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Zero Charisma
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Zero Charisma
por Yume Sáb Jul 19, 2014 1:25 am
e você já não pegou a piada do título do filme dificilmente vai curtir por completo “Zero Charisma”, uma comédia independente – que foi financiada em esquema de crowdfunding – sobre um grupo de nerds (de raiz, não esses modernos) que se encontram semanalmente para jogar o melhor RPG (de mesa e com dados, nada de WoW ou afins) do mundo: Dungeons & Dragons.
Na história do filme somos apresentados a Scott (Sam Eidson), um dedicado mestre de RPG que, semanalmente, leva os seus amigos em uma jornada por terras misteriosas para enfrentar diversos perigos diretamente do conforto da casa da sua avó. Quando um novo jogador se junta a aventura, o hipster neonerd Miles (Garrett Graham), o seu reinado (assim como a sua vida) começa a desmoronar à medida que o novo integrante da trupe começa a conquistar todos os seus amigos esbanjando confiança com o seu carisma e charme.
Preso em um universo distante do real, Scott começa a tentar a todo custo destronar o novo queridinho da galera arriscando tudo para expor aos outros que o moderninho nerd não passa de uma fraude. A sua tarefa é bastante complicada, já que o hipster é um cara super legal e que, pasmem, ainda tem uma linda e divertida namorada.
- E quem não tem? Retruca Miles rindo para todos na mesa em determinado momento enquanto os outros, de forma longe de ser natural, concordam fingindo dominar o assunto.
A disputa acirrada entre o neonerd hipster e o ferido oldnerd mestre do jogo gera algumas situações divertidas e levantam algumas boas piadas, a exemplo do debate sobre qual nave é mais rápida: Millennium Falcon ou Enterprise? Só que a verdade é que ainda que possua algumas boas sacadas e alguns momentos bem humorados, “Zero Charisma” poderia (e deveria) ser mais divertido. Existe um desnecessário e aborrecido plot familiar envolvendo a mãe de Scott que acaba atrapalhando e destoando do clima construído para a história.
O protagonista é simplesmente insuportável, mimado e com sérios problemas emocionais, mesmo assim é divertido acompanhar a sua jornada de dor e sofrimento. As suas tentativas de ser um cara mais bem quisto que o novo jogador são sempre risíveis, principalmente porque ele prefere a tática de menosprezar o seu “nêmesis“. Só que é complicado quando você é totalmente loser e seu openente é muito cool. Acompanhar um protagonista assim pode ser um desafio para alguns que esperam ser ‘cativados’ pelos personagens principais, mas levando em conta a proposta do filme, Sam Eidson está bem em seu papel assim como alguns dos coadjuvantes.
Trata-se de um dos retratos mais fiéis a esse ‘submundo nerd’ da jogatina RPG de mesa e que, mesmo que não seja genial ou que não tenha personagens tão bem trabalhados, consegue se salvar com o seu final que foge um pouco das histórias edificantes além de deixar no ar mais uma (de várias) piadas em referência à cultura pop (essa última em especial a um filme de muito sucesso). Entre hipsters e falsos nerds, será que os true nerds tem alguma chance de vencer? Que rolem os dados!
Fonte: http://www.porraman.com/2014/07/zero-charisma/
Na história do filme somos apresentados a Scott (Sam Eidson), um dedicado mestre de RPG que, semanalmente, leva os seus amigos em uma jornada por terras misteriosas para enfrentar diversos perigos diretamente do conforto da casa da sua avó. Quando um novo jogador se junta a aventura, o hipster neonerd Miles (Garrett Graham), o seu reinado (assim como a sua vida) começa a desmoronar à medida que o novo integrante da trupe começa a conquistar todos os seus amigos esbanjando confiança com o seu carisma e charme.
Preso em um universo distante do real, Scott começa a tentar a todo custo destronar o novo queridinho da galera arriscando tudo para expor aos outros que o moderninho nerd não passa de uma fraude. A sua tarefa é bastante complicada, já que o hipster é um cara super legal e que, pasmem, ainda tem uma linda e divertida namorada.
- E quem não tem? Retruca Miles rindo para todos na mesa em determinado momento enquanto os outros, de forma longe de ser natural, concordam fingindo dominar o assunto.
A disputa acirrada entre o neonerd hipster e o ferido oldnerd mestre do jogo gera algumas situações divertidas e levantam algumas boas piadas, a exemplo do debate sobre qual nave é mais rápida: Millennium Falcon ou Enterprise? Só que a verdade é que ainda que possua algumas boas sacadas e alguns momentos bem humorados, “Zero Charisma” poderia (e deveria) ser mais divertido. Existe um desnecessário e aborrecido plot familiar envolvendo a mãe de Scott que acaba atrapalhando e destoando do clima construído para a história.
O protagonista é simplesmente insuportável, mimado e com sérios problemas emocionais, mesmo assim é divertido acompanhar a sua jornada de dor e sofrimento. As suas tentativas de ser um cara mais bem quisto que o novo jogador são sempre risíveis, principalmente porque ele prefere a tática de menosprezar o seu “nêmesis“. Só que é complicado quando você é totalmente loser e seu openente é muito cool. Acompanhar um protagonista assim pode ser um desafio para alguns que esperam ser ‘cativados’ pelos personagens principais, mas levando em conta a proposta do filme, Sam Eidson está bem em seu papel assim como alguns dos coadjuvantes.
Trata-se de um dos retratos mais fiéis a esse ‘submundo nerd’ da jogatina RPG de mesa e que, mesmo que não seja genial ou que não tenha personagens tão bem trabalhados, consegue se salvar com o seu final que foge um pouco das histórias edificantes além de deixar no ar mais uma (de várias) piadas em referência à cultura pop (essa última em especial a um filme de muito sucesso). Entre hipsters e falsos nerds, será que os true nerds tem alguma chance de vencer? Que rolem os dados!
Fonte: http://www.porraman.com/2014/07/zero-charisma/
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Título:
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