[Ficha]-Arkin Cerbus

Arkin não se lembra de muita coisa de sua infância, mas o que se lembra não é o que deveria ser uma infância. Sempre fora maltratado por seus pais, e não sabia o porquê disso. Seu pai, Jerald, era um homem alto, forte, e extremamente violento. Sua mãe, Julia, era uma mulher não muito bela, mas era tão cruel quanto seu pai. Era tratado como lixo por todos em sua pequena vila, os pais das outras crianças não deixavam elas brincarem com ele, e seus pais o tratavam como um empregado, como um fardo a se carregar. E se ele os desobedecesse, era chicoteado por seu próprio pai. E como foi...
Arkin era rebelde, não gostava daquele tipo de tratamento. Seu sonho sempre fora sair daquele inferno e enriquecer nas grandes terras de Hilydrus, e não ser chicoteado como um escravo por seus própirios pais. Sua infância não era nem um pouco feliz, era extremamente dura.
Com o tempo, ele começou a aguentar mais as pancadas. Ficava mais resistente e aquilo lhe machucava menos.
Com 15, já um jovem, sabia o porquê daquele tratamento. Ele era diferente. Tinha olhos vermelhos, e um par de asas bem machucadas pelos castigos nas costas. E Arkin já levava consigo o ódio por todos naquele lugar. Todos eram arrogantes idiotas, era condenado a ser tratado como um cão sarnento por todos dali. Até aquele dia. Arkin foi acordado com um murro na cara. O semi-dêmonio acordou zonzo e logo foi pego pelo cabelo. Jerald era um homem violento, mas nunca tinha feito agido tão violentamente assim - Olhe o que você fez, seu animal!!! Vai pagar, maldito!!! - do lado da cama dele, havia o corpo inerte de sua mãe. Ele não se lembrava de nada. Tinha dormido normalmente, mas o sangue estava por todo seu corpo. Arrastado, Arkin foi levado para fora por seu pai e mostrado para o vilarejo. As pessoas, de início, saíam de suas casas para ver o que acontecia. E quando entenderam o que tinha acontecido, comecaram. O chamavam de assassino, monstro, demônio. O apedrejavam enquanto berravam como animais enlouquecidos. Ele estava sendo segurado por dois homens da vila, e seu pai trazia em vez do chicote uma espada. Ele chegou no ouvido do jovem e falou - Eu sempre tive a vontade de acabar com você, miserável. Agora vai pagar pelo que fez... - o olhar dele era do mais puro ódio, e Arkin sentiu que era sua hora. Mas o olhar do seu pai mudou. Ficou vazio... ele levantou sua espada. Desviando o olhar, Arkin simplismente esperou o golpe lhe acertar. Porém, o golpe Acetou o pescoço do da esquerda e depois foi encravado no coração do da direita, e seu pai terminou enfiando a espada em sua própria boca. Arkin ficou extremamente assustado e a vila se calou por inteiro. Mas o que quer que tivesse acontecido, Arkin gostou. Sim, gostou de ver aquele merda se matando. Mas a população da vila não - Ele invocou o mau no Jerald! Matem-no! - Berrava uma mulher. Quando percebeu a situação, o mestiço correu desesperado para longe dali. O povo talvez tivesse feito uma perseguição mais longa se Arkin não tivesse derrubado uma lamparina e incendiado uma casa, fazendo com que o povo local necessitasse apagar - Pode correr, desgraçado! Um dia alguém vai lhe mandar pro seu lugar: o inferno! - Berrou o último homem atrás dele. Aquelas palavras foram como um desafio para Arkin: Ele nunca mais viveria o inferno daquele lugar. Então, ele se encontrou sozinho nas terríveis terras de Takaras.
Em sua jornada sem rumo naquela terra, a sorte o favoreceu. Nenhuma criatura o atacou, nem sequer apareceu. Ele chegou a salvo na capital. Passou alguns dias vagando, como um errante, e no terceiro dia, cansado, desmaiou na porta da taverna. Um homem, que estava entrando ali, olhou o jovem caído. Apesar das asas, o senhor o levou para dentro. Seu nome era Duster. Era um semi-dragão velho, baixo, que usava roupas simples e tinha escamas nos dois braços, dono da taverna chamado Bafo Da Dragão, era bem ranzinza e arrogante, mas que tratou muito bem Arkin, do seu jeito é claro. Deu para ele comida, abrigo e principalmente, uma mão. Mesmo sendo irritadiço, Duster era sábio.  Ouviu história do semi-demonio e disse - Você deu muita sorte, moleque. - Dizia, o analizando. - Alguém realmente não o queria morto. Vou lhe ajudar - disse, lhe oferecendo o emprego na tavera. Duster também treinou o jovem na arte da espada para se proteger em Takaras, e ele era um ótimo lutador.
Arkin trabalhava na taverna junto de Duster, e lá ele conheceu todo tipo de ser: ladrões, mercenários, e todo tipo de habitante em Takaras.
Gostava de conversar com os viajantes, além de ali aprender a amar o hidromel. De vez em quando acontecia alguns problemas na taverna, mas eram resolvidos com o maior prazer pelo semi-demônio e por Duster. Arkin ali viveu por boa parte da sua vida, até um dia Tuster sumiu.
E Arkin, triste foi para Hilydrus, onde mora hoje, como mercenário.

Machado LV 2; Adaga LV 1