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Mensagem por NR Sérpico Qua Nov 25, 2015 11:42 pm

Relembrando a primeira mensagem :


BALLTIER
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


BONES
PV: ?%
PE: ?%
Itens:
Detalhes:


HO
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


SEAN
PV: ?%
PE: ?%
Itens:
Detalhes:


SOLLRAC
PV: 100%
PE: 100%
Itens:
Detalhes:


Recuperação de energia
Funciona assim: após um tempo de descanso, o personagem recupera certa quantia de energia + o seu valor em Vigor. Então, segundo a tabela logo aí abaixo, se eu descanso por 1 hora e tenho Vigor 4, recupero 54% de energia. Essa é uma recuperação passiva, mas exige descanso, que é exatamente ficar parado, recuperando o fôlego, tirando uma soneca. Se o personagem está cavalgando, por exemplo, então ele não está descansando e não se recupera.
1 minuto: 5%
5 minutos: 10%
20 minutos: 25%
1 hora: 50%
5 horas: 100%

Recuperação de vida
Recuperação espontânea sem necessidade de descanso. Referente à dano físico, no corpo.
1 minuto: Inconsciência
5 minutos: 25%
20 minutos: 50%
1 hora: 100%
5 horas: Ressurreição


Última edição por NR Sérpico em Seg maio 08, 2017 1:18 pm, editado 50 vez(es) (Motivo da edição : ue atua de forma clandestina no submundo)
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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por NR Sérpico Ter Jan 19, 2016 12:39 am

5. Cante uma canção que todos conhecem

Os guardas se mandaram e ignoraram Bones. Ou então nem o escutaram, tão concentrados que estavam em outra tarefa oculta, como farejar o ar em busca de alguma coisa, qualquer coisa.

Então o grupo confabulou um pouco. Bom, parece que tinha chegado num tipo de acordo. Talvez precisassem de um pouco mais de luz, para que enxergassem melhor o caminho proposto por Vax. Então o negócio era esperar que se passasse uma hora, até que o sujeito escamoso ressurgisse, conforme prometido.

E ficaram lá, descansados, esperando e esperando mais ainda... Ou Vax estava atrasado ou a passagem do tempo no submundo seguia regras diferentes. Lá fora a noite era a mesma, uma pintura estagnada. Não se escutava som, o que era bom para aqueles que queriam pensar. Mas então esse tempo acabou quando Vax enfim apareceu.

E então? ─ perguntou direto. Suava. Tirou o chapéu e abanou o rosto. E nem fazia calor. E sua aura do mal parecia bem menor (ou então os cinco já estavam acostumados a ela).

Ho tinha algumas perguntas engatilhadas. Atirou tudo em Vax, que parou de se abanar e respondeu, de repente não mais breve, mas todo prolixo, como se fosse um negociante:

Sim Ho, é completamente possível levar coisas daqui pra lá. Suvenires. Mas nem tudo... E quando você pergunta se todos podem voltar a vida, fala de vocês todos, vocês cinco, ou de mais alguém? Hm. Bom, o que irei tentar de forma legal é conseguir suas vidas, só. Claro que, meu caro, você pode ceder a sua conquista para outra pessoa. Será que tem alguém que você gostaria de reviver se pudesse? Podemos achá-lo se ele, ou ela, estiver nesse departamento ─ Talvez esse “departamento” que Vax e outros falavam pudesse ser entendido como “plano” ou “dimensão”, hm. ─ Mas inicialmente são só vocês cinco que voltam. ─ Então ele se inclinou um pouco, como se fosse cochichar algo importante, como se já não estivesse cochichando desde que começou a falar: ─ Mas sempre há a chance de encontrar alguém poderoso por aí, alguém que possa te ajudar a reaver algum ente perdido. Mas geralmente essas pessoas cobram caro. E não estou falando de dinheiro... ─ Então ele pôs a coluna no lugar. ─ Mas esqueça isso que eu falei agora, sim. Foco na missão. E quanto ao “jogo”, bom, será algo do interesse de todos daqui desse prédio. Por isso acho que eles podem topar. Não terão nada a perder, só a ganhar. E todos queremos ganhar, não é? Eu quero ganhar! Mas pra ganhar precisamos jogar. E vocês são boas peças no tabuleiro!

Essas últimas frases foram ditas com certa animação. Vax percebeu isso tardiamente. Limpou a garganta, passou a mão na testa úmida.

Olha ─ começou ─ desculpem, não foi o que eu quis dizer. Esse negócio de peças no tabuleiro... não foi o que eu quis dizer. Vocês são muito mais do que peças! Não vamos estragar a amizade, hein.

E sorriu. Um pouco. E vendo que a maioria ali parecia concordar com acordo, ele sorriu mais. Então acenou e sumiu sem dizer tchau.

Agora, só amanhã.

E nem queira saber o quão tedioso foi a sessão seguinte. O importante é que Vax conseguiu. Digo, ele conseguiu um meio para decidir a sentença dos cinco. Conseguiu, de alguma forma, conduzir a decisão do júri e aguçar a atenção do juiz. O promotor chegou, mas até ele ficou quieto e atento ao que Vax dizia.

Resumindo, foi assim:

Antes de Vax iniciar sua oratória, o júri leu os livros que deveriam ter tudo sobre a vida de cada um ali. Ou nem tudo, visto que faziam muitas algumas perguntas aos réus. Perguntas como “quantas pessoas eles já tinham matado e por que?”, “quantas pessoas eles já tinham salvado e por que?”, coisas do tipo, sempre com cunho moral, dificílimo de se tirar qualquer conclusão numa única hora.

Por isso a sessão durou várias e entediantes horas.

Aliás, quando vieram buscar os cinco no quarto, ainda era noite lá fora. E só depois de várias rodadas de perguntas que eles viram o céu através do vidro do teto do salão mudar de preto pra cinza ─ um dia nublado, com nuvens carregadas, mas sem som de trovões.    

Outra curiosidade: subir de volta para o sala do tribunal foi uma experiência esquisita, pois eles não pareceram seguir o mesmo caminho que tinham feito ao ir até o dormitório. Era como se o lugar tivesse mudado de lugar durante a noite. Só o lugar mesmo, pois os soldados, Gerovingio e Aurélio continuavam a disposição.

O promotor chegou. Um sujeito alto, do tipo que não tem problemas em pegar os livros nas estantes mais gigantes. Ele começou um arremedo de perguntas, mas foi bem aí que Vax atuou, se levantando e mudando o curso das coisas.

Quanto tempo será que este departamento ainda tem, senhoras e senhores? ─ ele perguntou em bom tom. ─ Não respondam! Não é preciso. Pois ninguém sabe! Pode ser hoje, ou amanhã, ou semana que vem que virá um Mensageiro com a notícia, e seremos tirados daqui, e este lugar não existirá mais, por ordem superior.

Senhor Vax, não entendo onde quer chegar ─ disse o juiz. ─ Atente-se ao caso dos cinc

Onde eu quero chegar? Direi, meu caro Russelo. Eu, como todo bom matemático e arqueólogo, procuro há ciclos pelo Trianguli! E agora tenho orgulho em dizer que finalmente o achei!

Vax meteu a mão dentro do casaco e tirou de lá vários papéis dobrados.

Houve um momento de silêncio.  

O que você disse? ─ perguntou Russelo em sua voz baixa.

É isso mesmo meus conterrâneos! Com base em velhos cálculos que encontrei no Memorial, e na observação de vários espaços físicos deste departamento nos últimos dois ciclos, eu achei a provável localização do Trianguli. Anda menino, toma aqui, leva pro senhor juiz, vai ─ essa última frase foi para Aurélio, que pegou os papeis da mão de Vax, desceu correndo e os entregou ao juiz.

O promotor se achegou ao juiz para ler também. Os convidados cochichavam e o júri todo murmurava pra cima de Vax, querendo saber mais.

Vax:

Todas as três localizações!

Quando terminou isso? ─ perguntou o promotor, sem tirar os olhos dos papeis na mão do juiz.

Ontem! É recente, meus senhores. E é exato! É a nossa melhor chance de conseguir algo de peso para barganhar com os superiores! E deve ser feito já! Ou a localização irá mudar de novo, sabem disso. O Trianguli não é achado há eras justamente por ser muito bom em brincar de tempo-espaço. Mas ele estará nessas três localizações nas próximas 552 horas!

As pessoas conversavam em alta voz agora. E aparentemente esqueceram dos cinco mortos ali sentados. Até Gerovingio parecia perdido em pensamentos ante aquela apresentação de Vax. Que demônios era aquele tal de Trianguli?

O juiz levantou uma mão e houve silêncio. Ele bebeu um pouco de água antes de falar.

Vax, o quão certo você está desses cálculos? ─ ele perguntou, ainda analisando os papéis.

99% certo! ─ bradou Vax.

E o 1% restante?

É apenas pra dar um charme, senhor. Na verdade eu estou 100% certo! Esse é o trabalho da minha vida!

Mas não podemos pegar o Trianguli, sabe disso.

Sei. Mas eles podem.

Daí lembraram que haviam cinco sujeitos bem ali, que não eram dali, que temporariamente não pertenciam a lugar nenhum e que portanto podiam se envolver com esse Trianguli, seja lá o que fosse.  

Houve mais perguntas dirigidas ao Vax. Ora pareciam referir-se ao Trianguli como se fosse uma pessoa, ora, como se fosse um objeto. E falavam sempre de três localizações, como se a coisa estivesse, ao mesmo tempo, em três lugares diferentes.

Podemos dar uma utilidade a eles! ─ disse Vax apontando para os cinco. ─ Seria um julgamento no antigo formato, o épico, de quando o condenado prova o se valor através dos atos! Nesse caso, se eles conseguirem, recuperam suas vidas e nós ficamos com o Trianguli! Vocês conhecem essa canção! Não haverá outra época, outro ciclo, em que tal jornada possa ser feita. Tem de ser agora! Rá, estou até arrepiado! Tem que ser agora! Este é o momento, senhores. Temos ainda 552 horas para manter o submundo no lugar!

E foi assim que aquela sessão ordinária terminou. Claro que ainda houve uma certa ponderação. Russelo se retirou para conversar com outros juízes e o promotor fez o mesmo. Mas invariavelmente eles voltaram diante dos cinco e perguntaram se concordavam com aquela epopeia. Se a resposta fosse positiva, seriam soltos imediatamente, e seriam guiados, até certo ponto, para as três localizações do Trianguli.

Os réus estão de acordo com este modelo de julgamento? ─ perguntou Russelo aos cinco. ─ “Se executarem determinada tarefa ou prestação de serviço, poderão, assim ganhar a vida de volta”. É este o modelo oferecido na ocasião e que, não escondo, vendo o que está em jogo, muito agradaria a todos daqui. Irão percorrer o submundo, passando por três lugares distintos, com perigos tais. Se falharem, não serão condenados perpetuamente, ou seja, terão outro julgamento futuro na tentativa de reaver a vida. Mas se tiverem sucesso, voltam a vida no mesmo dia em qeu nos trouxerem o Trianguli... Aceitam os termos?  

Se tinham algo para acrescentar, contra argumentar, inquirir ou bajular, esse era o momento. Seria concedido, caso quisessem, um instante para conversarem entre si ─ pois a decisão precisava ser unânime, os cinco tinham de topar.

Mas que fizessem isso logo ─ 552 horas e contando!  

Spoiler:
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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Qui Jan 21, 2016 3:59 pm

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Hmm, então nós somos os peões?

É, eu acho que sim. Eu não gostei muito da maneira que ele falou com a gente, nos chamando de peças de um tabuleiro ou coisa do tipo. Ficou tão estranho, me fez sentir-me tão...descartável. Eu não queria isso. Senti algo parecido com o que Ball, o outro garoto, falou sobre até a morte ser uma piada. Era frustrante.

Desta vez eu estava sozinho. A todo momento pensava em recorrer à sabedoria de Ifrit mas ele não estava ali. Lembrar disso me entristecia um pouco, mais ainda porque eu não conseguia entender o motivo pra ele ter me enganado e tomado meu corpo. Agora estou aqui, morto? Parecia uma piada também mas eu não podia fazer nada, mesmo não sendo engraçado. Fiquei refletindo em meus pensamentos enquanto os demais faziam perguntas, conversavam, debatiam. Recolhi-me um pouco, ficando meio que atrás/do lado de Bones, o amigo osso.

Depois disso vieram horas e mais horas de tédio e espera. Tudo que podíamos fazer dentro daquele quarto era aguardar por nosso julgamento e seguir as instruções de Vax, o tal dono do tabuleiro se é que assim posso chamar. Toda vez que pensava nele eu acabava ficando emburrado. Trazia toda aquela sensação de inutilidade a tona, era horrível, eu acabei cismando com ele. No mais, as horas foram passando e eu já estava quase morrendo de tédio se é que isso é possível. Eu precisava fazer alguma coisa, minhas pernas estavam inquietas balançando na beirada da cama onde eu estava sentado. Decidi ir conversar com Ho, ele era o único que eu ainda conhecia por ali, não querendo desmerecer os outros é claro, mas eu não sei, eu gostava do grande Orc. Ele sempre foi gentil comigo.

— Ei Ho, sua história é mesmo incrível. - Tentei puxar assunto, referindo-me ao que ele falou lá no julgamento anterior. Ele falou tantas coisas que nem consigo lembrar todas, mas realmente ele tinha uma história forte. Aproximando-me dele então, sentaria ao seu lado ainda balançando minhas pernas que, por serem pequenas demais, não alcançavam o chão de onde eu estava sentado.— Você deve saber como é se sentir sozinho né? Porque agora eu estou me sentindo exatamente assim.. - Terminei fitando o chão, meio cabisbaixo. Realmente isso estava me incomodando. Passei tanto tempo acostumado com Ifrit que agora na ausência dele, eu me sentia triste e sozinho. Desanimado também. Parei de balançar as pernas então. As mãos, inquietas, foram de encontro uma à outra, buscando conforto.

— Espero que a gente consiga sair dessa. - Foram minhas últimas palavras. Desta vez, nenhuma delas carregava aquele meu entusiasmo característico.

Eu estava mesmo um pouco triste.


O que viria depois da conversa com Ho era o amanhã. Esperar até o nosso próximo julgamento. Lá inclusive, Vax tomaria a frente da situação e moveria as peças, ou seja, nós e o júri e o juiz e todos os outros envolvidos. Até o promotor entrou nessa, eu fiquei estagnado quando o vi. Ele não estava doente ou coisa assim? Bem, não importa. Parece que o julgamento prosseguiu, conversa vai e conversa vem, eles falavam sobre um tal Trianguli, devia ser mais uma peça do jogo. Besteira, eu pensei. Na verdade eu ainda estava intrigado com o caminho que fizemos pra chegar até a sala do julgamento, quero dizer, antes eu tinha visto quadros e pouca decoração, agora vi ainda menos - ao que parece - e tudo parecia diferente, o caminho por si só já era diferente. O que estava acontecendo então? Será que era mais alguma coisa que o Vax fez? Essas perguntas rondaram minha cabeça e me deixaram emburrado mais uma vez. Droga, era tanta coisa pra pensar justo agora que eu estava sozinho!

Foi então que vieram com aquele questionamento. Indagavam se estávamos dispostos a ir atrás do tal Trianguli pra eles. Eu sabia que ia sobrar pra gente, eu estava com essa intuição não sei porque. Acontece que esse era o único atalho pra voltarmos à vida o quanto antes, certo? E quem sabe nesse caminho eu ainda não encontre com ela. Referia-me a tal Bruxa. Quem sabe? Se eu estava sozinho então estava na hora de tomar minha própria decisão!

— Eu, eu, eu aceito! - Falei levantando a mão com certo entusiasmo. Demorei pra entender que na verdade a decisão deveria ser tomada entre todos do nosso grupo. Pelo que vi, todos tinham que aceitar, era isso? Então abaixei a mão meio envergonhado. Voltei minha atenção para os demais e comentei baixinho seguido de um pedido de desculpa; — O que vocês acham que é esse tal Trianguli? Acho que não deve ser difícil de encontrar. - Fiz um comentário positivo em função de incentivá-los a seguir a mesma decisão que tomei. No mais, eu já teria aceito a proposta, ficaria aberto para discussões com o grupo somente.

Seja como peão ou não, por que não?

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Mensagem por Knock Dom Jan 24, 2016 9:43 pm

O silêncio se instaurara mais uma vez; um reflexo de uma mente que se esforçava a fim de se concentrar e um coração que eu não mais sentia. Todos falaram um pouco que preferiam aceitar a tramóia do ser escamoso do submundo... mas eu continuei tentando pensar... quase sempre chegando a algum de teoria conspiratória. Fiquei olhando a todos... observando o que eles falavam; "indo com a cara" de uns, me importando um pouco mais com o jovem Sean... Acho que esse era o nome do pequeno... acabei percebendo que sou péssimo em decorar o nome das pessoas. Talvez tenha percebido somente agora o fato de eu não ter me aproximado de tantas pessoas de forma tão íntima nos anos de minha vida.

As horas se passaram. Pelo menos foi o que apareceu. A uma hora pareciam eras (husauhsahsuhs; que exagero, pensei.)

Dax apareceu, transpirando, vermelho, como se tivesse se esforçado muito. Sorri em minha mente... Talvez fosse um plano grande, esse que ele tinha em mente e... orquestrar tudo de forma rápida, com vários fatores... eu sabia o quanto era complicado, entretanto, eu ainda havia de ter cuidado, pois eu poderia ter meu pensamento contra mim e ser engolido por mim mesmo. Ele fora logo perguntando se estava tudo certo e fiz minhas perguntas, as quais foram prontamente respondidas, como se ele já soubesse que eu perguntaria

"Esse era um bom estrategista", pensei, porém sem me preocupar. Ele estava cansado, mas algo a mais, talvez eu percebia: empolgação. porém, ainda ficava com o pé atrás. Esse contrato parecia ser muito arriscado.

Dax saiu. Eu abri um sorriso ao lembrar dele nos chamando de peças no tabuleiro. Quase não consegui conter a minha felicidade. Sean veio falar comigo, pois e sentia sozinho e eu percebia que o coração estava pesaroso, então eu falei com ele o que eu pensava:
--Sean, acho que te entendo... Mas sorria e aproveite, pois em breve estaremos fora daqui. Não é por quê alguém pensa estar no controle, que de fato está... olha, acho que você está se submetendo a esse tipo de situação, pois já está acostumado com isso; desde cedo você convive com alguém te dando ordens, assumindo a posição central em momentos difíceis... Talvez eu possa compreender o que você passou, mas é hora de mudar. Eu vivia com uma ira incontrolável dentro de mim e te confesso que muitas vezes não conseguia contê-la... Mas um dia você precisa assumir o controle simplesmente pelo fato de a "outra coisa" ser mais fraca que você... Eu saí de perto de meu pai ainda cedo e vivi como mercenário até pouco tempo atrás... Eu aprendi que se não pensasse e se eu não me impusesse em várias situações, eu morreria ou a missão falharia, o que também pode significar a morte em algumas vezes. -- dei uma breve pausa, levando minha mão à cabeça dele, levando a conversa em um tom mais leve-- Olha, se aquilo vivia dentro de você, é por quê ele era fraco, simplesmente pelo fato de ele precisar de um instrumento para se manifestar, entretanto você não é um vaso oco! Se souber se impor, se você crescer mais, se você ficar mais forte e mais sábio, eu tenho certeza de que você será maior do que as suas próprias vontades malignas e também do que esse ser que se diz ser algo. Acho que foi algo parecido com o que eu fiz comigo. Você tem uma nova chance. A sabedoria não habita na maldade, porém a loucura e a tolice se fartam no coração daquele que cultiva a iniquidade e a maldade. Quando sair daqui, voltar a viver, vá àquela floresta que aquele elfo estranho citou, lembra?! Aquela lar dos elfos... Dê um ponto de partida lá... recomece. Comece a buscar a sabedoria, seguir um caminho bom, busque o conhecimento. Fortaleça o seu corpo, a sua mente e alma e talvez, se aquilo ainda estiver no seu corpo, você possa mostrar a ele que quem manda é o ser vivente restaurado.-- Dei uma pausa, olhei a reação dele e resolvi contar o que eu achava daquilo;

--Lembra da missão que participamos juntos?! Naquela ocasião, também erámos como peças em um tabuleiro; cada um cumprindo um objetivo, a fim de que no fim realizássemos com êxito a missão... Mas não significa que não possamos tirar proveito da situação também... Para mim é quase que claro que esse cara tenha razões diversas para fazer o que está fazendo; se ele busca vingança, prestígio, poder, ou seja lá o que for, isso não me importa por enquanto, mas veja, é como um contrato indireto: nós estamos aqui mortos ou chamados ou chamados através da morte e podemos sair daqui se fizermos algo com êxito e ainda podemos levar algo mais. Frustrar os planos daquele cara não me interessa, por isso não vou pensar em um meio de fazer as expectativas dele ruírem, mas temos a opção de fazer ou não. Já que você escolheu ir então tente tirar algum proveito a mais, talvez levar alguma coisa daqui do submundo que você ache legal, que te auxilie e te seja útil em vida. Se falharmos, talvez fiquemos com a pele escamosa também, mas, como você pode perceber... não acaba.

Encerrei meu discurso... confesso que meio constrangido, mas já falara mesmo.

O tempo passou. Ainda era noite, quando nos chamaram perante o júri e o juiz. Eu que pensara ter sido uma noite entediante, não sabia que uma audiência poderia ser muito pior. Perguntas, indagações. Eu pensava no caminho de volta que havia sido diferente e no céu não tão imponente quanto antes. Até que Dax interrompeu tudo e começou a colocar o plano dele em ação. Fiquei maravilhado com o reboliço que criara apenas utilizando uma palavra "Trianguli" e dali em diante era como se eu tivesse sonhado com aquilo pela noite, pois podia prever, exatamente como quase nunca acontecia quando eu estava vivo... o que chegava a ser cômico de tão triste que era.

Teríamos 552h, mas quando me foi dada a possibilidade de perguntar, eu perguntei:
--Excelentíssimos júri e juiz, eu gostaria de perguntar algumas coisas: O tempo aqui passa conforme o tempo enquanto estávamos vivos? Nossos corpos são capazes de suportar quanto tempo? e se não se importarem... Quais e quantas coisas podemos levar daqui para a vida, por assim dizer, conosco se obtivermos êxito na missão? Obrigado.

Acho que eu estava satisfeito com meu questionamento, me sentaria e ouviria o decorrer dos fatos.

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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Pacificador Seg Jan 25, 2016 12:44 pm

Observei os guardas por breves segundos, eram estranhos. Esperamos por muito tempo. Vax chegou suando, não fazia calor, se bem que até aquele momento eu não sentia nada disso. Eu também podia sentir sua aurea corrompida ou algo assim, não estava tão forte, como antes talvez fosse algo do tempo que estávamos ali, sem querer me gabar eu até o momento me considero um menino que se adaptar muito facilmente, tinha de ser assim, era um homúnculo.

Ouvi sua palavras, rodeios e piadas, neste momento algo me veio a mente. " Humor de cadafalso, Rhudeus também era assim, cada falha ele se tornava mais parecido com Vax" Respirei fundo, tais lembranças iriam me fazer desatar as lagrimas, era um misto de raiva e alegria, eu acho que eu amava aquele guardião, no entanto, não estava certo sobre tal sentimento. "Inicialmente são vocês cinco" Comecei a grava palavras aleatorias, gostaria de aprender sobre este lugar. Mas aquilo estava me incomodando, inicialmente, talvez os que estavam mortos a mais tempo levavam mais tempo para retornar... Assim que ele desapareceu caminhei até a janela. Comentei em voz audivel. -Os fantasma querem vingança, os demonios querem nossa alma, os trapentos sentem fome e frio. AS coisas que compreendemos podemos tentar controlar. - Sorri com a ideia. Me virei e me forcei a dormi.

Segui com os demais pelos corredores, não notei a mudança de imediato apenas quando já estava bem proximo da sala do tribunal, quando notei que algo estava diferente, o caminho supunho, segui em frente.

Fiquei no banco quietinho como um bom menino, ouvi tudo com pouca atenção até o momento não me interesava, como disse pax eramos peça de um jogo, e realmente agora eu ja não gostava tanto da ideia. - Trianguli...- susurrei cada silaba calmamente De alguma forma estranha havia gostado do nome, me lembrava algo infatil como uma brincadeira, gosto de crianças.

E de alguma forma parece que todos os olhares voltaram para nosso grupo, esperança, raiva, medo. Não sei o que sentia, talvez fosse empatia ou apenas meus sentimentos descontrolados, eu ainda era incapaz de entender.

Ao termino me levantei e olhei para o juiz, parecia apropriado pois meus companheiros já estavam satisfeitos ou não com suas respostas. - Senhor, Russelus, tenho alguns  pedidos e perguntas. Pode me ouvir?- Esperei por breves segundos olhando para meus companheiros, parecia que todos estavam de acordo.- Seremos guiados até certo ponto, mas não acha um pouco negligente? Estamos mortos e não sabemos nada sobre este lugar.- Deixou as palavras no ar e voltou a falar e trocando de assunto. - Qual o nome da criatura no fim do mundo, para que serve?- Em seguida era uma pergunta parecida com o do Grande homem, mas distinta ao meus olhos. - Quantos ciclos podemos ficar neste lugar, ou até mesmo o que é um ciclo? É igual a quantos anos de onde viemos. - Respirei fundo e voltei novamente para a primeira questão, aquela pergunta era do gigante, parecia errado tentar reforçar tal coisa. - Senhor AURÉLIO. - Comentei seu nome claramente, minha voz era baixa por natureza, era incapaz de fazer minha voz muito alta. - Um sujeito com tal capacidade, quero ele para nos guiar e nos informar sobre o que não entendemos.- Meneei a cabeça fazendo uma rápida conta, devido minha personalidade retraída, era complicado fazer tais pedidos, no entanto, tudo me parecia um grande complô de ilusão, ser enganado, não gostava disso. - Eu não gosto de como o senhor Pax, oh VAx, nos abordou ontem a noite. Claro, nossas vidas é algo precioso, e como disse meu guardião. Precisamos aprender a viver. - Voltou a olhar para o juiz com aparente desanimo, ninguém havia dito que era um segredo a abordagem na noite passada, em seguida estava claro que manter tal dialogo era exaustivo para mim. - Quero viver, mas não quero falhar em algo tão importante. - me reunir com os demais ali apenas para comentar. - Perceberam? estamos mortos, mas podemos comer, sem contar que eu não passei mal mesmo ingerindo alimento. - Comentou aquilo como se fizesse sentido. - Se alimentar e continuar vazio, imagine isso e conte os ciclos que cada existência deste lugar, talvez tenha. Deve ser pior do que ser criado e se tonar obsoleto, imagino. me virei para o garoto com olhos estranhos. - Eu também acho que não seja dificil, no entanto, para que serve um trinaguli? - Comentei errando propositalmente.

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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Kaede Ter Jan 26, 2016 12:07 pm

Depois de um bom tempo Vax, o cara da proposta retornou querendo as respostas, porém foi ele quem acabou dando muitas para Ho...

_Sim Ho, é completamente possível levar coisas daqui pra lá... E vocês são boas peças no tabuleiro! _

Depois das palavras boas peças no tabuleiro, Vax tentou se acertar ficando meio sem graça com um sorriso amarelo de canto da boca.
Não liguei muito com as palavras, mas não responderia por todos ali presentes, no momento eu estava mais interessado em saber como estava meus familiares: mamãe, vovô, Jorlos, Garou e Melanie... principalmente Melanie. Será que ela sabia da minha situação? E também Garou, era a primeira vez em anos que eu e ele estávamos separados.

