Fórum Inativo!

Atualmente Lodoss se encontra inativo. Saiba mais clicando aqui.










Vagas Ocupadas / Vagas Totais
-- / 25

Fórum Inativo!

Saiba Mais
Quadro de Avisos

>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.

> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!

> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!

> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!




Quer continuar ouvindo as trilhas enquanto navega pelo fórum? Clique no botão acima!

[Clássica] Noite das máscaras

5 participantes

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Dom Jun 29, 2014 10:22 pm

STATUS
ALDARION

Hp: 59%
Mp: 45%

EVELLYN
Hp: 100%
Mp: 70%

GREGAR
Hp: 18%
Mp: 00%

HOSHITTERU
Hp: 90%
Mp: 00%


PARAMET
SUL ─ região dedicada aos artistas em geral
LESTE ─ espaço para a pratica de esportes em geral, com arenas montadas, se estendendo pra fora da cidade
OESTE ─ onde estão os grandes salões de jogos de azar
NORTE ─ região das hospedagens e do Pólux (o castelo biblioteca)
CENTRO ─ comércio em geral


APÊNDICE DE PERSONAGENS
Isso aqui é mais pra mim do que pra qualquer outro. Trata-se de uma lista com os personagens da campanha, seus nomes, alcunha (se tiver), cargo/ocupação (idem), e algum complemento. Conforme os personagens forem aparecendo (e conforme vocês forem descobrindo quem são eles), irei editando a lista.  

─ PENKALA, O homem de branco
─ LAMPO, O jovem sorridente
─ AZASTO, O jovem sério
─ RHEA
─ SLAO

─ DAG, comerciante caolho
─ EMMA, filha do DAG


Última edição por NT Sérpico em Dom Out 19, 2014 8:19 pm, editado 8 vez(es)
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Dom Jun 29, 2014 10:31 pm

Houve outro sonho, mas esse era bem comum, do tipo que não é muito claro: cada um via a si próprio num grande pavilhão, muitas tendas armadas aqui e ali. Pessoas transitavam aos montes e o som de música ecoava. Mais a frente estava a cidade, acordada como nunca naquela noite estrelada. De repente, como em todos os sonhos, a cena mudou sem explicações e cada um se viu dentro de uma das tendas. Havia um bordado que pendia do teto, girando conforme o vento batia. O bordado dizia “Tenda do Dag”. Daí um homem velho e caolho, atrás de uma grande mesa, apresentava algumas fantasias e máscaras do seu mostruário.  

E acabou. E todos seguiram para... Espera. Por que iriam para Paramet? Tudo bem que os boatos de uma mulher morta, que teve o bebê retirado da barriga, surgiu por aí mas... poderia ser apenas coincidência, certo? Não havia uma prova sólida que garantisse mais duas mortes futuras, na tal Noite das Máscaras... Mas também não havia nada que negasse a possibilidade de duas mães serem brutalmente assassinadas.

Então se dirigiram para Paramet, cada um com seus próprios objetivos e curiosidades. Poderiam de fato querer impedir o homem de branco e os gêmeos, acreditando na existência deles. Ou poderiam seguir pra lá impelidos apenas por instinto, com questionamentos sobre a origem daquele sonho inicial. Ou poderiam simplesmente ver o que era esse festival.

No caminho, ouviram muito sobre a Noite das Máscaras. As pessoas comentavam como se fosse o evento do ano. Era simplesmente uma noite de festas, competições e prazeres. Mas com um diferencial: o anonimato ─ as pessoas usavam máscaras durante toda a noite, não revelando identidades.

A Noite das Máscaras igualava todos. Haviam lordes e mendigos ali ─ em meio as máscaras, era impossível saber quem era o nobre e quem era o limpador de chaminés. Na Noite das Máscaras todos eram seus próprios reis, príncipes, prostitutas, anjos, demônios, o que desejasse. O mais maltrapilho dos mendigos, nesta noite, poderia ser na verdade um homem riquíssimo. E o mesmo mendigo poderia acabar se deitando com uma rainha que era na verdade uma camponesa. Aquele sujeito fantasiado de carrasco que fora competir uma justa poderia ser na verdade uma mulher combatente, sempre limitada pelos pais no desejo de ser cavaleira, mas agora livre, por uma noite, para realizar o sonho. Já o seu adversário, o cavaleiro em armadura reluzente, poderia ser na verdade o ex-cavaleiro de 80 anos que vive com dores, de cama, mas que na Noite das Máscaras fugiu dos cuidados dos filhos para voltar a ser o que sempre fora.

A Noite das Máscaras era liberdade. As pessoas não precisam ter controle em suas ações, em seus desejos ─ pois não tinham rosto, não eram mais elas mesmas.

E enfim, chegaram.

E viram um mar de tendas. A massa de pessoas caminhavam de lá pra cá, todas fantasiadas, mascaradas. Havia guardas, não muitos, mas que eram fáceis de identificar no meio da multidão. Estavam lá apenas para separar brigas, preservando o divertimento de todos. E eles também usavam máscaras, algo padrão e simples: um rosto dourado, com feições de um homem.

Após o pavilhão de tendas, era possível ver a cidade. O olhar no horizonte acabava se elevando automaticamente para o que deveria ser uma noite perfeita, céu limpo e astros em eminência. Mas a luz das estrelas eram luzes secundárias, pois Paramet parecia ter seus próprios luminares: a cidade brilhava, como se fosse um farol, sinalizando para toda Lodoss. E havia música.   

Continuaram. A passagem era mais demorada do que deveria por causa do número de pessoas andando. Era preciso desviar a todo tempo pra conseguir andar ali. E, para cada um em particular, alguém falou:

Você precisa de uma máscara! As pessoas só entram na Noite se estiverem mascaradas!

Um aviso, dado por um rosto anônimo qualquer; mulher ou homem, difícil dizer. Difícil dizer até de que lado chegara a voz. Mas era um aviso válido. Era meio desconfortante ser o único naquela multidão com o rosto à mostra.

Daí enxergaram ─ todos os quatro, da posição que estavam, seja qual fosse ─ uma barraca em especial. Havia um bordado colado numa placa do lado de fora. E as palavras eram estranhamente familiares.

“Tenda do Dag”, dizia.  

Spoiler:


Última edição por NT Sérpico em Qui Jul 03, 2014 9:57 pm, editado 1 vez(es)
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Jul 01, 2014 8:35 am

Sonhos, o que são? Uns dizem que são visões de um outro mundo, outros dizem que são presságios do futuro ou simplesmente imagens que nossas mentes criam para brincar nos momentos em que o corpo necessita do inevitável repouso que imita a morte. Seja o que for, os últimos sonhos que se apossaram da mente do guerreiro conhecido como Aldarion Ironshield pareciam estranhamente reais, como se ele não estivesse sonhando mas sim testemunhando o desenrolar de acontecimentos nefandos.

Normalmente um homem mais civilizado ignoraria tudo e acharia que a desconfortável coincidência dos sonhos com a realidade não passasse de simples obra do acaso. Em um mundo dominado por incertezas onde as leis naturais são desafiadas diariamente por poderes incríveis lançados em um palco onde a espada afiada encontra igual oposição à magia brilhante, é tolo aquele que leva a vida com ceticismo. Aldarion pode ser um homem cheios de defeitos abissais, mas ele está longe de ser um cético, quanto mais um tolo. Não quando sua própria alma já se encontra em posse de sua amada mestra, Sabrina.

Dominado pela dúvida, Aldarion buscou em Sabrina o esclarecimento que lhe faltava, contou a ela seus sonhos e foi ouvido com atenção. A resposta que saiu dos lábios da jovem no entanto ele sabe, que apesar de ter dito com a voz dela não foi formulada pela dona e sim por Alice, a feiticeira assassina que habitava o corpo de Sabrina e servia-lhe como conselheira e protetora.

Guerreiro, seus sonhos são o presságio de algo, você não o está os recebendo a toa. Pegue suas coisas e parta para solucionar a causa dessas visões. Eu e Sabrina ficaremos aqui esperando por você, pois a coisas no destino de um homem que só podem ser feitas por ele próprio. – Disse a bruxa para então dar novamente o controle do corpo a aquela que lhe é de direito.

E assim, com uma ultima noite apaixonada, Aldarion despediu-se de Sabrina, sua mestra, sua senhora, sua amada. Com passos decididos e uma coragem que invejaria um leão ele pariu para Paramet, segundo seus cálculos ele estaria lá no exato dia da famosa Noite das Máscaras.

Quando Aldarion chegou na cidade, a noite devorava o brilho do sol lançando o mundo nas trevas de Janyia mais uma vez. O espadachim atravessou as fronteiras da cidade de Paramet sem deixar de notar a decoração que se espalhava por toda parte. Sem saber o porque, lá estava ele, junto de outros que ele jamais havia visto, naquele lugar que ele conhecia como se já estivesse estado ali sem nunca jamais realmente ter estado, a Tenda do Dag.

Pelos cabelos perfumados de minha senhora. Me dê logo uma máscara homem. – Disse Aldarion impaciente. – Esta aqui está perfeita.

Disse o guerreiro pegando um saco preto e colocando na cabeça, quando estava devidamente ajustado o saco preto revelou ser na verdade a máscara da morte de um executor. Aldarion estava agora mascarado de carrasco.

Sem dizer mais nenhuma palavra o guerreiro retirou do bolso um punhado de lodians e o atirou para aquele que deveria se chamar Dag, depois sem o mínimo de educação retirou-se do local para se misturar à multidão que festejava pela cidade.

Naquela noite brilhante onde as identidades se confundem e se embaralham sob o mistério das máscaras, Aldarion vestira a máscara que na verdade deixava transparecer sua real faceta, o carrasco que havia chego para ceifar a vida dos vilões sinistros responsáveis por suas visões.

Mas talvez quem sabe... Ele não viesse a fazer o papel contrário, o papel do salvador de uma nova vida? Isso somente os deuses poderão dizer.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Ter Jul 01, 2014 10:33 am

- Vamos começar mais uma vez, por que estamos aqui mesmo?

Ouvia a voz demoníaca sussurrando as palavras enquanto caminhava. Vez ou outra se estivesse suficientemente bêbado, ou com a cabeça nas nuvens, podia até admitir que não era o melhor em bolar planos, sempre tinha sido mais fácil agir, se era Kenna quem gostava de pensar, por que seria eu que diria quais os próximos passos? A lógica havia dado certo até então, não havia motivos para que parasse de usa-la, a menos que esquecesse o fato, de Kenna ser tão bondosa ou caridosa como qualquer outro demônio.  Claro que haviam situações em que ignorava o que ela pensava, e eram justamente nessas onde precisava ouvir durante horas teorias e argumentos,  sobre o por que ela estava tão certa, sabe como é ter alguém falando direto em sua cabeça por horas a fio, tentando te convencer que você é um idiota estúpido, que está perdendo uma ótima chance de encontrar um livro raro? Se não sabe, sorte sua.

- Estamos aqui, por que você acha que sonhei uma previsão, como sempre ficou curiosa demais, e me atormentou até que decidisse nós trazer para cá... feliz agora?

- Perfeito, agora coloque sua mascara e ande logo, quero descobrir logo o porquê de você ter recebido uma previsão como essa.

Céus como odiava demônios, tomaria banhos todos os dias em água benta caso ela me deixasse em paz por algumas horas. Os únicos momentos que tinha um mínimo de paz era depois que passava os olhos por algum livro velho, que caia aos pedaços, quanto mais rápido passasse os olhos pelas palavras mais ela demoraria a entendê-las, normalmente ganharia algumas horas até que ela voltasse reclamando sobre como faltavam páginas no livro, falando mais e mais sobre como precisávamos encontrar um exemplar completo dele. Livros nunca dão dinheiro o bastante, você não pode comer livros, muita gente nem ao menos se importa com um livro roído por insetos, tudo seria tão mais fácil caso caçássemos coisas que realmente dão algum lucro, um tesouro aqui, outro ali, pronto poderia viver o resto de meus dias em uma casa de praia, alternando entre minha cama e uma taverna local, era pedir muito?

Em pensamentos, quase não percebia a noite das mascaras se aproximando, o que acredite em mim era bem difícil. Todas aquelas luzes, o barulho de gente caminhando e falando, as roupas que pareciam tentar cegar quem as olhasse por muito tempo, começava a pensar se ter vindo até aqui tinha sido uma boa ideia. Puxava a mascara de ferro presa ao cinto e a colocava sobre o rosto, o metal gelado parecia colar na pele por alguns instantes, mas pelo menos poderia poupar o dinheiro que já não tinha em alugar uma mascara. Em uma coisa precisaria concordar com Kenna, aquilo com certeza era intrigante, digo, tantos cavaleiros com armaduras reluzentes, tantos padres que pregavam ajudar ao próximo, e era eu que tinha sido escolhido pra salvar um bando de mulheres grávidas de ladrões de crianças. A escuridão naquele humor era tanta, que havia gargalhado por um bom tempo na primeira vez que ouvia Kenna dizer que tinha sido uma profecia. A multidão tornava a caminhada em penitencia, e a duvida do lugar onde deveria ir só tornava aquilo ainda mais frustrante, ouvia gritos falando sobre mascaras, mas não era uma voz humana que chamava minha atenção.

- Ali, aquele é o lugar.

Parava por um momento e olhava aquele realmente era o lugar do sonho, se encontrasse alguém caolho lá dentro poderia começar a pensar que Kenna estava certa... céus por que ela sempre tinha de estar certa? Com passos tão largos quanto a multidão permitisse, entraria na tão conhecida “Tenda do Dag”, era um ótimo ponto de partida, ao menos seria um melhor do que caçar mulheres grávidas em uma multidão, salvar criancinhas por ai poderia ser algo bem produtivo, ao menos não seria chutado da cidade tão rapidamente, podia até cobrar alguns trocados por isso.

- Ouvi dizer que quando usamos mascaras por muito tempo, começamos a confundi-las com nosso rosto.
Diria enquanto, retirava a mascara de ferro e a afivela ao cinto. Não havia sentido usar uma mascara pela qual todos me conheciam, ser desconhecido poderia ser bom vez ou outra, então pegava uma mascara em especial que me chamava atenção, um rosto com olhos e sorriso contente. Atiraria as ultimas e poucas moedas que tinha comigo, esperava ser o bastante. – Sabe, vim encontrar um antigo conhecido, já ouviu o nome Penkala? Diria enquanto colocaria a nova mascara, a noite apenas começava.


Última edição por Gregar em Qua Jul 02, 2014 7:26 pm, editado 1 vez(es)

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Qua Jul 02, 2014 3:26 pm

In your dream, the night begins


Abriu suas pálpebras lentamente, e então, se encontrara em um pavilhão totalmente desconhecido. Moveu-se delicadamente para saber o que mais havia afora daquele local que estava. Afinal, não sabia como estava lá e nem o motivo. O firmamento estava tão negro quanto os longos cabelos da garota, mas, coberto pelas brilhantes estrelas. Trêmula, era como a garota estava. Seus súteis braços e pernas tremulavam-se sem que ela queira; seu corpo não estava dando uma resposta para as ações que desejava fazer. Não sabia o motivo disto estar acontecendo, era um tanto... Inusitado para ela.

Podia ouvir uma grande onda sonora de uma bela melodia ecoando em sua mente; em seu coração. Suas pupilas acompanhava o movimento da tal multidão de pessoas naquele local; assim como uma vasta quantidade de tendas. Entretanto, foram à diante de tudo aquilo que já havia reparado; uma cidade.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, ou até meu corpo fizesse alguma ação que eu não queira, me deparei em outro local; estava dentro em uma das tendas. Olhei atentamente para o local, mas, algo lhe havia me invocando a atenção e o meu olhar. Um bordado, tão visível para quem tivera uma observação rápida.

"Tenda do Dag", era o que estava escrito. Isto deveria ser considerável para algum momento em sua vida, afinal, os sonhos são o que compõe e dizem sobre o seu futuro. A meio-feral tentou guardar aquilo em sua mente, como guardara uma situação feliz em sua mente. Voltou seu olhar para frente, havia um senhor idoso zarolho, perto de uma mesa vastada de vestuário fantasia e máscaras; ambas de vários diferentes estilos e modelos.




Fechei minhas pálpebras pesadas, com uma cara sonolenta. Ainda mais pela luz fúlgido do Sol, incomodando minhas pupilas. Estava admirando aquela vista incrível do pôr-do-sol; aparentava ser umas 5 ~ 6 am. Havia acordado tão cedo, não tinha nem nascido a grande bola de fogo. Tive que acordar tão cedo para dar uma mãozinha à minha "mãe", como caçar algo para comermos ou até mesmo ajudar na limpeza da nossa pequena cabana. Naquele momento, eu estava caçando um cervo para o almoço.

Nós duas havíamos a feição de comer qualquer coisa, desde que satisfaça a nossa fome. Porém, teria um festival destinado à um deus da cidadezinha em que vivemos. E a refeição para esta festa havia ficado conosco. A hora desta festa seria ao certo... Meio-dia. Minha mãe estava preparando os aperitivos desde madrugada, enquanto eu dormia. Mas, algo me incomodava enquanto eu estava à caça; sobre o meu sonho. Ele havia sido um tanto... Incomum comparando-os com outros sonhos; afinal, raramente lembrava de alguns sonhos. Ainda mais pelo sonho anterior, a morte de uma senhora tão horrível; ainda mais que estará prenhe. Aquilo... Era horrendo de se lembrar, mas, algo curioso era que boatos ocorriam sobre essa morte. Não acreditava nisto, afinal, eram boatos; juntando vários outros casos, isto é como se cria um boato. Mas, agora este sonho real, era completamente estranho. Não tinha nenhum boato sobre ele ou algo assim, pelo menos.

O tempo passava tão rápido quanto imaginei e já estava na hora do festival. Havia bastantes barracas, enfeites e estátuas daquele deus; assim como sua média quantidade de pessoas daquela cidade. O firmamento permanecia límpido e azulado. Todas as pessoas festejavam dançando, dançando e comendo; mas algumas eram mais reservadas e passavam a conversar. Eu não estava muito afim daquele festival; era um pouco... Sem sal. Preferi ficar junto aos que conversavam, para ver se ocorriam boatos daquele meu sonho. Sentei em uma das caixas grandes aonde ficavam os outros e apenas mantive a atenção na conversa.

Eles estavam tendo uma conversa normal, como de qualquer uma. Apenas permaneci calada, mas, nada adiantava, eles nunca falavam. Até que se aproximou Eilkahn, a guardiã da nossa cidade.


Por que estão papeando enquanto perdem o fantástico festival? — sorriu graciosamente. — Por favor, peço que vão se divertir até esta festa acabar! — assim que pronunciou essas palavras, o restante se levantou e foi até o meio dos outros.

Eilkahn era responsável por cuidar da nossa cidade e da religião, sendo também como eventos e outras coisas para a nossa segurança e entretenimento. Mas também, era uma "mulher dos céus", por seu talento de poder ver o futuro; mesmo sendo pouco. Eu havia contado para ela sobre aquele sonho, mas este de hoje... Ainda não. Esperava o momento certo.

Eilkahn, preciso falar com você. — encarei ela seriamente, com os braços cruzados. — Tive outro sonho novamente.

E... — pronunciou rapidamente. — Como foi este seu sonho? — indagou, curiosa.

Contei tudo absolutamente detalhado. Como me sentia, o que eu conseguia enxergar e até sobre aquela "Tenda do Dag". Apenas fiquei calada, esperando sua resposta.

Entendo... — ela sorriu. — E o que você quer saber?

Sobre se eu posso ir até esse lugar, Paramet. Meu outro sonho anterior disse que uma mulher havia sido morta lá. E os boatos dizem a mesma coisa, mas este sonho... É totalmente estranho, não sei o que tem haver com isto.— pronunciei bufando.

Paramet é conhecida pela sua Noite das máscaras, um popular evento que acontece por lá. — disse. — Mas, parece que alguns criminosos se aproveitam deste evento para roubar ou assassinar. Mas, acho que você pode descobrir isto até lá. — sorriu. — É um dia de longa viagem, mas, se você ir para lá nessa hora irá chegar de noite, a hora que a Noite das máscaras começa. Afinal, você é uma aventureira, certo?

Parece que sim... — dei um sorriso. — Então, irei arrumar minhas coisas desde já. — me virei e fui em direção à minha casa.

Arrumei minhas coisas para a bolsa, como um cantil de água, minha adaga e outras coisas para uma viagem. Acredito que não iria ter uma temperatura baixa, pois iria com meu vestuário normal até lá. Não costumava levar tanta coisa para uma simples viagem. Sai do meu lar e fui em direção à saída da minha cidade, esperando que Eilkahn viesse falar comigo. Estava pensando que ela iria aconselhar-me alguma coisa sobre esta noite, mas pelo visto, não foi o que aconteceu.


O que está fazendo aqui ainda? — ela indagou, curiosa. — Se for assim, não conseguirá chegar a tempo!

Apenas avise à minha mãe que sairei para Paramet, por favor.

Após falar aquilo, dei de costas à minha cidade, deixando minha mãe novamente para uma viagem. Ela já estava uma senhora, com vários problemas de saúde. Não queria deixar ela daquele jeito, mas ela... Não se importava com isto. Queria que eu me divertisse, ficasse junta com vários aventureiros e sempre com um sorriso no rosto. Isto de alguma forma, me deixava pensativa, afinal, se ela diz isto, significa que algo aconteceu-lhe em seu passado, não tenho certeza. No caminho, pude observar a bela natureza que encontrava. Riachos, várias espécies de flores e plantas, assim como animais. Eu nunca observei isto em outras viagens, não era muito de observar; dependendo do meu humor. Mas, naquela viagem, acredito que foi o momento em que mais admirei com a natureza, algo tão magnifico.

As vezes, eu parava para beber um pouco do meu cantil, ou então para enxugar algumas gotas de suor com um pequeno paninho. Quando percebi, já estava quase de noite, o sol se despedia dos humanos para ir descansar em paz. Até que, depois de um pequeno tempo para que se tornasse noite, percebi que havia uma luz brilhante vindo de algum lugar, e minha curiosidade me leva até lá.


In your reality, the night begins


Avistei aquele lugar como em meu sonho, era magnifico. Mesmo de noite, havia uma vasta quantidade de pessoas animadas; assim como várias tendas. Percebi que a entrada da cidade estava lotada de pessoas, fazendo uma fila imensa. Entrei na fila, para não perder aquela noite, misturada com várias pessoas. Ouvi uma voz, não sabia de onde ela veio, mas sei que ouvi.


Você precisa de uma máscara! As pessoas só entram na Noite se estiverem mascaradas!


Engoli seco, como conseguiria uma máscara? Especialmente porque eu não saberia que teria que levar uma máscara para esta noite. Não, eu não havia pensado direito, afinal, o nome é Noite das máscaras, estava bem obvio que teria que ter uma máscara. Mas acho que... Minha curiosidade sobre o sonho não me havia feito pensar nisto, apenas vim até aqui por curiosidade.

Virei meu olhar para uma tenda, um tanto... Revelador. Naquela tenda, havia um nome bordado como Tenda do Dag. Sim, era aquele que apareceu em meus sonhos. Seria coincidência? Não sei, mas só sabia que precisava logo de uma máscara. Sai do meu lugar e fui até lá.

Havia o mesmo senhor que estava no meu sonho, idoso e caolho. Não sei o que significava isto, mas só sei que não acreditava muito em sonhos, dependendo de alguns. Observei algumas máscaras e uma me chamou a atenção. Ela era branca, com uma borda amarela em volta dos olhos e uma borda carnuda na boca; assim como várias outras cores de enfeite na máscara. Pegou-a, contente que havia achado algo que achava bonito. Mas, logo se lembrou que não havia dinheiro algum.


Droga. — bufei, olhando para baixo. — Estou sem dinheiro. — sussurrei comigo mesma.

Olhei atentamente à máscara, estava um pouco triste por não poder conseguir comprar, afinal, queria muito participar daquela Noite das máscaras. Revirei em minha bolsa novamente, com esperança que tivesse algo em sua bolsa. Para minha sorte, haviam duas moedas de valor baixo nelas, escondidas. "Como isto veio parar aqui?, pensei. Não fazia ideia, mas, depois iria descobrir. Peguei as duas moedas e coloquei na frente do senhor.

Isto é o suficiente para pagar-ló? — Olhei para ele esperando alguma resposta.



OFF: Bem... Eu tentei fazer um post grande. Espero que não se incomode por algum erro na mensagem, ainda não estou acostumada com o jeito do Lodoss. X_X Me desculpe mesmo.

Só pra explicar também, as moedas foram colocadas pela Eilkahn quando a Evellyn estava de costas para ela. e_e

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Qua Jul 02, 2014 8:37 pm

Atelier Ayesha Soundtrack
2.10
Musica: 硝子の花綿


Estava tendo muitos sonhos ultimamente. Não era algo comum para mim, costumava apenas dormir e acordar naturalmente. Por este motivo, acabei tendo certa desconfiança sobre estes sonhos. Desconfiança esta, que se intensificou ainda mais em um dia comum...

Levava algumas frutas que havia colhido na floresta para uma senhora idosa que morava perante a fronteira. Ela parecia estar se mudando para Paramet. Então, eu e minha mãe decidimos nos despedir dela com algumas frutas para sua viagem.

Ooooh! Obrigada rapazinho. Mas, que gentil. — Dizia a senhora idosa enquanto apertava minhas bochechas como um agradecimento pelo alimento.

A carroça para leva-la parecia já ter chegado, e junto dela, seus dois filhos de Paramet que conversavam entre si. Eles pareciam ter o habito de falar um tanto alto, podia ouvir facilmente a conversa de onde estava.

Conversam seriamente sobre o assassinato da camponesa e sobre a tão esperada noite de máscaras. Realmente estava um tanto confuso sobre oque falavam. Segundo os boatos dos dois irmãos, os acontecimentos de meu sonho seriam verdadeiros. Meus instintos me diziam que eu deveria partir para Paramet. Se o ocorrido em meus sonhos fosse verdade, deveria dar meu máximo para impedir que mais mulheres grávidas morressem.

Tendo estes objetivos, pedi à senhora que me desse carona até Paramet. Assim poderia confirmar oque de fato aconteceria por lá. E se fosse o caso, impedir que as mulheres fossem assassinadas e tivessem seus filhos furtados. Tanto a senhora, quanto minha mãe, concordaram com que eu fosse.



No caminho pude perceber que era um evento bastante comentado. Todos os tipos de seres estavam animados pela chegada do evento, por mais que por motivos diferentes. Mas, todos eles tinham somente um desejo em comum. Queriam poder livremente ser alguém que nunca tiveram chance de ser.

De certa forma cheguei a pensar em como saberia quem seriam os assassinos e como conseguiria encontra-los. O problema não era somente pelo numero de pessoas. Os assassinos obviamente estarão disfarçados, de toda forma, deveria ter extrema cautela.



A viagem não fora tão longa quanto esperava. quando chegamos ao local já era noite. Apesar disto, poderia-se considerar que era dia, pelo fato de a cidade estar extremamente iluminada. O evento já parecia ter começado e apesar de não estar tão perto dele, já podia ouvir as melodias que vinham de lá. Assim como também podia notar a imensidão de pessoas que estavam por ali. Ao que parece, muitos não eram de Paramet.

Desci da carroça e fui logo agradecendo à todos pela carona. A senhora também desceu da carroça e segurou minhas duas mãos, colocando algo sobre elas. — Fique com isto, para o caso de precisar mais tarde. Espero que consiga realizar seus objetivos. — Dizia a senhora de maneira gentil e doce.

E-eu não posso aceitar... — Dizia tentando devolve-la porém, ela insistiu para que eu fica-se com aquilo. Agradeci mais uma vez e guardei em minha mochila. Logo em seguida, fui em direção à noite de máscaras.

Assim que dei meu primeiro passo na região onde ocorria o evento, pude me sentir, "atraído" de certa forma. A melodia era bela e as pessoas pareciam estar realmente se divertindo. Mesmo não sendo elas mesmas. Ou talvez, isso fosse oque mais às alegrasse. Afinal, naquele dia você poderia se fantasiar da maneira que quisesse.

Acabei retornando ao que eu realmente viera fazer aqui. Procurar pelas senhoras grávidas para que pudesse defende-las se fosse o caso. Antes disso, algumas das pessoas da multidão esbarraram em mim dizendo. — "Você precisa de uma máscara! As pessoas só entram na Noite se estiverem mascaradas!" — Neste exato momento, avistei de onde estava, uma barraca com um bordado incrivelmente decorado. Nele estava escrito “Tenda do Dag”. Me sentia em um Déjà vu, tudo era exatamente como em meu sonho.

Me dirigi para a tenda e antes mesmo que percebe-se, o senhor já estava me oferecendo os mais variados tipos de máscaras. Acabei selecionando uma máscara com formato de tigre, assim poderia dizer que minhas orelhas e caudas faziam parte da fantasia. Retirei da mochila algumas moedas que a senhora havia me dado assim que desci da carroça e as coloquei sobre o balcão. — Espero que seja o bastante.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Qui Jul 03, 2014 10:09 pm

Do lado de dentro, tal como no sonho, havia outra replica do bordado pendendo do teto, uma grande mesa tomada por máscaras e capas e adereços e, logo atrás, um senhor caolho com a vitalidade característica de um comerciante; o sorriso, os gestos, o bater de palma. Ele estava terminando de atender um casal, trocando moedas por um rosto de urso branco e outro de nuvem negra, com um relâmpago dourado no meio. O casal experimentou suas máscaras e o caolho suspirou um “perfeito”, levantando um espelho para eles. Ambos pareceram aprovar o reflexo e saíram da tenda, abraçados.

Daí o senhor caolho massageou as mãos e levantou os olhos para as novas pessoas que tinham acabado de entrar. E sua vitalidade de comerciante pareceu murchar um bocado quando viu os quatro.

Céus ─ exclamou ─, vocês existem mesmo? Eu sonhei com vocês quatro! Não acredito! Eu... eu sou Dag, muito prazer, muito prazer.

