Fórum Inativo!

Atualmente Lodoss se encontra inativo. Saiba mais clicando aqui.










Vagas Ocupadas / Vagas Totais
-- / 25

Fórum Inativo!

Saiba Mais
Quadro de Avisos

>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.

> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!

> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!

> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!




Quer continuar ouvindo as trilhas enquanto navega pelo fórum? Clique no botão acima!

Subúrbio

+2
mustaface
ADM GabZ
6 participantes

Página 1 de 3 1, 2, 3  Seguinte

Ir para baixo

Subúrbio Empty Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Sáb Fev 22, 2014 2:05 pm

Subúrbio FA6tMcw


A orla norte da cidade de Hilydrus é onde se localizam os subúrbios, lar dos menos afortunados e daqueles que não se dão muito bem com a lei. As moradias são geralmente construídas em madeira e de forma irregular, resultando na formação de becos e vielas perigosos. É o lugar preferido para foras-da-lei se esconderem, e também para abrigar quem tem pouco dinheiro sobrando. Comprar ou montar um barraco é fácil, mas é difícil ter alguma segurança ou tranquilidade quando se mora por aqui. O lugar é extenso, tendo centenas de casas mal-acabadas e becos escuros. No centro, onde o acesso é mais difícil, é onde líderes de gangues se reúnem em barracos secretos e montam seus planos.

Soldados evitam patrulhar muito à fundo nas vielas, já que são lugares fáceis de criar emboscadas. Ao invés disso patrulham as ruas mais largas, mesmo sabendo que dificilmente poderão fazer algo caso um criminoso se esgueire pelos becos. Por conta disso o lugar acaba se igualando a Takaras no que diz respeito a fazer justiça com as próprias mãos: líderes de gangues chegam a enforcar quem não segue suas regras, e os corpos ficam pendurados durante dias até que os soldados resolvam retirá-los. Apesar da aparente dominação do crime, é cada vez mais constante uma frota de soldados se organizar e invadir o subúrbio atrás de foras-da-lei. E em geral conseguem fazer uma limpeza invejável. Quando não são mortos os criminosos encontrados vão diretamente para os calabouços do castelo cumprir suas penas.

É preciso ficar atento ao se aventurar por aqui, a não ser aqueles que façam parte do submundo do crime.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 6:53 pm, editado 1 vez(es)

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Sáb Fev 22, 2014 2:53 pm

<Arquivo de últimas postagens do tópico anterior. Foi necessário criar um novo por motivos de atualização. Caso precise consultar posts anteriores, me envie uma PM>

@ Goldsilver Ironsteel
Spoiler:

@ Sassa
Spoiler:

@ ADM GabZ
Spoiler:

@ Goldsilver Ironsteel
Spoiler:

@ ADM GabZ
Spoiler:

@ Goldsilver Ironsteel
Spoiler:

@ ADM GabZ
Spoiler:

@ NT Shirou
Spoiler:

@ George Firefalcon
Spoiler:

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Fev 25, 2014 4:11 pm

Terceiro dia.

Mais um dia entediante e chato para o espadachim. Mais um dia de sofrimento e privação. Ele poderia estar passando por tudo isso, mas não se sentia sozinho, graças a sua ligação com Sabrina que sempre lhe fazia companhia em pensamentos.

Por um momento se entreteve com a conversa dos guardas o que o levou a deduzir que a rainha era uma mulher problemática. Mas isso não era da conta dele, e nem quando saísse daquela gaiola ele pretendia sequer encontrar com tal mulher. Com o desinteresse sobre o assunto o pensamento logo mudou.

Mas Aldarion não sabia que talvez ele de fato pudesse a encontrá-la, afinal, ele jamais se imaginou na frente de um rei e muito menos entrando em um palácio, mesmo como prisioneiro. E ele havia tido esse contato, bastante infeliz, mas importante para mostrar algumas verdades que estavam ocultas diante de seus olhos.

O dia passou tedioso como sempre, a medida que o tempo se arrastava, Aldarion ia aos poucos ignorando a dor que fustigava-lhe a carne. Concentração e foco, lembrou-se dos ensinamentos de Cobernick e com essa sabedoria começou a meditar sentado dentro da gaiola, com as pernas de fora balançando no ar.

Quando recobrou sua atenção ao ambiente ao seu redor, Aldarion sentiu o frio da noite tocar sua pele e junto dele um calor agradável. Sabrina se aproximava. Mais uma vez o casal conversou bastante, contaram piadas e jogaram conversa fora, mas em dado momento Aldarion mandou a jovem embora. Esta despediu-se e partiu, ou fingiu partir.

Ele sentia que ela estava ali e sorriu com a atitude da garota, ela estava de fato mostrando um sentimento que a princípio ela não tinha. Aldarion insistiu para ela ir embora e assim mais uma vez ela partiu relutante como sempre.

A madrugada seguiu silenciosa e mais uma vez Aldarion apenas conseguiu pegar no sono graças ao absoluto cansaço.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por mustaface Sáb Mar 01, 2014 12:33 am

As coisas pareciam estar seguindo seu curso de modo calmo e reconfortante, algo que parecia uma piada vindo da minha pessoa. Fazia um tempo que sai do Deserto de Ossos e cheguei aqui com a ajuda de um homem chamado Filteril, me sentia meio perdido nesse lugar e não sabia por onde começar a procurar meu mestre.

-Hum, onde será que ele morava?

Pensei em voz alta, quase como um sussurro de indignação. Prezava muito a minha paz, e de certo modo eu sabia que não teria tanta paz enquanto estivesse ajudando meu mestre que descansava em sua pós-vida. O que fazer? Perguntar de pessoa em pessoa? Ir em algum estabelecimento? Que porcaria...

Spoiler:

_________________
-0 MO-
-Ficha-
ATRIBUTOS:

~~Gulthar Lah'mar Behbi~~

mustaface

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 13

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Meio-Dragão

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Qua Mar 12, 2014 1:49 pm

@Mustaface

Aquele lugar era estranho.

Parecia um contraste perfeito com a bela cidade de Hilydrus: os subúrbios possuía inúmeras casa de madeira e barro, poucas de pedra, além de muitas pessoas mal vestidas. As ruas eram sujas, mas não de lixo e sim de limo, poeira, terra e Gulthar podia jurar que algumas das manchas eram de sangue seco. Estava em uma área perigosa. Sentia-se vulnerável, mesmo havendo uma constante patrulha de guardas.

— Procurando alguém, meu jovem? — Enquanto andava o meio-dragão mal percebeu que passou perto de um estranho senhor. Era um anão e bastante velho, sua barba já grisalha e a falta do seu olho direito davam uma aparência nada animadora a ele. Era também magro para sua raça, vestindo trapos pesados que lhe cobriam todo o corpo, exceto a cabeça careca. — Posso não aparentar, mas sou bom em dar informações a forasteiros.

<Mustaface, pode escolher ignorá-lo ou o responder. Qualquer ação é válida>


@Goldsilver

O quarto dia estava impossível. Se não fosse pela concentração e resistência de Aldarion, já estaria implorando para sair dali. Mas não o juggernaut: ele cerrava os dentes e ignorava todo desconforto e dor em prol de seu orgulho como guerreiro. O sol já estava alto e a pele de Aldarion ardia mais uma vez sobre aquele calor castigante. Mesmo recebendo água extra por conta do calor, não era o suficiente.

Aproximadamente no meio da tarde baixaram ligeiramente a gaiola e um soldado lhe entregou uma carta com um selo real.

— Isso é do exército. Pode responder quando acabar sua sentença. — Disse o soldado e, em seguida, a gaiola foi erguida novamente.

Aldarion levou algum tempo para abrir o envelope. Era de um papel espesso, usado para correspondências do exército e do próprio castelo. No entanto o guerreiro duvidava que aquilo se tratava de um pedido de soltura, ou mesmo perdão. Mais cedo ou mais tarde teria de abrir, e o fez quando o sol começou a se por.
Spoiler:

E a noite caiu sobre o pesado fardo de fazer uma escolha cruel.

<Pela demora de minha postagem, ambos vão receber 100 pontos de experiência como bonificação>

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por mustaface Qui Mar 13, 2014 12:36 pm

Aquela sensação de desconforto que eu sentia na Vila Solstício se instalou novamente em mim, algo me dizia que esse lugar era encrenca, coisa que eu desconfiava que seria e desejava que não fosse. Não notei a principio a presença de alguém próximo a mim, mas uma voz me chamou e automaticamente me virei para ver o ser que me chamava, um velho senhor de aparência estranha e que pra piorar não possuía um olho. Na hora supus "Provavelmente ele pode ter enfrentado batalhas em sua juventude, ou talvez ele fosse algum tipo de encrenqueiro e teve esse tipo de punição.", e sem eu perceber a desconfiança se instala novamente.

-Procuro sim... - Falei pausadamente como se estivesse dando tempo a mim para decidir o que fazer, revelar o motivo de estar aqui ou simplesmente dizer que não é da conta desse homem? - Meu mestre morreu faz 1 ano, o nome dele era Kal'jin. Sabe me dizer onde ele vive? Sabe me dizer se pelo menos estou próximo?

E em apenas um pensamento meu corpo ficou um rígido. "E se esse homem querer algo em troca? E se ele mandar eu fazer algo em troca? Merda." Nunca me senti desse modo em outros lugares, esse lugar ... me lembra minha casa. "Deveria ter ignorado esse cara ... "

_________________
-0 MO-
-Ficha-
ATRIBUTOS:

~~Gulthar Lah'mar Behbi~~

mustaface

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 13

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Meio-Dragão

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Mar 14, 2014 1:25 pm

Quarto dia.

O quarto dia veio fustigante como todos os outros, o calor infernal e o desconforto daquela prisão terrível eram suficientes pra dobrar a vontade de um homem comum, mas não do juggernaut. Seu orgulho como guerreiro não o permitia se entregar, implorar ou mesmo reclamar. Em silêncio ele suportava sua pena na escuridão de sua cegueira auto imposta.

Talvez aquela fosse a primeira vez que os guardas vissem um prisioneiro tão obstinado a suportar sua punição. Dentro da escuridão de sua mente, Aldarion estava livre para focar sua atenção na coisa que mais lhe importava naquele momento: Sabrina.

Mesmo distante de sua amada, ele conseguia sentir os pensamentos dela e enviar os seus próprios, era algo maravilhoso, algo particular que somente o casal podia desfrutar. Mesmo distante eles conseguiam quase que conversar.

Então sem aviso, Aldarion sentiu sua gaiola ser descida e um dos guardas lhe entregar um papel que ele rapidamente identificou como um envelope. Aldarion tateou a carta e sentiu que esta estava fechada por uma marca de cera o que o fez deduzir que era uma correspondência importante, porque apenas nobres selavam suas cartas com cera e usavam um sinete pra marca a cera com sua assinatura. Aldarion esperaria a noite cair e Sabrina visitá-lo, então daria a carta a ela para que a lesse, juntos os dois decidiriam o que fazer e ficou acordado que ambos seguiriam juntos para o forte.

- Amor, preciso que você busque minha espada antes que ela seja enterrada. Ela é parte de mim e aceitará ser carregada por você. - Disse Aldarion. - Se tentarem te impedir mostre a carta a eles e diga que eu aceitei a proposta, mas... Falta assinar.

Aldarion desenrolou a atadura suja com seu sangue que se encontrava em sua mão outrora machucada e a entregou a Sabrina.

- Leve isso com você, será a prova de que falou comigo. Por favor amor seja rápida, aquela espada tem algo de especial, é uma arma única.

Novamente os dois brigaram e o motivo mais uma vez foi Aldarion tentando convencer Sabrina a não passar a noite na praça com ele. Mais uma vez ele triunfou e a jovem foi embora relutante.

Entregue ao silêncio da noite, Aldarion passou a madrugada recordando imagens do passado, quando em outra ocasião de sua vida ele sofreu a mesma pena e teve o mesmo destino o que o levou a viver aventuras intensas. Ele havia jurado que jamais iria se curvar diante de ninguém ou chamar qualquer um de "milorde" ou "senhor".

Normalmente ele teria escolhido os calabouços, mas havia Sabrina e ele não queria se afastar dela de forma alguma. Teria portanto que abandonar seus antigos votos e se submeter a vontade dos outros, mais uma vez. Mas aquilo não importava, estaria pelo menos fazendo algo que estava acostumado a fazer e o mais importante, estaria junto de Sabrina.

No final das contas ele contaria cada dia passado no forte e no exato momento em que sua pena estivesse cumprida, ele partiria para a liberdade.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Ter Mar 18, 2014 5:52 pm

@mustaface

— Kal'jin? Ah claro, um tipo alto e forte, ele mora por aqui sim. Venha, vou te mostrar o caminho. — O velho balbuciou mais algumas palavras incompreensíveis e começou a andar. Mesmo com uma tremenda dúvida se aquele senhor realmente o ajudaria, Gulthar o seguiu receoso.

Andaram por vielas e ruas que o meio-dragão queria não ter conhecido. Eram estranhas, escuras e fazia parecer que a qualquer momento uma criatura sairia dos lugares escuros e o degolaria com um golpe. Deixando estes pensamentos de lado, continuou a seguir o anão. Desceram por uma escadaria malcuidada que dava para uma pequena praça cercada por diversas casas de madeira. Ao centro havia um poço. O senhor bateu em uma das portas e não demorou muito para ser atendido. Uma portinhola se abriu no topo da porta.

— Quem é? — Falou uma voz pesada lá de dentro.

— Sou eu, oras. Esse garoto está procurando por Kal'jin. O que acha?

Gulthar sentiu que estava sendo analisado da cabeça aos pés. Só conseguia ver os olhos da pessoa atrás da porta e eram bastante severos. Depois de uns momentos que pareceram longos minutos, a portinhola se fechou e pôde ser ouvido o barulho de trancas. A porta se abriu.

— Entre. — Falou o velho, indicando a porta e esperando que o meio-dragão fosse primeiro.


@Aldarion

O quinto dia foi chuvoso e, consequentemente, mais dolorido. A água escorria gelada sobre seu corpo e fazia suas juntas doerem após algumas horas. Era como estar de volta ao forte de suas aventuras passadas. Imediatamente as lembranças lhe assombraram mais uma vez. Era como se o próprio tempo estivesse sendo responsável por castigar Aldarion. Primeiro longos dias de sol forte lhe queimando a pele, e agora uma chuva pesada que lavava sua pele e congelava seus membros. Seria difícil aguentar mais dois dias naquelas condições.

Durante a noite esfriou bastante e a chuva cessou. Aldarion tossia loucamente. Sentia seu peito arder. Estava doente. Mesmo um orc teria ficado nestas condições. Não sabia se esperava por uma ajuda dos guardas ou se simplesmente ignorava-os. Uma gripe simples poderia ser fatal em certas condições. Esperava sair dali vivo. E sairia. Sabia disso. Sabia pelo seu mestre e por sua honra.

E sairia inteiro de corpo e alma.

Sabrina conseguiu trazer a espada de Aldarion. O esperava sentada abaixo de um toldo de uma casa aparentemente sem moradores.

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Sáb Mar 22, 2014 12:45 am

Sabina chegou um pouco mais tarde que de costume aquela noite, o sol havia se posto e os poucos raios de sol restantes já não eram mais suficientes para iluminar toda a praça. A moça chegou em silencio, com um olhar sério e um tanto tristonho como sempre fazia, sem dar a mínima para guardas ou quem quer que fosse. Seu único objetivo era poder ver Aldarion novamente, e assim que chegou teve seu desejo realizado, mesmo que sob condições tão aflitivas. Podia sentir sua dor e seu desconforto, mas nada seria comparado ao ter que sentir aquilo na própria pele. Aldarion mostrou a Sabrina a carta que havia recebido, mas aparentemente ainda não a havia lido, pois ainda estava selada, e após algum bom tempo de discussão, ambos entraram em um acordo. Aldarion aceitaria a proposta do General, desde que a jovem pudesse acompanha-lo em sua sentença. Para Sabrina aquele era um empecilho em sua jornada em busca de mais poder e conhecimento, mas não deixaria que seu parceiro passasse por aquilo sozinho, já estava ligada demais a ele para abandona-lo agora. Aldarion também fez um ultimo pedido a Sabrina antes de se despedirem, pediu a jovem que fosse até a praça de manhã pata buscar sua espada antes que esta fosse enterrada. Sabrina apenas concordou sem perguntar, confiava no guerreiro e em sua palavra de que ela seria capaz de tirar a arma do chão.

Logo pela manhã, Sabrina saiu apressada da taverna onde estava alojada, a passos bem apressados, quase uma corrida, ela chegou na praça a tempo de ver 5 guardas em volta da espada de Aldarion, que ainda se encontrava presa ao solo como se fizesse parte dali. Parou um pouco para observar de longe o que acontecia ali, e viu a cena que para outros, deveria ser no mínimo cômica. Enquanto um homem, deveras mais bem vestido e adornado em sua armadura, apenas observava de perto, outros 4 guardas tentavam, juntos, retirar a arma do guerreiro do chão, mas sem sucesso algum. Após alguns segundos de tentativas o primeiro deles, que parecia ser o tal Sub-General ou algum outro oficial de maior patente apenas dispensou os 4. Sabrina estava perto suficiente para ouvir os diálogos, que não eram lá muito discretos àquela hora da manhã. - Chega. Chega, ja é suficiente, está arma não se moverá por meios naturais... - Em seguida ele olhou para trás, e assim que Sabrina acompanhou com os olhos, viu que uma pequena equipe estava de prontidão com picaretas e pás para cavar em torno da espada. O oficial fez um sinal positivo com a cabeça e o grupo de empreiteiros seguiu em frente, enquanto os 4 guardas se espalhavam pela praça novamente para fazer a segurança. "Quer que eu a ajude com isto, Sabrina?" Ouviu a voz de Alice em sua mente, mas a jovem estava determinada a resolver aquilo sozinha, e era assim que procederia, mesmo que isto lhe custasse seu sucesso em recuperar a arma de seu parceiro. "Não se preocupe... sei me portar como uma dama quando necessário." Sabrina voltou a andar e assim que estava perto suficiente ela falou em voz alta, mas não ao ponto de gritar. - Esperem! Peço que me ouçam por um minuto, posso resolver vosso problema de forma mais simples e rápida que isto.

- E quem és tu, mulher? - Perguntou o oficial logo tomando a frente, enquanto os outros guardas se aproximavam discretamente.

- Sou a companheira do homem que colocou esta espada ai, mas venho com a melhor das intenções. Ao contrario de meu parceiro, tenho plena consciencia de a quem devo me sujeitar e a quem devo desafiar.

- Pois não parece, jovem. Estás a atrapalhar uma sentença oficial. Quem pensas que é?

- Ja lhe disse, Senhor. Tenho a melhor das intenções, venho apenas informar que posso retirar esta espada daí, sem a necessidade de cavar um buraco em vossa praça central. - O homem parou e ficou analisando Sabrina por uns instantes, ele olhou para trás e viu que os trabalhadores estavam divididos. Alguns estavam com suas ferramentas prontas para continuarem a bater, enquanto outros não sabiam bem como proceder. O oficial voltou-se novamente a Sabrina, dessa vez com um pouco de ironia em sua voz. - Como pensas que podes remover isto? Não vê? Nem mesmo 4 de meus homens puderam faze-lo. Além do mais, como posso me certificar de que estas mesmo falando a verdade?

Sabrina se aproximou e tirou de seu bolso a carta escrita pelo sub-general, e em seguida, a bandagem que Aldarion usava na mão. - Meu parceiro já está ciente de sua sentença e irá aceitar de bom grado a proposta do Sr. Woodlance. Se me der uma chance, posso provar que falo a verdade. Até porque, o senhor não tem nada a perder. Caso eu esteja mentindo, não terei forças para retirar a espada dali, e o senhor poderá continuar com seu trabalho sem mais interrupções. - Novamente o oficial parou para analisar a proposta. Ainda desconfiado, ele foi até a arma e dispensou os trabalhadores braçais, em seguida chamou Sabrina até perto de si.

- Va em frente. Tente. Se conseguir, ela é sua. - E ele aguardou ao lado da jovem, esperando pelo resultado daquilo. Os momentos seguintes foram de pura apreensão, guardas, trabalhadores, transeuntes e o oficial. Todos os olhares eram dirigidos unicamente a Sabrina. A garota engoliu seco e prosseguiu, colocou as duas mãos no cabo da espada e respirou fundo algumas vezes, antes de impor sua força sobre a arma. "Vamos lá Sabrina, você consegue. Confie em si mesma, você agora tem a alma dele dentro de si, você pode fazer isso." E depois de minutos de concentração, Sabrina o fez. Com um único puxão, ela retirou a espada do chão, fora tão fácil, que o peso da arma, juntamente com o excesso de força colocado sobre a mesma a fizeram cair sentada, e a espada caindo ao seu lado no chão. A jovem permaneceu ali, enquanto um "oh!" coletivo vinha do fundo. Ela ficou ali parada, sentada no chão encarando o lugar onde antes estava a arma do guerreiro, presa como uma rocha sólida, a qual nem mesmo 4 dos mais fortes homens não puderam mover. Após alguns segundos o oficial surgiu a frente da jovem, estendeu-lhe a mão e ajudou a se levantar. Seu olhar era sério, mas diferente de antes, não a via mais como uma reles camponesa intrometida, mas como alguém com algum valor dentro de si, seja este qual for.

- Muito bem, como prometido, a espada agora é sua. Espero que não a veja por aqui tão cedo. - Em seguida o oficial reuniu guardas e trabalhadores, partindo com estes para longe dali. Enquanto Sabrina recolhia a arma do chão e ia novamente para o subúrbio, aguardar por mais um dia longe de seu amado companheiro.



<Gabz, narrei um pouco as ações dos oficiais, apenas pra não ficar muito pobre o post. Qualquer coisa, pode falar cmg que eu edito.>


Última edição por Sassa em Sáb Mar 29, 2014 2:26 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Editei um BBcode errado e tambem uma palavra que saiu incorreta no meio da narrativa.)

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Mar 24, 2014 5:26 pm

OFF: Vejo que você adiantou um dia, não narrou o quarto e foi direto para o quinto. Então vou narrar o quinto dia, depois você narra o sexto e eu sigo até chegarmos no sétimo.