Enquanto estava perdidos em meus pensamentos, Vax sumiu e só me restava esperar o dia seguinte, se é que tem dia seguinte em um lugar onde a noite parece ser eterna...

Parecia que tinha se passado um dia e fomos guiados mais uma vez para o tribunal, o engraçado mesmo ocorreu no caminho, que dessa vez estava diferente, parecia que os corredores em que passávamos, tinha vida própria e tinha mudado de forma e distorcido o caminho... ao menos foi isso o que me pareceu.

Passamos por uma maratona de perguntas pelo corpo do júri até que o promotor chegou. Ele começou a fazer perguntas, mas foi bem aí que Vax atuou, se levantando e mudando o curso das coisas. E no meio da discussão entre os dois se fez silencio entre os outros presentes, tudo por causa de um papel que Vax tinha tirado de seu bolso que chamou a atenção de muitos. Murmuros, cochichos... depois de um pequeno espaço Vax parecia ter conseguido toda a atenção que queria e falou apontando para mim e os outros “mortos”.

_Podemos dar uma utilidade a eles!_

Parecia que seria um julgamento diferente... o juiz perguntou se aceitaríamos a proposta,pegar algo que eles tanto precisam para assim podermos voltar, parecia ser algo bom... ou não.

Olhei para os outros ali comigo e a eles perguntei.

_Vocês querem conversar sobre o assunto antes de darem uma resposta?_

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Mensagem por Bones Qua Jan 27, 2016 12:15 am

Silenciosamente ouviu e percebeu os planos de Vax tomarem um contorno mais claro, pois suas palavras escapadas "peças de tabuleiro" indicavam a real posição do grupo diante da situação e plano, ou pelo menos assim ele queria que pensássemos.

- Uma vez trapaceiro,sempre trapaceiro... Será que deixou escapar ou seria outra encenação?

Baseado nas reações dos outros e dizeres deles, preferiu se abster de qualquer conversa, tomando aquele tempo para refletir bem no que poderia vir no julgamento. Enquanto eram levados, não deixou de notar de imediato a mudança na estrutura, parece que o labirinto se reorganizava durante a noite, provavelmente para dificultar fugas e passeios noturnos indesejados.

Perguntas e mais perguntas foram feitas, cada um sendo exaustivamente dissecado por tantos questionamentos e tendo toda sua vida revirada. Mesmo as coisas mais pessoais pareciam ter alguma relevância, ou quem sabe por pura diversão do tribunal em expor as vidas intimas de cada um.

Eis que então Vax coloca seu plano em ação e anuncia seu objetivo: usar o grupo para localizar Trianguli, seja lá que tipo de "existência" seja isso, uma vez que não falavam claramente, mas sem duvida sua mensão deixou todo o tribunal em chamas.


─ Os réus estão de acordo com este modelo de julgamento?  ─ “Se executarem determinada tarefa ou prestação de serviço, poderão, assim ganhar a vida de volta”. É este o modelo oferecido na ocasião e que, não escondo, vendo o que está em jogo, muito agradaria a todos daqui. Irão percorrer o submundo, passando por três lugares distintos, com perigos tais. Se falharem, não serão condenados perpetuamente, ou seja, terão outro julgamento futuro na tentativa de reaver a vida. Mas se tiverem sucesso, voltam a vida no mesmo dia em qeu nos trouxerem o Trianguli... Aceitam os termos?  


- Meritissimo Russelo, falo por mim, não pelo grupo. Ficaria em muito honrado em aceitar a oferta sob uma unica condição e contra proposta: que caso obtenha sucesso, tanto eu quanto minha amada esposa possamos voltar. Afinal, algo de tanta estima para todos aqui vale muito mais do que duas simples almas, não? E caso falhe, aceitarei sem questionar o novo julgamento e me coloco a disposição como voluntário, seja qual for o resultado do julgamento, a ser convocado novamente e cooperar com o próximo aparecimento do Trianguli e novamente tentar ajuda-los.

Aquela deveria ser a oportunidade única de redimir sua existência, procurando resolver todas as suas questões e deixar o tribunal com a vantagem de, mesmo que o grupo falhe, haver quem possa cooperar numa futura segunda tentativa. Dessa forma, o tribunal sairia ganhando, mas pessoalmente, Bones estaria mais do que satisfeito com o resultado positivo da empreitada.

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Mensagem por NR Sérpico Qui Jan 28, 2016 8:27 pm

6. Cabana na colina

Aquilo foi interessante. Não é todo dia que se tem tanta liberdade assim com aqueles caras. Seja em tirar dúvidas, seja em exigir algo a mais. Claro que nem todos puderam ficar pra ouvir as respostas do juiz e companhia: o velho senhor que fazia parte do júri teve outro repentino ataque de tosse, de modo que se retirou e não voltou antes do fim.

Às respostas, então. Primeiro Ho, sobre o tempo:

Sim ─ falou Russelo. ─ O tempo aqui é o mesmo. Com algumas diferenças, conforme o ciclo. No momento, é bem parecido com o tempo de onde vieram. Só que, no atual ciclo, temos apenas 4 horas de luminares eclípticos. Isto é, para que entenda, 4 horas de “luz solar”. As outras 20 são de escuridão noturna, com apenas um luminar celeste, algo parecido com uma lua. ─ Então a resposta seguinte, sobre a durabilidade deles, estando no submundo: ─ Seus corpos podem suportar o tanto que for preciso. Podem ficar aqui por muito tempo. O único problema é a adaptação da mente. Suponhamos que você, Ho, passe um bom tempo aqui no submundo, viajando por aí. Durante esse período de reconhecimento e exploração, você verá e sentirá coisas diferentes do mundo dos vivos, coisas que talvez agridam os padrões que você sabe existir no mundo dos vivos. Simples exemplo: se eu digo “uma espada azul”, todos aqui podem imaginar mais ou menos como ela deve ser, através dos padrões do seu mundo. Uma espada de cor azul, simples. Mas digamos que durante o seu tempo aqui você encontre uma espada, ou qualquer outra coisa, de uma cor que você não conhece, uma cor impossível, que não deveria existir, um fato que corrompe a razão que você conhece, que destrói os padrões que formam suas percepções. Sua mente irá lutar contra o que você está vendo. E será uma luta pesada, da qual, ao fim, só há duas possíveis consequências: ou você irá enlouquecer ou irá adaptar aquela cor impossível, a tornando, para você, azul. O efeito reverso pode acontecer, caso tenham sucesso e voltem para suas casas: se passarem muito tempo aqui e tiverem contanto e experiências sensoriais com muitas coisas, será igualmente difícil se adaptar, ou melhor, se readaptar, aos padrões que um dia conheceram quando vivos. Muitos que entram em coma, e sem querer caem nesse departamento, e que depois conseguem voltar, não sobrevivem ao período de readaptação, às vezes perdendo a fala, de tão estranho que se torna escutar a própria voz, ou mesmo vegetando num estado hipnagógico de meio-sono contínuo, pois a realidade dos vivos passa a ser como um sonho lúcido e não de fato a realidade. ─ Ufa. Então Russelo parou um pouco e deu uma bicada em sua água. ─ Para que uma readaptação seja muito difícil para vocês, seria preciso que fiquem aqui por muito mais tempo que é proposto. ─ advertiu, com o objetivo de tranquilizar. ─ Então, não terão grandes problemas.

Resumindo: seus corpos eram aparentemente invulneráveis, mas suas mentes não. Sobre a questão dos itens levados, Russelo deixou que Gerovingio respondesse, pois aparentemente ele quem tanto recebia quanto despachava.

A volta se dá através de uma porta, um portal mítico ─ disse ele. ─ Desde que passe pelo portal junto com você, os itens devem ressurgir no mundo dos vivos, assim como você.

Ele só não especificou o tamanho desse portal. Como chamou primeiro de porta, talvez fosse naquela altura básica, talvez como uma das tantas portas duplas daquele lugar, hm.

Na sequência, foi a vez de Balltier.

Sim, eu posso lhe ouvir. Diga o que pensa ─ disse o juiz. Ouviu, franziu o cenho, achando o jovem meio confuso e respondeu apenas o que entendeu, ou o que preferiu: ─ Um ciclo é o equivalente à 23 anos no mundo dos vivos. Um pouco menos, talvez. E como disse ao Ho, vocês podem ficar todo esse tempo sem nenhuma sequela aos seus corpos... Aurélio? Hm. Sim, é um pedido possível de se atender.

Mas... ─ Esse era Aurélio, codinome desconfortável-com-a-missão-inesperada. ─ Mas senhor eu, eu

É perfeitamente indicado como guia. Só não leve muitos livros. Ou melhor, leve apenas um atlas. Considere como parte do seu aprendizado, Aurélio. Será uma boa experiência. E quero alguém além do Vax.  

Aurélio baixou a cabeça, derrotado.

Sim, senhor ─ miou.

Senhor ─ disse Vax. ─ Devo relembrar que só irei leva-los até certo ponto.

Sim, eu sei ─ rebateu o juiz.

O promotor reviveu:

E que história foi essa que o homúnculo disse? Falou com os réus antes da sessão iniciar?

Apenas um “boa noite” ─ escapou Vax.

Vamos conversar sobre isso, depois. ─ o promotor riu, sem graça.

Ah sim ─ Vax tirou o chapéu e o colocou de novo. ─ Depois que eu deixá-los, voltarei imediatamente pra cá, promotor.

O juiz deu um basta na conversa paralela. Queria escutar Bones, agora. Depois que o morto falou, o juiz apenas olhou para Gerovingio e fez um aceno. Gerovingio saiu pela porta da frente, com alguma missão própria a ser feita. Depois Russelo olhou de novo para Bones e garantiu:

Será feito. Sua vida e a da sua esposa em troca do sucesso da missão.

Puxa! Eles tinham tanto poder assim pra reaver uma vida? O juiz nem barganhou nem nada. Se aquilo não fosse sinal de pressa, então não se sabia qual seria o significado.

E era isso. Sean concordara e Kaede parecia inclinado à discutir, mas Russelo não queria mais saber. Ele bateu na mesa, a título de encerramento. Depois chamou Vax de canto e trocou alguma ideia. Vax fez repetidos acenos de “sim, sim, sim senhor”. Um homem entrou pela porta dos fundos, foi até o juiz e lhe deu um papelzinho. O juiz leu numa passada de olho e fez um sinal, despachando Vax. Se levantou e disse:

Estão dispensados.

E então saiu apressado pelas portas do fundo. Aurélio foi atrás.

Vax voltou até o grupo e anunciou:

Senhores, ire leva-los agora. Alguém importante está vindo. ─ e, num sussurro sugestivo: ─ Alguém que queria ter visto tudo que aconteceu aqui, mas teve problemas na viagem. Uma pena... Enfim, temos de sair de cena agora. Um, dois, três, quatro, cinco... todos aqui. Exceto... Cadê o menino diligente? Ah, lá está ele. Vamos, venha cá, rapaz. É pra correr, caramba.

Aurélio correu e chegou perto deles. Trazia uma bolsa sobre um ombro.

Eu estava pegando alguns... suprimentos ─ explicou ele.

Ah, claro, claro ─ Vax se voltou para o grupo. ─ Vamos para um lugar que irão gostar. Vamos encontrar um amigo. Ele terá algumas coisas que podem ser úteis pra vocês. E é um ótimo desenhista, vai desenhar algo que vocês precisam ter. Tentem não se mexer agora, hm?

Bom, se tinham algo mais a falar ou outra coisa a fazer, foi-se o tempo. Quando piscaram, já não estavam na Antessala da Morte. Estavam numa campina verde e bacana, uma área elevada, uma pequena colina, de onde se podia ver planícies sem fim em todas as direções. E logo perto deles, existia uma cabana modesta porém bem feita. Talvez Vax tenha dito que iriam gostar apenas pelo fato de ser um cenário possível de se encontrar em Lodoss.

O céu era totalmente fechado por nuvens, mas ainda assim era claro, como se o dia estivesse no seu momento mais luminoso. Exceto ao norte ─ lá o céu era embaçado e escuro. O clima era ameno e com uma brisa que trazendo o cheiro do campo e o som de coisas quebrando.

Não! ─ exclamou Vax, quando escutou os sons. ─ Que foi que você fez agora Mic?

A quebradeira vinha da cabana. A porta estava aberta. E do lado de fora, uma cadeira de balanço estava deitada no chão, derrubada. Um livro atirado à esmo, como se o leitor o tivesse jogado. Ou como se alguém o tivesse tirado das mãos do leitor.

Mais coisas quebrando lá dentro. Talvez um vaso, uma porção de louças. Então a janela: um sujeito foi atirado de dentro pra fora, abrindo caminho pelo vidro e rolando na grama. Ele levantou a cabeça, revelando um olho preto, um supercílio rasgado, e um nariz estourado. Assim que viu Vax e o grupo, rogou:

Me ajuda, cara!

Quem é dessa vez? ─ perguntou Vax e foi até o atirado. ─ Quem é?

Capanga do Gushnasaph. ─ E o cara olhou para o grupo. ─ São eles? Pede pra eles me ajudar, cara. É um capanga só e eles são seis!

Ah, Mic, Mic, Mic! Tanto agiota por aí e você vai se meter logo com o Nasa?!

Com quem está falando, Pintor? ─ Essa voz veio de dentro da cabana. Voz grossa, exageradamente alta. De repente o dono do trovão sonoro apareceu pela porta. Ele teve de se inclinar um pouco pra passar pelo batente. Rivalizava em altura com Ho. Deu de cara com os cinco e Aurélio. ─ Ah, compreendo ─ bradou. ─ Dessa vez você não mentia, né não, Pintor? Você disse que os seus seguranças viriam, e aqui estão eles, como que por mágica.

O homem saiu da frente da casa, caminhando lentamente até os cinco (agora eram cinco: Aurélio meio que recuou alguns metros...). O homem, além de alto, era forte. Forte do tipo que as roupas ficam apertadas. Ele vestia apenas um colete (que deixava os braços cabeludos nus) e bermudas pra fechar o kit, como que pronto pra curtir uma praia. Era tão careca quanto Vax e seu rosto era amassado em alguns pontos ─ o tipo de rosto que já aguentou muita porrada.

E continuava falando, enquanto se aproximava do grupo:

Bom, isso não muda o fato de que você vai levar uma surra hoje, Pintor. Mas antes vou bater nos seus seguranças. Olha só, dois deles não passam de pivetes! Ainda bem que eu não tenho escrúpulos.  

Ao término, ele correu. Foram três passadas longas de atleta, como se ao fim ele quisesse dar um salto. Mas no caso, ele queria mesmo era atingir o grupo todo com um único murro. Seu ambicioso movimento indicava que ele iria varrer os oponentes com o braço, um golpe na horizontal, do qual ia junto todo o seu peso.

E antes do golpe seu braço mudou de cor, ficando preto-acinzentado. E pareceu crescer um pouco, ganhar densidade.
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Mensagem por Hummingbird Sáb Jan 30, 2016 5:25 pm

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De repente estávamos sozinhos. Esqueci todo o restante do grupo e só consegui sentir a presença do grandão Ho, o que foi engraçado pois me fez acreditar que eu ainda tinha plena consciência das minhas habilidades, mas acima disso, as coisas que ele me disse me fizeram mergulhar em pensamento. Aquele era o meu mundo. E Ho estava ali através de suas palavras. Eu não esqueceria nada do que ele disse, provavelmente nunca mais.

Não tive muito tempo pra agradecer já que as coisas correram rápido. Do julgamento em diante, ficamos sabendo mais um monte de coisas sobre nossa missão e sobre o que os membros do grupo indagaram. Apenas prestei atenção no que diziam, ouvindo sem interromper. Esbocei um sorriso quando o garoto Ball concordou comigo sobre o tal Trianguli parecer algo difícil de se encontrar, muito mais de pegar. Será que era mesmo possível pegá-lo? Bem, ao que tudo indica, essa era nossa missão, e como disse o grande Ho, eu deveria pelo menos aproveitar.

Simplesmente acatei com as decisões. Uma estranha sensação de conforto me preencheu por dentro e eu estava seguro com isso. Não tive medo, não tive receio.

Dali em diante, ficou decidido que o tal Aurélio viria conosco. Fiquei feliz em saber que seria uma grande aventura! E quando me dei conta de piscar, um pouco distraído com meus pensamentos, já estávamos num lugar diferente. Justo na hora que eu ia agradecer o pessoal do julgamento por nos tratar tão bem? Nos deram até aquela cama pra dormir. Bom, eu agradeço na volta então.

Agora tudo que senti em primeira instância foi um aroma diferente. Não sei dizer, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas tinha cheiro de... mel? Olhei ao redor e me deparei com uma extensa campina, a brisa balançando a grama aconchegante, o céu cheio de nuvens e aquele clima maravilhoso que eu não sentia já faz um tempão. Abri um largo sorriso, em seguida, apalpei meu corpo pra saber se aquilo era mesmo real ou conferir se ainda estávamos com as tais roupas listradas que mais pareciam um uniforme. Eu sentia falta da minha capa...

Dentre tantas sensações e situações, meus olhos logo foram atraídos por um...incidente?

— Ei! Vejam! - Apontei, quando vi aquele ser sendo jogado janela à fora. Foi uma bela queda. O tal Vax logo correu pra ajudar, ambos conversaram por uns instantes e tudo aquilo me pareceu muito esquisito. Eu não sei porque mas tinha uma sensação esquisita que me preocupava naquele tal Vax. Ele sempre estava me cheirando assim.

Quando aquele outro grandão apareceu então, minha primeira reação foi correr e esconder-me atrás de Ho. Grande por Grande, acredito que eu estava na vantagem. Conheço bem a força desse Orc, confio mais nela do que na do adversário, então eu estava bem ali. Fiquei olhando ressabiado, tentando escutar o que o tal outro grandão dizia. O amigo de Vax chamou ele de capanga de Ganash, alguma coisa assim. Na mesma hora cutuquei Ho para lhe dizer a primeira impressão que tive;

— Ei, Ho. Estou com aquela sensação esquisita de perigo. Você acha que consegue segurá-lo? - Terminei encorajando-o.

No mais, tentaria rolar por alguma direção. Meu instinto me dizia pra fazer isso não sei porque. Eu sempre confiei no meu instinto. Não é de hoje que ele me salva? O importante é que eu estava considerando que ainda tinha conhecimento de minhas habilidades. Eu ainda podia sentir a energia dos que estavam ali presentes, certo? Será que então consigo manipulá-la como Ifrit me ensinou?

Fiquei pensativo, tentando estabelecer alguma conexão com a energia dos que ali estivessem presentes.

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Mensagem por Knock Dom Jan 31, 2016 11:38 am

A reunião seguiu; um dos que estavam comigo comentou sobre Vax ter ido ao quarto pela noite -Agora eu sabia que era Vax e não Dax hEHEuHEu-, fato que eu não gostei nenhum pouco. Queria ter dado um murro no "bostão", mas não faria isso na frente do juri, nem depois, já que seria criancisse. Dessa vez passaria, mas talvez Vax mais cedo ou mais tarde cobraria... Hipótese que me fazia despertar para uma certa cascata de ideias afim de... previnir algo? Até então não sabia, mas sabia que algo dentro em mim etava desperto a possibilidades aparente improváveis, tanto a Vax, quanto ao Juiz ou mesmo o amigo que nos recebera.

Fora me dado uma resposta. Eu aparentemente poderia levar o que quisesse, bem como talvez ficar ou explorar... Ou não -Risos em minha mente; risco de loucura. Risos- sinceramente gostei de tudo o quanto me fora dito, embora me fosse um pouco estranho. Talvez fosse eu sempre com "o pé atrás", um instinto. Mas gostei, pois me parecera sincero, mesmo eles não sendo tão idôneis, quanto imaginava... ou era apenas fogo do momento, mas eu confiaria um ponto a eles.

Fomos ter com Vax e já teríamos a perigosa missão em nossas mãos. Creio que seja perigosa porquanto Aurélio tremera ao saber que nos acompanharia, assim como, Vax que fizera questão de afirmar e confirmar que iria nos levar até certo ponto. Não seria fácil... Como eu aparentava ser o mais forte... Não... Lembrei do elfo de merda pensando nisso. Mas seria perigoso. Mas já estava morto mesmo.

Quando abri os olhos, vi que estávamos em um outro cenário que parecia com a terra na qual vivíamos... Não sei por quê pensei que o submundo fosse pequeno... Parecia tudo... Normal... Como se tudo fosse e não fosse... Especial? Estávamos em um campo enfrente a uma casa, da qual podíamos ouvir barulhos de quebradeiras, menos gritos... Talvez fosse um louco que fosse pintar aquilo que iríamos ter de juntar. De repente um cara fora jogado pela janela e Vax correu com ele perguntando o que havia acontecido e falaram de um tal de gigolô -HHSUAHSUA, mentira, mentira. Era um tal de agiota-, para o qual estava devendo e um cara do meu tamanho e tão forte quanto eu saíra da casa falando bobagem e alto... Daquele tipo que dá canseira de ouvir... Falara que ia nos bater.

De repente Sean apareceu atrás de mim perguntando se eu podia contra ele... O pequeno tinha me desanimado mais ainda -HASHAUSHau-, mas uma coisa me chamara a atenção: como ele havia corrido de uma forma tão polida para nos atacar; umas três passadas longas unidas a um salto no ar e a transformação do braço em "metal"?! Ficara interessante. Entretanto eu sabia que aquele golpe não era para matar ninguém... Talvez fosse... um teste?! Provável.

Porém não fazia perder o interesse repentino em uma possível luta. Entretanto aquilo no braço não era uma coisa que eu entendia... Talvez fosse magia... Eu explicaria assim. Talvez se ele pudesse transformar todo o corpo dele naquilo, eu iria me ferrar, mas minha habilidade ainda poderia estar "viva", o que me seria uma vantagem, mas e se não estivesse?! Eu não tinha tempo para não confiar, nem exitar. Meu corpo já assumia a posição por puro instinto e agora minha mente se unira a ação. Faria no tempo certo.

Ao correr do meu adversário, meu pé direito deslizara à diagonal para a frente, flexionando ligeiramente meus joelhos. Eu não era tão rápido, então tinha de antecipar o meu movimento ao do inimigo. O salto dele não havia sido tão alto, então não dava para bloquear antes que ele fizesse o primeiro passo do golpe, aumentando o meu gradiente de força, então imobiliza-lo seria muito difícil mesmo para mim. Resolvi esperar o tempo certo: Deslizei para a direita, com um movimento simples, a fim de que eu não recebesse o ataque íntegro caso eu falhasse e faria no tempo no qual ele estaria antes do movimento da minha cintura, a fim de que o chutando, o acertasse antes que os braços dele atingissem o solo. Faria um chute lateral, não esquecendo de levantar a guarda, com força, rotacionando o corpo e dando um grito, expulsando o ar dos meus pulmões, a fim de aumentar a força.



>Off: Gm, resumindo o ataque: é um chute lateral, como base este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gnRhelilbJI <



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Mensagem por Pacificador Seg Fev 01, 2016 8:50 am

Simplesmente sorriu satisfeito, a maioria de suas perguntas foram respondida, assim apenas continuou sorrindo, indiferente ao resto. A reação do juiz não era o que esperava, sendo assim apenas reforçou o que estava em seus pensamentos. " Isso tudo leva á apenas um fim, hein." Voltou a seguir com o grupo para perto de Vax, claro não tinha um motivo concreto para não gostar daquele escamoso, até o momento não tinha feito nada contra Ball, mas de alguma forma ele não conseguia ignorar aquela sensação de influencia sutil que Vax  sempre demostrava contra o grupo, isso o incomodava.  
Aurelio chegou logo em seguida, Ball tinha diversas perguntas para perguntar, certo isso deixava o homúnculo ansioso, não precisava nem perguntar em particular, apenas queria faze-lo em qualquer oportunidade. Então piscou, em seguida, o cenário ao seu redor tinha mudado. "Verde, verde" Sorriu amplamente, aquilo era tão nostálgico. Queria correr para longe, mas duvidava que seria de alguma utilidade, então se conteve.


Então veio o som. Algo quebrando, franziu o cenho, claro, estava intrigado com o novo evento. Seguiu com os demais ainda sorrindo, aquilo era tão divertido, tão diferente de viajar sozinho. Não prestou muita atenção no corpo voando, claro, não era uma cena comum, mas estava morto, parecia que não devia se importar com tal trivialidade.  Ouviu o pedido do estranho Mic, mas agora de certa forma estava preocupado com o sangue que estava no rosto do homem.


Em seguida ouviu a voz passando pelo porta, recuou apenas um passo, um misto de ideias percorreu Ball, mas nada tinham a ver com o corvadia, claro até o momento ele era incapaz de compreender suas emoções. Então o grandalhão se apresentou. Para Ball a cena era um pouco cômica, não para os padrões convencionais de comedia, mas sim cômica em sua maneira. De fato o homem parecia um cara legal, mas que representava o papel de um cara mau, muito ruim sua atuação por sinal.

Ao que parecia eles era alvo agora, claro era apenas um oponente, grande forte e sem escrúpulos... O homúnculo, recuou mais alguns passos e deixou a pernas cederem, aparentemente se agachando e caindo de bunda, deixou ser impulsionado para trás puxando seus joelhos em direção do peito em um simples movimento de rolamento de costas, olhando para baixo se afastando da investida, claro Aurélio podia estar atrás, mas ele torcia que o guia já estava a muitos metros, nem perto de atrapalhar tal tentativa de esquiva.


Ball continuo agachado, qual era o objetivo de tal movimento, de fato não dava para sacar de imediato mas compreendia o objetivo. Ball cravou as mãos no solo, absorvendo apenas uma pequena parcela da energia dele, deixando mais fácil tal tarefa. Poderia ser tanto areia, terra ou grama, deviam bastar para abrir certa oportunidade.  Assim que seus companheiros começaram o embate, retardou seu movimento por breves segundos, seguiu em uma breve corrida em direção do grandalhão, se aproximou, ainda não. Mais próximo, mais rápido que conseguia, lançou ambas as mãos contendo terra e grama ou areia na linha de visão do gigante, horizontal. A diferença de força e altura era simplesmente absurda, forçando o homúnculo a se afasta mais uma vez do gigante, agora restava o seu grupo lidar com o problema.

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Mensagem por NR Sérpico Sáb Fev 06, 2016 9:06 pm

7. Instrumentos de briga

Instinto correto, o do pequeno Sean. Não era um segurança ─ mas se fosse, ah, seria dos melhores com tal instinto. Tirando a parte que rolou de lado, claro. Mas tem o negócio do sábio combatente saber escolher o seu oponente, ou algo assim, então Sean estava perdoado.

Por outro lado, Ho resolveu escolher aquele oponente. As coisas ficam mais fáceis quando o inimigo é direto daquele jeito. O soco dele veio veloz, uma marreta como extensão do corpo. Ho aguardou o momento certo, escorregou de lado ─ para a direita do oponente, de onde o golpe chegava ─, o vulto sólido passou rente, enquanto devolveu um chute rápido. Acertou, mas o inimigo não recuou com o golpe, apenas continuou no movimento do peso do seu salto, talvez um pouco desequilibrado.

O soco dele, alias, varreu Sollrac e Bones pra alguns metros mais longe. Quando acertou, fez um som de rocha batendo. Sollrac ganhou um filete de sangue entre a orelha direita e o olho direito. Bones rangeu, sem nem saber ao certo onde tinha sido pego, se foi o golpe direto ou apenas Sollrac caindo sobre si. O céu e a terra trocaram de lugar com velocidade e quando a vertigem parou, se viram tombados.

E o capanga também rolou. Mas levantou rápido, com a mão normal no rosto ensanguentado e o punho cinzento cerrado.

Belo chute, grande ─ ele disse, se virando pra Ho. Cuspiu vermelho. Estavam próximos demais e ele já armava a retaliação quando terra voo bem em sua cara, entrando nos seus olhos. ─ Que...?

Ele deu um passo pra trás, com uma careta e piscando muito, sem entender que Balltier fizera aquilo. Quando entendeu, rugiu:

Pirralho! Lute que nem homem!

Ainda piscava, e recuou mais um pouco, extremamente ciente de sua súbita vulnerabilidade perante Ho.

Balltier manteve uma distância segura, pois sentiu que seria o alvo assim que o homem limpasse a cara. E Sean também ficou de boa, próximo de Ho, que estava com a iniciativa daquela rodada de briga. Estes dois, aliás, viram que o braço estranho do homem não era mais a única parte cinza e densa ─ o colete que ele vestia pareceu ficar mais apertado na região do peito, e foi possível ver seu pescoço ficando cinza, aos poucos, assim como a bermuda dilatando com a transformação vagarosa.

Aurélio estava há mais de vinte metros. Vax ainda ajudava Mic, que se arrastava pra longe sem tirar o olho bom de seus "seguranças peitando o capanga do Gushnasaph.

O céu nublado deu um pequeno ronco, prometendo chuva em algum futuro.

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Mensagem por Kaede Dom Fev 07, 2016 2:12 am

Ainda na corte do juiz Russelo, o mesmo tirava as duvidas dos “mortos” ali presentes e uma breve prosa entre Vax e o promotor que foi interrompida por um basta do juiz para poder escutar Bones que parecia ter uma proposta diferente ou um tipo de plano “B” para a empreitada que foi acordada a pouco.
Quanto a mim? Fui ignorado, ninguém quis discutir o assunto e Russelo pareceu não dar a mínima e deu a conversa por encerrado. Resolvi que deveria pegar esse tal trianguli para eles e assim eles me fariam voltar a vida.

Vax e o juiz conversaram sobre algo e logo Vax voltou falando que alguém importante estava para vir e etc... Não dei muito ouvidos ao assunto depois de ser ignorado e sem prestar atenção em Vax e Aurélio que tinha falado algo, simplesmente pisquei os olhos e já não se encontrávamos mais no mesmo lugar.
Estávamos em um tipo de colina com uma cabana perto, até que era um lugar agradável, um ar diferente para se respirar... comparando com o lugar onde estávamos a um piscar de olhos atrás.

Voltei a minha atenção para Vax ao ouvir ele exclamar um não, parecia estar preocupado com alguém e esse alguém foi arremessado de dentro para fora da cabana, atravessou a janela e estava todo surrupiado.
Ele pedia ajuda e parecia conhecer Vax e também parecia saber o que eu e os outros estávamos a fazer e uma voz grossa e alta soava da cabana.

_Com quem está falando, Pintor?_

E um ser grotesco quase maior do Ho apareceu saindo da cabana. Ele caminhou até nós com a intenção de intimidar o grupo falou umas ameaças e em seguida avançou contra o grupo com um estranho movimento com o braço.
Não sei o que os outros fizeram contra o destruidor de cabanas, mas eu não fui rápido o suficiente para desviar de seu ataque e fui atingido, e como o amigo de Vax fui jogado para longe.
Me levantei e percebi que estava um pouco machucado e com um pouco de dor no corpo, Bone parecia que estava perto de mim, deve ter sido atacado também.

_Confesso que mais umas três ou quatro dessas e eu não me levanto mais, porém a minha mãe bate bem mais forte..._ murmurei para mim mesmo enquanto via que os outros estavam enfrentando a criatura. Sim, criatura, pois duvido que aquilo seja humano. Talvez já tenha sido humano um dia no passado, mas nesse momento não.
Observando a luta, Balltier um dos menores jogou terra nos olhos da criatura o que fez o grupo ganhar um espaço de tempo como vantagem enquanto a criatura limpava o rosto.

_A visão deve ter sido afetada, hora de aproveitar e atacar._ Assim, de onde eu estava mirei e lancei meu Flame-rá em seu peito de maneira que não afetasse os meus companheiros e em seguida corri para ficar perto dos outros e entrar na briga mais uma vez.

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Última edição por Kaede em Ter Fev 09, 2016 7:18 pm, editado 2 vez(es)

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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Dom Fev 07, 2016 10:43 pm

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Por um curto período de tempo fiquei absorto dos eventos externos. Era o meu momento. Não sei como consegui desviar daquilo, seja lá o que for, mas agora eu tinha tempo suficiente pra confirmar minhas ideias. Minhas habilidades ainda existiam, mas tudo era muito confuso. Sempre tive muita incerteza dos meus plenos poderes até porque sempre acreditei que era o Ifrit que os dominava e ele só me emprestava um pouco. Mas agora, depois de sentir que o meu instinto ainda não me abandonou e que, ainda com um certo esforço, eu era capaz de sentir a energia ali presente... tudo clareou.

E as palavras de Ho vieram na minha memória.

" Eu preciso tomar o controle. Preciso aceitar que eu tenho potencial, preciso acreditar que sou capaz...não é?" - Não que fossem exatamente essas palavras mas, seu encorajamento horas(?) atrás me fez acreditar que sim, havia possibilidade deu virar esse jogo.

Apoiado no meu joelho direito, um pouco atrás de Ho, pude abrir os meus olhos novamente e então ter uma breve noção da situação. Não sei o que aconteceu mas o grandalhão adversário parecia meio confuso, gritava sobre um pirralho mas eu não fiz nada. Será que foi Ball? Procurei o garoto, muito brevemente, só pra ter certeza de que ele estava bem. Enfim, não havia muito tempo. Minha intenção correr na direção de Ho, isso mesmo, correr até ele vindo pelas suas costas.

— Ho! Se prepare, acho que posso equilibrar as coisas. — Desta vez minhas palavras estavam recheadas de confiança. Até eu fiquei surpreso, eu nunca me senti assim antes. Almejava subir pelas costas do grande Orc, tentando chegar em seu pescoço, o mais rápido possível e se possível sem atrapalhar muito sua movimentação. Considerando o fato de que eu já tinha conhecimento e sintonia com as energias ali presentes, a ideia era usar minha habilidade o quanto antes pra tentar puxar aquela força exacerbada que eu sentia no adversário através da minha manipulação. Se eu conseguisse fazer a extração, concomitante a isso já infundiria-a no corpo de Ho. Para tal, tentaria me equilibrar atrás de sua cabeça, com as pernas no pescoço dele. Como uma criança nos ombros de um cara maior.

— Agora vamos acabar com ele! — Diria em caso do meu plano dar certo ao ter infundido aquela energia extra no meu companheiro. Para o caso de dar errado, faria o meu melhor para não atrapalhar o grande Ho em seu combate pessoal com o adversário.

Habilidade:


Off escreveu:- Estou considerando que o Sean ainda tem os poderes, até porque o próprio Ifrit ensinou ele a usar aos poucos. Ele só não tem consciência de até onde ele conhece dos próprios poderes. Esse é um momento de descobertas pro meu personagem porque ele vai começar a entender que ele e o Ifrit compartilham mais coisas do que ele imaginava. Antes ele era muito dependente do Ifrit, agora ele vai compreender que o demônio também dependia dele e que há motivos pra isso. Ele tem poder. Ele só precisa descobrir. =D

- Eu assisto Shannra Chronicles e Beowulf também, uns amigos meus tinham me recomendado, curti bastante


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Mensagem por Knock Seg Fev 08, 2016 11:56 am

Ele seguiu reto e rápido, um verdadeiro vulto. Ele era forte. Creio que até mais que eu, logo, Sean tinha razão. Meu chute fora o suficiente para faze-lo perder o equilíbrio, porém continuou na linha inevitavelmente previsível e pouco eficaz, atingindo dois dos meus companheiros: o esqueletão e outro jovem, jogando-os longe. Não sei por que não se desviaram...

Ele parou, virou para mim, elogiando. Talvez não fosse um teste. Acho que era de verdade, mas as horas estavam passando e ainda não sabíamos nem o que era o tal trianguli... Um dos integrantes jogou terra nos olhos dele, o que fizera o bicho recuar, pensando que eu atacaria... Eu poderia sair correndo e dar um soco no queixo dele, a fim de faze-lo desmaiar, talvez eu devesse fazer isso... Um trabalho em grupo para aguçar nossa harmonia. Também tinha o fato de eu não ser lá muito competente sozinho... Pelo menos era o que estava marcado em mim do tempo que eu estava com Rio Ligeiro na missão do exército de Hilydrus. "Que saco"

Enquanto eu me perdia nos pensamentos, uma voz ainda indefinida me chamou a atenção; Sean subia em minhas costas e ficou no meu pescoço; o grandão-inimigo ficava mais musculoso, uma habilidade... admirável?!... Um velho me disse que não adianta muita coisa se não tiver outras coisas... Eu mesmo já sentira na pele o que é ser incapaz perante alguém aparentemente fraco mesmo sendo aparentemente forte... Acho que não tô falando nada com nada, mas só de lembrar da minha iniciação no exército, eu já fico com... raiva.


Fico com raiva de ficar com raiva... Parece um ciclo maldito, no qual eu não consigo mudar, do qual não consigo me livrar. Inconscientemente levo minhas mãos a cabeça, percebo que não entendi nada:
--O quê, Sean?

O cara tava ficando com o peitoral maior e músculos da perna também... Ficaria mais forte e mais rápido... e daí? Se ele não mudar o jeito de atacar, se ele não usar a mente... Do que importa? Acho que o Sean sozinho seria suficiente contra ele... Ele já havia matado orcs com mais massa muscular que esse cara... Penando, mas matara.

Não que eu o estivesse subestimando... Na verdade eu estava sim... Mas eu via uma pedra bruta... É como eu ainda sou. Creio só ve-lo com a mesma medida que me vejo: nada de mais.

Porém ver Sean empolgado, me empolava também.
--Certo, Sean. Qual o plano?

Me preparei para algo que poderia acontecer. Reparara agora que as roupas laranjas eram as mesmas e que não tinha armas. Ousei sentir mais da terra com os pés. Os céus estavam negros. Sorri, pois gosto de tempestades... Queria ouvir o rugido dos leões e dragões que iluminam os temores dos fracos. Fiquei em posição de defesa, atento aos movimentos do oponente. Dessa vez iria desperdiçar a vantagem dada pelo meu companheiro para dar a Sean a possibilidade de realizar o tal plano.

Vax e Mic entraram na casa e Aurélio estava lá longe... Observando?! Ainda não sabia, mas poderia ser. Aliás, eu não gostava muito do nome "Mic", ele tinha cara de ter outro nome... Eu pensaria nisso... Talvez a vida dele melhorasse com outro nome, assim como o Vax... Dax é melhor, mas talvez ele goste do próprio nome, nesse talvez eu não desse minha opinião.

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Mensagem por Bones Ter Fev 09, 2016 1:18 am

Aquela resposta do juiz quase que prendeu Bones em um transe, pois acabou lhe tirando da realidade por vários minutos, imaginando como reagiria e o que falaria para sua esposa, uma vez que faziam longos anos desde a ultima vez que a viu e agora ele estava naquele estado.

Mas a dura realidade da vida, ou melhor, da morte, o trouxe de volta o acertando em cheio, sob a forma de um punho acinzentado, seu companheiro e tudo mais que estava no caminho voando diretamente até ele, literalmente invertendo céu e terra por alguns instantes.

Se tocando do que exatamente estava acontecendo, levou sua mão ao queixo para ver se os ossos ainda estavam no lugar, observando bem antes de agir, com seus olhos brilhando mais intensos devido a raiva pelo golpe. A briga estava girando em torno dos seus companheiros mais truculentos enquanto que o homem grandalhão estava ocupado com eles, deixando espaço para tentar algo mais inteligente, pois sabia o quão fraco fisicamente era e sem poderes que um dia teve não teria como enfrenta-lo ainda, mas poderia tentar usar a vantagem da confusão e se aproximar do tal pintor e ver se Vax estava correto na promessa de coisas uteis que fez ao grupo.

Procurou ser um pouco mais sorrateiro, se posicionando de forma que algum de seus aliados ficasse na frente ou que ele ficasse na lateral do homem a distância, procurando assim se aproximar do pintor e de Vax, quem sabe falar com ele sem ser atingido mais nenhuma vez por algum colega voador.

-Pintor, Vax falou que você poderia ter coisas uteis para a gente, num acha que seria uma ótima hora de mostrar correta as expectativas dele? Tem algo que eu possa usar contra o grandão ali?  Olhe minha cara, eu costumava ser um ótimo necromante, quem sabe um grimório talvez?

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Mensagem por Pacificador Ter Fev 09, 2016 1:39 pm

Por dentro Balltier estava cheio de espanto, fez uma careta ao comentário do careca. Ele era um homúnculo, não necessariamente atrelado as perspectiva dos humano. " Ele deve estar se referindo ao meu gênero..." A apenas dez metros do gigante ele parou para raciocinar. " Tenho que entender como um homem luta? Fiz errado? " Olhou para os integrantes de seus grupo, para Ball, tal reação contra ele não era natural, quando estava vivo não tinha se envolvido em muitas brigas e ainda mais por apenas estar em um grupo. Agora era outra questão que voltava em sua mente, o mais parecido pelo conhecimento de Ball como um Homem era Sollrac e o gigante vermelho; Aparentemente sendo humano, se torna um homem? Estava começando a ficar confuso, o que ele era então?

Balltier se afastou observando a reação dos demais, pareciam que não iriam se mover contra o gigante, talvez era o momento para perguntar. "- Ei Soll, como um homem luta? Pode me mostrar? - " Apenas imaginou a pergunta, de certo não estava na hora para isso. Apenas agora ele percebia que o senhor Bones e até mesmo Soll, foram atingidos pelo golpe do gigante, sera que estavam vivos? Suspirou aliviado quando os dois começaram a se mover. Assim Balltier recuou mais alguns passos, não entendeu o motivo do grupo estar parado, aquele gigante era um inimigo... Certo?

- Quem é você? - Perguntou para o gigante, parecia que seu grupo não tinha ele como um inimigo, então era melhor tentar fazer as pazes. Continuou encarandoo gigante em busca de uma reposta

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Mensagem por NR Sérpico Ter Fev 09, 2016 8:28 pm

8. Trovão e relâmpago

Mic pareceu pensar profundamente na pergunta de Bones, como se fosse um difícil problema matemático a ser resolvido. Até tremia um pouco. De repente olhou firme para o Ghoul e disse:

Não gostei de você, cara.

Porra, Mic ─ censurou Vax. ─ Péssima hora pra fazer acepção de pessoas. Os caras estão sangrando por você, eles que vão atrás do Trianguli, e tudo que você tem a dizer é que não gostou do cara só por que ele é um pouco ossudo? Anda, tem alguma coisa que dá pra usar? Alguma coisa da Hale?

O Pintor tentou ficar de pé, mas só conseguia ficar curvado por causa de algumas costelas fora do lugar. Ele tossiu um pouco de sangue e, para Bones, pareceu um sujeito... humano demais. Mortal.

Mic olhou pra luta que comia ali perto. Tinha fogo e barulhos ensurdecedores, assim como um tremor repentino. Fechou o único olho que dava pra fechar, numa meditação. Falou:

Embaixo do colchão. Tem uma espada lá. ─ Abriu o olho, encarou Bones. ─ Talvez dê pra usar, o clima é favorável...

Vai lá ─ disse Vax, pra Bones. O cobra não queria abandonar Mic.

Então Bones foi. Ninguém prestou atenção nele, distraídos com a luta. Entrou na cabana, passou por um vaso quebrado e teve de pular uma estante cheia de livros, caída, que ficava entre a pequena sala logo na entrada e o quarto. O quarto, que foi de onde Mic tinha sido atirado pela janela, estava com uma mesa virada e vários papéis e pergaminhos enrolados debulhados no chão. Tinha também uma tela de pintura, enorme e com um furão no meio, o que sugeria que havia sido usada como arma contra a cabeça do autor da obra. Era o desenho de uma paisagem, com uma mulher ao fundo. Bones chutou pra longe, foi direto no colchão. Levantou e viu, repousando no estrado da cama, uma espada embainhada. Pegou. Ferrugem manchou os ossos de sua mão e um cheiro ruim subiu. Não que ele ligasse pra essas coisas, mas quando trouxe a espada mais pra perto dos olhos percebeu o estado deplorável da bainha de couro, toda corroída e feiosa e cheirando mal, assim como o cabo da espada, oxidado até a última molécula.

Aquela espada era mais velha que a vida.

Então deu um ronco no céu, lá fora, e Bones podia jurar que a espada tremeu em reflexo.

Lá fora, aliás, acontecia o seguinte:

Dividido entre manter a guarda e tentar se livrar da terra nos olhos, o capanga foi alvo fácil para Sollrac, que só precisou mirar ─ a língua de fogo passou sobre o inimigo, um banho ardente. Atingiu o alvo e se expandiu num arco, esparramando pelo ambiente, queimando a terra, extinguindo a grama.

Balltier nem tanto, mas Ho e Sean sentiram o bafo quente se expandindo e quase lhes engolindo também. Recuaram, enquanto o capanga rugia.

Um rugido breve. Parte do fogo se foi, sobrou fumaça e ondas invisíveis no ar. Outra parte do fogo pregou no colete do homem e toda parte do corpo dele que ainda não estava totalmente densa e sólida e cinzenta ficou queimada. Seu rosto avermelhou, suas sobrancelhas sumiram e a terra em sua cara desapareceu. Seu braço esquerdo assou fácil.

Mas ele ainda estava de pé. E só não ouviu a pergunta de Balltier pois estava ocupado demais gritando:

Quente! ─ Enquanto rasgava a camisa fora.

Isso atrasou um pouco sua completa transformação. E outra coisa que poderia ter atrasado mais ainda seria a ação de Sean, querendo roubar um pouco da força alheia. O menino estava sobre o meio orc, em concentração. Conseguiu ignorar o calor súbito que passou perto e ainda estava dentro ─ bem no limite! ─ do alcance pra usar a habilidade. Só precisava de mais um pouco de tempo...

Mas então quebrou. A concentração.

Quebrou numa trovoada esquisita que não vinha exatamente do céu.

O capanga pareceu se esforçar para acelerar a transformação do braço queimado. Quando conseguiu, atacou imediatamente, os braços recuando e voltando como dois pistões pesadões e rápidos ─ bateu palma. Uma única e potente palma trovejante que apagou o fogo na terra, espantou o calor pra longe e ensurdeceu Sean, Ho, Balltier, e Sollrac, que se aproximou depois de seu ataque.

Causou desorientação. Tudo que ouviam era um insistente zzzzzzz, fundo em suas cabeças. Parecia que seus crânios iriam explodir de dentro pra fora. Aquilo dava uma vontade danada de cair no chão e ficar por lá. Ho oscilou e Sean quase tombou lá de cima dele, mas se segurou, no cabelo do colega, na roupa, em algum lugar, e não sofreu a queda ─ que seria de mais de dois metros de costas no chão, o suficiente para tirar um pescoço do lugar, por mais que a terra não fosse dura.

Balltier e Sollrac dançaram alguns passos, firmando uma base pra se manterem de pé.

Vã tentativa essa, de se manter em pé. Pois o próximo movimento do pedreira foi socar o chão com as duas mãos juntas, que desceram com tanta violência, mas tanta violência, que fez o mundo saltar.

Os quatro simplesmente não entenderam o que aconteceu, de tão violento que foi. Ainda com a cabeça zunindo, de repente se sentiram chacoalhados e quando piscaram já estavam pesadamente caídos no chão, de olhos no céu nublado.

Dái no momento seguinte Balltier não enxergava mais o céu, pois tinha alguém sobre ele, eclipsando a vista.

Tá na hora do acerto de contas ─ disse o coiso, totalmente revestido em densidade, com as partes queimadas (peito, braço esquerdo e rosto) enegrecidas e não cinzentas. Ele deu um sorriso duro para o homúnculo. Estava de pé ao lado de Balltier e seu punho direito fechou, como uma marreta. ─ Últimas palavras?

Daí Bones saiu da cabana. O céu deu outro ronco, mas nada de tempestade por enquanto. Apenas lá, no horizonte, que as coisas estavam mais pretas e tempestuosas. Ali ainda ia demorar a chegar. Mas Mic, assim que viu Bones, gritou:

Aponta essa coisa pro céu! ─ Ele levantou a mão, como se estivesse com uma espada imaginária, só pra mostrar como tinha de ser feito. ─ Assim, ó! Bem assim! Daí depois aponta pro grandão ali ó! Vai!

Não! ─ esse era Vax, falando meio que sozinho. ─ Calma... desse jeito o relâmpago vai pegar nele também... Está muito perto...

Bones sentia a arma responder ao clima. Era só remover ela da bainha e apontá-la para o céu. E depois para o inimigo cinzento. Fácil. As nuvens até pareceram ficar mais densas, roncando com mais frequência bem ali, na região da colina.  

Spoiler:

EDIT: Editei a parte do Sollrac: ele também foi atingido, pois se aproximou depois que atacou, hm.
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Mensagem por Hummingbird Qua Fev 10, 2016 1:15 pm

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Tudo aconteceu muito rápido. De um momento para o outro eu estava lá em cima, equilibrado no pescoço do grande Ho. A visão lá do alto era mesmo muito divertida, sem contar naquela sensação estranha que eu estava sentindo como se eu fosse capaz de fazer qualquer coisa. Era confiança? Eu não costumava sentir isso assim, ainda era confuso pra mim.

Mas eu não estava sozinho. Eu queria ajudar, queria fazer Ho ser capaz de vencer aquele inimigo com sua própria força. E mesmo com toda minha concentração, eu não consegui. Na verdade, levei um baita susto com um barulho que no começo eu não sabia nem dizer de onde veio. Só sei que quando escutei eu me tremi por inteiro, puxando até as orelhas do grande orc enquanto me encolhia. E numa sequência de outras coisas que foram acontecendo quase num efeito dominó, só lembro de um monte de tremores e depois de muitas vezes ser ameaçado de ser derrubado, quando me dei conta, todos estávamos no chão, inclusive o próprio Ho. Pensei; se ele caiu, eu então deveria ter voado longe, que sorte!

— Arggg — Bradei, sentindo as dores da queda. Minhas costas ainda formigavam pelo impacto com o solo que eu nem sabia explicar quando nem como foi. Abri meus olhos devagar onde fitei o céu quase como se estivesse num delírio. Quando me dei por consciente, rapidamente levantei, sentado de bunda no chão, olhos arregalados. Não poderíamos perder tempo. Ser derrubado parece ter me trazido uma ideia que veio das próprias palavras do Ifrit. Lembrei, tempos atrás quando eu ainda estava sendo ensinado por suas habilidades, que ele falava muitas coisas sobre minha capacidade de manipulação. Sempre me limitava, sempre desmerecia minhas habilidades. Agora eu estava sem ele, e mesmo me sentindo meio fraco, senti que deveria fazer algo que até então eu não tentei antes. Usar da minha própria energia em benefício dos meus aliados. Pensei se realmente daria certo mas, frente a indagação de Ho que parecia trazer confiança em minhas palavras, senti que eu conseguiria.

— Vou tentar te emprestar um pouco das minhas habilidades. Não sei se você se lembra, na nossa última aventura eu fiz algo parecido com o Gregar... — Dizia, me levantando. — Me apoie no seu pescoço de novo, precisamos de sintonia! Minha intuição me diz isso. — Completei, esperando que o grande Ho acatasse ao meu pedido.

Caso ele o fizesse, minha ideia era usar daquele mesmo instinto que outrora sempre me prevenia de danos maiores para nos guiar. Considerando que eu estaria com o grande Orc, qualquer menção de perigo talvez me desse alguma ideia de como ambos de nós poderíamos escapar. Eu buscaria não fazer muito esforço, afinal, precisava me concentrar em minha habilidade. Desta vez, acreditava que poderia fazer isso mais rápido considerando que já tinha alguma sintonia com a energia de Ho e com minha própria energia. Eu só queria poder ajudá-lo, eu quero ajudar...

Eu consigo?

Extrair minha própria energia e infundi-la em Ho para lhe dar mais força? Conseguiria mesmo ignorar os eventos externos, trovões e outros obstáculos apenas para mostrar ao meu amigo que sou capaz de ajudá-lo e de tomar controle das minhas próprias habilidades? É o que eu pensava naquele momento.

Considerações escreveu:- Nunca fiz isso com a habilidade do Sean então é um tudo ou nada, rs. Considerando que não tenho o demônio por perto nessa campanha, talvez não haja grandes consequências por exceção do debuff.
- Acho que com esse já é o terceiro turno e eu já posso usar da Intuição de novo, né? Queria usá-la para prevenir algum contratempo imprevisto comigo e o Ho.

Habilidade:


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Mensagem por Knock Qua Fev 10, 2016 2:39 pm

Murmurei -- "Caralio"... O quê aconteceu?

Eu estava no chão, olhando para os céus. O chão parecia se mover em minhas costas e minha cabeça parecia me levar navegando em ondas que iam e vinham hora devagar, ora rápido, como um claro efeito do ataque do inimigo.

Momentos antes um dos meus companheiros jogara chamas no adversário, as quais quase me pegam junto e também a Sean. A ideia de sincronização fora antecipada demais na minha mente. Olhei confuso, dei alguns passos para trás e nesse instante ouvi um som forte que fez zunir os meus ouvidos, os quais também foram puxados pelo Sean e depois a terra trocou de lugar com o céu até que fiquei navegando na terra parada.

Era terra normal, o céu normal... Trovões sem relâmpagos que eu pudesse ver... Sean se ergueu rápido, eu levantei a mão dizendo para que ele esperasse. Sentia como se eu levantasse, não conseguiria ficar em pé normalmente. Me pus de joelhos apoiado com a mão. Tudo subia e descia.

Vi o oponente em cima do cara da lama e também o Bonés saindo da casa com uma espada e parecia que ia atacar, então decidi recuar um pouco e puxar Sean também... Algo pior que o fogo poderia acontecer e talvez eu acabasse acertando o cara que tava embaixo do carequinha heuhe.

--Vamos esperar um pouco, Sean... Vai se concentrando aí e se recupera.
Pelo menos dava tempo de melhorar antes de atacar

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Mensagem por Kaede Qui Fev 11, 2016 3:00 pm

A minha técnica de fogo parecia ter surtido algum efeito, porém parece que atrasou o pequeno Seam, um dos meus companheiros que parecia estar a preparar algo que não percebi.

_Hum, tenho que ficar mais atento..._ Pensei comigo mesmo, observando o menino, o que me fez perder um pouco de atenção no inimigo e ser atacado pelo mesmo.
Somente ouvi um estalo que veio acompanhado de uma lufada de vento e um som ensurdecedor que me fez ficar desorientado e me jogar alguns passos para trás, mas com algum esforço pude me manter de pé, mas ainda assim atordoado.
Ficar em pé, fiquei, mas por pouco tempo pois um forte tremor na terra me tirou o equilíbrio e me fez cair no chão. Abalo sísmico? Alguma técnica do oponente? Não tinha como saber estava muito atordoado para isso, somente tentei me erguer e visualizar o que estava ocorrendo com o grupo.

_Por onde será que está o “Puro Osso”? Não o vejo desde que caímos da primeira vez, aquele golpe que recebemos foi forte, mas não o suficiente para um nocaute. Creio que ele esteja a fazer algo!_ Pensei enquanto me erguia e ainda ciente do que Seam estava a fazer, decidi que deveria esperar e ver o que ele estava tramando.
Assim já de pé, me concentrei no evento, procurei focar a minha mente, visão e audição para enxergar e ouvir melhor e assim não ficar mais atordoado e poder observar o ocorrido e ver o que eu poderia fazer.


Última edição por Kaede em Qui Fev 11, 2016 3:10 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Erros e alteração de conteúdo. Post sendo feito no celular!)

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Mensagem por Bones Qui Fev 11, 2016 9:14 pm

A desconfiança Bones ja esperava, eram poucos aqueles que confiavam em seu sorriso encantador, mas pelo menos Vax estava junto e conseguiu convence-lo de dar a valiosa informação e sem perder nenhum segundo, aproveitou a luta para continuar nos bastidores, andando livremente até a cabana e revirando-a, não deixando de notar os muitos pergaminhos caídos, coisa que gostaria de colocar suas avidas mãos em cada um, mas seu senso de grupo falou um pouco mais alto.

O quadro lhe trouxe certas lembranças desnecessárias naquele momento e para não acabar perdendo a oportunidade, teve que ser mais enérgico e chegou a chuta-lo para voltar a realidade, buscando a tal espada. Esta, por sua vez, mostrava-se muito mal conservada e sem duvida extremamente mortal, podendo matar qualquer um com a quantidade de ferrugem e podridão que ela carregava...

Mas deixaria a ironia de lado e seguiria para o lado de fora, a tempo de ouvir a explicação do pintor de como ela deveria funcionar, vendo que seu grupo passou a nota-lo naquele instante, aguardando sua reação, algo que chegou a inflar um pouco seu ego devido a plateia ansiosa pelo espetáculo que ele iria proporcionar.

Para sorte de todos, ele era um estudioso, sempre foi, principalmente dos caminhos arcanos, e desde quando acabou naquele estado, uma das formas de obter energia era drenando objetos mágicos, o que indiretamente lhe deu um conhecimento um pouco mais diversificado sobre eles, não tanto quanto um artesão anão, mas algo suficiente para entender a base por trás do funcionamento dos itens. Desde quando a pegou e pelas palavras do pintor, poderia supor que ela deveria ter alguma ligação com o clima, pois estava ressoando com as nuvens, e se tratando de uma arma, o poder nela contido era do tipo ofensivo, afinal ninguem havia ouvido falar de uma espada curando outros por ai, e provavelmente utilizaria o que uma nuvem melhor tem de poder: raios.

- EEEEEIIIII GRANDÃO!!! Gritou ele para o capanga que atacava o grupo - Você sabe o que acontece quando uma tempestade atinge um saco de estrume como você? Nisso ele levantou a espada conforme foi instruído pelo pintor, tentando canalizar o poder dela da melhor forma possível - O mesmo que em todas as coisas! E apontou a espada em direção ao capanga, esperando que houvesse algum efeito ou poderia cavar uma cova ali mesmo e se enterrar por vergonha do que acabou de fazer...

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Mensagem por Pacificador Sáb Fev 13, 2016 5:38 pm

Balltier tornou a observar o gigante careca, em seguida arregalou os olhos quando o projetil em chamas se chochou contra o gigante. Escutou o rugido um pouco temeroso, ele sabia como se queimar era doloroso, observou Soll um pouco hesitante só agora tinha suspeitado que o jovem poderia ser um meio dragão. Ouviu o grito e enrugou a testa, queimaduras tinha que ser enfaixadas em água o mais rápido possível. O jovem respirou fundo, estava começando esquecer que estava em combate, de imediato se lembrou de algo primordial de sua existência tinha que aprender com cada informação disponível.

O movimento repentino do adversário fora incomum, mas Ball nem mesmo esperava por algo assim, então escutou o estampido, ergueu as mãos aos ouvidos pressionando sua palma em uma tentativa falha de amenizar aquilo, queria gritar, mas estava claro para ele que não iria suprimir aquela sensação. O Homúnculo recuou alguns passos tornando a força sua mente em se manter em pé, e quando achou que já tinha controle de tudo, apenas sentiu tudo se deslocar.


Caiu de costas sem entender nada, quando abriu os olhos sentiu um baque diferente da queda; medo. Pela primeira vez o Homúnculo conseguiu discernir o que era; medo. Olhando sobriamente para o gigante conseguiu entender as palavras e engoliu em seco, sabia de suas limitações e compreendia a força de seu adversário, por certo tinha se arrependido de brigar. Escutou e encarou o gigante em um ultimo sussurro audível si conformando com a derrota. - Quem é você. - perguntou novamente. Estava acabado.


Impotente e afetado pela técnica do adversário o homúnculo iria tentar corresponder em velocidade protegendo a parte superior de seu corpo, assim erguendo as pernas até o  peito em seguida erguendo ambas as mãos tentando parar o golpe do oponente, ele nem sequer conseguia imaginar a extensão do dano que iria receber, neste ultimo momento podia sentir sua mandíbula sendo cerrada em sua boca, com um estranho gosto de desistência.

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Mensagem por NR Sérpico Seg Fev 15, 2016 11:35 pm

9. Viagem na ponta da luz

Quem sou eu? ─ O homem pareceu se divertir ─ Que últimas palavras curiosas. Que assim seja: eu sou Morgan, mas meus amigos me chamam de Pedreira. Agora tchau.

Ergueu o punho direito acima da cabeça. Ia socar Balltier exatamente como fizera com o chão, instantes atrás, só que com uma única mão ─ o que não era pouca coisa. Pareceu até travar a respiração. Balltier engoliu em seco e fez a melhor pose de defesa que conhecia, a mandíbula trincada de tensão. Os demais apenas distante, assistindo.

Daí Bones gritou.  

Pedreira parou o soco ainda no ar. Mas manteve a postura. Apenas olhou sobre o ombro, viu Bones e pareceu não dar a mínima. Mas então reparou na espada e se virou completamente para o ghoul, ainda mantendo um olho em Balltier.

Você fala muito para um saco de ossos, hm. ─ Ele ouviu as últimas bravatas de Bones e viu a arma sendo erguida para o alto. Até fez uma postura defensiva, no puro reflexo, sem saber o que viria a seguir. ─ Que brincadeira é essa, palhaço?

Tempo. Bones lá, paradão, com a espada erguida. Deu um ronco novo no céu e pareceu que era o momento... mas nada. Nada mágico aconteceu. Pedreira gargalhou.

Enquanto isso Sean tentava algo novo e... ousado. O inimigo estava muito ocupado para quebrar sua ação dessa vez, de modo que ele ficou em perfeita concentração... exceto pelo atordoamento. O zunido persistia, sua cabeça girava, o corpo reverberava como um diapasão tamanho família. Mas forçou. Foi além, tentou tapar o buraco da perfeita concentração com força de vontade. E foi exatamente essa força de vontade que começou a ser extraída, era a emoção predominante que lhe conferia fibra no momento. Quando extraiu, o zunido cresceu e sua cabeça bambeou, pesada demais. Sua vista ficou baça, depois escureceu dos lados. Daí só enxergava um ponto a sua frente. Estava perdendo a consciência, o corpo todo tremendo. Seu último esforço foi para Ho: jogar nele toda aquela energia extraída. Não viu se a infusão deu certo, pois aí já não estava vendo nada. Sentiu a terra nas costas ─ sinal de que estava no chão. Não tinha controle sobre os membros, que sofriam espasmos. E antes de deixar de sentir qualquer coisa, sua intuição disse que era bom sair do tempo, que não deveria ficar ali tomando chuva.

Curioso: ainda nem chovia!

Sean não viu o resultado, mas Ho sentiu o presente. Percebeu uma chama se formando nas mãos de Sean, conforme o menino tremia e suava. Não era preciso ser um especialista pra saber que aquilo não estava fazendo bem ao ex-possuído. Mas antes que Ho pudesse fazer qualquer coisa, já estava acabado: a energia completamente formada e Sean desmaiado. O menino, antes de cair, jogou a energia em Ho, que se sentiu mais capaz. A última vez que se sentiu assim foi quando empunhou certa cimitarra parasita. O atordoamento aos poucos se dissipou, dando lugar à clareza e adrenalina. Ele estava pronto para uma segunda rodada com o tal Morgan Pedreira.

Este último aliás, depois da gargalhada, caçoou de Bones.

Cadê, Carne Zero? Cadê a tal tempestade?  

Bones, ainda com a espada erguida, sem que nada acontecesse. Sua mão apenas mais suja de ferrugem. Deu uma olhadela para Mic, que tossiu disfarçadamente e olhou para Bones com uma cara de “era pra ter dado certo!”

Já vou aí descobrir o que acontece quando uma montanha caí sobre um esqueleto, um momento ─ Pedreira se voltou novamente para Balltier. Ergueu o punho ─ Cada coisa no seu devido tempo, né não, senhor “quem

Interrompido. Deu um relâmpago entre as nuvens. Rasgou o mundo, descendo veloz até Bones, que sentiu a descarga, mas ficou firme, pois a espada quem recebeu a maior parte do impacto. Pesada, ficou extremamente pesada, de modo que ele a abaixou instintivamente. Com sorte, na direção do Pedreira. Mas sem precisão. Apenas um movimento desesperado, que tinha de ser feito, se não, Bones sentia, haveria uma explosão bem na sua cara.

Da espada o relâmpago voo, indo pegar Pedreira nas costas. Brilho tremendo. Todos cegos. E dessa vez o som era de um trovão de verdade.

Bones caiu de joelhos, se sentindo extremamente... cansado.

Ho estava pronto pra aproveitar o momento, assim como Sollrac. O inimigo deveria estar bem acabado depois daquela trovoada, perfeito para ser abatido de vez se é que já não tinha tombado. Mas quando a fumaça baixou e eles voltaram a enxergar não viram mais Pedreira. Nem Balltier. Tudo que sobrou foi um campo de terra remexida, afundada, chamuscada.

Ficaram um tempo em silêncio, até o Pintor comemorar:

Isso!

E depois Vax lamentar:

O homúnculo... foi...

Pulverizado. Não sobrou nem o cheiro.

***

Viajou. Estava no alto, muito no alto. Algodão em sua cara, algodão denso e molhado e cinzento... como uma nuvem de tempestade, se desfazendo conforme ele passava, conforme ele rasgava o espaço na sua não forma eletrizante e veloz. Branco, reluzente, refém de grande poder.

Lá embaixo, o mundo. Rústico, sem nenhum verde, sem água, sem brisas, já distante daquela colina. Terra vermelha, monstros espreitando de buracos, de rochas, de sulcos vulcânicos. Monstros compridos, monstros com asas, monstros de couraças, rastejadores, garras, monstros com caldas pontudas, criaturas cingidas com auras negras, gigantes cabeçudos, dragões, árvores secas com faces demoníacas.

Estrada de ferro, filas, caravanas, procissões passando. Gente de todo tipo. Acorrentada, exatamente como ele estivera, na Antessala da Morte. Maltrapilhos, vindos de uma longa viagem, vindos do leste, do porto do leste, de onde se vê muitos barcos, grandes e pequenos, chegando cheios de gente, saindo vazios, pilotados por criaturas de manto negro.

O mar. Primeiro azul e calmo, onde os barqueiros transitavam. Depois negro e tempestuoso, mais para o norte. Negro demais, nem parecia água. Mas dava para ver navios, grandes embarcações com tripulação e tudo. Todas lutando contra o mar furioso, algumas das embarcações quebrando aos impactos das ondas sombrias. Gritos subindo ao céu, onde Balltier estava, viajando, indo mais longe.

Passando por uma ilha. A ilha. Sentiu que era lá... Alguma coisa... lá. Alguma coisa poderosa, assim como ele.

Mas passou adiante. Para outra ilha.

Então o poder acabou, Balltier sentiu algo lhe puxando pra baixo, como um ímã puxando o ferro, como uma árvore alta puxando um trovão.  

Daí não viu mais nada. Por um tempo ligeiro. E, através do bramido da chuva, ouviu alguém dizendo:

é você?”

Ou melhor: terminando de dizer.

Então enxergou. Pedreira acima dele, o murro descendo que nem foguete e afundando Balltier no solo. Perdeu o ar e cuspiu alguma coisa, o ombro direito saiu do lugar. Os olhos lacrimejaram e as costas doeram em inúmeros pontos, como se ele não estivesse mais na terra da campina, mas sim sobre algum chão arenoso, cheio de pedras duras.

Chovia forte, água entrando na boca, no olhos, em ritmo apressado, sufocante. Falta de ar. Tosse. Paralisia temporária dos doloridos, dos que caem grandes alturas, dos que recebem marretadas. O corpo chorando, pedindo tempo.

Mas o que...? ─ disse Pedreira, tentando se situar.  

Balltier, ainda afundado, piscou até limpar os olhos. Viu outro lugar. Floresta densa, forte cheiro de mato. Pequeno incêndio, já se apagando, numa grande árvore sem folhas, logo ao seu lado. O céu lá no alto preto, relampeando frenético. Estava em outro lugar.  

Pedreira deu alguns passos por aí.

Não ─ lamentou. ─ O que aquele Carne Zero fez?

Aos poucos, o corpo de Morgan assumiu a forma normal, deixando aquela consistência de rocha. Ele se voltou para Balltier ─ ainda caído, aos poucos se adaptando com o que tinha acontecido e ainda levemente atordoado, a cabeça zunindo. Pedreira pegou ele pelo colarinho e o ergueu à altura dos olhos. Daí exigiu, raivoso:

Vai “quem é você?”, nos leva de volta pra lá. Agora!

***

Sollrac e Ho ficaram na seca. Principalmente Ho, que estava no gás pra lutar, testar aquela nova força repentina dos seus braços. Vax se aproximou do chão atingido pelo relâmpago, chutou a terra, se agachou, tocou o solo. Pareceu pensativo. Sua aura má cresceu um pouco.

É melhor entrarmos ─ disse Mic, lá de trás, recuando para sua casa. Passou bem longe de Bones, dizendo: ─ Guarda ela na bainha, cara. Sem brincadeira.  

Mic passou pela entrada da cabana, levantando sua cadeira de balanço e pegando o seu livro do chão.

Entraram. Ho trouxe Sean. Sollrac, recuperado do atordoamento, caminhou numa boa. Bones cambaleou pra dentro da cabana, carregando a espada mítica consigo. Vax foi logo atrás. Por último entrou Aurélio, disfarçadamente, querendo que ninguém o notasse, por favor, obrigado.

Então choveu. Mais roncos de trovão do que água propriamente.

Não reparem na bagunça ─ disse Mic. Era um sujeito franzino, mas que tinha alguma astúcia nos movimentos, como se, um dia, tivesse sido alguém mais atlético e rápido. Não que fosse um velho ─ deveria estar na casa dos trinta, os cabelos lisos e pretos sem nenhum fio grisalho. Mas parecia meio acabado, e não somente pela surra que levou. ─ Eu ofereceria alguma coisa pra beber e comer, mas o Pedreira engoliu tudo antes de vocês chegarem. Aliás, obrigado por me ajudarem. Eu sou Miclagelo, o melhor pintor que existe, de todos os mundos, acreditem. Seres celestiais invejam minha arte, pois ela tem sentimento. Sentimento profundo. É minha religião e minha

Cala a boca, Mic ─ Esse era Vax. ─ Seja realmente útil uma vez na morte e me dê as plantas subterrâneas da Velha Carcosa. É pra isso que estamos aqui.

Ficaram em silêncio.

O que... o... que você...? Da Velha Carcosa? Cara... cara...

Onde estão?

Não me diga que... ah, cara... uma das partes do Trianguli está lá? Bem na Velha e Fodidona Carc

As plantas Mic. ─ Vax parecia impaciente, fez um sinal com a mão, querendo apressar Mic. ─ Sei que você tem. Você foi um dos que projetou a cidade, não é? Que tal se gabar disso, hm?

Vax... ninguém pode entrar na Velha Carcosa, cara. Deve ter algum erro nos seus cálculos. Não pode ser. Nem mesmo o Trianguli deve estar lá. Não dá pra entrar naquele lugar!

Dá sim. Eles aqui conseguem. E o Trianguli está lá, então preciso das plantas. Onde estão? E quero as gemas élficas também. E alguns equipamentos. Os caras estão calçando sapatos de pano, e isso não é certo. Sei que você tem coisas antigas aí. Do grupo da Hale.

Mic pareceu engolir em seco.

Preciso de ajuda contra o Gushnasaph. Virão outros capan

Você não tem nenhum poder de barganha aqui, Mic. Está atolado em dívida comigo. Se ficar de enrolação, eu mesmo te entrego pro Nasa, que é problema teu, não nosso. Anda. As plantas da cidade. E os equipamentos. Ninguém vai dar falta deles. Estão todos banidos.  

Os ombros de Mic caíram.  

Mas eu irei com vocês. Não posso ficar aqui. Não mais.

Tudo bem.

Me sigam.

Mic caminhou até a cozinha. Removeu um tapete do chão, revelando um alçapão. Uma escada de madeira descia para o escuro profundo. Mic meteu a mão lá dentro e pareceu tocar alguma coisa invisível. Houve um brilho, ligeiro, verde. Daí ele pegou uma vela na mesa da cozinha, acendeu e começou a descer as escadinhas. Quando já estava lá embaixo, passou a chama para dois archotes nas paredes, que pegaram fogo fácil e iluminaram o lugar.

Para um maldito porão cavado na terra, o lugar até que era bem conservado e limpo. Tinha várias caixas de madeira. Mic apontou para cinco delas, que ficavam no fundo do porão:

Lá tem algumas coisas que vocês podem pegar. Considerem-se em débito comigo, certo?

Vax pareceu ignorar a todos, indo direto numa mesinha de canto onde vários papeis repousavam. Começou a folhear.    

Bones, Ho e Sollrac foram até o fundo do porão. Cinco caixas fechadas. E estavam até mesmo numeradas, de um a cinco.

Sean ficou lá encima, onde Ho o deixou: sentado esparramado numa cadeira no projeto de sala de estar do Miclangelo. Aurélio também ficou por lá, fazendo nada. Apenas vendo Sean ter espasmos e cochichar coisas, como se estivesse sonhando. Estranho.

No sonho perturbado, ele escutava alguém falar.  

olha menino, tenha mais cuidado. essas coisas são perigosas. dão colapsos, sabe? e sem o demônio no seu corpo, ih... fiquei tentado. confesso. a existência é cheia de testes, as coisas acontecem ao nosso redor pelo puro capricho de algum ser superior irracional que quer ver como reagimos. é como um louco olhando para uma bacia com água. não tem nada de interessante pra ver lá, algo completamente sem sentido. mas ainda assim ele insiste, se diverte, querendo saber o que vai acontecer. me tentou. pois, já ouviu falar que quando a casa fica vazia, logo é ocupada novamente?

Esse alguém era eu, claro. Resisti qualquer impulso estúpido... mas não contive o contato, ainda que sublime. A explicação para isso, talvez, fosse o fato dele ser o meu preferido. Por razões óbvias.

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Mensagem por Bones Ter Fev 16, 2016 12:27 am

Por mais que tenha se achado triunfante, parecia que tal item não estava em seu perfeito funcionamento, demorando para sua ativação, o que deu tempo mais do que suficiente de ser caçoado pelo capanga e olha a cara do pintor sem saber o que dizer sobre seu item quebrado.

E de repente, quando ja pensava em abaixar a espada e sair daquela pose constrangedora, surge o raio, com uma energia monstruosa. Provavelmente foi a melhor escolha ter sido ele para receber o raio, pois conseguia sentir e imaginar o que aconteceria caso alguem mais carnudo recebesse tal descarga.

Mas ao mesmo tempo a espada ficava tremendamente pesada, coisa que ela por si só ja era pesada para seus fortes ossos, quanto mais toda carregada. Não houve qualquer tentativa de segura-la, simplesmente deixou a gravidade fazer seu efeito e ela desceu, liberando seu poder, enquanto ele gritava liberando a raiva da vergonha que passou e das ultimas palavras do monstrengo.

- EEEUUUU TEEENHOOO A FOOOORÇAAA!!!

E o que se seguiu foi uma grande explosão, drenando todo o seu poder, o fazendo cair de joelhos momentaneamente, sentindo seus ossos darem uma tremida, como se quase estivesse por perder a ligação arcana que os prendia, perdendo sua forma física. O pintor e o grupo foi se aproximando, embora o criador desajeitado preferiu não passar muito perto dele, mesmo tendo Bones feito exatamente o que foi orientado e salvado o couro do mal agradecido.

Seja como fosse, entrou cambaleando, tentando guarda-la na bainha e arrastando-a pelo caminho devido sua falta de forças momentanea, ouvindo um tremendo zunzunzum do pintor e Vax, preferindo nem se intrometer, pelo menos não ate que sua cabeça parasse de rodar. Pode perceber que falou para irem em outro comodo e ficariam em "debito" com ele, coisa que achou um desaforo...

- Claro, ficarei em debito e quem sabe na próxima pagarei deixando você tomar o choque quando tiver que fazer pose de odalisca na frente duma pedreira...

Mas continuou, olhando as caixas, todas numeradas. Tudo igual ou coisas diferentes? Equipamentos e itens personalizados ou restos problemáticos das coisas dele como a espada? Decidiu ir para a ponta, abrindo a caixa de número 5, ja pensando em ir meditar o quanto antes para repor suas energias, mas sua curiosidade o levou a prosseguir um pouco mais.. Ao abri-la, soltou uma gargalhada renovado, pegando o chapéu e colocando-o na mesma hora, não resistindo.

- Agora sim to parecendo um bruxo... Tem uma vassoura pra sair voando também não? hehehe

Decidiu pegar o restante dos itens. Colocou o colete, coisa que ate seria agradável por ser quentinho em comparação de seus gélidos ossos, enquanto que o colar e a pulseira ele prenderia em seus ossos para que não caíssem. A espada de prata iria procurar prender em suas costas com a ajuda do colete, deixando a espada do trovão em sua cintura. Mas e quanto ao mangual?

- O que vocês pegaram? Alguem afim de trocar esse lindo mangual slayer? Aqui na caixa ta escrito que ele mata de tudo, de ogros a dragões... Alguem tem algo interessante ae? hehe

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Mensagem por Kaede Ter Fev 16, 2016 11:48 am

Assim que o relâmpago saiu da espada e voou em direção do brutamontes, um clarão surgiu. Resultado do acerto critico em cheio no oponente que estava a fazer uma tremenda covardia com o pequeno Balltier. O clarão que deixou todos cegos veio acompanhado de um som, um trovão e assim que voltei a enxergar, percebi que o brutamontes e Balltier não estavam mais presentes.

Confesso que fiquei triste, ainda mais por que de certa maneira eu devia algumas respostas ao pequeno que durante o combate me perguntou algo, e eu no calor da batalha o ignorei. Ele parecia não saber o que fazer em um combate. Talvez tenha sido a sua primeira luta e isso aconteceu...
Vax se aproximou do local onde o relâmpago atingiu o brutamontes, e demonstrou estar pensativo. O pintor falou que deveríamos entrar, mas decidi me aproximar do local onde Balltier estava à pouco tempo e fazer um minuto de silencio pelo jovem.

Alguns pingos de água começaram a cair do céu e decidi entrar antes que uma forte chuva começasse, e assim que todos estavam dentro da casinha, o pintor se apresentou e Vax foi cortando a apresentação do rapaz pedindo plantas baixas de algum lugar.
Os dois começaram a discutir até que Vax o convenceu e Mic, o pintor guiou a todos até um certo lugar da casa. Um alçapão embaixo de um tapete que dava em um porão, Mic apontou para cinco caixas falando que poderíamos pegar o que tivesse nelas.

Bones logo pegou a de numero cinco, então decidi pegar a de numero quatro...
Ao abrir a caixa um item me chamou a atenção. Um punhal com uma bainha de couro com runas élficas. Aquilo me paralisou por um instante e me fez lembrar de minha amada Melanie e acabei pensando alto.

_Nossa você vivia insistindo em me ensinar élfico, mas nunca que entrava em minha cabeça!_ Só então depois percebi que Melanie não estava ali, olhei para trás e me deparei com o pessoal me olhando sem entender nada. Fiquei sem graça e voltei à atenção aos itens da caixa mais uma vez.
Outro item que me chamou a atenção era uma espada enorme, uma montante.
A ergui apoiando pelo ombro e segurando pelo cabo e senti como era pesada, e também muito bem trabalhada.

_Uma ótima espada, mas não para mim! Creio que Ho se daria bem melhor com ela!_ Pensei enquanto observava o orc.

_Ho, você sabe manusear uma espada? Entende de esgrima? Em vida meu avô me ensinou como usar uma, e essa aqui exigiria muito esforço de mim. Caso não saiba como usar uma, posso lhe ensinar um pouco do que meu avô me ensinou, pois creio que você se sairia muito bem com essa montante!_ Falei enquanto lhe mostrava a espada e aguardava a sua resposta.

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Mensagem por Pacificador Ter Fev 16, 2016 3:05 pm

O retorno de quem nunca esteve aqui.

O garoto apenas observou o gigante se apresentar, eram tantos pensamentos em sua cabeça que ele mal sabia como reagir, e tudo isso sendo bombardeado por emoções distintas que se apresentavam de uma forma que ele mal sabia interpretar, mas uma coisa ele sabia, todas eram ruins. Não tentou pensar, apenas tentou se mover da maneira mais provável de se defender, acabou se lembrando de como Morgan havia golpeado o chão, mesmo não prestando muita atenção ele podia entender que tinha sido o mesmo, agora ele se encolhia-a ainda mais, erguia o braços observando com medo. " Eu vou morrer.(denovo) Vou me machucar, porque ninguém me ajuda? Estou sozinho novamente..." Então, pode perceber a voz de um de seus companheiros; era o Senhor Bones. De alguma forma a voz dele acalmou Ball, logo em seguida o homúnculo pode constatar que o soco tinha parado, deitado, não pode entender o que estava acontecendo, apenas via que agora Bones empunhava uma espada para o alto de sua cabeça, bem legal a pose por sinal.

Balltier permanecia em sua posição defensiva, incapaz de reagi e apenas a espera do acontecimento, imaginou que Bones estaria ali para salva-lo, então após as breves palavras de zombaria de Morgan, voltou a prestar atenção no homúnculo, Ball mais uma vez tremeu, percebeu que ninguém iria tentar lhe salvar, então um estranho pensamento lhe ocorreu " Eu não sou, não sou humano." Concluiu. Morgan ergueu o punho, e assim aconteceu. Um som tenebroso ecoou pelo local , antes mesmo de perceber o que havia acontecido, estava se movendo.

Sentiu a água e algo fofo em seu corpo, macio e molhado, percebeu que estava no alto e se movendo em tremenda velocidade. Não conseguia controlar a direção, apenas olhar ao redor enxergando aquele mundo extenso e corrompido de um angulo privilegiado,  imaginou de fato que se transformara em uma estrela, este pensamento de certa forma acalmava seus pensamentos, ele tinha se tornado algo útil, era uma experiência nova e uma oportunidade única. Olhou para o mundo enquanto viajava, vermelho, monstros, criaturas que ele jamais imaginava conhecer enquanto estava vivo, agora enquanto morto tinha visto tais seres fantásticos, mas compreendia, que não eram como pareciam, podia perceber a áurea negras naquelas criaturas, isso o deixou sem reação, sentiu um sentimento de aperto ao olhar aquilo, era tão sem vida, tão sem proposito, assim como ele.

Viu as pessoas acorrentadas vindo do leste, sem liberdade fadados a um destino sem escolha, como ele. Tinha discernimento que talvez fossem almas, bem parecidos com humanos, mas almas em sua maneira, assim como ele era, se lembrou que não era humano, jamais seria, quanto mais cedo aceitar isso melhor para ele.

