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[Clássica] Noiva de prata

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por NR Sérpico Dom Jun 01, 2014 8:10 pm

Relembrando a primeira mensagem :

STATUS
ARI
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Mp: 4%
Itens: A Capa e a Moeda

GIN
Hp: 65%
Mp: 75%
Itens: A chave

TENKAI
Hp: 53%
Mp: 100%
Itens: O elmo


APÊNDICE DE PERSONAGENS
Isso aqui é mais pra mim do que pra qualquer outro. Trata-se de uma lista com os personagens da campanha, seus nomes, alcunha (se tiver), cargo/ocupação (idem), e algum complemento. Conforme os personagens forem aparecendo (e conforme vocês forem descobrindo quem são eles), irei editando a lista.  


─ EREK, antigo deus do tempo, oráculo,

─ SLAO, O homem escuro, preso à Lodoss,
─ RHEA,  
─ CIRCE, A velha senhora, ermitã que mantém a energia de Slao inativa,

─ ARIADNE, A noiva de prata
─ HENGALL, rei de Ratharyn
─ LENGAR, filho mais velho de HENGALL
─ SABAN, filho mais novo de HENGALL
─ FEDRA, filha primogênita de HENGALL

─ CAMABAN,
─ TARK, O pugilista,
─ MAGRUDER, um cocheiro da realeza
─ O CAVALEIRO RISONHO, um competidor veterano do Capeonato

─ AMALIA
─ LUKIN

─ MAX, amigo de infância de Slao
─ MIGHARIEL, carrasco de Ratharyn que cuidou da sentença de Slao
─ BLANE, jovem que tinha uma divida com Slao


Última edição por NT Sérpico em Dom Out 26, 2014 10:44 pm, editado 18 vez(es)
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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Mr. Death Dom Set 07, 2014 11:14 pm


Noiva de Prata

   
   
   

Quando a dor lhe devolveu os sentidos, e o cenário voltou a ganhar nitidez diante de seus olhos, Arliden não conseguiu conter uma risada de garoto, triunfante, enquanto voltava a instigar sua montaria. Contudo, toda a sua animação arrefeceu em seu peito subitamente, quando o jovem bardo avistou ao longe silhuetas incrivelmente familiares. Seus olhos se arregalaram, quando ele finalmente aceitou a verdade: Eram Lengar e Camaban, mas, o que realmente o surpreendeu foi o fato de eles já estarem retornando, e não indo, como ele havia imaginado.

Sua mente então começou a disparar para um milhão de possibilidades, ideias e medidas preventivas que talvez devesse tomar. Ele estava entrando em pânico... Até que fechou os olhos, acalmou seu espirito, e eliminou as distrações. Exatamente como seu mestre havia lhe ensinado. Ari soltou todo o ar de seus pulmões, e inspirou vagarosamente, enquanto voltava a abrir seus olhos, já puxando as rédeas de sua montaria para a lateral, fazendo com que o animal diminuísse a velocidade, dirigindo-o na direção da floresta.

E, quase sem se dar conta do que fazia, Arliden sussurrou uma palavra, um nome. E sua voz foi ferro e fogo, feito uma ordem. Sua voz foi suave e gentil, como um pedido. Sua voz foi reverente e suplicante... Feito um apelo.

Nada mais que um sussurro: — Petraskyen... - Disse, com um sorriso singelo em sua face. Qualquer um que não estivesse fazendo uso de sua mente adormecida naquele momento, e que ouvisse Ari falar, ouviria algo indecifrável, ou quem sabe uma tradução feita por seu subconsciente. O nome da Pedra.

Então, junto a um véu de folhas, uma grande quantidade de poeira se levantou na estrada, feito uma parede, bloqueando a visão entre Arliden e os que vinham a frente.

Enquanto seguia na direção da floresta, Ari afagou o pescoço do cavalo, enquanto desmontava em um salto, sussurrando algumas palavras tranquilizadoras, levando-o até junto das primeiras árvores antes de deixar que aquele estranho efeito do caminho laranja se apoderasse do animal, para que ele resvalasse para o sono.

Moveu sua mão, como um pai que cobre o filho desatento, envolvendo o corpo do animal com uma camada de poeira e folhas, tentando camufla-lo, mesclando-o ao ambiente. "Espero que funcione..." Torceu, com um risinho.

Se tudo corresse bem, a poeira cessaria, e em poucos segundos ele teria feito seu pequeno truque de desaparecimento. Apenas esperava que Camaban e Lengar não fossem do tipo que se prendem muito aos detalhes.

Então, logo em seguida, Ari tratou de esconder-se atrás de uma árvore, se abaixando para ouvir, enquanto apertava o ferimento de sua mão, para permanecer acordado, enquanto ocultava sua presença mágica o melhor possível, assim como seu antigo mestre de magia havia lhe ensinado.

O plano então era simples: Tentaria fazer o mesmo que havia feito na carroça anterior. Quando eles passassem por ali, Ari olharia com cuidado, e agiria rapidamente, saltando pela traseira, tentando não ser notado, é claro. Então, caso tivesse alguém ali, faria uma cara de cachorro sem dono, com sinais de silêncio, enquanto implorava para que a pessoa não gritasse, mantendo distância, para não se mostrar uma ameaça.

— Shh... Por favor... - Sussurraria, suplicante.

Contudo, caso não tivesse ninguém, saltaria fora. Afinal, seu único e principal objetivo, era transmitir a mensagem de Circe para a noiva de prata.



Última edição por Mr. Death em Dom Set 21, 2014 3:00 am, editado 11 vez(es)

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Bluesday Seg Set 08, 2014 3:38 pm

" E um bom espetáculo sempre terminar em morte... Irônico! "

A batalha recém começava e o cavaleiro obtinha a vantagem no momento fazendo vários ataques. Tenkai notou a falta de vontade do oponente em fazer golpes mais poderosos, até que fora encurralado em uma pilastra que ao observar, notou inscrições que não faziam sentido para ele.

" Seu plano era me impedir de avançar para uma estocada mais precisa e fácil? NÃO! É verdade, comentaram comigo que na arena teria algumas surpresas. Talvez essas inscrições seja uma armadilha magica. DROGA, PRECISO AGIR! "

Tenkai embora não soubesse se sua suspeita era verdadeira, observa-vá a lança fazer seu movimento e então se movimentou, se lançando ao chão em uma cambalhota para fugir da lança que vinha na horizontal.

O lado escolhido, fora a sua esquerda para assim que terminasse a cambalhota, o elfo com um movimento horizontal também, giraria seu bastão de forma rápida e veloz contra a dobra do joelho para derrubar o cavaleiro risonho. Mas antes mesmo que o adversário conseguisse encostar o chão se Tenkai conseguisse derruba-lo, ele continuaria seu giro enquanto ia se levantando e agora com um golpe vertical, Tenkai com um pouco mais de velocidade e força, golpearia o pescoço do Risonho ainda no ar para provocar falta de ar de quem sabe quebra os ossos do pescoço e causar uma hemorragia interna.

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Gin Sáb Set 20, 2014 11:06 am

Se viu novamente em um jogo doentio promovido por aquele que não sabia se queria o bem ou o caos. Não respondeu sua pergunta inicial e, por isso, a conversa tomou outro rumo. Rumo, esse, muito útil. Slao acabou por lhe contar algumas informações úteis, porém sempre daquele jeito dele, irritante.

Gin cerrou os dentes quando viu Ari vindo pelo caminho. Logo ele seria tomado pelo sono e ainda seria levado de refém. Já com a faca que Slao lhe dera em mãos, Gin se via em uma posição onde teria que arcar com as ordens daquele maldito Slao. Resignado, moveu a faca e preparava-na para cortar sua carne.


O que você está fazendo?Pensou, quase com a lâmina em sua carne.Isso é um sonho e, mesmo assim, você acata à ordem dos outros.Agora o movimento da faca tinha pausado enquanto Gin pensava rapidamente consigo mesmo.Faça isso do seu jeito..o que vão falar de você em casa? Covarde..

Com esse pensamento seus olhos estreitaram maliciosamente. Olhou para Slao com ódio. Sua mente, porém, estava incrivelmente limpa nesse momento: era um guerreiro, sabia controlar seu ódio.

Virou a faca nas mãos instantaneamente e jogou-na diretamente em Slao, tentando acertá-lo onde pudesse.

Não sou de aceitar ordens de ninguém meu querido ser obscuro.Disse alto e, enquanto falava, sua confiança aumentava. Se fosse morrer, que fosse lutando e não obedecendo a alguém.Vou sair dessa do meu jeito.

Nesse momento liberou todo seu espírito de combate, fazendo sua aura de guerreiro tremular seu estado de espírito. Uma labareda azul, parecida com fogo, rodeava o andarilho nesse momento e seus olhos se iluminaram da mesma cor. Começou a avançar na direção de Slao, esperando algum movimento do mesmo. Atacaria e faria isso na primeira brecha que encontrasse.

Off: desculpe a demora. Essa aurinha aí que eu liberei não tem custo de MP, mas ela tem alguns efeitos interessantes.. era pra ta lvl 5 essa habilidade, porém tive preguiça de atualizar =/..enfim, dá uma olhada ;D

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Mensagem por NR Sérpico Dom Set 21, 2014 11:44 pm

Tenkai
Nuvens se encontraram no céu e o som de tambor ecoou. Começou a chover, assim, de repente. Uma chuva ainda fraca. Mas mesmo assim muitas pessoas se protegeram nas arquibancadas, como se a chuva fosse algo ruim... Mas vamos à luta.

Tenkai fez uma leitura das ações do inimigo e calculou que estava sendo direcionado para uma armadilha. E talvez fosse exatamente isso, pois ouvira um tipo de clic na pilastra às suas costas, logo depois de tocá-la. Nem arriscou olhar, apenas se jogou numa cambalhota para o lado enquanto a lança do Cavaleiro Risonho lhe tirava alguns cabelos e outra coisa ─ que veio, talvez, do pilar ─ raspava em suas costas. No movimento, o bastão de Tenkai relampejou acertando no local certo, atrás de um joelho do Risonho. Este perdeu o chão e caiu. Tenkai já queria finalizar a luta ali mesmo, aprontando um novo golpe mortal contra o oponente ainda no ar, em sua garganta. Daria certo, se não fosse o tentáculo.

Um tipo de tentáculo de simbiose, negro, silencioso. Saiu diretamente da pilastra e paralisou seu bastão no ato do ataque, se contorcendo rapidamente e elasticamente em torno da arma. Então dois novos vultos saíram diretamente de buracos da pilastra: um tentáculo morfando uma pesada marreta na ponta e outro criando a lâmina de um machado.

O tentáculo com marreta voo na direção do Cavaleiro Risonho, armando uma bela amassada contra o seu peito. O Risonho dobrou os braços à frente do corpo e recebeu o golpe, que fez tremer o chão. A marreta subiu e desceu de novo e desta vez o Risonho preferiu não defender, rolando para o lado e rolando mais uma vez pois a marreta o seguiu.

Já Tenkai, tinha suas próprias distrações: seu bastão estava preso por um dos tentáculos ao passo que o outro, com lâmina de machado, descia rapidamente na direção de seus pulsos, querendo forçar o elfo a largar a arma ou sofrer as consequências.

O Risonho estava distraído demais rolando no chão, tentando ganhar distância para levantar. Até deixara a arma para trás. Com certeza ele não seria uma ameaça por enquanto.