Quinto dia:

O quarto dia passou sem maiores incidentes, mas o mesmo não poderia ser dito do quinto dia. Neste dia o céu desabou em uma chuva violenta sobre a cidade, até mesmo os guardas que costumavam ignorar temporais assim procuraram proteção escondendo-se embaixo de uma tenda militar a medida que viajam Aldarion. Engaiolado, o juggernaut não tinha condições de se proteger da tempestade e a recebeu de braços abertos. Nem mesmo quando os relâmpagos riscaram os céus e os trovões ribombaram ele demonstrou medo. A água que caia sobre seu corpo era bem vinda, mesmo com todo o frio e umidade, Aldarion levantou um dos braços a cima da cabeça e posicionou sua mão apontando para a própria face, então mexeu o rosto como se olhasse para o alto e abriu sua boca, a água da chuva caia em seu braço levantado e escorria pela sua mão formando um filete até sua boca. Depois de matar sua sede contida, Aldarion abriu os braços de forma que parte deles ficassem de fora da gaiola então ficou ali, curtindo sua “fossa”, engaiolado e sozinho mas nunca completamente abandonado. Sabrina.

Ele podia sentir a preocupação dela para com ele, sentia que ela havia recuperado sua espada e agora o observava de uma distância próxima. A teimosa havia conseguido arrumar um abrigo próximo de Aldarion de forma que poderia vigiá-lo durante o dia e a noite. Aldarion havia sido derrotado por ela em suas discussões onde sempre a mandava embora para passar a noite em segurança. Diante da determinação de Sabrina ele apenas sorriu. A reação na jovem foi imediata, ela pode sentir o coração do guerreiro se encher de amor por ela e um calor percorrer seu corpo como se ele a abraçasse. Quando ela levantou os olhos e olhou para ele, viu que agora ele estava com os braços envolvidos sobre o próprio corpo como se estivesse se abraçando. No exato momento que ela olhou para a face de Aldarion, um sorriso se abriu e ele sussurrou “Eu te amo.”. De seus lábios nenhum som saiu, mas ela ouviu muito bem a frase como se estivesse no meio de um deserto silencioso.

Em segredo os dois ficaram se amando, brincando com os pensamentos um do outro. Finalmente Sabrina adormeceu dentro da casa abandonada e Aldarion permaneceu em meditação profunda. Quando a manhã surgiu, as nuvens de tempestade estavam todas no horizonte como uma mera lembrança do caos que haviam despejado sobre a cidade no dia anterior. Aldarion sentiu seu corpo doer mais que o normal e a temperatura se elevar, sua garganta doía e seu nariz estava entupido, estava doente. Normalmente dado ao seu vigor absurdo e sua resistência elevada, ele não ficaria doente mesmo que fosse banhado por 100 tempestades, mas naquele caso em especial, onde o alimento era limitado e suas acomodações extremamente desconfortáveis, sua resistência física de pouco valia.

A única coisa que impedia o guerreiro de implorar por uma redução em sua pena era seu orgulho de guerreiro, mesmo que sua punição fosse devida ele jamais daria esse gosto aos seus captores. Talvez fosse a primeira vez que aqueles guardas e qualquer um que tivesse o passatempo de observar prisioneiros engaiolados, ver um prisioneiro tão obstinado suportar tamanho desconforto sem proferir uma única palavra de lamuria ou súplica. Ali estava ele, em silêncio, absorto pela escuridão proporcionada pela venda em seus olhos.

Hummmm... He He... Hehehehe... Haha... Hahaha... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! – Sem aviso uma explosão de gargalhadas irrompeu da garganta de Aldarion.

Ninguém sabia dizer exatamente o motivo daquilo, mas da mesma forma como começou parou e o silêncio voltou a reinar. Os motivos que levaram Aldarion a rir daquela forma era o fato de estar vivendo a repetição de sua vida. Ele estava contente, tinha certeza que viveria aventuras incríveis na fortaleza para onde seria enviado, afinal, não vão enviar prisioneiros para trabalhar em um lugar seguro e confortável, mas sim em uma região infestada de perigos onde a morte de alguns homens como ele não fariam tanta falta aos olhos das autoridades.

E agora ele teria Sabrina ao seu lado e a própria jovem teria a oportunidade de se endurecer e tornar-se ainda mais forte aventurando-se ao lado dele, tudo o que ela sempre quis embora conquistado de uma forma diferente do habitual.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Qua Abr 02, 2014 5:41 pm

<Sem problemas, Sabrina. Na verdade, me poupou esforço =) obrigada>

Sexto dia

A chuva continuava e o estado de Aldarion apenas piorava. Os guardas já o apelidaram de Louco da Espada por conta da risada insana e sem motivo que havia tido. Não era por menos, era normal homens definharem ou enlouquecerem naquela gaiola apertada e extremamente desconfortável. A chuva trazia mais água para Aldarion, mas a doença ganhava força. Sem ganhar comida, sua fraqueza só aumentava. Sentia os espíritos da doença caçoarem de sua imponência e se alimentando de sua força vital. Se continuasse daquele jeito poderia morrer. Mas precisava aguentar. Só mais dois dias...

Ao final da tarde os dois corvos começaram a importunar Aldarion. Crocitavam e batiam com seus bicos nas grades. O guerreiro os ignorava, imerso em seus pensamentos, mas eles não pararam. Até que ele decidiu ver porque lhe incomodavam tanto e seus olhos caíram sobre a casa abandonada aonde Sabrina estava se abrigando.

Duas figuras se aproximavam furtivamente da casa.

Por mais que Aldarion gritasse para avisar os guardas, eles apenas iriam rir achando que era outro acesso de loucura. O guerreiro viu lâminas nas mãos das figuras. Discretas, opacas. Assassinos.

Tentou desesperadamente enviar um sinal para Sabrina pela sua mente.


@ Sabrina

Aquela casa era pior do que pensava. Goteiras, madeira rangendo. Mas era melhor do que nada. Sequer estava pagando por aquilo, portanto não tinha do que reclamar. Por sorte tinha um colchão, meio fedorento, aonde poderia dormir. O cobriu com o manto de Aldarion e deitou-se para descansar, deixando a grande espada do guerreiro apoiada ao seu lado. Dormiu.

Acordou com pontadas de desespero. Aldarion mentalizava com uma preocupação absurda algum perigo para Sabrina. Ela se levantou, ainda atordoada e sonolenta e sem entender o que estava por vir. Olhou para a grande janela e nada viu além da chuva. Até que um raio iluminou toda a sala e fez um barulho ensurdecedor. No instante seguinte, duas figuras encapuzadas estavam em frente à janela e encarando Sabrina. Pôde-se ouvir um sibilo de metal raspando metal, e por debaixo do manto de ambas as figuras, em cada uma de suas mãos, escorregaram lâminas negras.

Spoiler:

Era impossível ver algo por debaixo do manto das figuras. Mesmo suas mãos estavam ocultas, restando a Sabrina apenas a visão assustadora de quatro adagas afiadas que certamente queriam rasgar sua carne.

O que faria?

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Abr 04, 2014 1:23 pm

Aldarion estava adormecido, entregue as trevas do mundo dos sonhos. A doença castigava seu corpo e o desconforto fustigava-lhe a carne, mas ele continuava resistindo bravamente. Em sua mente ele via imagens, sonhos dele voando pelos céus livre como um pássaro com Sabrina ao seu lado. Subitamente ele despertou com alguma coisa bicando seu rosto, a princípio Aldarion apenas moveu a cabeça e praguejou contra os malditos corvos que o incomodavam trazendo-o de volta para a realidade composta de trevas, frieza e desconforto.

Mas os animais continuaram até que um deles misteriosamente puxou a venda que tampava o único olho bom do guerreiro. Aldarion conseguiu ver nesse exato momento duas figuras furtivas caminhando sob as sombras da noite tentando evitar os raios da lua. Naquele lugar era normal aparecerem figuras assim e isso a princípio não surpreendeu o guerreiro, o que realmente chamou a atenção foi a direção para o qual andavam. Aldarion sentiu seu coração se apertar de medo ao ver que eles se aproximavam da casa abandonada que Sabrina estava usando como abrigo.

O guerreiro começou a gritar e a se balançar na gaiola a medida que esticava seu braço para fora de sua prisão e apontava tentando desesperadamente pedir ajuda aos guardas. Estes por sua vez ignoraram o guerreiro e praguejaram contra ele chamando-o pelo apelido que ele havia ganho na cidade: "O Louco da Espada". Vendo que os guardas não iriam ajudá-lo, Aldarion pensou em um plano de fuga, um plano improvável e com altas chances de falha. Ele precisava fazer algo para salvar sua amada. Mas como poderia ajudá-la?

Ele então sentiu que Sabrina havia despertado graças a ligação que ela tinha com ele, agora ela poderia lutar e Aldarion pretendia ajudá-la. Usando seus conhecimentos adquiridos recentemente na Academia de Magia, o guerreiro se concentrou ignorando o ambiente ao redor, ignorando seu corpo, sua dor e suas sensações. Seus pensamentos, sua força, enviaria para Sabrina e lutaria de dentro dela.

Enquanto Sabrina se erguia de seu leito pronta para o combate, ela ouviu um tilintar de aço raspando contra pedra, quando olhou viu a espada de Aldarion tremendo no chão como se a casa estivesse sofrendo com um terremoto. Parecia que a qualquer momento a arma se levantaria e lutaria sozinha. Mas o que Sabrina sentiu foi uma confiança, um calor dentro de seu corpo e de seu ser, a confiança de um guerreiro que já lutou incontáveis vezes por sua vida e agora estava dentro dela para dar forças a sua amada.

- Lute e vença amor, estou com você. - Ela ouviu em sua mente.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Dom Abr 06, 2014 12:36 pm

Era uma noite fria e solitária como todas as outras daquela semana, Sabrina sentia falta de seu companheiro e isso ela não podia negar a ninguém, nem a si mesma. A jovem que havia esquecido há muitos anos o que era gostar de alguém, havia se apaixonado pelo guerreiro truculento e mal educado chamado Aldarion. A ponto de deixar seu orgulho de lado, e sacrificar seu conforto para fazer companhia a ele, mesmo que em espírito apenas. Sabrina estava agora em um casebre abandonado no subúrbio, de frente para a praça onde Aldarion recebia sua punição. O lugar não era nem de longe aconchegante, tinha goteiras, estava sujo e fedorento, mas Sabrina faria aquele sacrifício por seu companheiro, mesmo que tivesse que dormir ao ar livre por isso. Achou ali no casebre um colchão velho, pelo menos no chão não dormiria, e assim, deitou-se para passar a noite. Do lado de fora, uma tempestade maltratava a Aldarion e aos guardas, mas mesmo estando “protegida” dentro do barraco, ela desejava estar ao lado de Aldarion naquele momento difícil.

Enfim ela adormeceu e em seus sonhos, já não era mais assombrada pelas memorias de seu passado, pela primeira vez em muitos anos, tivera sonhos tranquilos, relaxantes, onde ela e seu companheiro estavam juntos novamente. Mas tudo acabou bem rápido, a tranquilidade foi substituída pelo desespero, pela angustia e Sabrina acordou assustada. Algo estava errado ali, ela olhou diretamente pela janela num impulso, pois sabia que aquela sensação vinha de Aldarion, mas de inicio nada viu. Segundos depois teve uma surpresa desagradável, um trovão de abalar as estruturas soou ao fundo, produzindo um enorme clarão, que por sua vez revelou o motivo de tanta preocupação. Duas figuras sombrias espreitavam Sabrina pela janela, certamente eram assassinos, e suas suspeitas logo foram confirmadas ao ver os dois pares de adagas surgirem por baixo de suas capas. As duas figuras estavam ainda do lado de fora da janela, mas ela sabia que assassinos eram conhecidos por serem rápidos, será que teria algum tempo? Ela não sabia dizer, nem mesmo sabia dizer se estava assustada ou não.

Sabrina tinha que pensar rápido no que fazer, ou logo estaria morta nas mãos daqueles dois. Viu a espada a sua frente balançar levemente, como se algo ou alguém a estivesse controlando. Aldarion estava do lado de fora torcendo para que Sabrina vencesse, e assim ela teve uma ideia, arriscada, mas que se funcionasse, acabaria com aquilo de forma rápida e indolor... Para ela. “Eu não consigo ver seus rostos, mas eles conseguem ver o meu... Só espero que eles estejam olhando nos meus olhos neste momento.” E com isto, ela ativou sua habilidade, ao mesmo tempo que se colocou de pé ativado suas luvas encantadas. Seu olhar estava fixo na janela a sua frente, mas para o caso de qualquer um deles atacar, ou até mesmo arremessar suas adagas, ela desviaria para o lado onde tivesse mais espaço. Seu passo seguinte seria pegar a espada de Aldarion e executar um golpe horizontal, porem um único golpe. Sabrina sabia que não tinha experiência nem força para usar uma espada daquelas em combate, mas executar um golpe não seria muito difícil, apenas para mantê-los afastados tempo o suficiente para que sua habilidade estivesse totalmente pronta.




<Usei a H.E Unreal World, -30% PEs, fará efeito somente no próximo turno. A ilusão criada narrarei somente no próximo turno também.>

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por ADM GabZ Qua Abr 16, 2014 5:55 pm

A luz é mais rápida do que o som, por isso vemos o flash de um relâmpago para só depois ouvirmos a trovoada. Sabrina poderia talvez saber disso, mas o fato é que as duas figuras encapuzadas dominavam este conhecimento. Durante vários minutos esperaram, Sabrina ficava cada vez mais nervosa e a esta altura não tinha certeza se eles podiam vê-la. Suas mãos suavam enquanto segurava a espada de Aldarion com firmeza.

E o relâmpago veio.

Dois segundos depois, a ensurdecedora trovoada. Neste exato momento as duas figuras fizeram movimentos rápidos com suas lâminas, arrebentando a janela e entrando na casa com um salto rápido. Não se pôde ouvir nada além do som do trovão. Era como se os dois não existissem. Mas para a infelicidade de Sabrina, existiam, e muito bem. A primeira figura guardou sua adaga direita e avançou, mas o terror de Sabrina junto da espada de Aldarion fez com que ela brandisse a arma mais rápido do que esperava ser possível. Até mesmo o ser ficou surpreso, afinal era uma arma grande demais. Ele esquivou-se para trás mas a ponta da lâmina cortou-lhe na altura do peito, um corte longo mas não tão grave.

— Ora sua putinha...! — A voz masculina rompeu da figura e, antes que a garota pudesse sequer erguer novamente a espada, o homem a segurou pelo pescoço e contra a parede.

— Não a mate. — O segundo ser falou, sua voz masculina muito mais pesada.

Sabrina apenas ouviu uma leve risada vindo do home que a segurava. Era uma mão gelada, pesada e calejada. Para terror ainda maior, percebia que sua habilidade de ilusão não funcionava. Nenhum dos dois a olhava diretamente nos olhos. Era como se... já soubessem exatamente com o que estavam lidando. Ela sentiu a lâmina tocar a parte debaixo de seu queixo, obrigando-a a erguer o rosto. Era como se examinassem sua caça.

— É ela. Faça. — O segundo homem estendeu sua mão em direção à garota. Parecia que seus dedos eram envoltos por uma fina lâmina de energia, lentamente se aproximando do alvo.

Sabrina só sentiu uma forte dor em sua cabeça antes de apagar.


@Aldarion

O guerreiro assistiu aterrorizado as figuras usarem o barulho do trovão para quebrar a janela sem chamar atenção. Sentia o medo de Sabrina, mas sabia que ela faria de tudo para salvar sua vida. Alguns minutos se passaram e só o que Aldarion sentia vindo de sua parceira era o terror. Então, de repente, isso cessou.

E agora o medo era dele.

As duas figuras saíram pela janela tão rápido quanto entraram e sumiram na escuridão, correndo pela chuva. Não havia sinal de Sabrina e Aldarion não pôde perceber se havia sangue naqueles seres. Na verdade, seu coração martelava de um terror que doía tão forte que poderia matá-lo. Gritou. Insistiu para que os guardas fossem olhar a casa e mais uma vez foi ignorado. Impossível! Ela não poderia ter morrido, não ali. Não sem uma chance de se defender. As horas passaram por Aldarion como se uma faca se cravasse lentamente em seu peito. Foi quando sentiu uma leve pulsação. Um toque delicado em sua mente. Ela estava viva! A esta altura, a chuva já havia passado e começava a amanhecer.


@Sabrina

Acordou deitada no chão. Seu corpo doía e sua cabeça, rodava. Era como se tivesse dormido após beber muito. Levantou-se, aparentemente sem qualquer ferimento. A espada de Aldarion ainda estava no chão. A única coisa que entregava a visita da noite era o vidro quebrado perto da janela. De resto, tudo parecia bem. O sol iluminava fracamente o quarto naquela manhã tímida.

_________________
Subúrbio SWFJY0Y
ADM GabZ
ADM GabZ

Pontos de Medalhas : 999
Mensagens : 4585

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 1
Raça: Humano

http://www.flickr.com/photos/gabzero

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qua Abr 30, 2014 12:26 pm

Um pesadelo, tudo não passara de um pesadelo tão infeliz quanto seria se tivesse acontecido de verdade. Sabrina acordou de manhã sentindo-se um pouco dolorida, dormir naquele casebre não fora uma ideia tão boa quanto imaginava, mas por estar perto de Aldarion, ela já se sentia satisfeita. Seu coração palpitava, não só pelo sonho estranho que lhe ocorrera durante a noite, mas também por um pequeno detalhe que ao qual ela se lembrou assim que acordou. “Hoje é o ultimo dia!” Sim, em breve seu amado estaria de volta, em breve eles estariam juntos novamente, e desta vez, Sabrina cuidaria para que isto jamais acontecesse novamente. A jovem arrumou suas coisas, gastou mais alguns minutos buscando uma forma de esconder a espada de Aldarion, mesmo sabendo que esta não poderia ser roubada, ela não queria deixar nenhum vestígio de que alguém estivera na casa durante a noite. Sabrina escondeu a espada debaixo do colchão e cobriu-a com pedaços de madeira ou panos, caso sobrasse alguma parte da arma ainda para fora. Tudo preparado, ela saiu da casa tomando o máximo de cuidado para não ser vista, e foi direto em direção a gaiola de Aldarion. A sensação era horrível, ele estava doente, fraco, incapaz, triste. Mas Sabrina vinha lhe trazer um pouco de alegria aquela manhã, mesmo que momentânea.

- Aldarion, meu amor. Sei que esta muito cabisbaixo, mas em breve estaremos juntos novamente. Falta pouco para o fim de todo esse tormento, aguente só mais um pouco. – Ela falava com ternura na voz, tentava passar todo seu sentimento através de suas palavras para amenizar a dor de seu amado. – E quando tudo isso acabar... Iremos para bem longe, vamos sair desta... Cidade, passaremos o resto de nossas vidas juntos... Eu quero... Eu te amo. – Uma lágrima solitária saiu de seu olho direito, mas ela imediatamente a limpou.. Sabrina queria muito dizer algo que tinha vontade, mas algo em sua mente a impedia de faze-lo, era medo. Sabrina tinha medo sentir amor novamente, pois há muito este sentimento havia sido roubado de sua vida por longos e tristes anos, sob circunstâncias que lhe causaram dor e trauma por toda uma vida.

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex maio 02, 2014 6:30 am

Aldarion acordou ofegante, seu único olho movia-se de um lado a outro observando a praça, viu os guardas, as ruas que ainda eram tomadas pelo nevoeiro natural da madrugada que aos poucos ia se desvanecendo a medida que os raios de sol ganhavam o lugar com a chegada da aurora. Seu olho parou fixando-se no casebre onde sua amada ainda caía adormecida, viu-se aliviado ao sentir que ela estava viva e bem, chegou a fechar seu olho e se concentrar para senti-la e conseguiu até mesmo ouvir o coraçãozinho dela bater calmamente.

Hoje era seu ultimo dia naquela gaiola horripilante e cruel, uma gaiola que fazia muito mais do que apenas humilhar seu prisioneiro, mas também destruir-lhe a saúde. Seu corpo ardia em febre, sua cabeça doía e Aldarion sentia seus dois olhos ferverem independente se ainda eram capazes de enxergar ou não. Ele sentia fome e sede, aliada a dor da doença estava a dor causada pelas barras de ferro que fustigavam-lhe a carne com desconforto absoluto. Sobre pele bronzeada do guerreiro agora encontrava-se marcas além das conhecidas cicatrizes de batalhas antigas, mas também as marcas dos ferros que insistiam em tocar sua carne com um toque frio e duro.

Aldarion viu Sabrina se aproximar dele, ele a observou caminhar até ele e durante o ato admirou a beleza da jovem de tal modo que chegou a esquecer-se por alguns momentos de todo o flagelo que se apoderava de seu corpo.

Quando ela estava próxima o suficiente olhou para ele com ternura no olhar, Aldarion sentiu a força do amor da jovem pulsar por ele em seu ser e esse pulsar reverberou-se por toda a alma de Aldarion que estava com ela e também em seu próprio corpo.

Aldarion, meu amor. Sei que esta muito cabisbaixo, mas em breve estaremos juntos novamente. Falta pouco para o fim de todo esse tormento, aguente só mais um pouco.

Disse-lhe ela como uma deusa dando forças a seu fiel seguidor.

E quando tudo isso acabar... Iremos para bem longe, vamos sair desta... Cidade, passaremos o resto de nossas vidas juntos... Eu quero... Eu te amo.

O final da frase despertou em Aldarion uma explosão de alegria, ele já sabia o sentimento dela por ele, ele podia sentir, mas ao ver ela assumir aquilo com palavras diretas e certas ele se sentiu realizado.

Sim! Sim meu amor, eu sairei daqui e viveremos juntos até o fim de nossos dias aqui neste mundo e depois nossa eternidade após a morte. Vou levá-la comigo para viver aventuras fantásticas, cruzaremos desertos, escalaremos montanhas, desbravaremos oceanos e tocaremos os céus porque... Porque eu também te AMO! – E as palavras saíram de sua boca vindas diretamente de seu coração. Sua mão se estendeu por entre as barras de ferro e seus dedos se abriram em direção a Sabrina, Aldarion moveu sua mão vagarosamente como se fosse capaz de acariciar o rosto de sua amada.

