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>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.

> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!

> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!

> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!




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Mensagem por Gutter Duck Sex Abr 18, 2014 1:30 pm

Lyza Simons
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Leonard Bezarius
HP: 100%
MP: 90%


Eric Chamado da Luz
HP: 100%
MP: 90%


Rubra
HP: 80%
MP: 100%

Dor lacerante no braço esquerdo (penalidade)
Sem pelos na mão esquerda e coceira (sem penalidade)



O veneno mais lento



O sol estava escalando o horizonte leste, lentamente se mostrando para a cidade. As muralhas alongavam a noite em alguns minutos, e havia certa beleza na luz deslizando pouco a pouco nas ruas, misturada a neblina da manhã ainda úmida perto do solo. Em uma ruela próxima, dois caminhares calmos demonstravam que existia vida por entre as casas. Um de um homem baixo, com cabelo de pontas grisalhas, costas levemente encurvadas devido à idade e a vida de trabalho. Pessoas mais atentas reconheceriam este homem, que se vestia com pompa e um cachecol quadriculado, pelo nome de Mikhail, um escritor já bem posicionado no reino de Hylidrus, e bem cotado para receber homenagens de nobres. O outro homem era mais alto, mais jovem e mais malvestido. Usando roupas de origem humilde e trabalhadora, ele era um poeta ascendente conhecido como “Mendigo”, especialmente por se trajar de maneira tão pobre para um escritor.

Eles se sentaram em um banco em uma praça, enquanto as ruas ainda estavam vazias, e Mikhail retirou uma garrafa de vinho claro de seu casaco, removendo a rolha mal encaixada com a mão e dando um generoso gole, oferecendo a garrafa ao companheiro ao seu lado. Mendigo havia chamado o escritor mais experiente para extrair dicas e sugestões sobre um novo trabalho. E assim, começou a explicar a situação, enquanto recusava a bebida:



-Eu fui comissionado a fazer um poema em homenagem ao Lorde Saxon e a sua ascensão ao cargo de alquimista real, mas admito que estou em faltas de palavras positivas ao homem. A única qualidade que todos podem afirmar sem soar irônico é que o homem é obstinado e competente. A visão que o publico tem deste homem decaiu muito desde aquele incidente com o...

Neste momento, Mikhail simplesmente parou o rapaz mais jovem com um aceno da mão, da mesma maneira que se dissipa neblina com um sopro. Após um sonolento gole, ele disse:

-Não é gentil lembrar-se dele por causa desse problema. Por mais que ele seja meio agressivo, ninguém pode negar que ele é um patriota. E digo isso tendo desgosto dele pela ultima vez que o encontrei. Simplesmente encha-o com todas aquelas palavras lisonjeiras que ele tanto ama e termine com isso.  Lembra-lo daqueles dias não vai encher a sua barriga de comida ou a sua lareira de lenha.

Mesmo sabendo que o seu companheiro estava mais que correto, Mendigo não desistiu de tentar um comentário acido, simplesmente para tentar obter uma resposta atravessada de Mikhail, um habito que ele desenvolvera para testar os limites da paciência do senhor a sua frente.

-Você deve ter ouvido a novidade também. A noticia se espalhou ontem mesmo enquanto as tavernas estavam cheias. Ele está procurando mercenários! Soldados de aluguel. E isso está sendo bem discreto, chegando somente aos ouvidos de quem realmente interessa. Gangues, prostibulos, tavernas baixas. Ele quer realmente gente do submundo. Quem de boa índole iria contratar gente para um serviço assim?

Mikhail não mordeu a isca, em vez disso, deu um novo e revigorante gole, e falou, com uma risada torta:

-É, mas ele com certeza paga bem o suficiente para um individuo nadar em garrafas e rameiras. Agora, deixa de ser imbecil, ele é um porre quando não recebe um trabalho antes do programado. E ainda por cima, é um duplo imbecil, já que está tendo essa chance de chegar a um patamar bem difícil de escalar. Se você ficar bem com ele, é mais provável que ele catapulte a sua carreira de uma maneira que em uma década você não ia conseguir.

Pesando bem os dois lados, ele conseguia ver claramente que ia fazer o trabalho de uma maneira ou de outra. Realmente, Lorde Saxon era famoso por se cercar de pessoas que ele considerava competentes, ascendendo-as a companhia de nobreza e dos ricos.




E assim começo a minha campanha, sejam bem vindos os que estão participando. Nesse primeiro post gostaria que cada um de vocês explicassem como acabaram na capital de Hylidrus, e como chegaram ao serviço mercenário descrito no pequeno texto acima. Cada um tem a liberdade para escrever da maneira que quiser, mostrando as ações até o momento que se reúnem no escritório da guilda alquímica do reino, que se localiza perto do castelo. Todos acabam ouvindo desse trabalho através de meios discretos e boatos., mas todos são atraídos por quantidades obscenas de ouro ou poder politico. O Lorde Saxon em questão é muito conhecido no reino como um patriota, porém de decisões duras. O tipo de pessoa que pode arrastar outros para a riqueza ou afundar outras.

De novo, obrigado a todos pela oportunidade de fazer essa campanha, e o tempo limite dessa vez será até segunda-feira as 18:00. Boa sorte a todos!

Devido ao feriado,vou aumentar tempo limite até terça feira, para o pessoal se recuperar da comilança. Quack Para vocês.


Última edição por NT Gutter Duck em Seg maio 12, 2014 1:48 pm, editado 4 vez(es)
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Mensagem por Laser Beetle Dom Abr 20, 2014 4:24 pm

E, de fato, como Eric havia se enfiado naquela situação? Olhou ao redor uma última vez, encarando as outras pessoas do seu lado (se elas postarem ;-;), e suspirando. Tentou ignorar seu subconsciente gritando pra ele sair dali, tinha um trabalho a fazer, e faria. Engoliu seco e decidiu quebrar o gelo logo. - E então, qual é o trabalho?

Voltemos atrás alguns dias.

Eric havia chegado na ilha não tinha nem uma semana, e parecia que a cada esquina acontecia algo incrível digno do início de uma nova jornada fantástica. Naquela terça feira, não foi diferente. Enquanto caminhava pelas ruas de um vilarejo, procurando uma mochila nova pra repor a que rasgara pouco antes, enquanto fugia de um gorila enfurecido, o loiro e deparou com uma situação não muito difícil de se ver por aquelas bandas.

Hilydrus era um reino bastante vasto, cobrir todo vilarejo ou cidade com guardas reais era impossível, então em vários deles a própria população tomava conta de manter a ordem. Um homem de roupas sujas empunhava uma espada contra dois destes policiais voluntários, e mesmo ferido, mesmo lutando em desvantagem, ele conseguia se defender incrivelmente bem das investidas dos dois guardas. O motivo parecia claro o bastante, uma criança agarrada a um pedaço de pão velho.

Intervir naquilo não foi muito complicado, algumas moedas e desculpas foram mais do que necessário para pagar pelo pão e acalmar os guardas, retornando paz às ruas pacatas daquele lugar. Eric se preparava para se despedir da dupla de ladrões de comida, quando o espadachim o abordou, insistindo em explicar a situação. Eric não precisava ouvir, uma criança faminta e um pai desesperado eram informações suficientes, ele havia feito seu trabalho ali, dado de comer a criança e impedido derramamento de sangue desnecessário, mas parece que havia mais àquilo tudo do que apenas a luta do dia-a-dia para sobreviver.

Aparentemente o espadachim era um mercenário, conhecido como Lamil, que fazia praticamente qualquer trabalho em troca de moedas para alimentar os órfãos daquele vilarejo, inclusive trabalhos suspeitos, como o do Lorde Saxon, enquanto pagassem bem o suficiente. Mas uma coisa tinha dado errado na sua última caçada, e ele machucou o joelho, não conseguindo viajar ou pagar por um cavalo para levá-lo a capital, implorou que Eric fosse em seu lugar, até onde os rumores diziam, seria um trabalho simples, apenas entregar uma mensagem para a guilda alquímica, e receber dinheiro fácil.

Havia alguma coisa estranha ali. Um trabalho simples desse poderia ser entregue por diversos outros meios, como mensageiros ou aves, porque um mercenário? Ou qualquer outro tipo de guerreiro, na verdade. Chame de burrice, chame de bondade excessiva, até mesmo ignorância, mas Eric aceitou o pedido do homem. Mais por não conseguir conter sua curiosidade, do que por realmente se importar com tudo aquilo, afinal, parecia tudo uma simples fachada. A seriedade com que Lamil falava, e a quantia substancial de dinheiro possivelmente envolvida, deixava claro que não era uma simples entrega de papéis. E já que o destino original do loiro era a capital do reino, porque não juntar o útil ao agradável?

O problema era: agora ali estava Eric, numa sala junto de outras três pessoas, que aparentemente estavam ali pelo mesmo motivo. A essa altura do jogo, o rapaz nem mesmo lembrava que tinha uma "carta" para entregar ali, depois de fazer perguntas demais pra pessoas demais, ouviu tantos boatos sobre esse tal trabalho do Lorde, que só queria saber se iam tentar matá-lo por saber demais, ou prendê-lo pra interrogatório. De um jeito ou de outro, parecia coisa ruim. E esperar era a única forma de descobrir.

Um aviso: meu computador anda desligando sozinho, acho que tá super aquecendo essa porcaria, se eu acabar sumindo do radar nos próximos dias e atrasar post é porque queimou de vez >: sinta-se a vontade pra controlar meu personagem, ou me deixar de fora da campanha, se for necessário Pepe.

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Mensagem por Kaien S Seg Abr 21, 2014 9:19 pm

Leonard havia chego em Hilydrus não a muito tempo, e passava um tempo em uma taverna qualquer da cidade, em quanto isso Astaroth estava do lado de fora para não causar problemas, certamente o lobo gigante não teria problemas em se cuidar sozinho, na verdade talvez nem precisasse, afinal, quem chega perto de um lobo gigante?. Os últimos dias estavam sendo muito entediantes para Leonard, ele havia decidido que precisava fazer algo mas o quê?.

Sentado em uma mesa ele pode ouvir a conversa de algumas pessoas próximas, e elas falavam sobre um trabalho, contrato ou qualquer coisa assim. Leonard não podia simplesmente ignorar, se pôs a ouvir tudo o que falavam. E quando finalmente soube o que queria, saiu de lá. Ouro. Algo melhor? encontrou Astaroth e disse a ele
-
-É amigão, acho que está na hora de arranjar um trabalho, não concorda?- Disse em quanto acariciava os pelos de seu lobo.

Se passou um dia, e lá estava ele fingindo que não era um intrometido.

(O post ficou uma bela de uma porcaria, mas prometo que vou melhorarei D: é que eu não sabia o que escrever. malz)

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Mensagem por Rubra Ter Abr 22, 2014 10:00 am

__Apesar de tudo, Rubra estava satisfeita. A vida que levava agora era perfeita para ela: fazia trabalhos mercenários que a levava para vários cantos da ilha e sempre conhecia algo novo. Sem contar o dinheiro extra, que só precisava gastar com ela mesma. Claro que ser uma mercenária não garantia dinheiro sempre, mas não ter dinheiro não era problema, acampar era uma experiência da qual não se enjoava. Mas aproveitava bem quando podia pagar por um quarto numa taberna. Preferia aquilo, aquela inconstância, o nunca saber o dia de amanhã. Se queria matar essa loba, obrigue-a a ficar anos fazendo as mesmas coisas todos os dias.
__Se tinha algo de que Rubra se orgulhava era de si própria, mais exatamente de sua raça. Uma lobisomem pura, filha da floresta, que tinha abandonado totalmente sua forma humana alguns anos atrás. Foi a melhor coisa que fez. Era agora uma mulher loba de uma beleza selvagem. Vestia uma armadura leve de metal com ombreiras simples e portava uma espada longa de uma mão. Comprou aquilo com o dinheiro de seus primeiros trabalhos. Decidiu agora que juntaria dinheiro para uma segunda espada, queria ser especialista no combate com duas armas. Foi quando viu uma oportunidade enquanto tomava um drinque na Taberna do Macaco Caolho: um trabalho oferecido por um tal de Lorde Saxon. Tentou não rir do nome. Nunca ria de seu cliente, aprendeu isso depois de perder um trabalho. De qualquer forma o tal Lorde parecia ser cheio da grana e pagaria bem pelo serviço. Pelo jeito que a informação chegou até Rubra, parecia ser algo bem discreto. Não haveria muita concorrência. Partiu até o lugar combinado.
__Chegou até o tal escritório da guilda alquímica, era bem perto do castelo. Aquela cidade a surpreendia a cada dia. Entrou no lugar procurando informações, mas não era a única. Avistou um garoto loiro aparentemente inofensivo, mais ao longe um rapaz ruivo reservado e também uma garota incomum, parecia ser uma maga. Três humanos. Não que se incomodasse com raças, na verdade seria estúpido da sua parte um racismo inexplicado. A loba guerreira fitou os três, os cumprimentando com um movimento da cabeça e um olhar tranquilo. Depois cruzou os braços e esperou, apoiando as costas na parede. Assim que visse alguém, perguntaria sobre Lorde Saxon. Seguraria o riso de forma discreta.

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Mensagem por Gutter Duck Qua Abr 23, 2014 12:46 am

A fachada da guilda alquímica era definitivamente impressionante. Moradores da cidade já conheciam esse lugar que quase formava um quartel impenetrável devido a localização: a sua direita, ficava a alta parede que protegia o próprio castelo do reino, enquanto a esquerda e costas ficavam as grossas muralhas que separavam os diferentes “bairros”. Somente a fachada frontal era aparentemente acessível, mas mesmo assim bem guardada, como o prédio militar que acabou se tornando.

Duas longas fileiras de janelas com seteiras para arqueiros e besteiros ficavam de olho em uma pequena praça central, onde o único portão se localizava. Essa praça estava decorada com flores brancas bem cuidadas, mas cada um dos quatro “mercenários” que estavam passando por ali conseguiam ver claramente um planejamento militar preciso, como se aquela praça tivesse sido criada para se tornar um campo de batalha que daria todas as vantagens possíveis aos defensores.

Conforme cada um deles foram chegando, tiveram que passar pelos portões. Embora tivesse uma quantidade de mercadores e trabalhadores esperando acesso na praça, houve pouco empecilho para qualquer soldado ou mercenário entrar. Após atravessar o pequeno túnel que ligava o portão ao interior, cada um conseguiu ver como era bem organizado local: A direita, encostado na parede do castelo, ficavam os escritórios. A esquerda, a uma distância considerável, ficavam barracões com muros de pedra entre eles. Estes eram os laboratórios onde a maioria dos experimentos ocorriam, e se expandiam para baixo da terra. Não era segredo que um dos trabalhos mais bem pagos do reino eram para ladrões capazes de roubar o que quer que tivesse no subterrâneo da ordem.

Todos os quatro foram escoltados por um soldado até um desses galpões. No caminho era mais que fácil perceber que havia uma clara tensão no ar, com os soldados aparentemente prontos para saltarem no menor barulho. Tanto Leonard, Eric e Lyza conseguiam ver que ordens foram dadas para os soldados agirem normalmente e discretamente, enquanto Rubra se ocupava em perceber que os cheiros do local lhe dava uma incomoda alergia com espirros ocasionais, o mesmo ocorrendo com o lobo de estimação de Leonard. O galpão era amplo, mas claramente fora arrumado recentemente as pressas para dar espaço para alguma operação ocorrendo no local.

E em uma sala improvisada com biombos, estava o Lorde Saxon, apoiado sobre mapas complexos de um sistema labiríntico. O suor em sua testa escorria, mas o rosto se mantinha impassível e frio. Magro e atlético, ele mantinha um corte de cabelo curto e cuidado. Seu rosto era duro e experiente, passando dos 50 anos, mas forte como um homem de 30. Cicatrizes e queimaduras se espalhavam do queixo até o pescoço, se escondendo abaixo de uma armadura de couro vermelha, claramente feita de algum material exótico e leve. Quatro bandoleiras seguravam diversos pequenos bolsos, cada um com instrumentos que pareciam tanto perigosos quanto intrigantes. A impressão que este homem dava é que ele ainda estava parado no tempo, na época das grandes batalhas.

Levantando o seu rosto para olhar para os quatro mercenários que foram guiados até a sua “sala” improvisada, ele hesitou ao ver que havia um que parecia jovem demais, acompanhado de um lobo. Aquele olhar severo encontrou os olhos de Leonard, parecendo julgá-lo com peso de memórias passadas.

O silêncio e a tensão eram pesados como o ar do local. Mas negócios eram prioridades, e o Lorde falou, selecionando dois mapas e enrolando o resto, deixando-os de lado: A voz era rouca, mas digna de um comandante.


-Antes de qualquer pergunta, vou esclarecer os básicos: Vocês estão sendo pagos metade por um serviço, e a outra metade pelo silêncio após. Caso sejam forasteiros e não saibam das notícias locais, amanhã eu aceitarei a honra do cargo de alquimista real, cuidando pessoalmente de sua alteza e a família. Caso algum de vocês não consigam guardar segredos, sugiro que saiam daqui.

Aquele olhar severo novamente rodou os quatro, pousando sobre o lobo, e depois para a licantropo. Ele contava a respiração como se fosse um relógio, e andou em direção ao lobo, perguntando:

-Alguém é dono dele, ou é um homúnculo?

Em um fluido movimento, ele passou a mão no pelo de Astaroth, procurando a pele e encontrando alguma informação por si próprio que o satisfez, mesmo que as feições se mantivessem  estáticas. Voltando para atrás da sua mesa, ele continuou o discurso:

-Um homem tentou me sabotar. Aparentemente um espião que planejou um plano muito bem para me atingir neste momento e me fazer retroceder. Ele estudou todos os detalhes da minha vida particular e encontrou o ponto fraco que precisava. -Enquanto falava, ele parecia apreensivo, com certeza aflito por ter a sua honra manchada- Ele sequestrou meu filho Dougal e roubou um projeto perigoso, que tenho certeza que vai vender para o nosso inimigo. A missão é recuperar esse projeto em primeiro lugar, depois meu filho.

Ao falar isso, Saxon parecia um castelo antigo: resistente e construído de material sólido, mas com rachaduras que agora vazavam.

-Não posso arriscar soldados reais nessa missão, especialmente porque talvez isso seja parte do plano do traidor. O homem em questão se chama Viktor Rockbottom. Eu e ele ascendemos na guilda juntos, mas quando eu consegui o posto mais alto, ele parece ter se tornado instável e invejoso. Agora eu vejo que ele pode ter sido um espião o tempo todo, ou ficou ressentido de não liderar a guilda. O planejamento dele não foi perfeito, e ele acabou cometendo um erro, que não vamos perdoar.

Empurrando um dos mapas em direção aos quatro, eles puderam ver como era o galpão em questão: Três andares abaixo do solo, com algumas salas separadas. O lorde continuou, apontando com a sua mão encoberta na pesada luva:

-Ele escolheu a dedo o ponto de fuga dele. Esse galpão é onde ocorrem testes em criações de homúnculos, e o andar mais baixo era conectado ao esgotos e catacumbas da cidade. Há algumas semanas eu mandei selar a passagem, o que parece que o encurralou la embaixo. O selo é de metal maciço, mas tenho certeza que com o tempo ele consegue atravessar. É ai onde vocês entram: Ele parece ter alterado quimicamente vários dos homúnculos, deixando-os enraivecidos e selvagens. A maioria deles se encontra perto da porta, procurando briga com os soldados. Mas existe uma segunda entrada, por uma das tubulações de um forno no segundo andar. De lá, é somente descer as escadas e terminar o serviço. Mesmo com o material e as ferramentas precisas, ele não deve ter passado do selo ainda.

Empurrando o próximo mapa, muito mais complexo e maior, ele continuou.

-E agora, vamos considerar que a situação seja a pior possível: O homem é um sobrevivente, e dos difíceis de matar. Ele já surpreendeu muita gente no passado, inclusive a mim, com alguma inovação que ele tirou do nada. É capaz dele ter alguma surpresa, ou alguma tática que eu não esteja esperando. Este é o mapa das galerias abaixo dos nossos pés. São antigas, dos tempos da fundação do reino. Já vai ser dado a vocês suprimentos caso seja necessário passar um tempo lá embaixo. Mesmo assim, se conseguirem atrapalhar os planos dele tempo o suficiente, posso conseguir reforços após me tornar alquimista real amanhã.


Após finalmente parar de falar, ele removeu novamente os mapas desnecessários do caminho, deixando os quatro mercenários darem uma boa olhada.

-Já que ninguém parece que vai sair desse trabalho, posso dizer: O projeto a ser recuperado é uma caixa, de mais ou menos trinta centímetros por trinta. Feita de madeira envernizada selada e é de extrema importância que essa caixa não seja aberta por ninguém. E caso achem o meu filho com vida, garantam a sua segurança e depois retornem a buscar a caixa e o traidor. Se não tiverem mais nenhuma pergunta, entendam que o tempo é primordial.

E assim, em passos apressados, Lorde Saxon deixou os quatro. Um empregado acabara de entrar para começar a arrumar e organizar os mapas deixados na mesa, com pressa também. Todos da guilda e guardas pareciam estar tensos com a situação.

Logo ao lado da porta do galpão já havia um soldado, novato aparentemente, esperando para mostrar aonde estava o duto que os mercenários entrariam, parecia uma queda de no máximo seis metros até o chão, mas cordas estavam sendo posicionadas. E acima de uma mesa já haviam algumas pequenas embalagens com suprimentos. Para a tristeza dos carnívoros, em sua maioria, eram biscoitos e rações militares.

Um soldado já carregava um desses pacotes, entregando na mão diretamente de Leonard. Acima, em uma varanda nos escritórios, Lorde Saxon observou o grupo uma última vez, antes de entrar novamente, se questionando se as suas ações foram corretas.

Antes dos aventureiros descerem, havia um pouco de tempo, enquanto as cordas ainda não estavam no lugar. Ouvia-se estardalhaços da porta principal de entrada do galpão, mas nenhum som de combate direto. Mesmo assim, quase todos os soldados ainda estavam aficionados em suas tarefas. Se fosse discreto o suficiente, com certeza alguém conseguiria passar desapercebido, e tentar entrar nos outros galpões, alvo MUITO visado por ladrões. Ou quem sabe, saciar a curiosidade sobre as histórias cercando Viktor e o lorde Saxon.

A única verdade absoluta dessa missão é que tanto Astaroth quanto Rubra estavam espirrando de vez em quando por culpa dos químicos no ar.


Devido ao feriado, sem penalidades de XP. Por enquanto o próximo limite vai ser no domingo mesmo, Macacada.
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Mensagem por Laser Beetle Sex Abr 25, 2014 3:43 pm

Eric ficou em silêncio durante toda a transação de informações. Absorveu tudo que tinha de importante sobre a situação e assistiu o homem sair e deixar o grupo junto a alguns mantimentos e guardas na sala. Cordas eram esticadas para auxiliar na descida para o andar de baixo, e um guia aparentemente esperava tudo ficar pronto. Agora que tinham alguns poucos minutos de liberdade, o loiro enfiou uma mão no bolso e puxou a tal "carta" que deveria entregar ali, abriu e leu.

"As crianças precisam desse dinheiro. Por favor."

Amassando a folha, o garoto sentiu uma grande agonia crescer dentro de si. Tudo aquilo era muito estranho, ele não confiava no velho alquimista, nem no outro que tentava sabotar ele. Não confiava naquela guilda, não confiava no seu guia, e começou a duvidar de seus próprios companheiros-mercenários quando um guarda entregou as rações a um deles. Eric tinha duas escolhas: se enterrar naquele lugar, virando os olhos para todo e qualquer tipo de experimento macabro que poderia existir ali, ou deixar um homem e suas crianças adotivas sofrerem de fome. Ambas as opções iam contra sua crença, e ele se sentiria terrível escolhendo qualquer uma delas. Mas tinha de fazer algo.

Se aproximou do soldado que esperava pelo grupo, chamando-lhe a atenção.


- O que tem dentro dessa caixa... Pode ser usado pra machucar pessoas?

A intuição do garoto dizia que ele já sabia a resposta, mas precisava ter certeza. Ainda que, talvez, aquele soldado não soubesse muito mais do que o grupo de aventureiros. Parecia que Eric tinha se metido numa situação relacionada a guerra fria entre os reinos, e ele não gostava disso. Cruzados não tomavam lados, mas ele também não poderia só ignorar... Esperou a resposta do guia para tomar uma decisão concreta, mas já se preparava mentalmente para descer pelas cordas dali a pouco. Rezava para que a Luz clareasse sua mente para escolher o caminho correto.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb Abr 26, 2014 2:29 pm


Starting a new mission

Lyza seguiu o grupo até a praça que ficava em frente ao portao de acesso para a guilda, era bem grande o numero de pessoas que tentavam entrar ali, mas ainda assim o grupo não encontrou problemas para passarem pelos portões. Já dentro, ela observou de relance o lugar, vendo como eram organizadas as tendas e barracões. Ela não se atentou muito aos detalhes, estava mais concentrada na movimentação das pessoas naquele lugar. Aquilo parecia muito mais um quartel de exercito que uma guilda de Alquimicos em si, mas a maga não iria questionar o métodos utilizados por eles, apenas aceitaria aquilo sem muitos problemas. Dentro de um dos barracões, Lyza notou de cara a presença de um homem de aparência diferente, a arrumação da sala em si pouca importava, pois ela sabia que não permaneceria ali por muito tempo. O homem se identificara como sendo seu contratante, um homem de aparência rígida, como um general do exercito.

A maga não teve duvidas sobre seu serviço, uma vez que todas as informações pertinentes já haviam sido dadas. O que havia dentro da caixa ou como ela funcionava não lhe era importante, apenas iria recupera-la como ordenado por seu contratante. A única coisa que deixou Lyza intrigada, e até mesmo um pouco chocada, era a importância que Lorde Saxon dava a caixa, mais até que seu próprio filho. Talvez ela tivesse interpretado errado as palavras e sentimentos do homem, mas a forma como ele falava, deixava implícito que recuperar a caixa era a missão primaria, enquanto que encontrar seu filho, era uma tarefa secundaria do processo, que poderia até mesmo ser pulada caso necessário. Isso deixou Lyza um tanto estarrecida, a mulher não conseguia entender como um pai poderia agir daquela maneira, mas novamente não quis questionar. Ela apenas concordou com o que fora dito e seguiu para fora com os demais.

Lyza tomou para si seus suprimentos e aguardou até que todos os preparativos fossem feitos. Mas por experiência própria em trabalhar com grupos, ela viu naquele meio tempo a oportunidade perfeita de conhecer um pouco mais de seus companheiros. Começou então a conversa se apresentando, e depois aguardou que os demais o fizessem também. Caso estes nõ quisessem falar, simplesmente aguardaria o momento para começarem a missão. – Ola, meu nome é Lyza Simons. Seria bom saber ao menos seus nomes, para termos uma melhor comunicação, o que acham?

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Mensagem por Kaien S Seg Abr 28, 2014 1:05 am

Astaroth era um lobo feliz. Mas ele sabia quando ser sério e perigoso quando precisava, aquele não era um desses momentos. Leonard pensou em Astaroth arrancando a mão do tal lorde quando passou as mãos pelo pelo de seu lobo, felizmente Astaroth não o fez, pelo contrário ele ficou feliz. Após isso o tal lorde voltou para sua mesa e continuou a faladeira, normalmente Leonard dormiria em pé de escutar alguém falando por tanto tempo, mas aquilo era mais interessante.

Olhou para os suprimentos que haviam sido entregues e sinceramente. Ele não ligava. Já havia sobrevivido com menos por muito tempo, aquilo já era o suficiente para ele, a importância era alimentar Astaroth. Não que Leonard fosse de ferro e sobrevivesse sem comida, mas ele sentia prioridade em alimentar seu lobo.

A missão era simples, na teoria, mas na prática ele tinha certeza que iriam acabar se ferrando. Quando Lorde Saxon terminou de explicar a missão Leonard reparou nos membros daquele pequeno grupo. Primeiramente, um homem loiro o qual realmente parecia saber se cuidar sozinho, a segunda pessoa era sem dúvidas uma lobisomem pura, se sua memória não falhava apenas os puros tinham capacidade de se transformar a todo momento, Astaroth sentou aos pés da loba como se esperasse carinho, talvez sentisse mais afeto por serem algo parecido.

Por fim uma ruiva, muito familiar. Seu coração gelou ao lembrar da fria mulher que havia conhecido em sua viagem a um outro local. Sabia que ela era muito bem capaz de lidar com o que fosse preciso, já haviam estado juntos em uma aventura totalmente desagradável para Leonard. De certa forma era bom estar na companhia de uma pessoa a qual ja lutou ao lado, apesar de não ter muita amizade com ela.

-Leonard Bezzarius- Disse já se apresentando, então continuou. -E o lobo, é o Astaroth-




OFF: Well, Lyza! essa última parte foi referência a Titanfall, já que era uma campanha oficial, e o que aconteceu realmente aconteceu. xDD

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Mensagem por Rubra Seg Abr 28, 2014 5:22 pm

Enquanto ouvia o lorde explicando a missão, Rubra coçava o queixo pensativa. Pelo jeito não haveria viagem, já que o inimigo estava literalmente embaixo de seus pés. Menos mal. Mas ao ver o mapa percebeu que aquilo seria mais demorado do que pensou. Homúnculus modificados certamente seriam um perigo grande, mas poderia usar o lugar ao seu favor. Esperava conseguir trabalhar em equipe com aquele grupo. A missão foi dada, deveriam recuperar uma caixa de valor e, se possível, o filho do lorde Saxon. Sorriu de canto tentando imaginar se o filho teria um nome tão engraçado quanto. De qualquer forma, entendeu o que deveria ser feito.

Enquanto o grupo esperava a preparação das cordas, o lobo Astaroth se aproximou de Rubra. Ela sorriu e o acariciou atrás da orelha além de soltar um baixo grunhido que significa "Prazer em conhecê-lo". Só não sabia como ele ia fazer para descer pelas cordas. Então Lyza se apresentou, seguida por Leonard.

— Tem razão. Sou Rubra Greymane, vamos fazer isso como um time e não tem como falharmos. — Estendeu o punho fechado em direção à Lyza, um cumprimento, bastava ela tocar o punho da loba com o dela. — Todos prontos?

Checou seus equipamentos e guardou a comida na sua mochila. Logo desceriam. Se tivessem dificuldades para descer Astaroth, ajudaria o grupo. Enquanto esperava olhava atentamente ao redor, notando a insegurança dos guardas e a tensão no ar. Não pôde evitar de espirrar algumas vezes por conta da química no ar, era realmente incômodo.

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Mensagem por Gutter Duck Seg Abr 28, 2014 9:42 pm

@ Eric

O soldado se virou, deixando de lado temporariamente a tarefa que ele estava cuidando. Ainda parecia jovem, pouco menos da idade do loiro, e parecia nervoso com toda a situação. Mantendo a compostura, ele ouviu a pergunta e respondeu em igual tom:

-Honestamente, não sei. Mas o Lorde Saxon, antes de virar um alquimista fixo aqui na guilda, era um homem que ia para o campo de batalha carregando todo tipo de coisas instáveis e que causam efeitos horríveis a homens com armadura completa. Eu teria medo de qualquer coisa que dá preocupação a um homem que observava oponentes sendo corroídos por ácidos e ainda consegue dormir a noite.

O soldado parecia estar um pouco intimidado com mais que somente com a situação da guilda, mas também com os “mercenários”. Talvez por ser jovem ou pela sorte de ter sido guarda de um local relativamente calmo, ele esperava que o grupo contratado fosse mais.... bruto, como se esperasse uma gangue de rua.



@ Todos

Menos de um minuto, foi o tempo que foi preciso para terminar de afixar as cordas no lugar. O duto parecia ser largo o suficiente para duas pessoas passarem sem dificuldades de cada vez. Olhando para baixo, havia uma descida alta o suficiente para se machucar caso alguém decidisse usar o método mais rápido. Mas não havia a necessidade: As cordas eram seguras e dois de cada vez, o grupo foi baixado até as entranhas do balcão.

Primeiro Eric e Lyza desceram. O que quer que suas mentes estavam preparadas para encontrar, foram surpreendidos, talvez de uma maneira positiva: uma sala mobiliada, acarpetada e de fina decoração. Estandes e armários guardavam livros organizados por assunto, todos sobre alquimia e ciências em geral. Uma leve iluminação a base de runas era mais que o suficiente para se ver com detalhes o local, aparentando ser uma sala de leitura acima de tudo. O tal “Duto” que eles desceram nada mais era que apenas uma lareira, ornamentada com pinturas detalhadas em tinta dourada. Embora a curiosidade atingisse a ambos, nenhum dos dois podiam ficar parados no buraco da lareira, pois os outros dois membros do grupo já estavam começando a descida.

Logo acima, Leonard e Rubra se equilibravam, tentando os dois juntos descerem com uma carga extra entre eles: Um pesado e grande lobo chamado Astaroth. Para nenhum dos dois foi uma tarefa fácil, mas ninguém se machucou afinal. Após terminar de desamarrar as cordas do pesado lobo, eles conseguiram ver em detalhes a sala que estavam.

O que havia passado pela mente dos aventureiros quando cada um imaginava o galpão era de propriedade dele próprio, mas essa sala estava impecavelmente organizada. Uma única porta dupla fechada e a lareira pareciam ser as únicas saídas a disposição, e não havia nenhum sinal de perigo. O barulho da confusão ainda podia ser ouvido acima de suas cabeças. Pesadas passadas e barulhos de metal se chocando deixavam a imaginação de cada um preencher os eventos do andar de cima. Mas as ordens eram claras: deveriam descer, somente mais um andar para encontrar o alvo.

A falta de janelas fazia a sala parecer sufocante, mas havia algo de diferente no ar: Tanto Astaroth quanto Rubra foram os primeiros a perceberem. O ar estava definitivamente mais fresco e limpo ali.  Lyza conseguia perceber que ao redor da sala, pequenas plaquetas de metal com glifos faziam energia correr entre elas, criando um sistema de purificação de ar estranho, porém funcional. Com certeza parecia um tipo de trabalho caro e específico. Tirando isso, o único detalhe mais chamativo eram alguns livros abertos em cima da mesa. As páginas que estavam sendo estudadas naquele momento eram:


O caldeirão da vida, página 42: Biologia rúnica para homúnculos.

A tempestade de Silliam Whakespeare: Cena 2.

Manual de Piroquímica, página 121: Fogo Oxigenado.

As catacumbas do reino, mapa 3: Trutzburg.

Famílias e nobreza de Hylidrus, página 325: Duque Gaston Cross.


Os livros estavam a disposição de quem quisesse ler. Mas por agora, o tempo era inimigo deles: Do outro lado da porta não parecia ter nenhum som, toda a algazarra estava acima deles: era uma oportunidade que não podiam perder. Uma olhada através da fechadura ((Quem quer que se voluntarie para olhar)) revelou que essa sala estava no fim de um corredor, que continuava até uma escadaria para cima, e outra para baixo. Luzes emanavam de fogareiros ainda acesos, e o caminho parecia seguro…

Por pouco tempo, algo subia pela escada, uma… abominação estranha, que merecidamente fazia jus  ao título de “algo que somente podia ter nascido de um pesadelo impossível de se acordar”. Um humanoide rastejava pela escada como se fosse uma aranha. Pernas finas e antebraços que se dividiam em dois outros braços na altura do cotovelo ajudavam esse ser a escalar os degraus rapidamente. Vários cintos cobriam o seu rosto, não aparentando ter espaço para nenhuma feição, simplesmente uma prisão de couro que aparentemente ele não se importara de remover da cabeça. Curiosamente, roupas simples feitas sobre medidas cobriam o seu corpo estranho, revelando pouco da sua pele. Mas onde era possível ver, era obvio que os músculos estavam em um estado de degeneração, com feridas que aparentavam estar prontas para explodir em pus fétido no primeiro esforço. Ele “escalava” o chão com o corpo muito rente, realmente mimicando os movimentos de uma aranha.

Ele parou entre ambas as escadarias, no final do corredor, oposto a porta onde alguém estava observando. Então, se levantou. De pé, ele parecia menos estranho, mas ganhava uma aparência mais perigosa. E não só isso: as roupas que ele usava tinham os mesmos bolsos e bandoleiras que Lorde Saxon estava usando mais cedo, somente possíveis de se ver agora. Ele começou a caminhar em direção a porta quase casualmente e calmamente, aparentando ser pouco mais alto que um humano comum.

Os quatro e o lobo ainda tinham tempo antes dele chegar a porta, e poderiam traçar um plano de ação: A sala, com certeza, oferecia lugares para se esconder. Podiam tanto fazer uma emboscada quanto simplesmente tentar evitá-lo. Ou será que tentariam simplesmente chutar a porta e tentar pegá-lo desprevenido?



@ Rubra

Não importando quem estava olhando pela fechadura ou a ação tomada, Rubra conseguiu ouvir um som estranho vindo do outro lado da porta, uma voz que vinha do monstro que se aproximava:

-Papai, és tu? Precisaste de algo mais da biblioteca?

Sua audição melhorada permitiu que ela ouvisse isso. Mas o monstro ter ouvido eles chegando pelo duto demonstrava que ele também tinha uma audição boa. Uma nova oportunidade se abria, já que o inimigo parecia ser inteligente o suficiente para conversar. Mas para passar essa informação, Rubra teria que falar também, arriscando revelar a posição do grupo.


Configuração da sala
Configuração da Sala:


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Mensagem por Kaien S Qua Abr 30, 2014 10:16 pm

Se equilibrar e tentar descer Astaroth não foi tão difícil quanto pensou que seria. Agradeceu a ajuda de Rubra, era estranho estar na companhia de uma lobisomem, mas ao mesmo tempo, era divertido. Sempre sonhou em conhecer as outras raças quando pequeno e agora estava conhecendo uma delas. Primeiro desafio vencido, descer Astaroth, essa tinha sido a parte fácil da missão o resto viria logo após.

Analisou a sala a sua volta, aparentemente Astaroth tinha parado com os espirros e isso era bom, sorriu quando viu que a sala não era nada do que pensou que seria, tudo parecia ser organizado e limpo. Deu alguns passos pela sala em quanto apoiava a mão no cabo da espada. Deveria atravessar a porta e seguir caminho mas notou alguns livros em cima da mesa, o que despertou a curiosidade de Leonard, ele pegou um dos livros e leu " O caldeirão da vida, página 42: Biologia rúnica para homúnculos. " observando algumas páginas em seguida guardando com si.

Queria ler todos eles ao mesmo tempo, mas não tinha tempo, então esperou os seus companheiros estarem prontos.

Astaroth que agora se sentia mais aliviado por não ter que espirrar toda hora, sentou-se no pé de seu dono, sentia-se desconfortável ali, mas talvez fosse apenas ele.



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Mensagem por Laser Beetle Sex maio 02, 2014 1:54 pm

A resposta não surpreendeu, e suspirando, Eric foi pegar suas provisões. Aproveitando a mochila que carregava, se armou de suprimentos e percebeu as introduções que os outros mercenários faziam. Parecia que ninguém ali se conhecia, o que dava um pouco de conforto.

- Me chamo Eric. - Foi o que se limitou a dizer, cumprimentando os demais se curvando com a mão direita erguida ao peito e um sorriso simpático. Tentava não encarar o lobo gigante na sala, esperava que ele fosse domado o suficiente pra não causar problemas. Afinal, eles meio que estavam se enfiando num buraco sem saída.

E pelo tal buraco ele foi, tomando a vanguarda da invasão junto à mulher ruiva. Em sua mente, Eric imaginava que encontraria ruínas e destruição, o que foi bem longe do que realmente achou. Uma sala digna da nobreza, com detalhes e cores marcantes, até mesmo na lareira por onde desceram. Assim que tocou o chão, o loiro bateu a poeira das roupas e olhou ao redor. Livros, livros e mais livros. Perdido na visão, só se mexeu quando ouviu a pequena confusão que descer o lobo estava causando, ficar parado embaixo daquilo era a última coisa que queria fazer, então saiu de perto e seguiu até a mesa próxima.

Passando a mão pelos livros abertos, tentava mais matar o tempo do que qualquer coisa, e quando levantou um deles para ler o título, reconheceu na hora o autor. Whakespeare. Estudou muitas das obras dele como parte da sua educação na Igreja, e aquela não era desconhecida. A Tempestade era uma trágica história envolvendo traição, o que parecia curiosamente pertencer bem ali, naquele lugar, sob aquelas circunstâncias. Não era do feitio do garoto invadir instalações subterrâneas, então - na sua ignorancia - esperou o resto do seu grupo enquanto lia as páginas abertas daquele livro, relembrando seus anos mais jovens, onde o mundo parecia mais simples e correto. Talvez aquela fora a primeira vez que Eric sentiu saudade de casa desde que chegou na ilha-continente.

Quando finalmente todos estavam reunidos, Eric fechou o livro com um sorriso leve no rosto, e deixou-o na mesa. Depois de esperar um tempo para que todos estivessem prontos, percebeu a aproximação de Leonard com seu lobo, aparentemente interessados nos livros também, aproveitou aquela deixa pra se afastar dali. Realmente não se sentia confortável perto do lobo. Já que não tinha mais o que fazer, resolveu abrir a porta e dar uma olhada no lado de fora.

O que ele achou, porém, antes mesmo de tocar a maçaneta, foi algo que fez o coração do Cruzado parar por um momento. Uma criatura aracno-humanóide que paralisou o rapaz por um momento, encarando a aproximação do... monstro... com olhos vidrados. Depois de "acordar" do seu transe ao ver o bicho ficar em duas patas, com roupas incrivelmente parecidas com as do Lorde, Eric se virou para o resto do grupo - parecendo ter visto um fantasma - e falou com uma voz surpreendentemente firme pra sua aparência assustada.


- Tem alguma coisa vindo! - Tentou falar baixo - sem saber que não fazia diferença - mas com força nas palavras. Assim que falou, rapidamente se esgueirou pra um esconderijo, uma das estantes próximas, dando a dica de ouro pro resto do grupo. Provavelmente eles eram incrivelmente mais fortes que Eric, mas ele não tinha intenção alguma de deixa-los lutar sozinhos, caso chegasse a tal ponto. Esperava terminar aquela missão toda sem ter que derramar sangue, porém.[/color]

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Mensagem por Lyza Simons Sex maio 02, 2014 6:30 pm


Inside.

As cordas foram posicionadas bem antes do que Lyza imaginava, mas ela havia ao menos conseguido tirar de seus companheiros de equipe seus nomes. Se realmente eles teriam uma boa comunicação entre si durante aquela missão, só o tempo poderia dizer, mas ela estava disposta a trabalhar em equipe, desde que estes também cooperassem. Lyza deu uma ultima olhada nos arredores ates de descer, havia sido a primeira ao lado de Eric, imaginando que encontraria um cenário de total caos, a maga foi surpreendida em como aquele subterrâneo conseguia ser tão belo e organizado quanto à parte de cima, talvez até mais. Estavam agora diante de uma biblioteca e mais a frente outra sala carpetada , esta que tinha uma única porta dupla ao final. Assim que desceu ela saiu debaixo d lareira, pois sabia que outros dois desceriam em breve, e Lyza não queria estar no caminho para atrapalhar seus companheiros. Juntamente com Eric ela começou a explorar a sala enquanto os outros não desciam. Os sons vindos de cima eram demasiado... Estranhos e despertavam a curiosidade da maga, mas ela era uma mulher centrada o suficiente para entender que não deveria perder seu tempo pensando sobre coisas fora de sua missão. Antes de tudo ela ficou observando o funcionamento das runas que havia ali, algumas era responsáveis por produzir a iluminação do local, enquanto outras eram responsáveis por limpar o ar. Lyza chegou bem perto, aproximou o rosto com cautela para ver mais de perto, e caso achasse seguro, tocaria nas runas.

Em seguida, olhou para trás para ver como Eric estava se saindo em sua busca, virou-se bem a tempo de vê-lo fechar um livro e se afastar. Ao mesmo tempo, Rubra e Leonard, acompanhados de seu lobo, também entravam na sala. Tomada novamente pela curiosidade, a maga foi até mesa ver do que se tratavam os livros, passou os olhos em todos, mas aquele que mais a chamou atenção foi aquele que Eric havia fechado. Ela abriu-o novamente e olhou uma pagina aleatória qualquer, em seguida fechou-o novamente e deixou na mesa em seu lugar. Continuou analisado ainda mais a sala até finalmente chegar a porta, Eric já estava la e observava através da fechadura, Lyza foi até ele e esperou que este terminasse de fazer sua inspeção para perguntar algo, mas se surpreendeu mais ainda com sua reação, pois seja la o que for que ele viu, estava bem onde deveríamos passar. – Quem é? – Falou baixo para que apenas ele ouvisse, pois tinha medo que o individuo do outro lado da porta pudesse ouvi-la ali.

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Mensagem por Rubra Sáb maio 03, 2014 10:19 pm

Haviam conseguido descer Astaroth sem maiores problemas, o lobo era esperto e sabia a hora de ficar quieto e ajudar ao simplesmente não se mover. Ao chegarem na sala, porém, Rubra ficou aliviada de sentir um ar limpo e ao mesmo tempo curiosa para saber como aquilo era possível se não haviam janelas. Notou as runas que faziam o ar circular, algo bastante sofisticado e nunca antes visto pela loba. Ainda assim sentia-se sufocada por não haver janelas. Pelo menos não espirrava mais.

— Fiquem atentos, não sabemos quando pode aparecer alguma coisa. — Avisou ao grupo visto que todos eram bastante silenciosos. Enquanto eles vasculhavam os livros, Rubra achou melhor memorizar o lugar ao redor e esperar que quisessem continuar, olharia os livros caso houvesse a chance. Olharia pelo buraco da fechadura se seu focinho permitisse, por isso deixou que Eric espiasse através da porta. Olhou pelos ombros dele, o que não era difícil: a loba era bem mais alta que o garoto.

O que ambos viram foi aterrorizante. Rubra sentiu um calafrio descer sua espinha enquanto observava aquela assustadora criatura humanóide aracnídea andar e, pior ainda, ficar de pé em seguida. Não pôde deixar de notar as roupas parecidas com as do lorde. Seria um de seus soldados? Um bem azarado, por assim dizer. Asim que a criatura ficou em pé Rubra forçou a porta a se fechar, tirando Eric do caminho. Imediatamente fez sinal com dois dedos sobre a boca para que o grupo mantesse silêncio. Moveu os braços indicando atrás da porta aonde, caso a criatura entrasse, demoraria mais para notá-los. Com sua espada em mãos, Rubra encostou o ombro na porta e ouviu a criatura falar! Era estranho, na verdade parecia impossível que aquilo conseguisse dizer algo. Mas dizia, e na hora Rubra imaginou se aquilo não era na verdade o pobre filho do Lorde. Poderia não ser, homúnculus referem-se aos seus criadores como pais. Mas teria de arriscar.

— Você é filho de Lorde Saxon? — Falou num tom médio, sabia que a criatura ouvia tão bem quanto ela. Esperou pela reação do ser. — Não vou te machucar se não for necessário, apenas responda mina pergunta.

Esperaria a reação. Queria que a criatura pensasse que ela estava sozinha, o que daria a vantagem do elemento surpresa para seus três parceiros.

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[Clássico] O Veneno Mais Lento. Empty Re: [Clássico] O Veneno Mais Lento.

Mensagem por Gutter Duck Ter maio 06, 2014 12:14 am

@ Todos

O clima agora era de dúvidas. Durante alguns segundos, logo após Rubra ter se anunciado, o som parou pela tensão. O silêncio parecia ser absoluto, respirações congelando junto com o suor de todos, menos Leonard, positivamente mais distraído perto da mesa com os livros. Astaroth conseguia sentir algo se aproximando, mas mesmo para os sentidos aguçados do lobo, era um grande mistério.

Rubra havia se botado em contato com o monstro, enquanto observava pelo buraco da fechadura. As chamas do corredor bruxuleavam bastante, como se correntes de vento estivessem tentando ceifar a vida do fogo, que começou a mudar de cor de maneira doentia. Antes iluminado pelo costumeiro e aconchegante vermelho de braseiros, agora estava irradiada por um amarelo pustulento e fraco, como se a própria luz arriscasse a morrer por doença e infecção.

Um som ecoava acima de todos: A algazarra no andar acima podia ser desconcertante e mais alto, mas os passos no corredor ecoavam na sala em que os quatro aventureiros se encontravam, parecendo o baque de marteladas lacrando um caixão pela ultima vez antes do enterro. Rubra observava ele se aproximando cada vez mais, a sua mão já na espada, nervosa com o formato do monstro, que se tornava mais bizarro conforme as chamas distorciam o que eram sombras, e o que era realidade.

Ele caminhava, e agora estava a 20 passos de distância. O monstro começou a falar, alto o suficiente para todos ouvirem:


– Não, minha graça é Ariel, filho de ambos Viktor e Duque Gaston.
15 passos
– Se você é cão do lorde Saxon, lhe peço que pense nas suas chances de sobrevivência ao invadir a nossa casa.
10 passos
– Assim como o filho sobre quem questiona, ambos nunca existiram.

E as chamas do corredor morreram.

Rubra ainda tentou observar algo na escuridão completa, talvez por reflexo, talvez por apreensão. A única coisa que conseguiu perceber, foi um assovio fraco mas muito rápido vindo em direção a porta. Instintivamente abaixou a cabeça.

Foi por pouco, mas um buraco foi aberto na madeira da porta do tamanho de uma laranja, bem onde antes estava a sua cabeça. Um objeto redondo metálico passou voando sala adentro, zunindo perto de onde Leonard, que estava ao lado da mesa com os livros. A tal esfera acertou a parte de trás da lareira, fincando-se contra a parede. Por um momento, o silêncio retornara, mas não significava paz.


@Eric

A posição de Eric com certeza dava a ele uma visão mais ampla da sala e da situação. Embora ele estivesse preparado para um eventual confronto, não esperava que a frase que Rubra havia falado pudesse ser respondida de maneira tão… dramática pelo monstro. A voz do ser não era aterrorizante como ele pensava que seria, mas o conteúdo da frase era o suficiente para abalar pessoas de mente mais fraca. Mas Eric era mais determinado que isso. Mas havia algo de estranho na voz, algo de familiar…

Sua memória podia ter levado ele a saudades de casa a pouco tempo, enquanto lia os livros. Mas agora ele enfrentava uma voz que carregava um fanatismo que ele só tinha visto no passado, na língua das pessoas mais leais a igreja. Mesmo sabendo que havia quase nenhuma chance do monstro ser da mesma religião, ele sentiu uma sensação de empatia muito enterrada, de alguém que estava a proteger algo.

Mas a memória não tinha tempo agora, algo mais urgente estava acontecendo. A Esfera de metal estava já na parede, e algo mais perturbador aconteceu: Um de seus companheiros estava parado perto da mesa com os livros, com as costas para os mesmos. A tinta das páginas em aberta começou a se mover como uma redemoinho, se juntando em um vórtice, de onde começava a sair um ferrão negro que estava se dobrando para acertar a nuca de Leonard, como se fosse um chicote com uma calda de escorpião. Ele ainda tinha tempo para gritar, mas mesmo antes do ar entrar em seus pulmões, algum outro ser já havia agido.


@ Leonard

Claramente atento ao novo inimigo, todos se prepararam para lidar com a situação. Leonard não era exceção, ignorando a mesa e os livros imediatamente. Enquanto tentava formular algo para fazer na sua cabeça, ele ouviu um rosnar de Astaroth, que havia atacado alguma coisa nas suas costas, imediatamente se virando para ver o que havia acontecido.

E ali encontrou o Lobo gigante, com um dos livros na boca, mordendo a capa e esmagando-a em suas mandíbulas. Da capa do livro vazava um sangue de fedor ocre e revoltante, que se acumulava nas presas do lobo e no chão abaixo. Não só isso, mas o próprio livro estava guinchando. Mais uma mordida bem-dada de Astaroth, e o livro em retalhos estava caído no chão, o sangue-tinta vazando da capa, encobrindo o título:


As catacumbas do reino, mapa 3: Trutzburg.

Sua preocupação era mais com o que havia acontecido, e o que aquilo significava. Mas tudo foi interrompido novamente por algo novo…

@ Todos

Não havia sinal de som vindo do outro lado da porta por agora, mas algo mais desagradável acontecia do outro lado: A esfera de metal fincada na parede começou a fazer um barulho leve de ar escapando, e sem falta, começou a sair um gás cinza esverdeado em um ritmo constante. O gás parecia ser leve, e subia. Boa parte do gás estava escapando pela chaminé que eles haviam entrado. E após um momento, ouviram um grito de lá de cima, de onde os guardas deveriam estar com as cordas. E após isso, um silêncio pesado que só era quebrado pelo vazar do gás da esfera, que lembrava o som de uma odiosa e peçonhenta cobra.

@Lyza

Antes mesmo de começar todo o clima desconcertante por causa das ações de Rubra, Lyza havia testado curiosamente as runas nas paredes. Elas eram seguras, inclusive agradáveis de se tocar. Quando ela botou o dedo, era como se houvesse uma pequena cócega, que causava uma sensação refrescante em seu corpo inteiro. Entendeu que era possível partilhar energia entre ela e o sistema. As de iluminação tinham traços diferentes das de purificação e resfriamento do ar, mas todas eram intrigantes e claramente faziam parte de um sistema complexo que cada runa e placa era essencial, mas ela já conseguia ver a estrutura básica, entendendo como a energia flui como se fosse um rio circular. Com o devido estudo, quem sabe ela até poderia compreender a fabricação destas placas.

Mas o clima mudou de agradável e intrigante rapidamente. Se tornando tenso. Uma jura de morte de um monstro reverberando pela sala botava pressão em todos ali, ela não sendo exceção. No momento Eric havia se escondido atrás de uma estante, mas ela tinha ficado por perto da porta, mais próxima de Rubra, e observou claramente a esfera estilhaçando um buraco na porta, fazendo chover alguns pedaços de madeira pequenos no cabelo. Nada que pudesse machucar, mas o susto deve ter a acertado em cheio.

Poucos momentos depois o gás começou a vazar da esfera, e subiu chaminé acima. Um grito evidenciou que o perigo era real. Mas sua mente conseguiu raciocinar que enquanto o gás continuasse a escapar pela chaminé, não haveria perigo imediato.

@Todos

E assim aconteceu. Todos estavam confusos, pois quase nada do oponente que enfrentavam fora revelado. Rubra estava agora do lado da porta, depois de uma retirada estratégica temendo que mais algum objeto fosse arremessado com aquela força que ela havia visto a pouco. Na outra parede próxima a porta estava Lyza, e a alguns passos de distância desta estava Eric, escondido atrás da estante. Leonard estava ainda sem cobertura, perto da mesa, sem saber ainda para que lado olhar. Por um momento de azar, ele observou através do novo buraco na porta: Em uma luz muito fraca que vinha das próprias runas da biblioteca, ele conseguiu ver o ser bizarro e aterrorizante: Não só isso, mas ele viu aquele horripilante inimigo rodando a sua coluna por duas voltas, a pele se contorcendo como se ele não tivesse ossos especificadamente na região do tórax. Se restava algum senso de aventura no garoto que antes estava feliz por conhecer uma lobisomem, agora ele talvez tenha reconsiderado o quanto de novidade era saudável para ele. O monstro parecia uma catapulta pronta para lançar algo, se segurando como se estivesse engatilhado naquela posição bizarra.

Um barulho estarrecedor chegou ao ouvido de todos: A chaminé que eles tinham descido estava sendo fechada. O som do metal rangendo e batendo foi um arauto para todos saberem que o gás ia começar a se acumular na sala. A situação parecia ficar rapidamente pior, se não fosse por um detalhe importante: O gás parecia se dissolver completamente perto das runas de purificação de ar. Existiam placas rúnicas logo acima e aos lados da lareira, mantendo o gás sobre controle por hora, mas a energia das placas parecia que minguava pouco a pouco, com a iluminação enfraquecendo devido ao sobrecarregar das placas de purificação.


O que fariam? A sala parecia ficar com menos iluminação a cada momento que as runas absorviam o gás, mas, ao mesmo tempo, a esfera também parecia que diminuía o ritmo do gás que vazava. Se a saída do gás ficasse mais lenta, ou uma nova fonte de energia aparecesse, ambos os sistemas continuariam a funcionar pelo tempo necessário.

A opção violenta parecia a mais obvia, chutar a porta e dizer o que o grupo queria na base da força. Mas ao mesmo tempo, eles entendiam pouco do inimigo, somente que ele tinha capacidade de arremessar objetos com uma força prodigiosa e que tinha acesso a armas que ninguém sabia direito os efeitos.

Mas ainda havia a opção de tentar enganar o monstro. Um blefe poderia tentar convencê-lo de que não eram inimigos, ou pelo menos fazer o ser revelar mais alguma informação importante. Somente a fala dele de que o filho do Lorde Saxon não existia já demonstrava que ele conhecia algo mais que os aventureiros.

Ao mesmo tempo, estavam em uma biblioteca, e dois integrantes do grupo haviam presenciado um livro tentar assassinar um deles. O que isso significa? O que teria acontecido com a pessoa que tentaria ler aquele livro? E porquê aquele em específico? Os aventureiros teriam que raciocinar, pois a trama estava a cada momento mais delicada e confusa.


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Mensagem por Laser Beetle Sex maio 09, 2014 4:31 pm

Se antes Eric estava levemente perturbado, agora ele estava perturbado por completo. Não só a criatura falava ameaças, como havia efetivamente tentado assassinar a lobisomem do grupo, assim, tão de repente. Enquanto o loiro observava os eventos se desenrolarem, ele só podia sentir pena da criatura, percebendo que ela havia sido manipulada de forma tão terrível - não somente no seu físico, mas na sua psique também. Aquelas palavras eram de alguém que acreditava, com toda a força de seu ser, em alguma coisa. Um ideal, uma pessoa, uma esperança. E na experiência do Cruzado, esse tipo de fé era a mais perigosa, pois podia ser usada para fins macabros como aquele.

Uma pena, realmente, mas ao menos a criatura não era má. Eric sabia que, no final, a Luz perdoaria aquele ser, pois ele não sabia que agia de forma errada. E por isso, ele não precisava ter pena de matá-la. Quando percebeu que Leonard estava em perigo, pensou em gritar, mas alguma coisa se moveu mais rápido, salvando-o das tintas assassinas do livro. Se os livros eram - também - seus inimigos, então se esconder atrás de uma estante não fosse a melhor das ideias! Ainda assim, permaneceu, não estava em perigo iminente por livros nem por gás, então manteve sua posição. Se aproximou lentamente, tentando ficar mais próximo da porta do que Lyza enquanto materializava uma lâmina de luz em suas mãos, de tamanho aproximado ao de uma espada de uma mão, sem detalhes importantes a serem mencionados. Sua magia ainda era arcaica, então o máximo que conseguia fazer era uma arma de luz cristalizada que somente de longe lembrava uma espada, mas era o suficiente para o que queria fazer.

O plano era esperar. Se o monstro invadisse a biblioteca, Eric avançaria também, tentando pega-lo de surpresa com uma estocada usando sua arma. Não era muito forte ou rápido, mas podia contar com sua habilidade e (pouca) experiência de combate naquela hora, perfurando a criatura na altura que conseguisse, mantendo o torso como foco. Se fizesse um ataque bem sucedido, puxaria sua lâmina logo em seguida, rasgando o monstro no mesmo ferimento e recuando alguns passos, não queria ficar no alcance de um bicho com uma força absurda como aquela...

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Mensagem por Kaien S Sáb maio 10, 2014 4:49 pm

Leonard julgou que não foi uma atitude sábia perguntar se o monstro era filho do Lorde, sabia que não o encontrariam tão fácil assim. Aquele clima deixava Leonard inquieto e agitado, talvez com medo. Sacou a espada em quanto ouvia os passos ecoarem, sorriu em quanto escutava a tal criatura falar, não havia a visto mas imaginava que sua aparência deveria ser algo horrível. Seu sorriso não foi de felicidade, foi com o exato pensamento de " Fudeu ". Havia passado metade de sua vida em uma cidade amaldiçoada e outra metade em uma prisão, não podia ter medo daquilo, não podia... Mas mesmo assim, era terrivelmente assustador.

Quando o objeto atravessou a sala e passou por perto de Leonard, ele se afastou, pensando que talvez pudesse ser algo perigoso. Pensou, pensou, e havia se lembrado do livro que leu quando chegou na sala, talvez servisse para a situação atual, se bem se lembrava cortes e impactos não seriam muito úteis.. Precisava infecciona-lo, mas como?. Antes que pudesse continuar seu pensamento ouviu o rosnado de seu lobo gigante, quando se virou viu Astaroth com o livro em sua boca, e em seguida soltando o mesmo no chão, Leonard se abaixou e o abriu procurando algo naquelas páginas.

Se levantaria e tiraria o livro que pegou de perto de si por um momento, já havia enfrentado perigo demais com livros. Por um segundo jurou ter visto a visão do inferno, ou algo próximo a isso. Viu o inimigo pelo buraco na porta e quis vomitar, se arrependeu de ter começado essa desaventura, mas agora não tinha volta. A visão que teve o fez descobrir que sair da sala não era uma boa ideia, mas ficar la era uma pior ainda.

- Já sei.

Estava correndo perigo de ser acertado pela criatura mas agia acreditando em apenas um pensamento: " Espero que essa porcaria seja surda, não tem olhos mas tem audição ". Correu até as placas rúnicas que seriam prejudicadas e pôs seu anel encostado a elas, talvez não funcionasse pois não sabia como as runas agiam direito, mas se funcionasse seria de grande ajuda. Leonard tentava transmitir sua energia ( mana ) para as runas, tentando as manter em funcionamento.

Vamos lá.. Funciona ! Dizia para si mesmo.

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Mensagem por Rubra Sáb maio 10, 2014 5:29 pm

Rubra se abaixou no momento certo, tão certo que sentiu o projétil passar bem por cima de sua cabeça de forma a eriçar parte de seu cabelo. Num instante tudo ficou confuso, a bola de metal soltava um gás estranho e não demorou para os guardas covardes fecharem a passagem lá em cima apenas para atrapalhar. Muito espertos. Acabam de enviar um grupo de resgate que obviamente estava sendo envenenado e como ajudá-los? Feche a única maldita saída!

Mas não tinha tempo para ficar praguejando. O gás, ao menos por enquanto, não parecia afetar o grupo mas Rubra apostaria sua espada que logo aquilo se tornaria um problema e dos grandes. Agora, ao lado da porta, a loba se perguntava se a criatura jogaria algo mais uma vez. Óbvio. Qual era o nome do maldito que deveriam capturar?

— Cessar fogo, imbecil! Somos mercenários de Viktor! — Gritou, arriscando o que vinha à mente para tentar confundir a criatura, esperava que tivesse lembrado do nome certo. Era péssima com nomes. — Droga, alguém que entende de magia pode dar um jeito nisso?!

Deveria ter perguntando o que cada um daqueles três era capaz. Agora estava em uma sala coberta por gás e sequer sabia se havia um mago entre eles. Notou que as runas o salvavam, mas não entendia nada de energia mágica. Leonard logo tentou fazer algo com as runas. Rubra não esperaria para ver qual seria o resultado. O que entendia era que deveriam se livrar daquela maldita bola de ferro e aquele gás já estava dando nos nervos. Então a loba correu até a bola de ferro, não era tão pesada, deveria ter 2kg no máximo. Esperou pelo momento certo, talvez logo após de um segundo disparo, e jogou a bola de volta para a criatura pelo buraco que ela mesma criou na porta. Não sabia se havia runas no corredor. Esperava que não. Que esse demônio morresse pelo próprio veneno.

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Mensagem por Lyza Simons Sáb maio 10, 2014 5:48 pm


Cleaning up

O quadro foi mudando de tranquilo para extremamente tenso e sem noção em questão de segundos. E a aparição da criatura no corredor foi o precursor da maioria desses problemas. Primeiro vieram as ameaças, pois seja lá quem for, aquele ser era leal ao nosso inimigo. “Duque Gaston? Não era este um dos nomes que estava em um dos livros sobre a mesa?” Foi a primeira coisa que veio em sua mente quando ouviu o nome, mas seu raciocínio rapidamente fora interrompido pela esfera metálica irrompendo porta a dentro. Lyza se assustou bastante com a cena, e não pode deixar de ficar preocupada com o que vinha acontecendo a seguir. A criatura parecia ser bem hostil, e forte, mas além disso, conhecia uma série de truques que talvez nenhum dos presentes ali imaginavam. Lyza olhou bem atentamente para todos, para ter certeza de que estavam bem, mas foi a ultima a perceber quando um LIVRO tentou Leonard pelas costas. “Isso está ficando cada vez pior...” Com medo de que o ser pudesse entrar e começar a atacar desenfreadamente, Lyza se afastou mais da porta, indo na mesma direção em que Leonard seguia, para perto de uma das paredes onde um dos segmentos de runas estavam.

Novamente veio outra surpresa. A esfera metálica jogada pelo inimigo não era simplesmente uma arma de impacto, mas sim uma espécie de armadilha que podia ser jogada. A esfera logo abriu dezenas de furos e entre essas perfurações, vazava um gás branco. Lyza não sabia o quanto aquele ser poderia ser perigoso, mas imaginava que uma armadilha daquelas não conteria um gás sem algum tipo de efeito colateral. Para sua sorte, boa parte doa gás estava vazado também pelo duto da lareira, o que daria ao grupo tempo para resolverem o problema que tinham nas mãos, antes que o gás os atingisse... O era como ela esperava que acontecesse. Por um minuto Lyza esqueceu que havia uma tenda da guilda de alquimia montada bem em cima do duto, e através da própria entrada, ela pode ouvir a algazarra vindo da superfície quando o gás escapou para fora. “Realmente este gás não é boa coisa...” Mas o que a preocupou mais não foi somente a confirmação do perigo daquela fumaça, mas sim a atitude tomada pelos que estavam acima do grupo. Eles começaram a fechar a passagem do duto, prendendo todo o gás dentro da sala junto com os aventureiros. – Droga! Temos que fazer algo rápido... – O sistema de runas de purificação estava dando conta até o momento dos resquícios de gás que escapavam pela sala, mas agora que toda a fumaça estava entrando, parecia que as runas não teriam força suficiente para limpar o ar.

- Já sei.


Ouviu Leonard falando ao seu lado, em seguida encostando seu punho em uma das placas de runas. “Mas o que ele está... Claro! É isso!” – Ótima ideia, Leonard. Coloque seu punho sobre esta aqui, ela é a responsável pela purificação do ar. – Ela rapidamente entendeu a intenção do garoto, e ajudando-o a identificar a runa correta, Lyza tinha esperanças de que seu plano desse certo, caso contrario, estariam num grande apuros.

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Mensagem por Gutter Duck Seg maio 12, 2014 1:44 pm

A situação, com certeza, havia ficado delicada e mortal. A biblioteca a princípio tinha sido uma visão surpreendente para os quatro mercenários, mas agora havia se tornado palco de um combate muito diferente dos que qualquer um já havia presenciado antes. O monstro autointitulado Ariel se utilizava de táticas estranhas para todo o grupo, e parecia resiliente em sua tarefa de parar o grupo. Os acontecimentos de antes, desde o arremesso da esfera até a tentativa de assassinato por parte do livro transformaram a aconchegante biblioteca em um ambiente paranoico. Cada um tirava as suas conclusões, provas vindo da realidade ou do puro medo que o desconhecido causa.

Mas medo faz a adrenalina correr, e ninguém lá tinha o privilégio de fugir ou ficar parado. São nesses momentos que a vontade de sobreviver sobrepuja todo o resto. E assim os mercenários agiram, para salvar suas peles a curto prazo, e ficarem ricos a longo prazo.

Não importando o quão ruim seria a luta contra esse inimigo, ela poderia ser dez vezes pior caso não houvesse nem luz na sala. Ou pior: a sala poderia estar tomada daquela fumaça desconhecida.  O grupo se separou em duas frentes, uma cuidar do próprio inimigo enquanto os outros garantiam que eles não fossem engolidos pela escuridão, ou pelos efeitos nefastos do gás
.
Todos agiram em conjunto, mas Leonard tomou a iniciativa em enriquecer as placas rúnicas com a sua própria energia, tentando encontrar o ponto correto para amplificar a transferência. Por mais que sua mente estivesse focada, ele não conseguia parar de pensar que ainda estava cercado por livros, sendo que um havia acabado de tentar matá-lo. Ele estava inconvenientemente perto de livros no momento, mas não havia opções. Ele usaria o anel para transferir o necessário para as luzes não se apagarem, mas no final não sabia onde que deveria botar a energia. O auxílio de Lyza foi crucial para mostrar onde a transferência de energia teria menos perda, fazendo o processo ser mais rápido e funcional.

Leonard sentiu a sua energia sendo transferida através do anel, e várias outras sensações estranhas. Nenhuma realmente perigosa, e algumas até agradáveis, mas mesmo assim estranhas e novas. A luz da sala clareou novamente, se mantendo estável e dando um alívio palpável ao grupo. Mas ainda não estavam fora de perigo. O inimigo tivera a oportunidade de acertar Leonard, mas encontrara um alvo melhor.
Rubra tentou mais uma vez conversar com a criatura, mas não surtiu efeito. Simplesmente não houve respostas, mas sim um silêncio que não demonstrava nada. A lobisomem se botou em pé, correndo em direção a bola de metal que estava soltando o gás, se arriscando no processo. No meio do caminho veio um segundo disparo, outra esfera estourando pela porta e fazendo chover lascas de madeira. Esse segundo arremesso parece ter sido mais mirado e mais rápido. Mesmo sendo previsto por Rubra,que tentou desviar, a segunda esfera acertou diretamente no ombro esquerdo, parte do impacto absorvido pela armadura. Uma dor forte tomou conta dela, e ela sabia que sentiria isso por semanas afim, com o braço esquerdo inchado por um tempo. A segunda esfera de metal caiu no chão, ficando parada como se fosse um peso morto sem fazer nada.

Mesmo com a pontada de dor, Rubra ainda teria que se livrar da primeira esfera, e assim continuou correndo, prendendo a respiração ao chegar perto. Suas garras se fecharam em volta da esfera que soltava gás cada vez em um ritmo menor. Se virando agora de volta para a porta, ela precisou pegar o impulso de metade da sala para arremessar a esfera de volta ao corredor. A sua mira ainda estava funcionando bem, acertando o buraco na porta e mandando a esfera de volta para o corredor.

Eric já estava posicionado ao lado da porta, e presenciou Rubra correr e devolver a esfera para o monstro. Ele próprio estava a espera de uma oportunidade de acertar o monstro, e Rubra tinha acabado de fazer isso. Poucos segundos depois, os passos rápidos do ser se jogaram contra a porta, estourando a já fragilizada madeira.

Embora a visão do monstro já tivesse sido partilhada por parte do grupo, ele era ainda mais mórbido de perto. A pele parecia falsa, como se fosse um couro esticado acima da sua capacidade, branco como ossos e com bolsas de algo amarelo abaixo da superfície que lembravam feridas pustulentas. Eric não perdeu a chance, desferindo um ataque enquanto o monstro ainda estava começando o pulo para dentro da biblioteca. Estendendo o braço para acertar a lâmina, no torço,  não houve quase nenhuma resistência da carne do ser. Uma ferida foi aberta sem dúvida, mas não houve sangue. Ariel assim tentou evitar ser ferido mais, rotacionando o seu corpo para que o rasgo não fosse pior. Se jogando para o centro da sala, junto com uma porta arrancada em direção de Rubra, que conseguiu desviar a tempo, se jogando de qualquer jeito para a direita, batendo as costas em uma das diversas prateleiras, fazendo alguns livros caírem abertos no chão perto dela e um de capa dura em sua cabeça. Não que isso tivesse doido, considerando a situação, mas, com certeza, aquele dia estava prometendo algo de muito ruim.

Ariel estava no chão, caído, mas se levantou de maneira assustadora e não natural. Firmando os dois pés no chão, ele rotacionou o tronco, como se não tivesse uma espinha nem ossos, se levantando sem nem ajuda dos braços. Seu tronco estava agora virado para Eric, enquanto as pernas agora estavam na direção oposta. Suas mãos rapidamente já rastejavam para dentro dos diversos bolsos que ficavam em sua roupa, pegando quatro objetos: duas esferas, uma adaga que tinha um compartimento com um líquido estranho na lâmina e na outra uma luva misteriosa adaptada especialmente para os dedos longos da sua mão. Ele recuava lentamente em direção a parede em que não havia ninguém, em uma postura claramente defensiva. Qualquer um treinado em combate podia perceber que este não seria um oponente comum de se enfrentar a curta distância.

Rubra já estava começando a se levantar, botando a mão no chão para ter impulso quando percebeu uma coisa macabra. A sua mão direita, que ela usou para segurar e jogar a esfera estava quase sem pelo, e a própria pele estava ardendo. Não parecia piorar, mas o gás definitivamente era de natureza corrosiva.

Com toda essa confusão e um alvo definitivo em aberto, a esfera que tinha ficado no chão começou a rolar sozinha lentamente, ganhando velocidade com a distância, indo diretamente em direção aos dois que estavam próximos das placas rúnicas. Ainda tinha alguns segundos de reação, mas tanto Lyza quanto Leonard agora haviam se tornado alvos de uma arma que eles não conheciam.


O que que mudou?:

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Mensagem por Lyza Simons Sex maio 16, 2014 2:42 pm


The monster

Enquanto Lyza e Leonard se ocupavam de manter o sistema de runas funcionando, Rubra e Eric tratavam de lidar como a criatura do outro lado da porta. A lobisomem do grupo tentou usar a lábia para acabar com o conflito, mas após muito silencio Rubra decidiu tomar uma nova atitude. A lobisomem ficou de pé e correu em direção à esfera de soltava gás, mas numa surpreendente ação, fora atingida por uma segunda esfera em cheio no ombro. Mas mesmo com um possível ferimento, ela não desistiu, e quando pegou a esfera de gás, jogou-a para o outro lado da porta. Lyza estava prestes a perguntar para Rubra se ela estava bem, mas novamente fora surpreendida, dessa vez quem vinha era a própria criatura em pessoa. “O gás também o afeta...” Foi a primeira coisa que concluiu ao notar o desespero da criatura ao atravessar a porta com tudo. O ser caiu junto da porta que fora arrancada após tanto estrago, mas num movimento de gelar a espinha, ou o que quer que tenha sobrado dela, o monstro se pôs de pé em segundos. Sua aparência era medonha, parecia algum tipo de monstro deformado e apodrecido, era como se uma tentativa de reviver um morto tivesse dado extremamente errado.

A coisa se levantou já se preparando para atacar e defender-se, e sua forma de luta era tão estranha quanto sua aparência. A criatura usava utensílios extremamente estranhos e dos quais Lyza não fazia menor ideia do quão eram perigosos. “Se aquela esfera já causou tanto alarde, imagine todas essas coisas em suas mãos...” E esfera... Lyza lembrou-se imediatamente da segunda esfera, e temeu que esta tivesse um efeito parecido com a primeira. Com uma olhada rápida ela decidiu averiguar como ela estava, apenas para ter o desprazer de notar que ela agora rolava por conta própria, como se tivesse vida, e ainda pior, ela vinha na direção onde Lyza e Leonard estavam. A maga agora tinha pouco tempo, pois a medida que a esfera ganhava distancia, ela ficava mais e mais rápida, seria questão de segundos até que ela estivesse em seus pés, e com certeza, não seria nada agradável o resultado disso. – Leonard, continue concentrado, vou proteger você! – Lyza agora estava assumindo a responsabilidade de proteger o rapaz, enquanto ele mantinha as luzes do lugar acesas. Lyza então pegou a primeira coisa comprida e resistente que viu a sua frente, um pedaço de madeira, uma cadeira ou qualquer coisa parecida, e então foi até a esfera e tentou rebate-la para longe, de preferencia em direção à criatura de volta, mas caso não conseguisse, só de afastar a esfera já seria suficiente

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Mensagem por Kaien S Sáb maio 17, 2014 8:27 pm

Sentia a energia ser transferida, não fazia isso a muito tempo, era estranho. Ficou feliz ao ver que a luz da sala se reacendeu, só isso já era algo que ajudava, mesmo a criatura ainda estando do lado de fora. Toda felicidade que havia obtido tendo recuperado a iluminação da sala se esvaiu quando o homúnculo quebrou a porta em pedacinhos, ainda não havia descoberto como ele via e não pretendia. Suas suspeitas sobre o tipo de homúnculo haviam sido confirmadas quando ele viu sua aparência mais de perto, então já sabia como o derrotar, na teoria era fácil, na prática deveria ser um desastre total.

Queria sair dali e poder lutar como os outros, mas tinha de manter as luzes do local acesas e o sistema funcionando corretamente, se já estava tudo péssimo ficaria bem pior caso ele decidisse se afastar das placas. Quando uma das esferas rolou para perto ele teve sorte por ter Lyza junto de si, concentração era algo que o jovem garoto de Takaras podia fazer muito bem, mas naquele momento se concentrar com uma criatura daquelas no mesmo cômodo era quase impossível, de qualquer jeito, ele tentava seu melhor.

Astaroth estava inquieto, mas se mantia afrente de Leonard e perto de Lyza em quanto rosnava sabendo que estava em ameaça.. conseguia sentir isso. Caso algo atacasse Lyza ou Leonard, ou até mesmo se ferisse gravemente um dos outros Astaroth pularia rapidamente contra a criatura a fim de arrancar algumas partes.

Leonard sem olhar para Lyza disse
-O gás, é mais efetivo contra ele- Esperando não ter se condenado.

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Mensagem por Laser Beetle Dom maio 18, 2014 12:16 pm

O plano havia sido quase perfeito. Quando Eric perfurou o tronco de Ariel, sentiu-se quase com pena da criatura, o que logo se transformou em surpresa e terror quando ela girou o corpo no ar e se jogou contra um dos cantos da sala, imediatamente levantando e tomando uma posição defensiva que - ao menos de início - tinha Eric como seu principal alvo. Os reflexos daquele monstro eram muito mais assustadores que sua aparência. Com o canto do olho, o rapaz viu a esfera que havia ferido Rubra começar a girar. Ele sabia que a sala não tinha o chão torto, e quando acompanhou a direção pra onde o objeto se movia, temeu pelo pior.

A primeira esfera havia liberado seu gás cedo, logo depois de atingir a parede. Esta, porém, parecia se mover como que por magia, procurando um alvo, e isso por si só já a fazia diferente da primeira. Eric pensou, também, que Ariel não permitiria outra esfera de gás ser liberada ali, já que ele agora também estava dentro da sala. Durante suas análises silenciosas, Lyza tomou a iniciativa, aparentemente tentando rebater a coisa.
- Não, cuidado! - Foi o que ele gritou, antes de perceber que não adiantaria de nada avisar. Ele precisava agir!