O mar azul mesmo no reino dos mortos aquela extensão de água tocava a essência de Balltier, assim como a terra o mar era extenso, palpável, uma existência que fazia sentido para ele, algo que detinha conhecimento, tentou balançar a cabeça rapidamente, não era hora para pensar em alquimia.

Passou por uma ilha e sentiu uma sensação forte, poderosa, sentiu uma estranha solidão como antigamente, quando tinha que ser estudado e lidar com o que não conhecia. Não sabia por que tinha de se lembrar daquilo, queria parar naquela ilha, queria explorar, mas passou por ela. Uma outra ilha, foi quando sentiu o poder acabar, sentiu sendo puxado violentamente para algo, como sempre foi incapaz de entender do por que o poder o abandou, mas compreendeu não era uma estrela, era um raio, assim havia compreendido que nunca iria alcançar os céus novamente.

Se tornou incapaz de ver por breves momentos, então escutou a voz de Morgan, sentiu um cala frio em sua espinha, se encontrava na mesma posição defensiva, então viu para logo sentir o soco contra ele. Sentiu todo seu corpo afundar, sentiu algo saindo de sua boca, por breves momentos imaginou que fosse sangue, mas logo compreendeu que era o restante do queijo que havia comido no tribunal. Suas costas estavam arranhada e doloridas em diversos pontos, seus olhos embaçaram pela lagrimas de dor, queria chorar, mas não tinha como faze-lo, não sabia como, o que tornou a dor ainda pior de suportar.

Aguá e mais água contra o garoto, tentou se levantar, mas a dor obrigava a ficar um pouco curvado ainda deitado,  o ombro lançado aviso que algo estrava estranho, sem ar cuspiu arfou e engasgou novamente, então jogou ainda mais saliva para fora, estava sufocando tanto pela chuva como pela falta de ar. "Socorro!" Mal prestou atenção em Morgan, estava tentando voltar a respirar, cuspia e puxava o ar respirando água, tossindo desesperadamente tentando se recompor.

Piscou diversas vezes tentando se recuperar, sua visão finalmente tinha voltado ao normal. Viu que estava em outro lugar, repleto de mato e verde, sentiu o ar e voltou a expelir saliva, quase vomitando só que segurou. De certo não prestou atenção nas palavras balbuciadas por Morgan, porém um único momento esboçou um imperceptível sorriso, tudo que ele passou foi real.

Apenas quando o grandalhão o agarrou ele entendeu muito pouco, apenas conseguiu entender que a viagem fora unicamente para ele, então comentou. - Você esta assustado...- Disse com dificuldade, levantou a mão boa para ele  e tocou o pulso de Morgan em um gesto apaziguador. - Pare, por favor... - Tossiu mais uma vez, desta vez pode sentir o ombro, reprimiu um gemido de dor e voltou a olhar para Morgan. - Não sou um segurança, sou um Réu. Dá...*Tosse* Ante-sala da morte.- Conseguiu balbuciar, ainda tentava segura o pulso do gigante com a mão boa, estava cansado, confuso e principalmente com medo de apanhar ainda mais, compreendia se Morgan o solta-se iria ser pior ainda. - Me coloque no chão, vamos conversar. - Parou e tentou respirar. A chuva caia e os trovoes rugiam, estava cansado, cansado de tentar combater coisa que desconhecia, claro, tinha confiado em seus companheiros e eles o haviam virado as costas. E novamente sentiu solidão, sentiu ainda mais por confiar em quem não merecia, como se um vazio o envolve-se em um abraço, se decidiu ali mesmo que não podia confiar, nem nos juízes nem nos outros Réus.
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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Ter Fev 16, 2016 3:21 pm

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E mais uma vez eu fui acolhido.

Era uma sensação esquisita, meio que parecida com a de saudade, um pouco de nostalgia... e depressão. Eu quase tenho certeza de que já senti essa mesma presença antes, anos atrás, só que desta vez eu não sei porque não tive medo. Aliás, foi a partir do momento que comecei a forçar minha memória pra lembrar, que me vieram flash's daquele dia. E o mais estranho nisso tudo é que, num piscar de olhos eu estava lá. Estava lá tanto quando era mais novo, como também quando mais velho. Eu e eu. Só que eu de agora estava olhando tudo de uma distância meio segura, como se ninguém naquele lugar pudesse me ver... exceto aquela presença. Ela. Sua mão, escura e dominada pela sombra, segurava a minha com ternura, como se tivesse me guiado até aquele momento de maneira a atender meu pedido.

Ela conversava comigo. Ela me dizia palavras de sabedoria, fazia a vida parecer efêmera e louca perto de sua sabedoria. Ao mesmo tempo que eu podia ver tudo outra vez, podia ver aquele ritual começando, podia escutar as lamúrias dos servos de Ifrit aprisionados em Gárgulas petrificadas, dispostas em pilares que cercavam aquela região da floresta. Meu outro eu estava num altar. Haviam muitas pessoas ali, todas pareciam reservar muito ódio e o lançavam contra mim. Eu não pude conter as lágrimas em meu rosto no meu eu de agora, enquanto observava aquilo tudo sem entender nada.

— Por que eles tinham tanto ódio de mim? Por que eles queriam tanto o meu mal? Principalmente aquela moça? — Eram tantas as perguntas. Mas Ela não me respondeu, parecia mais focada em ditar sua sabedoria e impregnar minha mente de coisas que eu não conseguia entender muito bem, por exceção de que as palavras que foram ditas lembravam muito de Ifrit e de como ele vivia me dizendo os riscos da nossa existência.

E por falar em Ifrit, naquele sonho(?) - era mesmo um sonho? - eu pude finalmente vê-lo. Demorou para que eu pudesse notar que era ele ali. Estava numa forma muito mais fraca, deplorável, era muito parecido com o amigo Bones, por exceção de que trajava um sobretudo negro. Ele uivou de dor, e eu pude sentir, mesmo tão distante, a sua frustração, o seu ódio. O que mais me deixou surpreso naquele momento foi quando eu vi o encontro de nossas almas. Era como um quadro, duas margens se encontrando, em puro preto e branco. Apesar de nossa diferença de tamanho, nossa luz/sombra era completamente equilibrada. Nossas mãos se ergueram, tocando a palma um do outro. Eu pude sentir seu ódio. Ele pode sentir minha inocência. E uma pergunta ecoou na minha cabeça quando eu vi o que realmente aconteceu, como aconteceu.

— Ele não sabia que isso existia, não é? Ele não conhecia a inocência, não conhecia a bondade. — Disse. E desta vez não precisei de resposta alguma dela. Ela simplesmente ficou em silêncio. Andou ao meu redor e me abraçou pelas costas, me acolhendo. Da mesma maneira que naquele dia em que eu fui possuído por Ifrit, por pouco ela não me levou. Desta vez ela teria sua chance de novo, senão fosse pelo momento em que passei a acreditar que foi o Ifrit quem me salvou naquele dia. Ele confiou em mim, não foi? Eu sobrevivi naquele dia porque ele acreditou naquilo que eu tinha de melhor, não é isso?

[ ... ]

— TRAIDORA! — Meu grito veio num súbito, como uma voz que vem ecoando lá do fundo, ganhando proporção, até chegar aos nossos ouvidos ficando cada vez mais alto. Meus olhos se abriram, eu ainda estava meio tonto, sem entender nada. Minha visão embaçada, notei a presença de alguém ali e sem pensar duas vezes quase avancei nela; — EU ACREDITEI EM VOCÊ, MAS VOCÊ ME ENGANOU O TEMPO TODO! AAAAAHH! — Esbravejei. Senão fosse pela minha fraqueza, certamente eu teria acertado alguns bons socos naquela presença, sem sequer notar que na verdade era o tal Aurélio que estava ali.

Aliás, foi só quando minha visão melhorou e eu percebi que era o Aurélio, que eu notei que tinha voltado ao normal. Bem, não tão normal. Meu corpo inteiro estava esquisito, como se eu tivesse dormido por muito tempo e aquela impressão de ter esquecido algo muito importante. Eu só conseguia lembrar do meu sonho sobre o dia em que eu conheci o Ifrit, e também sobre aquela traidora que me fez acreditar o tempo todo que eu quase morri por culpa do demônio.

Somente quando recobrei a consciência é que algumas peças foram voltando ao devido lugar. Pude lembrar melhor de momentos antes do meu desmaio, lembro de querer ajudar Ho, de ter tentado usar minha própria vida pra isso. Senti meu peito doer, a mão direita logo me acolheu, segurando o peito com força. Olhei pra Aurélio, meio com vergonha por tê-lo atacado agora há pouco, sorri meio desajeitado, tentando esconder a dor e a fraqueza.

— O que aconteceu? Parece que eu... — A dor me fez calar por um instante, fraquejando e caindo de joelhos. — Desmaiei? — Completei, meio perdido.

Off escreveu:- Opa, vlw pelo aviso Serpicao. Realmente eu não tinha reparado que não coloquei essas informações da minha H.E passiva na assinatura. Farei isso o quanto antes. Daqui em diante também farei menções de quando usá-las.
- Usei um pouco das informações que você deu como se fosse a própria Morte falando com o Sean. Ele já se encontrou com ela, anos atrás, quando foi possuído pelo Ifrit. Naquela vez ele acreditou que o Ifrit é que quase o matou e que a Morte tinha lhe salvado, dando-lhe uma segunda chance. No entanto, agora ele viu que foi o contrário. Que foi o Ifrit que reconheceu nele algo que poderia ser mais forte que o próprio ódio. Por isso do surto dele em chamar a morte de traidora. Vou tentar narrar com mais emoção essa decepção do Sean com essa "amiga de longa data" daqui pra frente rs.



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Mensagem por Knock Ter Fev 16, 2016 9:27 pm

Eu tava meio grog, tentei levar o Sean para longe... Até disse para ele esquecer a ideia; para esperar nos, mas quando vi o moleque já estava pálido, suando e com espasmos fortes e antes que eu pudesse fazer algo, Sean já tinha jogado aquilo em mim. Pensei "que merda! Tá tapado, crl?"

Porém a bola de energia viera até mim e me senti bem novamente, me senti capaz... Até lembrei e senti saudades da amada cimitarra que me parasitara há algum tempo... É... Talvez eu tivesse partido antes dela. Até hoje não compreendo se ela tinha realmente uma alma ou se era algo da minha cabeça... Mas os pensamentos ruins não apagavam aquela energia extra.

O ossudo gritou. Como eu notara, ele faria algo, então resolvi esperar um pouco. E esperei e a Morgana esperou -inclusive quando ouvi o nome daquele cara... Aaah que nomes hauhauhauh! Que moça feia- Aparentemente nada acontecera, nem aconteceria, mas quando o grandão virou de costas... Um raio caiu dos céus e "Baaam", " Schiustzius". Luzes para todos os lados, fiquei cego momentaneamente de novo e a terra tremeu, eu tremi. Só pensei: "que loooko hauhauha".

Depois houve poeira e o término da visão clara coincidiu com a poeira. Pensei que quando a poeira cedesse, o grandão estaria lá firme e forte com uma pose foda, mas o que vi me chocou... Vi nada... Nenhum dos dois estavam lá... Só tinha um chamuscado forte... Viraram pó. Meu olhos se arregalaram... Sinceramente não sei se ficará triste por não usar o que Sean se sacrificara para me conceder ou se ficava triste por causa daquele outro jovem... Abaixei a cabeça, cerrei os punhos e vi Vax indo conferir... Peguei Sean e disse:
--Da próxima vez tenta escutar os outros--

Fui seguindo Nic, o qual revelara o seu nome e seus dons artísticos... Rolou uma discussão, mas eu não prestei muita atenção... Talvez o Mic fosse chamariz de confusão... Mas, Vax que se virasse... A verdade é que eu estava mais triste pelo moleque que morreu de verdade daquela vez...

Fomos a um porão... Era para escolher uma caixa; Bonés correu como uma criança e pegou o melhor ao meu ver e depois o outro que eu não sabia o nome foi logo abrindo a outra. Eu abri a primeira... Tinha coisas de mulher... Nada como a cimitarra que havia pegado na sorte "hm", havia coisas que remetiam a uma mulher... Como quase sempre nada que eu pudesse vestir, mas gostei daquela caixa. Pura bobagem minha, mas abri e a escolhi.

Fiquei analisando aquilo por um tempo... Não sabia se encontraria algo que de fato me chamasse a atenção, mas era o que eu tinha para fazer por enquanto; não tornaria a lamentar a pulverização do jovem.

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Mensagem por NR Sérpico Seg Fev 22, 2016 11:09 pm

10. Mundo estranho

Um diálogo de surdos. Bones falou, ninguém respondeu. Sollrac falou com Ho, Ho não ouviu. Miclangelo parecia falar alguma coisa com Vax, que nem prestou atenção.

Mas uma coisa eles escutaram: acima do som da chuva, surgiu o que deveria ser Sean gritando. Praguejando ferozmente. E depois coisas caindo. Vai ver, outro capanga. Vax largou os papeis e subiu as escadinhas.

Lá de cima, depois que viu o que acontecia, ele gritou pra baixo, a título de tranquilidade:
 
Não é nada, não. Apenas molecagem.

Sean tinha despertado nervosão. Aurélio até estava por perto, naquele momento clássico de cutucar quem dorme, pra ver se acorda. A mão quase no ombro do Sean, que de repente abriu os olhos e saltou. Mesmo enfraquecido, derrubou Aurélio, pego de surpresa. Foram cair numa mesa de centro, com uma garrafa vazia, um copo vazio e uns potes de tinta vazios que rolaram de cima da mesa, dando espaço para Aurélio que ficou esparramado, arfando:

Não foi eu!

Ele fez um movimento, empurrando Sean e depois saiu de cima da mesinha. Sean acordou de verdade, vendo um Aurélio de olhos arregalados, ajustando sua roupa sob medida, desamassando o colarinho, quieto, mantendo distância.

Foi Vax quem respondeu:

Desmaiou, sim. Acho que você não tem se alimentado direito. Precisa de umas castanhas. ─ Não dava pra saber se era piada. Deveria ser. Mas o tom era de alguém que saiu do meio de algo importante. Alguém que estava perdendo tempo. Olhou pra Aurélio. ─ Você trouxe um mapa, né? Diga que sim, se não terá problemas maiores do que um colarinho amassado.

Aurélio gaguejou:

Trouxe. Sim. Um mapa. Trouxe. Dessa costa. Costa Leste. Sim.

Vai servir. Vamos lá pra baixo.

Vax deu as costas, voltando para a cozinha e descendo pelo buraco no chão. Aurélio foi atrás... mas bem depois de Sean, mantendo distância.

Enquanto isso, os demais exploravam.  

Ho cheirou os frascos, apenas para constar suas substâncias. O espelho era bem normal, com alguns arranhões que denunciava o muito uso e viajar. O vestido, no mundo dos vivos, poderia valer uma quantia razoável. Era coisa de primeira, nobre. E ainda tinha algum cheiro, cheiro de mulher. E o violino parecia novo, mas claro que não era. Na verdade, um instrumento bem cuidado, talvez limpado constantemente com cera ou qualquer outra coisa que preservava a madeira. Chacoalhou, notou papeis rolando do lado de dentro. Meteu dois dedos entre as cordas, pegou um dos papeis. Desdobrou. Tinha um nome escrito no topo: ISARA. E logo abaixo, grupos de linhas na horizontal com ganchos e pontos espalhados. Um tipo de linguagem. E se Ho um dia teve algum contato com música escrita, saberia que aquilo era uma partitura.

Sollrac analisou o punhal, as letras. Poderia ser um nome, uma dedicatória. Talvez Mic soubesse. Não que isso importasse. Olhando a faca, parecia saída do ferreiro ontem: como nova, jamais usada, fio afiadíssimo. Já a montante (que aliás, ficava com boa parte de si pra fora da caixa) deveria ter seus 1,80m de aço pesado, um palmo de grossura e tão afiada quanto a faca, reluzindo. Aliás, todas as armas daquela caixa pareciam perfeitas. Mas um olhar mais atento denunciaria que elas não eram exatamente novas ─ apenas bem cuidadas. O dono daquelas coisas deveria passar o tempo livre usando a pedra de amolar nos gumes. Mesmo a espada trincada pareceu ter recebido uma rodada de afiação, num passado não muito longe. Uma pena estar quase quebrada.

Já Bones secou a caixa sem pensar. O colete ficou um pouco folgado, talvez pelo fato de Bones ser só osso. Mas o chapéu deu certo, parecia ter sido feito pra ele. Colocou o colar, as presas batendo em seu peito, gerando barulhinhos. Mesma coisa com a pulseira, que tilintava conforme Bones movia o pulso. Enfeites, não notou nada de especial neles. Quanto à espada de prata, ele deu um jeito, através de costuras no colete, de prender a arma nas costas. Não ficou confortável.

Vassoura eu não tenho ─ disse Mic. ─ Serve esfregão? É quase a mesma coisa. E, escuta, que papo foi aquele de “Eu tenho a força”? ─ Esse era Miclangelo tentando, talvez, dar uma chance de amizade para Bones. Talvez.  

Ele, aliás, estava mexendo em suas próprias caixas. Quem olhasse de longe, teria impressão de ser caixas com telas em vários tamanhos, pinturas diversas. E algumas outras com tintas diversas. Mas não parecia procurar algo especifico. Estava só de olho mesmo, passando o tempo, talvez relembrando momentos.

Vax voltou aos papeis, catou alguns, guardou no bolso interno do sobretudo. Depois fez um sinal para Mic, que lhe entregou um saquinho de pano preto. Vax também guardou isso num bolso. Depois olhou para Aurélio, que imediatamente sacou um papel velho.

Venham ver isso ─ disse Vax, para os mortos. ─ Se possível, decorem. Coisas frágeis como papel nem sempre resistem à uma viagem. Tem outro desse, menino?

Mais um. Tem mais um ─ respondeu Aurélio.

Vax abriu o papel sobre a mesa de canto e segurou o lampião perto. Era um mapa, parte de um todo.

Estamos aqui ─ Seu dedo bateu na Redoma do Rei. ─ O Trianguli está nas ruínas da Velha Carcosa, na ilha Chama e na cordilheira Cem Mil Reflexos. É onde vocês irão agir.

***

Assustado? ─ perguntou Morgan, de rebote. Pra quem estava exigindo com pressa, ele até que escutou Balltier. Franziu o rosto ao ouvir o que o homúnculo era: ─ Réu? Tá brincando comigo? Se bem que... você não parece tanto com um segurança. Mas já aprendi que aparências enganam. Você quer me enganar? É isso?

Ainda segurava Balltier no alto. Então escutaram vozes. Como que conversas ao longe, se aproximando. Morgan fez silêncio, de orelha em pé, tentando escutar melhor. Balltier não entendia a linguagem, parecia selvagem demais, com sons de animais em meio as palavras.

Sabe subir em árvore? ─ Morgan perguntou, sussurrando. ─ É melhor que saiba.

Soltou Balltier. Daí caminhou um pouco e subiu numa árvore um pouco distante daquele trecho onde tinham “caído”. Balltier viu, para sua surpresa, que o capanga era ágil o bastante para escalar, como que se fosse um talento de infância, num instante se camuflando nos galhos.  

Descartável, aquelas relações. Até o Pedreira estava lhe deixando pra trás.

Chegando. Um grupo. Se Balltier olhasse na direção do som, poderia ver arbustos ao longe se movendo, conforme o contingente passava. Contingente do que? Não dava pra saber com certeza. Mas Balltier teve um vislumbre humanoide, aquele que vinha na frente: tinha a cabeça branca ao passo que todo o corpo era negro. E usava uma lança.

Estavam indo exatamente pra lá, onde o trovão tinha caído. E a chuva só apertava.

Spoiler:
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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Hummingbird Ter Fev 23, 2016 1:07 am

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— Castanhas? Pelo nome parece gostoso. — Pensei em perguntar do que se tratava, mas, antes mesmo que eu fizesse menção de falar o tal Vax voltou a descer aquelas escadinhas numa escotilha. O que era aquilo? Uma breve olhada ao redor para notar que mais ninguém do grupo estava ali em cima por exceção de Aurélio que ficou meio que pra lá, à distância, como se não quisesse mais contato físico comigo. Mas...eu não fiz nada demais.

Desci as escadas atrás dos demais.

Lá em baixo encontrei o restante do grupo. Que lugar esquisito. Tinha caixas por todos os lados, algumas delas estavam abertas e os demais do grupo pareciam vasculhar o que tinha dentro. Aquilo realmente me chamou atenção, desta forma corri até uma das caixas que ainda estavam fechadas, escolhendo a de número 2. Elas estavam numeradas não é? Bem, ela era um pouco alta. Quase pensei em pedir ajuda para alguém, então eu vi Ho, lembrei pouco a pouco do que aconteceu e isso me fez engolir as palavras a seco antes mesmo que elas saíssem. Senti uma sensação esquisita, meio que parecida com vergonha. Notei também que Ball não estava ali. Realmente senti falta de suas inúmeras perguntas a todo momento, certamente ele compartilharia da minha inocência em horas como essa.

— Ei, que coisinha é essa aqui? — Com certo esforço, a caixa revelou seus segredos para mim e eu pude notar - depois de me apoiar meio que de peito na beirada da caixa - que havia um monte de coisas dentro dela. Em específico puxei um tipo de equipamento que mais parecia retrátil - a luneta -, dedilhando-o pra tentar entender pra que servia. Ao reparar o pequeno buraco em suas extremidades, logo tratei de botar o olho ali tentando descobrir o que tinha dentro. — Uau! Seus ossos são mesmo muito brancos, tio Bones. — Comentei, observando-o. Ainda movido pela curiosidade, logo passei a revirar o restante do que tinha ali dentro. Puxei uma espécie de saco de pele, bem parecido com um cantil d'água, mas este tinha um cheiro esquisito, não era água, definitivamente. Nem me arrisquei a tomar. Imediatamente procurei algum bolso em meu macacão para guardá-lo ou então tentaria amarrá-lo em minha cintura ou de alguma maneira confortável. Puxei também o que parecia ser um cachimbo, este eu conheço, me lembrei do tio Targo que tinha um desses, ou era um dos capangas dele? Isso não importa, também guardei comigo, junto também daquele saquinho de ervas. Acho que eram ervas pelo menos.

— Hmm, essas pedras aqui eu não conheço. — Referia-me às pederneiras. Assim que as puxei, averiguei o objeto mas não passavam de pedras normais pra mim. Ainda assim, na minha atual situação, talvez fosse interessante trazê-las comigo. Por fim tinha um negócio grande ali dentro que parecia um machadinho, mas era meio pontudo. Foi um pouco difícil de tirá-lo da caixa, tive que usar quase todo o peso do meu corpo flexionando-o para traz para então trazer a tal picareta comigo. Me peguei pensando se eu era mesmo capaz de carregá-la ou sequer usá-la. Faria o teste primeiro. Se fosse muito pesada, deixaria de lado. Caso contrário, ficaria comigo.

— Hmm? — Meu semblante então rapidamente mudou com certa surpresa. Eu quase ia esquecendo. Vi alguma coisa brilhar no fundo da caixa e rapidamente me apoiei na beirada de novo para tentar apanhar o que quer que fosse. Quase caí dentro da caixa. No fim consegui pegar, eram duas moedinhas. Aquilo encheu meu rosto de alegria e de um entusiasmo que há pouco estava meio perdido por conta do desmaio. Rapidamente levantei chamando atenção dos demais;

— Ei, ei! Encontrei duas moedas! Hahahaha! Não são lindas? — Alegava, balançando as duas moedinhas com a mão livre. — Vão ser minhas moedinhas da sorte. Posso ficar com elas né? E com as outras coisas também? — Indaguei como se esperasse uma resposta de alguém, afinal, até então eu não entendi direito que tipo de reunião era aquela ali no porão mas também nem fiz questão de entender.

O fato é que no fim das contas, Vax chamou a gente pra ver alguma coisa. Faria um segundo esforço para sair da caixa e então correr até onde ele estava com o tal pedaço de papel, averiguando do que se tratava. Tinha um monte de desenhos, era bem chamativo até. Quando ele falou numa tal ilha chama, logo procurei no mapa pela tal ilha, o que provavelmente também me trazia conhecimento da existência de outras ilhas. Puxa, imaginei como deveria ser divertido viajar por todas elas? E fiquei viajando em devaneios do tipo.

Considerações escreveu:Só fiz menção de pegar a picareta se meu personagem realmente conseguir manuseá-la. Se ele perceber que é pesada demais, então ele deixará de lado. Os demais itens ele tentou guardar no macacão, amarrar de alguma forma, fazer alguma gambiarra, o típico jeitinho brasileiro, se possível é claro.
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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por Kaede Ter Fev 23, 2016 3:29 am

Com Ho não me dando atenção, olhei para a montante a erguendo ainda com uma certa dificuldade e pensei alto.

_Quem sabe com um pouco de pratica eu possa dominar a arte de manusear a montante, como se fosse uma espada normal...?_

Assim voltei a minha atenção para o baú novamente e fui ver o restantes dos itens.

_Vejamos o que temos aqui..._ Observei uma espada, porém a mesma estava com a lâmina danificada, mas me pareceu que com um certo cuidado ainda poderia ser usada, então me equipei com a mesma pensando no que a espada que Bones usou fez, quem sabe o que essa também poderia fazer?
Continuando a pegar os equipamentos achei um par de botas de couro, elas me pareceram ser mais resistentes do que os sapatos de pano, então as observei melhor e as calcei, serviram certinho e não pareciam estar em mal estado. Também uma pedra de amolar estava lá dentro do baú ao lado de uma machadinha, peguei os dois, a pedra guardei em um bolso do macacão e a machadinha junto ao punhal em outro bolso.

A montante ainda estava comigo ao lado de Ho, para ver se ele se interessaria pela “espada de grande porte”. Em seguida olhei a caixa que estava ao meu lado, a de número 3, a arrastei para perto de mim pensando que ela seria do pequeno que não estava mais no grupo, e a abri, ela também estava com algumas coisas que me pareciam interessante.
Fui pegando e as colocando para fora e vendo o que poderia usar... a mochila logo me interessou e junto dela estava um bom tamanho de corda, bandagens e duas tochas pequenas.

_Isso aqui deve ser um tipo de conjunto explorador._ Falei enquanto colocava a corda, as bandagens e uma das tochas na mochila e a usei nas costas.
Depois peguei dois frascos e os observei melhor, um continha um liquido denso, parecia ser óleo e o outro pelo cheiro era álcool, os separei. O baú também continha um lampião que me pareceu ser usado em conjunto ao frasco de óleo e os deixei juntos lado a lado e por fim encontrei flechas, achei estranho, mas não comentei nada, apenas as peguei e as coloquei a amostra para todos verem junto do frasco de álcool e a outra tocha.

_Sean você pode ficar com isso?_ e indiquei o frasco que continha álcool. _Pelo cheiro é álcool, e não tenho muita certeza, mas acho que pode ser usado com essas pedrinhas para fazer fogo._

Assim peguei uma das tochas, o lampião junto com o frasco de óleo, o frasco de álcool que ofereci para Sean caso ele não o tenha pegado ainda, as seis flechas e a machadinha que estava na mochila e as coloquei em algum lugar para que todos a vejam.

_E então, aqui tem algo que lhes interessem? Tem coisas que possa ser útil em nossa empreitada e podemos dividir, pois não temos como levar tudo._

Fiquei a espera de algumas trocas, até que Vax nos chamou para mostrar algo. Ele apresentava um mapa, e pelo seu dedo indicava que estávamos na Redoma do Rei, e pelo que entendi deveríamos ir em três lugares em busca do tal artefato. Pareceu ser uma aventura bem interessante então sorri.

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Mensagem por Knock Ter Fev 23, 2016 5:30 pm

Depois que o menino virou de lado -o que havia falado comigo-, foi que percebi que ele falara comigo... Acho que eu estava com a cabeça no mundo dos vivos, mas quando percebi, chamei atenção dele:

--Perdão, não sei onde estava a minha cabeça. Obrigado pela oferta, mas fui mercenário e soldado, então sei utilizar bem algumas armas.-- Esperei uma resposta e continuei-- Qual é o seu nome mesmo?

A caixa tinha um espelho usado, um pouco arranhado, mas aproveitei para me ver... Não é todo o dia que se encontra um espelho em Lodoss, pelo menos eu mesmo nunca havia segurado um por tanto tempo. Até que eu não era tão feio como dizem dos orcs. Porém minhas presas não eram lá grande coisa, o que me frustrou, mas talvez ainda pudessem despertar e ficar imponentes e fortes.

Eu tava cheio de frasquinhos, apertei a bolinha do perfume; era engraçado hauhauha. Mexi no violino e encontrei um nome que gostei: Isara. "Talvez, um dia, quando eu tiver uma espada digna... Sim... Talvez eu a chame de Isara". Mas eu sentia que já havia encontrado há algum tempo... Lembrar daquela fora inevitável.

O cheiro de mulher... Não sei o que senti... Acho que queria ver quem era... Se gorda, magra; feia ou bonita? Alta; baixa? Careca? Ruiva ou morena? Uma bela negra ou uma branquela pálida?! Ah... Pensar em várias combinações era pura tolice, mas naquele instante me deixei levar. Se " Nic" não estivesse ocupado, perguntaria a ele sobre essa tal de Isara e quem ela fora um dia.

O violino era bonito; me fez lembrar de Leroy-o bardo. O vira tocar com um grupo anos atrás, o qual era um bardo fenomenal e naquele grupo havia um cara com olhos de cores diferentes que tocava bem. Sempre quis aprender, mas meu pai dizia que eu não conseguiria por causa da minha raça. Aprendi contas, talvez ainda possa. Lembrar do sabor do hidromel que tomava com Jack... Uma palavra: Sensacional.

"Ah, morte; oh morte". A adrenalina ainda no meu corpo... Eu não ficaria pensando em como as coisas ocorriam... Talvez eu ficasse louco rapidinho dessa maneira. E eu não queria ficar louco. Louco; loucura. Pensei " quando será que o sol vai deixar meus olhos?"

Pensei na escuridão. Houve barulho lá em cima. Fiquei atento; Vax correu para ver se era o que temíamos, mas era só o Sean acordando... Alívio... Afinal... Quais monstros piores que Morgana não poderiam existir naquele lugar?

Relaxei. Cheirei levemente o vestido. O que será que teria acontecido com ela? Fui tentar conversar com o Mictórium; acho que por isso não gostava deste nome: Mic.

Chovia lá fora como se o céu estivesse sendo forçado... Gritava e esperniava e caíam umas gotinhas... Era triste, mas o que havia de especial na morte?! Mesmo com aquele meu discurso inicial, acho que naquele instante começava a perceber que a vida era melhor.

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Mensagem por Pacificador Ter Fev 23, 2016 8:32 pm

Balltier tentou manter o olhar despreocupado, mas nem mesmo ele conseguia deixar de sentir medo. Sua cabeça e ombro não paravam de pulsar e além de tudo havia contado a verdade, apenas para ter a desconfiança jogada contra ele. Certamente ele não deixou transparecer, como sempre fazia se fechava apenas em pensamentos. Escutou as vozes permanecendo em silencio, tentando compreender, não entendeu nada. Escutou as palavras de Morgan, assentiu, o gigante deixou Balltier próximo ao chão, incapaz de entender o que tornava aquele sons tão ameaçadores, queria sair dali, queria voltar para... Para onde? Estava morto, só agora percebia que não tinha garantia que iria retornar, talvez era para ele estar ali, era o melhor para todos certo? Tentou mover o ombro, respirou profundamente, finalmente sua respiração parecia estava normalizando.


Não sentiu a mesma sensação quando observou as costas de Morgan subindo arvore, aquilo já estava se tornando comum? Se deu conta que seus companheiros e até mesmo seus adversários estavam abandonando, descartável. O Homúnculo deu um ultimo olhar para a arvore de Morgan, executou um sinal; esquerda, direita completando em um circulo perfeito. Era sua escolha. Caminhou até a arvore queimada pelo o raio, suas vestes estavam pesando, respiração normal, sentia a garganta seca, a chuva não cessava, era como se pelo menos alguém estivesse chorando por ele, tantas coisas para processar em tão pouco tempo deixavam o garoto deprimido, certamente tinha sede de aprendizagem, mas de nada adiantava se não encontrasse um professor para guiar sua mente, se sentou encostando as costa contra o tronco queimado.

Ficou ali esperando pelos humanoides, razão? Nenhuma, ainda queria viver, mas para Ball que tinha não tinha nem mesmo uma década de vida, estar frente a frente com seja lá o que era, era seu objetivo. Inconsequente e confuso, este era o Homúnculo Balltier. - Quem é você? - Concluiu. A primeira vista não se deixou levar pela aparência, isso para ele era a ultima coisa a ser avaliada.

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Mensagem por Hummingbird Qua Fev 24, 2016 1:42 pm

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Não antes de ter minha atenção roubada mais uma vez, agora, por Sollrac, o único que mais chegava perto da aparência de um homem comum em nosso grupo. Quero dizer, só lembrei de seu nome agora quando este chamou por mim, oferecendo-me o que parecia ser mais um frasco de alguma coisa, não sei dizer ao certo o que era. Tentei apanhar o objeto, se eu conseguisse segurar ele junto de todos os demais, é claro.

Considerando o pouco espaço das coisas que conseguia carregar na mão e as que conseguiria guardar no bolso, é eu estava meio enrolado. A prioridade era guardar as moedinhas o cachimbo e as ervas no bolso. Os demais eu tentaria levar na mão, se possível. Mesmo assim ainda encontrei certa dificuldade em segurá-los todos e aquilo já estava me deixando meio perdido.

— Por acaso algum de vocês não tem algum saco ou bolsa pra mim não né? — Indaguei inocente, tentando chamar atenção de algum dos que estavam ali presentes. Caso conseguisse, faria menção do monte de coisas que eu segurava com os dois abraços abraçados na altura do peito.

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Mensagem por Bones Qua Fev 24, 2016 11:14 pm

Sua pergunta pensando no bem do grupo e aproveitar o potencial de todos os itens dividindo-os entre o grupo acabou se mostrando frustrante, pois foi simplesmente ignorado, nem mesmo olharam para ele. Meio cabisbaixo, procurou dar um jeito de diminuir os barulhos de seus itens ou então teria que guarda-los de outra forma. Estava terminando de arrumar as coisas que pegou quando ouviu o comentário do pintor e riu na mesma hora.

- Hahahaha não aguentei naquela hora. Não é todo dia que alguém tão forte e musculoso quanto eu pode se dizer mais forte do que um capanga pedregoso que se vangloriava de sua força e resistência hahaha Bom... Nunca ouvi sobre alguém voando num esfregão,sabe... funciona ou vai dizer que só serve de transporte na água? hehehhe

Nem se importou muito se era falso ou por educação o que o pintor falou, mas foi engraçado e deu uma resposta a altura, preferindo aproveitar o momento, uma vez que não fazia ideia quando seria a próxima vez que poderia rir despreocupadamente. Ouviu também o comentário do garoto sobre seus ossos, preferindo tirar sarro da ingenuidade dele.

- E você sabia que anões tem ossos escuros como rochas e os dos elfos são brilhantes igual maquiagem de dançarina? Eles levaram essa ideia de "beleza" longe de mais... hehehe

Iria fechar a caixa e deixar o mangual encima da caixa, para caso algum de seus companheiros se interessasse em sair dali com alguma arma extra. Enquanto isso, iria começar a poupar suas energias, acalmando seu ritmo e aos poucos deixando de dar importância ao redor, "fechando seus olhos", coisa que quem o observasse veria que as pequenas luzes de seus olhos diminuíam significativamente o brilho, quase desaparecendo, procurando meditar conforme podia, para recuperar um pouco mais de suas forças e acelerar sua cura.

Ouviu Vax chamando, mas preferiu não se mover por enquanto, não até um mínimo de energia ser recuperado, procurando apenas decorar os nomes e imaginar que tipo de lugares poderia ser as ruínas, a ilha e a cordilheira. Só depois de um mínimo restaurado é que iria mais apressado ver por último o mapa antes de partirem, olhando alguns pontos de referência.

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Mensagem por NR Sérpico Ter Mar 01, 2016 10:55 pm

11. Do céu

Eu não estava lá, fiquei com o grupo. Soube dessas coisas só depois. E devo dizer que foi uma ação deveras... interessante.

Balltier ficou de boa. As vozes se aproximando, Pedreira dando um último sussurro nervoso, e Balltier quieto, sentado nas pérolas. Pérolas. Sim, notou só agora, principalmente pelo fato da maioria ter ficado chamuscada e derretida com o relâmpago. O chão, aquele mesmo chão onde um monte de pedrinhas pontilhou suas costas de quando foi golpeado, era repleto de pérolas num tom púrpura profundo, digamos. Espalhadas pela terra, esparramadas ao redor, reluzindo de leve conforme algum raio nas nuvens.

Os sujeitos chegaram.

Parece que avistaram Balltier de longe, abriram a formação, se espalharam pelo perímetro, apareceram de todos os lados, grande experiência na caça. Balltier, costas na árvore. Viu homens de pele negra, tatuagens tribais nos braços, pernas, peitos,, pescoços, onde fosse visível, vestindo couro, peles de animais, crânios velhos sobre as cabeças, como elmos. O líder tinha um crânio do que deveria ter sido um urso. Armados de lança, outros de arco e flecha. Eram, ao todo, 14.

Olharam o ambiente, a árvore, o solo chamuscado, as pérolas chamuscas, e só então Balltier. Claro que estavam atentos à ele, mas talvez já olhassem para Balltier como uma presa derrotada. Mas havia algo de errado neles. Um alarme em seus olhos, gestos. Eles se entreolhavam, menos o líder, que ficava com os olhos na árvore queimada. Houve alguns sussurros animalescos entre eles, uma arara falando com um roedor falando com uma coruja. Uma conversa tímida. Até o momento do líder olhar firme para Balltier e... se abaixar sobre um joelho. Pousou a lança na terra.

Instantaneamente, os outros repetiram o feito. Soltaram as armas e ajoelharam perante Balltier, cabeças baixas em reverência.

Aquele Que Veio do Céu, Filho da Tempestade ─ saldou o líder e então respondeu Balltier: ─ Eu sou o Predador da Caverna, do clã Veitie. E nós o honramos em nosso humilde altar e agradecemos sua vinda. Sua presença é mais do que aguardada. Seus milagres, mais do que necessários.

Daí se agacharam mais, testas no chão, murmurando um tipo de cântico.

***


Vax:

Vamos primeiro para a Velha Carcosa. Tá mais perto. Hora de ir. ─ E subiu.

Miclangelo foi apagando os archotes, todos subiram. O Pintor, antes de fechar o galpão, tocou em alguma coisa, no ar, na escada, não dava pra saber, gerando, de novo, uma luz breve, verde. Daí fechou o lugar. Saíram da cozinha, foram para a sala. Vax observou lá fora.
 
Antes:

Sean estava um tanto fraco, adrenalina no chão, mas ergueu sem problemas a picareta, que deveria ter 1 metro apenas. Só não sabia dizer se seria capaz de dar um bom golpe com aquilo. Mas quem disse que ia precisar? Povo prevenido, hm.  

Quando o menino falou das moedas, tanto Vax quando Mic olharam pra ele. E depois se entreolharam, um segredo invisível cruzando o ar. Olharam de novo para Sean, as moedas nas mãos dele. Vax deu de ombros e Mic disse:

Pode ficar com essas coisas. Só lembre-se que está em débito comigo, hm? Isso aí era tudo meu.

Sean guardou as moedas no bolso. O cachimbo também coube lá, ficando com uma pequena parte pra fora. E tudo ficou bem apertado quando o estojo das ervas entrou. Claro, se guardasse só as plantas, descartando o estojo, aí sim ficaria ideal. Mas o estojo talvez fosse importante para a conservação das ervas. Talvez. Já os demais itens, ele teve de segurar nas mãos.  

Sollrac já não sentia nenhum resquício de dor, seu corpo já não guardava memória do golpe que levara minutos atrás. Mal percebeu a recuperação espontânea, tão entretido que estava em calcular a montante. Teria de ser com as duas mãos, e não poderia deixar um inimigo se aproximar muito, sempre mantendo distância. Fora isso, talvez conseguisse desempenho parecido com o que teria usando uma espada normal. Quanto ao mais, trocou os calçados, guardou a pedra de amolar no bolso e manteve numa mão o punhal, a machadinha e a espada trincada, excepcional trabalho de equilibrista, enquanto que na outra mão segurava a montante. O que poderia lhe salvar seria a mochila, da caixa seguinte. Nela, poderia guardar as armas e ainda ter espaço para os itens que selecionou ─ pois era uma mochila grande e resistente: deveria ter um metro e meio, de modo que, colocada nas costas, dependendo do tamanho do viajante, passava do quadril. E era bem costurada, alças com tiras de couro, dois bolsos de cada lado e a boca principal laçada com uma corda pequena.

Ho devaneava sobre muitas coisas, talvez finalmente pesando a morte numa balança. Mexer naqueles itens talvez tenha acendido (ou apagado) algo nele. Aquela adrenalina ainda pulsava em seu peito, força nos braços, mas aos poucos sufocada pela estranha e súbita melancolia. Mas ninguém pareceu notar seu comportamento incomum, cheirando roupas alheias e lendo papéis dobrados. E ficou lá, mesmo quando Vax o convocou.

O mesmo fez Bones, parado que nem morto. Antes, troçou. Miclangelo riu, mas pareceu uma risada forçada. Então o ghoul mergulhou num transe impenetrável. O dano que recebera antes já não lhe afligia. Já a meditação, foi breve, pois logo teve de deixar o lugar.

Ei, vocês dois ─ disse Vax, mas desistiu. Que vissem o mapa depois.

Sean perguntou por uma sacola. Mic deu uma sugestão.

Eu tenho isso ─ meteu a mão numa caixa e puxou uma bolsa de cintura, coisa pequena, simples e velha, toda manchada de tinta seca. ─ Tá novinha, olha só!

E depois disso saíram de baixo da terra. Vax parecia conversar algumas coisas com Mic. Depois de um tempo ele decidiu:

Estamos saindo. A chuva abrandou. ─ Vax talvez estivesse com pressa. Somente talvez.  

E foi, e foram. Grama encharcada, a água atravessando os calçados de pano, Sollrac imune graças as botas. Vento úmido de todos os lados, forçando o apertar dos olhos, Bones imune graças ao chapéu. E ainda chovia, o aguaceiro caindo impiedoso, açoite gelado. Não se sabe onde que tinha abrandado. Talvez apenas nos rugidos dos trovões. Desceram a colina, verde em todas as direções. Caminharam firme, Vax mais a frente, sem querer muito papo, talvez ainda chateado com a pulverização do Balltier.

Depois de um tempo, um denso manto verde começou a se destacar no horizonte. Floresta, árvores, como as do mundo dos vivos. Dali sentiam o cheiro silvestre, mesmo de baixo da chuva. E estavam longe, veja só, bem longe, no entanto já interpretavam a floresta e lhe pegavam o cheiro. Deveria ter árvores realmente grandes para que fossem avistadas à estádios de distância.

Os seres da floresta ─ Vax gritou contra o vento. ─ são amigáveis, mas poderosos. Não façam nenhuma besteira. Melhor que nem falem nada.  

Tolo, aquele Vax. Falando como se o grupo fosse formado por crianças levadas. Conselho totalmente desnecessário. Eles sabiam se comportar, com grilhões ou não. Certo?

Andaram bastante, mais uma hora de luta contra o tempo ruim, e nada de chegarem na floresta. Miragem? Não, o cheiro só fazia ficar mais forte ─ era do tipo que limpa instantaneamente qualquer narina constipada e purifica os pulmões carregados.

Agora sim ─ perto, já dava pra definir o desenho de galho altos.

Chegaram, a chuva ainda na briga, mas ali, levemente rebatida pelos galhos e folhas das enormes árvores. Árvores do tamanho de torres, imensas massas de madeira perfurando o solo, raízes monstruosas. Havia árvores em tamanho menores também, mas a grande maioria do mar verde era formado por centenárias colossais.

Vax tinha um passo incansável. Mesmo ali, tendo de desviar de sulcos e raízes, ele andava como velocista. Aurélio e Miclangelo caíram um pouco de rendimento, lutando pra acompanhar.

Mic:

Ou, Vax, vamos parar um pouco?

Nada disso. ─ Foi a resposta, geral, pra qualquer um que sugerisse o mesmo.

Bones estava sossegado, já acostumado a ser incansável por causa da maldição sobre seus ombros, mas o restante do grupo sentiu o ritmo pesar suas pernas. Claro, o problema não estava em seus corpos, mas na mente, que ainda carecia de adaptação, e aquele primeiro exercício estava forçando os neurônios. Resumindo: se sentiam cansados pela soma dos ventos e da chuva pesada com o caminhar rápido por quase duas horas, desde que deixaram a cabana. Cinco minutinhos de parada, um alongamento, uma espremida nas roupas encharcadas ─ coisas assim pareciam muito importantes para eles no momento.

Mas Vax continuava.

E ali se deu uma pequena e breve divisão do grupo: Vax continuou, se embrenhado rápido pela floresta, sem olhar pra trás, ao passo que Mic parou e se recostou numa raiz tamanho família. Aurélio foi heroico ao seguir Vax, correndo num fôlego último, saltando obstáculos naturais e ao mesmo tempo mantendo a bolsa meio protegida da chuva.

E os quatro?  

O céu ia ficando mais escuro, mas não por causa de nuvens. Noite à porta.

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Mensagem por Hummingbird Qua Mar 02, 2016 9:58 am

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Me peguei divagando por um tempo em relação àquelas moedinhas. Apesar de estar quase sempre absorto dos detalhes, tive uma sensação estranha como se fosse desconfiança quando vi a entreolhada que o senhor Mic e o tal Vax fizeram. Tudo por causa de duas moedinhas? O que tinha demais nelas? Criança é um bicho curioso mesmo. Não consegui mais tirar aquilo da cabeça. Fiquei um bom tempo tentando estabelecer alguma ligação dessas moedas para com a situação; teriam algum valor? Será que diferente do que eu imagino, elas poderiam valer mais do que todos os itens e equipamentos que encontrarmos nesses baús? Eu não sei, mas era muito legal imaginar tudo isso.

Seres da Floresta

Acordei quando ouvi o comentário de Vax. As coisas lá atrás, ainda na casa do pintor, terminaram cedo. Fiquei muito satisfeito coma  bolsa que me foi oferecida pelo senhor Mic, acreditei ser o suficiente pra guardar os objetos mais espaçosos que encontrei, sendo eles; o estojo com ervas, a luneta, as pederneiras, os frascos com óleo e tudo mais. O odre com a bebida de cheiro forte que ainda não identifiquei eu tentei amarrar em algum canto do macacão, talvez conseguisse fazer um buraco com as unhas, meio que esgarçar o odre tentando puxar um fitilho deste e passar pelo buraco, amarrar ali...não sei, minha ideia era tentar deixá-lo acessível mas não frágil. Caso não conseguisse, guardaria-o na bolsa que me foi dada por Mic. Não parecia muito espaçosa mas já era alguma coisa. Inclusive deixei-a bem presa na cintura, bem acessível também. Já o cachimbo e as moedas permaneceriam no bolso do meu macacão. A picareta, por sua vez, trouxe na mão mesmo, trocando entre uma mão e outra, dedilhando-a, brincando com o objeto. Realmente estava me afeiçoando a ela?

— Droga...essa chuva ta me deixando ensopado. Vocês não tinham uma capa de chuva não? — Perguntei para Aurélio durante a caminhada. Sendo ele um dos membros daquele lugar talvez soubesse melhor sobre o porquê da escolha das roupas ter resultado num macacão e sapatos de pano. Por vezes eu tinha que espremer um pouco ali, chacoalhar aqui, tudo pra escorrer a água que se acumulava e deixava o macacão cada vez mais pesado. A chuva por sinal não dava trégua. Fiquei muito feliz quando entramos em terreno da floresta por dois grandes motivos; 1 - a chuva parecia não surtir mais tanto efeito e 2 - me lembrou bastante da Floresta da Tortura, lugar que apesar de tudo eu considero como casa.

— Eu costumava viver num lugar parecido com esse, sabem? Chamam de Floresta da Tortura. Era muito legal apesar do nome. — Comentei, apenas por falar mesmo. — Aliás, ei, tio Vax, ainda estamos muito longe? — Decidi aproveitar a conversa para perguntar quanto tempo até a tal Velha Carcosa. As informações que vi de relance naquele mapa ainda não estavam totalmente fixadas na minha mente o que me deixava um pouco confuso em relação a distância. Por isso perguntei.

O problema é que daquele ponto em diante, acompanhar Vax tornava-se cada vez mais difícil. Era incrível, mesmo eles nos dizendo que estamos mortos, eu senti cansaço. Senti meu pulmão arder por falta de ar, senti minhas pernas um pouco doloridas apesar de estar acostumado a andar em terrenos assim. Talvez fosse por culpa daquele desmaio de antes, nem eu entendia muito bem o que estava acontecendo comigo. Senti falta da sopa da tia Sally naquele momento, sempre me dava tanta energia.

Mic também não parecia ter muito fôlego, vi meio de relance quando ele parou e se encostou numa árvore. Rapidamente parei minha caminhada e fui até ele, mesmo correndo o risco de deixar os demais passarem. Notei que Aurélio, apesar da aparência franzina, também seguiu acompanhando tio Vax quase no mesmo passo. Esquisito. Eu podia jurar que ele era do tipo que a essa hora já estaria botando o coração pra fora?

— Ei senhor Mic, está bem? — Indagaria, aproximando-me dele. Neste momento lembrei do meu odre com um líquido com cheiro forte e que por sua vez me trazia lembranças daquela mesma bebida que o tio Targo nos ofereceu noutra aventura de minha vida. Realmente ela ardia bastante mas, se bem me lembro, era bem forte. Talvez forte o suficiente pra ajudar o senhor Mic. Minha intenção então era oferecer um pouco da tal bebida para ele, mesmo sem ter certeza se era mesmo vinho ou não. — Beba um pouco, você parece bem cansado. Aliás, também estou... não imaginava que Vax era tão rápido assim.. — Comentei, meio que arfando.

E então ficaria ali para disposição do senhor Mic. — E obrigado pela bolsa, serviu direitinho! Hahaha! — Completei, mostrando a bolsa na minha cintura.

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Mensagem por Pacificador Seg Mar 07, 2016 3:02 pm

Então o garoto esperou. Ficou ali sentando com a cabeça pousada em seus joelhos, estava encolhido, queria correr, mas já estava desanimado. Apenas agora parava para perceber aonde estava, olhou em volta. Perolas; conseguiu identificar, eram purpura uma coloração que particularmente o Homúnculo gostava, então eles chegaram.

Se espalharam ao redor da área , Ball não entendia o por que daquela movimentação. Observou com curiosidade, negros e tatuados, não tinha nenhum conhecimento sobre algo similar, nem mesmo em Lodos ele detinha um conhecimento comum sobre as coisas. Ele continuo sentado, encarando as vestimentas dos nativos, eram tão diferente de tudo que ele já havia visto, eles eram naturais de uma maneira estranha, pertenciam aquela terra. A linguagem entre eles eram algo novo para Balltier, animalesco, de fato no entanto uma forma de comunicação a sua maneira.  Assim encontrou o olhar do líder, mas não por muito tempo, ele logo em seguida se agachou em um joelho, os demais fazendo o mesmo movimento, o garoto franziu a testa, não entendia e não tinha a menor ideia do por que daquilo. Então a voz do líder explicou o motivo daquilo tudo...

A primeira coisa em sua mente seria a descrença, mas de alguma forma conseguiu compreender que era real, não tinha razão para duvidar dos acontecimentos, estava claro que ele veio do céu, olhou para as pessoas ali prostradas no chão em um cântico, ficou em silencio esperando eles terminarem, mas suas duvidas o golpeava violentamente, deveria perguntar, deveria se perguntar, deveria responder e acabar com o mal entendido. Voltou sua atenção para o líder tentando explicar a situação. - Eh? Sim, eu realmente vim do céu, mas eu não tenho pais... - Tentou manter a logica de em seu pequeno conhecimento, ser considerado filho da tempestade, era algo que nunca e ninguém havia contando para ele. - Eu vi este mundo das nuvens, criaturas malignas, pessoas caminhado acorrentadas vindo do leste, barqueiros de mantos negros. O mar azul, depois negro violento desmembrando embarcações, mas ainda sim, mesmo com os gritos  outros seguiam pelo mar negro.- Parou, estava falando queria resposta, queria entender o motivo de estar ali. - Eu vi uma ilha, sentir algo poderoso, mas não parei nela, eu seguir, então algo me puxou. - Ou o poder tinha acabado, pensou logo em seguida continuou. - Eu não entendo, logo em seguida estava aqui, como se tudo fosse tão real, mas então o Morgan me atingiu com um soco, não entendi, mas parecia que ele não percebeu nada. Ele ficou assustado, quem são os Veitie? Por que o Morgan avisou para eu correr, vocês são perigosos? Eu não queria destruir o altar de vocês, eu juro.- Parou de falar, queria respostas, claro entendia que de alguma forma tinha sido salvo do ataque do senhor Bones, mas ainda sim queria respostas.

Então olhou para o céu, esperando uma afirmação, realmente era um filho da tempestade? Sempre fora descartado como obsoleto ou como incapaz de fazer as coisas mais comuns pela falta de conhecimento. - Onde eu estou? E quem são vocês!- Começou a respirar pesadamente, seu coração batia acelerado, estava morto, ainda tinha coração, confuso, não devia pensar que estava morto, já tinha se adaptado a tal realidade.

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Mensagem por Knock Ter Mar 08, 2016 8:41 am

Não sei o que deu em mim naquele momento. Ainda sentia a euforia do que Sean me havia feito, mas a melancolia estava cada vez maior. Deixei o instrumento de lado, assim como as coisas que pertenciam ao outro ser que as usava, assim como, os frascos e as roupas. Nada me servia ali, além disso, não queria ficar em dívidas com "Nic"; meu pai me ensinou que todo mal pagador é um excelente cobrador, além disso, nada fora informado sobre preço.

Minhas idéias vagaram naquele pequeno local. Vi os mapas e fui perguntar, mas por algum motivo as palavras não saíram da minha boca. Motivos?! Não... Só devaneios e lembranças que me despertavam a vontade de voltar à vida e aproveitá-la. Naquele instante eu questionava a minha entrada no exército; me vinha vontade de conhecer a terra, a conexão entre raízes; sentir o ar subterrâneo que muitos falavam que corriam debaixo dos pés daqueles que pisavam no solo da ilha. Queria sentir meu coração pulsar. Eu tinha de pegar esse tal de trianguli. Essa missão não poderia falhar.

Subitamente saí do meu pseudo transe, cerrei os punhos e comecei a caminhar rápido seguindo Vax. Depois de umas horas caminhando rápido fiquei cansado, o que era de se estranhar, mas forcei e continuei. Confiei à minha habilidade o direito de me manter íntegro sob qualquer circunstância e continuei.

A paisagem pouco mudara. Tentei lembrar do mapa, lembrar de uma floresta que se aproximava. Continuei. Foi a alertado sobre as criaturas fortes que haviam lá. Talvez fosse como aquela floresta grande, ou seja, era só mostrar respeito e dignidade que coisas ruins poderiam ser evitadas, então assim faria... Mesmo que fosse provocado, resistiria ao máximo.

Vax andava rápido... Não era de se duvidar que tínhamos pressa, tentei segui-lo. Acho que não ficaria para trás. Talvez o grupo já tivesse atrás, mas esqueci de olhar para trás com Vax andando daquele jeito. Só continuei andando, ouvindo uns reclamarem. Mic não parecia ser de lá, mas agora não perguntaria nada. Só seguiria tentando observar as coisas ao redor, preparado para as coisas que poderiam acontecer. Acho que o que Sean me deu também me ajudava bastante, então continuei.







>off: esqueci de perguntar mesmo, Gm. Hauhauhah. Viajei. Dorgaz. Hauhauhah. Em todo o caso, minha H.E 1 está ativa constantemente, então dá pra continuar de boa -eu acho- heuheuh. Vlw. Heuheuh e<

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Mensagem por Bones Qua Mar 09, 2016 10:24 pm

Quando finalmente estava conseguindo colocar sua mente focada novamente em se recuperar e começando a sentir aquela sensação tão agradável de ter suas energias energias retornando, foi subitamente puxado de volta a realidade por Vax, o chamando para andar logo e ver o mapa. Foi um incomodo, mas nada muito grave, apenas queria ter tido um pouco mais de tempo.

Mas tempo parecia que era algo que não haveria ali, pois o grupo se colocou a andar, cada qual carregando seus pertences. Bones provavelmente era o único que parecia se divertir um pouco com o som que sua arma recém adquirida fazia em seus ossos, coisa que as vezes procurava disfarçar e outras fazia questão de deixar o som chato e irritante soar, apenas para ver a reação do grupo que parecia um tanto desconexo, ninguém falando com ninguém, exceto em raras exceções...

A viagem prosseguia e curiosamente percebeu algo que não lhe fez muito sentido: se todos estavam mortos ali, por que o grupo estava ficando cansado? Esqueceram de avisa-los que mortos não cansam, comem ou dormem? Não, realmente haviam avisado, mas não parecia ser esse o caso, parecia mais que suas mentes ainda estavam impregnadas pelas carnes que um dia vestiram em vida, coisa que ele próprio por ter "surgido" um esqueleto a tanto tempo já nem sabia qual era a sensação.

Mas então alguns foram diminuindo o passo e logo alguns decidiram parar, enquanto Vax e Ho continuaram. Decidiu continuar também, não precisava de cuidados ou descanso e aquele que mais sabia sobre o Trianguli era o próprio Vax, então era melhor não perde-lo de vista, pois ardiloso e traiçoeiro como era, seria sempre bom manter os olhos nele, além de ter uma oportunidade de conversar um pouco mais avontade com ele.

- Vax, aproveitando que estamos em particular... Ho, tape os ouvidos hehehe... Então, voltando... Há alguma chance real do tribunal cumprir com o que nos foi oferecido? Pela reação deles julgo que o Trianguli é importantíssimo, mas se existe um tribunal, então deve existir alguém superior a eles, não? Esse superior aceitaria essa barganha que fizeram conosco? Tenho a impressão de que tal historia não acabará muito bem para nós, basta ver naquilo que me tornei, um bom exemplo do que acontece com quem desafia A Morte hehehe... e é justamente nesse ponto que gostaria de conversar em particular com você uma outra hora, sobre garantias e serviços... hehehe

Novamente reafirmando sua natureza, Bones não era nenhum tipo que se destacava fisicamente, exceto quando se tratava em assustar os outros, mas intelectualmente ele sempre procurava ficar atento e ver um pouco mais adiante do que a maioria, tentando antecipar alguns passos e quem sabe se preparar para as possibilidades do que poderia ocorrer, seja para melhor ou para o pior, e principalmente vendo o que era necessário fazer para alcançar seus objetivos, pois sabia que tudo havia um preço então era bom escolher atentamente qual preço estava disposto a pagar e se o beneficio valeria a pena, nem que pra isso precisasse barganhar com uma serpente como Vax.

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[Comum] Considere-se morto - Página 2 Empty Re: [Comum] Considere-se morto

Mensagem por NR Sérpico Qui Mar 10, 2016 6:47 pm

12. Jogos

Ho e Bones firmes seguiram a Vax que, em determinado ponto se virou para dizer algo e só achou metade do grupo. Não gostou do que viu. E pareceu cansado de um jeito esquisito. Eles se lembravam de tê-lo visto assim uma vez, de quando retornou ao quarto, lá na Antessala da Morte. Suando, com a aura de medo reduzida.

─ Certo então ─ ele disse. ─ Vamos esperar os molengas.

Daí escutaram um sussurro no mato. Algo esquisito, algo assim:

?ieRodsetnatisiV ─ Ecoando por entre as enormes árvores.

Ao que outro respondeu:

éoãniuqadohlemrevosonemoA!rebaslicífiD.

E nem deram tempo para Vax explicar o que era, ou Aurélio desejar caminhar pra longe: apareceram, dois adolescentes gêmeos de loiros cabelos longos, vestidos no verde de casacões velhos e calçados nos chinelos marrons de couro. Surgiram de trás de uma árvore, como se escondido o tempo inteiro estivessem. Sorriram, felizes demais, e fizeram saudações exageradas aos quatro. Depois matraquearam como se fossem um só:

─ Olá viajantes!

─ Bem vindos ao nosso reino!

─ Aqui, a todos que passam devem pedágio pagar.

─ Mas não se preocupem, pois dinheiro não é o real pesar.

─ No nosso reino dinheiro não tem poder.

─ Apenas histórias admiramos pra valer.

─ Falsas ou verdadeiras, não queremos saber.

─ Apenas escutá-las é o nosso dever.

─ Mas satisfatórias no mínimo deve ser.

─ Conte-nos uma que começo, meio e fim deve ter.

─ E passar pra fora da Redoma ainda hoje irão fazer.

─ Desde que os estrangeiros assumam esse dever ─ E este, assim que terminou, apontou para Ho.

E o outro, óbvio, esticou seu dedo na direção de Bones.

Aurélio se afastou um pouco e Vax tirou o chapéu da cabeça lisa. Olhou para Ho e Bones e explicou com calma:

─ Eles querem que vocês contem uma história qualquer. Podem fazer isso, ou só entendem de socos e chutes?

Os gêmeos atentos ficaram, impacientes para escutar dos dois uma história qualquer. Pedágio era e dos “estrangeiros” deveria vir.

***

Sean, quando falou com Aurélio, recebeu apenas um muxoxo de confirmação, de que não, não tinham capa de chuva. E nada mais. Pelo jeito não ia conseguir muita conversa com o arquivista, ao menos não por enquanto. Que seja, o fato é que agora Sean estava de papo com Mic.

─ Obrigado ─ Mic aceitou a bebida. Deu uma cheirada antes, fez uma cara de sei lá o que é isso, e deu uma golada. ─ Bom ─ disse, apesar da careta. ─ Muito bom. Obrigado mesmo. Já até me sinto melhor. Nossa. Me sinto bem melhor.

E parecia mesmo. Revigorado. Deu outra golada, e Sean teve de pegar o odre de volta, se não Mic poderia secar tudo ali e agora.

─ Vax deve estar com pressa porque não é ele mesmo. Deve ser uma das peles, hm.

O que? Mas então outro alguém na cena:

─ Ei, você aí. Sem ser o tio Miclangelo, você jovem bonitinho. Sabe fazer contas?

Sean olhou na direção, lá pro alto de uma árvore. Essa era uma árvore de tamanho normal, o que ainda assim significava mais de 30 metros de altura.

A menina estava sentada num galho, pés a balançar - exatamente como Sean, de quando esteve acorrentado. Ela soltou um riso quando os olhares se deram.

─ Sabe fazer contas? ─ perguntou outra vez. Deveria ter a mesma idade que Sean, pele bronze com cabelos escuros. Olhos grandes e divertidos, duas amêndoas. Vestia vestido roxo, um cachecol branco laçando o pescoço. Os pés descalços balançavam e na meia luz do fim da tarde a pulseira de ferro num dos tornozelos reluzia. ─ Tio Mic eu sei que sabe, mas bem pouco – ela pôs a mão de lado sobre a boca, como se contasse um segredo sussurrado: ─ Ele não soube resolver nem o “Problema dos Vendedores de Melão”. ─ Daí deu uma piscadinha para o Mic e riu.

─ Ah, você ─ bufou Mic. ─ Sabe, acho que não temos muito tempo para seus joguinhos.

─ Apenas um, vai ─ ela pediu, balançando os pés. E nem esperou, apenas começou a falar, divertida: ─ Jovem bonitinho, vamos supor que você é um viajante e tem 1 cavalo. Vai andando pela estrada e encontra 3 irmãos discutindo. Eles pedem sua ajuda para resolver um problemão de herança. Acontece que o pai deles deixou de herança 35 cavalos, sendo sua vontade que a metade do todo ficasse para o irmão mais velho, um terço para o irmão do meio e um nono para o mais moço. Mas como pode ser? Metade de 35 cavalos é 17 cavalos e meio! O jeito seria partir ao meio um dos cavalos? E a partilha dos outros irmãos também não dão em números exatos. Como resolver o “Problema da Herança”, jovem bonitinho?

***

Sollrac caminhou, nem ficando pra descansar, nem seguindo de perto Vax e os outros. Apenas continuou num ritmo próprio, atrás dos rastros. Entre a mata, teve certeza que estava alcançando alguém. Talvez Aurélio, talvez Bones. Essa pessoa estava parada e quando Sollrac chegou numa distância em que já interpretava bem desenhos e formatos, percebeu que não era alguém que conhecia.

Primeiro por que o cidadão cantando estava. Segundo por que era uma mulher e não havia mulher no grupo. O manto lhe cobria da cabeça aos joelhos, fechado, de modo que não se via nada dela. Só do joelho pra baixo, claro: os pés descalços sujos na terra molhada, sujos mas de algum modo confortáveis, acostumados. Unhas pintadas de rosa.

Bela voz, algo que se Sollrac um dia se familiarizou com nomenclaturas de tonalidades, pensaria naquela como um mezzo soprano. E era noutro idioma, de modo que Sollrac nada captava de seu significado. Mas parecia triste, um lamento.

Então ela parou o canto e se virou e mesmo assim pouco podia ser visto do seu rosto: o queixo, os lábios, os cabelos castanhos encaracolados ao redor do pescoço.

Os lábios sorriram, gentis.

─ Gosta de música? ─ perguntou, como se soubesse que Sollrac estava por perto, sem necessariamente lhe olhar nos olhos. ─ Três cantos tenho aqui e queria que os escutasse e me falasse o que acha.

Coisa estranha, aquela abordagem. Mas de algum modo Sollrac escutou. Como se realmente estivesse curioso, se não pela letra, pela voz.

O primeiro canto foi assim:

”Ela e ele opostos são,
Ela morta e ele não.
Ela corpo e alma tem,
Ele, mente somente vem.
Ela jornadeia sobre os pés
E ele no ar encontra viés.
Aquele de ossos entre eles estará
Melhor ficará depois que o Trianguli pegar!”

Soou, novamente, como um lamento. Diferente do segundo canto, já engatado, que saiu da boca dela com mais energia e vibração. Foi assim:

“Aquele que meio é, inteiro será.
Mas na completude se perderá.
E quem poderá lhe obliterar?
Amigos e família não reconhecerá!
Apenas a linguagem do matar entenderá!
Quem ele será?”

E pausou. Um respiro, e então o terceiro canto:

“Canto eu pela terceira vez,
Pois foi em três que tudo se fez
Mas atenta na previsão da vez:
Apenas um dos cantos terá real vez!
Ou então os três de uma única e mortal vez!

Três cabeças um deles tem, na masmorra de prontidão.
O outro da espada traz julgamento, corta fora toda podridão.
Dono da ilha o terceiro é, reina soberano onde põem o pé.
Guardam o item tão precioso
E a todos enfrentam sem hesitar.
Sobre fiel juramento velaram:
O dever de matar quem perto chegar.
E se os já mortos os enfrentar,
Então grande pugna será!
Se os guardiões por cima saírem,
Equilíbrio há de continuar.
Mas se aos mortos a vitória for dada,
O tão precioso item se juntará.

Do casamento então será
O perfeito caos a reinar,
E para todos os mundos há de sobrar
Dor e tormento no gorgolejar.”


Fim. Então ela se mexeu um pouco, como se respirasse fundo após uma longa e tensa apresentação diante de enorme público. E enfim quis saber de Sollrac:

─ Agora me diga, por favor: de qual mais gostou?

***

Balltier foi falando e os cantos cessaram para que todos escutassem. Apenas escutaram, olhos bem abertos, como se uma importante mensagem estivesse a sair da boca do homúnculo. Ao fim, alguém disse:

─ Talvez esteja um pouco confuso.

E outro:

─ Ou então, não ele.

Nessa o líder se virou para o próprio bando, rápido, peito estufado.

─ É ele! Tem de ser ele! Não ouse questionar as previsões daquela que tudo vê. ─ Se virou de volta para Balltier. ─ Você está na Pérola. Veitie é o nome do nosso clã. Iremos levá-lo agora, para conhecer nossos líderes. E aqui, todos são perigosos, até o chão onde pisa.

O líder deu com a mão, para que Balltier o seguisse. Saiu na frente, os outros caçadores logo atrás. Balltier foi junto, meio que sem escolha. Mas andou só um metro, pois Morgan saltou de cima da árvore, todo revestido de heroísmo ─ ou então apenas querendo impedir que o único sujeito mais próximo de sua missão original (Ball) fosse levado por indígenas com caveiras de animais sobre as cacholas.

Saltou, caiu pesado sobre dois. Alguém lhe furou o lado do corpo com uma lança e duas flechas se cravaram no seu peito, tempo de reação dos Veitie = a muito rápido. Logo Morgan era Pedreira outra vez, socando a direita e a esquerda, todo cinzento. Os Veitie fizeram um cerco, mantendo boa distância, explorando ataques combinados. Num desses Morgan caiu, o cabo de uma lança no peito lhe empurrando ao passo que outra lança foi posta atrás dos joelhos. Tombou. No tombo gritou:

─ Vai menino! Corre daqui!

Estavam todos bem ocupados com Morgan. Era uma briga em que ele tinha a vantagem por ser mais durável, mas ficava muito atrás quando o assunto era número de combatentes em cada time.

Spoiler:


Última edição por NR Sérpico em Qua Mar 23, 2016 11:48 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Pacificador Dom Mar 13, 2016 2:14 pm

Fechou os olhos, era como se cada palavra dos nativos o afetasse, ele sabia desde o começo, não era quem eles procuravam. Por que aquilo o atormentava? Olhou para o predador, ele não era o líder, alguém importante, mas ainda assim, não era o líder. Manteve a postura que ao menos ele pensava que alguém importante usaria, como naquelas historia que lhe contavam sobre escolhidos e heróis, manteve o olhar. Se levantou lentamente, não estava tão machucado como achava, mas se fez um pouco debilitado, precisava de tempo. Em apenas dois passos, então Morgan desceu sobre alguns Veitie. A reação daquele clã fora algo incrível, Balltier nunca tinha visto algo como aquilo, de certo só reforçava o quão perigoso era aquele local, se eles detinham tal velocidade em enfrentar Morgan que fora um oponente a altura do Meio-orc de seu antigo grupo que chance Ball tinha sozinho? Ele ouviu a voz de Morgan, olhou para o lado tinha de ter uma abertura, estavam focado em Morgan, não hesitou e apenas se moveu gritando a plenos pulmões, ele tinha certeza que Morgan não era uma pessoa tão ruim como parecia, então tinha de fazer sua parte. - EU SOU RAZIEL, FiLHo da teMPestade. - Saiu correndo, certamente imaginou a cena, ele gritando a todo pulmão algo que ele nem tinha certeza, apenas para ajudar a um inimigo que o havia ferido, se achou um idiota, muito idiota, ridículo de verdade mas não parou de correr.

Ele era Balltier El Raizel, não que isso fosse algo incrível, mas também não era qualquer coisa, um homúnculo, com nove anos, se tudo desse certo ele podia viver por séculos, mas não era hora para isso. Seguiu em linha reta, se embrenhar na mata era uma alternativa, mas duvidou que os Veitie fossem incapazes de seguir, teria de ter algum lugar, antes que ele perde-se toda energia, teria de encontrar um lugar.


Seguiu correndo, não olhou para trás nenhuma vez, estavam o seguindo? O pior cenário para ele se fosse fácil de seguir seu rastro, mas até então estava chovendo, uma coisa boa talvez, o macacão poderia estar começando a pesar, mas isso não iria desanimar o homúnculo, começava a se preocupar com Morgan, será que ele ficaria bem? Ele tinha feito aquele sinal feio para ele, algo como o dedo do meio como os humanos usavam, coisa de homúnculo sabe... Decidiu que já estava na hora de se arriscar na mata, ou um lugar que servisse de abrigo, duvidava que fosse capaz de usar as arvores como Morgan fizera, se bem que até o momento antes do ataque os veitie não tinha notado o gigante, talvez este fosse o ponto fraco deles? Não tinha como saber. Encontrar um lugar que se poderia servi como abrigo iria esperar, quieto, furtivo, se algo morasse ali? Ou pior se algo o encontrasse ali fora, também devia tomar cuidado aonde pisa, estava todo tenso, tudo que ele ouviu do predador dos veitie ele havia de usar naquele lugar, tomava cuidado ao pisar ao andar ao se mover, tinha que descansar o bastante, dormi um pouco, precisava disso.


Qual será o motivo de Morgan, talvez ele escutou  a historia de Balltier, de como haviam chegado ali, ali onde? Perola? Uma ilha chamada perola por ter apenas um altar; não talvez naquela ilha existisse mais santuários, assim que descansasse deveria conferir isso, conferir como estava Morgan, tinha tanta coisa para fazer, mas estava cansado e machucado, com o tempo passando iria tentar entrar em algum local que havia de achar, ou se não iria dormi ali, apenas um pouco, já deveria de acordar. Seguiu para a mata, seu cuidado era algo estranho, como se contassem que um dragão poderia sair da terra a qualquer momento para abocanhar o garoto. Então seguiu a procura de um abrigo temporário.

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Mensagem por Knock Seg Mar 14, 2016 7:28 pm

Estávamos andando rápido, aquele trabalho mental não era fácil, tanto que achava que um mês ali poderia fazer até alguém comum suportar a pressão psicológica no campus de treinamento de Tákaras. Sim. Estava pesado. Se não fosse a ilusão de estar usando minha habilidade, não sei se teria conseguido, mas depois fui percebendo que eu não a estava usando, mas aquela adaptçõ ainda exigiria muito de mim.

Fomos adentrando o bosque, desviando de obstáculos naturais, até um momento em que paramos para esperar o resto do grupo, então ouvimos vozes que se comunicavam entre si utilizando um dialeto que eu nunca havia escutado quando vivo, então da mata surgiu dois seres que aparentavam ser jovens e se diziam senhores daquelas terras. Sendo assim, teríamos de pagar uma espécie de taxa para podermos passar. Eles não queriam dinheiro; queriam uma história com início, meio e fim. Pediram apontando para mim e para o ossudo Bones.

Ouvi a indagação do senhor peçonha, nem dei bola então tomei a frente, de repente lembrei de uma piada, lágrimas quase saíram dos meus olhos, os pulmões se encheram de ar e contei:
--Era uma vez um pintinho que nasceu sem cu. Um dia vendos os amigos peidarem, resolveu fazer o mesmo e explodiu-- Gargalhei. Eu sabia que seria repreendido mais tarde.

Mas então no meio da minha gargalhada, levantei a cabeça e disse -- é brincadeira! É brincadeira. Uuuuh Hahahah-- Recuperei o fôlego aos poucos limpandos as lágrimas dos meus olhos. --Ah, man. Lembrei daquele dia hahah. Perdão, agora vem a história de verdade, a qual verdadeiramente desejo contar-- O tom de seriedade tomara minha feição como se há instantes antes nada houvesse acontecido, então comecei mesmo sabendo que agora eu estaria desacreditado tanto por meus companheiros quanto pelos que pediam a história, então levaria a sério; até a voz ficaria mais sombria:

--Era uma manhã comum, um pouco antes dos primeiros raios do grande lumiar do dia tocarem a primeira folha da árvore mais alta. Dois cavaleiros estavam encarregados de uma missão aparentemente comum que consistia em transportar um artefato desconhecido de volta ao campo do exército ao qual pertenciam.

Haviam se hospedado em uma pousada humilde, a única que haviam encontrado após horas e horas de uma corrida cansativa em uma carruagem; a noite havia sido longa, pois a ansiedade por completar a missão daquele objeto tão estranho. Intercalaram a vigília, mas nenhum deles havia se sentido bem. Acordaram acabados, os músculos doiam como se houvessem sido pisoteados por cavalos de guerra naquela noite. A cabeça também não lhes deixava respirar em paz.

Montaram à carruagem e continuaram a viagem. O dia estava tranquilo. Nem música de pássaros, nem piu. As rodas atritando nas pedras da estrada eram as únics coisas sentidas e ouvidas, mas os soldados estavam atentos, pois queriam sucesso e não lamentos. As horas passavam, ficava mais quente, mas o cenário não mudava, nem nada notavam... Até que...-- tentei fazer suspense, durante a história, eu gesticulava e tentava imitar as emoções para fazer ficar interessante--

Até que um comerciante também em uma carroça surgiu no horizonte na direção contrária, os soldados fitaram os estranho, que passara rapidamente por eles até sumir na estrada. Mas alguns metros depois sentiram as costas arderem e olharam institivamente para traz e viram que o pano que cobria o veículo estava em chamas, bravejaram e urraram enquanto pulavam rapidamente nos cavalos, cortavam as correias e abandonaram a carroça, levando a carga que estava presa a um dos soldados.

Desembainharam as espadas, sabiam que o confronto viria, se armaram com seus espíritos, coragem e vida dispóstas ao sacrifício como verdadeiros guerreiros.-- Dei outra pausa inigmática, a qual eu aproveitaria para ver a reação dos ouvintes e continuei-- Deu certo? Meu amigo continuará o resto.

Deixei uma parte que achara justo à Bones, esperava que ele conseguisse improvisar aquele ápice e o fim. Chegaria a Vax e perguntaria baixinho-- E aí? Tudo certo?
Esperava ter feito um bom trabalho.

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Mensagem por Kaede Ter Mar 15, 2016 9:25 pm

Durante o caminho para a Velha Carcosa, a chuva pareceu ter dado uma estiada, mas na verdade era por causa das enormes árvores que cercavam o local. Parecia que estávamos em um tipo de cidade – floresta, talvez uma cidade de elfos ...

Muito vento e a chuva gelada me deixava um pouco fraco e acabei andando devagar e a única coisa que ouvi da boca de Vax foi para ter cuidado com os seres da floresta. Por ter andado devagar devido a chuva e o clima frio acabei tendo de seguir os rastros de meus companheiros e acabei me perdendo deles. Continuei meu caminho mesmo assim, na esperança de encontrá-los, porém acabei encontrando outra pessoa, não a conhecia.
Estava completamente coberta dos pés aos joelhos com um manto, pelos pés sujos, mas ainda delicados e pela bela voz que cantava em uma estranha língua, identifiquei que poderia ser uma mulher. A melodia parecia ser algo triste...

_O que será que está cantando?_ murmurei... e parece que de alguma forma lhe chamei a atenção, pois a figura parou com o seu canto e se virou, nisso pude ver um pouco dela sobre o tecido e me perguntou se eu gostava de musica e que iria cantar três, e que gostaria de saber o que eu achava.

Ouvi cada uma delas e também estranhei, pois não imaginava que iria falar a minha língua. Assim que terminou a terceira que foi a mais longa de delas, ela se virou e me perguntou de qual mais eu gostei.

_A segunda me chamou muito a atenção, mas gostei muito da última que cantou! Me desculpe mas como você cantou em sua musica, o que elas significam? Me parecem ser sobre uma lenda ou profecia sobre o tal Trianguli..._ Respondi e fiz uma pergunta enquanto a tentava observar sobre o manto que a cobria.

_Seria um ser da floresta como Vax tinha falado antes?_ Pensei...

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Mensagem por Hummingbird Qui Mar 17, 2016 8:03 pm

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Mic quase acabou com a bebida, parecia esfomeado. Puxei rápido antes que ele tomasse tudo. Posso jurar que senti vontade de tomar um golinho também? No entanto fui surpreendido pelas palavras do pintor. Falou algo sobre as peles. Isso me deixou curioso, tudo começou pela sensação estranha que eu tive desde que o vi no quarto aquela primeira vez. Podia jurar que tinha algo a mais, só não consigo entender o que tem haver uma pele com isso. Enquanto guardava a bebida, ainda meio pensativo, pensei em cutucar minha pele do braço pra ver se conseguia pensar em algo relativo...

— Que?! — Atônito, virei pra cima procurando por quem me chamava. É que enquanto eu estava distraído, quase não percebi uma garota que apareceu do nada, pendurada em um dos galhos da árvore. Ela balançava os pés igual eu quando estava ansioso. Aquilo me fez sorrir enquanto por fim, respondi ao seu elogio; — Obrigado! Você também é muito bonita! — Disse.

Acontece que a tal garota e Mic pareciam se conhecer. Não entendi muito bem, eles trocaram algumas palavras e deixaram no ar alguns mistérios que no momento eu não fazia questão de resolver. Quero dizer, eu já estava com outro dilema em mente. A menina simplesmente me colocou num jogo, e admito, eu adoro jogos. — Uh-uh! Vamos brincar sim! — Cerrei os punhos, animado.

E então esperei. Ouvi atentamente qual era o desafio. A menina me lançou um enigma, parecia mais uma xarada. Inclinei a cabeça meio pensativo, a mão direita foi de encontro aos meus cabelos, bagunçando-os, enquanto a esquerda dedilhava o tecido do meu macacão. Pensei em andar para um lado, depois para o outro, por mero instinto. Estava mesmo pensativo.

— Hmmm, essa conta é bastantão de difícil. Agora entendo porque ela zomba de você, senhor Mic. — Comentei, ainda pensativo.

Quer dizer então que, naquele dilema, a herança de 37 cavalos deveria ser dividida em partes específicas para cada filho, entretanto, nenhuma delas tinha um número exato. Eu também tinha um cavalo, o que pra mim já estava de bom tamanho, oras, pra que os irmãos querem tantos cavalos? Pra comer?

— Já sei! — E então apontei para a garota com a mão direita, chamando-lhe atenção. — Os irmãos podem simplesmente matar um ao outro, não podem? Quem sobreviver pode ficar com toda a herança. Parece bom! — Argumentei, realmente pensando que aquela era a solução mais plausível. No fim, tentaria puxar um pouco da opinião de Mic ao dizer; — Ou simplesmente eles podiam fazer casais com os cavalos e assim ter uma grande família de cavalos com cavalos para todos! O que acha senhor Mic? — As ideias realmente me pareciam cabíveis.

Eu estava um pouco confuso, não sabia ao certo qual das duas eu daria como a resposta certa. Aliás, aquilo era só um jogo certo?

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Mensagem por Bones Seg Mar 21, 2016 11:47 pm

Meu amigo continuará o resto.