E ela sentiu algo em sua pele como se de fato ele a tocasse. Depois ambos ficaram em silêncio se observando, se amando, Aldarion suportando o final de sua sentença e Sabrina o acompanhando pacientemente pronta para recebê-lo em seus braços.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sáb maio 10, 2014 7:28 pm

Subúrbio U_fwm sonho horrível. Debaixo do véu a noite, ele cresceu como uma semente maldita e projetou uma sombra que ameaçou, por um momento, engolir toda a esperança. Seu sabor amargo ainda habitava os lábios de Sabrina. Aldarion, por sua vez, também o tinha vivenciado de forma tão intensa que era impossível saber de qual mente ele se originou.

Não importa!

O dia tinha nascido novamente, raiando ensolarado e trazia consigo a lembrança dourada de que aquele tormento em breve se findaria.  Era como acordar de um pesadelo que havia se estendido por muito mais que uma noite e que havia desgastado tanto corpo como alma. Mas acordar realmente era garantia de um lugar melhor?

Sabrina seguiu firmemente em direção àquela odiada gaiola e a mera visão que ela propusera fora suficiente para acalentar o coração do guerreiro. Como era bom e reconfortante saber — no seu íntimo — o que aquilo significava. Melhor ainda era saber pelas palavras ditas, cujo valor era o mesmo de um raro diamante cuidadosamente lapidado por sua possuidora, tornando-se único! Mais que o suficiente para fazer tudo mais ficar ao fundo, toda aquela dor, o incômodo da fome e da doença, as marcas que o tempo cruel havia encravado na própria carne de Aldarion.

E assim os dois se contemplaram conforme o próprio tempo parecia ter parado e cedido ao vislumbre de tão nobre sentimento...

Mas então, tal qual um trovão, surge uma interrupção:

Subúrbio Face_fw


[???]Esta admira seu sentimento.

Uma voz suave, mas que fez rasgar aquele momento assim como uma lâmina afiada o faz ao separar a carne macia. Um susto. Sua emissora estava bem ali, ao lado de Sabrina. Como podia? De onde ela havia surgido? Sua presença parecia ter aparecido de forma sobrenatural. Mas talvez estivesse ali desde o princípio. Remontando suas memórias, ambos os amantes recordariam que, desde que acordaram, nada além um do outro passou pelas suas percepções. Um emocionante descuido. Mas o que ele poderia significar naquela situação, afinal?

Próxima aos dois estava uma mulher jovem, muito mais que Sabrina, embora sua estatura fosse a mesma. Sua voz e sua postura denotavam gentileza e a fineza da educação que somente um nobre teria. Seu traje estava limpo e novo, muito diferente do da maioria das pessoas por ali. Era um vestido curto e incomum, com uma faixa verde-esmeralda cuidadosamente atada em sua cintura. Seu cabelo castanho escuro se dividia em duas tranças bem feitas que escorriam simetricamente pelas laterais de seu corpo. Mas seus olhos eram estáticos como pedra sem brilho, pondo em dúvida se ela não era cega.

Àlguns metros dali, os guardas reais observavam sem a intenção de interromper. Seus olhares denotavam respeito, senão até mesmo temor. Mas ao que? Afinal de contas, quem era aquela garota?

Algumas memórias ressurgiram como alucinação na mente de Aldarion:

[Pessoas na rua] — Lady Ophelia...

[Pessoas na rua] — Ouvi dizer que ela interviu...

Eram fragmentos muito vagos de cochichos ou comentários distantes. Tão irrelevantes, no momento em que ocorreram, mas agora pareciam ter sido incutidos em seus pensamentos.

O olho do guerreiro, ainda desacostumado à solidão, varreu então a extensão ao seu alcance: havia alguns pequenos grupos de pessoas conversando. Algumas olhavam, desviavam ou punham a mão frente ao rosto para falar. Uma menina brincava solitária numa esquina. Um rapaz ria e falava em voz alta, como se contasse empolgado alguma história. Os soldados se aproximavam e desviaram cuidosamente de Sabrina e da estranha, mas  sensação que ficava era que a causa principal para isso era a segunda.

[Guarda real] — Você está livre, por ora. — Revirando um aglomerado barulhento de chaves e levando uma rumo à gaiola. Ele falava um tom de desgosto, como se desejasse que  homem apodrecesse ali. — Mas não deve deixar a cidade antes da incumbência de suas obrigações. Você tem uma dívida. E ela será cobrada. Se fugir será caçado e morto, junto à essa daí. — Aponta com a cabeça para Sabrina.

[Guarda real] — Acompanhem-na. — Indica a moça estranha que havia se colocado próxima aos dois.

[???] — Por favor...

Ela dá as costas aos dois, como se não restasse dúvida de que eles a seguiriam.

Aquela situação acabava de ficar muito estranha. Não era exatamente a forma e nem o momento para  libertação de Aldarion. Além disso, tinha algo de errado entre os guardas, alguma coisa que deixava uma estranha e profunda sensação de desconforto em Sabrina. E quem era aquela menina?! O mais importante de tudo isso era como aqueles dois reagiriam, suas dúvidas e convicções. A sorte estava lançada, mas muitas cartas permaneciam escondidas do jogo ainda.

Adicionais:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom maio 11, 2014 8:44 pm

Em um momento o guerreiro estava ali, amando sua mulher quando em outro se deu conta de que havia outra presença, uma outra mulher que estava bem ao lado de Sabrina. Aldarion se assustou em um sobressalto que fez sua gaiola balançar, olhou para a mulher fixamente como se duvidasse da própria visão. Como poderia ser? Como ele não a havia visto ali todo aquele momento? Logo ela que possuía uma aparência tão distinta?

Sua mente tentava raciocinar, entender a situação com suposições que só poderiam levá-lo a crer que estava tendo uma alucinação causada por seu estado precário de saúde. Mas logo essa suposição desabou quando a própria Sabrina reagiu à presença da garota provando que a mesma era tão real quanto os ferros frios da gaiola que lhe açoitavam inclementes a carne de seu corpo. Sua mente então lhe trouxe sussurros do passado, sussurros proferidos pelos cidadãos que caminhavam na praça, algo como uma tal de Ophelia que havia intercedido. Aldarion não havia dado a mínima para aquilo, era difícil se importar com qualquer coisa quando seu mundo estava reduzido à uma gaiola de dor e sofrimento.

Agora tudo fazia sentido, será que Ophelia quem quer que fosse havia intercedido em favor dele? Seja como for ele sabia, nada sairia de graça naquela cidade maldita e fedorenta ao qual aprendera a odiar. Aldarion levou uma de suas mãos ao lado direito do rosto e sentiu a pálpebra de olho cumprindo sua sentença que era de permanecer fechada para sempre. Ele havia pago um preço caro demais, alto demais por algo tão pequeno. A humildade agora estava mais presente em seu coração, mas junto dela um sentimento de ódio por todo aquele lugar e por aqueles soldados malditos que se portavam como se fossem melhores do que simples cidadãos.

Aldarion sentiu sua gaiola ser baixada e depois a viu ser aberta, livre finalmente. O guerreiro saiu cambaleando da gaiola, privadas de sua liberdade, as pernas fortes de Aldarion estremeciam ante ao peso de seu corpo como se jamais houvessem aprendido a andar. Com passos insertos como o de um infante que aprendia o dom de andar, Aldarion se dirigiu a Sabrina e então a abraçou com toda a volúpia e amor que existia em seu ser.

Finalmente livre meu amor, livre para me acolher em seus braços, livre para te amar com todo o meu ser. – Disse ele em um sussurro no ouvido da jovem e então a beijou com ardência em seguida.

Ouviu o guarda lhe avisar de que ele tinha uma dívida com aquela cidade e que não poderia sair dali ou fugir, pois se o fizesse seria caçado e morto, Aldarion logo se deu conta de que ainda era um prisioneiro desta vez em uma gaiola de pedras e argamassa, mas foi o final da frase do guarda que o enfureceu quando o mesmo incluiu Sabrina em sua ameaça de morte.

Dobre sua língua imunda quando falar de minha mulher cão, quem tem dívida com esta cidade fedorenta sou eu e será com meu sangue que ela será paga. Se ousar ameaçar minha mulher novamente tornarei você um bom motivo para cortarem a minha cabeça. – As palavras de Aldarion saíram afiadas como o fio de sua espada e a ira tomou conta de seu ser dando-lhe vigor para esquecer até mesmo as dores que consumiam sua carne.

O guerreiro encarou o guarda serrando os punhos em uma fúria contida, seu rosto moldado com uma expressão assassina enquanto seu único olho brilhava sinistramente com o fulgor do ódio. Se o guarda tivesse o mínimo de maturidade entenderia que estava a ponto de ser atacado por alguém que não media esforços para defender a honra de sua amada, caberia a ele desafiar Aldarion a cumprir sua promessa ou resignar-se em silêncio. Longos segundos se arrastaram enquanto Aldarion e o guarda se encaravam.

Mas para a sorte de Aldarion, Sabrina estava ali para evitar o pior, a jovem segurou na mão do guerreiro e o fez se virar para ela, apesar do fogo do ódio queimar firme em seu ser, o brilho do amor era mais forte e ele logo deixou aquele assunto de lado para dar atenção a sua mulher. Então o outro guarda lhe deu instruções de que deveriam seguir a estranha e bem vestida mulher.

Pelo pouco que havia visto Aldarion podia deduzir que a mesma era uma espécie de criada de alguma dama importante na cidade, talvez da misteriosa Ophelia, tirou essa conclusão por acreditar que um nobre jamais colocaria suas botas caras para pisar nas ruas repletas de lixo e excrementos daquele bairro pobre, outro detalhe importante é que mesmo estando bem vestida a jovem não possuía jóias ou adornos.

Não tão rápido. – Disse o guerreiro. – Tenho uma dívida imposta para com esta cidade mas isso não me torna um escravo. – Disse Aldarion resoluto enquanto seu corpo debilitado procurava Sabrina como apoio. Na ultima frase proferida ficou claro a entonação na voz quando a palavra “imposta” foi usada. – É bom nos dizer seu nome e pra onde vai nos levar antes que a sigamos caso contrario não iremos a lugar nenhum. – Exigiu teimosamente.

Para Aldarion a dívida por seus atos impulsivos já havia sido paga, mas ele sabia que eles queriam mais, queriam sempre sair na vantagem. Nobres e reis malditos parasitas. Divida imposta, disse ele, e sim era a verdade, uma dívida imposta. Mas devendo ou não ele era um homem livre e não um escravo, e mesmo que fosse um prisioneiro privado de sua liberdade ele ainda assim não era um escravo e jamais se portaria como um, jamais se curvaria submisso a ninguém além da própria Sabrina.

De qualquer maneira antes de seguir para qualquer lugar, o guerreiro caminharia até onde Sabrina escondeu sua arma e a recuperaria, mesmo que ele não soubesse onde o objeto estava saberia como localizá-lo por causa de sua ligação mística com a arma.

Informações:
Spoiler:

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qua maio 14, 2014 12:51 pm

Eram momentos de tensão misturados com a emoção de finalmente ver seu amado sendo liberto. O tempo pareceu parar por alguns instantes e o cenário a sua volta já não mais existia. Sabrina se permitiu ficar suspensa em seu mundo, onde apenas ela e seu grande amor habitavam, um mundo de ternura, carinho e emoção. Por alguns segundos, Sabrina foi vitima de sua própria ilusão, uma ilusão essa criada por seu próprio sentimento, que entorpecia seu raciocínio e turvava sua visão para o restante do mundo. Para ela não importava se era um dia de sol, ou se uma tempestade caía sobre suas cabeças, ela necessitava estar com Aldarion naquele momento, tão importante para a vida de ambos. Onde o guerreiro imponente e resoluto, aprendeu o valor da humildade, e Sabrina, a maga fria e calculista, reaprendeu o valor do amor verdadeiro. Mas ao contrario do poder oculto que residia na jovem, sua ilusão durou poucos segundos e fora interrompida por fatores alheios a sua própria vontade. Vendo na expressão de Aldarion o susto, a jovem imediatamente virou-se para onde o guerreiro olhava, apenas para dar de cara com uma garota desconhecida ao seu lado. A reação de Sabrina foi um pouco parecida com a de Aldarion, com exceção de ter sido bem mais discreta e imperceptível, mas ainda assim, uma grande surpresa ao perceber que aquela menina havia chegado tão perto assim do casal sem que eles ao menos notassem.

“Mas quem será essa pessoa? Uma nobre talvez?” Sabrina ficou observando com um olhar de suspeita e duvida. Os guardas então se aproximaram e enfim libertaram Aldarion. Sabrina deixou o foco da garota por alguns instantes e voltou ao seu amado, abraçando-o com força e recebendo seu carinho. – Sim, finalmente estaremos juntos novamente... Não deixarei mais que isso aconteça, prometo que cuidarei de você. – Falou a jovem com o rosto colado no corpo de Aldarion, sua voz saíra abafada, mas ela tinha certeza que ele havia entendido. Novamente interrompidos, mas desta vez pelos guardas que ainda tinham algo a tratar com o guerreiro. “Mas o que?! Ainda tem mais?! Não, não pode ser, isso só pode ser brincadeira...” A face da garota se transfigurou em puro ódio, raiva daquela cidade que insistia em mantê-la separada de seu amor. Sabrina sentiu o intento de Aldarion, a raiva do guerreiro transbordava e assim que ele começou seu discurso ela percebeu o que estava por vir. “Não o deixe fazer nada de errado, impeça-o ou será pior!” Exclamou Alice dentro de sua mente, e assim que Aldarion preferiu as primeiras palavras de sua sentença, ela o fez sentir uma dor aguda, mas por um curto período de tempo, apenas para que ele cessasse sua fala imediatamente. Em seguida, com um olhar mal humorado, ela encarou o guerreiro, esperando que ele entendesse o recado.

- Apenas descanse, apoie-se em mim e deixe que eu guio a partir de agora. – Ela novamente usou seu olhar para tentar se comunicar com Aldarion por entre linhas, e esperava que o guerreiro a entendesse. Sabrina então tomou as rédeas da situação, e assim que os guardas deixara-os sozinhos com a garota, ela iniciou a conversa, mas seguiu em frente quando esta começou a caminhar. – Me chamo Sabrina Lima, e este é Aldarion Ironshield. Quem é você, e o que o exercito ainda quer de nós? Creio que a divida de Aldarion já deveria ter sido paga mediante as injurias e o tempo permanecido na gaiola. – Seria bom saber o que estava acontecendo antes mesmo que eles tomassem alguma atitude, até porque Aldarion agora estava sem sua armadura e sua espada, sendo que a armadura estava em posse ainda do exercito de Hilydrus. “Devo buscar a espada por ele...” – Se me permite um momento, preciso buscar algo que deixei guardado naquela casa durante a noite, não demorarei mais que dois minutos. – E Sabrina apontou discretamente para a casa abandonada onde a espada de Aldarion estava escondida em baixo de um colchão.



<Uso a habilidade Chosen One em Aldarion, mas apenas para faze-lo sentir dor, não roubarei HP nem MP dele.>

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sex maio 16, 2014 3:30 pm

Subúrbio A_fw liberdade é um fardo difícil e o cativeiro algo fácil de se acostumar. Mesmo ao próprio Aldarion, esta premissa parecia verdadeira, ao passo que havia se adaptado à sua gaiola de tal maneira que suas pernas estavam desabituadas ao seu próprio e simples uso.

Mas o que significa ser livre?

Significa estar fora de uma gaiola? Significa estar livre de correntes? Ou será que existem outras formas de cativeiro e servidão invisíveis, e por isso muito mais difíceis de se lidar? Talvez fosse nas entrelinhas daqueles acontecimentos que esta pergunta fosse suscitada.

O guerreiro, apesar de sua humilhação, não havia perdido seu orgulho e tampouco sua audácia. Tão cedo deixou sua prisão e se sentiu insultado pela forma como o soldado se dirigia à sua amada, tomou uma postura de enfrentamento, disposto a fazer o que fosse necessário para recuperar a honra de Sabrina, não apenas uma qualquer, e a dele próprio. Mas ele parecia se esquecer de seu real estado - e presente lugar.

"Dê a eles o que eles querem..."


O guarda real levou sua mão à espada embainhada. Seu olhar, que antes já era de desprezo, agora tinha um misto de raiva prestes a explodir, como uma bomba aguardando o estopim. Ele cerrou os dentes e retorceu a expressão. Os demais soldados deram um passo a frente, também se dispondo a ação e, se lembrassem bem, saberiam que aqueles homens nunca estiveram de fato em concordância com a liberdade de Aldarion, o que certamente o faziam obrigação. A menos que...

– Dobre sua língua imunda quando falar de minha mulher cão, quem tem dívida com esta cidade fedorenta sou eu e será com meu sangue que ela será paga. Se ousar ameaçar minha mulher novamente tornarei você um bom motivo para ...!!!

Naquele exato instante, Sabrina interviu. Fosse por acatar a sugestão de Alice ou por sua própria percepção, não importava. O fato é que a dor intensa que causou ao seu amado foi capaz de contê-lo e submetê-lo à obediência. As palavras do homem foram seladas, forçadas de volta para dentro de sua própria garganta e ele as engoliu seco e com sabor amargo. Talvez entendesse, da pior forma, o risco no qual estava se expondo ou talvez ainda fosse levar mais algum tempo, se é que algum dia aceitaria a real situação.

Frente àqueles guardas, Aldarion, mesmo sendo um guerreiro treinado e experiente, não era nada. Ele pereceria. Seria humilhado. Morto. Linchado. Estava doente demais. Fraco demais. Mole demais. Fosse em outra época, talvez. Mas não naquele momento. Estava também desarmado. Colocaria em risco não somente a ele, mas também sua amada. Será que essas coisas caberiam em sua cabeça, ou o orgulho era grande demais para permitir que coexistissem?

Mas suas suposições: ele tinha razão! Até onde? Isso levaria algum tempo a se descobrir, ou talvez mais rápido do que imaginavam.

Deixando aquilo de lado, os aventureiros dão as costas à terrível gaiola e partem dali apenas alguns passos, para então surgirem com dúvidas que se concretizavam na forma de questionamentos direcionados à garota que os conduzia logo a frente. Enquanto Aldarion fazia sua colocação em tom de imposição e ameaça, rudes modos para se tratar num ambiente civilizado, Sabrina era muito mais gentil e cortês, chegando até mesmo a uma suave candura, principalmente ao justificar seu amado. A menina pára, vira o rosto parcialmente para trás. Sua expressão permanece a mesma, como pedra imutável.

[???]Esta não tem um nome. Apenas pessoas verdadeiras tem um. Esta não é uma pessoa verdadeira. Podem chamar esta como preferirem.

Uma garota sem nome... era como uma coisa. Será que ela tinha uma alma? Além disso, ficou completamente inabalada com a própria colocação. Era algo banal. Ao menos a ela. Será que Aldarion e Sabrina encarariam da mesma forma?

["Esta"] — É claro. Esta aguardará bem aqui. Por favor, não demore. Lady Ophelia deve estar impaciente.

Com as mãos unidas frente ao corpo, numa postura que lembrava certa sensibilidade e também servidão, ela se põe a esperar. O que será que os dois fariam quando ela não estivesse observando? Tentariam fugir? Seria prudente fazer isso?

As pessoas na rua, curiosas, continuavam acompanhando tudo o que acontecia. Algumas eram muito discretas, outras nem tanto. Havia os que paravam e os que continuavam em suas atividades. A maioria parecia apresentar um sentimento de respeito em relação à garota bem vestida.

Quais surpresas mais aquela cidade perversa revelaria?

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qua maio 28, 2014 9:50 am

A tão sonhada liberdade, o objeto de desejo de milhares por toda a ilha, um conceito completamente imaterial, mas capaz de causar os mais diversos efeitos aos seres vivos pensantes. Guerras são travadas a todo momento por liberdade, vidas são tiradas, revoluções são incitadas e fortunas são deixadas de lado por este ideal que maravilha, mas ao mesmo tempo assombra a tantos. Sabrina e Aldarion estavam próximos de conseguirem isto, mas as vezes o destino prega peças de mal gosto que nem mesmo os mais bem precavidos não conseguem imaginar. A jovem maga, em sua tamanha inocência, tinha quase certeza que seu amado estaria livre novamente, mas bastaram algumas simples palavras para arruinarem completamente as esperanças de Sabrina. Para sorte do casal, a jovem era comedida e educada quando deveria e quando lhe convinha, seu autocontrole, adquirido após anos convivendo fora de seu lar, lhe era de extrema serventia em situações como aquelas. Aldarion por outro lado, mesmo após todo o flagelo que havia passado, não tinha menor compostura e senso de humildade... “Ah, como vai ser difícil mudar a personalidade deste cabeça dura...” Pensou Alice após ter evitado uma nova tragédia iminente.

Já não adiantava mais chorar sobre o leite derramado, agora que o estrago estava feito, era seguir adiante e ver como terminaria aquela situação. Essa tal Lady Ophelia, um completo mistério para Sabrina até aquele ponto, que imaginava que a própria garota que estava diante de seus olhos era a dita cuja. Mas a jovem assombrou-se quando viu a menina tratar a si própria como se fosse menos que lixo... “Como ela... Como alguém pode referir a si mesma de uma forma tão... Medíocre?” Perguntou Alice abismada, mas Sabrina estava sem reação. Aquela atitude inusitada não assustava só a bruxa, deixava também a jovem Sabrina ressentida, era como reviver velhas memorias em uma segunda realidade, uma realidade triste, que ela não desejava a ninguém, nem mesmo à alguém que vinha lhe trazer um fardo tão grande como aquele. “Ela não merece isso... Ela não tem culpa por estar nos trazendo estas noticias, ela é só mais uma fantoche no meio deste teatro sombrio que chamam de Reinado. Mas ela não merece ser tratada deste jeito.”

– Não seja tão dura consigo mesma, você é um ser vivo também, possui uma mente, possui pensamentos, talvez até mesmo sentimentos. Não importa qual seja sua origem, você merece muito mais que isso... Aldarion, espere aqui, se eu for sozinha serei mais rápida, além do mais, os guardas podem estar nos vigiando ainda, se formos juntos eles podem achar que estamos tentando fugir.


