>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.
> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!
> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!
> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!
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[Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
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NR Sérpico
Bluesday
Hayashi
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[Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
Relembrando a primeira mensagem :
GREGAR
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HAYASHI
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HO
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NEIL
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SEAN
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TENKAI
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Padrão temporário de recuperação de vida e energia
Funciona assim: após um tempo de descanso, o personagem recupera certa quantia de de vida/energia + o seu valor em Vigor (número). Então, segundo a tabela logo aí abaixo, se eu descanso por 1 hora e tenho Vigor 4, recupero 54% de energia e 9% de vida. Essa é uma recuperação passiva, mas exige descanso, que é exatamente ficar parado, recuperando o fôlego, tirando uma soneca. Se o personagem está cavalgando, por exemplo, então ele não está descansando e não se recupera.
Recuperação de vida:
20 minutos: 5%
1 hora: 10%
5 horas: 25%
1 dia: 50%
Recuperação de energia:
1 minuto: 5%
5 minutos: 10%
20 minutos: 25%
1 hora: 50%
5 horas: 100%
APÊNDICE DE PERSONAGENS
Os velhos:
─ TERRO, o patriarca, morto aos 108 anos, servo do rei de Hilydrus, dono de terras e fortalezas na fronteira e entre os Ranchos,
─ TRENT, o filho mais velho, dono de uma vila de médio porte chamada Primavera Negra, ao norte de Algreen,
─ TARGO, o filho do meio, dono de parte do Rancho Eldest, contratante do grupo,
─ TERLO, o filho mais novo, recém dono da Torre Negra do pai, na fronteira com Takaras,
à serviço de TARGO:
─ CANÁRIO E BACURAU, jovens gêmeos.
─ TÁLIA
─ REELY
─ BATUQUE
outros:
─ CHAGAS, sobrinho de Targo, bem humorado e irritante.
─ HARGION CERBERUS, antigo cavaleiro de TERRO, morto e sepultado com o objetivo da missão.
─ TESSA, uma das mulheres do vilarejo.
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HAYASHI
PV: 64%
PE: 100%
HO
PV: 100%
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NEIL
PV: 64%
PE: 100%
SEAN
PV: 100%
PE: 100%
TENKAI
PV: 100%
PE: 100%
Padrão temporário de recuperação de vida e energia
Funciona assim: após um tempo de descanso, o personagem recupera certa quantia de de vida/energia + o seu valor em Vigor (número). Então, segundo a tabela logo aí abaixo, se eu descanso por 1 hora e tenho Vigor 4, recupero 54% de energia e 9% de vida. Essa é uma recuperação passiva, mas exige descanso, que é exatamente ficar parado, recuperando o fôlego, tirando uma soneca. Se o personagem está cavalgando, por exemplo, então ele não está descansando e não se recupera.
Recuperação de vida:
20 minutos: 5%
1 hora: 10%
5 horas: 25%
1 dia: 50%
Recuperação de energia:
1 minuto: 5%
5 minutos: 10%
20 minutos: 25%
1 hora: 50%
5 horas: 100%
APÊNDICE DE PERSONAGENS
Os velhos:
─ TERRO, o patriarca, morto aos 108 anos, servo do rei de Hilydrus, dono de terras e fortalezas na fronteira e entre os Ranchos,
─ TRENT, o filho mais velho, dono de uma vila de médio porte chamada Primavera Negra, ao norte de Algreen,
─ TARGO, o filho do meio, dono de parte do Rancho Eldest, contratante do grupo,
─ TERLO, o filho mais novo, recém dono da Torre Negra do pai, na fronteira com Takaras,
à serviço de TARGO:
─ CANÁRIO E BACURAU, jovens gêmeos.
─ TÁLIA
─ REELY
─ BATUQUE
outros:
─ CHAGAS, sobrinho de Targo, bem humorado e irritante.
─ HARGION CERBERUS, antigo cavaleiro de TERRO, morto e sepultado com o objetivo da missão.
─ TESSA, uma das mulheres do vilarejo.
Última edição por NR Sérpico em Qua Out 21, 2015 7:55 pm, editado 20 vez(es)
NR Sérpico- Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
Ao explicar para Chagas o que havia acontecido, percebi que aquele caso provavelmente não era o primeiro - em relação ao golem- acho que sofri rapidamente pensando nos anos que aquela vila já sofria... Acho que por ter lembrado da minha última missão com meu antigo tutor.
Enfim, quando comentei sobre o cavalo, não quis passar a ideia de que eles eram apenas objetos sem sentimentos, os quais poderiam ser usados de maneira abusiva, nem mesmo quis passar algo do tipo à Chagas, então fui ter com ele e falei:
-- Escute, Chagas, me perdoe se dei a entender que menosprezava os cavalos ou algo do tipo. Saiba que os valorizo e não os tenho apenas como mercadoria.
Sorri e continuei a caminhada.
Algum tempo depois ouvi o elfo exortando o cara que levava a bebê... Um pouco de exagero? Acho que não. Mas não quero falar dessa parte; quando ele citou uma tal de floresta... Uma floresta boa e especial... Fiquei muito interessado. Senti paz. Tranquilidade. Senti que deveria ir lá. Levei a mão à testa como que em reflexo e disse baixinho -que tipo de orc eu sou?-. Creio que ninguém escutou além do esquelético Hayashi que estava quase que imperceptível no meu ombro. "Quando será que ele vai acordar?" pensei.
Continuamos de dia, chegamos não muito tempo depois e fomos logo à presença dele. Mais uma vez aquela sala, aquele cheiro de madeira e tabaco, aqueles rostos, pessoas. Parecia que havíamos passado muito tempo fora, entretanto nada do que estava em minhas lembranças havia mudado. Estava como estava; como era.
Frio, Targo nos recebeu. Frio? Não. Como havia de ser. Havíamos completado o que fomos designados à fazer. Tudo normal. Disse que os outros teriam a recompensa mais tarde, Chagas pegou Hayashi de mim e saiu com os outros. A criança ficou ao meu lado.
O senhor Targo a abriu uma carta e a leu para mim. Era uma resposta positiva. Uma chance em alto mar. Sorri, pois tudo estava lá; tudo o que eu precisava. Uma oportunidade. Sorri calmamente e ele me falou da possibilidade de me deixar de serviço em terra e era realmente o que fazia mais sentido conforme os planos que eu havia traçado para mim, então disse:
--Sou muito grato, senhor Targo, mas eu agradeceria se o senhor pudesse pedir ao senhor Major para que me transfira à terra. Ficarei honrado em conhecê-lo, assim como o senhor propõe. --Fiz um sinal com a cabeça positivo em sinal de gratidão e respeito e peguei a carta e o frasco que segundos depois um homem esquisito me entregara; era o meu sangue. Também peguei o pano que Dália me dera e envolvi cuidadosamente a carta nele, a fim de não molhar como ela havia me dito.
Sorri. Dália era mesmo muito bela, mas não pude falar nada, pois não conseguia. Mesmo eu não sendo um orc feio nem burro... Acho que o "belo" ainda me travava. Então agradeci em mais um movimento com a cabeça.
Ainda ouvi a resposta de Sean. Pobre garoto. "Espero que ele tenha bons guias que o ajudem nesse momento, caso contrário... Continuará nesse caminho de trevas... Tendo essa bola então..." eu refletia em meus pensamentos. Me atrevi a olhar a bela moça mais uma vez. Talvez ela tenha desconfiado, mas não me importei. Só não queria parecer um idiota de boca aberta. Ainda perguntei o que fazer com o frasco de sangue.
Me retirei da presença de Targo e fui com os outros. Eles estavam rindo, tinham outras pessoas lá também. Por alguma razão não baixei a guarda... Talvez por causa da carta que estava comigo.
Senti o cheiro da comida, logo, estava com água na boca, estão comi o suficiente e bebi algo que não pudesse deixar bêbado; talvez um suco de alguma fruta ou mesmo água, também suficiente. O fato era que eu estava reflexivo. No final das contas tinha dado certo, mesmo quando eu pensava em desistir. Vergonha e honra. --Foi bom -- falei baixo.
--Elfo, um orc pode entrar em um lugar como aquele que falaste mais cedo?-- Meu interesse não havia morrido, nem mesmo as perguntas em minha mente.
Depois eu iria descansar um pouco. Me banhar. Aparentemente ainda passaríamos a noite lá.
Enfim, quando comentei sobre o cavalo, não quis passar a ideia de que eles eram apenas objetos sem sentimentos, os quais poderiam ser usados de maneira abusiva, nem mesmo quis passar algo do tipo à Chagas, então fui ter com ele e falei:
-- Escute, Chagas, me perdoe se dei a entender que menosprezava os cavalos ou algo do tipo. Saiba que os valorizo e não os tenho apenas como mercadoria.
Sorri e continuei a caminhada.
Algum tempo depois ouvi o elfo exortando o cara que levava a bebê... Um pouco de exagero? Acho que não. Mas não quero falar dessa parte; quando ele citou uma tal de floresta... Uma floresta boa e especial... Fiquei muito interessado. Senti paz. Tranquilidade. Senti que deveria ir lá. Levei a mão à testa como que em reflexo e disse baixinho -que tipo de orc eu sou?-. Creio que ninguém escutou além do esquelético Hayashi que estava quase que imperceptível no meu ombro. "Quando será que ele vai acordar?" pensei.
Continuamos de dia, chegamos não muito tempo depois e fomos logo à presença dele. Mais uma vez aquela sala, aquele cheiro de madeira e tabaco, aqueles rostos, pessoas. Parecia que havíamos passado muito tempo fora, entretanto nada do que estava em minhas lembranças havia mudado. Estava como estava; como era.
Frio, Targo nos recebeu. Frio? Não. Como havia de ser. Havíamos completado o que fomos designados à fazer. Tudo normal. Disse que os outros teriam a recompensa mais tarde, Chagas pegou Hayashi de mim e saiu com os outros. A criança ficou ao meu lado.
O senhor Targo a abriu uma carta e a leu para mim. Era uma resposta positiva. Uma chance em alto mar. Sorri, pois tudo estava lá; tudo o que eu precisava. Uma oportunidade. Sorri calmamente e ele me falou da possibilidade de me deixar de serviço em terra e era realmente o que fazia mais sentido conforme os planos que eu havia traçado para mim, então disse:
--Sou muito grato, senhor Targo, mas eu agradeceria se o senhor pudesse pedir ao senhor Major para que me transfira à terra. Ficarei honrado em conhecê-lo, assim como o senhor propõe. --Fiz um sinal com a cabeça positivo em sinal de gratidão e respeito e peguei a carta e o frasco que segundos depois um homem esquisito me entregara; era o meu sangue. Também peguei o pano que Dália me dera e envolvi cuidadosamente a carta nele, a fim de não molhar como ela havia me dito.
Sorri. Dália era mesmo muito bela, mas não pude falar nada, pois não conseguia. Mesmo eu não sendo um orc feio nem burro... Acho que o "belo" ainda me travava. Então agradeci em mais um movimento com a cabeça.
Ainda ouvi a resposta de Sean. Pobre garoto. "Espero que ele tenha bons guias que o ajudem nesse momento, caso contrário... Continuará nesse caminho de trevas... Tendo essa bola então..." eu refletia em meus pensamentos. Me atrevi a olhar a bela moça mais uma vez. Talvez ela tenha desconfiado, mas não me importei. Só não queria parecer um idiota de boca aberta. Ainda perguntei o que fazer com o frasco de sangue.
Me retirei da presença de Targo e fui com os outros. Eles estavam rindo, tinham outras pessoas lá também. Por alguma razão não baixei a guarda... Talvez por causa da carta que estava comigo.
Senti o cheiro da comida, logo, estava com água na boca, estão comi o suficiente e bebi algo que não pudesse deixar bêbado; talvez um suco de alguma fruta ou mesmo água, também suficiente. O fato era que eu estava reflexivo. No final das contas tinha dado certo, mesmo quando eu pensava em desistir. Vergonha e honra. --Foi bom -- falei baixo.
--Elfo, um orc pode entrar em um lugar como aquele que falaste mais cedo?-- Meu interesse não havia morrido, nem mesmo as perguntas em minha mente.
Depois eu iria descansar um pouco. Me banhar. Aparentemente ainda passaríamos a noite lá.
_________________
http://www.lodossrpg.com/t395-ficha-ho
Atributos:
Força: 8
Energia: 4 [D]
Agilidade: 4 [D]
Destreza: 4 [D]
Vigor: 4 [D]
[b]M.O: 3 650
Itens novos: Armadura leve completa do exército de Hylidrus lvl2; uma espada longa e uma curta, ambas lvl 2 e um colar de Hellhound.
Nivel; 6/ Exp:850/1000[/b]
Atributos:
Força: 8
Energia: 4 [D]
Agilidade: 4 [D]
Destreza: 4 [D]
Vigor: 4 [D]
[b]M.O: 3 650
Itens novos: Armadura leve completa do exército de Hylidrus lvl2; uma espada longa e uma curta, ambas lvl 2 e um colar de Hellhound.
Nivel; 6/ Exp:850/1000[/b]
Knock- Mensagens : 151
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 7
Raça: Orc
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
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O que acontece é que as palavras do mascarado - vulgo Gregar - passaram a me chamar muita atenção. Mais até do que as brincadeiras do tio Chagas. Me peguei um pouco confuso, eu sempre gostei mais das brincadeiras, não conseguia entender ao certo o meu interesse mudar tão rápido. Era mesmo meu?
Passou a ser. Ou melhor, agora é.
Essa resposta veio quase de imediato em meus pensamentos. Minha cabeça doeu um pouco, distração era pouco perto do que me ocorreu. As coisas estavam muito confusas, eu sentia como se estivesse esquecendo alguma coisa. Algumas coisas. Me peguei olhando para a bola de vidro então. Não havia faíscas, não havia brilho algum... somente o meu próprio reflexo. Nele, meus olhos amarelo-fogo brilharam e eu pude ver, eu juro que vi, Ifrit estava rindo no meio das chamas. Eu mergulhei naquela visão como se estivesse pra perder a consciência, minha visão tornou-se mais ampla, eu podia ver um ambiente de sombras e de fogo. As chamas se alastravam com facilidade, chicoteavam tudo e todos como se fossem criaturas selvagens. E Ifrit estava lá, gargalhava com suas mãos abertas, incendiando tudo. Sua gargalhada ecoou em minha mente, por um longo período, pareciam anos. Mas ao mesmo tempo, eu ouvi a voz de meu pai. Era tão calma, serena, quase como se estivesse do meu lado. Era a única coisa boa dentro daquele universo de sombras. Eu queria fechar os olhos mas não conseguia. A voz de meu pai voltou a dizer para ter fé, ao passo que a voz de Ifrit ganhava mais espaço em minha mente. Eu devo acreditar em quem?
...
Foi então que despertei. Me dei conta de que tinha me deixado levar junto de todo o grupo até a sala do velho tio Targo. Lá, o grupo se separou mais uma vez. Eu queria ter ido junto do mascarado e do encrenqueiro, não sei porque, mas eu queria. Na sala restaram somente o grandão Ho, os subordinados de Targo, e eu. O silêncio pairou, interrompido apenas por aquele barulho irritante que mais parecia o riscar de alguma faísca. Procurei incessantemente pelos cantos pra identificar o que era, ao passo que o velho Targo começou a leitura de algo que, provavelmente, era destinado ao grande Ho.
— Uau! Parece bom não é?- Com certa inocência, daria uns tapas na perna do grande orc como se o parabenizasse pelo que conseguiu. — Com certeza você vai se tornar ainda maior do que já é, e vai comandar grandes exércitos em grandes batalhas!- Completei, com certo entusiasmo. Eu realmente espero que ele se torne alguém grande. O grandão Ho, é isso.
E logo em seguida, chegou minha vez. Targo fez um sinal com a mão e me chamou pra perto. Tomei a frente, parando em frente a mesa. Fiquei na ponta dos pés pra apanhar o tal papel que o tio Targo me entregou. Era tão velho, quase parecia estar se despedaçando, cheguei a ficar curioso do que se tratava. Imediatamente me coloquei a ler, apesar dessa não ser uma das tarefas que mais gosto de fazer. Era entediante. Sou mais hiperativo, entende?
Mas o que tinha escrito naquele papel ia muito além do simples gostar ou não gostar. Arregalei meus olhos quando vi que tinha informações sobre minha mãe. A princípio não sabia se era certo acreditar, mas Targo afirmou que era verídico. Ifrit não se manifestou, minha cabeça ainda doía. Terminei de ler, e um turbilhão de coisas começou a passar nos meus pensamentos. Senti náusea, me apoiei na mesa. Chacoalhei o rosto, realmente tive a impressão de estar com menos cabelo, dado alguns fios que senti falta quando incomodavam meus olhos numa dessas chacoalhadas. Ou era impressão? Senti uma ponta de medo daquela bola de vidro que talvez fosse o verdadeiro motivo dessa impressão. Mas isso era o de menos no momento. E aquele papel? Lyra era mesmo minha mãe? Era mesmo ela descrita dessa maneira? Engoli a seco. Senti sede. O frasco de meu sangue me foi entregue e, sem pensar duas vezes, rapidamente abri o frasco, despejando-o em minha boca com voracidade. Era como se na minha cabeça Ifrit gritasse; "Beba!". E eu beberia até não restar mais nada no frasco. Sentir o gosto terrível amaciando minha garganta, percorrendo meu corpo. Senti um certo entusiasmo também, aquilo era tão ruim e ao mesmo tempo tão gostoso...