E sobre a chuva... bem... Tenkai primeiro ouviu, depois sentiu: ouviu um som raspado, de atrito, em sua armadura, como se estivesse chovendo algo sólido. Então começou a sentir algumas picadas pequenas em regiões onde a armadura não cobria. Um lado do seu rosto foi arranhado por pequenos cortes que deixaram aquela região dormente. Estava concentrado na situação dos tentáculos, verdade, mas mesmo assim percebeu o que era aquilo: os pingos caiam em forma de pequenas e afiadas agulhas geladas.

Por enquanto era uma chuva fraca, só um espirro do céu.


Ari
Conseguiu que o cavalo saísse da estrada e só tombasse de sono depois de entrar na floresta laranja ao lado. Ali o perfume era mais potente, tão perfeito que chegava a doer nas narinas. E ali tinha uma penumbra tão... Resistiu! Ari resistiu ao sono e disse a palavra, chamou pela Pedra. E a Pedra não recusou o chamado daquele que detinha o seu Nome.

E então aquele trecho do Caminho Laranja se tornou uma nuvem de pó. Ari camuflou facilmente o cavalo e se escondeu o melhor que pôde. Ainda era noite no Caminho Laranja e falta de luz solar ajudaria um bocado o disfarce.

E aqui um parêntese para se pensar num futuro distante: antes da poeira invadir de todo aquele lugar, Ari enxergou algo lá pra dentro da floresta. Enxergou um grande rastro de fumaça, do tipo que só uma grande fogueira poderia gerar. E perto, ele viu algo grande. E esse algo tinha um olho e esse olho girou para ver Ari. E por um momento pareceu que aquela coisa ─ fosse o que fosse ─ estava bem ali, na cara do jovem músico. Pois Ari viu nitidamente aquele olho esmeralda com uma pupila carmesim fendida, como o olho de uma serpente, faiscando o puro ódio, olhando diretamente para dentro de sua...

O som da carroça, dos cascos. Ari tornou sua atenção para a estrada e viu que estavam perto. Deu uma nova olhada para dentro da floresta, lá longe, onde achou ter visto fumaça e algo grande... mas não viu mais nada. Então, de volta à Lengar e os outros.

Iam passando. Conversavam alguma coisa, mas Ari não escutou. Depois o ar pareceu ficar pesado e Ari sentiu como se houvesse algo lhe bloqueando e lembrou de ter sentido o mesmo quando Camaban extinguira magicamente um certo incêndio, antes, muito antes. Então Ari não esperou a conclusão da magia do outro ─ saiu do esconderijo furtivamente e subiu atrás, na carr

Carruagem. Essa era uma carruagem real. Ele conseguiu se segurar atrás, mas não tinha como pular para dentro pois não havia entradas, apenas duas portas com janelas, de cada lado. E estavam fechadas, as janelas. Mas uma delas, a da direita, era fechada apenas com uma tela, daquelas com furos pequenos com qual era possível ver, mais ou menos, o que havia lá dentro. Ari viu.

Viu três moças. Uma delas jovem que nem ele, talvez um pouco mais velha. Ela tinha longos cabelos de alguma cor, talvez castanho, difícil dizer através da tela. As outras duas eram um pouco mais maduras, pra cima dos vinte. Seus cabelos eram curtos, loiros. Uma delas usava brincos. As três usavam roupas brancas ─ ou, olhando bem, prateadas.

Elas conversavam baixinho, mas então pararam e olharam Ari, ao mesmo tempo, como se fossem bonecas de um único ventrículo. E ficaram as três quietas, talvez assustadas, talvez intrigadas, talvez divertidas. A tela ocultava essas reações. Mas ao menos ninguém falou.

Daí alguém falou. Lengar:

O que é, Camaban?

É uma magia diferente de tudo que já vi ─ disse Camaban, na mesma voz impecável de quando apagou o fogo vivo maníaco.

Tem algo de errado com esse aqui.

A carruagem parou.

Esse último que falara era um desconhecido para Ari. Era o terceiro homem a cavalo. E tinha também o cocheiro, que, Ari não viu, mas ouviu ele dizer, logo depois:

O rapaz está brilhando!


Gin
Spoiler:


Gin/Ari
...acordou. Gin acordou e estava no chão. Olhou a volta e entendeu que caiu do cavalo. Não, não caiu coisa nenhuma. O cavaleiro que o segurava o jogou no chão... pois ele, Gin, estava brilhando, como dissera o cocheiro.

Ari só conseguiu ver que era Gin, ali no chão, mais a frente, porque este estava envolvido num tipo de fogo azul que parecia vir de dentro do próprio Gin.

Gin ainda sentia as mesmas sensações finais de quando estava no sonho. Eram, na verdade, as sensações do mundo real entrando no sonho. E elas pareciam vir de um daqueles homens a cavalo. Eram três: Dois deles com porte real e o cavaleiro, que estava mais perto. O ambiente todo estava tomado por uma neblina de poeira. Gin não precisava se preocupar muito em proteger os olhos (sua aura parecia repelir os grãos invasores oculares malvados), mas também não enxergava tão bem. Mas soube que o cenário era o mesmo que vira nas chamas, no sonho de Slao. Então, naquela carruagem, aqui atrás...

O cavaleiro sacou a espada, extremamente atento a qualquer coisa que Gin poderia fazer. Ele estava a mais ou menos três metros de distância.

Ari ouviu mais do que viu.

Como foi que ele saiu de um sono Laranja? ─ perguntou o cavaleiro, para ninguém em especial.  

Isso não importa agora ─ disse um outro homem a cavalo (Ari soube que era Lengar). Ele moveu a montaria, se aproximando. Estava agora a dois metros de Gin. Disse: ─ Você estava em nosso castelo e de repente sumiu... O que fazia aqui, no Caminho Laranja, estrangeiro?

O outro homem a cavalo, ligeiramente parecido com este que dirigira a palavra a Gin, sussurrou algo, sacou um cajado que estava amarrado ao lado, no cavalo, e girou a arma no ar.

Ari viu isso. E soube que sua magia ─ que colaborava para que ninguém visse, com o canto do olho, uma suspeita cor vermelha (seu cabelo) mais ou menos sob a carruagem real ─ seria neutralizada dentre em breve.

Camaban ─ Gin se lembrou do nome; era o manco, com fala arrastada ─ estava mais a frente na estrada, cerca de cinco metros de Gin. O cavaleiro e o outro sujeito real meio que o flanqueavam agora, esperando respostas ou hostilidades ou as duas coisas. E Gin estava de costas para uma carruagem, com um cocheiro de boca aberta e cavalos meio perturbados com aquela poeira toda. Ari se segurava (ou melhor, nem precisava, agora que a carruagem estava parada) num dos lados da carruagem, e ninguém sabia disso ─ só as três moças "prateadas".

Spoiler:


Última edição por NT Sérpico em Sex Out 10, 2014 10:33 pm, editado 1 vez(es)
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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Gin Seg Set 22, 2014 10:12 am

Off: Mal, li errado então.

On:

Sim, agora sim.Pensou, sua crescente aura tomando conta daquele sonho pífio que Slao lhe prendia. Ao mesmo tempo sua confiança ia aumentando, seu senso de batalho aguçando e sua expectativa amontoava por uma boa briga. Afinal, estava ali pra isso.

Viu que o entendimento entre Slao e Gin chegou ao nível de respeito pela força. Apesar de tudo, o guerreiro sabia que Slao era um ser poderoso e, agora, parecia que o mesmo também achava isso de Gin. Avançou, porém era inútil. O covarde Slao estalou os dedos e Gin se viu caindo..talvez, para a realidade.

A primeira sensação que sentiu foi fraqueza..não, era algo como algo subjugando suas habilidades. Sua aura que havia queimado com tanta força a alguns instantes foi drasticamente reduzida. Abriu os olhos e tomou ciência de todo o ambiente à sua volta, absorvendo tudo que podia num espaço curto de tempo, pois se viu em ainda mais perigo do que anteriormente.

Três cavaleiros o cercavam. Conhecia alguns deles do cidade lá atrás e parecia que estes também lembravam de Gin, apesar do pouco tempo que passaram juntos. Quase que para ganhar tempo, o guerreiro decidiu abrir a boca.


Sono laranja? O que faço aqui?Repetiu o rapaz, caminhando furtivamente para o lado do cavalo do cavaleiro mais próximo de si, tentando flanqueá-lo.Só estava tirando um cochilo gostoso e decidi acordar quando imbecis resolveram me por nas costas de um cavalo.Disse rispidamente. Provocava os homens e era isso que queria. Aqueles segundos foram suficientes para lembrar de algo - Camaban.

Mesmo lembrando do nome do infeliz, não via nenhuma maneira fácil de chegar nele. Estava cercado e a carruagem que conhecia do sonho travava sua potencial fuga, não que fosse fugir dali. Apesar do óbvio corte de poder que sentia, seu espírito de luta queimava por dentro e não se importava muito quem eram os sujeitos, só queria bater em alguma coisa.


Estou aqui pela Noiva de Prata.Disse simplesmente. Ficou muito atento à reação de todos ali antes de fazer seu movimento. Seu objetivo inicial era descobrir o motivo daquela drenagem de sua energia.

Com esse pensamento tentou não se engajar numa briga logo de cara. Aproveitando do fato que os três oponentes estavam à cavalo, Gin saiu em disparada ao mais próximo, dobrando suas pernas quando chegasse perto do mesmo para passar por baixo daquele primeiro cavalo. Ao fazer isso daria um grito alto e daria um tapa forte nesse mesmo cavalo, tentando fazê-lo ficar muito nervoso. Repetiria o processo com o outro cavalo próximo de si também. Queria desestabilizar cavalo e cavaleiro para tentar encontrar um brecha onde pudesse atacar. Ficou de olho em Camaban. Sabia que não poderia alcançá-lo rapidamente como os outros mas, com alguma sorte, o campo de batalha estaria um caos com a confusão dos cavalos e Gin aproveitaria disso para aplicar alguns chutes e socos nos cavaleiros montados.


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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Mr. Death Seg Set 22, 2014 12:40 pm

Noiva de Prata
Era uma pena não ter tempo para comemorar, mas Arliden sabia que o fato de seu plano ter funcionado apenas lhe dava uma vantagem estratégica por tempo limitado, o que lhe forçava a se apressar e agir rapidamente, pois se quisesse ter alguma chance de fazer o menor contato que fosse com a noiva de prata, ele não poderia vacilar agora.

Ainda assim, após esconder o cavalo e ocultar-se entre as árvores da floresta, algo chamou a atenção de Ari. E seja lá o que fosse aquela criatura, o garoto não conseguiu tirar seus olhos da escuridão, ou do olho que parecia encara-lo de volta, quase como se fosse capaz de enxergar nítida e profundamente dentro da sua... O som dos cascos dos cavalos e da carruagem se aproximando desviaram a atenção do garoto por um momento, e quando olhou novamente para o interior da floresta, não havia mais nada lá.

Ari engoliu em seco, surpreso. Seria aquele mais um efeito do caminho laranja? Quem sabe. Mas, por hora, tinha outras coisas com o que se preocupar.

"Bem, é melhor me concentrar em um problema de cada vez. Primeiro, a noiva de prata." Pensou, enquanto tentava resistir a dor do ferimento em sua mão da melhor maneira que podia. Arliden voltou a apertar o ferimento com força. "Argh! Tenho que ficar acordado! Pois sinto que se eu dormir aqui... É provável que nunca mais acorde." E assim que os cavaleiros passaram, o menino sorrateiramente se aproximou da carruagem, aproveitando-se da nuvem de poeira que havia conseguido criar.

Entretanto, diferente da carroça que havia usado para sair do palácio, a carruagem que levava Ariadne e suas duas Aias era um pouco mais difícil de invadir sorrateiramente. Arliden pensava no que deveria dizer para as moças, quando ouviu Lengar falar algo, olhou para a estrada e viu aquele rapaz, Gin, que também havia sido um dos campeões escolhidos por Erek, um aliado. Torceu para que ele pudesse manter a atenção dos nobres e dos guardas voltadas para ele por alguns instantes, pois essa era justamente a distração que o menino de cabelos avermelhados precisava para agir.

Aproximou seu rosto da tela e falou rapidamente, em um tom que as meninas no interior da carruagem puderiam ouvir com clareza sua forte voz de barítono, torcendo para que aquela fosse apenas uma tela comum e não alguma engenhoca mágica capaz de bloquear o som de sua voz: — Trago uma mensagem de Circe para Ariadne, a Noiva de Prata. - Ele pronunciou cada palavra com cuidado, dando certa ênfase ao nome daquela que os havia enviado para aquele lugar. — Por favor, deixem-me entrar e explicarei tudo. - Pediu, e foi tudo.

"Circe disse que Ariadne também é telepata e que saberia se nós falássemos a verdade. E isso é tudo no que posso confiar agora." Notou então que Gin tentava criar uma pequena confusão, o que deveria ser o bastante para manter os outros ocupados por mais algum tempo. Ari apenas esperava que fosse por tempo suficiente.

E enquanto esperava apertou o ferimento em sua mão mais uma vez, trincando os dentes e suportando a dor. "Se eu dormir, estou perdido." Forçou sua mente, aguçando seus sentidos com a dor para afastar o sono laranja que tentava envolve-lo.

Arliden poderia ter tentado forçar a entrada, poderia tentar fazer outra magia ou usar uma de outras milhares de ideias malucas que passaram a velocidade da luz por sua mente, mas, no fim, ele sempre acabava recorrendo a verdade. Circe havia lhes dito que ninguém poderia sequer saber sobre a existência dela sem que ela assim permitisse, pois apenas aqueles que eram convidados podiam chegar até a floresta onde ela se refugiava na baixa Lodoss.

"A velha musicista acreditava que Ariadne não negaria ajuda..." Ari ficou aguardando, ansioso até que as meninas tomassem sua decisão. "Espero que Circe esteja certa sobre isso."


Última edição por Mr. Death em Qui Set 25, 2014 11:51 am, editado 4 vez(es)

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Bluesday Ter Set 23, 2014 2:02 am

Yup! O oponente havia recebido o golpe na dobra do joelho perfeitamente e foi de bundo pro chão. A luta já estava quase decidida, faltava a conclusão do plano de Tenkai, que fora a água abaixo ao notar que seu bastão não se movia.

" Mas o que...? "

O elfo virou seu rosto para trás e notou algo bizarro segurando seu bastão. Mas que merda era aquela?

Pelos Deuses!!

O elfo tentou puxar o bastão de volta, mas fora inútil, a coisa era persistente em não largar. Mais do que isso, ela resistia a força do guerreiro e ainda atacava o Risonho e Tenkai, que ao notar a lâmina que vinha, tratou de puxar sua espada com a outra mão para bloquear o golpe que o tentáculo fazia, enquanto segurava o bastão para não ser tomado.

Sua velocidade era eficaz para impedir o ataque, e ainda mais formidável para aplicar um contra golpe, confiante disso, assim que bloqueasse a lâmina, Tenkai faria um corte veloz nós tentáculos que seguravam o bastão. Se tivesse sucesso, iria se afastar o mais breve possível e se dirigir para o centro da arena, evitando as pilastras da arena. Procuraria por seu oponente e correria em alta velocidade em direção ao mesmo e visaria fazer um golpe duplo, primeiro com o bastão, tentando fazer um golpe a média distância pela horizontal, vindo da esquerda para a direita para confundir o cavaleiro Risonho, para em seguida dar um Dash para golpear com a espada, procurando acertar a área vulnerável da armadura e que fosse fatal um golpe, ou seja, o pescoço seria mais uma vez seu alvo.

Mas se o primeiro ataque com o bastão fosse muito mal feito, o elfo abortaria de realizar o segundo ataque e permaneceria na defensiva se recompondo.

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por NR Sérpico Qui Set 25, 2014 7:25 pm

Gin
Gin respondeu bruscamente e andou. O cavaleiro girou o cavalo, o acompanhando, a espada pronta. E o outro, o nobre de cabelos negros e trançados (agora Gin o viu melhor), riu quando Gin disse estar ali por causa da Noiva.

Daí Camaban terminou de girar seu cajado e a poeira que tomava todo o lugar se extinguiu instantaneamente. E Gin se moveu, querendo brigar. A espada do oponente também se moveu, em sua direção, mas passou rente, Gin sentindo o vento do ataque. Ele rolou pra debaixo do cavalo (que não era um cavalo comum e sim um puro-sangue de guerra que estava de olho nele, pronto para dar um coice caso fosse preciso) e tentou assustar o animal, conseguindo que este empinasse e desequilibrasse o cavaleiro, que caiu pesado no chão. Gin saiu de perto antes de receber o peso de dois cascos nas costas.

Já pensava em repetir a técnica no cavalo do nobre mais perto para depois ir atrás de Camaban quando sentiu...


Ari
Ao mesmo tempo, a metros dali, Ari pedia para entrar. Pedia para entrar e falava no nome de Ariadne. Sem rodeios, isso mesmo. Quando Camaban mandou embora a poeira, a tela da carruagem escorregou para o lado, como se estivesse numa esteira, fazendo um barulhinho de atrito. Ari viu melhor as feições das moças e entendeu que elas estavam confusas, talvez assustadas com sua presença ali. Menos uma. Menos a moça pra cima dos vinte com brincos. Ela estava mais perto daquela porta e foi sua mão quem moveu a tela para que pudesse estender sua outra mão até o rosto de Ari. Foi um gesto tão súbito e delicado que Ari prendeu a respiração, quase recuando de todo. O toque dela sob o lado direito de sua face era quente e por um instante Ari esqueceu a urgência do momento e a pulsação em seu dedo mutilado.

Teve uma visão.

Spoiler:

E depois Ariadne assentiu, pois entrara em sua mente e compreendera quem era Ari e qual mensagem trazia. Seu rosto era sério (um novo parênteses aqui: ela parecia muito com aquela outra jovem, do início da missão... Só que aquela tinha os cabelos longos e negros ao passo que essa tinha os cabelos claros e curtos), e ela esteve muito perto de falar alguma coisa mas ao invés disso abriu os olhos num tipo de susto, olhando além de Ari. O jovem imaginou que ela estava prestes a dizer “não!”, pra quem sabe impedir que o cocheiro acertasse o seu bastão velho de madeira envernizada na cabeça vermelha daquele moleque ladrão, safado e aproveitador.

Ladrão de uma figa! ─ berrou o cocheiro ao mesmo tempo que Ari recebia o golpe, saindo da frente da janela da carruagem, meio caindo de lado. Aquele homem velho estivera entretido com Gin e os outros mas não deixara de notar o atrito da tela em movimento, o atrito que já cansara de notar seja pela audição seja pelo tato, e isso bastou para uma olhadela para trás. Quando viu Ari, quase teve um infarto de raiva. Pegou seu bastão (uma bengala, a bem da verdade) e desceu de onde estava com a mesma agilidade que teve há 40 anos. Basta uma situação inusitada para nos tornamos um herói ágil e forte. E aconteceu o que aconteceu. ─ Quer se aproveitar dessas moças, é? Não na minha vigília! Você vai ver só! Vai ver só!

Perdigotos voavam de sua boca velha e com dentes faltando. E o bastão vinha, ameaçador.

Magruder, não, ele não é ladrão! ─ disse Ariadne... mas o som de sua voz foi meio que encoberta pelo relinchar histérico de um puro-sangue, logo ali perto.

Então o velho cocheiro chamado Magruder atacou. Ari ─ talvez por causa do sono ou do golpe que recebera na cabeça ou, ainda, por causa da visão ─ se demorou e recebeu o golpe no braço, tropeçou num relevo e caiu. Olhou para o lado e viu...


Gin
...seu corpo ficar pesado. Parecia ter grilhões em volta dos pulsos e tornozelos, daqueles de prisioneiros, com imensas bolas de ferro limitando sua movimentação. Já bastava o corte de energia e agora isso. Aquilo deveria ser obra do nobre, sem ser Camaban. Aquele que falava agora:

E o que acha que estamos fazendo aqui, forasteiro? ─ perguntou o nobre, afastando o cavalo. Viu a agilidade de Gin e estava pouco disposto a cair do cavalo, a exemplo do cavaleiro. Então manteve uma distância razoável (três metros) enquanto falava. ─ Estamos levando ela de volta, para que vocês confabulem. O elfo e o músico a esperam. É claro que isso é suspeito. Principalmente na época em que estamos sendo criticados e atacados pelo clã dela. E então vocês, estrangeiros querem falar com ela. É. Suspeito... Você poderia ser mais claro, quanto a isso.

Gin fez o que pode para ignorar o peso. Foi andando na direção do nobre e de repente toda aquela gravidade adicional sumiu... e aconteceu o contrário: ele ficou leve. Extremamente leve, a ponto de flutuar e depois ser atirado para o alto como se um cordão invisível lhe puxasse. Se lembrou de Slao, na caverna, com o boneco. Daí aquela perda súbita de gravidade também desapareceu e agora ele estava caindo. Céus! Quanto que havia subido? Uns 50 metros? Talvez mais. Assim, num piscar maldito de olhos.

Estava caindo, felizmente apenas com o seu peso normal. Era uma bela queda. Mas de alguma forma isso não foi o mais preocupante... Pois antes de começar a cair, quando estivera lá no alto, ele viu...


Ari/Gin
Ari viu o que já tinha visto antes. Estava caído no chão e olhou para aquele lado da floresta, meio que sem querer. Ele estava mais perto, estava se aproximando. O olho! E seja lá quem (ou o quê) fosse dono dele.  

Gin viu algo grande se mexendo num dos lados da floresta. Se mexendo mesmo, tipo em carga. Algo grande e vermelho, com escamas que reluziam ao brilho da Forja. Estava indo diretamente para eles, e talvez os outros ainda não perceberam por que aquela coisa ainda estava longe, bem longe. Mas, por Erek, a coisa era rápida!  


Tenkai
Sacou a espada de imediato, bloqueando a investida de machado. Depois desferiu um golpe contra a simbiose que segurava o bastão e cortou o suficiente para afrouxar o aperto que a coisa negra exercia sobre a arma. Puxou e recuperou o bastão. Mas o tentáculo em forma de machado ainda estava ali, não estava? Assim como a Marreta perseguiu o Risonho com repetidas investidas, o Machado fez o mesmo acertando Tenkai quando este terminava de libertar o bastão. Foi um corte horizontal, um pouco abaixo das axilas do braço que segurava a espada. Passou pela armadura, mas não muito. De uma forma ou de outra, Tenkai sentiu dor e se afastou dali, evitando um novo corte e avaliando que estava bem, estava bem.

Por um momento pareceu que os tentáculos o seguiriam eternamente... mas eles tinham um alcance e não podiam se afastar tanto do pilar de onde saíram.

O Risonho, no entanto, ainda estava dentro do alcance da Marreta. Então o Machado e o Elástico foram atrás dele. Tenkai também o fez e de repente o Cavaleiro Risonho estava em completa desvantagem: de um lado Tenkai e do outro, três tentáculos.

Havia a vaga impressão de que o público estava gostando, apesar da chuva que ameaçava crescer ─ a chuva, aliás, pareceu dar um intervalo antes mesmo de começar. Caiu mais um pouco de agulhas geladas e depois nada. Talvez voltasse em breve, se estendendo por toda aquela competição.

Tenkai, no entanto, queria acabar logo com aquilo.

E foi uma dança macabra. Tenkai atacou o Risonho com o bastão e este se abaixou, aproveitando para evitar um corte de Machado. Tenkai logo puxou sua arma de volta, pois o Elástico quase a agarrou novamente. Daí moveu a espada contra o pescoço do oponente e pareceu cortar alguma coisa, até veio sangue na ponta da arma, mas o alvo não caiu. A Marreta fez um arco por cima do Risonho, como se quisesse tentar pegar Tenkai, mas resolveu que o Risonho era mais fácil de acertar e lhe atingiu as costas, lhe jogando mais para dentro do alcance do pilar.

Tenkai até tentou se aproximar, ajudar os tentáculos com o serviço... mas era justamente o que o trio queria. Então ficou um tempo parado, vendo o Risonho receber um corte no braço e gritar “Chega!” pra depois fazer as mãos brilharem e, num movimento como se atirasse alguma coisa, fazer esse brilho estourar no pilar ─ que tremeu e inclinou, puxando os tentáculos como músculos retraídos.

Tenkai, muito sem querer e enquanto o Risonho apanhava, olhou através do pilar. Para a arquibancada. E viu aqueles homens de preto, com capuz. Aqueles homens que o abordaram do lado de fora do Tabuleiro, quando caminhava pela cidade com Tark, o Pugilista. Um deles, apesar do tempo ruim, estava sem o capuz e Tenkai conseguiu ver um tipo de expressão naquele rosto. Parecia surpresa. E ele olhava para Tenkai e... Não, espera! Ele não olhava para Tenkai; olhava além dele.

Tenkai se movimentou para olhar pra trás sem que ficasse totalmente de costas para o Risonho, que ainda estava terminando de estourar o pilar. E viu um jovem no centro da arena. À sua volta ─ no chão de areia que ia ganhando alguns aspectos esbranquiçados por causa do gelo que caiu do céu ─ havia um tipo de círculo, desenhado em várias linhas sobrepostas e ondulantes. Parecia uma marca de queimadura, pois exalava uma fumaça, como se uma imensa prensa ardente tivesse batido no chão que agora esfriava aos poucos.

E o próprio rapaz tinha suas marcas. No pescoço, do lado esquerdo, marcas tribais... Lembrou! Tenkai lembrou que já tinha visto (aquela marca) aquele rapaz, de quando chegou no palácio depois da caminhada com Tark e viu duas pessoas penduradas no parapeito de uma janela, e Gin do lado dentro puxando essas duas pessoas pouco depois de Tark gritar uma ordem de rendição.

O jovem que estava quase caindo naquele dia (ontem) era o mesmo que aparecera subitamente ali, no meio do Tabuleiro.

Tenkai percebeu uma movimentação nas arquibancadas. Guardas. Ouviu também uma gritaria. Tinha gente profundamente perturbada por causa da aparição súbita daquele menino. Este olhou para Tenkai e disse:

As coisas vão ficar cabulosas agora. ─ Ele sacou alguma coisa pequena, circular. Tenkai esperou pelo pior, mas aquilo não era para atacar ninguém. Ao menos não diretamente. ─ Pode crê.

Ele jogou aquela coisa para cima e em cima ela ficou, flutuando. Deu um pequeno brilho.    

E por falar em brilho, Tenkai viu com o canto do olho o brilho das mãos do Cavaleiro Risonho. Se voltou para o oponente e o viu fazendo o mesmo movimento com as mãos, de arremessar, na direção de Tenkai...

Havia um murmúrio geral. Aquela era abertura do Campeonato, gente de toda a Eala estava lá, Hengall estava lá, até os caras de capuz (que Tenkai lembrava ter algum tipo de relação com a Noiva) estavam lá. Era a luta de abertura com um estrangeiro, e estava sendo aparentemente interrompida (menos para o Risonho; ao que tudo indica). Uma chuva ameaçava estourar dentre em breve e algo de errado ia acontecer.


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Mensagem por Mr. Death Qui Out 02, 2014 2:35 pm

Noiva de Prata
Ficou assustado por um instante, aflito com a possibilidade de não conseguir transmitir a mensagem de Circe para a noiva de prata, mas, no fim das contas, teve sucesso em sua missão. Ariadne tocou sua face, um gesto repentino, mas por alguma razão Ari não sentiu medo e, portanto, não fugiu do toque. E quando os dedinhos delicados da garota tocaram seu rosto, o menino sorriu com a familiar sensação que teve em seguida, então, uma visão.

Imagens nítidas, sua história sendo recontada por um ângulo diferente, informações que não se lembrava, mas que existiram de fato. E quando terminou, Arliden sentia-se estranho, finalmente conseguia compreender algumas coisas, assim como a relação que existia entre eles e o homem escuro, pois, se Slao havia feito parte do passado de Ari, era certo que o mesmo também deveria ser válido para os outros que foram escolhidos para aquela importante missão.

E então, levou uma pancada na cabeça. Assim, de surpresa, sequer teve chance de fazer o que quer que fosse. Apenas caiu no chão, com a visão escura e a cabeça girando, além, é claro, de uma dor aguda na parte posterior da cabeça. Gemeu e abriu um dos olhos, piscando furiosamente para espantar as lágrimas de dor, quando viu o velho cocheiro avançando em sua direção com intenções assassinas nos olhos enrugados. — Ah, era o que me faltava... - Soltou um risinho amargo, estendendo as mãos.

E foi quando percebeu que qualquer coisa que dissesse não faria a menor diferença, tudo o que dissesse seria encarado como desculpas de um ladrão que havia sido pego com a boca na botija. Então, ainda de costas contra o solo, esperou o velho se aproximar para ataca-lo com a bengala e enfiou uma das pernas entre as pernas do homem, girando a parte inferior do tronco para dobrar os joelhos do adversário e derruba-lo. E então se afastaria, saltando para longe, esperando que, nesse momento, Ariadne intercedesse por ele.

Sabia que talvez tivesse que aguentar mais uma bengalada durante a execução de seu plano, mas valia o risco. Após ter conseguido passar a mensagem para a noiva, Ari sentia-se incrivelmente relaxado, com a sensação de missão cumprida. — E-espere, não estava tentando roubar nada, eu juro! - Exclamou, mesmo sabendo que seria inútil, com as mãos para o alto em sinal de rendição.

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Mensagem por NR Sérpico Sex Out 03, 2014 5:23 pm

Ari/Gin
A face de Magruder mudou de raiva para susto quando notou que estava caindo. Foi Ari que moveu as pernas, numa rasteira, derrubando o velho cocheiro, que caiu soltando o ar. A essa altura Ariadne já descia da carruagem para ficar entre os dois, dizendo que estava tudo bem e reforçando a fala de Ari, de que ele não era ladrão e tal. Magruder pareceu acreditar, embora estivesse meio chateado por ter caído. Principalmente por ter caído encima de um braço e luxado o pulso... A Noiva o ajudou a se erguer e então os demais notaram aquela movimentação.

Mas o que? ─ perguntou o cavaleiro, vendo Ari. Automaticamente Camaban e Lengar olharam na mesma direção.

Mas Lengar desviou brevemente o olhar, pra cima, pra Gin.

Ele não parece estar querendo evitar morrer, por causa da queda ─ ele disse, e até parecia haver humor em sua voz. Então moveu a mão num gesto rápido e Gin terminou de cair de forma mais... leve. Foram 50 metros de queda e Gin ganhou apenas um ombro deslocado e um lado da cabeça sangrando, de quando bateu no chão. Lengar, que para Gin ainda era somente “Nobre”, disse: ─ Acho que agora entendo o que está acontecendo aqui. Você veio com o músico, sequestrar a Noiva, certo?

Não! ─ interveio Ariadne, graças à Erek. ─ Estão aqui por causa da Circe. Por causa de Slao.

Aquilo gerou um tipo de silêncio entre todos ali. E no silêncio, ouviram algo. Algo ao longe.  

Mas o que? ─ perguntou o cavaleiro, olhando para a floresta.

Camaban não arrastou a voz para dizer:

É um Comedor de Almas.

Impossível ─ disse Lengar de imediato.

Sim ─ replicou Camaban. ─ É impossível. No entanto, é um Comedor... Temos que ir. Sair do Caminho Laranja. Agora!

Que urgência era aquela? Justo no homem que parecia o mais controlado e ponderado de todos, vulgo Camaban.

Como que pra quebrar essa ideia, ele cavalgou na frente, como se fizesse um gesto de “salve-se quem puder, nem conheço vocês”, ou talvez um tipo de incentivo urgente para que os outros parassem de discutir e fizessem o mesmo que ele, já!

O cavaleiro recuperou o cavalo e montou. Ele e Lengar recuaram um pouco, para perto da carruagem. Já iam incentivar o cocheiro a assumir seu lugar quando ele disse, em tom de desculpa:

Meu pulso, merda!

Agora ouviam melhor. Ouviam algo como o chiado do vento nas folhas (que era, na verdade, a criatura se deslocando entre a floresta, ainda longe). E sentiam um pequeno tremor na terra, como se houvesse um coração batendo em algum lugar ali perto (na verdade, o reflexo sísmico da corrida do Comedor de Almas).  

Lengar desmontou.

Você, jovem músico ─ disse, chamando Ari para junto de sua montaria ─ Pegue este cavalo.

O próprio Lengar pegou Gin, que ainda estava caído, e o ergueu. Foi até a carruagem e jogou Gin lá dentro. Magruder entrou também e por último a Noiva. Depois Lengar assumiu as rédeas e pôs a carruagem em movimento acelerado. O cavaleiro os seguiu, cavalgando a toda. Ari fez o mesmo.

Então as coisas aconteceram rápido demais.

Um tipo de dragão sem asas saiu do meio da floresta laranja. Era vermelho (como Gin já tinha constatado) e suas escamas brilhavam o reflexo da grande árvore lá no horizonte. Deveria ter uns 50 metros de altura, mas era difícil ter certeza, pois ele, agora, corria pelo Caminho Laranja meio abaixado, como um lobo.  

Ari viu ele quando já estava alcançando a entrada do Caminho Laranja. Piscou e a criatura pareceu comer uma distância considerável. Piscou de novo e o bicho já estava encima deles. Daí foi a vez de Gin vê-lo: o Comedor de Almas mordeu a carruagem, arrancando o teto da mesma. E por mais que os dentes fossem como toras grandes e afiadas e a língua fosse como uma anaconda gorducha, o mais assustador naquela fera eram os olhos ─ esmeralda com uma pupila carmesim fendida, como o olho de uma serpente, faiscando o puro ódio. Ódio de Gin, ódio da Noiva, ódio das outras duas moças dentro da carruagem, ódio do Magruder. E por isso a próxima mordida pareceu a caminho, já que o dragão resolveu abrir a bocarra acima da carruagem e dos cavalos que a guiavam. Iria pegar todos ali num único golpe e só não o fez por causa da porta.

A porta que se formou na frente do Caminho.

Uma porta enorme de pura energia branca. Um pouco mais atrás da porta, onde ficava a encruzilhada dos Caminhos, era possível ver uma jovem loira parada... E se Gin a tivesse visto teria quase certeza de conhecê-la de algum lugar ─ tipo, por exemplo, de quando a puxou janela acima, numa ocasião agora muito distante. Mas Gin não a viu e Ari não a reconheceu, de modo que a participação dela nessa história é anônima.

Mas voltemos à porta: Todos a cruzaram, meio que involuntariamente, já que a entrada da coisa ocupava toda a largura do trecho final do Caminho.  

Cruzar um portal mágico daquele jeito foi meio esquisito. Ari teve vontade de vomitar o banquete real que comeu na noite passada. E Gin teria a mesma sensação caso tivesse algo no estômago.

Estranhamente, continuavam em movimento, correndo por um caminho sem chão e sem céu onde tudo era branco. Mas lá na frente havia um pequeno brilho que se destacava na branquidão dimensional do lugar onde estavam. E aquele brilho logo se moldou noutra porta ─ a saída! E era muito bom ter uma saída pois o Comedor de Alma também cruzara a porta mística, não desistindo de sua perseguição.

Talvez não houvesse tempo ali dentro ─ ou talvez sim, só que calculado de formas desconhecidas. Pois quando cruzaram a saída, já era dia e estavam onde toda a Ratharyn assistia o início do Campeonato.

Mas o que? ─ era o cavaleiro, de novo.


Tenkai
Tenkai sentiu uma pressão em seu peito, como se tivesse ar demais comprimido num bolsão invisível que estava se chocando com ele. Daí esse provável bolsão estourou e Tenkai recebeu a explosão, voando para trás, com o peitoral de sua armadura subitamente arruinado e sangue jorrando do tronco. Por um instante não ouviu nada além de um zunido insistente, por causa da explosão de ar que lhe atingira. Depois ouviu o seguinte:

Abre logo, Sésamo ─ era o jovem, falando com a... coisa redonda parada no ar. ─ Não temos toda a eternidade. E eles já estão bem perto. Posso até sentir.

Tenkai teve tempo apenas de ver uma imensa porta se formar a partir daquele item circular que pairava. Era uma passagem de energia pura e estava se abrindo. E de dentro um grupo a cavalo apareceu, seguidos de um dragão vermelho e sem assas.  

O grupo era formado por: Camaban à frente (o nobre manco e de fala arrastada que recebera Tenkai, junto com Tark, quando acordou no quarto), depois um cavaleiro coadjuvante, depois Arliden, e por último o príncipe Lengar comandando uma carruagem sem teto.

O Tabuleiro virou uma loucura e o Campeonato estava arruinado.


Todos
Aqueles que passaram pela porta estavam agora cavalgando no meio de uma enorme arena com quatro pilares (um deles destruído) espalhados aleatoriamente. O chão era uma areia grossa e levemente úmida. O lugar era um coliseu, onde pessoas ocupavam as arquibancadas. Mas agora todos estavam preocupados em sair do local enquanto guardas desciam escadas laterais e saiam de portões para chegar até a arena, onde um confusão teve início (é claro, eles ainda não tinham visto o Comedor de Almas, e quando o vissem talvez mudassem de direção, seguindo o povo pra fora do lugar).

Ari viu Tenkai de relance. E trocar olhares bastou para Tenkai captar algo: A Noiva de Prata estava ali, na carruagem. Gin também.

Aquele era um pequeno momento que exigia uma reação imediata dos três campeões de Erek. Pensar muito faria a oportunidade ir embora... a oportunidade de salvar a Noiva.

Pois o Comedor de Almas terminou de sair totalmente da porta e seu alvo inicial era a carruagem e todos transportados nela.


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Última edição por NT Sérpico em Sex Out 10, 2014 10:37 pm, editado 1 vez(es)
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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Gin Dom Out 05, 2014 12:06 pm

Então ele realmente tinha voado aquela distância toda. Parecia improvável, mas também não havia nada de exatamente normal naquela terra toda. Preocupou-se subitamente, sabendo que a queda significaria sua morte.

Sua queda foi ligeira, mas foi freada por algo.. ou alguém. Sim, era um tipo de magia que diminuía a velocidade da sua queda. Isso não significou uma queda leve, mas também conseguiu escapar da morte, pelo qual era grata. Porém isso não era o que lhe preocupava no momento..


Maldição!Exclamou com dor e raiva, sentindo seu ombro se deslocar.Tem alguma coisa vindo!Conseguiu dizer entre os dentes antes mesmo de tentar se mover.

Dito e feito, o som logo chegou aos ouvidos daqueles cavaleiros. Seus rostos ficaram passíveis de medo e preocupação. Gin não registrou nada disso. A única coisa que pensava era nas palavras da Noiva de Prata.. Slao.. Circe.

Então tudo isso é uma armação daquele maldito sonhador?Pensou com raiva, enquanto remexia em seu ombro para tentar localizar a fonte do deslocamento. Teria que colocá-lo no lugar antes de tudo.Ah, quando eu pegar ele de jeito..

Instantes depois se viu jogado sem cerimônias para dentro da carruagem, onde viu que se juntou a belas mulheres e estavam bem sozinhos.. Não contava o Cocheiro nesse momento. Imediatamente sua cara de dor moldou-se para um sorriso encantador pontuado com sujeira e terra de sua brusca queda.

Ora.. olá.Disse, olhando para as três, seu meio sorriso brincando em seus lábios e seus olhos viajando entre as três, atento à reação das moças. No entanto uma violenta balançada da carruagem mexeu com sua cabeça e Gin logo saiu desse estado de torpor temporário. Sentou-se e arranjou um pedaço de pano qualquer. Já havia identificado o problema do ombro e mordeu forte o pano antes de colocá-lo no lugar. Seu grito de dor morreu no pano que mordia e se permitiu alguns segundos para se recuperar.

Segundos, esses, que não teria. Viu a fera arrancando o teto da carruagem numa violenta mordida. Dentes, escamas, presença amedrontadora.. mas o pior eram os olhos. Ódio, muito ódio. Raiva. Morte.

Quase gritou junto dos outros presentes dentro da carruagem, que se juntavam para longe do bichento. Afinal, a surpresa foi grande.Então isso é um Comedor de Almas?Esse foi seu pensamento naquela hora. Apesar do medo que sentia, sua mente estava entranhamento clara, como se seus olhos de guerreiro tentassem identificar a situação presente e, de fato, começou a fazer isso.

Esse Comedor parece resistente, principalmente por conta dessas escamas. Ele está com a boca aberta e com os olhos arregalados, de ódio sem dúvidas. Onde já vi esses olhos? Talvez estes sejam os pontos fracos dele. Preciso atacá-lo antes que sejamos todos comidos..

Nesse momento se fixava com um joelho na carruagem e sua outra perna esticada para o lado, tentando manter seu equilíbrio. Involuntariamente se pôs na frente dos presentes na carruagem, de fato como se parecesse um protetor. Na realidade isso seria uma boa forma de confundir a estranha criatura se a mesma quisesse identificar um ataque. Concentrou-se.

Mais um fato estranho que tirou totalmente sua concentração: uma sensação de vertigem. Enjoo. Já tinha experimentado isso e há pouco tempo atrás: Um teletransporte para escapar do palácio.. Sim! Aqueles dois que ajudou a escapar, onde estariam?

Olhou em volta e percebeu que estavam no limbo. Porém o DragonAlma ainda seguia-nos, seus olhos faiscando de raiva e Gin não conseguiu observar muito bem o ambiente presente, apesar de ser fascinante.

De novo!?Gritou com raiva, quando o ambiente mudou novamente. Isso já estava ficando chato.. agora era uma arena com pilastras quebradas. Não registrou muito bem. Focou-se novamente no problema imediato à sua frente. Esticou seu braço e segurou-no com sua outra mão. Apontou o dedo na direção do DragonAlma.

Vai, abre a boquinha pro Gin de novo, abre..Disse baixinho, já pronto para lançar seu tiro assim que uma oportunidade aparecesse. Lançaria o Lei Gun diretamente goela a baixo daquele estranho ser que estava tentando comê-lo.


Off: Caso consiga uma oportunidade, usaria sua habilidade na forma básica, sem gasto de HP e MP adicional.

Off²: desculpe não postar antes <3

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Mensagem por Bluesday Dom Out 05, 2014 8:49 pm

Tudo acontecia muito depressa. Tenkai mesmo com seu intelecto élfico, começou a prestar mais atenção no que acontecia, do que tomar cautela do que poderia vir a ocorrer. Pobre erro do elfo, que pagou por sua burrice.

Algo explodiu e Tenkai foi arremessado para longe. Sentia algo quente. Era seu sangue fugindo de seu peito. Sua armadura? Putz, havia ido pra merda o peitoral. Sem reparos pra aquele pedaço de escama de dragão. Sua audição havia sido perturbada por um zunido terrível, mas apesar disso ouviu o que fora dito pelo sujeito que havia aparecido. Suas palavras foram breve e logo a merda toda começava a acontecer. Uma criatura aparecia com uma carruagem, que não tardou para Tenkai avistar alguns de seus companheiros.

" Mas que confusão é essa? "

A ficha caiu em seguida. A carruagem. A tal noiva. A missão estava a um passo de ser concluída. Um arrepio surgiu na espinha do elfo que se levantou de imediato e algo em sua mente dizia...

" MEXA-SE! "

Não ignorou sua sub-consciente e dava passos lixeiros em direção a carruagem, que logo se tornou uma corria desenfreada contra o tempo. O elfo seguia rápido, iria adentrar na carruagem, avistar a noiva e dizer — Estou aqui em nome de Circe! — E sem mais delongas o elfo apanharia a mesma nos braços, mesmo que ela não o quisesse e correria para longe daquela bagunça toda. Mas não antes de enviar uma mensagem telepática para seus companheiros enquanto fugia.

" Me sigam e vamos sumir daqui. Estou com a noiva. "

E fugiria para longe com a mulher. Se por ventura o Cavaleiro Risonho aparecesse para tentar estragar seus planos. Tenkai iria mostrar pra aquele sujeito que um homem poderia sumir diante dos olhos de alguém e reaparecer um instante depois com um punho preparado para lhe acertar aquilo que ele chama de cara. Aplicando uma força extrema devido a alta velocidade que o elfo desenvolveria naquele curto espaço de tempo, fazendo o adversário decolar até as mais distantes estrelas.


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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Mr. Death Seg Out 06, 2014 1:09 pm

Noiva de Prata
O menino de longos cabelos vermelho-alaranjados sorriu, ao ouvir a defesa de Ariadne em favor de seus amigos e dele. Contudo, seu sorriso bobo de garoto se desfez em um instante, quando ouviu Camaban falar sobre o comedor de almas, e por um momento, Ari teve certeza que sabia do que eles estavam falando. O garoto se lembrou do olho gigante no meio da floresta, olhando através de seus olhos verde-esmeralda, quase como se fosse capaz de enxergar sua...

E então, Camaban seguiu na frente trotando, Lengar lhe ofereceu uma montaria e imediatamente começou a conduzir a carruagem. O garoto não hesitou um instante sequer, antes de montar e sair trotando atrás de Camaban, incitando e esporeando o cavalo, o qual provavelmente não precisaria de tanto incentivo para correr, em vista que, naquele momento, estavam todos sendo perseguidos por uma enorme e horrenda criatura. "Um devorador de almas..."

O monstro mordeu e arrancou o teto da carruagem, a mente de Ari disparou para um milhão de possibilidades, planos, estratégias, mas todas elas necessitavam de uma ação suicida, ou de uma magia que ele talvez não fosse capaz de usar. Era tudo simplesmente arriscado demais, então apenas pode orar, torcer e pedir aos céus para que chegassem vivos até... Como se suas preces fossem ouvidas, uma grande porta de pura energia branca se formou, e quando passaram, Arliden teve uma sensação familiar.

Mas antes de passar por ela, Ari viu uma pessoa. Uma garota de cabelos dourados. Não a reconheceu, mas lhe agradeceu de todo o coração, pois sentia que essa era a ação apropriada.

Cavalgaram por uma dimensão entre as dimensões, um caminho que só existia nas lendas e histórias mais fantasiosas que já havia ouvido em sua jovem vida, mas lá estavam eles. E, infelizmente, lá estava o comedor de almas, bem atrás deles. A passagem pela porta o havia atrasado, impedindo que ele devorasse a carruagem com uma única mordida de sua bocarra, mas nem de longe havia sido o suficiente para o impedir de continuar a persegui-los.

Passaram pela saída do caminho interdimensional, e chegaram a uma espécie de arena. Viu Tenkai e acenou para ele rapidamente de relance, confiando que o Elfo saberia o que fazer: Manter a noiva em segurança. Enquanto voltava sua atenção para a criatura, e então sua mente se esvaziou, e todo o medo se esvaiu junto aos pensamentos de insegurança, deixando apenas a certeza. O menino desmontou e deixou que o cavalo fugisse, então, aproveitando que não era o alvo do monstro, ao menos não ainda, ele fez algo que talvez fosse, de fato, a única coisa que poderia fazer em um momento como aquele:

Ari orou. "Érek, obrigado por nos manter unidos e vivos até aqui..." Um largo sorriso surgiu em seu rosto de menino. E Arliden dobrou um de seus joelhos, tocando o solo da arena com o outro. "... E que o senhor faça boas rolagens daqui pra frente!" Recitou em sua mente, imitando as palavras de Circe. Ari estava tentando acreditar, tentando pedir ajuda para uma entidade superior, e em seguida, fez seu movimento: Tocou o chão da arena, e pronunciou uma palavra. Com fé.

— Petraskyen... - Quando pronunciava um nome, Ari adquiria um sotaque que não era possível situar com exatidão. Ou talvez fosse apenas por haver uma certa ressonância em sua voz. A palavra soou como agulhas e vidro quebradiço, feito uma ordem. Soou como a brisa clemente e a água corrediça, feito um pedido. E soou como o canto lamentoso de um pássaro e o clamor da morte, feito um apelo. Mas foi nada mais que um sussurro.

Arliden invocou o nome da pedra mais uma vez, a fim de criar um circulo com a criatura em seu interior, um grande circulo feito de pura areia movediça, tão grudenta e profunda que mesmo aquela criatura jamais sairia dali com vida. E, obviamente, todos sabem que quanto mais você se debate, mais rápido você afunda. E mesmo sem saber se seu plano daria certo, Arliden torcia para que o monstro ficasse com aquelas perninhas atoladas na areia movediça e afundasse até a morde. Ainda assim, não tinha realmente como saber se conseguir fazer algo, mesmo com sua oração para Érek. Agora, estava tudo à mercê da sorte.

Então, que rolem os dados.


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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por NR Sérpico Sex Out 10, 2014 11:09 pm

E os dados rolaram.

E o Comedor de Almas também. Levantando areia e fazendo a arena tremer com seu peso. Acontece que a fera estivera muito perto de morder a carruagem, mas Gin estava lá, só esperando pela oportunidade... Antes, sacou algo interessante: os olhos da criatura. Aqueles olhos pareciam enxergar mais do que o normal... foi o mesmo que Ari sentiu, quando estava no Laranja. Aqueles olhos verdes que pareciam enxergar a essência das coisas, capaz de fazer uma revista e ver o que está por trás da carne e do osso. Aqueles olhos enxergavam almas, para então o Comedor querer devorá-las.

Mas não rolou. Pelo menos não com o pessoal da carruagem. Pois Gin (já com o ombro no lugar e tal) efetuou o disparo, sua energia convertida num globo enérgico voando diretamente contra a bocarra da criatura. Impossível errar. O dragão fora atingido na região mais vulnerável: o interior. Isso lhe rendeu sangue escorrendo pela boca e a mandíbula deslocada grotescamente, assim como fumaça escapando pelas narinas.  

E some tudo isso ao fato do solo sob os pés do monstro ter ficado subitamente movediço, de modo a fazer com que a criatura tropeçasse. Ari fizera isso, dizendo um Nome, o som de sua voz entrando em contradições, e a Pedra vindo lhe atender uma vez mais naquele dia. E o Comedor de Almas caiu com a cabeça jogada pra trás por causa do Lei Gun. Ele ficou como uma estátua torta, parada no ar por um segundo, seu rugido preso na garganta. Então tombou de lado, já tentando levantar, tentando escapar daquela areia maldita, rolando.

Tanto Gin como Ari conseguiram usar suas habilidades normalmente. Não sentiram nenhum tipo de restrição... até porque, Camaban já estava longe...

E a carruagem ainda estava em movimento quando Tenkai se moveu rapidamente. Num instante o elfo estava caído; no outro, já estava sobre a carruagem. Tenkai olhou para o interior do veículo através do rombo no teto do mesmo, buscando pela Noiva de Prata, pois sua intuição dizia que a mulher estava ali. E realmente, estava. Mas qual das três era a Noiva?

Pois havia três mulheres na carruagem. Uma delas um pouco mais velha que Ari. E tinha também um velho. E tinha o Gin, meio de pé num dos assentos, de onde disparara sua habilidade.

Tenkai foi logo dizendo que estava ali por causa de Circe mas sua voz foi totalmente encoberta pelo rugido do Comedor de Almas que agora desistira de tentar retomar a corrida (a areia movediça pareceu demais pra ele) e simplesmente gritou sua fúria para todos. Seus olhos verdes foram de encontro com o elfo e Tenkai sentiu que estava sendo analisado minuciosamente, como se o olhar do monstro pudesse ver seu interior, quem ele era e o que o definia.

Então o Comedor abriu a boca e pareceu querer fazer o que todos os dragões fazem: reunir o “pigarro” necessário para dar uma bela cuspida de chamas para todos os lados. Mas não houve chamas. Pois aquela criatura não almejava cuspir.

Ela queria sugar.

O Comedor moveu a cabeça pra a direita, a boca de mandíbula quebrada aberta de forma horrenda na direção de alguns guardas que avançavam, e eles imediatamente pararam de se mover. E, aos poucos, foram caindo; alguns de joelhos, ainda resistindo, outros caindo diretamente de cara no chão, duros feito cadáveres. Pois o dragão estava fazendo o seu serviço bestial de comer almas e os guardas foram o aperitivo.

Lengar ainda conduzia a carruagem com vontade em direção a um dos portões, querendo sair da arena. Mas mesmo a velocidade e a distância (o que? Estavam à uns 30 metros do dragão? Por aí) não impediu que a magia natural do Comedor de Almas fosse direcionada contra a carruagem, a boca do bicho arreganhara no ângulo em que estavam. A sensação era de estar sendo puxado por uma força magnética... mas não era bem o corpo que estava sendo puxado, não mesmo, pode acreditar...

Tenkai, o mais exposto, sentiu essa força magnética em todos os poros do corpo. Gin sentiu menos, pois estava parcialmente dentro da carruagem... Tal força magnética parecia restringir a movimentação deles, até mesmo a capacidade de raciocinar. Ambos teriam de agir rápido (Gin nem tanto), antes que o processo de alimentação do Comedor terminasse com eles.  

Ari, novamente, estava livre dessa ameaça. A arena era uma balburdia enorme, mas de alguma forma o jovem músico, no meio de tudo isso, conseguiu ouvir o seguinte:

Ei! ─ De algum lugar. Oras, talvez nem fosse com ele, né? ─ Ei! Ruivo! ─ Era com ele sim. Ari achou quem chamava. Era um jovem de cabelos castanhos e com roupas parecidas com a daquela jovem loira, lá na saída do Caminho Laranja, perto da porta... Ele estava, aliás, ao lado do porta "do lado de cá", um pouco mais atrás do Comedor de Almas. Ele sacou uma faca e a jogou para Ari. Gritou: ─ Isso vai lhe ajudar a voltar para Lodoss. O Gin sabe como usar. Até.

E com isso o jovem recuou para dentro da grande porta energética e essa se fechou com um estampido que lembrava uma bolha estourando. Guardas tinham corrido atrás dele, do jovem... Mas o Comedor de Almas era uma ameaça muito maior, de modo que aquele jovem fora momentaneamente esquecido e agora deixou a cena na surdina. Então, resumindo, Ari tinha algo que poderia ajudar na volta pra casa: uma faca, aparentemente comum. Mas não tinha ideia de como aquela arma poderia fazer o que prometia ─ já Gin, segundo o jovem de cabelos castanhos, poderia ter alguma sugestão. O mesmo Gin que, assim como Tenkai, estava se afastando, na carruagem, perigando ter a alma sugada.

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Mr. Death Ter Out 14, 2014 10:46 am

Noiva de Prata
Enquanto Arliden tentava pensar em uma maneira de ajudar seus amigos, e impedir que aquela criatura devorasse ainda mais almas, uma voz chamou sua atenção. Guardas caíram feito moscas ao se aproximar do Comedor de Almas, e agora Gin e Tenkai pareciam ser os próximos alvos da criaturas, tinham que agir rápido. Contudo, um rapaz de cabelos castanhos surgiu, ele deu uma faca de presente para Ari, com algumas palavras valiosas, e em seguida se foi. Suas roupas lembravam a daquela garota que o menino havia visto no portal... Mas era óbvio que ele não tinha tempo para pensar nisso.

Arliden guardou a faca na parte de trás da cintura e correu, sem hesitar. Partiu em disparada pelas costas da criatura, saltando sobre o Comedor de almas, caindo de bruços sobre o corpo do monstro, tentando se agarrar as escamas dele como se sua vida dependesse disso (e provavelmente dependia).

Escalaria o corpo do monstro o mair rápido que se atrevesse, sem acabar caindo na armadilha movediça que ele mesmo havia criado. "É loucura... Isso é loucura, pura loucura..." Arliden, com sua mente adormecida completamente acordada, havia pensado em um milhão de estratégias de ação, mas a que mais tinha chances de funcionar, era aquela.

Afinal, não bastava apenas atrasar a criatura. Não era suficiente apenas feri-la, pois enquanto o Comedor de Almas pudesse respirar, ele poderia devorar a alma de todos que tentassem se aproximar com um único 'fôlego'. Mas não a alma de Ari. Aparentemente aquela capa que Circe havia lhe presenteado era ainda mais especial do que o garoto havia imaginado, sim, ela não o protegia apenas dos efeitos de temperaturas extremas, mas também do que quer que fosse que o Comedor fizesse ao tentar sugar a alma de suas vitimas. Ou, pelo menos, era nisso que Arliden acreditava.

Ele se arrastaria, escalando com mãos e pés até os olhos do monstro, e então diria outro nome. Uma palavra, uma ordem. — Fraestadik - Gritou, e sua voz soou dura feito a rocha, cortante feito vidro quebradiço e potente feito um trovão. Nesse momento, uma combustão espontânea deveria acontecer em suas mãos, criando duas bolas de fogo.

Ari não sentia nada mais que uma brisa morna suave, agradável ao toque, mas a chama vermelha consumia o oxigênio, tornando-se cada vez mais quente. E então, o garoto agarraria os olhos daquele monstro horrendo, agarrando-se com suas pernas ao dorso da criatura, enquanto queimava aqueles olhos malignos, esperando que, dessa forma, pudesse criar a chance para Gin e Tenkai acabar com aquela batalha.

Afinal, isso era tudo o que ele podia fazer. Seu último esforço.


Off: Olá, Sérpico! Apenas avisando que minha Habilidade Especial foi reavaliada (Link na Assinatura). Valeu xD

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Bluesday Sex Out 17, 2014 7:28 pm

Mas que raios, um monte de coisa acontecia ao mesmo tempo e Tenkai se perdia nos eventos ocorridos. Pra piorar seu raciocínio, a criatura começava a sugar tudo que havia por ali. Entretanto era uma sensação estranha, algo letal e que o elfo já deve ter experimentado algumas vezes. Um pavor mesclado com adrenalina e uma vontade de agir, porém sem saber como.

" Por todos galhos podres. O que devo fazer? "

Perdido em seus pensamentos, Tenkai fez a única coisa sensata que sua intuição selvagem dos tempos de quando vivia no templo, conseguia imaginar. ATACAR! Tenkai puxou seu arco das costas com certa dificuldade e duas flechas ele retirava em seguida de sua aljava. Retesou o arco com as duas flechas entrelaçadas em seus dedos e não fez questão de mirar muito, pois o alvo era imenso e disparou sem ver o resultado, já pulando para dentro da carruagem enquanto voltava seu arco para seu devido lugar. O elfo olhou para as senhoritas e foi logo pegando duas delas nós braços, uma em cada obviamente.

" GIN!! "

O elfo tentou chamar a atenção de seu companheiro pelo pensamento. Se sua voz não conseguia alcançar os ouvidos dos demais, então seu pensamento seria seu trunfo.

" GIN!! Pege a mulher restante e vamos sair daqui. AGORA! "

Com um chute potente, o elfo destruiria a parte da carruagem aonde o sugador não estava e avançaria para mais longe possível dele com as moças e seus companheiros.

" Não faço a miníma de como enfrentar essa coisa. Parece até que seu hálito quer tomar minha alma. Terei tempo suficiente para pensar em como vocês conseguiram trazer uma coisa dessas pra cá depois. Mas por hora vamos sumir daqui. "

Em meio a seus pensamentos, Tenkai se perguntou...

" Como era mesmo a forma para retornarmos para Lodoss? "

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por NR Sérpico Seg Out 20, 2014 12:04 am

Gin/Tenkai
Gin permaneceu parado, a força magnética vinda do Comedor de Almas puxando sua essência. Já Tenkai conseguiu algum movimento, sacando o arco enquanto sua alma aos poucos ia deixando seu corpo. Efetuou dois disparos com mãos tremulas e mira prejudicada e então sentiu se dividir, como se fosse a corda em um cabo de força, de uma lado o Comedor lhe puxando, do outro sua própria força de vontade.

Suas flechas voaram mas ele não viu o resultado.

Quando sentiu que era o fim, de alguma forma a força magnética parou e ele caiu pra trás, na carruagem (ou será que ele conseguiu vencer a força magnética, caindo pra trás instantes antes de ser sugado completamente? Ou foram as flechas? Ou mesmo Ari, que fizera alguma coisa? Difícil dizer o que salvou de fato sua vida).

Gin também caiu para trás, saindo das vistas antes de ser sugado completamente (na verdade foi puxado pelo velho cocheiro Magruder, mas enfim).  

Sugado completamente... sim. Pois parte deles foi sugada. Ah, sim. Mas isso é algo a ser explorado em outra ocasião...


Ari
Que loucura. Ele não fugiu do problema ─ correu direto pra ele.

E sobre sua capa... bem, se ela o protegia contra o Comedor, tipo o deixando invisível aos olhos do dragão, isso provavelmente era só um palpite, pois o Comedor de Almas viu Arliden se aproximando. Apenas não desistiu das almas que estava quase recolhendo (Gin e Tenkai) para investir contra Ari. E isso foi a brecha para ele escalar o monstro de forma impune. Eram 50 metros de escamas vermelhas um tanto quentes, mas nada terrível. Ari foi se jogando, mantendo o equilíbrio, e a fera pareceu se remexer um pouco, tentando fazer com que o músico caísse. Não caiu. Então duas flechas se cravaram no couro do animal, perto de onde estava (sob um dos ombros, mias ou menos? É, Ari deveria estar sob um ombro). Uma das flechas na verdade resvalou na couraça, e a outra se cravou, mas não pareceu irritar tanto a criatura.

Já a bola de fogo pareceu irritá-lo um bocado. E isso talvez tenha salvado os companheiros de perderem suas almas.

Ari fez sua mágica novamente, chamas surgindo em suas mãos. Normalmente não conseguiria gerar chamas... mas talvez Erek tenha ouvido sua oração instantes atrás de modo que agora ele havia feito fogo e jogado uma das bolas contra uma das esmeraldas que era o olho do dragão. Já ia arremessar a outra bola de fogo, contra o outro olho, quando o comedor desistiu de continuar seu processo de sugar almas e se mexeu bruscamente, a cabeça balançando e o corpo idem. Ari arremessou a segunda chama e errou por causa desse movimento todo. E então perdeu o equilíbrio...


Gin/Tenkai
Se sentiam... estranhos. O processo de alimentação do Comedor de Almas fora interrompido, verdade. Mas de algum modo, algo parecia ter sido retirado de ambos... Difícil explicar...

A carruagem seguiu pelo portão e saiu pra rua, ganhando Ratharyn. Estavam fora de perigo agora. E estavam com a Noiva. Tenkai foi pegando duas das moças pra dar o fora dali (afinal, quem comandava o veiculo era Lengar, que provavelmente o impediria de levar a Noiva caso se demorasse pra ter certeza) ao mesmo tempo que chamava mentalmente por Gin, que não respondeu. O elfo agiria, com Gin respondendo ou não, mas quando tocou numa delas (aquela pra cima dos vinte, com cabelos negros curtos) soube que aquela era a Noiva, Ariadne. Pois o toque dela foi como um remédio quente para uma doença chamada Slao, uma doença dentro da mente do elfo, que o impediu de dormir por dias e o envolveu numa jornada confusa e cheia de gente. Então o elfo parou, pois teve uma visão instantânea.  

Spoiler:
 

Então a visão se foi e o elfo se moveu. Chutou o lado da carruagem e pulou pra fora com as duas mulheres nos ombros. Uma delas (a que não era Ariadne; a jovem de 15 anos), gritou.  

A carruagem parou imediatamente. Lengar saltou pra fora, gritando para que Tenkai parasse, o que o elfo não fez. Começou a correr pelas ruas de Ratharyn, quase perdendo o equilíbrio em alguns instantes, como se uma perna ficasse dormente de repente (era, notou, um reflexo da força magnética em que estivera exposto ainda agora). Mas conseguiu manter-se de pé e em movimento. Saiu das vistas. Achou uma rua boa pra se esconder.

Deixe ela ir, Tenkai ─ disse Ariadne, olhando o elfo nos olhos. Se referia a menina ─ Ela é só minha aia... Arliden já me mostrou tudo... Voltarei com vocês para Lodoss, para Circe ─ Ela hesitou antes de continuar. ─ Mas não tenho poderes suficientes, agora, pra levá-los num teletransporte ─ Ela pareceu se concentrar por uns instantes ─ Ari tem nossa passagem de volta. Um armuleto com a finalidade de teletrasnporte. Mas ele ainda está...

Na arena. Ari ainda estava na Arena.

Enquanto isso, Gin estava na carruagem. Viu que havia um bom movimento de guardas entrando na arena de onde acabara de sair. E viu também Camaban voltando lá pra dentro. Tenkai tinha se mandado com a Noiva e agora ele estava ali, junto de uma jovem loira e um velho cocheiro.

Um obrigado viria a calhar, hã? - disse o cocheiro, rabugento.

Daí, Lengar apareceu, gritando:

Vocês aí, prendam ele! ─ falava com guardas sobre Gin. Se virou pra outro grupo de guardas e: ─ Vocês, procurem o elfo. Ele foi naquela direção.

Três guardas chegaram ao lado da carruagem, lanças em punho.

Saia daí ─ disse um dos guardas, olhando Gin. Tanto a jovem quanto o cocheiro ficaram imóveis, esperando que Gin obedecesse e saísse. ─ E com as mãos pra cima.


Ari
Esteve perto de cair de cima do dragão, mas se segurou com uma das mãos, enquanto o Comedor balançava novamente a cabeça, agora com um dos olhos fechados (o atingido).

De repente um alerta:

Pula! Saia de cima dele! ─ Era Camaban, entrando de novo na arena a cavalo, com um tipo de espelho circular e grande preso nas costas. Falava, óbvio, com Ari. Começou a remover o espelho das costas. ─ Sai daí!

Era uma boa (digo, grande) altura para saltar...


Spoiler:
 
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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Mr. Death Seg Out 20, 2014 4:42 pm

E não é que seu plano suicida havia dado certo? Isso era realmente uma surpresa e tanto. Mas os problemas ainda estavam longe de terminar, na verdade, seus problemas estavam apenas começando, já que apenas após ter furado um dos olhos da criatura com aquela bola de fogo que ela realmente começou a se interessar por ele. Ou melhor, se interessar em devora-lo. Arliden então ouviu o grito de Camaban, e nunca se sentiu tão feliz em toda a sua estadia na Alta Lodoss em ouvir a voz de alguém, nem mesmo quando finalmente conseguiu ter algum contato com a noiva de prata. Ou quase.

Ainda assim, usando todas as forças que lhe restavam, Arliden retesou todos os seus músculos e se impulsionou para longe da criatura, pulando para o lado do olho ruim que havia ferido, esperando cair e rolar. Ou pelo menos esse era o plano: Cair e rolar. Cair e rolar. E ficou repetindo essas duas palavras em sua mente durante todo o trajeto até o chão, enquanto protegia seu alaúde entre seus braços, já que aquele era seu bem mais precioso.

Preparou todas as suas reações e seu corpo para reagir exatamente daquela forma. Não sabia se iria se ferir na queda, mas não se importava tanto, apenas queria que o alaúde de seu pai não se quebrasse na queda. Ainda assim, no momento em que estivesse no chão, se afastaria do monstro imediatamente, de maneira meio vergonhosa e desesperada, apenas fugindo para salvar sua vida.

Então mais uma vez se concentrou, e usou a ligação que existia entre os escolhidos de Erek. "Tenkai! Gin!" Gritou o nome dos dois em sua mente. "Estou com uma faca que pode nos levar para casa, e a pessoa que me deu ela disse que Gin saberia usa-la!" Ele começou a correr na direção da saída, deixando o monstro para trás, afinal, já havia feito o máximo contra um bicho tão grande, na verdade, muito mais do que deveria. "Onde vocês estão? Estão com Ariadne?"



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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por Bluesday Sáb Out 25, 2014 12:36 am

Um sonho. Um sonho fatal de um passado triste. Ninguém merecia aquilo. Era horrível ver um homem passar por aquilo. Qual motivo faziam as pessoas a fazerem aquilo? Era terrível. Tenkai não percebia, mas seus olhos se enxiam de lágrimas pela dor de Slao. Agora entendia o porque dele querer fazer dele a refeição do dia. Mas algo errado acontecia. Por uma razão errada, muito errado. O homem que perturbava seus sonhos lhe escolheu Tenkai para se vingar. A aparência foi a única razão para isso. Mas ainda sim o elfo não pensava nele, e sim em Slao. Seu coração devia estar corrompido e estraçalhado. Se é que ele ainda tinha um.

Tenkai voltou a si. A noiva estava com ele e melhor, fazia com que tudo o que perturbava a mente do elfo, se fosse. Era um alívio. Se mandaram dali depressa e percorreram alguns metros. A moça que estava junto, parecia assustada e a noiva pedia para que a libertasse. Mas porque? Ela nunca foi uma prisioneira, o elfo apenas queria salvar ela e a noiva de prata.

Certo — Concordou o elfo.

A noiva contava sobre a forma para retornarem a Lodoss. Um teleporte. Mas um grande problema para realizar isso. Tenkai tinha que voltar para o centro da batalha junto da noiva.

Mais essa. Tudo bem, façamos como eu disser. Irei te carregar novamente. Irei mais rápido que antes. Tente se segurar em mim, nunca se sabe o que pode vir a acontecer. — O elfo se aproximava da jovem — Com sua permissão.

Dessa vez Tenkai era mais cortes, pois não estavam correndo risco de vida. Ele segurava a mulher e se mandava. Se visse os guardas que o perseguiam, o guerreiro iria passar tão veloz, que os guardas ficaram se perguntando o que foi aquilo. Se necessário, um desfio pro lado mais seguro e seguir em frente.

Enquanto Tenkai corria, o rapaz fazia contato telepático. Contava tudo que sabia e revelava como sairiam dali, mas para isso precisavam de Gin. O elfo não tinha tempo para fazer as coisas com delicadeza, então mais uma vez mostraria sua brutalidade aprendida no Templo Perdido. Assim que visse Gin, iria fazer como se abraçasse o companheiro pela região das costelas e seguraria forte assim como fazia com a noiva. Em seguida seguiria até Arlidem com um salto ou apenas correndo mesmo. Quando finalmente estivessem juntos, diria...

Rápido com isso. Nós leve para Lodoss!

Assim desse a ordem para iniciar sabe lá o que para o teleporte, Tenkai ficaria de prontidão com seu arco para evitar inimigos. Sua visão fulminante e seus ouvidos apurados detectariam qualquer hostilidade. E se necessário, atiraria uma flecha de aviso e outra para incapacitar o inimigo sem mata-lo. Claro, se não fosse aquelas criaturas bizarras. E quando fosse a hora, seria teleportado junto dos outros.

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[Clássica] Noiva de prata - Página 2 Empty Re: [Clássica] Noiva de prata

Mensagem por NR Sérpico Dom Out 26, 2014 10:35 pm

Fim.

Mas o fim, na verdade, é só um detalhe.

E é uma mentira, uma desculpa para encerrar algo. É um maldito dado viciado que tende a terminar esclarecendo tudo, deixando uma lição de moral, inspirando e alegrando os ouvintes, acabando em prosperidade, em "felizes para sempre".  

Um detalhe. Uma mentira. Uma desculpa.

Desta vez, um detalhe ausente. Pois, aquela história, sobre a busca de uma Noiva de Prata, teve um gosto agridoce e cru. Algo que não se explicava ─ que se estipulava. Algo incomodo, pois não trazia a plena satisfação. Algo rápido. O gosto sublime de um final que não era final.

E foi mais ou menos da seguinte forma:


As nuvens no céu deram um novo estalo, pra lembrar a todos que ainda pretendiam soltar água sob a cidade. Mas o Comedor de Almas deu um rugido desarticulado, rivalizando, não querendo perder o posto de agente do caos.

Mas, convenhamos, que se dane a chuva e seu som de tambor no céu. Ele queria mesmo era acabar com o ser pequeno de cabelos vermelhos que o escalou e o deixou com um olho a menos. Maldito. Pena ele não poder fechar a boca numa mordida titânica (cortesia de Gin e seu Lei Gun). Pena. Se não, teria pego Ari no ar, quando este saltou pra longe.

Mesmo assim Ari sentiu o vento de algo passando rente às suas costas, fazendo arrepiar seus ossos. Mas a maior preocupação era cair e rolar. Uma queda alta, que soprou ar na face de Ari, puxando suas bochechas para trás no processo. Mas mesmo sendo uma boa altura, não houve demora para que o músico atingisse o chão, sentindo um estalo num dos joelhos quando tocou a areia mais ou menos fofa da arena, já se jogando num rolamento amortecedor e desesperado.O joelho foi um susto, mas ele conseguiu se levantar e correr ─ sinal de que não tinha quebrado nada. Mais tarde descobriria que tinha luxado o joelho e provavelmente conseguiu correr com toda aquela velocidade por pura força de vontade, ignorando por completo um joelho recém reclamão.

Camaban, nesse meio tempo, foi fazer alguma coisa com o espelho que carregava. Ari não viu o que. Pois só tinha olhos para Tenkai, que entrava novamente na arena.

Tenkai, antes de lá chegar, pegou Ariadne e correu, todo relâmpago. Passou por cidadãos de Ratharyn, passou por guardas que gritaram contra ele (e que resistiram ao impulso de atirar suas lanças, pois o elfo carregava a noiva do príncipe, então era arriscado atacar o maldito sequestrador!). Viu a carruagem de longe, onde Gin estava cercado por três guardas. Daí caiu sobre o veiculo com violência, fazendo a jovem que estava lá gritar e fazendo o velho cocheiro pular pra fora. Daí Tenkai pegou Gin e se mandou antes que aqueles guardas decidissem arriscar, golpeando.

Correu de volta pelo túnel que tinha cruzado antes, na fuga, e viu Ari, vindo em sua direção. O jovem músico mancava um pouco, mas parecia nem notar. E Ari percebeu que tanto Tenkai quanto Gin estavam razoavelmente pálidos.

Guardas seguiram eles, junto com Lengar que começou a fazer sua magia: controle gravitacional. Tenkai sentiu-se pesado, mas felizmente não precisava ir mais longe ─ Ari já estava ali, com a faca em punho. A faca que os levaria de volta. Restava apenas Gin pegar a faca e...

Desacordado. Gin estava desacordado.

Elfo guerreiro! ─ gritou alguém, de dentro da arena chamada O Tabuleiro. Era Tark. Ele saltou das arquibancadas onde ajudava a controlar a multidão, caiu pesado na arena e correu pra cima deles, o bigode balançando ao vento da corrida.

O Pugilista de um lado. Lengar e guardas do outro.

Ari chegou próximo dos demais e se sentiu pesado também, como se estivesse vestindo umas duas armaduras sobrepostas.

O Pugilista se aproximando. Lengar e os guardas idem.

Gin dormindo.

Ari olhou pra trás pra ver o Pugilista (que mal conhecera, alias) e seus olhos pararam em algum ponto da arquibancada, onde viu Hengall correndo e Fedra logo atrás. Fedra sorria.

Tenkai fez o mesmo, olhando pro caos que era a arena, e captou aqueles homens de preto... viu ─ como se já não bastasse! ─ eles descendo para arena e correndo na direção deles. O líder daquele clã gritava alguma coisa que não era possível ouvir. Ainda.

Daí Ariadne agiu antes que fosse tarde demais. Tocou Gin na testa e fechou os olhos numa concentração calma, como se a situação fosse casual. Estava aprendendo o que Gin sabia. Dois segundos mais tarde (Lengar aumentando a gravidade, Tark chegando perto, o homem de preto gritando) ela abriu os olhos, pegou a faca e estocou o chão com força. Um circulo se formou ao redor do grupo, incandescente, como se chapado no chão por uma prensa extremamente quente. E houve luz.

E depois escuridão.

Pois aquele era um teleporte que exigia um certo costume de seus viajantes. Gin já tinha desmaiado ao se teleportar daquela forma pela primeira vez. E, ora, o grupo todo havia apagado quando chegaram em Ratharyn, mandados por Circe, não era?

Pois o mesmo aconteceu ao voltarem para Lodoss.

Sim. Conseguiram voltar!

Conseguiram?

Bom... Algo que não se explicava ─ que se estipulava, lembra?

Ari teve a impressão de ver Circe. Antes da escuridão, teve certeza de ter avistado a floresta morta envolta do lugar onde estava Circe, assim como as quatro pedras, as grandes e geométricas pedras. E a velha estava deitada. Não estirada. Mas deitada, como se tivesse resolvido descansar um pouco as costas no chão de pedra. O peito dela subia e descia... uma respiração bem profunda e lenta. Parecia sorrir. Ao seu lado, a harpa estava caída, as cordas todas rebentadas. A bolsa ─ de onde ela tirou os presentes dos quatro, no início ─ e a cuia com água não estavam mais lá... Teve uma vaga impressão de que a Noiva estava ao seu lado (então deu certo!). E, sem saber porque, ouviu a voz daquele velho de cartola lhe dizendo, novamente, "siga sempre pela direita". Daí o efeito do teleporte lhe escureceu a vista.

Já Tenkai não teve as mesmas percepções que Ari. O que o elfo captou, antes das luzes da consciência se apagarem, foram os instantes finais no Tabuleiro, de quando o círculo no chão brilhou e a luz envolveu o grupo. Ele chegou a ver como o Comedor de Almas ficou paralisado com alguma coisa que Camaban estava fazendo com um espelho. Todos ainda estavam relativamente distraídos, ou com o Comedor, ou com o grupo de estrangeiros com Ariadne na boca de um dos túneis. E ninguém percebeu quando aquele guarda ─ aquele que Tenkai flagrou assobiando uma canção pra fora do palácio ─ surgiu de alguma entrada nas arquibancadas, barrando a fuga de ninguém mais ninguém menos que o rei Hengall e sua filha Fedra. E Tenkai não viu o desfecho daquela cena (algo que não se explicava ─ que se estipulava), mas sentiu que aquele homem suspeito não apareceu no caminho do rei para trocar uma ideia, ajudá-lo a correr ou coisa do tipo. E Tenkai, enfim, ouviu ─ antes de não captar mais nada ─ o que homem de preto gritava.

Não faça isso! É o que ele quer! ─ Era essa a mensagem. Um detalhe. Uma mentira. Uma desculpa.

E Gin... no instante em que foi tocado por Ariadne... teve uma visão. E depois, não acordou. Apenas mergulhou no escuro. E a visão era, na verdade, uma memória.

Spoiler:


E foi isso.

Agridoce, cru. O gosto sublime de um final que não era final.

Pois era o começo.



Agradecimento:

Pontas soltas:

Continuação:

Amorphis:

Finalmente:
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