Os quatro estavam diante da mesa, uns selecionando o vestuário com mais cuidado, outros com indiferença. E deram conta uns dos outros neste momento. Eram desconhecidos, verdade. Mas pareciam... familiares uns aos outros, tal como a própria tenda do Dag. Pareciam conhecidos de vista. Não! De vista não! “Conhecidos de sonho”.

Um sonho é uma grande brincadeira com a memória. As pessoas, na tentativa de se lembrar, incluem coisas e retiram detalhes. Moldam. E o produto final é algo distante do sonho original. Todos fazem isso. Então, será que cada um ali estava incluindo novas pessoas no sonho que se recordava vagamente? Era possível. Ou de fato suas memórias estavam funcionando somente agora, apontando que sim, todos os quatro estavam na tenda no momento do sonho.

Dag tinha algumas teorias, mas antes repeliu o dinheiro oferecido.

Não, irmandade, não. Você não precisa pagar pela máscara... Guarde suas moedas filha, isso... É uma ocasião especial, então escolham a vontade... Ah sim, ótima escolha a de vocês dois ─ seu único olho saltando de Hoshitteru para Evellyn. Se virou para Aldarion, vendo o que ele tinha selecionado ─, ah, bem, cada um com seu gosto né? ─ Gregar falou e o homem sorriu de volta: ─ Não se preocupe irmandade, as pessoas irão usar máscaras apenas por essa noite. Bom, pelo menos essas máscaras... E sobre o Penkala, céus, eu tive um sonho maluco com esse cara. Ele matava uma moça grávida, coisa terrível! Mas pensei que era apenas um sonho... Mas então sonhei com vocês, e aqui estão! ─ Ele estava com uma nova vitalidade, aquela que surge quando se tem ideias e descobertas. Sua teoria: ─ Foi mais que um sonho, foi uma visão do futuro!

Aquele papo poderia, ou não, ser levado à sério. Ele parecia um homem muito simples para entender dessas coisas míticas de visão do futuro. Mas o argumento não parecia de todo errado. Afinal o sonho coletivo aconteceu, Dag estando no sonho deles e eles no de Dag.

Mas poderia ser só coincidência.

Dag pediu um momento e saiu pelos fundos da tenda chamando alguém. Depois voltou acompanhado de uma jovem magra, cabelos negros curtos.

Eu lhe disse Emma ─ dizia ele enquanto voltava. ─ Eu poderia fazer algo arriscado ontem que nada aconteceria comigo! Pois eu precisaria estar aqui hoje a noite, atendendo... ah, olhe, são eles.

A moça que deveria ser Emma sorriu um cumprimento. Nada mais. Dag retomou o assunto, envolvendo todos.

Essa daqui é a Emma, minha filha. ─ Uma pausa, e então: ─ Iremos com vocês! Quer dizer... vocês vão atrás daquele homem de branco, certo?

Spoiler:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Sex Jul 04, 2014 11:00 am

- Perfeito.

Resmungava comigo mesmo ao ver a cena em que tinha acabado. Já lembrava anteriormente do velho caolho, mas daqueles quatro? Passar os olhos por eles causava a mesma sensação que olhar o vendedor, já os havia visto, e não fora em pessoa. Quantos mais haviam tido aquele sonho? Melhor, por que diabos gente como nós havia tido aquele sonho? Achava que já bastava para a cota de pior herói possível, mas ver um velhaco vendedor de fantasias, um brutamontes vestido de carrasco, e a dupla de meio-humanos, me fazia reavaliar o pensamento. Ao menos a dupla de meio-ferais parecia tão heroica quanto possível, digo, pensar naqueles dois correndo para salvar mulheres gravidas de algum assassino psicótico, era ao menos era mais fácil de engolir do que imaginar aquele Dag o fazendo. Com uma mão colocava a mascara no rosto, enquanto com outra apoiava a arma pro sobre um ombro, ouvia a historia do vendedor e devo admitir que me segurava em não gargalhar.

Vê-lo, todo empolgado com o que chamava de visões do futuro era divertido, acho que todo homem realmente esperava ter algum momento de gloria na vida, podia apostar que se ele fosse, um dia se gabaria aos netos de ter se juntado a um bando qualquer partindo para salvar um punhado de gravidas de um vil assassino. Claro que apostaria primeiro que durante isso tudo ele morreria, idiotas que iam a caça de gloria e fama sem estar preparados acabavam hora ou outra virando comida de corvos, não pensava que ele não pudesse ser de utilidade alguma, ele teria uma utilidade, pequena, mas teria. A pior parte era ver que o homem estava tão contente que decidia tirar a filha de algum lugar, para apresenta-las a nós, céus, um zumbido em uma das orelhas me dizia que aquilo não acabaria bem. As coisas nunca tendiam em acabar bem, mas a forma como cinco pessoas completamente diferentes tinham tido um mesmo aviso me intrigava, algo ou alguém tinha decidido brincar com nossas cabeças, se quisesse que alguém fuçasse na minha mente pediria a Kenna, e não torceria por um maldito sonho profético. Saber o que estava acontecendo era para mim mais importante que um bando de estranhos, apesar de que ser adorado como um herói e ganhar uns trocados por isso não faria mal.

- Espera só um pouco "irmandade", só os cinco de nós que tiveram o sonho, já são parecidos o bastante com fugitivos de um circo de aberrações, se quiser continuar arrumando gente pra se meter nessa historia, arrume também um chapéu e lucre algumas moedas com isso. Diria em tom jocoso. - Além do que, descobrir quem foi o idiota que decidiu bagunçar com nossa cabeça, vale mais do que sair por ai bancando um herói. Não sei quanto ao restante, mas minha vontade de salvar desconhecidos vai até onde o pagamento pode cobrir, se a previsão for graças a esse tal de Penkala, ou qualquer um dos outros do sonho, ótimo, tenho contas a acertar com eles, do contraio, melhor ir caçar alguns guardas.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Sex Jul 04, 2014 1:22 pm

De inicio, estranhei um pouco a reação do senhor lojista. Ele parecia apontar para mim e mais quatro pessoas que haviam acabado de entrar na loja, coincidentemente, quase ao mesmo tempo. Segundo suas teorias ele havia tido o mesmo sonho que eu, e por sinal, que os outros ali presentes também.

Estava bastante confuso comigo mesmo. Ao mesmo tempo em que não conhecia aquele grupo, cada um me aparentava ser familiar. Contudo, não havia lembranças concretas de ter os visto em meu sonho. Pensava momentaneamente, que talvez fosse apenas um dos efeitos de minha memória fraca.

Obrigado. — Agradecido pela decisão do lojista de nos "presentear" com aquelas máscaras. Que não pareciam ser gratuitas, afinal, o casal que, segundo minhas observações, acabara de sair havia pago. Me perguntava sobre como ele havia perdido seu olho. Por um momento, cheguei à me sentir um tanto decepcionado comigo mesmo. Se minhas habilidades curativas já estivessem bem desenvolvidas, poderia tentar regenerar seu olho.

Apesar de tudo, o senhor lojista aparentava estar extremamente empolgado com a situação. Não que me incomoda-se com aquilo, na verdade, chegava até mesmo à esboçar um sorriso entre uma fala e outra. Até que em uma delas, ele deu uma pequena pausa para chamar sua filha. Apresentou-a à todos e logo em seguida, anunciou decidido, que não só ele, como sua filha também, se uniriam à nós em busca do senhor de vestimentas brancas. De imediato, o senhor de estatura mediana não pareceu se agradar muito com a situação acabando por dar sua sincera opinião sobre os fatos que ocorriam ali.

Não ansiava em ser o herói do vilarejo e muito mais receber algum pagamento. Afinal, sabia que não haveria recompensas desde o momento em que decidi partir para Paramet. De toda forma, o fato do segundo sonho ser realmente algo que veio à acontecer. Me fez temer que o primeiro também fosse. "Espero que eu consiga pelo menos salvar as senhoras". Bufava para mim mesmo.

Sou Kai, prazer em conhecê-los. — Dizia com uma reverencia de comprimento. Logo retornando à me avoar em pensamentos. Não me importava muito que todos fossem juntos. Pelo contrário, poderia dizer que me sentiria até melhor. Companhia era algo que eu não negava, independente de qual fosse. Como diz o ditado, quanto mais pessoas melhor.  Tinha esperanças de que até mesmo aquele senhor que tinha objetivos diferentes, fosse ajudar naquela situação.

O comentário do senhor me fez sentir como se o ambiente tivesse ficado um pouco estranho. Na tentativa de descontrair o ambiente, puxei assunto com a meio-feral, que estava próxima à mim. — Oque acha da minha máscara moça? — À cutucava com uma de minhas mãos enquanto vestia a máscara com a outra.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Sex Jul 04, 2014 3:24 pm

Pelo visto, os boatos eram verdadeiros. — bufei, sussurrando à mim mesma.

Acreditei que não seria algo tão verdadeiro... E incomum. Era a primeira vez que eu ouvi falar de uma morte tão horrível para uma mulher, de forma tão bruta. O homem deveria ser um péssimo cavalheiro para fazer isto com uma mulher aguardando seu bebê nascer.

Mas, o que mais me incomodava nisto, eram os sonhos. Estavam interligados de alguma forma sobrenatural. Nunca ouvi dizer sobre pessoas terem o mesmo sonhos, e isto acontecer... Como um déjà vu. Estava perdida em meus pensamentos, porque logo eu e o restante foram escolhidos para fazer isto? Digo... Envolver-se em um assassinato poderia ser um pouco perigoso, especialmente porque acreditaria que os guardas daquele local deveriam buscar o assassino.

O senhor estava muito animado; e parecia ter uma alegria jovial. Pelo que havia dito, também sonhara com nós, assim como sonhamos com ele. Ok... Aquilo estava me deixando um pouco assustada. Até porque, era impossível isto acontecer. Ele não havia aceitado minha moeda, e falara que isto seria de graça. Isso me deixaria triste e incomodada, afinal, sentia um peso enorme em minhas costas por parecer que estava roubando a máscara.

Meu senhor, por favor, aceite essas moedas. — coloquei elas na mesa, me curvando. — Irei ficar com uma má consciência desse tal ato sem pagar-ló.

Voltei à minha posição normal, olhando seriamente para ele, que estava junto com sua filha, apresentando-a à nós. Seu nome era Emma, um nome muito bonito. Resolvi me apresentar, afinal, parecia que o senhor e o restante iriamos atrás do homem de branco que havia matado a mulher.

Me chamo Evellyn, muito prazer. — disse com um sorriso no rosto.

Fiquei em silêncio com a resposta do homem de cabelos brancos, que havia grosseiramente insultado eu, o outro feral e o homem grande com um saco na cabeça. Apenas deveria ignorar este tipo de pessoa, caso falasse isto novamente, afinal, não iria ajudar em nada este comportamento. Dei uma bufada, olhando atentamente aos lados da tenda. Voltei meu olhar ao senhor.

Além disso, sonhei com o senhor também, assim como esta tenda. Acredito que vocês, digo, os três também sonharam com ele, certo?— esperei para ver oque iria acontecer.

Acredito eu, que esta minha fala foi um pouco, idiota. Afinal, se nós aparecemos no sonho do Dag, com certeza seria que eles haviam sonhado com ele. Me senti um pouco envergonhada por isto e tentei me ficar atrás de todos. O outro meio-feral que estava ao meu lado, me cutucava com uma de suas mãos, mostrando sua máscara. Ele havia me perguntado se aquilo estava bom nele. Aquilo realmente me fez feliz, pois era incomum alguém que mal conhecia vir falar comigo, especialmente pela minha aparência.

Ficou muito ótimo! — sorri. — Realmente combinou com você! — peguei minha máscara e coloquei na frente de minha face. — Você acha que ficou bom? — indaguei.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sáb Jul 05, 2014 7:24 am

Aldarion já havia escolhido sua máscara e se dirigia para a saída da tenda quando as palavras de Dag capturaram sua atenção fazendo-o parar por um momento para ouvir o que ele tinha a dizer.

Pelas barbas do profeta! O que você diz é verdade homem, eu também tive um sonho como o seu! – Disse Aldarion surpreso.

A conversa daquele homem havia se tornado interessante e Aldarion deu alguns passos aproximando-se mais daquelas pessoas, enquanto conversavam ele as fitava com atenção, seus olhos castanho-escuros perscrutando cada detalhe até que pouco a pouco sua memória ia se clareando e ele percebeu que de fato aquelas figuras lhe eram familiares. Aldarion não participava da conversa, pelo menos não com palavras, limitava-se apenas a ouvir, se tivesse alguma coisa de importante pra falar ele o faria e esse momento surgiu logo quando o rapaz de cabelos brancos falou com estupidez e arrogância.

Mas ora essa! Falou aquele que dentre nós é o único que não precisaria de uma máscara para se disfarçar em uma ninhada de vermes. Você está achando que isso aqui é o que? Um balcão de recrutamento de mercenários? Todos nós recebemos um sonho que foi uma espécie de chamado, um presságio, e se me lembro bem mulheres inocentes e seus bebês estão correndo risco de vida. – Aldarion falava em um tom áspero, seus olhos encarando fixamente os olhos vermelhos de Gregar.

Mas pra você a vida dos outros não importa não é mesmo? Tudo o que interessa é engordar sua algibeira. Com o diabo você e suas moedas! – Os olhos de Aldarion agora se serravam e se ele não estivesse com máscara todos poderiam ver que seu rosto estava moldado com a face da raiva.

Em todos os meus anos de aventureiro nunca vi ninguém usar recém nascidos para fazer algo de bom, quem sabe que tipo de sacrifício estarão fazendo? Que tipo de demônio pretendem soltar nesse mundo? Essa mulher podia ser minha mãe, podia ser minha esposa, aquela criança meu futuro filho! – As palavras de Aldarion saltavam de sua boca em um tom que deixava transparecer sua irritação, sua preocupação, suas mãos gesticulavam nervosamente e seus braços agora se erguiam com os punhos fechados.

O que aqueles que o ouviam não sabiam é que agora ele pensava em Sabrina casada com ele e grávida de seu primeiro filho, um sonho que um dia se tornará uma realidade mas que já servia como motivação para o guerreiro.

Eu sou HOMEM, e não vou ficar sentado esperando alguém tomar atitude no meu lugar, não quando tenho um braço forte e aço temperado a minha disposição. Por Tempus eu vou salvar aquelas mulheres COM OU SEM RECOMPENSA! – No final da frase Aldarion se virou para seus companheiros de circunstância e agora se dirigindo a todos resolveu tomar a dianteira da situação.

Muito bem seus molengas, quem vai vir comigo? Não há nenhuma promessa de recompensa e quem achar isso ruim que vá mendigar em outro lugar, estamos perdendo tempo enquanto vidas correm perigo. Se quiserem vir comigo escolham logo suas máscaras. – Disse o guerreiro com sua voz enérgica. – E vocês dois, é bom começarem a cuspir logo tudo o que sabem sobre aqueles cães sarnentos que vimos no sonho, se souberem de algo de estranho nesta cidade nos últimos dias é bom falarem também. – Disse agora dirigindo-se a Dag e sua filha.

E a propósito... O nome é Ironshield, Aldarion Ironshield.

Aldarion não era o tipo de pessoa que saia por ai salvando vidas ou combatendo monstros por pura bondade, porém ele era dono de um coração bom e jamais trataria com indiferença uma injustiça que aparecesse diante dele. Ele era um guerreiro afinal, não havia melhor forma de testar e aprimorar suas habilidades do que combatendo malfeitores.

De qualquer forma, uma vez que tivesse demonstrado seu posicionamento diante dos demais, aguardaria as respostas deles e no final das contas, quer eles resolvessem ajudar ou não, ele sairia para tomar suas próprias atitudes, porém se seus companheiros resolvessem discutir o assunto e criar algum plano, ele daria sua opinião. O tempo era um recurso precioso e este se esvaia a cada segundo, era preciso agir com rapidez.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Jul 08, 2014 3:48 pm

Evellyn insistiu com o pagamento e Dag foi recusando novamente. Ela deixou as moedas na mesa e lá ficaram por um tempinho... Daí Emma as pegou. Houve apresentações e Dag sorriu, tanto para Kai quanto para Evellyn. Simpatizou, claramente, mais com os dois.

Então Gregar falou. Duro, espancando Dag com humor negro. Este último ficou quieto, com a boca meio aberta, encolhendo conforme o possuído discursava.

Talvez ─ Dag hesitou. ─ Talvez você tenha razão... Guardas fariam um melhor serviço do que um velho como eu... Ah, sim, filha, sim, vejam, vocês todos sonharam comigo, né? ─ esse último comentário foi por causa do que Evellyn dissera. Pareceu curar a depressão momentânea causada por Gregar. Daí Aldarion entrou na cena, brusco, se sentindo ofendido. Dag fez um sinal de paz. ─ Calma irmandade, calma. Sua voz é tão potente que tenho medo que derrube a pobre Tenda do Dag. ─ Uma brincadeira, para ver se melhorava o clima.

Kai e Evellyn arrumaram um jeito de descontrair também. Mas um clima de debate ainda pairava. Aldarion queria saber qualquer coisa e Dag pensou por um instante, passando as mãos nos cabelos rasos, para então dizer que não, não tinha acontecido nada de estranho naqueles dias. A cidade era toda arrumação nas vésperas da Noite. Comerciantes preparavam suas mercadorias, estalagens amontoavam comida, artistas chegavam e instalavam seus espaços para apresentações, organizadores do evento decoravam a cidade. Nada de estranho.

Houve silêncio. Dag ainda parecia intimidado por Gregar, por isso tentou justificar sua presença naquela busca:

Conheço alguns guardas. Posso ir falar com eles, para que nos ajudem. ─ Ele pegou a máscara de um cervo negro, as galhadas um braço acima da cabeça. Jogou uma capa marrom pelos ombros. ─ Vamos?

Por sua vez, Emma escolheu um ciclope com verrugas (duas dessas verrugas eram os buracos para os olhos) e cingiu-se com um saiote de guerreiro. Pai e filha estavam prontos e Dag foi convidando todos a saírem. Um outro sujeito entrou, a pedido do Dag, pra tomar conta da tenda. Eles foram andando entre o pavilhão, a caminho de Paramet.

Depois das tendas de máscaras estavam as tendas de comida e depois a entrada da cidade.

Nem vou falar com esses guardas ─ gritou Dag, a voz abafada por baixo do fusinho do cervo. Ele apontava para dois guardas ali perto ─ porque eles estão na entrada, não vão deixar os seus postos.

Então passaram, já dentro. Havia muitas pessoas, mas agora elas estavam mais distribuídas nos espaços. Ainda assim, seria fácil se perder no meio da multidão. Então todos ficaram por perto, as vezes fazendo fila, cortando o fluxo.

Dag apresentou as direções. Disse que estavam na entrada sul da cidade, e que ali ficavam os músicos e artistas. De fato, a música que antes escutavam estava muito mais clara agora. Dag já estava quase sem voz, tentando vencer o som da melodia e o som de muita gente junta. Havia um palanque ao alcance dos olhos, e uma trupe se apresentava, com um sujeito ao lado, sentado, gesticulando e fazendo o ar vibrar ─ certamente um feiticeiro amplificando o som.

A direita e a esquerda era possível ver outros artistas menores fazendo seus nomes. Havia também um lugar fechado, onde as pessoas entravam e se sentavam para ouvir algo menos bagunçado. A entrada era cobrada, evidente.

Na parte leste de Paramet deveriam ficar as competições esportivas. No oeste, as competições intelectuais (ou, no popular: jogos de azar). No centro da cidade estava concentrado os comércios e casas especializadas. E por fim, no Norte havia as hospedagens e o soberano Pólux ─ um velho castelo.

Dag explicou brevemente sobre o tal velho castelo. Disse que era uma grande fortaleza em ruínas, que não servia mais a nenhuma realeza. Mas a família que comprara aquela ruína toda transformou o Pólux ─ ao menos internamente. Do lado de fora ainda havia grandes marcas de destruição nas ameias, nos portões, nas torres. Mas dentro, colocaram um piso novo, tapete fofo, lustres extravagantes, toda sorte de coisas, e trouxeram estantes cheias de livros ─ Pólux se tornou uma enorme biblioteca de luxo. O preço para entrar e consultar os livros, assim como toda a arquitetura interna, era exorbitante. Poucos nobres conseguiam tal feito.

Mas nas Noites das Máscaras ─ gritava Dag, as galhadas balançando ─ o castelo pode ser acessado por todos! De graça! ─ Ele parecia inspirado em sua função de arauto. De repente se lembrou de sua missão, viu um guarda ao longe e foi falar com ele, deixando o grupo pra trás. ─ Já volto.

Nesse meio tempo um casal passou, dançando, obedecendo o ritmo que voava do palanque. O rapaz mascarado com um sol vermelho pegou Evellyn pelo braço, cruzado, como se fossem um casal, e girou com ela num paço de dança improvisado. O mesmo fez a moça com cara de águia, pegando Kai, o fazendo dar uma volta ao redor dela, rindo. Logo os deixaram em paz e seguiram por ai.

Nesse meio tempo Aldarion teve seu manto preto puxado por meia dúzia de crianças sapecas. Elas tinham rostos de roedores. Estavam em grupo, livres ─ finalmente! ─ do controle dos pais. Puxaram mais um pouco e correram antes de uma represália.

Já Gregar via tudo isso, imune. Ninguém viera ter com ele... Mas ele podia jurar que Emma estava lhe encarando e que desviou o rosto quando Gregar percebeu. Estranho.

Dag voltou, meio cabisbaixo.

O irmandade disse que não podia abandonar o posto. Expliquei a situação pra ele, e ele não gostou nada. Disse que isso poderia gerar pânico na festa. E isso não seria tolerável e bla, bla, ble. Acho que eles estão aqui mais para a garantia da festa do que para a segurança das pessoas... Calhordas... Mas ele disse que eu poderia encontrar o capitão lá no Pólux, e requisitar a ajuda dele. O que acham?

Dag não parecia ter intenções de tomar uma decisão ─ seguiria de pronto o que fosse decidido por aquele grupo do destino.

Eles tinham uma cidade inteira para explorar. A cidade era grande, mas nem tão grande assim. Eles poderiam circular por ela sem perder muito tempo. Mas o problema era o número de pessoas. Achar alguém específico poderia ser demorado. Eles lembravam perfeitamente as feições dos três personagens que viram no primeiro sonho. Mas eles deveriam estar mascarados, logo, de nada serviria saber como eram. Agora, achar uma mulher de barrigão parecia ser ligeiramente mais fácil... E talvez poderiam contar com a ajuda dos guardas, conforme a boa vontade do capitão, que estava ao norte, no Pólux. Ou talvez só perdessem a viagem indo até lá.  

E não tinha como saber quando aconteceria ─ se realmente fosse acontecer ─ os assassinatos. Agora? No fim da Noite? O jovem sério, Azasto, pareceu apressado no sonho. Então poderiam resolver rapidamente o serviço e deixar a cidade. Mas talvez até eles estavam tendo problemas para achar os alvos. Pensando desse jeito, os dois grupos estavam empatados na corrida. Mas o time do Penkala sabia quais mães eram as escolhidas do tal Slao...

Spoiler:


Última edição por NT Sérpico em Qua Jul 09, 2014 12:11 am, editado 1 vez(es)
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Qua Jul 09, 2014 12:03 am

As palavras que diziam pareciam cair como uma faca naquela conversa toda, não estava mais contente em ter de arriscar meu pescoço por um bando de gravidas, do que estaria caso tivesse que fazê-lo em busca de um livro, alguem precisava dizer que aquilo tudo era estupizes, quem melhor para fazê-lo que o possuido? O velho caolho parecia ter levado um murro com as palavars, os ferais também pareciam ficar desconfortados, só havia uma coisa com a qual não esperava, o grandalhão entrando a favor do salvamento. Tinha de me esforçar muito para não gargalhar perante o discurso, imagina-lo com sua mascara de carrasco junto daquele enorme pedaço de ferro, cavalgando para salvar uma mulher gravida de uma assassino cruel, era quase o bastante para fazer com que caisse no chão de tantas risadas. Infelizmente não era do tipo que deixaria a ofensa passar sem resposta. Assoviaria fingindo surpresa ao fim da brincadeira feita pelo velho.

- Por um momento pude jurar que tentou fazer com que virasse um vilão por não estar nem um pouco, disposto a arriscar meu pescoço sem uma boa razão. Se realmente tem tantos anos caminhando por ai, deixe o falso moralismo de lado por um momento e pense comigo, aposto com você, nesse exato momento deve ter pelo menos uma duzia de mulheres, passando por coisas tão ruins que desejam uma faca abrindo suas entranhas, posso contar o dobro do número se usar pirralhos. Arriscar tudo, para salvar alguem de que não se sabe nada, é mais que estupidez, é suicidio. Não tenho a menor ideia do por que estão nessa, eu estou caçando o que quer que tenha me dado a premonição, se salvar alguma pessoa no caminho saio no lucro, pessoas sempre tendem a ser generosas para aqueles que devem suas vidas, imagine se também deverem a vida de um filho.

Diria tudo aquilo enquanto daria de ombros, o grupo já havia decidido que iria atrás das gravidas,não tinha nada contra a ideia de acabar salvando alguem no meio do caminho, a unica coisa que me fazia hesitar naquilo era o tempo que tudo levaria, quanto mais rápido saciasse uma certa curiosa mais rápido poderia voltar a minha vida, valeria a pena desviar-me do objetivo inicial? Por equanto sim, seguia junto do resto do grupo naquela multidão, céus pra que tanta gente em um lugar só? Eles não tinha nada melhor para fazer? Podia empilhar um monte de coisas melhores a fazer do que estar em uma festa de mascaras, girando de um lado para o outro. A caminhada era dolorosamente lenta e barulhenta, o lugar ao nosso redor mudava sem parecer diferente, se via gente mascarada dançando em um lugar, veria a mesma gente em outro lugar, era dificil lembrar se a mascara de pavão que tinha visto tinha três ou quatro olhos. Não dava muita atenção as palavras dita por Dag, com a exceção aos jogos de azar, poder ganhar dinheiro facil nunca é ruim, infelizmente eu não era o unico que ouvia o que ele dizia.

- Precisamos encontra aquela biblioteca. Talvez possa encontrar algo lá.

A voz vinha do fundo da mente com um doloroso zumbido, levava uma das mãos até a nuca enquanto tinha o rosto em uma expressão de dor, sabia que ela diria aquilo, sabia que a maldita iria querer caçar mais livros, por que não? Estavamos em um baile cheio de bebida e comida e iria ficar preso ou em uma biblioteca, ou caçando uma unica pessoa, a noite estava perfeita. Ainda assim não podia dizer que ficava sem diversão, enquanto o velhaco ia em busca de mais guardas, a multidão nos cercava por completo, os ferais eram puxados para dançar, mas o que mais chamava atenção era ver Aldarion sendo cercado por crianças, todas o puxando e o importunando, dessa não não evitava a gargalhada. Entre as risadas outra me chamava atenção, a filha de Dag que me encarava fixamente, assim que percebia ela afastava o olhar, mas aquilo era digno de nota, mas não no meio da multidão.

-  É isso que adoro nos pirralhos. Diria ao grandalhão, quando os pequenos tivessem se afastado.

Quando voltava a nós, Dag já trazia o esperado, pensar que os guardas arriscariam o festival para salvar um punhado de mulheres era improvavel, um apenas passaria a chance de bancar o heroi para o outro, até que alguem decidisse virar para nosso pequeno bando e dizer, "Ei, que tal vocês as salvarem". Ao menos esperava um minimo de preocupação, aquilo era estranho, tanto quanto o sonho, quem garantiria que apenas cinco haviam o tido? Não podia afirmar nem que os assassinos não tinham sonhado conosco chegando, se conheciam nosso rosto a coisa ficaria mais dificil, ao menos em parte, tinha um otimo lugar pra ir.

- Perda de tempo, a maior parte das pessoas se importa mais em ganhar trocados a salvar desconhecidos, essa festa deve estar estar fazendo uma boa quantia circular na cidade, ao menos boa o bastante para eles tentarem evitar que algum idiota a atrapalhe, assassinatos ocorrem a toda hora, se algo der errado quem acaba recebendo a culpa é quem estava metendo o nariz onde não era chamado, ou seja, nós. Kenna acha melhor irmos até a biblioteca, acha que pode encontrar alguma pista lá, se quisessem vender crianças, há uma pilha delas jogadas na rua, os recém-nascidos devem ter um proposito mais especifico, que lugar melhor para descobrir isso do que em um lugar lotado de livros velhos? Diria o que pensava e já anunciaria meu proximo passo, iria a biblioteca com ou sem aquele grupo, com sorte até os malditos deviam passar um tempo caçando as gravidas, caso contrario as coisas seriam bem mais simples do que esperava.

Off:

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Qua Jul 09, 2014 2:29 pm

A outra meio feral que dizia se chamar Evellyn, retribuiu minha pergunta gentilmente. Parecia ser uma pessoa muito educada e bondosa. — Sim sim! — Respondi sorridente com as bochechas um tanto coradas, percebendo que a tentativa parecia ter sortido efeito. O clima estava um pouco mais agradável que alguns segundos atrás.

Notei que assim como eu, Dag também se sentiu um pouco mais confortável com as falas de Evellyn e acabou perguntando o mesmo que ela o havia perguntado para o resto do grupo. Apenas afirmei balançando minha cabeça.

O clima estava quase calmo novamente. Pelo menos até que o senhor de porte alto inicia-se algum debate com o outro senhor de cabelos prateados. Aparentava estar um tanto bravo, e ao mesmo tempo ofendido. Contudo, seu dialogo obtinha algumas verdades. Se realmente quiséssemos salvar aquelas senhoras gravidas, não deveríamos nos demorar muito com conversas. Afinal, o grupo de assassinos poderia já estar agindo.

O clima agradável se esvaiu novamente e o senhor lojista retornou à se sentir desapontado consigo mesmo. Tentava justificar de alguma forma, um motivo para se unir ao grupo. Apesar de que, pelo menos para mim, não era necessária justificativa nenhuma.

