[Comum] Uma Ameaça de Outro Mundo

por NR Nayruni Sex Abr 12, 2013 5:54 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Como este post será sempre "relembrado" usarei seu começo para registrar o status dos personagens.

Jogadores:

Sassa
PV: -10%
EN: 65%
Status:
Sangramento abundante -10%
Atordoamento pela dor.

Silméria
PV: 20%
EN:
XP Adquirido:
Status: Queimaduras horríveis no abdômen.

Hayate
PV: 50%
EN: 00%
Status:
Espancado. Redutor de -80% em todos os atributos físicos e incapacidade de correr.

Lywan
PV: 90%
EN: 75%
Status:
Envenenado, -20 em Força, -10 em Agilidade e Destreza

por **Torak** Sáb Mar 22, 2014 6:41 am

Veneno. Foi a primeira coisa que passou pela cabeça de Hayate quando foi mordido. Por um instante se desesperou ao imaginar um veneno mortal, mas não permitiu que aquilo se transformasse numa morte prematura. Não parou de lutar. Queimou as teias que o envolviam usando sua espada e atacou o monstro que o mordeu. Sua força o abandonara em parte, o suficiente para não conseguir matá-lo de primeira, mas não desistiu. A luta seguiu intensa e o ettercap lhe atingia com suas garras, algo que Hayate sentia mas não se abalava. Com um golpe final arrancou a vida daquele monstro nefasto. Só então pôde ver o que aconteceu ao redor: dois ettercaps sumiram nos buracos do teto, Lywan havia derrotado uma das aranhas e a terceira delas estava morta com flechas logo atrás de Hayate. Logo percebeu que a elfa o salvara e não demorou para ela demonstrar suas habilidades de forma incrível, matando os dois ettercaps fugitivos com disparos certeiros. Surpreso, o lobo esqueceu da situação por um momento até que sacudiu a cabeça voltando a si.

— Uau. — Não deixou de falar. Não tinha problemas em mostrar-se surpreso. Deu alguns passos em direção à elfa. Parecia que ele estava irritado mas era apenas por causa de um corte acima da sobrancelha direita. — Minhas pulgas não me incomodam, e não posso evitar — Falou um tanto sem graça e dando um riso forçado, coçando a orelha demoradamente enquanto andava até Solvieg.

Ali usou sua espada para livrar o companheiro das teias, o que não demorou muito.

— Foi uma boa luta. — Não sabia que Solveig havia sido preso antes de realmente ter conseguido lutar, mas talvez fosse melhor assim. O homem estava intacto e seria útil mais pra frente. Logo Lywan dirigiu a palavra para Hayate que sequer deu muita atenção para a provocação. Estava mais preocupado com o fato do trio estar realmente demorando. Havia um impasse: talvez o escravo tinha razão, algo havia dado errado e isso fazia Hayate querer voltar para ajudar, mas sem ter certeza de que os encontrariam. Por outro lado não poderia abandonar o grupo em que estava. Trocaria o certo pelo duvidoso? O que Aldarion diria para ele fazer? Provavelmente algo inteligente ou estúpido. Um dos dois. Geralmente o último ou uma mistura de ambos. Algo como "Foda-se eles, cuide do grupo em que você está, porra! Tu seria um grande pau no cu se fosse atrás daqueles três! Eles que se virem!"

— Vamos continuar... — falou um tanto a contragosto. Antes disso tirou as bandagens de sua mochila para enfaixar suas feridas. Conseguiu lamber alguns cortes dos braços então não precisariam ser tratados. Já seu abdômen precisou ser enfaixado por conta da mordida e de cortes mais profundos. O corte acima da sobrancelha era pequeno e já havia secado. — Elfa, Raigor, tive uma idéia. Venham. — Levou os dois arqueiros até os corpos dos ettercaps. Cuidadosamente ergueu uma das presas pela base e a apertou ligeiramente, o suficiente para fazer pingar algumas gotas do veneno. Poderiam pegar de todas as aranhas ainda inteiras. — Coloquem em frascos e usem nas flechas. Estou muito fraco por causa disso, acho que vai nos ajudar.

De fato o veneno era forte e Hayate sentia a força lhe faltar. Mas não era nada fatal para sua sorte. Esperava que seu corpo se recuperasse rapidamente.

Caso o grupo já quisesse seguir em frente, o lobo abriria caminho com sua espada de fogo por entre as teias, mas não sem antes pegar sua mochila e tocha de volta. Enquanto iluminava a câmara, procurou por mais detalhes que pudesse ter deixado passar. Talvez houvesse alguém ou algo mais preso nas teias.

por Sassa Sáb Mar 22, 2014 10:55 pm

Sem mais interrupções, Sabrina e Silmeria seguiam de volta para junto do grupo, depois de decidirem o que dizer sobre o elfo, elas seguiam correndo lado a lado, de volta pelos tuneis já limpos do esgoto. Não haviam mais armadilhas naquela área, então as duas mulheres não precisariam se preocupar com muita coisa, ou era o que elas pensavam. Surgindo da escuridão, novamente alguém as abordou, mas dessa vez não era aliado, a besta que apareceu tinha uma aparência horrenda e muito longe de qualquer coisa que Sabrina ou Alice já tenham visto antes. Imediatamente a maga pensou numa forma de contornar a situação, usando seu anel da invisibilidade, ela sumiu da vista do ser estranho e tentou dar a volta no mesmo para ataca-lo por trás. Viu Silmeria ser pega por uma força invisivel, e sem poder fazer muita coisa, Sabrina acreditava que após conseguir atacar o ser estranho, poderia libertar a parceira de seja o que for, mas enganou-se novamente. Um novo indivíduo surgiu na cena, cancelando sua invisibilidade, ele a agarrou com força. Sabrina sentia a pele gélida da mulher que a segurava, enquanto observava o desenrolar da cena. Silmeria estava prestes a ser morta bem na sua frente, e ela seria a próxima, mas as duas novas inimigas que surgiram, conseguiram de uma forma, mesmo que não intencional, salvar a vida delas. "Vamos ser interrogadas e provavelmente, torturadas no processo. Aguente firme." Foram as ultimas palavras que ouviu de Alice antes de apagar por completo.

Quando acordou, estava deitada numa mesa completamente nua, seus braços e pernas estavam esticados e ela mal conseguia se mover. A sua frente, pendurada por correntes na parede, estava Silmeria em igual situação. A jovem demorou até perceber que suas interrogadoras eram na verdade vampiras, e temeu que não sobreviveria muito tempo para contar a historia. "Não há como eles saberem que estamos aqui, nem nós sabemos onde estamos. Vamos morrer antes que descubram que fomos capturadas." Foram os pensamentos de Sabrina, e ao ver Silmeria sendo a primeira a sofrer nas mãos das vampiras, apenas confirmou suas suspeitas. A jovem observava a cena indignada por não poder fazer nada, sua impotência diante daquela situação só a fazia se sentir pior.

por NR Arkengel Dom Mar 23, 2014 11:31 pm

Não esperava aquele tipo de ataque, a criatura foi mais cautelosa que ele, também não contou que o chão poderia trabalhar tanto sua corrida dificultando sua esquiva assim. Foi pego pelo disparo de teias que formou um casulo no exato momento que o acertou. Um golpe deveras interessante apesar de frustrante, aquilo parou completamente sua ação.

Preso esperou ser atacado de alguma forma por algum dos inimigos lá fora, mas gritos e barulhos de laminas retalhando, aranhas morrendo e corpos caindo, dava a entender que seus companheiros estavam na vantagem. Logo Solveig foi solto por Raigor que o ajudava com sua imobilização, enfim solto estava com seu poder calmo e controlado já para não acontecer nenhum acidente. Agradecia seu companheiro acenando com a cabeça para o mesmo e se virou para a porta.

Procurou sua tocha que havia jogado lá no meio do terreno para não perde-la e assim como o lobisomem, procurava por entre as teias para ver se tinha algo a mais nelas, se nada chamasse sua atenção apenas seguiria em frente com o grupo, também não esqueceria da espada caso tivesse deixado ela no chão, usaria ela também para ajudar o lobisomem a abrir caminho por entre as teias.

por NR Nayruni Ter Mar 25, 2014 4:59 pm

@ Sabrina e Silmeria

Atenção! O conteúdo dentro do spoiler abaixo é inadequado para menores de 18 anos por conter descrições de cenas de sexo e violência. Abra-o por sua conta e risco.

Spoiler:

@ Raigor, Hayate, Solveig, Allenorha e Lywan

Terminada a batalha contra os monstros, cada membro do grupo tomou uma ação diferente. Alguns queriam seguir em frente logo e já questionavam Raigor a respeito disso, Hayate queria aproveitar o veneno das aranhas e Solveig preferia procurar algo escondido entre as teias.

A ideia de Hayate era muito boa, tanto que Raigor o elogiou por isso, todos no grupo conseguiram envenenar pelo menos uma lâmina. Raigor sugeriu a todos que envenenassem um punhal de forma que poderiam escolher usar o veneno contra um alvo específico porque uma vez que envenenassem uma arma e atacassem com ela, o veneno se perderia no primeiro golpe. Allenorha e Raigor conseguiram envenenar 5 flechas cada.

Enquanto Raigor e Hayate cuidavam de extrair o veneno das aranhas, Lywan e Allenorha ficaram de vigia, um de cada lado da caverna. Solveig recolheu sua tocha e com a ajuda desta e seu punhal abriu caminho por entre algumas teias que estavam nos cantos, para a sua surpresa encontrou escondido atrás de uma camada grossa de teias um grande casulo preso no teto e 4 outros espalhados no chão. Centenas de aranhas de tamanhos variando entre a cabeça de um alfinete e uma uva se encontravam espalhadas por toda parte, Solveig percebeu que o casulo preso no canto do teto da caverna pulsava e viu que era dali que saiam as aranhas, deduziu imediatamente que aquilo era um ninho e sem hesitação colocou fogo. As chamas se espalharam rapidamente transformando o casulo de teias em uma bola de fogo, centenas de aranhas morreram e algumas do tamanho de mãos humanas saltaram em chamas para fora do casulo apenas para morrerem debatendo-se no chão. Solveig não era do tipo que praticava atos de vandalismo, mas aquelas aranhas eram uma ameaça a vida humana e precisavam ser eliminadas.

Com a ameaça das pequenas aranhas afastada, Solveig apenas tomou o cuidado de não permitir que nenhuma delas subisse em suas botas. Finalmente se aproximou dos casulos no chão e notou que estes eram na verdade pessoas. Todos estavam mortos e completamente secos como se todos os fluídos de seus corpos tivessem sido drenados, Solveig se agachou e usando sua adaga cortou os casulos procurando algo de valor nos corpos. Encontrou um anel de prata, 579 lodians e um escudo pequeno de metal com um símbolo estranho que ele não sabia reconhecer, também encontrou em um dos corpos um colar de ferro com um pingente cunhado com o símbolo sagrado de Zaltar. Aquelas pessoas pareciam todas serem de um grupo, um grupo de seguidores de Zaltar. Com uma análise mais profunda Solveig notou que todos usavam armaduras de cota de malha, portavam maças, espadas longas, carregavam equipamentos, comida, frascos de água benta, alho, estacas e martelos. Estava óbvio para ele que aquelas pessoas eram caçadores de vampiros e haviam caído nas garras das aranhas.

Infelizmente quase todos os equipamentos de vestir estavam em péssimas condições de uso e os corpos estavam incrivelmente infestados de aranhas. Apenas as armas, frascos de água benta, símbolos sagrados, estacas e martelos poderiam ser usados. Solveig teria a opção de dividir seus achados com o restante do grupo ou pegar o necessário apenas para si. Assim que todos estivessem prontos, o grupo seguiria pelo caminho da caverna.

Oito horas se passaram e o grupo precisou troca suas tochas várias vezes a medida que estas iam se apagando. Foi necessário até mesmo parar e descansar para comer, o caminho subterrâneo era ligeiramente inclinado 30 graus e quanto mais eles caminhavam mais desciam nas entranhas da terra. O silêncio era gutural e as trevas apavorantes, apenas o som de goteiras e dos passos do grupo eram ouvidos O medo que iam se apoderando de todos era o fato das tochas estarem acabando e de acordo com os cálculos se eles resolvessem voltar agora acabariam no escuro de uma maneira ou de outra. Se aquilo acontecesse eles estariam acabados. Sem outra escolha decidiram contar com a sorte e continuar em frente.

Finalmente eles chegaram a um trecho da caverna que se alargava ligeiramente até alcançar uma dezena de metros de lado a lado, o teto ia ficando mais alto e o chão perdia sua inclinação ficando irregularmente plano. Mas o que mais os assustou foi o que viram adiante, luzes, luzes azuladas e bruxuleantes. Hesitantes eles continuaram andando lutando contra o desejo cada vez mais crescente de dar suas costas praquilo tudo e voltar para a tão desejada luz do sol. Perceberam que estavam agora em uma outra caverna, mas diferente da anterior onde estavam esta emanava uma luminescência azulada do teto, era algo assustador e belo ao mesmo tempo, perceberam que a luz era proveniente de fungos e liquens que viviam ali e cobriam metros e metros. A luz que eles proporcionavam foi suficiente para que todos pudessem perceber onde estavam agora, em uma caverna de proporções enormes, uma caverna tão larga e grandiosa que suas dimensões poderiam acomodar facilmente a cidade de Hilydrus. O teto da caverna mais parecia um céu subterrâneo onde as estrelas eram na verdade alguns cogumelos brilhantes que cresciam mais que os outros, as vezes ondas de luz percorriam todo o teto da caverna da mesma forma que a grama faz em um campo verdejante ao ser soprada pelo vento, porém não havia vento algum. Isso dava a impressão de que talvez aqueles fungos todos fizessem parte de um enorme ser vivo.

Colunas naturais tão grossas quanto torres podiam ser vistas por toda parte mas o que mais surpreendeu a todos foi o enorme lago subterrâneo de águas transparentes e brilhantes, águas que brilhavam ainda mais que o próprio teto e fervilhavam com milhões de microorganismos brilhantes que faziam dali seu habitat. Era difícil dizer se as águas daquele lago de fato eram águas ou se era na verdade uma grande massa amorfa composta de criaturinhas minúsculas. Vislumbrado com aquela visão de uma natureza alienígena e assustadora, Hayate se aproximou da borda do lago e viu maravilhado inúmeros peixes estranhos nadando sob as águas, viu também criaturas pequenas com vários tentáculos e até mesmo cogumelos aquáticos que nadavam e se moviam como se fossem animais. Peixes esquisitos nadavam de um lado a outro, seus corpos brilhando com centenas de luzes, alguns pareciam te mesmo controlar o ritmo de suas luzes dando a entender que as usavam para se comunicarem entre si.

O lago era enorme, muito maior que qualquer lago na superfície de Lodoss, grande o suficiente para comportar uma pequena esquadra de navios. Outro detalhe interessante é que não era possível ver a margem oposta do lago, esta se estendia por metros e metros até que a luz bruxuleante azul predominante daquele lugar não permitisse mais ver dando a impressão de que talvez aquilo fosse não um lago, mas sim um oceano, ideia que causou arrepios a todos. Perplexos os aventureiros olharam ao redor procurando novas direções, um sentimento de que estavam perdidos abalava seus corações mas agora não havia mais como voltar, a ultima tocha do grupo se extinguia bem diante de seus olhos e seria impossível voltar sem uma fonte de luz confiável.

Foi então que Hayate e Lywan sentiram um odor diferente do normal naquele lugar, um odor estranho que vinha de trás de um pequeno grupo de estalagmites próximas. Quando ambos olharam viram uma figura pequenina correr assustada para longe do grupo, parecia um pequeno ser humanoide. Todos com exceção de Allenorha não conseguiam ver muito bem do que se tratava, a elfa por outro lado com seus olhos agudos e qualidades raciais podia ver perfeitamente uma criatura de pele cinzenta correndo para longe. Hayate e Lywan soltaram o que quer que estivessem carregando e correram sobre as quatro patas até alcançarem a criaturinha e cercá-la. O pequenino que já era menor até mesmo que um anão se recolheu apavorado.

- Por... Por favor. Mim não morrer. Mim não matar. Mim só olhar. – Dizia o pequenino.

Quando o restante do grupo se aproximou puderam ver bem do que se tratava. Era um humanoide com a metade da altura de um humano, a criatura era magra e tinha a pele cinza amarronzada de forma a confundir-se com as rochas da caverna. A cabeça do pequeno ser era completamente calva e ele tinha dois olhos grandes e cinzentos. Ele estava todo vestido com trapos e uma pequena mochila, aos seus pés encontrava-se caído um pequeno arco e nas costas ele trazia uma aljava com pequenas flechas que para um humano seriam considerada dardos.

Informações:

Spoiler:

por **Phyress** Sex Mar 28, 2014 6:23 pm

ATENÇÃO. O conteúdo abaixo é inadequado para menores de 18 anos. Para os que não estão presentes nesta parte da aventura, ler por sua conta e risco. (Não coloquei em spoiler porque estragou o design da narração ._.]

Quase a cada chicotada que recebia, Silmeria soltava um grito de dor, eram poucas as ocasiões em que ela conseguia sufocar o grito dentro de sua garganta. A expressão da meia-elfa se contorcia e ela ofegava por causa da dor. Por que aquelas ferramentas pareciam causar mais dor do que deveriam? Era estranho, mas Silmeria não conseguia raciocinar tão bem, pois logo o chicote lhe cortava a carne novamente.

Não sabia até quando aquilo continuaria, mas provavelmente por dias... Aquele grupo imprestável certamente não a acharia; talvez devesse mudar de lado para sobreviver. Faria isso, se tivesse algo para fazê-los pensar que ela era indispensável. Mas, de acordo com Raigor, elas estavam lidando com criaturas de outro mundo que podiam controlar sua mente se desejassem, provavelmente até mesmo ler sua mente. A mestiça não era tão importante para que eles a aceitassem como subordinada.

Não só isso, mas aquele maldito acordo... Aquele maldito acordo a impediria de matar seus antigos companheiros, logo, tentar mudar de lado seria inútil caso tivesse que provar sua lealdade e agir contra o grupo. Sentia que havia feito a escolha errada e agora estava em uma situação ruim.

