito pouco para ficar perdendo aqui com essa bobagem, faremos do meu jeito!” E indignada com meus próprios pensamentos, eu decidi que estava na hora de por o plano em ação. Aldarion poderia não estar perto para ouvir meu sinal, mas assim que começasse com minha encenação, ele entenderia o recado, até porque, a ideia era chamar a atenção do povo o máximo possível para mim, e quando Aldarion visse isso, entenderia de imediato que era para entrar em ação e invadir a casa. Antes de começar com o plano B, dei uma boa analisada ao meu redor e tentei imaginar como fazer para chamar atenção de toda uma rua, e em seguida prende-los por algum tempo até que Aldarion pudesse invadir a casa, mas só o que eu conseguia ver ou sentir era podridão e miséria. “Como este lugar fede, argh... Espere... É isso! Darei a eles somente aquilo que esse povo medíocre merece, mais peste e sujeira.” Não precisavam ser muitas as vitimas, uma vez que a praga começasse com alguns homens e mulheres, os gritos de desespero dos primeiros afetados tratariam de chamar a atenção dos demais, se espalhando como fogo em palha seca pela rua, e em questão de minutos, todos estariam tão distraídos, que mal notariam uma casa sendo invadida.

Sem mais delongas eu fui até o centro do T enquanto preparava a minha ilusão, parei a alguns passos de nosso alvo, e dali comecei com a onda de ilusão. Indo de encontro com as pessoas da rua, olhando diretamente em seus olhos, soltaria um grito histérico alto o suficiente, mas isso somente para chamar a atenção do maior numero de pessoas possível, em seguida, assim que eles olhassem a brincadeira teria inicio. Saindo dos esgotos, das valas, dos buracos na parede e dos becos, centenas de ratazanas pestilentas e horríveis. Tantas quanto os olhos eram capazes de ver, vindas de todos os lados da rua e cercando as pessoas afetadas pela ilusão. As ratazanas maiores que o normal, com seus olhos vermelhos e dentes afiados, seguiriam em direção aos alvos, e quando chegassem aos seu pés, eles sentiria aquela sensação asquerosa de que algo estava lhes subindo as canelas, e depois as coxas e por fim tomando todo seu corpo, mas era apenas isso, pois era o máximo que poderia fazer àquele nível de abstração. Assim que o caos tivesse sido implantado na mente de alguns indivíduos, a própria histeria e desespero das vitimas para se livrarem dos roedores trataria de juntar os demais transeuntes da rua, uma vez que os não afetados, apenas veriam aqueles que foram minhas vitimas, como loucos tendo um ataque em plena rua. E antes de enfim sair de cena, quando tudo estivesse acabado, confirmaria se Aldarion havia conseguido completar seu objetivo, caso contrario, era tentar atrair mais e mais a atenção daqueles infelizes.




[Usando a HE Unreal World para enganar o máximo possível de pessoas na rua... E que o caos comece! -24% PEs
No post anterior nós dissemos que nos separaríamos, então continuei interpretando como se estivesse longe do Aldarion.]


Última edição por Sassa em Ter Dez 02, 2014 7:20 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Dez 02, 2014 2:14 am

Aquela missão era muito estranha, aquela encomenda mais ainda. Pensava Aldarion fitando a caixa regularmente, o que será que tinha dentro? Parecia algo vivo... Lady Ophelia havia sido cuidadosa e insistente ao avisar para não abrir a caixa, será que havia um animal parecido com aquele que eles viram comendo o pássaro? Se fosse verdade seria impossível pegá-lo se ele escapasse. Realmente fazia sentido a instrução de não abrir a caixa, portanto Aldarion decidiu obedecer.

As horas passaram, uma atrás da outra, e nada. Nada da porta se abrir, nada, nenhum movimento. Quando a mortalha de trevas da noite começou a surgir nos céus, Sabrina que até então estava muito impaciente começou a agir. Aldarion notou o tumulto causado por sua amada e entendeu o que deveria fazer.

Mais do que isso, ele sabia que Lady Ophelia não contava com discrição e silêncio nessa missão, será que isso fazia parte dos planos dela? Um estratagema surgiu na cabeça do guerreiro... Quem se esconderia naquele lugar afinal? Será que era uma missão de assassinato? Será que a pessoa que ele estava indo deixar a encomenda seria morta e era alguém importante?

Lady Ophelia havia explicado que precisava de Aldarion por causa de sua posição neutra, mas o quanto isso colocava sua cabeça em risco? Qualquer um poderia pensar que o prisioneiro humilhado e mutilado pelo rei poderia buscar vingança.

Todas essas ideias fizeram um sorriso brotar na face de Aldarion, ele estava sem armadura e só tinha sua espada e... Sua amada... No passado ele já havia provado sua força e vencido 30 homens sozinho nessas mesmas condições. Então se fosse preciso ele enfrentaria a guarda inteira de Hilydrus se fosse para escapar vivo daquela cidade.

"Foda-se! Que Kord me de forças ai vou eu!"

Aldarion correu a toda velocidade contra a porta chutando-a no processo, sua força esmagadora faria a porta voar e as dobradiças serem arrancadas da parede. Em seguida ele esperaria para ver o que tinha dentro ao mesmo tempo que jogava a encomenda para dentro da porta colocando-a no chão e depois chutando-a de forma que a mesma deslizasse para longe sem capotar para que a caixa não abrisse.

- Entrega especial! - Gritou.

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Mensagem por NR Fury Sáb Dez 06, 2014 3:50 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA

No momento em que Sabrina gritou um grande número daquelas pessoas de pele suja e roupas velhas voltaram seus olhares e a miraram com seus olhos esbugalhados que eram como carrapatos inchados e reluzentes. Sem que pudessem se dar conta em seu estado de miséria deplorável e com suas mentes limitadas, eles caiam na armadilha da bruxa que iludia suas mentes com sua sórdida habilidade. Ratos começaram a surgir de todos os lugares.  

No início, a maioria daquelas pessoas pareceu simplesmente não entender, como se os animais asquerosos e pestilentos fossem parte natural da paisagem - e eram! Mas, em seguida, seu número aumentou tanto que as pessoas se assustaram. Alguns tentaram lutar, mas antes que pudessem vencer os animais tinham suas pernas tomadas. Gritos tomaram conta daquelas ruelas. Os transeuntes correram em pânico e, os poucos que ficaram, se retorciam ao chão aos gritos por terem seus corpos cobertos e invadidos pelos animais. Mesmo aqueles que não haviam sido atingidos ficaram assustados. Em seu desespero, eles forçavam portas em busca de abrigos e a gritaria se espalhou longe nos subúrbios. Mas era melhor se apressar, porque aquela cena toda em breve poderia chamar a atenção da guarda.  

Aldarion já sem paciência e motivado pela desconfiança perante Lady Ophelia, força a porta com um pontapé fazendo com que ela não só se partisse, mas fosse lançada aos ares em pedaços para dentro da residência. Mesmo que aquela porta fosse de madeira maciça e tivesse um bom número de travas internas, elas não haviam sido páreas para a força brutal do guerreiro. Em seguida, 'gentilmente' empurra a entrega para o interior, mas não sem antes dar uma boa olhada para descobrir quem poderia morar ali. Ele não viu ninguém. O ambiente estava escuro e muito sujo, a mobilha era simples e escassa. Mas havia muitos papeis. Pilhas deles. Eram pergaminhos ou mesmo folhas soltas que voavam ao vento da entrada abrupta do homem. Nada incomum... Ou talvez fosse. Mesmo em Hylidrus, não eram muitas as pessoas que sabiam ler e, dada a quantia de papel... o que será que isso significava?

A gritaria continuava, mas já era possível ouvir vozes tentando acalmá-los. O casal ainda tinha uma escolha: iriam correr de volta, ou haveria mais algo em suas mentes?

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Hayashi podia lembrar daquela noite em que Saphira — que ele até então desconhecia. — havia armado confusão após beber demais. Ele usava isso a seu favor. Todos os membros do grupo também pareciam lembrar vividamente do incidente e assim que o rapaz cessou sua fala, o guerreiro e a elfa encararam Saphira seriamente.

[Saphira] — O quê?!  — Como se não entendesse do que se tratava.

[Iryell] — Saphira... você... — Movendo a cabeça negativamente e levando uma mão até a face, após ter desarmado seu arco.

[Saphira] — Vocês não percebem?! Ele está blefando!

[???] — Já chega! — Diz o homem com voz de comando. Ele deveria ser o líder do grupo e era evidente que as duas o respeitavam. Em seguida ele guarda sua espada. — Não é ele quem procuramos. O nosso inimigo não é um homem, vocês sabem muito bem.

Inimigo? Será que isso queria dizer que eles estavam num tipo de caçada? Difícil dizer. O homem, então, seguiu rumo a Hayashi. O espadachim sabia que ele não era um risco — na verdade, não chegou a sentir um perigo real desde o início. Quando ele já está bem próximo, estende a mão em cumprimento.

[???] — Me chamo Balinor. E você, quem é, rapaz?

As duas mulheres também se aproximaram para se apresentar. Balinor era sério e tinha um jeito duro e seco de falar, mas havia algo de cordial ou mesmo honroso no seu modo de se portar. Ele era relativamente jovem, embora claramente mais velho que Hayashi.


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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Dez 07, 2014 11:48 am

A porta de madeira maciça voou desfazendo-se em pedaços ante a força de Aldarion, o guerreiro entrou já empurrando a encomenda de modo peculiar. Esperava encontrar ali dentro um grupo de pessoas ou alguém para confrontá-lo, mas em vez disso não encontrou nada além de poeira, escuridão e papéis.

"Agora tudo está claro para mim. Lady Ophelia deve estar tentando destruir tudo isso. Será que o animal na caixa é capaz de comer papel também? Será que ele vai sair dali por conta própria?"

Pensava o guerreiro.

"Que segredos esses papéis escondem? Droga não vamos ter tempo de olhar tudo isso... Bem... Lady Ophelia nos mandou entregar essa encomenda, mas não disse nada quanto a não pegar nada dos outros."

Com esses pensamentos em mente, Aldarion adentrou a sala, estava escuro e ele não tinha uma tocha e muito menos tempo para olhar cada papel detalhadamente. Pensou em pegar alguns e se mandar dali, apenas por curiosidade, não, apenas para mostrar para Lady Ophelia que as pessoas não são tão previsíveis quanto seus animaizinhos de estimação.

Eram tantos papéis, quais ele deveria pegar? Com certeza os papéis mais importantes deveriam estar escondidos, ou não. Aquele lugar estava uma bagunça isso demonstrava que quem quer que cuidasse dali não esperava ser encontrado. Sendo assim o guerreiro decidiu procurar por uma mesa onde houvessem papéis e pergaminhos, pegaria esses especificamente.

O motivo era simples, os papéis presentes em cima da mesa eram provavelmente os últimos que foram lidos ou escritos, a chance desses papéis serem os mais importantes era maior. Os papéis presentes no chão com certeza não tinham tanta importância, quem deixaria documentos importantes no chão afinal?

E foi seguindo essa linha de raciocínio que Aldarion agiu pegando a maior quantidade de papéis que pudesse de cima daquela mesa para em seguida fugir pela rua. Se não encontrasse nenhuma mesa ele pegaria papéis aleatoriamente da estante.

Já na rua ele encontraria Sabrina e com um assovio a chamaria, ambos então correriam pelo lado da rua livre do tumulto que era justamente o lado onde Aldarion estava anteriormente. O objetivo agora era encontrar uma das casas abandonadas do Subúrbio e se esconder ali.

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Mensagem por Hayashi Dom Dez 07, 2014 7:28 pm

Foi um alívio saber que eles caíram no meu papo. Nossa, o que eles iriam fazer caso descobrissem que eu estava cuidando de um bicho demoníaco com sede de sangue e perseguindo pessoas por aí. Eu me senti mal em mentir, mas eu queria manter aquilo em segredo. Quem sabe eu ainda tinha chances de encontrar aquela criatura. Eu iria manter isso em segredo. Eu sabia que estava fazendo errado. Cara, o que estava acontecendo comigo ? Eu estava realmente esperando que aquela criatura fosse me tratar como amigo? Eu só posso estar louco. Ainda estou muito preocupado com isso.

As reações do grupo foi melhor do que eu esperava. Todo o grupo se lembrou, menos a feiticeira que causou a confusão, claro, ela deve ter bebido tanto que não se lembrava da noite: - Eu não estou blefando, senhorita. Foi difícil acalmar você. Bem difícil. - Eu não me lembrava totalmente da noite, mas eu certamente deveria ter exercido meu papel de segurança e apartado a confusão: - Pergunte aos seus amigos aí, eles não estavam tão bêbados, devem se lembrar. - E eles devem ter se lembrado, com absoluta certeza.

Então aquele cara de armadura deu um basta na conversa, então o inimigo não era um "homem". Poderia ser uma mulher, ou outra criatura que não era um humano. Isso me deixou com os nervos a flor da pele. Suspirei, e disse, num ar piadista: - Quer dizer que vocês me confundiram com uma mulher ? Cara, eu não sou tão afeminado assim. - Abri um largo sorriso, já estava bem claro que eu era uma pessoa extrovertida. Então, ele estendeu a mão. 