— Arrg...- Pigarrei, tentando retomar o fôlego depois da inesperada bebida. — Por favor...- Uma breve parada intercalando com tosse, até ser capaz de cuspir as palavras quase sem fôlego; — Onde conseguiu isso? Sabe me dizer onde posso procurar por mais?- Referia-me ao arquivo. A aflição era notória em meus olhos, ao mesmo tempo que, logo em seguida, eu senti que deveria recuar. Não era certo exigir mais informações. Mas eu queria tanto saber...
No caso, independente de respostas ou não, seguiria Ho rumo a tal taberna que o velho Targo havia comentado anteriormente. Um pouco cabisbaixo é claro, reflexivo também. A bola de vidro ainda estava nas minhas mãos. Nela, o meu reflexo estava completamente instável. Ora ou outra eu conseguia ver os olhos de Ifrit no lugar dos meus, ou até mesmo seus chifres no lugar dos meus cabelos. Será que estou enlouquecendo?
Esses pensamentos só foram embora quando chegamos na Taberna, onde pude reencontrar o restante do grupo. A sensação foi tranquilizante. Eu não estava com fome, só com um pouco de sede. Lembrei do que Gregar havia dito antes, quando voltamos para o rancho. Agora já estava amanhecendo e junto de um novo amanhecer, eu queria um novo objetivo.
Isso, vá em frente, junte-se a eles.
Você sabe que precisa deles para saber mais de sua mãe não sabe?
Eu estou com você, não precisa temer. Confie em mim, e tenha fé.
Aqueles murmúrios estavam me enlouquecendo, lágrimas queriam saltar do meu rosto, não sei porque. No bolso da minha capa, estava aquele pedaço de história, um pedaço de um quebra-cabeça que eu queria muito montar. Eu acho que era desse tipo de coisa que eu gostava não é? De jogos. Mas eu não consigo entender, porque tenho me sentido tão estranho?
— Ei mascarado!- Chamei por Gregar. — Aquilo que disse... ainda está de pé? Sobre te seguir?- Indaguei, um pouco desajeitado.
No fim, eu tomei minha decisão; escolhi confiar em Ifrit e me juntar a eles. Eu não tinha nada a perder, certo?
Passou a ser. Ou melhor, agora é.
Essa resposta veio quase de imediato em meus pensamentos. Minha cabeça doeu um pouco, distração era pouco perto do que me ocorreu. As coisas estavam muito confusas, eu sentia como se estivesse esquecendo alguma coisa. Algumas coisas. Me peguei olhando para a bola de vidro então. Não havia faíscas, não havia brilho algum... somente o meu próprio reflexo. Nele, meus olhos amarelo-fogo brilharam e eu pude ver, eu juro que vi, Ifrit estava rindo no meio das chamas. Eu mergulhei naquela visão como se estivesse pra perder a consciência, minha visão tornou-se mais ampla, eu podia ver um ambiente de sombras e de fogo. As chamas se alastravam com facilidade, chicoteavam tudo e todos como se fossem criaturas selvagens. E Ifrit estava lá, gargalhava com suas mãos abertas, incendiando tudo. Sua gargalhada ecoou em minha mente, por um longo período, pareciam anos. Mas ao mesmo tempo, eu ouvi a voz de meu pai. Era tão calma, serena, quase como se estivesse do meu lado. Era a única coisa boa dentro daquele universo de sombras. Eu queria fechar os olhos mas não conseguia. A voz de meu pai voltou a dizer para ter fé, ao passo que a voz de Ifrit ganhava mais espaço em minha mente. Eu devo acreditar em quem?
...
Foi então que despertei. Me dei conta de que tinha me deixado levar junto de todo o grupo até a sala do velho tio Targo. Lá, o grupo se separou mais uma vez. Eu queria ter ido junto do mascarado e do encrenqueiro, não sei porque, mas eu queria. Na sala restaram somente o grandão Ho, os subordinados de Targo, e eu. O silêncio pairou, interrompido apenas por aquele barulho irritante que mais parecia o riscar de alguma faísca. Procurei incessantemente pelos cantos pra identificar o que era, ao passo que o velho Targo começou a leitura de algo que, provavelmente, era destinado ao grande Ho.
— Uau! Parece bom não é?- Com certa inocência, daria uns tapas na perna do grande orc como se o parabenizasse pelo que conseguiu. — Com certeza você vai se tornar ainda maior do que já é, e vai comandar grandes exércitos em grandes batalhas!- Completei, com certo entusiasmo. Eu realmente espero que ele se torne alguém grande. O grandão Ho, é isso.
E logo em seguida, chegou minha vez. Targo fez um sinal com a mão e me chamou pra perto. Tomei a frente, parando em frente a mesa. Fiquei na ponta dos pés pra apanhar o tal papel que o tio Targo me entregou. Era tão velho, quase parecia estar se despedaçando, cheguei a ficar curioso do que se tratava. Imediatamente me coloquei a ler, apesar dessa não ser uma das tarefas que mais gosto de fazer. Era entediante. Sou mais hiperativo, entende?
Mas o que tinha escrito naquele papel ia muito além do simples gostar ou não gostar. Arregalei meus olhos quando vi que tinha informações sobre minha mãe. A princípio não sabia se era certo acreditar, mas Targo afirmou que era verídico. Ifrit não se manifestou, minha cabeça ainda doía. Terminei de ler, e um turbilhão de coisas começou a passar nos meus pensamentos. Senti náusea, me apoiei na mesa. Chacoalhei o rosto, realmente tive a impressão de estar com menos cabelo, dado alguns fios que senti falta quando incomodavam meus olhos numa dessas chacoalhadas. Ou era impressão? Senti uma ponta de medo daquela bola de vidro que talvez fosse o verdadeiro motivo dessa impressão. Mas isso era o de menos no momento. E aquele papel? Lyra era mesmo minha mãe? Era mesmo ela descrita dessa maneira? Engoli a seco. Senti sede. O frasco de meu sangue me foi entregue e, sem pensar duas vezes, rapidamente abri o frasco, despejando-o em minha boca com voracidade. Era como se na minha cabeça Ifrit gritasse; "Beba!". E eu beberia até não restar mais nada no frasco. Sentir o gosto terrível amaciando minha garganta, percorrendo meu corpo. Senti um certo entusiasmo também, aquilo era tão ruim e ao mesmo tempo tão gostoso...
— Arrg...- Pigarrei, tentando retomar o fôlego depois da inesperada bebida. — Por favor...- Uma breve parada intercalando com tosse, até ser capaz de cuspir as palavras quase sem fôlego; — Onde conseguiu isso? Sabe me dizer onde posso procurar por mais?- Referia-me ao arquivo. A aflição era notória em meus olhos, ao mesmo tempo que, logo em seguida, eu senti que deveria recuar. Não era certo exigir mais informações. Mas eu queria tanto saber...
No caso, independente de respostas ou não, seguiria Ho rumo a tal taberna que o velho Targo havia comentado anteriormente. Um pouco cabisbaixo é claro, reflexivo também. A bola de vidro ainda estava nas minhas mãos. Nela, o meu reflexo estava completamente instável. Ora ou outra eu conseguia ver os olhos de Ifrit no lugar dos meus, ou até mesmo seus chifres no lugar dos meus cabelos. Será que estou enlouquecendo?
Esses pensamentos só foram embora quando chegamos na Taberna, onde pude reencontrar o restante do grupo. A sensação foi tranquilizante. Eu não estava com fome, só com um pouco de sede. Lembrei do que Gregar havia dito antes, quando voltamos para o rancho. Agora já estava amanhecendo e junto de um novo amanhecer, eu queria um novo objetivo.
Isso, vá em frente, junte-se a eles.
Você sabe que precisa deles para saber mais de sua mãe não sabe?
Eu estou com você, não precisa temer. Confie em mim, e tenha fé.
Aqueles murmúrios estavam me enlouquecendo, lágrimas queriam saltar do meu rosto, não sei porque. No bolso da minha capa, estava aquele pedaço de história, um pedaço de um quebra-cabeça que eu queria muito montar. Eu acho que era desse tipo de coisa que eu gostava não é? De jogos. Mas eu não consigo entender, porque tenho me sentido tão estranho?
— Ei mascarado!- Chamei por Gregar. — Aquilo que disse... ainda está de pé? Sobre te seguir?- Indaguei, um pouco desajeitado.
No fim, eu tomei minha decisão; escolhi confiar em Ifrit e me juntar a eles. Eu não tinha nada a perder, certo?
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Hummingbird- Pontos de Medalhas : 70
Mensagens : 187
Idade : 28
Ficha Secundária
Título:
Lvl: 8
Raça: Possuído
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
Não gostava de Targo, nem dele nem do de orelhas pontudas. O primeiro me parecia calmo demais, inteligente demais para se lidar com, odiava lidar com pessoas inteligentes. Brutos estúpidos sempre eram mais maleáveis e simples de se lidar com, o segundo era do tipo de burro que mais detestava o que acreditava estar fazendo certo sempre. Odiava toda a babaquice sobre como era um herói da justiça e todo o resto, como se o babaca fosse fazer alguma coisa útil pra fedelha. Uma coisa que havia aprendido, se quiser sobreviver, tem que aprender como por si próprio, sem depender de nada nem ninguém. Apenas enfiava um dos dedos na orelha perante todo o discurso do elfo, não dava a mínima para o que ele falava ou para a garota, se pudesse a atiraria no chão ali mesmo. Kenna não me deixava. Uma baboseira sobre laços e destino, ignorava a maior parte de tudo para não entender nada sobre.
- Você não ouviu uma maldita palavra do que eu disse não é? Comentava ao elfo quando ele voltava a falar comigo. - Já que parece tão difícil assim para você me entender, deixe que eu vou colocar tudo em pontos. Primeiro não dou a mínima pra pirralha, por mim você poderia leva-la até Takaras que não me faria perder um segundo de sono. É Kenna que a quer, quer ficar de olho nela e não o corpo dela. Falo do treco na minha cabeça se é que entende. Segunda parte, você não vai conseguir fazer nada por isso aqui, é fresco demais para ver isso, a garota é tão manchada quanto eu, não no sentido literal com demônios e tudo mais. Kenna é o tipo de demônio que viveu por tempo o bastante para ser considerada uma múmia, vive dentro de humanos a mais tempo do que qualquer um de nós, se ela fala que o destino dessa garota é escuro, bem ela entende dessa merda toda. Enfie a garota em uma cela que não vou dar a mínima, não importa onde ela vá, se não colocar os olhos bem atentos a ela é convidar o caos. Dava de ombros pegando a garota e a encarando. - É como uma esponja sabe? Como se ela sugasse dos outros e chamasse azar. Se sou acostumado a algo isso é a ser azarado elfo. Isso me leva ao terceiro ponto, se você leva-la vai matar a pirralha e muito mais gente... na verdade ela me parece até bem morta, só uma questão de tempo, claro que isso ocorre nos olhos de um possuído. Quarto ponto, eu salvei ela, não você. Até onde me recordo das leis antigas a alma da garota pertence a mim até que pague sua dívida, se colocar entre isso é se colocar entre deuses e seus domínios. E por fim o quinto ponto, eu não gosto de você e não faço questão de dizer o oposto, não tenho intenção alguma de cooperar com você em nenhum trabalho extra. Se quer ficar de olho nela, sirva sob minha bandeira, não sei o que conhece sobre possuídos, mas minha vitalidade é boa o bastante para de dar uma surra se preciso. Terminava dando de ombros e voltando a seguir o grupo.
Dito isso ignorava o restante do elfo, pro inferno com ele, era a taberna que queria. Queria o sabor da cerveja depois do trabalho, do pernil repleto de gordura, queria comer logo qualquer coisa que pudesse um estomago vazio é simplesmente errado. Queria tudo de maneira rápida e sem complicações, a taberna estaria reservada para nós, mas não gostava de encontrar outras pessoas lá dentro, não pelo fato de ser encarado por eles, mas Targo havia dito que apenas nós estaríamos lá, o que levava tudo a uma dúvida, quem eram aqueles malditos beberrões? Ao menos um deles parecia guerreiro, ágil de olhar e repleto de cicatrizes bem confiáveis. Já estava atacando o pernil e a cerveja quando um dos homens se aproximava de mim. Então era aqueles os homens que Targo havia falado? Sorria por detrás do ferro da mascara, gostava daquilo.
- Primeiro e único de meu nome. Levantava-me dando a entender que caminharia para outra mesa. -- Parece que vamos precisar de algo para beber enquanto discutimos uns termos. E a bebe também parece que precisa de algo para comer...ou beber...não tenho certeza. Comentava alto o bastante para que Ani ou qualquer outro funcionário ouvisse aquilo. - Exatamente garoto, todos que quiserem podem servir minha bandeira, tenho alguns planos para concretizar e não me importo com quem seja. Dizia a Sean. - Se quiser se juntar a mim venha até nossa mesa e beba um pouco moleque, é uma ótima idade para começar a se beber. Caminharia até o local sentando em uma cadeira vazia. - Sou Gregar como devem saber, essa aqui é nossa mascote, aquele é Sean. Já devem ter ouvido um bocado sobre mim, mas ainda não sei nada sobre quem são, então...quem quer começar?
- Você não ouviu uma maldita palavra do que eu disse não é? Comentava ao elfo quando ele voltava a falar comigo. - Já que parece tão difícil assim para você me entender, deixe que eu vou colocar tudo em pontos. Primeiro não dou a mínima pra pirralha, por mim você poderia leva-la até Takaras que não me faria perder um segundo de sono. É Kenna que a quer, quer ficar de olho nela e não o corpo dela. Falo do treco na minha cabeça se é que entende. Segunda parte, você não vai conseguir fazer nada por isso aqui, é fresco demais para ver isso, a garota é tão manchada quanto eu, não no sentido literal com demônios e tudo mais. Kenna é o tipo de demônio que viveu por tempo o bastante para ser considerada uma múmia, vive dentro de humanos a mais tempo do que qualquer um de nós, se ela fala que o destino dessa garota é escuro, bem ela entende dessa merda toda. Enfie a garota em uma cela que não vou dar a mínima, não importa onde ela vá, se não colocar os olhos bem atentos a ela é convidar o caos. Dava de ombros pegando a garota e a encarando. - É como uma esponja sabe? Como se ela sugasse dos outros e chamasse azar. Se sou acostumado a algo isso é a ser azarado elfo. Isso me leva ao terceiro ponto, se você leva-la vai matar a pirralha e muito mais gente... na verdade ela me parece até bem morta, só uma questão de tempo, claro que isso ocorre nos olhos de um possuído. Quarto ponto, eu salvei ela, não você. Até onde me recordo das leis antigas a alma da garota pertence a mim até que pague sua dívida, se colocar entre isso é se colocar entre deuses e seus domínios. E por fim o quinto ponto, eu não gosto de você e não faço questão de dizer o oposto, não tenho intenção alguma de cooperar com você em nenhum trabalho extra. Se quer ficar de olho nela, sirva sob minha bandeira, não sei o que conhece sobre possuídos, mas minha vitalidade é boa o bastante para de dar uma surra se preciso. Terminava dando de ombros e voltando a seguir o grupo.
Dito isso ignorava o restante do elfo, pro inferno com ele, era a taberna que queria. Queria o sabor da cerveja depois do trabalho, do pernil repleto de gordura, queria comer logo qualquer coisa que pudesse um estomago vazio é simplesmente errado. Queria tudo de maneira rápida e sem complicações, a taberna estaria reservada para nós, mas não gostava de encontrar outras pessoas lá dentro, não pelo fato de ser encarado por eles, mas Targo havia dito que apenas nós estaríamos lá, o que levava tudo a uma dúvida, quem eram aqueles malditos beberrões? Ao menos um deles parecia guerreiro, ágil de olhar e repleto de cicatrizes bem confiáveis. Já estava atacando o pernil e a cerveja quando um dos homens se aproximava de mim. Então era aqueles os homens que Targo havia falado? Sorria por detrás do ferro da mascara, gostava daquilo.
- Primeiro e único de meu nome. Levantava-me dando a entender que caminharia para outra mesa. -- Parece que vamos precisar de algo para beber enquanto discutimos uns termos. E a bebe também parece que precisa de algo para comer...ou beber...não tenho certeza. Comentava alto o bastante para que Ani ou qualquer outro funcionário ouvisse aquilo. - Exatamente garoto, todos que quiserem podem servir minha bandeira, tenho alguns planos para concretizar e não me importo com quem seja. Dizia a Sean. - Se quiser se juntar a mim venha até nossa mesa e beba um pouco moleque, é uma ótima idade para começar a se beber. Caminharia até o local sentando em uma cadeira vazia. - Sou Gregar como devem saber, essa aqui é nossa mascote, aquele é Sean. Já devem ter ouvido um bocado sobre mim, mas ainda não sei nada sobre quem são, então...quem quer começar?
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Gregar Walker
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Gregar- Mensagens : 194
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Raça: Possuído
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
Neil se restringiu a voltar calado no retorno para o Rancho. Aquilo podia parecer estranho, mas ao que se mostrava, sua mente caótica talvez tivesse encontrado um pouco de paz... Ou não, talvez estivesse tão barulhenta quanto antes, ele só estava extremamente cansado para demonstrar qualquer que fosse a reação. Tirou o tempo necessário para dormir um pouco enquanto descansavam, além de ignorar tudo e todo, principalmente Sean que só fazia encher seu saco. Não gostava de ficar daquela forma. Sentia-se fraco e desprotegido. Suas costas doíam. Tinha dois buracos não cicatrizados com sangue coagulado bem no meio delas. Tinha que começar a rejeitar missões estúpidas como aquelas. Morrer não era sua intenção. Ainda mais lutando contra aquelas...
Não sabia bem o que era aquele último monstro. Mas sabia que nunca mais queria enfrentar nada como aquilo. Tinha que tomar cuidado com Sean também. Não sabia que o garoto tinha uma força maligna dentro de si. Aquele enjoo e fraqueza... Definitivamente sofrer tudo aquilo em um só dia tinha sido demais. Mas de qualquer forma, tinha acabado e aquele sorriso insano tinha voltado ao seu rosto quando pisou no Rancho. Nada mais lhe deixava tão motivo a algo do que ver o fracasso alheio e a sensação de derrota quando não tinham o que queriam. Não conseguiu ver a da bruxa, porque ela simplesmente tinha sido decapitada, mas isso não vinha ao caso.
Não negou a ida à Taberna, mas precisava de alguns cuidados médicos. Estava conseguindo suportar a dor, mas... Dor não era algo bom. Não na sua pele. E seguiu, escutando no caminho a discussão entre Tenkai e garoto que tinha a criança no colo. Tinha até esquecido da pequena. Não que fizesse alguma diferença. Sacou a adaga e viu o brilho da lâmina. - Porque vocês não matam ela de uma vez e calam a boca? - Sorriu, indicativo. Até entregou a adaga, mas recolheu quando viu que nenhum dos dois iria fazer aquilo. O Mascarado porque era subordinado à alguma mulher que o devia segurar pelas bolas. Tenkai por ser apenas mais um viado dentre tantos. Tsc, deprimente.
Na chegada do bar, ignorou aqueles na mesa. Sentou-se afastado, longe do grupo, levantando apenas para pegar cerveja e comida. Estava com muita fome. Deu-se conta de que tinha sentado perto do canto onde Hayashi estava. Retirou a adaga calmamente. Passou a lâmina no rosto dele. Cortou na bochecha, um raspão, bem leve. Trouxe a adaga pra sua cintura novamente. - De que adianta se você já quase não respira mais? - Disse mais pra sim mesmo do que pros outros e tomou um gole da cerveja, enquanto esperava a resolução da situação.
Não sabia bem o que era aquele último monstro. Mas sabia que nunca mais queria enfrentar nada como aquilo. Tinha que tomar cuidado com Sean também. Não sabia que o garoto tinha uma força maligna dentro de si. Aquele enjoo e fraqueza... Definitivamente sofrer tudo aquilo em um só dia tinha sido demais. Mas de qualquer forma, tinha acabado e aquele sorriso insano tinha voltado ao seu rosto quando pisou no Rancho. Nada mais lhe deixava tão motivo a algo do que ver o fracasso alheio e a sensação de derrota quando não tinham o que queriam. Não conseguiu ver a da bruxa, porque ela simplesmente tinha sido decapitada, mas isso não vinha ao caso.
Não negou a ida à Taberna, mas precisava de alguns cuidados médicos. Estava conseguindo suportar a dor, mas... Dor não era algo bom. Não na sua pele. E seguiu, escutando no caminho a discussão entre Tenkai e garoto que tinha a criança no colo. Tinha até esquecido da pequena. Não que fizesse alguma diferença. Sacou a adaga e viu o brilho da lâmina. - Porque vocês não matam ela de uma vez e calam a boca? - Sorriu, indicativo. Até entregou a adaga, mas recolheu quando viu que nenhum dos dois iria fazer aquilo. O Mascarado porque era subordinado à alguma mulher que o devia segurar pelas bolas. Tenkai por ser apenas mais um viado dentre tantos. Tsc, deprimente.
Na chegada do bar, ignorou aqueles na mesa. Sentou-se afastado, longe do grupo, levantando apenas para pegar cerveja e comida. Estava com muita fome. Deu-se conta de que tinha sentado perto do canto onde Hayashi estava. Retirou a adaga calmamente. Passou a lâmina no rosto dele. Cortou na bochecha, um raspão, bem leve. Trouxe a adaga pra sua cintura novamente. - De que adianta se você já quase não respira mais? - Disse mais pra sim mesmo do que pros outros e tomou um gole da cerveja, enquanto esperava a resolução da situação.
LK Neil Blaze- Pontos de Medalhas : 0
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Lvl: 4
Raça: Humano
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
23. Final nas chamas
Targo foi seco, ao responder Ho:─ Isso aqui é quase uma admissão. Tudo que precisa fazer depois de chegar lá é ser um pouco persuasivo. Há várias maneiras de fazer isso. ─ E, em tom de despedida forçada: ─ Boa sorte, Ho.
Para Sean, Targo foi mais prolixo:
─ Do meu conhecimento, só um tomo possuía esse registro. Esse ─ apontou para a página entregue para Sean, que estava velha demais para ter apenas oito anos ─ é o único escrito existente que menciona Lyra e seus outros nomes. Se deseja mais, recomendo procurar pelo homem que escreveu. Certamente ainda está vivo, e em Hilydrus, em meios religiosos. Ou com arquivistas. ─ E, de novo, no tom de “até mais, se manda”: ─ Boa sorte, Sean.
Quando deixaram o salão de Targo, um homem qualquer, alto e pálido, entrou logo depois. Sean e Ho foram para a taberna.
Lá, Neil conversava com Hayashi, que não respondia de volta.
Chagas:
─ Em quanto tempo isso fica pronto.
─ Cinco minutos, chefe. ─ respondeu o cozinheiro, lá de dentro.
─ Ah. ─ Chagas piscou. ─ Ei! Não ficariam prontos em dois minutos, há dois minutos atrás?
─ Dois minutos então, chefe.
Gregar pedia por bebida, que logo veio.
─ Na verdade não sabemos nada sobre o senhor ─ disse o jovem, respondendo o mascarado. ─ Só que é um mercenário e está montando um grupo.
O bêbado insistia:
─ Venha cá, venha cá. ─ Chamando Gregar pra mesa deles. ─ Aqui tem bebida também.
O jovem:
─ Eu sou Brod. O alegre ali é o Tom, e o mais quietão é o Lennie. Ouvimos que você é aventureiro e está contratando, que paga bem.
─ Que paga muito bem ─ disse Tom, lá da mesa dele, aproveitando pra virar mais um copo.
Lennie apenas encarava Gregar. E a bebê.
Brod continuou:
─ Fazíamos entregas para um senhor daqui. As vezes íamos buscar pessoas ou mercadorias. ─ e ficou quieto, aparentemente sua apresentação ia só até ali.
Sean tava no meio, querendo participar também.
Ali, firmariam alguma irmandade. Ao menos Tom parecia empolgado, disposto a começar já. Brod queria saber mais e Lennie nada falava, nunca.
Ho chegou, sentou. Chagas empurrou um copo pra ele.
─ Ho, deixamos bastante pra você. ─ ele disse, o pernil já pelo meio.
Nesse meio tempo, Bacurau entrou, foi até Tenkai e disse que Targo o esperava. Tenkai se levantou e acompanhou o menino pra fora da taverna, logo chegando no salão do contratante. Antes de entrar, um homem alto e pálido saiu, lhe dando um breve cumprimento com a cabeça.
Entrou. Dália ainda estava ali, ao lado. Reely, na escada, fumando. A armadura, no entanto, já não estava na mesa.