Essa era uma das poucas ocasiões que Silmeria sentia não ter uma alternativa além de resistir e sobreviver. E ela sobreviveria, ao menos estava dedicando toda a sua força de vontade nisso. O desejo de viver ainda queimava no coração da mestiça e, além disso, ver suas torturadoras torturadoras irritadas lhe dava um incentivo a mais a ser forte.

- Que tal... – ofegava, sentindo seu corpo exausto e dolorido – Se vocês... Implorarem...? Vocês não são... Boas de verdade... No que fazem... – e um meio sorriso surgiu, um pouco trêmulo – Quanto mais... – o olhar, já um pouco opaco e com dificuldade em se focar, voltou-se para as torturadoras – Vocês tentam... Mais engraçado fica... – e soltou uma risada fraca - Continuem, por favor.

por Kazuiya Sex Mar 28, 2014 7:45 pm

Enfim saímos daquele covil de aranhas, e com lucro, envenenamos algumas armas e destruímos o ninho delas, portanto não teríamos problemas quando fossemos retornar, pelo menos foi o que pensei pouco antes daquela longa jornada pelos túneis que à cada instante ficava mais longa e funda, enquanto nos afastávamos cada vez mais da superfície.

Não teria mais volta, estávamos muito longe para tentar voltar, nem ao menos sabíamos se havia um fim naquele túnel, mas tínhamos certeza de que as tochas não resistiriam uma viagem de volta, em breve todos estariam sem luz, por sorte eu conseguiria enxergar bem graças à minha raça e dei graças por isso, mas ainda assim éramos um grupo e eu não poderia abandoná-los, se tentasse fugir certamente morreria por causa da maldita coleira de Shadira que me obrigava a seguir suas ordens.

Oito horas em absoluto silêncio deixava qualquer um com medo, mas fiquei surpresa ao ver que estávamos chegando à um ponto mais amplo, talvez uma caverna ou coisa do tipo, mais do que isso, meus olhos se arregalaram quando notei luzes, seria o fim da linha? Estávamos fora? Não, a luz do sol não era azulada como aquelas luzes que surgiram, com certeza era algo diferente, a pergunta era, o que?

Enfim descobrimos, uma imensa caverna, onde olhando para cima pensei estar olhando para o céu, ilusão a minha, não era céu, olhei mais fixamente e notei do que se tratava, fungos e liquens, milhares incontáveis espalhados pelo teto daquela caverna gigantesca, talvez do tamanho de uma cidade, talvez maior, nunca fui boa com medidas apesar da visão privilegiada.

Olhando agora para baixo avistava água, ou pelo menos parecia ser água, não sabia ao certo, afinal havia alguma coisa se mexendo dentro dela, se era realmente água não sabia, talvez pudesse ser outra coisa, pois à julgar pelas aparências até então dos fungos que tremulavam sem vento, por um instante pensei que poderíamos estar dentro do estômago de alguma criatura ou coisa do tipo e isso me assustava um pouco, mesmo assim não deixei transparecer ainda fitava a água como se nada tivesse passado pela minha cabeça.

Por fim a última tocha se apagou, era o sinal que indicava que não tinha mais como voltar, mas não imaginava o que faríamos, afinal havia apenas uma imensidão à frente, um lago gigantesco onde eu não conseguia enxergar a outra margem, seria sábio se aventurar e tentar nadar? De jeito nenhum, não saltaria dentro daquela coisa que eu nem sabia se realmente era água, observei a reação dos outros esperando alguma solução, principalmente de Raigor, afinal ele era o líder, portanto a decisão final sempre era dele.

Notei então inquietação nos Lupinos, aparentemente tinham notado alguma coisa e logo comecei a seguir os movimentos de pra onde estavam olhando, passando à olhar na mesma direção que eles avistando então um ser pequenino, era estranho, um ser que nunca tinha visto antes, possuía uma tonalidade estranha e pareceu assustado ao sair correndo, também não seria pra menos, até eu correria ao ver estranhos invadindo meu território, principalmente se dentre eles estivesse uma dupla de Lobisomens ferozes como Lywan e Hayate.

- Não Machuquem ele! Não acho que é perigoso! - gritei ao vê-los sair correndo atrás da pequena criatura.

Não sabia se me dariam ouvidos ou não, mas fiz minha parte, talvez aquele bichinho tivesse alguma informação valiosa para nos dar, como uma direção, a localização de um barco ou até mesmo nos dizer onde estávamos e o que era esse lugar afinal.

Aproximando-se dele notei que realmente era uma figura estranha, nunca tinha visto nenhuma criatura como aquela em Endless ou em qualquer lugar por onde eu já tivesse ido. Não era uma criatura muito bonita, muito menos fofa, mas ver a forma como se sentiu acuado me comoveu um pouco, não parecia ser perigoso, até porque suas flechas nunca causariam danos muito graves à algum de nós.

Agachei-me próximo à ele e olhei em seus olhos sorrindo para tentar passar um pouco de tranquilidade à ele, afinal não tinhamos porque assustá-lo se precisávamos de ajuda.

- Não tenha medo, não vamos te machucar. Desculpe os modos de meus amigos, estamos há tanto tempo nessa caverna que é difícil diferenciar quando corremos ou não perigo da parte de alguma criatura que habita nela. Meu nome é Allenorha, você tem nome? - Tentei ser o mais simpática o possível para ganhar sua confiança, talvez pudéssemos receber alguma informação valiosa da parte dele.

Assim que ele respondesse o seu nome, tendo ou não prosseguiria com minhas perguntas.

- Você mora aqui? Sabe nos dizer onde estamos e como fazemos para sair desse lugar? - perguntaria, mas dando tempo para que ele respondesse à cada uma de minhas perguntas.

por **Frist** Sáb Mar 29, 2014 12:07 pm

Finalmente seguiram viagem e saíram daquele covil de aracnídeos, Lywan as reconhecia como predadoras, mas qualquer ser daquela espécia havia perdido sua simpatia desde que estraçalhara Sr. Murano para entrar no exército de Takaras. Com uma adaga envenenada Lywan se colocou a seguir a marcha junto de todos, a escuridão tomava cada vez mais por onde iam, não que aquilo o incomodasse demais, estava acostumado com a floresta da tortura e todo o ambiente macabro, além de que depois que descobriu a essência da escuridão e de sua própria, conseguiu apreciar toda sua pureza e serenidade.

Seguiram por várias horas onde os únicos som que ouviam eram de sua própria marcha, a tensão pelo fato de que as tochas não durariam muito tempo tomava conta deles, Lywan dispunha de sentidos aguçados, dentre eles visão noturna, mas nunca havia tentado usá-la em plena ausência de luz, não costumava e nem gostava de se esgueirar em buracos e túneis como faziam ali, então resolveu quebrar o silêncio apenas para dizer uma idéia. - Ei lobo, na ausência das tochas você seria capaz de manter sua labareda, certo? - E continuou a viagem quieto novamente.

Todos já haviam visto sua verdadeira forma e naqueles túneis que continham perigos iminentes, preferiu por mantê-la diferente do que costumava fazer. Avistaram estranhas luzes, talvez a saída finalmente, mas diferente do que imaginavam era uma caverna de magnitude descomunal, continha um lago, talvez um pequeno mar e sua iluminação provinha dos fungos e líquens luminosos.

Sem muito tempo para apreciar logo um odor diferenciado chegou as narinas do jovem lobisomem, meneou a cabeça instantaneamente e assim que avistou um estranho ser saiu em disparada em seu encalço, Hayate tomou a mesma atitude e ambos cercaram o pequenino e estranho ser. - O que é você? - Foi a única coisa que Lywan disse antes de Allenorha tomar a frente.

por Sassa Sáb Mar 29, 2014 3:09 pm

Sabrina não tinha muito o que fazer naquela situação, a não ser observar e torcer para que alguém as salvasse. As duas vampiras continuavam a torturar impiedosamente Silmeria. Sabrina observava com pavor enquanto o corpo da mestiça era castigado e mutilado pelas chicotadas das vampiras. Sabrina ficou imaginando que talvez não desse tempo de alguém sequer perceber que as duas estavam desaparecidas, Elas não durariam muito tempo nas mãos daquelas mulheres. "Mesmo que eu use uma ilusão contra elas, eu ainda estou amarrada aqui..." Nada passava na mente de Sabrina e isso a deixava cada vez mais nervosa. Alice por sua vez não se manifestara desde que haviam sido capturadas, por um segundo de breve desespero, ela pensou na possibilidade da bruxa tê-la abandonado, mas sentiu a raiva emanar do espírito da mulher e invadir seu corpo. "Sua fraca... Se não consegue aguentar a pressão, deixa que eu farei isso..." E sem pensar duas vezes, ela tomou a consciência de Sabrina novamente. Sua expressão mudou, de desespero para ódio e depois malícia. Ela levantou um pouco a cabeça e olhou na direção onde estavam as vampiras e depois as chamou com um grito estridente.

- EI! SUAS SANGUESSUGAS PÁLIDAS, POR QUE NÃO PARAR DE FAZER RIMAS IMBECIS E COMEÇAM A AGIR COMO VAMPIRAS DE VERDADE, HEIN? - Sabrina se desesperou ainda mais com a provocação feita por Alice. A jovem não entendia qual o objetivo da bruxa ao fazer aquilo, mas em sua experiência, sabia que havia algo por trás daquilo.

por NR Nayruni Dom Mar 30, 2014 8:15 pm

@ Sabrina e Silmeria

Atenção! O conteúdo dentro do spoiler abaixo é inadequado para menores de 18 anos por conter descrições de cenas de sexo e violência. Abra-o por sua conta e risco.

Spoiler:

@ Raigor, Hayate, Solveig, Allenorha e Lywan

Solveig dividiu os itens igualmente entre quatro, porque Raigor recusou dizendo já estar bem preparado, o que não foi possível dividir ou o excedente ele manteve para si. As armas apesar de não usá-las resolveu levar para vender mais tarde e acumular algum dinheiro. Com os equipamentos divididos, o grupo seguiu em frente. Quando a luz da ultima tocha se apagou, Lywan deu uma ideia a Hayate que compensaria o problema, o grupo de fato não estava mais preso por falta de luminosidade para guiá-los para fora.

Na caverna mundo os aventureiros encontraram e encurralaram um pequeno ser e logo lhe fizeram várias perguntas. A criaturinha a princípio ficou alguns segundos em silêncio, recolhendo-se de medo, mas depois de um tempo acalmou-se e começou a responder as perguntas.

– Mim chamar Glin, mim ser olho da tribo. – Respondeu.

– Tribo? Você pode nos levar até seu lar? – Questionou Raigor.

– Mim poder, seguir, venham. – Disse a criaturinha balançando a cabeça positivamente.

O pequenino pegou seu pequeno arco do chão e então começou a andar guiando os aventureiros. Glin guiou o grupo por cerca de uma hora através de uma série de cavernas tortuosas e escuras, foi preciso que Hayate seguisse com o conselho de Lywan e mantivesse sua Língua de Fogo acessa o tempo inteiro. Com o tempo os aventureiros começaram a ouvir o que parecia ser o som de centenas de picaretas batendo não demorou para que finalmente o grupo alcançasse o que parecia ser o lar de Glin. Centenas de casas pequenas e apinhadas ao longo de uma larga câmara da caverna, as casas eram simples mas muito bem trabalhadas e construídas, pareciam feitas de barro, não eram muito altas de forma que um humano ao entrar nelas teria que engatinhar. As casas ficavam em cima umas das outras e eram conectadas por escadas, orbes azuis do tamanho de melões encontravam-se presas nas paredes das casas ou em postes ao longo do chão irradiando um brilho azulado que iluminava toda cidade. No centro da cidade havia uma grande estrutura, uma torre larga com cerca de três andares, diferente do restante da cidade a torre era feita de tijolos de pedra e tinha dimensões humanas. A torre tinha uma arquitetura visivelmente diferente das casas, vários desenhos de aranhas espalhavam por toda a estrutura e no final as ameias no topo lembravam patas de aranha viradas para cima, a porta da torre estava fechada e era feita de metal, os aventureiros conseguiam ver claramente várias linhas em baixo e alto relevo espalhadas na porta da torre de forma que lembravam teias de aranha.

Centenas de criaturinhas idênticas a Glin estavam espalhadas por toda a parte desempenhando várias atividades, um detalhe interessante que os aventureiros notaram era que todos os homens daquela raça estranham eram carecas enquanto que as mulheres tinham cabelos brancos ou cinzentos sempre encaracolados. Assim que viram os aventureiros todos pararam o que estavam fazendo. A maioria correu para suas casas e se escondeu, alguns apenas observavam curiosos, outros se aproximaram armados com várias armas desde lanças, pequenas espadas e arcos e começaram a cercar os aventureiros deixando todos muito nervosos. Chegou um momento que os guardas que somavam mais de uma centena cercaram os aventureiros impedindo a passagem do grupo.

Svirfneblin

Um momento de tensão se formou e os aventureiros ficaram em guarda, até que do meio dos guardas surgiu um pequenino vestido com uma armadura de metal feita para o seu tamanho, a armadura era mais bonita que a dos demais guardas e estava ornamentada com pedras semi-preciosas. O pequeno de armadura se aproximou de Glin e começou a falar com ele em um idioma desconhecido aos aventureiros, o tempo inteiro ele apontava para os aventureiros e discutia com Glin. Parecia que pelos gestos, expressões faciais e tom de voz ele estava brigando com Glin que por sua vez falava de forma mansa e por vezes se recolhia diante dos gestos do que parecia ser o líder da guarda.

Finalmente depois de alguns minutos, o chefe da guarda se aproximou dos aventureiros e depois de encará-los por um instante falou:

– Mim ser Morak, mim comandar guardas. Vocês me seguir pra falar grande líder. – Disse e com um gesto os guardas começaram a se dispersar até que os aventureiros estivessem cercados por apenas duas dezenas deles, Glin havia desaparecido em meio a dispersão.

Contra a vontade ou não, o grupo foi levado para dentro da torre e ali foram levados através de uma escadaria de pedra até o segundo andar e os aventureiros não puderam deixar de notar que a arquitetura estava repleta de desenhos de aranhas e teias desenhadas por todo o lugar. Quando chegaram ali viram mais criaturas armadas com lanças, escudos e usando armaduras de metal. Esse andar era muito bem decorado, um grande tapete vermelho se estendia por toda a sala, escudos e armas estavam pendurados formando estandartes enfeitando todas as paredes, em um dos lados da sala redonda havia um par de tronos, um mais alto que o outro. No trono alto estava sentado um dos pequenos seres e no outro o que parecia ser sua esposa, ambos estavam muito bem vestidos com roupas vermelhas e laranjas, seus corpos estavam ornamentados com jóias de ouro e prata cravejadas de pedras semi-preciosas. O casal sentado nos tronos tinham em suas cabeças coroas feitas de ouro e enfeitadas com rubis, tanto as coroas quanto as jóias eram todas extremamente belas e muito bem trabalhadas.

Quando os aventureiros chegaram todos os guardas ficaram em alerta, o rei e a rainha que pareciam estarem bebendo algo simplesmente abandonaram seus cálices pousando-os sobre os braços dos tronos e então começaram a falar com Morak. O guarda fez uma reverência ao casal e conversou com eles por alguns minutos no idioma normal da raça, os aventureiros conseguiram entender uma única palavra em meio a todas aquelas desconhecidas: Glin. Morak então terminou de falar e o rei dos pequenos olhou então para os aventureiros lançando um olhar analítico, sua expressão permaneceu séria o que deixou o grupo tenso. Até que sem aviso seu rosto se abriu em um sorriso exibindo todos os dentes perfeitos.

– Sejam muito bem vindos ao meu reino, Mudognólia. – Disse o rei demonstrando perfeito domínio do idioma lodosiano, suas palavras porém soando carregadas de um sotaque estranho. – Sou Dimble, Coração Cinza e esta é minha esposa Bimpnottin, somos governantes desta cidade. – Falou ele.

– Percebo que vocês não são daqui, vieram da superfície certo? Média Lodoss estou correto? Sejam bem vindos a Baixa Lodoss. – Falou ele. – Não é comum recebermos visitas dos surfacers, como nós chamamos quem mora na Média Lodoss. – O rei levou sua mão até seu cálice e pegando-o deu um gole de seu conteúdo antes de continuar. – Somos gnomos das profundezas, nossa raça se chama svirfneblin e temos as cavernas como nosso lar. – Explicou.

– Que tipo de negócios trazem vocês até aqui? – Questionou ele com um olhar inquiridor que revelava uma fagulha de sabedoria e inteligência superior.

Informações:

Spoiler:

por **Phyress** Qua Abr 02, 2014 11:45 am

Silmeria começou a sentir-se tonta com as dores provocadas pela tortura. A meia-elfa começou a piscamente lentamente e tinha um aspecto exausto, parecendo estar a beira de perder a consciência. Fazia o possível, porém, para manter seus olhos abertos e fixos nas vampiras que a torturavam.

-... Deus... Quem... Colocou vocês no comando desse lugar... Vocês nem sabem o que estão fazendo direito... - falava com dificuldade, ofegando – Por que eu contaria algo... – e a sombra de um sorriso surgiu nos lábios da mestiça - Se só a morte me espera... De qualquer modo...? Vocês são... Tão estúpidas...

por Kazuiya Qui Abr 03, 2014 5:11 pm

Depois de uma abordagem um tanto hostil de nossa parte, conseguimos conversar com o pequenino descobrindo que seu nome era Glin, então Glin nos levou até seus superiores. Fiquei excepcionalmente feliz por isso, afinal consegui mediar a paz entre nós e aquele pequenino, pelo menos era o meu ponto de vista.

Depois de algum tempo caminhando por entre as cavernas e túneis daquele lugar encontramos a aldeia do pequeno Glin e fiquei surpresa com aquele lugar, afinal, haviam tantas maravilhas fora de Endless que só me instigavam à querer conhecer o mundo cada dia mais.

Quando achei que estava tudo em paz por termos encontrado o lar de Glin, fomos cercados por inúmeros pequeninos assim como eles e algum tempo depois um deles aparentemente o líder daquele grupo nos levaria até o líder supremo.

