>Dizem as más línguas que o anão Rookar, que fica no Porto Rangestaca, está procurando por mercenários corajosos - ou loucos - que estejam afim de sujar as mãos com trabalhos "irregulares". Paga-se bem.
> Há rumores sobre movimentações estranhas próximas aos Rochedos Tempestuosos. Alguns dizem que lá fica a Gruta dos Ladrões, lar de uma ordem secreta. Palavra de goblin!
> Se quer dinheiro rápido, precisa ser rápido também! O Corcel Expresso está contratando aventureiros corajosos para fazer entregas perigosas. Por conta da demanda, os pagamentos aumentaram!
> Honra e glória! Abre-se a nova temporada da Arena de Calm! Guerreiros e bravos de toda a ilha reúnem-se para este evento acirrado. Façam suas apostas ou tente sua sorte em um dos eventos mais intensos de toda ilha!
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[Ficha] Torak
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[Ficha] Torak
Nome: Torak / Hayate Kennel
Idade: 25
Sexo: Masculino
Altura: 1,88 / 2,20 (lycan)/ 3,20 (lycan berserk)
Raça: Lobisomem Impuro
Nível: 9 Exp: 8000/8000
Lodians (L$): 2225
Atributos:
Força: B - 12
Energia: E - 2
Agilidade: D - 4
Destreza: D - 4
Vigor: C - 8
Habilidades: http://www.lodossrpg.com/t300-he-hayate-kennel#2597
História:
Idade: 25
Sexo: Masculino
Altura: 1,88 / 2,20 (lycan)/ 3,20 (lycan berserk)
Raça: Lobisomem Impuro
Nível: 9 Exp: 8000/8000
Lodians (L$): 2225
Aparência: Torak costuma usar roupas feitas de peles e couro, especialmente criadas para ele por uma tribo a qual pertence. Trata-se de um casaco verde-escuro, calças marrons e botas feitas de couro escuro. Possui cabelos da cor negra, caindo pelo rosto, e também um rabo-de-cavalo longo. Utiliza agora um colar com penas de águia, simbolizando seu clã. Seu rosto também possuia marcas deste clã, feitas com tintas da tribo, mas que saíram com o tempo. Seus olhos são dourados e geralmente carregam um olhar sério. Seu corpo, devido à necessidade de sobrevivência à qual fora submetido, é forte e ágil, além de resistente para longas corridas e lutas. Em sua forma lupina, transforma-se em um grande lobisomem de pelagem negra e corpo sutilmente humanóide, olhos amarelos (vermelhos quando descontrolado) e mais de dois metros de altura. Move-se tanto sobre as quatro patas quanto sobre duas.
Personalidade: Dotado de um espírito livre, Torak — outrora conhecido como Hayate — é um guerreiro destemido e justo. Carrega consigo os ensinamentos de seu clã e conhece muito a respeito da natureza e dos espíritos, sabendo respeitá-los e usá-los ao seu favor quando necessário. Difícil saber se ele é teimoso ou dedicado, insistindo no que quer e por isso sendo habilidoso com vários tipos de armas e tarefas. Por viver tanto tempo com sua tribo, é um sobrevivente nato e ótimo caçador, porém ainda um tanto ingênuo e sem malícia. Por conta disso acaba se enrolando no mundo civilizado, podendo ser enganado sem muito esforço. Não sabe ler ou escrever, mas sabe retirar da natureza o que precisar e quando precisar. Seu mestre, Aldarion, o ensinou a lutar com espadas, como se portar em combate e também, não menos importante, a contar dinheiro, algo indispensável na civilização atual. Torak odeia injustiças, enganações e trapaças, algo que o irrita mais do que deveria. Utiliza a sua maldição ao seu favor, fazendo dela sua força e, para isso, defendendo aqueles que precisam. Dependendo da situação o rapaz pode ser dominado pela raiva, algo que busca controlar. Ainda assim é um amigo fiel e de extrema confiança, jamais traindo quem ele valoriza e respeita.