- ... E nada aconteceu por alguns instantes. Segundos pareciam horas devido ao estado de alarme que se encontravam, pois a qualquer instante o inimigo poderia surgir, mas da onde viria o ataque, era o que todos se perguntavam...

Bones ouviu o que os dois "garotos" diziam, achando realmente coisa de criança fazer as rimas como fizeram, mas pelo visto deveriam ter que "jogar o jogo" caso quisessem passar e para isso teria que bolar uma história. Não conseguia imaginar outras historias, pelo menos nao alguma que eles pudessem se interessar, quando viu que Ho tomou a iniciativa e começou, narrando os fatos, provavelmente uma de suas historias talvez, mas estava servindo de inspiração, quando acabou de subto e por sorte, por estar compenetrado, Bones conseguiu continua-la, embora o que viesse de sua nada normal cabeça talvez pudesse ser surpresa, inclusive para ele próprio...

- E quando alguns ja pensavam em baixar suas armas, um breve porém forte clarão amarelo-avermelhado surgiu na mata e uma bola de fogo atingiu o que restava da carroça, muito mais tentando intimidar do que acertar, fazer os coitados dos cavaleiros correrem com os rabos entre as pernas.

E com sua narrativa, procura ir alternando seu tom de voz, as vezes mais serio e as vezes mais irônico, dando enfase a cena, gesticulando, de forma a tornar a teatralidade o mais presente possível.

- Destemidos, os cavaleiros se entreolharam e ja sabiam o que cada um teria que fazer, pois eram companheiros de longa data e saqueadores não seriam páreos para eles. Um deles, o maior, tomou a dianteira, assumindo uma clara postura de combate, desafiando e chamando os oponentes, enquanto que o outro andou lateralmente e passou por tras da carroça, mas não saiu dali, provavelmente armando algo? Quem sabe... Mas o fato fez com que os inimigos pulassem da mata e tentassem atacar o desafiante com tudo.

- Sua grande espada servia como arma mas também como defesa, pois sua lâmina era tão larga quanto um tronco de uma mulher, e sua forma de manuseá-la usava-a em movimentos continuos, sempre rodando e girando a seu redor, num golpe interminável que mantinha os inimigos não muito próximos e acertava-os numa distância segura. O medo e descrença começaram a tomar conta dos atacantes. "Como um homem só pode deter todos eles?" era oque a maioria pensava.

- Mas ele não estava só. O outro, mais habilidoso e astuto, aproveitou das habilidades de seu companheiro e usou a oportunidade para se esgueirar e se enfiar na mata, resurgindo dela com o lider do grupo logo a sua frente, o mesmo que havia se disfarçado de comerciante e passado por eles, com uma espada curta pressionando seu pescoço e outra com a ponta em suas costas. O grupo imediatamente se rendeu, todos eles derrotados por apenas dois cavaleiros.

- Ao serem interrogados, o grupo disse que precisavam do artefato, caso contrário sua vila natal seria destruída justamente pelo mesmo exército que lutava contra o exército dos cavaleiros. O cavaleiro mais astuto viu a oportunidade e preparou o plano. Os saqueadores levaram o artefato ate o exército e os cavaleiros se infiltraram com sua ajuda, conseguindo usar o artefato e destruir mais da metade das barracas e inimigos com um grande clarão de luz.

- Depois daquilo, não havia mais guerra, o exército se rendeu e os cavaleiros estavam livres para voltar a sua espelunca e contarem as façanhas de terem acabado com uma guerra praticamente sozinhos e todos acharem que num passavam de histórias de bêbados, não que isso importasse para eles, contanto que lhe pagassem a cerveja...


Não fazia ideia se havia narrado uma historia boa ou não, mas o que sabia era que havia improvisado e tentando colocar algum nexo, drama e ação na historia, além de uma certa reviravolta nos fatos, algo que normalmente acaba prendendo a atenção dos ouvintes. Ao terminar, olhou ao redor, como se estivesse acordando para a realidade por estar muito envolvido e se dando conta que havia terminado, olhando para ver se havia alguma reação de alguém e se poderiam seguir...

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Mensagem por NR Sérpico Qua Mar 23, 2016 11:41 pm

13. Sinfonia da noite

A menina deu um risinho ao ouvir Sean se queixando, talvez cheia de si por ter elaborado um problema complicado. Daí Sean simplificou de um jeito que não envolvia muito divisões, mas subtrações.

─ É uma alternativa ─ Mic respondeu, depois de ouvir a proposta de Sean. E apertou os olhos na direção do menino: ─ Mas você não é jovem demais pra ficar com essas ideias?

Já a menina não deu mais risinhos e até parou de balançar os pés.

Não! Nananinanão! Não é assim que brinca de contar! ─ Pareceu até brava, mas não estava. Estava era antecipando o glorioso momento a seguir: ─ Vou explicar! ─ E até tornou a balançar os pés. Respirou fundo e decifrou o problema com aquele tom de mais esperta na voz: ─ O jeito de resolver o problema é você somar o seu cavalo aos dos irmãos. Assim, serão agora 36 cavalos. A parte que cabe ao irmão mais velho é a metade do todo, que, agora, será 18 cavalos! A terça parte do todo fica para o irmão do meio, ou seja: 12 cavalos! E ao mais novo a nona parte deve ser dada: 4 cavalos! Todos saem ganhando meio cavalo a mais do que no inicio do problema, veja só, caso resolvido! E ainda sobram o seu cavalo e mais um, que, se você for esperto, vai pedir como recompensa por ter solucionado o caso! Vê? Sabendo fazer contas, todos saem ganhando! E, as vezes, se você subtrair algo seu, acaba resolvendo o problema do todo e, quem sabe, ganha algo no final!

Daí ela saltou lá de cima. Metros de altura, mas pousou como uma pena, mal espatifou água de chuva empossada na terra.

─ Vocês estão saindo?

─ É ─ disse Mic. ─ Tem uns sujeitos mais a frente. Estão comigo. Nos separamos meio que sem querer.

─ Ah, entendo. ─ Ela torceu a boca, mastigando um pensamento. Decidiu: ─ Posso guiá-los até eles então!

─ Não precisa. O rastro está fresco.

Mas a menina olhou em silêncio para Mic e ele corrigiu:

─ Tudo bem, vamos lá.

Ela saiu na frente, caminharam. De repente ela descansou o passo um pouco, pra emparelhar com Sean. Mic caminhava mais atrás.

Ela disse:

─ Sabe por que não dava pra resolver o "Problema da Herança" daquele jeito? ─ Agora, ombro a ombro, Sean notou que ela era uns dedos mais alta que ele. E deve ter ficado escondida em algum lugar nos galhos, pois não estava ensopada pela a chuva. No máximo, uma leve umidade aqui ou ali. ─ Porque era uma questão de herança, oras! Era a vontade do pai que a partilha fosse feita daquele jeito, do contrário, o espírito dele não descansaria em paz, pois seu desejo póstumo não foi respeitado! ─ Então ela olhou para Sean ─ Imagina se fosse com você, se os seus pais tivessem deixado algo muito, muito importante, com instruções especificas sobre o legado. Você seguiria ou não as instruções? Faria de outro jeito, do seu jeito, ou respeitaria a vontade de seus pais?

Apesar de ser nova, em alguns momentos a linguagem parecia além de alguém jovem e imaturo.

Mas então, não mais:

─ Eu, por exemplo, se fosse sua mãe, ia te deixar uma capa de chuva! Mas você teria de dobrar direitinho quando não tivesse usando, pra não ficar amassada.

Mic tentou entrar:

─ E se eu fosse o seu pai te daria uma bolsa cheia de ─

─ Ó lá ─ cortou a menina da floresta, apontando mais adiante. ─ É um dos seus amigos, né, tio Mic?

─ Não é aquela coisa "nossa, como são amigos", mas conheço sim.

A floresta abriu um pouco, de modo que puderam ver. Era Sollrac. E estava sozinho.

Claro que ainda agora estivera acompanhado. Mas ouviu o som de vozes vindas de trás, desviou um pouco o olhar pra ver que eram Mic, Sean e uma menina, e depois percebeu que a mulher que cantara pra ele ainda agora não estava mais lá.

Antes disso:

─ Ah, o terceiro então? ─ disse a moça. ─ Mas foi o canto do meio, sobre o que meio é e inteiro será... que mais te chamou a atenção? Hm. ─ Pensamento alto, ela até demorou pra notar a pergunta de Sollrac logo a seguir. Deu de ombros e respondeu: ─ São apenas cantos que me vieram em mente assim que o vi. Não sei se significam alguma coisa, isso só você pode dizer. Eu apenas cantei.

Sollrac tentou, mas conseguiu captar poucos novos detalhes na moça. Apenas um: num movimento que ela fez, foi possível notar uma vermelhidão abaixo do olho esquerdo dela, como se fosse uma cicatriz. Mas Sollrac viu muito pouco para ter certeza do que era.

─ Estou apenas de passagem... mas iremos nos encontrar de novo.

Disse como se estivesse se despedindo, mas continuou apenas parada. Até o momento que Sollrac captou o som das vozes, desviou o olhar, e então a moça já não estava com ele. Sumiu depressa. Ou será que foi apenas uma... bom, Sollrac estava um pouco cansado, verdade, hm. Mas ainda não era o bastante para causar alucinações. Estranho.

A menina morena vestida num vestido roxo e com o pescoço envolto num cachecol que caminhava junto de Sean disse para Sollrac:

─ Olá! ─ E sorriu com a simpatia das crianças. ─ Sabe fazer contas, moço?

Mic se manifestou:

─ Mas menina, você já brincou de contar hoje! Deixa pra outro dia, certo?

Ela pareceu contrariada, mas não insistiu e nem olhou em silêncio pra Miclângelo, que não precisou corrigir nada dessa vez.

Mic não pareceu preocupado em apresentar a menina para Sollrac, e ela também não parecia tão interessada em saber quem era o meio dragão. Ela apenas disse que ia ajudá-los a achar os outros membros do grupo. Não deveriam estar longe.

E realmente não estavam.

Lá, no salão improvisado de contação de histórias, que era na verdade uma pequena clareira perto de enormes árvores, Ho começou com uma... brincadeira. Vax deu algumas piscadas, como se tivessem jogado pó em sua cara e ele estivesse tentando entender o sentido daquilo. Aurélio olhou pra Bones e depois pra Vax, curioso pra saber se era o único que não estava rindo. E os meninos ficaram um pouco pasmos, não tanto pela piada, mas muito mais em ver um meio orc rindo.

Mas quando Ho consertou a postura e começou a narrar de forma séria, os gêmeos sentaram no chão molhado de chuva, cruzaram as pernas e ficaram um período sem piscar, cobrando o pedágio com atenção. Interagiram, conforme a história era contada. Ho pôde ver um sorriso imaginativo nos dois, talvez ambos se imaginando nos papéis de cavaleiros viajantes. A hora do suspense fez um deles abrir a boca pra respirar.

─ Foi o comerciante! ─ sacou.

─ Sacana meliante! ─ disparou.

─ E depois? ─ perguntou.

E depois Ho continuou e logo parou. Eles ficaram esperando, mas... Ho virou o rosto pra Vax querendo um retorno. Vax fez um sinal que deveria significar "mais ou menos, mais ou menos". Daí Bones rapidamente pegou o fio. E nada aconteceu na história naquele ponto. Os meninos murcharam os peitos, voltaram a respirar, seus ombros caíram, suas bocas torceram.

─ Uma ilusão, será?

─ Daquelas que as bruxas fazem, bem pra lá?

Mas Bones enfim narrou o ataque, numeroso. Nessa, os meninos recobraram o animo, se imaginando novamente como os cavaleiros do conto. Daí tornaram a se acalmar com aquela reviravolta. Ficaram pensativos, talvez se colocando, agora, na pessoa dos "bandidos". A solução final pareceu satisfatória aos dois. A lição que pegaram, pensando nos bandidos que não eram bandidos, foi que:

─ A aparência nem sempre...

─ Significa ciência!

Se levantaram do chão, limparam os fundilhos dos casacões e agradeceram pela narração. Pareciam satisfeitos e saíram caminhando, como recordados de algo importante a fazer por aí em algum lugar. No caminho discutiam quem eles eram.

─ Eu sou o astuto, pois você é muito lento da cabeça.

Bah, o que gira a espada é muito mais legal!

Sumiram floresta a dentro.

Aurélio, para Ho e Bones:

─ Mas o que era esse artefato, afinal?

Os outros apareceram. Estavam junto de uma menina. Ela cumprimentou eles e perguntou se sabiam fazer contas. Vax disse que sabia, mas que suas contas não eram para jogos bobos. A menina não pareceu ofendida. Caminhou a frente, como que guiando o grupo, quando na verdade não precisavam de guia nenhum. Todos estavam relativamente descansados, Sean parando com Mic, Sollrac parando pra ouvir cantos, Ho e Bones parando pra contar histórias ─ sim, deu pra recuperar o fôlego e até se distrair um bocado. Logo continuaram normalmente. A chuva ainda era forte, e só perceberam isso quando a floresta acabou.

No fim da floresta, havia uma parede translucida azulada que parecia pender no ar.

─ Até logo. Voltem sempre. ─ Essa era a menina da floresta, despedindo deles e dando tchauzinho.

Vax foi na frente, cruzou pela parede e nada aconteceu, foi como passar por um lençol. Todos passaram. A chuva pegou eles de novo. E agora eles não estavam mais caminhando numa campina, sobre folhas ou galhos ou terra fora.

Estavam na pedra dura. Era como se a floresta tivesse um limite definido, como se suas raízes não crescessem além daquela parede azulada que, olhando pra trás agora, ia alta pelo céu, até onde a vista alcançava naquela quase noite em que estavam.

Verdade, quase noite. A elipse daquele lugar causava ilusões óticas: o céu parecia próximo demais; as nuvens, à altura das mãos. Cada som no céu, ronco de trovão ou vento mais forte, parecia amplificado. As vezes era até de se duvidar se os roncos vinham mesmo do céu. Ou então estavam num ambiente alto, apenas isso.

Caminharam um pouco num ritmo normal. Logo sacaram que Vax estava conduzindo o grupo até uma encosta, talvez buscando algum abrigo temporário para a chuva. Mas, droga, por que não ficou na floresta então? Chegaram na encosta, encontraram um recuou, como uma caverna mal feita da qual podia se ver o fundo. Vazia. Entraram.

Vax meteu a mão num bolso interno do casaco. Tirou um saquinho de pano preto, virou o conteúdo do saco na palma da mão. Tremia, e não por causa da chuva.

Eram três pedras pequenas e púrpuras, cada uma enrolada num paninho. Ele tirou os panos para mostras as pedras ao grupo.

─ Escutem ─ convocou. ─ Essas gemas servem para localização e reconhecimento. ─ Ele deu uma para Ho, outra pra Bones e a terceira para Sollrac. ─ Guardem. Vai servir para se localizarem, caso aconteça de se separarem. Mas só usem em caso de necessidade. No restante do tempo ─ Ele passou os panos para que embrulhassem as gemas ─, mantenham elas cobertas.

Novamente, vasculhou um bolso interno, dessa vez pegando papéis dobrados. Os passou pra Sollrac, pelo fato dele ter uma mochila para guardá-los.

─ É um mapa dessa região, igual ao que o Aurélio tem. E um mapa de algumas plantas da Velha Carcosa. Fique com elas. ─ Visou o grupo inteiro e acrescentou, apressado. ─ Tenho que ir agora. Mas volto. Não irei demorar.

E sumiu.

Mic sentou, não querendo esperar de pé. Aurélio foi mais pro fundo da caverna.

E o grupo ali ficou, a chuva estalando logo ao lado, nenhuma luz se quer pra iluminar o mundo. Exceto os relâmpagos, claro.

***

Balltier gritou, alguns viraram, viram o homúnculo correndo e ficaram divididos, sem saber o que fazer ou o que significava aquilo. E foi nesse pequeno tempo que Pedreira conseguiu alguma reação, distribuindo selvageria, mas isso Balltier não viu, pois aí já estava de cara na floresta, correndo, correndo mais.

Será que já correra tudo aquilo alguma vez antes? A chuva estourando nos seus ombros, relâmpagos clareando o caminho, as vezes lhe cegando. Correu a esmo, floresta fechada demais, sem nenhuma dica de pra onde ir. Apenas pra longe, sim, bom plano.

De tão distraído que estava, nem notou que o soco de Morgan já não lhe afligia o peito. Ao menos não muito. Parou num ponto, só pra tentar se orientar e fazer o que estava lhe tentando já há algum tempo: olhar pra trás. Olhou. Ninguém. Relaxou. Ouviu sons de animais. Retomou a corrida, agora mais veloz. Seriam os Veitie ou animais mesmo? Certamente os Veitie ─ animais, se é que haviam animais ali, deveriam estar refugiados daquela chuva.

Então apertou a corrida, o pulmão chiando, as pernas endurecendo, pesando. Foi-se o tempo que enxergava por onde ia - agora só ia, as vezes trombando, tropeçando. Se caia, levantava, nem percebia.

Chegou no fim. Na praia.

Olhou ao redor, campo aberto, areia de um lado, rochas do outro. Foi na direção das rochas, pois de longe viu saliências onde poderia se esconder. Encontrou mais: caverna natural formada pelo impacto das ondas em maré alta. Se esgueirou por ali, se aquietou. Dormiu.

Não, não dormiu! Acordou sobressaltado, apenas alguns segundos de sono. Não podia dormir! Vai que a maré sobe e pega ele lá dentro, ou algum animal retorna para o covil, ou um Veitie lhe rastreia e lhe surpreende. Não, não podia dormir!

Dormiu.

Cansado demais. Ou com a impressão de que estava cansado demais. Acordou de novo, sobressaltado, mas dessa vez tinha dormido mesmo, pois lá fora já tinha escurecido. Ficou um tempo curto ouvindo a sinfonia da noite: ventos mais brandos, chuva mais leve, porém ainda constante, ondas quebrando, madeira batendo nas pedras.

Madeira?

Saiu, lentamente. Observou, interpretou. Conjuntos de madeiras, destroços, chegando na praia, trazidos pelas ondas. E há uns metros dali, um homem de bruços deitado sobre uma porta de madeira. Inconsciente ou muito fraco. Ferido na barriga, na perna. Ele se virou num esforço heroico, ficando de costas para a porta que lhe serviu de jangada, barriga pra cima. Consciente, então. Daí o naufrago riu para o céu e tossiu de dor.

E quando um relâmpago estourou mar a fora, Balltier viu uma grande embarcação pelo meio, destruída, afundando, lá longe, no oceano negro.

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Mensagem por Knock Dom Mar 27, 2016 7:05 pm

Contara a piada e sorrira. Aquilo aliviou a minha alma. Agora compenetrado e buscando me esforçar, contava a história. Uma das minhas lembranças. Uma parte da minha vida. Fora impossível não gesticular e apreciar o olhar ávido daqueles representantes que cobrava o pedágio.

Ainda chovia, mas o calor da história me fizera ignorar o som das gotas que caiam. eu escutava o som das rodas atritando na terra da estrada, espalhando pedras e fumaça. A expressão de desconfiança do meu superior e companheiro antigo de missão- Rio Ligeiro. Fora impossível não querer saudá-lo. Orgulho?! Sim. Enquantos as palavras saiam da minha boca, eu sentia orgulho de ter pertencido àquela vida e por mais que toda a ilha fosse enorme com toda a diversidade de raças, culturas, histórias... Eu entendia enquanto falava que... Que eu havia sido feliz. Se morri, se fora planejado ou não; independentemente das circunstâncias que haviam me levado até aquele momento... Agora eu tinha certeza de que havia sido feliz; de que ter ido a Hilydrus mesmo tendo sido por um motivo errado-por vingança-, havia sido umas das melhores decisões enquanto ainda tivera fôlego. Acredite, não me sentia assim todo dia. Um bardo nascia naquela armadura enferrujada. Será?! Talvez fosse somente a alegria por ter ajudado o reino brilhante a se manter. Ter compartilhado de um companheirismo e daquela família; ter sido recebido mesmo sendo de uma raça inimiga. Posso lhes afrimar que me esforçara; não fora fácil. Mesmo que fosse meu trabalho... Naquilas dores encontrei prazeres e felicidade... mesmo que ninguém visse e em alguns momentos nem eu mesmo notasse. Sim. Eu via. Havia sido bom.

As palavras saiam enquanto meu coração parecia pulsar, olhara a reação de Vax que falara que dava para encher o tempo dos pequenos, os quais eu temia serem os tais seres poderosos, mas além disso, eu queria que eles gostassem daquilo que eu falava, mas logo chegara a metade e havia de passar ao meu amigo, o qual falara de forma boa e no final elas se levantaram satisfeitas, talvez gostassem de ouvir a original, a qual, mesmo tendo despertado boas emoções em mim, não tinha um final feliz... Mas elas se levantaram tais quais crianças e conversando como crianças se embrenharam na mata e sumiram com suas vozes. Seres inigmáticos dos quais eu não me esqueceria.

Enquanto acabávamos de conversar o restante do grupo apareceu acompanhado por outros seres. Lógico que procurei semelhanças e o maior número de detalhes que eu poderia gravar. Continuamos a caminhada. Caminhamos ao passo de Vax. Vimos uma camada azulada que parecia circular a floresta. Antes de sair, tentei dar um sinal de respeito e saudação àquele lugar e aqueles que viviam ali. Tentei saber se eu sentia algo passando por aquilo, mas não sei explicar. Talvez não tivesse sentido nada além da chuva que continuava mais forte fora daquela espécie de domo.

Não reclamei e não reclamaria. Continuamos caminhando até um local que parecia uma caverna e protegia da chuva. Lá Vax dissera que iria se ausentar e deixou conosco umas pedrinhas e disse que servia para localização caso nos perdessemos. Aparentemente nõ poderíamos deixa-la tocar na água, então a embrulhei bem no tecido que me dera e tentei guardar da melhor forma possível. Ele sumira, sentei. Tentei encontrar ritmo das gotas e lembrar de alguma música dos vivos. De repente lembrei da pergunta de Aurélio e fui falar para ele:

--Aquele artefato da história fazia parte da minha segunda missão quando eu estava tentande me tornar soldado em Hilydrus, mas falhei... E nem descobri o que era. O final fora diferente também. Meio triste, mas com um levantar.-- Sorri como criança e voltei a encarar o tempo, mesmo ainda em alerta, pois eu não sabia que tipo de seres poderiam aparecer ali e eu não queria mais contratempos, nem que nada me pegasse de surpresa ou mesmo ao grupo.







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Mensagem por Kaede Seg Mar 28, 2016 3:06 am

Ainda olhando a cantora misteriosa, me distrai por um segundo com a voz de alguém e quando percebo, eram as pessoas de meu grupo que estavam chegando, o que foi tempo suficiente para a “barda” desaparecer.
Eles estavam na companhia de uma menina com um sorriso de boa carisma e um vestido roxo, que logo me fez uma pergunta que foi seriamente barrada por Mic, então apenas lhe passei a mão em sua cabeça e fingi que não a ouvi.

_Me desculpem, mas me distrai com o caminho e acabei ficando para trás. Aconteceu algo com vocês durante o caminho? E quem é essa menina?_

Assim continuamos o caminho em busca dos outros, e durante esse tempo cantei uma das canções que escutei da barda.

Spoiler:

_Vocês já ouviram essa canção? Escutei alguém cantando durante o caminho e agora ela não sai de minha cabeça!_

Perguntei a todos, na espera de algum deles saber do que se tratava.
Até que se encontramos com os outros do grupo e a menina foi guiando até onde pareceu ser o fim da floresta, o lugar tinha um tipo de parede translucida azulada que pendia no ar, deveria ser uma área magica... E foi ali que a menina se despediu do grupo.
Assim Vax guiou o restante do caminho até uma encosta e deu um tipo de gema magica para cada um do grupo e explicou o que realmente elas eram... Cobri a minha com o pano e a guardei no bolso do macacão de maneira que não saísse fácil caso fizesse algum movimento.
Depois foi a vez dos mapas, os guardei rapidamente para não molhar com a chuva e decidi ficar próximo a caverna, perto de Aurélio, para não me molhar e assim poder descansar e me recuperar mais um pouco.

_Enquanto esperamos irei descansar um pouco. Caso queiram ver os mapas fiquem a vontade!_

Peguei uma tocha da mochila e a preparei para o uso.

_Sean pode acender a tocha? Assim poderemos ver melhor o mapa..._

Assim com a tocha acessa me encostei-me a um canto procurei algo na caverna que pudesse fazer uma fogueira e descansar...

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Mensagem por Pacificador Ter Mar 29, 2016 5:49 pm

Ele finalmente havia adormecido, mas por quanto tempo? Não sabia. Ficou ali abraçado as próprios pernas com o queixo nos joelhos. Quando acordou ficou escutando os sons, alguns conseguia compreender já outros se mostravam incomuns. Assim decidiu sair e olhar a praia, não demorou para encontrar o som e o homem deitado ali.  Continuo no lugar então ficou boquiaberto quando percebeu a embarcação sendo iluminada por um trovão, destroçada e dividida ao meio e ao longe. Imaginou como iria conseguir seguir para a ilha que demostrava a presença poderosa sem uma embarcação decente, já que agora entendia que nadar até ela era impossível: Se até mesmo aquela grande estrutura podia partir ao meio que chance ele tinha!

Ele balançou a cabeça tentando acorda de uma vez ou apenas para voltar a pensar com mais calma, já não estava cansado e aquilo certamente era ainda a pôs vida ou seja sua realidade. Levou sua mão esquerda pra a areia enquanto caminhava até o naufrago a levou até perto de seu rosto observando sua composição, fazia isso enquanto absorvia sua energia. Tentava notar algo de diferente naquela areia enquanto a mesma escoria com a água que caia em sua mão. Mas logo a jogou para o chão.


Voltou sua atenção para o Naufrago, não entendia como alguém podia sorrir assim que fosse naufragado, talvez por estar vivo? Imaginou. Ficou em pé encarando o sujeito por algum tempo antes de falar. - Seu nome?- Inquiriu e assentiu logo em seguida, iria chamar o homem por aquilo que ele mesmo havia falado, não tinha tempo para desconfiança. - Me explique o que é a ilha Perola, me conte tudo qualquer coisa serve. - Olhou ao redor como se estive-se temeroso ao ser encontrado, então continuou as perguntas. - Consegue andar? Não podemos ficar muito tempo na praia, vai ser um lugar fácil deles procurarem... Preciso encontrar um outro lugar... Por que estava na embarcação? Apenas agora ele parecia perceber que havia feito aquilo novamente, se afastou imerso em seus pensamentos, o homem estava ferido, mas poderia se revoltar com tantas pergunta e o machucar por medo. Ele voltou a olhar para o homem em uma tentativa de apaziguar seu erro. - Vou arrasta-lo até ali, tudo bem? Se nos verem agora, vou ter de te abandonar e não quero fazer mais uma vez. - Se enrolou nas palavras, mas já havia dito demais. Ele mal tinha parado para ouvir se o homem entendia ou queria sua ajudar, ele apenas continuou falando.

Tentou seguir para trás do homem e o carregar  para o começo da floresta, estava tentando arrastar ate onde fosse possível mas sabia que poderia machuca-lo ao tentar move-lo. Tentou ergueu o homem enfiando as mãos no sovaco e puxando para a área da floresta, caso ouvisse muitos resmungos iria usar a madeira como uma prancha para tentar arrasta o homem pela areia. Iria  Tentar por diversas  vezes carregar o homem para uma área protegida da chuva.  

- Tudo bem?- Comentou sem ter certeza, não queria ter de ficar parado, pois agora se lembrava de Morgan, deveria seguir atrás dele mas agora estava com sua atenção no naufrago.

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