─ Tenkai. ─ saldou Targo. Tinha um papel pequeno em mãos. Leu: ─ “Que curioso. Tenho sonhado com um elfo nos últimos dias. Com um elfo e um homem escuro e outras pessoas. Mande-o até mim. Estarei em Hilydrus na próxima virada de lua. Fale pra ele me encontrar na “Isara do Campo”, onde ficarei hospedado. Farei isso por você Targo, mas espero que agora estejamos quietes. E meus sentimentos, por seu pai. Era um homem de fibra. Bom, até mais. Assinado, Rufos Bodom.”
Ele levantou a carta, para que Tenkai se aproximasse e a pegasse.
─ Este homem, Rufos, apesar de jovem, tem bons conhecimentos místicos. Viajou a ilha inteira, é um poliglota e poeta romântico. Não consigo pensar em ninguém melhor para lhe ajudar em sua busca, tanto pelas capacidades místicas, quanto pelo interesse em sua história com a elfa... provavelmente ele vai querer escrever uma canção sobre o caso. Espero que tenha sucesso, Tenkai.
Tenkai ainda olhou para a carta, que dizia exatamente o que foi lido, em letras miúdas e bem desenhadas. E tinha uma observação, no canto inferior direito, falando: “Para onde vai o amor, quando ele vai?”. Provavelmente um tipo de assinatura singular do mago poeta.
Com isso, o sangue de Tenkai, conservado no frasco, foi entregue e era só.
Na taberna, as carnes fritas ficaram prontas. Depois de dez minutos. Mas Chagas não chiou. Comeram, conversaram, comeram. O tempo voo. Chagas finalmente se lembrou de Hayashi e o tirou de perto de Neil. Levou o desmaiado pra cima, para algum quarto. Depois desceu e saiu da taberna, dizendo que estava pronto para ir ver Dália.
A noite veio, o cansaço se revelando nos ossos de cada. Uma cama não seria ruim, pra variar.
Assim que entrassem nos quartos, trancassem a porta e fossem pra cama, encontrariam um bilhete, no leito, dizendo:
“Gostaria de mantê-los hospedados por um maior tempo, e quem sabe contratá-los para outros serviços na floresta ao norte e na montanha. Mas o momento é delicado. Não vai demorar pra aparecer algum homem da lei fazendo perguntas, querendo saber da armadura, meu álibi e quem são esses homens hospedados recentemente nas redondezas: ou seja, vocês. Por isso peço para que vão embora amanhã de manhã, para evitar o contato com esses homens da lei.
Sou grato pelo serviço de vocês e entrarei em contato futuramente, com outras propostas. Aquele que estiver com o meu sangue, pode deixa-lo no quarto mesmo, antes de partir.
Passar bem.
Targo.”
Sou grato pelo serviço de vocês e entrarei em contato futuramente, com outras propostas. Aquele que estiver com o meu sangue, pode deixa-lo no quarto mesmo, antes de partir.
Passar bem.
Targo.”
Era o fim. Eles tinham mais o que fazer, com os favores que receberam. Sean e Tenkai ganharam uma busca. Ho, um contato no exército. Gregar tinha um grupo mais ou menos formado e só precisava saber o que fazer agora, e seja lá o que fosse, teria de ser fora dali, do Rancho, ao menos por enquanto. Hayashi dormia, de modo que nem recebeu sua recompensa. E Neil...
No quarto de Neil, não tinha nenhum bilhete de Targo... Mas, no meio da madrugada, alguém bateu na porta: Canário. Ele disse que Targo o esperava, não no salão, mas num estábulo, um pouco mais afastado do Rancho.
Canário guiou Neil. O estábulo era realmente bem recuado.
Entraram e Neil viu Targo de pé, apenas uma mão visível, como sempre, e a outra oculta sobre o robe. Dália também estava lá, segurando a tocha que iluminava o lugar.
Não tinha cavalo nenhum naquele estábulo.
Só palha. Bastante palha. Daria pra por fogo no mundo inteiro com aquele tanto de palha.
E ao fundo, Neil pôde ver partes de uma armadura negra e velha. De placas. Completa ─ exceto pelo elmo e as manoplas, que não estavam lá. As peças jaziam espalhadas, como se fosse parte do cenário.
Junto com corpos...
─ Neil ─ disse Targo. ─ Eu realmente não sabia o que fazer com você.
Neil não tinha se apresentado, certo? Então como Targo sabia o nome dele?
─ A ideia foi minha, aliás ─ disse Dália.
Então ela jogou a tocha por aí, sorrindo. A chama espalhou estranhamente rápido, fazendo um barulho imenso na palha e depois na madeira.
Lá, perto da armadura, eram seis corpos... Um corpo pra cada. Mas se contássemos Chagas, então saberíamos que o estranho grupo ─ que levaria a culpa do assalto à uma tumba, dia desses ─ era de sete, não seis pessoas.
Então faltava um corpo, pra fechar a conta e não restar suspeitas.
Targo estava cortando as pontas.
E, disse:
─ Por que te contratei? Porque eu devia um favor... à alguém que quer ver você morto. Talvez você morresse durante a missão. Mas não morreu, né?
Dália tirou do bolso o sangue de Neil, e jogou o frasco no meio das chamas, o destruindo.
Targo continuou, taciturno:
─ Então eu tinha que fazer alguma coisa, o que nos traz a esse momento.
Dália, empolgada:
─ Ninguém vai se importar com o sumiço deles ─ falava dos seis mortos, lá perto da armadura. ─ Talvez da criança. Talvez.
Targo olhou pra ela, finalmente irritado por ser interrompido.
As chamas comiam o estábulo. O velho continuou:
─ Mas não me parecia certo matar alguém que trabalhou comigo... Dália que me convenceu disso. Na verdade, ela meio que orquestrou esse final.
Dália deu de ombros:
─ Gostei de você. ─ justificou, olhando Neil com aqueles olhos fundos, sem emoção.
Reely entrou. Carregava um fardo. O sétimo corpo. Jogou o morto na palha inflamada.
─ Já o seu pedido ─ retomou Targo ─, era muito mais do que eu tinha oferecido. Era o valor de outros cinco pedidos juntos... Também não parecia justo. Mas acho justo lhe dar uma coisa, para que não vá de mãos abanando. Um nome: Velcoro Khan. Um diplomata, membro do conselho do rei de Hilydrus. Ele é o homem que, amanhã de manhã, receberá a minha notícia de que você, Neil foi morto num incêndio causado por magia negra, após um grupo de incautos ladrões, do qual fazia parte, tentar conjurar algo maligno através de uma armadura que fora, recentemente, roubada de uma Casa de Luz... Essa será a noticia oficial. Então aproveite sua vida, Neil, pois agora você está morto, de modo que Velcoro perderá o interesse em você... Mas nada impede que, agora, você tenha um certo interesse por Velcoro, não é mesmo? Parta amanhã, o mais rápido possível.
As chamas comeram o estábulo, eles saíram de lá.
No meio da noite, trabalhadores e moradores locais que acordaram correram para apagar o fogo.
E, ao amanhecer (quando todos já tivessem partido), curandeiros iriam constar que havia sete corpos no estábulo, todos mortos e irreconhecíveis. Havia também o aço líquido derretido do que um dia fora uma importante herança.
Os oficiais da lei viriam fazer perguntas. E talvez os outros irmãos de Targo iriam acusa-lo de ter roubado a tumba, de ter contratado o grupo, o que Targo alegaria ser um absurdo, pois não tinha nada que provasse a ligação dele com os sete. Mesmo se os trabalhadores fossem questionados se tinham visto, dias atrás, um grupo de seis ou sete pessoas passando por ali, indo falar com Targo, e dias depois, voltando, bem, esses trabalhadores diriam que não, não tinham visto ninguém e que Targo passou os últimos dias tomado por uma forte tosse seca, de modo que não recebeu ninguém, sério mesmo, podia perguntar pra qualquer um.
Esse maldito calor... deixava qualquer um bem adoentado.
Falariam por aí que o velho estava nas ultimas. Mas logo a notícia contrária se espalharia: Targo passa bem, obrigado, e vai disputar pelas heranças de seu pai. Uma briga pegada, aí de quem se metesse. Fazer o que, família é algo complicado.
- Experiência:
- Bluesday: 2000
Gregar: 1800
Hayashi: 1700
Hummingbird: 2200
Knock: 2100
Neil: 1600
- Considerações :
- Caras, devo dizer, foi a campanha que mais gostei de narrar! Acho que foi a mistura de um bom número de jogadores + o modelo de contratação, de ter de fazer um serviço. Provavelmente vou voltar a usar Targo e companhia, na mesma ideia de contratar grupos (aliás, tem uma certa neblina que precisa ser extinta, de um floresta não muito longe do Rancho, além de um misterioso grupo de orcs liderado por uma bruxa que... diabos, quem contratou ela?). E tem muitos ganchos que coloquei, para alguns, que podem ser usados por vocês mesmos em suas aventuras pessoais, ou então eu posso voltar ao assunto no futuro, caso aconteça de jogarem noutra campanha minha.
Devo dizer que 80% dessa campanha foi inspirada numa aventura que peguei de uma antiga Dragão Brasil e mestrei duas vezes, com meu grupo de RPG. Se chama "Armadura Sombria" (na capa, pois na matéria, estranhamente, mudam o nome pra "Armadura Negra". Provavelmente erro de edição). AQUI tem o PDF, caso queiram conferir. Acreditem, o personagem que serve como guia (aqui, chamado Chagas) trai o grupo no final! Acabei mudando isso, embora fosse tentador Chagas levar a armadura pra si, e que se dane o seu pai e os seus tios.
A campanha acabou, não irei postar mais nenhuma narração, então caso alguns de vocês queiram terminar conversas, usem a área de interpretação livre, talvez pra representar a noite na taverna.
O post que eu farei, que deve vir durante a semana, será um apêndice explicando alguns itens e coisas que vocês levaram da campanha (desde as coisas mágicas, como a bola de vidro e a cimitarra, até outros itens aparentemente comuns que calhou de um ou outro pegar), assim como as recompensas de cada, em detalhes, apenas pra consulta dos seus respectivos GMs.
Até.
NR Sérpico- Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222
Re: [Clássica] Herança, amor, ganância e outras doenças
Postagem sobre as recompensas e espólios.
GREGAR
Sua recompensa foram três npc’s interessados em lucrar. Sobre eles, uma pequena descrição:
Brod ─ o mais moço, avido por aventuras e um pouco arrogante, assim como todo jovem no auge da força e beleza.
Tom ─ um adulto que parece mais velho do que realmente é por viver preso à garrafa. Isso é: bêbado de entortar. Tem tendência a queimar fácil o que ganha e se meter em dividas e problemas diversos. O passado dele pode ser um poço fedido. Mas é dado ao bom humor e aparenta leal ─ desde que lhe paguem bem (e o que seria bem? Hm).
Lennie ─ de duas, uma: ou ele não fala ou não gostou de você. E um sujeito de meia idade, careca e com cicatrizes na face, pelo corpo todo. Parece um bom combatente, experiente. Sua postura sempre atenta (olhos bem abertos, peito estufado, ombros erguidos) podem sugerir um ex-soldado, do tipo que viu coisas feias e está sempre pronto a reagir.
Só. Isso que eu escrevi é meio que a sua impressão de cada um, num primeiro momento. Ou seja, talvez seja só uma impressão mesmo. Talvez Tom não seja tão bêbado assim (bem, Targo disse que todos eram, mas vai ver o velho errou e Tom extrapolou só naquele dia na taverna), talvez Lennie seja realmente mudo e talvez Brod seja mais experiente e capaz do que aparenta. Fica a cargo do seu GM em suas aventuras futuras.
Que fique claro que eles tem um interesse em ganhar dinheiro sob a sua liderança, que Targo deve ter falado ser promissora. Eles já são um grupo de 3 e já vinham trabalhando, ganhando o suficiente e mais um pouco. Ou seja, eles não estão desesperados por emprego ─ o que eles querem é mais dinheiro entrando, saca? Ou seja, eles não dependem de você. Qualquer aborrecimento pode bastar pra que eles repensem e se mandem de volta para o Rancho, para os trabalhos de antes.
Outra coisa que você levou foi a criança, que não tem absolutamente nada de anormal, exceto que não chora. Ela deve ter uns 6 meses, e seria interessante você conseguir leite materno pra ela. E pense num nome badass.
HO
Nesse trecho aqui...
...você pegou um machado de nível 1 e um cinturão aparentemente comum, com pedras que devem ser primas distantes daquela no botão da cimitarra... Mas já opacas e que só servem como decoração. Ou não, vai saber.
O seu pedido foi uma “facilitação” para entrar no exército. Bem, a Hrist vai encaixar isso no meio da aventura que você tá jogando.
SEAN
Resumindo, a bola de vidro escuro é o mesmo que o chapéu do Presto do Caverna do Dragão: ela pode invocar magias, mas de forma aleatória ─ o que pode ser ruim até para o conjurador. Ela não consome energia do usuário, mas pode lhe deixar hipnotizado, encarando a bola, a mente divagando por um universo alienígena que parece existir dentro do item. O usuário corre o risco de ficar aprisionado nessa fascinação pelo desconhecido (aqui, o seu GM pode querer requisitar um rank de energia pra que não haja hipnose no usuário, sei lá) por tempo indeterminado.
Eu inventei toda uma linguagem, o lance de cores e tal, pra que uma magia fosse conjurada de forma aleatória. Bom, seu GM pode simplificar as coisas e fazer algo mais direto.
É uma esfera de trinta centímetros, aparentemente resistente, porém leve. Um objeto curioso, fácil de atrair olhares.
E vale citar que, quando tudo acabou, a bola simplesmente “apagou”. Ela não se manifestou nem nada durante a volta ao Rancho. Ou seja, talvez ela tenha uma forma de “ligar” e “desligar”. Você a pegou ativada, e talvez por isso conseguiu utilizá-la. Depois do uso, ela desligou, simples assim.
Se ela não tiver um liga/desliga, então a alternativa é que, de alguma forma, a bicha tem consciência própria e faz o que quer, quando quer. Você vai ter de explorar o item. Eu apenas deixei um vislumbre do que ela faz para que o seu GM aproveite como quiser.
Outra coisa que você levou foi o único utensílio que a bruxa tinha, além da bola: uma pulseira feita de cabelos trançados. Aparentemente, apenas um item de importância sentimental, uma recordação ou um amuleto. A bruxa tinha cabelos pretos. Os cabelos que formam a pulseira são de um castanho desgastado.
E sobre o seu pedido, bom, nem tem o que acrescentar. É apenas uma deixa dupla para suas aventuras: 1) Em Hilydrus você deve encontrar o sacerdote que escreveu a página que você está levando (que a Dália nem se preocupou em dar um pano pra impedir que molhe, hm) e 2) conforme o documento, sua mãe foi enterrada em algum lugar (pantanoso) da Ilha dos Tritões, junto com o ex esposo gente boa.
NEIL
Difícil. Eu precisava de um motivo para ter você no grupo, você, a bomba relógio imprevisível, rs. E precisava lidar com a sua recompensa. Então fiz o que fiz. E tentei deixar um gancho (sobre ter alguém querendo você morto), caso queira aproveitar, pra tuas aventuras futuras.
TENKAI
Você ficou com a cimitarra, que é uma arma extremamente comum, de nível 1, antiga (estava numa tumba), porém bem conservada (uma tumba que mal circulava ar, hm). O que era incomum na arma, e que tentei deixar explícito desde cedo, era o minério precioso no botão dela:
Essa “esmeralda” era uma consciência viva, que diante de uma situação, materializava uma necessidade urgente do usuário, desde criar luz em meio completa escuridão, até executar o tipo de golpe certo para derrotar um inimigo especifico:
Eu cobrava apenas 15% de energia por façanha. Legal, hm? Mas esse não era o verdadeiro preço que eu queria explorar:
A joia funcionava como uma droga para o usuário: sacia, mas causa dependência, de modo que Ho, não mais em posse da arma, sentiu “abstinência”. Mas foi uma abstinência “leve”, talvez por que a joia era pequena. E, mesmo pegando energia do usuário, ela demonstrou ter uma vida útil: era usada e depois ganhava uma rachadura e ia perdendo a cor, até ficar opaca, cinzenta, e enfim morta.
Você, Tenkai, não sofreu tanto os efeitos dela por, provavelmente, usá-la já trincada e cinzenta. Foi como fumar o primeiro cigarro, estando ele já na metade: não deu em nada.
Acabou a campanha e a pedra não vive mais. Talvez dê pra ressuscitá-la ou mesmo achar a fonte de onde ela saiu, achar outras. Ou, mesmo opaca e trincada, talvez tenha gente interessada, disposta a fazer um escambo legal. Fica a dica aí para futuras sidequests.
E sua recompensa é um gancho, como vários outros: basta achar o mago poeta, lá em Hilydrus, na “Isara do Campo”, pra que ele dê um jeito de encontrar sua espada/elfa perdida.
Duvidas? Better Call Saul, digo Sérpico.
GREGAR
Sua recompensa foram três npc’s interessados em lucrar. Sobre eles, uma pequena descrição:
Brod ─ o mais moço, avido por aventuras e um pouco arrogante, assim como todo jovem no auge da força e beleza.
Tom ─ um adulto que parece mais velho do que realmente é por viver preso à garrafa. Isso é: bêbado de entortar. Tem tendência a queimar fácil o que ganha e se meter em dividas e problemas diversos. O passado dele pode ser um poço fedido. Mas é dado ao bom humor e aparenta leal ─ desde que lhe paguem bem (e o que seria bem? Hm).
Lennie ─ de duas, uma: ou ele não fala ou não gostou de você. E um sujeito de meia idade, careca e com cicatrizes na face, pelo corpo todo. Parece um bom combatente, experiente. Sua postura sempre atenta (olhos bem abertos, peito estufado, ombros erguidos) podem sugerir um ex-soldado, do tipo que viu coisas feias e está sempre pronto a reagir.
Só. Isso que eu escrevi é meio que a sua impressão de cada um, num primeiro momento. Ou seja, talvez seja só uma impressão mesmo. Talvez Tom não seja tão bêbado assim (bem, Targo disse que todos eram, mas vai ver o velho errou e Tom extrapolou só naquele dia na taverna), talvez Lennie seja realmente mudo e talvez Brod seja mais experiente e capaz do que aparenta. Fica a cargo do seu GM em suas aventuras futuras.
Que fique claro que eles tem um interesse em ganhar dinheiro sob a sua liderança, que Targo deve ter falado ser promissora. Eles já são um grupo de 3 e já vinham trabalhando, ganhando o suficiente e mais um pouco. Ou seja, eles não estão desesperados por emprego ─ o que eles querem é mais dinheiro entrando, saca? Ou seja, eles não dependem de você. Qualquer aborrecimento pode bastar pra que eles repensem e se mandem de volta para o Rancho, para os trabalhos de antes.
Outra coisa que você levou foi a criança, que não tem absolutamente nada de anormal, exceto que não chora. Ela deve ter uns 6 meses, e seria interessante você conseguir leite materno pra ela. E pense num nome badass.
HO
Nesse trecho aqui...
“Além de pegar o machado do inimigo, verificou [...] um cinturão de couro verde escuro. Era a única coisa que o orc tinha de anormal. O cinturão tinha pedras cinzentas e opacas, grudadas [no couro]. Poderia valer alguma coisa, ou até mesmo fazer alguma coisa.”
...você pegou um machado de nível 1 e um cinturão aparentemente comum, com pedras que devem ser primas distantes daquela no botão da cimitarra... Mas já opacas e que só servem como decoração. Ou não, vai saber.
O seu pedido foi uma “facilitação” para entrar no exército. Bem, a Hrist vai encaixar isso no meio da aventura que você tá jogando.
SEAN
Resumindo, a bola de vidro escuro é o mesmo que o chapéu do Presto do Caverna do Dragão: ela pode invocar magias, mas de forma aleatória ─ o que pode ser ruim até para o conjurador. Ela não consome energia do usuário, mas pode lhe deixar hipnotizado, encarando a bola, a mente divagando por um universo alienígena que parece existir dentro do item. O usuário corre o risco de ficar aprisionado nessa fascinação pelo desconhecido (aqui, o seu GM pode querer requisitar um rank de energia pra que não haja hipnose no usuário, sei lá) por tempo indeterminado.
Eu inventei toda uma linguagem, o lance de cores e tal, pra que uma magia fosse conjurada de forma aleatória. Bom, seu GM pode simplificar as coisas e fazer algo mais direto.
É uma esfera de trinta centímetros, aparentemente resistente, porém leve. Um objeto curioso, fácil de atrair olhares.
E vale citar que, quando tudo acabou, a bola simplesmente “apagou”. Ela não se manifestou nem nada durante a volta ao Rancho. Ou seja, talvez ela tenha uma forma de “ligar” e “desligar”. Você a pegou ativada, e talvez por isso conseguiu utilizá-la. Depois do uso, ela desligou, simples assim.
Se ela não tiver um liga/desliga, então a alternativa é que, de alguma forma, a bicha tem consciência própria e faz o que quer, quando quer. Você vai ter de explorar o item. Eu apenas deixei um vislumbre do que ela faz para que o seu GM aproveite como quiser.
Outra coisa que você levou foi o único utensílio que a bruxa tinha, além da bola: uma pulseira feita de cabelos trançados. Aparentemente, apenas um item de importância sentimental, uma recordação ou um amuleto. A bruxa tinha cabelos pretos. Os cabelos que formam a pulseira são de um castanho desgastado.
E sobre o seu pedido, bom, nem tem o que acrescentar. É apenas uma deixa dupla para suas aventuras: 1) Em Hilydrus você deve encontrar o sacerdote que escreveu a página que você está levando (que a Dália nem se preocupou em dar um pano pra impedir que molhe, hm) e 2) conforme o documento, sua mãe foi enterrada em algum lugar (pantanoso) da Ilha dos Tritões, junto com o ex esposo gente boa.
NEIL
Difícil. Eu precisava de um motivo para ter você no grupo, você, a bomba relógio imprevisível, rs. E precisava lidar com a sua recompensa. Então fiz o que fiz. E tentei deixar um gancho (sobre ter alguém querendo você morto), caso queira aproveitar, pra tuas aventuras futuras.
TENKAI
Você ficou com a cimitarra, que é uma arma extremamente comum, de nível 1, antiga (estava numa tumba), porém bem conservada (uma tumba que mal circulava ar, hm). O que era incomum na arma, e que tentei deixar explícito desde cedo, era o minério precioso no botão dela:
“...uma espada curvada (cimitarra) sobre um pequeno altar. A espada tinha uma linda esmeralda encravada no botão da arma e a joia pareceu reluzir, como que viva, chamando por Ho.”
Essa “esmeralda” era uma consciência viva, que diante de uma situação, materializava uma necessidade urgente do usuário, desde criar luz em meio completa escuridão, até executar o tipo de golpe certo para derrotar um inimigo especifico:
“Era uma lâmina, não teria tanto êxito contra as placas de ferro das armaduras, mas serviria para atrasá-las, jogá-las de lado. A força de Ho ajudaria nisso. Mas então deu um golpe e da lâmina saiu vento. Ia atacar uma, depois outra armadura. Mas a rajada invisível arrebatou as duas num golpe, atirando-as pra longe num giro de braços e pernas e rangidos. Ambas se estatelaram no chão, desmontando em alguns pontos. Não levantaram.”
Eu cobrava apenas 15% de energia por façanha. Legal, hm? Mas esse não era o verdadeiro preço que eu queria explorar:
“Mais energia escorreu para o braço de Ho, para a mão, para a cimitarra ─ que parecia colada em sua palma. A joia faiscou, alegre. [...] Que raio de arma era aquela? Ho podia sentir prazer em empunhá-la! Uma tremenda besteira, mas a sensação era que só agora ─ ao encontrar tal arma ─ que ele se tornara um guerreiro completo. Mesmo com o cansaço pela falta de ar, Ho se sentia bem. Desde que tivesse aquela cimitarra consigo, ele sempre estaria bem...”
A joia funcionava como uma droga para o usuário: sacia, mas causa dependência, de modo que Ho, não mais em posse da arma, sentiu “abstinência”. Mas foi uma abstinência “leve”, talvez por que a joia era pequena. E, mesmo pegando energia do usuário, ela demonstrou ter uma vida útil: era usada e depois ganhava uma rachadura e ia perdendo a cor, até ficar opaca, cinzenta, e enfim morta.
“Ho enfim conseguiu soltar a cimitarra. Olhou bem para a esmeralda no botão. Lá, na tumba, ela pareceu bem brilhante, como nova. Agora, estava opaca, mais cinza do que verde, parecendo até suja.”
Você, Tenkai, não sofreu tanto os efeitos dela por, provavelmente, usá-la já trincada e cinzenta. Foi como fumar o primeiro cigarro, estando ele já na metade: não deu em nada.
Acabou a campanha e a pedra não vive mais. Talvez dê pra ressuscitá-la ou mesmo achar a fonte de onde ela saiu, achar outras. Ou, mesmo opaca e trincada, talvez tenha gente interessada, disposta a fazer um escambo legal. Fica a dica aí para futuras sidequests.
E sua recompensa é um gancho, como vários outros: basta achar o mago poeta, lá em Hilydrus, na “Isara do Campo”, pra que ele dê um jeito de encontrar sua espada/elfa perdida.
Duvidas? Better Call Saul, digo Sérpico.
NR Sérpico- Pontos de Medalhas : 0
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