Terra Natal: HirtPersonalidade: Dotado de um espírito livre, Torak — outrora conhecido como Hayate — é um guerreiro destemido e justo. Carrega consigo os ensinamentos de seu clã e conhece muito a respeito da natureza e dos espíritos, sabendo respeitá-los e usá-los ao seu favor quando necessário. Difícil saber se ele é teimoso ou dedicado, insistindo no que quer e por isso sendo habilidoso com vários tipos de armas e tarefas. Por viver tanto tempo com sua tribo, é um sobrevivente nato e ótimo caçador, porém ainda um tanto ingênuo e sem malícia. Por conta disso acaba se enrolando no mundo civilizado, podendo ser enganado sem muito esforço. Não sabe ler ou escrever, mas sabe retirar da natureza o que precisar e quando precisar. Seu mestre, Aldarion, o ensinou a lutar com espadas, como se portar em combate e também, não menos importante, a contar dinheiro, algo indispensável na civilização atual. Torak odeia injustiças, enganações e trapaças, algo que o irrita mais do que deveria. Utiliza a sua maldição ao seu favor, fazendo dela sua força e, para isso, defendendo aqueles que precisam. Dependendo da situação o rapaz pode ser dominado pela raiva, algo que busca controlar. Ainda assim é um amigo fiel e de extrema confiança, jamais traindo quem ele valoriza e respeita.
Atributos:
Força: B - 12
Energia: E - 2
Agilidade: D - 4
Destreza: D - 4
Vigor: C - 8
Habilidades: http://www.lodossrpg.com/t300-he-hayate-kennel#2597
História:
- Spoiler:
- Hayate tinha uma vida equilibrada, morava em uma vila comum de Hirt onde passava o cotidiado brincando com seus amigos, indo à pequena escola que lá havia e ajudando seus pais a trabalhar no campo. Nada muito parado e nem muito empolgante, apenas uma vida simples a qual ele sempre dava um jeito de mudar. Eventualmente desafiava as outras crianças a estranhas competições, como ver quem conseguia fugir de um texugo enfurecido ou uma corrida de camundongos de horta. Nas brincadeiras normais se destacava, pois considerava-as fáceis, e por isso era admirado por alguns e odiado por outros. Todos da vila conheciam o tal garoto que sempre inventava moda e nunca penteava o cabelo. Não eram poucas as vezes que seu irmão, apenas três anos mais velho, o repreendia. Como seus pais viviam ocupados, a tarefa de cuidar do pequeno encrenqueiro cabia a Raynor em certas horas. Mas, às vezes, ele próprio acabava entrando na brincadeira.
Quando Hayate tinha 14 anos, certa vez, aventurava-se à noite querendo caçar uma coruja. Sabia que eram animais noturnos e muito belos, mas não queria matá-la: apenas mostrá-la aos garotos que sim, era possível pegar uma. Avistou então um bufo-real, uma grande coruja com penetrantes olhos laranja, o olhando com extrema atenção. Isso arrepiou levemente os pêlos na nuca do garoto, mas era corajoso o suficiente para ignorar. Preparou seu estilingue reforçado com tiras de borracha, e então sentiu um forte bafejar sob sua cabeça. Ao virar-se, deparou-se com uma criatura horrenda.
Tudo acontecera rápido demais: o garoto tentando fugir, o bufo-real batendo as asas fortes ao levantar vôo, garras cortando a carne, presas puxando e jogando o pequeno indefeso, o sangue escorrendo. O que parecia ter sido horas não durou mais que alguns instantes, pois a criatura que o atacou logo uivou alto e correu dali.
A dor deixava o garoto alucinado. Não entendia o que acontecera, nem porquê. Só entendia que sangrava e que precisava de ajuda. Arrastou-se em direção à vila, inexplicavelmente conseguindo apesar da perda de sangue constante e do estado alarmante e assustado. Porém, assim que chegou à vila, seu corpo começou a tremer. Apoiado nos cotovelos, começou a sentir seu sangue queimar nas suas veias, ao mesmo tempo que ouviu Raynor gritando seu nome e vindo ao seu socorro. Ninguém mais poderia ajudá-lo.
As outras pessoas foram atraídas pelo grito e avistaram o garoto ensangüentado, a tempo de ver a terrível cena seguinte: Hayate se contorcendo, gemendo de dor enquanto seu corpo começava a crescer e mudar e suas roupas rasgavam. Todos se distanciaram, mas não a tempo. Logo um jovem lobisomem de olhos vermelhos os encarava, louco de dor e confuso. As horas seguintes foram repletas de gritos, dor e sangue.
Hayate acordou com o primeiro raio de sol.
Não sentia mais dor, seu corpo apenas estava estranhamente pesado de cansaço. Levantou-se, reparando que estava nu e deitado na grama. Estava em meio à floresta e havia sangue em suas mãos, rosto e até mesmo em seu peito, mas não estava ferido. Sentiu um choque, como se houvesse feito algo extremamente imperdoável. A lembrança de tudo veio de uma vez na cabeça do garoto.
Havia atacado pessoas da vila, viu sangue, gritos e desespero. Havia matado alguém? Não sabia, não queria saber. Apenas lembrava que havia fugido devido a ferimentos que já não mais existiam.
Tremia, quase enlouquecia. Porque aquilo aconteceu? Porque justo com ele? Agora estava sozinho. Não sabia se poderia voltar. Desconhecia totalmente o lugar em que estava, mas sentia o cheiro que o levaria de volta à vila. Seu olfato estava aguçado, sua audição melhorada, inexplicavelmente o mundo à sua volta ficou mais nítido e estranho. Toda aquela cena de horror estava cravada em sua memória. Se voltasse agora, seria definitivamente morto. Era vítima de uma maldição. Não queria ferir mais ninguém, não tentaria voltar.
Desde então o garoto vivera como um animal selvagem. Passava maior parte do tempo longe de qualquer vila, cidade e até mesmo raras casas em meio à floresta. Desconheciam sua existência até que teve sua segunda transformação involuntária. Fez estrago o suficiente para chamar atenção de caçadores e mercenários que buscavam um dinheiro extra em suas bolsas. Isolado, assustado e caçado por onde ia. Mesmo em sua forma humana ele acabava chamando atenção.
De fato, não era muito bem vestido. Mal cortava o cabelo, que uma vez prendera com uma tira de pano e não conseguiu mais tirar. Também não fazia diferença, continuava sendo um lobisomem sem-teto, vestindo-se com eventuais trapos que sempre se rasgavam quando se transformava. Só depois de alguns anos teve coragem de aventurar-se pelas cidades, surpreso com tanta coisa que desconhecia e tanta coisa que esquecera. Mesmo assim não havia quem o ensinasse, muita coisa era dedução, mas tinha uma inocência enorme e naquele lugar era necessária malícia para aprender as coisas rapidamente, algo que ele não tinha.
Percebera que, apesar de diferente das outras pessoas, tinha um talento nato para lutas: o que adquirira de tanto sobreviver lutando contra grandes animais e caçadores. Além disso seus reflexos eram aprimorados, tinha um corpo ágil e forte, e coragem corria em suas veias. Decidiu dedicar-se a isso, era bom ao menos nesta parte, e queria fazer a diferença. Apesar de seus esforços, era mais difícil do que aparentava, tanto pela sua raça quanto pela sua aparência e ingenuidade. Era isolado e rejeitado com facilidade, raras vezes recebendo cortesias de boas pessoas que encontrava. Quanto a isto, era eternamente grato. Quem o conhecia sabia que o rapaz nunca fazia mal a ninguém, e tinha um grande coração lupino. Mas nunca podia ficar no mesmo lugar por muito tempo, era este seu carma.
Mas tudo mudou aos seus vinte anos de idade quando encontrou a última pessoa que imaginava ver: seu irmão Raynor. Na verdade, Raynor o encontrou. Era agora era um homem feito, mas terrivelmente marcado pelos ataques de Hayate no passado: lhe faltava a mão esquerda, haviam horríveis marcas de cortes nos braços e o lado direito de sua cabeça estava coberto de cicatrizes, lhe faltando inclusive a orelha. Se ele não estivesse usando pesadas roupas de viagem, talvez pudesse revelar muito mais marcas. Aonde a mão direita lhe faltava, Raynor usava um suporte de ferro aonde encaixava uma lâmina curva e larga. Ele era quase o espelho de Hayate em aparência, exceto pelas marcas que carregava para a vida.
A primeira reação do lobo foi sorrir, mas rapidamente isto sumiu quando percebeu as deformidades do irmão. E o olhar dele era assustador.
— Enfim encontrei o animal que queria. — Falou, sua voz muito mais rouca do que Hayate se lembrava. O irmão mais novo cerrou os olhos. — Você me custou muito, caro irmão. Levou parte de minha carne, minha sanidade, e ainda deu as costas para tudo. Foi a última vez que deixei passar uma cagada sua.
Não acreditava no que ouvia. Era como se Raynor tivesse acumulado ódio por todos esses anos, perdido a razão. Hayate não lembrava-se perfeitamente do ataque, mas sabia que pelo menos duas pessoas haviam morrido pelas suas mãos. Achou que seu irmão foi uma delas, mas ele estava ali. A outra pessoa... foi a companheira dele.
Sem mais nenhuma palavra Raynor removeu a capa e sacou uma espada com a mão esquerda. Tinha agora duas lâminas para atacar enquanto o irmão não tinha nada. Não se importava. Queria matá-lo, quanto mais fácil melhor. Hayate apenas esquivava-se dos golpes e tentava fugir, mas ambos eram incrivelmente ágeis. Não demorou para que ele recebesse alguns cortes nos braços, os golpes eram muitos e em fúria e fugir parecia impossível. A cabeça do lobo era preenchida com medo e lembranças de quando tudo estava bem, mas um erro dele marcou para sempre a vida das pessoas que amava.
Foi pensando nisso que, próximo a um penhasco, teve seu último vacilo.
Em uma fração de segundo, Raynor o atingiu com a lâmina curva de sua mão direita em um golpe debaixo pra cima, rasgando Hayate desde seu abdômem até por sobre o ombro. Foi um corte profundo, sangue escuro escorria rapidamente enquanto o rapaz dava passos para trás, inutilmente com a mão no peito tentando conter o sangue. Ofegava forte, sua visão começando a se turvar enquanto olhava o rosto deformado do irmão que sorria pela primeira vez em anos. Mas era um sorriso frio, vazio, pois nenhum dos dois havia realmente ganhado naquela luta. Hayate morreria e Raynor teria concluído sua vingança doentia.
— Dói, não é mesmo? — Raynor falou alto diante do alto barulho do rio violento que corria penhasco abaixo. Ele olhava o irmão, satisfeito com o que via: um rapaz cujos olhos perdiam o foco aos poucos, inutilmente tentando conter o sangue que escorria — Que doa mais no inferno!
E deu um último golpe, uma investida que jogou o irmão penhasco abaixo.
Hayate caía, sentindo como se tudo passasse tão lentamente que via as gotas de sangue sendo deixadas para trás uma após a outra, enquanto mergulhava em queda livre. Por fim atingira a fria e cortante água do rio que o golpeava como a centenas de touros, jogando-o por pedras e pedregulhos enquanto era arrastado rio abaixo. Queria perder os sentidos, queria não ter de sentir o frio cortante e as pedras afiadas lhe machucarem, queria morrer enfim. Por um instante, naquele turbilhão de água e rochas, ouvira os gritos das pessoas que havia atacado, aquelas com quem vivera toda sua infância.
Por fim, tudo escurecera.
Naquele momento Hayate ainda tinha dez anos de idade. Estava conversando com outros garotos, desafiando-os a caçar a maior lebre e dando a idéia de montar em porcos selvagens. De fato, nunca fora muito comum, sempre ansiava por desafiar a si mesmo, e gostava de tentar coisas novas. Enquanto ria, sua mãe o chamava para cortar o cabelo. "Você poderia pelo menos passar uma escova nessa coisa de vez em quando!" Dizia ela com uma tesoura, aparando aquele cabelo curto e liso que o garoto insistia em deixar desarrumado. "Ah, mãe!" dizia ele rindo, um dente de leite faltando pelo tombo que levara quando caíra de um potro selvagem, "Ser igual aos outros não tem graça!".
Acordou.
Os olhos ainda ardiam. Levou um tempo para abri-los, e aos poucos foi olhando em volta. Achava que estaria na beira do rio, encharcado e em meio à lama, terminando de morrer. No entanto sentia um calor reconfortante, estava seco e não mais sentia o forte cheiro de seu próprio sangue. Quando se deu conta, estava deitado no chão de madeira de uma tenda, feita com ossos e pele de animais, uma estrutura forte e que passava a Hayate a estranha sensação de proteção. Um cobertor de peles o mantinha aquecido. Sentou-se, só então percebendo que estava nu, e todas as suas feridas estavam tratadas. Passou a mão pelo grande corte no peito, que fora costurado habilmente e que agora era apenas uma marca. Quanto tempo havia ficado desacordado?
"Finalmente acordou, meu rapaz" uma voz soou forte e ao mesmo tempo tranquila, do outro lado da tenda. Hayate fitou um homem com no mínimo o dobro de sua idade, vestindo pesadas roupas e mantos, o rosto e braços pintados com estranhas figuras e um olhar bastante sereno. "A três luas que você não acorda. Mas eu tinha certeza de que você voltaria". Hayate não entendia muito do que o homem falava, não fez muito sentido no início. Apenas tinha a estranha sensação de tranquilidade, o que não sentia em muito tempo.
Lhe foi oferecido roupas típicas: calças feitas com pêlo e couro de rena e uma camisa cuidadosamente tecida com um tipo de planta que Hayate desconhecia. As botas eram de couro e pêlos de lebre, bastante confortáveis, e aqueciam bem. Seu cabelo fora cortado, estava curto mas tão desarrumado quanto costumava ser quando criança. Apenas um curto rabo-de-cavalo fora deixado, que cresceria com o tempo.
Hayate foi então apresentado àquelas curiosas pessoas, que nomeavam sua "vila" como Clã da Águia. Para ele era estranho: ninguém vivia em casas, apenas em tendas feitas com peles, ossos e chifres de animais. Além disso estavam densamente dentro de uma floresta, distante apenas cem ou duzendos passos do rio. Não haviam carroças, vendas, nem nenhuma parnafenalha que havia conhecido no tempo que vivera nas cidades. Aquilo tudo era tão natural que dava a impressão de fazer parte da natureza. Hayate aos poucos entendia o porquê de sentir-se em casa.
Com o passar do tempo, foi ensinado a Hayate tudo sobre as crenças da tribo: O Espírito Mundo, o qual rege todos os seres vivos, que faz tudo funcionar e que nos protege contra os demônios. Soube mais sobre os outros clãs, cada um com um animal guardião, espalhados pelo mundo. Aprendeu o uso completo de toda a caça abatida, desde os dentes do animal até o último pêlo, para que desta forma nada seja desperdiçado. Também lhe foi dito que todo ser vivo possui três almas, as quais nos completam e a falta de uma delas nos torna perversos e destruidores. Isso e muitos outros ensinamentos foram passados ao lobo. Hayate jamais ficara tão feliz em aprender, sentia-se como se todo esse tempo vagasse para chegar até ali e absorver tudo aquilo. Talvez fosse ali, de fato, o lugar aonde pertencia.
Aprendeu a contar o tempo no modo deles e consequentemente aprendeu sobre fases da lua, estações do ano, a atitude dos animais que migram ou hibernam, entre outros. Uma lua equivalia a um mês, desde a lua nova até passar pela lua cheia e voltar, outra vez, à negra lua nova. Um verão equivalia a um ano, e todos referiam-se à sua idade desta forma, pois não possuíam calendário e tudo era sentido diretamente com a natureza. A sede de aprender de Hayate ficara satisfeita ao mesmo tempo que sempre queria aprender mais. Todos da tribo eram amistosos, seus olhos penetrantes e bastante atentos como os de seu animal de clã. Muitas luas se passaram e o clã ajudou Hayate a controlar sua maldição de forma a, pelo menos, manter a sanidade quando se transformava. Aos poucos se tornava um deles, aprendendo tudo que podia, até que certo dia aceitaram-no como membro do clã.
Ser aceito, ser reconhecido, ser alguém. O que Hayate mais desejava aconteceu. Houve então o ritual necessário onde toda a tribo se reunia para presenciar o nascimento de mais um membro do Clã da Águia. O rapaz recebeu as tatuagens de clã que o definiam como um Águia: uma asa em cada bochecha, e garras sob o queixo. Junto disso, uma pena de águia na cor vinho com detalhes brancos foi cuidadosamente fixada no seu cabelo, entre os fios agora longos pouco acima da lateral direita da cabeça. Agora era do Clã da Águia, sendo rebatizado pelo nome Torak, o Irmão Lobo. Tal nome foi lhe dado pelo seu melhor amigo da aldeia, Bale, um rapaz com a mesma idade que a sua que conhecia a fala dos lobos e foi o primeiro a saber que Hayate era um lobisomem. De fato, ninguém da tribo se importava com esta característica dele, pois fazia parte de seu ser. Era seu lugar perfeito.
— Sabe, Torak —, uma vez Bale lhe dissera, lhe chamando pelo nome de Clã como costumava fazer, — um espírito livre não aguenta ficar muito tempo num mesmo lugar. Ele sempre busca se aperfeiçoar, aprender mais, conhecer o mundo. — Ele então lhe deu um olhar firme, com um sorriso. — Tenho certeza de que este é o seu caso. — De fato, desde criança Hayate nunca ficava muito bem no mesmo lugar. Por este motivo sempre tentava fazer algo novo, se desafiar, ir mais além do que fazia, escapando de uma rotina que certamente seria mortal para ele. Apesar de sentir que a tribo era seu lugar, já havia aprendido tudo que podia após quase três verões vivendo ali, e precisava continuar em frente.
— Voltarei para vê-los todo verão, irmão. — Hayate lhe respondeu, o punho fechado sobre o peito em sinal de amizade. — Mesmo que mudem o acampamento de lugar como fazemos a cada seis luas, seguirei o cheiro de vocês. — E ambos bateram o punho um contra o outro, cumprimento este que Hayate trouxera da cidade e que usava apenas com seu amigo.
Assim como Bale, toda a tribo tinha ciência do espírito livre e errante de Hayate. Todos lhe deram recomendações extras sobre como agir em certas áreas com gelo e neve, ou modos mais fáceis de encontrar os acampamentos novos. Além disso as mulheres da aldeia teceram para ele roupas ao estilo da cidade, que se encaixaram perfeitamente no rapaz: Um casaco negro, da mesma cor das calças meio largas, uma camisa clara e botas escuras. Tudo fora feito com couro e pêlo de lobos, trazidos pelo Clã do Lobo. Certamente de animais que já haviam morrido, uma vez que era lei dos clãs jamais matar um caçador. Além disso, uma magia fora fixada às vestes: se Hayate se transformasse em lobo, estas sumiriam anexando-se à sua pele, não se rasgando, e voltariam uma vez que ele estivesse novamente em sua forma humana. Este fora o melhor presente que recebera em muito anos.
Despediu-se da tribo, agradecendo-os intensamente de todas as formas possíveis. Nunca havia sido tão bem inserido em uma sociedade, nem tão bem instruído. Sentia-se muito mais confiante de si mesmo, pois possuía conhecimento sobre muita coisa, e agora tinha um lugar para o qual voltar. Por fim partira, em busca de novas idéias, aventuras e fortalecimento mental e físico.
Última edição por Torak em Seg Abr 25, 2016 9:40 pm, editado 17 vez(es)
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Torak
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Re: [Ficha] Torak
Bem vindo de volta meu amigo...
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Edite também a sua Ficha de Personagem no seu Perfil e a deixe sempre atualizada. Pode criar sua(s) habilidades e postá-las no tópico de avaliação. Não precisa que ela(s) esteja(m) avaliada(s) pra começar a jogar.
Obrigado.
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Re: [Ficha] Torak
Equipamentos da Campanha: Uma Ameaça do Outro Mundo
• Mochila
• Odre (5 litros)
• Roupa do Explorador (2 mudas)
• Tocha (5 unidades)
• Pederneira e Isqueiro
• Pedra de Amolar
• Saco de Dormir
• Básico Pessoal
• Cinto de Poções
• Rações de Viagem (30 dias)
• Facão
• Bastão
• Faca
• Panela de Ferro
• Algibeira
• Poção de Cura Leve (2 unidades)
• Poção de Energia Menor (1 unidade)
• Giz Fosforescente
• Corda de Cânhamo (30 metros)
• Arpéu (2 unidades)
• Píton (5 unidades)
• Machado de Arremesso (10 unidades)
• Martelo de Alpinismo
• Kit de Primeiros Socorros
• Elmo Aberto, ombreiras, broquel, perneiras e cotoveleiras
• Cimitarra da Língua de Fogo
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Torak
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Re: [Ficha] Torak
Adicionado 350 EXP ganho na campanha Uma Ameaça do Outro Mundo
http://www.lodossrpg.com/t237p90-comum-uma-ameaca-de-outro-mundo#3917
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Re: [Ficha] Torak
Registrando aqui a definição das três almas que é parte da crença de meu personagem:
• Alma Nome: Esta alma é quem você é, sua personalidade, seus gostos e ideais. As tribos acreditam que seu reflexo na água é sua Alma Nome e que, se você estiver doente, não deve olhá-la ou corre o risco de ficar atordoado, cair na água e se afogar. Após a morte caso a Alma Nome se perca é então criado um fantasma: um espírito que fica eternamente em busca da sua parte perdida. Alguém com a alma-nome doente pode enlouquecer, esquecer de quem é ou tornar-se um mero vassalo sem vontade própria.
• Alma Clã: A alma que lhe diz o certo e o errado, seu caráter, sua moral e sua ética. É por conta disso que, mesmo sem ninguém lhe dizer, você sente que é errado matar, enganar e se aproveitar dos mais fracos. Se esta alma se perder após a morte é então criado um demônio, tendo ausência de todas estas características. Alguém com a alma-clã doente perde noção do certo e errado, ignorando leis e algumas vezes pendendo para a injustiça e a pura maldade.
• Alma Mundo: Seu elo com o mundo vem desta alma. É a partir dela que você sente empatia, uma ligação com tudo ao seu redor. É saber respeitar toda a vida, o espaço de cada um e a ordem natural do mundo. Se esta alma se perde após a morte é criado um Perdido: um espírito que, sem ligação ao mundo, se oculta na escuridão para sempre. Quando esta alma adoece a pessoa perde toda empatia com o mundo ao redor, ignorando senso-comum, podendo tornar-se destrutiva tanto para o ambiente quanto para os animais e pessoas.
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