[Ficha] Kai Hoshitteru

Hoshitteru um dia fora o que alguns chamam de ser humano, comum como qualquer outro. Tendo a pele um pouco morena e tanto os cabelos quanto os olhos escuros, mas nesta época ele mal sabia como andar e talvez nunca chegasse à aprender se um milagre não houvesse o atingido naquela noite de lua cheia. Onde os lobos uivavam e as árvores balançavam como se avisassem que algo não estava como o de costume. Uma guerreira de aparentes 19 anos se aventurava pela floresta Allgreen nesta noite. Uma moça pouco alta de cabelos loiros e olhos azulados, trajando uma invejada armadura onde se notava com facilidade uma gigantesca espada posicionada em suas costas.

Por obra do destino talvez, esta guerreira acabou se deparando com um bebê recém-nascido, abandonado bem ao pé de uma grande árvore. Ele estava coberto de sangue, no qual ainda parecia estar saindo de seu corpo frágil e inocente, porém a ferida mais visível era um corte profundo bem na região do nariz. Naquele momento milhares de cenas ruins vieram a mente da guerreira que se comoveu com o que havia encontrado, mas ao se agachar no chão, ela percebeu que o sangue ainda estava quente e por mais que fosse muito fraco o recém-nascido ainda obtinha algum sinal de vida.

Por mais que a expressão facial da guerreira naturalmente demonstrasse uma pessoa forte e fria, podia-se notar que ela estava preocupada e talvez até mesmo afobada. Logo pegando a criança pelo colo e caminhando em direção ao abrigo mais próximo, onde tendenciava encontrar algo que pudesse ajuda-lo. Porém, não encontrava se quer uma fazenda pelas redondezas, por mais que a escuridão estivesse banhada pela luz da lua, ainda chegava à atrapalhar seu senso de direção, que naquele momento era crucial.

Fora então que ela encontrara um rio raso logo abaixo à uma cachoeira, onde por sinal a luz da lua parecia se focar de maneira demasiada, mas ela não teria tempo para admirar toda aquela beleza. No momento estava centrada em salvar aquele recém-nascido. A primeira ideia que lhe viera a mente fora banhar o garoto naquelas águas na esperança de que isto fizesse com que o sangue parasse de jorrar de seu corpo. Sendo esta sua principal fonte de desespero.

Antes mesmo que pudesse encostar a criança na água, a guerreira pode ouvir alguns sons virem da região posterior à ela. Parecia ter alguma coisa se locomovendo dentre dois arbustos. E realmente havia, apenas um coelho inocente que corria para o leste. Logo apos soltar uma sutil bufada, a guerreira retornou seu rosto para frente, se deparando com um esbelto e majestoso tigre de pelos brancos e olhos roxeados.

— Droga! — Outra bufada veio junto a pronuncia, porém desta vez provinha de um tom mais raivoso. Percebendo que os sinais de vida do bebê estavam cada vez menores, a guerreira já se desconsiderava com uma salvadora, mas ainda não desistiria, afinal tal coisa não é de seu feitio e nunca virá à ser. Assim apoiando o bebê em seu braço esquerdo e deixando o direito livre para sacar sua espada, a direcionando para o tigre que já caminhava em sua direção, com passos lentos sobre a água rasa.

A guerreira então se posicionou, aderindo uma posição de combate perante o tigre. Assim caminhando para o leste, porém o tigre à acompanhou. Fugir estava fora de cogitação. O tigre à desafiava, mantendo seu olhar fixo à guerreira que se sentia pressionada a participar de uma batalha da qual ela não poderia escapar. Aquilo estava predestinado a acontecer. "Como o destino é cruel." Eram os seus exatos pensamentos naquele momento.

Então, antes que começasse, deu uma ultima olhada na criança em seu braço. Como se estivesse a pedindo desculpas. Assim se locomovendo até a água. Seu olhar era sério e determinado, morreria ali se fosse necessário. Tinha um plano, por mais que estivesse naquela situação conseguira pensar em algo, mas nada muito bem planejado. Assim que o tigre avançou em sua direção, a guerreira chutou a lama que havia debaixo da água, assim atingindo os olhos do tigre que errara o ataque e a tornara vitoriosa, quando esta encaixou perfeitamente sua espada nas costas dele, acertando em cheio seu coração.

Bufou mais uma vez, enquanto respirava e secava o suor que se formava em sua testa. Só percebendo naquele momento que o bebê havia caído no chão durante o pequeno combate. Uma expressão desesperada era o esperado naquele momento, mas na verdade ela estava surpresa. — Mas o que...? — Disse ela enquanto se assustava com o show de luzes sendo formado sobre os sangues do garoto e do tigre que se uniam naquela água. Fora então que algo ainda mais inesperado ocorreu. O tigre começou a perder sua textura, logo desaparecendo, enquanto o bebê tomava uma nova forma. Tanto sua pele quanto seus cabelos se tornaram brancos, seus olhos foram tomados por um roxo claro com pequenos detalhes azulados incrivelmente diferentes de qualquer outro olho que a guerreira poderia ter visto algum dia. Tendo uma cauda e orelhas ferais sendo formadas em sua estrutura logo em seguida.

A conclusão que a guerreira tivera fora que os aspectos do tigre haviam sido passados para aquele recém-nascido, mas não fora só isso. Todas as feridas que ele havia foram curadas, com exceção do corte na região do nariz, que apenas se cicatrizou. Alguns animais se aproximaram, inclusive o coelho de instantes atrás, Todos pareciam admirar a cena pacificamente. Por mais que fosse algo anormal a guerreira estava feliz, pois agora aquele recém-nascido transbordava vida, chorando insuportavelmente. Assim demonstrando que estava vivo e sadio.

— Que estranho... — Pronunciou agora mais calma, enquanto pegava o bebê para conforta-lo em seu colo. — Kai... Kai Hoshitteru. Está bom para você? — Confirmou enquanto acariciava seu rosto com um sorriso no rosto.

Ainda naquela grandiosa árvore onde a guerreira encontrara Hoshitteru, fora construída uma casa. Uma casa na árvore, é como se denominada, porém não daquelas que são feitas para crianças se divertirem e sim uma casa para convívio. Onde a guerreira passara a viver junto de Kai, que com o passar do anos teve o laço de mãe e filho se tornando cada vez mais presente em suas vidas. Afinal, o garoto nunca tivera conhecimento sobre seus verdadeiros pais e nem poderia ter, já que sua aparência não era semelhante à deles, pelo menos não mais. Assim sendo irreconhecível à qualquer um que os conhecesse.

Ainda que não viesse à se preocupar com isto, o garoto um dia já chegou a ter certa curiosidade. Porém a guerreira não era do tipo que escondia as coisas e muito menos mentia. Sendo uma pessoa direta e talvez até um pouco rude, mas nunca insensível. E por mais que soubesse disto, aquela ainda era sua considerada e idolatrada mãe. A unica família que chegara à ter. Bom, com exceção dos animais daquela floresta, que sempre demonstraram ter certo apego pela criança.

E por citar esta anomalia. Um dia de grande importância em sua vida se iniciava quando o garoto brincava carinhosamente com alguns felinos. A guerreira observava a cena não de muito longe, afinal estava preocupada, e de fato havia motivo para tal. Alguns dias atrás, enquanto rondava a floresta em busca de alimentos a guerreira se deparou com um acampamento de ladrões. Ela não chegou à interagir ou até mesmo ser descoberta, apenas observou ao longe. Seu objetivo principal era furtar os viajantes que cruzassem pela floresta, o que não à trazia prejuízo algum, porém não suportava pensar que pudessem acabar ficando tempo demais por ali. O que poderia acabar os levando à descobrir a localidade de sua casa e talvez até mesmo furta-la.

Por um momento os felinos pareceram se assustar, revirando a cabeça para a direção de um arbusto. Enquanto a guerreia serrava os olhos na mesma direção. E de um instante para outro, mais de 5 homens saíram daquela localidade. Eram os ladrões que haviam se alocado na floresta. Como não havia percebido antes? Tinha a visão extrema da área. De onde poderia ter vindo? Eram os exatos pensamentos da guerreira que já sacava sua espada e saltava do local em que estava, logo alcançando Kai, antes mesmo dos ladrões, que por sorte foram distraídos pelos felinos.

Ela o pegou rudemente pela manga da camisa e o jogou na direção da escada.— Rápido! Suba! — Pronunciando a medida que se aproximava, assim se posicionando logo à frente dela. — Daqui ninguém passa! — Agora se dirigia aos ladrões que à rodeavam. O sorriso egoísta era mais que evidente em seus rostos. Possivelmente matariam aos dois se tivessem chance. Antes mesmo que pudesse pensar algo à mais um deles partiu para o ataque, todos possuíam um facão na mão. Na tentativa de desviar deu um passo em falso e acabou tropeçando. Caindo para a direita. — Mamãe! — O grito desesperado da criança despertara tanto a guerreira quanto os ladrões, que já se prontificavam para subir na árvore, tendenciando alcançá-lo.

Assim, ativando os instintos maternais daquela guerreira, que se levantou com um impulso brusco e cortou as pernas do homem que se posicionava para subir a escada. O que o levou à cair no chão, agora ensanguentado. Porém, os outros homens agiram rápido e logo a golpearam na cabeça. As ultimas cenas que pudera ver antes de desmaiar, fora do garoto lá de cima à gritar por seu nome desesperadamente.

A guerreira acordara de forma brusca se levantando rapidamente, mas antes de perceber que estava em uma localidade diferente, abraçou fortemente Kai, que estava dormindo sentado, bem ao seu lado. Saim lágrimas de seus olhos e por mais que não dissesse nada naquele momento, era perceptível saber o quanto ela estava feliz.

Somente quando o soltou que finalmente tivera a chance de observar os arredores. Provavelmente estaria em uma casa de madeira pura. Os itens não eram de seu conhecimento e o suposto colchão era formado por fiapos de palha. Foi então que sentira uma coceira na região da testa. Quando elevou uma de suas mãos para coça-la, percebeu que estava enfaixada. Afinal, o que teria ocorrido? Tudo que se lembrava era de instantes atrás estar sendo atacada pelo grupo de ladrões.

O pensamento atiçou seus sentidos, logo a fazendo buscar por sua espada e sair daquela localidade com uma posição ofensiva, mas logo se surpreendera. Estava em um vilarejo completamente estranho. Na entrada da vila haviam pilastras que se pareciam mais com ossos gigantes de algum animal. Já as residencias eram grandes árvores recheadas de buracos, de onde saiam gigantescas escadas. Tendo seu destaque bem ao centro, onde havia um enorme e resplandecente rio, o qual era refletido no céu.

Além disto, a população era inteiramente formada por ferais tigres, cada qual com cores e aspectos diferentes. Um deles pareceu se aproximar da região em que a guerreira estava, logo acenando para Kai. A guerreira então, arqueou uma de suas sobrancelhas incomodada. Não retirando o olhar fixo ao feral nem mesmo por um segundo. A medida que ele se aproximava, a guerreira abaixaria uma de suas mãos até o ombro de Kai, o trazendo para perto dela como se demonstrasse que aderia uma posição defensiva.

— Olá. Eu sou Bozhidar, o "líder" deste vilarejo. Você deve estar se perguntando, o que faz aqui e quem somos nós. — O feral era de fato maior que a guerreira, que se sentiu um tanto intimidada, respondendo silenciosamente balançando a cabeça de forma afirmativa. — Como pode ver somos todos ferais de tigre. Desde os tempos passados nossos ancestrais se escondem debaixo deste rio para viver pacificamente, porém acabamos nos tornando vulneráveis à uma doença da qual desconhecemos. Quando consultamos o ancião da vila ele nos disse que se trouxéssemos este garoto ele poderia nos ajudar. E foi o que ele fez, durante os 2 dias em que você estava desacordada este garoto curou todos os doentes de nossa sociedade, nos tornando imunes. — O feral continuou sua explicação por um bom tempo e a guerreira apesar de incomodada, decidiu acreditar.

— E quanto aos ladrões? Me lembro de ter sido atacada por eles. — Disse a guerreira, que apesar de fita-lo desconfiadamente, permanecia numa postura neutra. — Nós demos um jeito neles, e se quer saber mais detalhadamente. Nós os salvamos. Por mais que não percebesse, estávamos os observando à algum tempo. — Antes mesmo que o feral terminasse a pronuncia, a guerreira bufou como se estivesse cuspindo. Talvez suas habilidades de percepção não estivessem tão boas quanto achava que estivessem.

Com as devidas explicações e a população curada, Kai e a guerreira foram levados de volta a superfície sãos e salvos. Tendo os anos seguintes pacíficos e tranquilos. E assim sendo, Hoshitteru cresceu e se tornou um bom garoto. Que ao completar seus 16 anos, recebeu um mapa de Lodoss e uma carta junto à ele. Contendo a seguinte escrita:

O dia em que a ganancia do homem o sucumbira por completo chegará.
E neste dia, toda a harmonia e vida que existem na terra deixarão de existir.
Porém, existe uma esperança, e essa esperança é você.
Você será aquele responsável por restaurar toda a vida e a harmonia do mundo.
O destino aguarda por você Kai Hoshitteru.

Não havia nenhuma assinatura, mas Kai sabia que seria do ancião da vila que um dia ajudara. Nada poderia afirmar que o que estava escrito naquela carta era real, talvez fosse só uma suposição. E além disto, como poderia um dia ser uma pessoa de tanta importância assim? Tudo o que sabia fazer até então era curar e nada além disto. Com estes pensamentos em mente, o garoto tornou a observar o mapa, no qual uma localidade estava destacada, tendo escrito logo ao seu lado "Academia de Magia".

Bom, o motivo da edição foi por que eu realmente achei que a ficha precisava de uma organizada. E acredito que minha escrita tenha melhorado desde que entrei. (Por mais que minha escrita ainda não chegue perto de ser razoável euaheua) MAS SEM PREOCUPAÇÕES NARRADORES Apesar da ficha ter sido completamente editada e reescrita, o personagem continua o mesmo, sem nenhuma alteração que venha à modifica-lo. (Só ficou um pouco mais baixo euahuea) Tentei ampliar a descrição da aparência e da personalidade pois estavam bem pequenas, entom achei que pelo menos um pouco mais de informações não viriam a atrapalhar. Quanto a história, ela foi inteiramente reescrita porque, assim como havia dito, apesar de nom chegar a ser um escritor razoável, acredito que minha escrita tenha melhorado desde quando entrei, mas assim como o personagem o contexto dela continua o mesmo, entom pra quem já leu, nom precisa se preocupar em ler de novo. Somente se precisar usar um ponto em especifico dela. Bom é isso, espero que se alguém se interessar em ler algum dia goste e que tenha ficado melhor para os narradores. Obrigado ^^