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Mensagem por ADM GabZ Seg Fev 24, 2014 2:05 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Floresta da Tortura - Página 3 Duh3emy

A floresta amaldiçoada não leva este nome à toa. Diversos seres acertam suas contas neste lugar, levando suas vítimas a mortes horrendas e extremamente dolorosas — e muitas vezes, lentas. Corpos ficam muito tempo pendurados, pois quase nenhum animal se atreve a ficar na floresta por muito tempo. Algumas árvores parecem ter rostos, outras brotam em formatos destorcidos e atormentados. O chão é lamacento, úmido, e as poucas formas de vida que vagueiam por ali já não possuem uma alma para ser atormentada. A energia é negativa e pesada, fazendo qualquer pessoa fraca de mente ficar amedrontada e insegura. Gritos de agonia são ouvidos vindos da floresta eventualmente, e é difícil dizer se são seres sendo torturados... ou ecos que se perderam na escuridão. Alguns demônios nascem aqui sem motivo aparente, surgindo de almas atormentadas, ou do ódio delas.

Existem muitas lendas que levam aventureiros a desbravar a floresta amaldiçoada. Promessas de riquezas, tesouros perdidos a milênios atrás que apenas esperam por almas corajosas encontrá-los. Outra das lendas apontam uma fenda no espaço-tempo em algum lugar da floresta. Nela o tempo passa muito mais rápido do que o normal. Existem relatos de demônios que passaram apenas alguns dias na floresta e, quando retornavam, tinham centenas de anos de idade.


Última edição por ADM GabZ em Sáb Jul 15, 2017 7:24 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Hummingbird Ter Fev 23, 2016 12:30 am

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Sorriso parecia gostar mesmo de caminhar. Ele nem sequer aparentava cansaço, mesmo depois de tanto tempo caminhando.

Caminhei a maior parte do tempo com muito entusiasmo, dando algumas corridinhas ao redor do amigo esqueleto como se o cercasse enquanto corria. Por algumas vezes tentava tomar a frente da dupla, vasculhando o caminho e procurando por coisas que eu pudesse recolher como comida, gravetos e tudo o mais que fosse necessário. Esse tempo todo vivendo na floresta, era quase um costume procurar por essas coisas básicas que para mim mais pareciam parte do cotidiano; cogumelos ou fungos para comer, gravetos ou palha para fazer uma fogueira se necessário. Não que eu realmente precisasse do calor, quero dizer, com o tempo aprendi que nem mesmo o frio me trazia tantas complicações como para os outros mas, eu gostava daquela sensação de quentinho que as chamas de uma fogueira transmitem. Aliás, isso me fez lembrar como tia Sally era fria. Até mesmo seu beijo me pareceu mais como encostar num metal gelado em meio ao inverno. Lembrei também das palavras de Angelique. Como eu queria que ela estivesse ali comigo, essa caminhada estava sendo tão divertida.

A viagem era longa mas sempre cheia de surpresas. Durante a noite, Sorriso ficava encarregado de cuidar da nossa retaguarda. Perdi a conta de quantas vezes acordei durante o sono e notava o esqueleto sempre de prontidão, firme e forte. Certa vez até o vi com manchas de sangue, aquilo me deixou preocupado, tanto a ponto de lhe dar um conselho;

— Ei Sorriso. Não se esforce muito ta legal? Mas eu ficaria muito satisfeito se, num desses ataques de animais, você conseguisse salvar pelo menos a pele do animal. Talvez possamos usá-la para fazer alguma coisa legal não acha? Um casaco pra você quem sabe. Você parece tão frio... — Dizia, apoiando a mão direita sob seu ombro.

Estranhamente senti um arrepio.

Mas enfim, aquilo foi passageiro. Não demorou para que em certo dia de nossa viagem, durante a caminhada, algo me chamasse ainda mais atenção. Naquele dia em especial, eu segurava minha cesta de palha com a intenção de recolher aquelas mesmas coisas que almejava encontrar antes. No entanto, o que vi foram poças de sangue. Um largo sorriso ganhou meu rosto e a ideia de brincar nas poças, pulando pra lá e pra cá me pareceu a mais tentadora. Sorriso, no entanto, permaneceu no mesmo passo de antes. E inclusive foi entre esse momento de lazer e de indiferença que algo me despertou atenção. A sensação de perigo percorreu minha mente e eu simplesmente não sabia de onde vinha, só me senti ameaçado. Parei tudo, olhei ao redor, estagnado.

— Ei, Ifrit, o que voc... — Pensei, mas não concluí. Quase posso jurar que ouvi ele rosnando no fundo de minha mente como se deixasse claro que não haveria resposta para minha pergunta. Ele provavelmente não estava disposto a me ajudar agora. Eu ainda não consigo entender o que foi que aconteceu pra ele ter se distanciado tanto. Justo naquela hora que estávamos começando a nos entender. Bem, ao menos eu tinha sorriso comigo. Sendo assim, mesmo depois de ver aquela luzinha brilhante ziguezagueando pra lá e pra cá, rapidamente corri até onde o esqueleto passava, tentando-lhe segurar a mão num movimento instintivo. Eu me sentia seguro quando alguém segurava minha mão.

— Sorriso...estou com uma sensação esquisita. Esse lugar não parece mais tão divertido... — Comentava, olhando para ambos os lados com certa apreensão. Com a mão livre, levaria o dedo indicador até a boca como se fizesse menção de questionar o que é que era aquela sensação?

— O que é que você quer senhor vagalume? — Decidi perguntar. Por via das dúvidas, acreditei que era mesmo um daqueles insetos. Isso, vagalumes, aqueles que tem a bundinha brilhando. Parecia um pouco diferente este, mas eu não tinha escolha senão buscar entender o que ele tanto queria chamando atenção daquela maneira. Se a sensação de perigo se amenizasse, eu tentaria correr atrás da luzinha, brincando com ela.

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Mensagem por NR Fury Sáb Fev 27, 2016 9:31 am



Floresta da Tortura - Página 3 Arabesco1_fwBONES


Correr, era a única opção viável naquele momento, aquele golpe já demonstrara o quão forte e perigoso o treant era, e enfrentar aquilo sozinho estava completamente fora de cogitação. Sem mais nenhuma alternativa, ele precisou deixar a garota para trás sem nem ao menos saber se estava bem ou ferida. Talvez tivesse até morrido com a força do golpe, quem teria sobrevivido? Bones não queria ficar para descobrir, mas o treant era tão rápido quanto ele, talvez até mais. Suas longas pernas de raízes faziam impacto cada vez que tocavam ao chão, e aos poucos o lich sentia que a arvore estava cada vez mais perto dele e pronto a esmaga-lo.

Mas o que fazer? Correr de um gigante era impossível, talvez seu destino estivesse selado, como a própria menina havia dito, a floresta não deixa ninguém sair. Talvez ele tivesse assinado sua própria sentença de morte quando adentrara ali junto dela. A lich já sentia o impacto da criatura como se estivesse a poucos metros de si, mas então o ser repentinamente parou. Será que havia desistido? Bones hesitou em olhar para trás para ver do que se tratava, poderia atrapalhar sua corrida, mas então ele ouviu estalos de madeira, como se uma arvore estivesse caindo, ou... Sendo arrancada.

Se o lich tivesse um coração agora, ele teria parado de vez com a ideia. Mas então, ao olhar para trás ele confirmou da pior forma possível. O treant havia realmente arrancado uma arvore pela raiz e agora a arremessava com toda força contra Bones. Era o fim, ele não conseguiria desviar, Bones voltaria ao mundo dos mortos antes mesmo de poder aproveitar sua segunda vida. Ele já estava aceitando sua morte, quando do meio dos arbustos a salvação veio de forma rápida e furtiva. Bones só pode sentir um braço o envolvendo e depois o solavanco de seu corpo sendo retirado da inercia e jogado para um canto no meio das folhas secas.

A arvore passou rente aos dois, parando em seguida na copa de uma outra que estava mais a frente produzindo um belo impacto, este que por pouco não transformou Bones em poeira de ossos. Mas afinal, quem era aquele, ou aquela, que o salvara tão milagrosamente?

- Senhor Bones, está tudo bem? Desculpe, o senhor Treant não costuma ser assim, não sei o que há com ele, mas irei descobrir, não posso deixa-lo assim.

Para a surpresa de Bones, Kayle ainda estava viva, e com uma demonstração ímpar de agilidade e resistência, ela ainda tinha forças para tentar descobrir o que havia de errado com o treant. Mas mesmo sendo um pouco mais forte do que aparentava, ela ainda assim havia se ferido com o ataque, tanto que quando Bones se recompôs da queda, viu que a jovem agora estava de pé à sua frente. Em sua mão direita, uma foice se materializou e ela a segurava com força, pronta para usa-la, mas seu braço esquerdo pendia torto ao lado do corpo de uma forma que parecia bem dolorosa.

- Não sei o que fizeram com o senhor, senhor treant, mas prometo que vou tirar você disso.

O treant novamente pareceu não entender a garota, e com aquele mesmo estrondo colossal que mais pareciam mil trombetas tocando, ele iniciou seu ataque de carga em direção à dupla novamente. O que será que Kayle iria fazer dessa vez? E Bones?


Floresta da Tortura - Página 3 Arabesco1_fwBIRD


Floresta da Tortura - Página 3 Spas_fwNormalidade é uma ilusão. O que é normal para uma aranha é um caos para uma borboleta.
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Sorriso não tinha roupas e mal tinha cabelos. Quem dera não tivesse, talvez ficasse menos feio. Mesmo assim, ele tinha qualidades: quando Sean corria à sua frente, Sorriso acelerava o passo, então podia sempre guiá-lo em segurança; Sorriso nunca ficava longe; Sorriso era mais confiável que qualquer pessoa. A perfeita companhia! Para quem gosta da morte, é claro. E para quem não se importa com longos momentos de silêncio.  

Quando Sean segurou a mão do esqueleto, ele parou. Ele jamais se afastaria muito do menino. Não era medo, por favor, não entenda errado. Esqueletos não tem sangue para gelar e nem nervos para os arrepios. Eles só tem ossos e um enorme espaço para um coração.

Sean não era bem um menino sensato, mas tentar contato com aquela luz?! Muitos homens adultos se borrariam de medo só de olhar para ela, ainda mais com tanto sangue. Suas pernas ficariam presas e suas peles sentiriam como se mil agulhas de gelo os perfurassem. Talvez essa fosse a grande dádiva em ser criança: sua ingenuidade. Mas o fato era que, quando ele chamou aquela luz de "senhor vagalume", quase pôde jurar ter ouvido um suspiro.

[???] — Por que esses idiotas continuam me confundindo com um vagalume?! — Disse uma vozinha bem abafada.

Os sentidos se Sean dispararam. De repente, foi como se sua cabeça fosse pular de cima de seu pescoço, mas então aliviou — veja bem, aliviou e não parou! Aquela coisa era claramente maligna. Ela cresceu. Agora tinha o tamanho da palma de uma mão.

[???] — Olá, olá! O que faz uma criança perdida aqui e acolá? Hihihi~♪

A luz dançou em círculos pelo ar, rodou para cima e para baixo e depois em volta do menino. Era tão rápida que mal dava para acompanhar, literalmente estonteante. A voz era aguda, quase estridente, como vidro arranhando.

[???] — Por favor, por favor, não me chame de vagalume, ou vai acabar em puro queixume! Com a cabeça arrancada e suas tripas na boca enfiadas! — Essa parte foi mais séria. A voz até mudou, ficou mais grave, menos infantil, mais assustadora. — Eu nunca fui boa nessa coisa de rima...

A luz, então, pairou devagar frente ao menino e se revelou uma figura bizarra de tão peculiar.

Floresta da Tortura - Página 3 Red_face


[???] — Eu sou Vermelha, a fada do sangue! Mas não se preocupe, não vou comer sua orelha! Hihihi~♪ Você deve melhor conhecer Azul, minha prima... aquela fada chata e irritante! — Então até fadas tem problemas familiares. Dá para acreditar?! — Eu sou a fada das lendas! Você conhece as lendas, certo? Me responda e seja um menino espero! Hihihi~♪

Enquanto falava, tinha o irritante costume de ziguezaguear, de deixar vesgo só de tentar acompanhar. E agora, o que Sean poderia falar? Era improvável que um garoto que tinha passado a vida toda na floresta pudesse conhecer qualquer lenda. Seria mais perigoso mentir ou falar a verdade?
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Mensagem por Hummingbird Sáb Fev 27, 2016 11:41 am

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A cesta de palha ficou para traz, caindo em cima de uma das poças de sangue. Eu estava concentrado em conversar com aquele vagalume enquanto segurava na mão de Sorriso, ainda sentindo aquela estranha sensação de perigo. Os pelos da minha nuca se arrepiaram todos quando aquela luzinha começou a falar. E olha só que surpresa, ela tinha uma voz bem engraçada. Quase deixei escapar uma risada.

— Ah! Me desculpe. — Respondi meio sem jeito quanto a reclamação feita. Pensei em voltar a lhe falar, justificando o motivo pelo qual lhe chamei assim mas não tive tempo. A luzinha ziguezagueava o tempo todo, voando rápido, enquanto jogava mais um monte de informações e rimas mal feitas. Era mesmo bem engraçado. E o mais curioso nisso tudo é que apesar de todos os meus instintos praticamente gritarem por me alertar do perigo, eu só conseguia pensar na ideia de conforto que se estabelecia em meus pensamentos para a medida que conversava com aquela criaturinha. Ela me pareceu tão gentil, conversou comigo - coisa que com Sorriso eu não tinha tal luxo -, ainda fez aquelas rimas engraçadas e mais parecia cantarolar enquanto falava com sua vozinha estridente. Realmente eu estava imaginando se ela oferecia mesmo perigo?

— E-Eu estava indo numa missão, senhora vag- — Lembrei de sua insatisfação por ser chamada assim e então engoli a seco, meio tímido. Ela já havia se apresentado como uma fada, então, assim eu a chamaria. Voltei a falar bem rápido, tentando não deixar um clima esquisito depois da minha quase segunda gafe. — Estamos numa missão, dona fada. — Fiquei apreensivo de chamá-la pelo nome. Vermelha era seu nome não é? De repente tive a impressão de que se eu errasse novamente ela poderia realmente cumprir com o que disse. Na verdade, o meu maior desconforto era de não ser educado como deveria. Papai sempre me dizia pra ser educado e gentil com quem não se conhece e assim conseguimos fazer amizade mais fácil, então, bem, eu só estava fazendo como fui ensinado. Logo voltei a falar, agora gesticulando com a mão livre enquanto com a outra, segurava o tempo todo na mão de Sorriso;

— Na verdade eu não conheço não, dona fada. Nem a dona Azul, nem as lendas. Desde muito pequeno que estou perdido nessa floresta então eu quase não sei de nada sobre o que os outros falam. Conheci pouca gente desde que me entendo por gente... — Nesse momento as palavras foram soando com certo pesar, fiquei um pouco cabisbaixo. Isso sempre me deixava um pouco triste, digo, de ter feito poucas amizades até então. Sem contar que eu lembrava tão pouco sobre minha vida, sempre que Ifrit tomava o controle deixava grande sequelas em minha memória. Por falar nele, tive a impressão de que o demônio queria fazer de tudo pra que eu cometesse a pior das gafes e erguesse minha mão direita pra tentar tocar na dona fada. Sentia minha mão formigar, quase tremia os dedos, mas por algum motivo eu consegui segurá-la desta vez. Acho que é porque eu estava pensando no papai e no que ele me ensinou. Isso com certeza seria muito rude...

— Ei dona fada, já que você é a fada do sangue, pode me dizer por que tem tantas poças de sangue por aqui? Eu nunca vi isso desde que me conheço por gente. — Comentei, ainda com os olhos um pouco zonzos pelo ziguezagueado da fada. Se possível tentaria apontar para as poças de sangue enquanto lhe falava, exemplificando minha dúvida. Inclusive, terminaria com um adendo; — A senhora também conhece o Labirinto So-...sot...sotã — A palavra me parecia difícil de lembrar, gaguejei um bom tempo até sair; — Soturno! O labirinto soturno, você conhece? — Diria com certo entusiasmo.

Apesar da sensação de perigo eu queria insistir que com um pouco de gentileza talvez ela pudesse me ajudar. Aliás, me peguei pensando, o que é uma Fada? É um tipo de curandeiro?

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Mensagem por Bones Dom Fev 28, 2016 4:28 pm

O desespero e preocupação tomaram conta de cada parte do corpo de Bones, correndo desesperadamente e sentindo que não teria a menor chance, pois mesmo sua fuga parecia em vão contra a criatura pois cada passada dela se aproximava mais e mais de Bones que encontrava dificuldade em se mover naquele local.

Por mais que estivesse aprisionado naquela forma, morrer sempre era algo doloroso e seu processo de retorno testava sua sanidade cada vez que ocorria, sendo um processo desgastante e muitas vezes longo variando conforme a gravidade do seu estado, e julgando pela força absurda do treant, ficaria por ali por um boooooom tempo...

A árvore o atacou, gelando sua espinha, soltando um suspiro enquanto pensava "- Vai doer muito...", fechando seus olhos e virando um pouco o rosto, como se não quisesse ver o golpe da criatura. Mas algo diferente o acertou e não foi a árvore arremessada, mas mesmo assim o jogou longe. Quando se deu conta, a garota Ghoul estava a sua frente, machucada mas ainda viva e se desculpando pelo treant!!!


- Senhor Bones, está tudo bem? Desculpe, o senhor Treant não costuma ser assim, não sei o que há com ele, mas irei descobrir, não posso deixa-lo assim.


- Você ainda esta inteira !? Como !? Achei que ele tinha te esmagado com aquele golpe!!! Ta certo que você foi rápida, mas dá conta dele? Eu vou te atrapalhar se ficar perto...

No começo estava meio eufórico pela surpresa dela ainda estar ali, mas aos poucos voltou a raciocinar um pouco mais friamente, pois ela havia se mostrado mais rápida do que uma árvore arremessada por uma criatura incrivelmente forte, então seu comportamento mais ingênuo até justifica o por que levou o golpe quando poderia ter esquivado, enquanto ele próprio não possuía utilidade alguma para auxilia-la, uma vez que era justamente uma das finalidades buscar o templo, quem sabe recobrar ou conhecer algum poder ou magia que lhe possa ser útil.

Ao ver a garota invocar sua arma, ficou e muito interessado naquilo, pois quando acordou em sua caverna havia uma ao seu lado, mas depois de meses de viagem acabou ficando gasta e se quebrou, mas particularmente tinha uma afinidade por tal tipo de arma, algo que sem duvida poderia sondar mais com a garota sobre aquele poder.

Mas os dois estavam em um combate iminente e ele não tinha uma velocidade como a dela ou uma força e resistência como a dele. Poderia ser o mais inteligente ali, mas o que iria fazer? Bater nele com seu cérebro? Nem isso tinha mais dentro da cabeça. Poderia ser uma isca, para ela, mas teria que ser algo muito bem coordenado para que ela pudesse dar um ataque certeiro, coisa que provavelmente ela evitaria por considera-lo seu "amiguinho encantado do bosque magico", uma visão bem deturpada do que acontecia, mas parecia não ter escolha...


- Não sei o que fizeram com o senhor, senhor treant, mas prometo que vou tirar você disso.

- Vou te ajudar... Entende algo de magia? Eu vou pela esquerda e você vai pela direita, vou atrai-lo e você tenta pular nele pra ver se tem algo diferente preso nele ou um simbolo que possa estar deixando ele louco assim... Tira dele ou usa a foice pra estragar que já deve funcionar.

- EEEEIIII CARA DE PAU !!! ontem a noite na cidade fizeram uma fogueira com teu irmão!!!


Sua desconfiança era de que algo estava influenciando-o, o que poderia ser algo, seja um objeto magico controlando-o ou seja alguma marca ou runa controlando-o, que ainda poderia estar nele, sendo assim passível de ser investigado. E com isso Bones disparou para a esquerda, correndo desesperadamente novamente mas dessa vez mais equilibrado, procura tentar usar a geografia do lugar não contra si mas a seu favor, tentando ficar um pouco mais atento a que tipo de coisas poderia encontrar ali, seja rochas ou troncos retorcidos... Por mais que o treant pudesse passar pela maioria deles, ainda assim poderia reduzir a velocidade dele caso optasse por caminhos mais estreitos em relação a seu adversário e pontos que a garota poderia usar de base e apoio para sua investida.

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Mensagem por NR Fury Sáb Mar 05, 2016 6:14 pm

Floresta da Tortura - Página 3 Spas_fwToda vez que uma criança diz "não acredito em fadas", uma fada cai morta em algum lugar.
J.M. Barrie




 
Vermelha, a fada, fez um breve silêncio. Ela estava pensativa. Ficou assim quando Sean disse não conhecer nem ela, nem sua prima. Por outro lado, o menino seguia em seus questionamentos sem dar muito tempo para que respondesse.

[Vermelha, a fada do sangue] — É tudo por causa da minha mágica. Ela muda a natureza e ela sangra, até mesmo a água. Assim a floresta fica muito mais fantástica. Hihihi~♪ É por isso que as outras fadas ficam desconfortáveis quanto a mim, mas não importa: os habitantes da floresta gostam assim. Hihihi~♪ Eles até me trazem oferendas de vez em quando... e eu os deixo viver!

Entre rimas e aquela vozinha quase irritante, ela tinha o poder de tornar o clima bem pesado.  

[Vermelha, a fada do sangue] — Como pode das lendas não saber nem um bocado? Nem de Vermelha, nem de Azul, até parece que passou a vida aqui enraizado! Hihihi~♪ Mas a verdade vou te contar: está em sorte, menino. Todos os seus sonhos poderá realizar! Diz a lenda que aquele que o labirinto cruzar, três chances tem de a verdade encontrar. O verdadeiro demônio: ele pode realizar seu maior sonho! Pode imaginar? O que será? O que será? — Ela voou em volta do menino e depois do esqueleto, passando por dentro de suas costelas. Era bem rápida, como um raio. — Talvez seus pais encontrar! Sim! Um menino tão jovem na floresta... deve estar perdido! Ao Labirinto Soturno eu posso te guiar! Hihihi~♪ Pense nisso: um menino assim pode ter um lar! Você gostaria? Você gostaria?

Ela pairou frente a Sean, esperando sua resposta. Mas, antes que a tivesse, continuou:

[Vermelha, a fada do sangue] — A entrada do labirinto fica bem à frente. Podemos ser amigos e isso seria coerente! Hihihi~♪

Ele deveria confiar naquela fada?
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Mensagem por NR Lima Limão Ter Mar 15, 2016 3:48 pm

Bones ficava impressionado não só por ver Kayle viva, mas também por sua incrível agilidade e habilidade. Agora ele tinha mais do que certeza que a garota era realmente inocente demais, não só pela forma como falava ou agia, mas por ser inocente a ponto de se deixar atingir pelo Treant mesmo tendo todas as chances do mundo de desviar de seu golpe.

- Não se preocupe, senhor Bones. Vou ajudar meu amigo Treant, e logo vai ficar tudo bem... – Ela terminou a frase com um sorriso, um tanto mórbido, diga-se de passagem. Era espantoso a forma como ela agia, mesmo ferida e em perigo, ela parecia nem sequer se importar com o que acontecia à sua volta, ou tinha uma ótima resistência. Já a arvore se enfurecia ainda mais ainda ao ver que seus alvos permaneciam vivos e se movendo, ele não se importava se a dupla estava ali somente de passagem, se eram amigos ou inimigos, iria esmaga-los como insetos se deixassem e Bones podia sentir isso em seus ossos. Se o lich ainda tivesse um coração, este com certeza estaria quase saltando para fora de seu tórax tamanha a adrenalina.

O Treant avançou novamente, rugindo com força, ao mesmo tempo que Kayle e Bones também se mexiam, traçando um plano para conseguir libertar o guardião de sua fúria cega. Bones foi pela esquerda, chamava bastante atenção com seus gritos, e visto que a arvore estava numa espécie de fúria insana, sequer se importou com seu nível de ameaça quase nulo. Seu ataque de carga era rápido, seus passos estremeciam o chão, e tão logo quando o lich viu que estava prestes a ser esmagado, viu também que Kayle havia sumido de vista. Talvez preparando uma emboscada? E como Bones faria pra se livrar de um arvore gigante enlouquecida a toda velocidade vindo em sua direção?

[Desculpe o leve atraso. +100exp pra você, pode adicionar à ficha. Como o NR Katsuo saiu dessa região, irei assumir novamente a partir daqui. o/]

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Mensagem por Hoshitteru Seg Mar 21, 2016 11:34 am

Havia se passado tão pouco tempo desde que chegamos, era quase impossível pensar que vimos e passamos por tantas coisas até então, já estava quase me adaptando ao clima tenebroso que a floresta emanava, o que me permitia me questionar se a lenda de que dentro da floresta o tempo passa mais rápido era algo verídico. Se fosse, talvez tivéssemos ainda menos tempo do que esperávamos para concluir nossa missão.

Porém, a minha esperança de estar me adaptando não passava disto, apenas uma esperança. A cada trote que os cavalos davam à diante, criaturas de variados tipos apareciam em nosso caminho, cada uma qual com seu toque monstruoso. Algumas mais pacificas, outras mais agressivas, apesar de que no fundo todas ainda me eram assustadoras de certa forma.

Até então houvera apenas uma batalha contra uma espécie de cadáveres que andavam. Nossa escolta nos protegeu com tudo o que tinha, o que era impressionante. Até então pareciam ser seres que cumpriam com suas promessas. Só de pensar nisto, já sentia um dos mais piores pressentimentos.

Ree! Cuidado! — assustado, tentava alerta-la sobre um machado que vinha em sua direção num momento de distração. Só me permitindo me aproximar para que pudesse averiguar se estava tudo bem quando o combate houvesse terminado, mas ao que tudo indicava o machado não chegara a toca-la, o que era um alivio.

Em seguida, o grupo continuou nos guiando até uma grande caverna, aonde paramos por alguns segundos para que os monstros conversassem com uma criatura. No entanto, nestes poucos instantes, pude sentir um cheiro de amoras frescas. Em uma hora cheirando couro e pedras molhadas, um aroma puro e doce era tudo o que precisava. Aproveitei para dar uma longa respirada, só então reparando ao longe em uma garota que corria para dentro da caverna. Ela também pareceu me notar com certo espanto, mas apenas sorriu e prosseguiu para dentro da caverna. Me perguntava o que ela fazia por aqui, tudo parecia ser tão perigoso. Se ela estivesse realmente sozinha, poderia estar correndo perigo.

Porém, naquele estado, já não sabia mais o que poderia e o que não poderia ser uma ilusão. — Você também viu aquela garotinha coelhinho? — perguntava para Clock Bunny, na esperança de que ele me averiguasse sobre o que aquilo se tratava.

Logo estaríamos dentro da caverna, com a fênix cada vez mais fraca, era difícil saber se ela suportaria por muito mais tempo. Em um ultimo caso, pediria à Ree que me desse cobertura, para que assim pudesse tentar usar minha cura novamente para retardar esse processo.
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Off:
Perdão pelo enoooorme atraso Lucas. :c A faculdade começou a passar vários trabalhos em conjunto e tá um pouco difícil ficar com um tempinho livre, mas vou me esforçar pra continuar postando no prazo, prometo. Ao que tudo indica eu subi de nível com o final da campanha da tia Sil, assim que puder vou fazer uma H.E nova, mas não se preocupa que assim que ela for aprovada eu te aviso (Se for necessário auheuaeh). Bom, é isso, um abraço. õ/ Qualquer coisa estou no skype.

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Mensagem por Bones Ter Mar 22, 2016 12:05 am

Bones preferiu ficar em silêncio sobre o sorriso e atitude da zumbi, sua aparência ja era assustadora por si só e uma atitude completamente incoerente como aquela a tornava ainda mais assustadora, pois o que era ela afinal, algum demonio? Mas o medo da árvore ambulante naquele momento estava maior, ainda mais por vê-la enfurecida vindo em sua direção a toda velocidade.

Seus ossos estavam gelados, nem respirava ou sentia seu coração... Se bem que ja eram coisas normais para ele, mas podia ter certeza que seria exatamente assim que se sentiria caso fosse um pouco mais "carnudo", provavelmente instantes próximos de ter um ataque cardíaco ou qualquer outro tipo de problema devido ao desespero e pânico.

O treant vinha com velocidade e estava investindo num ataque de carga, então poderia ser facilmente esmagado por ele caso não fizesse algo. Percebeu de relance que a zumbi desapareceu, mas a menos que ela fizesse algo naquele exato segundo, ele próprio teria que fazer algo. Pois é, ela não fez. Desespero. Até pensou na loucura que seria tentar bruscamente parar e tentar passar no meio das pernas dele, mas isso provavelmente seria sua sentença de segunda morte, pois bastaria um pisão dela e não sobraria nenhum osso seu para contar a história.

Olhou rapidamente por onde corria e buscou um ponto entre pedras e troncos que pudesse bruscamente desviar sua direção num ângulo de 90º para a lateral, sua intenção era justamente deixar que a árvore passasse reto por ele, saindo de sua frente, nem que precisasse se jogar para a lateral, deixando que a própria velocidade e peso do Treant o fizessem seguir em linha reta alguns passos a frente. Afinal, não conseguia conceber a ideia de uma arvore ambulante mudando bruscamente sua direção no meio de um ataque de carga.

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Mensagem por NR Lima Limão Ter Mar 29, 2016 4:20 pm

E o que antes era pra ser um plano em conjunto, acabou tornando-se novamente uma corrida desesperada por sua vida, onde Bones via-se em perigo eminente de morrer de novo. O lich já conseguia sentir o impacto dos grandes pés da arvore, mas ele tinha um plano audacioso, o qual se não desse certo, seria seu fim. Mais a frente, alguns metros depois de onde reencontrou Kayle, havia um emaranhado de cipós, e foi correndo naquela direção que ele viu a esperança de sair vivo. Dando tudo que tinha de si, se ele ainda tivesse pulmões, já estaria sem fôlego algum com a corrida, o que não o impedia de sentir certo “cansaço” pelo esforço excessivo, mas não se fazia tão presente como se tivesse um corpo biológico comum.

Quando chegou até as vinhas ele as agarrou e segurou com força, enrolando em sua cintura enquanto corria para longe. E não demorou muito para a estratégia louca dar certo, pois assim que os cipós se esticaram por completo, foi como se ele estivesse sendo puxado por um elástico, toda sua inércia fora subitamente corta e ele foi jogado para a diagonal, indo parar quase na lateral do Treant. Na queda, o impacto de seu corpo contra o solo fora tão brusco e sua aterrissagem fora tão desfavorável, que o lich pode sentir que algum osso seu havia saído do lugar, mas o que era um osso deslocado quando se estava vivo e inteiro?

O treant passou direto por Bones, mal conseguindo acompanhar a hora que este fugiu de sua visão, e no final de sua corrida, bateu de frente com uma enorme arvore, que por pouco não tombou com a força do encontro. O Treant parecia visivelmente atordoado com o choque, tanto que demorou alguns segundos a mais para se recompor e soltar a arvore na qual se chocou, e foi nesse momento que Bones percebeu algo diferente. Em suas costas, escondido entre as folhagens que compunham o corpo dele, estava uma espécie de aranha roxa, era grande, maior que um crânio humano e tinha a mesma coloração que os olhos do Treant. Só podia ser essa a fonte de toda aquela confusão, bastava só achar um jeito de tira-la dali.

[Hehe, não pretendo esquecer mais vezes. =P
Não sei se seu personagem sente dor ou não, por isso não interpretei isso, mas você sente que seu ombro direito está fora do lugar e não consegue move-lo direito, mesmo que não sinta dor nem nada.]

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Mensagem por Bones Ter Mar 29, 2016 10:38 pm

Seu corpo podia não ligar muito para cansaço físico, até por que não sabia que ossos cansavam, mas seu espirito sim poderia fraquejar e era sua alma aprisionada que movia seu corpo anormal, e tão logo sua mente começasse a ceder ao impulso negativo de que poderia fraquejar que seu corpo responderia da mesma forma, pois o simples fato de se manter de pé e inteiro exigia uma leve concentração passiva, afinal foi a primeira coisa que teve que aprender com aquele corpo.

Mas aquela corrida desenfreada, a quantidade de coisas que deveria prestar atenção, as possibilidades de ação improvisada que precisava tomar o quanto antes e ainda tentar não ser surpreendido pelo Treant estavam esgotando sua mente, logo seu corpo, e uma fadiga ja podia ser sentida por ele e sabia que se prolongasse por mais tempo, poderia simplesmente acabar caindo cansado no chão, e na pior das hipoteses todo desmontado e pisoteado pela árvore.

Mas então percebeu os cipós e num impulso tratou de agarra-los firmemente, prendendo como podia, tentando improvisar uma amarração e se segurando firme, pois sabia que iria ser muito, as MUITO arriscado, mas sem dúvidas melhor do que o que vinha atras dele. Num solavanco acabou mudando bruscamente de direção, sentiu o peso de seu próprio corpo, que não era muito, mas naquela velocidade e violência sem dúvidas poderia jurar que ganhou alguns quilinhos a mais.

O Treant passou reto, se chocando contra uma grande árvore, coisa que Bones faria uma piadinha sobre amor a primeira vista, caso não estivesse todo esborrachado de sua queda. Sentia seus ossos doloridos, provavelmente alguns trincados e outros que precisava colocar no lugar, mas precisava ser rápido. Tentou se levantar, mas caiu de lado, foi então que se deu conta que seu braço estava mole, o ombro havia sido deslocado com o impacto.

Um arrepio e aflição o abateram, pois fisicamente não sentia a dor por não ter os nervos receptores, mas era muita aflição ver parte do próprio corpo deslocado e inerte, segurando para não dar um urro, trincando forte os dentes para evitar, pois a árvore parecia atordoada com a pancada e teria que aproveitar ao máximo para evitar chamar a atenção.

- Que m$$$$$#&@ é essa!!! Isso lá é hora de desmontar ?! Funciona, anda, funciona!!! Aquela coisa vai pegar a gente! Que droga, num tem nenhuma curandeira elfa semi-nua por aqui não !? Se você num funcionar vou te deixar aqui!!! Como é mesmo que essa coisa se encaixa...

Pensava ele, se levantando quando reparou nas costas do Treant. Talvez fosse algum animal daquela região ou provavelmente alguém o havia colocado nas costas do Treant, mas seja como fosse, agora sabia o que estava causando aquela reação. A garota havia sumido novamente e talvez não tivesse tanta sorte caso tivesse que fazer aquilo novamente, então provavelmente ele próprio teria que fazer algo.

- Num tava gostando muito dessa vida mesmo... Quem sabe na próxima num apareço numa floresta com unicórnios e esquilos saltitantes...

Estava olhando rapidamente ao redor, principalmente por onde o Treant passou para ver se encontrava alguma pedra mais pontiaguda não muito grande ou um galho quebrado para usar como lança e pensava nele mesmo, suicidamente, se aproximar das costas dele aproveitando o momento de desnorteamento para que num pulo do chão caso desse altura ou alguma coisa que pudesse usar como plataforma, tentando golpear a aranha. Era tudo ou nada, o tipo de situação que sua vida sempre o colocava e ele estava acostumado, sempre preferindo dar tudo de si do que abaixar a cabeça e deixar o mundo fazer o que quiser com ele...

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Mensagem por NR Lima Limão Seg Abr 11, 2016 12:37 pm

Por hora Bones não conseguia mover seu braço, apesar de não sentir dor, apenas não sentia mais como se ele estivesse ali, o que era deveras problemático para uma ossada como ele. Com um pensamento rápido, ele logo se levantou e foi a procura de algo que pudesse usar como arma. Ah, como ele desejava ter uma foice igual aquela da garota nesse momento. E por falar em Kayle, onde ela estaria? Ali!

Foi enquanto ele procurava por uma arma que ele viu sua esperança surgindo novamente. Kayle se aproveitou que o Treant ainda se recuperava do choque e pulou em suas costas, mas ao contrario de Bones, ela parecia não ter notado a presença da aranha nas costas da arvore, e ela agora o escalava indo em direção à sua cabeça. Já a arvore sentia que havia algo em cima de si e começava a se mexer tentando tira-la dali, era como um cavalo selvagem tentando tirar seu domador de cima de si, e agora os dois encontravam-se numa valsa perigosa em meio a floresta rubra.

[Desculpe ter atrasado de novo. ç.ç +50 EXP pra vc tio.]

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Mensagem por Bones Qua Abr 13, 2016 10:47 pm

Enquanto procurava por sua "arma" em meio aos destroços, veio a recente lembrança da arma invocada pela garota, algo bem temático mas que ele possuía uma afinidade muito grande, afinal ao despertar no mundo, ao lado de seu corpo havia encontrado um livro e uma foice, embora a tenha perdido a longos anos atras. Quem sabe a garota não pudesse mais tarde lhe ensinar aquele truque...

E por falar na garota, ela decidiu aparecer, atacando o Treant, o que lhe trouxe uma esperança renovada, pois não queria ir ele pra cima da criatura, estava indo apenas por necessidade, então agora poderia relaxar um pouco mais, exceto pelo fato da garota parecer perdida em seu ataque, sem um rumo definido na criatura e pelo visto sem tem percebido o animal nas costas do grandalhão.

- Nas costas dele!!! Uma aranha com o mesmo brilho dos olhos dele!!! Mata ela que ele melhora!!!

Sabia sobre a inocencia e certa "limitação" da garota, então ja estava se acostumando a usar um linguajar mais simples para lidar com ela, e nesse caso passar uma instrução em meio a uma briga. Enquanto isso, Bones decidiu voltar sua atenção para si próprio, tentando não ficar num lugar que a árvore pudesse cair em sua direção e pudesse tentar colocar seu ombro no lugar, algo que não deveria ser tão complicado uma vez que podia sentir e vislumbrar nitidamente o que estava fora do lugar.

- Mas que droga... Toda hora desmontando... Agora sei porque tenho alguns irmãos que preferem assombrar armaduras completas... Resmungou ele

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Mensagem por NR Lima Limão Seg Abr 18, 2016 5:52 pm

A sequencia que se seguiu foi bem rápida, enquanto Kayle procurava se manter em cima do Treant, o mesmo se debatia e tentava a todo custo tirar a zumbi de cima de suas costas. A garota pareceu não ter escutado um primeiro momento as instruções de Bones, mas após um instante ou dois, quando ela finalmente conseguiu se firmar nas costas dele, ela então pegou a foice e mirou direto nas costas do mesmo. E quando Bones se afastou, viu o exato momento em que Kayle cravou a lamina de sua foice na aranha.

O Treant pareceu parar por uns segundos quando Kayle golpeou o parasita, e então num rompante de luz, a aranha explodiu produzindo um clarão imenso e roxo. Mesmo Bones sendo quem era não pode deixar de ficar cego por alguns instantes com aquele clarão tão forte. Em seguida, quando sua visão se recuperou do flash, lá estava o Treant, ele estava com Kayle nas mãos, ambos se encarando. Os olhos da arvore estavam normais, mas não era bom arriscar, o lich permaneceu no lugar onde estava, esperando por uma reação de algum deles.

[Kayle] – Tudo bem, Senhor Treant?

[Treant] – Kayle? O que está acontecendo aqui? Onde estou?

[Kayle] – O senhor nos atacou, um bicho estranho estava sugando sua energia e fazendo o senhor agir sem controle.

[Treant] – Um... Bicho estranho? Eu não... Lembro de nada.

[Kayle] – Sim, uma aranha roxa, muito estranha. Mas por sorte eu e meu novo amigo estávamos passando por aqui, foi ele que descobriu o bicho estranho e me avisou, eu não tinha visto ainda. Hihi

[Treant] – Amigo?

Nesso momento o Treant olhou em volta, colocando a zumbi novamente no chão. Kayle por sua vez desinvocou sua foice, e ao mesmo tempo também procurava por Bones. Naquele momento o lich teve certeza que tudo havia voltado ao normal, mas os acontecimentos foram tão rápidos, que mal teve tempo de ele próprio se cuidar e colocar seu ombro no lugar.

[Kayle] – Olha, é ele ali! Senhor Bones! Senhor Bones! O senhor está bem?

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Mensagem por Bones Qua Abr 20, 2016 9:45 pm

A garota lutava para se manter encima do Treant e Bones se preocupava que caso ela caísse, ele teria que fazer algo, seja lá que absurdo for para ganhar tempo para ela pois tinha ciência de que nada poderia fazer para impedi-lo.

Mas então em uma reviravolta, a garota não apenas se estabiliza como também acaba conseguindo golpear a aranha com sua foice, fazendo-a explodir em um clarão de luz ofuscante. Naquele momento, Bones até estava tentando colocar seu ombro no lugar, mas não conseguia tirar os olhos da luta pois estava preocupado com o que viria a seguir e quando foi dado o golpe e surgiu a explosão, seu pensamento foi rápido e direto.

- Agora sim eu to f...

Mas o pensamento foi incompleto, pois o Treant tinha a garota em suas mãos agora e a princípio imaginou que ele fosse esmaga-la, mas logo começou um diálogo, indicando que a árvore parecia estar normal, vindo a garota em sua direção com a mesma inocência de sempre, perguntando.


[Kayle] – Olha, é ele ali! Senhor Bones! Senhor Bones! O senhor está bem?


- Um ombro fora do lugar e ainda estou contando os ossos, sabe como é, são os ossos do ofício hehehe Ele voltou ao normal? Num vai tentar me esmagar de novo não ne? Por sinal, gostei bastante daquela sua arma, bem trabalhada, ornamentada...

Deixou propositalmente o assunto em aberto, queria ver a reação dela se iria falar algo sobre ela ou na melhor das hipóteses se oferecer para lhe ensinar, algo que seria imensamente útil uma vez que ele não dispunha de nenhuma forma de ataque ou defesa, além dos próprios ossos claro...

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Mensagem por NR Lima Limão Qui Abr 28, 2016 12:23 pm

Quando Kayle apontou para o lich, a arvore a colocou cuidadosamente no chão, deixando que esta se aproximasse primeiro, ele logo a seguiu, seus passos pesados no chão estremeciam a terra, mas ele agora vinha devagar, parecia não mais ter raiva, até mesmo seu olhar estava diferente. Ele falou com sua voz rouca e muito grossa, como um trombone, mas parecia bem mais amigável e gentil que antes.

- Não se preocupe, senhor Bones. Ele está bem agora, nós salvamos ele.

- Hum, peço desculpas, pequenino. Estava fora de mim. Sou o guardião destas florestas, normalmente eu só ataco quando vejo algo de errado sendo feito com meus irmãos arvores, ou com os animais e entidades daqui.

- Sabe quem foi que colocou aquela coisa feia no senhor?

- Não faço a menor ideia, pequena Kayle. Eu estava andando um dia pela floresta quando de repente uma figura sombria surgiu. Achei que fosse uma entidade maligna, muitas costumam aparecer por estas bandas, mas de repente comecei a me sentir fraco, pesado e então tudo ficou escuro. Depois disso, não lembro de mais nada além de ter sido acordado por vocês dois.

Era realmente um mistério intrigante, e por mais que isto não viesse a interessar o Lich por agora, ele deveria admitir que alguém, ou algo, com capacidade de controlar um ent daquele tamanho, era no mínimo muito poderoso.

- Ah, fala da minha foice, senhor Bones? Foi a tia Kalysta quem me deu, ela disse que era pra eu poder me defender, ela me ensinou a usa-la logo depois de ter me ajudado a levantar.

E com aquele levantar ele poderia entender tira-la do mundo dos mortos.

- Vejo que também é um desperto dos mortos, pequenino. Seu nome é Bones? Nunca o vi por aqui antes, e eu costumo me lembrar dos mortos que andam por esta floresta.

- Não não, senhor Treant. Ele veio de outro lugar, mas ele também não lembra, como eu.

- É uma pena... Gostaria de conversar mais, porem devo continuar cuidando de meu lar, fiquei muito tempo fora de controle. Mas devo dar um aviso a vocês dois...

E um vento gélido subitamente passou por entre eles, como um mau agouro. Bones não sentiu o arrepio em sua espinha devido à sua falta de nervos e carne, mas ele podia sentir a repentina tensão no ar que envolvia aquele assunto que o ent estava prestes a dizer.

- ... Tomem muito cuidado. A floresta está diferente. Coisas muito malignas andam por aqui.

E depois de ter dito isto, ele simplesmente se virou e foi embora, se misturando às arvores novamente e sumindo da vista. Seus passos ao longe se distanciavam cada vez mais até não poderem mais ser ouvidos, e então Kayle chamou Bones novamente para saírem dali.

- Vamos indo, senhor Bones. Tia Kalysta está me esperando no templo.

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Mensagem por Sylia Albath Dom maio 15, 2016 12:43 am

Andava perambulante em meio a floresta, a sensação de dormência no corpo persistia, mesmo não estando afetado. Sabia, meu corpo já havia se curado do veneno, porém o efeito placebo parecia ser superior a lógica, ainda me fazendo hesitar de mover-me livremente.

A meia-demônio andava comigo, não havíamos nos falado muito, sinceramente, e sequer sabia o do motivo uma caminhada em dupla, contudo podia afirmar algo.

- Estamos perdidos. Comentei subitamente, quebrando o silêncio da passeata.

O local era obscuro, pesado. Não havia grande conhecimento da geografia local, porém era evidente ser uma floresta, e graças a sua atmosfera e originalidade dos humanos, isso deveria se chamar "Floresta Assombrada" ou "Floresta proibida".
Um clima daqueles costuma afastar os fracos, e isso fazia meus lábios se moverem em uma espécie de sorriso satisfatório; Apenas presas fortes.

"Na teoria, obviamente."


Me respondia mentalmente, contradizendo minhas expectativas.

Esperava a resposta da minha nova companheira, não possuía objetivo algum de saber o porquê de ela me seguir, ao menos não no momento, entretanto havia a esperança de ela saber onde estávamos e guiar até a próxima cidade.

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Mensagem por Kiteky Dom maio 15, 2016 3:29 pm

ॐ:━ { Lisbeth Anner
       Praticamente arrastava os pés cansados. Seus músculos doíam, e seu corpo clamava por um descanso. Estavam andando faziam algumas horas juntos, mas sequer sabia o nome daquele que a acompanhava. Por mais que seu orgulho gritasse que conseguia se proteger sozinha e de que não precisava dele para nada, as marcas existentes em seu corpo e a própria dor lhe diziam o contrário, que ao menos pelos próximos dias precisaria dele ali, acompanhando-a. A aparição do meio-feral fora quase que um milagre. Tinha a absoluta certeza de que seu fim aconteceria caso ele não tivesse aparecido e salvado-na.
     O silêncio reinava ali até ser quebrado pela voz grave do outro, lhe dizendo que estavam perdidos. Respondeu-o com um sarcástico ❛ Jura? ❜, enquanto fazia certo esforço para continuar andando. ❛ Bem, não conheço muito essa parte da floresta. E honestamente, agora eu 'tô cansada. Vamos arrumar um lugar para ficar ou passar a noite ao menos. Ou então, você poderia me carregar nas costas, já que eu salvei a sua vida e tal. ❜ Riu de leve, parando para encostar no tronco de uma árvore qualquer logo em seguida.

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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por NT Bird Seg maio 16, 2016 11:01 am



Hotah & Lisbeth



O inesperado casal composto de um Feral e uma Meio-Demônio, de repente, viram-se andando pelas bordas de uma Floresta. Lugar esquisito aquele, transpassava uma impressão de que tudo ali estava pra morrer. De que não havia vida, nem mesmo nas árvores ou na fraca vegetação que se via em um arbusto ou outro. A maioria estava seca, como se a própria essência tivesse sido sugada pelo solo maltratado do lugar.

Não bastasse as primeiras impressões, ainda havia o cenário natural. Árvores retorcidas pra todos os lados, solo morto com folhas em decomposição em todo lugar. Vez ou outra o casal deparava-se com alguma leve mudança na paisagem, um corpo ou outro pendurados pelas árvores, enforcados ou atravessados nos galhos. O cheiro de carne podre era quase uma tortura para Hotah, ainda que o perfume de meia-mulher de Lisbeth amenizasse as coisas. Incrível como uma mulher pode fazer a diferença no ambiente? A começar pelo seu sarcasmo. A meio-demônio respondeu a constatação do colega feral com sarcasmo, como se realmente não se importasse com o perigo da informação. Diga-se de passagem, estar perdido num lugar como aquele era definitivamente o fim. E as bordas da floresta insistiam em apagar seus rastros para que não se lembrassem de onde vieram ou por onde passaram. Mesmo Hotah com toda sua experiência em caçada, não conseguia recuperar tais rastros. Estavam de fato perdidos.

O engraçado é que até então não viram sequer UM animal. Nem mesmo perto dos corpos, não havia corvos, não havia nenhum carniceiro. O silêncio na floresta só não era completo por causa do vento, que estranhamente estava forte naquele momento. Espalhava as folhas do chão com facilidade além de trazer sussurros de mistério para os ouvidos de qualquer um. Não só sussurros. Hotah foi o primeiro a perceber, ouviu algo mais. Difícil distinguir, a julgar pela distância, mas ele teve a impressão sim de que ouviu alguma coisa.

E então Lisbeth encostou-se numa árvore. Meio que uns 4 passos pra direita de onde o Feral estava. O vento soprou mais uma vez, forte, empurrando folhas e levando alguns gravetos consigo, espalhando também a terra. Os pelos do corpo do Feral pareciam gritar, como puro instinto, de que havia algo errado por ali, mas era uma coisa sentida e não pensada. Não havia como distinguir de fato o que era.

crack!

Um galho se quebrando chamou atenção. Rompeu o silêncio do local com violência, praticamente obrigou os dois a olharem para o leste, atrás da árvore onde estava Lisbeth. O galho caiu ali perto, como se algo tivesse quebrado-o de propósito, ou sabe-se-lá o quê. Se procurassem o quebrados de galhos ali no alto, nada veriam. Mas no mais profundo instinto do Feral, ele sabia, não estavam sozinhos. Quase como se pudesse fechar os olhos e sentir uma criatura, uma silhueta que fosse, movendo-se nas sombras com muita velocidade, esperando o momento... esperando...

CRAAAAAAAARRWWW — Gritou.

E da esquerda veio um brilho. Incomum, quente, laranja-fogo. FOGO! Avançou como um disparo, almejando a árvore. Quem atirou acabou errando? Talvez não. Nos olhos de Lisbeth, aquela luz quente se aproximava, quase pronta para atingi-la.

Obs:

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Mensagem por Sylia Albath Seg maio 16, 2016 11:45 am

Escutando a brincadeira da mulher, soltei um suspiro.

- Não. Parar aqui seria tolice, a noite é quando o predador caça, e não dorme.

Porém, na eterna noite de Takaras, era sempre hora da caça, uma sensação me pôs em alerta, aquele vento incomum arrastando as folhas fazia meu coração bombear sangue para batalha, instintivamente minha visão e audição estavam a finco para um combate, rapidamente olhei aos lados e nada avistei.

" Estou sendo enganado pela situação? "


Não, não era possível. Um guerreiro treinado como eu, não se colocaria em estado de combate sem motivos, um oponente a altura então? Cogitei, abrindo um sorriso.

*Crack*

Meus olhos se fixaram instantaneamente onde o barulho surgiu, próximo a meia-demônio, porém não havia vestígio algum tanto de galho quanto de pessoas.

- Atente-se para caçada! Alertei a garota próxima da árvore, meu corpo ficou mais relaxado e aberto, até meus pelos se arrepiaram, foi nesse momento que estranhei tudo. Desde quando chegava a ficar ouriçado para um combate incerto?

*CRAAAAARRWWW*

O barulho vinha do outro lado, em um movimento brusco me virei, algo similar a uma labareda avançava, encontrei-me com o chão rapidamente, tentando desviar do golpe, e ao mesmo tempo, esticava a mão esquerda, em uma tentativa de rasgar tal coisa com minha garra, não pondo perto o suficiente para me queimar e nem permanecendo com a mão próxima se esquentasse demais.

- Fuja! Rugi, em alerta para a garota, enquanto meus olhos se focavam apenas de onde veio o disparo, procurando quem ousava me atacar da sombras.

" O caçador vai virar a caça. "


Obs:

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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Kiteky Dom maio 22, 2016 6:06 pm

ॐ━ { Lisbeth Anner
                     Não tardou para que um som alto fosse ouvido. Algo quebrando, talvez? Segurou um grito dentro de sua garganta, e apenas não o fez por medo. Medo de estar novamente sendo perseguida. Olhou para os lado quase que ao mesmo instante que o feral, ouvindo um barulho quase que ensurdecedor.
                     E quase que no mesmo segundo, um calor súbito tomou conta de seu corpo. Demorou alguns segundos para que percebesse que algo vinha em sua direção, flamejante. Ouviu a voz grave dizendo-lhe para fugir, e negando com a cabeça jogou o corpo para a direita, escapando d'aquilo que queria atingi-la.  ❛ Acha mesmo que vou deixar todo o mérito para você? ❜ Perguntou, tirando o chicote instantaneamente da luva, batendo-o o no chão com força. Não queria demonstrar medo, mas conseguia pressentir as sombras aproximando-se dos dois. Foi para mais perto dele, deixando-o ficar na frente de si para protegê-la. ❛ Se for para fugir, vamos juntos. Não vou deixar você aqui para morrer sozinho. ❜ Encarou-o com os olhos claros, apenas esperando para que algo acontecesse.
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Mensagem por NT Bird Seg maio 23, 2016 2:22 pm



Hotah & Lisbeth




E o Feral estava certo. Seus sentidos não o enganam mesmo, hmm?

Eles não estavam sozinhos. A sensação que antes era passada apenas como uma intuição, ganhou forma. Primeiro veio a bola de fogo. O felino jogou-se ao chão, desviando com facilidade do projétil de fogo ou seja lá o que fosse aquilo. No processo, estendeu sua garra pra tentar atingir ou ter uma noção do que era o fogo. Sentiu apenas calor, não havia nada sólido dentro. Então era mesmo só um disparo de fogo? Talvez. Lisbeth teve chance de ver mais de perto, alias quase tão perto a ponto de deixá-la suando. Era mesmo quente a rajada! Cuidado!

E a meio-demônio, graças ao aviso de Hotah, teve tempo suficiente de desviar jogando o corpo pra direita. A árvore em que antes estava recostada, acreditem ou não, se quebrou quando o fogo atingiu-na. Era de se surpreender o resultado daquela rajada. Mesmo pequena, teve força suficiente pra atravessar o galho da árvore. Ainda bem que não era uma árvore muito grande, já pensou no estrago quando ela caísse? Essa caiu e só fez um som abafado que de longe, poucos podiam interpretar.

Concomitante ao chicote da meio-demônio estalando no chão, veio um bater de asas. Era quase imperceptível, justamente por conta do vento sombrio que castigava o local. Talvez por isso a dupla não percebeu antes. O vento não trazia apenas sussurros, eram também um presságio, sinal de que havia alguém os seguindo. Nas sombras a criatura passava, sobrevoando como o próprio vento, e poucas vezes o seu bater de asas a denunciava. Era um perito nisso. Mesmo Hotah com seus instintos tinha dificuldade de acompanhar os movimentos. Mas como um bom caçador de uma coisa ele tinha certeza, estavam sendo cercados. E o movimento de Lisbeth em trazer seu chicote em mãos foi correto. Antes prevenir do que remediar, certo? Certo. E então o vento...

Soprou vindo de longe. As folhas dançaram acompanhando o fluxo. Os sussurros transformaram-se em aroma - para Hotah - e em investida para Lisbeth. Estava claro que a criatura das sombras tinha como objetivo atacar a meio-demônio primeiro, sabe-se-lá porque. E mesmo a mulher precavida atrás de Hotah, foi surpreendida quando de uma das árvores próximas avançou um vulto, tão rápido quanto o próprio vento. Ameaçou atacar a meio-demônio mas com sua reação de puro reflexo, o chicote manteve a criatura distante. Foi o suficiente pra que a meio-demônio identificasse que era um tipo de pássaro estranho. Tinha quatro-asas é isso mesmo? Bom, em Takaras nada era normal mesmo. A começar pela dupla, hmm?

Mas voltando ao cheiro. Hotah teve a chance de farejar o bicho, mesmo com toda aquela dificuldade. Sentiu o cheiro da ave, e era diferente de aves carniceiras, não tinha cheiro de podre nem de nada parecido. Então porque diabos estavam sendo atacados? E o mais interessante é o motivo pelo qual Hotah estava com tanta dificuldade de farejar o bicho. O feral percebeu que, assim que o vento soprava, trazia consigo uma brisa com aroma diferente. Era um aroma pesado, impregnava em suas narinas trazendo aquele desconforto que ele sentiu desde que entrou na floresta. Depois que o vento passou, mais uma vez sentiu que ia perdendo o faro e que o tal pássaro desaparecia nas sombras mais uma vez. Ainda que seus instintos dissessem; ele ta ali ó, escondido, na espreita!

Lisbeth, diferente do feral, era o alvo. Mas ela não pensou em fugir, não. Deixou claro que se fosse pra morrer, que morreria ao lado do imprevisível parceiro feral. Que união mais...curiosa. Principalmente pelos motivos que o levaram a tal.

— Bem, eles salvaram um ao outro né? Fazer o quê? — O vento soprou.

Espera. Quem é que estava falando isso mesmo?

O instinto do Feral, ou seja lá o que fosse mandou dizer, tem mais alguém além do pássaro. Alguém com cheiro de... Mulher? Então veio outra bola de fogo. Esta veio de mais longe, caindo do alto, alvejando Hotah. Desta vez uma simples abaixada não pareceu eficaz pra escapar. E que estranha sensação era aquela de que a bola estava crescendo? Talvez fosse ilusão de ótica ou culpa do miasma na floresta. Mas eles não tinham muito tempo pra pensar, não, não. Lisbeth ainda era o alvo, lembra? Desta vez o inimigo foi mais direto. Ocupando Hotah, resolveu dar as caras mais uma vez, saindo das sombras de um galho seco à esquerda e vindo na direção de Lisbeth por traz.

— CRAAAAAAAARRWWW — Gritou de novo, abrindo o bico e parecendo estar prestes a cuspir alguma coisa brilhosa, quente. Espera... Lisbeth já viu isso antes. FOGO!


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Mensagem por Sylia Albath Seg maio 23, 2016 10:52 pm

❛ Acha mesmo que vou deixar todo o mérito para você? ❜

- E pretende me desafiar por ele? Comentei, porém havia certa noção de que o barulho das chamas e dos danos iria evitar ela de ouvir, isso se sobrevivesse ao golpe.

❛ Se for para fugir, vamos juntos. Não vou deixar você aqui para morrer sozinho. ❜

" Por que esta fêmea possui algum apego por mim? Não, concentre-se! "

A chama passou por minha mão, contudo nada se prendeu nela, era puras chamas, e apenas pude sentir calor.

" Magia. "

Confirmei mentalmente que o combate era contra um mago, criatura elemental ou alguém com uma arma valiosa.
O som das chamas passando por mim atingiram a árvore que outrora a mulher estava, caindo no chão e prejudicando minha detecção por sons momentaneamente. "Escapou" Deduzi, mantendo os olhos fixos de onde vinha a chama, com todo meu esforço, apenas enxerguei um vulto com asas que rapidamente sumiram, em um movimento circular.

" Ele virá pelos flancos, porém se avisar a ela, perderei a vantagem. "

Com um gesto simples, e provavelmente imperceptível até mesmo a ela, fiz com a mão direita um sinal alertando que ele viria por um dos lados, mexendo o dedão rapidamente pra ambos lados.

" É o máximo que posso fazer por ti, mulher. "

O som do chicote estalava no chão, isso me pôs em alerta por um segundo, me fazendo virar até ela. Sequer sabia de sua arma, e não havia confiança nela para manter minhas costas abertas daquele jeito com alguém armado.

O vento veio mais uma vez, e com ele, consegui sentir um cheiro.

" Maldição, o vento trás um aroma que está me prejudicando! "


Não bastasse o cheiro decrépito antes, agora algo estava me impossibilitando de usar outro sentido meu.

" Não me serve o cheiro, a visão e a audição, o paladar não me é útil neste caso, restando... "


O tato, pretendia sentir a alteração do vento na pele, e assim identificar os ataques. Todos aqueles pensamentos fluíam quase que instintivamente, rápidos demais, tão rápidos quanto a criatura que saiu do meio das árvores e tentou golpear a garota, instintivamente ela se defendia, fazendo uma ave de quatro asas recuar.

- Bandos! Grunhi, avisando a ela. Pássaros não caçam sozinhos, muito menos um tipo daqueles, não possuía o porte para batalha... exceto, pela magia, é claro. Porém, ataques físicos, isso era apenas distração, uma magia logo viria.

Mais uma rajada de vento veio, apagando os poucos rastros existentes de cheiro. "De fato, só poderei confiar em uma visão turva, tato e... meu instinto de caçador."

Aquele último item faria imensa diferença em situações como aquela, entender como caçam torna ataques previsíveis, se não fosse o reflexo da garota, teria pego o pássaro no ato antes que a golpeasse, talvez fosse o destino, ter me feito virar e encarar seu chicote.

"Bem, eles salvaram um ao outro né? Fazer o quê?"

Meus pelos novamente se arrepiaram, aquela voz... aquela sensação... havia sentido poucas vezes, era perigo. Era algo perigoso.

Aquele modo de falar me dava uma pista, porém o odor quase confirmava, era outra fêmea.

" Esse cheiro.. não é natural! Estão nos seguindo?! Maldição. Por isso o foco nela... "

Criava rapidamente uma teoria, e se estivesse certo, seria preocupante; Estávamos além de em um território desvantajoso, em uma luta desvantajosa, com menos lutadores e menos informações.

- GRWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Rugi, fazendo ecoar pela floresta. Talvez outros animais entrassem no jogo, e piorasse para todo mundo, talvez aquilo conseguisse afetar eles mentalmente, porém meu objetivo era ocultar minha voz que em seguida saia - São vários e uma mulher. Imagina qu-

Antes de completar minha pergunta, o meu rugido ainda ecoando não me deixou ouvir as chamas em minha direção, talvez o destino não tenha me ajudado. Uma bola de fogo vinha dos céus, graças as sombras tremulando no chão virei meu rosto, porém minha reação era tardaria, a bola de fogo parecia crescer, e não apenas se aproximar, me agachei novamente, porém dessa vez para me usar das quarto patas e dar um impulso com força para frente, indo em direção a fêmea, usava toda minha força e reflexo naquilo, sem olhar para trás, não havia tempo de confirmar se iria desviar.

Se conseguisse sair do golpe sem ser barrado, ao avançar para a garota, vi um pássaro saindo em suas costas, sorri, mantendo o ritmo agachado. Talvez realmente o destino tenha sorrido para mim, pegaria ele de frente.

Quando pretendia dar o salto com o bote, vi sua boca brilhando em vermelho...

" Quer saber? Que se foda o destino. "


O que era uma ótima investida, agora se tornaria suicídio, não havia tempo de barrar meu pulo por completo, então mudei a direção, saltando na mulher e agarrando-a, tentando parar meu impulso e a retirar do alvo. Talvez parecesse um ato heroico, contudo meu objetivo era apenas me livrar, e aquilo foi o que me veio primeiro a mente - Se ela fosse de minha tribo, nunca duvidaria de seu potencial de explodir aquele pássaro, mas uma desconhecida? Não arriscaria.


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Mensagem por NT Bird Seg maio 30, 2016 7:24 pm



Hotah & Lisbeth




Apesar de tudo, a dupla tinha sim uma vantagem. Não era nada relacionado à sabedoria individual de Hotah, ou às habilidades de Lisbeth. Não. Era o conjunto como um todo que os dava vantagem da situação; a maneira como eles começavam a estabelecer comunicação. Seja lá quem for que os estava emboscando, provavelmente os subestimara. Não esperavam que a dupla se desenvolvesse tão rápido, pelo menos não depois do que passaram.

Graças a essa comunicação é que a meio-demônio e o feral conseguiram se sobressair nesse embate. Primeiro veio a grande bola de fogo, aquela caindo de cima e queimando os galhos secos no caminho. Alvejou o grande felino, a luz tremeluzia e forçava os instintos de Hotah ao máximo. Seus pelos sentiram o calor, sentiram a brisa quente cortar o fluxo sombrio do vento de antes. Sentiram a mudança de temperatura, sentiram a energia que emanava daquela esfera. Era uma coisa mais sentida, pouco raciocinada. Tudo que Hotah podia concluir é que sim, a bola de fogo estava crescendo para a medida que caia. Parecia ter um foco de energia dentro de si que à medida que era consumido, dava mais combustível pra esfera e ela ia crescendo e crescendo. O Feral não pensou duas vezes, colocou-se de quatro e num impulso dos mais selvagens, saltou na direção de Lisbeth, tentando apanhá-la e livrá-la de uma morte "bem passada".

O que ele não havia percebido, ou melhor, percebeu um pouco tarde, é que aquela bola de fogo era a primeira distração. Enquanto corria, agora na direção da meio-demônio, seus instintos voltaram a dar-lhe percepção de que outra coisa já se encarregava de atacar a mulher. Era aquele mesmo pássaro de antes, porém, a julgar pela situação, Hotah concluiu que era um bando afinal estavam atacando por todos os lados. O pássaro de quatro-asas era um pouco grande e preparava uma segunda rajada de fogo para a medida que se aproximava. E quando Hotah pensou em fugir e escapar, Lisbeth mostrou que era capaz de mais que isso. Lembra da sinalização feita pelo Feral antes? Aquilo deixou a meio-demônio atenta. Então enquanto Hotah cuidava de reconhecer o ambiente e analisar a situação, bem, a meio-demônio cuidou do que podia cuidar; seu adversário. Então num piscar de olhos, Hotah se deparou com a ave de quatro-asas com o bico preso e enrolado no chicote de Lisbeth.

" Se vamos morrer, então morreremos juntos "

As palavras da mulher ecoavam na mente de Hotah. Então não foi preciso tirá-la da linha de fogo, não foi preciso evadir. Hotah avançou. Destino sorrindo ou não, o caçador teve sua tão aclamada presa. Numa investida brutal, despedaçou a ave de quatro-asas com suas garras e dentes. A ave não era muito resistente e também não sabia brigar no corpo a corpo. Ela só era perigosa à distância mesmo, hmm?

Então veio o fogo. Aquele da bola de fogo ali atrás. Explodiu no chão e rapidamente se espalhou. Foi quase como riscar pólvora. Foi ganhando terreno, incendiando galhos, terra seca contribuindo, o cheiro ficando cada vez pior, aquilo estava virando um inferno. Por sorte da meio-demônio, a investida de Hotah jogou o pássaro meio que pra longe e com isso o chicote preso ao bico da ave puxou Lisbeth consigo, tirando-a da linha de fogo da rajada que explodiu no chão. Ufa. Estavam saltos então?

Ainda não.

Hotah estava certo. Estavam cercados por um bando. Assim que o primeiro pássaro foi abatido, logo os demais começaram a gritar, enlouquecidos, todos querendo avançar. Sombras surgiram por todos os lados, uma revoada insana, brilhos ameaçando disparar diversas rajadas, se destacavam na escuridão e na fumaça que subia da enorme fogueira do chão. Hotah os ignorou por um tempo, saboreava o prazer de sua caça, e como era bom ter o sangue da ave espalhando-se no chão. Mas talvez o sangue de todas as outras compensaria ainda mais. Era uma grande caçada afinal, hmm? Era um grande desafio, quase chegava a sussurrar na ambição mais profunda do Feral; "vamos, temos uma grande oportunidade de caçar todos eles, de virar o maior caçador que essa floresta maldita já viu". Mas algo interrompeu seus pensamentos. No meio de tantos aromas, de tanta insanidade de seus sentidos, novamente ele sentiu êxtase. Era aquele mesmo perfume de antes, aroma de mulher. Mas era um pouco cítrico, provocativo. Parecia despertar outros sentidos em Hotah para à medida que ele se deixasse levar pelo aroma.

E então a revoada parou. Assim, de repente, como num sopro do vento. As chamas ainda estalavam, espalhando-se com facilidade, até que chamaram atenção da dupla mais uma vez. Lisbeth levantava-se, com certa dificuldade depois do puxão que levou, e ia enrolando o chicote até que sentiu uma presença. Foi tão rápido que sequer ela percebeu se aproximar, só sentiu quando já estava perto. Com suas garras, a presença pisou na ponta do chicote, impedindo que Lisbeth recolhesse sua arma por completo. E quando a meio-demônio levantou-se para encarar sabe-se-lá o que era, notou que era uma espécie de humanoide. Uma fêmea. Corpo meio estranho, misturado com ave, tinha asas, tinha chifres, mas ainda assim tinha seios, corpo esbelto e até atraente eu diria, mesmo para outra fêmea. Era curioso como essa criatura conseguia despertar tais desejos meramente com aparência. Deveria haver algo mais. E ela sorriu quando seus olhos foram de encontro aos da meio-demônio.

— Olá querida. Perdeu alguma coisa? Huhum. — Falou em tom debochado, provocando-a.

Enquanto isso, uma segunda parecia sobrevoar aquela área onde estavam as chamas. Ela passava tão rápido que sequer era possível de ver sua silhueta direito. Mas Hotah sabia que ela estava lá, zanzando de um lado pro outro, como uma flecha nas sombras. E toda vez que ela passava, as chamas se desestruturavam, algumas apagavam-se tamanha rapidez do seu vulto. Ela estava encarregada de cuidar das chamas então, é isso? Não importa, uma terceira e já conhecida pelo Feral, logo tomou a frente da situação.

— Você é mesmo um predador e tanto, querido. Me diga, qual é o seu nome? — Indagou ela, aquela que tinha o tal perfume que Hotah estava sentindo desde o começo. Ela apareceu de traz de uma árvore logo a frente de onde estava o feral devorando sua caça. Ela não lhe ofereceu perigo, no entanto, também não parecia inofensiva. Era uma espécie de pássaro humanoide, poucos traços femininos exceto pelas curvas, seios, e eu arriscaria dizer achismo. Difícil definir gênero quando não havia um padrão. Ela era única, diferente de todas as outras que Hotah já viu.

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Mensagem por Sylia Albath Ter maio 31, 2016 10:59 pm

Enquanto a bola se aproximava, sentia o calor crescente, o perigo era iminente, e durante o salto, retirei a mulher, conseguindo escapar do primeiro ataque, logo que vi a bola de fogo surgindo de outro pássaro atrás, senti o desespero de cometer um erro enquanto era caçado, contudo não esperava que a mesma já tivesse prendido o bico do animal a ponto de o impedir de cuspir algo.

" Se vamos morrer, então morreremos juntos "

Aparentemente, quem morreria são os caçadores fajutos. Sua pele rapidamente foi rasgada pela minha garra, com a outra mão, segurava seu bico e com força o suficiente, estilhaçava ele, virando sua cabeça e quebrando o pescoço.
A pele da criatura era macia, e parecia ter bastante carne, uma presa suculenta, com uma forte mordida, arranquei um pedaço de carne, minha boca ficava cheia de sangue e algumas penas, que eram retiradas pela mão vazia, jogando seu corpo morto para longe, com desprezo.

Em meio a minha apreciação de carne, a bola de fogo completava a cena, explodindo atrás e criando um incêndio.
Quem visse aquilo, se sentiria em uma cena de filme, um Feral com sangue nas mãos e boca, e chamas as costas.

- Carne boa... Vamos pegar mais alguns. Uma risada sucedia meu comentário irônico, logo ao me levantar.diversos pontos nas sombras surgiam, a situação era péssima, se um fez aquela imensa bola, imagine vários? O calor iria gradualmente nos cozinhar, isso se conseguíssemos escapar de todas rajadas flamejantes.

O cheiro de fogo havia desabilitado meu olfato basicamente, e a fumaça das chamas conseguia piorar minha visão, o barulho de galhos ardentes me deixavam em alerta todo momento, podendo me distrair de perigos reais. Se existe algum inimigo perigoso aqui, era o incêndio, aquilo me deixava desconfortável, apenas o tato me era realçado, tanto graças ao calor que amplificava o efeito de movimento pelo ar, quanto por desabilitar os outros, me fazendo dependente dele.

Em contrapartida, o cheiro de sangue estava me fresco no rosto, o gosto da carne me motivava a caçar mais, derrotar todos, ter um grande banquete!

Me colocava em pose de combate, quando um cheiro exótico surgiu, mesmo em meio ao ... caos? Os pássaros haviam parado, todos os brilhos que nos cercavam, simplesmente sumiram.
Aquele cheiro me fez ficar em alerta, notei uma criatura próxima da meia-demônio, um tipo de ave humanoide, ainda sim... conseguia seduzir-me.

" Este não é o momento para luxúria, Hotah! É uma caça! "

Me advertia mentalmente, contudo meus instintos iam reduzindo enquanto meu desejo aumentava.

Uma segunda criatura, de tamanho humano, sobrevoava as chamas, não era possível ver sua forma, contudo era ágil, ágil demais... e tão bela quanto essa? Urgh! Concentre-se! O meu maior inimigo logo iria desaparecer; As chamas.

— Você é mesmo um predador e tanto, querido. Me diga, qual é o seu nome?

Me virei, vendo outra humanoide, diferente da primeira, porém também com seios, o estranho foi não a notar até o momento que ela havia falado, e sequer me virar velozmente para evitar um ataque, eu realmente baixei a guarda?

" Por que eu responderia algo para alguém que vai morrer? "


- Hotah Sakima...

" Que merda?! Eu... Urgh... Tem algo... Estranho... "

O melhor que pude fazer foi cogitar qual seria a melhor mulher de lá, uma das três humanoides ou a meia-demônio? Não importava, desde que eu matasse as outras três para provar meu valor para a quarta. Eu precisava me convencer disso, ou abaixaria a guarda!

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Mensagem por NT Bird Qua Jun 08, 2016 7:36 pm



Hotah & Lisbeth



— Ora, ora. Mas que nome, hmm... exótico. — Falou em tom debochado. Quem falou? A primeira das mulheres pássaro, aquela que pisava no chicote de Lisbeth. Parecia ser a mais problemática entre as três possíveis adversárias, afinal, ela é a que mais deixava claro sua petulância.

— Por favor, não precisa me olhar como se eu fosse uma bruxa que desabilitou seus sentidos. Nós também somos predadoras, entende meu querido? Sabemos como lidar com outros predadores. — Explicou aquela que estava diante de Hotah. Essa parecia ser a mais seduzente dentre todas as outras. Mesmo suas advertências pareciam incapazes de deter os instintos do felino que de repente sentiu como se pudesse matar qualquer um só para ganhar admiração daquela fêmea. Que sensação mais, esquisita, não?

Ainda mais esquisita porque Lisbeth não sentia nada disso. Apenas Hotah.

— Está feito, Kahla. As chamas não serão mais um problema. — Mandou avisar aquela outra que zanzava como uma flecha sobre as labaredas no chão.

Kahla então era o nome daquela de penas rosas?

— Obrigada Mithra. Solícita como de costume. — Respondeu a de rosa, dando um passo adiante. Ela ainda não oferecia perigo, pelo contrário, parecia querer se entregar de corpo e alma - mais corpo - aos desejos do felino em sua frente. Os olhos dela, quase hipnóticos, foram de encontro aos de Hotah, exigindo sua atenção. — É mesmo incrível como você conseguiu abater meus paragons tão facilmente. De onde você vem? Eu estou mesmo curiosa... — Sussurrou o final. E suas palavras mais pareciam flechas.

Mesmo desarmada ela conseguia atingir o felino de uma maneira que ele provavelmente não estava preparado, hmm?

Voltando para Lisbeth, a meio-demônio logo entrou numa troca de farpas com a garota pássaro a começar pela abordagem dela. Na expressão da mulher ficou nítido que ela não gostou nada de ser desacatada daquela maneira. Ela então puxou o chicote de Lisbeth, rapidamente, apossando-se dele.

— Cuidado com o que você fala, garota. É perigoso me desafiar! — Cuspiu as palavras com autoridade, ameaçando usar o próprio chicote da meio-demônio para puni-la. Mas aquela terceira mulher intercedeu, puxando o chicote de sua mão e lançando-o de volta para Lisbeth. Um momento de alívio. Ufa.

— Sybil, controle-se. — Disse. E Mithra - como essa era chamada - parecia ser a mais reservada das três. Dona de poucas palavras, tom de voz que mais parecia um sussurro, e expressão indiferente, facilmente se destacava entre as três. Em resposta ao puxão de orelha, Sybil virou a cara e empinou o nariz como se não estivesse lá tão abalada.

De repente, as três se entreolharam, sorriram, e então saltaram para traz, assumindo uma postura uma ao lado da outra, como se fosse algum tipo de formação ou coisa semelhante. Só então é que era possível perceber mais características entre as três, diferenças e semelhanças também.

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Sybil, à esquerda, era a que tinha seios mais fartos e que facilmente se destacavam. Eram quase mortais para qualquer um que os olhasse. Impossível não desejar. Mesmo em seus pensamentos, Lisbeth se colocou em dúvida, mesmo que por um breve momento. E a mulher dos cabelos rosados tinha chifres também. Tinha olhos cansados, traiçoeiros, debochados. Por exceção dos braços e pernas que misturavam-se com membros de um animal alado, a cabeça e o dorso mantinham traços mais humanoides, femininos. E ela usava uma espécie de vestidinho, curto, bem decotado, no mesmo tom rosado que seus cabelos. Kahla, a que conversara com Hotah, ficou ao centro. Ela era a que menos tinha características capazes de defini-la como algum gênero, salvo exceção seus seios. Aquilo eram mesmo seios? Era pra se pensar. Seu corpo inteiro estava encoberto por penas rosadas e de textura quase aveludada. Uma tentação carnal que insistia em provocar os desejos mais íntimos em meros olhares. E por falar em olhar, os olhos de Kahla eram penetrantes, amarelo-fogo, pareciam ser capazes de enxergar muito além do que se imagina. E ela também tinha características firmes de algum animal alado em seu porte físico. Porém, não era a única nem a última. Mithra, a terceira, ficou à direita do trio. Asas menores que a das colegas, porém mais velozes e habilidosas, davam-lhe um ar diferente. Ela tinha um corpo mais voltado para o humano do que alado, ainda que suas mãos e pés tenham sido substituídos por garras de animal. Seu corpo parecia desnutrido, frágil, mas seu rosto era definitivamente marcante. Semblante sério, indiferente, cabelos azuis escorrendo numa franja que lhe tapava boa parte do rosto voltada pra direita. Ela também usava uma tiara de ossos na cabeça e uma espécie de túnica também com ossos e tecido púrpuro cobrindo-lhe os ombros, parte do peitoral e costas.

— Somos as três irmãs harpias. Kahla, Sybil e Mithra. É um prazer conhecê-los, caçador Hotah e... — Os olhos de Sybil regularam Lisbeth de baixo pra cima em seguida; — Você, meio-demônio fêmea. — Falou com desdenho. Claramente alguma coisa mal resolvida entre as duas, hmm?

Mas Kahla e Mithra não pareciam compartilhar do mesmo sentimento com Lisbeth. Encaravam-a da mesma maneira que faziam com Hotah. As três analisavam a dupla com certa curiosidade, olhos sempre muito atentos, parecia que nada era capaz de escapar do alcance daqueles olhares. Kahla tomou a frente do grupo e depois de algum tempo em silêncio, chamou por Hotah.

— Não posso permitir que passem e destruam meus queridos paragons como fizeram com esse. — Referiu-se ao animal abatido pelo Feral. — No entanto, entrar em confronto com vocês, aqui, não traria benefício para nenhum de nós dois. — Os olhos da harpia percorreram a dupla como se esperasse aprovação pela linha de raciocínio que ela tomava. Ela realmente não parecia interessada em começar uma luta. — Somos caçadores, sabemos como as coisas funcionam. Então podemos decidir isso numa grande caçada. Apostar o nosso território nisso, o que acham? — Completou.

E a proposta estava feita. Kahla explicou por cima que, a grande caçada seria feita em função de uma criatura que vive na floresta que tem causado muitos problemas no território das harpias. Sem mais detalhes por hora, as irmãs esperaram por alguma resposta da dupla. Lisbeth ficou aflita, não parecia confiante por estar em território inimigo mas, considerando que mesmo as três com seu bando de pássaros estavam tendo dificuldades em caçar a tal criatura, então talvez haveria alguma chance.

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Mensagem por Sylia Albath Seg Jun 13, 2016 1:29 am

Por favor, não precisa me olhar como se eu fosse uma bruxa que desabilitou seus sentidos. Nós também somos predadoras, entende meu querido? Sabemos como lidar com outros predadores.

" Todos se acham predadores até virarem minha caça... "

Estranho, ela não esboçou nenhuma reação, será que eu falei baixo demais? Ou sequer falei?!

Outra humanoide surgia, a veloz o suficiente para apagar chamas sobrevoando as mesmas - Três, até o momento.

— É mesmo incrível como você conseguiu abater meus paragons tão facilmente. De onde você vem? Eu estou mesmo curiosa

A voz daquela mulher, seu corpo, sua existência por algum motivo me cativava a jogar o seu jogo, e não impor o meu, pois eu queria a recompensa que ela poderia me oferecer, e não a que eu poderia tomar a força. Respirava fundo, tentando retomar a calma, contudo só piorava, enchendo minhas narinas com o seu perfume, mais e mais desejos vinham a minha mente, havia uma vontade imensurável de enfiar a garra presa em meu pulso esquerdo em sua garganta e violar seu corpo como punição por me deixar em tal estado caótico, porém algo me segurava, mantinha a parte caótica em xeque enquanto a parte sã agia.

- Vim de lugar nenhum e vou a tudo que quiser, vivi sempre como nômade.

Uma discussão ocorria em minhas costas, entretanto meu interesse se prendia a frente, e meus pensamentos sobresseram a voz, me deixando à parte da situação.

Repentinamente, elas se agruparam, uma de cada lado, todas com suas peculiaridades, nesse momento eu compreendi algo; Estava enfeitiçado, de alguma maneira. A mais bonita era Sybil, e mesmo a meia-demônio superava quaisquer uma das três, ainda sim, meus olhos se fixavam na segunda, Kahla.

— Somos as três irmãs harpias. Kahla, Sybil e Mithra. É um prazer conhecê-los, caçador Hotah e... — Os olhos de Sybil regularam Lisbeth de baixo pra cima em seguida; — Você, meio-demônio fêmea.

Isso me parece briga por território, atitude típica de algumas fêmeas pelo mais forte, ainda sim... não é o que sugere...

— Não posso permitir que passem e destruam meus queridos paragons como fizeram com esse.
- Então simplesmente ordene-os para sair.

— No entanto, entrar em confronto com vocês, aqui, não traria benefício para nenhum de nós dois.

Um leve sorriso de canto tomou conta de mim, estaria essa fêmea decidindo o que seria ou não benefício para Hotah? O simples prazer da caça me seria o suficiente, o simples dominar aqueles que se opuseram a mim e punir os que tentaram me ferir, me seria suficientes motivos para lhe matar, contudo novamente, algo me manteve em xeque.

Sua proposta era uma caçada; O vencedor ganhava o território.
Havia diversos problemas na sua ideia; O que elas ganhariam se vencessem? Se estão causando problemas, por que já não caçaram? Isso significava que elas não eram capazes de derrotar tal criatura, ou que não eram capazes de a encontrar, o que seria pior ainda, pois seria mais habilidosa do que o esperado.

Naquele momento, eu dei um passo em sua direção, meu instinto assassino exalava, meus olhos estavam fixados em seu busto/pescoço, finos como de um gato a espreita, porém em apenas um passo, acabei por congelar.

" M-merda! Eu preciso me livrar disso primeiro "

Esticando a mão direita inofensivamente, e agora sem a aura assassina, falei: Esta noite, caçaremos! Porém! Não interessa a um nômade território. /b]Virei-me começando a andar ao longe delas, e ao mesmo tempo proferi "[b]Interessa-me experiências."

Meu único objetivo era ganhar tempo para me livrar daquele "feitiço", mas sem querer, havia disfarçado melhor que o esperado, demonstrando algum desejo diferente.

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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Kiteky Qua Jun 15, 2016 8:09 pm

ॐ━ { Lisbeth Anner
A meio-demônio variava o olhar entre as três figuras e o caçador ao seu lado. Não sabia descrever o que sentia perante aquelas três figuras ali, paradas, que a desafiavam com o olhar quase que em tempo integral. Havia perdido seu chicote faziam poucos segundos, e isso a fez segurar o objeto com força, sentindo até mesmo os nós dos dedos doerem com a ação. Precisava ser cautelosa, mesmo que uma de suas principais características fosse agir sem pensar. Sua vida estava em risco, e não perderia ali. Não para elas.

Era notório que o feral estava se sentindo atraído pelas fêmeas, se é que podia ser usada tal palavra. Sentiu algo dentro de si, ciúmes talvez? Ou seria apenas seu lado egocêntrico falando mais alto, já que seu lado feminino não a permitia perder para outras mulheres? Tanto faz. Apenas tinha uma certeza. Não perderia para elas. De jeito algum.

A proposta foi ouvida, e um riso de desdém se formou em seus lábios, resultando em uma resposta um tanto mal-educada de sua parte.  ❛ Então porque trouxe esses malditos bichos? ❜ respondeu após Hotah terminar sua frase. Não sentia-se bem ali, em um lugar completamente desconhecido por si, porém a proposta era interessante. Um território lhe daria certa estabilidade, e mesmo não ficando em um lugar por muito tempo, talvez ali conseguisse ficar mais segura do que vagando pelas terras de Takaras.

Contudo, não era boa em caçadas. Sequer em lutas conseguia ser muito eficaz sem sua magia, porém seu interior gritava para que confiasse no feral. E estava apostando tudo nele.
❛ Elas tem o território. Não temos nada a oferecer em troca, caso ganhem. ❜Virou-se para o outro para deferir tais palavras, falando aquilo em um tom de voz mais baixo. Porém, percebeu que ele não estava mais tão perto de si. Hotah estava, agora, mais próximo das harpias, estendendo-as a mão direita enquanto falava sobre experiência. Revirou os olhos, cruzando os braços. Até abriu a boca para dizer algo, porém censurou-se mentalmente. Queria ver onde ele queria chegar, mesmo sentindo-se incomodada com certos olhares que ele dava a elas. Não são tudo isso. foi o que pensou, rangendo os dentes, lembrando-se do ódio que as mulheres do vilarejo onde passou os últimos anos sentiam por si. Mas claro que era um ódio diferente que estava sentindo, já que não sentia inveja. Ou bem, sentia um pouco, mas jamais admitiria.

Desistiu de pensar sobre o assunto, tentando focar a mente nas últimas palavras proferidas por Kahla.
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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por NT Bird Qui Jun 16, 2016 9:12 pm



Hotah & Lisbeth



— Não tem? — Disse Kahla, enquanto seus olhos saltaram furtivamente de Lisbeth para Hotah; — ELE já é o bastante. — E apesar da indiferença no olhar, o felino conseguia sentir nela um misto de sensações que ele estava interpretando como um feitiço até o momento, mas que para Kahla não passava de um jogo de sedução. Pobre felino, estava de quatro para a mulher alada e não sabia! Mas aquele ainda não era o fim do jogo, certo? A proposta de caça conseguia superar até mesmo aquele instinto sexual que insistia em ganhar controle de Hotah. Talvez o instinto de caça seja ainda mais primitivo e desenvolvido no felino do que em qualquer outro. Bastou que a palavra caça fosse mencionada e aos poucos o feral tinha total controle de seus sentidos mais uma vez.

Com a surpreendente revelação de interesse de Kahla por Hotah, surgiram mais dúvidas; seria um interesse compartilhado pelas três irmãs, ou somente Kahla o desejava? Haveria alguma coisa além desse interesse ou seria apenas uma disputa de fêmeas pelo macho mais forte presente? Talvez as Harpias ainda o estivessem testando, a própria grande caçada podia ser um simples jogo pra compreender mais das habilidades de cada um. Mas neste caso, as Harpias também estariam se expondo, afinal, elas também participariam. Definitivamente era um jogo de adivinhações o qual estava longe do fim. Ao menos de uma coisa eles tinham certeza, as Harpias eram confiantes demais pra apostar seu território assim para desconhecidos.

— Querida, é melhor tomar cuidado com esse chicote. Sua pele parece frágil demais pra aguentar algumas chibatadas, huhum... — Os olhos de Sybil insistiam em fuzilar Lisbeth como que num prazer descomunal em provocá-la. — Você não estará segura para sempre. — Então ela desviou o olhar passando de relance por Hotah e depois virando a cara, fingindo estar avaliando as próprias unhas à frente do rosto. E dali em diante esqueceu completamente que a dupla estava presente.

Daí veio o silêncio. Por fim, a voz da razão naquele grupo de fanáticos pela caça, resolveu se manifestar.

— Estamos atrás de uma criatura que não pode ser rastreada, se é o que estão se perguntando. — Era Mithra. Falou num tom de seriedade, não esperava que fosse contrariada ou interrompida, então simplesmente falou. As outras irmãs ficaram apenas ouvindo, como se esperassem que os termos da caçada fossem propostos pela voz da razão do trio. — Por isso não podemos recolher os Paragons, por isso estávamos usando aromas e outras táticas quando nos encontraram. Sabemos que a tal criatura ainda está em nosso território pois é amplo e cheio de comida. — Os olhos de Mithra foram de encontro ao pássaro dilacerado por Hotah. Então o tal bicho que elas caçavam estava se alimentando dos pássaros? Que problemão!

— Ele tem a capacidade de ocultar completamente seus rastros e sua presença, habilidades de camuflagem, sentidos aguçados, e alta sensibilidade a aromas. — Informou, repousando a garra direita no queixo como se estivesse pensando em mais detalhes possíveis pra informar o grupo.

Tratava-se de uma criatura reptiliana, grande, aproximadamente 5 metros de cumprimento, talvez 2 metros de altura de altura, difícil dizer com exatidão. As informações eram poucas, tendo em vista os poucos desencontros que tiveram com o bichano sem que ele estivesse oculto. As Harpias tinham mesmo dificuldade em localiza-lo, afinal, afirmaram estar nessa caçada a pelo menos algumas semanas e que já perderam muitos pássaros desde então. Importante salientar que eram pássaros capazes de cuspir rajadas intensas de fogo como aquela que Hotah presenciou, e, ainda assim, os pássaros estavam morrendo aos montes. Criaturinha dura na queda, hmm?

— Se nós Harpias aniquilarmos a criatura primeiro, Hotah se tornará nosso escravo. Quanto a meio-demônio... — Kahla inclinou a cabeça, alertando que Sybil cuidaria do destino de Lisbeth nesse caso. E esse destino incerto ficou nas entrelinhas, por traz daquele sorriso diabólico que a mulher alada esboçava sempre que seus olhos encontravam os de Lisbeth. Mithra rapidamente abriu as asas e sumiu, como um flash, sem deixar sequer algum rastro senão do seu doce aroma de mulher. Algumas folhas nas árvores à esquerda balançaram um pouco depois, atrasadas, revelando que foi por ali que a harpia passou. Kahla lançou um último olhar penetrante para Hotah, seguido de um salto rodopiando em volta do próprio eixo enquanto Paragons - vulgo aqueles pássaros de quatro asas - emergiam das sombras das árvores e cercavam-na num turbilhão até que não restasse mais pena sobre pena da Harpia. Sybil foi a última. Não sem antes aquele sorriso característico, provocadora, debochada.

— O tempo está acabando, Hhuhuhuhum... — E alçou voo. Não foi algo cuidadoso, foi um voo despreocupado, tranquilo, ela definitivamente estava confiante de que não seria interrompida enquanto sua risada ecoava embalando o restante da noite. E para o caso de não restar dúvidas, ou qualquer outra interação entre os grupos, as Harpias deram início à grande caçada enquanto Hotah e Lisbeth tinham agora sua liberdade - provisória - até que alguém trouxesse a cabeça da criatura reptiliana primeiro. Engraçado que sequer combinaram um local de encontro ou coisa do tipo. Aquelas Harpias eram mesmo muito confiantes em seu território.

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Mensagem por Sylia Albath Seg Jun 20, 2016 1:16 am

— ELE já é o bastante.

" Ohoho... parece que já capturei outra presa, não? "

De fato, minha guarda estava baixa para essa humanoide, porém os eventos a seguir pouco a pouco acordariam Sakima de seu sono.

— Você não estará segura para sempre.
Seu olhar se voltou a mim, o que tomou minha cabeça de uma dúvida; Estariam dizendo que eu a abandonaria, que não estaria sempre com ela, que não iria mais a proteger ou... que não era capaz?
Meu instinto de dominância de qualquer maneira tomava conta da resposta; Não importa, nunca duvidem de Hotah Sakima.

Antes de intervir, entretanto, a outra mulher pássaro iniciou seu discuso, explicando que o animal era de difícil rastreio, réptil, forte, ágil e, obviamente, esperto, além de ousado. " Ótimo. " Veio a minha cabeça, com um sorriso evidente.
- Além de um bom gosto. Murmurei, referente as lembranças do gosto daquele "Paragorn"? Tanto faz, pássaro macio, de fato, saboroso.

— Se nós Harpias aniquilarmos a criatura primeiro, Hotah se tornará nosso escravo. Quanto a meio-demônio...

- Escravo? GUR HA HAH HA! ESCRAVO! O GRANDE HOTAH SAKIMA, ESCRAVO? GUR HA HAH HA!
Impossível de me conter perante tal comentário, demonstrei desprezo mediante a tal afirmação, ainda um pouco risonho e olhando para o chão, logo prossegui - Sim, sim, claro... aceito os termos. Ergui minha cabeça, olhando diretamente aos olhos de Kahla, era impossível não perceber a aura ameaçadora que se criara repentinamente, um humano normal se mijaria paralisado, elas? Aguentariam o tranco. - Boa sorte na caçada, vão precisar.

Tais termos implícitos para mim, se meu olfato seria prejudicado por elas, eu também poderia prejudicar sua caçada, não é mesmo? O rei da selva espera a fêmea realizar o trabalho e apenas pega seus espólios, muito bem poderia fazer, contudo aquele réptil me atiçou, realmente, me atiçou! Uma presa a altura! Uma grande caçada! Tantos alvos! Meus pensamentos sexuais eram totalmente tomados pelo furor da caça.

— O tempo está acabando, Hhuhuhuhum...

- Então é melhor se apressar! GUR HA HAH! Me virei para a meia-demônio, olhando seu estado, estaria ela com ciúmes? Seria ela um empecilho ou auxílio? Ruh, irrelevante.
- Irei pegar esse maldito logo, preciso de seu cheiro. Me aproximei da meia-demônio, puxando alguns poucos fios de seu cabelo delicadamente, como se estivesse fazendo carinho em seu rosto e cortando com as unhas, aproximadamente cinco fios, e guardando-os.
- Vamos. Enquanto andava, peguei o pássaro caído e meio devorado, e continuei a mastigar ele por algum tempo, segurando com uma mão e andando calmamente por entre a floresta.

" Quais motivos me obrigariam a ficar aqui? Poderia muito bem tentar fugir, elas conseguiriam me alcançar? Tsc, é claro que não. Ainda sim, sou obrigado a ficar. Fugir de uma caçada? Hah! Que piada! "


Após nem um minuto andando e comendo, joguei os restos do animal para longe com força, rapidamente subindo em uma árvore e tentando avistar algo daquele ponto.

" Se ele pode se camuflar e é um predador, parece pensar como eu. Onde eu ficaria? Perto do covil delas, é claro. Abundância em comida, facilidade em monitorar elas e, um local não esperado de se buscar. "

Agora, onde, diabos, era? Urghh... O perfume, seguir ele regressivamente deve me dar uma pista de onde iniciaram a busca ao menos.

- Me siga. Falei, saltando ao chão e começando uma disparada veloz de quatro patas, ainda atento a qualquer sinal dele e indo atrás do cheiro regressivamente.

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Mensagem por Kiteky Qui Jun 23, 2016 5:26 pm

ॐ━ { Lisbeth Anner
       
        A resposta dada a fez franzir o cenho. Quer dizer então que estariam disputado pelo Feral? Certo, ele não era de tanta importância para si, ao menos até o momento, mas novamente seu ego implorava por aquela vitória. Adoraria vê-las perdendo, jogadas ao chão. E aparentemente, Hotah possuía o mesmo desejo de vencer. ❛ Hah. ❜ fez o som, sorrindo pelos cantos ao ouvi-lo aceitar os termos ❛ Quero só ver a cara de vocês quando ganharmos. ❜ foi o que disse após ignorar totalmente as ameaças feitas contra si.

        Permitiu que os fios fossem tirados de seu cabelo, acompanhando suas garras com os olhos esverdeados. Não entendeu muito bem o motivo, já que para si não havia diferença alguma entre o cheiro próprio e o das hárpias, mas decidiu não perguntar. Apenas guardou o chicote de volta nas luvas e girou o corpo para os lados, acompanhando-o para a direção que seguia. ❛ Esse negócio fede a carne morta, sabia? É nojento. ❜ Com uma careta, encarou-o, não recebendo uma resposta. Apenas ignorou-o e continuou seu caminho.
         
     Mentalmente, agradeceu por ter encontrado o Feral horas atrás. Sem ele, estaria provavelmente morta e ferida, e bem, queria ser útil para lhe devolver o favor durante aquela emboscada. Não era boa com cheiros e muito menos com velocidade, mas mesmo assim, garantiu que lhe ajudaria. Se o perdesse, certamente não saberia o que fazer novamente em uma situação de perigo sem qualquer magia.

      Ouviu a voz d'ele adentrar-lhe os ouvidos e ergueu a cabeça ao vê-lo ir rapidamente para uma direção. Acenou com a cabeça prontamente, tratando de aumentar sua velocidade também para alcançá-lo, mesmo que isso fosse difícil. ❛ Só não me deixe pra trás!  ❜ Praticamente gritou de volta fazendo com que suas asas, mesmo frágeis, lhe ajudassem na corrida.

           Sabia que, de acordo com os dados que lhes foram dados, os rastros sobre a presa podiam ser facilmente apagados, então qualquer rastro teria que ser seguido de forma imediata, então isso apenas a deu determinação para aumentar sua velocidade.

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Mensagem por NT Bird Sex Jun 24, 2016 5:44 pm



Hotah & Lisbeth



E o casal improvisado acabou aceitando o desafio. Já dizia Hotah; e perder uma caça? Que piada!

E como um caçador nato, o feral tomou suas precauções. Iniciou recolhendo alguns fios de cabelo de Lisbeth, sua companheira, considerando que talvez o cheiro deles servisse de alguma coisa quando confrontassem o animal, ou mesmo servisse para rastreá-lo. E a meio-demônio em momento algum refutou a decisão, deixou-se ser acariciada pelo companheiro e sentiu apenas um pequeno desconforto quando seus fios de cabelo foram retirados. Nada que fosse ser notado, é claro.

Então, do alto da árvore seca com galhos retorcidos, Hotah espreitou seu olhar buscando nos arredores por alguma pista. Ao sul, viu o que poderiam ser rastros de Mithra, e as outras duas provavelmente estariam em sua cola. Mas o feral tinha certeza de que aquela direção que elas seguiram não era o seu covil, por assim dizer. Pensou nisso porque, ligando os pontos, Hotah supôs que o tal animal a ser caçado escolheria o ninho das Harpias como melhor esconderijo. Pelo menos se considerarem que ele estava ali por comida. Que melhor lugar do que um ninho cheio daqueles Paragons?

Seguindo esse preceito, Hotah tomou por iniciativa correr e procurar pelo ninho delas. Considerando que as Harpias eram em menor número, talvez seguir o cheiro delas não fosse suficiente. Ele precisava também fisgar o aroma dos tais Paragons, pássaros que acompanhavam as Harpias aos bandos. E vejam só que sorte, o feral acabara de mastigar um deles! Estava com o cheiro fresquinho em seu focinho, até nos dentes com o sangue escorrendo. E apesar do terrível cheiro podre - como mandou dizer Lisbeth - aquilo poderia lhes ser uma vantagem.

E o feral colocou-se a correr. Seu instinto colocava-lhe em êxtase, o furor da caça despertava-lhe uma outra faceta que por vezes, sobressaía até mesmo a desconfiança que Lisbeth lhe passava. Se a meio-demônio em alguns momentos lhe trazia uma sensação de desconforto, em situações como essa a coisa se invertia completamente. Era como se Lisbeth estivesse agora do lado da própria besta, e nem mesmo seus traços de meio-demônio poderiam salvá-la. Talvez foi isso que Sibyl quis dizer com "não estará salva para sempre".

Dispensando teorias, o casal seguiu correndo, embrenhando-se na mata. O mais curioso é que; além da mata ser bem extensa e quase sem qualquer vislumbre de saída, em todo percurso Hotah não percebeu sequer a presença de qualquer outro animal até então. Aquilo pelo menos confirmava que aquele era território somente das Harpias, mas até que ponto? Haveriam fronteiras desse território? Mesmo depois de correr tanto? Espera!

Sentiu.

De repente, seus pelos se arrepiaram e Hotah sentiu a presença de um daqueles pássaros malditos. E o pássaro, mesmo de longe, sentiu um arrepio que o fez levantar voo. Estava ao leste, e assim que voou desesperado como se sentisse o perigo se aproximar, o tal Paragon continuou ao extremo leste. O aroma, as sensações, tudo trazia um conjunto de informações que só poderia ser interpretado pelo Feral com seus sentidos apuradíssimos. Lisbeth ficou sem entender nada quando viu seu parceiro parado, imóvel, olhares fixos em focos de nada. E de repente, Hotah alavancou. Saltou como uma besta selvagem, quebrou galhos, pulou pelo tronco das árvores até alcançar a copa. Corria por cima, galho por galho, alguns quebrando-se com a firmeza de suas aterrissagens. Mas ainda assim, sua destreza de movimentos era tamanha que era difícil de acompanhá-lo, mesmo para ouvi-lo. Os únicos barulhos eram mesmo os dos galhos. E Lisbeth teve que segui-los se quisesse acompanhar o feral.

Foram quase dez minutos de corrida. Lisbeth estava exausta, quase perdida no caminho se não fosse auxílio de suas asas que lhe estabilizavam quando o cansaço fazia suas pernas fraquejarem. Enquanto que Hotah, seguiu no mesmo ritmo, interrupto, até alcançar aquilo que tanto desejava. O sangue do Paragon molhou suas garras novamente, abatido, dilacerado. O pássaro encontrou o descanso eterno em seu lar, enquanto que o casal, encontrou seu primeiro objetivo...

Floresta da Tortura - Página 3 J9YmGex
(Imagem Ilustrativa)

As árvores secas abriram espaço naquele ponto para uma cadeia de árvores enormes, troncudas e tão antigas quanto o próprio tempo. O cheiro de podre já não era mais o destaque naquele ponto. A floresta não parecia mais tão amaldiçoada naquele ponto. Afinal, lá no alto dos galhos, o que se destacava mesmo era um ninho de proporções colossais. Tão grande que mais parecia uma grande estrutura, quase um castelo, com muitas pontes, muitos galhos, e um perfume doce de mulher por todos os cantos. E acreditem ou não, acolhidos nas partes de baixo de toda estrutura, haviam milhares de ninhos menores com grupos de Paragons em cada um. A maioria adormecidos, alguns até se alertaram com a chegada de Hotah, mas não tomaram qualquer reação. O que chamou ainda mais atenção.

O silêncio naquele ponto só não era completo pois Hotah ainda dilacerava com voracidade os pequenos e frágeis ossos daquele pássaro que capturou no caminho. Lisbeth, por sua vez, chegou logo em seguida, ainda no solo. Percebeu que a terra foi ficando úmida durante todo o caminho e agora, encoberta por um lodo ou água salgada, algo assim. Certamente estavam bem perto da costa. Tão perto que até mesmo neblina com uma pitada de maresia ganhava espaço nos arredores do solo. O ambiente também era um pouco mais fresco, quase frio eu arrisco dizer. A meio-demônio então viu Hotah, à uns poucos galhos de distância do grande Ninho das Harpias. Bastava um salto e o Feral estaria lá. A dúvida era se as pontes do ninho eram mesmo resistentes a ponto de aguentá-lo lá em cima? E em suas observações, Lisbeth teve a estranha sensação de sentir um arrepio na nuca. Talvez fosse fruto daqueles milhares de olhinhos avermelhados dos Paragons em seus respectivos ninhos, observando-a de longe, sem tomar qualquer reação, apenas....observando.

Por que os pássaros não se moviam? Nem mesmo na presença de Hotah?

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Mensagem por Sylia Albath Sáb Jun 25, 2016 2:24 am

Com o cheiro fresco da presa, em meio a minha disparada, acabei por detectar outro daqueles pássaros suculentos, parei por um instante, olhando ao horizonte no leste em silêncio, após me certificar de que só havia aquele pássaro por ali, comecei a o seguir em alta velocidade, movimentos fluídos e silenciosos me guiavam por entre aquela floresta escura, a noite eterna de Takaras facilitava a vida de quem desejava ficar a espreita - Sendo caçador, ou caça. De qualquer maneira, mesmo em uma perseguição longa daquelas, não havia detectado nenhum outro animal pelo caminho. Uma área extensa e totalmente dominada por aquelas humanoides? Sinceramente, estranho demais.

A ave não possuía dificuldade alguma de seguir seu caminho em voo, e também ela decidia seu caminho, o que lhe dava vantagem, mas não o suficiente, basicamente em seu ninho, consegui a abater minha presa, a área perdia seu clima sombrio, era mais aberta, com árvores imensas e ar mais limpo, comia apenas as partes mais apetitosas do animal, o jogando para longe - Vai que o réptil não é tudo isso e corre desesperado atrás de comida?
Era possível perceber uma árvore em especial, tão grande quanto uma colina, cheia de ninhos, e nesses ninhos, cheios de pássaros para um banquete, infelizmente - Ou felizmente? - Minha fome já havia passado, a corrida podia ser chamada de aquecimento, mas meu corpo ainda estava frágil graças ao veneno que me foi atingido a pouco tempo, o que não me deixava 100% após uma caçada daquelas, nada que me fosse me impedir... espero. Olhando para a palma da minha mão direita, com um pouco de sangue, fechava o meu grosso punho, descendo a árvore que me encontrava e ficando próximo da meia-demônio que logo chegava, os pássaros me observavam, mas nada faziam, o chão era úmido, estaríamos próximos de água? Répteis costumam viver em ambientes assim, certo? Os perigosos, ao menos. Estaria certo meu palpite? Algo me dizia que sim, já meus olhos diziam que não, pela quantidade de súditos que as harpias tinham, podia compreender como dominavam uma área tão grande ''sozinhas'', e como seria arriscado caçar por essa área. Mas como eles não atacam sozinho, talvez só precise se preocupar com as três?

- Você por acaso viu alguém? Meu instintos já estavam mais sobre controle a esse ponto, mesmo uma caçada simples havia me satisfeito pelo momento, me mantinha em cheque da besta selvagem, que ao primeiro olhar na caça principal, me faria acordar novamente para um modo mais selvagem.

- Não acho que ele seja louco a ponto de entrar no ninho delas, esse chão nos dá facilidade de rastreamento, se perceber pegadas ou algo, avise. Ele pode se camuflar, o que significa que pode chegar a ficar invisível aos olhos desatentos, e até atentos, então cuide com os sons da água também.

Uma leve neblina dificultava a visão plena, mas isso não era de tão mal quanto a quantidade de pontos cegos no meio da floresta completamente fechada, o cheiro ainda era forte das fêmeas, porém o cheiro de sangue sobressaía graças a meu rápido banquete anterior, a única dúvida que me perambulava era se ele estaria mesmo ali, répteis gostam de locais frios? Tanto faz.
- Bem, vamos procurar ele pelas redondezas, talvez seja uma caça que dure dias considerando a área imensa, mas pretendo acabar isso em uma noite.

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Mensagem por NT Bird Ter Jul 05, 2016 3:20 pm



Hotah & Lisbeth



Estaria certo o palpite do Feral? O réptil escolhera aquele ambiente por ser úmido o bastante para agradá-lo? Comida abundante? O melhor esconderijo contra as suas inimigas naturais - as harpias - ou só um método de não ser detectado por elas?

Eram tantos os palpites...

Mas eles estavam no lugar certo, na hora certa. Só não se sabe se pelos motivos certos, hmm?

A meio-demônio andou na frente, passos leves como só os que ela poderia dar em comparação a todos ali. Ela era a mais delicada, considerando também suas asas que reduziam o impacto de seus movimentos. Era como se ela estivesse planando na água, mas ainda assim caminhando. Os olhos dela vasculhavam o ambiente depois do alerta dado por Hotah sobre ver alguém. E a garota não viu nada. Lembrou-se apenas da sensação de frio súbito que sentiu há pouco, como um arrepio na espinha, mas que agora já havia passado. A neblina era bem frágil, não atrapalhava tanto a visão e ainda assim deixava transparecer aquele exército de incontáveis Paragons escondidos nos diversos ninhos da grande árvore. Os olhos brilhantes das aves acompanhavam cada passo da dupla, minuciosamente, como se fossem apenas espectadores de algo maior. Continuavam olhando...olhando...

Até que Hotah tomou uma decisão pela dupla; procurar nas redondezas. Já que não estavam oferecendo perigo suficiente para serem atacados, então porque não aproveitar disso?

— RAAAAAAAAAAAAWWW! — Não tão cedo, mandou dizer o primeiro grupo de pássaros. De repente, assim sem motivo aparente, aquele primeiro grupo lá em cima mais pra direita, começou a gritar, agitado. Gritavam, incessantemente, irritantes! Não bastasse isso, outros grupos começaram a se manifestar, todos gritando juntos, uma orquestra infernal praticamente atordoando todos os sentidos de Hotah por alguns segundos, mas nada que viesse a machucá-lo fisicamente, afinal não eram gritos agudos, e sim mais graves, assustadores eu diria.

Lisbeth teve a impressão de sentir aquele calafrio de novo, começando no pé da orelha e seguindo pelo pescoço e depois pela espinha. Um horror de sensação!

E então, quando veio o silêncio tão desejado pela dupla mesmo que fosse para um breve momento de alívio, aquela voz ecoou;

— Huhuhuhuahahahaha! — Começou, gargalhando. — Vocês acreditam mesmo que são capazes de me caçar? Mesmo quando aquelas três com esse exército de pássaros cuspidores de fogo não conseguiram? — Debochou.

E é importante dizer; sabe-se-lá de onde vinha aquela voz! Ela simplesmente ecoava por todos os cantos. O barulho dos pássaros foi tanto que deixou impossível para Hotah distinguir de onde vinha. Mesmo Lisbeth, que não tinha uma audição tão aguçada a ponto de ficar danificada com o barulho, conseguiu ter alguma pista. Simplesmente ouviram, de todos os lados, e por algum motivo sabiam de que se tratava da voz daquela criatura que caçavam. Ao menos sabiam agora que era uma criatura racional, sabia falar!

— Tchhhh! — Espirrou. Acreditem, aquele barulho horroroso que ouviram era um espirro. — Como eu odeio esse cheiro de vocês, fêmeas humanoides! Pra quê tanto perfume?! — Bradou, com a voz meio catarrada.

— craaaww! CRAAAAAAWW! — E nisso os pássaros voltaram a gritar, quebrando o silêncio e voltando a atordoar a audição de Hotah como se estivessem todos sincronizados. E o mais esquisito é que o motivo dos pássaros estarem agindo assim parecia ter alguma ligação com a presença do tal réptil ali, restava saber se era uma ligação negativa ou positiva.

O feral ainda tinha como opção sair do foco dos pássaros e continuar sua procura nas redondezas, enquanto Lisbeth, bem, a garota precisava decidir o que fazer a começar por lidar com esses arrepios que sentia constantemente desde que chegou. Ao menos uma certeza ela tinha, não era nada do além ou com relação a energias. Era como se estivesse sendo observada, muito de perto. Estranha sensação que Hotah só sentiu muito brevemente quando ficou perto de Lisbeth, como se houvessem três ali, e não dois.


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Mensagem por Sylia Albath Sex Jul 08, 2016 10:36 pm

Repentinamente os pássaros começavam a fazer um grande barulho, uma reação inesperada considerando o dado momento. Algo havia ocasionado aquilo, e se não somos nós...

- Ele... Sussurrei, abafado demais para sequer poder me ouvir graças a orquesta de berros aterrorizantes, soava como um cenário de terror.

Mesmo não sendo prejudicial, o barulho excessivo me deixava muito desconfortável, era aquela sensação constante de algo errado, algo faltando, uma inquietação angustiante que parece piorar, deixando cada vez mais aflito, e minha teoria logo se confirmava com a voz de outra pessoa naquele local, era impossível identificar de onde, mas era ele, ele realmente estava lá.

Vocês acreditam mesmo que são capazes de me caçar? Mesmo quando aquelas três com esse exército de pássaros cuspidores de fogo não conseguiram?
- Só existe duas coisas no mundo, novato Respondi em um tom alto, tentando sobrepor os pássaros e me comunicar com ele - A caça... e o caçador. No fim desse dia, veremos quem triunfará! GUR HAH HA HAH!

Meus lábios se contorciam em um tipo de sorriso conquistador, realmente estava no local certo, era a hora da caçada. Ele podia sentir o cheiro da meia-demônio, isso significava um ótimo olfato ou... ele estava próximo o suficiente.

Precisava agir rápido, porém não podia me precipitar, se ele estivesse por ali, poderia ver a água se mover de uma fonte diferente, criando ondulações de onde não deveria vir - E também poderia ser enganado com uma simples folha caindo na superfície. - Era um jogo arriscado, e nesse tipo de jogo, a adrenalina costuma ser maior.

Se a voz soasse distante demais para ondulações simples me alcançar ou não visse nenhuma durante um bom tempo, fecharia os olhos, ignoraria os sons e me concentraria na simples caça, utilizando o máximo do meu instinto, e literalmente sendo guiado em base nele para qual direção deveria avançar, de modo quadrupede para priorizar a velocidade. Seja por lógica ou instinto, não ficaria parado sabendo que ele estava próximo, e se em ambos falhasse, gritaria novamente, provocando ele; Está com medo de me enfrentar? Defina uma área, e vamos brincar de pega a pega! Se não nos enfrentar logo, acabará cercado e será seu fim. Vamos lá... eu não vou demorar! GUR HAH HA HAH! Com uma face amedrontadora e gesticulando com a mão, dava mais efeito a minha provocação.

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Mensagem por NT Bird Sex Jul 15, 2016 4:59 pm



Hotah & Lisbeth



— Se é o que deseja... — Sussurrou em resposta ao desafio de Hotah.

E por mais estranho que fosse, o feral sentiu, sentiu como um sexto sentido, que um mau presságio lhe acompanhava nas sombras. Sentiu de maneira que não podia explicar; uma presença que caminhou nas sombras, tão delicada quanto o próprio balançar das folhas das árvores caindo no Outono. Seus olhos acompanharam aquela visão enquanto seu corpo, em êxtase pelo sentido, estava completamente imóvel.

E no que o olhar do Feral o acompanhou, foi de encontro a Lisbeth. Um último encontro? — é o que pareceu.

E então um sumiço.

A garota parecia ter sido abduzida por inteiro sabe-se-lá pelo quê. Foi como se num piscar de olhos ela sumisse. Mas com sua audição apurada, mesmo em meio aos gritos dos pássaros, Hotah compreendeu que não foi um desaparecimento comum. Ele ouviu, o barulho dos dentes rasgando a pele, alcançando ossos, esforçando-se para quebrá-los. Já a voz da garota? Inaudível. Talvez ela nem tivesse morrido, apenas desaparecido e aqueles barulhos eram consequência desse sexto sentido inexplicado que o Feral sentiu agora pouco.

O corpo de Hotah simplesmente não respondeu aos estímulos. O fato é que tudo aconteceu tão rápido que mesmo se ele tentasse, não conseguiria. E quando recobrou os sentidos, seus pelos se arrepiaram e focando em Tato e Visão, Hotah começou a compreender mais a linguagem dos seus sentidos. Diferente do que as Harpias disseram, a tal criatura não conseguia apagar completamente sua presença. O Feral estava sentindo-o ali por perto, não sabia explicar como e nem precisava, afinal o único que tinha de compreender isso era ele mesmo.

Seguir o instinto

Procurou a primeira ondulação na água, procurou qualquer mínimo motivo que fosse para que toda sua bestialidade saltasse pra fora num rugido com os caninos a mostra. E nem mesmo os gritos irritantes dos pássaros conseguiram calar o Feral. Talvez pelo desaparecimento da colega, uma outra força ganhou espaço em seu rugido, seria vingança? Ou simplesmente por não querer ser o próximo?

Avançou. Lançou-se num impulso, braços na frente com músculos saltados e prontos para uma corrida selvagem. Pisou na água como um elefante, tamanha força embebida no movimento. E nisso sentiu de novo aquela estranha comunicação de seus sentidos para consigo mesmo. Era quase como um sussurro, bem de longe, mas tão perto... uma brisa passageira.

— Rsss.... — Debochou a criatura.

E finalmente Hotah teve certeza de que não estava louco. A criatura existia sim, e passou bem do seu lado como uma sombra mas ele não viu. Só sentiu. Ouviu. E não estava longe de tocá-lo. Os pelos se arrepiaram novamente, reação tardia do seu sentido tátil, como se alguma coisa lhe oferecesse perigo estando por perto, mas já era tarde, a criatura desapareceu nas sombras outra vez. Nenhuma ondulação na água então, nenhum sinal. E os pássaros pararam de gritar, olhos observadores, atentos. O silêncio reinou naquela porção da floresta. Foi como parar no tempo, e junto disso, Hotah parou sua investida. Estava de quatro, cabeça meio abaixada, ouvidos atentos e sentidos em neurose.

— O que foi, gatinho? Já desistiu? — Falou a criatura ao ver Hotah de cabeça baixa.

E foi aí que o Feral teve a impressão, como uma tontura ou um borrão, de ver algo se mover através do reflexo da água. Era como se em algum ponto a iluminação estivesse esquisita, mesmo que se olhasse para aquele ponto com seus próprios olhos, não visse nada. Estava tudo apenas no reflexo. Mover o braço um único milímetro tornaria a água turva e então o Feral teria certeza de que aquele borrão sumiria. Estava delirando? Talvez fosse culpa do perfume inebriante de Lisbeth.

Ou talvez fosse só o medo de acabar virando a caça essa noite?


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Mensagem por Sylia Albath Sex Jul 15, 2016 8:31 pm

Em um simples instante que parecia durar minutos, a mulher que se encontrava atrás de mim simplesmente desaparecia.
Sem rastro algum, sem pista alguma, o máximo que pude obter daquilo foi a certeza de que ela estava morta, o som em meio aos gritos me deixava atordoado, foi uma mordida? Ele engoliu ela por inteiro? Impossível, apenas um dinossauro faria tamanha atrocidade. E se fosse o caso, eu estava em perigo.

Não, eu não estava com medo de uma caça, porém sabia das regras, não se deixar abater é uma delas, não se tornar a caça é outra. Na situação que eu me encontrava, logo não poderia seguir mais regra alguma.

" Uma criatura tão imensa poderia ser furtiva? "

Me soava impossível.

Porém meus instintos me guiariam, aquela seria a brecha, podia pressentir que ele estava por perto - Sua aura exalava o desafio? Ou meu desejo de sobrevivência criava uma barreira envolta de onde me encontrava?

Com uma forte investida, saltei golpeando onde pensei estar meu adversário, entretanto no meio do ataque senti novamente sua presença - ATAQUE OU ESQUIVA?!

Intensifiquei meus braços para certificar que o destruiria se tocasse, enrijeci a barriga para suportar um ataque e acertei o nada, apenas ouvi sua risada passando.

" Preciso compreender logo! "

Sua próxima provocação me pôs em êxtase, não poderia mais fugir, minha honra seria capturada aqui, e seria apenas um caçador medíocre vagando.

Algo me chamou atenção, por algum motivo, o reflexo da luz na água parecia irregular - A luz!

O que torna as coisas visíveis é a luz, algo refletido na água cria um reflexo atrasado, irreal, uma simples pesca de peixes ensina essa teoria. Agora, se ele refletir toda luz, poderia se tornar invisível?
Suas escamas fazem isso? Ainda sim, e os olhos? Ele utiliza magia? É possível fazer isso?

Não importa, eu havia uma pista, e se essa falhasse, havia outras duas para me certificar de que ele não fugiria.

Com um forte impulso usando as patas traseiras dei uma investida, enquanto com as dianteiras, ergui a mão direita com uma porção de água, golpeando aquela área irregular e arremessando água junto, com garras a fora.

Se ele estivesse lá e eu o tocasse, seria o fim de sua camuflagem.
Se ele desviasse, mas estivesse lá, a água que até então flutuava em uma direção, pararia ou desapareceria, e sabendo seu destino, usaria a garra presa a minha mão esquerda.

Se mesmo assim falhasse, golpearia a água e solo, arremessando ao meu redor, e verificando se em alguma direção dos dejetos ocorreria algo.

" De alguma maneira devo conseguir pegar ele! "

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Mensagem por NT Bird Seg Jul 18, 2016 4:15 pm



Hotah & Lisbeth



Por um instante deve ter sido difícil de acreditar que era com aquela criatura que Hotah estava lidando. Primeiro vieram os olhos, esbugalhados, movimentando-se freneticamente como se estivessem em puro frenesi. O animal estava com fome. Lisbeth não foi uma refeição suficiente, dava pra ver isso pela maneira como os olhos do bicho regulavam cada parte do corpo de Hotah. E a boca do bicho? Bem, parecia grande o suficiente para devorá-lo sim se essa era a dúvida. Basta tirar como exemplo a meio-demônio; de repente o corpo dela pareceu tão pequeno que não era surpresa se aqueles dentes tivessem-na mastigado sem dificuldade. Talvez por isso aquela sensação de ouvir os dentes rasgando a pele, tentando quebrar os ossos e tudo mais. Mas apesar de tudo, os dentes não eram o pior, eram até menos intimidadores que os do próprio Hotah. A questão era o tamanho da criatura mesmo. Ele era provavelmente quase 2 vezes maior que o Feral. Tão grande quanto a copa das árvores ao redor do grande ninho das Harpias. Tinha dois chifres no focinho, bochechas largas e distantes uma da outra, abrindo espaço para uma boca de sorriso marcante. Era maledicente, dava pra sentir isso só de olhar!

— Surpresa... rss.. — Debochou, deixando a língua escapar pra fora, saltando entre os dentes. Saliva escorria em abundância junto de um misto de sangue com cheiro de Lisbeth, dava pra sentir de longe.

E os dois se encararam por um curto período como se todo o mundo tivesse parado somente por aquele momento.

...

Acontece que, aquele borrão que Hotah avistou na água era sim uma pista. Não necessariamente relacionada a qualquer que fosse a habilidade do réptil, mas sim, relacionada a sua posição atual. Não importava como ele fazia aquele truque, importava que essa era a primeira chance do Feral se colocar cara a cara com ele e então ter seu primeiro avanço se comparado com as Harpias. Oras, ele precisava saber fisicamente o que estava enfrentando! Precisava de formas! Algo material pra caçar de verdade.

Lançou-se numa investida agressiva, viu o borrão se mexer um pouco de uma maneira estranha como se estivesse analisando se realmente estava no alvo e se deveria fugir ou não. O Feral não se intimidou. Ergueu a garra esquerda lançando uma boa quantidade de lama e da água em cima daquela direção. A espera finalmente acabou. Hotah não dependia mais somente de seus sentidos, viu ali com seus próprios olhos quando a água bateu em algo sólido e foi escorrendo pelo resto do corpo. Revelou primeiro uma silhueta esquisita, uma criatura quadrúpede que rapidamente correu, escalando uma árvore logo atrás. Aquilo que deveria ser sua fuga, não se revelou tão eficaz. Quer dizer, escapou do movimento agressivo com as garras que Hotah desferiu, no entanto, a custo de sua camuflagem. Enquanto contornava a árvore, o réptil foi ganhando forma. E vejam só, Hotah não esperou que ele desaparecesse de novo não! Ignorou as provocações e se colocou em um estado de fúria, pisando e jogando água e lama pra todos os lados como se soubesse que o bicho agora não tinha como escapar.

E realmente, não teve. Com tanta lama assim, o borrão ganhou silhueta, a silhueta ganhou forma, a forma apresentou um grande...Camaleão!

...

Floresta da Tortura - Página 3 NBu0bvz
(Imagem Ilustrativa)

— Você realmente é muito mais ágil do que aquelas galinhas, tenho de te parabenizar por isso. — Falou, já no alto da árvore, esbanjando confiança de sua nova aparência. Não que ela fosse intimidar Hotah, afinal, o Feral certamente já caçou coisas daquele tamanho. O fato é que agora não havia mais pra onde fugir exceto o combate frente a frente. A distância entre a árvore onde estava o camaleão e o lugar onde estava Hotah talvez não fosse mais do que 3 metros.

— Acho que você já percebeu não é? Que aquelas Harpias não estavam me caçando. Elas estavam na verdade... — Uma breve parada para lamber os dentes novamente. — Caçando PARA mim. — E seus olhos giraram em 360º como uma criatura de outro mundo. Esquisito.

Aliás, não foi a única coisa esquisita que Hotah percebeu.

Assim que o disfarce do Camaleão se desfez, o feral também percebeu que os arredores começaram a mudar. Aos poucos, as árvores ganhavam um aspecto vivo, as copas das árvores ganhavam folhas, o verde voltava a ganhar destaque como se sempre estivesse ali mas escondido. E agora voltava... gradativamente. O Ninho das Harpias, no entanto, permaneceu imutável assim como os tais Paragons. Os pássaros não se atreviam a mover um só músculo, ficavam observando em silêncio.

Importante salientar que as cores do lugar aos poucos se assemelhavam às cores do corpo do Camaleão. Sua cauda, grande por sinal, já estava ficando difícil de enxergar naquela imensidão verde. E o réptil sorriu mais uma vez.

— Achou mesmo que minha camuflagem era tão frágil assim? Óh, não, por favor! Isso estragaria toda a diversão, rs. — Debochou de novo, confiante. As garras lascaram um pouco do tronco da árvore em que estava pendurado enquanto a cauda balançou de um lado para o outro até gradativamente começar a desaparecer a olho nu. O resto do corpo ainda estava iniciando o processo, então Hotah ainda conseguia vê-lo por mais um tempo. Via também o sangue de Lisbeth dançar por entre os dentes sorridentes da criatura. Afinal, o que diabos era aquilo, um tipo de jogo macabro que o Camaleão gostava de fazer com suas presas?

Quem era a caça afinal?


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Mensagem por Sylia Albath Ter Jul 19, 2016 12:35 am

Minha investida fazia o borrão se locomover, arremessando água e lama naquela direção, os dejetos batiam no ar e começavam a deslizar.
A criatura então rapidamente tentou escapar, porém mesmo sendo um felino, não gosta de brincar de gato e rato, rapidamente joguei mais material para todos os lados, visando o cobrir o suficiente para manter o encalce e acabar com isso, ele então aos poucos começava a ficar visível - Sua silhueta, ao menos.

Logo, em cima de uma árvore próxima, começava a desfazer a sua camuflagem, demonstrando uma espécie de camaleão gigante, babando e com sangue nas presas.

" Presas grandes são mais fáceis de acertar. "


Ele logo então começou seu ''discurso'' em meio a luta, enquanto eu dava alguns passos vagarosos, até o momento em que ele disse algo peculiar.
— Acho que você já percebeu não é? Que aquelas Harpias não estavam me caçando. Elas estavam na verdade... Caçando PARA mim.

O olhei com desprezo e desdem, com uma aura maligna e olhos mortos. - E dai?

Nada daquilo importava, todo aquele blábláblá, era inútil. Eu simplesmente cacei por querer algo interessante, seja como for, quem se opor ao grande Hotah, será caçado.
Peguei o fio de cabelo guardado da meia-demônio, o cheirei profundamente enquanto percebia que o ambiente começava a mudar de coloração gradualmente.
- Quer me provocar tendo matado minha companheira? Desculpe, mas apenas me livrou de um fardo, estou grato, e como gratidão, irei lhe mostrar isso.

O cheiro de sangue dela nele me deixava em certo frenesi, o perfume agora de seu cabelo nas minhas narinas guiava ao perfume impregnado nele, e antes que ele terminasse sua última frase a respeito de sua camuflagem, estava na hora de mostrar que esse podia ser um jogo de rato e rato.
Minha aura simplesmente desaparecia, e toda minha aparência começava a piscar em um tom amarelado, logo ainda agachado, golpeava a água para todos os lados, erguendo uma barreira a minha frente de água e agitando todo o solo, conjunto daqueles golpes joguei bolas de lama para cima, que cairiam com força, criando ondulações próprias, e no momento que a água caísse, já estaria invisível.

Em passos largos, sutis e, ao mesmo tempo, firmes, me aproximava da criatura indo pelo lado que seu corpo mais se inclinava, tentando predizer que, no momento que não me enxergasse, tentaria trocar de posição para não ser pego.
Se fosse ágil o suficiente - O como se mostrou até agora - De sair da árvore antes de um pulo meu nela, usando o pé como impulso para ir até onde ele se encontrava, tentando fincar as garras presas na minha mão esquerda em seu tórax, utilizaria o impulso do pé para seguir o rumo que ela tomaria, e por instinto, audição, visão, tato ou olfato, o atacaria no ar, sem como esquivar, e rasgaria ele com a garra presa na mão esquerda, socaria-o com a mão direita e, com as presas, arrancaria um pedaço seu.

É claro, estaria atento a seu rabo, pois quando pisasse na árvore, ele sentiria onde eu estava finalmente, até então ocultados meus passos pelos "passos" do barro caindo, poderia me derrubar com um golpe invisível fácil - Invisível, mas previsível. - Utilizaria minha ombreira para bloquear o ataque, agarraria sua cauda com a mão direita e puxaria com força para baixo, girando o braço esquerdo como se fosse o arranhar, com as grandes lâminas presas, seria mais fazer um "sushi" da sua cauda.

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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por NT Bird Sex Jul 22, 2016 5:09 pm



Hotah & Lisbeth



Daquele momento em diante era uma briga pela grande espreitada! Quem colocaria as garras ou presas na caça primeiro?

Importante dizer que aquele era um jogo pra dois. Digo, a história da tal camuflagem. Enquanto o camaleão perdia tempo tagarelando, o que é típico de vilões, o Feral aproveitou pra traçar o seu plano. Claramente um caçador mais experiente. Papo vai e papo vem, Hotah fez questão de deixar claro que aquela história sobre as Harpias não passava de baboseira. Balela! O que lhe motivava ali, naquele instante, era o simples desejo de ter as escamas do grande camaleão sangrando em suas presas. E veja bem, não estava muito longe de conseguir não...

Começou entrando em surto. Há quem diga que foi por causa do cheiro de sangue perfumado da meio-demônio, saudosa Lisbeth! Ainda morta fez questão de deixar a sua assistência, hmm? Então voltando ao frenesi de Hotah, um monte de lama, barro, água - e tudo que há de mau cheiroso -, uma espécie de espelho d'água se ergueu ao redor do feral. O Camaleão olhou intrigado, ainda aguardando sua camuflagem funcionar e garantir-lhe um salva-vidas. Entortou de leve o pescoço, flexionou as patas na árvore preparando-se para o pior ou para uma fuga inesperada quem sabe, mas a atenção mesmo estava voltada para o tal espelho d'água. Espreitou o olhar, estava mesmo curioso.

— Ora, ora... o gatinho vai querer entrar no jogo? — Debochou, largando a língua pra fora junto de uma gargalhada medonha.

Mas é aquele ditado; quem ri por último ri melhor. E nesse caso, bem, ele riu cedo demais.

— Rgg-grww... — Engasgou, atingido. E como num piscar de olhos, mesmo invisível, o camaleão se viu atingido. Sentiu de repente uma mordida extremamente forte afligir seu abdômen mais voltado pro lado esquerdo. O sangue jorrou, incolor. Isso mesmo, o sangue do bicho era incolor feito água, só um pouco mais pastoso. Que esquisito? O fato é que lá estava Hotah, pendurado na árvore segurando-se com a própria boca no abdômen do bicho. Mordeu tão forte que nem uma rabada meramente reflexiva do réptil foi capaz de livrá-lo dali. Digamos que a ombreira reduziu parte do impacto sim, mas a mordida fez o trabalho por si só. Dali em diante o réptil se desequilibrou, Hotah aproveitou a chance e apoiou os pés na árvore meio que quase de ponta cabeça. Agarrou a calda do bicho com as duas mãos, fincou-lhe as garras ali e então um movimento arriscado; usou o peso do próprio corpo junto da força pra puxar o camaleão e jogá-lo no chão. A lama jorrou pros lados de novo enquanto o réptil se debatia nela tentando estancar o próprio sangramento e também tentando fugir, mas era tarde. Sua camuflagem já não estava mais em perfeito estado depois da mordida recebida. Hotah também não estava mais camuflado, mas tinha agora seu momento; estava frente a frente com o bicho.

Daí começou a luta livre.

— RAAAARR! Desgraçado! — Bradou o lagarto num súbito de coragem. Alvejou uma rasteira no Feral mas Hotah escapou graças aos vestígios de sua habilidade que lhe forneciam sentidos ainda mais apurados. Saltou, caindo direto em cima do lagarto que estava de barriga pra cima. Garras fincadas no estômago do bicho, rendeu mais uma cicatriz pro camaleão, mas em compensação rendeu outra pra Hotah. Com a pata dianteira direita, o réptil desferiu-lhe um bofetão no pescoço tentando tirá-lo de cima de si. Desta vez não teve ombreira que segurasse o dano, foi um golpe certeiro, desequilibrou o feral e o deixou meio atordoado pelo impacto. Daí o lagarto rapidamente contornou a situação e com muita flexibilidade colocou-se de pé, ou melhor, enrolado, no corpo de Hotah tentando imobilizá-lo. A cauda foi direto puxando o braço direito do Feral, forçando-o para traz enquanto que o resto do corpo o réptil forçou por cima de Hotah tentando derrubá-lo e imobilizá-lo no chão. O bicho insistia em dar patadas aos montes visando impedir mais movimentos ofensivos ou mesmo para dar-lhe algum bom dano.

— Eu já consigo sentir o gosto dos seus ossinhos, gato insolente! — Dizia, deslizando a língua pelo pescoço de Hotah num movimento asqueroso que causava arrepios.



    Status
  • PV: [][][][][][][][][][] (80%)
  • PE: [][][][][][][][][][] (75%)
  • OBS: Vamos supor que sua habilidade tenha gastado 25% pontos de energia. Vou considerar, tecnicamente falando, que o aumento dos seus sentidos também garante um buff de 50% em sua agilidade e destreza, o efeito do buff dura 2 turnos contando com o usado e vai diminuindo gradativamente; nesse turno você ainda tem o buff de 50%, no próximo cai pra 25%, e por último volta ao normal.



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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Sylia Albath Sáb Jul 23, 2016 7:29 pm

A estratégia dava certo, chegava furtivamente e cravava meus dentes na lateral esquerda da minha presa, um sangue incolor jorrava e seu golpe não era o suficiente para me derrubar, aproveitando o golpe tão bem executado, tentei forçar sua queda, pois combates aéreos não eram exatamente minha especialidade.

Usando a cauda que a pouco me acertou, finquei minhas garras e rasguei sua pele, puxando-o em conjunto de meu corpo para baixo, a água e lama voava com o impacto dele no chão, e sua camuflagem voltava a falhar, a um ponto que me parecia impossível voltar.

— RAAAARR! Desgraçado!

Seu grito me fazia rir, tanto falou, e no fim não era de nada. Depois talvez fosse caçar as três harpias? Uma poderia me satisfazer antes da morte, já que minha companheira havia sido devorada. Bem, faremos as coisas em ordem, primeiro irei me deliciar com essa caçada!

Tentou acertar-me uma rasteira, contudo seus movimentos não eram tão rápidos, consegui saltar, caindo em cima dele, finquei a garra da mão esquerda profundamente em eu tórax, porém um golpe do mesmo lado me jogava com força no chão - Huh, subestimei sua resistência, hein? - Com isso em mente, tentei me focar na batalha, uma leve tontura graças a pancada me fazia ficar desconfortável, ele logo subiu em mim, tentando me imobilizar e batendo com as patas me desequilibrando, por um momento me passou a cabeça que ele seria um oponente digno, mas só por um momento.

- Amador...

Imobilizava meu braço mais forte - Mas não o armado. E sua língua, passando perto de meu rosto, parecia um convite para me livrar daquela situação. Me encolhi, quase deitando usando as pernas dobradas como apoio, seu peso imenso fazia eu manter a constante vigilância para não ceder e cair, entretanto isso acabaria agora, no momento que encolhia meu corpo, mordia sua língua com força, puxando-a para baixo, então me impulsionava com força o pouco que conseguia com as pernas para cima, e usava a cabeça e corpo a pouco abaixados como alavanca para bater em sua cara. Com azar, a sua língua agora rasgada e perfurada pelos meus dentes seria arrancada pela sua própria boca com a pancada, fechando a mandíbula dele, com sorte, minha cabeçada pegaria em seu nariz - Ou protótipo disso - E tentaria quebrar ele.

Ah, é claro, apenas isso seria tolice, pretendia acabar com aquilo no ato, minha mão esquerda que estaria livre subiria junto no momento que puxasse a língua dele para baixo na mordida, antes da cabeçada, e golpearia com um "gancho", tentando rasgar sua cara antes da cabeçada, e após isso, giraria o braço na altura da minha cintura, enfiando a garra nas "minhas costas", perfurando ele, como se fosse me coçar.


Se no agachamento, ele sobreposse minha força com seu peso e tamanho, jogaria todo meu corpo para baixo, girando junto e tentando livrar minhas pernas, mesmo que se mantivesse em cima de mim, com as pernas não mais dobradas, poderia rasgar ele com as garras laterais, como um gato se coçando.

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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por NT Bird Ter Jul 26, 2016 8:58 pm



Hotah



De fato; o Camaleão subestimou sua presa. Hotah tornou-se o caçador, aliás, se é que um dia deixou de ser, hmm?

A tentativa do camaleão de usar o peso do próprio corpo para derrubar Hotah falhou. O Feral também sabia como usar o peso a seu favor, aproveitou a oportunidade e flexionou um pouco as pernas como se estivesse indo deitar no chão, mas ficou num meio termo apenas para ter o lance do peso em mãos. Nisso sentiu a língua do cameleão lamber seu pescoço, deslizando pelo rosto num movimento asqueroso. Não perdeu a chance, avançou com seus caninos pregados na língua do réptil e concomitante ao grito de dor que o bicho soltou, Hotah puxou-o fazendo com que a cabeça do bichano colidisse num gancho direto que o feral engatou num movimento ágil. Era justamente o braço armado, aquele livre? Foi mais que suficiente pra que as garras causassem um ferimento grave no rosto do animal. Se não fosse por seus chifres, certamente teria perdido os dois olhos.

O Réptil tentou recuar, desesperado, e foi então que percebeu que havia um outro sangramento; na boca. Metade - ou pelo menos a maioria - da língua foi arrancada depois daquele movimento. A língua morta ficou presa nos dentes de Hotah enquanto que o próprio camaleão se desvencilhava numa recua desesperada.

O caçador estava livre. Sua presa estava transbordando medo. Nem seu tamanho nem sua habilidade foi suficiente para sobrepor as habilidades de Hotah e agora o camaleão se via sem sua camuflagem e com três grandes ferimentos; um no tórax, outro na parte superior do rosto/cabeça, e um na boca onde sua língua foi cortada.

— Nghhhaaahhh! — Cuspiu o sangue num grito, afastando-se em passos rápidos porém desordenados, tropeçando na lama e batendo a cabeça no chão. Tentou fugir para a árvore mais próxima onde tentaria escalar se o sangue escorrendo não lhe derrubasse, é claro. — Ngmaaaaggldito! — Começou a falar de maneira esquisita, quase não conseguia pronunciar as letras como se estivesse pra se engasgar com o próprio sangue ou coisa assim. Dali em diante ficou impossível entender o que o bicho falava, só ficou resmungando coisas sem sentido.

Os pássaros todos voltaram a gritar, sabe-se-lá se estavam comemorando ou o quê; o fato é que um a um começavam a alçar voo, como se vissem estar livres de alguma ameaça ou simplesmente por medo que Hotah viesse caça-los assim que terminasse com o grande réptil. Quem estava no topo da cadeia alimentar agora? Era claro; o feral.

Não foi preciso um movimento como aquele - tentar coçar as costas - como o feral pretendia, pois agora estava livre enquanto que o grande réptil arrastava-se em desespero tentando fugir pela esquerda, procurando a árvore mais próxima que estava a mais ou menos 4 metros de onde Hotah estava.

Quanto ao Feral? Só uma leve dor de cabeça pelo movimento de antes.


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  • OBS: Vamos supor que sua habilidade tenha gastado 25% pontos de energia. O Buff de velocidade e destreza caiu pra 25% agora. Na próxima narração ele acaba ok?



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Floresta da Tortura - Página 3 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Sylia Albath Ter Jul 26, 2016 11:55 pm

O gosto de sangue em minha boca atiçava meus sentidos, a língua da criatura logo era arrancada e ficava presa entre meus dentes, como um chiclete mais consistente e nojento.
Pelo outro lado, o golpe com a mão esquerda parecia dar certo, era possível sentir a carne sendo rasgada pelas lâminas fixadas em meu pulso, curvas, entrando em sua pele e fazendo estragos.
Aquele dano repentino o fazia sair de cima de mim, recuar no momento que havia conseguido uma vantagem, demonstrando sua inabilidade de caçada.

" Falou tanto, fez tão pouco... Como aquela mulher inútil pode morrer tão fácil? "

O peso da criatura ainda sim era imenso, e após ele sair, meus pulmões se enchiam de ar mais tranquilamente, de modo que aliviava meus pelos há pouco ouriçados. A tensão em minhas pernas se esvaia, fazendo um relaxamento, permitindo o sangue circular e dando uma sensação de leve formigamento, logo me levantava e via a criatura em um estado deplorável, deixando um pequeno rastro de sangue na água rasa enquanto tentava falar de modo patético, colocava a mão direita na cabeça, uma leve tontura e dor na parte superior graças a cabeçada - Nada de mais, é claro, mas a pose ainda sim estava ótima. Logo então cuspia a língua dele no chão, com certo desprezo ao gosto.

Enchendo mais os pulmões de ar, soltei um longo suspiro de decepção, me virando bruscamente e largando ao ar em alto e bom som;

- Esperava que isso fosse mais divertido... essa caça... não me satisfez

O som dos pássaros, que até o momento se mantinham parados e quietos, começou a tomar conta do local, fazendo um ótimo cenário de terror, com uma água até os pés, sangue, barulho de animais voando e gritando, gemidos, uma leve névoa, escuridão... o problema é que naquele filme, só havia vilões, e o melhor vilão vence o jogo.

Comecei a correr em uma alta velocidade para um canto, costeando a área que o camaleão pretendia ir, subindo em uma árvore que me possibilitasse pular para outra, e outra, e quantas fossem necessárias, pra chegar onde ele pretendia antes. Por um segundo, eu poderia ter sumido de sua visão e audição provavelmente afetadas e desatentas pelo desespero, e repentinamente, surgiria acima dele, num salto de fé, utilizando ambas patas traseiras como golpe para o por no chão, e no momento que ele caísse, passar as cinco garras pequenas e afiadas em sua garganta, de modo que colocasse um fim àquela vida medíocre.

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Mensagem por NT Bird Sáb Jul 30, 2016 12:59 pm



Hotah



E assim num piscar de olhos, Hotah fez jus ao nome da floresta, mesmo não fazendo a mínima ideia de qual era.

A floresta da Tortura. Pelo menos pra alguém, aquilo fazia sentido.

O grande réptil cambaleou pra lá e pra cá, andando desengonçado e com pouca força nas patas talvez pelos espasmos de dor que o pressionavam a todo instante. Mesmo de longe era possível ver, os ferimentos e mais, o sangue que insistia em jorrar de sua boca, deixou-o completamente descontrolado. O camaleão tremia, como se estivesse levando choque em alguns momentos. Chegava a fraquejar, cair no chão até, quase afundar na lama, se não fosse o desespero em fugir é claro. Então ele insistia, persistia, levantava e corria de novo.

Hotah, no entanto, cuspiu a língua do bicho lá num canto e fez questão de deixar claro, em alto e bom som, que aquela caçada não correspondeu às suas expectativas. Pobre Réptil. No fim das contas sua habilidade de camuflagem podia até esconder muita coisa, menos a sua inferioridade ao Feral no quesito predador.

O mais novo caçador então saltou de onde estava, olhos atentos, sentidos a mil. Costeou a área por onde o réptil seguia, pulando de árvore em árvore mais próxima. E veja bem, o grande felino saltava com muita facilidade. Sua destreza e agilidade ainda estavam no auge, seus sentidos apurados garantiam um pouso perfeito em cada ponto das árvores para que não cometesse deslizes. Era um predador nato, frio e calculista. Determinou então o momento exato de pular da última árvore em direção ao réptil, há poucos metros ali na frente. Cruzou a última árvore à esquerda, saltou por cima de um galho forte mas que ainda assim rangeu com sua presença. Os últimos pássaros levantaram voo, o céu ficou encoberto de branco - os Paragons no geral tinham penas brancas meio acinzentadas - e ali foi como um grande Eclipse. A luz desapareceu e por um momento, tudo que o grande camaleão viu foram os olhos sedentos por sangue do grande predador albino caindo. Era algum tipo de anjo enviado para recolher sua alma?

E então veio o sangue.

Jorrou da garganta do grande camaleão tão fácil quanto as garras de Hotah podiam cortar. A violência da queda foi mais que suficiente pra imobilizar o bicho. Ambos rolaram um pouco pra direita, o réptil tentou contra-atacar com algumas patadas mas nada que fosse realmente importante. O Feral livrou-se das garras do réptil, imobilizou-o e por fim, dilacerou seu pescoço sem muito esforço. Estranha mesmo era a sensação de ver aquele líquido incolor jorrar no lugar do sangue. Pra quem está acostumado com o vermelho carmesim e aquele cheiro férreo, não viu nada disso desta vez. Era apenas... muito parecido com água, mas numa textura um pouco mais pastosa.

As penas dos Paragons em revoada começaram a tocar a superfície da água lentamente, carregando também os últimos suspiros do grande réptil que aos poucos engasgava com o próprio sangue e o corte na garganta. Os olhos do camaleão se esvaíram sem vida enquanto todo os arredores foram mudando de forma outra vez. Hotah, ainda em cima do bicho, sentiu-se no meio de um vislumbre, uma cena que dificilmente sairia de sua memória. O verde voltou a desaparecer, a luz voltou a ganhar aquela tonalidade escura e sombria de Takaras. As árvores estavam mortas novamente, o musgo desapareceu e restou apenas os fungos e a lama pantanosa e com cheiro de enxofre mas não tão forte. Dilacerar o pescoço do grande réptil foi também rasgar aquela realidade alternativa que ele era capaz de camuflar. No fim a grande verdade é que as habilidades de camuflagem do bicho não interferiam só nele, mas sim, no ambiente como um todo.

E ao cair da última pena, concomitante ao revoar do último Paragon, Hotah voltou a ver o lugar como realmente era. Sombrio, melancólico, desolado.

Aquela então era sua grande conquista? O fim da caçada?


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  • OBS: O buff da habilidade já acabou.


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