- Voltarei em breve. – E com isto ela partiu em direção ao casebre a passos rápidos e decididos. Sabrina sabia que somente aquelas palavras poderiam não surtir efeito para aquela menina, mas teria as dito de qualquer forma. As lembranças que aquela menina traziam a tona de seu passado eram tristes demais para deixar que aquela jovem passasse pelo mesmo que Sabrina passou, ou talvez pior. Assim que encontrou a espada, enrolou-a em algum pano qualquer e prendeu às suas costas para voltar a Aldarion e a jovem... Decidiu que dali em diante também a chamaria por um nome... – Chamarei você de Lara, tudo bem por você? – Sim, Lara, o nome de sua mãe, e por mais que tivesse lembranças ruins de seus pais, ainda sentia-se grata bem no fundo por sua existência. – Podemos seguir em frente agora, Lara. – E com um sorriso gentil indicou o caminho novamente a Lara. A mudança repentina de atitude poderia ser um mistério a Aldarion, mas Alice, dentro de sua mente sabia muito bem o porque, deixaria para dar explicações mais tarde quando estivessem enfim a sós.

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui maio 29, 2014 7:23 am

Aldarion mal havia saído de sua prisão e já se enfiava em outra encrenca por conta de sua cabeça quente e impulsividade descontrolada comparável a de um outro enfurecido. Mas assim que começou a proferir suas ameaças sentiu uma fisgada de dor percorrer seu ser e ele sabia muito bem da onde vinha essa dor, era de sua própria alma que estava com Sabrina.

O guerreiro não conseguiu resistir e se curvou levando a mão ao peito, mas tão logo o mal estar havia surgido dissipou-se como uma fagulha surgida do choque entre metais. Aldarion ergueu o rosto e viu os guardas encarando-o com furor nos olhos e suas mãos firmes segurando suas amaras, notou que por muito pouco não o atacavam e só então se lembrou que estava completamente sem armadura e indefeso. Aldarion recompôs-se e sentiu seu braço ser puxado por Sabrina que assumiu todo o controle da situação.

Agradeceu em seu íntimo pelas ações de sua mestra e amada, em seguida afastaram-se dos guardas, Aldarion apoiando-se momentaneamente em Sabrina até que suas pernas voltassem a se lembrar da liberdade de caminhar. Mesmo com o corpo ardendo em febre e com a carne doendo o guerreiro se desvencilhou de Sabrina e permaneceu caminhando em pé ao seu lado. A dor explodia em todo o seu ser, mas seu orgulho de guerreiro e dever como campeão de Sabrina o mantinham firmes.

Enquanto o trio caminhava e Sabrina conversava com a jovem, Aldarion se perdia imerso em seus próprios pensamentos, as palavras de seu mestre Nayrun vinham em sua mente e a lembrança de sua responsabilidade para com aquela que passou a ser sua dona e também o amor de sua vida o fez sentir remorso por seus atos impensados. Aldarion refletiu sobre suas ações com tamanha concentração que mal prestou atenção na conversa que se desenrolava entre Sabrina e aquela que se autodenominava "esta". Até porque mesmo se ele tivesse algo a falar ele sabia que era melhor não fazê-lo uma vez que Sabrina havia tomado o controle da situação, ele sabia como ela odiava quando ele se metia sem ser chamado e não desejava mais sentir dor.

Finalmente pararam em frente ao casebre abandonado e quebradiço onde Sabrina passara a noite no dia anterior. Ali a jovem ordenou a Aldarion que a esperasse e assim ela fez nos primeiros momentos quando observou-a atravessar o portal por onde uma porta velha pendia torta em dobradiças enferrujadas. Aldarion sentiu de súbito uma alegria percorrer seu ser, podia não estar livre ainda mas pelo menos podia tocá-la, possuí-la novamente. E por todos os deuses, ele a amava de verdade e daria sua alma a ela novamente se tivesse a oportunidade de escolher mais uma vez.

Tomado por esse sentimento, por essa paixão que ardia em seu ser ele desobedeceu as ordens de Sabrina e com passos apressados e decididos ele atravessou o portal do decadente casebre castigado pelo abandono e a encontrou de costas agachada sobre o que fora seu leito da onde retirava uma grande espada que havia escondido ali. Sabrina pode ouvir o som de passos atrás de si mas mal teve tempo de se virar. Aldarion se dobrou sobre ela e agarrou pela altura da barriga e então a abraçando com volúpia fez o corpo de Sabrina colar-se ao seu e mantendo uma das mãos na barriga da jovem levou a outra até seu pescoço fazendo-a olhar para ele que estava atrás de si. Quando ela o fez ele a beijou ardentemente fazendo a jovem ter que se virar por completo para receber o gesto do guerreiro.

Aldarion então a cobriu com seus braços e continuou beijando-a sem deixar conter todo o seu amor, seu beijo era gostoso e ardente, seus lábios e língua sorviam cada suspiro de Sabrina da mesma forma que um viajante em um deserto escaldante sorvia a preciosa água em seu cantil. Entre os curtos intervalos quando os lábios se descolavam momentaneamente o olho castanho escuro de Aldarion encontrava os olhos verde-esmeralda de Sabrina e nesse momento ele sussurrava juras de amor.

Estou tão feliz por poder te possuir mais uma vez, eu te amo tanto. Se eu soubesse disso tudo te daria minha alma mais uma vez, é muito bom ser seu e ter você só pra mim. – Disse dando-lhe mais um beijo até finalmente saciar-se após um par de minutos.

Recuperado do êxtase de amor ele tomou sua espada das mãos de Sabrina, seu único olho percorreu a lâmina mágica da espada que se mantinha fiel a ele e afiada como se tivesse sido forjada ontem. Agora ele se sentia finalmente completo, ao lado de sua amada e com sua arma em mãos. Com cuidado enrolou-a em trapos que estavam jogados no chão e de mãos dadas com Sabrina saiu do casebre. Quando chegaram lá fora observou a atitude de sua amada para com a garota, "esta" e a viu dar a ela um nome.

Aldarion sabia muito bem o sentimento que Sabrina havia adquirido por aquela estranha garota, mas analisando friamente ele podia entendê-la. Pois ele próprio não estava em uma situação diferente, se Sabrina não o amasse e ele a ela, ele também seria apenas um mero escravo, um mero objeto de uso, mas pra sua sorte o verdadeiro amor tanto em seu coração quanto no de sua dona haviam mudado a perspectiva daquela relação incomum e especial a tal modo que ele passou a gostar de seu estado. Era bom ter alguém para cuidar, alguém para cuidar dele e para lhe dar um motivo para lutar. Nunca mais seu braço forte e sua espada temerária balançariam sem sentido em batalhas brutais de vida ou morte.

Agora haveria sempre a poesia do amor a mover seu braço e estufar seu peito diante de todas as adversidades. E foi com esses pensamentos em mente que o Juggernaut cruzou as ruas ao lado de Sabrina, altivo como um verdadeiro cavaleiro, imponente perante o Sol que o saudava com raios vívidos de um amanhecer repleto de promessas. Aventuras estavam por vir e ele as viveria ao lado de sua amada.

Sua mão apertou a de Sabrina e um sorriso se formou em seus lábios.

Informações:
Spoiler:

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sex Jun 06, 2014 9:12 am

Subúrbio S_fwabrina segue na frente rumo ao interior daquele casebre onde tinha despendido noites consecutivas e desconfortáveis na espera de seu amado. Ela se sentia incomodada, mas não era a única: Alice também compartilhava desta sensação. Um emaranhado de sentimentos e lembranças confusos se remexia no interior de seu coração, dando uma sensação que era, ao mesmo tempo, familiar e estranha. Aquela garota lá fora, que havia ficado aguardando em silêncio e com as mãos juntas e sobrepostas, havia despertado naquelas almas fantasmas há muito adormecidos, figuras pálidas e entristecidas de dias cinzentos, mas que ela sublima em palavras cálidas. Estas, em seguida, são remetidas de volta a "Esta", mas ela não demonstra mudança alguma. Talvez já tenha ouvido aquilo alguma vez, ou possivelmente o oposto fora tanto repetido que gravara em sua mente como vincos profundos marcam uma chapa de metal gelado.  


Então vai Aldarion.  


O guerreiro forte e altivo havia sucumbido ao amor, aquele sentimento por uns considerado o mais nobre, mas por outros o mais ínfimo. O coração dele bateu forte, pulsou como se quisesse deixar o corpo e ir ele próprio ao encontro da amada. Não podendo resistir nem mais um segundo, Aldarion se lança atrás de Sabrina rumo ao interior da casa simplória. A menina, "Esta", permanece sem uma reação, sem a menor menção em segui-los. Talvez ela confiasse que eles voltariam ou secretamente almejasse verdadeira liberdade àquele amor parcialmente interrompido pelas ocasiões.  


Sozinhos, o casal aproveita o seu momento, talvez muito mais Aldarion cujo desejo precisava acalmar. Com sua amante colada a seu corpo ele pôde finalmente se aliviar conforme o tempo corria e fugia por entre os dedos dos dois como se fosse água, deixando na boca um desejo por mais, mas o fazendo também arder ainda mais, pois, como os melhores prazeres, este era um que precisava – ao menos por ora – ser degustado aos poucos.  


O guerreiro e sua dama retornam de mãos dadas ao encontro da garota, serva fiel, que aguardava pacientemente.  
 
– Chamarei você de Lara, tudo bem por você?  
– Podemos seguir em frente agora, Lara.



 
[Lara] ...  


Nenhuma palavra tange os lábios de Lara em retorno. Nenhuma expressão marca sua tez suave e impecável, como alva porcelana. Entretanto, um estranho sentimento de felicidade parece pairar pelo ar como um perfume que fazia Sabrina, de alguma forma, respirar aliviada. Aldarion, pela cena, não era capaz de decifrá-lo, embora pudesse sentir as mudanças na vibração da alma de sua mestre.  


Lara...  


Aquele não era qualquer nome. Ele era pesado como uma preciosa caixa de joias e guardava em seu interior uma chama que timidamente também se acendia dentro d"Esta". Em ressonância com algo em Sabrina, talvez apenas no futuro fosse ganhar um real significado.  


A garota acena positivamente com a cabeça. Em seguida, se antecipa para guiar no caminho. O próprio caminhar dela exibia uma delicadeza tal qual o de uma flor que recém desabrochou. Entretanto, após um pequeno percurso, ela opta por ruelas estreitas e de chão puro, algumas alagadas e repletas de imundice. O líquido acumulado no solo é escuro e um cheiro forte às vezes era exalado. As sapatilhas e até mesmo as meias brancas de Lara são maculadas naquela sujeita, conforme seu passo parece um pouco acelerado.  


O grupo segue por diversas ruas como aquela, cruza com a pobreza e miséria que parecia se esconder entre os amontoados de casas simples e mal-acabadas. Os remendos de madeira era pregados grosseiramente, tamponando buracos escuros por onde o pouco calor daqueles lares escapava. Os telhados se jogavam uns sobre os outros, às vezes criando verdadeiros túneis e barulhos podiam, às vezes, serem ouvidos, como se pessoas se jogassem contra as paredes tentando saber quem por ali passava. Pelas frestas escuras se tinha a impressão de algum movimento. Em alguns pontos pessoas esqueléticas e de aspecto doente jaziam jogadas aos cantos e em outros o silêncio e o ermo compunham o cenário. Aldarion e Sabrina se sentiam em um labirinto não só de caminhos, mas também de informações.  


Após o trajeto, por fim, parecem emergir para um lado do subúrbio muito mais bem iluminado. Era uma rua mais aberta que não tinha nada de mais. Algumas casas um pouco maiores se enfileiravam do outro lado e pareciam sutilmente mais acabadas do que as anteriores. Lara se posiciona frente à porta de uma destas. Um homem de armadura se mantinha em pé ao lado dela e a guardava com algum zelo. Ele não era um soldado, entretanto. Ao menos não um da guarda real.  


Ele olha para cada uma das pessoas agora à sua frente e parece checar cuidadosamente os detalhes de suas fisionomias. Em seguida, leva a mão ao trinco e permite a passagem, mas nenhuma palavra era trocada, o que passava uma estranha sensação como se uma conversa secretamente percorresse aquele homem e a garota, mas que Aldarion e Sabrina não podiam escutar.  


O grupo sobe alguns degraus de madeira. O interior da residência era relativamente simples, contendo poucos móveis, mas estes se destacavam marcadamente no ambiente: eram ornados com relevos e feitos em madeira escura e brilhosa, um pouco desgastada em alguns pontos, é verdade, mas, ainda assim, passando uma impressão de nobreza. Sobre estes, alguns vasos de prata ornavam o ambiente contendo arranjos de rosas vermelhas como carne viva. O assoalho estava relativamente intacto, mas já tinha estado em melhores dias.  
 
A frente, uma ampla janela permitia que uma luz abundante penetrasse ao ambiente, mas que, ainda assim, parecia abrigar uma incômoda escuridão, como se a corrupção alastrasse secretamente seus tentáculos enegrecidos e impregnasse cada recanto daquele lugar. Um perfume de rosas pairava no ar e uma presença feminina se mantinha logo a frente.  


[???] – Ah! Bem em tempo!  


Disse numa voz firme e forte se dirigindo à Lara, parecendo ignorar os outros dois. A garota, então, imediatamente se adiantou, como se já soubesse exatamente o que fazer sem nem ao menos a necessidade de uma ordem.  


Aquela nova presença feminina era distinta, muito diferente de tudo mais naquele lugar e isso por mais de uma característica. Para começar, ela não era uma humana: era elfa, ao menos em descendência. Suas orelhas indicavam isso. Sua pele era clara, quase tão pálida quanto um cadáver e seus lábios estavam enegrecidos, certamente por uso de maquiagem. Seu cabelo era ainda mais branco que sua tez. Seus olhos eram afinados como os de uma águia e tinham um tom azul bem claro, beirando o cinza. Suas roupas eram de total extravagância e, ah, sim, ela era uma nobre! Não havia dúvidas desse fato. Perto dela, o papel de Lara como uma reles serviçal ficava em total evidência.  


Lady Ophelia.  



Subúrbio Ophelia_fw




Em sua cabeça ela trazia uma espécie de chapéu que se erguia de forma a lembrar uma coroa. Ele iniciava com uma faixa preta e depois se erguia como que em degraus e tinha um tom vermelho tão vívido que quase brilhava em contraste com o ambiente desbotado. Seu vestido era cinza, negro e vermelho e tinha dobras e pontas que o enchiam de detalhes, com ombreiras bem marcadas e uma cauda que arrastava ao chão, completamente inapropriado para aquele ambiente. Ele se tornava justo na cintura e nas pernas e se abria depois dos joelhos num enorme franzido, como a cauda de um peixe das profundezas, além de cobrir o corpo até o pescoço. Nas laterais do rosto e acima das orelhas, dois ornamentos pendiam em dourado e certamente eram de outro.  


Duas coisas muito importantes chamavam atenção: um anel dourado em forma de olho que ela tinha em uma das mãos e a maquiagem vermelha que marcava o canto dos olhos e o meio da testa. Neste segundo lugar, conforme ela movia a franja muito bem delimitada, se via um desenho que lembrava, de igual forma, um olho. Lembrava algo relacionado a magia, mas Sabrina, que era uma bruxa, não sentia o menor traço de energia especial naquela mulher. Era como se ela fosse uma pessoa qualquer que nunca havia tido contato com as artes arcanas, mas, mesmo assim, trazia um certo desconforto.  


Na cena seguinte, Lady Ophelia dava as costas ao grupo e seguia dois passos em direção a uma gaiola que pendia banhada no sol. No interior da mesma existia um belo e robusto pombo, de peito estufado e altivo, com penas brilhantes e sem dúvidas era um animal muito bem tratado. A mulher lança mão ao interior em direção ao mesmo, que tenta se esquivar, mas facilmente é capturado. Ela o retira da gaiola. Seu toque parece gentil. Seu olhar parece conter algum carinho, mas está baixo demais. Esconde algo.  


Então ela quebra uma asa.  


O animal se contorce, mas em silêncio. Ela quebra a segunda, torcendo-a para trás, e então o desce gentilmente ao chão. Neste exato instante, um animal branco emerge das trevas debaixo de um dos moveis e, em disparada, abocanha o pombo e desaparece atravessando o cômodo e se embrenhando num buraco na parede.  


O que era aquilo?  


Lady Ophelia recupera sua postura e estende suas mãos. Seus dedos eram longos e afinados e havia sangue da ave neles. Ao seu lado, Lara já estava a posto com um jarro de água e uma bacia e imediatamente se põe a lavar as mãos de sua senhora. Seu olhar estava perdido, como se mirasse algo distante.  


[???] – Não é incrível... como tudo no mundo tem seu lugar.


Comenta num tom relativamente baixo, pensando em voz alta.  
 
Em seguida Lara seca as mãos dela com toques suaves de uma toalha extremamente alva. Lady Ophelia sinaliza com a cabeça positivamente para sua serva, como que concedendo uma permissão.


[Lara] – Lady Ophelia de Croismare. – Faz a apresentação.  


[Lady Ophelia] – Ah! Espada Louca! Ouvi falar a seu respeito. E você... seria? – Referindo-se a Sabrina.  


O tom dela era calmo, porém firme e confiante, próprio de uma pessoa em elevada posição social. Ela mantinha um sorriso sempre desenhado no rosto, denotando certa gentileza, porém, artificialidade.


[Lady Ophelia] – Serviçal, sirva-nos aquele chá.  


E imediatamente Lara segue em direção ao cômodo ao lado, sem contestar, sem suspirar, como um golem ausente de alma e personalidade.  


Finalmente Sabrina e Aldarion estavam frente àquela misteriosa figura e já haviam presenciado uma cena, no mínimo, inusitada. Que tipo de sensações e impressões aquela pessoa havia lhes suscitado? E talvez o mais importante que isso, o que será que ela queria?

Adicional:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Jun 17, 2014 7:01 am

Depois de saborear breves momentos de carinho, o casal retornou à presença de Esta que aguardava impassível e alheia, pelo menos assim se fazia parecer dada a máscara indecifrável que era seu rosto e o vazio em seus olhos. E assim ela permaneceu mesmo quando Sabrina lhe deu um nome, Lara. A atitude da garota pegou Aldarion desprevenido uma vez que ele estava acostumado a ver sua amada se comportando sempre de forma cínica e sombria.

Reunidos novamente, os integrantes daquele trio singular seguiram em total silêncio por algum tempo, eles cruzaram vielas estreitas que mais pereciam com as veias de um ser vivo enorme e repulsivo. A caminhada era cruel para o guerreiro, por fora ele estava austero e seguia inabalável como um titã de bronze. Seu corpo estava todo exposto com a exceção de sua virilha que ainda continha os restos do que sobrara de sua calça agora reduzida a uma tanga de farrapos fétidos que exalavam o forte cheiro de urina.

Mas mesmo naquele estado de semi nudez o guerreiro carregava apoiada em seu ombro sua enorme espada que estava enrolada em uma bainha improvisada com farrapos e restos de colchão. Com a outra mão ele abraçava Sabrina pela cintura mesmo desejando no fundo se apoiar nela para aliviar de parte do fardo de ter que carregar o peso do próprio corpo que com a doença perdia suas forças a cada hora.

Mesmo no estado debilitante de saúde e higiene, Aldarion não queria se afastar de Sabrina, queria sentir o corpo macio da jovem a todo momento e se surpreendeu ao ver que ela não o afastava. Isso o alegrou, pois mesmo naquela situação o amor de Sabrina por ele a fazia ignorar tudo para dar ao seu amado o mínimo de conforto.

Finalmente após vários minutos que quase formaram uma hora o grupo chegou ao que parecia ser um bairro de classe média da cidade. Ali foram levados por Lara até um casebre onde um soldado montava guarda. Sem dificuldade passaram pelo homem sem que nenhuma palavra fosse trocada, apenas os olhos do guarda perscrutaram as faces do trio pouco antes dele se dar por satisfeito e abrir a porta.

Dentro da construção o trio subiu um lance de escadas até alcançarem um aposento que carecia em luxuosidade mas que em contrapartida possuía uma decoração bela que contrastava de forma singular naquele ambiente de maneira que cada detalhe ficasse evidente aos olhos de um observador atento. No centro daquele recinto estava uma mulher, uma bela mulher. Ela era austera, seu rosto de traços delicados contradiziam o tom de sua voz que era firme, o tom de alguém acostumado a dar ordens e a vê-las serem acatadas.

Aldarion observou com estranheza a mulher pegar com as mãos um pássaro que estava preso em uma gaiola, em seguida viu com escárnio ela privar o animal do dom do voo e colocá-lo no chão em seguida para segundos depois ser arrebatado por um vulto branco e veloz, tão branco e veloz que para a visão turva e cansada do guerreiro não passou de um borrão. Limpando o sangue das mãos com o auxílio zeloso de Lara, a mulher finalmente se dirigiu ao casal.

Espada Louca? Pufftt... Vocês nobres não levam jeito pra inventar apelidos. Com todo respeito senhora, me chamo Aldarion e meu título é Juggernaut.

Respondeu ele corrigindo a mulher, sua voz soava firme e cheia de um tom de ousadia enquanto seu único olho mirava com precisão os olhos pálidos da mulher.

Esta que está aqui, é Sabrina, minha mestra. – Disse dando um passo para trás sugerindo que se a mulher tinha algo a tratar com eles, deveria negociar com Sabrina e não com ele. – Se tem alguma coisa a tratar comigo trazendo-me aqui, é a ela que você deve se dirigir.

Depois de se apresentar e a Sabrina, Aldarion viu a mulher dar suas ordens para Lara que prontamente as acatou fazendo a mente do guerreiro encher-se de suposições.

"Esta não é a casa dela, pelo bairro e pela proximidade com a área pobre da cidade me atrevo a dizer que aqui é alguma espécie de ponto de encontro. Mas por que ela nos traria aqui se veio em pessoa falar conosco e se visivelmente minha passagem pelas ruas não deixou de chamar atenção?" – Pensava Aldarion. – "Essa mulher... Pela forma como trata Lara ela não deve passar de uma insensível para quem as pessoas, suas vidas e suas existências são tão valiosas quanto objetos. O que será que essa vadia quer conosco?"

