[Ficha] Lana D'yer Elrien

Nome: Lana D’yer Elrien
Idade: 15 anos
Sexo: Feminino
Altura: 1,71
Raça: Demônio
Lodians (L$): 0
Nível:  0
Exp:  x/1000
Aparência: De pele branca como a mais pura das neves e olhos vermelhos como o mais vivo sangue, Lana possui uma aparência até comum demais se for compará-la com um verdadeiro demônio. Filha de dois magos humanos que fugiram do inferno, a garota mantém explicito em seus olhos todos seus sentimentos, deixando claro o que sente naquele momento se assim o desejar. Normalmente anda com sua cabeça abaixada quando não quer nenhum contato e quando deseja ocultar sua maldição, mas diante a inimigos mostra sempre seu sorriso irônico e olhar desafiador. Aparentemente é uma jovem frágil, quase sem força física, pois seu corpo é esguio, o que acaba facilitando velocidade e agilidade. Seus cabelos são longos, lisos e negros como a mais escura das noites e quando deseja ocultar ainda mais seu sinal maldito ela os mantém soltos, com a generosa franja repartida ao meio e caindo sobre seus olhos.

Personalidade: Reservada e bipolar, Lana herdou diretamente a segunda característica graças aos seus pais. Pode ser tão vivaz quanto o dia, quanto misteriosa como a noite, o que vai definir são suas intenções e ambientes ao seu redor. Normalmente é de poucas palavras, mas possui uma personalidade meio sádica e completamente destemida. Gosta de se aventurar e é sagaz o suficiente para livrar-se dos maiores perigos quando eles aparecem. Extremante vingativa, não tem piedade daqueles que odeia ou sente alguma mágoa. Graças a sua condição, não é muito boa em fazer amizades, sempre afasta aqueles mais sensíveis, pois, além de tudo, nunca sabe o que dizer.

Possui um grande fascínio por seres da natureza, assim como os elfos e muito desprezo pelos humanos. Criaturas amaldiçoadas são as únicas que despertam certo dever de proteção na menina, que sempre vê nestes um pedaço de sua história.

Seu maior desejo é algum dia conhecer a verdadeira face de Hellger, o rei de Takaras e em uma guerra não pensaria duas vezes em servir ao exercito de seu reino, pois ama aquelas terras e abomina com todas suas forças cada habitante do reino inimigo. Em batalha sente a necessidade de derramar o máximo de sangue de seus inimigos e proteger seus aliados, titubeando ainda em ajudar os demônios.

Uma ladra arisca, esperta e petulante. Vive perambulando pelas ruas das terras inimigas e volta e meia, além de trazer ótimas mercadorias, muitas vezes trás um de seus soldados quase sem vida. Esse triunfo sempre mostra aos habitantes de Takara e presenteia o rei, Hellger.

Terra Natal: ]  Tyriam (Continente Shane)

História: Muito tempo atrás, , em uma época desconhecida e quase oculta ao resto do mundo, Luz e Trevas eram forças que se completavam, apesar de opostas. Em um dos mitos contados e esquecidos, quando a noite e a escuridão mais profunda de todo o universo nos contemplou criando a luz foi para que tivesse seu descanso e assim surgiu o dia, a luz. Povos mais antigos contavam com orgulho as histórias de seus deuses primordiais e em muitas dessas histórias sol e lua, luz e trevas, sempre estavam ligados, ou na mesma família ou apaixonados e vivendo suas dores por estarem separados. A adoração e rituais que honravam essas forças aconteciam em terras distantes e desconhecidas. Sábios e poderosos magos desenvolviam seus poderes e conhecimentos com uma ligação que nenhum hoje em dia conseguiria compreender. Todos se completavam. Ao invés da luz destruir a escuridão, ela a protegia como um guardião fiel e dedicado. Enquanto isso as trevas apaziguava a luz e a alimentava. Não havia disputa, não havia ódio, havia apenas cumplicidade e um equilíbrio que mantinha o mundo em paz. No entanto, um mal atroz voltou-se contra as maiores energias benéficas do universo: a união e o equilíbrio.

Uma guerra foi travada de modo oculto e ardiloso, inteligente e cruel. Algo tão sagaz e maléfico que conseguiu mudar muitas crenças. Deuses corrompidos lutavam em conjunto para semear a maior mentira e discórdia sobre a Terra. Eles conseguiram. Nem toda a sabedoria de magos conseguiu detê-los e uma maldição caiu contra o povo e os sábios que insistiram em lutar contra esse mal.

Muitos desses defensores caíram em uma batalha espiritual, em uma batalha contra a mentira e o desequilíbrio. Os mais fortes mantiveram-se de pé, mas em uma jogada vil receberam a Maldição Escarlate. Foram arrebatados e levados às profundezas, rodeados por demônios que estavam dispostos a torturá-los por toda a eternidade. Rodeados por demônios esses magos viveram, adquirindo certas características, inclusive a grande marca da Maldição: olhos vermelhos como o mais puro sangue. A energia destruidora e perturbadora do local  impregnaram-se em suas essências e muitos já se consideravam como aquelas criaturas, descobrindo suas maiores fraquezas e bestialidades. Boa parte corrompeu-se, abandonando suas crenças e toda sabedoria. No abismo apenas os realmente bons e equilibrados suportam a dor de permanecerem prisioneiros por toda a eternidade, ou até encontrarem uma chance de fuga...

Sobre essa terra de maldições, o desequilíbrio já dominava a Terra e os homens. A ideia de cumplicidade e equilíbrio havia sido esquecida e com a força da ideia coletiva humana – algo muito admirado e temido pelos demônios – o mal tornou-se as trevas e o bem a luz. A oposição entre os elementos tornou-se razão para uma disputa injusta e perigosa. Este foi o maior feito e o que significou a destruição do equilíbrio. A energia voraz e caótica teve sua vitória comemorada por longos séculos e talvez terá por toda sua eternidade.

Mas a verdade sempre será verdade, apesar de permanecer oculta. Após um descuido ela passou a caminhar novamente sobre o planeta, ainda que em passos lentos e capengas... Com o início da evocação de espíritos e demônios, muitos prisioneiros das profundezas puderam pisar sobre a Terra novamente. Contudo, quando um portal se abre entre as dimensões, um feiticeiro ou bruxo mais fraco nunca conseguirá ter domínio sobre quem liberta. E em um desses ritos algo que não deveria acontecer aconteceu.

Em um descuido dois magos, um que honrava a luz e outro a escuridão, conseguiram escapar. Trouxeram consigo toda a energia demoníaca impregnada em sua pele e a marca da Maldição, mas mantinham sua sabedoria e equilíbrio intactos, além de permanecerem bons como nenhum outro conseguiu permanecer. Amavam-se, protegiam-se, mantinham-se fieis e saciados, mantinham-se unidos por uma força que lutaram para manter viva e comandando suas almas. Eles eram Erion e Larah. Erion, o poderoso mago das trevas, Larah, a sábia sacerdotisa da luz. Ambos cumplices e sempre unidos. Um casal que foi caçado desde o início de seu retorno e que afastavam qualquer um que ameaçasse se aproximar. Estavam amaldiçoados para sempre e pelo mal foram apelidados de ‘’Demônios Cegantes’’.

Eram destemidos, mas aprenderam a ser reservados. Tiveram várias moradas, escondendo-se da incansável  perseguição. Percorreram o mundo por um longo ano até encontrarem o Continente Shane, parando em Tyriam e ousando acreditar que lá poderia ser um bom lugar para permanecerem. Eles se forçaram a acreditar, pois Larah após tanto tempo de fuga precisava parar em algum lugar tranquilo e acolhedor para dar a luz à primeira e única filha do casal: Lana D’yer Elrien.

Sempre reclusos na área mais afastada da cidade, o casal apenas recebia a visita dos sábios Skoratas, um grupo de anciões que, apesar de ainda sofrerem com a energia emanada pela dupla, sempre tinha um grande prazer e curiosidade em ouvir suas histórias. Por alguns anos Erion e Larah puderam apreciar um pouco da paz que tanto necessitavam, mas essa paz durou pouco. O nascimento da união entre luz e trevas não passou despercebido pelo olhar da guerra. Foram exatos 8 anos para que fossem encontrados, a magia que os protegia já não era tão forte. Logo soldados do caos estavam em busca não apenas do casal, mas também da pequena Lana. Fugir mais uma vez foi a única solução e o destino da família os levou até Hilydrus, mas antes ainda passaram por um ritual de proteção, onde invocaram as sombras da escuridão para protegê-los mais uma vez

No novo destino, ocultaram-se pelo período que desejavam. Puderam ver a filha crescer até ser capaz de desenvolver a capacidade de lidar com as energias poderosas que guardava dentro de si. Lana não era talentosa como os pais, a ideia que desequilibrava toda sua força a mantinha em perigo constante e fez com que ela escolhesse apenas um dos elementos para dominar no início: as trevas. Em seu pensamento conjurar demônios, escraviza-los e tortura-los parecia justo, já que muitos fizeram o mesmo com seus pais. A morena de pele alva e olhos vermelhos como o fogo não sabia como perdoar.

Lana também passou a odiar a população de Hilydrus, a contestar aquele governo abusivo. A repulsa escancarada daquele povo por toda sua família fez com que ansiasse por ver cada um em sofrimento e isso só aumentou após o fato que mudara completamente sua vida. Aos 14 anos viu sua mãe ser capturada pelo exercito do caos, toda sua família havia sido delatada por um grupo daquela maldita cidade. Ela precisou fugir às pressas com Erion para um novo local. Na fuga perdeu também seu pai, que sacrificou sua alma pela segurança da filha.

A menina viu como salvação as terras de Takara, o local amaldiçoado, aquele lugar que parecia ter sido feito para ela. Estava certa que ali não veria olhares tortos, talvez apenas dos demônios que poderiam perseguí-la. Mas lidar com demônios havia se tornado fácil demais, o que mais a amedrontava era a maldade humana e sua incapacidade de ver a verdade. A humanidade era cega e gostava de permanecer assim.

Em Takaras encontrou um ambiente sombrio, semelhante a descrição de inferno que seus pais sempre lhe davam. Em seus momentos mais sombrios adorava vagar pelas florestas negras, mas também se aventurava pelas iluminadas terras de Hilydrus e adjacências, a luz parecia sempre protege-la. Quando percebeu imensa facilidade em manter-se furtiva e camuflada, sentiu o desejo por perigo aflorar dentro de si. Para manter-se, decidiu arriscar grandes furtos naquela terra que tanto odiava. Isso passou a render-lhe um bom dinheiro em Takaras, já que sempre trazia objetos únicos e de imenso valor. Como segundo ofício matava demônios de qualquer tipo, em qualquer lugar, como forma de vingança e limpeza.

Sua maior batalha passou a ser conter a energia da luz que parecia prestes a se libertar em seu interior. Ela não a queria, pois sabia que poderia significar sua perdição. Não gostaria de eliminar todas as trevas que a protegeram desde o começo. Com a crença do povo, com toda a dificuldade imposta, seria quase impossível equilibrar ambos elementos . Percebendo isso Lana sentiu-se decepcionada. Seus pais mantiveram sempre vivo essa verdade, esse equilíbrio, apesar de aconselhá-la a ser sábia e cuidadosa ao usá-lo. No entanto, ela estava rejeitando uma parte de si, uma parte de sua história... A jovem estava se tornando aquilo que tanto odiava e o que o mal tanto lutou para despertar em seus pais...  No fim, esse mal estava vencendo mais uma vez...

Atributos:

Força:  F (0)
Energia:  C (8)
Agilidade:  D (4)
Destreza:  E (2)
Vigor:  F (0)

Habilidades Especiais: Link

Equipamentos: uma (1) arma básica de Nível 1, uma (1) vestimenta de tecido completa de Nível 1, um (1) cantil de água e uma (1) bolsa de viagem simples.

Spoiler:

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