Esticando o braço esquerdo, Eric apontou a palma da mão para o chão, em algum ponto entre a esfera rolante e Lyza, aonde concentraria sua energia pra criar uma espécie de muro em forma de meia-lua, imediatamente fechando a mão metálica e envelopando a esfera entre suas paredes, criando uma espécie de escudo ao redor do objeto todo. Tinha uma chance perfeita ali, e não podia desperdiçá-la! Se ele conseguisse confinar aquela "bomba", poderia proteger a todos no caso de ela não ser uma bomba de gás, e sim, algo muito mais explosivo ao contato.

Com essas ações realizadas, voltaria sua atenção para a criatura. Com a esfera envolta de sua energia, Eric não precisava mais se preocupar com ela, só que ele tinha - agora - algo muito pior pra se preocupar. Fechou e abriu os dedos da manopla várias vezes, antes de assumir sua posição de combate, com a mão esquerda aberta à frente e a espada empunhada com a ponta para o alvo. Não sabia como se aproximar, estava - realmente - intimidado. Seu plano era ganhar tempo, precisava manter a criatura ocupada até o gás - que agora estava vindo da porta - deixasse de existir, dando a chance dos outros dois mercenários entrarem no combate.

Eric dava passos lentos, tentando cercar o - já encurralado - Ariel. Não sabia como Rubra agiria, mas não podia revelar seu plano, então apenas manteve a posição. Caso confronto fosse inevitável, lutaria como aprendeu: usando de sua habilidade manual pra desarmar. O combate ensinado na Igreja para os Cruzados era especialmente feito para o campo de batalha, com estratégias e táticas em grupo, mas ali não tinha mais ninguém que sabia tais táticas, então elas seriam inúteis. Nos combates um-a-um, Eric mantinha sempre a mesma postura: bloquear, defletir e se defender, até que o momento fosse certo pra usar sua manopla e agarrar a arma do oponente, desferindo um golpe na mão que a segurava e desarmando-o.

Ele sabia, na primeira olhada, que aquela adaga continha veneno. E isso não era o pior, o pior era não saber o que as outras armas faziam... Ele seria ainda mais cuidadoso do que normalmente.


Post corrido, foi mal se eu errei no português ou na interpretação aí, tá foda ultimamente. >: Quando eu chegar em casa hoje a noite eu reviso e edito a gramática, se for necessário.

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Mensagem por Rubra Seg maio 19, 2014 1:24 pm

A esfera de ferro acertou em cheio seu ombro esquerdo. Dor. Argh, odiava sentí-la, obviamente, mas ao mesmo tempo gostava. Era o que fazia com que se sentisse viva, a lembrava de que lutava, mostrava que estava, de fato, vivendo intensamente do jeito que queria. Era sua primeira missão séria e logo no começo já arriscava sua vida. Era o que fazia cada segundo valera a pena, preferia morrer em batalha do que esperar a morte encontrá-la numa fazenda no campo. Mas não era estúpida, queria continuar vivendo: por isso, acabaria com aquele mostro elástico aqui e agora.

Assim que jogou a esfera, o monstro em desespero entrou na sala com tudo, arrebentando a porta. Ou será que ele já estava preparando a investida? Difícil saber, mas naquele momento a única coisa que Rubra pensou foi em desviar para não ser atingida pela porta, se chocando contra a estante de livros. Um caiu sobre sua cabeça apenas para lembrá-la que a vida não é justa. A criatura recuou, ficando de costas para a outra estante e sacou mais armas: duas esferas, uma adaga claramente venenosa e uma luva. Luva? Ok, não subestimar. Aprendeu isso da pior maneira. Quando Rubra foi se levantar, notou que a palma de sua mão direita estava levemente queimada, parte dos pêlos finos haviam caído. Ácido? Então por isso o monstro fugiu tão desesperadamente da própria esfera, o idiota usa uma arma que afeta ele mesmo... Perfeito. Viu a segunda esfera rolar em direção à Lyza e Leonard, não demorou para a garota rebater a bola com tudo em direção ao monstro enquanto Leonard gritava sobre o gás. Tinham sacado.

— Façam ele engolir essa bola! — Gritou para os dois e se ergueu, avançando sobre os restos da porta. Por sorte, um pedaço consideravelmente grande em torno da maçaneta, permitindo que Rubra segurasse feito um escudo e ainda apoiá-lo no antebraço. Seria suicídio se aproximar daquela criatura sem uma defesa.

Viu Eric avançar e começar a rodear o monstro, o forçando a recuar. Rubra entendeu e fez o mesmo, ficando à esquerda do garoto com espada e escudo em mãos. Dariam tempo para que a dupla de magos jogasse a esfera contra o monstro enquanto Rubra e Eric garantiriam que ele não saísse dali. Mas não poderiam ficar parados, preferia começar atacando do que esperar mais algo louco daquela criatura.

A loba fez um sinal para que Eric atacasse pela direita dele enquanto ela iria pela esquerda. Como o monstro segurava a adaga na mão inferior direita, Rubra achou melhor enfrentá-la deste lado já que tinha um escudo. Não hesitou.

Mantendo certa distância, Rubra deu dois passos e atacava com a espada de forma precavida: Escudo preparado e golpes de espada à frente, tentando prever os movimentos do inimigo. Contava que Eric defendesse sua direita, senão estaria encrencada. Tentaria cortar fora os braços daquele ser asqueroso, de preferência o que segurava a adaga. Caso recebesse um golpe direto, defenderia com uma escudada, empurrando o golpe para abrir a defesa do monstro e investindo para tentar um corte mais preciso para então recuar mais uma vez.

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Mensagem por Gutter Duck Qui maio 22, 2014 1:58 am

O medo inicial do monstro que estavam enfrentando se transformou na mais refinada e honesta luta pela sobrevivência. De maneira quase poética, os quatro mercenários tinham começado a trabalhar juntos para atacar diretamente o oponente que agora estava a uma tão curta distância. Embora ele estivesse encurralado, Ariel se mostrava tão enigmático quanto antes, mesmo em seus métodos de combate. Suas armas exóticas combinadas com um corpo adaptado demonstravam que o criador deste ser sistematizou a criação de soldados homúnculos. As implicações dessa afirmação era mais aterrorizador que muitas das próprias ações desse ser, que aparentava não ter ossos em alguns momentos, mas aparentava uma rigidez digna de disciplina marcial, sem nem tremer enquanto em combate

No devido momento, isso seria analisado, mas por agora, o gás no corredor estava se extinguindo, sobrando somente um cheiro ocre e pungente no ar que antes continha algo tão  perigoso.

@ Lyza

Enquanto o combate corpo a corpo estava se aquecendo na sala,  a esfera caída no chão se mostrou como mais uma das armadilhas ardilosas no arsenal de Ariel. A esfera perseguia Lyza e Leonard, escolhendo ambos por alguma razão. Mas lyza não tinha a intenção de deixar esta chegar na distância o suficiente para o efeito começar. Pegando uma das cadeiras que estava caída perto dela, ela fez o movimento para rebater a esfera em direção a Ariel. O plano era sólido, caso fosse mais uma esfera que soltava gás. No momento que a cadeira acertou em cheio, a esfera foi rebatida enquanto a camada exterior se abria, descascando como se fosse um ovo. Revelando uma esfera bem menor e brilhante, que começava a irradiar uma luz verde enjoativa, como se fosse uma aura palpável que alcançava 2 metros de diâmetro. Isso acertaria Lyza em cheio, mas uma barreira de luz acabou envolvendo o objeto, segurando a radiação por tempo o suficiente. O brilho provavelmente nocivo durou apenas um segundo.

@ Eric

A criação de luz cumpriu o seu papel, protegendo Lyza da armadilha autônoma. Mas Eric sentiu algo estranho, além de todas as novas sensações desagradáveis do dia. O escudo de luz que ele criou foi corroído pela radiação verde. Não fisicamente, mas magicamente. Eric sentiu no seu próprio ser, a magia que ele havia conjurado ser queimada como se tivesse sido seu próprio braço. Não havia nenhum dano direto em seu corpo, mas era como se o próprio ar dentro de seus pulmões estivesse cheio de veneno. O escudo de luz começou a despedaçar, lascas se soltando e desaparecendo. Somente neste momento o Cruzado percebeu que acertou em parte a utilização dessa esfera: Uma bomba de mana, que queima a magia e a energia vital de qualquer inimigo perto o suficiente. Provavelmente teria perseguido Lyza diretamente por causa de sua maior concentração de magia em comparação ao resto do grupo. Mas esta esfera agora já não causava mais problemas, jazendo no chão já utilizada.

@Eric e Rubra

Tanto Eric quanto Rubra estavam prontos para o combate, se mantendo lado a lado um do outro, usando uma estratégia que tirava vantagem da superioridade numérica. Rubra improvisou o escudo com um pedaço grande o suficiente da porta, se aproximando de Ariel para ficar em uma postura mais agressiva. Rubra tentava forçar uma ação errada do monstro, para bloquear um ataque com a adaga, e depois cortar fora a mão que segurava. Enquanto Eric cuidava do outro lado. A vantagem era obvia, e ambos conseguiam claramente botar pressão em cima do oponente. Perto agora da parede, Ariel agora estava com poucas esperanças, mas a sua aparência grotesca não demonstrava nada disso. Teria que ser tão agressivo quanto seus oponentes se quisesse uma chance:

O primeiro ataque foi rápido e certeiro. Os ossos do braço pareciam se liquidificar, fazendo o membro inteiro atacar como um chicote. A adaga e a luva ambos de uma vez voaram rapidamente como se fossem um borrão. Não havia força bruta nos ataques, mas a adaga envenenada e a luva eram armas que precisavam de contato, não de impacto. Embora Rubra e Eric tivessem sido pegos de surpresa por mais um mistério da anatomia do monstro, somente o segundo ataque obteve sucesso: Eric foi agarrado no ombro, enquanto a adaga ricocheteou do “escudo” com pouco mais que um raspão na madeira. Era uma oportunidade de contra atacar perfeita, e tanto Rubra quanto Eric aproveitaram a situação.

A espada de Rubra não demonstrou perdão pelo erro, cortando a mão do ser diretamente na altura do cotovelo: Um silvo de dor, distante de qualquer grito que eles já tivessem ouvido, saiu de Ariel. A adaga caiu no chão, o Rigor Mortis mantendo-a firmemente presa na mão. Mal daria tempo  de se recuperar, já que Eric se encontrava em uma situação mais perigosa. Sentia a luva do inimigo começar a aquecer através do seu ombro, uma sensação que ele não tinha desejo de testar em seu efeito completo. Agarrou o braço de Ariel e com um rápido e fácil movimento, cortou-o com a lâmina de luz em sua mão.

Em um movimento unido, ambos estocaram diretamente contra o tórax da criatura. Estranhamente leve, era a sensação que ambos sentiam no momento que as lâminas mordiam a carne de Ariel. No final das contas, seu inimigo parecia ser extremamente leve, e definitivamente sensível: No momento seguinte, Ariel estava caindo de joelhos em frente a ambos. Rubra encostou o pé no peito do mesmo, empurrando para remover as armas para se preparar para uma próxima estocada, caso ainda houvesse resistência.

@Todos

As duas esferas ainda estavam nas mãos remanescentes do monstro, que agora parecia enfraquecido e derrotado. Caído sentado com as costas em uma estante, Ariel começou a tremer um pouco, como os últimos espasmos de um moribundo.

Talvez fosse o medo inicial, o susto, ou o clima de antes, mas agora, sem os braços extras, e caído em uma posição tão derrotada, o monstro não assustava mais. Todos se mantiveram em posição defensiva, em atenção ao que poderia vir a seguir. A única coisa que saiu foram palavras vindas de baixo dos vários cintos localizados na cabeça, mas não havia movimentos que pudessem identificar onde seria a sua boca:

-Tem em suas mãos o meu destino: Se lhe sobrares um pouco de misericórdia e honra, peço que cortem o meu coração e entreguem aos meus pais. Mesmo que ganância seja o que guiem vocês, mostrem a ele que cumpri o meu papel.

E assim ele ficou parado após, na mesma posição. Não havia sangue em nenhum lugar, uma morte limpa. Mas tanto Eric quanto Lyza conseguiam sentir que uma energia vazava do ser, bem onde a estocada havia sido feita.

Não havia como saber se ele estava morto ou “vivo” ainda, pois os espasmos haviam acabado. Mas ninguém entendia direito o que seria este ser, nem compreendia a sua anatomia. Uma análise das feridas podia esclarecer muita coisa, mas tomaria mais tempo do pouco que todos tinham.

O gás no corredor agora não passava de uma lembrança, a esfera jazendo no chão, aparentemente inoperante como o seu dono. O caminho estava livre, mas não havia iluminação para o que quer que havia além do corredor.

Embora não houvesse nada de imediatamente aparente no corpo do oponente, haviam mais duas esferas nos bolsos, uma roxa e a outra azul, além das que já se localizavam nas mãos, que eram negras. Eram lisos na superfície, exceto por um pequeno buraco em cada uma, com o que parecia ser uma pequena agulha dentro deste buraco. Nenhum deles era pesado, e podia ser facilmente carregado caso houvesse interesse por parte do grupo. As luvas e a adaga ainda estavam a disposição, só precisavam ser removidas dos membros cortados. Os livros em cima da mesa não tiveram tanta sorte: Com a entrada de Ariel na sala, a mesa foi derrubada, os livros acabaram por serem soterrados em mais alguns que caíram das prateleiras. Levaria minutos para encontrá-los novamente.

Todos sabiam que pressa era um fator a considerar: deviam pesquisar mais na biblioteca, ou não perder mais tempo e descer para o último andar? E será que o grupo aceitaria o pedido de Ariel? Ou simplesmente deixaria a sua carcaça lá? Talvez pudesse ser uma armadilha, afinal, ainda haviam duas esferas em suas outras mãos, e fosse tudo uma tática para atrair os incautos para perto.



Custo de tempo:


Procurar os livros: 30 segundos por 1 livro (Aleatório, sorteado no dado entre os que não foram pegos, exceto o que era uma armadilha).
Remover o Coração de Ariel:  10 segundos se feito com pressa, 30 segundos de for um trabalho bem feito.
Remover adaga e Luva das mãos em Rigor Mortis:   30 segundos com segurança cada. 15 segundos se feito com pressa.
Analisar a anatomia de Ariel:   60 segundos,40 se analisar ao mesmo tempo que remove o coração.
Analisar o possível efeito da esfera Roxa:   Depende do Rank de Energia, tanto tempo quanto chance de sucesso.
Analisar o possível efeito da esfera Azul:  Depende do Rank de Energia, tanto tempo quanto chance de sucesso.
Analisar o possível efeito das esferas Negras:   Depende do Rank de Energia, tanto tempo quanto chance de sucesso.
Outras ações não descritas aqui:  Analisadas no meu próximo post, mas não serei injusto.

Regras:

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Mensagem por Lyza Simons Qui maio 22, 2014 1:56 pm


Voltando a estaca zero.

Lyza pegou uma das cadeiras que estavam ao seu lado e com toda sua força, rebate a esfera metalica, que insistia em ter a ela e seu companheiro como alvos. Lyza se assustou por um momento quando a esfera pareceu desmontar no ar bem a sua frente. A maga imaginou ter sido até mesmo culpa sua por ter usado força demais no arremesso, mas assim que viu o clarão verde, percebeu que esse era seu real intento. Lyza fechou os olhos instintivamente e escondeu o rosto, passado o susto inicial, apalpou e olhou seu corpo procurando por algum resultado daquela explosão, mas notou que Eric havia salvo sua pele com sucesso. – Leonard, tudo bem com vocei? – Decidiu verificar com o garoto se ele também estava 100%, aproveitou para dar uma olhada na estante de livros ao lado dele, pois da maneira como as coisas iam, a qualquer momento um livro poderia lhe ameaçar a vida novamente. O grupo estava trabalhando em sincronia e isso era bom, estavam obtendo ótimos resultados logo em sua primeira luta, e não demorou até que a criatura estranha estivesse enfim derrotada. A visão daquele ser no chão era agoniante, a maga mal podia olha-lo sem que seu estomago se embrulhasse. – Acho que está tudo bem agora, Leonard, acho que seria prudente guardar sua energia para outras oportunidades agora... Vou ver se os demais necessitam de meu auxilio.

Lyza atravessou a sala e caminhou até Rubra e Eric, que agora observavam o corpo inerte do ser. Sua anatomia era distante de qualquer coisa que já tenha visto em anos de experiência, mas uma coisa ainda mais interessante lhe chamou a atenção, a atitude que aquele ser tomara antes de morrer. – Que tipo de ser vivo faz um pedido como este? – Um dos mais perturbados, diria se não estivesse mais interessada em outros assuntos que surgiam. Com a ameaça desconhecida eliminada, restava decidir o que fazer, se continuariam em frente e desceriam, ou se tentariam buscar mais alguma informação antes. Lyza certamente não tocaria no corpo daquela criatura, mesmo porque poderia ser simplesmente uma armadilha tentar arrancar seu coração. “Mas que energia é essa que estou sentindo?” Vinha dele. A energia vazava pelos ferimentos como o sangue de uma pessoa. Seus olhos então se voltaram para as armas... Lyza se aproximou mais do corpo e então pegou uma das esferas negras. Olhou-a de cabo a rabo, mas tomou o maior cuidado possível para não acabar ativando alguma armadilha oculta. – Essa agulha... – Lyza fez menção por um momento de retira-la. Mas logo afastou a ideia, com receio de que isso afetasse seu funcionamento e causasse alguma reação adversa.

- Acho que deveríamos levar todos estes artefatos conosco. Não seria nada bom se algum inimigo viesse e encontrasse armas disponíveis para usar contra nós livremente. – Esperou a confirmação de todos até finalmente guardar a esfera em sua mochila. Tomou cuidado para que ela não balançasse muito, e colocou a parte com a agulha virada para cima. Se ninguém mais demonstrasse interesse, levaria as outras consigo também, mas não sem antes analisar aquelas que possuíam uma coloração diferente.



Vou analisar as esferas, mas caso alguém queira ajudar, deixarei a vontade.

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Mensagem por Laser Beetle Qui maio 22, 2014 11:38 pm

Não é exagero dizer que Eric se sentiu um pouquinho orgulhoso pelo seu raciocínio rápido e habilidade na hora de envelopar a esfera "viva". Porém, felicidade de plebeu dura pouco. Tão rápido quanto conseguiu salvar Lyza e Leonard de maiores danos, sua própria armadura dourada esfarelou em contato com a magia daquela esfera, que fez o Cruzado sentir - em seu âmago - uma dor incômoda. A própria Luz estava chorando de dor diante tal energia nefasta, e a devoção do rapaz para Ela era tão grande, que ele conseguia sentir uma parcela de Sua dor... Ou era assim que ele interpretava tudo aquilo. Recuperando-se do choque, e constatando que não havia mais perigo, voltou-se para o combate com Ariel, que durou poucos segundos. Alguns golpes trocados, e teve sua abertura, ao quase sacrifício de seu ombro que ardeu com o contato, retaliando com vigor com dois golpes; um para se libertar, outro para finalizar o oponente. "Calor? Uma luva capaz de produzir calor tão intenso só pra fora? Que tipo de tecnologia é essa..." Quase se deixou levar pela curiosidade, apenas realmente voltando sua atenção para o homúnculo quando ele fez seu último pedido.

Eric se ajoelhou, apoiou sua lâmina de luz com a ponta no chão e fechou os olhos.


- Fique tranquilo, Ariel. Você lutou bem pelo seus pais, e eu terei certeza de deixá-los saber disso. - Ele então levantou a cabeça, olhando primeiro para Rubra, e então para os outros dois. - Me permitam fazer isso, vai levar apenas um momento, quero rezar pela alma dele. - Então voltou a olhar o homúnculo, que parecia morto agora. Eric se aproximou, tocando o peito dele com sua espada e fechando os olhos, desferindo um golpe único para abrir a ferida por onde rasgaria a pele dele, para retirar seu coração. Enquanto fazia a rústica operação médica, rezava para sua divindade, pedindo pelo perdão da alma de Ariel e para que ele descansasse em paz junto à Luz. - ...Que a Luz te guie na pós-vida, como sua devoção te guiou nesse momento, Ariel. - O loiro não conseguia esconder a leve melancolia na voz. Para ele, aquilo era quase como um ritual de sepultura para si mesmo, já que podia ser ele ali, morto pela sua crença. Quando terminou de arrancar o coração dele, guardaria-o na sua bolsa, que devia estar jogada em algum canto para não atrapalhar no combate. Se fosse preciso, iria envolvê-la com seu manto de ombros, mas não deveria ser necessário - Ariel não parecia possuir sangue.

Estava ansioso pra continuar a jornada, mas parecia que Lyza queria analisar as armas do homúnculo. Jogada esperta. Não sabia se queria mexer nas esferas, porém não tinha muita escolha, iria ajudar a ruiva pra agilizar o processo. Não tomaria a iniciativa de pegar nada de Ariel, não se sentia confortável roubando um cadáver, mas não ia impedir o grupo de fazê-lo. Só discretamente tomaria notas mentais sobre os costumes daqueles mercenários. Entregaria as esferas que conseguisse analisar para a ruiva, a menos que mais alguém quisesse guardá-las. No caso de sentir alguma ameaça vindo delas, talvez pela sua falta de experiência manuseando aqueles objetos mágicos, arremessaria a esfera para o outro lado da biblioteca, torcendo pra não causar mais um pandemônio ácido-venenoso.

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Mensagem por Kaien S Seg maio 26, 2014 11:44 pm

OFF: Mals só ter postado agora, eu ia postar antes mas ai soube que tinha três trabalhos pra fazer.



- Sim.. estou- Respondeu a Lyza confirmando seu bem estar.

Leonard havia visto a criatura ser derrotada, acabou ficando com a parte fácil e também chata, mas manter a luz do local funcionando era extremamente necessário então ter ficado ali foi uma escolha sabia. até mesmo por que Leonard não era a melhor pessoa para uma luta... Principalmente uma contra um homúnculo. Quando finalmente pôde sair de sua posição o fez, se aproximou da criatura agora quase morta, o jovem normalmente não sentia pena, não senta nada por pessoas como o homúnculo, mas o pedido de Ariel pareceu ter afetado o coração do ladrão.

Tempos atrás teria debochado de Eric por rezar e ainda mais por rezar por uma criatura dessas, mas seus sentimentos eram estranhos quanto aquilo, chegou a conclusão de que teria cumprido o pedido de Ariel caso Eric não o tivesse feito. Ficou atento a situação, pois se fosse uma armadilha estaria por perto para ajudar. Se perguntou quem havia sido o homem, se havia sido um ou fora criado diretamente como homúnculo, e se realmente deviam tê-lo matado assim. Perguntas as quais ele decidiu afastar de sua cabeça.

Astaroth caminhava para longe do corpo, talvez por não se sentir confortável ali, então se posicionou como uma sentinela na porta, esperando os companheiros. Ao mesmo tempo Leonard se aproximava de onde uma vez estiveram os livros, e passou a procurar algum deles, não tinha pressa para sair do local.

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Mensagem por Rubra Ter maio 27, 2014 5:35 pm

A luta de fato havia se iniciado. Em poucos segundos aquilo seria definido, mas para Rubra pareciam longos minutos. Havia pouco tempo que Rubra se tornara uma mercenária, poucas vezes arriscara sua vida daquela forma. Mas se sentia mais viva do que nunca. Era para isso que havia nascido: para escrever sua própria história se aventurando pelo mundo. Ficar apodrecendo numa fazenda nem pensar. Seu ombro ainda doía para lembrá-la de que era mortal. Não subestimaria seu inimigo e isso foi o mais sábio a ser feito. Ariel atacou ela e Eric ao mesmo tempo, a adaga sendo repelida pelo escudo improvisado. Rapidamente Rubra aproveitou a deixa e sua espada cortou debaixo para cima, arrancando o braço do inimigo e deixando-o vulnerável. Quase ao mesmo tempo Eric fez o mesmo com outro braço de Ariel e agora, juntos, estocaram suas espadas no peito da criatura asquerosa.

Rubra puxou sua espada de volta e ficou alerta, talvez ele se levantasse de novo. Não aconteceu. Ao invés disso o ser fez um pedido inusitado e Eric decidiu atendê-lo sem hesitar. Como assim? Estavam em frente a um homúnculo, um ser artificial criado apenas para seguir a ordem de seu mestre. Aquilo não tinha alma, tinha? Mesmo ainda confusa pela situação, Rubra respeitou a vontade de Eric, deixando que ele continuasse.

— Lyza está certa, peguem o que precisar. Se aparecerem mais deles, também devem ser vulneráveis a estas armas estranhas. — Falou para o grupo e embainhou sua espada, em seguida tratou de examinar a adaga. Era muito bem trabalhada e tinha uma pequena câmara com o que, obviamente, era veneno. Poderia usar aquilo mais tarde. Procurou por alguma bainha que Ariel pudesse portar para guardar a adaga em segurança, se não encontrasse, pegaria um dos cintos naquela cabeça moribunda e o prenderia à coxa direita, encaixando a adaga na bainha improvisada. Por conta de sua armadura, não corria o risco de se ferir.

Ficou atenta aos pertences da criatura, buscando por dinheiro ou algo de valor já que as estranhas esferas já estavam nas mãos de Lyza e Eric. A luva chamou atenção, apesar de ela se encaixar na mão anormal de Ariel ela poderia ser adaptada. A pegou e entregou-a a Eric.

— Se puder, corte-a para ficar do seu tamanho. Deve ter alguma propriedade mágica. — Caso Eric não aceitasse, guardaria a luva em sua mochila. Em seguida, enquanto as esferas eram analisadas pelo grupo, Rubra procurou pelo livro que tinha caído em sua cabeça. Não que ele fosse importante, mas gostava de acasos: talvez ele tivesse uma boa história para ler mais tarde. Assim que o encontrou, guardou-o em sua mochila. — Muito bem, já deu pra notar que eu e Eric somos da linha de frente, portanto Lyza e Leonard devem ficar na retaguarda. O lobo deve ficar junto deles para proteção. Se puderem me falar o que são capazes de fazer, agradeço. Vamos seguir cautelosos.

Dito isso, manteve seu escudo improvisado e fez um sinal para seguirem pela porta. Gostou de lutar com um escudo, compraria um assim que terminasse aquela missão. Seguiu à frente junto de Eric.

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