A perspicácia assombrosa de Aldarion devorava cada detalhe que era captado por seus sentidos e ele logo começou a achar que a mulher pretendia usar sua audácia e robustez para alguma tarefa incomum. Mas pela forma como ela agia o guerreiro sabia que ela não era de confiança e que provavelmente tentaria se impor caso eles viessem a recusar a proposta que a mulher viria a fazer naquele encontro, isso se ela se incomodasse em apresentar alguma proposta em lugar de ordens claras e diretas.

"Mas que diabos essa feiticeira nobre e perfumada quer?" – Questionava-se em seu íntimo.

Sua linha de raciocínio foi partida somente quando Lara roubou-lhe a atenção para dar a ele uma xícara de xá. A grande e calejada mão de Aldarion envolveu a xícara, seus dedos eram largos demais para segurarem naquela alça delicada fazendo o guerreiro segurar o recipiente da mesma forma que se segura um caneco sem alça. Em seguida Aldarion sorveu o líquido de forma rápida e sem classe, tamanha foi a velocidade que chegou até mesmo a ficar com a língua queimada uma vez que chá é uma bebida servida quente. Quase que imediatamente sentiu-se um pouco melhor, o chá realmente era algo ótimo para aliviar o flagelo da febre e enquanto Sabrina conversava com a mulher...

Mais! – Disse Aldarion estendendo o braço e segurando a xícara vazia para Lara.

Quando a pequena criada aproximou-se com a jarra de chá para repor o conteúdo do pequeno recipiente, Aldarion simplesmente largou a xícara que caiu no chão estilhaçando-se, sem dar nenhuma importância a isso ele tomou das mãos de Lara o jarro inteiro de chá para em seguida usá-lo como um grande caneco.

Por todos os deuses! Eu nunca gostei tanto de chá em toda a minha vida como agora! – Disse Aldarion sorvendo o conteúdo do jarro com avidez, ele estava a dias sem comer nada decente e aquele chá mesmo não sendo algo a seu gosto era muito melhor do que a água suja que os guardas haviam lhe dado em seu cativeiro.

Todo esse incidente do chá acontecia paralelamente à conversa que Sabrina teria com a nobre Lady Ophelia, era como se nada daquilo importasse a ele o que no fundo era bem verdade, mas nem por isso ele deixaria de prestar o mínimo de atenção.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Seg Jul 07, 2014 9:59 pm

[off: Vou mudar meu estilo pra primeira pessoa por um tempo para testar, se eu gostar, talvez fique permanentemente. o/]


E depois de tanto perder tempo naquela cidade, naquela praça imunda e depressiva, onde eu só fazia sentir saudades daquele que me acolhera como sua parceira. Era triste ver que a sensação de liberdade durara tão pouco diante de um corpo e alma já tão castigados. Isto não impediu que Aldarion viesse a meu encontro novamente, ignorando meu conselho de permanecer com a menina, este veio até a cabana e num momento de amor desesperado, agarrou-me e ali ficamos por algum tempo. Aldarion já não aguentava seu próprio peso, e mesmo não sendo tão forte ou alta quanto o guerreiro, ainda assim fiz meu esforço para apoia-lo naquele momento de dificuldade. Fomos andando ruelas adentro, cada vez mais profundo, cada vez mais estranho e sombrio, a sujeira e miséria eram predominantes naquele ponto da cidade, mas porque alguém da nobreza estaria em tal lugar? Eu observava os passos de Lara se apressarem, como se estivesse atrasada a chegar a seu encontro. Sua sapatilhas e meias aquela altura já não estavam mais tão limpas e belas quanto antes, mas era um preço que a jovem pagava ao se sujeitar a ser uma mera boneca nas mãos de sabe-se lá quem. E a cada passo meu coração apertava, a sensação de que algo muito errado havia naquilo crescia em minha mente e tomava conta do meu raciocínio, mas ainda assim pude manter a postura séria e fria de sempre, algo que aprendi muito bem com Alice, a saber conter minhas próprias emoções, afim de ter o controle sobre as demais coisas ao meu redor. Era uma das premissas básicas ao se tornar uma maga especialista em poderes mentais como era Alice, saber controlar sua própria mente antes de poder controlar a de outro.

Enfim chegamos a algum lugar, um beco onde as casas pareciam menos sujas e miseráveis que no caminho por onde passamos, mas ainda assim um lugar totalmente aquém da nobreza. Um único soldado montava guarda em frente a uma das casas, talvez a mais arrumada daquela encruzilhada, e uma simples troca de olhares foi suficiente para que eles estivessem dentro do cômodo. Sem mais impedimentos, subimos as escadas e lá estava a figura a qual deveríamos encontrar. Uma mulher de aparência exótica e vestimentas bastante excêntricas, deveras muito mais bem arrumada que Lara, demonstrando ser esta a “dona” da menina. Estreitei os olhos e a encarei com frieza, porem sutil, não que fosse causar qualquer má impressão, apenas para demonstrar que não impressionaria por tão pouco. O lugar pouco me importava, o deixaria em algum momento e jamais voltaria novamente, então não era interessante a mim notar qualquer coisa. Mas assustei-me quando um vulto branco surgiu das sombras e engoliu a pobre ave machucada que a mulher maltratara gratuitamente. As apresentações foram feitas e minha vez de ter a palavra chegou. – Sabrina Lima, mulher de Aldarion. – Disse num tom altivo e firme. Recusei o chá prontamente assim que este me foi servido, com um simples aceno de cabeça. Aldarion, porem pareceu gostar tanto que não se conteve e bebeu toda a jarra, Sabrina apenas olhou de canto observando enquanto seu amado companheiro cometia mais uma de suas gafes. Por fora ainda era a mesma de sempre, mas por dentro ria como uma criança daquele bobo desastrado. – Espero que não se importe com isto... Pois bem, certamente tem algo para nós, do contrario não traria meu servo até sua presença, a questão é, o que? – Fui direto ao ponto para evitar enrolações, quanto menos tempo perdêssemos numa conversa pomposa e vazia, mais rápido sairíamos daquela situação e eu poderia enfim levar Aldarion a algum lugar onde pudesse descasar e recuperar suas forças.

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Seg Jul 14, 2014 3:59 pm

Subúrbio L_fwady Ophelia de Croismare: seu olhar fino como o de uma serpente acompanhava o guerreiro Aldarion enquanto este rebatia com um título de sua preferência. A dama arqueou, ainda que muito sutilmente, uma sobrancelha, mas não disse nada e sequer esboçou qualquer outro tipo de reação. Em seguida ela tomou uma xícara em suas mãos, oferecida por sua serva, e focou o líquido rosado em seu interior que trazia pequenos fragmentos de erva. Mas ela teve a atenção chamada quando o homem, desprezando qualquer boas maneiras, pede por mais e agarra o jarro inteiro de onde bebe como um desesperado.

[Lady Ophelia]Panoptimus draconis...

Deixa as palavras escaparem aos seus lábios num tom sereno, como que sem querer. As palavras poderiam soar como um feitiço fazendo com que o coração dos aventureiros desse um salto, mas, em seguida, notariam que ela se referia o nome da erva que dava origem ao que lhes era oferecido.

[Lady Ophelia] — Uma especiaria rara. Dizem que concede a quem a beber o dom de ver a verdade. Eu achei apropriado para o nosso encontro.

Esboça um sorriso e então toca com os lábios enegrecidos a bebida e ingere uma porção tão pequena que põe em dúvida se realmente bebeu do chá. Ela falava como se estivesse pensando alto e suas palavras deixariam uma dúvida: afinal, há quanto tempo ela planejava aquilo?

[Lady Ophelia] — Dizem também que cresce apenas no ninho de um dragão durante o período em que dão a luz, o que faz a aventura de colher ainda mais perigosa. Uma alma corajosa. Então ela é embalada e transportada em navios através de oceanos, vinda de outro continente, unicamente para estar servida aqui...

Ela, então, inala o vapor que subia como finas serpentes brancas e cálidas e sorve lentamente um porção da bebida enquanto Sabrina se apresenta, se desculpa e questiona os motivos de Lady Ophelia. Não que Aldarion tenha reparado, mas a bebida tinha um sabor levemente adocicado, muito discreto, assim como seu aroma.

[Lady Ophelia] — Sabrina e Juggernaut... é verdade. Vocês foram conduzidos até aqui por um motivo que vai além de minha caridade.

Mesmo enquanto falava, ela mantinha o olhar, de certa forma, perdido no interior daquela xícara, como se existisse algo esplendoroso a ser observado lá dentro. Mas então ela volta o par de olhos azuis como duas joias para os dois, depois focando em Sabrina.

[Lady Ophelia] — Hilydrus é uma cidade agitada, cheia de interesses. Aparentemente desfruta de relativa paz, mas por trás do véu das aparências existe uma guerra silenciosa.

Faz uma pausa para degustar um pouco mais do chá. Lady Ophelia parecia uma pessoa paciente, visto que não demonstrava pressa em nenhuma de suas colocações.

[Lady Ophelia] — A verdade é que são poucos que podem percorrer esta cidade sem que sejam imediatamente vinculados a um nome. E é esta a vantagem em que se encontram; vocês me farão alguns pequenos favores. Em troca, eu também vos farei alguns. Tenho certeza que existe algo que desejam recuperar e também prezarei para que sua dívida com a coroa seja paga de maneira menos desagradável possível. E além disso terão minha gratidão que mais cedo ou mais tarde se provará muito valorosa. O que me dizem?

Palavras pronunciadas por uma voz suave e cortês, mas organizadas de forma que a faziam parecer convicta de que os dois aceitariam sua proposta. Na verdade, poderia soar muito mais como uma ordem do que outra coisa, o que sem dúvidas vinha do costume em lidar com pessoas submissas. Mas Aldarion e Sabrina não eram dessas pessoas, não é? Mesmo assim, eles tinham bons motivos para aceitar e talvez melhores ainda para não recusar.

Qual seria a resposta de Sabrina? 

A verdade por trás daquela dama parecia começar a se desvelar, mas era certo que ainda havia muito mais por vir...
Adicional:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Ter Jul 15, 2014 9:44 pm

Inconvenientemente irritante, essa era a expressão certa que definia quase que completamente a mulher a sua frente. Com toda sua pomposidade, subjetividade e seu ar extremamente altivo, era como se cada palavra sua fosse um teste de paciência a mim, no qual eu passava com mérito total. Minha expressão começou fria e implacável, e terminou da mesma forma até o fim, mesmo após a estranha colocação da mulher ao se referir ao ingrediente encontrado no chá. Observei toda a cerimônia que antecedia a verdadeira conversa com certo tédio no olhar, vê-la falar daquele jeito melancólico, como se ela própria tivesse ido buscar tal flor, era extremamente chato e desnecessário, mas me contive a simplesmente fita-la sem responder. Quando a conversa enfim chegou onde queria, foi que me manifestei, mas não sem antes observar atentamente ao que Aldarion estava fazendo. Era de extrema importância que ele prestasse atenção em nossa conversa, e se possível também participasse dela, mas deixei que ele o fizesse por contra própria, enquanto respondia à proposta que nos fora dada. – E a senhora espera que aceitemos sua proposta sem ter plena certeza que está mesmo falando a verdade?“Como se eu fosse boba o suficiente para acreditar num simples chá...” Zombei da historia da mulher mentalmente, esperando que esta entendesse que não seria tão fácil assim nos “persuadir”. Ao contrario do que ela poderia imaginar, eu sabia dos riscos que corríamos, inclusive tinha plena certeza que se recusássemos o acordo, sairíamos num prejuízo maior que ela. Mas uma coisa eu havia aprendido nesses muitos anos de convivência com a bruxa em meu interior. Ninguém em tão boa posição, como Lady Ophelia, vem pedir ajuda de baixo, a não ser que esteja realmente precisando.

- Estou inclinada a aceitar sua proposta, mas preciso ter certeza que não nos fará de bobos, até porque não seria vantajoso para ninguém se um dos lados acabasse por trair o outro, não acha? – E com isto, apenas aguardei a resposta da mulher, e também a reação de Aldarion, esta que eu esperava piamente que fosse um pouco mais discreta que sua imensa vontade de tomar chá...

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Dom Jul 20, 2014 11:56 pm

Aldarion estava absorto com sua jarra de chá sorvendo todo o líquido, mal sentia o gosto do que bebia e não deu a mínima para as explicações que a mulher dera a respeito da bebida. Era só um chá no final das contas. Quando o assunto começou a ficar sério, Aldarion passou a prestar mais atenção, entregou o jarro pra serviçal e ficou encarando a mulher, quando Sabrina deu sua resposta ele encontrou sua brecha para falar também.

Uma guerra silenciosa? E você quer nos envolver nisso? Olha só, eu já perdi um olho, perdi tudo o que eu tinha exceto minha espada e ainda fiquei 7 dias sendo torturado naquela gaiola horrível que tortura a carne e a moral. – As palavras saltavam da boca de Aldarion salpicadas com ódio. Não bastava para aquela gente asquerosa e aquela cidade fedida tomar parte de sua visão, humilhá-lo e fustigar sua carne, eles queriam mais. Queriam seu vigor, sua habilidade, sua força. – Eu não devo mais nada pra vocês, seus malditos, mais nada. O que eu paguei foi mais que o suficiente para buscar a verdade. Eu não vou ser joguete de ninguém e te digo mais, guerra silenciosa é o caralho, se tu me envolver em qualquer coisa desse tipo pode ter certeza que vai ter muita gente gritando e coisas sendo destruídas porque a minha vontade é derrubar essa cidade até não restar pedra sobre pedra.

Aldarion parou por um momento, encarou a mulher por alguns segundos depois olhou para Sabrina e então continuo voltando a olhar para a lady.

Nos queremos sair desse buraco, eu quero minhas coisas de volta, se você puder fazer isso por nós eu aceito sua proposta DESDE que nós não tenhamos que fazer nada que nos comprometa mais ainda, nada que seja considerado um crime, não queremos dar motivos para esse rei arrogante e seus cães adestrados inventarem mais motivos para me manter preso aqui. Então é isso, se você concordar com meus métodos indiscretos, caberá a minha mestra decidir se aceitaremos sua proposta ou não. – Aldarion terminou de falar encarando Lady Ophelia, então voltou a si, agora que não estava mais com sede outras sensações desagradáveis e menos urgentes se tornavam evidentes. A fome, o cansaço, a doença e a sujeira.

Pelos dentes peludos de Grumish, preciso de um banho e de uma boa noite de sono! – Falou pensando em voz alta.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Sex Jul 25, 2014 10:33 am

" Vai ser perigoso, o legal é que eu posso conhecer mais do homem que eu matei junto aquela mulher estranha. "

Eu pensava nisso enquanto já tinha o endereço correto em mãos. Por pura sorte, a casa de Kholl não era muito ao interior dos Subúrbios, pois lá as coisas ficam bem piores, e eu poderia ser assaltado, ou até mesmo coisa pior em instantes. Não que naquela parte mais exterior, não tenha ladrões ou gente de má índole.

Obrigado.

Agradeci ao taberneiro, piscando o olho esquerdo para ele, fiz um gesto amistoso com as mãos, e parti. retirei da minha bolsa uma roupa preta, reserva, era uma espécie de sobretudo com um capote para cobri o rosto, ocultei a espada dentro dele e sai dali. Já estava escuro o manto preto apenas iria me disfarçar ali dentro, como se fosse mais alguém comum e sem pretensiosidades maliciosas.

Adentrei no subúrbio sem muita dificuldade. E logo reparei no estado de calamidade do local. Algumas pessoas me observavam com uma cara feia, não iria mostrar nada além de meu rosto esbanjando seriedade, enquanto aquele lugar pedante me enojava, assim como Kholl me enojava. Continuei a andar, até chegar ao endereço certo.

A casa era de madeira, e ficava em um amontoado com outras casas, era uma coisa bem desorganizada, mas comecei a escalar o local até chegar a casa de madeira, com remendos por todas as partes. Fui até o local que chamavam de porta, e bati lá por alguns segundos, logo após, fui até a lateral da casa, onde fiquei apoiado no canto, para ver se alguém iria sair, escondido, enquanto o manto escuro me mantinha oculto também naquela escuridão.


_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sáb Jul 26, 2014 3:04 pm

Subúrbio Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


Lady Ophelia leva a xícara de chá mais uma vez ao encontro de seus lábios e degusta mais uma pequena porção da bebida de forma lenta e paciente, enquanto segura o pires graciosamente. Mesmo depois de ter ouvido os dois e seus questionamentos, ela se mantém na mesma postura serena e de poucas expressões e de forma alguma se deixando intimidar pela postura de Aldarion.

[Lady Ophelia] — Compreendo o seu desconforto e posso garantir que enquanto estiverem de alguma forma vinculados a mim e a meus interesses, nada de ruim lhes acontecerá. A menos, é claro, que sua ações sejam demasiadas agressivas frente a Coroa, então temo que nem toda a minha influência poderia salvá-lo de novo.  

Ela, terminando seu chá, repousa a xícara sobre o pires e entrega para "Esta" que prontamente estava posicionada para tal, como se antecipasse as necessidades de sua senhora. Lara era uma serviçal muito eficiente.  

[Lady Ophelia] — Mas receio que métodos indiscretos não sejam exatamente os mais adequados para minha proposta.  

A dama caminha delicadamente alguns poucos passos a frente se posicionando ao lado de uma caixa que jazia sobre uma cômoda recostada à parede do aposento. A caixa era de madeira brevemente trabalhada em relevos e tinha sobre ela incrustada a figura de um olho semelhante ao presente no anel de Lady Ophelia. Suas proporções eram de 50cm².

[Lady Ophelia] — Uma entrega especial.

Por algum motivo, o "especial" dela parecei recheado de sarcasmo. Ela gesticulava com as mãos de forma a indicar e a deixar bem claro que seria ela o objeto da entrega.

[Lady Ophelia] — Mas com toda a discrição. Existem olhos inimigos em todos os cantos dessa cidade. Além disso, se concordarem, podem descansar aqui. O lugar é de longe o mais apropriado, mas encontrarão alimento e um pouco de privacidade.

Ela retorna para próximo do grupo.

[Lady Ophelia] — Sobre a minha palavra, bem, se eu lhes quisesse mal, não teria intercedido na sua sentença. Além disso, vocês não tem muita opção. Esta cidade não permitirá que saiam e, mesmo que consigam, não há lugar em Lodoss onde possam se esconder das garras da Coroa. Então, o que me dizem?

Por interesses ou não, o que ela dizia tinha sua verdade. Mesmo que os dois tentassem fugir da cidade, suas precárias condições possivelmente impediriam isso. Aqueles soldados reais, o cheiro deles, o barulho e brilho de suas armaduras: era quase possível vê-los se aproximando como uma matilha de cães selvagens e famintos. Lady Ophelia poderia ser bastante persuasiva, afinal. Mesmo assim, a escolha estava nas mãos do casal.


Subúrbio Arabesco1_fwHAYASHI



O rapaz havia feito o seu caminho até a casa do meio-orc, mas não havia encontrado nada. Não ainda. Ele batia na porta, mas não ouvia resposta. Mesmo esperando, ninguém parecia responder e as ruas estavam negras e vazias. Isso fazia Hayashi se sentir satisfeito por ter escolhido aquela capa que o fazia parecer mais com a noite e menos visível naquele lugar, mas também solitário. Um silêncio perturbador se espalhava por aquelas ruas naquela hora.  

Passou-se um minuto, talvez dois. Algumas batidas a mais, mas ainda não havia nenhuma resposta. Será que ele havia feito certo em seguir até aquele lugar? O que deveria esperar ali, afinal? Talvez fosse melhor ir embora antes que algo de pior aconteça. Mas então o rapaz ouve um barulho: uma batida surda na madeira e então o som de alguma coisa arrastando. Sua origem é com toda a certeza o interior daquela casa, mas, ainda assim, ninguém se pronuncia enquanto a noite retorna ao seu sufocante silêncio. O que fazer? Será que Hayashi desistiria ou optaria por outros meios?

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Jul 31, 2014 7:37 am

Aldarion ouviu bem as palavras da mulher, seu único olho fitando-a fixamente, medindo suas expressões faciais, seus gestos. Uma coisa que ele era bom era em descobrir os sentimentos de alguém lendo sua linguagem corporal, não que ele fosse alguém acostumado a lidar com o trato social, mas para ser um bom espadachim você acaba tendo que aprender algumas coisas além do simples manejo de uma arma. Aldarion suspirou, olhou para Sabrina e depois voltou a olhar para Ophelia.

Está bem mulher, você venceu, tentaremos ser o mais discretos possível. Vamos fazer uma única tarefa para você, em troca eu quero meus equipamentos de volta e a total anistia, também quero uma licença para portar minhas armas e armaduras, uma para mim e uma para Sabrina. – Aldarion aguardou a resposta de Lady Ophelia e então continuou.

Milady, nos dê 3 dias, estou doente, sujo, com fome, preciso descansar. Depois de três dias a contar de amanhã, envie um de seus mensageiros, ele deve bater a nossa porta e nós iremos perguntar "O que uma rua falou pra outra?", ele deve responder exatamente "Vamos nos encontrar na esquina?". Se qualquer um que bater nesta porta não responder a senha vai ter problemas com a gente. De acordo?

Aldarion esperava que Lady Ophelia concordasse com seus pedidos, ele realmente precisava de um tempo para descansar, um tempo para se limpar de suas próprias fezes, para sentir uma cama macia acomodar sua carne marcada e comida quente no estômago. Mas mais importante do que tudo, ele sentia sede, sede de beijar Sabrina, de amá-la, de possuir o corpo gostoso da jovem.