Não tive medo, fui de bom grado, eles não pareciam maus, na verdade nada neles era assustador, eram apenas diferentes. Enfim chegando ao local nos deparamos com os líderes supremos, aparentemente rei e rainha, mais uma conversa em outra língua da qual não conseguia entender nem uma palavra e avistei enfim o sorriso do que parecia ser o rei deles.

Enfim após parecer fazer suspense, ele nos deu as boas vindas e explicou sobre sua existência, aquilo me deixou intrigada por alguns instantes.

"Baixa Lodoss... Se somos da Média... Seria possível existir uma Alta Lodoss?" - pensei, coçando a língua para não perguntar.

Parecia algo ridículo, uma coisa estranha de se pensar, portanto mantive-me séria perante aquela conversa, sem nada à declarar, não tomaria a frente de Raigor, nem dos outros que já eram mais antigos que eu no bando, portanto, nada diria, apenas deixaria que eles falassem.

por **Frist** Sex Abr 04, 2014 10:38 pm

Com o grupo sendo guiado pela estranha criaturinha, Lywan apenas seguia calado e observava toda uma ramificação daquele imenso mundo subterrâneo, não fazia ideia da existência de cavernas de tamanha grandeza. Não demorou muito para chegarem ao que parecia uma pequena cidade, casas de tamanho reduzido e muitos olhares curiosos.

Lywan achou melhor voltar a sua aparência "humana" e conforme iam entrando eram cercados por uma pequena multidão de guardas todos parecidos com Glin e aparentemente o grande traço marcante entre homens e mulheres daquele raça de pequeninos era o fato de que mulheres tem cabelo e os homens não.

Lywan se incomodava de não entender tudo oque falavam e a cada minuto que o numero de guardas com aqueles palitos de dentes apontados para ele, faziam suas mão coçarem de vontade de sacar a espada e fatiá-los, aos montes, ao meio com apenas um movimento. Por instantes pensava em qual seria o gosto deles, apesar de ainda ter um pouco de carne consigo, nada supera carne fresca.

Enquanto Glin ia sendo abordado por pessoas que subiam cada vez mais na hierarquia do lugar, foram todos guiados a uma estranha "torre", os adornos e decorações mostravam clara simpatia com aranhas, talvez fosse melhor não comentar sobre os ethercarps e as aranhas gigantes que chacinaram momentos antes. Lywan se conteve a apenas observar e ouvir, deixando que Raigor que a muito se mostrou o "lider" nesse grupo estabelecer a diplomacia, até por que pelo jovem eles fariam um grande banquete de gnomos ali.

As informações sobre media lodoss e baixa lodoss eram novas para Lywan, que observava atento com seus olhos de tonalidade azul esverdeado toda aquela situação, não tinha muito oque fazer a não ser observar, duvidava que a impressão passada pelo grupo era das melhores.

por NR Arkengel Seg Abr 07, 2014 5:07 pm

Solveig apenas seguiu seu caminho junto dos outros, a escuridão tomava conta de tudo a sua volta, já fazia tempo que estavam andando e as tochas estavam sendo consumidas uma a uma. Aquilo estava preocupando a todos pois não teria como andar nem voltar com toda aquela escuridão. Decididos por seguirem em frente eles continuaram a caminhar até chegar em um local inesperado.

Ao saírem daquele ''túnel'' infinito esculpido em trevas, se depararam com uma paisagem jamais vista antes. Os olhos de Solveig se arregalaram de surpresa assim como os de todos ali, olhava para cima para vislumbrar as chamas e as cores em meio a todo aquele preto do escuro, o lago com um brilho único e beleza jamais vista antes. Aquilo era real? Um local destes realmente existe? Por breves instantes sua expressão série e fria mudou para uma impressionada e maravilhada, agradecia a si mesmo e aos céus por estar vivo para deslumbrar tal beleza.

Mas a quietude não demorou muito, logo uma criatura estranha foi descoberta, ela não parecia saber falar nosso idioma direito mas ela parecia ser inofensiva, pelo menos por enquanto.
Solveig se mantinha em silencio o tempo todo, em vista que só estava ali para ajudar não tinha porque falar ou tomar a liderança até porque não sabia que caminho tomar ou o que o grupo deveria exatamente fazer, resolveu apenas seguir todo mundo e deixar acontecer o que tinha que acontecer.
Logo todos foram levados para o que seria o reino daquelas criaturas, e pelo visto eles não eram acostumados a receber humanos ou qualquer tipo de criatura inteligente, fomos recebidos de maneira mais do que esperada, afinal, que tipo re reino não levantaria sua guarda e sua postura diante do desconhecido, suspeito e incomum?
Solveig apenas retesou e levantou sua própria guarda também pronto para revidar qualquer fosse a investida, mas diante da multidão surgiu um outro ser, este estava vestindo uma armadura maior e mais detalhada, a forma com que os outros liberavam o caminho para ele passar só mostrava que ele deveria ser algum tipo de general ou homem de grande valor e respeito ali, sua armadura também ajudava nisto.
Uma discussão entre o pequenino e o soldado aconteceu em uma língua impossível de se decifrar, olhava para os outros companheiros e via que eles não entendiam também nada do que eles falavam.
Foi ai que o ''general'' pediu para eles o acompanhar, ele parecia que iria leva-los até o líder deles, Solveig franziu a testa e torceu o beiço, que atitude mais precipitada, eles estariam esperando pessoas assim ou simplesmente era política deles levaram pessoas novas de encontro ao líder? Isso é terrivelmente perigoso, se o grupo tivesse alguém ou o próprio grupo fosse enviado justamente para assassinar o rei, eles estariam dando o alvo deles de bandeja, isso estava errado!

Não podiam deixar de notar as aranhas como decoração da arquitetura do local, seria elas um símbolo de adoração? Ou símbolo de caça e guerra? Devido ao ultimo confronto que teve Vardar torcia que aquilo fosse um símbolo de caça.
Ao chegarem aonde estavam o rei e aparentemente sua rainha, os dois conversaram e após algum tempo o soberano se pronuncia para todos ali, e para a sua surpresa ele parecia ter um bom domínio de nosso idioma, diferente dos demais que havia encontrado.
Ele apresentava sua mulher e a si mesmo, suas palavras soavam meio obvias as vezes mas não deixavam de causar certa intriga, Média Lodoss, Baixa Lodoss... seria possível uma Alta Lodoss? Não duvidaria que existisse, não depois de tudo que viu até agora.
Ele dizia o nome de sua raça entre outras coisas e a pergunta no final de sua fala meio que era previsível. Solveig deu um passo a frente do grupo, não era o mais antigo nem o que conhecia mais os objetivos do grupo, estava ali como um inquilino, mas diante de um rei o mínimo a se fazer é demonstrar respeito, se o rei tomou a iniciativa e se apresentou primeiro, devolveria para ele na mesma moeda.
Um pouco mais a frente do grupo Solveig juntaria os braços retos e esticados colados ao lado do corpo e inclinaria seu tronco para frente em uma reverencia respeitosa a alguém superior. Ainda inclinado ele se pronunciaria.
- Perdão a entrada em seu reino de forma repentina, Me chamo Solveig Vardar majestade. -

Não olhava diretamente para ele, sabia que isso era faltar com o respeito para com um rei ou um superior, terminava sua reverência e sua apresentação e então dava um passo para trás voltando a sua posição inicial esperando que alguém mais antigo tome a dianteira desta vez.

por **Torak** Qua Abr 09, 2014 3:47 pm

Aquilo era no mínimo inesperado. Não apenas aquela caverna era absurdamente gigante como haviam ainda mais túneis perfurando toda a terra por baixo de Lodoss. O que mais estava sob seus pés durante todo esse tempo? Pelo jeito descobriria em breve. O pequeno Glin guiou o grupo por cavernas escuras e a espada flamejante de Hayate ajudou a iluminar o caminho. Foi então que chegaram em uma cidade tão estranha que o lobo precisou esfregar os olhos e olhar mais uma vez para ter certeza de que não era uma ilusão de ótica. Dezenas, centenas de casas pequeninas, tudo iluminado por esferas azuis que causavam certa sonolência se o lobo as olhasse demais.

O estranho ficou mais estranho ainda quando soldados se aproximavam e começaram a falar com Glin numa língua ainda mais estranha. Por um segundo Hayate se perguntou se aquilo não era uma ilusão causada pelo veneno. Levou a mão até a mordida, ainda se sentia fraco, esperava poder se recuperar logo. Finalmente foram levados até o líder. Não sabia exatamente o porquê de estarem ali, mas precisavam de informações. Pela complexidade de todos aqueles túneis, se perderiam fácil sozinhos. Levados até o rei, o grupo o ouviu falar a língua comum e fazer algumas perguntas. Era meio difícil de responder. Estavam em uma construção aonde obviamente veneravam aranhas ou algum ser aracnídeo. Tinham acabado de sair de uma armadilha mortal composta por elas. O fato de Baixa Lodoss existir não surpreendia o lobo, sua tribo contava lentas a respeito, e as lendas eram sempre ditas como verdade. O grupo, no entanto, permaneceu calado, ninguém respondeu à pergunta do rei. No máximo, Solveig se apresentou. Hayate engoliu em seco. A alguns anos atrás, teria simplesmente feito o mesmo, permanecendo calado e esperando que outros falassem por ele. Mas não era o mesmo lobo de antes, tornara-se mais imponente e sabia da necessidade de impor respeito. Aldarion mesmo lhe havia dito isso, o juggernaut muitas vezes falava sem pensar ou falava besteira, mas pelo menos impunha respeito e por isso era o líder. Líder. Era algo em que Hayate nunca havia pensado em ser. Seu instinto era sempre seguir o lobo alfa, o mais forte. Foi quando percebeu que, naquele caso, ele era o alfa. Enquanto todos se mantinham em silêncio, sentiu a necessidade de alguém liderá-los. Era sua vez. Teria engolido em seco e hesitado em outra ocasião, mas algo havia mudado. Estava amadurecendo. Depois que Solveig se apresentou, Hayate deu um passo á frente do grupo. Fechou o punho direito e o bateu no peito em frente ao coração, seu sinal de respeito e amizade em sua tribo, antes de falar.

— Majestade, sou Hayate, Filho de Ninguém, parte do Clã da Águia. — Se apresentou, sua voz era firme. Olhava para o rei com a mesma firmeza. — Somos um grupo que caça a Irmandade das Sombras, sabemos que ela pode estar nestas cavernas do seu mundo. Arriscamos nossas vidas para chegar aqui e não vamos voltar. Você pode ajudar a gente ou só nos deixar passar. Não queremos fazer mal para o seu povo.

Falar difícil era difícil, pensou Hayate. Tentava usar palavras mais inteligentes mas na hora era algo complicado de se fazer. Preferiu falar como si próprio. Baixou a mão e a manteve sobre o cabo de sua espada. Por algum motivo desconfiava daqueles seres. Suas orelhas estavam atentas a qualquer sinal de hostilidade.

— Acabamos de passar por uma armadilha mortal de aranhas gigantes. Vocês parecem gostar de aranhas. Elas eram guardiãs para a entrada de seu mundo? — Ainda não tinha noção de como falar na presença de um rei como Solveig fazia. Na verdade, poderia ser degolado apenas por ter dito "você" ao invés de "sua excelentíssima majestade", mas o lobo sequer sabia falar excelentíssima e pensou que "majestade" fosse um apelido de todos os reis.

por NR Nayruni Qui Abr 10, 2014 6:16 am

@ Sabrina e Silmeria

Atenção! O conteúdo dentro do spoiler abaixo é inadequado para menores de 18 anos por conter descrições de cenas de sexo e violência. Abra-o por sua conta e risco.

Spoiler:

@ Raigor, Hayate, Solveig, Allenorha e Lywan

Diante do encontro do rei, todos preferiram se manter em silêncio e deixar a responsabilidade do diálogo para Raigor. Apenas Solveig tomou coragem para agir de forma diferenciada prestando uma reverência ao pequeno rei e apresentando-se devidamente, atitude que foi copiada por Raigor.

— Vossa majestade, nossa cidade foi atacada por assassinos cruéis e descobrimos que eles se escondem nessas cavernas em uma fortaleza. Estamos a procura deles. — Disse raigor.

Foi então que Hayate deu um passo a frente tomando a dianteira de todos.

— Majestade, sou Hayate, Filho de Ninguém, parte do Clã da Águia. — Se apresentou, sua voz era firme. Olhava para o rei com a mesma firmeza. — Somos um grupo que caça a Irmandade das Sombras, sabemos que ela pode estar nestas cavernas do seu mundo. Arriscamos nossas vidas para chegar aqui e não vamos voltar. Você pode ajudar a gente ou só nos deixar passar. Não queremos fazer mal para o seu povo.

— Acabamos de passar por uma armadilha mortal de aranhas gigantes. Vocês parecem gostar de aranhas. Elas eram guardiãs para a entrada de seu mundo?

Quando Hayate terminou de falar, todos os seus companheiros e até mesmo Raigor lançaram olhares de desaprovação e preocupação sobre o licantropo. Talvez ele houvesse sido muito imprudente ao fazer seu comentário sobre as aranhas.

O rei ouviu tudo o que os aventureiros lhe disseram e então levou a mão ao queixo pensativo e ficou analisando cada um dos integrantes daquele estranho grupo principalmente Hayate. Ao mesmo tempo os aventureiros analisavam aquele pequenino governante. Estranhamente não sentiram nele o ar arrogante comum de um nobre, pelo contrário parecia que aquele rei carregava um ar de simplicidade e hospitalidade.

— Então vocês vieram até o meu pequeno reino a procura de assassinos que se escondem por aqui? — Questionou arqueando uma sobrancelha. — E agora pedem passagem dizendo que não desejam nos fazer mal algum? — Agora o olhar do pequeno rei se dirigia exclusivamente para Hayate.

— Você. — Disse ele. — Você que me pede algo mas demonstra arrogância, estou farto de pessoas como você que se dirigem a nós com autoritarismo na voz. Tenho certeza que somos estranhos para vocês, mas lembrem-se onde estão e tenham em mente que VOCÊS é que são os estranhos aqui, suas roupas, seu idioma, seus modos, suas aparências. Olhem ao seu redor, vocês não pertencem a este mundo, são invasores. — O rei então ficou de pé.

— Desde o dia que libertei meu povo eu jurei que nunca mais me curvaria diante de ninguém e hoje eu reino no centro do que um dia foi o lar de nossos inimigos. Se querem algo de nós, peçam com humildade e com suas mãos longe de suas armas. — O rei terminou seu sermão e encarou os aventureiros com firmeza. Tamanho era seu carisma e imponência que ficava difícil acreditar que uma criatura tão pequenina pudesse se impor tanto.

Um silêncio frio e tenso pairou na sala do trono, os aventureiros trocaram olhares entre si como se perguntassem um ao outro o que fariam. As dezenas de soldados que estavam no recinto ficaram em formação ao redor dos visitantes apontando suas lanças pequenas para os aventureiros, parecia que um simples movimento em falso seria o suficiente para começar uma matança.

Então Solveig surpreendendo a todos deu um passo para a frente e começou a jogar suas armas no chão. Depois dele foi a vez de Raigor que foi seguido por Hayate que entendeu a atitude. Allenorha também acompanhou seus companheiros e de forma muito relutante adicionou à pequena pilha de armas seu arco e sua espada, Lywan que não concordava com nada daquilo e morria de vontade de cortar a todos ali também seguiu o exemplo mas não sem antes grunhir e bufar demonstrando seu claro descontentamento.

Em seguida Solveig prestou mais uma reverência ao rei e teve sua atitude copiada por todos exceto Lywan que se recusava a se curvar diante de um ser que considerava mais fraco. Perder sua arma não era tão ruim porque ele ainda poderia usar suas presas e garras, mas perder seu orgulho era algo imperdoável.

O rei então bateu uma palma e todos os soldados entraram em descanso abandonando suas posturas de combate.

— Agradeço o gesto, mas não é preciso se curvar diante de mim. Eu apenas lhes peço respeito e humildade e estaria sendo um hipócrita se pedisse que se ajoelhem perante minha presença. Por favor senhores, de pé. — O rei então bateu duas palmas e apontou pra pilha de armas dos aventureiros, dois soldados se aproximaram e fizeram questão de pegar as armas do chão e devolver a cada um.

Todos agora se sentiam muito mais relaxados ao ponto de não mais manterem suas mãos nos cabos de suas armas. Quanto a Hayate, este havia aprendido uma lição de humildade. Talvez a proximidade com seu mestre, Aldarion, o tenha dado um pouco do excesso de confiança e da estupidez do juggernaut.

— Agora que estamos todos mais a vontade, hora de trocar um pouco de informação. — Disse o rei com um sorriso simpático. — Eu não conheço essa tal de Irmandade das Sombras, mas sei que atualmente nossos eternos inimigos e antigos mestres adquiriram novos aliados, um grupo de assassinos cruéis que as vezes têm nos atacado e capturado alguns de nós. Meus batedores me informaram que eles possuem um castelo escondido nessas cavernas. — Explicou o rei.

— Quanto as aranhas, não se incomodem com isso, nós não somos amigos delas, na verdade a odiamos. Essa torre não foi construída por nós, mas sim pelos odiosos drows na época que eles eram nossos senhores e nos mantinham em eterna escravidão. Eles veneram uma entidade demoníaca, uma deusa aranha e por isso viviam construindo estruturas com desenhos dessas criaturas asquerosas. — Ao explicar sobre os drows, a expressão do rei mudou para uma expressão dura revelando amargura.

— Desde que nós conquistamos nossa liberdade na ultima grande rebelião, decidimos tomar esta torre para nós como símbolo de nossa glória na luta pela liberdade. — O rei agora falava em um tom diferente demonstrando orgulho e força.

— Mas agora, os drows estão pretendendo nos capturar novamente e eles estão com amigos. Talvez esses sejam os assassinos que vocês procuram. Bem... Talvez possamos trabalhar juntos, o que acham? — Questionou o rei aguardando a resposta dos aventureiros.

Caberia aos aventureiros decidirem agora.

Informações:

Spoiler:

por NR Nayruni Ter Abr 15, 2014 7:34 am

Nenhum jogador postou.

Prazo de tempo aumentado para dia 18, postarei dia 19. O bônus de XP por atraso foi removido de todos vocês. Se o atraso continuar encerrarei a campanha como inativa ou trocarei os faltosos por outros jogadores mais interessados.

Não é porque houveram atrasos no turno passado que vamos tornar isso um hábito, eu quero narrar e vou narrar nem que tenha que escrever a campanha sozinho. O turno passado eu atrasei porque foi preciso que TODOS postassem diante do rei dos gnomos. Não vou tolerar mais atrasos.

por **Torak** Ter Abr 15, 2014 4:01 pm

OFF: Cara foi mal MESMO, brisei total.

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Não esperava que o rei ficasse irritado. Na verdade, não entendeu o motivo. O lobo falou com o rei com voz firme e de forma direta, então o que houve de errado? Foi quando percebeu que o ofendera por causa de sua desconfiança e talvez tenha sido seco demais em suas palavras. De fato, mostrar que estava preparado para sacar a arma diante da presença de um rei foi um ato estúpido, principalmente quando foram recebidos e, até então, bem tratados. Aquele sermão não desmotivou o lobo, na verdade sentia os olhares perfurantes dos colegas em suas costas, mas sim o impulsionou a saber aonde errou. Enquanto ele e os demais se desfaziam de suas armas, Hayate entendeu que cada situação exigia um tipo de postura. A que adotou foi rude demais sendo que não havia motivo. Se queria de fato tornar-se um líder, teria de aprender a lidar com diferentes pessoas e situações.

Mas aquele rei surpreendia Hayate. Enquanto ele continuava a falar, demonstrava respeito e caráter sem precisar usar uma voz pesada, olhares sérios ou mesmo palavras difíceis. E passava confiança. Uma criatura pequenina mas que, com tais qualidades, fazia com que todos os aventureiros ali presentes o respeitassem. Enquanto ele, um lobo de mais de dois metros, por pouco não virou motivo de piada. O rei era um exemplo a ser seguido. Durante sua jornada Hayate aprendeu que humildade o fazia parecer fraco, mas ali era um exemplo de que ela podia fazê-lo não apenas forte, mas também conquistar confiança e respeito de maneira muito mais sincera. Quando o rei terminou de falar, o lobo vez uma nova reverência.

— Me desculpe, senhor. Eu não quis ofender, só estou cansado da viagem. Seu povo é realmente forte e de confiança, admito, fui idiota de desconfiar de vocês. Quer dizer, estou pisando no símbolo da sua liberdade. Agora entendo que é uma honra. — Desta vez sua voz não foi tão dura, afinal o próprio rei lhe deu essa liberdade, então simplesmente foi sincero. No entanto, mantinha sua postura, apesar de notavelmente mais humilde. A este ponto passou a admirar o rei. — Tem razão, esse grupo que se juntou aos drows deve mesmo ser a Irmandade. Minha espada é sua, senhor. Juntos, somos mais fortes.

Olhou para trás, para seu grupo. Esperava receber olhares de reprovação, o que era mais do que adequado, mas não se importaria com eles. Seu próprio olhar era determinado, tinha certeza de suas palavras. Estava aprendendo e errar era esperado, não se envergonhava. Mas dali pra frente pensaria melhor para que seu erro não matasse a todos.

por Kazuiya Sex Abr 18, 2014 9:25 pm

Enfim o rei se apresentava à nós como uma pessoa amigável, porém não estava disposto à deixar que pisassem sobre ele e seu povo, mostrava-se em guarda diante de nós e isso não era muito bom, se queríamos ganhar sua confiança precisávamos mostrar à ele que éramos confiáveis, portanto, nos livrando de nossas armas seria a melhor maneira de mostrar à eles nosso respeito, não tive muitas objeções à esse respeito, mesmo assim não gostava da idéia de deixar meu arco e meus pertences ali no meio daquela pilha, não confiava muito naqueles pequeninos, pois se o fizesse e fossemos traídos poderíamos nos arrepender À ponto de perder nossas vidas por simples descuido de nossa parte. Não gostava da idéia de estar desarmada, mas aceitei e entregava meu arco à pilha junto das armas dos demais ali presentes.

Agora Solveig estava reverenciando o rei em forma de respeito, não demorei à imitá-lo, agora não tinha mais como fugir disso, estávamos desarmados, se nos matassem não seria por reverenciá-lo ou deixar de fazê-lo, portanto, tanto fazia para mim. Lywan por outro lado mostrava-se firme e nada de curvar-se perante ele, característica típica de sua espécie, no fim das contas Lywan mesmo sendo um escravo como eu, ainda mantinha seu orgulho, talvez devesse seguir o exemplo dele afinal, ou talvez não.

Enfim ganhamos a confiança deles e respirei aliviada, então ouvia atentamente à suas histórias, enquanto eles contavam sobre seu passado, as asquerosas aranhas e por fim seus antigos mestres o que fazia com que eu arregalasse os olhos no instante seguinte. Drows? Nunca imaginei que criaturas desse tipo pudessem estar envolvidas nessa busca, já ouvira muito falar deles, mas nunca imaginei que teria a possibilidade de encontrar com algum deles em meu caminho.

- Se Drows estão envolvidos nisso não pense que será uma luta fácil, mas me disponho à ajudar, acredito que poderei ser útil dessa vez. - diria enquanto caminharia lentamente até a direita do Lupino. - Aos demais sugiro que tomem cuidado, pra ser mais exata os humanos, pois Drows tme como prática o sacrifício humano, então fiquem alerta.

Olharia para Solveig por fim antes de voltar-me novamente os olhos para o rei em sina lde coorperação, estava séria, mas pronta à ajudá-los.

OFF:

por **Phyress** Sex Abr 18, 2014 10:52 pm

Silmeria, ao perder o controle de seu corpo, não tinha outra opção a não ser percorrer seus olhos pela área a sua frente. Os globos se moviam, acompanhando cada movimento das vampiras enquanto seu corpo permanecia imóvel.

Naquele instante, ponderou qual a real lealdade que possuía com aquele grupo e a resposta era nenhuma. Tirando Hayate, ela não possuía nenhum laço com as pessoas daquele grupo. Valia realmente a pena arriscar perder tudo por eles? Ou era melhor sobreviver até ter uma chance de ser encontrada? Se estivesse realmente detonada, seria tudo inútil.

- O que... - falou baixo, sentindo-se sem ar - Vocês querem saber...?

Obs: Como eu disse, fiquei sem internet por um tempo e consegui ela de volta apenas hoje.

por **Frist** Sáb Abr 19, 2014 12:22 am

Não era uma situação que agradava muito a Lywan, era mais uma batalha psicológica e uma análise a todo momento de um grupo para o outro. De um lado os pequeninos gnomos, em maior número e sempre armados contra nós, um grupo de aventureiros totalmente desajustado, com componentes separados e pessoas de personalidades fortes. O lobisomem estava pronto e esperava pelo pior, talvez seus tempos em Takaras, principalmente no exército o fizeram ser assim, com Darkar como superior não podia baixar a guarda por um instante e tal hábito sempre o salvava.

Para a surpresa de Lywan o soberano dos pequeninos era um líder de se admirar, claro contestou a ação de Hayate, mas nada que promovesse perigo e principalmente, não esperou uma menção por conta do grupo e isso relaxou um pouco o jovem guerreiro. A conversa se passava, as informações eram trocadas, aquele pequeno "reino" foi conquistado por força e isso era admirável avaliando pelo seu tamanho, aqueles Drows não pareciam adversários para eles.

O importante agora era que talvez o objetivo estivesse ficando mais claro e ao alcance deles, um possível aliado se levantava e Lywan começava a se empolgar. Se aproximou de Hayate e Allenorha, meneava a cabeça positivamente e sem perder o olhar fechado soltou poucas palavras para o rei. - Que a caçada comece!-

OFF: vamos seguir em frente e caçar uns vampiros *-*

por NR Nayruni Seg Abr 21, 2014 3:52 pm

OFF: Postando como Duran, ele não conseguiu se conectar ao fórum então mando o texto dele pra mim.

Toda a conversa se seguiu de forma tensa, sabia que uma única palavra errada poderia significar a perdição de todos ali, conheceu muitos nobres e outras pessoas de alto valor e influencia, era dificil determinar como cada um julgava o que é respeitoso ou não, mas de uma coisa ele sabia, desafiar, dizer ou fazer qualquer coisa que lhe seja incoveniente ou ataque diretamente seu orgulho ou imagem era a mesma coisa que caçar briga com um batalhão, e no caso de um rei isso seria ainda pior.
Viu um de seus companheiros tomar a frente após Raigor responder o rei com o que ele queria saber, e após a fala dele solveig direcionou um olhar de repulsa para ele, mostrando claramente o que ele tinha feito algo de errado, mas o rei foi bem mais expressivo que Vardar no momento.
Após o sermão todos se viam cercados e pronto para serem empalados e atacados, atitude que solveig esperava já de qualquer Rei poderoso e imponente, coisa que ele fez questão de mostrar para todos nós ao se levantar de seu trono.

Sabia que algo ia dar errado, sabia que se não tomasse qualquer atitude sua jornada e a de todos iria ter um fim ali e agora. Via que todos estavam tambem confusos e sem saber o que fazer, foi ai que resolveu tomar a dianteira e tentar dar um jeito na situação.
Felizmente todos acabaram seguindo-o mesmo que descontente com tal atitude, em seguida a tensão do local diminuiu e todos puderam relaxar novamente. Fez uma reverencia novamente ao rei e este respondeu algo que foi no minimo surpreendente para o rapaz. Mesmo sendo um rei ele não demonstrava a arrogancia e ignorancia que a maioria desses tipos de pessoas possuiam.
Em resposta a ele quando ele pediu para não se curvar Solveig falou:

- Eu me curvo não pelo fato de você ser um rei, mas em respeito a ti, qualquer um que ascendeu aonde você esta agora e é capaz de tais palavras merece esta atitude, isto é questão de merecimento -

Terminava sua fala e deixava ele flar novamente, pelo visto os interesses do grupo pareciam bater com os do rei, a história que ele havia contado era bem semelhante com os objetivos de todos ali. Ele falava sobre uma raça até então desconhecida por Solveig, mas que cada vez mais só fazia ele ter mais respeito por eles.

- Então as aranhas são um simbolo de guerra e representam sua vitória, foi o que imaginei -

Deixava então para seu grupo resolver com o rei sobre o que iriam fazer. Afinal não tinha muito o que falar mais.

por NR Nayruni Qui Abr 24, 2014 9:03 am

@ Sabrina e Silmeria

Atenção! O conteúdo dentro do spoiler abaixo é inadequado para menores de 18 anos por conter descrições de cenas de sexo e violência. Abra-o por sua conta e risco.

Spoiler:

@ Raigor, Hayate, Solveig, Allenorha e Lywan

Finalmente os aventureiros e os svirfneblin haviam se entendido e toda a tensão e desconfiança de momentos atrás havia desaparecido dando lugar a uma sensação de alívio e tranquilidade a todos. Até mesmo Lywan havia adquirido respeito por aquele pequeno rei que tinha o caráter muito maior do que o de qualquer outro.

Sim, vocês estão certos, juntos somos mais fortes e ao que parece temos um inimigo em comum. — Disse o rei com um sorriso. — Aceitarei em nome do meu povo a ajuda que vocês oferecem. Mas antes vamos nos conhecer um pouco, vocês parecem cansados, quero que aproveitem as acomodações.

E com um bater de palmas o rei chamou dois guardas e deu a eles ordens em seu idioma natural e ininteligível para os aventureiros. Os guardas se posicionaram próximos do grupo mantendo uma posição de descanso, não estavam alertas e ameaçadores como antes.

Eles receberam ordens de levá-los até suas acomodações. Por favor descansem, dentro de poucas horas teremos um banquete e vocês serão nossos convidados. Hoje é o grande dia em que comemoraremos a data de nossa libertação. — Disse o rei com grande emoção nas palavras e um brilho no olhar.

Agora que os aventureiros estavam mais próximos daquela pequena e nobre figura podiam notar melhor como ele era. Assim como todos os svirfneblin ele era baixo, de pele cinzenta e careca, apesar de ser um rei ele não usava nenhuma joia ou coroa. Ele estava bem vestido, mas de uma forma simples, suas roupas não eram ornamentadas eram apenas bem cuidadas e de aspecto limpo. Se Dimble tivesse sido encontrado nas ruas ou em qualquer outro lugar e ninguém jamais o tivesse chamado de rei, os aventureiros nunca saberiam quem ele era de fato.

De qualquer forma os aventureiros seguiram as orientações de seu novo aliado e se deixaram guiar pelos guardas. As acomodações dadas a eles eram na verdade casas, casas pequenas de poucos cômodos, simples mas acolhedoras mesmo com o teto batendo na cabeça de alguns. Cada um poderia ficar em uma casa distinta e eles tinham liberdade para andar por onde quisessem. Estavam livres para explorar a cidade ou descansar para o festival da noite.

Informações:

Spoiler:

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por **Phyress** Qui Abr 24, 2014 7:17 pm

ATENÇÃO. O conteúdo abaixo é inadequado para menores de 18 anos. Para os que não estão presentes nesta parte da aventura, ler por sua conta e risco. (Não coloquei em spoiler porque estragou o design da narração ._.]

Desculpa o post longo, mas eu gosto de drama e coloquei uma música triste, acabei me empolgando. E antes que o mestre reclame, mudei as cores da estética para ficar um pouco mais fúnebre :c

O olhar cruel que lhe foi lançando foi retribuído com um olhar duro e firme. Quando aquelas palavras foram ditas e a vampira se aproximou e expos os caninos, a expressão de Silmeria não mudou. Se recusava a demonstrar qualquer desespero no final de sua existência, sequer imploraria para que sua vida fosse poupada.

Sentiu os caninos afiados perfurarem seu pescoço. Embora seu consciente soubesse que aquela ação não havia levado um segundo sequer, a sensação provocada foi vagarosa, como se a vampira tivesse perfurado sua carne lentamente. Em algum lugar do coração de Silmeria, ela tinha certeza que sua vida seria drenada. Mas ao invés de tentar se mover, a meia-elfa apenas fechou os olhos e permitiu que aquela sensação dominasse seu corpo.

O que veio não foi dor, mas uma sensação intensa e prazerosa. Silmeria sentia suas partes intimas aquecerem e teve a sensação de que elas estavam incendiando devido ao calor excessivo. Um gemido fraco de prazer escapou, mesclado com o cansaço da jovem. Logo sentia algo escorrer pelas suas pernas, lubrificação e até mesmo urina escorriam e pingavam no chão.

- Doce... - murmurou, permitindo que um sorriso surgisse em seus lábios enquanto sua consciência começava a se esvair. Para Silmeria, aquele seria seu fim.

“Essa morte... É mais doce do que eu merecia...” e, mesmo estando com seus olhos fechados, o ambiente pareceu ficar ainda mais escuro. Uma escuridão parecia ter começado a consumi-la, a sensação prazerosa estava se esvaindo junto com sua consciência.

Já não conseguia mais ouvir nada nem sentir nada. Era como se sua existência estivesse flutuando em uma escuridão sem fim. Não sabia se aquele era o caminho até o inferno ou se esse era o seu inferno: um lugar vazio e frio.

“Eu queria ter feito tantas coisas... Queria ter sido capaz de mostrar ao mundo que a pureza de uma raça não significa nada... Que os mestiços podem ser até mesmo superiores àqueles que se dizem puros... Ter um nome grandioso... Me vingar daquela família nojenta que me expulsou depois que Mireille morreu e...” a escuridão daquele lugar parecia se tornar ainda mais intensa. Pouco a pouco, aquele lugar parecia estar tentando engolir o pouco da sua existência que ainda restava.

Mesmo naquele lugar escuro, ao longe, ela pode ver uma imagem. Sua irmã, Camille. Em seu rosto a expressão séria habitual e em seu olhar a mesma inocência que Silmeria sempre julgou irritante. A imagem era tão real que parecia tangível... Mas desapareceu no instante seguinte e só o vazio permaneceu.

“Camille. Ah, Camille. Nem mesmo a imagem dela pode me causar repulsa agora... Quantas vezes eu não desejei esmagá-la... Cuspir na cara dela que eu assassinei seu querido pai e ver toda aquela inocência... Todo aquele brilho e aquela pureza... Tudo desaparecer... Mas agora... Nada disso importa...”

E, embora não pudesse ver mais nada, ela sentia os olhares pesados sobre si. Hilda, seu pai, Camille, Mirielle e sua família... Podia sentir os olhares dessas pessoas caindo sobre si. E então, a escuridão daquele lugar pareceu ainda mais esmagadora e, até mesmo ali, Silmeria sentiu sua existência ser consumida. Parece que finalmente havia chegado a hora de desaparecer por completo daquele mundo.

“O vazio... Parece bom..."

E Silmeria se entregou por completo, perdendo totalmente a consciência enquanto um sorriso doce e melancólico se manteve em seus lábios, ela parecia finalmente ter encontrado paz. Deixou aquela escuridão consumi-la sem oposição. E o que veio depois disso foi o vazio.

por Sassa Sex Abr 25, 2014 12:14 pm

Silmeria não demorou a ceder à pressão, visto que seu corpo seria mutilado pouco a pouco, mesmo que suas chances de sobrevivência fossem mínimas naquela situação, talvez sua mente já não aguentasse mais a dor. Ela então revelou tudo que podia, delatando seus companheiros de missão e informando tudo que elas queriam, elas agora não eram mais necessárias... Era isso que Alice temia, que elas não fossem mais necessárias, descartáveis, inúteis. Era chegada a hora então? Seria esse o fim das duas aventureiras? Alice observou assustada ao desenrolar das cenas, enquanto Silmeria era morta a sua frente de uma forma bizarra e incomum. “Ser morta por uma vampira... Ter todo seu sangue sugado enquanto uma sensação de êxtase percorre todo seu corpo, inibindo a dor, o sofrimento...” Até a ideia de morrer daquela forma parecia ser mais confortável naquele momento, sem sentir dor, nem sofrer, apenas o prazer falso causado por uma criatura nojenta e parasita, enquanto lentamente ela sugava toda sua vida. E quando Alice percebeu, Silmeria já estava morta, pendurada por correntes bem a sua frente, e agora a vampira vinha em sua direção. A segunda torturadora havia saído para cuidar de outros assuntos, referentes às informações dadas pela meia elfa, mas isso já não fazia mais diferença, era questão tempo até que Alice também perecesse nas mãos da vampira, assim como Silmeria.

- Sua sanguessuga maldita! Parasita infernal sem alma, se não fosse tão covarde para me enfrentar acompanhada já estaria morta... – Fez sua ultima ameaça, e em parte aquilo era verdade, se estivessem sozinhas cara a cara, talvez aquela situação fosse bem diferente, mas agora já não adiantava mais lutar. Ela ouviu ao restante dos comentários com sua expressão de ódio intenso, resistindo o máximo que podia, mas era praticamente impossível não gritar. A dor era insuportável, ter todas as juntas deslocadas e seus membros sendo partidos como gravetos, Alice chorava e gritava, mas ainda assim tentava ser forte para aguentar viva o máximo de tempo que podia, nem iria implorar para que parasse. Se era para morrer, morreria com honra. Não contente em causar tanta dor a jovem, ela passou a humilha-la, tanto fisicamente quanto moralmente, abusando de seu corpo, fazendo coisas que nem mesmo uma condenada mereceria. A dor e humilhação eram tantas que Sabrina também gritava dentro de sua mente, incapacitada de fazer qualquer coisa, ela apenas via seu corpo sendo destruído aos poucos e sua vida sendo retirada de forma lenta e dolorosa. Insaciável e num frenesi intenso pelo corpo de Sabrina, a vampira mudou de ideia quanto a deixa-la viva para sua companheira e decidiu mata-la também, assim como fez com Silmeria. E tão logo quanto começou, tudo acabou, a dor foi sendo rapidamente substituída pelo prazer, e ela sentia sua mente perdendo o controle sobre seu corpo, seus nervos já não respondiam mais aos seus comandos, resultando em espasmos mais parecidos com convulsões.

“É o fim então... Eu não consegui completar meus objetivos... Nem mesmo consegui proteger você, Sabrina. Sinto muito por te-la colocado nisso...” De repente a imagem de Aldarion surgiu em sua mente. A essa altura, ela já estava semiconsciente, a um estado tão profundo, que podia até mesmo ouvir as batidas do coração de seu amado, ouvir sua voz nitidamente, sentir sua respiração em seu pescoço. Era algo que ela não sentiria nunca mais... “Ele está condenado... Tudo por minha culpa, eu prendi sua alma a minha e agora ele também partirá desse mundo... Sinto muito aldarion, não queria que isso acontecesse.” E estes foram seus últimos pensamentos antes de enfim deixar-se levar pelo doce sabor da morte que lhe era dada.

por NR Nayruni Sáb Abr 26, 2014 8:21 am

@ Sabrina e Silmeria

OFF: Adiantando esta parte da aventura.

Era o fim, as portas da morte já se abriam e Sabrina aos poucos ia perdendo os sentidos. Seu tato ia se desfazendo até o ponto que ela sentia como se sua mente estivesse flutuando sem um corpo, seu olfato já não existia mais, o paladar também desaparecera e a visão enevoava-se cada vez mais como se ela estivesse em um sonho, um sonho de morte.

No ultimo momento de sua vida ela fechou os olhos e viu uma imagem, uma paisagem dominada pela neve que ela logo reconheceu como Calm, lá estava Aldarion caminhando imponente como de costume. Ela podia senti-lo, ouvir os batimentos de seu coração, escutar os pensamentos dele. Aldarion estava de costas, subitamente ele parou e olhou para trás, para a direção onde Sabrina o estava observando, sua expressão era triste, tão triste que Sabrina pode ver uma lágrima discreta se formar no canto do único olho do guerreiro e escorrer timidamente pela sua face.

Então ela viu Aldarion unir os punhos e esfregar os dedos das mãos uns nos outros para então desaparecer, desvanecer em um clarão de luz como se ele nunca estivesse estado ali. Sabrina sentiu um calor imenso ferver dentro de seu ser, um desejo de viver ardendo, um desejo que superava o frio da morte que a abraçava. O calor era intenso, tão intenso que a fez abrir os olhos e voltar para a realidade, ela logo percebeu do que se tratava, era a alma de Aldarion que lutava para mantê-la viva. O que Sabrina viu a seguir a surpreendeu ainda mais.

A vampira que estava em cima de Sabrina foi simplesmente arrancada brutalmente sendo arremessada para um canto da sala onde colidiu com um suporte de madeira cheio de ferramentas de tortura.

- Sai daeeeeee vagabunda! Só eu abuso da minha mulher! - Disse o guerreiro, Aldarion o próprio, em carne e osso.

Tanto Sabrina quanto a vampira arregalaram os olhos surpresas, não esperavam aquela aparição incomum. A vampira se levantou exibindo as garras e presas, estava pronta para atacar Aldarion, mas se conteve por um momento.

- Quem é você? Como chegou aqui?

- O nome é Aldarion, Diferente destas mulheres eu estou livre e sei me defender. - Disse o guerreiro flexionando os braços e estalando os dedos.

- Ora, você é bem forte, bem alto... Vou sugar todo o seu sangue com muito prazer, mas antes vou deixar que você viva para ver eu terminar de acabar com sua mulher. - Disse a vampira com um sorriso cruel no rosto.

- Você deve estar toda confiante não é mesmo? Então vem, tenta a sua sorte porque o azar é certo. - Respondeu o guerreiro se colocando em guarda.

Sabrina apenas observava seu campeão lutar para salvá-la.

A vampira avançou contra o guerreiro, este por sua vez não sacou sua espada como normalmente faria, em lugar disso pegou uma cadeira de tortura feita de madeira e ferro e arremessou contra sua agressora. O objeto voou e a acertou em cheio derrubando-a e mantendo-a ocupada por alguns segundos. Aldarion aproveitou o tempo ganho e quebrou a alavanca de madeira que acionava o dispositivo na mesa onde Sabrina estava aprisionada.

De posse da estaca improvisada, Aldarion avançou contra a vampira no exato momento em que esta se levantava de costas para ele. A mulher não teve tempo de escapar, quando virou seu corpo para ganhar a visão do guerreiro, este atravessou seu peito com a estaca.

A vampira levou suas mãos até a estaca tentando removê-la sem sucesso, desesperada deu alguns passos para trás enquanto seu rosto assumia uma expressão de desespero. Sabrina pode ver a pele da vampira apodrecer diante de seus olhos e então se desfazer, em seguida a carne e os músculos até restarem somente os ossos e estes por sua vez virarem pó. No final do processo que levou pouco mais de alguns segundos tudo o que restou da vampira foi um amontoado de pó.

Com a vampira eliminada, Aldarion se virou para a sua amada e a observou com ternura e tristeza no olhar.

- Meu amor. Olhe só para você, o que eles fizeram com você? - Disse ele chorando. - É tudo culpa minha, eu não devia ter me afastado de você. Mas agora eu estou aqui para te ajudar, para cuidar de você. - Enquanto falava Aldarion usava sua espada para golpear as correntes que prendiam Sabrina até libertá-la por completo. Mas de nada adiantou, a jovem estava completamente incapacitada.

Aldarion então envolveu-a em seus braços e mesmo tomada pela dor de suas feridas, mesmo com o abraço da morte envolvendo seu corpo, mesmo com todo o sofrimento ela sentiu-se a mulher mais amada e protegida do mundo. O guerreiro não disse mais nada, com lágrimas no rosto aproximou sua face da dela e colou seus lábios aos de Sabrina beijando-a vigorosamente.

O beijo do guerreiro foi muito mais do que um simples beijo, no momento em que os lábios de Aldarion tocaram os lábios de Sabrina, ela sentiu um amor intenso e então a energia do guerreiro fluir para dentro de seu ser, ela sentiu uma onda de alívio e tranquilidade espalhar-se pelo seu corpo e a dor desaparecer. Quando ela própria se deu conta estava curada de suas feridas, seus braços e pernas estavam no lugar novamente. Ela ainda sentia dor, ainda estava fraca e debilitada mas agora podia andar e se mover livremente novamente.

Quando Aldarion terminou de beijá-la ele cambaleou para trás precisando apoiar-se em uma parede para não cair, parecia esgotado, cansado e atordoado. Sabrina sabia muito bem o motivo, ele havia dado parte de sua própria energia vital para ela, para salvá-la. Aldarion havia salvo sua amada. Quando Sabrina se levantou olhou para seu salvador e ele a olhou de volta, nos olhos dele só havia alegria por ter salvo sua mulher.

- Meu amor seja forte, eu virei salvá-la. Me perdoe por me afastar de você, pegue, tome isto, o tempo está acabando e eu preciso ser rápido. A magia do anel está se desfazendo. - Disse ele entregando um frasco de vidro com um líquido amarelado dentro. - De isso para Silmeria se ela ainda estiver viva.

Sabrina tomou o frasco em mãos e então agarrou Aldarion abraçando-o com força.

- Não! Você não vai a nenhum lugar, fique comigo, preciso de você. - Disse ela.

Aldarion correspondeu o abraço apertando-a com mais força ainda. Os dois ficaram juntos, abraçados por poucos segundos até que assim como havia chego, Aldarion partiu desaparecendo em um clarão de luz.

- Eu te amo! - Foram as ultimas palavras do guerreiro antes de sumir completamente.

Sabrina ficou alguns momentos caída de joelhos no chão chorando pela partida de Aldarion, assim que se recuperou ela ergueu-se dirigindo-se até Silmeria e derramando o líquido do frasco que Aldarion lhe dera dentro da boca da meio-elfa. Ela não sabia se a sua companheira estava viva, mas precisava tentar algo.

Quando terminou de derramar o líquido inteiro ela se afastou e observou, viu que nada acontecia e imaginou que talvez fosse tarde demais. Minutos se passaram e Sabrina estava quase se preparando para começar a sair dali quando Silmeria despertou tossindo muito.

A meio-elfa sentia todas as suas entranhas queimarem como se estivessem em chamas, mas não era uma queimação dolorosa, muito pelo contrário, era algo revigorante. Ela sentiu o calor da vida voltar a habitar seu corpo afastando a desolação da morte. Ela estava viva novamente. Sabrina ao perceber que Silmeria ainda vivia rapidamente a soltou usando algumas chaves que pertenciam à vampira morta por Aldarion.

As duas agora apesar de cansadas, estão vivas e livres para agir.

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Spoiler:

por NR Arkengel Seg Abr 28, 2014 12:28 pm

Solveig Ouvia as palavras do rei atentamente, em demonstração de respeito ele apenas ficava em silencio esperando novas ordens ou possíveis reações dele. A conversa tomou um rumo muito bom depois que alguns indisciplinados começaram a aprender o que significava respeito diante de uma figura importante e imponente.
Mas pelo visto conseguimos convence-lo de que nossa ajuda era necessária, e ter aquele rei e seu povo como aliado com certeza seria algo a se considerar. Quando o rei disse sobre o banquete e liberou todos para partirem, Solveig fez um sinal para que os guardas aguardassem um pouco, deu um passo diante do rei e direcionou sua fala ao mesmo.
- Com Licença majestade, talvez meu questionamento possa soar ofensivo se isso acontecer peço humildemente perdão. Não quero desmerece-lo nem trata-lo de forma diferente ou inferior, mas ao trazer forasteiros desconhecidos, intrusos para seu palacio diretamente diante a sua presença não é um ato um tanto quanto perigoso? Não estou julgando seu ato como errado nem questionando seus guardas e sua força, mas se fosse um assassino enviado por algum inimigo, um assassino que não tivesse nada a perder e tivesse como unico objetivo elimina-lo, estar diante de ti seria como um presente para ele, minhas palavras são por preocupação para com sua segurança, peço que não me entenda mal por favor. -

Solveig ouviria a resposta e até mesmo responderia caso sentisse a necessidade de fazer, mas do contrario apenas reverenciaria ele de uma forma diferente antes de partir. Com uma das mãos posicionadas a frente do corpo de palma aberta e a outra com o punho fechado, colocaria o punho logo abaixo da palma e se inclinaria par frente, aquilo era o maior sinal de respeito que podia demonstrar para ele, uma reverencia dada apenas aqueles que a pessoa acha que realmente merece, a palma aberta significa que não tem nada a esconder, o punho fechado mostra firmeza, força e disposição , enquanto o corpo inclinado demonstra que a pessoa a quem ele dirige esta reverencia pode ter total confiança nela, a confiança aparece a partir do momento que você consegue mostrar que pode abaixar sua cabeça diante dela, mas qualquer mentiroso ou ladino é capaz de enganar alguém desta forma, por isso suas mãos estão juntas nesse cumprimento para distinguir os verdadeiros dos falsos, poucos conhecem o verdadeiro significado deste simples ato, mas os que conhecem sabem sua importância.
Seguiria para o aposento designado para ele e da mesma forma que antes, Solveig se sentaria com as pernas cruzadas em posição de lótus e começaria a meditar. Sua meditação é uma forma de descanso, entraria em transe, mantendo-se inconsciente para tudo a sua volta com exceção de presenças hostis e sons. Deixaria a energia fluir por todo seu corpo, cobrindo sua pele como uma aura exatamente da mesma forma que antes, mas agora relaxaria mais seu corpo, deixaria seus músculos descansarem e seu ki fluir por entre eles, aquela energia tranquila e serena em conjunto com seu corpo em transe levaria colocaria ele sobre um belo e bom descanso.

por **Torak** Seg Abr 28, 2014 6:01 pm

Hayate ficou aliviado quando o rei entendeu suas palavras. Havia aprendido mais naquele dia. Mas foi quando o rei falou sobre descansarem que percebeu o quanto estava cansado e faminto, isso sem contar a mordida da aranha e o veneno que o deixava mais fraco. Então Solveig falou sobre a possibilidade de um assassino chegar facilmente no rei, ele tinha razão, mas imaginava que o rei não era tolo e tinha uma carta na manga. Nesse instante Hayate sentiu sua cabeça latejar e ao fechar os olhos se viu em fúria rasgando o rei e seus guardas com suas garras e dentes. A visão durou apenas um instante até que abriu os olhos e tudo estava normal. Não sabia o que foi aquilo, será que lá fora a lua cheia já estava alta? Deveria ser meia noite e mesmo no subterrâneo pelo jeito ainda sofria alguma influência. Por sorte, nada suficiente para afetá-lo. Precisava descansar.

Saíram e foram levados em direção às pequenas casas que seriam suas acomodações no momento. O instinto do lobo o fazia querer explorar a cidade e descobrir daonde vinham todos aqueles cheiros estranhos, mas seu corpo pedia desesperadamente por uma cama. Entrou na casa indicada para si e foi até a cama, como de costume colocou o colchão no chão e se deitou. Dormiria até a hora do banquete, isso certamente não iria perder. Era difícil saber o que soava mais alto: seu ronco ou sua barriga.

por Kazuiya Seg Abr 28, 2014 8:46 pm

Estava aliviada ao ver que tínhamos obtido a confiança dos pequenos moradores da Baixa Lodoss, porém não pude deixar de olhar com reprovação para Solveig quando ouvi suas palavras, estreitei meus olhos enquanto fitava-o esperando alguma reação dele, como o silêncio de preferência, porém não adiantou, voltei-me para frente então olhando para o rei e os demais pouco antes que nos guiassem para o local onde passaríamos a noite.

Lembrava-me que há muito não podia descansar de verdade, desde que Shadira havia me capturado não tive uma noite de paz e enquanto nos dirigíamos para lá olhei para Lywan por alguns instantes, não sabia se ele pensava da mesma maneira que eu, mas era bom ter um lugar para descansar afinal. Compartilhamos da mesma mestra e contra nossa vontade, forçados de maneira cruel e por essa razão ainda tinha esperança de que poderia me livrar das mãos dela talvez nessa aventura na qual estávamos metidos.

Descansaria então assim que chegasse sem dizer uma palavra apenas manteria a calma ficando tranquila enfim no lugar onde eu fosse acomodada para assim estar bem disposta no próximo momento em que tivesse que caminahr e voltar à jornada junto de Raigor e os demais.

por **Frist** Seg Abr 28, 2014 11:15 pm

Apesar de precisar descansar, Lywan preferia que partissem naquele momento, o quanto antes acabassem essa missão antes poderia voltar a seus planos de tentar se livrar do controle de Shadira e lá no fundo, bem la no fundo, ainda tinha um pouco de esperança que essa missão e esse grupo pudessem ajudá-lo com isso, só preferia não se agarrar a expectativa.

Apesar de serem criaturinhas intrigantes, tendo percorrido todo o caminho para virar rei, não achava que o soberano daquela pequena nação não estaria preparado para uma emboscada por parte dos aventureiros, aquilo claramente passava pela cabeça de Lywan, mas naquela situação um aliado não faria mal, claro sempre mantendo seu pé atras como de costume, mas ainda assim os consideraria aliados.

Guiado a pequenina casa que lhe serviria de repouso, Lywan voltaria a sua forma humana, seu tamanho, ainda grande comparado ao dos pequeninos, se adequaria melhor às acomodações e assim retiraria seu pequeno arsenal, deixando sempre uma das adagas em baixo do travesseiro e a outra a altura da cintura em baixo do colchão, para então aproveitar o pouco de tempo para se recuperar se seus ferimentos.

Enquanto deitado olhava levou a palma de sua mão a frente de seu rosto, abria e fechava apenas observando, podia sentir que havia gastado grande parte de seu poder e que dependendo do quanto que recuperaria com o banquete e as horas de sono, cogitava em ter de tomar uma das poções de energia, mas isso era algo para depois... estava na hora de sonhar com as lindas e perigosas florestas de Takaras, fazia tempo que não corria livre e seu espírito ansiava por isso.

por Sassa Ter Abr 29, 2014 2:28 pm

Sabrina estava prestes a deixar aquele mundo, seu corpo já não respondia mais, era quase como se ele não existisse, não fosse pela terrível dor que sentia, poderia dizer que já estava no outro plano. Sua mente agora pairava pelas lembranças e sonhos, como se seu espírito já tivesse aceitado a morte, e agora pairava fora do corpo pelo além. Sabrina viu muitas coisas nesse sonho, mas uma delas lhe chamou mais atenção, um sonho tão nítido, que chegava a parecer real. Ela via Aldarion, de pé, olhando-a com tristeza no olhar, talvez não fosse um sonho, talvez seu espírito tivesse sido levado até seu consciente, apenas para lhe avisar de que Sabrina havia partido, e que ele partiria junto. O cenário onde o guerreiro estava era gelado, sem emoção, as brumas de neve sem fim do norte de Hilydrus, onde Sabrina já estivera algumas vezes com seu amado. Aldarion desviou seu foco por um tempo de Sabrina, olhou para as próprias mãos e começou a esfrega-las. A garota tentou, inutilmente, se aproximar mais de seu amado para ver o que ele fazia, mas algo diferente estava acontecendo. Seu corpo parecia lhe chamar de volta, a sensação de dor, que ela havia aprendido a ignorar justo naquele instante, voltou com força. Seus sentidos retornaram e um calor incomum acendeu em seu intimo, um forte desejo de viver, de não desperdiçar a vida de Aldarion de forma tão inútil.

O que veio em seguida surpreendeu tanto a Sabrina quanto à vampira. Durante seu ato hediondo, a vampira ouviu uma voz grossa e firme lhe ameaçando, Sabrina rapidamente acordou ao ouvir aquela voz, ela sabia de quem era, mas não acreditou que fosse verdade. A jovem levantou com dificuldade a cabeça para olhar, apenas para ter a felicidade de ver que seu amado Aldarion havia aparecido em carne e osso para a salvar. Sabrina não pode conter o choro de felicidade, e mesmo na situação delicada em que estava, ela sentia-se aliviada, pois acreditava veementemente que Aldarion conseguiria salvar sua vida. O guerreiro agarrou a vampira pelos cabelos e a jogou contra uma das paredes, em seguida os dois começaram uma pequena discussão sobre como ele havia entrado ali. Aldarion por sua vez, como sempre um guerreiro de cabeça quente, pouco deu conversa para a vampira e partiu direto para a ação. Sabrina observou quando ele quebrou a alavanca de madeira usada na mesa onde estava presa, e a usou como estaca para matar a vampira. Tudo foi tão rápido que a maga mal teve tempo de sequer entender. Num minuto, ela estava a beira da morte, tendo seu sangue sugado de seu corpo por uma criatura vil e sem coração. No outro, ela estava diante de seu salvador e amado campeão, Aldarion, ao qual ela já considerava mais do que simplesmente um parceiro, já era parte de sua vida.

Aldarion tomou o corpo da jovem em seus braços com todo cuidado possível para que ela sofresse o mínimo possível, mas era inevitável em seu estado que a garota sentisse cada músculo de seu corpo, se contorcendo de dor. A jovem gemeu abafado, mas foi logo interrompida pelo beijo revigorante de Aldarion, beijo que renovou não só seu espírito, mas também seu corpo. A dor foi se aliviando aos poucos, e ela foi recuperando os movimentos de seus membros de forma gradual. Após alguns minutos, Aldarion se afastou, cambaleante, se apoiou na parede atrás de si para não cair, mas em seu rosto, a felicidade por salvar a vida de Sabrina.

- Meu amor seja forte, eu virei salvá-la. Me perdoe por me afastar de você, pegue, tome isto, o tempo está acabando e eu preciso ser rápido. A magia do anel está se desfazendo. - Disse ele entregando um frasco de vidro com um líquido amarelado dentro. - De isso para Silmeria se ela ainda estiver viva.

Sabrina tomou o frasco em mãos e então agarrou Aldarion abraçando-o com força. - Não! Você não vai a nenhum lugar, fique comigo, preciso de você. – Falou instintivamente ao perceber que ele partiria novamente, desta vez não voltaria tão cedo. Aldarion respondeu ao abraço com um mais forte, e como suas ultimas palavras, antes de sumir novamente, ele se declarou mais uma vez para Sabrina. O jovem ficou ali parada mais um tempo, abraçando o vazio, até que enfim se lembrou da tarefa dada pelo guerreiro. Ela imediatamente correu para onde estava o corpo de Silmeria e derramou o liquido em sua boca. A meia elfa pareceu não responder, nada aconteceu, seu corpo continuava imóvel, pendurado pelas correntes. Passou-se então um minuto, e quando Sabrina já estava quase desistindo de sua companheira, Silmeria enfim voltou. – Ora, achei que não fosse voltar nunca. – Se permitiu brincar um pouco com a situação da mulher antes de solta-la de suas amarras. Ambas agora estavam na sala de tortura sozinhas, mas com o pequeno detalhe. As duas ainda encontravam-se completamente nuas, seus pertences e roupas havia sido tirados enquanto estavam inconscientes, e não seria nada agradável tentar sair dali da forma como estavam. - Vamos dar uma olhada pela sala, nossas coisas devem estar por aqui em algum lugar. – Sabrina falou já se afastando de Silmeria e começou a vasculhar cada canto da sala de tortura a procura de suas roupas e pertences. Caso lhe fosse conveniente, acabaria levando também qualquer coisa de valor que encontrasse por ali, ou até mesmo algo que achasse de grande importância, como uma arma para se defender ou chaves que pudessem ser usadas futuramente. Vez ou outra, Sabrina não deixava de dar uma olhada para trás para ver como Silmeria estava se saindo em sua busca, mas era quase impossível que não reparasse no corpo nu de Silmeria, que mesmo estando ainda muito machucada, não deixava de ser uma belíssima mulher.

por **Phyress** Ter Abr 29, 2014 11:47 pm

Escuridão. Era em um lugar escuro que Silmeria se encontrava, mas, foi então que tudo começou a se distorcer. Algo parecia estar puxando Silmeria de volta daquele lugar vazio e reconfortante... Mesmo contra sua vontade, a luz do ambiente, que parecia extremamente forte naquele instante invadiu seus olhos e ela tossia.

Silmeria sentiu seu corpo queimar por dentro, de um modo estranho e revigorante, o que a fez morder o lábio para conter o suspiro alto e aliviado que tentou escapar. Assim que as sensações estranhas passaram, a mestiça olhou para o ambiente, confusa.

Sassa escreveu:
– Ora, achei que não fosse voltar nunca.

- ... Eu também... Mas parece que vaso ruim não quebra fácil mesmo... – murmurou, em um tom cansado e levemente humorado, observando Sabrina soltar suas correntes.

Sentia seu corpo exausto e cansado, e sua mente continuava em um estado um pouco confuso. Tinha certeza de que estava morta, a sensação da vida se esvaindo de seu corpo... Nunca havia se sentido daquela forma antes, por isso ela acreditava que havia morrido. Questionou Sabrina sobre o que aconteceu e se contentou com a explicação breve que lhe foi dada, não era tão importante o que havia as libertado, o importante era como escapariam daquele lugar.

Assentiu com as palavras de Sabrina e procurou vasculhar a sala, procurando qualquer coisa que pudesse ser usada como roupas e pertences. Por sorte, havia instrumentos de tortura naquele lugar. Chicotes, facas... Desarmadas elas não sairiam dali. Caso não encontrasse roupas, procuraria por algum tipo de cinto ou mala, de preferência um para cada, assim elas poderiam carregar coisas individualmente. Vasculharia também o corpo da mulher morta em busca de algo útil.

Caso seus pertences originais não fossem encontrados, a mestiça optaria por levar uma faca e um dos chicotes que foi usado em sua tortura e sugeriria que Sabrina fizesse o mesmo. Tentou auxiliar Sabrina a encontrar chaves e qualquer coisa que pudesse auxilia-las a sair daquele lugar.

- Será que a outra vai voltar...? Me pergunto se vamos mesmo conseguir sair daqui sozinhas... – ponderou e se aproximou um pouco da porta, encostando o ouvido nela para tentar ouvir o ambiente do lado de fora. Teriam que abrir aquela porta para sair, por isso Silmeria queria ao menos ter certeza de que não ouvia vozes ou passos do outro lado.

por NR Nayruni Qua Abr 30, 2014 9:34 am

@ Sabrina e Silmeria

Finalmente livres, as duas prisioneiras conversaram rapidamente, Sabrina contou a Silmeria quem as libertara mas sem citar o nome do salvador referindo-se a ele apenas como "meu escolhido". De qualquer forma Silmeria estava atordoada demais para pensar e decidiu não se aprofundar muito no assunto. O que importava agora é que as duas estavam vivas e livres.

Silmeria não sabia se ficava feliz ou descontente por ter retornado das portas da morte, talvez ainda não fosse a hora dela ou talvez os céus quisessem que ela sofresse um pouco mais em vida antes de ter sua alma clamada pelas chamas eternas do inferno. Evitando entrar em um dilema existencial, Silmeria se atou a procurar algo de útil naquele lugar desviando seus pensamentos para questões mais urgentes. Precisavam fugir dali e seria bom se encontrassem algo que pudesse lhes ajudar.

Infelizmente não encontraram roupas, teriam que seguir nuas dali pra frente, ao menos conseguiram encontrar duas armas, não eram de boa qualidade mas serviriam, uma espada curta enferrujada e um chicote farpado. Sabrina decidiu ficar com a espada enquanto que Silmeria se apoderou da outra arma.

Sem mais o que fazer ali, as duas se dirigiram à única porta daquele cômodo tétrico, uma porta de ferro velha e enferrujada. Sabrina assumiu a dianteira, com extremo cuidado aproximou-se da porta e colocou seu ouvido ali fazendo um gesto para Silmeria fazer silêncio. A meio-elfa manteve-se imóvel encarando os olhos de Sabrina que iam de encontro aos seus como se tentasse saber o que ela ouvia.

Depois de um par de minutos, Sabrina decidiu que talvez fosse seguro abrir a porta, pois não escutara nada do outro lado. O mais silenciosamente possível a jovem puxou a porta para trás, seu coração ia se acelerando de medo a medida que a abertura ia se tornando maior, sentimento igual dominava o corpo de Silmeria que olhava para o breu que dominava a passagem.

Finalmente com a porta aberta, as duas jovens olharam e viram que a frente parecia ser um corredor e este estava completamente tomado pelas trevas. Silmeria adiantou-se e tirou duas tochas das paredes da sala de tortura ficando com uma para si e entregando outra para Sabrina. Agora com a iluminação devida em mãos, ambas atravessaram o portal, seus pés descalços quase não produzindo ruído algum quando tocavam o chão de pedra fria.

Lado a lado as duas moças iam andando completamente alertas até perceberem que nas laterais, nas paredes, haviam barras de ferro que formavam grades. Com um olhar mais atento elas perceberam que aquilo era uma prisão e estavam andando no corredor entre as celas. Por curiosidade Silmeria levantou mais sua tocha até que as chamas ficassem acima de sua cabeça, desta forma a luz se espalhou ainda mais tornando possível ver o interior de cada cela a medida que caminhavam.

Todas elas estavam vazias e com restos de trapos e ossos. Lamentaram não haver mais nenhum prisioneiro para se juntar a elas. Estavam quase chegando do outro lado do corredor de modo que já conseguiam ver os contornos de uma porta. Aproximaram-se mais ainda da suposta saída e quando o fizeram ouviram alguém chamando por elas, uma voz, um sussurro.

Tanto Silmeria quanto Sabrina saltaram assustadas olhando para a esquerda, a ultima cela antes da porta no fim do corredor. Viram que dentro da cela havia um homem, ele era alto e de pele clara, tinha cabelos loiros e usava roupas brancas. Ele estava muito magro e abatido.

– Vocês! Por favor em nome de Zaltar me libertem. – Disse ele suplicante aos sussurros.

Passado o susto, Sabrina e Silmeria viram que o homem não parecia ser uma ameaça e apresentava pela expressão em seu rosto e gestos que ele estava tão apavorado quanto elas. Caberia a elas decidir o que fazer.

@ Raigor, Hayate, Solveig, Allenorha e Lywan

Antes de partirem para seus alojamentos, Solveig decidiu questionar o rei sobre a segurança do mesmo demonstrando grande preocupação por ele. O pequeno governante sorriu simpático e se aproximou de Solveig estendendo-lhe sua pequena mão. Parecia que queria cumprimentá-lo.

Solveig retribuiu o gesto apertando a mão de Dimble, mas quando o fez foi tomado pela surpresa. Dimble virou seu punho fazendo a mão de Solveig ir para trás, o mago guerreiro sentiu uma grande dor. Dimble então puxou o braço de Solveig forçando-o a vir para a frente por causa da dor que este sentia em seu pulso, quando Solveig avançou, Dimble passou pela sua lateral e ali aplicou um chute na dobra do joelho de Solveig fazendo-o cair de joelhos. No segundo seguinte Dimble saltou sobre as costas de Solveig agarrando-se ao seu pescoço onde aplicou um mata-leão.

Solveig a princípio tentou se soltar, mas então percebeu que não conseguiria. Viu seus companheiros se preparando para um combate mas mesmo sendo sufocado por Dimble ele ergueu uma de suas mãos fazendo sinal para que apenas observassem. Solveig tentou lutar ainda mais para se livrar de Dimble, mas quando finalmente percebeu que não conseguiria deu 3 tapinhas leves no braço do pequenino e este o soltou. Dimble esperou Solveig se recuperar inclusive ajudando-o a se levantar.

– Sua preocupação com minha segurança é louvável, mas você mesmo baixou a guarda para mim. Em momento algum eu estive indefeso ou com a guarda baixa. – O gnomo sorriu simpático. – Minha mão não está no cabo de minha arma, mas meu espírito está sempre pronto. Meus inimigos eu sei bem quem são, sorrateiros, perigosos, silenciosos como sombras. Vocês nem de longe se parecem com eles.

Solveig entendeu a mensagem do rei e o cumprimentou de forma honrada como pretendia fazer. O rei devolveu o cumprimento da mesma forma. Finalmente depois de terminarem a conversa, todos se retiraram, Solveig em especial estava pensativo, Dimble era muito mais do que aparentava. As ações do pequenino se repetiam na mente de Solveig em camera lenta e ele percebeu quem o rei era na verdade.

Um mestre... Alguém que tinha muito a ensinar.

Informações:

Spoiler:

por **Phyress** Dom maio 04, 2014 8:36 pm

Para Silmeria ao menos, seguir nua não seria um problema. Nunca foi uma pessoa com algum tipo de vergonha sobre seu corpo e, na situação que estavam, julgava que estar nua ou com um pano qualquer por cima do corpo não faria tanta diferença. Ao menos conseguiram armas para se defender... Silmeria nunca havia usado um chicote antes, mas teria que lidar com isso por enquanto.

Considerando que parecia silencioso do outro lado. Ergueu o as mãos e preparou o chicote enquanto a porta se abria, como se esperasse que alguém saltasse do outro lado, mas nada aconteceu. As duas apenas se depararam com um corredor escuro. Silmeria pegou tochas e as duas passaram a caminhar, iluminando o caminho a frente.

Silmeria andava atenta, olhando especialmente para o chão em busca de pegadas ou algum indicio de em que direção as pessoas geralmente andavam naquele corredor. Olho as celas que tinham naquele corredor e tudo que viu foram trapos e ossos... Eles sequer assassinavam os prisioneiros? Deixavam os prisioneiros apodrecerem dentro das grades? A voz que ouviu, porém, chamou sua atenção e Silmeria logo fitou o prisioneiro.

“Zaltar? Eu não sou religiosa, mas já ouvi Raigor falar esse nome e... Também tem aquela catedral... Esse homem, será que fez parte da expedição anterior? Por que outra razão ele estaria aqui, preso?”

-... – com a habitual expressão desconfiada, Silmeria olhou de relance para Sabrina e logo voltou a fitar o companheiro, embora seus ouvidos se mantivessem atentos ao ambiente ao redor, com receio de que alguém surgisse ali para surpreendê-las – Quem é você? Por que veio parar aqui? - também falou baixo, julgando que o tom de voz igual ao dele seria o suficiente para que ele escutasse.

Se ele desse indícios de que era membro da outra expedição, tentaria fazer perguntas vagas sobre as informações que Raigor havia lhe passado anteriormente e, assim, descobrir se era verdade o que dizia, faria isso de maneira breve e objetiva, já que não tinham tempo a perder. Também, esperaria a reação de Sabrina sobre o que deveriam fazer com o prisioneiro... Embora ele estivesse debilitado, talvez ainda possuísse alguma utilidade. Não era como se as duas estivessem na posição de rejeitar mais apoio, mas também não podiam simplesmente confiar em qualquer um.

por **Torak** Seg maio 05, 2014 4:34 am

Depois de algumas horas de descanso, Hayate sentia-se revigorado. A fraqueza causada pelo veneno havia ido embora, tinha sido salvo pelas defesas de seu próprio corpo. Estava aliviado por isso, o que restou foram apenas algumas marcas mas que logo seriam cobertas por pêlos. Mas sabia que precisava se equipar novamente, enfrentar a Irmandade das Sombras sem uma armadura completa seria ainda mais perigoso do que foi com as aranhas.

Levantou-se e andou pela cidade. Era estranho, como se tudo fosse em escala menor e Hayate fosse um gigante. Olhava tudo com curiosidade e interesse, mas ao mesmo tempo atento se encontrava algum tipo de ferreiro. Se o fizesse, perguntaria o que ele conseguiria fazer por duzentas moedas, era tudo que tinha no momento. Precisava de um peitoral, ombreiras, braçadeiras e um elmo aberto. Estava disposto a fazer algum trabalho em troca do serviço.

Depois de isso resolvido (ou não), lembrou-se de que Alleortha havia contraído a Febre do Esgoto, mas o grupo ainda não tinha certeza se ela estava totalmente curada. Silméria havia dado uma poção à elfa mas não tinham conhecimento de se aquilo era realmente uma cura. De qualquer forma, o lobo procurou por Alleortha. Não foi difícil reconhecer o cheiro dela em meio a tantos que eram desconhecidos e totalmente diferentes, principalmente debaixo da terra. Elfas tinham um odor suave, lembrava floresta e tranquilidade, apesar de agora misturar-se com cansaço e suor. Pensando nisso, Hayate lembrou que precisaria de um banho logo. Argh, detestava água gelada, principalmente agora, ela ficava horas em seu pêlo e demorava eras para secar. Isso podia esperar. Não demorou para encontrar Alleortha e se aproximar dela.

— Ei. — A cumprimentou, batendo de leve o punho fechado sobre o peito em sinal de amizade. — Hm, como está se sentindo? Não sei se aquela poção te curou totalmente, mas espero que sim. Se você tiver tonturas ou náuseas me avise, vou te ajudar no que posso.

Estava um tanto desconfortável. Não era de seu feitio ir falar com as pessoas e, ao mesmo tempo, continuava preocupado com o trio desaparecido. Hayate olhou para o lado por alguns segundos, depois voltou a encarar A elfa.

— Você... acha que eles estão vivos ainda? — Novamente olhou para o lado, incerto do que dizer. — Já foi quase um dia inteiro e nada deles. Será que... — Ele sacudiu a cabeça levemente em negação. — Não, esqueça isso. Você está aqui porque foi obrigada a seguir a gente, não deve se importar com isso. Se eu pudesse, te soltava. Nem eu uso coleira, você também não devia usar.

Deu de ombros. Não gostava da idéia de ser obrigado a fazer algo que não quer e imaginou que a situação de Lywan e Alleortha fosse extremamente desagradável. Já deveria ser horrível arriscar sua vida porque alguém mandou, era normal que eles sequer ligasse para o resto do grupo.

por Kazuiya Seg maio 05, 2014 4:42 pm

Após uma bela noite de sono, por tanto tempo sem dormir, me sentia bem melhor, nem cansaço nem dor me acometiam mais, levei então as mãos ao local onde o rato havia me mordido mais cedo e notei que não havia mais ferida, não sabia muito bem o que tinha acontecido, mas lembrava exatamente do momento em que senti meu corpo diferente e do brilho que tomou conta dele e no instante seguinte eu estava em perfeita saúde novamente.

Decidi sair para caminhar pela cidade, talvez reunir um pouco de informação com os habitantes para saber à respeito dos Drows ou qualquer coisa que eles pudessem me ajudar, ou até quem sabe que eu pudesse ajudá-los em alguma coisa, afinal até então eu não estava ajudando tanto, exceto pela batalha contra as aranhas mais cedo e torcia para que não encontrássemos mais nenhuma daquelas coisas asquerosas.

Durante minha caminhada fui abordada por Hayate que de uma maneira um tanto estranha tentava ser amigável para comigo, com um toque com o punho fechado atingindo meu peito de leve, olhei para ele um tanto desconfiada, ainda mais por me lembrar que o havia chamado de "saco de pulgas" anteriormente no covil das aranhas.

Hayate escreveu:— Ei. — A cumprimentou, batendo de leve o punho fechado sobre o peito em sinal de amizade. — Hm, como está se sentindo? Não sei se aquela poção te curou totalmente, mas espero que sim. Se você tiver tonturas ou náuseas me avise, vou te ajudar no que posso.

- Estou bem, não precisa se preocupar, não sei se foi a poção, mas algo aconteceu, não tenho nem mesmo mais os ferimentos que eu havia recebido. - disse mostrando a perna no local onde havia sido mordida outrora. - Pode deixar, se precisar avisarei sim.

Tentei ser simpática, mas ainda estava na defensiva, desde quando fui capturada agia dessa maneira, estava com medo de confiar nas pessoas, talvez fosse besteria ficar com medo de tudo e todos com quem eu me relacionava, mas eu me sentia melhor assim.

Hayate escreveu:— Você... acha que eles estão vivos ainda? — Novamente olhou para o lado, incerto do que dizer. — Já foi quase um dia inteiro e nada deles. Será que... — Ele sacudiu a cabeça levemente em negação. — Não, esqueça isso. Você está aqui porque foi obrigada a seguir a gente, não deve se importar com isso. Se eu pudesse, te soltava. Nem eu uso coleira, você também não devia usar.

Ao ouvir as palavras dele à respeito do trio que havia saído para levar o Elfo para ser curado, pensei por alguns instantes que talvez eles não estivessem mais entre nós, e isso me deu um aperto no peito. Não era bom pensar o pior numa situação como essa, e ultimamente eu só via o lado mal das coisas, mas notava que Hayate parecia se preocupar com todos, não apenas com aqueles três, mas comigo e Lywan também.

- Somos todos companheiros nessa jornada, não pense que não me importo com eles, pois me importo tanto quanto você se importa. - disse olhando em seus olhos fria, mas atenta. - Lywan e eu, somos estranhos, mas se preocupa conosco como se fizessemos parte do seu grupo de busca, portanto acho que nos considera companheiros também.

Toquei a coleira em meu pescoço e suspirei olhando para o chão.

- Até então tinha medo de confiar em você e nos demais, mas acho que já está mudando, esse sentimento dentro de mim. Ambos nos importamos uns com os outros então significa que somos todos companheiros afinal. - disse esboçando um sorriso. Em seguida dei um tapinha no ombro direito do lupino. - Fique tranquilo, creio que arrumaremos uma forma de arrancar essas malditas coleiras.

Após minha conversa com Hayate não sabia exatamente mais o que fazer, ainda tinhamos tempo até que viessemos À nos preparar para enfrentar a irmandade das trevas, então pensei em procurar por mais flechas, pediria aos aldeões se possível fosse que eles me conseguissem mais flechas para eu me defender, não tinha dinheiro, mas se fosse necessário poderia ajudar com algo que precisassem também, afinal estávamos ali sendo tão bem tratados seria o mínimo que poderia fazer.

Off:

por NR Arkengel Ter maio 06, 2014 12:39 pm

O que aconteceu em seguida deixou Solveig no minimo intrigado. Apesar de parecer que ele estava indefeso, o rei parecia ser tão habilidoso e preparado para o perigo, sua habilidade, sua força, sua técnica pareciam ser surpreendentes, ele realmente não precisava se preocupar com aquele tipico de coisa.

Aprendeu uma lição com o pequenino rei, depois que foi par seu alojamento. Pensativo quanto ao que tinha acabado de acontecer. Permaneceu um tempo meditando, descansando seu corpo o máximo que conseguisse até que finalmente cedeu a sua vontade e saiu de sua casinha e voltou para o castelo aonde o rei estaria. Caso o mesmo não estivesse lá iria atrás dele de todo jeito, queria ficar de frente para ele mais uma vez. Tinha um pedido a fazer e queria falar com ele diretamente. Procuraria ele aonde quer que ele estivesse, fazendo perguntas, tentando gesticular frases para os guardas e etc.

- Aonde esta o rei, preciso falar com ele, tenho um pedido a fazer. -

por **Frist** Qui maio 08, 2014 11:57 pm

Lywan acordou e se colocou sentado na cama, logo percebeu que estava no pequeno cômodo daquele reino que antes era desconhecido para o jovem guerreiro. Se espreguiçou e logo percebeu o objeto que mais lhe trazia raiva ao coração ultimamente, a coleira de Shadira. Tocou o objeto com as pontas dos dedos e de pois se apoiando os cotovelos nos joelhos se debruçou para frente, seus olhos fechados e apertados, podia sentir a veia em sua testa palpitando, ainda estava preso, um animal encarcerado de certa maneira, o que fazia sentir grande angústia - MERDA!! - Se levantou rápido da cama, podia sentir o sangue fervendo por de baixo de sua pele - Um dia eu corto a garganta daquela maldita bruxa... um dia tomo sua vida... AAARG!! - Socou a parede.

Após alguns segundos ali parado na mesma posição suspirou fundo e voltou a si, foi até a vasilha do cômodo onde jogou um pouco de água, então a usou para lavar o rosto, o rosto humano com olhos lupinos de uma cor totalmente diferente das outras pessoas, o que o fazia lembrar de quando ainda era apenas um rapaz que brincava com seu irmão mais novo, sentia o peso que carregava em seus ombros, o peso de ser o mais forte e fazer com que os humanos pagassem, como pode uma raça tão frágil e sem graça governar a lodoss?!

Em meio a todos seus pensamentos, se lembrou de toda a situação em que estava, agora em sua forma humana, provavelmente não seriam todos os guardas que o reconheceriam, então iria atrás de um de seus companheiros para que em caso de algum problema tudo se esclarecesse, qual deles? Allenorha era a única com quem se sentia mais a vontade, assim como ele era uma das vítimas do escravismo de Shadira e assim foi ao encontro da moça.

A viu conversando com Hayate, o lobisomem impuro que conseguia controlar a transformação, que espécime único ele é, nunca havia visto ou ouvido falar de um mero humano que conseguiu controlar esse Dom, ele talvez estivesse agora um pouco mais próximo dos puros. Se aproximou de ambos, mas não conseguiu discernir sobre o que falavam, só no fim da conversa algo sobre companheirismo. - Vou me juntar a vocês apenas por que eles ainda não me viram nessa forma! - E assim seguiria a dupla, se um silêncio se instaurasse entre os três Lywan perguntaria para eles - Quando foi capturada pela bruxa pequena elfa? Apesar de estarmos no mesmo estado, nunca havia conversado com você antes! E quanto a você... é Hayate certo? Como consegue controlar o Dom que ganhou?! Não vou mentir, isso me intriga muito! Um humano desfilando em nossa verdadeira forma! -

por Sassa Sex maio 09, 2014 12:17 am

Os itens das duas mulheres não se encontravam na sala, muito menos as roupas que estavam usando no momento em que foram raptadas. Sua única saída então era sair dali da forma como estavam, nuas e sem praticamente nada. Ao menos Silmeria havia encontrado duas armas, que seriam úteis caso fosse necessário se defender num futuro próximo. Sabrina seguiu para a porta e se posicionou atrás da mesma, pronta para abri-la, antes ela aguardou que Silmeria estivesse pronta e posicionada. Quando as duas estavam enfim em posição, Sabrina abriu com bastante cautela a porta, o clima era de puro suspense, mas no fim não havia nada do outro a não ser um corredor vazio e escuro. - Vamos seguir em frente. - Sussurrou para Silmeria. Antes de saírem, a mestiça teve a ótima ideia de levar as tochas da sala para iluminar o caminho, e assim as duas seguiram com o máximo de cuidado e silencio que lhes era permitido. O corredor parecia muito com um calabouço, cheio de celas e todas elas vazias. Os ossos dentro dos cárceres indicavam que algum dia, há muito tempo aquelas celas já foram habitadas por infelizes. As duas estavam bem próximas do final do corredor, quando ouviram uma voz lhes chamar, era um homem. Sabrina pulou com o susto já apontado sua espada em direção onde vinha o som. A voz vinha justo da ultima cela a esquerda, e este sussurrava as chamando.

Ao se aproximarem, Sabrina notou se tratar de um homem loiro, suas vestes eram brancas, mas estavam encardidas, ele parecia bem fraco, mas não tinha sinais de tortura evidente. A maga estava prestes a perguntar, mas Silmeria fora mais rápida, e com isso, Sabrina pode apenas esperar pelas respostas, enquanto ela própria tirava suas conclusões sobre o assunto. "Nossas coisas devem estar em algum lugar por perto, talvez do outro lado daquela porta, mas a questão é o que ais pode haver do outro lado..." - Sabe como sair daqui? - Uma pergunta pertinente e que Silmeria não havia feito, uma vez que ele acabaria se juntando a elas de qualquer forma, seria bom que ele soubesse como sair daquele lugar sujo e sombrio.

por **Torak** Sáb maio 10, 2014 12:06 am

Hayate ouviu o que Allenorha tinha a dizer, não deixando de ficar mais aliviado. Ver a meio-elfa se abrir em palavras fazia com que ela se tornasse menos uma companheira forçada e mais uma parceira de fato. Eram um grupo, isso fazia com que se tornassem mais fortes. Quando a meio-elfa o tocou no ombro, o lobo sorriu.

— Espero que seja verdade. — Fez um movimento positivo com a cabeça, satisfeito pela resposta. Mas estreitou um pouco os olhos em seguida. — Confiança é uma coisa muito valiosa. É uma parte da alma que você dá para alguém. Se ela quebrar é você que se machuca. Então tome cuidado.

Ele falava sério, apesar do jeito estranho de dizer aquilo. De fato, entregar sua confiança facilmente poderia lhe custar caro, portanto era algo bastante delicado de se lidar. Apesar disso, Hayate parecia dar um voto de confiança a todos do grupo. Era seu jeito, afinal.

— Vamos indo, estou com fome, acho que já podemos comer.

Começaram a andar e Lywan se juntou à caminhada. Hayate não gostava muito do outro lobo, ele parecia arrogante e prepotente. Mas, naquele momento, estranhamente se dirigiu a Hayate com respeito e logo entendeu porquê.

— Dom? É, hoje posso dizer isso. — Não parou de andar, falavam enquanto caminhavam. A certo ponto, esperou enquanto a meio-elfa negociava flechas com um aldeão. O lobo estreitou os olhos e encarou Lywan para respondê-lo. — Demorei anos para dominar essa fera. Me orgulho disso. Mas você fala como se eu fosse um erro que por acaso deu certo. E você se acha melhor, não é?

Gesticulou com a mão enquanto falava e, ao final, encarou-o com olhos ainda mais estreitos. Em sua forma lupina, era mais alto que Lywan, portanto o olhava de cima para baixo. Esperava uma resposta, apesar de sua postura aparentemente agressiva. Era difícil saber porque o lobisomem puro incomodava tanto Hayate para quem olhasse de fora.

por **Frist** Sáb maio 10, 2014 2:36 am

Caminhava junto da dupla e ouviu que o Hayate demorou anos para controlar sua "fera", pensava em como era possível um humano aceitar a natureza selvagem e muda-la a sua vontade, porém logo o lobisomem mostrou uma postura mais agressiva e incomodada. Lywan apenas manteve sua expressão vazia, o encarava nos olhos mesmo que tivesse de levantar a cabeça com toda sua pequenez humana perto do lupino.

O encarou por alguns segundos e então disse - Você não dominou fera alguma... por algum motivo que desconheço a natureza te permitiu que a fera o aceitasse! - arregalou ligeiramente os olhos e inclinou a cabeça de lado - Você está certo em se orgulhar, mas o faz por um motivo um pouco distorcido... responda-me, você acha que esse dom era sua maldição? Que era um monstro descontrolado? - Sem esperar a resposta continuaria - O que há de monstruosidade em um predador caçar? um urso é um monstro por matar um humano? um grupo de lobos ou até mesmo um leão das montanhas?? Humanos são os monstros, criaturas fracas, mesquinhas e que por medo taxam qualquer ser diferente e mais forte por natureza como aberrações e os caçam atoa... O pior de tudo... tem prazer nisso, se vangloriam!! - As lembranças de seu irmão sendo morto atoa na juventude vinham junto de um turbilhão de emoções e enchiam seu peito.

Não conhecia Hayate ou sua história, então respirou fundo e se conteve - Quanto a sua pergunta, impuros não são um erro, são humanos que recebem uma dadiva da natureza, que podem ser verdadeiramente livres durante certos períodos e consideram isso uma abominação! Você é um caso peculiar, a fera o aceitou, não sei o por que disso, mas agora você é quase como nós, só aproveite isso... não sei minha opinião sobre você ainda! - Assim deu as costas e foi ver se a garota ia demorar muito.

por NR Nayruni Sáb maio 10, 2014 4:50 pm

@ Sabrina e Silmeria

Diante das questões feitas pelas belas mulheres, o prisioneiro reagiu com naturalidade e respondendo com calma.

– Me chamo Sir Telos, cavaleiro a serviço da Igreja de Zalthar. – Ao se apresentar, Sabrina e Silmeria não puderam deixar de notar um brilho de orgulho reluzir nos olhos do homem.

Telos aproximou-se mais das barras da cela e as duas jovens puderam notar que ele era relativamente alto e que apesar do abatimento, poderosos músculos de aço escondiam-se por baixo de sua pele ferida.

– Vossa majestade o Rei Azure recebeu relatos de que haviam monstros escondidos sob a cidade, a igreja então enviou um destacamento de seis bravos servos de Zaltar para investigar. Eu sou um dos membros desta malfadada expedição. Quando adentramos os fétidos túneis e por eles vagamos, fomos atacados por um grupo de vampiros que nos sobrepujaram apesar da bravura. Eu e meus companheiros fomos trazidos aqui de após isso... – Telos pareceu hesitar por um momento, talvez relatar o que lhe acontecera recentemente estivesse sendo doloroso. – Um a um eles serviram de alimento para esses monstros, um a um eu os vi serem levados de suas celas para desaparecerem sob a sede profana dos senhores deste lugar, até que só restou eu.

As jovens podiam ver que as palavras de Telos carregavam a verdade, seu tom de voz e a expressão em seu rosto demonstravam sentimento.

– Eu não sei como sair daqui, mas eu sei que não podemos ficar aqui parados. Está acontecendo algo de terrível neste lugar. Ouvi essas bestas sombrias comentarem entre si sobre alguma espécie de ritual que está sendo feito no subsolo desta fortaleza. Por Zaltar eu tremo só de pensar, precisamos agir rápido, vocês podem me ajudar?

E agora o que as damas decidirão?

Informações:

Spoiler:

@ Solveig

Solveig meditava, concentrava-se em seu próprio ser, durante a ação ele sentiu sua mente mergulhar em um fosso de trevas que o assustou, tentou abrir seus olhos e não conseguiu. Ele despencava para as trevas que o engoliam com voracidade, Solveig viu-se mergulhar em um oceano de negritude até simplesmente pairar no meio do nada.

De súbito uma lua avermelhada surgiu acima como se sempre estivera ali coberta por um véu negro e este fora removido repentinamente. A parta iluminação do astro noturno revelou uma cena estarrecedora que fez o sangue de Solveig gelar em suas veias e seu coração pulsar com velocidade. Ratos, ratos por todos os lados, por todas as partes, uma planície cheia deles, tantos que era impossível ver o chão. Os roedores somavam-se incontáveis e estendiam-se por toda região até onde a vista alcançava sendo esta limitada pelo breu da negritude que continuava, diante da visão daquele tapete vivo e asqueroso, Solveig se viu tomado pelo pavor, um pavor que aumentou ainda mais quando percebeu que seus pés começavam a afundar como se estivesse pisando sobre areia movediça.

Com uma disposição alimentada pelo mais absoluto terror, Solveig começou a lutar por sua vida tentando desesperadamente não se deixar ser tragado pelo mar de ratos. Mas todo seu esforço era inútil, ele lutava, ele pisoteava, ele esmurrava e nada, mais e mais seu corpo ia mergulhando em meio ao oceano asqueroso e repulsivo. Tudo terminou quando finalmente ele foi tragado completamente sendo submerso pelos roedores.

Seus olhos se abriram, sua testa estava regada com grossas gotas de suor, tudo não passara de um pesadelo, um pesadelo maldito que servia como arauto para anunciar o aproximar inevitável da terrível maldição.

Solveig ergueu-se inquieto tomado pelo horror que vivera agora, ele precisava de ajuda, precisava encontrar uma solução. A primeira pessoa que veio em sua mente foi Dimble, sim, procuraria a ajuda do pequenino mestre. Quando começou a dirigir-se à porta para ir a procura do pequeno rei, Solveig foi surpreendido por uma vos familiar.

– Sinto sua angústia jovem guerreiro. – A voz saiu de um canto escuro do cômodo e seu dono não se demorou a revelar-se. Era Dimble. – Me perdoe a intromissão, mas estive observando seu transe o tempo inteiro, percebo que um grande mal lhe aflige. Tentarei ajudá-lo meu amigo.

O gnomo aproximou-se de Solveig e se sentou diante dele em posição de lotus.

– Me acompanhe, vamos retornar à meditação.

Convidou ele e pela primeira vez Solveig sentiu-se inseguro sobre a atividade que tanto gostava de praticar.

@ Hayate, Allenorha e Lywan

Continuem interpretando livremente. quando não quiserem mais conversar descrevam no final do seu post a seguinte frase.

"Sem mais nada a dizer, aguardou o desenrolar dos acontecimento."

Informações:

Spoiler:

por **Phyress** Qui maio 15, 2014 8:45 pm

Silmeria arqueou as sobrancelhas, claramente suspeitando das palavras que eram ditas por aquele homem. Quando ele se aproximou mais das barras, a mestiça olhou para o corpo dele atentamente, especialmente para os pontos de sua pele que estavam feridos... Quem quer que ele fosse, ele havia passado pela tortura ou disfarçado bem.

Se perguntava se o Rei havia feito algo para encontrar os seis guerreiros desaparecidos... Mas, mesmo que o homem parecesse dizer a verdade, Silmeria não tinha certeza daquelas palavras, embora duvidasse que alguém fosse suspeitar que as duas conseguiriam fugir da sala de tortura. Pessoas podiam ser ótimas mentirosas, mas, inimigo ou aliado, talvez aquele homem pudesse se provar útil para as duas.

“... Um ritual?” pensou, olhando para o homem... Não conseguia deixar de imaginar a possibilidade dele só estar tentando atrair as duas até o lugar do dito ritual, não apenas isso, mas deveria mesmo se importar em ir averiguar do que se tratava o ritual? Sabrina e ela estavam desarmadas e frágeis, seria uma aventura até seu tumulo certo.

- O que você acha? – olhou para Sabrina e sussurrou – Talvez devêssemos soltar ele, pode ser bom termos mais um aliado.

por Sassa Sex maio 16, 2014 1:24 pm

Sabrina olhava do homem para Silmeria, observando as reações de ambos, as palavras do homem pareciam bem verdadeiras e pelo que ele falava, parecia ser alguém com algum tipo de habilidade que poderia ser útil mais tarde. – Pode ser, vamos liberta-lo então... – Concordou com certa indiferença na voz, em seguida revirou o molho de chaves até encontrar alguma que coubesse na fechadura da cela do rapaz. Após tê-lo libertado, Sabrina iria até a porta da saída e colocaria seu ouvido nela para tentar ouvir algo, precisava saber se havia algo do outro lado antes de abri-la. – Silmeria, consegue ouvir algo do outro lado? – Aguardaria pela resposta dela e, dependendo do que fosse, ela abriria ou não a porta, da mesma forma como fizera antes.

por NR Arkengel Sex maio 16, 2014 4:14 pm

Foi quando abriu os olhos, ofegante e bem suado, assustado desorientado que lembrou da maldição que ainda estava sobre sua cabeça. Com tantas coisas acontecendo, batalhas, reinos e reis diferentes do que esta habituado a ver, havia esquecido completamente da desgraça que o perseguia e que se não conseguisse remove-la, logo a semente iria dar frutos, frutos nada agradáveis.

Se levantou e ficou alguns segundos parado, colocava as mãos a frente do corpo e olhava para elas um pouco tremulas, como, porque aquilo invadiu sua mente daquela forma? Nunca teve problemas em suas meditações, eram esses momentos que ele fortalecia sua mente e também a mantinha em paz, mas mesmo assim aquilo aconteceu. Pensava consigo mesmo se sua alma não estava enfraquecendo, se sua mente estava ficando frágil e vulnerável. Voltou a sua postura normal e se preparou para partir dali e ir atrás de Dimble, quando este mesmo se revela já estar ali. O susto só não foi maior que seu alivio e satisfação de te-lo encontrado tão rápido. Não precisou de palavra alguma, Dimble já sabia do que precisava saber, Solveig fechou o rosto para uma expressão séria, deu alguns passos se aproximando de Dimble enquanto ele falava, não precisou se pronunciar, gestos e acenos com a cabeça foram mais do que suficiente para responde-lo.

Apesar de que quando ele falou para retomar a meditação Solveig se sentiu inicialmente um pouco receoso, não gostava do fato de sua alma e sua mente estar perturbada daquela forma. Engoliu seco e desviou o olhar de dimble um momento antes de voltar-se para ele denovo e se sentar no chão como antes. Pernas cruzadas em forma de lotus, os dedos entrelaçados em cima da perna. Junto do rei dos pequeninos Solveig voltou a meditar. Mesmo procedimento de sempre, esvaziar sua mente e deixar sua energia fluir por todo seu corpo forrando sua pele e o cobrindo com calma e paz, pelo menos é o que ele tentaria.

por NR Nayruni Seg maio 19, 2014 8:13 am

@ Sabrina e Silmeria

Depois de se decidirem, as belas garotas resolveram dar ao prisioneiro um voto de confiança libertando Sir Telos das enferrujadas barras de metal que o privavam à um cubículo escuro, frio e fétido como um túmulo. Quando o homem caminhou para a frente se aproximando mais da luz, ambas as aventureiras puderam ver melhor suas feições, este parecia ter por volta de quarenta primaveras, seus olhos eram azuis e faiscavam com uma vitalidade alimentada com a chama da fé.

Mesmo ferido, ele parecia ser mais forte que um homem comum e seus músculos rígidos sob a pele pálida denunciavam uma rotina de exercícios que certamente dividiam o tempo do homem com as preces que eram sussurradas a seu deus.

– Que Zaltar abençoe vocês, serei eternamente grato. Agora vamos não temos tempo a perder nobres damas, temos um mal terrível para abater, algo que se esconde nas tripas da terra. – As palavras do cavaleiro soavam firmes traindo sua aparência surrada e cansada.

O homem então levou a mão até a lateral do corredor e retirou dali uma outra tocha que estava apagada, usando do fogo da tocha de Sabrina o homem ascendeu a sua própria e em seguida assumiu a dianteira. Sabrina e Silmeria olharam perplexas a ousadia do estranho mas por elas mesmas estarem em uma péssima situação permitiram a ele prosseguir. Quando se aproximaram da porta no entanto, Sabrina assumiu novamente a frente e colocando o ouvido na fria porta de ferro que findava aquele corredor ela se pós a escutar. Logos minutos se passaram e nenhum ruído foi ouvido, com um sinal de cabeça Sabrina sinalizou a seus companheiros e Telos entendendo o recado adiantou-se novamente abrindo a porta vagarosamente.

Quando esta foi revelada completamente, os três fugitivos viram um ambiente que contrastava em absoluto com o que estavam antes. Tratava-se de um grande corredor que ia de leste a oeste tornando-se cruzado com a porta que dava para a prisão, o chão aqui era extremamente liso e branco como gelo polido, tão límpido e cristalino que tornava reflexivo como um espelho, espelho este que refletia todas as imagens inclusive a de duas tochas apagadas dispostas no corredor uma em frente a outra, tochas de prata. Não foi sem assombro que todos notaram que as verdadeiras tochas estavam acesas contrariando o reflexo no chão, o fogo que estas emitiam porém não era algo comum, mas sim chamas que brilhavam em tons azulados parecendo que emitiam o extremo oposto do que o verdadeiro fogo vermelho e crepitante o fazia. Por alguns segundos os fugitivos questionaram seus sentidos mas logo perceberam que aquilo era de fato verdade, ou pelo menos uma ilusão.

As paredes e o teto deste lugar também eram estranhos, pois assim como o chão eram completamente brancos, brancos como marfim ou melhor, gelo, ao contrário do chão porém nada refletiam. Um frio sobrenatural e estranho emanava deste lugar penetrando na carne e gelando os ossos, um frio tão intenso que fazia a gélida e opressora prisão às costas dos fugitivos parecer uma confortável taverna. Olhando melhor todos puderam perceber que as paredes e o teto soltavam um leve e tênue vapor tal qual o faz o gelo seco.

Os aventureiros estavam no fim do corredor, à direita havia apenas uma parede branca e à esquerda ele se estendia por 15 metros, na metade havia outra porta de ferro assim como no final na parede da extremidade esquerda. O corredor encontrava-se completamente vazio e deserto.

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@ Solveig

Perturbado pelo pesadelo que acabara de ter, Solveig teve dificuldade em voltar a se concentrar, mas então estranhamente uma voz acompanhada de uma música serena começou a soar em seus ouvidos. Incrédulo, Solveig abriu os olhos surpreso e então viu algo incrível, Dimple estava a sua frente em posição de lótus, olhos fechados e mãos unidas formando um triângulo. O magnífico gnomo estava em um profundo estado meditativo, uma tênue aura branca irradiava de seu corpo formando um contorno reluzente que vibrava com suavidade respondendo a voz do gnomo que cantava um mantra relaxante e belo. Solveig percebeu que a música emanava da própria alma de Dimble através de sua aura, o espetacular pequenino era capaz de expandir a paz em seu espírito de tal modo que seus pensamentos se tornavam música.

Contagiado pela música que agora parecia inundar todo seu ser, Solveig fechou seus olhos e viu seu espírito sendo guiado em meio as trevas do pavor pela voz de Dimble que continuava a cantar. Uma paz absoluta repousou sobre si e as trevas viraram luz com exceção de um ponto, um ponto que permanecia escuro. Flutuando como uma pluma levada ao vento Solveig se deixou levar aproximando-se mais do ponto até ver que este crescia em forma circular até se transformar em um pequeno palco. No centro Solveig viu a si mesmo mas com outras feições, feições horrendas de um futuro que se aproximava, as feições de um disforme e asqueroso homem rato.

Nesse momento o medo voltou a reinar em Solveig e por pouco ele não se deixou abater novamente, não fosse a voz de Dimble sempre firme a guiá-lo e em meio aos cantigos do gnomo, Solveig pode entender algo.

– Mente sobre o corpo... Mente sobre o corpo... Mente sobre o corpo...

Solveig deveria tomar uma atitude, mas o que poderia ele fazer naquela situação?

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@ Hayate, Allenorha e Lywan

Sem respostas de vocês, portanto sem resposta minha. Estou aguardando vocês postarem.

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Spoiler:

por **Torak** Seg maio 19, 2014 1:39 pm

OFF: Broder, foi mal, nem vi que o frist respondeu!
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Hayate estreitou os olhos enquanto Lywan falava. Entendia o que ele dizia, mas não concordava, além disso o jeito com que colocava as palavras só mostrava desprezo pelas raças e colocava o lobisomem como um ser superior.

— A fera sou eu, ninguém mais. — Viu que Lywan pretendia se virar para ir embora, mas Hayate o segurou pelo ombro com sua mão pesada. — Você é uma pilha de orgulho, alta demais. Só que quanto mais alto uma pilha, mais fácil ela cai. Não seja idiota.

O encarou por mais alguns momentos, depois fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente de forma discreta, tirando a mão do ombro do rapaz. Pensou em dizer mais algo, mas achou melhor deixar para lá. Lywan não queria escutar, não estava disposto a aprender.

— Vou procurar algo para comer. — Falou simplesmente. Fez um sinal para Alleorha, deixando-a com Lywan e saiu pela cidade. Estava realmente faminto.

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OFF: Minha deixa, pode ir GM

por **Frist** Seg maio 19, 2014 4:11 pm

Sentia a mão parando seu ombro e os pelos de sua nuca se arriçavam, o impulso?! Era de voar na jugular do lobisomem, porém a coleira em seu pescoço o apertava cada vez que pensava em fazer algum atentado com um membro do grupo. Praguejava Shadira mentalmente e cerrava tanto dentes quando punhos, esperou Hayate terminar de falar apenas o observando com a cabeça levemente virada, apenas com o canto de olho sem dizer nada, somente quando ele retirou a mão que Lywan voltou a ficar completamente de costas e tocou a coleira.

- Se não fosse isso... - sussurrou para si próprio, só então respondeu de maneira curta. - Coloque-se no seu lugar sangue sujo! - com voz séria e calma para só então seguir pelo vilarejo, ainda atento para o impuro para que não se descontrolasse afinal não passava de um humano sortudo, iria ao encontro do rei e aguardaria que todos se aprontassem para seguir viajem.

OFF: pode seguir gold!

por NR Arkengel Qui maio 22, 2014 12:46 pm

Ao tentar mergulhar em sua mente novamente, sentiu o medo, sentiu seu corpo fraquejar novamente diante daquilo. Porem a cena que teve de Dimble o encantou de tal forma que sua paz interior refletia no corpo de solveig acalmando-o momentaneamente permitindo assim que ele entrasse em transe.

Dentro de sua mente novamente a escuridão foi se diminuindo até um pequeno ponto, tudo isso graças aquela pequenina criatura. Porem aquela escuridão aos poucos foi se manifestando de outra forma. Um palco feito daquele ponto escuro se formou e um Solveig já transformado estava lá, parado em sua frente.
Ao ver aquela imagem o medo voltou a assombrar seu coração, engoliu seco e começou a suar dando um passo para traz, mas a voz de Dimble que ecoava pela sua cabeça o fez hesitar antes de correr. Parou e em meio aquela belissima musica, Solveig podia ouvir palavras. Palavras de sabedoria vindas do próprio rei. Paralisado ao ouvir aquilo ele voltava seus olhos para baixo como se pensasse em algo.

Aos poucos seu corpo foi relaxando, sua cabeça se abaixou levemente. Já havia sentido medo antes, angustia, pavor, tristeza, entre muitos outros sentimentos negativos assim. Mas para sua sorte, desde que aprendeu a meditar de verdade, nunca foi mais incomodado por tais sentimentos mundanos de tal forma. Porque agora estava sendo abalado? Porque agora estava sendo atacado? Até mesmo diante de sua meditação? Solveig olhava para suas mãos alguns instantes e então se virava para seu futuro eu, sim, realmente tinha medo de se tornar aquilo, mas não podia mais deixar esse tipo de coisa contaminar sua alma.

Tentaria encarar aquele ser a sua frente com certa determinação, se tivesse controle sobre sua mente, teria controle sobre seu corpo, precisaria primeiro dominar a si mesmo por dentro para enfim obter o controle por fora, era por isso que estava tão ruim, pois o medo estava o dominando. Se sentaria em posição de lotus diante daquele palco e permaneceria olhando para ele, pelo menos tentaria, mesmo contra sua vontade, entender seu medo, sobrepuja-lo e ir contra a angustia e receio causado por ele. Era esse seu objetivo agora.

por **Phyress** Dom maio 25, 2014 11:26 pm

Silmeria ficou satisfeita com a determinação do homem, embora também com uma leve desconfiança, mas homens religiosos eram estranhos e era difícil lê-lo com tanta facilidade. Observou as atitudes dele e apenas lançou um olhar para Sabrina. Não se importo que ele assumiu a dianteira, achava que as coisas poderiam ser mais seguras dessa forma... Mas tinha certo receio de para onde o homem estava tentando guiá-las.

Eles atravessaram uma porta e se depararam com um ambiente estranho, que não se contrastava com o local de onde saíram. Silmeria não gostava daquele ambiente, parecia estranho e perfeito para armadilhas... As duas tochas apagadas no corredor chamaram a atenção dela e, mais ainda quando notou que, na verdade, as tochas estavam acesas, o que não era refletido pelo chão e as paredes e o teto simplesmente não refletiam nada. Por que haviam ilusões naquele corredor? E era gelado... Não, parecia gelo de fato.

-... Esse corredor... – comentou, em tom baixo – Parece até feito de gelo... Talvez as tochas o deixem assim, mas é difícil ter certeza e não teríamos meios de apagá-las se ficarmos presos nesse corredor... Eu não acho que temos outro modo de verificar além de entrar, mas... Talvez seja melhor alguém ficar perto dessa porta para mantê-la aberta? – e indicou a porta de onde vieram.

por Sassa Ter maio 27, 2014 9:43 pm

Assim que Telos abriu a porta, todos puderam ver a cena bizarra que tinha por trás da mesma. Um corredor que parecia ser feito completamente de gelo se estendia a frente dos fugitivos. Sabrina pensou bastante sobre a possibilidade e sabia que algo assim certamente era uma armadilha, mas não fazia ideia do que seria. – Acho que é perigoso entrar sem ter certeza... – Sabrina estendeu a mão até a parede e a tocou, apenas para ter certeza de sua textura e temperatura, em seguida fez o mesmo com o pé esquerdo no chão, e por ultimo estendeu a tocha para dentro do corredor, apenas para ver se o reflexo desta era semelhante ao das demais tochas no corredor. Feitos todos os testes e nenhum deles representando perigo à Sabrina ou até mesmo algum resultado adverso qualquer, ela entraria e seguiria até a outra porta na metade do corredor. – Acho que da pra ir em frente agora. – Ou pro caso do corredor representar qualquer perigo iminente a saúde das duas, era melhor parar e pensar antes de tomar qualquer decisão, atentando-se sempre às duas tochas de fogo azul que ficavam no corredor. Se possível até mesmo retiraria uma delas do lugar apenas para ver qual o efeito disso.

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