Balinor. Que nome esquisito, nunca tinha ouvido, mas não pior com o meu. Quem diabos se chama Hayashi ? Meus pais só podiam estar com demência nessa época, ou devem ter bebido bastante para escolher esse nome para mim. E por falar nos meus coroas, tenho bastante saudades deles. Ótimo foi que eu consegui o meu Mestre Kato como meu orientador, é, ele é um segundo pai. Um dia volto aquela espelunca onde ele mora para ver como ele está. 

- Prazer, Balinor, me chamo Hayashi. - Estendi a o braço oposto ao dele, e entrelacei as duas mãos, apertando firmemente, eu acho que deveria confiar nele: - Mas, parece que vocês estão procurando alguém... querem passar lá na Taverna onde contaram a história? Deixem que eu pago a bebida com meu salário, peço uma exceção pro chefe, já que aquele lugar já deve ter fechado. E, aí, topam? Ah, só não vai beber de mais, em, Saphira, não quero ter que apartar outra confusão, ainda mais que estou fora de meu expediente, Haha! Vamos, vocês parecem cansados. - Gargalhei, eles pareciam ser alguém em quem confiar, e além do mais, eu ainda tinha meu objetivo de reunir novos espadachins. Aquele cara era um Espadachim. 

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Mensagem por Sassa Ter Dez 09, 2014 7:26 pm

Ah o caos, a desordem, o desespero. Era maravilhoso ver como uma simples fagulha, quando jogada no local exato, poderia causar uma destruição tão grande. O plano transcorria perfeitamente, como uma orquestra afinada e sincronizada, os fatos iam se desenrolando de forma que o plano fora um sucesso completo, e deveras divertido também. Assim que a semente do caos havia sido plantada na mente limitada daquelas pessoas, simplesmente saí de cena no momento mais oportuno, indo para um local mais distante, de onde poderia ver tanto o show de horrores, quanto a porta da casa. Esta que agora encontrava-se “aberta”. – Guerreiro tolo, eu falei para ele não fazer isso... – Murmurei do local onde eu estava, enquanto fazia um sinal negativo com a cabeça, mas não tirava o olhos da casa, esperava que ele saísse o mais rápido possível de la e voltasse até mim. Caso ele não conseguisse me ver de inicio, faria um sinal discreto, nada muito chamativo, e isso é claro quando ele estivesse bem longe da casa, e quando tivesse certeza que ele não havia sido visto por ninguém. Caso contrario, era simplesmente se afastar e dissimular. – Aldarion! Por que demorou tanto? – Rosnei baixo de indignação, enquanto nos afastávamos bem rápido dali, mas logo reprovei sua ideia de ficar e observar o que acontecia.

- Chega de surpresas, Aldarion. Nossa missão era deixar a entrega e voltar, não temos a obrigação de ver o que acontecerá em seguida. – E caso ele insistisse nessa sandice, simplesmente o ordenaria, da pior forma possível claro, a vir comigo. “Um pouco de dor nunca é demais, ele deve aprender a me ouvir...”

- Viu algo lá de interessante dentro da casa? Havia alguém lá? Algo de valor que merecesse ser “salvo”?
– E com a palavra salvo, ele que entendesse o que bem quisesse, mas para mim realmente seria um furto. – Seja como for, vamos para casa descansar e pensar em nossos próximos passos. Ainda há umas coisas que quero fazer antes que aquela mulher exótica venha nos ver de novo para pedir mais favores. – E realmente, eu pensava em passar antes por uma loja de equipamentos, precisava de algumas coisas que há muito estavam me fazendo falta, como uma vestimenta mais apropriada, uma arma para defesa pessoal e algumas poções para casos de emergência. Fora outros itens os quais não interessavam tanto, mas ainda assim fariam alguma diferença se eu os tivesse em mãos.



[Kit kat! Eu adoro fazer coisas inusitadas no meio dos seus posts, neah? hxuahxahuxa
Eu vi nesse meio tempo a oportunidade perfeita para sair pela cidade e poder comprar minhas coisas, afinal eu to desde o level 1 sem praticamente nada. '-'
Se der, vou deixar um spoiler com os itens que quero e vc pode narrar que fui numa loja e comprei isso com o dinheiro que tenho. Ou se preferir que eu tente "barganhar" com o vendedor, melhor ainda, aposto que consigo um belo "desconto" com ele... HXUAHUXAXHUAUHXAHU]
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Mensagem por NR Fury Qua Dez 10, 2014 12:02 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA

Papeis, papeis, tantos papeis! Nenhum deles parecia realmente especial e seu número era tão grande que colocava em dúvida a sanidade de quem morava ali. Mas os olhos do guerreiro, aos poucos, foram se acostumando com a escuridão e deixando que os raios mais tênues de luz o penetrassem e revelassem o que, de fato, era sua suposição: mesas com pilhas sobre elas. Entretanto, não havia uma mesa só, mas algumas e as pilhas eram tão grandes e empoeiradas que não pareciam simplesmente diferenciar em nada daquilo que estava no chão. Então era melhor pegar qualquer coisa, pensaria de forma prática Aldarion. Se aproximou de uma mesa e apanhou uma pilha gigante — a maior quantidade que pudesse?! — e então deixou a casa. A visão do homem carregando uma pilha enorme de papeis e pergaminhos, alguns caindo pelo caminho, já que era difícil de equilibrar, deve ter sido, pelo menos, uma surpresa para Sabrina. Arrombar a porta já havia sido uma surpresa, mas aquilo... aquilo era muito pior!

Se a mestra castigaria seu subordinado, era uma questão para outro momento, pois naquele instante o melhor a se fazer seria sair daquele lugar. A confusão havia se espalhado longe nos subúrbios de Hylidrus, o que sem dúvidas atrairia a atenção dos guardas. Se eles entrariam até aquele lugar, já era outra história, mas talvez fosse melhor não arriscar, então os dois partiram para a casa emprestada por Lady Ophelia.  

Aquela pilha de papel... que droga Aldarion estava pensando?! Mas Sabrina não podia dizer que também não estava curiosa. Afinal, talvez houvesse algo ali que merecesse ser "salvo", não é mesmo? Depois de saber o que havia dentro da casa, certamente a maga desejaria pelo menos dar uma olhada. E foi o que ela fez, revirando apenas alguns papeis que estavam mais acima na pilha, pelos quais percorreu rapidamente seu par de olhos verdes.

Aqueles textos eram antigos, em sua maioria. Não só o cheiro de mofo evidenciava isso. Alguns eram escritos em línguas que ambos desconheciam, outros na linguagem comum de Lodoss. Levaria pelo menos dias para que se pudesse decifrar alguns, talvez meses para que se entendesse a todos — se é que seria possível. Alguns possuíam também gravuras e, dentre eles, um em especial, chamava atenção, pois parecia descrever uma série de processos mágicos em busca da construção de alguma coisa. Seu título era Ichneumon. O que isso significava? Certamente a natureza daqueles textos colocaria muitas ideias na cabeça do casal acerca do que era aquela casa.

Mas, deixando aquilo de lado, era o momento para fazer compras! Afinal, aonde aqueles papeis poderiam ir, não é mesmo? Eles não tinham pernas. E Sabrina já havia esperado muito tempo por isso, portanto, era o que ela faria! Já Aldarion... bem, ele carregaria as compras.  

Os subúrbios de Hylidrus não eram o melhor lugar para encontrar equipamentos. A pobreza e a sujeira daquelas ruas faziam parecer inútil qualquer tentativa de localizar algo que preste. Mesmo assim, foi possível localizar algumas tendas nas ruas e lojas que quase caiam aos pedaços. A maioria delas vendia apenas lixo e fazia o estômago de Sabrina se revirar em desprezo. Com alguma procura, entretanto, os itens que ela almejava foram sendo encontrados um a um. As bandagens, a ração e a tocha foram os mais fáceis. Certamente itens de uso mais comum, sendo assim, com um preço também não diferenciado. Encontrar os demais itens naquele lugar foi um verdadeiro desafio. De canto em canto percorreram, até quase a noite cair, então ficaram sabendo de um mercado não convencional  — o mercado negro! Aqueles itens haviam sido desviados do próprio exército real. E lá estava: o conjunto inteiro de couro. Tudo por um acréscimo de L$ 500. Será que ela compraria mesmo assim?

Por fim, Sabrina e Aldarion ficaram sabendo de uma loja muito especial, um lugar secreto habitado por uma velha alquimista e onde poderiam encontrar os últimos itens que restavam da lista: as poções. Seguiram por uma ruela embarrada e fedendo a esgoto, com telhados que quase se encostavam e deixavam o ambiente ainda mais sombrio. Gatos e animais magros e empesteados rodeavam a entrada do local indicado. Após empurrarem uma porta de madeira de aspecto frágil, os dois adentraram a uma pequena loja mal iluminada, cheia de pó e teias de aranha. A proprietária, alquimista e também atendente era uma velha horrorosa e enrugada, de coluna curvada e cabelos longos e brancos como a sujeira daquele lugar. Sua voz era rouca e seu sorriso revelava os poucos dentes apodrecidos que ainda a restavam. Ah, sim, e ela tinha barba. Isso mesmo. Alguns fios escassos, grossos e nojentos que faziam lembrar de aberrações ou coisas do gênero.

[Alquimista] — Cof... cof... sejam bem vindos! — Diz ela, com dificuldade, encarando o casal com olhos como os de uma ratazana.

Nas prateleiras do lugar existiam ossos e partes de animais, coisas estranhas e de uso desconhecido, materiais de todos os tipos e de origens duvidosas. Havia também alguns frascos com líquidos viscosos e de aparência de sujeira ou coisa muito pior. Outras eram suavemente luminescentes, um sinal da mágica que continham. Atrás do balcão estavam elas: as poções de cura.  

[Alquimista] — Aqui, jovem... — Segurando um frasco com as unhas imensas e retorcidas. Ela havia reparado o modo como Sabrina encarava o produto. — As melhores poções que poderá encontrar nesta cidade asquerosa! Hahaha...  — Sua risada era suspeita.

Ainda assim, eram poções de cura. O líquido no interior era vermelho intenso e haviam apenas duas no estoque. O preço era nada menos que L$ 1000! Um absurdo?! Bem, poções não eram itens tão comuns e quem sabe que mágica e conhecimento aquela velha possuía? Havia também uma poção brilhante e azul, uma que recuperava energia mágica! O preço era idêntico. E aí, com quais ela iria ficar?
Poções:


[Alquimista] — Espere! — Diz ela pouco antes dos dois sairem. — Eu tenho uma coisa... "especial"... para vocês! — E por "especial" entendam o que quiserem.  — Aqui! Uma poção capaz de fazer criar escamas duras como metal. O efeito não é permanente, não se preocupem... hahahaha!

A velha segurava um pequeno frasco contendo um líquido marrom como água suja de barro, semitransparente, contendo uma escama no interior. O preço era L$ 2500. Será que valeria?
Poção:

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As duas mulheres se aproximaram dos homens que se cumprimentavam. Naquele momento, Iryell, a arqueira, já estava com sua arma presa às costas e a flecha de volta à sua aljava. Ela era mais séria e com um aspecto que denotava certa timidez. Já Saphira, a feiticeira, estava sorridente e saltitante. as duas se apresentaram, cada qual a seu jeito.

[Balinor] — Hayashi, então. Faz um bom trabalho como segurança. — Já dando alguns passos rumo à Taberna.  — E não o confundimos com uma mulher. Sim com uma...

[Voz Feminina] — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!! — E um grito de horror rasga o silêncio da noite como um aborto do inferno rasga o ventre de sua mãe amaldiçoada.

[Balinor] — É ela! — E imediatamente parte em disparada rumo à origem do grito que era a direção oposta para onde seguiam.

"Ela"? Por algum motivo, isso fazia Hayashi ter alguns arrepios ao longo de todo o seu corpo, ainda mais depois de um grito como aqueles. As duas mulheres, de prontidão, seguiram acompanhando o homem e Hayashi não faria diferente, uma vez que poderia se tratar também de seu velho "amigo".

O que faria quando o encontrasse? O que faria se ele estivesse assassinando uma pessoa inocente para se alimentar? Será que o guerreiro e segurança da taverna estaria preparado? Teria coragem? Todos aqueles pensamentos percorreram sua cabeça, fazendo uma sensação de frio no estômago emergir com a ansiedade.

Com os passos rápidos, logo o grupo chegou a um beco onde uma porta jazia aberta e com luz acesa em seu interior. Era um cenário suspeito, só poderia ser ali. Então foram abordados por algumas figuras mascaradas, cujas faces eram cobertas por máscaras brancas que não tinham furos, nem para os olhos.

[Cultista] — Eles vieram atrás da deusa! Matem eles! — Disse o que parecia ser o líder.

Cada um deles, num total de sete, retirou um par de adagas enormes das costas. Eles também removeram suas máscaras a fim de que pudessem visualizar os novos inimigos, deixando estranho o propósito da mesma. Era um total de sete homens, quatro estava na frente e três atrás.

Iryell puxou uma flecha e preparava sua mira. Saphira fazia uma chama lilás se espalhar á sua volta e Balinor retirava sua espada da bainha e se preparava para o combate, indo contra os quatro homens que estavam obstruindo o caminho para o interior da casa. E Hayashi, o que faria?

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Dez 11, 2014 2:47 am

Depois de escaparem da confusão, Aldarion e Sabrina voltaram para a casa que Lady Ophelia lhes havia oferecido. Ali eles olharam com calma os pergaminhos que haviam encontrado.

Bah! Por Cyric, nada desse lixo serve para mim. — Disse o guerreiro jogando um dos pergaminhos de qualquer jeito em cima da mesa.

Meu amor, lá dentro haviam muitas pilhas como esta, só deu pra pegar isso. Acho que Lady Ophelia está realizando alguma queima de arquivo ou... Espere... Tinha um animal vivo dentro daquela caixa, será que ela estava planejando um assassinato? — Conjecturou enquanto se aproximava de Sabrina.

Amor, de qualquer forma terminamos a tarefa, vamos esconder essa papelada e esperar Lady Ophelia entregar meus equipamentos de volta então vamos embora desta cidade fedorenta. Agora sim não devemos mais nada. — Falou enquanto abraçava Sabrina por trás forçando-a a parar de ler.

Aldarion beijou o pescoço de Sabrina depois a virou de frente pra ele e beijou-lhe a boca. Depois da breve troca de carícias Sabrina lhe contou que queria comprar alguns equipamentos.

Certo amada mestra, vamos lá. — Falou com um sorriso de orelha a orelha.

Antes e sair no entanto, Aldarion escondeu todos os rolos de pergaminho com cuidado embaixo da cama, ele sabia o quanto Lady Ophelia era detalhista e capaz de notar os mínimos detalhes, por isso Aldarion tomou muito cuidado para não deixar nenhum detalhe visível certificando-se que não seria possível ver os pergaminhos a menos que se agachasse para olhar embaixo da cama.

Feito isso, Aldarion foi com Sabrina fazer as compras. Aquele lugar da cidade era muito sujo e era difícil achar algo que se preste, mas graças ao modo simpático de Aldarion a dupla conseguiu informações do que queriam encontrar. Durante todo o trajeto o guerreiro fez questão de deixar sua grande espada evidente para desencorajar ladrões e outros maus elementos, além disso ele fazia vigilância cerrada a cerca de sua mulher, qualquer um que ousasse olhar demais pra Sabrina teria como resposta um rosnado de aviso.

Finalmente eles haviam conseguido comprar tudo o que queriam, faltava apenas as poções, chegando no lugar indicado, uma loja de alquimia secreta, Aldarion colocou Sabrina no chão e os dois adentraram. Lá ele viu Sabrina negociar com a mulher e na hora que a velha deu seu preço, Aldarion teve um ataque de tosse.

O QUÊ?! MIL LODIANS POR UMA POÇÃO DE CURA? POR MASK ISSO É MUITO MAIS QUE UM ROUBO, ISSO É UM ESTUPRO AOS NOSSOS BOLSOS! — Disse furioso em voz alta o rosto corando de raiva, o traço marcante dos Ironshield. — Amor nem fudendo que você vai gastar nosso dinheiro aqui né? Eu conheço uma loja em Paramet que vende poções a 200 moedas cada, podemos comprar 10 poções com o que gastaríamos aqui. — Disse ele agora se virando para Sabrina.

A velha bruxa ainda tentou vender uma poção especial, uma poção rara.

Desista mulher eu não vou gastar um único lódian nessa loja. — Disse rebatendo a oferta da velha.

Vamos embora amor, você não precisa de poções, você tem a mim. — O que Aldarion quis dizer a Sabrina era algo que somente ela entenderia.

Sabrina era capaz de sugar a vida do guerreiro para recuperar seu próprio corpo, essa habilidade não apenas a curava como também a fazia regenerar os ferimentos completamente.

Player escreveu:OFF: Aldarion realmente conhece uma loja de poções em Paramet que vende a 200 moedas poções de cura. Ele já esteve lá e comprou todo o equipamento que ele tem lá.

Quando os dois voltassem para casa, Sabrina provavelmente voltaria aos estudos dos pergaminhos, Aldarion por sua vez iria praticar algumas flexões e exercícios físicos. Finalmente quando as atividades de ambos estivessem terminadas, Aldarion aproveitaria e tomaria mais um banho com Sabrina, um banho que não seria só um banho mas também, uma troca de carinhos. Sabrina parecia mal humorada e Aldarion tentaria animá-la com uma massagem gostosa e muito amor. Finalmente quando estivessem devidamente lavados e cansados, eles dormiriam juntos pelo resto da noite.


Última edição por Goldsilver Ironsteel em Qui Dez 11, 2014 10:22 pm, editado 2 vez(es)

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Mensagem por Hayashi Qui Dez 11, 2014 2:56 pm

A elfa e a feiticeira se aproximaram, amistosas, cada uma se apresentou. Iryell e Saphira. Até que elas duas eram bonitinhas. Iryell não parecia estar confortável comigo ali, estava um pouco mais séria que os outros, além de manter uma expressão de timidez, já Saphira era o contrário. Estava alegre, saltitante, parecia uma boba criança: - Prazer Saphira, prazer Iryell. - Estendi minha mão, esperava um aperto amigável. Então, Balinor voltou a falar, parece que não tinham me confundido com uma mulher e sim com alguma outra coisa, uma coisa que eu não iria saber agora. 

Algum grito chamou atenção de nós, algum rangia desesperadamente, um grito feminino. Será que essa era a coisa ? A sensação era horrível, parecia algo vindo do Inferno... inferno, isso me lembrava de lago. Caralho! Será que era aquele causando problema por aí ? Oh, Deus ! Que não seja ele, pelos céus: - Como assim? O que nós estamos procurando ? - Interroguei Balinor, enquanto corríamos em direção ao grito, com passos rápidos e precisos no chão, a situação parecia piorar a cada passo, e aquele grito horrível ainda estava atormentando minha mente: - Vamos, me diga ! O que raios está acontecendo ?

Os passos estão cessaram, o que será que eu faria quando visse aquele demônio novamente? Eu tentaria o proteger? Eu iria esquecer que tentei ajudar ele por todo esse tempo e simplesmente o deixaria morrer assim como seu amigo? Felizmente, acho que não era ele oque aquele grupo estava procurando. Parecia que agora eu também fazia parte do grupo. Um beco com uma porta com uma fresta iluminada, parecia suspeito, e Balinor parecia saber que era ali, fiquei atrás do grupo, não sabia onde estava, queria manter as costas protegidas, quando ouvi uma voz nada amigável.

Como assim Deusa ? Como assim me matar? Eu me envolvi em algo muito maior. Todos se prepararam, Iryell preparava seu arco para dar uma flechada em alguém, a estranha feiticeira cujo nome era Saphira evocava algumas chamas lilás ao seu redor, Balinor sacava sua espada, e como um bom e valente guerreiro foi para cima dos que estavam empatando o nosso destino. 

Eu não ficaria atrás, tiraria minha amiguinha gigante dos confins de seu eterno descanso, minha "espadinha" e eu estávamos preparados para realizar alguns cortes. Parecia que eu tinha me envolvi em algo maior do que eu esperava ser, ao menos o motivo daquele reboliço não era aquele bicho ósseo felino ou cachorro do tinhoso que eu estava alimentando, logo, pensei em uma estratégia. Seriam no total sete, quatro na passagem que queríamos atingir e três atrás de nós. Balinor estava indo já para o ataque na frente indo para cima dos quatro, eu teria que ser o dano principal para os três restantes. Mas eu não iria aguentar sozinho, umas das duas teria que me ajudar, eu estava mais próximo da Saphira, ao menos pela região que eu estava, ela teria que ser meu reforço.

- Iryell, ajude o Balinor! Saphira, por favor, me dê cobertura! - Então, chamusquei minha espada, usufruindo do elemento Fogo, descrito na minha habilidade especial "Sintonia Elemental". A lâmina da espada estaria completamente chamuscada, e eu seria o único que não sofreria co m esse drástico aumento de temperatura. Com o bônus de agilidade recebido, partiria para cima dos atacantes, sem medo de suas adagas gigantes, afinal, minha espadinha também não seria do tamanho comum.

Rodopiei, girando a espada comigo, atingindo um golpe na diagonal, visando atingir todos em um único ataque mortal, porém iria seguir com meus olhos os ataques opositores, justamente para evitar ser atingido por bobeira, tentaria também bloquear alguns golpes com a lâmina da espada, qualquer brecha aberta nas ações inimigas, seriam meu foco para um contra ataque, já que eu iria enfrentar os três sozinho, caso a Saphira não resolvesse me dar assistência: - Segura essa, seu poço de merda!



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Mensagem por Sassa Qui Dez 11, 2014 10:03 pm

Quando Aldarion voltou com aquela pilha de papeis de dentro da casa, pensei imediatamente em derrubar tudo aquilo de suas mãos e dar-lhe um belo cascudo. Mas na situação em que estávamos, só o que eu queria era ir embora dali antes que toda aquela desordem que eu causara acabasse recaindo sobre nós. Quando chegamos a casa novamente, Aldarion pôs toda a pilha sobre uma mesa, e então eu tive a chance de fazer o queria, lhe dando um belo cascudo e chamando sua atenção para seus dois erros. - Eu disse para não chamar atenção! Para sua sorte, minha ilusão deu tão certo que seu rabo ficou a salvo. E outra coisa, o que significa tudo isso? Acha que terei paciência pra ler essa merda toda? – E depois a impaciência pareceu passar um pouco, e com algumas poucas olhadas nos pergaminhos, pude ver que algo interessante se escondia naqueles textos, algo interessante e também importante, uma vez que muitos deles estavam escritos até em línguas estranhas. Com alguma ajuda de Alice eu consegui ler um pouco daqueles textos, falavam sobre um ritual para criar uma espécie de ichneumon, mas nem eu, nem Alice, nem Aldarion sabíamos do que se tratava. “O que será que aquela mulher desprezível queria fazer? O que havia, de fato, naquela caixa? E que fim levaria?” Eram algumas das questões que acabariam me empurrando de volta àquele lugar mais tarde, apenas para saber que fim levara nossa entrega. – Animal vivo? Como sabe disso? Se tivesse ele já teria morrido sem ar ou sem agua à essa altura, não diga bobagens, Aldarion. – A caixa estava conosco há dias, como poderia ter algo vivo dentro? Até porque a mesma não apresentou nenhum som, além daquele estranho tic-tac que ouvi durante a ida até o local da entrega.

Após algumas horas de distração com a papelada, cansei de estudar aquilo e decidi que sairia e faria algo que já estava querendo há muito, mas nunca tivera tempo de fazer, comprar! Eu estava precisando urgentemente de alguns equipamentos para viagem, além de algumas roupas extras, pois as minhas já estavam ficando muito gastas, jogaria todas fora depois. – Aldarion, vamos sair pela cidade, preciso comprar alguns equipamentos, preciso estar pronta para quando formos embora deste chiqueiro. – Disse num tom autoritário, porem um pouco desinteressado, como se aquilo fosse algo chato e rotineiro. E para Aldarion realmente aquilo seria algo chato, pois seu papel principal nessa historia seria pagar pelos meus equipamentos e carregar tudo para mim no final. Andando pelas ruas do subúrbio foi bem difícil encontrar o que eu queria, tivemos que rodar bastante até achar todos os itens de uso e consumo, mas ainda faltava a armadura de couro, eu precisava de uma proteção já estava mais do que na hora, porem não queria sair do subúrbio e ter que ir a Paramet para comprar uma. Minha única saída foi tentar uma opção menos licita, e olha só que coisa interessante, nem estava tão caro assim no mercado negro. No fim das contas consegui o que precisava, com exceção de um único item da lista... As poções!

- Onde vamos encontrar essas coisas nessa pocilga? – Falei indecisa de para onde ir naquele lugar, mas Aldarion logo usou de sua “delicadeza” para tirar a informação de alguém que parecia saber das coisas, e nos levou até um chiqueiro ainda pior do que todo aquele subúrbio junto. O lugar fedia, era lamacento e tão mal iluminado quanto uma caverna a noite. Quando chegamos à loja nos deparamos com um casebre caindo aos pedaços fedendo a mofo e lotado de teias de aranha, mas não só isso, potes com coisas gosmentas, pedaços de seres mortos por toda parte, e por ultimo, mas não menos importante, a velha carcomida que se dizia a dona do lugar. “Poção de beleza estava em falta?” – Aquela ali, apontou para a poção de cura atrás dela. – Não me importei muito com suas palavras, apenas analisei o frasco com os olhos como se examinasse uma joia preciosa, mas no fundo mesmo, eu nem fazia ideia do que pretendia ver. Mas fui bruscamente interrompida em minha minuciosa inspeção pelos gritos de Aldarion. – Pare de gritar, escravo! Não lhe dei permissão pra falar dessa forma! – E o fiz sentir dor imediatamente para que se calasse. – Estão caras demais, pode ficar com elas. – Coloquei as poções em cima do balcão e comecei a andar para fora da loja, ignorando por completo a ultima oferta da mulher. – Pff... – Fiz um sinal com a mão sem me virar, e saí. – Da próxima vez que me fizer passar vergonha em publico, farei você cuspir as próprias vísceras de tanta dor. – Disse mal humorada enquanto voltávamos para casa para descansar. Chegando lá, continuei a estudar os pergaminhos que encontramos até a hora que o sono viesse, depois disso iria tomar um banho gostoso com Aldarion e por fim dormiríamos lado a lado.



[Só passando aqui pra confirmar que comprei tudo menos as poções. o/]

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Mensagem por NR Fury Sex Dez 26, 2014 8:10 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA
 
 
Por fim, Sabrina e Aldarion retornaram para aquela casa com quase todos os itens que buscavam. Excetuando-se as poções, todo o resto, com algum trabalho, havia sido localizado e comprado a um preço razoável. A loja de alquimia, que era a única opção naquele lugar imundo para poções, talvez se aproveitasse disso para lançar os preços às alturas. Não sendo um item de muita necessidade, Sabrina optou por ignorá-los e voltar para "casa" sem elas.  
Resumo das compras:
 
Chegando lá, Aldarion descarregou as compras em algum lugar qualquer, enquanto sua mestra se debruçou novamente sobre aquela pilha de pergaminhos que seu escravo havia roubado. Algumas coisas neles haviam atiçado seu interesse e não apenas dela, mas de Alice também.  
 
Os textos estavam desorganizados, haviam pergaminhos incompletos, línguas que nenhum dos três poderia, naquele momento, traduzir. Com algum tempo, entretanto, Sabrina foi organizando as informações a que dispunha e construindo uma noção melhor do que se tratava tudo aquilo. A grande maioria dos papeis tratava de um único assunto: a guerra. Mas não qualquer uma, eles tratavam da Grande Guerra de Lodoss. Eram pergaminhos, de fato, muito antigos, alguns que claramente haviam sido reescritos. Eles descreviam estratégias, relatavam confrontos, detalhavam o campo de batalha e falavam sobre criaturas, armas e magias que serviam para os mais diversos fins.  
 
Então veio o sono...  
 
Pesado e incontrolável, mesmo para uma bruxa poderosa como estava se tornando Sabrina. Mais um texto apenas, talvez ela pensasse, ou terminar aquele que estava lendo. Antes que percebesse, seus sentidos foram se entorpecendo e esvanecendo num ritmo lento e suave, gentil como o toque angelical.  
 
"Ichneumon..."  
 
Aquela era uma peça que parecia não encaixar com todas aquelas informações. Era um conjunto de textos complexos e incompleto e, talvez por isso, inquietou tanto a maga que sua mente não deixou de trabalhar nisso nem mesmo em seu sono. As imagens que se formaram a seguir remontavam à Grande Guerra: Sabrina podia ver uma construção gigantesca, uma feita inteiramente de magia. Então vieram os sacrifícios... o sangue manchou a aparência sagrada daquilo que era, na verdade, uma máquina de guerra cruel e poderosa. Aquela cena nunca havia acontecido de verdade, mas sua mente havia encontrado uma resposta. Mesmo assim, sabia que ainda faltava alguma coisa.  
 
Depois do ocorrido, Sabrina seguiu o curso planejado: um longo e demorado banho com seu escravo e a noite de sono de que precisava. Ambos estavam revigorados, até mesmo Aldarion, que não mais sentia o peso da doença que o acometia.  
 
O sol acusou o nascer de um novo dia. Apesar de tudo, era bom estar naquele lugar. Uma rara e estranha paz parecia pairar pelo ambiente junto com as partículas de poeira que se destacavam nos tênues raios de luz que penetravam o ambiente pelas frestas da janela. O barulho das pessoas do lado de fora, ainda que existisse, era tranquilizador — muito diferente de outros cenários. Uma cama macia e quente, o aroma de flores no ar: tudo aquilo não deveria durar muito tempo. Essas coisas não costumam, afinal.  
 
Como era de se esperar, Lady Ophelia fez sua aparição ainda naquela manhã, embora mais tarde e tenha dado tempo suficiente para o casal se aprontar. Suas vestimentas estavam menos extravagantes do que no dia anterior, durante o casamente, mas, ainda assim, mantinham seu jeito peculiar. Ela estava, como de costume, acompanhada de Lara, sua serva.  
 
 
[Lady Ophelia] — Um belo dia, vocês não concordam?!  — Após um cordial sorriso que servia como saudação. — Indo direto ao assunto de maior interesse, uma infeliz notícia: a armadura foi designada por Vossa Majestade, o Rei Azure para leilão.  
 
Enquanto falava, a dama seguia em passos lentos, vindo a parar de costas para o casal no exato momento em que termina sua fala. Um pequeno intervalo de silêncio se fez neste momento, o suficiente para que Aldarion praguejasse, o que ela ignoraria. O silêncio — assim como o próprio tempo — era um incômodo que Lady Ophelia parecia degustar com certo sadismo.  
 
[Lady Ophelia] — O que dificultará sua recuperação. — Voltando a encarar os dois, com os dedos das mãos entrelaçados e um sorriso disfarçado. — É preciso que compreendam: desviar uma armadura de um depósito qualquer é uma tarefa ínfima comparada a retirá-la debaixo do nariz do Rei. Não há como fornecer garantias, mas farei tudo ao meu alcance.  
 
Se ela falava a verdade, afinal, era impossível descobrir. Acreditar ou não caberia apenas aos dois. Uma certa tensão tenderia a pairar no lugar, como o cheiro azedo de algo em decomposição. Os olhos vívidos como cristais mágicos da dama capturam um detalhe importante do ambiente.
 
[Lady Ophelia] — Posso ver que realizaram a entrega. Mal posso esperar para saber os detalhes! E então, como foram?  — Num tom monótono demais para alguém que ansiava em saber algo.
 
Ela se manteria em silêncio para ouvir o que quer que fosse que os dois tivessem para falar, se tivessem. Sua expressão se manteria sem alteração, como se nada daquilo fosse uma surpresa ou passasse de uma cordialidade rotineira, como aquelas monótonas reuniões dos nobres deveriam sempre ser. Em alguns momentos, de fato, ela pareceria sequer estar prestando atenção. Seguiria ignorando qualquer assunto:
 
[Lady Ophelia] — Muito bem. Eu tenho uma nova oferta: enquanto dedico-me a recuperar seus pertences, vocês realizam mais uma 'tarefa' para mim. Não será gratuita, obviamente, pois pagarei por tal, já que excede nosso combinado. O que me dizem? Ou podem ficar ociosos aguardando, a escolha é sua. Mas já adianto que o que tenho em mente é muito mais do que uma simples entrega, mas nada que os colocará na mira do Rei ou de seus representantes. — Sua fala havia sido calma e pausada e ela parecia confiante de que aceitariam.

Uma nova missão? Será que os dois estariam dispostos para tal? Não era como se não esperassem por isso. Ainda assim, parecia que eles tinham uma escolha. Talvez fosse uma ótima oportunidade para ganhar uns trocados e quem sabe o que mais... E então, o que seria?
 
Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwHAYASHI



Com a correria, não houvera tempo para que as perguntas de Hayashi fossem respondidas. Antes que qualquer um pudesse falar alguma coisa, já estavam tomados pela emoção do combate e tudo mais se tornava irrelevante a não ser a própria vida.  

Iryell assentiu com a cabeça. Seu olhar atento e afiado como o de uma águia e sua postura preparada mostrava que ela não só acatava, mas concordava plenamente com a estratégia do rapaz. Saphira também aceitou a ideia e Balinor estava longe demais para dar qualquer opinião.

[Saphira] — Ora, você tem uns truques interessantes.  — Destaca ao ver Hayashi ativar sua Sintonia Elemental. Como uma feiticeira, ela parecia atraída por qualquer habilidade mágica. — Vamos mostrar para eles que se meteram com as pessoas erradas!

E então ela realizou um movimento na vertical fazendo com que uma chama púrpura se erguesse em direção aos homens, como uma onda, depois se rompendo em fumaça que lhes obstruía a visão deixando suas guardas abertas para o guerreiro com a espada de duas mãos.  

Dada a habilidade daqueles homens, era possível deduzir que não eram guerreiros nem assassinos, mas pessoas comuns. Balinor derrubou os quatro com toda facilidade, assim como Hayashi. Entretanto, eles não eram os únicos.

[Balinor] — Tem mais deles dentro da casa! Não vamos deixar que fujam! — Liderando o grupo rumo ao interior.

Entretanto, assim que se viraram, o silvo de um dardo viajando pelo ar tocou os ouvidos de cada um e, quando se deu conta, Hayashi percebeu que Saphira havia sido atingida em seu pescoço. Ela leva a mão até o pequeno objeto e parece confusa, então perdendo suas forças e caindo ao chão.

[Iryell] — É veneno! — Fitando Hayashi, mas também o inimigo às suas costas que já efetuava sua fuga. — Não deixe que ele fuja, ele deve ter o antídoto! Eu preciso ajudar Balinor... se houver mais deles lá dentro, pode ser que... que seja tarde! — Sem pensar, ela parte para a residência.

Hayashi estava numa posição delicada e, seguindo seus instintos, parte atrás do homem com a zarabatana. No caminho de volta, repara numa estátua bizarra de uma mulher que representava o horror com sua expressão. Ela estava na entrada para um dos muitos becos e o rapaz poderia jurar que ela não estava ali antes, já que era o caminho por onde viera. De onde e, afinal, por qual motivo insano alguém colocaria algo assim ali?!

Deixando isso de lado, continuaria a perseguir o inimigo. Para onde ele foi? Onde se escondeu? A resposta para isso veio com um segundo dardo que, desta vez, atingiu a garganta de Hayashi. Imediatamente suas forças falharam e o rapaz caiu ao chão, mas diferente de Saphira, ele ainda se manteve consciente.

[Cultista] — Hahaha! "Ela" vai ficar muito satisfeita!  — Retirando uma adaga afiada que seria o algoz de Hayashi.

Naquele momento, o tempo pareceu passar mais lento. O fio da lâmina refletiu o brilho da lua ou de qualquer outra coisa. O som dos passos do homem se fez insuportavelmente audível, assim como o corte do vento na faca. Tudo parecia perder e fazer sentido ao mesmo tempo de uma forma estranhamente confusa. Um breve ronco, como uma tempestade longínqua se fez ouvir.

[Cultista] — MOOOORR..........

Mas antes que o aço gelado mergulhasse no corpo do rapaz e fizesse seu sangue jorrar e manchar aquelas ruas encardidas, uma boca enorme e com uma força brutal agarrou o cultista e fez seus ossos estalarem e o líquido vermelho e viscoso escorrer. Não era possível: era... ele?! Era aquela criatura que Hayashi havia alimentado.

O monstro abandonou o corpo com a marca gigante de uma mordida e deu alguns passos em direção ao guerreiro caído. Ele ainda mastigava a carcaça enquanto seu peito roncou novamente, mas então ele vira a face para trás, percebendo a aproximação de alguém e deixa o local às pressas. A mente de Hayashi vai se apagando conforme ele percebe uma figura indefinida se aproximando.

[...]

Sua consciência vai se recuperando aos poucos, como se emergisse de águas turvas e silenciosas. Hayashi não está mais na rua, mas no seu quarto na taberna. Iryell está recostada na parede de braços cruzados. Balinor se encontra de pé e virado para ela. E... Saphira! Sim, ela também estava lá sentada no canto da cama e parecendo prestar atenção nos demais.
Notas:

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Mensagem por Sassa Sáb Jan 03, 2015 4:37 pm

O sol nasceu de novo, quadrado e sem graça, mais um dia naquele lugar podre, cheio de pessoas podres para todo lado, sujeira e miséria. Às vezes me lembrar que eu estava naquele lugar me deixava enjoada, mas só de pensar que aquilo estava prestes a acabar me deixava um pouco melhor. Lady Ophelia logo estaria ali e anunciaria nossa tão sonhada liberdade, mas a que custo? Seja como for, eu esperava por ela como nunca fizera em outros dias. E não demorou até que ela chegasse, estava bem arrumada como sempre, mas desta vez não tão espalhafatosa. Alguma ocasião especial? Algo que aconteceu durante o caminho talvez? Pouco me importavam os motivos para a mudança de hábitos, até porque, mesmo com a mudança de aparência, seu tom arrogante e debochado ainda continuava mesmo. – Maldito... – Não consegui conter aquele breve momento de frustração, mas talvez ver aquela mulher falando daquela forma, sem poder ter a certeza de que ela estava mesmo falando a verdade ou não, isso talvez fosse o pior. Decidi que pelo bem de Aldarion, eu acreditaria nela, e manteria a compostura pelo menos por enquanto.

- Não foi difícil, só precisei criar uma distração e o resto ficou por conta de Aldarion. Como vê, nada demais. – Disse sem muito orgulho da tarefa, e também sem muitos detalhes, até porque não era necessário que ela soubesse dos mesmos. No fim de tudo, ela nos fez uma nova proposta, e aquilo me deixou receosa, seus métodos eram duvidosos e misteriosos, seus objetivos mais ainda. O que ela planejava para nós desta vez? – Diga-nos o que é, e pensarei no assunto. – Falei antes de confirmar qualquer coisa, mas minha mente já se dividia em várias linhas de raciocínio. Se aceitássemos a proposta, ela ficaria mais inclinada a recuperar a armadura de Aldarion, entretanto, se recusássemos, ela poderia muito bem desistir da tarefa de recuperar nossos pertences e simplesmente dizer que não obteve êxito. E por mais que esse pensamento fosse ruim, era o mais provável de se acontecer, até porque este era o tipo de coisa que eu mesma faria se estivesse na situação de Ophelia. – Seja como for, aceito a oferta... Dê-me os detalhes, o que precisamos fazer, se há um prazo, precisamos de toda informação possível.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Jan 18, 2015 1:47 pm

A chegada de Lady Ophelia como sempre fora espalhafatosa, aos olhos de Aldarion, seu bom dia soava frio, distante, muito mais uma formalidade do que realmente um voto. Quando a mulher começou a falar sobre o que estava acontecendo com seus pertences, Aldarion por incrível que possa parecer não se exaltou, nenhum pingo de raiva brotou em seu ser e Sabrina podia sentir isso, Sabrina conseguia perceber que o guerreiro estava sereno, calmo, frio como uma espada. Mas o que mais impressionou Sabrina foi o que veio a seguir.

Ossos cinzentos de Ciric e mãos leves de Mask! Ladrões malditos! Desgraçados! EU OS ODEIO! — A fúria de Aldarion era tamanha que o guerreiro levou a mão até a parede desferindo um potente soco que provocou um buraco pouco maior que seu punho. Depois do estrago ele ficou ali, ofegando de raiva até finalmente se recuperar e voltar a atenção até Lady Ophelia.

Quando a Sabrina, assombrosamente ela sentia que tudo aquilo não passava de uma encenação, Aldarion não estava nem um pouco irritado, então por que ele estava fingindo estar furioso com aquilo?

Muito bem mulher, continue cuspindo suas más notícias. Que ódio, aqueles desgraçados. — Completou agora encarando a mulher deixando-a terminar de falar o restante do que tinha a dizer.

Então ela os queria para mais uma missão em troca de um bom pagamento e de ter seus itens de volta? Era uma boa oferta, mas o que seria essa tal missão? Aldarion ficou calado deixando Sabrina cuidar de tudo, somente quando a conversa havia terminado é que o guerreiro levantou a voz mais uma vez.

Não tão rápido! Eu tenho alguns assuntos a tratar em Paramet, tenho uma proposta para você Lady. Consiga transporte imediato para Paramet, ida e volta, se puder conseguir dois cavalos leves será ótimo, ou se preferir pode mandar um de seus lacaios nos levar em uma carruagem. — Disse o guerreiro, agora com sua raiva mais contida. — Eu tenho uma encomenda para buscar naquela cidade e pretendia partir hoje mesmo. Assim eu pegar minha encomenda retornarei e faremos a missão para você. O que me diz? — Terminou encarando Ophelia com seu único olho bom.

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Mensagem por NR Fury Ter Jan 27, 2015 11:00 am

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA
 

A dama escarlate parecia satisfeita e confiante, conforme um breve e sutil sorriso se desenhava em sua face junto a um par de olhos brilhantes que eram como água cristalina. Sabrina, após breve recear, havia aceitado a tarefa de antemão, sem sequer saber, ainda, seus mínimos detalhes. Aldarion, depois de um estouro de raiva, apenas concordaria com sua mestra, era de se esperar. Mas não exatamente o que aconteceu. Conforme Lady Ophelia movia seus lábios avermelhados para despejar suas palavras e condições, ainda arqueados em sorriso, o homem intervém impondo ele próprio a sua em particular. Ela o fitou fixamente por um instante, comprimindo de leve os olhos. Cada uma de suas pupilas se contraiu e diminuiu numa mira que era tal qual a de uma serpente, ou até mesmo um dragão.  Será que ele havia a convencido com aquela cena? Será que ela desconfiava? O que poderia se passar por debaixo do véu da mente daquela mulher misteriosa? Era fúria ou apenas receio?

[Lady Ophelia] — Paramet?! — Incrédula. Ela estendeu o silêncio um breve momento enquanto parecia pensar ativamente. — É claro. — Unindo as mãos frente ao corpo e entrecruzando os dedos escondidos debaixo da luva de seda alva como neve. — Como queiram. Providenciarei um transporte e companhia para levá-los. Mas devo apenas lembrá-los de manter o máximo de discrição possível, afinal, as chances se defrontar com a guarda real muito são muito maiores do que aqui.

De tudo o que havia acontecido, aquela era a primeira vez que a situação, de alguma forma, parecia se desencaminhar do que Lady Ophelia poderia esperar. Todas as suas propostas, seus planos, de um modo pareciam ter corrido num curso certo e ininterrupto, mas não era exatamente assim daquela vez. Será que isso a incomodava? Talvez estivesse acostumada demais a ser servida ou quem sabe... A mulher seguiu alguns passos para próximo do casal.  

[Lady Ophelia] — Sobre a 'tarefa', vou lhes passar as instruções neste momento, pois não devo retornar antes que a tenham terminado. — Continuando seu caminhar, ela dá as costas ao casal, compenetrada na explanação. — Saliento, apenas, que será muito mais arriscada que a primeira e que precisarão de todo o cuidado. Hylidrus é uma grande cidade e mantê-la viva e funcional exige uma ampla e complexa infraestrutura. Debaixo da camada habitável, se estende uma infindável rede de túneis e aquedutos, alguns que servem como caminho para água potável, outras para a sujeira da cidade e ainda existem aqueles de propósitos incertos. É como um grande labirinto subterrâneo que abriga todo tipo de perigo, aonde poucos se aventuram. Pois bem, alguém... ou melhor, alguma coisa, tem arrastado pessoas para lá sem permitir seu retorno. Algo toma as trevas como seu abrigo, uma coisa sórdida, de natureza incerta. Eu preciso que descubram o que é e, se necessário, que tomem providências para eliminar esta ameaça. — Ela faz uma breve pausa, voltando a fitar os dois. — Além da compensação que eu mesma providenciarei, poderão tomar posse de quase tudo o que acharem. — Salienta o "quase". — A única exceção é um objeto em particular, um item peculiar e de natureza misteriosa. Não é certo que o encontrarão, mas, se encontrarem, terão certeza de que é ele. Devem trazê-lo a mim.

Item peculiar?! Que história era aquela? Que tipo de item poderia estar escondido nos esgotos da cidade? Provavelmente ninguém era louco o suficiente para esconder alguma coisa valiosa lá dentro, ou será... De qualquer forma, aquela era uma aventura diferente da anterior por natureza. Não se tratava de uma simples entrega, mas de explorar um terreno perigoso que poderia conter qualquer coisa, desde ladrões até mesmo monstros. Além disso, havia uma ameaça declarada.

[Lady Ophelia] — Existe uma entrada para os aquedutos no porão desta casa. De acordo? Agora, se me derem licença, preciso atender a outros compromissos. Em breve o coche deverá chegar para atendê-los. — Com um sorriso e uma postura de reverência, a dama deixa o local seguida de sua serva.

Não tardou muito para que o transporte chegasse, como prometido. Antes que os dois saíssem, alguém abriu a porta. Era Lara, ou "esta". Ela estava ali para conduzi-los.

[Lara]Esta veio para servi-los. Por favor, acompanhem até a condução. — Diria ela após se curvar em sinal de respeito e, obviamente, submissão. Pelo visto Lady Ophelia havia enviado uma pessoa de confiança.  
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Mensagem por Sassa Sex Jan 30, 2015 11:22 am

Estávamos progredindo nas negociações com aquela mulher. Apesar da surpresa e apreensão nos olhos de Ophelia, ela não recusou nosso pedido, mas estava mais do que claro que ela não havia gostado muito da situação. Ela parecia muito com Alice em certos aspectos, não gostava quando as coisas fugiam de seu controle, e quando acontecia, ficava preocupada e receosa, mas eu não podia culpa-la. Aldarion era impulsivo demais, e as vezes conseguia surpreender até a mim com suas atitudes, mas eu sabia que depois de tudo que passamos, ele não faria mais nada que nos colocasse em risco. Pelo menos não nas próximas semanas. – Não se preocupe, será algo bem rápido, só iremos lá buscar nossa encomenda e voltaremos. – Tentei tranquilizar um pouco mais a mente perturbada daquela mulher. Não que eu me preocupasse com seu estado mental, mas desestabilizar Ophelia enquanto ela nos mantinha “a salvo” da guarda, não era lá uma das melhores ideias naquele momento.

Logo em seguida ela deu inicio aos detalhes da nossa nova missão. A principio era uma missão de eliminação, algo “simples”, mas que em sua essência, representava um perigo dezenas de vezes maior que jogar um caixote na casa de alguém. Mas a medida que ela seguia com os detalhes da missão, as coisas começavam a ganhar um tom mais... Interessante. “Um item peculiar e único dentro daquele esgoto? Teria ele sido roubado? Ou escondido no esgoto para prevenir contra roubos?” De qualquer forma, a tarefa já havia sido dada, e tudo que precisávamos era nos preparar para o que estava por vir. Após Ophelia ter saído, já dei inicio aos preparativos para a missão, separando tudo aquilo que pensei ser necessário para uma ida ao esgoto. Já conhecia aquele lugar, já havia estado lá em outra ocasião e não era um dos melhores lugares para se perder, então tratou de levar consigo algumas provisões extras e também papel e um giz preto para escrever. Um pouco depois de terminarmos os preparativos, uma carruagem se aproximou, e bateram em nossa porta. Seria essa a nossa carona até Paramet? Quando abrimos a porta, demos de cara com ninguém menos que Lara para nos escoltar até lá.

- Certamente, Lara. – Respondi com toda a cordialidade que pude à menina. Deixei minha bolsa já pronta dentro da casa, não havia necessidade de levar nada comigo a não ser minha arma, caso fosse necessário, e eu esperava que não. Ao chegarmos a Paramet, deixaria que Aldarion nos guiasse até o tal local onde ele pegaria a encomenda, e assim que estivesse em nossas mãos, partiríamos imediatamente.


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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Jan 30, 2015 6:30 pm

Lady Ophelia havia aceitado de forma relutante a pequena mudança de planos de Aldarion, ela o encarou por um momento com um olhar analítico, mirando-o com uma expressão indecifrável. Ele estava certo que ela não havia notado o pequeno teatrinho do guerreiro. Aldarion não era bom em encenações, mas era muito bom em destruir coisas e xingar e com certeza por causa de sua aparência e atitudes impulsivas, Lady Ophelia deveria julgá-lo como um idiota facilmente manipulável.

Aldarion ouviu as instruções da mulher a esperou sair, viu Sabrina em silêncio se arrumar para a viagem sem lhe fazer uma única pergunta. Aldarion é claro, não perdia nenhuma oportunidade de ver o corpo de sua mestra nu e tratou de ajudá-la a se vestir e separar as coisas.

Mal terminaram de se arrumar, e aquela que se denominava Esta, ao qual Sabrina nomeara Lara, adentrou a porta, ela seria a responsável por guiá-los na viagem até Paramet. Em silêncio, Aldarion entrou na carruagem levando algo escondido consigo, alguns dos pergaminhos que eles haviam pego em sua ultima missão. Sim é claro, Aldarion não estava indo apenas buscar sua encomenda, mas estava indo também atrás de informações.

Os dias se arrastaram como de costume enquanto o trio viajava em cima de uma charrete, as estradas estavam em ótimo estado, um dos resultados dos altos impostos cobrados pelo rei. Aldarion e Sabrina se mantiveram escondidos o tempo inteiro dentro do veículo enquanto Lara conduzia a carruagem pelo lado de fora. Nenhum guarda real parou a carruagem, o símbolo de Lady Ophelia talhado na madeira nobre do veículo os mantinha afastados. Fato que agradou Sabrina e Aldarion. Durante o dia eles viajavam, Aldarion aproveitou para agradar ainda mais a sua mestra mimando-a com muitos beijos, massagem e carinho, a noite paravam e acampavam na beira da estrada. Graças as boas condições da estrada e da qualidade dos cavalos e do veículo, a viagem fora muito mais rápida que o normal.

Quando finalmente chegaram em Paramet, o casal desceu do veículo e Aldarion se dirigiu a Lara.

Lara, a partir daqui eu e Sabrina seguiremos sozinhos, vou visitar um amigo e ele não gosta de receber estranhos. Tenho certeza que sua senhora a deixou com dinheiro, então acho que você vai conseguir se virar, vamos demorar pelo menos 3 dias ok? — Disse o guerreiro à Lara. — Nos espere naquela estalagem ali do outro lado da rua, nós viremos buscá-la. — Falou apontando para uma estalagem. Depois simplesmente seguiu andando pela cidade com Sabrina a seu lado. Aldarion estava estranhamente calado, Sabrina podia sentir que tinha alguma coisa errada nessa história.

Já era meio dia, e Aldarion guiou Sabrina até uma taverna, uma taverna de baixo nível localizada nas periferias de Paramet. Ali ele pediu um grande prato de comida e se sentou com Sabrina em uma mesa afastada. Juntos os dois comeram do mesmo prato e Aldarion aproveitou para conversar com ela.

Acho que você não percebeu onde estamos nos enfiando não é mesmo? Meu amor. — Disse ele. — Pelas informações que você me disse, sobre seus estudos em cima daqueles pergaminhos estranhos, me parece que... — O olhos do guerreiro fitaram as pessoas do lugar, como que procurando alguém que estivesse prestando atenção neles. Só continuou a falar quando notou que ninguém os espiava.

Me parece que alguém está querendo reconstruir essa tal máquina de guerra. — Disse o guerreiro dando uma generosa mordida em um pedaço do pernil. — A ultima missão que fizemos meu amor, não foi uma missão de entrega, foi uma queima de arquivos.

Aldarion se calou depois disso, continuou comendo em total silêncio, depois de satisfeito fez Sabrina pagar a conta, afinal, ela tinha o dinheiro. O casal então seguiu para fora da cidade e Aldarion começou a guiar Sabrina por uma trilha tortuosa escondida nos bosques que cercavam a cidade, uma trilha que só quem a conhecia saberia seguir. Durante a caminhada ele resolveu continuar contando o que tinha em mente para Sabrina.

Alguém escolheu aquele lugar, aquele beco escuro no subúrbio da cidade para poder estudar em paz os pergaminhos e reescreve-los. Lady Ophelia sabia disso, ela sabia também que quem quer que fosse o responsável por aquilo não estaria lá. Ela nos deu instruções para não abrir a caixa da encomenda porque dentro dela havia algum tipo de animal e ele fugiria. O prazo de dois dias para completar a missão, era o prazo que o animal dentro da caixa se manteria calmo antes da fome o tornar mais destrutivo, destrutivo o suficiente para sair da caixa e atacar qualquer coisa que encontrasse. Você já viu um gato brincando? As vezes eles gostam de brincar com papéis... O que quer que nós tenhamos entregue destruiu todos os pergaminhos, depois fugiu pela cidade e comeu alguns ratos sem chamar a atenção. Sim, eu acho que foi aquele animal que nó vimos Ophelia alimentar, talvez ele até seja algum tipo de besta mágica capaz de comer papel o que o tornaria muito mais eficiente.

Aldarion parou de falar, ficou alguns minutos mudo, olhando, vigiando para ver se não estavam sendo seguidos.

Você se lembra que ela nos avisou que nas ruas da cidade ocorre uma guerra silenciosa? Eu aposto que com a corrida armamentista crescendo entre Hilydrus e Takaras, muitos grupos políticos vão procurar brechas para aumentar seu próprio poder. Isso significa construir armas mirabolantes. Com uma arma poderosa em mãos, pode-se não apenas vencer a guerra, como tomar o controle de toda a ilha, consegue entender? — Uma pausa para mais vigília. — O grupo representado por Ophelia está disputando com algum outro, e ao que parece, esse outro grupo está à frente na corrida armamentista, já começaram até mesmo a realizar os sacrifícios... — Mais uma pausa, desta vez para mirar os olhos de Sabrina.

Os esgotos de Hilydrus sempre foram tema de boatos e conversas nas tavernas de toda Lodoss, pessoas sumindo, sendo arrastadas para baixo da cidade nunca foi novidade pra ninguém. A questão é que estão usando essa cortina de boatos para capturar pessoas e usá-las como sacrifícios na ativação da tal arma. Esse artefato especial que Ophelia quer que encontremos, certamente é algo que falta nos projetos do grupo dela. Talvez um grupo tenha a peça que faz a arma funcionar e o outro tenha a arma em si semi-construída. De qualquer forma eu tenho uma certeza, nenhum dos dois, três ou mais lados da história sabe exatamente como construir tudo, tanto que fizemos uma missão de queima de arquivos para atrasar um dos lados. Talvez aqueles que estejam fazendo os sacrifícios não sejam os mesmos que estavam com aqueles pergaminhos.

O guerreiro parou e deu um sorriso para Sabrina antes de continuar.

E pra fechar tudo com chave de ouro, um dos lados dessa história tem controle sobre o exército real. Como eu sei disso? Bem...  Nós não devemos mais nada a innguém, podemos ir embora e não seremos mais presos. Mas mesmo assim Ophelia nos avisou para evitar contato com a guarda real, e por guê? É porque o outro lado da moeda controla a guarda real. E eu sei que não é o próprio rei, mas alguém influente, bem próximo a ele, alguém que tem a confiança dele e que tem muito poder atribuído ao seu cargo. E sabe como eu sei que não é o próprio rei? Porque com um castelo enorme como aquele, cheio de proteções mundanas e mágicas, por que alguém escolheria um beco discreto para fazer suas pesquisas obscuras? Se fosse o próprio rei ele separaria uma câmara secreta dentro do castelo certo?

Um sorriso obscuro se formou nos lábios de Aldarion.

Temos um traidor escondido dentro do castelo e Ophelia sabe disso. Um golpe de estado está se formando e pretendem usar uma terrível máquina de guerra para confrontar o rei e o exército. A única coisa que ainda não ficou clara para mim são as intenções de Ophelia, será que ela está secretamente tentando ajudar o rei ou está tentando tomar controle nesse golpe?

Aldarion terminou de falar para ouvir o que Sabrina iria dizer. Ele havia acabado de exibir sua mais marcante característica: a capacidade de instintivamente deduzir coisas. Mesmo que ele estivesse errado, só o fato de pensar naquilo tudo já era algo notável.

Quando Sabrina terminou de dar sua resposta, o guerreiro continuou guiando-a pela trilha, uma hora se passou até que sons de um martelo batendo em ferro começaram a ecoar. Aldarion seguiu os sons até encontrar uma cabana rústica escondida no meio do mato onde uma grande carroça com muitas armas e armaduras se encontrava estacionada. Ao lado da cabana havia uma grande forja onde um orc enorme trabalhava arduamente golpeando implacável o aço quente com seu martelo de armeiro.

GRONK! — Gritou Aldarion abrindo um largo sorriso. — HAHAHA POR UM MOMENTO EU HAVIA ESQUECIDO O CAMINHO ATÉ SUA CASA, MAS BASTOU SEGUIR SEU FEDOR E TE ACHEI!!! — Disse aos gritos correndo até seu amigo e trocando alguns socos inofensivos como comprimento, socos que fariam uma pessoa normal se machucar bastante, mas que para o juggernaut e o orc armeiro eram apenas uma saudação inofensiva.

Depois disso Aldarion e Gronk ficaram alguns minutos se xingando, trocando fortes ofensas a respeito da força e masculinidade um do outro. Quem observasse aquela cena acharia que uma terrível briga estava se iniciando, mas aquilo não passava de pura brincadeira, a forma como dois bons amigos se tratavam e expressavam o respeito e amizade um pelo outro. Era estranho aquilo, mas quanto mais Aldarion gostava de uma pessoa, mais ele mostrava seu respeito por ela ofendendo-a. Terminadas as trocas de ofensas os dois caíram na gargalhada.

Gronk, seu filho de uma orca manca e obesa, quero te apresentar uma pessoa. — Disse Aldarion apontando para Sabrina. — Esta é Sabrina, minha mulher, minha esposa. Ou devo dizer que eu sou o homem dela? — Falou apresentando Sabrina.

Pois bem, é um verdadeiro desprazer reencontrá-lo, mas infelizmente precisamos agir rápido. Vim pegar minha encomenda. — Aldarion sacou sua espada e deu para Gronk. — Por Kord, finalmente estou pronto Gronk, derreta minha espada com o restante dos materiais que lhe dei e forje minha nova arma! — Reqiusitou Aldarion recebendo um aceno positivo de Gronk que foi caminhando até sua grande forja com a espada de Aldarion.

Eu e Sabrina vamos acampar aqui perto ok? Se precisar de alguma coisa me avise. — Aldarion se despediu de Gronk e começou a caminhar para um lado qualquer.

Fez exatamente o que havia dito, ele aguardaria Gronk forja sua nova espada usando a alma da espada antiga no processo. Enquanto isso, ele e Sabrina levantariam acampamento e esperariam o tempo que fosse necessário. Quando finalmente Gronk terminasse e entregasse a nova arma para Aldarion, este a exibiria orgulhoso para Sabrina e ensaiaria alguns movimentos.

Pela benção de Tempus! Agora sim me sinto completo — Disse o guerreiro, feliz como uma criança que acabou de ganhar o brinquedo dos seus sonhos.

Depois de ter testado a arma, Aldarion voltaria a falar com Gronk, desta vez sobre outro assunto.

Amigo, eu não vim aqui apenas por causa de minha espada. Sei que você já viveu em Takaras e tenho certeza que por causa da sua profissão já ouviu falar de muitas armas poderosas, inclusive armas de guerra. Eu até me arrisco a dizer que você viveu e viu os tempos da primeira guerra. Por isso queria que você visse isso. — Aldarion retirou de seu cinto um saco de couro e de dentro dele um pergaminho cuidadosamente dobrado. Com extremo cuidado o desdobrou e mostrou para Gronk.

O pergaminho continha um desenho do Ichneumon. Aldarion ficou calado esperando uma reação de Gronk.

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Mensagem por NR Fury Qua Fev 11, 2015 4:12 pm

Comentário:

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A viagem foi calma e, por vezes, quase silenciosa. O vento soprava sem força e o clima estava nublado e quente, antes de uma chuva que não durou mais do que alguns minutos, então o sol voltava a raiar. Assim foi que seguiram por todo o caminho, numa viagem rápida e sem paradas.

Em Paramet, Aldarion pede que Lara os espere em determinado ponto da jornada, o que ela prontamente aceita com um aceno positivo com a cabeça — ela era uma serva submissa, afinal. Com o silêncio em sua companhia, Lara permanece ao lado da carruagem enquanto o casal desaparece ao longe.  

Na taberna, a primeira parada dos aventureiros, Aldarion aproveita para falar com sua amada sobre suas teorias acompanhado de comida e bebida. Apesar de ser um guerreiro de modos rudes — que geralmente são associados à ignóbeis — ele tinha grande perspicácia; uma mente afiada que não havia deixado escapar um detalhe sequer. Além disso, até mesmo tomou cuidado com o tom da voz e os interesses alheios, uma vez que não iria querer que aquelas palavras caíssem nos ouvidos alheios, sejam inimigos ou até mesmo um olheiro do suposto grupo de Lady Ophelia. Tudo muito interessante. Mas, infelizmente, Sabrina não estava interessada naquilo. Ela não ergueria um dedo ou mexeria um fio de cabelo sequer nem que a gloriosa Hylidrus estivesse para ser engolida pelas chamas infernais. Então as palavras do guerreiro foram simplesmente desperdiçadas. Ou será que serviriam em algum momento futuro? Nunca se sabe.

Sem mais assuntos ou comida, seguiram rumo ao verdadeiro destino. Encontrar aquele famoso ferreiro não era tão simples, mas Aldarion sabia muito bem onde pisava. Quando encontrou Gronk, a troca de afeto mútuo foi notável. Não fosse o fato de Sabrina estar intimamente ligada ao homem, poderia até mesmo suspeitar que cedo ou tarde cairiam numa briga.  

Com a encomenda em mãos, Aldarion aproveitou para questionar Gronk sobre um assunto muito peculiar, um assunto de guerras e armas e talvez não houvesse ninguém melhor em toda a Lodoss para tal. O grandalhão de odor desagradável retorceu a cara encarando aquele pergaminho, ficando ainda mais feio.

[Gronk] — Gronk não sabe de magia, mas Gronk sabe de arma.  — Batendo com o dedo enorme no papel, mais especificamente sobre o desenho que se assemelhava a uma torre inclinada. — Esta ser uma das grandes. Gronk nunca viu nada igual.

Se até mesmo o orc não sabia do que aquilo se tratava, deveria ser realmente algo muito confidencial. Que tipo de sujeira o reino de Hylidrus tinha debaixo de seus tapetes, afinal? Por fim, o ferreiro focou seus olhos numa mancha de tinta na extremidade do pergaminho e não estava claro o que aquele símbolo significava, se era acidente ou proposital, mas o grandalhão continuou desenhando com a sujeira em seu dedo e, no final, a figura parecia com a silhueta de um dragão.

[Gronk] — Coisa boa não ser!

Bom, talvez não fosse assim realmente a melhor pessoa em Lodoss para saber daquilo. A junção de símbolos complicados parecia ter mexido com a cabeça do orc.

Com a encomenda em mãos e plenamente descansados, Aldarion e Sabrina seguiram no caminho de volta. Lara, a serviçal, os aguardava junto à carruagem e estava ainda completamente impecável, pondo em dúvida se ela havia sequer deixado aquele lugar. Será que isso seria possível?  

Mais alguns dias e, por fim, estavam de volta àquela residência decadente, mas ainda assim melhor que muita coisa naquele lugar. Lara os guiou até uma escada que dava acesso para o porão. Lá, seguiu até um dos cantos e identificou um alçapão escondido, mas não teria força para erguê-lo, então Aldarion o fez.

[Lara]Esta vem só até aqui. Esta só iria atrapalhar...

Quando a passagem se abriu, não foi um cheiro repugnante de podridão e dejetos que emergiu, mas um aroma quase causticante de mofo e umidade. Nem todos os túneis eram destinados ao esgoto, como a dama de vermelho os havia informado. Agora uma grande garganta escura se mantinha aberta diante dos dois. Estariam preparados?
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Mensagem por Sassa Sáb Fev 14, 2015 2:02 am

A viagem fora tranquila, mais até do que imaginava, e Lara mantinha-se no mais absoluto silencio, até mesmo quando pensei que ela protestaria. Aldarion pediu que nos deixasse seguir sozinhos e para minha surpresa, ela concordou sem pestanejar. Antes de seguir em frente com o que o guerreiro queria, primeiro paramos numa taverna para comer algo, e ali ele começou com uma conversa estranha sobre teorias de conspiração envolvendo grupos secretos, Ophelia e até mesmo o próprio rei. A conversa até que fazia muito sentido, mas infelizmente nada daquilo era do meu interesse no momento. Minha cota de paciência com aquele reino estava se esgotando aos poucos, e se eu estava fazendo “favores” para Ophelia, era pelo puro e simples interesse em receber algo em troca. Pouco me importava se Hilydrus estava prestes a sofrer um golpe de estado, se seria subdividida, ou qualquer coisa parecida. Para mim só o que importava era completar meu objetivo e ir embora. O que eu almejava não estava ali entre aqueles muros de pedra da cidade. – Teorias muito interessantes, Aldarion. Mas nada disso é do meu interesse nesse momento. Seria melhor que você esquecesse isso tudo. Assim que terminarmos o que temos para fazer em Hilydrus, iremos embora, e não voltaremos tão logo para este Reino medíocre. Portanto, não se envolva demais com essas conspirações, pois isso não faz parte do meu objetivo.

Deixando bem claro que e estava colocando meus pés fora desse território minado. Seguimos com a visita a Paramet. Aldarion me levou para os arredores da cidade, e lá, no meio de uma mata estava a cabana de um orc ferreiro muito conhecido da região. Quando os dois se encontraram, podia jurar que estavam prestes e se matarem, mas conhecendo Aldarion como eu o conhecia, sabia que se tratava apenas da velha cordialidade entre guerreiros. – É um prazer... – Disse sem muito animo. Talvez fosse pelo de não estar nada feliz com o lugar em que estávamos, ou talvez pelo fedor que aquele ser exalava. Tentei ficar o máximo distante possível daquele orc, enquanto Aldarion tratava de fazer sua negociação com Gronk.

Ao final de tudo, quando a espada estava enfim pronta, percebi o porque de tanto mistério por parte de Aldarion, pois a arma que ele forjara era tão grande quanto se podia imaginar. Era quase duas vezes maior que eu, e isso sem contar seu peso. – Pretende manejar uma arma dessas no lugar onde iremos a seguir? – Falava dos esgotos e certamente ele se lembraria disso. Como faria para usar uma arma deste tamanho nos tuneis apertados do esgoto de Hilydrus? – Gronk, preciso de uma arma qualquer, pequena, que possa ser usada dentro de uma caverna sem problemas, diferente desta espada aqui. Pode ser um machado de guerra, tanto faz. – Era um pedido simples, ele deveria ter alguma arma guardada consigo, e se não tivesse, iríamos passar na loja Oreon durante a volta e comprar uma.

Voltamos então para a cidade e lá estava Lara, ao lado da carruagem nos esperando. Imóvel, intocada. Como se nem ao menos tivesse se movido desde o momento que a deixamos ali. Aquela garota tinha vários aspectos muito estranhos, mas um deles com certeza era sua total falta de apreço por sua dignidade. Chegando ao subúrbio, era chegada a hora de descer aos esgotos. Lara nos mostrou o caminho para o alçapão escondido, mas antes de entrarmos lá, aconselhei a Aldarion que deixasse sua espada e levasse consigo somente o machado que compramos em Paramet. Se ele seguiria ou não o conselho, já era outra historia. Quando descemos, tratei de acender uma das tochas que carregava, para iluminar mais o caminho. Quando Aldarion abriu o alçapão, um cheiro fortíssimo de mofo subiu, empesteando todo o porão, mas logo o fogo da tocha tratou de sumir com aquele odor, e estávamos enfim prontos para descer.


[Vou comprar um machado de guerra nivel 2, L$ 1200. Os itens que vou levar cmg estão no post anterior.]

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Fev 16, 2015 1:26 pm

Toda aquela conversa de Aldarion não interessava a Sabrina, todas aquelas teorias entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Para a jovem tudo o que importava era o ganho próprio e isso fez Aldarion sentir desgosto pela frieza de Sabrina, o guerreiro apenas meneou a cabeça negativamente. Em seu íntimo praguejou contra Alice, a bruxa maldita que habitava o corpo de Sabrina. Elas não sabiam, mas um dos planos de Aldarion era exorcizar Alice para fora de Sabrina, a bruxa maldita era uma influência perversa para a garota, e o que era pior, Aldarion tinha certas teorias inquietantes de que Alice não estava com boas intenções perante Sabrina. O guerreiro desconfiava que a bruxa estivesse de alguma forma tramando para possuir o total controle sobre o corpo de Sabrina.

Aldarion estava muito feliz, finalmente depois de anos de treinamento duro ele estava apto a empunhar a poderosa dragonslayer. Mas havia um problema, sua arma era grande demais para a missão que iriam realizar, pensou imediatamente em pedir uma arma adicional para Gronk, mas Sabrina parecia ter lido seus pensamentos e sugeriu antes dele, sugeriu até mesmo a arma que ele havia imaginado, um machado. Isso fez o guerreiro sorrir, ele gostava dessa ligação com Sabrina.

Meu amor está lendo meus pensamentos? — Disse brincando para Sabrina. — Um machado é uma boa pedida, mas mudei de ideia.

Gronk, meu bom amigo, você tem um martelo de batalha e um escudo sobrando? Pode ser um escudo de madeira. Se tiver partes de alguma armadura velha que você não vai usar mais e sabe que ninguém vai comprar, eu gostaria também. Qualquer coisa está bom. — Pediu agora se virando para o orc.

Aldarion esperava que ele cederia os equipamentos sem nenhuma cobrança, mas se ele cobrasse também não acharia ruim, era justo no final das contas.

Terminados os assuntos em Paramete, o casal se reencontrou com Lara e sua carruagem. Ambas pareciam sequer terem saído do lugar. Aquilo deixou Aldarion com a ideia de que Lara não era humana. Assim como o próprio Aldarion, Lara era uma escrava, ele entendia muito bem a motivação dela de querer fazer as coisas com perfeição e por isso não se impressionou com as atitudes dela. Talvez apenas Sabrina se incomodasse com aquilo, Sabrina mesmo sendo dona dele, o tratava como um amante não como um escravo, pelo menos na maioria das vezes. Mas vamos ser sinceros, a maioria dos homens fazem tudo o que suas mulheres pedem.

Durante a viagem dentro da carruagem Aldarion aproveitou para conversar melhor com Sabrina. O guerreiro encarava o belo rosto da jovem admirando-o sem vergonha nenhuma.

Amor, você odeia mesmo Hilydrus né? — Disse levando a mão até o rosto dela acariciando-o. — E tudo isso pelo que fizeram comigo. — Completou levando a outra mão até o olho cego.

Não se engane, o rei de Hilydrus não é uma pessoa tão ruim. Diferente de mim e de você ele tem muitas responsabilidades. Ele é um homem sábio, ele sabe que cedo ou tarde eu conseguirei uma cura para meu olho machucado, o ferimento que ele causou foi muito superficial. — Comentou, embora soubesse que para Sabrina, aquilo que haviam feito era imperdoável.

Eu não quero que você pense nos governantes de Hilydrus, eu quero que você pense nas pessoas. Aquelas pessoas não têm culpa do que aconteceu, elas não tiveram a oportunidade de escolherem seu líder. — Disse o guerreiro. — Com certeza se fosse perguntado a elas o que deveria ser feito comigo, elas pediriam minha decapitação. Mas isso porque elas são pessoas ignorantes acostumadas a viver em um mundo violento e perigoso. Eles são fracos, vivem constantemente a mercê das vontades de uma monarquia duvidosa, é natural que sintam ódio por qualquer coisa e queiram descontar em tudo. Mas... — O guerreiro deu uma pausa para observar algumas pessoas que cuidavam de uma das plantações por onde a estrada passava.

Eram 5 pessoas, um homem e uma mulher de meia idade acompanhados por uma jovem garota e dois rapazes. todos eles trabalhavam arduamente mas sorriam e cantarolavam felizes.

No final das contas eles só querem o que eu e você queremos. — Agora Aldarion encarava Sabrina novamente. — Eles só querem ser felizes. — E com isso ele a abraçou e a beijou, beijou de uma forma diferente da habitual. Este beijo não possuía uma única gosta de desejo, pelo contrário, era um beijo cheio de carinho e amor, um beijo demorado e gostoso.

Quando terminou, o guerreiro sorriu para Sabrina.

Enquanto estivermos a caminho da nossa missão, quero que olhe todas as pessoas que puder ver pela janela. Quero que veja o povo de Hilydrus, quero que pense se vale a pena sacrificar suas vidas inocentes por suas ambições pessoais.

O resto da viagem foi sem conversa, Aldarion se limitou apenas a acariciar Sabrina e oferecer um colo confortável quando esta desejasse dormir. Quando chegaram em Hilydrus, Aldarion preparou seus equipamentos. E foi logo para a missão.

Argh! Pelas barbas sujas de Talos, que fedor! — Comentou reclamando do cheiro de mofo que surgiu quando abriu o alçapão. — Mantenha-se sempre atrás de mim meu amor.

Com o caminho exposto, Aldarion pegou seu escudo e o prendeu no antebraço esquerdo, com a mão esquerda livre ele segurava uma tocha e com a mão direita empunhava seu martelo de combate, em suas costas é claro, estava sua enorme dragonslayer a qual ele pretendia usar quando alcançasse os túneis mais largos do esgoto. Destemidamente ele seguia a frente de Sabrina com o escudo sempre levantado e os olhos e ouvidos abertos.

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Mensagem por NR Fury Sáb Fev 21, 2015 11:47 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA
 

Depois de ouvir aos pedidos do casal, Gronk coça a cabeça com seu dedão enorme e de unha suja. Em seguida, se vira para sua bancada de trabalho, revira algumas coisas, dá algumas marteladas. Quando ele volta, traz consigo um martelo de guerra que era bastante simples, feito de ferro e sem detalhes especiais; uma armadura de metal, ou melhor, o peitoral de uma armadura que já trazia consigo o peso do tempo marcado em traços de ferrugem. Ele estava amaçado em algumas partes, mas havia sido consertado para que pudesse ser novamente utilizado. Será que seu antigo proprietário ainda estava vivo?; e um escudo de madeira que o orc ferreiro acabava de improvisar, constituído de algumas vigas medianamente grossas (15cm³) unidas umas às outras e com um arco de metal para segurar que ele havia acabado de fixar. Não era grande coisa, mas resistiria a poucos impactos.

Custo:




Mergulhando na escuridão e à podridão da cidade de Hylidrus...

O casal era engolido pelos túneis escuros e úmidos. O limo se acumulava em camadas grossas nas paredes e no solo, tornando a caminhada difícil e escorregadia em alguns pontos. Infiltrações gotejavam água transparente, mas que, às vezes, era substituída por um estranho muco de tom esverdeado que não se podia dizer se era natural ou sinal de algum perigo. As paredes velhas de pedra por vezes ameaçavam ceder, deixando filetes de poeira despencarem ameaçadoramente, mas continuavam resistentes em seus lugares. As sombras dançavam logo à frente geradas pelas chamas bruxuleantes da tocha que se agitava com o caminhar, tentando pregar algumas peças nos dois aventureiros conforme se assemelhavam a sombrias e estranhas criaturas. Vez ou outra um rato fugia correndo ao perceber a aproximação dos humanos.

Os túneis seguiram por exaustivos metros sem que eles parecessem sair do lugar. Então foram inundados pelo fedor asqueroso do esgoto, mas não era um fedor comum: era o cheiro de carniça. Este, por si só, poderia fazer qualquer aventureiro inexperiente recear antes de prosseguir, mas não foi este o caso. Uma luz pareceu timidamente se revelar na distância, ficando rapidamente maior conforme se aproximaram e chegaram a uma interseção em cruz, onde os túneis se tornavam mais largos e mais altos, com cerca de 5m em cada dimensão. No centro da linha que cortava a direção em que o casal prosseguia havia agora um canal d'água que ficava num nível mais baixo e tinha cerca de 1 metro.

[???] — AAAAAH! — Gritou uma criaturinha assustada ao dar de cara com os dois.

Tratava-se de um anão de menos de 1 metro, pele verde, mas que claramente não era um goblin. Ele carregava também uma tocha, e era gordo, mas tão gordo que mal cabia em suas roupas. Seus olhos, que pareciam duas azeitonas, se arregalaram e tão cedo terminou seu grito desesperado, partiu correndo desajeitado na direção oposta, fugindo e deixando cair algumas moedas para trás. Ele se encontrava na curva à esquerda e sua velocidade seria facilmente alcançada caso o perseguissem.

À frente do casal, um túnel de dimensões semelhantes do que vieram se estendia até onde a luz podia alcançar. Ele era recoberto por uma seda branca, cuidadosamente tramada, que lhe encolhia à uma forma circular — certamente obra de uma aranha!

Do lado direito havia um terceiro caminho completamente escuro e que não parecia ter nada de especial, não fosse o fluxo da água que corria na vala central do túnel revelar traços vermelhos de sangue vindos daquela direção. Seria de uma vítima desaparecida?

Agora os dois tinham uma importante decisão quanto ao caminho que deveriam seguir e deveriam pensar rápido, especialmente se resolvessem perseguir a criaturinha que fugia.
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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Fev 23, 2015 2:26 am

Aldarion seguia pelo caminho estreito com seu escudo sempre levantado e a tocha sempre bem posicionada, na mão direito o martelo sempre empunhado, pronto para esmagar qualquer coisa. O espadachim seguia sem medo exalando testosterona diante de Sabrina, ela não sabia mas ele adorava se exibir pra ela, mostrar o quanto era forte e o quanto poderia protegê-la.

Rastejar por túneis apertados, escuros, úmidos e fedidos não era nenhuma novidade para Aldarion que passou a maior parte de seus anos de aventura fazendo justamente isso. Ele sabia muito bem os perigos que poderia encontrar e sabia como identificar a presença de algum monstro, por isso ele apesar de toda coragem, prosseguia cauteloso prestando muita atenção em cada detalhe, cada som, cada goteira. Finalmente depois de muito andarem, o casal avistou uma luz no fim do túnel e com ela um fedor de podridão.

Dentes podres de Ciryc! Que fedor! — Reclamou Aldarion.

Seguindo adiante o casal chego a uma encruzilhada com 3 novas opções para serem seguidas. Qual não foi a surpresa do casal quando eles deram de cara com um anão esverdeado que assim que os viu, correu assustado desajeitadamente tentando escapar.

Não tão rápido! — Gritou Aldarion arremessando seu martelo contra as costas do anão na intenção de derrubá-lo.

Habilidade Especial Weapon Master:

Se o martelo o acertasse derrubando o anão, Aldarion se aproximaria com cuidado pronto para se defender de algum ataque, então perto o suficiente ele recuperaria seu martelo para em seguida ameaçar o anão com ele enquanto deixaria Sabrina com a tarefa de arrancar informações do anão. Se por outro lado o arremesso do martelo errasse o alvo, Aldarion correria atrás do anão recuperando o martelo no caminho.

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Mensagem por Sassa Seg Mar 02, 2015 10:12 am

Andar pelos esgotos não era lá a minha tarefa favorita, mas se fosse em nome de um “bem” maior, talvez tornasse a tarefa menos degradante. Além do mais, aquela já era minha segunda incursão dentro daquela galeria de tuneis fedidos, e esperava, sinceramente, que fosse a ultima. O lugar, como o esperado para um esgoto, era fedido, horroroso e escuro. As paredes pareciam que iriam desabar sobre nós a todo momento, mas era unicamente para nos assustar, estavam ali há anos e permaneceriam muitos outros sem sequer soltarem uma pedra do lugar. O limo predominava no chão, paredes e teto, e goteiras esverdeadas ameaçadoras pingavam de todos os cantos, me fazendo ter um trabalho a mais em desviar delas. O túnel se estendeu por vários e vários metros, até chegarmos numa encruzilhada, onde o túnel se alargava ainda mais e a iluminação era um pouco melhor. O cheiro de carniça predominava naqueles tuneis, indicando que havia algum corpo por perto, mas nossa atenção logo fora roubada pela presença de um pequeno ser esverdeado, que mais parecia um anão com cólera, do que qualquer outra coisa que já tinha visto.

- Pegue ele, Aldarion. – Aldarion prontamente puxou seu martelo e o atirou contra o pequeno, e assim que o ser estava sob nossos cuidados, fui até ele para começar o interrogatório. – Então, você não é a coisa mais bonita do mundo, mas se for bonzinho, talvez eu te deixe vivo, o que acha? – Falei com um sorriso sarcástico no rosto, mas não esperava que ele respondesse, até porque eu só queria ouvir uma única resposta. “Sim”. – Vamos começar então... Primeiro me diga quem é você, e de onde vem. Depois comece a explicar o que tem naquele túnel ali. – Apontou para o túnel onde havia o rastro de sangue, era por ele que teria seguido, caso o pequeno goblin-anão-coisaverde não os tivesse chamado a atenção.

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Mensagem por NR Fury Sáb Mar 07, 2015 3:26 pm

Subúrbio - Página 2 Arabesco1_fwALDARION E SABRINA
 
Acertar aquela criatura não foi uma tarefa difícil. Na verdade, mesmo que Aldarion não tivesse habilidade nenhuma de arremesso, era muito provável que ele ainda assim obtivesse sucesso. Afinal, aquele anão era lento, desajeitado e, bem, gordo, o que configurava um alvo considerável. O maior problema seria acertá-lo e ainda assim mantê-lo vivo, já que ele era também muito frágil. Sendo assim, o guerreiro não poderia atingi-lo na cabeça. Isso certamente o mataria, já que aquele martelo era relativamente pesado. Preferiu então atingir o corpo da criatura, na lateral, correndo o risco de causar algum dano medianamente grave, mas nada que fosse matá-lo e isso sim exigiu alguma habilidade. Quando o martelo de guerra atingiu o ombro esquerdo do anão, ele imediatamente foi ao chão, se estatelando, caindo de cara no muco imundo do esgoto, mas certamente nada que ele ainda não estivesse acostumado. Ele ficou inerte por um momento, confuso pelo impacto, até que Aldarion o ergue para o interrogatório.

[???] — NÃO! NÃO! Se meu vida poupar, eu mostrar meu tesouro! — Disse ele ainda um pouco delirante, antes de se dar conta da real situação e dos questionamentos de Sabrina. — Amm... — O olhar dele viaja de um lado a outro, nitidamente não entendendo bem o que estava acontecendo, mas então ele acena positivamente indicando que cooperaria. Depois da segunda pergunta o monstrinho imediatamente responde: — Coisa grande vir de lá... arrastar pessoa... nunca mais ver pessoa. Coisa grande comigo não se importar. Ter medo de coisa grande.

O anãozinho engoliu seco encarando o casal. O próprio futuro dele estava em jogo, então era normal o temor. Sabrina e Aldarion agora tinham alguma informação, mas tinham mais do que isso. E agora, o que fariam com o pequeno?
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Mensagem por Sassa Ter Mar 10, 2015 11:52 am

O goblin-anão-coisaverde parecia bastante disposto a nos ajudar, inclusive quando a palavra tesouro surgiu em meio à conversa. Algo inesperado, claro, não era meu objetivo inicial, mas isso poderia rapidamente ser encaixado nos planos. “Ele pode estar com o tal artefato que Ophelia deseja, pergunte sobre o tesouro...” Alice me lembrou em tempo sobre este fato importante. Além de exterminar seja lá o que for, havia uma missão secundária, recuperar um tal artefato misterioso, cuja aparência e propriedades eram desconhecidas até então, mas que Ophelia havia afirmado que saberíamos o que era assim que encontrássemos. – Ótimo, bom trabalho... E me fale mais sobre esse tesouro, estou muito interessada. – Disse ainda em tom de sarcasmo, minha intenção era de assustar o pequeno, e caso percebesse que ele estava mentindo para mim, seria hora de começar a seção de tortura gratuita. Caso ele cooperasse, teríamos que escolher entre, ir atrás do tal artefato desconhecido, ou perseguir o monstro. – E então, querido. O que faremos? Nossa prioridade é o monstro, mas se deixarmos esse pequeno ir, pode ser que nunca mais o encontremos. E ele pode estar com o tal artefato que Ophelia nos falou. O que você acha melhor? – Esperava veementemente que Aldarion pensasse um pouco mais com a cabeça nesse momento e usasse menos os músculos, precisava de uma estratégia, não de um discurso de guerra do tipo. “Foda-se o item, vamos matar o monstro!” Mas caso essas fossem suas palavras, simplesmente o ignoraria e decidiria por mim mesma. Ir atrás do tesouro. Afinal, o monstro continuaria lá depois que voltássemos com o item desejado. - Nos leve até esse tesouro. - Ordenei dando um pontapé dolorido no bichinho. - E ai de você se tentar nos passar a perna.

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Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Mar 18, 2015 3:46 am

Qualquer homem pode pegar uma pedra e arremessar, qualquer um com força suficiente poderia pegar um martelo e arremessar contra um anão desajeitado correndo desesperadamente. Mas apenas um verdadeiro mestre marcial seria capaz de pegar uma arma desajeitada como um martelo de batalha e arremessá-lo com tamanha precisão a ponto de apenas derrubar seu alvo com uma escoriação. E Aldarion, O Juggernaut estava incluso neste seleto grupo de guerreiros capazes de feitos incomuns, feitos que apenas aqueles que se encontravam no pináculo da maestria marcial eram capazes de desempenhar.

O arremesso de Aldarion fora um sucesso, o martelo voou em linha reta acertando o anão no ombro, este escorregou e caiu girando sobre o próprio eixo até ficar de barriga pra cima. Ele sobreviveria, o arremesso faria brotar uma grande hematoma em suas costas no lado direito, mas ele ao mesmo ainda estava vivo. Um sorriso de satisfação surgiu na face de Aldarion ao ver sua obra de arte, sim, aquilo era a sua obra de arte. Triunfante o guerreiro caminhou até seu martelo e o recuperou enquanto Sabrina questionava o anão verde.

Aldarion mal prestava atenção nas palavras que eram trocadas entre Sabrina e o Anão, o guerreiro apenas fitava seu martelo imaginando como seria divertido arremessá-lo com toda força contra a cabeça de alguém. Mais tarde ele tentaria isso, com certeza oportunidades não faltariam. Mas quando Sabrina o chamou ele voltou a realidade ainda com o sorriso no rosto.

Ora meu amor, não sei por que está me perguntando isso. Posso ver nos seus olhos que você quer ir saquear o tesouro desse pobre coitado. — Disse deixando o sorriso desaparecer em seu rosto. — Mas de qualquer forma, eu acho uma boa a gente dar uma olhada, quem sabe esse pequenino não tem algo de útil, talvez ele tenha um mapa ou algo mais. Mas sinceramente não acho que ele esteja com o artefato, o monstro que se esconde por aqui com certeza tem ligação com o item, se o monstro ignora este... Anão verde então é porque ele não tem nada de valor. — Mais uma vez a perspicácia de Aldarion brilhava contradizendo sua aparência bruta e o estigma que dizia que todo guerreiro brutamontes deveria ser burro.

Sim, o anão não estava com o artefato, o monstro não o ignoraria se ele estivesse. O guerreiro sabia disso, mas sabia também que Sabrina não estava naquela missão para salvar Hilydrus ou ajudar alguém e sim por ganhos próprios. O infeliz anão falou em tesouro, então com certeza ele seria saqueado pela jovem. Aldarion em seu íntimo sentia pena daquela criatura, não sabia por que mas havia simpatizado com o pequenino. Imaginava como ele deveria viver ali sofrendo escondido nos esgotos, talvez ele fosse só um ladrãozinho, mas quem poderia julgar? E só por esse motivo Aldarion tomou o cuidado de pessoalmente guiar o anão de forma que ele evitasse que Sabrina ficasse perto demais do prisioneiro, pois ele sabia que do jeito que ela era, muito provavelmente arrumaria desculpas para bater nele e torturá-lo durante todo o trajeto.

Com cuidado ele se manteve alerta e guiou o anão fazendo questão de exibir seu martelo como um aviso silencioso de que ele poderia ser arremessado mais vezes e com outros propósitos mais brutais.

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