Se a mulher concordasse e se retirasse levando seus guardas, criados e seu estranho animal embora, Aldarion finalmente se lançaria para o chuveiro, depois de se limpar, trocar de roupas ele trocaria a água do banho e daria banho em Sabrina. Depois que ambos estivessem devidamente limpos, eles se deitariam na cama macia e descansariam abraçados aquela noite. Aldarion estava muito doente para dar qualquer prazer a Sabrina e naquela noite ele só queria descansar tendo ela abraçada a ele.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qui Jul 31, 2014 12:22 pm

A mulher parecia ser bem convincente e o que ela dizia tinha certa lógica, lembrei-me da situação de tensão que passei na praça ao tentar recuperar a espada de Aldarion, me lembrei também da carta mandada pelo general Woodlance, o homem que seria o responsável por prolongar ainda mais o nosso sofrimento. “Certamente eles não iriam esquecer tão facilmente um ato como este, não há outra explicação a não ser a intervenção desta mulher... Que seja, farei o que ela quer.” – Estamos de acordo... – Respondi logo após Aldarion, esperei que ele terminasse de falar para continuar. – Quanto aos nossos métodos, não precisa se preocupar, faremos o possível para sermos discretos. – Eu falava em meu e no de Aldarion, que mesmo concordando, ainda parecia relutante na ideia de seguir as ordens da mulher. “Óbvio que ela não pedira somente um favor, mas desde que tenhamos o que queremos e um pouco de privacidade estará tudo certo por um tempo... Depois que as coisas se ajeitarem, verei uma forma de sair disso.” A mulher então se aproximou de uma caixa que estava sobre a cômoda e a indicou, dizendo esta ser um “presente” para nós. Pela entonação, já dava para notar que não se tratava de um presente que iríamos gostar tanto, mas ainda assim era algo que poderia ser útil dali em diante. Sabrina tomou a caixa para si e aguardou que a conversa terminasse para verificar seu conteúdo.

- Aceitarei sua proposta, e ficaremos aqui mesmo. Tenho somente mais um pedido a fazer antes de encerrarmos isto... Antes de começarmos a “trabalhar” para você, gostaria que trouxesse um sacerdote, ou qualquer outra entidade religiosa até nós. Seria um problema? – Com toda certeza o meu pedido assustaria Aldarion e Ophelia, ou no mínimo os pegaria de surpresa, mas eu tinha algo em mente, e queria concretizar aquele ato o quanto antes, quero me casar com Aldarion! Mesmo que fosse ali num barraco no meio do subúrbio, mesmo que não tivesse ninguém mais ao seu lado, mesmo que não houvesse cerimônia alguma, somente a presença do sacerdote para abençoa-los, este era meu maior desejo e com a ajuda daquela mulher desconhecida, talvez conseguisse isso. Quando o fizesse, estaria plenamente satisfeita, pois enfim a união entre mim e Aldarion estaria cem porcento completa, e assim permaneceria por toda a nossa vida.

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Dom Ago 03, 2014 12:45 am

[ Peço desculpas pela demora, estava em semanas de provas. ]
Nada tinha acontecido após uns dois minutos de tentativas. 
Já estava cansado, a noite iria passando, e eu ali, feito um bobo. Qual era mesmo o motivo para eu fazer aquilo? Poxa, eu nem o conhecia o cara. Notei que tudo estava em silêncio. Um silêncio chato e que perturbava minha mente, eu daria tudo para aparecer aqueles bandidos para procurar alguma confusão comigo e eu arranjar uma boa briga, e "diversão". Até que um ruído estranho me chamou atenção, enquanto iria começar a andar o caminho para voltar a Taverna.
E o barulho era estranho, que partia aquele silêncio perturbador que teria a segundos atrás. E eu tinha certeza que vinha de dentro da casa. Como algo se arrastando. Ou alguém arrastado algo. Mais alguém lá dentro? Seria algum outro parente ou alguma outra pessoa lá dentro? Novamente minha impulsividade tomou conta de mim. 
Fui até a porta, rodei a maçaneta e pressionei,como se quisesse arrombá-la, e caso minha força bruta não fosse o suficiente para tentar arrombar, iria dar um pontapé com a sola do pé com a minha bota de couro na porta, para tentar fazer ela cair, partir o mecanismo que a trancava e finalmente ver o que tinha lá dentro. Caso ela abrisse, iria empunhar minha espada, enquanto tentaria observar o que tinha lá dentro, sem entrar totalmente. 
Caso falhasse, procuraria alguma escotilha ou janela, ou alguma entrada de ar para dentro da casa, e se caso eu possa entrar por lá, iria fazer sem hesitar.  

_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sex Ago 29, 2014 12:34 pm

Subúrbio Arabesco1_fwALDARION E SABRINA


[Lady Ophelia] — Um sacerdote?!

Pergunta Lady Ophelia enquanto lançava alguns passos a frente, se pondo de contas para o grupo. Sua mão esquerda estava erguida e ela movia o dedo polegar de forma a coçar o dedo mínimo, passando uma sensação de estar de alguma forma apreensiva.

[Lady Ophelia] — Um servo de Zaltar, devo presumir. Não é impossível, mas devo ressaltar que certos pedidos requerem um tempo.

Ela se vira de volta para a dupla com um discreto sorriso na face. Seu olhar fitava especialmente Aldarion e, embora não tenha comentado nada a respeito, estava claro que se referia aos pedidos dele também. Talvez algo mais pudesse ficar subentendido, mas caberia apenas a eles esta compreensão.

[Lady Ophelia] — Tudo bem. Providenciarei para que um sacerdote compareça a este endereço amanhã pela manhã. E não se preocupe com senhas. Posso lhes garantir que ninguém que não atenda aos meus interesses tocará na maçaneta desta porta. Se não houver mais nada a tratarmos, sugiro que descansem e aproveitem os alimentos e o resto do dia. Amanhã nos encontraremos aqui pela manhã. E apenas mais uma coisa: não devem, por motivo nenhum, abrir a caixa! Devem entregá-la o quanto antes.

Conforme foi se aproximando do término de sua fala, o som crescente de algo em movimento parecia também se aproximar. Quando bem perto, tornou-se inconfundível: era o som de uma carruagem guiada por cavalos. Aquela, talvez, fosse uma das poucas ruas abrigadas pelos subúrbios capazes de receber veículo semelhante, lançando alguma luz no porque da escolha do local.

[Lady Ophelia] — Eu aprecio que tenham aceitado meio acordo. Agora, se me derem licença, tenho muitas coisas para providenciar.

Com um breve sorriso, Lady Ophelia foi se dirigindo para a saída, como se a chegada do transporte tivesse sido misteriosamente orquestrada para culminar naquele exato instante. Lara, a garota sem nome, acompanhava sua senhora, mas não sem ter se encarregado de remover as xícaras e as jarras um momento antes, enquanto a dama falava. Antes de sair, ela faz uma breve reverência a ambos os aventureiros e, mesmo em sua inexpressividade, parece representar uma certa gratidão para com Sabrina e também um sentimento de alívio. Os meios por onde essas impressões se passavam eram difíceis de decifrar.

Não havendo nenhuma interrupção, o casal ouviria a partida dos cavalos e então um suave silêncio repousaria no lugar como um lençol de seda num leito de repouso. A casa não era muito grande, contava apenas com mais alguns cômodos, sendo uma pequena cozinha com um fogão a lenha aceso e uma mesa que comportava uma farta cornucópia repleta de frutos deliciosos e brilhantes um destes. Havia também um quarto com uma cama macia e uma lareira para enfrentar a noite. Em suma, era aconchegante, completamente diferente de tudo que aqueles dois haviam enfrentado e passado naquela cidade. Conforme as horas se passavam, seria fácil se perder naquele lugar e esquecer dos problemas, mas alguns deles poderiam sempre se manter a espreita.

Um dia todo só para eles? Era mesmo verdade? Há quanto tempo o mundo conspirava contra esse tipo de sossego? Se tornariam este tempo só deles, dormiriam ou mesmo fariam a tal entrega, competia somente a eles naquele momento. Era uma estranha sensação de liberdade passageira como deveria ter sido a da ave libertada da gaiola para em seguida cair frente ao seu predador. Ou talvez não precisasse ser assim. Tudo dependeria do que o destino teria em mente, mas também do que cada um deles faria disso.

Adicional:

Pesadelo:


Subúrbio Arabesco1_fwHAYASHI


Entrar naquela casa seria mesmo uma boa ideia? Hayashi estava certo que sim ou então não havia sequer pensado no assunto. Quando ele tentou abrir a porta, não obteve sucesso, mas o chute desferido fora suficiente não para abri-la através do mecanismo da tranca, mas para fazer com quem uma das tábuas que a compunham se soltasse e abrisse uma passagem. Forçar uma segunda seria o suficiente para que o caminho servisse ao tamanho do rapaz. O barulho de madeira quebrando ecoou longe naquelas ruas, mas ninguém havia aparecido para conferir do que se tratava. Naquele lugar, roubos ou coisas piores eram frequentes e ninguém aparecia em socorro de ninguém porque era melhor conservar a própria saúde.

Ao por a cabeça para dentro, um forte cheiro de coisa podre inundou as narinas de Hayashi. Aquele orc imundo! Como podia viver num ambiente tão repulsivo? Bem, os orcs não eram de fato conhecidos por sua higiene, mas aquele cheiro: era o cheiro inconfundível de carne em decomposição!

Já que já havia ido até ali, não custaria entrar. O ambiente era muito escuro, graças à noite e não havia coisa incomum. Pouca mobilha, algumas pilhas de sujeira nos cantos, pratos sujos. Será que alguém estava se escondendo ali? Seria difícil descobrir daquela forma, então a ideia mais sensata seria improvisar alguma luz. Quando Hayashi acendeu sua espada em chamas, alguma coisa saltou de algum canto para cima do rapaz o fazendo cair para trás.  

Um rosnado de um predador!

Predador:


Por pouco suas garras não perfuraram a carne macia do jovem. Mas ele estava preso, acorrentado. Isto foi o que salvou Hayashi. O que era aquela criatura? Seu aspecto incomum fazia lembrar das histórias sobre um certo irmão de Kholl em Takaras, que era a única provável origem para a criatura. Ele estava faminto. Os ossos apodrecidos que o rodeavam, origem do fedor, já estavam completamente sem carne. Ele se movia agitado fitando Hayashi como uma próxima refeição, mas não atacava, estando ciente de sua limitação — o que denotava certa inteligência. O que o rapaz faria naquela situação? Ir embora, deixar a criatura morrer de fome? Matar e levar como troféu? Um golpe de misericórdia? Ou o que mais se poderia fazer?
Adicional:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Qui Set 04, 2014 7:32 pm

Optei a usar minha força bruta para escancarar aquela porta. Deu certo. Mas encontrei algo bem diferente lá dentro. Um cheiro de carne deteriorada subiu as minhas narinas. Como aquele cara conseguia dormir nesse lugar? Orcs são mais sujos do que eu pensava. Eu pisei ali dentro. E estava como eu pensava, praticamente eu não enxergava nada. Eu tirei minha espada dos confins do manto negro que eu vestia.

E a ascendi. Usando minhas técnicas ancestrais para conceder a mim uma simples luz para que eu possa iluminar o local escuro. E eu estou me arrependendo disso até hoje. Tinha uma coisa, algo monstruoso, cheio de ossos espalhados pelo seu corpo, uma forma canina satânica. Algo medonho e pedante. Um ser digno de pena por sua aparência, e ele pulou para me atacar, vi minha vida passar diante dos meus olhos. A morte estava tão próxima. E eu caí no chão, como um fruto maduro.

Mas aí ela sofreu um recuo, algo a puxou novamente para trás, e toda essa dramatização sobre minha morte caiu na minha frente. Ele estava preso por correntes, e isso me garantiu um certo alívio. Suspirei com segurança. Ele parecia faminto, apenas tinha ossos ao seu lado, ele parecia ter uma certa consciência, quando o carniceiro viu que não daria para me fazer de seu jantar, recuou, frustado, deitou-se no canto, me olhando. Aqueles olhos carnívoros, só faltava babar.

Eu pensei por alguns segundos. E refleti sobre o que estava acontecendo, aquele bicho estava ali sozinho para morrer. E por mais que seja um ser que aparentemente não tem pena de ninguém feito de carne. Era um ser vivo. E os seres vivos não foram criados para morrer miseravelmente como aquele monstro iria morrer. Insano, comecei a falar com o animal. Levantei do local que eu estava, e me ajoelhei ao olhar para ele. Claro, a uma distância segura.

A vida também não é muito justa contigo não é? He He — Disse como se aquele ser me entendesse. Comecei um diálogo não correspondido com o animal. — Estranhou porque seu dono não chegou até agora? — Nesta hora o corpo daquele orc já deveria estar debaixo da terra. — Ele morreu. Eu vim trazer essa notícia para seus familiares. Mas parece que só tem você aqui. Bem... Ele foi morto por uma mulher muito estranha. — Mesmo se tratando de um ser irracional, eu não tinha coragem de confessar um assassinato. — Não sei se você é adestrado ou coisa assim, e só pensa em comer. Mas vamos pensar no seguinte. Eu sou a única forma de você sobreviver. Para não morrer de fome aqui, vou trazer alguns pedaços de carne para você se alimentar. E eu estou vendo que tua fome não é pouca. Acho que estou meio louco para conversar com você. Como se você me entendesse ou fosse algo inteligente que pensasse em coisas que não fossem comer. Mas vou trazer "coisas" para você comer. Peço que espere.

_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Ter Set 16, 2014 11:36 am

Subúrbio Arabesco1_fwHAYASHI

A Morte havia deixado o garoto escapar por entre os seus dedos finos e ossudos. Não havia sido desta vez que ela tinha vencido. Ainda assim, passou muito perto. Deveria ser, em alguma parte, revigorante estar quase morto e, em seguida, a salvo. Era como a brisa fresca de uma manhã de primavera. Só que naquele lugar não tinha nada de fresco e nem de flores, apenas morte e podridão.

Contrariando a lógica padrão, Hayashi resolveu conversar com a criatura. Mesmo que ela pareça ter vindo do próprio Abismo, isso não importava: a alma do garoto era capaz de ver e sentir a alma por trás daquela aparência grotesca. Aquele era um animal terrível, mas era apenas isso: uma criatura que lutava pela própria sobrevivência. Ou era algo próximo a isso que motivava o rapaz.

O ser - que ora podia ser definido como felino e ora como canino - se ergueu ao término das primeiras palavras de Hayashi. Era improvável que pudesse compreender minimamente. Mesmo assim, ele parecia ter se acalmado um pouco, talvez captando o tom emocional nas palavras do garoto. De pé, a fera se movia em passos lentos de um lado para o outro e sua face coberta por uma estrutura óssea - um exoesqueleto - se mantinha fitando Hayashi, embora não fosse possível olhar em seus olhos, o que até deixava em dúvidas sobre se o animal realmente tinha algum olho. No peito da criatura sua respiração ressoava como o som de uma tempestade longínqua, o que era também um sinal de que o perigo ainda era constante. Será que ele estava disposto a esperar paciente pela comida? De qualquer forma, não tinha outra opção. Mas Hayashi tinha. E o que será que ele decidiria?

Adicional:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Sex Out 03, 2014 10:20 am

Fiquei um pouco distante após ter recebido a confirmação da mulher para meu pedido. Tanto que mal pude compreender o restante da mensagem que ela tagarelava presunçosamente. Só voltei à realidade quando notei que algo se aproximava do lado de for, uma carroça? Deveria ser a deixa daquela mulher para nos deixar em paz, mas que hora oportuna, finalmente teríamos um tempo a sós, Aldarion estava precisando de cuidados, e eu estava cansada e suja. – Só um momento... A senhora ainda não disse para quem é esta caixa. – Eu não tinha certeza se ela o havia feito propositalmente, apenas para ver se prestávamos mesmo atenção em sua conversa, ou se o fez por acidente. Seja como for, era importante, acima de tudo, saber quem era o destinatário daquele pacote, até porque seria impossível completar a entrega sem saber para quem ela se destina. Uma vez respondida a minha pergunta, era hora de ter paz e tranquilidade, ou ao menos era o que eu procurava colocar em minha mente a todo custo. Mas aqueles pensamentos sobre tudo que nos acontecera até aqui desde que chegamos nesta cidade só me deixavam ainda mais indignada e com nojo deste lugar. Será que teríamos mesmo paz? Ou aquela mulher era só mais uma das meretrizes cheias de dinheiro e influencia que queriam se aproveitar dos desafortunados? Respirei fundo algumas vezes e tentei me acalmar, queria pensar somente em nós. Sim, era isso que eu faria, pensaria somente em mim e em Aldarion, nós dois finalmente juntos e a sós, mesmo que em uma situação não muito boa, mas ainda assim melhor do que a gaiola e o casebre do lado de fora. - Aldarion... Como se sente? Venha, vamos nos lavar e descansar, agora seremos só nós dois o restante do dia. – Procurei ser o mais cuidadosa possível, tanto com palavras quanto com minhas atitudes. Ajudei-o a se despir e fiz o mesmo em seguida, logo estávamos juntos relaxando na agua morna e esquecendo de nossos problemas.



<Foi mal a demora tio, eu tava... Não interessa. xhuaxhua
Fiquei em duvida se você esqueceu de dizer pra quem era a entrega, ou se fez de propósito, mas de qualquer forma, minha personagem já perguntou. o/
Nós vamos continuar a interação, só pra confirmar. =P>

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Out 06, 2014 3:20 pm

Aldarion prestou atenção na palavras de Ophelia, ele pensou em debater, mas apenas pensou, seu corpo ardia de febre e apesar dele por fora parecer bem, por dentro estava bastante debilitado. Se Aldarion não fosse uma pessoa dotada de resistência sobre-humana ele já estaria em um coma febril, mas lá estava ele de pé e pronto para lutar por sua vida e pela de Sabrina.

Quando Ophelia terminou de falar ao som da aproximação de uma carruagem, Sabrina fez a pergunta que o próprio Aldarion deveria ter feito. O guerreiro nada disse, apenas continuou em silêncio, estava ansioso por poder se ver a só com sua amada. Tamanha era sua ansiedade que assim que a porta fechou ele praticamente desabou apoiando-se na parede com uma mão e com a outra no ombro de Sabrina.

Estou muito mal meu amor, muito. Sim vamos nos lavar, mas estou muito sujo, deixe que eu me lavo primeiro e você vem depois que eu me limpar de toda essa sujeira. – O guerreiro sentia vergonha de seu estado.

Preso naquela gaiola ele não podia sair nem mesmo para atender suas necessidades fisiológicas, ele estava imundo com as próprias fezes e fedia tanto quando uma latrina. Mas mesmo assim Sabrina estava com ele, dando-lhe alento e apoio e isso o alegrava muito.

Juntos foram para o banheiro, Sabrina ajudou Aldarion a se despir e a encher a tina de banho com água quente, primeiro ele se lavou sozinho para retirar do corpo a imundície vergonhosa em que estava, depois trocou a água da tina e ai sim deixou Sabrina se juntar a ele.

A visão do belo corpo nu da jovem junto da sensação do banho e da água quente revitalizaram-no atiçando seus desejos. Quando Sabrina entrou naquela grande tina de banho que de repente pareceu confortavelmente pequena, ele se atirou sobre ela abraçando-a.

Oh meu amor, me desculpe! Coloquei a gente em toda essa confusão, eu te amo tanto, foi você quem me deu forças para aguentar aquele tormento todo. – Dizia abraçando Sabrina com ternura e vigor, um abraço bem apertado. – Você me elegeu como seu campeão, me escolheu para cuidar de você, mas é você quem está cuidando de mim... Ninguém nunca cuidou de mim... – As palavras saiam com emoção, Aldarion por um momento não parecia aquele guerreiro frio e poderoso, mas sim um garotinho abandonado, um garotinho que perdeu seus pais muito cedo e se viu entregue a um mundo cruel.

Essa minha espada, minha armadura, minha cara de mal, meu tamanho, é tudo um disfarce. Eu fico tentando parecer um cara mal, mas a verdade é que eu odeio injustiças, eu não consigo ver os fracos sendo oprimidos... Eu pensei que talvez aqueles homens fossem inocentes. Por favor me perdoe por minha tolice, eu amo tanto você. – Disse em um tom de tristeza.

OFF: Vamos continuar a interação, por favor não poste ainda.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qui Out 09, 2014 1:15 pm

A noite enfim chegou, e agora que estávamos bem alimentados e limpos, era hora do merecido descanso. Ah, uma cama! Há quanto tempo não se deitava numa cama quente e macia? Meu corpo precisava daquilo, um pouco de conforto nunca era demais. Antes de dormirmos tivemos mais um tempo juntos, nos amando na cama, e ao final, dormimos abraçados. Estava tão cansada que em poucos minutos eu já me encontrava num sono profundo, mergulhando nas entranhas do inconsciente. De repente, eu estava na casa novamente, era noite, a única luz vinha de fora, uma luz prateada, mas a lua não estava presente, então como? Detalhes, apenas detalhes. Algo estava errado naquele lugar, tentou achar Aldarion, mas não o via nem sentia, como? Ele havia morrido? Mas quando? Como? Por quê? Corri pelos cômodos a procura de uma resposta, mas só encontrava mais e mais duvidas. Num dos quartos estava um espelho, escurecido, manchado por uma camada grossa de poeira, mas de alguma forma, ele parecia me atrair para que o mirasse. Me aproximei devagar, meus passos pesados, cheios de receio, o coração já acelerando. Passei a mão no espelho, apenas para ter o horror de ver minha imagem distorcida, uma caveira em carne viva, ensanguentada, uma zumbi? O espelho se quebrou antes que eu pudesse entender, e então despertei. Estava ofegante, suando levemente, mas por sorte não acordara Aldarion naquilo tudo. Respirei fundo algumas vezes e voltei a dormir, e assim o pesadelo não voltou mais a me atormentar aquela noite.

Pela manhã, acordei um pouco mais cedo, queria preparar algo para comermos. Usei algumas das frutas na mesa para fazer um suco para nós, e deixei à mesa disponível numa caneca ao lado de alguns pães. Voltei ao quarto e acordei Aldarion, de forma bem calma e delicada. – Acorde, já é de manhã, venha querido, em breve nossa união estará completa. – E por fim, um beijo de ternura para desperta-lo.



<Considere que Aldarion perdeu 15% de PVs durante a noite, que eu suguei dele durante nossa brincadeirinha. u.u>


Última edição por Sassa em Dom Out 26, 2014 6:02 pm, editado 1 vez(es)

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Out 10, 2014 11:16 pm

A noite fora agitada e animada, com momentos de amor e carícias entre Aldarion e Sabrina. O casal só cessou sua diversão íntima na metade da madrugada e os dois caíram no sono. Sabrina tivera um pesadelo que a fez acordar no meio da noite suando e ofegante, a jovem olhou para Aldarion e este ainda dormia o sono dos justos. Quando Sabrina apoiou a cabeça sobre o peito do guerreiro e o abraçou tentando voltar a dormir, ela sentiu a mão de Aldarion sobre sua cabeça.

- Eu... Te amo... Meu amorzinho... - Ele disse, sem abrir os olhos, na verdade estava dormindo ainda e agia por puro instinto, de alguma forma ele sentira a aflição no coração de sua amada e respondeu daquela forma mesmo estando inconsciente.

Pela manhã, Sabrina se levantou antes do guerreiro, normalmente era o contrário, mas Aldarion estava doente ainda e cansado e excepcionalmente naquela noite se permitiu dormir mais do que estava acostumado. Foi acordar apenas com as carícias de Sabrina, não se fez de medido, puxou-a e a beijou com ternura.

- Bom dia meu amor. Do que você está falando? Nossa união já está completa. - Disse ele sem saber o que o aguardava. De qualquer forma deu de ombros e foi até a cozinha comer a comida que Sabrina havia preparado, depois tomou mais um banho junto de sua amada até estar finalmente pronto para a chegada de Lady Ophelia.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Sáb Out 11, 2014 10:47 am

[ Peço perdão pela demora. Me afastei um pouco para me dedicar aos estudos, estava em semana de provas no colégio, e o barato tava loko. ] 
Eu havia prometido e agora teria que cumprir. Eu não sabia como, mas eu teria que arranjar alguma coisa para aquele monstrengo comer. Sai pela mesma porta que havia arrombado com um chute, e a encostei, claro que agora ela não fecharia, mas pelo menos eu tentaria deixar um disfarce. Não queria que ninguém entrasse e fosse comido por aquele bicho. Que parecia que me entenderia: "Ele é estranho." Pensava, não queria acreditar que poderia estabelecer uma certa amizade com o bicho. E se ele realmente entendesse o que eu dizia, melhor não avisar que foi eu que matei o dono dele. 

Estava a caminhar em direção a Taverna onde trabalho. Eu estava receoso, meu patrão realmente é ganancioso, e fazer uma doação... Hum... definitivamente ele não iria aceitar. Eu teria que pagar pela carne que eu almejava conseguir na Taverna. Pouco tempo de caminhava, procuraria evitar distrações, e também manter o cuidado, afinal era o subúrbio, ninguém pode andar distraído no subúrbio. 

Pouco tempo de caminhada e eu estava lá, na Taverna do Macaco Caolho. Já estava tarde, possivelmente a farra lá dentro já tinha terminado, mas se eu encontrasse bêbados lá dentro ainda, não teria muita importância. 

Encapuzado, me dirigi até o balcão, e esperei por algum taberneiro lá, se encontrasse algum. Pediria um pedaço de carne crua, de qualquer animal, da carne mais barata dali, e pediria para anotar e retirar as moedas do meu salário na Taverna. Caso não encontrasse ninguém lá, iria entrar na cozinha, e procuraria algum pedaço de carne lá dentro, grande, em meio as vasilhas e panelas que guardavam os alimentos locais: – Vou levar este mesmo. – 

Saiu da taverna como entrou, pela porta da frente, e se dirigiu ao subúrbio. Procurou esconder a carne em meio ao capuz negro, com a espada presa as costas por uma bainha de couro simples e útil. Quando chegou novamente a casa abandonada, entrou sem pestanejar, e voltou a dialogar com a criatura: – E ai, voltei com isso aqui para você. – Retirou da ofuscação do capuz negro o pedaço de carne dentro de uma sacola, jogou para aquele cão, ou sei lá o que fosse. 

_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Qui Out 30, 2014 3:27 pm

Subúrbio Arabesco1_fwALDARION E SABRINA



O dia amanheceu nublado e estranhamento comum. No lado de fora a agitação dos subúrbios da grande Hilydrus borbulhava em mais um dia de trabalho sem sentido. No calendário nenhum dia especial a ser marcado, nenhum deus a ser homenageado ou marco a ser lembrado. Nada! Aquele era apenas um dia ordinário e demasiado normal. Um dia estranhamente comum... estranhamente comum. Mas não precisava ser assim. Não para Aldarion e Sabrina. Apesar de onde estavam, do que haviam passado e talvez até pelo que passariam, aquele dia era como um importante marco. Era um momento memorável! Uma pedra preciosa, que, embora pequena, dotada de inestimável valor.  

Acordar com um sorriso: a quem era reservada essa dádiva? O frio na barriga. A preparação. O calor de um abraço. Não importava o que estava lá fora. Só importava o amor quente e confortável abrigado no interior de seus corações. Ali ele estava seguro e completo, perpetuando uma união eterna. A miséria e o mundo poderiam esperar. Tudo poderia parar apenas por um momento para a realização daquele sonho que ainda sobrevivia no coração de Sabrina.  

Aldarion não percebera sua companheira levantar. Ele estava cansado demais e com o corpo pesado ainda por conta de tudo o que sofrera. Sua febre havia passado, mas sua saúde não estava totalmente melhor. Precisaria, ainda, mais algum tempo para que estivesse completamente de volta. Isso sem contar o desgaste da noite passada. Alguns prazeres podiam ser bem perigosos.

De café e banho tomados, os dois já esperavam fazia algum tempo. O relógio, ainda que inexistente naquele contexto, parecia atrasar seus ponteiros apenas para fazer aquele momento de breve tensão durar um pouco mais. Então o nítido ruído de rodas de carruagem foi ouvido se aproximando. Seria Lady Ophelia? Será que ela cumpriria a promessa? Parecia que sim, pois aquele som aumentou até vir a parar muito próximo à entrada.  

As portas se abriram abruptamente num estrondo! Alguns homens entraram em passos apressados ameaçadoramente carregando... flores?! Era isso mesmo? Rosas vermelhas e perfumadas que foram sendo arranjadas em belíssimos vasos de prata que eles também traziam para o ambiente. Aos poucos a decoração daquela casa simples passou de comum a razoavelmente elaborada. Os móveis foram afastados do centros e um tapete de cor púrpura foi estendido. Um discreto pedestal de madeira foi posto com um livro sobre ele cujas linhas falavam numa língua desconhecida para os dois.

Então adentra Lady Ophelia: ela vestia um vestido tão vermelho como aquelas rosas e com uma cauda que se estendia pelo chão como o rastro de sangue deixado na cena de um homicídio. De fato, ela era tão longa que haviam quatro servas apenas para erguê-la — difícil tarefa para um ambiente tão pequeno — e evitar que tocasse e se sujassem no chão! Cada uma destas vestia roupas em tom cinza escuro que ia dos pés à cabeça, cobrindo o pescoço e terminando numa espécie de chapéu com a forma de um pentágono. A dama carmesim também exibia luxuosas joias douradas, sendo que a maioria eram as mesmas do dia anterior. O modelo de sua vestimenta tinha ombreiras ainda mais chamativas que a anterior, mas escondia seu corpo quase de igual forma, embora ameaçasse uma abertura na parte frontal. Seu chapéu tinha o mesmo modelo. Lara, ou "Esta", seguia logo ao seu lado. Sua simplicidade e delicadeza contrastavam gritantemente com a estravagância sua senhora. Ela trazia em suas mãos duas caixas baixas e não muito grandes.

[Lady Ophelia] — Eu adoro o aroma de flores pela manhã!  — Comenta a dama após inalar delicadamente o perfume que se espalhava pelo ambiente. Em seguida ela olha para o casal e se atém por um momento em Aldarion, fitando-o de cima a baixo transparecendo que ele sequer parecia a mesma pessoa.

[Lady Ophelia] — Me alegra perceber que tenham ficado confortáveis. Por favor, aceitem isso como parte do cumprimento de minha promessa.

Lara se aproxima dos dois. Sua face era sempre a mesma, mas deixava, nas entrelinhas, passar uma certa simpatia inexplicável que deixava em dúvidas se não seria apenas uma impressão. Ela leva as caixas um pouco para frente, oferecendo-as aos dois.

[Lady Ophelia] — Sintam-se livres para se trocarem enquanto meus servos terminam os preparativos.

[...]


Após algum momento o sacerdote já se encontrava a posto próximo ao livro antigo no pedestal. Ele vestia uma túnica quase branca com bordados em dourado nas mangas largas que imitavam ramas cheias de folhas. Em uma das suas mãos, ele tinha um tipo de cetro esculpido em madeira clara e que tinha, na ponta, a figura de um lobo uivando. Ele era um sacerdote de Zaltar. Além dele, apenas Lady Ophelia e Lara se encontravam no lugar, sendo que primeira estava posta num banco tal qual o de um tempo e a segunda se mantinha em pé ao seu lado.

[Sacerdote]  — Aproximem-se. — Disse o senhor de cabelos grisalhos e barba que deveria ter a idade dos dois juntos ou mais. Quando eles estivessem próximos ele acenaria com a cabeça e aguardaria um gesto de concordância. Ele pergunta baixinho o nome dos dois e depois dá início à pequena cerimônia.

[Sacerdote]  — Sob a luz dourada dos olhos de Zaltar, com a intenção de sacramentar vossa união, uni as mãos direitas e manifestai vosso consentimento: Aldarion Ironshild, aceita receber Sabrina Lima como tua mulher, ser fiel, amá-la e respeitá-la ainda que a Escuridão se abata sobre vossos caminhos? [Ele aguarda o juramento ou confirmação] Sabrina Lima, aceita receber Aldarion Ironshield como marido, ser fiel, amá-la e respeitá-la ainda que a Escuridão se abata sobre vossos caminhos? [Idem]

O sacerdote passa um fio dourado em torno das mãos unidas e erguidas de ambos, enlaçando-as e terminando com um nó, simbolizando a união matrimonial.

[Sacerdote]  — No mais sombrio dos tempos, ainda que o Sol apague e a Lua reine soberana, suas almas guiarão uma à outra como um farol em alto mar. Em nome do Grande Lobo Dourado, eu abençoo esta união, que seus caminhos sejam sempre iluminados. Em nome de Zaltar!  — Ele ergue o cetro simbolizando o consentimento do deus.

O homem ancião olha para os dois com um brilho de felicidade em cada um de seus orbes. Ele acena com a cabeça permitindo que se beijem, finalizando a cerimônia. Lady Ophelia assistia tudo muito atentamente, mas não expressava nenhuma emoção.

[Momentos depois]


[Lady Ophelia] — É uma grande satisfação participar deste momento, mas receio que tenhamos mais assuntos a tratar e, infelizmente, com uma urgência que me impede de esperar: eu trouxe o endereço para a nossa entrega. É imprescindível que ela seja feita antes do anoitecer neste dia ou no próximo.  — Ela deixa um pequeno rolo de papel com o endereço sobre a caixa.

[Lady Ophelia] — Se não tiverem mais nada a tratar, tenho assuntos que requerem minha atenção.

Não havendo mais assuntos, ela se retiraria do local acompanhada das servas que carregam a cauda de seu vestido. Lara ficaria um último instante olhando fixamente para Sabrina antes de, por fim, sair.

Caixas:

Adicional:

Subúrbio Arabesco1_fwHAYASHI


Hayashi agora tinha uma promessa para cumprir. Muito incomum, dever-se-ia dizer, já que era para com um animal ou talvez até mesmo uma criatura das trevas. Mesmo assim, era importante. Talvez por sua dívida de consciência ou quem sabe a criatura, mesmo que grotesca, tivesse algo escondido debaixo daquela casca que acabara por cativar o garoto. Quem sabe? O fato é que ele estava decidido.

De volta à taberna, o expediente já havia encerrado. A madrugada já havia sido percorrida e não levaria muitas horas para o sol nascer. O lugar estava vazio. Os bêbados haviam sido encontrados pelo caminho. Os quartos estavam lotados. Se sabia isso por conta de uma certa agitação que, por vezes, era evidenciada nos corredores. O taberneiro ainda se encontrava a postos e o Senhor Tork contava freneticamente uma pilha de moedas infindável que colocava em dúvida sua sanidade ou sua espantosa capacidade em lidar com o dinheiro.

Sem muitas perguntas, o taberneiro embrulhou a carne e entregou a Hayashi, depois fazendo uma pequena anotação num livreto. Ele não parecia nem um pouco interessado nos destinos que o garoto pudesse ter para aquilo, por mais que a imaginação levasse a qualquer hipótese insana.  

[Tork Três Dedos] — Este garoto está cada dia mais estranho. Espero que não me traga prejuízos... — Resmunga o anão depois de notar o que Hayashi carregava. Depois ele volta a contar suas moedas.


O garoto retorna até a casa que pertencia ao meio-troll. Ele não teve problemas durante seu trajeto. Na verdade, parecia muito mais que as pessoas o temiam como provável problema do que o contrário, tudo graças a sua aparência demasiado suspeita.

O animal estava ansioso, mas não muito diferente do que da outra vez. Entretanto, ele havia farejado o cheiro da carne. Era possível ver uma agitação a mais, tencionando a corrente que o prendia na busca de romper seus limites. Então Hayashi entrega o alimento, mas com cuidado, já que não queria ele acabar no lugar daquele pedaço de carne.

A criatura mais que imediatamente se põe a devorar. Até aí, tudo normal. Ou estaria, não fosse a forma grotesca e assustadora como ele a comeu: ao invés de abrir a boca e morder como qualquer criatura comum, ele... bem, torceu a cabeça duas vezes emitindo um estranho estalo e, em seguida, fez com que ela se abrisse em quatro! Sim, a cabeça inteira! De dentro dela emergiu uma língua dentada que enrolou a carne, puxou e a engoliu quase inteira.
Ilustração:

Diante de tal cena, o que será que Hayashi iria fazer? Ele não estava frente a um animal comum, definitivamente não. Aquilo que ele estava alimentando colocaria terror no coração de muitos homens corajosos. Mas e no dele? O que despertaria?


Timeskip:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Qua Nov 05, 2014 3:36 pm

[ Relaxa. Demorou um pouco, mas não incomodou não. ] 

Ele era um monstro. Sua cabeça dividida em quatro partes me assustou, estava de joelho a frente daquele bicho, parecia o próprio demônio dentro dele. Ou ele mesmo era o demônio, mas e agora? O que eu faria? Já tinha alimentado ele, e a culpa de ter matado o Kholl já tinha ido em bora: — E agora, o que eu faço com você? — Perguntei, como se ele fosse me responder. Eu estava com os joelhos flexionados a frente dele, com uma distância segura, claro, encarando ele com meus olhos. 

Seu dono morreu. — Respirei fundo. — E você agora vai morrer de fome por causa disso. — Ergui da posição que estava, apoiando a espada naquele piso. — Você me entende? — Perguntei. — Tem alguma consciência? — Fiquei esperando por algo, que possivelmente não iria vir. — Aaah, o que eu estou fazendo? — Virei de costas, colocando uma das mãos na cabeça. — O Kholl morreu, e eu tenho que alimentar esse bicho? Não quero deixá-lo morrer. Mesmo ele sendo estranho desse jeito. Vamos, Deuses, me deem alguma dica. — Voltei a olhar para o bicho. — Acho que você está bem alimentado. Já está tarde, e amanha irei receber meu salário. Vou embora. Vou deixar a porta fechada, amanha eu volto com mais comida para você. Vá descansar. — E sai de dentro daquele local imundo, fechando a porta por fora, deixando-a encostada.

Retornei a Taverna. Que essa hora já estava fechada, pela porta da frente, caso o Tork ainda estivesse lá, avisaria que iria me recolher, e me dirigia até os aposentos que eu ocupava enquanto trabalhava no local: — Boa noite, senhor Thork. — Enquanto pensava naquele animal. Ou qualquer outra coisa que seja.

_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Nov 06, 2014 10:27 pm

Aldarion havia tido uma noite intensa e revigorante, uma noite de muito amor, carinho e excitação com Sabrina. Durante a diversão íntima, Sabrina sugou parte da energia de Aldarion, mas de uma forma que desse prazer aos dois, e realmente aquilo era perigosamente prazeroso, era como ter um orgasmo multiplicado por 10.

Depois da noitada de diversão e prazer, o guerreiro dormiu com sua amada, quando acordou pela manhã com os beijos carinhosos de Sabrina. Ele já estava recuperado da doença, sentia-se um pouco cansado por causa das brincadeiras noturnas, mas estava bem e revigorado. Levantou retribuindo os beijos e carícias de Sabrina.

- Bom dia meu amor. Vejo que acordou antes de mim e... - Parou farejando o ar. - Preparou alguma coisa para comer? - Disse com um sorriso.

Aldarion foi para a cozinha acompanhado de Sabrina, encontrou um café da manhã simples mas caprichado. Ele não estava acostumado a essas mordomias, na verdade era o contrário, Aldarion era quem acordava mais cedo e preparava as coisas para Sabrina que era sempre muito preguiçosa e mimada. Mas hoje era diferente, hoje ela havia acordado mais cedo e feito as coisas para ele, além disso ela estava muito mais sorridente e carinhosa que o normal.

- Você está mais sorridente que o normal. Aconteceu alguma coisa? - Perguntou um pouco desconfiado, já sentado a mesa e comendo, enquanto fitava o rosto de Sabrina.

Como resposta recebeu apenas um beijinho no ar. Aldarion riu e deu de ombros, vai entender as mulheres?

O dia estava feio lá fora, mas estava do jeito que o guerreiro gostava, ele adorava climas assim, céu nublado, ventania, chuva e frio. Aquele tipo de clima era revigorante para ele. Não via a hora de sair daquela casa e aproveitar o belo tempo, do seu ponto de vista particular é claro. Quando terminou de comer ouviu o som de uma carruagem se aproximando, era Lady Ophelia com certeza. O guerreiro não ficou com pressa de terminar de comer para receber a mulher, mas se assustou quando a porta da casa foi aberta repentinamente e uma dezena de passos pesados pode ser ouvido.

Aldarion que estava com a boca cheia de leite quente, cuspiu tudo pra fora e se levantou em um sobressalto correndo para fora da cozinha com um banquinho na mão.

- ESTAMOS SENDO ATACADOS! ESTAMOS SENDO ATACA... - Gritou passando pela porta da cozinha e parou quando viu o que realmente estava acontecendo.

- Em nome de Eilistrae o que está acontecendo? - Disse surpreso ao ver a cena daqueles homens mudando toda a decoração do lugar, tornando o ambiente mais agradável, mais belo, mais romântico.

Então veio Ophelia acompanhada de um sujeito vestido com um robe, parecia um clérigo, na verdade era um clérigo. Aldarion ficou parado sem entender nada, não conseguia compreender o que estava acontecendo e ficou sem entender menos ainda quando Lady Ophelia lhe entregou um embrulho.

Aldarion foi puxado ainda confuso para um dos quartos, por um dos servos, enquanto Sabrina fora puxado para o outro. Quando ele abriu o embrulho viu que continha dentro uma túnica de linho com bordados em dourado e também um par de sandálias de couro. Sem entender muita coisa vestiu-se e depois saiu do quarto para encontrar surpreso, Sabrina.

- Por todos os deuses, o que está acontecendo alguém pode me... - Aldarion emudeceu ao ver Sabrina novamente, ai ver a forma como ela estava vestida, ficou sem reação até que tudo começou a se desenrolar.

Era um casamento, o casamento dele com ela, a proclamação de algo oficial que já acontecia. Um largo sorriso se abriu no rosto do guerreiro que pegou na mão de Sabrina e a acompanhou até o altar improvisado. Esperou o padre falar o sermão não se contendo de vontade de dizer logo que aceitava aquilo tudo, e foi o que fez quando lhe foi permitido.

- Eu aceito, de todo meu coração, eu aceito seguir esta mulher e ser fiel a ela, amá-la e protegê-la em todos os momentos. - Disse com a cabeça erguida e a voz firme, em um tom que somente os justos são capazes de proferir.

Quando finalmente o sacerdote permitiu ao casal se beijar, Aldarion abraçou Sabrina pela cintura e olhando nos olhos dela disse com emoção.

- Sua danadinha, planejou tudo isso e nem me contou. Eu amo você, do fundo do meu coração. - E então a beijou ardentemente, com volúpia e carinho.

Os dois ficaram abraçados por um tempo se beijando e depois que terminaram Lady Ophelia logo tratou de dirigir a palavra a eles. Apesar do momento haviam tarefas a serem feitas e assuntos pendentes a resolver.

- Obrigado milady pela sua generosidade, você foi boa conosco, vamos fazer sua missão pode ter certeza, independente do que quer que você esteja planejando. - Disse dirigindo a palavra à dama.

Depois de receber as ultimas instruções de Lady Ophelia, Aldarion vestiu-se com seus equipamentos e sua armadura, se esta estivesse disponível, e então saiu levando o embrulho, a encomenda, consigo. Sabrina caminhava a seu lado sempre e quando finalmente chegaram no lugar da missão, a jovem o chamou de canto para contar-lhe seus planos.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Qui Nov 06, 2014 10:54 pm

Mais um dia se passara e ainda estávamos naquela cidade, e pior ainda era ter que acordar e perceber que passaríamos mais tempo ainda dentro daquele lugar repulsivo. O dia amanhecera cinza, sem graça, sem cor. O céu nublado era só mais um reflexo daquele povo maculado pela tirania de um rei autoritário e injusto. Injusto? Mas quem era pra julgar tal coisa? Não importava. Nada mais importava naquele momento, pois algo muito importante estava para acontecer aquela manha, algo que mudaria por completa tanto a minha vida quanto a de Aldarion. A eternização de nossa união, a confirmação daquilo que já sentimos e fazemos, a união completa entre nossas existências. A sensação era radiante, como se uma nova vida estivesse por vir, mesmo sabendo que pouquíssimo mudaria, eu sabia que mesmo se eu estivesse em maus momentos, poderia contar com alguém desta vez. Quando acordei estava me sentindo diferente, uma sensação estranha na barriga, nem mesmo em minha juventude havia sentido algo parecido. Aldarion despertou logo após eu ter preparado tudo e comemos juntos, mas a nossa conversa foi curta e até um pouco mais tímida do que o normal. A essa altura ele já sabia que eu escondia algo, mas ele jamais poderia imaginar do que se tratava, eu havia mantido isso em segredo desde o momento em que pedi o favor a Lady Ophelia, e assim eu o faria até que o momento chegasse. As horas forma passando, e a ansiedade em mim só aumentava, será que ela faria mesmo o que pedi? Será que eu havia pedido demais? O silencio do lado de fora me deixava nervosa, até que este fora quebrado pelo galope de um cavalo seguido de uma carruagem. Meu coração pulou instantaneamente, e a primeira coisa que pensei foi... “É ela, tem que ser ela!” Meu coração batia mais rápido que o ritmo dos cascos do cavalo tocando o chão, a respiração estava mais profunda e aos poucos o momento ia se aproximando. Senti que Aldarion estava preocupado, mas não com o que viria a seguir, mas com toda a minha ansiedade, então resolvi conforta-lo. – Chegou a hora, meu amor. A partir deste momento, seremos um só, nossa união será eterna, completa, sem limites. Assim como o amor que sinto por você... – E no momento em que terminei a frase, a porta se abriu com força, o susto fora tão grande que me abracei a Aldarion por instinto. Quando a porta se abriu, homens começavam a invadir a casa, mas ao contrario do que poderia parecer, eles não estavam armados, mas sim decorando e arrumando tudo. Lady Ophelia apareceu logo em seguida, com seu jeito extravagante de sempre, vestida com um vestido de calda longa e vermelho como sangue, e atrás de si, quatro servas traziam cuidadosamente a calda em suas mãos, evitando que esta tocasse o chão.

- Também fico contente de ver que não se esqueceu de meu pedido, mas não imaginava que faria algo parecido... – Disse olhando para os lados, ainda um pouco surpresa com a rapidez e eficiência com que os serviçais arrumaram a casa. Enquanto a casa era toda transformada pelos servos de Ophelia, Eu e Aldarion fomos ver o conteúdo das caixas, apenas para ter mais uma linda surpresa. Dentro da caixa havia um belíssimo vestido rendado para mim, e na de Aldarion roupas adequadas para o casamento. Rapidamente me troquei para experimentar o novo vestido, ele cabia perfeitamente em mim, mas antes de descer para a cerimônia, precisava tirar uma ultima duvida. – O que acha? – Mas independente da resposta que desse, eu estava feliz, muito feliz, tanto que não me contive, e agarrei-o ali mesmo no quarto e o beijei com todo amor e carinho que podia. – Vamos nos casar, Aldarion. Seremos marido e mulher. – E quando estávamos prontos para a cerimônia descemos e aguardamos o fim dos preparativos. Assim que tudo estava finalmente pronto, os serviçais se foram na mesma velocidade que entraram, e quem entrava agora era o sacerdote de Zaltar. Vestido com as roupas típicas de uma entidade de alto escalão da catedral, o homem parecia dezenas de vezes mais exuberante que todos ali juntos, suas indulgencias transmitiam um ar quase celestial ao lugar, e sua presença logo acalmou meu coração acelerado. De mãos dadas, seguimos até o altar preparado para o casório e sob o testemunho dos ali presentes, nossa união fora selada, com uma promessa, de amor, carinho e eterna devoção um ao outro.

- Aceito. – Disse emocionada, e por fim o beijei.

[...]

Lady Ophelia havia cumprido com sua parte do trato, agora era hora de fazermos nossa parte. Assim que esta nos entregou o endereço, me despedi da mesma, não tinha mais nada a perguntar. Lara ainda permaneceu ali por alguns segundos me observando, antes de sair e seguir sua mestra. O motivo disso? Quem sabe. Seu olhar ainda era o mesmo de sempre, mas eu sabia que minha atitude na praça quando nos encontramos pela primeira vez, havia lhe deixado uma marca permanente em sua mente. - De acordo. Aldarion, o que me diz? Façamos isso de uma vez? Quanto mais rápido resolvermos os problemas desta mulher, mais rápido estaremos livres de tudo isso. – Peguei o rolo com o endereço, deixando que Aldarion tomasse conta da caixa. Tudo de acordo, nos trocamos novamente, e agora era a hora da ação de verdade (ezreal). Ao chegarmos no local indicado, percebemos que seria um pouco mais difícil do que imaginávamos fazer a tal entrega, mas sendo uma maga especialista em ilusionismo, atrair e distrair multidões era minha especialidade. Chamei Aldarion num canto livre de pessoas e comecei a lhe contar meu plano de ação. – Teremos que invadir a casa de forma discreta, então pensei num plano. Irei distrair o maior numero de pessoas possível bem em frente à casa, usarei uma de minhas ilusões, e assim que o fizer e tiver reunido uma quantidade boa de pessoas, você entrará em ação e invadirá a casa.

- Todos que estiverem sob efeito de minha ilusão não poderão vê-lo, mas caso aconteça de o efeito não se estender a todos os presentes, o próprio aglomerado de pessoas em frente a porta da casa deve dar conta de esconde-lo. Entendeu o plano? – Caso ele estivesse de acordo com tudo, era só por em pratica todo o processo, que começaria comigo chamando a atenção do maior numero de pessoas possível e fazendo-as olhar para mim.



_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qui Nov 06, 2014 11:17 pm

OFF: Quando postar considera que eu e Sabrina nos trocamos no mesmo quarto mesmo.

Aldarion ouviu o plano de Sabrina, mas balançou a cabeça negativamente.

- Tá ok, você vai distrair a multidão, mas como vou abrir aquela porta? E se ela estiver trancada? Não vai adiantar de nada. Por que não pegamos um aríete, arrombamos aquilo, deixamos a encomenda e caímos fora? - Aldarion recebeu como resposta de Sabrina uma cara feia. - Ok ok, já que não podemos fazer ao estilo nórdico vamos à outro estilo... - Disse com um sorriso.

- Eu estava pensando, a gente podia ficar aqui fora e esperar alguém sair, quando essa pessoa sair você poderia dominá-la com suas ilusões e a gente poderia pegar as chaves da porta e entrar na casa o que acha? Talvez possamos até usar o infeliz de refém, acho muito melhor do que arriscar com uma multidão. Apesar de que ainda acho a ideia do aríete tentadora. - Falou e ficou aguardando a resposta de Sabrina.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Sassa Sex Nov 07, 2014 9:06 am

Quando ele negou minha ideia, minha expressão já não era das melhores, mas como toda boa mulher, algo que eu não era definitivamente, eu escutei sua ideia, apenas para fita-lo com um tom repreensivo no olhar. - Não... - Deixada a brincadeira de lado, ele enfim contou seu plano, e realmente parecia ser uma ideia bem melhor, porem havia um fator importante nisso tudo. Tempo! - Temos até o anoitecer. Se ninguém aparecer até lá, teremos que voltar amanhã, entende isso? - Me coloquei numa pose mais pensativa, e tentei mesclar um pouco dos dois para tentar arranjar uma solução que mais coubesse naquele momento.

- Vamos esperar por algumas horas, se ninguém aparecer antes do anoitecer, vamos no meu plano. Entendido? Vamos nos separar, se ficarmos juntos observando a casa o tempo inteiro poderemos levantar suspeitas. - E com isto fui caminhando tranquilamente pela rua, esperando que algo acontecesse.



<Duas coisas, Kitkat!
1 - Vou esperar até que o plano do gold de errado pra usar a HE, caso não de errado, então economizo minha energia.
2 - Como não sei exatamente o horário do dia, imaginei que fosse algo perto de 1 da tarde ou coisa assim. Então se antes do anoitecer, não aparecer ninguém, vamos executar meu plano, e aí eu entro com a descrição da ilusão que eu quero fazer pra galera da rua.>

_________________
Subúrbio Sign4_zps5110a313
Sabrina | Narração | Alice | "Pensamentos"
My invincible champion.

For.: E En.: S Agi.: D Dex.: D Vig.: D
L$: 1975
Sassa
Sassa

Pontos de Medalhas : 200
Mensagens : 340
Idade : 29
Localização : Ao lado do meu biscoitão *-*

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Nov 11, 2014 7:15 pm

Sabrina havia gostado de seu plano, afinal era muito mais sutil e exigia bem menos esforço que o plano de Sabrina. A jovem fez uma pose pensativa e nesse momento o espadachim ficou observando-a, admirando seus contornos e a beleza de seu rosto.

"Ela é tão linda... É a coisa mais importante que existe para mim... Mesmo que eu ainda tivesse opção de estar com ela ou não. Eu te amo, Sabrina, sempre vou proteger você..." - Pensou em seu íntimo.

Sabrina logo deu a Aldarion uma resposta, e como sempre ela tinha a palavra final, o que ela havia decidido é o que seria feito. Ambos esperariam um tempo e quando o tempo se tornasse escasso, eles seguiriam para outro plano.

- Está bem meu amor, vamos fazer do seu jeito. - Respondeu o espadachim.

Aldarion então deu um passo para trás e se virou dando as costas para Sabrina, andou mais um pouco e parou, então voltou a olhar para Sabrina. A jovem viu um sorriso simpático surgir no rosto de Aldarion, algo raro uma vez que ele normalmente sempre estava com a costumeira expressão séria e carrancuda.

- Vamos superar qualquer coisa, porque estaremos sempre juntos. - Disse, e então voltou a caminhar procurando um lugar para se esconder, de preferência um beco onde pudesse ver aquela rua sem chamar muita atenção.

OFF: Pode postar GM.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por NR Fury Sáb Nov 22, 2014 10:52 pm

Subúrbio Arabesco1_fwALDARION E SABRINA

Sem nada mais nada a tratar, os dois amantes trataram de pegar a caixa e o endereço e sair para sua missão. Ou seria mais preciso dizer que Aldarion a carregava? Desnecessário mencionar.

O objeto da entrega era pesado, muito mais do que se poderia esperar. Isso não era problema para os músculos fortes do guerreiro, é claro, que ficavam marcados e tensionados enquanto ele a segurava. Entretanto, algo a fazia especialmente incômoda de levar: conforme caminhava, a caixa pendia ora para um lado, ora para o outro. Afinal, o que poderia haver em seu interior? O que seria tão importante? Mesmo tendo sido avisado, será que Aldarion não tinha nem um pouco de curiosidade? Será que o conteúdo misterioso daquela entrega não atiçava nem um pouquinho seus interesses? E a Sabrina? Poderia ser algo de valor, afinal. Ou talvez mágico. Impossível de se saber. A não ser que abrissem a caixa.

Chegando ao endereço, a dupla encontrou um entroncamento em forma de T demasiado movimentado para que entrassem sem que fossem vistos. Mesmo que em momentos o movimento diminuísses, ambos tinham a sensação que enquanto o sol raiasse eles não estariam sozinhos ali. Hilydrus, mesmo no interior de seu subúrbio, ainda era uma cidade vibrante e pulsante como o vívido coração da ilha. Restaria pensar em alguma coisa e foi o que ambos fizeram.

A ideia de Aldarion era boa. Poderia ser uma passagem fácil para o interior, mas será que seria discreta? Fazer alguém de refém não era a exata descrição disso, mas ainda assim, era uma boa saída. É claro que se Sabrina entrasse nessa parte poderia haver um melhor resultado, mas não era a única ideia, afinal, ela havia pensado em alguma coisa também e que muito possivelmente se provaria muito efetiva. Ainda assim, resolveu dar uma chance à ideia do amado.

Esperar, esperar, esperar... De trás de algumas caixas onde os olhos das pessoas não poderiam espiar e numa posição extremamente desconfortável. O tempo parecia se arrastar e o calor se intensificar naquele ambiente cheio de pó e insalubre. Rapidamente os dois ficariam extremamente entediados. Mas por quanto tempo poderiam esperar? O quanto poderiam suportar? Isso era indiferente, porque ninguém saia e nem entrava daquela casa. Será que alguém morava ali, afinal?

Havendo fracassado na primeira ideia, restaria a segunda. Então, como seria?
Adicionais:



Subúrbio Arabesco1_fwHAYASHI

Falar com a criatura simplesmente parecia não ter nenhum efeito. Comer era muito melhor. Enquanto ele mastigava, não era possível dizer se prestava ou não atenção ao que Hayashi dizia. Mas o rapaz preferia pensar que era entendido, mesmo que na dúvida. No seu peito, bem lá no fundo, abrigava uma pequena esperança que era mais forte do que tudo o que dizia o contrário. "Mate essa coisa" — por vezes ordenava a voz em sua consciência, mas ele estava disposto a continuar.

Passaram-se alguns dias e, entre estes, o Senhor Tork fez o pagamento pelos serviços de Hayashi. Ele estava muito satisfeito, mas não deixou de descontar cada moeda do que o rapaz havia consumido ou destruído no tempo de trabalho. Durante este período, a taberna pareceu estranhamente calma. Os clientes — mesmo os mais encrenqueiros — olhavam para o segurança com certo respeito. Pelo visto o incidente com Kholl havia lhe rendido algum fruto, afinal. Isso fora o novo compromisso.

Falando nisso, já chegava o término do expediente de mais uma noite. Aquele era o horário que costumeiramente Hayashi levava o alimento ao seu novo companheiro e depois despendia algumas palavras com eles, por vezes um momento de silêncio. Aos poucos, a besta foi se acostumando com a presença do humano. Quando ele chegava, ela parecia já saber. Quando saia, estava calma e confiante de que ele viria novamente. Mas isso não significava que ele ainda estivesse fora da lista de uma segunda refeição e, sentindo isso, era melhor manter aquilo bem preso, não é?

Depois de percorrer novamente as ruas negras e tenebrosas do súburbio de Hylidrus em mais uma noite escura e sem lua, Hayashi chega novamente àquela casa caindo aos pedaços. A porta ainda estava fechada, como ele sempre a deixava. Tudo estava em ordem. Exceto o fato de que a criatura não estava mais lá. O quê?! Isso mesmo! Ele havia fugido! De alguma forma, o monstro havia se libertado de suas correntes e agora vagava pela cidade sabe-se lá fazendo quantas vítimas! Afinal, o que Hayashi havia feito? Será que era mesmo o correto a se fazer? Poderia um ser tão horroroso ter a capacidade de se livrar de seus impulsos mais assassinos e primitivos?

Apenas um suspiro incerto que se originou no fundo do peito do rapaz e uma sala vazia como resposta. Não havia mais o que fazer ali e seria quase impossível rastrear a criatura naquele amontoado de casas e pessoas a não ser quando deixasse um rasto de sangue. Então Hayashi resolver sair e voltar. Após alguns passos pela rua seus ouvidos captaram o ruído da corda de um arco sendo tensionada e ele sabia, então, que havia se metido novamente em confusão. Antes que olhasse para trás, porém, um sujeito numa armadura pesada aparece à sua frente, emergindo de um beco escuro. Ele tinha uma espada em mãos e não parecia estar para brincadeira.

[???] — É ele! — Diz a voz de uma mulher que surge por trás do homem. Ela faz um rápido e delicado movimento circular com ambas as mãos e uma chama arroxeada dança pelo ar em seu entorno, iluminando a paisagem. Era uma mulher jovem que vestia roupas provocantes e não precisava mais do que um neurônio para saber que era uma feiticeira. Era bela, porém, havia algo sinistro em sua aparência. — Vamos fazer picadinho dele? Vamos?! Vamos?!  — Seu olhar era alucinado e ela tinha um sorriso no rosto.

[???] — Droga, Saphira! Você vai estragar tudo... de novo!  — Retruca a arqueira élfica que mirava sua flecha em Hayashi.

[Saphira] — Tch. Você que sempre estraga a graça de tudo, Iryell.  — De cara fechada, repentinamente.

O guerreiro acena negativamente com a cabeça em desaprovação à atitude de ambas. Parecia algo a que ele já estava acostumado.

[???] — Diga logo, rapaz, o que você está fazendo aqui numa hora dessas e por que vem a essa casa todos os dias? É bom ter uma boa resposta. — Ele era ríspido e, embora suas palavras não fossem tão sanguinárias quanto as de Saphira, havia muito mais seriedade nelas.

Hayashi estava numa situação complicada. O que poderia responder? A verdade? Será que não seria suspeito? E agora? O rapaz poderia lembrar do grupo de aventureiros da taberna e da confusão que a feiticeira havia armado bêbada numa noite passada, embora nada além de um breve escândalo. Entretanto, era impossível prever suas intenções.
Pagamento:

_________________
Subúrbio Horizon_Fury
NR Fury
NR Fury
Narrador

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 289
Idade : 34

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 0
Raça: Feral

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Hayashi Dom Nov 23, 2014 2:56 pm

E a cada dia que se passou, minha vontade de querer manter o contato com aquela criatura crescia. Juntamente a ela, que parecia já me reconhecer toda vez que eu chegava, e parecia saber que eu toda noite iria voltar com comida para ela. Isso era um início de um Laço, eu estava feliz com isso, eu estava começando a entender a dependência dela em mim. E foi assim por longas noites, o cômodo arrumado, o fedor de podridão e descaso dos ossos na sala. Tudo como Kholl havia deixado. Tudo em ordem. Eu estava começando a ter certa confiança na criatura, mas nada de soltar ela. Ela ainda poderia me atacar, não sei a força daquele bicho estranho.

E em algum desses dias, recebi meu pagamento. Thork estava satisfeito com meu serviço, parecia que as pessoas começariam a ter certo respeito por mim como segurança, ou medo, que era o que eu menos queria, não queria medo. Ser reconhecido como o cara que matou o Kholl, junto aquela mulher estranha era legal, mas a Taberna estava começando a criar um clima monótomo e tedioso, as brigas estavam cessando e isso ameaçava meu trabalho, de certa forma. Se não há briga ou confusões, por que diabos existiria um segurança ? Ao menos fui pago, 1700 no primeiro salário estava mais do que o suficiente para eu me manter vivo.

E então chegou mais uma noite, outro pedaço de carne, novamente o capuz preto e a minha queria espada. Aquela rotina esquisita que eu mantinha para deixar aquela coisa viva, e eu nem sei por qual motivo. Nessa época minha consciência da parte da "razão" martelava coisas como 'Mate essa coisa", "Isso não é confiável", mas em compensação meu lado da emoção não queria deixar aquele ser vivo lá, e nessa briga o lado da emoção havia ganhado, é horrível quando seu próprio corpo e mente brigam entre si por alguma coisa. A noite estava só começando e esse era o menor dos problemas.

Algum tempo depois eu já estava naquela casa, e novamente estava tudo em ordem. O cheiro, a porta entreaberta, arrombada por mim mesmo. A única coisa, única que estava errada era justamente o mais importante: - Oh, céus! Para onde esse demônio foi! - Eu juro que fiquei em choque por alguns minutos, aquele bicho, carnívoro, assassino e sanguinário tinha fugido. Quantas vítimas aquele bicho já havia feito? Eu me certifiquei de olhar em tudo, para ver se ele realmente não estava me esperando para dar um bote, dentro da casa pelo menos.

E como que eu iria rastrear onde ele estava? A única coisa que mantinha o "cheiro" dele era a corrente, então seria ela que eu iria pegar. Desvinculei a corrente de onde seja que ela estava presa, guardaria em um dos bolsos do manto preto que eu vestia. Respirei um pouco e tentei manter a calma, enfim, sai da casa, em direção a Taberna, hoje um pouco mais cedo.

E aquelas ruas pareciam mais escuras para mim, meu pensamento estava viajando para meu "amigo", companheiro ou coisa assim. Ao menos queria saber se ele já tinha matado alguém, e se matou. Eu não o conhecia mais, hehe. Eu apenas olhava para baixo, o chão me consolava, eu realmente estava preocupado com as azarentas pessoas que encontram aquele monstro no meio do seu caminho. Pobres vidas perdidas: - Que coisa... Ele poderia ter me avisado. Ora, o que eu estou falando ? Aquele bicho não fala. Só posso estar ficando louco. - Continuei a andar, distraído.

Até que algo prendeu minha atenção. Um som peculiar de algo sendo tensionado, pressenti algo sendo mirado a mim. E o som vinha de trás. Agarrei o capo da espada gigante, presa numa bainha customizada, e quando fui me virar para ver o que era de fato, uma figura saiu do beco e apareceu na minha frente. Eu seria assaltado ? Hoje o dia realmente não estava para mim ! Retirei o capuz, e olhei para frente. Era um homem alto, com uma armadura pesada e uma espada na mão, preparada para qualquer coisa, e outra figura apareceu atrás dele, com vestes que prenderam certa atenção, era bonita.

Três vozes. Iryell, Saphira, duas garotas, possivelmente a que estaria atrás de mim seria uma arqueira. Eu dei uma olhadinha para trás apenas para confirmar, e eu estava correto. Larguei a espada, e voltei a ouvir o que estava a se passar. "Fazer picadinho", "Sempre estragam tudo". Parecia que seriam amigos, poderiam fazer parte de um grupo ou coisa assim, e aquela tal de Saphira parecia ser alguém que estragasse os planos do grupo, tinham uma certa crise.

O homem então perguntou sobre o que eu estava fazendo todos os dias naquela casa. É, não eram assaltantes. Parecia ser um grupo de aventureiros, eu dei um sorrisinho. Me lembrei das aventuras de muitos anos atrás que passei com meu amigo, já falecido, Kagamine, ele também era um idiota que estragava tudo. Era. Eu encarei o homem, e deduzi que ele não iria acreditar nessa história de demônio cachorro, felino ou sei lá o que. Respondia com a cara mais séria possível: - Qual o problema de dormir em um lugar abandonado ? Eu não tenho casa. E agora justamente estava indo para o trabalho, numa Taverna - Olhando mais para a mulher chamada Saphira, notei que já tinha visto ela em algum lugar antes.

Essa maluca já tinha procurado uma confusão que eu tive que apartar na Taverna enquanto estava bêbada, poderia usar isso para ajudar a me livrar dessa: - E outra coisa. Eu conheço vocês. Essa feiticeira aí procurou um problema na Taverna onde eu sou o segurança. Na Taberna Do Macaco caolho. Vocês são um grupo de explorador, aventureiros ou algo assim? Pois eu tenho uma história parecida. - Disse, tentando mudar de assunto. Enquanto esperava as respostas.

_________________
Subúrbio UserbarSubúrbio Userbar2
| FO  C | EN  D | AG  D | DT  F | VG  F |
L$
3.650

"Uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém."
- Lispector, Catra. 
Hayashi
Hayashi

Pontos de Medalhas : 60
Mensagens : 98

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 3
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

Subúrbio Empty Re: Subúrbio

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 3 1, 2, 3  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos