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[Ficha] Ezer Macola

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Mensagem por Ezer Ter Dez 09, 2014 4:35 pm

Ficha de Personagem


Nome: Ezer Macola
Idade: 16
Sexo: Masculino
Altura: 167cm
Raça: Humano
Lodians (L$): 0

Nível: 01 / Exp: 0/1000

Aparência:
Ezer é um rapaz relativamente baixo, com cerca de 1,70m, pele clara e olhos âmbar. Os cabelos pretos e lisos, desfiados até a altura de seu queixo, sua franja chega a cobrir seu olho direito parcialmente. Prefere roupas leves, normalmente usando camisas brancas de algodão e calças de cores escuras como preto ou marinho. Uma peça do vestuário que ele normalmente não abre mão são suas botas de couro, pretas e com detalhes em verde e branco que vão até abaixo do joelho.
Normalmente também veste em suas andanças, uma proteção de couro no tórax e no antebraço, por baixo da camisa. Um casaco preto, com detalhes em verde e branco, companheiro de longa data, também está sempre com ele. Não muito longo, cobre até a metade de sua coxa, o suficiente para esconder a bainha de seu dirk de olhares curiosos. Ezer está normalmente com um olhar despreocupado e vazio, tornando difícil para as pessoas à sua volta lerem suas emoções. Como aparenta ser mais novo do que realmente é, às vezes leva as pessoas a subestimarem-no, acreditando que Ezer é apenas uma criança qualquer.

Ezer carrega consigo um dirk. O dirk é uma espécie de arma auxiliar escocesa, derivada das adagas inglesas do tipo Ballock e Dudgeon. É uma arma essencial e por isso, todo soldado e todo highlander não poderia ser visto sem seu dirk. Ezer costumava utilizar esta arma juntamente com seu sabre, todavia, como perdeu seu sabre em batalha, carrega consigo o dirk que é uma espécie de faca multitarefa. Desenhado para servir em tarefas diárias e para parry, o dirk também pode ser usado como arma principal, é leve e relativamente fácil de se esconder.  O dirk de Ezer pesa cerca de 600 gramas com 51 centímetros. É portanto, uma adaga bem longa. O pomo grande é um bom contrapeso para a lâmina longa o que a torna fácil de manusear e muito ágil. Tanto o cabo quanto a bainha são negros com detalhes em dourado.


Mais informações acerca da arma:
Spoiler:

Personalidade:
À primeira vista, Ezer está sempre com um sorriso bobo no rosto, um olhar despreocupado e, surpreendentemente, consegue se dar bem com as pessoas à sua volta. Apesar de parecer uma criança leviana, Ezer é uma pessoa fria, entediada com o mundo à sua volta e até mesmo um pouco preguiçoso. Podemos descrevê-lo como alguém ligeiramente depressivo, mostrando pouco interesse por hobbies e até mesmo por seu futuro. Aliás, Ezer não acredita realmente que possua um futuro. Para ele, algo como herois não existem, e se alguém como ele quiser sobreviver neste mundo, sua sobrevivência estará ligada à sua própria força.

Ezer é bastante inteligente e costuma jogar jogos de tabuleiro e ler livros de literatura clássica quando está entediado. Além disso, Ezer tem um lado obscuro, que ele esconde muito bem no dia-a-dia, mas que vem à tona durante a batalha ou em situações de muito estresse quando provocado sobre seu passado miserável. Assim, caso seja devidamente provocado, ele pode mostrar sua sede por sangue, sua crueldade e até mesmo certa tendência ao sadismo. Então pode acontecer de sua face normalmente calma estampar um sorriso distorcido, não conseguindo conter às vezes uma risada descontrolada diante do perigo ou da dor que ele inflige em seu inimigo.

É importante compreender que Ezer é uma pessoa muito simples, em geral. Ele tenta não se envolver profundamente com as pessoas que encontra em sua jornada, não recusa uma refeição, não se incomoda com o medo e acredita na sobrevivência do mais forte. Uma pessoa sem muitas esperanças, Ezer anda por aí em busca de nada mais do que o próximo dia, e para ele, sua existência significa pouco mais do que isso. Desde quando era muito jovem, foi apenas durante as brigas e as confusões, quando sentia seu sangue ferver, que se sentiu realmente vivo, portanto, para ele, o natural é procurar mais uma vez o campo de batalha. Ou ao menos, seria essa sua reação se não estivesse ciente de como poderia perder o controle quando o sangue lhe subisse à cabeça. Por isso Ezer tenta evitar conflitos ao máximo e, quando os encontra, trata de finalizá-los da forma mais limpa e rápida possível, tentando manter o controle a qualquer custo, afinal, seus erros significariam apenas sua própria morte, em um mundo no qual ele não é mais do que poeira.


Terra Natal: Subúrbios de Hilydrus

História:
Hilydrus, um reino brilhante, próspero e saudável. Pode-se dizer que é definitivamente um lugar onde você gostaria de viver. Um lugar onde existem muitas oportunidades e pessoas gentis. Enquanto o sol ilumina a rica Hilydrus pintada em quadros e cantada pelos bardos, uma parte do reino está às sombras. Uma parte invisível das cidades e dos centros comerciais. Nos arredores da capital existem ruas estreitas e sujas que as pessoas normalmente evitam frequentar. É nessa espécie de bairro miserável, ignorado pela vida alegre e corriqueira da cidade que nossa história começa. A história de uma daquelas almas que não existem.

Ezer quase não se lembra de seus pais. Desde que se entende por gente, a única família que teve a seu lado foi sua irmã, Eripha. Durante algumas noites, ele jura, contudo, se lembrar de uma cena com seus pais. Sua família reunida em volta de uma pequena mesa de jantar. Ele devia ter uns dois ou três anos e sua irmã segurava sua mão. À sua frente, duas figuras negras, sorrindo como raposas. Não conseguia distinguir nada na imagem daqueles que julgava serem seus progenitores. Na mesa, um pedaço de pão preto duro e um bule. Essa era toda a sua recordação de família.

Eripha era cinco anos mais velha. Tinha os cabelos longos e negros, presos em uma trança e a pele clara como a do irmão, era incrível a semelhança entre eles. Desde que podia se lembrar, ela esteve a seu lado. Moravam com outras crianças sem dono, nos subúrbios de Hilydrus. Haviam ali algumas casas abandonadas, apesar de algumas estarem correndo risco de desmoronar e poucas ainda totalmente cobertas por um telhado, aquelas crianças sempre davam um jeito de se esconder por ali e sobreviver. Acabavam por se organizar em pequenos núcleos, raramente com mais de cinco crianças. Cada um deles funcionava de forma independente, alguns com um líder definido, outros tentavam dar voz a todos. Estas diferenças só faziam acentuar a rivalidade que se instaurava entre os diversos núcleos. Ainda assim era certamente incrível como estas crianças conseguiam se manter invisíveis aos olhos da sociedade. Eles não existiam, e ninguém fora dos subúrbios sabia onde ou como viviam. Todas crianças, a mais velha tendo não mais do que treze anos. Muito magros, sujos, não havia entre eles quase nenhum clima de camaradagem. Viviam juntos com um único objetivo: a própria sobrevivência. Mesmo que dividissem o teto com outras crianças, sabiam que a amizade era algo conveniente e que o companheiro de hoje, poderia lhe virar as costas amanhã. À noite as crianças se aventuravam em pequenos grupos pela cidade. Preferiam assaltar aqueles que não pareciam residir em Hilydrus e muitas vezes acabavam brigando entre si por uma moeda ou pedaço de pão. Pela manhã, ninguém notaria se o corpo de uma criança estivesse misturada no meio da grande quantidade de lixo que a capital produzia ou se estivessem jogados pelas ruas do subúrbio.

Aqueles meninos não sentiam medo, sentiam fome. O medo há muito deixara de ser algo com o qual se importavam e agora, sequer notavam que ele estava ali. Também não eram familiarizados com a pureza da amizade ou do amor, para eles o amigo é uma conveniência, e o amor é um alívio. Sua camaradagem era real mas efêmera e conveniente, mas não menos real. Eram animais que viviam no lixo, com o lixo. Ezer não era diferente. Apesar de confiar em sua irmã, ele sempre tentou não depender dela, sabia que um dia ela poderia não voltar para "casa". E foi ajudando Eripha em suas incursões noturnas à cidade que Ezer aprendeu a manejar facas, punhais e adagas. Sua agilidade fora do comum aliada ao fato de ser um menino muito miúdo sempre o fizeram ir à frente do grupo. Era ele quem abordava as vítimas, às vezes fazendo-se de pedinte e implorando por comida, outras apenas sendo a isca e correndo na frente.

Eles viviam miseravelmente, sem saber se estariam vivos no dia seguinte, acordavam todos os dias pensando em como conseguir se alimentar. E ainda assim arranjavam tempo para sorrir. Eripha gostava de contar histórias enquanto olhavam as estrelas pelo buraco no teto. E foi olhando para aquele mesmo buraco no teto, aos seis anos, que Ezer descobriu que o mundo não deixaria que aqueles dois ordinários sonhassem. Ela entrou pelo telhado, caindo do lado do irmão. Seu rosto sangrava muito, um corte fundo mostrava o rosto da irmã rasgado da testa à bochecha esquerda. Quando a menina se acalmou, contou a Ezer que fora um roubo mal sucedido que levara  as três crianças a disputarem as duas moedas que conseguiram durante a noite. Um dos garotos havia tentado matar Eripha, que conseguiu escapar deixando para trás as moedas e perdendo o olho esquerdo. Na noite seguinte, Ezer saiu sozinho. Não buscava pão ou comida naquela noite. Voltou com um frasco de antibiótico, uma ampola de morfina e algumas seringas. Esperava que fosse o suficiente.

Mesmo que houvessem se passado quatro meses, o menino ainda não se acostumara com a irmã usando um tapa-olho. Não apenas a aparência da garota mudara drasticamente, já que ela cortou os cabelos curtos , se parecendo com um menino e passou a usar um tapa-olho improvisado, que não escondia a enorme cicatriz na parte esquerda do rosto, ela também mudou bastante sua atitude. Estava mais irritada, se recusando a sair em grupos à noite e até mesmo se afastara de Ezer. Aos poucos, o laço fraterno que os unia foi desaparecendo e Eripha tornou-se apenas uma outra criança sem dono que vivia invisível nas sombras de Hilydrus. Os dias passavam mais rápido, as noites não pareciam mais sequer minimamente divertidas, às vezes Eripha sequer dormia junto do irmão, aparecendo apenas um ou dois dias depois. E um dia, depois de mais de uma semana sem voltar para casa, Ezer chegou à conclusão de que ela havia perdido mais do que um olho e não voltaria mais.

Ele gostaria de dizer que foi um grande choque perceber a morte da irmã. Mas infelizmente, não foi assim. Não se espantou ou ficou triste e o vazio que ela deixou foi preenchido com a comida que ele lutava para conseguir diariamente. A verdade é que a morte da irmã teve sim algum efeito no menino. Inconscientemente ele a julgou fraca. E isso o levou a querer se provar forte. Ezer encontrou uma estranha satisfação ao subjugar seus oponentes, ou melhor, suas vítimas. Isso fez com que ele gradualmente se afastasse ainda mais das outras crianças, e fez com que ele se tornasse cada vez mais brutal. Um ano após a morte de Eripha, Ezer estava irreconhecível. Seus cabelos cresceram e agora lhe cobriam o rosto e aqueles que olhavam em seus olhos notavam que o garoto possuía um olhar tão vazio quanto o de um defunto. Andava em silêncio pelas sombras, raramente apenas efetuava um roubo, sempre deixando uma vítima agonizante para trás, ou o pior, uma vítima em silêncio. Não olhava mais para o céu, não fazia nada que pudesse lembrá-lo de sua irmã, tampouco alimentava alguma esperança de que ela estivesse viva.

Aos poucos Ezer foi se transformando em uma pessoa sádica e cruel. Ciente de seu lugar no mundo, ciente de ser um fantasma, um ninguém, ele se resignava em ganhar o alimento do dia seguinte e deixar para trás uma trilha de sangue. E naquela noite, o menino encontrou a presa perfeita. Um rapazote de não mais que dezessete anos andava despreocupado à noite, muito bem vestido, acompanhando uma criança com cerca de oito anos, a mesma idade que Ezer. Ele se esgueirou pelas sombras e tentou atacar primeiro o rapaz mais velho. Errou o primeiro golpe, cortando alguns centímetros abaixo do ponto vital que tentou acertar. Seu oponente era rápido, não apenas evitou o ferimento grave, conseguiu também contra-atacar e render Ezer, que jazia imobilizado no chão. Era a primeira vez que perdia de forma tão lamentável, e estranhamente, não estava nervoso, não estava com medo, apenas fechou os olhos e suspirou aceitando que a hora de sua morte chegara. Vivera como um fantasma e agora, morreria como um.

"Interessante. Gostei dele, Larc, você poderia recrutá-lo." Disse o menino risonho a seu subordinado, que o encarava cético.

A criança se aproximou de Ezer, olhou para ele atentamente por alguns segundos e perguntou sério: "Você quer mesmo morrer assim?" sem resposta, ele insistiu. "Ei, você ainda está vivo, não está? Você quer mesmo morrer assim? Ou será que preferiria aproveitar sua vida um pouco mais, sem ter de se preocupar com em ter onde dormir ou o que comer?”

Ezer deixou Hilydrus acompanhando um mercador, seu filho mais novo e alguns guarda-costas da família. Ainda não acreditava que aquela criança o salvara e o oferecera um emprego. Caminhou por muito tempo, até chegarem à outra extremidade da ilha de Lodoss. O mercador que o salvara tinha residência fixa perto do Porto Rangestaca, em Takaras.

Era uma residência não muito grande, que consistia na casa da família, um alojamento para os empregados e um pátio de terra batida atrás da casa. O alojamento era dividido em duas alas, uma onde ficavam os serviçais e outro onde ficavam os guardas. Como o chefe da família e seus três filhos mais velhos estavam sempre viajando para tratar de negócios em diversos pontos da ilha e até mesmo fora dela, tinham sempre consigo uma pequena guarda pessoal. Ezer havia se juntado ao grupo para fazer parte desta guarda pessoal, e agora era treinado junto com duas outras crianças, mais velhas que ele, na residência do comerciante. Apesar de serem maiores, os dois meninos não tinham a mesma determinação que Ezer, que acabava se destacando entre as crianças dali. O menino que o salvou era agora seu senhor, Melka tinha a mesma idade que Ezer e tentava fazer amizade com o menino a todo custo. Por ser o único filho homem que ainda não podia sair em viagens, Melka era muito mimado por sua mãe e sua irmã mais velha. As duas mulheres não gostavam que o moleque se envolvesse com uma criança pobre como Ezer e estavam sempre ralhando com o Melka e o impedindo de ir para o pátio, mas o ele sempre dava um jeito de ir encontrar com seu novo amigo.

Os anos foram passando, o então franzino e miserável Ezer se tornou uma criança saudável, aprendeu a manejar com bastante talento todo tipo de espadas leves, facas e adagas e acabou desistindo de treinar muito com armas de fogo, arcos ou bestas. Sua pontaria era lastimável e a menos que o projétil não demandasse muita precisão, ele não conseguiria um resultado satisfatório. A proximidade com Melka o ajudou bastante a controlar sua fúria e sua personalidade obscura. Agora ele estava sempre calmo, sempre pensando de forma lógica, sempre prezando pela segurança de seu senhor.

Quando completou treze anos, Melka fez sua primeira viagem de negócios sozinho. Levou consigo sete soldados, Larc e Ezer como seus guardas pessoais. Desde então estes três estavam sempre juntos. Melka se revelou um exímio negociante, conseguindo acordos muito favoráveis para sua família. Em apenas dois anos o vínculo entre os três viajantes se estreitou e, durante suas andanças, à noite, os dois mais jovens, sentavam-se para ouvir histórias contadas pelo mais velho. Larc era um rapaz arrogante, com seus vinte e tantos anos. Havia servido ao pai de Melka antes de ser nomeado guarda-costas do pequeno. Depois de recrutarem Ezer, era Larc quem sempre estava lá, tentando fazer com que o garoto deixasse para trás toda a desesperança que carregava consigo, e enquanto não arrancou um sorriso sincero do rosto do garoto, não o deixou em paz. Mas Larc fora também um professor rígido e era um superior intimidador quando o garoto fazia algo errado. No entanto, naquelas noites frescas, sentados sob as estrelas, aqueles três eram apenas bons amigos. E era engraçado ouvir as histórias exageradas de Larc, e reconfortante ouvir as risadas sinceras de Melka. Eram dias que ele não queria que terminassem jamais. E na manhã seguinte, quando prendia o sabre no lado esquerdo da cintura, quando conferia se seu dirk estava bem preso em seu cinto, quando abotoava o casaco preto que Melka havia lhe dado de aniversário um ano antes, ele sentia o peso de tudo aquilo, o peso das risadas, das estrelas, em suas costas. O peso da felicidade efêmera que sua irmã nunca tivera a seu lado. E olhava para o horizonte, sem saber ao certo o que procurava, mas com a certeza de que tinha de seguir em frente.

Se aproximavam da fronteira entre Hilydrus e Takaras. Depois de tantos anos, Ezer finalmente voltaria a Hilydrus. Não estava certo sobre como se sentiria ao voltar à capital e preferia não pensar no assunto. Ao sul do Deserto de Ossos, um grupo de saqueadores atacou a pequena comitiva. Vendo a maioria de seus homens cair a seu lado, Larc ordenou que Ezer fugisse com Melka enquanto ainda tinham algum tempo. Era necessário assegurar a vida do jovem comerciante a qualquer custo.

Assim partiram os dois a cavalo, em direção a Hirt. Foram seguidos por três atacantes, também montados. Ezer protegeu Melka da melhor maneira possível, mas acabou sendo ferido gravemente pelo terceiro e último atacante. Ao cair de sua montaria, bateu a cabeça no chão, perdendo a consciência.

Ouvia a voz de Melka gritando para que ele se levantasse, para que fugissem logo, ouvia gritos de dor, gritos de alguém que não estava pronto para morrer. Mas não conseguia ver nada, não conseguia se mover. Então veio o silêncio, e apenas sentia uma dor excruciante em sua bacia.
Quando acordou se viu em um quarto pequeno, as paredes brancas, a porta entreaberta. Uma janela de madeira estava escancarada. Havia um armário ao pé da cama onde Ezer se encontrava. Ao alcance de sua mão, em um criado-mudo, havia uma moringa de vidro com água. Sentiu uma fisgada e percebeu o ferimento do lado direito do corpo, aparentemente não estava tão ruim. Com sorte suas coisas estariam guardadas em algum lugar por ali e ele poderia sair pela janela sem levantar suspeitas. Podia sentir o cheiro e o barulho de um almoço sendo preparado em outro cômodo. Tentou se levantar, mas a dor que se apossava de seu corpo então fragilizado, não o permitiu dar mais que dois passos e Ezer caiu na cama. Soltou um grunhido e tentou se levantar de novo. Antes que conseguisse alcançar o armário, contudo, uma menina com mais ou menos a sua idade entrou no quarto. Assustada por encontrar o rapaz acordado, saiu correndo e chamando pelo pai.

Mais tarde Ezer conversou com o casal que o socorrera. Estava em uma pequena propriedade perto do litoral, pouco depois da fronteira com Takaras. Eram uma família de cinco pessoas que cultivavam sua pequena fazenda praticamente para subsistência. O chefe da família era o irmão mais velho, que raramente deixava a propriedade. Sua mulher e sua filha ajudavam a cuidar do pai dos dois irmãos enquanto o mais novo vivia viajando para as cidades mais próximas tentando vender os doces em compota que a sua cunhada produzia e outros produtos caseiros. Enquanto voltava para casa alguns dias atrás, ele se deparou com Ezer caído no chão, sangrando muito e inconsciente. Tinha consigo apenas a roupa do corpo e uma adaga presa na cintura. Mais curioso para saber a história do rapaz do que realmente comovido pela fragilidade da saúde do mesmo, levou o menino para a casa do irmão e pediu que cuidassem dele até que voltasse.

Não foram encontrados outros corpos ou qualquer sinal de seu mestre. Seu sabre também havia desaparecido, bem como a bolsa onde levava seus outros pertences e suas rações de viagem. Acabou concordando em ficar na casa daquela família até que estivesse bem e então decidiu ajudá-los um bocado a cuidar da pequena propriedade. Sempre procurava saber notícias sobre Melka, fosse perguntando viajantes que acabavam passando por ali, fosse com as informações que Jacques, o sujeito que o salvara, trazia das cidades. Porém tudo que descobriu foi que o menino estava desaparecido e que seu pai o havia dado como morto. Sem um mestre ou um lugar para ir, Ezer acabou ficando por ali até o fim do outono. Quando viu que seria apenas mais uma boca para a pobre família alimentar no inverno, partiu em direção a Hilydrus. Não levou consigo mais do que uma muda de roupas, um cantil, seu dirk e o casaco que havia ganhado de seu antigo senhor. Depois de oito anos, regressava à brilhante e próspera capital do reino, a cidade onde as sombras invisíveis de uma sociedade perfeita se esgueiram em vielas e becos. Ezer finalmente voltaria para a cidade que um dia chamou de casa.



Atributos:

Força: E (2)
Energia: F (0)
Agilidade: C (8)
Destreza: E (2)
Vigor: E (2)

Habilidades Especiais:

Frênesi.

Equipamentos:
(1) Dirk de Nível 1;
(1) Armadura de couro de Nível 1 (Protetor para o tórax e protetores para o antebraço);
(1) Cantil de água;
(1) Bolsa de viagem simples


Última edição por Ezer em Qui Fev 05, 2015 3:30 am, editado 1 vez(es)
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Título: Nenhum
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[Ficha] Ezer Macola Empty Re: [Ficha] Ezer Macola

Mensagem por ADM GabZ Qua Fev 04, 2015 5:46 pm

Ficha aprovada!

Gostei muito de sua história, é possível aproveitá-la bastante durante o jogo. Só vou pedir que atualize seus atributos para o novo sistema:

http://www.lodossrpg.com/t713-sistema-de-atributos-por-ranks

Seus atributos estão OK.

Vou pedir que ative sua assinatura em seu Perfil, assim como sua Ficha Secundária. Em sua assinatura inclua um link para sua ficha, um para suas HEs e também seus atributos.

Poste aqui assim que atualizar seus atributos =)

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[Ficha] Ezer Macola Empty Re: [Ficha] Ezer Macola

Mensagem por Ezer Qui Fev 05, 2015 3:33 am

Obrigada pela avaliação.

Atributos alterados e H.E. adicionada ao tópico (e consequentemente postada para avaliação).

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H.E.
FOR: E - ENE: F - AGI: C - DES: E - VIG: E
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[Ficha] Ezer Macola Empty Re: [Ficha] Ezer Macola

Mensagem por ADM GabZ Qui Fev 05, 2015 12:54 pm

Só faltou mesmo o link do tópico de HEs na sua assinatura =)

Tudo ok, sua ficha foi movida para a área de espera.

Grande abraço!

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