Vamos. ─ Dizia enquanto me dirigia à saída com passos rápidos, assim não tomaria distancia do grupo e nem do senhor Dag, que no momento era nosso "guia". Durante nosso percurso, admirei com os olhos brilhantes o evento. Parecia realmente ser divertido porém, não poderia perder em hipótese alguma meu foco atual.

Enquanto o senhor Dag se distanciava do grupo para comentar sobre o atentado com os guardas. Um casal que passeava dançante por ali vinha em nossa direção. Se separando por um instante, a mulher me puxava alegre para uma dança momentânea. Inicialmente me assustei contudo, acabei retribuindo com um sorriso um pouco corado enquanto à rodeava.

O senhor Dag logo retornou nos contando o que os guardas haviam o dito. E pelo visto, eles não iriam nos ajudar. Bufei enquanto deslocava meus ombros para baixo, demonstrando certa decepção.O senhor de cabelos prateados deu sua opinião, sugerindo uma nova alternativa. Apesar de achar algumas partes de sua fala desnecessárias, concordava com sua hipótese. Afinal, meu pensamento inicial era procurar pelas senhoras e protege-las porém, não poderia dizer qual seria a vítima dos assassinos. A ideia do senhor iria me proporcionar isto. Somente me questionava se aquilo não levaria certo tempo.

De toda forma, quanto mais pessoas houvessem lá, mais rápido poderíamos concluir a busca. E apesar de não ter certeza se todos concordariam também, decidi que iria junto daquele senhor, caso ele permiti-se, procurar pelo livro na tal biblioteca. — Tudo bem se eu for junto? — Dizia me dirigindo ao senhor de cabelos prateados.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Seg Jul 14, 2014 10:22 pm

Dag não havia aceitado minhas moedas e continuaram na mesa, esperei para que alguém pegasse-a. Emma havia pegado-as, e isto me fez aliviar bastante.

Kai, o garoto meio-feral havia dito que aquilo combinava comigo, me senti feliz, afinal, poderia ter achado um amigo. Esbocei um sorriso em meu rosto, demonstrando amizade. Acho que deveria ficar perto dele.

Mas... pelo menos, estava me sentindo melhor com o clima; que havia melhorado. Com aquilo, nós não iriamos conseguir trabalhar juntos, deveríamos nos enturmar e manter uma atitude amigável, mas, com foco no nosso objetivo principal aqui. Não poderíamos simplesmente ter um pequeno descuido, afinal, se isto acontecesse, não tenho dúvidas do que iria poder acontecer.

Saímos para fora, com uma determinação no nosso objetivo. Algo me fez surpreender, haviam várias tendas, que não havia percebido por não ter observado bastante o local; e ainda continuava com a multidão para entrar. Bufei, afinal, cada segundo perdido esperando para entrar, seria valioso, em um minuto ou mais, poderia acontecer várias mortes. Após entrar, pude perceber assim uma vasta quantidade de pessoas, maior do que imaginei. Dag estava tentando falar sobre os lugares e suas direções, mas a melodia alta impedia-o, porém, consegui entender claramente o que ele falou. Assim, como uma biblioteca enorme que poderia ser acessada de graça na Noite. Isso seria bom, poderíamos saber mais sobre algumas coisas de Paramet.

Permaneci parada, um pouco pensativa sobre isto. Nem sequer montamos um plano. Precisava pensar nisto e rápido, mas, com aquela melodia, me atrapalhava um pouco à pensar; teria que ir para um local mais silencioso. Quando voltei à minha realidade novamente, pude perceber um casal dançando por perto de nós. Até que então, senti que o homem me puxou pelo braço e começou a dançar, com passos súteis. Naquele ritmo, eu não conseguia muito ao menos acompanha-ló, mas eu continuava a pensar sobre o plano. Até que depois de um tempo curto, ele finalmente saiu por aí. Bufei, cansada.

Fui à próximo de Kai e do homem de cabelos brancos, que estava junto com Emma. Cruzei meus braços, bufando novamente. Pelo que ouvi, estavam querendo ir na biblioteca. Isto seria ótimo, afinal, já saberiam o que iriam fazer.

Acredito que seria melhor se separarmos para cada lado. — disse. — Não sabemos aonde os assassinos podem estar, e nem as grávidas. Se a gente se separar, acredito que seria mais fácil para encontrar-los. Mas esta é só minha opinião, se quiserem ir juntos, sem problemas.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Jul 15, 2014 11:32 pm

Evellyn/Gregar/Kai
Chegaram num acordo. Bom, mais ou menos.

Então vamos até a biblioteca. ─ disse o cervo, que era Dag. ─ E vamos juntos. É melhor estarmos juntos, né?

Ele foi na frente, meio que mostrando o caminho. Escolheu cortar a cidade pelo meio, usando a principal via, rumo ao norte. Era a região dedicada ao comércio em geral. Gregar seguia logo atrás. Emma vinha depois. Então, Kai e Evellyn e...

Espera ─ disse Dag, quando olhou pra trás, checando todo mundo. ─ Cadê o carrasco Ironshield?

Nem sinal. Dag meteu a mão por baixo da máscara e coçou o queixo. Resolveu:

Acho que ele se perdeu. Continuem por essa rua, eu alcanço vocês logo, logo. Vou achar o irmandade. ─ E então recuou, pra dentro da multidão, voltando para o sul.

Continuaram. A rua era tomada de lojas e camelôs. Não havia música ─ mas, pra compensar, havia os gritos dos vendedores. Comida, roupas, armas, poções, loções. Tudo.

Emma seguia em frente, implacável, acostumada a andar na multidão. Nem se quer olhava para trás, para checar o grupo. Nesse meio tempo, todos tiveram pequenas distrações. Gregar, por exemplo, passou perto de uma barraca qualquer e o vendedor tentou ter a atenção do possuído.

Ei, você, veja só o que tenho aqui. ─ A máscara do sujeito era uma réplica da face do rei de Hilydrus, só que com um sorriso debochado. O homem sumiu atrás do balcão improvisado e retornou com um escudo redondo. ─ Esse aqui é especial para você. Ele aguenta fácil-fácil a baforada de um dragão! Se não funcionar, devolvemos o dinheiro. Tá saindo por apenas 200 Lodis!

O vendedor esperava ansioso pela resposta, afinal Gregar havia parado... mas não parou por causa do vendedor: acontece que viu, dentro da barraca, uma mulher grávida. Ela estava sentada numa cadeira, checando as pontas de alguns virotes e depois os colocando numa caixinha ali perto. Sem máscara.

Ei, e então? ─ era o já impaciente rei vendedor. ─ Você faz jogo duro, hein... Baixo pra 150, que tal?

Kai e Evellyn viram apenas que Gregar tinha parado por um momento. Nada mais. Passaram por ele, olhando mais adiante, vendo Emma à alguns metros. Se empenharam em alcançar a filha do Dag, mas diminuíram o passo quando viram uma mulher grávida em roupas vermelhas e com uma gota de água enorme servindo de máscara.

A rua em que estavam se bifurcava nesse ponto. Emma seguiu por um lado, a direção em que provavelmente chegaria à biblioteca. Já a moça grávida seguiu pelo outro caminho, com passos seguros, como se soubesse exatamente onde ir.


Aldarion
A música muito provavelmente lhe impediu de ouvir Dag e o grupo. E um instante mínimo de distração serviu para que ele, depois, olhasse para os lados desorientado, subitamente deixado para trás. Tinha a impressão de que o grupo seguira pelo centro da cidade, mas era só impressão. Olhou ao longe, procurando e procurando. Aí alguém passou por ele, sorrindo, e disse:

Legal a preferência. Você tem estilo.

E Aldarion ignorou isso. Ficou um tempo parado, pensando. Daí teve um sobressalto. Aquele rapaz que passara por ele tinha a máscara de uma meia lua dourada; máscara essa que cobria o rosto dele apenas do nariz pra cima, deixando o sorriso a mostra.

O sorriso...

Aquele sorriso! Do cara do sonho! Lampo, se a memória estivesse certa.

Aldarion se virou na nova direção, vendo o suspeito já a bons 30 metros de distância mais os obstáculos humanos. Ele caminhava para a região oeste da cidade. Nem muito rápido, nem se demorando.

Daí uma mão tocou Aldarion de repente.

Opa, calma, irmandade, sou eu, o Dag ─ disse o velho. ─ Então, acho que você se perdeu. Os outros estão naquela direção...

Spoiler:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Sáb Jul 19, 2014 3:24 pm

Antes de partimos Evellyn havia sugerido que nos separássemos. Por um certo lado, também achava que isto poderia ser beneficente. Temia que os assassinos agissem antes de conseguirmos as respostas que buscávamos nos livros. Afinal, teríamos um grande problema em mãos caso isto ocorresse. Porém, acabei me mantendo neutro quando Dag sugeriu que continuássemos juntos.

Poucos segundos depois já estávamos todos à caminho da grande biblioteca. — Exceto Aldarion, que havia ficado para trás. Rapidamente se tornando consciente disto, o senhor Dag retorna para buscá-lo e nos deixa para que permanecêssemos prosseguindo em direção ao castelo. — O silencio era constante no grupo. Contudo, os variados vendedores daquela rua permaneciam berrantes.

Seguíamos Emma, que até o momento se manteve séria, sem iniciar nenhuma sequer socialização conosco. Algo em sua personalidade — incrivelmente distinta da de seu pai — me fazia pensar em certa semelhança com Azasto, o jovem sério que, segundo os relatos até o momento, todos vimos em nossos sonhos. Mas, não era nada concreto, talvez fosse apenas uma moça tímida...

Pouco tempo depois Gregar acabou desaparecendo também. Porém, não percebi o momento em que ele se separou de nós. Estava ocupado o suficiente tentando desviar o máximo que podia daquela gigantesca multidão aparentemente sem fim. — Emma?!? — Dizia em um tom alto enquanto procurava desorientado por Emma, que sem perceber, se distanciava cada vez mais de mim e de Evellyn. Até que, nossos olhos acabaram se distraindo com uma senhora grávida que passava por ali. E por sinal, na direção contrária à biblioteca.

Apesar de saber que a melhor opção seria continuar à caminho da biblioteca, algo naquela senhora me chamava atenção. Não saberia dizer o que seria mas, tinha algum pressentimento sobre isso, só não tinha certeza se era bom ou ruim. Sendo assim, decidi segui-la, pelo menos até que ela chega-se à alguma localidade em que tivesse certeza de que ela estaria segura.

Evellyn, seguirei aquela senhora para ter certeza de que não lhe ocorrerá nada, assim que ela estiver segura retornarei para o castelo. Não precisa vir junto à mim caso não queira. — Dizia naturalmente à Evellyn apenas à avisando sobre minhas ações.

Acelerei meus passos para virar à rua em direção à senhora grávida, que caminhava determinada ao seu destino. Após chegar mais próximo à ela, evitei ao máximo me evidenciar. Afinal, a senhora poderia acabar se assustando com um menino tigre à seguindo. Caso isso ocorresse, tentaria me aproximar da maneira mais gentil possível e explicar a situação na esperança de que ela compreendesse.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Sáb Jul 19, 2014 6:37 pm

Por que era tão difícil caminhar em grupo? Digo, éramos seis em uma multidão, mas a velocidade com que o grandalhão se perdia era surpreendente, por um instante até pensava que ele havia decidido ficar para trás por conta própria, mas antes que pudesse esboçar um pensamento Dag corria em busca dele, bem pelo menos não havia mais musica onde estávamos, dessa vez tinham gritos. Ouvia berros sobre tudo que poderia imaginar, gente vendendo seus artigos, enfeitando coisas velhas e quebradas com palavras bonitas, e até mesmo atacando um ao outro com discursos longos e cheios de empolgação, mal lembrava de como havia chegado ali, é difícil diferenciar um grupo mascarado de outro grupo, sentia que já havia pensado assim. Éramos seis, depois cinco, então via um escudo.

Bem, não era o escudo que me chamava atenção, a mentira descarada sobre aquele pedaço de madeira aguentar o sopro de um dragão, era dificilmente digerida, mas bem chamativa, mas não era aquele mascarado quem captava minha visão, menos o escudo, era a mulher que vinha dentro daquela tenda. E dessa vez nem a olhava por ela ser bonita demais ou feia demais, mulheres assim tendem a chamar atenção onde quer que vão, mas aquela captava os olhos por uma razão mais simples, estava grávida. Bem, os atacantes realmente iam atacar mulheres grávidas, e elas realmente se destacavam mais que as outras pessoas, mas não era como se toda grávida tivesse ganho um alvo no meio de sua testa, elas até poderiam ter ganho, mas não deveria ser tão difícil passar por uma pessoa desapercebido, falando em passar por alguém, onde estavam os outros três? Eram eles os interessados em salvar as mulheres por que não estavam aqui? Aquilo realmente não era da minha conta, tinha de ir caçar a maldita biblioteca.

- Acreditaria nisso se o dragão que fala fosse o nome de algum velho sem dentes. Compraria por 100 Lodis, melhor, compro isso por 50 Lodis e uma informação que vai deixa-lo boquiaberto. Diria a espera de uma reação do vendedor, caso ela fosse minimamente positiva diria. - Estou caçando um bando que chegou nessa cidade, não consegui reunir muita coisa sobre eles, mas sei de duas coisas, a primeira os quatro são adoradores de demônios, a segunda eles vão tentar invocar um deles hoje, se conseguir adivinhar o que eles precisam para o ritual te garanto uma promoção, me torna um guarda-costas por uma noite inteira pela bagatela de 50 Lodis, pagamento adiantado é claro. Realizava uma pausa enquanto esperava que o homem desse uma resposta. - O que os idiotas estão atrás é de uma profecia, uma que os manda colher três crianças que acabaram de nascer, banhadas no sangue das três mães que acabaram de morrer... então, temos negocio? Diria enquanto a mascara sorridente escondia o sorriso formado por detrás do rosto. Sabia que precisava encontrar a biblioteca se tivesse paz, não demoraria caso ele fosse negativo ou descrente, nos dois casos precisava ir correndo para os livros.

- Estarei na biblioteca da cidade, venham quando estiverem prontos, apesar de não aconselhar demorarem. Diria enquanto dava as costas para o homem e rumaria de volta a multidão, traçando o caminho que o grupo havia seguido.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Seg Jul 21, 2014 8:44 am

A resposta de Gregar para Aldarion soou de uma forma sensata, mesmo que Aldarion considerasse o rapaz um idiota, ele não podia negar que de certa forma ele estava certo em sua maneira de pensar. Não parecia muito justo sair por ai arriscando a vida sem ganhar nada em troca. A única coisa que Aldarion condenava no garoto era que ele não havia percebido que aquela era uma situação especial, um chamado sobrenatural e não a convocação de algum nobre rico querendo salvar sua filha de algum culto demoníaco.

Em seus anos de aventura o espadachim sabia que coisas assim só aconteciam quando algo realmente importante estava em jogo, algo mais importante do que a vida de pessoas. Se fosse alguns anos atrás antes de sua chegada a Lodoss, Aldarion teria feito as mesmas indagações que Gregar. Por isso não respondeu de novo a ele, apenas balançou a cabeça concordando com o que ele havia falado.

Depois de estarem prontos, o grupo logo estava nas ruas sendo guiados pelo velho Dag, o clima de festa agradava Aldarion, por um momento desejou que todo aquele problema fosse só um exagero. Não queria estar mais ali caçando matadores de mulheres, queria estar ali aproveitando uma noite maravilhosa e dançando com o corpo colado ao corpo de sua amada Sabrina. Pensou também na importância de sua missão e imaginou a possibilidade de um dia ser Sabrina estar grávida de um filho seu e estar correndo perigo. Essa ultima ideia dei ao guerreiro mais determinação ainda para encontrar os malfeitores.

Aldarion ficou tão distraído em seus devaneios, que não percebeu que havia se perdido do grupo, só voltou a realidade quando sentiu sua capa sendo puxada e escutou o som de risadas de crianças. Viu um grupo de meninos que brincavam ao redor dele e mexiam com ele de forma ousada. Aldarion começou a rir e entrou por alguns segundos na brincadeira.

Ora seus ratinhos atrevidos! Venham aqui vou cortar seus rabos fora e ensiná-los uma lição. — Esbravejava brincando ameaçando agarrar os garotos com suas grandes mãos, mas deixando-os escapar propositalmente.

Aldarion gargalhava vendo os garotos correrem assustados, ele gostava de crianças, por todos os deuses era uma coisa que ele realmente gostava. Foi então que ele ouviu uma voz que se dirigia a ele, uma voz que lhe era ligeiramente familiar. Olhando para ver quem lhe falava, ele viu um sujeito que usava uma máscara de meia lua que deixava a boca a mostra, uma boca onde os lábios se moldavam em um largo sorriso exibindo todos os dentes.

O guerreiro a princípio ignorou, ficou pensando como aquele sujeito era estranho por gostar de sua máscara sinistra, uma máscara que ele havia escolhido simplesmente pra evitar propositalmente que as pessoas lhe abordassem. Afinal, quem iria querer comemorar uma festa alegre com alguém que se fantasia de carrasco?

Subitamente um flash, uma imagem que ele vira apenas em sonhos, um rosto sorridente, foco no sorriso, um sorriso que ele conhecia. Só podia ser ele, aquele cara, aquele sujeito que sorria mesmo estando presente diante de um ato de vilania. Aquele homem era um dos malfeitores que planejavam transformar aquela noite de alegria em uma noite sangrenta.

Com a memória refrescada, o guerreiro se virou para ver onde o homem estava, agora ele já estava há uma boa quantidade de passos e no caminho até ele haviam uma série de obstáculos e pessoas, seria impossível alcança-lo no meio da multidão.

Foi então que Aldarion sentiu uma mão sobre seu ombro, deu um sobressalto assustado e olhou para ver quem o tocara. Era o velho Dag.

Maldição velho! Acabei de ver um dos cães que estamos perseguindo, vá avisar os outros que estarei na parte oeste da cidade porque é para lá que eu vi o desgraçado ir. Espere, mas é claro! Norte, sul, leste e oeste, os desgraçados se separaram nas quatro direções cardeais. Rápido velho, avise os outros para se separarem. — Avisou dando as costas à Dag em seguida e enquanto o fazia Aldarion compreendia a importância daquele velho na história, ele seria o responsável por auxiliar o grupo em sua busca.

A vontade de Aldarion era correr atrás do homem derrubando tudo o que estivesse em seu caminho, ele sentia a fúria queimar em seu sangue e por muito pouco não foi o que ele fez. Mas sua razão lhe falou mais alto, se ele causasse tanto tumulto alertaria seu alvo que conseguia escapar com toda a certeza em meio a confusão, quanto ao próprio Aldarion, este terminaria preso pelos guardas até o fim da noite ou acabaria a madrugada inteira fugindo deles.

Não, naquele momento ele precisava ser discreto, precisava ser esperto. A vida de pessoas dependiam de seu sucesso, ele não poderia se dar ao luxo de cometer erros. Por isso ignorando sua própria natureza Aldarion seguiu para o oeste em silêncio.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Ter Jul 22, 2014 1:42 pm

Tentava acompanhar os passos de Emma, juntamente com Kai. Sentia que faltava alguém conosco, e este alguém era o Aldarion. Eu sabia que alguma hora ou outra alguém iria se perder, afinal, com aquela multidão toda seria fácil. Mas por fim, Dag foi atrás dele, deixando apenas nós três à caminhar.

A barulheira da multidão e dos comerciantes era insuportável; tanto que minhas orelhas felinas sentiam uma dor profunda. Odiava este tipo de coisa, principalmente por algumas pessoas esbarrarem em mim — algo sem educação. Isto de alguma forma, me irritava profundamente, mas não era qualquer motivo para desistir de meu objetivo. Respirei fundo enquanto caminhava, para ver se conseguiria me acalmar um pouco, mas parece que minha dor não iria sumir.

Por incrível que pareça, por um tempo depois, perdemos Emma de vista. Caramba, o que será que fez todo mundo se perder? Até o senhor de cabelos brancos havia se perdido. Parece que todos estavam separando-se, conforme eu havia dito. Mas talvez, não fosse de propósito. Mas até que seria bom, mesmo que Dag recomendasse à andarmos em grupo; seria um pouco mais rápido para nosso objetivo de encontrar as grávidas.

Mas, meus olhos logo perderam a vista da multidão, e se focaram em uma pessoa. Uma grávida, vestindo roupas rubras. Finalmente, achamos uma grávida. Estava indo à me aproximar dela, mas Kai parecia estar indo primeiro, sentia uma determinação grande vindo dele. Então, me parecia certo ir atrás das outras grávidas.

Tome cuidado. — disse num tom alto para que ele pudesse me ouvir, mesmo com aquela barulheira.

Talvez, isto seria um pouco inútil, pois, poderiam ter milhares de grávidas na Noite. Seria impossível apenas seis pessoas para proteger-las. Além disto, talvez eles poderiam ser muito mais fortes que nós, afinal, não sabemos ao certo qual o tanto que eles são. Não, não podia pensar tantas bobeiras assim, tenho certeza que nós somos capazes de defender-as.

Segui em frente. Esperava que Kai e o restante — se acharem alguma grávida — conseguissem proteger-as. Era o nosso objetivo, e não poderíamos deixar algo acontecer. Acelerei o passo, tentando passar pela multidão vasta, e se eu pudesse ter sorte, encontraria Emma e tentaria ficar com ela.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Jul 29, 2014 5:14 pm

Gregar
Ao contrário da máscara do rei, que sorria, o vendedor deveria estar com uma expressão carregada de dúvida. Gregar quase podia sentir isso.

Demônios? – ele ecoou, estupidamente.

A mulher sentada lá atrás parou o que fazia, também em dúvida. Olhava para Gregar como se quisesse pedir para que repetisse o que falara. Era uma mensagem crua, sem rodeios, sem hesitação por parte do mensageiro. Poderia ser uma brincadeira, verdade. Mas então foi uma brincadeira que deixou aqueles dois pensando. O rei sorridente já não queria vender nada.

Quem é você? – ele perguntou, mas então Gregar já estava indo.


Aldarion
Deu os seus avisos para Dag e seguiu o suspeito.

Não havia música na região que estava entrando. As máscaras e fantasia das pessoas ali pareciam mais nobres, mais adornadas. Até o chão parecia brilhar. Havia grandes salões onde jogos aconteciam e mesmo nas ruas era possível ver mesas em que pessoas aleatórias empunhavam cartas e dados. E havia lojas de fumo e vinho. Em frente uma dessas – chamada “Fumante”, segundo uma placa alta –, Aldarion avistou quem procurava. Lá estava o rapaz, falando com alguém. Depois ele falou com outra pessoa. Parecia estar fazendo perguntas. Aldarion se aproximou, discreto, evitando algum ângulo em que pudesse ser visto – pois se o sujeito da meia lua o olhasse, talvez pudesse associar que estava sendo seguido pelo carrasco que elogiara lá atrás. Parou numa loja ao lado da “Fumante” e ouviu o que suspeito perguntava para um freguês.

O que o boneco de neve disse para o outro boneco de neve?

E o indagado simplesmente não entendeu e se retirou, meio assustado com aquela abordagem. Daí o jovem ficou parado, esperando mais algum cliente entrar ou sair da loja, para então fazer novamente a sua pergunta. Até que um senhor com máscara de dragão vermelho parou diante dele. Ele estava saindo da loja, ouviu a questão e respondeu:

“Sinto cheiro de cenoura!”

O meia lua riu com a resposta, abaixou levemente a cabeça num cumprimento e disse:

Saudações, amigo. Desculpe se demorei. Essa Noite tem muitas distrações e temo ter me perdido no caminho. Pois bem... Slao disse que você tem algo para mim.

O velho dragão acenou um positivo, mas ficou um tempo sem falar, como se precisasse de fôlego. Finalmente:

Uma delas está no Pólux.

Certeza?

Sim... Mas está acompanhada.

Sem problemas. E a outra?

A outra está com minha mulher. No centro. Elas irão para o Pólux.

Lampo – Aldarion agora tinha certeza que era o cara do sonho, vulgo Lampo – sorriu e abraçou meio de lado o senhor informante. Este se assustou e por um momento pareceu que ia recuar. Lampo deu tapinhas nas costas dele, percebendo a hesitação no dragão vermelho.

Cara, como você está tenso! Relaxa, eu só quero lhe agradecer – Lampo soltou ele. – Não sei o que Slao lhe prometeu, mas, olha, eu mesmo irei falar para ele aumentar sua recompensa. Sem você e sua mulher iriamos demorar horrores para encontrar as duas barrigudas.

Daí se despediram. Lampo seguiu por uma via que daria na praça central da cidade. Provavelmente o último ponto antes de chegar no norte, no castelo biblioteca. Andava calmamente, talvez assobiando. Já o senhor com máscara de dragão ficou um tempo ali parado, na frente da “Fumante”.

Suas mãos tremiam.


Kai
Deu os seus avisos para Evellyn e seguiu a grávida.

Ela caminhava olhando a frente, procurando o local exato onde queria chegar. Achou. Era uma perfumaria com rosas e orquídeas na entrada. Kai se aproximou e passou a seguir a grávida com os olhos. Ela entrou e foi andando entre as estantes de perfumes. A loja tinha outras cinco pessoas e a dona do local, ao fundo.

Kai despertou de sua função quando uma senhora passou por ele na entrada, pedindo licença. Ela vestia a máscara de um dragão negro, tinha uma bolsa pequena nas mãos e o seu vestido branco de ceda ondulava. Mas essa senhora – Kai logo notou – não estava lá por causa dos perfumes. Ela caminhou direto para a gota d’água, que era a moça grávida. Esta continuou vendo os perfumes, meio que ignorando a senhora dragão. Agora as duas pareciam conversar. Kai teria de entrar para entender melhor o que acontecia. Então entrou. Foi por um corredor de estantes ao lado do que ambas mulheres de vestido estavam. As estantes não eram muito altas, de modo que ele conseguia ver as outras pessoas na loja, nos outros corredores. Se aproximou, pegando a conversa.

... que você tinha de ficar por perto – dizia a senhora. – Quase te perdi de vista lá na rua.

Desculpa – respondeu a grávida. – Eu queria muito vim aqui. Acho que sonhei com este lugar. Assim como sonhei com a senhora. Que coisa estranha, né? Esse negócio de sonhos.

A senhora ficou quieta por um instante. Olhou para os lados, como se temesse alguma coisa. Kai abaixou o rosto para os perfumes antes que aquela máscara de dragão olhasse em sua direção. Quando o tigre levantou o olhar, as duas tinham andado um pouco pra lá. Ainda estavam dentro do alcance de sua audição.

Ora, querida, você pode encontrar algo sobre sonhos num dos livros da biblioteca. Que tal irmos lá?

Lá vem você outra vez falando dessa biblioteca. – A moça pareceu decidir qual perfume levar e foi caminhando até o atendimento para fazer o pagamento. – Ainda está cedo para irmos lá. Quero andar mais pouco pela cidade.

Ela pagou e saiu. A senhora foi logo atrás. Quando Kai deixou a perfumaria, viu que agora a moça grávida estava checando instrumentos musicais numa barraca logo a frente. Kai foi andando, ao redor, tentando ouvir alguma conversa, perceber algum detalhe. Se aproximou o máximo que pode, sem chegar a ficar exatamente ao lado das duas. Ouviu uma última frase dita pela grávida, depois de algo que a senhora falara – o que a dragão disse foi impossível de entender (alguém ali perto gritou uma promoção bem na hora), mas mesmo assim ele captou ela dizendo um nome: Penkala.

Daí, a frase dita pela grávida:

Sim, sim, você já me falou desse tal de Penkala... Ah, que seja então. Vamos vê-lo agora. Mas vamos por aqui.

As duas se afastaram da barraca musical e seguiram para o lado leste da cidade.

Enquanto estavam na barraca, a senhora dragão preservava uma postura incomum de se ver numa mulher: ela deixava as mãos para trás, as duas apertando a bolsa pequena.

E suas mãos tremiam.


Evellyn
Tentou seguir Emma. Se andasse rápido por aquela rua, alcançaria ela, sem dúvidas.

Mas então viu Azasto.

Ela estava agora na praça central, onde ainda existia comercio e outras coisas. Um exemplo dessas outras coisas: monumentos. Ali estavam comerciantes de peso, que vendiam grandes estátuas esculpidas em toda sorte de pedra e minério. Havia um grande elefante de bronze; um machado de três metros feito de pedra escura; uma maquete de um castelo de cristal sobre uma mesa; e outros que eram caricaturas de personalidades da Lodoss. Uma dessas personalidades deveria ter dez metros de altura e uma cabeça chata, de quase dois metros de largura. Essa estatua estava no centro da praça e podia ser vista de longe graças ao seu tamanho. Por isso Evellyn logo viu Azasto: ele estava sobre a cabeça do monumento, agachado.

E sem máscara.


Evellyn/Gregar
Gregar viu o mesmo.

Azasto parecia olhar para todos, atento, concentrado. A altura em que estava lhe ajudava nisso. Nenhuma pessoa passaria naquela praça sem que ele visse.

E havia um número maior de guardas ali. Provavelmente porque as estatuas – algumas delas – eram valiosas demais. Os próprios consumidores pareciam estar acompanhados de seguranças particulares e carregadores. Era, assim como no restante da cidade, um trecho bem movimentado. Ao menos não tinha gritos e música.

Gregar avistou Evellyn, que estava mais a frente. Emma não estava com ela e Evellyn não viu Gregar.

Spoiler:
.
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Jul 30, 2014 7:57 am

Aldarion seguiu o suspeito tentando ser o mais discreto possível, porém seu físico avantajado, sua armadura, sua espada e sua máscara o tornavam indistinguível do meio da multidão, ainda mais naquela parte onde todos usavam máscaras ornamentadas e roupas elegantes. Mas pra sua sorte ele havia conseguido passar despercebido da percepção daquele homem.

Quando o estranho falou a frase que parecia ser uma piada, Aldarion tinha certeza que aquilo era uma espécie de código, ficou em silêncio aguardando e qual não foi sua surpresa ao descobri que o homem tinha um cúmplice, alguém que aparentemente estava sendo pago.

"Então eles não estão procurando pelas mulheres, eles já sabem quem elas são. Isso está pior do que eu pensava."

Aldarion esperou a conversa terminar e aguardou o homem com a meia-lua se afastar deixando o outro sozinho. Esse informante quem quer que ele fosse, não parecia tão confortável com a situação, estava visivelmente trêmulo e amedrontado, talvez fosse possível tirar vantagem disso. Aldarion decidiu que conseguiria mais algumas informações fáceis daquele alvo que parecia tão vulnerável. Ele sabia que o mais correto era seguir Lampo, mas e se Lampo houvesse notado a sua presença e disfarçado para guiar o guerreiro até uma armadilha? e se Lampo percebesse que estava sendo seguido? E se Aldarion fosse vencido por Lampo e seus aliados?

A vida daquelas mulheres era mais importante, ele precisava garantir o sucesso da missão e a melhor forma de conseguir isso era obtendo mais informações. Por isso Aldarion aproximou-se do homem trêmulo e fez sua jogada.

O que o boneco de neve disse para o outro boneco de neve? — Perguntou Aldarion.

Ele aguardaria o homem responder e então continuaria seu plano.

Você achou mesmo que as coisas eram tão fáceis assim? Era só você nos dar a informação e sumiríamos da sua vida? Está enganado "amigo", Slao tem outros planos para você, outra tarefa. — Disse Aldarion agora fazendo todo uso de sua aparência intimidadora. — Me acompanhe se dá valor a vida de sua família. — Disse o guerreiro.

Uma vez que conseguisse convencer seu alvo, Aldarion guiaria o homem por alguns metros até encontrar um beco escuro e esquecido, onde a alegria e a luz da festa negaram sua presença. Ali ele levaria o homem para dentro e rapidamente o dominaria com seus punhos de aço pressionando o sujeito contra a parede usando uma das mãos para tampar-lhe a boca e a outra para ameaçá-lo com uma faca.

Levante as mãos imbecil, mantenha elas onde eu puder ver, não tente nenhuma gracinha ou eu abro uma buceta no seu pescoço, entendeu? — Aldarion falava baixo, seus olhos castanho escuro fixos nos olhos do homem, sua mão firme na boca do sujeito e a adaga roçando o pescoço do infeliz. Somente quando o sujeito balançou a cabeça positivamente é que Aldarion soltou a boca do homem.

Eu tenho algumas perguntas, e quero respostas, recuse responder e vou descascá-lo como se fosse uma batata. — Aldarion deu uma pausa, encarou o homem e então prosseguiu. — Quem é Slao? Quais são os nomes das duas grávidas? Como vocês as escolheram e por quê? — Aldarion aguardaria o homem responder.

Se ele se recusasse, o guerreiro tamparia a boca do homem com a mão e então começaria vagarosamente a extrair um dos olhos do infeliz. Se o sujeito mudasse de ideia ele continuaria, se ele ainda assim se recusasse, Aldarion começaria o trabalho de extração do segundo olho e seguiria com uma tortura horrível ao estilo nórdico, em certo momento se fosse preciso, ele amarraria o homem para poder seguir com a tortura até ele falar ou até ele morrer. Por outro lado se ele respondesse, Aldarion seguiria com o interrogatório.

O que é esse tal Pólux? Em quantos eles estão? Quanto Slao pagou para você? — Novamente Aldarion aguardou a resposta do homem. Se o sujeito dissesse que o pagamento foi com algum bem material, Aldarion revistaria o homem e o roubaria.

Olha como sou generoso, estou deixando um cão como você vivo. — Disse em tom de deboche.

Depois de ter as informações e todos os objetos de valor que o homem tivesse, desde lodians até anéis, brincos, piercings, qualquer coisa de valor. Aldarion soltaria o homem e o chutaria para que caísse no chão.

Fique ai seu cão leproso, ainda não terminei com você. Você me levará até eles e se tentar fugir vou mostrar pra você porque estou usando esta máscara. Agora coloque isso no pescoço, hehehehehe, esse disfarce até que veio bem a calhar, ninguém vai desconfiar da nossa fantasia não é mesmo? — Disse Aldarion fazendo um nó de forca e colocando no pescoço do homem. — Eu sou o carrasco e você é um sentenciado a morte. Me leve até eles e prometo soltá-lo, se você tentar correr vou puxar a corda...

Agora com seu guia involuntário, Aldarion seguiria para o Pólux mantendo o sujeito preso à sua corda, no caminho ele pararia para falar com alguma criança que viesse a encontrar.

Ei garoto! Você conhece bem essa cidade? Quer ganhar algumas moedas? Conhece a tenda do velho Dag o vendedor de máscaras? — Se obtivesse uma resposta positiva ele continuaria, caso contrário procuraria outra criança. — Leve uma mensagem ao velho Dag, diga a ele que o carrasco do rei fará uma execução no Pólux, tome essas moedas, uma pela mensagem e outra para que seus pés voem, procure por Dag na tenda ou na biblioteca ele estará usando uma máscara de veado. Agora vá. — Aldarion deu a ao garoto não duas moedas, mas sim quatro, queria ter certeza de que sua mensagem seria entregue.

O guerreiro conhecia Paramet, mas muito pouco, já havia estado naquela cidade antes quando comprou sua armadura. Sabia aproximadamente que a direção que Dag apontara para ele era da biblioteca antes por isso fez a dedução ao garoto. Caberia a ele agora continuar com sua tarefa que certamente teria um desfecho sangrento. Quanto ao homem? Aldarion não pretendia matá-lo, mas queria se divertir vendo o que aconteceria quando Slao e os demais descobrissem que foram traídos.

"Se Sabrina estivesse aqui provavelmente ela teria torturado esse infeliz de qualquer jeito. Mas vai ser mais divertido ver o que farão com este cão imundo que vende a vida de grávidas e de crianças inocentes."

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Sáb Ago 02, 2014 1:22 pm

Madoka Magica Soundtrack
34
Musica: Dolus Vel Pedica


Aquela senhora grávida permaneceu em sua postura determinante até que chegasse à uma perfumaria. Haviam algumas flores na entrada do estabelecimento, para ser mais exato, orquídeas. Por alguns segundos me lembrei de minha "mãe", ela ama orquídeas. Se não me engano, seriam suas flores favoritas. Meus pensamentos corriqueiros foram interrompidos por uma senhora vestida de dragão que me pedia educadamente por sua passagem. Mal notei que estava bem em frente à porta.

Oh! Perdão. — Disse me deslocando para que a senhora pudesse passar.

Aquela senhora não viera pelos perfumes. Ela se dirigia para com a grávida de gotas d'água. Entrei na loja e logo em seguida, procurei pela estante mais próxima às duas para que pudesse ouvir sua conversa. A senhora parecia ter tido sonhos assim como todos nós. Antes que pudesse pensar em algo, a senhora com máscara de dragão olhara vigiante para todas as direções. Abaixei minha cabeça rapidamente, fingindo estar verificando algum perfume.

Assim que levanto minha cabeça, as duas se dirigem para o caixa contudo, ainda podia ouvi-las facilmente. As senhoras parecia ter a biblioteca como destino, pensei que isso fosse bom de certo modo, afinal, seria mais prático protege-la junto dos outros.

Pouco tempo depois, as duas foram para a barraca ao lado. A barraca vendia diversos instrumentos musicais e a senhora parecia um tanto interessada. Tentei segui-las o mais rápido possível para que não perdesse algo importante da conversa.

Um senhor berraria uma promoção exatamente ao mesmo tempo que a senhora dragão pronunciava porém, consegui ouvir o nome "Penkala". A senhora grávida parecia ir a um encontro com ele. Pensava totalmente desorientado. Afinal, oque faria agora? Penkala era o assassino de meus sonhos, não podia de maneira alguma deixar que elas fossem de encontro à ele.

Em meio à alguns pensamentos, não pude deixar de notar que a senhora de dragão estava um tanto quanto estranha, como se soubesse sobre algo. Ao mesmo tempo parecia esconder isto da senhora grávida, apalpando trêmula sua bolsa com as mãos para trás.

Corri em direção as duas. Por enquanto não tinha plano algum em mente porém, sabia que algo daria errado caso evidenciasse tudo afrontando a senhora dragão. Fora então, que a musica que ouvia antes começava a se destacar cada vez mais. O motivo estava bem à frente. Várias pessoas dançavam por ali, seria um baile de rua, ou algo do tipo. Por sorte as duas passariam ali por perto. Foi então que pensei em algo, apesar de não ser o melhor plano, fora o único que tivera no momento.

Assim que aquelas duas se aproximaram daquele baile de rua, me evidenciei bem em frente a senhora grávida pronunciando gentilmente enquanto me reverenciava. — Me concederia uma dança contigo? — Estava extremamente envergonhado porém, se quisesse salva-la deveria deixar minha timidez de lado, pelo menos por hora. Esperava que a senhora grávida aceita-se, assim adentraria naquela multidão e ao mesmo tempo me afastaria da senhora com fantasia de dragão. Só então poderia descrever tudo oque sabia para a senhora grávida.

Por favor, você tem de acreditar em mim! Penkala é um assassino, e parece procurar por mulheres grávidas! Não sei por qual motivo ele faz isto mas, se confiar em mim, lhe prometo que à protegerei com minha vida. — Diria tudo enquanto dançava com a senhora longe dos ouvidos da senhora dragão.

Caso algo desse errado, deveria tomar uma tentativa diferente. Iria segui-las até um ponto um pouco mais vazio e tentaria educadamente evidenciar os fatos. À mesma medida, tomaria extrema cautela com a senhora dragão. Não poderia deixar de maneira alguma que elas encontrassem Penkala.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Dom Ago 03, 2014 9:45 pm

Bom, ao menos aqueles dois tinham alguma dúvida plantada em suas cabeças, se fossem minimamente espertos deveriam desconfiar daqueles ao redor, as chances da mulher ficar viva pelo resto da noite tinham crescido um pouco, se as coisas corressem como o plano ganharia algum dinheiro, e ainda conquistaria um pouco de fama como herói, a perspectiva era animadora, mas não queria gastar mais tempo do que o necessário. Uma vez que dizia o que queria dava as costas para o vendedor, a dúvida era uma ótima fonte de caos, estava ansioso para saber o efeito que as palavras teriam, mas seguir para a biblioteca era mais importante, o pensamento de saltar em uma multidão para ir caçar livros era tão prazeroso quanto enfiar uma faca em minha mão, apesar de que a ideia de ignorar a tudo e ser atormentado por Kenna era pior ainda.

Ia em direção até o grupo quando o via, Azasto era seu nome, minha presa era o que ele era, podia sentir o sorriso se alargando sob a mascara, havia encontrado um faltavam apenas mais três.  Se todos eles caíssem não ficaria mais preso a uma maldita missão, além do que, contando que capturasse um deles poderia descobrir muito e ainda mais sobre o sonho, informações que satisfariam Kenna por tempo o bastante para que eu aproveitasse a festa. Mas não era apenas ele quem observava a raposa também estava ali, onde haviam ido os outros dois? O grupo mal havia dado meia dúzia de passos e agora já estava aos pedaços, não que achasse ruim evitar todo aquele papo sobre ser herói, mas apenas para garantir precisava de mais uma jogada.

- Ei Eve.. Esquecia momentamente o nome da mulher. - Raposa, Raposa aqui. Diria enquanto me aproximava da meio-feral sinalizando com um braço. - Acho que vai preferir bancar a heroína do que ir atrás de assassinos, lá para trás em uma barraca que vende armas e armaduras há uma das grávidas, com sorte é uma das mulheres que aqueles caras estão atrás. Se der sorte consegue alcança-la antes que ela vá até a biblioteca, bem boa sorte, vou resolver alguns assuntos mais urgentes agora. Comentaria enquanto passaria por ela dando um leve tapinha em seu ombro.

Por sorte as pessoas ao nosso redor me ajudariam mais do que atrapalhariam, como se fosse qualquer um, me aproximaria de Azasto, fingiria desinteresse enquanto observava as pessoas, haviam muitos guardas naquele lugar, se fosse lento demais as coisas podiam acabar caóticas, mas dessa vez a multidão teria mais utilidade do que tentar pisar em meu pé, as pessoas caminhando e conversando abafariam as palavras que diria, a mascara cobriria a boca, tudo podia acabar muito bem ou muito mal. Controlando a velocidade em que falaria, caminharia com um único alvo em mente Azasto.

Aquele que descende dos céus, responda sem demora a meu comando, se torne minhas pernas para que eu ultrapasse aqueles que ficam em meu caminho, venha até mim, Nue.

Completaria as palavras com um salto em direção do homem, me usaria das plataformas que poderia gerar e de uma vez só avançaria em sua direção, saltando por sobre a multidão. Ainda em disparada como se imitasse uma seta, tomaria em mãos a lança, e com a parte romba da arma golpearia, não era de meu intuito matar o homem, não por enquanto, o golpe viria de cima para baixo em um angulo inclinado, onde miraria diretamente contra a cabeça de Azasto. Aumentando o espaço entre as mãos durante a pegada da arma, me usaria das plataformas para seguir com um segundo ataque, geraria e me apoiaria em plataformas por tempo o bastante, para conseguir um novo golpe, dessa vez ele viria com o lado e direção opostos, uma pancada que faria subir de cima para baixo mirando o rosto do homem. Em piores casos guardaria as plataformas para que pudesse literalmente chutar o ar em busca de me esquivar no meio do ar de possíveis golpes, assim como usaria a mesma tática para corrigir a direção que tomava, tentando caso necessário alterar meu percurso para que fosse de encontro a Azasto.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Ago 05, 2014 6:30 pm


Kai
Spoiler:
Seguiu elas e topou com mais gente e nova música.

Era como uma tropa. Mas marchavam tocando e cantando, espalhando as letras das canções para as regiões da cidade e contagiando os mais próximos a dançar ou apenas parar para ver. Aquela tropa, por enquanto, não tinha contagiado ninguém naquela região central. Estavam todos apenas observando, no máximo batendo o pé ou batendo palmas. Ninguém dançava.

Até que Kai começou.

Oh, claro – disse a mulher, pousando sua mão na de Kai, aceitando o convite de dança.

Ela dançou devagar, pois estava grávida. Isso foi ótimo para Kai, que conseguiu acompanhá-la nos giros sem nenhum problema. Pouco depois que eles começaram, outro casal resolveu tentar também. E depois outro e mais um. Daí a tropa tocou mais alto quando viu que estava, finalmente, conseguindo bombar o sangue da galera. Cordas, sopro, percussão – os caras tinham toda sorte de instrumentos.

E por cima do som dos instrumentos, Kai falou o que tinha pra falar. Não pôde descobrir se a mulher com quem dançava tinha uma expressão de susto ou interrogação ou as duas coisas. Tudo que via era uma máscara de gota d’água. Mas via os olhos dela, e ali havia alguma coisa.

Curiosidade.

Você não parece estar mentindo – disse, por fim. – Pode estar apenas enganado. Ouvi dizer que o Penkala é um médico de mulheres grávidas e não um assassino. Talvez...

Ela parou de dançar. E Kai não precisou ver o rosto dela pra saber que, agora, deveria estar desenhada uma expressão de dor, de agonia, por baixo da máscara. Suas mãos estavam sobre a barriga.

O bebê – gemeu. Kai mal conseguiu ouvir, mas entendeu.

Nascendo. O bebê estava nascendo.

Mas seria ótimo se fosse apenas essa a complicação do momento.

Havia outras duas grandes complicações chifrudas e furiosas, estalando os cascos no chão de pedra enquanto corriam em fúria cega na direção da tropa, na direção de todos perto da tropa.

Eram dois touros e tinham saído de alguma parte do leste da cidade – mais tarde alguém confirmaria isso, dizendo que eram prêmios para o vencedor de alguns jogos esportivos, mas que estavam agitados de maneira a arrebentar os arreios e correr cegamente por algumas ruas lotadas de Paramet, atropelando, perfurando, atirando longe. Outro alguém diria, mais tarde, que os touros estavam agitados por causa de um som especifico: um sopro fino e delicado para ouvidos humanos e semi-humanos, mas que é como uma lixa irritante para ouvidos taurinos.

E mais tarde aquela tropa iria lamentar ter cerca de quatro músicos tocando um certo instrumento de sopro... Só mais tarde, porque nesse exato momento estavam ocupados sendo atropelados pelos dois animais que, atraídos, queriam fazer cessar aquele som de lixa.

Kai – assim como a maioria – só percebeu tarde demais: quando a música parou e os gritos iniciaram. Daí olhou para trás e viu dois pares de chifres em carga, que tinham terminado de se tingir em sangue de músicos, mas que mesmo assim queriam mais, seguindo adiante, rumo a ele e a mulher grávida ao seu lado.

Ele soube que poderia evitar a carga dos animais. Poderia muito bem aproveitar os dois segundos que o separava de um atropelamento para sair da reta. Faria isso, se estivesse sozinho... Mas ao seu lado havia uma mulher que tinha de ser salva, levemente curvada, sentindo contrações criminosas que a impediam até de perceber a corrida dos touros rumo a ela e seu bebê.

Dois segundos. Kai tinha dois segundos.


Gregar/Evellyn
Dois segundos.

Gregar disse as palavras e atirou o seu corpo para o alto. Se apoiou em um monumento menor, saltando para cima, e no final do primeiro segundo ele já estava de cara com Azasto. Sua lança desceu que nem um raio contra a cabeça do jovem sério. Este recebeu o golpe com olhos arregalados de surpresa, ficou grogue mas ao mesmo tempo ciente de que estava sendo atacado e foi se jogando para trás quando o segundo golpe de Gregar veio de baixo para cima, lhe acertando o peito, por pouco o rosto. Azasto diminuiu o impacto ao se jogar para trás, mas caiu da altura do monumento, indo parar numa mesa com a maquete de uma fazenda, 10 metros abaixo. A mesa cedeu sob o seu peso e as pessoas se afastaram. Dois segundos se passara.

Agora Gregar estava na cabeça da estátua, olhando para baixo.

Azasto balançou a cabeça uma vez, tentando recuperar os sentidos e olhou para o alto, para Gregar. Lá de cima foi possível ver que a boca de Azasto recuou para mostrar os dentes numa expressão de raiva. Ele demorou mais seis segundos para começar a se mexer, saindo da mesa. Algum vendedor gritava com ele. Um homem alto e magro. Se aproximou de Azasto querendo uma satisfação. Azasto não disse nada, nem se quer olhou na direção do magrão – pois ainda olhava para Gregar – e passou uma rasteira no homem que fez com que ele parasse de falar com Azasto e ficasse entretido apenas com a tarefa de se arrastar para longe. Quando o jovem se levantou da rasteira, suas costas estalaram e ele encarou Gregar de novo, lá de baixo. Pessoas abriam espaço e os guardas ainda não tinham percebido (mas logo alguém os alertaria, quem sabe daqui dois segundos).

Daí o jovem sério levantou uma mão, chamando Gregar. Seus olhos diziam “tente de novo, só que agora eu não estarei desprevenido”.


Aldarion
O velho dragão já tinha respondido a charada, não é mesmo? O encontro tinha sido feito, e cada um seguiria para o seu canto agora, certo? Mas então, por que ele resolveu seguir Aldarion, mesmo ciente que já tinha feito o seu trabalho e que aquele carrasco deveria ser ou um impostor ou alguém confundindo as coisas? Bom, bela pergunta. Provavelmente foi porque o nome Slao foi mencionado. Então seguiu Aldarion, sem falar nada.

Aldarion procurou por um beco, coisa fácil de achar. Mas naquela noite a busca não era assim tão simples. Ao menos por um beco vazio. Pois mesmo os buracos da cidade eram frequentados por gente mascarada, naquela noite especial. O que Aldarion viu no primeiro beco, por exemplo, foi vômito, urina, excremento e meia dúzia de pessoas se amando na penumbra, alheios ao mundo, pois eram livres e não tinham rostos. Noutro beco, viu bêbados caídos, muitos deles com as roupas e pertences roubados – menos as máscaras (as máscaras ficavam. Sempre). Daí achou um lugar com apenas dois sujeitos “desacordados”, e outro, lá no fundo do reduto, remexendo vagamente numa lata de lixo. Teria de ser ali.

Sem mais, jogou o senhor contra a parede. Este sufocou com o impacto e tossiu. Levantou as mãos, como ordenara Aldarion, e suas mãos tremiam. Mas não muito. Ouviu as ameaças, mas ficou quieto, como se não tivesse ouvido nada ou como se Aldarion não existisse. Daí o carrasco teve de ser cruel. Pôs uma mão sobre a região da boca da máscara, para que ele não gritasse enquanto a faca girava no buraco de um olho, deixando o dragão tão caolho quanto Dag. Mesmo com a mão lá, os gritos de dor escaparam, pois era complicado tapar completamente uma boca sob uma máscara. Um dos bêbados se remexeu com o grito e o homem no fundo do beco parou de fuçar na lata de lixo para ver o que acontecia. Aparentemente nenhuma pessoa na rua viu ou ouviu.

O dragão estava com a boca pressionada, sangrando por um olho e rugindo de dor. Dificilmente conseguiria dar uma resposta naquelas condições. Mesmo se quisesse. Suas mãos estavam presas na capa de Aldarion – num primeiro momento, como se tentando empurrá-lo, um ato natural; mas agora ele estava apenas apertando a capa do carrasco, descarregando sua força nos punhos fechados, um ato natural de quando se sente muita dor e não pode fazer nada.

É isso aí. Estripa ele, estripa todinho.

Era um dos bêbados, caído a alguns metros, vendo a cena e delirando. Ele moveu a máscara um pouco para cima, livrando a boca do anonimato, e deu um gole numa garrafa que estava por perto. Baixou a máscara de novo. E pareceu ansioso pela execução do dragão.

E o dragão, num incrível esforço heroico, conseguiu dizer algo. E o que disse foi uma resposta para a primeira pergunta de Aldarion, sobre quem é Slao:

Slao é um sujeito igual você.

Não havia desafio ali, mas havia nojo e um reconhecimento. Assim como Aldarion o considerara previamente um cão leproso, este mesmo cão leproso considerava Aldarion um Slao – um sujeito macabro, que passa o tempo delegando missões de sequestro de recém-nascidos.

O bêbado riu:

Ihhh, vai deixar ele falar assim com você? Eu não deixava!


Spoiler:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Sáb Ago 09, 2014 10:48 am

Off Tópic: Ah sim, obrigado. ^^


Até o momento tudo estava indo como o planejado. Por sorte extrema, a senhora aceitara dançar comigo e repousara sua mão gentilmente sobre a minha, que até o momento à aguardava. À puxei sutilmente e dei inicio com alguns passos lentos, o que realmente era favorável graças à condição de grávida da senhora.

A partir da iniciativa, vários outros casais também se juntaram à dança. Até que se formasse uma multidão grande o suficiente para que pudesse pronunciar tudo aquilo que pensava para a grávida, obviamente, sem que a senhora de fantasia de dragão percebesse. Sua expressão facial era imperceptível, tudo o que podia ver era sua máscara encobrindo o rosto. Porém, seus olhos estavam à mostra esbanjando curiosidade.

Pelas suas palavras ela parecia ter acreditado medianamente em minhas palavras. Antes que tivesse a minima chance de responde-la. A senhora levou suas mãos até sua barriga e gemeu pronunciando algo, que facilmente demonstrava que suas contrações estavam tendo inicio naquele exato momento. "Mas, justo agora?". — Pensava mais uma vez desorientado.

Apesar de tudo, este aparentava ser apenas o inicio dos problemas que se agravavam por ali. Dois touros desgovernados surgiram de algum lugar - que por hora desconhecia - e atropelaram metade dos casais que dançavam mediante à nós. Minha preocupação com a senhora fora tão grande até o momento, que somente quando os touros estavam próximos o suficiente para nos jogar longe, que pude perceber sua presença.

Planos:

Plano I - Solve peacefully.


Antes da chegada dos touros, me desloquei rapidamente para a frente da senhora grávida e estiquei meus braços. Na esperança de que os touros se acalmassem instantaneamente em minha presença e sessassem o "ataque". Assim acariciaria seus pelos e logo em seguida me voltaria para socorrer a senhora Gotas D'água.

Quote da ficha que evidencia a "habilidade passiva do personagem":

Plano II - Immediate


Me jogaria sobre a senhora grávida nos deslocando rapidamente para o lado e caindo no chão, naturalmente seguro. Antes de cair, me entornaria pela senhora de maneira que ela caísse sobre mim e não sofresse dano algum.



Caso tudo ocorresse bem. Tentaria carrega-la o mais rápido possível para fora de toda aquela confusão. Segundo o que havia escutado da senhora gotas d'água, a senhora com fantasia de dragão provavelmente havia lhe dito que Penkala seria um médico que poderia cuidar dela. Então, tomei a iniciativa de carrega-la para longe dali em busca de algum médico da cidade antes que a senhora dragão nos visse.  Pois ela possivelmente iria anunciar para que a gravida fosse levada ao "médico" Penkala.

A senhora ouviu falar dos boatos sobre um caso de assassinato de grávidas nos campos? Caso sim, ele é real! E o assassino daquele crime é Penkala. Por favor, lhe peço do fundo do meu coração para que acredite em mim e não se desespere. Irei leva-la à algum outro médico que não seja Penkala. E caso não encontre nenhum, não se preocupe pois eu mesmo posso realizar seu parto. — Dizia gentilmente tentando esboçar a maior confiança possível.

Off Tópic:

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Dom Ago 10, 2014 9:32 pm

Charge

"If you want to win, fight"


Maldito assassino imbecil, tão ligeiro quanto irritante. A surpresa me ajudava em carimbar a cara do sujeito com a lança, o primeiro golpe acertava em cheio, já o segundo...o matador era tão tenaz quanto uma barata, precisaria me esforçar mais um pouco. Enquanto sentia o primeiro ataque atingindo-o bem no meio do rosto, o segundo apenas o empurrava da estatua, ao menos aquela cada fazia um ótimo serviço, apostava que muitos tinham achado hilário ver aquele homem destruindo a mesa, claro que isso não se aplicava ao vendedor, mas não importava, não enquanto não acabasse com a raça de Azasto. Ele me encarava e eu retribuía o olhar, o chute desferido contra o vendedor me davam uma suspeita, ele estaria armado? Provavelmente não, do contrario o magricelo teria mais problemas que um tombo, a raposa não parecia ter atitudes teria ela ouvido meu aviso? Provavelmente apenas descobriria mais tarde. Ainda usando das plataformas caminharia em pleno ar para fora da estatua, criando uma espécie de escadaria que em dirigia contra Azasto. A arma tinha perdido seu sentido, poderia me entreter muito mais, ao enfrentar os punhos daquele homem com meus próprios, que a lança ficasse para depois.

- Não parece tão durão daqui de cima...assassino.

Cuspia as palavras enquanto deixava a lança cair por entre os dedos, tomaria cuidado o bastante para garantir que a arma fosse atirada longe da multidão, evitando ferir qualquer um que não estivesse naquela confusão, ferir civis traria mais dor de cabeça. Assim que sentia a arma escapando dos dedos o avanço começava. Jogaria o corpo para frente forçando uma queda, um movimento no qual avançaria de cima para baixo contra Azasto. O primeiro golpe viria com a perna, geraria uma plataforma sobre uma das pernas e usaria para me impulsionar e girar o corpo no próprio eixo, a movimentação também serviria com o propósito de frear momentaneamente o tombo, mas o maior motivo pelo movimento era o ataque que viria. Com a perna destra bem esticada, giraria até que o chute viesse como um raio, uma pancada que com o calcanhar da perna tentaria atingi-lo diretamente em sua cabeça.

Com o golpe disparado me afastaria, com uma nova plataforma, uma que dessa vez me jogaria para longe de Azasto, me afastaria e aterrissaria então viria o ataque dele, seus olhos não indicavam um apreço muito grande por seu golpeado, sabia que ele viria, ele tinha de vir. Manteria sempre o mais perto que ousasse, esquivando de todos os golpes enquanto girava o corpo de um lado para o outro, tentando ver golpes passarem ao meu redor enquanto me movia e me afastava, esquivando de tantos ataques quanto pudesse. Manteria os braços abertos em guarda, preparado para algum ataque que pudesse atingir a cabeça, mesmo contando com a esquiva não dependeria de uma única arma. Sempre que possível, voltaria a golpear com os chutes, manteria os mesmos localizados na região das pernas ou do tronco, todos rápidos e diretos sem nunca usar muito tempo em um único golpe, sempre me movendo e atacando, os guardas já deveriam estar chegando.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Dom Ago 10, 2014 11:52 pm

Em meio à passos apressados, tentava encontrar Emma em meio àquela gigantesca multidão. Porém, algo me deixara paralisada antes que pudesse realmente chegar à encontrar Emma. Azasto, aquele rapaz sério de nossos sonhos estava bem diante de meus olhos. Estava abaixado bem em cima da cabeça uma estátua, parecia buscar ferozmente por algo; possivelmente as senhoras grávidas.

E, ainda, estava sem alguma máscara; dava para ver seu rosto claramente. Pude ver que ele olhava atentamente à multidão, com certeza estava procurando alguma grávida. Desgraçado, não iria poder deixar com que ele e o resto concluíssem seu objetivo. Mesmo que meu olhar permanecia atenta à ele, estava tentando pensar em algo para fazer em relação a isto.

Mas, logo foram interrompidos por que Gregar, que estava por ali. Não havia percebido ele antes, pois estava observando Azasto. Bem, pelo menos alguém não estava machucado, que era a minha preocupação. Ele havia dito que acharia uma grávida, ainda bem, contando mais que Kai também achou. Entendi bem o que ele queria fazer — atacar Azasto — e, pelo fato, deveria ir proteger a grávida, antes que algum deles achassem-a.

— Seja cauteloso. — falei em um tom de voz com que ele pudesse me ouvir, e, em seguida fui atrás da grávida.

Devia tomar cuidado para que Azasto não soubesse o que eu iria fazer, mas, acredito que ele nem tenha me reparado; afinal, durante o percurso, não senti que alguém estivesse me seguindo. Corria o mais rápido possível para conseguir chegar até a barraca, até que foi um pouco demorado, mas consegui chegar.

Coloquei minhas mãos sobre o balcão, com uma respiração ofegante. Olhei para o vendedor, que estava assustado com a minha chegada, e, tentei manter a postura normalmente.

Meu... Senhor... — falei, ainda um pouco ofegante — Um colega meu disse que avistou uma grávida aqui, e há uma situação totalmente complicada relacionada à ela, e também, outras grávidas. Ela ainda está ai?

Caso houvesse, tentaria explicar a situação á ele e para a grávida, mas, de um jeito que não provocasse desespero; de uma forma gentil. Mas, se não estivesse, iria ir em direção à Biblioteca para ver se conseguia alcançar-lá.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Ago 12, 2014 5:58 am

"Os fins justificam os meios."

Esse jargão popular, essa máxima sempre foi alvo de vastos debates filosóficos, Aldarion nunca dera importância a filosofia ou a coisas complicadas que requeriam muito estudo. Agora naquele momento ele havia acabado de torturar cruelmente um homem com a razão de alcançar a salvação de mulheres e crianças inocentes.

Mas ele não gostava daquilo, não queria ter feito aquilo, ele odiava atos de covardia. Para ele os fins jamais justificariam os meios. Aldarion apenas fazia o que precisava ser feito, sem mais e sem menos, e para ele aquele homem, o velho dragão, era um sujeito detestável que precisava pagar de alguma forma por sua participação vil.

Por algum motivo Aldarion acreditava que Slao estava mantendo pessoas importantes para o velho dragão como reféns, talvez um filho, ou uma filha. Ele precisava ter certeza de suas suspeitas e a tortura era a melhor forma de confirmar a verdade para esses casos, pois somente alguém sustentado por um forte ideal ou nutrindo um forte sentimento por alguém não se deixaria submeter por ameaças ou até mesmo a dor. A tortura era uma prática vil e cruel, mas de qualquer maneira, qualquer que fosse a motivação que moviam as ações do velho dragão, ele precisava pagar por seus crimes.

Aldarion havia removido o olho esquerdo do velho dragão, durante o processo o olho foi destruído e seus restos agora estavam na palma da mão de Aldarion que encontrava-se ensanguentada. Ele não dava ouvidos ao mendigo, em vez disso seus olhos analisavam friamente sua vítima. A resposta que a mesma dera confirmou suas suspeitas, aquele homem não estava ajudando Slao por dinheiro.

Não me odeie seu cão leproso, eu não estou gostando nada disso. Seria muito mais fácil se tivesse colaborado. Pense na dor que você está sentindo, o olho que você perdeu, como um preço pequeno a se pagar por colocar a vida de inocentes em risco. — Disse Aldarion entregando os restos do olho do sujeito a ele.

Ouvi dizer de alquimistas que podem criar poções milagrosas com capacidades regenerativas, desde que você leve a parte do corpo amputada ou retirada. Talvez você encontre um para ajudar a restaurar seu olho. Se não conseguir, você poderá viver bem com um só, não demorará até que seu cérebro se acostume e você não estranhe mais a noção da falta de profundidade. — Disse o guerreiro, em sua experiência de vida Aldarion já havia ficado temporariamente cego de um olho e sabia muito bem o que estava falando.

Enquanto o velho dragão se recuperava da dor, Aldarion caminhou até o mendigo que não parava de tagarelar e parecia se divertir com o sofrimento dos outros. Quando estava perto o suficiente não disse uma palavra, chutou a face do infeliz com força, força suficiente para quebrar uma máscara, um nariz e colocar a vítima a nocaute.

Sádico desgraçado! — Resmungou. — Odeio tipos fracassados como este, que encontram diversão na dor dos outros.

Aldarion se aproximou novamente do velho dragão e aguardou mais um momento, quando percebeu que ele já estava em condições de falar, continuou o diálogo.

Me diga, quem Slao está mantendo refém para te obrigar a trabalhar para ele? — Perguntou Aldarion, seus olhos mirando com firmeza o olho restante do velho dragão, como se ele quisesse enxergar a mentira ou a verdade.

Independente da resposta ele continuaria.

Quero que me diga exatamente como é Slao, ele é de que raça? É um mago? Um guerreiro? Pelos deuses é bom você colaborar, eu não gosto disso mas você não vai me deixar escolha. — Ameaçou o guerreiro exibindo sua faca.

Spoiler:

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Qua Ago 13, 2014 1:19 am

Aldarion
O dragão não pegou o olho de volta – não tinha estomago para isso. Não tinha estomago para nada. Seu mundo era a dor aguda que martelava dentro de sua cabeça. Removeu a máscara e a jogou fora, e foi escorregando as costas na parede até cair sentado enquanto Aldarion chutava o bêbado logo ali. Quando o guerreiro se voltou, viu que de um olho escorria sangue e, o do outro, lágrimas.

Ele tem o meu filho, meu único filho – disse, apenas. Estava com os joelhos dobrados e os cotovelos apoiados neles, de modo que as mãos caiam pesadas sobre a cabeça de finos cabelos brancos, tentando conter a dor, tentando conter o luto. Seu rosto tinha as marcas da idade, mas o corpo era robusto, de quem teve uma vida saudável. Mas agora tremia de leve, como um nada saudável viciado em alucinógenos.

O mendigo no fim do beco ainda olhava, intrigado, como se estivesse vendo um teatro do improviso.

Eu não sei o que ele é – disse o velho, olhando para o chão, tipo falando sozinho. – Mas ele entra na cabeça dos outros. De alguma forma, ouço a voz dele na minha mente.

Uma pausa. Uma longa pausa. Aldarion começou a achar que acabara o assunto ali. Mas então as mãos do senhor começaram a tremer sob sua cabeça e ele parecia estar ouvindo alguma coisa enquanto respirava ruidosamente. Daí a cabeça dele girou subitamente na direção de Aldarion, o olho o encarando ferozmente:

Quem lhe enviou aqui? – A voz... a voz não era mais a do velho dragão. – A velha Circe? Não, ela não... Mas então... Ah, não, não pode ser... a Noiva fez isso? – um sorriso brotou e o senhor parecia até outra pessoa. Seu único olho, que antes era de um castanho claro, era agora azul escuro. – Você sonhou essa merda toda, não é?


Kai
Kai pensou em acalmar os animais, mas logo viu (em algum instante dentro dos dois segundos que tinha) que eles, mesmo acalmados, não conseguiriam frear a carga em que já estavam. Então o meio-feral se jogou para o lado, com a moça grávida. Teve o imenso cuidado de amaciar a queda dela. E deu certo. Mas ela gemeu com uma nova dor, quando um dos touros passou rente, pisoteando, acertando um dos cascos no tornozelo dela. Ela deveria estar sentindo o equivalente a um esmagamento por marretada. Mas logo esqueceu disso, pois o movimento brusco deve ter irritado o bebê, de modo que ali estava o centro de toda sua atenção no momento.

Kai, no meio da confusão, agiu depressa. Pegou a mulher no colo e se afastou do lugar. Viu de relance que a velha senhora mascarada de dragão tinha também se afastado quando os touros passaram e ficou atordoada por um curto tempo – que bastou para Kai sumir das vistas.

Se afastou da senhora, mas aquela Noite das Máscaras começou a se mostrar mais complicada: quando ele tentou seguir por uma rua, um monte de pessoas bloquearam a passagem, vindo de lugar nenhum para ver o que acabara de acontecer. A música parara abruptamente, sendo substituída por gritos, e isso bastou para que a curiosidade fosse algo em comum naquelas tantas pessoas diferentes. Kai quase recuou pra escolher outra via, mas então ouviu alguém chamando.

Ei, aqui!

Era um jovem comerciante, sem máscara. E conseguiu que as pessoas ao lado abrissem espaço, chamando Kai para sua loja. Era uma loja de primeiros socorros.

Kai correu até lá. Nesse meio tempo, deu o seu alerta para a mulher. Mas se ela ouviu – e se entendeu – ele não sabia. Ela estava longe de conseguir dar qualquer resposta agora. Até reuniu folego para falar algo, mas o bebê não deixou, pois queria nascer e apertou alguma coisa lá dentro pra demonstrar sua vontade. Ela removeu a máscara, para respirar melhor. E Kai por um momento só conseguia ver a pinta charmosa que ela tinha num dos cantos dos lábios.

Entraram na loja e o jovem armou uma maca. A loja era pequena e não parecia haver pra onde levar ela. Teria de ser ali, no meio das caixas de mercadorias dentro do recinto. O jovem suava e olhava para Kai com um pedido de desculpas nos olhos, falando depressa, num jorro atômico:

Nãosoumédicoapenascuidodalojadomeupaieleémédicomassaiu!

As cabeças das pessoas giraram nos ombros. Esqueceram o desastre causado pelos touros. Olhavam agora o jovem tigre com a mulher grávida, lá dentro da loja, como se fosse a cena de algum teatro do improviso.

Ela gritou. O bebê estava ansioso.

Kai teria de fazer o parto.


Evellyn
Recuou até o vendedor que detera Gregar por um tempo. Mas antes mesmo de chegar lá, viu a mulher grávida. Ela não usava máscara e estava acompanhada de um sujeito com a máscara do rei de Hilydrus. A máscara sorria, como se tivesse escutado uma piada muito suja. Eram eles e estavam seguindo pela rua, para o norte, para a biblioteca. Foi sorte Evellyn encontra-los antes que cruzassem a praça onde estava Azasto.

Uma situação complicada? – perguntou a grávida, quando ouviu o que Evellyn disse.

Sim, uma situação complicada. Mas tinha uma situação complicada um tanto mais imediata e o rei de Hilydrus foi o primeiro a ver.

Ô merda – disse, quando viu o touro.

Eram dois, mas um deles foi detido. Guardas conseguiram furar o coro do furioso e abatê-lo logo ali. Mas um sobrara. E corria rua abaixo. Tinha saído da rua bifurcada que – Evellyn se lembrava – Kai tinha seguido caminho. Não havia mais música lhe irritando os ouvidos, verdade. Mas tinha... pessoas demais! Ele parecia ser o cavaleiro da morte, disposto a diminuir a população humanoide na base do atropelo. E era cada atropelo! Um comerciante estava arrumando a lona de sua loja, encima de uma escada, e o touro passou pela escada como se ela fosse feita de papel, atirando o homem no chão num giro mortal de braços e pernas desengonçadas; mais tarde checariam que o homem quebrara o pescoço na queda... Um homem atravessava a rua com um carrinho de carga, e nessa cena o touro mostrou ser inteligente: tinha de tudo para tropeçar no carrinho, fazendo voar a mercadoria que lá dentro repousava, mas se moveu para o lado e descobriu que era muito melhor tropeçar no homem; ele – o touro – continuou a marcha e o carrinho seguiu andando sozinho (e intacto!) para o outro lado da rua... Uma criança, daquelas sapecas, tentou correr do bicho mas faltou mais força nas pernas, de modo que o touro passou por cima dela como se fosse um rolo compressor; mais tarde checariam que a criança de fato virara algo bem comprimido...

Algumas pessoas conseguiam sair do caminho à tempo. Outras (assim como em outras partes da cidade) simplesmente olhavam tudo como se fosse um teatro do improviso. Até o momento que eram atropeladas e se davam conta que o negócio era real. E depois não davam conta de mais nada.

Duas dessas pessoas que assistiam a cena sem reação eram justamente o comerciante rei de Hilydrus e a mulher grávida ao seu lado. Evellyn estava com eles, mas muito ciente que aquela complicação era real e estava vindo na direção dos três, com a promessa de atropelá-los em exatos cinco segundos.


Gregar
Olha só que coisa: ali também algumas pessoas assistiam como se fosse um teatro do... báh, mais do mesmo.

Azasto nada disse em resposta a fala de Gregar. Ou ele era quieto ou não podia falar. Tanto faz, não importava. O que importava era os movimentos a seguir. Começou com Gregar soltando sua lança, disposto a lutar com os punhos contra aquele inimigo que aparentava estar desarmado. A lança foi caindo de cima da estátua até o chão, mas Gregar chegou lá embaixo primeiro que a arma. Manobrou no ar, pegando impulso, sendo uma ofensa ambulante à senhora gravidade, e foi dar com o pé em Azasto, peso do golpe mais peso do corpo igual grande peso. O jovem levantou os braços em X para bloquear a porrada e o pé de Gregar encaixou ali, fazendo tremer todo o corpo de Azasto para sustentar a posição defensiva. Gregar não precisou se impulsionar pra longe: o próprio oponente abriu o X bruscamente, afastando Gregar, que girou no ar novamente antes de pousar no chão. Quando ergueu os olhos uma mão aberta voava na direção de sua testa e ele jogou a cabeça pra trás evitando-a. Depois um pé tinha como endereço seu estômago e Gregar jogou logo o corpo inteiro para trás evitando isso também. Azasto não o seguiu. Apenas o encarou... vendo o resultado do seu primeiro golpe.

Gregar ouviu primeiro. O barulho de alguma coisa partida com delicadeza. Então a máscara caiu de seu rosco, dividida em quatro partes. Gregar olhou para o oponente e viu unhas afiadas em suas mãos. Não eram longas, mas eram eficazes.

E Azasto pareceu satisfeito em poder ver o rosto do sujeito com quem lutava.

Já os guardas... cadê eles? A verdade é que estavam confusos. Algo acontecia na praça, mas também tinham problemas mais ao sul. Problemas com touros. Então, nada de guardas por enquanto.

Mas tinha o Dag!

IRMANDADE! – E foi um grito tão impactante que o coração dele, naquele momento, deveria bombear fogo e não sangue!

Acontece que Dag surgiu do meio da multidão brandindo um bastão. Entrou na cena como se fosse o último jogador disponível no banco de reservas que finalmente tivera sua chance. Então não faria feio! Brandiu o bastão contra Azasto em um, dois, três giros mortais. Até parecia saber o que estava fazendo. Azasto se esquivou de todos e na quarta tentativa do caolho, o jovem sério apanhou o bastão com a mão, acabando com a onda de ataques. E Dag pareceu perder as forças. Seu coração provavelmente voltou a bombear sangue. Tentou puxar o bastão e chutar Azasto, mas Azasto lhe chutou primeiro, no joelho, e Dag gritou, se dobrando, a mercê do jovem sério, que bastava fazer um movimento para deixar a cara de Dag igual a máscara de Gregar.

As pessoas (com o grito de Dag) perceberam que a coisa era séria.

Mas calma... A ação imprudente de Dag não fora de todo um desperdício... Gregar, por exemplo, tinha um segundo para agir livremente. Era o segundo de distração que Azasto dedicara ao velho caolho. Que valesse a pena, por favor.

Spoiler:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Qua Ago 13, 2014 9:27 am

A revelação do velho dragão não chocou Aldarion era o que ele esperava, mas vê-lo caído ali, sofrendo de dor e se desfazendo em lágrimas fez despertar no espadachim um sentimento de remorso. Ele não podia culpar o velho dragão por querer proteger seu filho trocando a vida dele pela vida de pessoas que ele certamente não conhecia. Mas por outro lado ele também não poderia culpar Aldarion por sua ação, ao menos se o maldito tivesse colaborado desde início, ou se Aldarion tivesse dado mais chance ao diálogo.

O que estava feito estava feito, talvez quem sabe não houvesse mesmo uma cura? Por isso foi o próprio Aldarion que guardou o olho do homem, ele não queria admitir mas o remorso o corroía. Mas então subitamente as feições do velho dragão mudaram enquanto ele falava, sua voz também mudou tanto no tom quanto nas palavras, até mesmo a cor de seu ultimo olho mudou.

Sim! Eu sonhei essa merda toda seu desgraçado e vim aqui para ser seu pior pesadelo. — Respondeu o guerreiro cerrando os dentes em um sorriso de fúria. — Você não passa de um covarde, escória, um cão nascido em um puteiro e filho de mil pais. Sua alma maldita vai queimar no mais profundo poço do Baator. — Praguejou Aldarion, estava furioso mas não podia fazer nada, o homem que estava a sua frente não era o velho dragão, era agora Slao, mas não em carne e osso e sim em espírito, ou não, ou seja lá o que fosse.

Eu vou buscar você, vou vingar o filho deste homem, as grávidas e as crianças. Chame todos os seus amigos e prepare seus truques feiticeiro, porque por Tempus, você vai sentir o aço de minha espada! — Esbravejou tomado em fúria.

Em seguida, sem dar chance a Slao de usar o corpo que possuía, golpeou com um cruzado a têmpora do Velho Dragão medindo sua força para nocauteá-lo sem matar o homem. Ele temia que Slao tentasse usar o pobre homem contra ele e rezava para que a possessão ainda deixasse o hospedeiro vulnerável como o seria normalmente. Se a manobra desse certo Aldarion faria um curativo rápido na face do velho para que ele não sangrasse até a morte, depois jogaria algumas moedas para o outro mendigo.

Cuide dele até eu voltar e receberá mais destas. — Ordenou.

E tomado em fúria ele se afastou retirando-se do beco e correndo em direção ao Pólux, qualquer coisa que ficasse no caminho seria removida com estupidez. Pessoas seriam empurradas, mesas viradas, tendas atravessadas e obstáculos ultrapassados. Se aparecessem guardas tentando impedir o avanço do guerreiro, ele pegaria qualquer coisa que encontrasse e arremessaria contra eles de forma a derrubá-los.

PRO DIABO ESSA FESTA TODA! SAIAM DA FRENTE SEUS INÚTEIS OU JURO POR GOND QUE PASSO POR CIMA DE VOCÊS! — Gritava e praguejava a qualquer um que ousasse se por em seu caminho.

Agora Slao sabia quem era ele, sabia que ele estava ali, não havia mais motivo para ser discreto e perder tempo, com certeza seus inimigos poderiam se preparar melhor, ou pior, acelerar o maldito ritual.

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Qua Ago 13, 2014 11:37 am

Assim que peguei a senhora pelo colo, me dirigi rapidamente à via mais próxima à nós. Alguns cidadãos curiosos pelos novos sons que ecoavam daquela região, se dirigiam em uma direção contrária a nossa. O que acabou impedindo minha passagem momentaneamente. Por alguns instantes pensei em procurar uma outra via que estivesse com um numero menor de pessoas à bloqueando, porém um rapaz logo nos chamara para que fossemos até sua loja de primeiros socorros. Instantaneamente aquelas pessoas até mesmo chegaram à abrir passagem.

Corri rapidamente em direção à loja com a senhora grávida ainda em meu colo. Neste meio tempo, tentei pronunciar tudo aquilo que pretendia á ela porém, a senhora grávida parecia indisposta a responder qualquer coisa naquele momento. Seu único ato foi de retirar sua máscara para que pudesse respirar melhor. Foi então que percebi, mesmo que por alguns instantes, que bem ao lado de seus lábios se situava uma pinta.

Adentramos na pequena loja e o rapaz logo abrira uma maca perto de algumas caixas, e foi ali que coloquei a senhora grávida. "Ainda bem" — Pensava agradecido pela sorte que tivera de encontrar aquilo que queria tão facilmente. — Muito obrigado! Está tudo bem? — Dizia agradecido enquanto notava que aquele rapaz suava exuberadamente com certa expressão de arrependimento. Neste mesmo instante, pronunciou rapidamente que era apenas o filho do médico que trabalhava aqui.

Está tudo bem. Acho que consigo fazer isto, só irei precisar de um pouco de ajuda. Você poderia fazer algo por mim? — Dizia tentando conforta-lo, ao mesmo tempo pedia para que buscasse alguns itens para mim. Logo em seguida segurei uma das mãos da senhora grávida enquanto pronunciava. — Por favor, peço pela ultima vez que confie em mim. Tente empurrar assim que eu abrir suas pernas.

A preparei sobre a maca para que o parto tivesse inicio. Abri gentilmente suas pernas, enquanto o rapaz segurava suas mãos. Tentava demonstrar o máximo de confiança possível porém, no fundo ainda estava temeroso. Durante todo o processo, passava o cotovelo sobre minha própria testa para retirar o excesso de suor. Pouco tempo depois o bebê já havia saído, aparentemente são e salvo. Cortei o cordão umbilical e após limpa-lo rapidamente, o enrolei com algum pano e o entreguei à sua mãe.

Não tive sequer um minuto para me preocupar com aquelas pessoas que nos assistiam. Apenas temia que em algum momento a senhora dragão passasse por ali. Porém, desde que ela não interrompesse o parto, não interveria ela.

Enquanto respirava já aliviado, notei que a perna da senhora estava extremamente ferida. O motivo seria um dos touros que provavelmente teria a amassado. Ainda não obtinha conhecimento de nenhuma magia curativa porém, tentei usar alguns medicamentos que encontrei por ali para socorre-la. Logo em seguida, enfaixei sua perna na esperança que tudo estivesse bem.

Muito obrigado. — Disse agradecendo ao rapaz enquanto me reverenciava. Estendi minha mão o oferecendo como gratidão, aquelas moedas que graças a Dag, ainda não havia gasto.


Última edição por Hoshitteru em Qua Ago 13, 2014 11:50 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Esqueci da perna. ohoh!)

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Dom Ago 17, 2014 11:20 am

Bloodlust

"The chance to face death head-on is not a task, it is a gift"

Ele era forte, extremamente forte, estupidamente forte, a aura de poder que ele emitia não deixava duvida nenhuma sobre sua força. Nos poucos segundos de embate sentia o corpo tremer, Azasto era tão forte quanto ágil, suas garras tão afiadas quanto inumanas, um demônio? Não importava...ao menos não agora, tinha finalmente encontrado o que buscava, não me referia apenas aquela luta, ou a certa carnificina que aconteceria em seguida, era algo maior, mais simples que tudo aquilo, tão obvio que sentia-me incapaz de por em palavras. Era repelido uma, duas, três vezes, todos aqueles golpes haviam sido brutais e precisos, um passo errado e teria posto em risco, muito mais do que gostaria de apostar. Arfava quando finalmente nos distanciávamos as grávidas, o sonho, as provocações de Kenna, tudo parecia ter perdido a importância, apenas aproveitava a sensação que começava a surgir do centro do peito, não ousava me mover com temor de perder aquilo, era então que ouvia aquele delicado som.

Sentia a cabeça latejar, os músculos se enrijecerem, e o sorriso carimbando o rosto, a essa altura a adrenalina já inundava as veias, o êxtase do combate era a única coisa que conseguia manter na cabeça. Até onde me importava às mulheres e os sonhos poderiam ir para o inferno, tinha algo bem mais valioso que um titulo, ou algumas moedas a frente, uma chance rara e estranha aqueles que temiam o campo de batalha, a escolha era simples...mataria o assassino , ou teria minha cabeça arrancada. Um grito passava por meus ouvidos, a falta de atenção que prestava tornava as palavras ditas desconexas e anormais, tinha os olhos colados em um item, à lança. A transformação era um trunfo que pouco gostava de utilizar, a diversão nos combates sempre era cortada pelo frenesi sanguinário, havia alegria maior do que enfrentar a morte de peito aberto? Duvidava seriamente, assim que ouvia o grito disparava, não contra o homem, e sim a favor da lança.

Correria a plenos pulmões atrás da arma usaria das plataformas para correr o mais próximo possível do solo, maximizando a velocidade e jogando o peso para frente, novamente me tornando um projétil. Com uma mão tomaria a arma enquanto usaria das plataformas para frear a corrida ao mesmo tempo em que prepararia o novo assalto, avançaria em linha reta, criando uma plataforma mais alta que a anterior, preparando-me para o salto que viria no fim de tudo aquilo. Só então percebia Dag, o velho era mais estúpido do que pensava anteriormente, atacar Azasto era uma atitude ridícula, em segundos ele seria fatiado, uma ótima chance para mim, se ele matasse a Dag seria morto por mim, cada pulsação do coração era mais forte que a anterior, cada segundo mais lento que o anterior, se era sobre força mostraria aquele tolo o verdadeiro significado do termo.

- “Seja homem ou demônio, que qualquer um que me desafie pereça a minha frente, como aquele abençoado pelo senhor das armas eu o ordeno, torne-se meus braços e ceife minhas vitimas, Hadúr.”

Diria as palavras ativando Hádur enquanto avançaria, controlando a velocidade dos versos para estarem prontos no momento que atingisse o ápice da escadaria, pronto para o salto. Com um amplo espaço entre as mãos golpearia de cima a baixo com um único corte em horizontal, a diferença do anterior seria que desta vez atacaria com a parte laminada da arma. Colocando o peso da queda no ataque miraria diretamente contra o tronco de Azasto, a lança tinha maior alcance confiava que o atingiria antes de qualquer coisa, o que não fosse dizer que tudo acabaria naquele instante. Durante o salto as pernas estariam contraídas, apenas esperando que o golpe fosse realizado para entrarem em ação, a canhota seria a base e a destra a propulsão, moveria a primeira delas enquanto a esticaria contra o solo, com a segunda chutaria uma plataforma me impulsionando ainda mais para direção do chão. Amorteceria aquela queda com a perna que mantinha esticada, girando o torso para acompanhar o movimento com um novo ataque. Ainda mantendo a amplitude no manejo da arma, deferiria um novo ataque de baixo para cima, criando um arco que avançaria em uma angulação inconstante contra o corpo de Azasto, apenas procuraria o melhor lugar para que o golpe aterrissasse, pernas, costelas, axila, qualquer um deles serviria, era mais um movimento que o forçaria a recuar que atacar, a finalização viria a seguir. Forçando perna que servia de apoio e me usando da outra para seguir o movimento, recuaria o ombro da mão destra, aquela que ficaria mais próxima do corpo, teria a lança vindo a mim enquanto deslizaria a palma da mão direita para a base da arma, então estocaria, uma, duas, três, tantas vezes quanto conseguisse naquele curto espaço de tempo, mantendo a mesma base, recuaria a arma e a empurraria em seguida, mirando cabeça, tronco e membros superiores.

A movimentação deveria forçar que Azasto se afastasse, ainda assim, cautela não faria estragos, manteria os golpes tão altos e rápido quanto pudesse, me usando do peso e do alcance para encurralar o homem, mantendo sempre uma perna a disposição para um contra-ataque, caso fosse eu a ter minha arma sendo segurada, não hesitaria como Dag, lideraria a perna em um chute contra o homem no exato momento, um golpe que miraria diretamente em seu peito, enquanto forçaria com um puxão a arma para longe dele. Em casos mais graves manteria a arma em movimento, em giros ao redor do corpo, tentando bloquear e afastar os golpes direcionados com a lateral da arma, acertando os ataques antes que me atingissem. Voltaria a sessão de ataques sempre que interrompido, tentando forçar Azasto a uma situação onde tudo que ele pudesse fazer fosse desviar dos ataques. Ao final do embate desativaria as capacidades de Nue, a velocidade extra sempre poderia ajudar, mas na situação atual, os custos de manter duas marcas seriam maiores do que o aceitável.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Qua Ago 20, 2014 2:15 pm

Por sorte, consegui entrar a grávida no meio do caminho; ao lado de um homem com uma máscara do rei, sorrindo. Isto de alguma forma, me incomodava bastante. Com certeza, já estariam indo à biblioteca, mas, deveria impedir-lós. Após falar sobre isto sobre a grávida — sem muitas informações, afinal, não havia contado direito —, pude perceber que ela não sabia disto.

Mas, fui impedida de conseguir contar; um touro descontrolado indo em nossa direção. Estava derrubando tudo em sua frente, até mesmo, várias pessoas que estavam por aqui. Por sorte, o outro touro, que estava com ele, foi impedido pelos guardas, e o matando. Parecia uma cena de terror, até crianças e adultos estavam sendo vítimas do touro. Retirei minha adaga da minha bolsa, e fiquei em posição de ataque.

Fiquem longe do touro, eu cuidarei dele. — gritei, avisando-os.

Em um movimento, dei um pulo por cima do touro, tentando ficar encima dele. Tentava não me machucar com este touro, se não, seria muito complicado executar-ló. Sim, eu teria que fazer isto. Por mais que faria lembrar do meu passado, teria que dar um jeito para ninguém mais ser vítima dele.

Minha mão tremia, e eu suava bastante. Estava segurando firme minha adaga, pronto para matar-ló. Respirei fundo, deveria ser rápida para executar-o. Enfiei fundo minha adaga nele, tirei e fui fazendo este movimento até ele parar. Podia sentir a dor que ele sentia, era horrível; me incomodou bastante. Quando percebi que ele parou, meus olhos se arregalaram, e meu corpo tremeu. Sai de cima dele.

Me desculpe. — falei à ele, por mais que seja um animal.

Tentei manter minha postura correta, sem estar chateada. Várias pessoas foram olhar a situação do touro, algumas até, chocadas. Fui calmamente até à grávida e seu acompanhante; olhando-os fixamente. Assim, tentaria explicar sobre o que estaria acontecendo em relação das grávidas, com calma. E claro, me desculpando sobre o acontecimento com o touro.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Ago 26, 2014 9:21 pm

Gregar
Correu até sua lança no instante que Dag surgiu. Suas plataformas o ajudando a se locomover no ar, se atirando contra o inimigo após recuperar a arma. A lança reluziu, na horizontal, contra Azasto. E houve sangue.

A cena tinha sido escrita de outra forma: Dag golpeando Azasto, Azasto quebrando a perna de Dag. Mas Gregar – agindo não quando teve a chance, mas sim antes da bendita chance surgir – interferiu no andamento desta cena. O resultado, então, foi um final alternativo. Se era melhor ou pior que o final original, bem...

O golpe horizontal acertou, exatamente quando o jovem sério se esquivava das investidas do comerciante com máscara de cervo. Azasto parou por um instante seus movimentos, sentindo o corte sobre um pulmão. Já Gregar, não parou: seguiria adiante com seus ataques de velocidade abastecida pela sua habilidade. E Dag também seguiria atacando. O bastão do comerciante voo acertando um braço de Azasto enquanto que o segundo golpe de Gregar, de baixo pra cima, abriu um corte no peito do inimigo.

Daí ele voltou a agir. E Gregar teve de brecar um golpe para não acertar o velho caolho.

Acontece que Azasto apanhou o bastão de Dag (como teria feito antes) e o puxou. O velho veio junto e Azasto se movimentou, saindo da mira de Gregar e manipulando Dag para a posição em que estava antes. Daí a lança de Gregar serpenteou na direção de Dag, lhe cortando de raspão o alto da cabeça, sangue espirrando de leve do lado da máscara.

Azasto se movimentava na sombra de Dag e com isso Gregar perdia a precisão de suas estocadas, atrapalhado com o improvisado escudo humano que o inimigo utilizava. Parecia uma dança. Dag no meio.

Daí Dag soltou o bastão e Azasto – sua face se tornando uma mistura de ira e dor – lhe estocou a barriga com a mão aberta, dedos esticados como uma arma natural. Dag gritou (e daí as pessoas perceberam que a coisa era real) e Azasto empurrou o velho de encontro a Gregar. Este saiu do caminho do escudo humano descartado e avançou contra o jovem sério, que estava ferido e recuava, assim como Gregar imaginara.

E a luta terminaria ali – Gregar podia sentir isso. Estava na ofensiva, sem deixar espaço para Azasto, que se movimentava lentamente por causa do corte nas costas. Suas estocadas iriam cansar Azasto e a oportunidade de perfurá-lo mortalmente surgiria como algo natural. Mas então Gregar viu o mundo ficar branco, perdeu de foco o seu alvo e quando percebeu estava encima de outra maquete de fazenda, a cinco metros de onde estivera agorinha mesmo.

Irmão, irmão... Eu disse para você ser discreto!

Lampo.

Eu sei que você anda nervoso e tal... Mas não é legal ficar lutando abertamente assim – em tom jovial, quase cômico, como se Azasto fosse uma criança atrevida – Olha só pra você, irmão!

Azasto nada disse pra rebater a replica do jovem sorridente, que chegara de algum lugar e encontrara o irmão lutando. Daí resolveu interferir quando viu que Azasto levava a pior. Saltara pra cima de Gregar e lhe chutara a cabeça num movimento ligeiro, atirando o sujeito da lança pra longe do irmão querido.

E finalmente: guardas se movimentavam até o lugar. Pessoas abriam espaço.

Lampo disse:

Uma das moças grávidas está aqui perto, naquela direção. Ela está acompanhada com a empregada de Slao, sabe, aquela

Vocês virão conosco – interrompeu um guarda. Ele se aproximou por trás de Lampo, lança em riste.

Lampo levantou uma mão, em paz, sem se virar para o guarda.

É um mal entendido – disse, sorrindo, removendo a máscara de meia lua. Olhou para Gregar, como se quisesse que o outro dissesse o mesmo.  

Outros dois mantenedores da lei e da paz se aproximaram de Gregar, as lanças apontadas. Um deles disse:

Fique quietinho aí, camarada. Solte a lança e não faça nada estúpido.

Azasto estava meio agachado, quase que ignorado por estar pingando vermelho e tal. Então poucos notaram quando ele começou a se transformar. Gregar notou. Notou e se lembrou do sonho inicial, quando Penkala disse “Eu costumo aparecer na forma de um corvo branco, dá pra acreditar? E vocês, ah, sem surpresas, vocês dois são lobos. Clichê, né? Pois é, Slao não é tão criativo assim com sonhos.”

Pois Azasto cresceu alguns centímetros, o corpo se cobriu de pelos e a boca se abriu num sorriso afiado que logo virou um focinho selvagem. As unhas, que antes eram adagas sutis, pareciam agora facas rústicas. Ele deu o seu rosnado de lobo para todos a volta, e sua voz grave finalmente apareceu:

Eu irei pegar o bebê, irmão.

Lampo balançou a cabeça, de luto:

Ah, droga irmão. Você está fazendo isso errado. Espere um pouco.

Mais dois guardas chegaram para pegar o lobisomem, mas este saltou do meio deles, indo parar na cabeça de outro monumento. Dali, saltou pra cima de uma loja. E foi seguindo, de loja em loja, de telha em telha, na direção que Lampo apontara antes.

Calma gente – disse Lampo, ainda no meio dos guardas. – Eu nem conheço aquele sujeito, não mesmo. E acho bom pegarem logo aquele ali – Um dedo apontado para Gregar. – Olhando daqui ele parece bem perigoso. Aposto que foi ele quem começou a confusão.

Verdade – disse alguém do meio da multidão. – Foi ele. Eu vi.

Eu também vi – disse outro anônimo, todo revoltado com a violência do mundo.  

Dag poderia falar a favor de Gregar. Mas ele estava, neste momento, sangrando no chão da praça de Paramet, daí não se manifestou.

Os dois guardas que cercavam Gregar estavam esperando alguma "estupidez" para poder perfurá-lo e depois dizer que o homem reagiu a prisão. Eles realmente não queriam que a lança fosse largada. Mas ainda assim, um deles reiterou:

Vamos. Solte a arma.


Kai
Ele começou o processo. E queria que aquilo tudo terminasse rápido e de forma simples. Era só a moça empurrar, oras. Respirar e empurrar e esmagar a mão voluntária do jovem dono da loja. E pronto. Mas havia um problema.

Ela gritava.

Tem alguma coisa errada – disse, em meio o grito. E aquilo pareceu acordar parte das pessoas que assistiam. A coisa era real.  

Ela gritava e... sangrava demais. Como se algo dentro dela estivesse se rompendo. Kai olhou entre as pernas dela e o que viu foi um pântano de sangue por onde o topo da cabeça do bebê aparecia. Por um momento Kai só pode fazer o que os outros fazem numa hora dessas: dizer “empurre” e tal. Mas então ele percebeu algo quando o bebê começou a sair.

O bebê estava com os olhos esbugalhados e o rosto tinha uma variação do tom roxo – a cor de alguém sufocando. Mas então Kai viu o mundo ficar branco, perdeu de foco o parto que fazia e quando percebeu estava meio caído, meio agachado, a dois metros de onde estivera agorinha mesmo.

Vamos, filha, empurre logo essa criança – disse rudemente a senhora com máscara de dragão. Ela entrara na loja e golpeara Kai na cabeça com um pedaço de madeira improvisado que deveria ter saído de alguma barraca. Suas mãos não tremiam mais. E agora ela encarava o meio-feral com seus profundos olhos azuis através da máscara: – Você já pode ir curtir a noite, meu caro. Eu cuidarei dela agora.

A velha senhora esperou alguma reação de Kai. Ela ainda segurava sua arma improvisada e a moça grávida urrava logo ao seu lado, tentando por no mundo um bebê que parecia travado por algo. As pessoas do lado de fora começavam a se mexer, umas se aproximando, outras se afastando. Estavam confusas. Um homem conseguiu sair do estágio de confusão, entrou na loja e:

Senhora, abaixe isso. Abaixe

Mas então ele foi interrompido bruscamente com o golpe que a senhora desferiu, movendo a madeira em arco horizontal e fazendo a cabeça do homem ir para o lado e voltar como se puxada por um elástico. As pernas dele amoleceram e ele tombou de lado, meio desmaiado, boca aberta e sangrando pelo nariz.

A grávida gritou de novo, alheia ao mundo. O jovem que cuidava da loja estava ao seu lado em pânico, preso à grávida, com uma mão sendo dolorosamente apertada por ela. Alguém lá fora disse que ia chamar os guardas. Daí a senhora olhou para o público.

Por que vocês todos não vão – a grávida gritou e tapou o que ela ia dizer. A senhora olhou para a moça, esperando ver logo o bebê. Não, ainda não tinha bebê. E, por fim, ela encarou Kai novamente, em desafio.

Num instante insignificante, os olhos da senhora mudaram de cor e ela pareceu relaxar. Mas logo os olhos voltaram a ser azuis e o corpo estava novamente tenso e preparado.


Aldarion
O senhor sorriu de volta.

Você tem uma língua proporcional ao seu tamanho, hein? – Ele foi se levantando vagarosamente. Dentro do discurso inflamado de Aldarion, o senhor pareceu captar alguma palavra que o fez levantar as sobrancelhas. – Não, não, colega. Eu quem busco as pessoas. E os únicos que me encontram são aqueles que convido. E você não é meu convidado!

O homem pareceu prestes a fazer um movimento brusco, mas foi detido por um golpe do guerreiro. O cruzado foi certeiro e eficaz, fazendo o senhor perder a forças e voltar a se chocar na parede, onde foi escorregando até cair sentado e desacordado.

Sim senhor, senhor – disse o mendigo de pronto, pegando as moedas e anuindo vigorosamente, quando Aldarion disparou sua ordem.

Daí Aldarion saiu do beco a toda, tal como um touro que vai atropelando. Um homem caminhava com um pequeno barril sob um ombro e pouco depois estava no chão com o vinho escorrendo do barril rachado por causa da queda – demorou alguns segundos para perceber que um carrasco o atropelara. O mesmo aconteceu com o sujeito alegre que chamava as pessoas para o seu jogo “descubra onde está a ervilha”, e que por infelicidade entrou no caminho do guerreiro para o convidar a testar os reflexos. Aldarion, no puro reflexo, afastou o homem – e ele caiu sobre a própria mesa de jogo com um estardalhaço. Um guarda veio ao seu encontro com um braço erguido a frente do corpo, a mão aberta num sinal de “pare!” Aldarion não parou. Não podia. As coisas estavam mais urgentes agora. Começou a correr e – somado a atenção que começava a chamar pra si – a maioria das pessoas foi deixando o caminho livre.

Chegou ao Pólux pouco depois. Era um velho castelo, como dissera Dag. Torres quebradas e ameias desdentadas. Mas ainda assim, era bonito e bem iluminado.

E bem guarnecido.

Alto!– gritou um dos soldados na frente da grande porta do castelo. Ao todo eram quatro homens, armados com lanças e espadas longas na cintura. Viram o ímpeto de Aldarion e acharam aquilo suspeito. Logo, estavam todos preparados e tensos (Aldarion sentiu isso, mesmo não vendo seus rostos). E tinha outra coisa. Algo que Dag esquecera de comentar ou que não sabia. Era o seguinte: – Ninguém entra no castelo armado!

Havia uma grande tenda ali perto. Era onde os homens de armas recebiam um papel com números e deixavam seus equipamentos, que eram marcados com a mesma numeração para que você os retirasse depois de sair do Pólux. O soldado quis dizer, com os olhos, para Aldarion ir para lá antes de cruzar por eles e entrar no castelo.

E o guerreiro teve uma vaga impressão que outros guardas que viram sua marcha estavam chegando ali, pra ouvir uma boa explicação.


Evellyn
Sacou a adaga e saltou pra cima do animal em carga. Foi um pouso complicado, dado a velocidade da criatura. Mas ela se segurou num dos chifres com uma mão e desceu a adaga contra o animal. Não foi um golpe preciso (o touro começou a se balançar quando ela pisou em suas costas, e isso atrapalhou um bocado a mira de Evellyn), fez um corte, mas não parou a fúria cega do taurino – ele continuou em carga, mas ao menos saiu da direção da grávida e do comerciante, não atropelando ninguém.  

Evellyn saiu de cima dele antes que perdesse o equilíbrio. O touro seguiu rua abaixo, agora mais lento. E de repente já não era um problema para ela ou para a grávida logo ali... Então:

Ei, você. – Uma voz grave.

Evellyn se virou e viu um lobisomem sangrando por dois cortes, ele estava ligeiramente agachado (uma posição que lembrava Azasto, que estivera daquele jeito encima de um monumento, instantes atrás), arfando e com os olhos sérios de um assassino. Ele estava perto do casal que Evellyn acompanhava.

É ela? – perguntou para Evellyn, apontando para a moça grávida ao seu lado. – Diga logo. Eu, ao contrário de Slao, tenho muita pressa para resolver as coisas. Anda! Ela é a grávida que procuramos?

Spoiler:


Última edição por NT Sérpico em Qui Ago 28, 2014 10:38 am, editado 1 vez(es)
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Qua Ago 27, 2014 7:46 pm

Algo não procedia corretamente naquele parto. O sangue parecia jorrar dentre suas pernas de forma semi-igual. De inicio, pensei que pudesse ser uma simples hemorragia, porém havia algo sobrenatural saindo dali. O que antes achava que seria um bebê, teria uma aparência extremamente diferenciada. Seus olhos eram esbugalhados e sua pele obtinha uma tonalidade assustadoramente roxeada. Mas, esta visão se distorceu em borrões de um instante para outro.

Assim que pude me recompor, percebi o que havia ocorrido. A senhora que ostentava uma fantasia de dragão chegara à me golpear violentamente com um pedaço de madeira que parecia ter obtido de maneira improvisada. Mas, isto não era  importante no momento. A gravida ainda berrava de maneira descomunal e o sangue jorrava cada vez mais, porém ainda não havia nenhum sinal do bebê.

Após a apelação da senhora para que a grávida se esforça-se, alguns daqueles que apenas observavam a cena começaram a se movimentar. Alguns se afastaram e outros se aproximaram para tentar ajudar. Em meio à estes, um senhor parecia ter se destacado na tentativa de acalmar a senhora porém, ela também o golpeara rudemente. Parecia fora de controle. Graças à isto, um dos "observadores" supôs chamar alguns guardas. Ao ouvir isto, a senhora pareceu ficar ainda mais irritada. Tomei proveito deste seu momento de raiva para que pudesse me levantar. Por precaução, acabei esquivando para o lado e permanecendo em uma posição um tanto quanto feral, que me possibilitaria uma esquiva melhor.

Em meio à precaução, acabei me aproximando do senhor que fora golpeado. Tomei a iniciativa de me notificar de que ele ainda estivesse vivo. Esperava que sim. Assim que retornei a me movimentar de maneira paralela a senhora, pude notar que a cor de seus olhos oscilavam entre um azul extremamente reluzente. Sua postura também era outra comparada à antes. Não fazia ideia do que ocorria por ali, porém tinha certeza de que havia algo muito errado com aquela senhora.

Por favor senhora se acalme. Não sei quais são seus motivos, mas levar esta grávida para Penkala irá trazer sua morte. E pelos meus instintos, ouso dizer que você sabe tanto quanto eu que Penkala é o suposto assassino daquela gravida do campo. — Dizia à senhora de maneira calma e confiante, de forma que a deixa-se desorientada por ser exposta em meio à multidão. Ao mesmo tempo, me movia lentamente procurando por uma anestesia que pensava ter visto sobre a mesa.

Alguns segundos atrás prometi que iria proteger esta senhora grávida. E pode ter certeza que irei me esforçar ao máximo para manter minha promessa. Isto inclui não permitir que à leve até Penkala. — Ao mesmo tempo que buscava pela anestesia, me deixava atento aos movimentos da senhora, assim poderia me esquivar caso ela pensa-se em espancar-me novamente. Por hora apenas me esquivaria, não tocaria nela à menos que fosse para injeta-la a anestesia. Esperava que com isto ela se tona-se imóvel ou algo perto disto.

De toda forma não poderia demorar, afinal o bebê não parecia sair por conta própria. E isto também incluía a extrema quantidade de sangue que a gravida estava perdendo. Não somente isto. Não deveria subestimar a senhora, suas ações começavam à me preocupar. Pelo menos, o suficiente para imaginar que ela pudesse em algum momento, chegar à nocautear a senhora grávida. Neste caso deveria fazer de tudo para impedi-la.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Qua Set 03, 2014 4:35 pm

Evellyn
Ele realmente tinha pressa. Não esperou a resposta de Evellyn (que deveria estar confundindo legal, pois o contato era um senhora com máscara de dragão, não um jovem com máscara de raposa). Daí saltou pra cima da mulher gravida, as unhas afiadas prontas para dilacerar.

Mesmo que não seja você – disse o lobisomem, caindo sobre a mulher gravida –, Slao terá de se contentar.

O comerciante com a máscara do rei – que até agora estivera paralisado – acordou do transe e avançou contra o lobisomem que atacava sua acompanhante num ímpeto de heroísmo desesperado. Mas tudo que conseguiu foi provar das garras da fera, que lhe deu um safanão descuidado com as unhas cintilando – o suficiente para abrir quatro rasgos no peito do homem e lhe atirar no chão.

A maioria das pessoas naquela rua estava atordoada demais com a passagem do touro, de modo que ainda não perceberam a ameaça superior personificada de lobisomem, logo ali, sobre uma mulher grávida. A maioria. Uma minoria viu. Uma mulher, desse grupo menor, gritou horrorizada e outra vomitou com a visão do crime, de quanto a moça grávida teve sua barriga rasgada bruscamente, a mão peluda e com garras abrindo caminho facilmente pela carne e procurando e procurando. A vítima gritou por um tempo, depois pareceu desmaiar. Outro telespectador seguiu seu exemplo: desmaiou instantaneamente ao ver aquela quantidade de sangue jorrando gratuitamente pelo chão de uma cidade em festa.

E então o choro de um bebê surgiu, quando o lobisomem finalmente puxou a criança do ventre da moribunda.


Gregar
Gregar não reagiu... e os guardas pareceram decepcionados com isso. Um deles movimentou sua própria lança contra a mão boa de Gregar, fazendo a arma deste saltar da pegada, caindo a dois metros dali.

Alguém na multidão reclamava que aquilo era um absurdo. Provavelmente um comerciante que teve uma maquete arruinada.

Tomem uma providência! – gritava o sujeito, de algum lugar, querendo que os guardas agissem, fizessem alguma coisa pelo amor de seus pais e mães!

Mais um guarda chegou na cena e pediu para todos se acalmarem.

Isso. – Lampo, sorrindo pra plateia – Vamos nos acalmar.

Algo voo na direção de Gregar, passando muito perto de sua cabeça. Parecia um elefante esculpido em madeira, do tamanho de uma mão.

E depois do primeiro arremesso... bem, as pessoas passam a ficar mais corajosas, mais revolucionarias. E isso é muito chato. Principalmente para os guardas. Um deles falou para algemarem logo os dois (Gregar e Lampo) e levá-los dali antes que algo de ruim acontecesse.

Algemaram Lampo – que aceitou sua condição gentilmente, embora insistisse que era um grande mal entendido. E algemaram Gregar, mãos na frente do corpo. E por fim, quatro guardas começaram a escoltar ambos pelas ruas, para o norte. Gregar tinha seu braço esquerdo seguro por um dos guardas, que o forçava a ficar por perto e a caminhar num ritmo acelerado. Outro guarda correu por aí, pra procurar pelo lobisomem que saltara pra longe e avisar outros guardas. E o último ficou barrando as pessoas, pedindo para que cada um cuidasse de sua vida, a Noite das Máscaras ainda estava longe de terminar e tal... mas mesmo assim um pequeno contingente com sangue nos olhos veio seguindo os dois arruaceiros perigosos.


Aldarion
Mais dois guardas chegaram, alcançando Aldarion. E com a postura urgente deles, os outros quatro que estava a frente das portas do castelo baixaram suas lanças automaticamente, direção: Aldarion.

Você causou um belo show lá atrás – disse um dos dois guardas, atrás. – Agora faça o favor de largar a enorme bolsa e a enorme espada. Assim poderemos conversar melhor, não acha?

Estavam todos tensos, preparados. Nem pareciam guardas de festa.


Kai
Kai checou o homem desacordado e confirmou que era apenas isso: inconsciência. Ele voltaria a si daqui um tempo. Nada grave. Daí se movimentou um pouco, procurando qualquer coisa largada por perto. Mas a loja era organizada demais para ter uma seringa largada. E um item do tipo talvez fosse sofisticado demais para aquela parte do mundo. Tudo que achou foi um estojo pequeno.

Sim, eu sei – disse a senhora dragão, replicando Kai. – E não vou mais até Penkala. Eu mesmo ficarei com este bebê... Mas o que realmente gostaria de saber é como você – ela apontou para Kai com o pedaço de madeira – sabe sobre Penkala. – Então, mais um grito. A impaciente senhora dragão olhou para grávida ao lado, se agachou um pouco visualizando a mesma coisa que Kai instantes atrás (um bebê roxo, olhos muito abertos) e concluiu: – É por isso que o bebê não sai de você, filha. Ele está e enforcando no cordão!

Kai espiou o conteúdo do estojo e viu apenas três pinças e um pequeno bisturi.

Menino – chamou a senhora. – Você pode ficar com ela. Eu só quero o bebê... E eu poderia muito bem descer essa madeira contra o rosto dela agora mesmo, e depois puxar a criança pra mim. Mas não farei isso. Vou deixar que você venha até aqui e faça o devido parto, para que ela não morra. Só tome cuidado para não cortar o pescoço do menino, ao invés do cordão umbilical. E depois, você me dá o bebê e estamos acertados.

Ela deu um passo para trás, convidando Kai a se aproximar e reiniciar o parto, agora de forma mais cirúrgica do que é comum, visto que o bebê sufocava no próprio cordão conforme a mãe empurrava. E conforme a mãe empurrava, o bebê arrastava coisas no interior dela de modo a fazer algo se romper lá dentro, explicando a hemorragia que escorria pra fora.

Os olhos azuis, muito bem visíveis através da máscara de dragão, encaravam friamente o meio feral. Ela estava jogando pesado, deixando poucas alternativas para Kai.

E se não me entregar o bebê – advertiu, com a voz de quem não tem nada a perder –, eu golpeio ela logo depois.

Spoiler:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Sex Set 05, 2014 12:27 pm

OFF: Sérpico! Muito honestamente falando, eu achei que o prazo era até dia 9 desta vez! Eu troquei os prazos da sua campanha com a campanha do Akira tanto que postei nela "dentro do prazo" wueiqruiewuriewurpoiqweuriweu! Aff, na verdade é a campanha dele que o prazo fico até dia 9.




Depois de atravessar várias ruas correndo como um javali enfurecido deixando pessoas caídas e objetos quebrados em seu caminho, Aldarion alcançou o Pólux, lá estava ele o velho castelo com seu estilo contraditório onde a decadência e a beleza apareciam juntas.

Na porta haviam quatro guardas portando lanças de estocada aparentemente impróprias para o arremesso. Embora Aldarion duvidasse um pouco disso pois todos os guardas possuíam espadas o que sugeria que eles poderiam arremessar suas lanças e sacar suas espadas.

O guerreiro mal ouviu as palavras do guarda, entendeu apenas algo que dizia que ele deveria deixar sua arma para entrar. Aldarion parou por um momento para avaliar suas opções, na verdade sua estratégia de ação, enquanto ponderava dois guardas se aproximaram por trás dele cercando-o de forma que ele ficasse no centro entre os 4 guardas do portão e os dois que vieram pela rua.

Até então Aldarion ainda estava indeciso sobre o que fazer, o primeiro plano era entrar evitando confusão com os guardas, o segundo plano simplesmente consistia em sair no braço com a guarda inteira do castelo e da cidade onde ele, em um esforço desesperado, tentaria ganhar o máximo de tempo possível para fazer o que precisava ser feito.

Foi então que ele teve uma ideia, aqueles guardas não haviam acreditado na história de Dag quando ele os procurou, muito menos acreditariam em Aldarion e era certo que eles o levariam preso e o manteriam na prisão por pelo menos 3 dias. Ele já havia sido guarda no passado e sabia muito bem o que era feito com arruaceiros. Definitivamente ele não podia perder tempo, não podia se desarmar, não podia ficar preso, ele precisava agir e palavras naquele momento não surtiriam efeito algum.

Menos mal, Aldarion nunca foi bom com palavras. Eram seis guardas contra um, e deveria haver muito mais guardas dentro do castelo. Mas aquilo não era um problema para ele, afinal em todas as suas lutas até hoje ele sempre esteve em desvantagem, lutar contra grandes números de oponentes era a sua especialidade.

"Não tem jeito, vou ter que sair no braço com toda a guarda do Pólux. Como se não fosse o bastante a guarda da cidade também vai estar aqui as dezenas em breve. Menos mal, pelo menos eles vão me perseguir e tudo o que preciso fazer é encontrar Slao e seus amantes assim levarei esses idiotas uniformizados até ele."

Player escreveu:Narrador, vai rolar fight agora. Você não me detalhou exatamente a entrada do lugar e nem a posição de todo mundo então eu imagino o seguinte: os guardas da entrada do castelo estão a cerca de 5 metros de mim até porque eu não tenho motivo pra me aproximar tanto deles. Os dois guardas que vieram depois e me abordaram cercando-me estão mais próximos de forma que eu fique no alcance das lanças deles e eles da minha espada, ou seja, pelo menos uns 3 metros. Vou me basear nesse raciocínio.

Tudo bem rapazes, não precisam ficar preocupados eu vou colaborar. — Disse puxando uma das alças da sua mochila retirando-a. — Vou largar minha mochila e minha espada como você pediu. — Falou agora com a mochila em suas mãos, era uma mochila grande de viagem cheia de coisas e bem pesada, uma mochila que se arremessada com força poderia derrubar um homem.

PENSA RÁPIDO! — Disse ele tomando uma ação brusca.

Sem aviso nenhum Aldarion arremessou sua mochila com toda a força na direção de um dos dois guardas com o objetivo de derrubá-lo. Com as mãos livres ele avançou para a frente se deslocando ao mesmo tempo que usava suas técnicas especiais para sacar sua espada em tempo zero e atacar no mesmo movimento de saque, o golpe que veio da manobra descreveu um arco horizontal mirando o braço e o tronco do guarda. Era um golpe poderoso que poderia partir um homem ao meio com facilidade, mas Aldarion não queria matar ninguém, pelo menos nenhum daqueles guardas por isso optou por atacar usando a chapa da espada de forma que sua arma no máximo quebrasse alguns ossos e deslocasse algumas juntas.

A espada veio com força controlada e se acertasse o guarda muito provavelmente quebraria o braço do infeliz e o derrubaria ao chão agonizando em dor. Terminado seu ataque inicial Aldarion iria girar o corpo para ganhar visão dos quatro guardas do portão que agora estavam as suas costas. Agora ele se concentraria em defender os ataques vindos, sejam lanças arremessadas ou ataques de investida com estocada. Talvez ele não conseguisse se proteger de todos os ataques nesta ação então ele optaria portanto em defender os golpes que visassem os pontos vitais, confiando que sua armadura seria forte o suficiente para proteger seu corpo dos demais ataques menos letais que ultrapassassem sua defesa. Durante o processo de defesa ele usaria suas técnicas especiais para obter o sucesso.


Informações de Jogo:
Spoiler:

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Sáb Set 06, 2014 1:16 pm

魔法少女まどか☆マギカ
BGM03
Puella Magi Madoka Magica Soundtrack


Que sorte! Pensava logo após notificar que aquele senhor estava bem, apenas inconsciente. Sendo assim, continuei minha busca por algo que pudesse "acalmar" aquela senhora, porém tudo o que encontrei foi um pequeno estojo médico. Enquanto a senhora pronunciava algo tomei a iniciativa de verificar o que continha por ali. Parecia apenas portar algumas pinças e um bisturi.

Mediante à situação, a senhora dragão finalmente aparentava ter se contentado um pouco, mas seus olhos ainda estavam "faiscando". Em meio à algumas palavras, aquela senhora me perguntara sobre como eu sabia sobre as realizações de Penkala, mas como diz o ditado: fui "salvo pelo gongo". A gravida berrou no mesmo segundo em que a senhora dragão me perguntara o que acabou descontraindo a atenção da senhora para ela. E por algum motivo ela percebeu que o que deixara o bebê naquele estado, fora o cordão umbilical que havia se enroscado em seu pescoço.

Não poderia dizer que havia me entregue de corpo e alma em suas palavras, porém tinha mais do que certeza de que ela sabia tanto quanto eu que ela mesma não conseguiria realizar aquele parto sem conhecimento algum. Tendo isto em mente, resolvi dar-lhe um voto de confiança e reiniciar o parto. Usando primeiramente as pinças, assim poderia colocar o cordão umbilical em uma distância onde poderia corta-lo de maneira segura, de forma que não machucasse o bebê.

Assim que tivesse terminado de cortar o cordão umbilical, correria para a mesa mais próxima. Obviamente longe da vista da senhora, e anotaria algo em um pequeno pedaço de papel ou qualquer outra coisa que fosse visível. Em seguida entregaria ao senhor que estava inconsciente até o momento ou qualquer outro daquela redondeza que me aparentasse confiável. Disfarçando que apenas havia ido pedir-lhe um pano para que a grávida mordesse.

Por favor, morda e volte a empurrar o bebê.  Me desculpe por sempre dizer isto, mas tenho certeza de que no fim tudo irá dar certo, confie em mim. — Dizia de maneira calma, à fim de passar alguma esperança para aquela senhora através de minhas palavras. Dessa vez, tinha esperanças de que ela realmente confiasse em mim, afinal a senhora com máscara de dragão havia se auto exposto logo em sua frente. Isto sem deixar de mencionar que ela havia declarado rudemente que não se preocupava nem um pouco com o que ocorreria com aquela grávida.

Com a realização sucessiva de todos os planos até este momento, poderia dar inicio à outros. Assim que tivesse o bebê em mãos, primeiramente me virei para a senhora fantasiada de dragão, pois pensei que ela poderia simplesmente me golpear nesse momento. E ainda tomando extrema cautela perante ela, passaria levemente meu nariz por perto da face do bebê para que pudesse guardar seu cheiro. Em seguida entregaria o bebê à senhora dragão, à permitindo partir por enquanto. E assim que tivesse certeza de que ela não estaria mais por perto, esclareceria meus planos à grávida. Dessa forma, ela não se preocuparia tanto a ponto de se prejudicar no momento em que fosse cuidar de sua hemorragia.

Não se preocupe senhora, pedi para que o senhor à seguisse e protegesse o bebê caso algo ocorresse. Cuidarei de sua hemorragia e assim que puder me certificar de que você está completamente saudável, partirei imediatamente atrás dela e resgatarei seu bebê. — Logo após pronunciar, iniciei o processo para que sua hemorragia fosse contida. Meu único medo até o momento era que um dos planos desse errado.

Poderia tomar conta dela por mim? Irei buscar o bebê e assim que o recuperar, o trarei de volta à sua mãe. — Me curvei o pedindo de maneira formal. Para que não corresse riscos de rejeições, prometi tanto à ele quanto ao senhor que seguira aquela dona, que os pagaria com as moedas de ouro que a senhora me dera assim que cheguei à noite. A medida que terminasse de pronunciar, sairia o mais rápido que pudesse em busca da senhora fantasiada de dragão, deixando à grávida aos cuidados do menino. Cheguei até mesmo à correr como um quadrupede para que minha velocidade fosse maior.

Off Topic:

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Ter Set 09, 2014 11:56 pm

Bluff

"It is not a lie, just a minor misunderstanding"


Tudo acontecia tão rápido que mal conseguia acompanhar, lobisomens, Dag sendo esburacado, o chute. Ainda tinha a cabeça dando voltas quando tudo se acertava, Azasto havia virado um imenso saco de pulgas, e agora caçava as grávidas, Lampo estava bem a minha frente, era ele quem havia me acertado, um imbecil feito todo de sorrisos e graças, para começar acho que poderia arrancar alguns dentes dele. Ou poderia se não fossem os guardas, estava algemado, sendo segurado por um braço e escoltado, com um pouco de sorte conseguiria fazê-los me ouvir, mas nem toda a sorte do mundo os faria parar naquela situação, de uma forma ou de outra iria parar em uma cela, a menos que...Bem poderia tentar fugir, mas sem uma arma, e com a guarda ao meu redor a situação seria caótica, não tão caótica se comparada com a possibilidade da transformação, não ter um alvo para canalizar a confusão pode se provar algo bem trabalhoso. Se parasse para pensar perceberia que cada opção era pior que a anterior, era por isso que não costumava parar para pensar, não poderia aceitar a prisão de bom grado, tudo que podia faze era improvisar.

- HÁ, engano é? Faça-me o favor pulguento, nem com tantos anos como mercenário tinha visto uma cena daquelas, o que vocês fizeram aquela mulher foi realmente digno de Takaras. O que me lembra de algo, esse tal demônio que querem invocar deve ser dos grandes, vi muitos poucos que eram tão seletos em suas oferendas, apenas crianças recém-nascidas não? Falaria garantindo que os guardas pudessem ouvir o que falava, caso tomasse a atenção deles tudo seria mais fácil. - Sorte nossa que um figurão por ai decidiu bancar uma caça ao tesouro, e a cabeça de vocês é o grande premio, consegue imaginar quanto ouro ele colocou em jogo, para que os assassinos fossem encontrados? O bastante para lotar esse lugar de mercenários e assassinos. Outra pausa dessa vez conferiria os guardas com os olhos enquanto preparava a próxima parte. - O pássaro está batendo as asas para gaiola, o lobo sorridente caminhou direto pra onde devia ir, o lobo quieto por sua vez, digamos que nem tudo é o que parece. Se eu mesmo não conhecesse Kenna, juraria que ela estava grávida. O nome era real, a pessoa e a circunstancia um blefe, muitas poderiam se chamar Kenna, ele só precisava acreditar que havia uma na multidão, uma que coincidentemente estava grávida. - Se quiser minha opinião acho uma verdadeira pena, apesar de ser um monstro e um assassino, Azasto realmente tinha um dom para o combate, queria que fosse eu a arrancar sua cabeça, mas fazer o que? Cada um de nós tem um papel a seguir naquele plano. Agora eu quem teria o sorriso estampado no rosto, à isca havia sido lançada da melhor forma possível, ou faria com que Lampo se se descontrola em preocupação com seu irmão, ou ganharia alguma informação, era uma situação de ganhar ou ganhar, não havia por que não forças. - Está ouvindo isso Lampo? É o som da plateia quando os atores fazem seus papeis impecavelmente, meus parabéns, ninguém esperava que caíssem tão bem assim.

Diria as ultimas palavras com o sarcasmo marcando cada letra, veria se ele reagiria ou não, o lobo atacaria enquanto pensava que seu irmão corria risco, ou desvendaria a mentira? Era um palpite que precisava arriscar. Nos dois casos não conseguiria ficar ali nem por mais um momento, precisava começar a me mexer, se fosse atacado por ele aproveitaria que era seguro por um guarda e dessa vez seria eu a usar o escudo de carne, giraria o corpo repentinamente e atiraria o guarda que me segurava contra a investida de Lampo, se ele queria cortar alguém que fosse o guarda e não a mim. No caso dos ataques continuarem, tentaria manter a distancia me afastando com passos para trás ou para o lado, tentando fazer golpes passarem ao meu lado, em ultimo caso me usando das algemas para uma melhor proteção, colocaria as correntes contra um dos ataques, tentando me libertar no mesmo momento que tentava frear algum ataque. Ainda manteria a movimentação de atirar o guarda caso a resposta de Lampo fosse fugir ou não fazer nada, nesses casos tentaria atirar o guarda contra ele apenas para ganhar tempo ou frear uma fuga do lobisomem. Sendo que caso a resposta de Lampo fosse inesperada, atiraria o homem contra ele enquanto já saltaria para longe. Usaria as plataformas criadas e assim como Azasto havia feito momentos antes, partiria a todo vapor saltando de plataforma em plataforma, fugindo daquele lugar tão rápido quanto conseguisse. Meu destino nesse caso não seria a biblioteca e sim algum lugar onde pudesse encontrar alguma paz, longe de guardas ou de muitos olhares curiosos, estava algemado afinal de contas, apesar de ainda poder usar isso como parte da fantasia. De toda forma, colocaria a mascara de ferro que matinha atada a cintura sobre o rosto e primeiramente procuraria uma forma de remover as algemas, logo após desativar Nue e Hadúr, o cansaço por manter dois padrões ativos era grande demais para ser suportado pro muito tempo, desativar as habilidades assim que me livrasse da perseguição seria uma prioridade.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Qua Set 10, 2014 8:01 pm

OFF: Não entendi muito bem essa parte, mas, se tiver algo errado, me perdoe. x_x



Pude ouvir uma voz atrás de mim, que, não era de nenhum dos que estavam comigo - a grávida e o homem -. Me virei, e, avistei um lobisomem. Sua posição era a mesma que Azasto fez antes; quando eu e Gregar encontramos-o. Sua aparência era sombria, de fato, pois podia notar que ele estava sangrando.

Ele estava muito perto do casal, e isto só fazia desconfiar dele... Mas até que, pude tirar minhas conclusões que ele estava atrás da grávida; afinal, suas perguntas já eram a resposta da minha pergunta. Apenas me calei, estava com a adaga escondida atrás, esperando para atacar-ló.

Antes que isto acontecesse, ele fez seu ataque. Meus olhos se arregalaram, o comerciante que estava conosco, tentou salvar a grávida, que por resultado; teve seu peito arranhado e jogado ao chão. As pessoas ao redor, estavam com uma expressão horrível, ainda mais pelo fato que ele partiu à cima da grávida, rasgando sua barriga e retirando o bebê.

Droga, eu apenas fiquei parada, e vi aquilo acontecer. Por mais que seja uma cena horrível, foi culpa minha. Fui para cima dele, segurando a minha adaga. Meu foco eram suas mãos, iria machucar-os tentando sem atingir o bebê, para que ele não pudesse utilizar-las novamente. Por mais que o bebê caísse - podendo machucar-ló -, isto seria uma desvantagem ao lobisomem, já que teria que pegar-ló novamente, enquanto eu o atacaria.

Caso isto acontecesse como eu imaginava, iria pegar o bebê e fugir, em busca de Kai; já que ele deveria estar perto de mim, afinal, nos separamos quase perto do centro. Mas, se ele desviasse, iria jogar minha adaga em direção ao seu braço, correndo até ele, pegando minha adaga e atacando-o o seu olho. Assim, pegaria o bebê e procuraria Kai.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Dom Set 21, 2014 8:06 pm

Aldarion
É. Provavelmente ele não conseguiria muita coisa no papo. Sentia o peso dos olhos dos guardas enquanto se mexia, removendo a mochila. E era um peso quase hostil. Algumas poucas pessoas também olhavam ─ aquelas que queriam entrar no castelo ou sair dele, mas que se sentiam impedidas por aquele círculo de guardas e o carrasco no meio.

Daí a mochila voo. O alvo até que pensou rápido, mas nem tão rápido; e no final o guarda estava no chão, tentando sair de baixo daquela mini casa com alças e bolsos. Logo em seguida a lâmina chapada de Aldarion acertou o outro guarda, lhe derrubando de lado, a armadura tilintando violentamente com o choque e ao tocar no chão. Aldarion não precisava mais se preocupar com sua retaguarda.

Quando se virou, viu exatamente o que esperava: quatro lanças vindo em sua direção. Duas delas com o lado oposto da lâmina, contra o seu rosto. As outras buscando uma brecha na armadura negra. Aldarion jogou o rosto para trás e deu um passo para o lado, moveu a espada a frente do corpo e varreu três golpes. O quarto resvalou em sua mão esquerda, fazendo um corte pequeno nas costas da mão.

Os guardas se separaram um pouco, abrindo mais o meio círculo que formavam na frente de Aldarion. Pareciam acostumados com o trabalho em equipe. E pareciam cautelosos. Viram que o grande homem se movia bem rápido para o tamanho que tinha; então estavam atentos, cautelosos.

As pessoas se afastaram. Quem queria entrar no Pólux desistiu. Quem queria sair resolveu ficar um pouco mais ali dentro, olhando para fora, para Aldarion.

Então um grito, que veio do alto. O vento fez o som dançar por aí, mas a impressão era que ele saíra das ameias do castelo. Aldarion quase olhou para cima, mas soube que ao menos dois dos guardas esperavam por isso, por esse momento de distração. Então não o fez. Tampouco os guardas ─ olhos no guerreiro, somente.

Mas quando outro guarda caiu bem no meio deles ─ numa confusão de sons de metal e ossos ─ a concentração geral foi quebrada ao meio.

Mas que merda ─ disse um guarda e olhou para cima, como se pudesse voltar no tempo e ver o momento que o colega fora atirado das ameias do castelo.

Outro foi checar a provável morte do arremessado. E Aldarion encontrou aí a brecha que precisava. Impeliu-se à frente, desviando um novo golpe e passando pelos oponentes, rumo ao castelo. Quem estava na entrada abriu espaço e o guerreiro ganhou o salão principal. Viu dois lances de escada que subiam para o andar seguinte, e sem demora escolheu o menos congestionado. Mal teve tempo de reparar nos quadros e esculturas e versos pintados nas paredes. E havia a noção, como uma coceira, de que ao menos dois guardas (vai ver aqueles dois de antes, que estavam sedentos por um momento de distração) o seguia. Mas o mais perturbador ─ o que de fato o fazia correr e correr ─ era o alerta no fundo de sua mente. Ele dizia: “o grito não foi do soldado. Foi um grito de mulher”.

Chegou no segundo andar e também não deu bolas para o perfume, para os estofados, para as estantes cheia de livros. Apenas continuou subindo até o terraço. Nas suas costas, gritos de “pare!” e “pare aí mesmo!” se repetiam. Mas cessaram quando Aldarion de fato parou.

Pois chegara nas ameias do Pólux. E lá viu Penkala, Emma, uma mulher grávida um guarda vivo e outro morto. E não pareciam muito no clima de festa, pois ninguém usava máscara.

O vento soprava forte ali no alto, um assobio sem melodia. Mas, afinal, não faltava melodia no mundo: o som dos grupos musicais, lá no sul da cidade, chegava em forma de ecos. A percussão era o mais nítido. Ba-dum-bá-pá, ba-dum-bá-pú!

Aquele terraço era comum, com exceção das cadeiras e do tapete vermelho circular que cobria o centro do espaço retangular, feito de pedra negra. E havia alguns ganchos nas ameias angulares para você, caro leitor, trazer sua rede e ler deitado, sob o luar e a luz das estrelas que eram, naquela noite, luminares potentes.

O guarda morto estava no centro, sangue saindo do pescoço, Penkala ao seu lado. Este, tinha as mãos nos bolsos da calça branca e cinco facas rodeavam sob seus ombros, como se as armas fossem seres vivos, animados, e estivessem apenas esperando a intenção de Penkala para agirem. Ele olhou para trás, para a saída de onde ouviu uma movimentação, vendo Aldarion.

Mais guardas? ─ perguntou em sua voz fina, aparentando chateação. Seus olhos dardejaram rapidamente, como os olhos de um maldito pássaro, analisando arma, postura, braços, pernas, roupa, brechas na armadura, ferimento na mão. Por fim olhou nos olhos de Aldarion ─ Acho que não, né?

À sua frente, nos limites do terraço, já de costas contra as ameias, estavam os outros três: primeiro o guarda, a lança em riste, querendo manter Penkala longe das duas mulheres, que estavam logo ao seu lado, um pouco mais recuadas. Emma ofegava. A grávida chorava, a lua iluminando a umidade que lhe escorria dos olhos.

Então: Aldarion estava de costas para as escadas que eram a única saída do terraço. No centro, por volta de 20 metros de distância de Aldarion, estava Penkala e suas facas. E no outro extremo (mais 20 metros), a moça que deveria ser salva, assim como Emma e um guarda solitário. Penkala tinha os olhos em Aldarion, meio que despreocupado com o guarda solitário, desconsiderando a possibilidade do homem tentar lhe pegar pelas costas, arremessando a lança, por exemplo. E por falar em costas: Aldarion sabia que dois guardas estavam a pouquíssimos degraus de lhe pegar pelas costas.


Kai
Suas mãos estavam pegajosas. Kai teve impressão de que suava muito, a máscara se tornando quente na face. Mas não se distraiu. Nem se quer piscou. Fez dois cortes no cordão e não soube dizer se fizera certo: se aquele sangue era do bebê ou da mãe, era complicado dizer, ainda. Daí ela empurrou num último esforço sobrenatural e a criança saiu, cansada, sem choro, apenas suspirando, sugando o ar sem ter forças para isso. O mesmo fez a mãe: suspirou, desfalecendo aos poucos.

Eu confio em você ─ disse ela, só agora. ─ Confio.

E mal olhou para a sua criança pois caiu na inconsciência.

Aliás, era menino. Ileso. E a primeira pessoa que o guri viu foi Kai. Mas logo fechou os olhos, como se alegasse que ia tirar um cochilo. Daí Kai o passou para a senhora.

Muito bem, rapaz ─ disse a dragão, se segurando de tanta ansiedade. ─ Tenha uma boa noite.

Ela girou nos calcanhares e começou a... correr. Várias pessoas que viram a cena tentaram impedir ela, mesmo sem saber direito o que tinha acontecido dentro da loja de primeiros-socorros. Bem... quando a velha viu que não conseguiria passar, mesmo tentando intimidar a multidão com alguns xingamentos e gestos bruscos (ela ainda tinha o pedaço de madeira na mão direita, enquanto o bebê estava encaixado no braço esquerdo), ela passou a ameaçar a criança e desse modo as pessoas abriram caminho e

Pai! ─ disse o jovem da loja. Kai viu um homem baixo e magro, com poucos cabelos e sobrancelhas grossas. ─ Pai, ajuda!

O homem não precisou perguntar o que estava acontecendo, apenas se abaixou até a grávida e cuidou para que ela continuasse bem. O jovem olhou para Kai de um jeito complexo, dizendo “obrigado” e ao mesmo tempo "parabéns!" e por fim “o bebê, ela levou o bebê!”

Então Kai se mexeu. Tinha de recuperar aquele menino recém-nascido. Saiu da loja e correu na direção da senhora. Via ela, de longe, passando pelas pessoas, passando pelo mesmo local que uma trupe fora atropelada por dois touros, passando pela barraca de instrumentos musicais e depois pela loja de flores... até chegar ao lado de um lobisomem.


Evellyn

Aliás, era menino. E a primeira pessoa que viu foi um lobisomem. Mas isso não importava agora.

Evellyn agiu. Se aproximou do ser hostil com a adaga pronta, mirando o braço que segurava a criança. O lobisomem viu a movimentação com o canto de um olho, mas não foi frio o suficiente para agir com rapidez. Ao invés disso, ficara assustado e confuso, pois confundira Evellyn com outra pessoa e não esperava um ataque dela. Então, quando a moça atacou, ele soltou o bebê no susto e saltou para trás. Ganhou um corte no pulso. Já Evellyn conseguiu apanhar o bebê no ar, antes que ele tombasse de cabeça no chão.

Quem diabos é você? ─ perguntou o lobisomem, alto o suficiente para a rua inteira ouvir. As pessoas se afastaram do local onde ele pousara: bem naquela área onde a rua se bifurcava, onde formava um Y. De um lado seguindo para o leste da cidade (por onde Kai fora) e o outro seguindo para o norte, até a praça (onde Evellyn deixara Gregar).

Ele estava agachado. Lambeu o pulso e rosnou de pura raiva. O som pareceu reverberar dentro de Evellyn. Era possível sentir a intenção assassina daquele inimigo. Mas então ele olhou por sob o ombro, levemente distraído, quando alguém disse:

Azasto!

Evellyn viu uma senhora com a máscara de um dragão negro. Ela acabara de chegar da “rua do leste” e carregava um bebê recém-nascido, além de um pedaço de madeira. Parecia ter um tom de urgência.

Por onde diabos você esteve? ─ ela perguntou. O lobisomem (Azasto) a olhou com estranhamento e ela logo esclareceu: ─ Sou eu, rapaz. Slao... Anda, pegue esse bebê aqui. É um dos meus.

Azasto não se mexeu. Apenas apontou.

E pegarei aquele também ─ apontou para Evellyn, que segurava outro recém-nascido.

Penkala está pegando o outro. Não precisa deste. ─ respondeu a senhora, que, se Evellyn escutara direito, era Slao. ─ Anda, segura essa criança. Pelo jeito vou ter de pedir pra Rhea vir aqui... Chamaram muita atenção. Muita! E eu estou em um momento importante com Tenkai e Gin, entende isso? Entende isso?

Mas Azasto só tinha olhos para Evellyn. Queria a desforra. Queria descontar o dano que recebera numa moeda mais cara e pesada.


Kai/Evellyn
Neste momento Kai terminou de se aproximar. E confirmou que sim, a velha senhora conversava com aquele lobisomem que tinha alguns ferimentos. Este percebeu a aproximação de Kai, e o meio feral cessou o avanço quando estava a poucos metros (quatro) de distância dos dois. Ou melhor, dos três... se contar o bebê.

Kai não ouviu a conversa dos dois. Mas isso não importava agora.

A própria senhora olhou para o lado, vendo Kai. Disse:

Você não desiste, hein? ─ E empunhou a madeira na direção de Kai.

Foi então que Evellyn avistou Kai, e vice-versa. O que viram, uns nos outros: Kai também parecia ter um senso de urgência, quase de desespero. Já Evellyn parecia um pouco mais calma, mas tinha, nos braços, uma criança recém-nascida que chorava e chorava.

E no encontro das duas ruas (a sul ─ onde estava Evellyn, e a leste ─ onde estava Kai), estavam o lobisomem e a senhora dragão segurando um bebê.

Sim, Slao ─ disse o lobisomem ─, eu entendo. Chame a Rhea se quiser. Eu irei acertar as coisas com aquela ali e depois com um outro cara, que me atacou no centro.

E Azasto pareceu pronto para avançar contra Evellyn.


Gregar
Após suas primeiras palavras, os guardas trocaram olhares.

Lampo o encarou por um tempo, os olhos sorrindo.

Acho que chutei sua cabeça com muita força ─ disse, brincando. Mas mesmo brincando, Lampo pegou no ar a intenção de Gregar. ─ Você é um bom jogador. ─ Mas quando viu o sorriso de Gregar, o próprio Lampo pareceu confuso, decidindo se aquilo que ouvira era realmente um blefe ou... não. De uma forma ou de outra, ficou em seu lugar, sendo levado pelos guardas. Não veio ataques nem réplicas.

Já os guardas...

Que história é essa de mercenários? ─ perguntou um deles, olhando Gregar. Aparentemente captou mais esse trecho, sobre mercenários, do que qualquer outro.

O guarda ficou meio impaciente quando não ouviu uma resposta. Já ia falar novamente, mas então Lampo se mexeu bruscamente, se libertando dos dois guardas que lhe flanqueava. Gregar estava pronto para se defender e evitar qualquer agressão, mas não foi isso que aconteceu. Lampo parecia interessado apenas na fuga. Uma lança cortou de raspão sua perna direita mas ele tomou distancia, correu e dobrou a primeira rua que viu. Metade dos guardas foi atrás dele, e um outro, desesperado, viu em Gregar uma ameaça. Como se Gregar fosse responsável pela fuga do outro. E daí, no calor do momento, moveu sua lança contra o prisioneiro que restara. Gregar se abaixou e depois usou os grilhões como broquel quando o segundo golpe veio rumo o seu peito. Outro guarda já interpretou aquilo como resistência. E as testemunhas, oras, diriam o mesmo depois. Então Gregar saiu dali imediatamente, suas plataformas aparecendo no ar e ele correndo, alçando o corpo para cima das casas e lojas próximas. Passou por cima de três casas até enxergar um casarão um tanto maior que os outros. Instantes depois já estava lá, escorado na chaminé do lugar. Ficou num ângulo sem vista para a região de onde viera. Calculou, meio por cima, que estava mais perto da região oeste da cidade.

Olhou para o norte e viu o Pólux, o castelo biblioteca. Percebeu alguma movimentação no terraço do lugar. E, sem saber dizer como, teve certeza que uma das pessoas lá em cima era o carrasco. Aldarion.

Depois olhou na direção contrária, ouvindo ecos de músicas. A percussão era o instrumento mais nítido. Ba-dum-bá-pá, ba-dum-bá-pú!

Espiou lá embaixo, vendo a movimentação dos guardas. Os homens deveriam saber que ele fora naquela direção, mas Gregar ainda teria um bom tempo até que o avistassem. Espiou mais um pouco as ruas e viu... Evellyn. Tinha quase certeza que era Evellyn, lá embaixo, lá onde ele pedira pra ela ir, onde ficava os comerciantes. Viu ela atacando um lobisomem ─ que depois saltou e saiu do seu campo de visão. Azasto? Provável. E depois viu ─ se é que os seus olhos estavam apurados o suficiente e falando a verdade ─ Evellyn segurar um... bebê recém-nascido. Então colocou sua máscara e

VINTE UM!

Gregar se assustou, mas não muito. Foi o grito de um homem feliz, despejado aleatoriamente pela chaminé ao seu lado. Gregar estava sob uma casa de jogos de azar.

As correntes permitiam que ele abrisse os braços num único misero metro de distância. Movimentos bruscos demais arranhavam a pele do pulso e a coisa tilintava a qualquer mexida, brusca ou não. Não encontrou nada naquele telhado que pudesse lhe ajudar a remover as algemas. Talvez conseguisse passar um pulso pelo grilhão, mas isso exigiria um certo esforço e sacrifício.

OFF:
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Ter Set 23, 2014 12:31 am

Soundtrack:

Monster
"It comes awake and i can't control it"

Poderia farejar o fedor da confusão e do caos, havia prometido a mim mesmo que arrancaria o sorriso do rosto de Lampo, vê-lo perdido em confusão era justamente o que esperava. Mas não era apenas ele que fora carregado pelo blefe, enquanto o lobo se preocupava com seu irmão, os guardas levavam os mercenários da estória em consideração. Se o bando realmente existisse a segurança da festa estaria em risco, e até onde presumia, sem segurança sem salário. Tudo corria bem, não da forma que esperava, mas ainda assim era perfeito, Lampo em desespero fugia, corria com toda a força que possuía para seu irmão, uma decepção se me perguntasse, esperava raiva por ter sido enganado, uma vontade assassina de se vingar, não o pavor cego que o fazia correr e se ferir estupidamente, talvez superestimasse o lobo. Ainda que desapontado, não era o único a ficar atordoado com a fuga, os guardas a meu redor eram os primeiros a apontarem suas armas, contra aquele que contava a historia, agora era eu quem tinha uma lança contra o peito.

Os reflexos eram rápidos e precisos, em poucos instantes tudo acontecia, a esquiva era realizada, a estocada bloqueada, e a chance aparecia, com auxilio de Nue corria para longe, fugindo momentaneamente do embate, para parar sobre um casarão a distancia, era nesse momento que tudo parecia se tornar mais claro. Ao norte, no castelo que anteriormente era nosso objetivo comum, encontrava Aldarion, ele que parecia preso em alguma confusão, provavelmente um combate, leste e oeste não me mostravam nada, mas o sul captava meus olhos. Era para lá que havia mandado a raposa, e era lá que via o alvo que caçava, o mesmo lobisomem que havia fugido momentos antes, Azasto estava lá, e era justamente para aquele lugar que iria. Sentia o frio metálico no rosto enquanto vestia a mascara, então ouvia o grito. Abaixo de mim, uma das casas dos jogos de azar, como queria entrar para testar aqueles jogos, mas não agora, não enquanto não resolvesse meus assuntos com Azasto, no momento nada seria mais importante que isso. Em breve o corpo alcançaria seu limite, manter Nue ativa se tornava caro e nada necessário, pouco precisaria da capacidade caso chegasse ao lobisomem, mas ainda precisava chegar lá, as ruas se mostravam repletas de guardas e de difícil acesso, precisaria de Nue para uma coisa ou outra.

- Dia difícil, não concorda amigão?

Falaria as palavras enquanto abriria os braços e me aproximaria do homem que fora atirado próximo a mim, só tinha uma coisa que poderia buscar dele, algo que me auxiliasse. Quando a distancia permitisse, de repente me moveria e assaltaria o homem com um soco em seu rosto, depois outro e mais um, desejava com os golpes desacorda-lo ou ao menos deixa-lo tonto demais para que não reagisse. Em nenhum momento tentaria mata-lo, apenas tentaria incapacita-lo, investigaria nele se possuía qualquer coisa útil, dinheiro, alguma faca, qualquer coisa que pudesse pensar em alguma utilidade, guardaria comigo tudo que pudesse ter alguma serventia. No caso de falhar nos ataques, acabar de revistar ele, ou ser interrompido enquanto o revistava, iria diretamente para o segundo objetivo, Azasto. Usaria tantas plataformas quanto conseguisse, e correria sobre o céu contra a direção em que tinha visto o lobisomem, caso não pudesse sustentar as plataformas avançaria por terra, sempre tentando me manter o mais afastado possível dos guardas, não parando por qualquer causa que fosse. Procuraria Azasto, e me moveria como Lampo havia feito momento atrás, procuraria um ponto cego, um local onde ele estivesse distraído e atacaria da mesma forma. Tomaria distancia me prepararia, saltaria e chutaria. Buscaria o momento mais oportuno, e um angulo que não fosse fácil de prever, tudo para que pudesse replicar o movimento.

- Sentiu minha falta, saco de pulgas? Diria as palavras enquanto removia a mascara e a atirava para os pés da raposa. - No caso das coisas fugirem de todo controle, não reclamaria em ser parado. Falaria as tentando usar um tom no qual apenas a Evelyn ouvisse, qualquer ajuda seria melhor que nenhuma, caçar inocentes, me deixaria com um gosto ruim na boca. - Espero que não se importe se não me segurar dessa vez, tudo fica meio caótico quando isso acontece.

Seriam as ultimas palavras que diria para o lobisomem, o sorriso que mantinha no rosto então se transformaria, a energia demoníaca que acumulava seria liberta, então me transformaria. Sentiria as presas crescerem, as mãos se transformando sob o ferro, os chifres brotando da cabeça, e a raiva inundando o sangue. Uma ferocidade brutal e animalesca, um instinto de pura destruição, que seria guiado a um único alvo, Azasto. Com a transformação avançaria em um frenesi cego contra o lobisomem, com as garras tentaria cortar a carne de seu corpo, preferindo estocadas e cortes a murros e pontapés, sempre miraria zonas de maior perigo como seu pescoço ou zonas que já estivessem feridas, os golpes seriam tão rápidos e curtos quanto possíveis, de modo que pudesse me manter em um frenesi de golpes inconstantes que apenas forçariam o lobisomem. Em minha defesa teria as algemas e a corrente, defletiria golpes com o ferro, tentando afastar ataques à medida que contragolpeava, preferindo o contra-ataque a esquivas, das quais apenas usaria em casos extremos, onde o pouco raciocínio que mantinha julgasse necessário, ainda assim todas as esquivas seriam tão agressivas quanto possível, tentando sempre mover o corpo para longe dos ataques com movimentos curtos, tentando sempre manter a distancia para continuar meus próprios golpes.

Ainda que Azasto fosse o maior alvo, retalharia qualquer atitude ofensiva contra mim, esquivaria ou defletiria qualquer um, que tentasse me golpear enquanto me mantinha no frenesi, em seguida retalharia com o mesmo padrão de ataques feitos contra Azasto, tentando encerrar o conflito extra tão logo quanto possível para poder voltar ao combate contra o lobisomem, inclusive caso possível tentando ignorar ataques de terceiros, me esquivando e voltando ao combate contra o lobisomem.

Off:

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Qua Set 24, 2014 8:41 pm

Ouvia os rosnados dele, altos demais. Com certeza, estava furioso comigo, dava para perceber em sua atitude e pela atmosfera assassina vindo dele. Estava indo correr, até que, ouvi uma voz chamando o lobisomem. "Azasto", era ele, como não havia percebido isto antes? Achava que era outro deles. Notei que a senhora que havia chamado ele, estava com um recém-nascido, e pelo que ouvi, era Slao.

"Droga, eles conseguiram pegar um dos bebês! Espero que a grávida esteja bem...", pensei comigo mesma. Azasto apontava para mim, com certeza, estariam querendo o outro bebê também. Mas, o que me incomodava mesmo, era o olhar de Azasto, era cheio de raiva, com um instinto assassino. Tentava não demonstrar um certo medo sobre isto, afinal, deveria ser forte na frente deles.

A senhora apontou uma madeira, em direção de Kai, que, só pude perceber que estava por perto de nós; ele também havia notado minha presença. Seu olhar estava em desespero, obviamente pelo bebê. Eu demonstrava uma reação calma, não era uma situação muito complicada à mim. Sentia que Azasto estava pronto para me atacar, com toda sua fúria.

Fui em direção dele, meu objetivo naquele momento era atacar-ló, para que ele não causasse mais problemas à nós. Seguirei o bebê com força - não tão forte assim, mas, para deixar com que ele não caísse - e coloquei minha adaga em minha frente, vendo algum ponto bom à atacar-lo. Caso ele defende-se antes de eu atacar-ló, iria ferir qualquer parte do seu corpo que ele usasse à sua defesa, apenas com um aranhão. Mas, se tudo ocorresse do jeito que imaginaria, iria focar seu peito, fazendo um rasgo profundo e iria para trás, segurando minha adaga firmemente. Deixaria Gregar, que já estava chegando, atacar-ló enquanto ele estaria ocupado comigo.

Observei que ele jogara sua máscara em meus pés, dizendo algumas coisas, provavelmente para provocar-ló.

Ele é todo seu. — disse, enquanto me virava em direção à idosa.

Fiz um sinal rápido à Kai, que iria atacar ela, se, tivéssemos sorte, para ele pegar o bebê; com certeza ele havia entendido. Corri em direção à ela, fazendo o mesmo movimento que fiz quando fui pegar o recém-nascido das mãos de Azasto, focando em seu braço; sem ser tão forte assim. Mas, caso ela estivesse fugindo, seguiria-a correndo sem parar e tentaria pular na frente dela e faria a mesma ação em seu braço.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Qui Set 25, 2014 6:24 pm

Em alguns segundos o bebê já estaria saindo pelo ventre de sua mãe. Que finalmente anunciara que confiava em mim, logo em seguida desmaiando por não suportar mais nada. Apesar de estar com extremo receio, deveria de entregar aquela criança recém-nascida para a senhora dragão. Que pareceu ansiosamente cantar por vitória. Antes que pudesse mesmo responde-la algo, esta pôs-se à correr. Ameaçando que atacaria a criança com uma madeira caso aqueles que observavam não à dessem passagem.

Naquele mesmo instante, o médico finalmente chegara, e sem nem mesmo dizer uma palavra já fora cuidar da senhora gotas d'água. Dentre uma das milhares gotas de suor por preocupação, saíra uma gota de alivio. Esperava que ela ficasse bem. —  Não se preocupe, eu voltarei mais tarde. — Diria ao rapaz que me encarava como se estivesse pronunciando algo, na esperança de que ele consolasse a senhora gotas d'água quando esta acordasse.

Assim que pude me certificar de que aquela senhora que à poucos instantes atrás estava grávida ficaria bem, corri o mais rápido que pude na direção em que a senhora dragão seguiu. Comecei a suspeitar de algo quando notei que ela estava retornando todo o caminho que ela e a senhora gotas d'água haviam percorrido. Até que ela iniciou alguma conversação com algum homem. Que após tentar visualizar melhor, percebi que se tratava de um lobisomem. Neste mesmo instante, cessei meu avanço. Deveria de começar a pensar em algum plano, porém este pensamento logo fora me interrompido quando percebi que do outro lado estava Evellyn, que já obtinha um bebê em mãos. Porém este chorava deliberadamente.

Apesar de ser uma senhora idosa, tomei nota de que não deveria mais exitar em ataca-la, se realmente tivesse o bem daquela criança como objetivo. — Me desculpe por isto, mas a senhora não me deixa mais nenhuma escolha. —  Respondi as palavras da senhora dragão enquanto sacava meu bastão, já em posição de ataque.

Chegava à bufar devido ao cansaço, toda aquela situação talvez estivesse sendo demais para mim. Porém, mesmo que estivesse desesperado, não desistiria até que tudo estivesse em seu devido lugar. Não poderia de maneira alguma decepcionar a senhora gotas d'água, deveria recuperar seu bebê de qualquer maneira.

Foi então que avancei rapidamente em direção à senhora fantasiada de dragão, tentando confundi-la com algumas acrobacias. Me aproveitaria que aquele lobisomem estaria distraído com Evellyn e o senhor de cabelos prateados, que como pude perceber já estava à caminho, mas mesmo assim ainda tomaria certa cautela para que o lobisomem não viesse à me atacar futuramente.

A medida que alcançasse aquela senhora, tentaria acerta-la com uma rasteira, que caso fosse esquivada, empunharia o bastão em sua frente neste mesmo momento, à fazendo cair da mesma forma. Caso ainda não obtivesse sucesso, perceberia o sinal de Evellyn, tentando me aproveitar de seu ataque à senhora dragão para furtar o bebê, ou até mesmo unir-me à ela em seu ataque e nocauteá-la com meu bastão. De toda forma deveria ter cautela em meus ataques para que não acertasse o bebê.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por NR Sérpico Ter Set 30, 2014 8:49 pm

Aquele poderia ser considerado o clímax da Noite das Máscaras. Um clímax confuso e louco. Seria lembrado por anos... e na próxima edição da festa, no ano seguinte, a guarda seria ─ sem sombras de dúvida! ─ triplicada.

E foi assim.

Gregar/Kai/Evellyn
Off:


Gregar se decidiu rápido. Talvez nem precisou pensar. Queria uma desforra e foi na direção da oportunidade que ele resolveu seguir. Na direção de Azasto.

Mas antes de chegar, Evellyn avançou contra Azasto, que fazia exatamente o mesmo ─ ele corria contra ela, de forma rasteira, como um lobo mesmo. Evellyn ergueu a adaga numa tentativa de ataque e Azasto deve ter previsto aquela ação com facilidade pois se esquivou assim que a alcançou. Não somente: esticou uma de suas manzorras e pegou o pulso da moça, o pulso que segurava a arma. E apertou, impedindo Evellyn de tentar um novo ataque ou mesmo se afastar enquanto ao mesmo tempo cravava fundo suas unhas na pele da meia feral. A adaga caiu involuntariamente da mão dela, por causa do espasmo repentino de dor.

E Azasto esteve muito perto de mover sua outra mão contra o rosto de Evellyn, terminando aquilo tudo. Mas Gregar chegou neste exato momento, chutando, e o lobisomem saiu da frente de Evellyn indo parar numa barraca ali ao lado. Caiu pesado em cima de uma mesa e se demorou apenas dois segundos para se colocar de pé.

Gregar tinha esperado o momento mais oportuno que não veio de todo. O chute poderia ter sido melhor, se esperasse mais um pouco. Mas então Evellyn estaria mortalmente ferida. Daí investiu. Trocou palavras e não teve resposta, apenas um rosnado. E avançou. Era um animal agora, tal como o próprio jovem sério, vulgo Azasto.

Dar socos era um problema, por causa das algemas. Usar as unhas era um recurso natural, já que estava sem a arma, mas era difícil tanto quanto os socos. Não era possível usar toda a força num golpe com uma das mãos arrastando a outra daquele jeito. A menos que Gregar largasse mão da defesa, investindo com tudo e abrindo brechas em sua postura. Tentou investir assim e Azasto se esquivou, dando um contra golpe ao atirar o punho fechado contra o queixo de Gregar. Este se afastou com o impacto já chutando a cabeça de Azasto, que também se afastou involuntariamente.

Azasto o seguiu. Sangrava de dois, três ferimentos. Mas ainda lutava bem. Estava, na verdade, movido inteiramente pelo ódio, pela raiva. Gregar soube que assim que Azasto retornasse a sua aparência humana cairia moribundo. Mas por enquanto ele lutava num tipo de sobrevida sobrenatural, os olhos vermelhos, a respiração soltando fumaça no ar. Então seguiu Gregar quando mal tinham se afastado. Ameaçou um golpe e Gregar armou a defesa com as algemas, mas não era bem um golpe... Azasto na verdade pegou a grossa corrente que ligava os grilhões e, num rugido de força, puxou. Gregar veio junto, surpreso e com a carne dos pulsos rangendo. E Azasto o girou no ar e o arremessou antes que recebesse um contra golpe.

Gregar foi parar na loja de um certo comerciante com máscara de rei que, no momento, estava morto não muito longe dali. Bateu no alto, na fachada, e caiu. Algumas letras da placa da loja se despregaram e caíram sobre ele.

Ao mesmo tempo ─ enquanto Evellyn era atacada e Gregar chegava ─ Kai se moveu contra a senhora. Se aproximou rapidamente e executou sua rasteira... daí o bebê gritou quando voo alto ─ pois a rasteira foi bem sucedida e a velha caiu com tudo, soltando o recém-nascido no ar.

Evellyn não precisou agir contra a senhora, visto que Kai a derrubara facilmente. Então apenas saltou. Quando tocou o solo novamente tinha o outro bebê nos braços, pego no ar. Várias pessoas que assistiram aquilo bateram palmas pra ela e depois houve um choro sincronizado entre as duas crianças.

Já a senhora... tentava se levantar, mas parecia tonta.

Vindo de algum lugar, abrindo espaço entre as pessoas e coisas derrubadas, um senhor gritou:

É minha esposa. Não a machuquem, por favor. Não a machuquem. ─ ele tinha um olho fechado de onde parecia escorrer sangue, boa parte já seco, uma mancha vermelha num lado da face. ─ Ela está sendo controlada!

Como que por mágica, a velha senhora olhou na direção do novo sujeito na cena e sorriu, alheia a tudo. Ela disse:

Acho que nosso trato foi rompido, né? Ou interrompido. Não importa. Não importa, mesmo. Mas acho que não irei cumprir com o meu lado da promessa, velho. Você e sua mulher não voltaram a ver Gin. Lamente isso pelo resto de seus dias.

E então desmaiou... um problema a menos. O senhor se aproximou, esquecendo Kai e Evellyn que estavam logo ali, e embalou sua esposa nos braços, todo preocupado e chorando. Uma situação confusa, da qual não haveria boas explicações para os dois meio ferais...

Então, Guardas chegaram.

Ali está ela! ─ gritou um, com seu grupo de quatro outros guardas. Se referiam a senhora dragão sequestradora de bebês. Eles estavam vindo para recuperar o recém-nascido, que, agora viam, estava com Evellyn.

Ali está ele! ─ gritou outro, com seu grupo de três outros guardas. Se referia à Gregar, que estava se levantando, de frente com uma loja. Eram alguns guardas que viram a movimentação de Gregar quando este saiu de cima da casa de jogos. Eles finalmente chegavam ali para "prendê-lo". E Azasto também, se possível.

Ninguém se move! ─ esse grito veio do sul, de um guarda e seu grupo de dois outros guardas. Eles tinham matado um touro outrora ferido por Evellyn, e agora subiam a rua por causa daquela nova confusão.

Eram 12 guardas ao todo.

Isso, ninguém se move!

Esse último era Lampo. Ele acabara de chegar, e estava em cima da loja mais próxima do encontro das ruas, ou seja, onde Evellyn e dois bebes, Kai e um casal de senhores estavam. Sua voz se projetou com força, para que até mesmo Gregar, que estava mais afastado, pudesse ouvir. Assim como todos os guardas.

É o outro prisioneiro! ─ disse um guarda, apontando Lampo.

Lampo olhou para Kai e Evellyn e Gregar e todos os guardas. Olhou novamente para Evellyn e os dois bebês. E disse:

Qual é galera? ─ E sorriu, como no sonho. ─ Vamos apenas... conversar. Que tal?

Moça, entregue os bebês ─ disse um guarda, ignorando Lampo. Falava com Evellyn. Estava acompanhado com outros quatro guardas.

Outros dois guardas pareciam prestes a arremessar suas lanças contra Lampo. Outros dois corriam na direção da luta de Azasto e Gregar, não para prendê-los, mas sim feri-los gravemente ali mesmo. Outros três guardas avançavam, também, contra Gregar e Azasto ─ mas esses eram do time “ninguém se mova” e não pareciam ter intenção de matar, ao contrário dos outros dois colegas.

A coisa toda talvez estivesse além da conversa.

O importante era que os bebês estavam a salvo. Mas Lampo ainda estava ali, olhando ansiosamente para as crianças no colo de Evellyn embora o seu sorriso dissesse que ele estava se divertindo e que queria conversar. Sem contar Gregar, que estava prestes a ser ameaçado por guardas... e Azasto. O lobisomem, alias, estava em posição de luta. Mas parecia estar dividido entre continuar sua briga com Gregar ou repelir os guardas. Talvez as duas coisas pudessem ser feitas ao mesmo tempo.


Aldarion
Penkala não viu reação em Aldarion e deu de ombros. Se virou para o seu objetivo: a mulher grávida.

Ela gritou, só de encarar Penkala de frente. O guarda que estava junto resolveu se movimentar num ataque heroico, mas a noite não era a certa para heroísmo, de modo que uma das facas de Penkala voo, um borrão branco no ar, contra a garganta do rapaz, que simplesmente morreu. O sangue até demorou pra sair, como se ainda não tivesse assimilado que tinha um corte na garganta do dono e que podia correr livre pra fora. O guarda tombou pesado e o chão ficou vermelho.

Depois foi a vez da Emma, filha do Dag. A faca saiu do soldado e voo contra as pernas dela, a fazendo cair quando os tendões se partiram. Ela estava de quatro, ofegando, os olhos lacrimejando. Depois a faca subiu pro céu, como se brincasse, e desceu contra as costas de Emma. Perfurou. Depois saiu. Depois desceu de novo. Perfurou. Depois saiu e desceu. E de novo. Emma tossiu sangue e tombou.

Tudo em três segundos. Depois a faca se levantou do cadáver da moça e fez uma meia lua, na direção da próxima vítima, como se tivesse vida própria e estivesse olhando para a grávida. Penkala andava calmamente na direção dela, aliás.

Aldarion quase agiu para impedir tudo isso, mas então foi pego pelas costas, por guardas perseguidores que o consideravam uma enorme ameaça quando na verdade o Penkala era o grande vilão ali. É claro, ambos guardas só viram Penkala depois de investir contra Aldarion.

O que fizeram foi o seguinte: um deles desceu a lança contra a perna direita de Aldarion, atrás do joelho onde é mais fácil vencer a armadura. Foi uma dor aguda e Aldarion quase perdeu o equilíbrio, se sustentando rapidamente com a perna esquerda. Mas então perdeu de todo o equilíbrio quando o segundo golpe o acertou na cabeça com um golpe na horizontal da haste da lança. Aldarion viu pontos negros estourando no seu campo de visão e quando se recuperou do atordoamento ele estava caído sob um joelho e um guarda e Emma jaziam.

Então os guardas viram Penkala e gritaram pra ele não se mover. Penkala pareceu não ouvir, pois continuou andando até a grávida. Ao todo, ele tinha cinco facas. Uma delas avançava vagarosamente contra uma grávida chorona. Outra ficou ao lado do próprio Penkala. E as outras três saíram de perto do homem de branco e avançaram contra os dois guardas e Aldarion, uma faca pra cada um.


Spoiler:
.
NR Sérpico
NR Sérpico

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 222

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Goldsilver Ironsteel Ter Out 07, 2014 5:38 am

As manobras de Aldarion deram certo e ele conseguiu invadir o Pólux deixando guardas gemendo de dor e alguns gritando ordens atrás dele. Quando encontrou Penkala o viu com um colar de facas voadoras o que o fez hesitar por um momento. Aldarion era um guerreiro acostumado a enfrentar inimigos comuns, não magos e isso o deixou momentaneamente indeciso.

Foi o suficiente para que seus perseguidores o alcançassem e investissem contra ele, primeiro uma dor aguda na perna, depois outra na cabeça, Aldarion ficou atordoado por uma fração de segundo e só não caiu porque usou a espada para se apoiar ficando-a no chão. Mas então os guardas perceberam o que estava acontecendo e resolvem tomar ações contra o verdadeiro vilão. Mas Penkala estava preparado contra eles, ele possuía aquelas malditas facas voadoras que pareciam capazes de atacar sem precisar da concentração de seu dono. Será que aquelas armas eram mágicas ou será que elas precisavam da energia de seu mestre? Isso era algo importante, Aldarion já havia enfrentado magos no passado e ele sabia que esses sujeitos apesar de poderosos, eram dependentes de suas fontes de energia mágica. Uma vez que a energia se esgote, seus truques se esvaem e desvanecem com ela. Se as adagas fossem mágicas por outro lado, elas poderiam ficar ali atuando a noite toda.

Quando a adaga veio voando em sua direção Aldarion agiu rápido como um raio, sua perna ferida poderia limitar um pouco seus movimentos mas ele nunca foi uma pessoa ágil, a manobra de esquivar nunca fora o princípio de sua defesa, portanto fez aquilo que ele fazia de melhor ao se defender, aparou com sua técnica que fazia inveja aos maiores mestres espadachins.

Com um movimento rápido o espadachim ergueu sua espada e aparou com um meio golpe, de forma a atacar a adaga e jogá-la para longe. A manobra dando certo ou não, ele avançaria contra Penkala e aproveitando todo o tamanho de sua arma tentaria acertá-lo com a ponta da espada. Talvez Penkala conseguisse se desviar, mas pelo menos ele teria suas ações interrompidas por um momento.

Ações:
Spoiler:

_________________
Nome do Personagem: Aldarion Ironshield, O Juggernaut.

Peças de Ouro: 10

Link da Ficha: Aldarion Ironshield, O Juggernaut
Habilidades especiais

Força: A
Energia: F
Agilidade: D
Destreza: D
Vigor: C

Equipamentos: Lista de Equipamentos

*Avatar feito por cortesia de Frist, valeu mano. o/*
Goldsilver Ironsteel
Goldsilver Ironsteel

Mensagens : 387
Localização : Perdido no Espaço

Ficha Secundária
Título: O Juggernaut
Lvl: 7
Raça: Humano

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Hoshitteru Ter Out 07, 2014 5:33 pm

Off:

A rasteira havia sido realizada com grande sucesso, assim como Evellyn também havia tido sucesso em conseguir recuperar os dois bebês. O alivio foi instantâneo, contudo ainda havia ferido uma senhora idosa. Apesar de saber que aquilo era necessário, obtinha certo remorso, mas naquele momento deveria empenhar meu foco na batalha atual, que por sinal, parecia estar apenas começando.

Fora então que, de repente um senhor com um grave ferimento nos olhos se expõe em meio àquela confusão. Parecia ser o marido da senhora fantasiada de dragão, implorando que cessássemos o ataque contra ela pois estava apenas sendo controlada. Apesar de não conseguir entender muito bem o que se passava ali, sabia que não havia mais nenhuma necessidade de atacar aquela senhora.


Mahou Shoujo Madoka Magica: A rebelião
Absolute Configuration


Alguns instantes depois, vários guardas apareceram nos afrontando por não saber ao certo qual era a situação atual. Junto à eles repentinamente aparecera Lampo, no telhado mais próximo à nós. Como já sabíamos desde o inicio ele queria os bebês, assim como em nossos sonhos. Rugi para ele assim que notei que à mesma medida que ele falava, não tirava seus olhos de Evellyn e os dois bebês que ela carregava.

No momento em que me virei para prestar atenção em Evellyn, percebi que sua mão estava bem machucada. Sendo assim, dei alguns passos até que chegasse até ela. Apoiaria minhas mãos sobre a ferida enquanto ela ainda segurava os bebês e tentaria cura-la. E assim que terminasse, pegaria sutilmente os dois bebês de seu colo e iniciaria a invocação de Kemo, com os recém-nascidos em minhas mãos. Enquanto invocava tentaria entretê-los com minha cauda, na esperança que parassem de chorar.

Kemo logo é invocado, e assim que nota os dois bebês em meus braços, este ergue-se em uma postura humanoide e abre o receptáculo que se situava na região de sua barriga. Após enrolar os dois bebês dentro de algum pano (provavelmente alguma vestimenta minha, como uma blusa de frio) os colocaria lá dentro de maneira que ficassem seguros. No instante em que eles já estivessem lá dentro, Kemo retornaria à sua postura quadrúpede. — Evellyn por favor! Preciso que distraia Lampo por um minuto! Eu já volto. — Diria à Evellyn enquanto corria junto à Kemo em direção à Gregar. Esperava que nenhum guarda intervisse, mas se fosse o caso, desviaria os ignorando, na tentativa de ser o mais rápido possível.

Assim que chegasse até Gregar, colocaria Kemo para defende-lo dos demais. Durante este meio tempo, tentaria cura-lo com o restante de energia que ainda tivesse. — Espere um minuto por favor. — Diria para Gregar mais uma vez tentando resolver tudo de maneira rápida e eficiente, afinal, não poderia deixar Evellyn batalhar sozinha.

Me desculpe, por hora é tudo que posso fazer. Preciso ajudar Evellyn agora, mas assim que conseguirmos vencê-lo, viremos lhe ajudar. — Diria mais uma vez à Gregar quando tivesse consciência de que minha energia já estivesse perto de se esgotar. E assim partiria junto à Kemo para unir-mos à Evellyn.

_________________
[Clássica] Noite das máscaras Qswe1w
Força: E (2) | Energia: B (14) | Agilidade: C (8) | Destreza: E (2) | Vigor: E (2)
Ficha | Lodians: 0

Assinatura feita pela Evy ♥~
Hoshitteru
Hoshitteru

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 119
Idade : 26

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 6
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Evellyn Ter Out 07, 2014 7:03 pm

OFF: Como Kai disse acima, pedimos ao Sérpico para poder usar nossas Habilidades. Já que eu não criei o tópico da minha H.E., tenho ela na minha ficha. Está aqui, irá achar se for um pouco mais abaixo nessa mensagem! =)



THIS WORLD IS CRUEL, IT'S SAD BUT TRUE.
CLICK HERE

Algo não ocorreu como havia imaginado; o meu ataque. Estava confiante de que iria dar certo, mesmo que era possível perceber que Azasto estava fazendo as mesmas ações do que eu - correndo de uma forma de um lobo. Não, ele não parecia mais um humano, assim como eu. Tivemos nossos corpos tomados por animais ferozes, sem que nos demos conta. Ele impediu meu ataque sem que eu pudesse perceber, ferindo meu pulso. Dei um passo para trás.

Droga... — murmurei à mim mesma, baixinho.

Segurei meu pulso fortemente, com uma expressão de dor em meu rosto. Sentia o sangue já escorrer um pouco entre meus dedos, chegando a cair no chão. Deixei minha adaga cair, no chão, por perto de Azasto, que já estava se preparando para um outro ataque contra mim, se não fosse por Gregar, que golpeará ele antes de sua ação. Suspirei, um pouco aliviada. Corri em direção à minha adaga, pegando-a antes que fosse impedida.

Ia para cima da senhora, mas, quando me virei, me dei conta que Kai já havia feito esta ação. Ainda bem, não teríamos que nos preocupar com ela. Saltei, pegando o bebê que já estava no ar; livre da senhora. Ouvia várias pessoas aplaudindo, mas não dei bola para aquilo. Ela tentava levantar-se, mas, sem sucesso.

Um senhor apareceu as pressas, era seu marido. Estava desesperado e preocupado em relação à ela. Dizia que ela estava sendo manipulada, é... Que tipo de idosa seria capaz de participar desse plano maluco? A menos que fosse possuída, como ele havia dito. Logo, ela começou a falar algumas palavras estranhas, e, desmaiou. Isto era realmente confuso para mim, digo, não é todo dia que isto acontece.




THIS WORLD IS STRANGE, IT'S DEBATABLE BUT TRUE.


Ouvia uma movimentação estranha, vindo de todos os lados. Olhei para eles atentamente, e, quando me dei noção; eram guardas. Uma parte foi à idosa, que estava junto com seu marido, outra parte para Gregar e Azasto. Notei também, que o mesmos guardas que haviam matado um dos touros estavam vindo para nós - eu e Kai -, mas, seus olhares foram focados ao telhado. Olhei para lá, era Lampo, seu olhar manteve nos dois bebês no qual eu carregava. Dizia para resolvermos isto em uma conversa, também concordava, afinal, alguns dos guardas estavam indo atacar Gregar. Não poderia deixar isto acontecer, e nem, de Lampo levar a vantagem por enquanto - o que parecia que não iria acontecer.

Os guardas pediam para eu entregar os bebês, mas eu não podia.

Eu não posso... — segurei os bebês com força e fiquei calada, por alguns segundos.

Kai já estava fazendo suas ações, colocou sua mão em minha ferida; fazendo com que ela parasse de doer. Ele pegou os bebês e invocou um titã. Não entendi o seu plano, ao certo, mas, deveria fazer o máximo para que Lampo ficasse aqui e não fosse atrás dele. Entrei na frente dos guardas, que estavam comigo, impedido-os de poderem ir atrás de Kai.

A única coisa que posso entregar é explicações! — disse em um tom firme — Assim como vocês, as respostas! Estamos em uma missão cuja é proteger estes bebês de Lampo, Azasto e Penkala, que não está presente aqui!— apontei para Lampo e Azasto — Somos heróis e não poderemos deixar com que eles consigam concluir seus objetivos, já que são nosso inimigos. Esperam que consigam entender, afinal, estamos do lado do bem!

Disse isto de uma forma clara e rápida, me deixando um pouco sufocada. Meus olhos ficariam atentos desde ao início a qualquer ação de Lampo, que, se fosse rápida, usaria a Dança das raposas para poder paralisá-lo rapidamente.

_________________

Evellyn Haidee Clair
Força: 4 — D | Energia: 12 — B | Agilidade: 4 — D | Destreza: 2 — E | Vigor: 4 — D
Lodians: 0
Evellyn
Evellyn

Pontos de Medalhas : 0
Mensagens : 55

Ficha Secundária
Título: Nenhum
Lvl: 5
Raça: Meio-Feral

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Gregar Qui Out 09, 2014 12:46 am

Thrown Away:

The show has just begun

And all your empty pride, will rot the hole inside

Como era bom acertar aquele lobo, poderia me gabar durante semanas sobre a forma que aquele chute atingia o rosto de Azasto. Na verdade poderia me gabar de muito do que fazia, era bem verdade que tinha meus próprios motivos para tudo aquilo, mas sair por ai salvando bebes era algo inédito a mim se decidisse continuar por ai bancando o herói, até mesmo poderia forçar um ou outro bardo a inventar uma musica sobre Gregar o Benevolente. A ideia de pensar em algo tão próximo de um demônio, correndo para salvar qualquer coisa,  é no mínimo cômica, riria se não estivesse naquele estado. Na verdade, se não fosse o estado em que estava poderia fazer muita coisa, quem sabe até poderia pensar em tomar uma arma para liquidar o lobo, ou tentar parar a insanidade que se tornava aquele lugar. De fato poderia ter feito muitas coisas, mas a escolha que tomaria era clara.

Tudo que meus olhos enxergavam eram vultos, meus ouvidos apenas ouviam sussurros desconexos, o corpo latejava horrivelmente, mas nada disso se comparava com aquela voz que ressoava dentro de meu crânio. Não era como se a voz dissesse palavras reais, aqueles sons eram mais próximos de gritos e chiados, sons animalescos e indecifráveis aos humanos, mas de alguma forma sabia o que ela dizia. Esmague seus ossos, decepe seus membros, arranque sua cabeça, mate os lobos. Cada palavra parecia tentar tomar meu corpo, cada instante passado enquanto me levantava era uma tortuosa eternidade. Sabia que ao meu redor pessoas vinham e falavam, mas suas ações e falas nunca alcançavam meus ouvidos ou olhos, tudo parecia um sonho deturpado, ou parecia até que meus olhos alcançavam as presas.  Sentia o ódio e a ira brotando do peito quando os observava, o lobo meio morto parecia confuso e atordoado, o jovem de sorriso no rosto me parecia inquieto, mas ambos pareciam preocupados demais com o que acontecia a nossa volta.

Uma vez de pé desativaria Nue caso ainda não o tivesse feito, então viria o urro. Um som grotesco e repleto de raiva e ódio, que brotaria diretamente de meu peito anunciando a postura que tomaria, era o combate que escolhia e não o dialogo, marcharia para cima de Azasto e arrancaria seu coração com as mãos. Observava os dois vultos vindo em nossa direção sem grande preocupação, meu maior alvo era o lobo e não os empecilhos. Com uma das mãos tentaria desarmar qualquer um que tentasse intervir no confronto, tentando frear um ataque e agarrar um dos braços do atacante, para em seguida gira-lo e atira-lo contra meu maior alvo que era o lobo. Contra ele avançaria de maneira bestial em uma linha reta, minha única defesa seria o ferro e os ossos ao redor do pulso, com os quais tentaria frear qualquer novo ataque do lobo, tentando repelir com o ferro algum possível ataque, empurrando-o para longe.

Meus ataques seriam mais simples, manteria a pressão sempre tentando avançar contra Azasto, tentando dilacere-lo com as garras, cortando a direita e esquerda, em cima e abaixo, golpes tão largos quanto as correntes permitisse, tentaria sempre forçar o lobisomem  a recuar, golpeando tão rápido quanto possível, mirando em zonas feridas ou criticas tanto quanto possível. Moveria os braços em sincronia de modo que sempre que um deles se movia para o ataque, o outro cobriria o corpo, me moveria de modo que o ferro e os ossos sempre pudessem estar mais a frente do corpo, para que pudessem ser usados para aparar prováveis golpes. Sempre que um guarda ou qualquer outro tentasse interferir na luta, voltaria a tentar desarma-lo e usa-lo como arma para tentar acertar Azasto com um recém-obtido projétil. Manteria por fim as presas bem afiadas e prontas para um ataque derradeiro, em caso de ter uma chance fosse pro fraqueza de Azasto, ou por qualquer outra variável, avançaria com as garras contra o pescoço do lobo, algo que faria mesmo que não pudesse usar os braços, atacando com as presas ao invés de com as garras, tentando encerrar de uma vez aquele embate.

_________________
Gregar Walker
Força – Rank:      12 [ B ] & 0 [ F ]
Energia – Rank:     0 [ F ] & 24 [ S ]
Agilidade – Rank:   4  [ D ] & 2 [ E ]
Destreza – Rank:    4 [ D ] & 4 [ D ]  
Vigor – Rank:          12 [ B ]  & 2 [ E ]
Gregar
Gregar

Mensagens : 194
Idade : 28

Ficha Secundária
Título:
Lvl: 10
Raça: Possuído

Ir para o topo Ir para baixo

[Clássica] Noite das máscaras Empty Re: [Clássica] Noite das máscaras

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos